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IETEC – INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Ferramenta – OEE (Eficiência Global dos Equipamentos) e sua aplicação. Cases: Hipolabor Farmacêutica e Art e Chapas São Francisco Ltda Adnilson S. Verdin Aline Diniz Xavier Michele de Castro Pedro Karen Azevedo Ramon Gontijo Darico Belo Horizonte/MG Data: 14/02/2009

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IETEC – INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PÓS-GRADUAÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Ferramenta – OEE (Eficiência Global dos Equipamentos) e sua aplicação.

Cases: Hipolabor Farmacêutica e Art e Chapas São Francisco Ltda

Adnilson S. Verdin Aline Diniz Xavier

Michele de Castro Pedro Karen Azevedo

Ramon Gontijo Darico

Belo Horizonte/MG Data: 14/02/2009

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Dedicamos este trabalho a todos os nossos

familiares que se envolveram de forma indireta

neste projeto, aos nossos colegas do grupo de

trabalho pela dedicação e as nossas empresas

as quais representamos com orgulho.

AGRADECIMENTOS

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Agradecemos a Deus pela oportunidade de concluir mais uma etapa de nossas vidas pessoal e

profissional e por todas as experiências proporcionadas pelo Curso de Pós-Graduação.

A Instituição IETEC, por nos ajudar nesta etapa importante de nossas vidas profissionais.

Aos nossos líderes e gestores de nossas empresas, por suas contribuições a nossa formação.

A todos os colegas de turma pela dedicação, pelas informações compartilhadas e pelas novas

amizades que certamente continuarão.

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A produção é o coração da indústria. A

indústria é o coração da riqueza de uma

nação.

(Eliyahu M. Goldradt – 2002)

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Sumário

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................7

1.1. TEMA E DELIMITAÇÃO ..................................................................................8

1.2. OBJETIVO GERAL ........................................................................................ ....8

1.2.1. Objetivos Específicos .......................................................................................8

1.3. PROBLEMA E JUSTIFICATIVA........................................................................8

1.4. METODOLOGIA .................................................................................................9

2. PRODUTIVIDADE NAS ORGANIZAÇÕES ..................................................10

2.1. FERRAMENTA OEE - EFICIÊNCIA GLOBAL DOS EQUIPAMENTOS......11

2.1.1. Conceitos e Definições ....................................................................................11

2.1.2. Cálculo da OEE ..............................................................................................13

2.1.3. As chaves do Sucesso ......................................................................................19

2.1.4. Os agentes do Fracasso ..................................................................................20

2.1.5. As Vantagens da OEE ....................................................................................21

2.2. ESTUDO DE CASO I – INDÚSTRIA HIPOLABOR FARMACÊUTICA........22

2.2.1. Metodologia .....................................................................................................22

2.2.2. Resultados ........................................................................................................24

2.2.3. Discussão ..........................................................................................................26

2.3. ESTUDO DE CASO II – INDÚSTRIA ART & CHAPAS S. FRANCISCO .....27

2.3.1. Metodologia .....................................................................................................28

2.3.2. Resultados ........................................................................................................28

2.3.3. Discussão ..........................................................................................................29

3. CONCLUSÕES ......................................................................................................30

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo expor e analisar um importante estudo sobre a Eficiência

Global dos Equipamentos (OEE) sob a visão da teoria, objetivando a aplicação do controle de

eficiência e produtividade da envasadora Norden da Indústria Hipolabor Farmacêutica e da

máquina perfiladeira da Art & Chapas São Francisco, indústria especializada no segmento de

perfilados em aço galvanizado. A referência prática foi estruturada a partir de históricos da

produção da fábrica e manuais dos equipamentos. O resultado deste trabalho é o

reconhecimento da importância do envolvimento de todas as áreas da empresa no

desenvolvimento do processo produtivo e na medição da eficiência produtiva das

organizações industriais, uma vez que se pode observar que os índices encontrados nos

cálculos da OEE auxiliam na tomada de decisão e na visão clara de quais recursos possuem

capacidade ociosa, até então oculta.

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1. INTRODUÇÃO

Com as grandes mudanças que vêm ocorrendo no mundo e conseqüentemente nas

organizações industriais, mercados ditos locais buscam meios de adaptação aos novos

desafios apresentados pela globalização da produção. As crescentes transformações ocorridas

neste setor ao longo dos anos levaram à internacionalização da produção, dos mercados e da

informação, que resultaram em exigentes práticas gerenciais e novas formas de fabricação e

organização das empresas.

Com o acirramento da competitividade no setor industrial e a crise do setor financeiro, as

empresas começaram a buscar melhorias em seus sistemas produtivos. Nesta busca algumas

empresas investem em novas práticas gerenciais, priorização de produção enxuta,

flexibilidade nas linhas de produção, treinamentos de seus recursos humanos e

conseqüentemente pesadas quantias em ferramentas (software) de controle e gestão, gerando

assim índices que possibilitem visualizar seus resultados e ações, gerando expectativas de

novas estratégias e novos padrões de produção.

As incertezas do mercado caminham paralelas às mudanças realizadas pelas empresas. Neste

contexto surgem diversos fatores restritivos ao bom funcionamento desses sistemas e

principalmente a não obtenção dos lucros esperados. O planejamento produtivo certamente é

o ponto de partida visando atingir os objetivos da empresa. Esses planos ou planejamento

recebem importante apoio de ferramentas de medição e controle da produtividade, por

exemplo.

Dentro do contexto da atuação dos engenheiros de produção está a busca por melhorias na

produtividade das organizações. Crescem cada vez mais a demanda por profissionais

multiespecialistas imbuídos de know-how e principalmente habilidades com ferramentas

gerenciais que possibilitem gerar indicadores de eficiência. Esses indicadores proporcionam a

estes profissionais uma visão clara das restrições de seus processos e assim produzindo

índices e avaliações que auxiliem na tomada de decisões que influenciarão o futuro da

organização.

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1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar o indicador OEE (Eficiência Global dos

Equipamentos), como importante ferramenta de medição da produtividade nas organizações.

O objetivo principal é descrever através de estudos de casos a aplicação da ferramenta OEE,

definindo os índices de eficiência dos equipamentos estudados. O trabalho está embasado em

literatura existente e sua aplicação prática é desenvolvida a partir de dois estudos de casos de

empresas do setor industrial. Uma das empresas atua na produção de produtos farmacêuticos e

outra na produção de perfis em aço galvanizado.

1.2. OBJETIVO GERAL

Descrever porque as organizações devem medir sua produtividade e apresentar a ferramenta

OEE (overall equipment effectiveness – eficiência global do equipamento) de medição da

produtividade das organizações e sua aplicação por meio de estudos de casos.

1.2.1. Objetivos específicos

- Apresentar a ferramenta OEE (overall equipment effectiveness – eficiência global do

equipamento) e suas vantagens e desvantagens.

- Apresentar sua aplicação nas organizações através de estudos de caso nas empresas

Hipolabor Farmacêutica e Art & Chapas São Francisco.

1.3. PROBLEMA E JUSTIFICATIVA

Com o acirramento da competitividade no setor industrial e demais setores, as empresas têm

procurado melhorar sua produtividade através de ferramentas que as auxiliem na busca de

melhores resultados. Na literatura atual é possível encontrar apontamentos referenciando que

o setor industrial ainda possui capacidade ociosa. Porém, essas mesmas empresas defrontam-

se com dificuldades de encontrar e utilizar esta capacidade “oculta” como é chamada na

literatura. Baseado neste relato o presente trabalho apresenta a ferramenta OEE como um

indicador de medidas de eficiência dos equipamentos em geral. Assim, contribuindo para que

a empresa visualize, quais recursos são mais ou menos eficientes possibilitando focar nestes

na busca de melhorias.

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1.4. METODOLOGIA

O presente trabalho desenvolveu-se em três etapas, sendo a primeira uma revisão bibliográfica

sobre o tema produtividade e ferramenta OEE (Eficiência Global dos Equipamentos). A

segunda etapa realizou-se com a coleta de dados de produção, através de estudo de caso das

empresas Hipolabor Farmacêutica e Art & Chapas São Francisco Ltda. A terceira etapa

contempla a discussão dos resultados alcançados através dos cálculos de eficiência do OEE e

a apresentação de uma conclusão dos trabalhos.

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2. PRODUTIVIDADE NAS ORGANIZAÇÕES

O termo produtividade é amplamente usado em publicações especializadas e no dia-a-dia das

organizações manufatureiras. Um dos grandes desafios das indústrias atualmente é medir de

forma eficaz sua capacidade de produção e sua produtividade. Inúmeras organizações buscam

medir sua produtividade no intuito de usá-la como arma para aumentar sua competitividade.

Conforme Martins e Laugeni (2005, p.15), “a administração da produtividade corresponde ao

processo formal de gestão, envolvendo todos os níveis de gerência e colaboradores a fim de

reduzir os custos de manufatura, distribuição e venda de um produto ou serviço”. Este

processo é feito por meio da integração de todas as fases do ciclo da produtividade que são:

medida, avaliação, planejamento e melhoria.

Figura 1 – Ciclo da Produtividade.

Fonte: Martins e Laugeni (2005).

Segundo Martins e Laugeni (2005), pode-se ter diferentes definições para a palavra

produtividade, entretanto, uma análise mais cuidadosa leva-se a duas definições básicas:

produtividade parcial que é a relação entre o produzido, medido de alguma forma, e o

consumo de um dos insumos (recursos) utilizados. Por exemplo, a produtividade da mão-de-

obra é uma medida de produtividade parcial. A segunda definição trata-se da produtividade

total, que pode ser definida como a relação entre o output total e a soma de todos os fatores de

input.

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Muitos são os fatores que influenciam a competitividade da empresa no mercado, e sem um

direcionamento do planejamento produtivo, a empresa não sabe o quanto consegue atender da

demanda ou até mesmo, até que ponto o setor produtivo possui capacidade para atendê-la,

caso a demanda cresça. Nenhuma empresa consegue medir sua produtividade sem antes saber

qual é sua real capacidade produtiva.

Moreira (2006), define capacidade produtiva como a “quantidade máxima de produtos finais e

serviços que podem ser produzidos numa unidade produtiva, num intervalo de tempo”. Por

unidade produtiva entende-se uma fábrica, um armazém, uma loja, ou qualquer posto de

trabalho onde haja um processo de transformação. Segundo Heizer e Render (2001), “para

muitas empresas, a medição da capacidade pode ser feita de forma direta. É o número máximo

de unidades que podem ser produzidas em determinado tempo”. A maior parte das

organizações opera suas instalações em uma taxa inferior à sua capacidade.

Segundo Moreira (1991), as medidas de produtividade, de modo geral deve ser vistas como

instrumentos auxiliares na detecção de problemas e no acompanhamento do desempenho dos

sistemas de produção. Porém ressalta que os mesmos, não devem substituir e nem dispensar

quaisquer outros indicadores tradicionais de eficiência. Para os setores onde exista algum tipo

de conversão (transformação), fará sentido definir-se algum índice de produtividade.

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2.1. FERRAMENTA OEE – EFICIÊNCIA GLOBAL DOS EQUIPAMENTOS.

2.1.1. Conceitos e Definições

A OEE é um importante método para medição do desempenho de uma instalação industrial,

reconhecido somente no final dos anos 80, período no qual se viu o surgimento de

benchmarking em manutenção em importantes organizações. Através de uma metodologia

simples e eficiente, a OEE tem capacidade de reportar todas as causas de paradas, perdas no

desempenho da produção e perdas devido à qualidade nos produtos.

Para Hansen (2006), a OEE era relacionada com a TPM e freqüentemente foi vista como uma

forma simples de medição para obtenção do premio TPM, e à medida que um maior número

de profissionais apresentou a OEE em seminários e artigos relacionados á TPM, ela começou

a ser vista como uma ferramenta autônoma para medir o real desempenho de um equipamento

através de inter-relacionamento de indicadores de disponibilidade, eficiência e qualidade.

O significado de OEE é o produto de três categorias: a disponibilidade, o desempenho e a

qualidade. Onde a disponibilidade é a medição das perdas por parada, o desempenho é

medição das perdas por variação de ritmo e a qualidade é a medição das perdas por defeitos

nos produtos.

OEE = disponibilidade x desempenho x qualidade

A OEE unifica a manutenção, as operações e a engenharia com objetivo comum de obter

níveis superiores de desempenho em uma instalação industrial, e atualmente é aceita por

consultores de gestão como uma medida principal de desempenho.

Segundo Hansen (2006), as indústrias de manufatura são compostas de equipamentos e de um

conjunto de máquinas utilizadas para transformar materiais em produtos acabados e

geralmente é investida uma quantia considerável de capital para projetar, construir e

implementar um sistema de maneira que o produto possa ser feito uniforme, com alta

produtividade e mínimas perdas. Para isso deve-se levar em consideração a eficiência do

sistema projetado e inclusive atentar ao grau de risco se caso a eficiência esperada não for

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alcançada. A OEE ajuda a identificar qual é a máxima eficácia possível e entender melhor

como está o desempenho da área de manufatura.

Conforme Hansen (2006) utilização do indicador OEE, permite que as empresas analisem as

reais condições da utilização de seus ativos. Estas análises das condições ocorrem a partir da

identificação das perdas existentes em ambiente fabril, envolvendo índices de disponibilidade

de equipamentos, performance e qualidade. Segundo Nakajima (1989), o OEE é uma medição

que procura revelar os custos escondidos na empresa.

Para Hansen (2006) a medição da OEE pode ser aplicada de diferentes formas e objetivos,

porque permite identificar áreas onde devem ser desenvolvidas melhorias bem como pode ser

utilizado como benchmark, permitindo quantificar as melhorias desenvolvidas nos

equipamentos, células ou linhas de produção ao longo do tempo. A análise da OEE e output

de um grupo de máquinas de uma linha de produção ou de uma célula de manufatura

permitem identificar o recurso com menor eficiência, possibilitando, desta forma, focalizar

esforços nesses recursos. A importância de se aperfeiçoar os equipamentos e atuar nas

maiores perdas (obtidas através do OEE) concretiza-se quando há aumento de produção: a

melhoria da eficácia descarta a necessidade de novos investimentos.

2.1.2. Cálculo da OEE

Segundo Hansen (2006), o ideal é iniciar a coleta de dados no ponto onde as matérias-primas

são introduzidas em um fluxo ordenado, no qual será produzido um determinado produto ou

um componente para a próxima etapa da fábrica, e geralmente esta etapa de transformação é

ligada a outras em uma série de etapas que têm poucos, se existir algum, estoque amortecedor

fixo. A OEE é apropriadamente aplicável para os gargalos, para as áreas críticas do processo e

para áreas altamente onerosas.

“Um teste apropriado consiste em perguntar “se a efetividade desta etapa de transformação for

melhorada, o resultado será impactado significativamente?”Se a resposta for sim, vale à pena

concentrar esforços nessa etapa para obter o valor real da OEE e realizar melhorias.” (Hansen,

2006, p.44).

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Hansen (2006) explica que para se obter as informações para cada produto de forma simples,

usualmente manual, através de contadores de ciclo, cronômetro e outros dispositivos de

medição, simples gráficos podem ser extremamente valiosos, uma vez que a freqüência e a

duração dos eventos podem ser facilmente obtidas e analisadas. A Figura 2 propõe um modelo

de formulário no qual constam as informações mínimas que devem ser coletadas.

Produto____________________ Grupo de Trabalho_______________Data________

Formato ___________________ Lote Nr._____________Equipamento Nr._______

Tempo de Produção Pogramado _______________________________________

Tempo Inicial Real______________________Tempo Final Real _______________

Ciclo Inicial Contador Nr.____________________Ciclo Final Contador Nr. __________

Hora Inicial___________________________ Hora Final _____________________

Quantidade Material Utilizada______________Unidades Produzidas ____________

Quantidade de Unidades Boas Transeridas________________________

Observações dos Grupos de Trabalho (problemas e requencias das paradas não

proramadas (DT), qualidade, ordens, fluxos, paradas (ST) operacionais e paradas

(ST) induzidas, ações e mudanças nos pontos de controle.) Marcar e anexar o

registro gráfico do tempo de operação da produção neste relatório.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________

Utilizar o verso do formulário para observações sobre falta de pessoal, falha de

equipamentos e notas técnicas.

Figura 2: Exemplo de formulário para ordem de operação.

Fonte: Hansen (2006)

Para Hansen (2006), após coletada as informações para cada item produzido pode-se

facilmente formar o banco de dados para analisar a OEE e começar a implementação de

melhorias na produtividade. Por exemplo, comparando o tempo inicial/final versus tempo de

operação mede-se a velocidade, e unidades produzidas versus unidades transferidas mede-se a

qualidade. Comparando-se a entrada de material versus unidades produzidas obtêm-se

informações sobre desperdícios e inventário. As observações do líder do grupo de trabalho

auxiliam o trabalho das equipes interfuncionais para a eliminação das causas raízes ou

limitação dos problemas.

Segundo Hansen (2006), deve-se tomar uma decisão com relação a como considerar o

retrabalho, porque em muitos processos, os itens manufaturados não podem ser transferidos

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ou embarcados sem sofrerem um retrabalho. (Neste caso o esforço no gargalo falhou e, a OEE

para este tempo de manufatura é zero). Os esforços de retrabalho podem ser classificados em

três categorias:

1 – Retrabalho realizado fora da linha de produção, utilizando um equipamento não crítico,

pode simplesmente envolver uma nova embalagem e pode ser feito manualmente. Nestes

casos, o retrabalho não impacta no sistema gargalo, torna-se uma decisão de custos de

manufatura. A OEE do gargalo não muda, mas, a medição para as unidades produzidas na

fábrica deve registrar quanto retrabalho foi finalmente transferido, de forma que a conciliação

entre a OEE e o rendimento da primeira produção possa ser denominada.

2 – Retrabalho realizado na linha quando o equipamento não estiver originalmente

programado para produzir, talvez nos finais de semana ou em horas extras. Como na categoria

anterior, esse retrabalho é essencialmente realizado com o equipamento fora da linha de

produção e novamente se torna uma decisão de custo de manufatura.

3 – Retrabalho realizado na linha, competindo com o tempo de produção regular. Neste caso o

material utilizado no retrabalho deve ser visto como uma nova entrada de material. Os fatores

tempo, velocidade e qualidade devem ser computados na OEE atual. É necessário fazer um

ajuste no inventário e nessas circunstâncias o desperdício é transformado em unidades boas.

De acordo com Nakajima (1989), a OEE é mensurada a partir da estratificação das seis

grandes perdas e calculado através do produto dos índices de Disponibilidade, Performance e

Qualidade. As seis grandes perdas estão descritas abaixo:

1. Perda por Quebra: são caracterizadas pelas paradas na função, ou seja, o equipamento

fica indisponível até que se restabeleça a condição original e inicie novamente a

operação, seja pela atividade da manutenção, engenharia ou outro departamento. As

quebras estão divididas em dois tipos: esporádicas e crônicas, como mostradas na

figura 3. As quebras esporádicas caracterizam por paradas repentinas e drásticas,

porém, de fácil visualização e correção. Já as crônicas são geralmente ignoradas e

negligenciadas por tratar-se de paradas de curta duração, porém de freqüência alta.

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Figura 3: Diferença entre perdas crônicas e perdas esporádicas

Fonte: Chiaradia (2004).

2. Perdas por Setup e Regulagens: estão relacionadas a mudanças de produtos e

regulagens até que seja concluído o setup. As regulagens feitas depois de concluído o

setup devem ser caracterizadas como perdas, porém relacionadas a perda 1.

3. Perdas por Ociosidade e Pequenas Paradas: originadas da palavra japonesa “Chokotei”,

que se caracterizam por interrupções dos ciclos dos equipamentos, paradas

intermitentes de linha de produção gerando partidas e paradas constantes. De modo

geral esta perda é eliminada de forma rápida e simples, por intermédio de resets do

equipamento, realizados pelo próprio operador, logo a identificação e a contabilização

tornam-se dificultadas, pois não são entendidas como perdas pelos operadores.

4. Perdas por Redução de Velocidade: caracterizam-se pela velocidade real ser menor

que a velocidade teórica ou de engenharia, implicando tempos elevados de ciclo. Estas

perdas podem ser ocasionadas por problemas de manutenção, operação, qualidade ou

processo, que levam os operadores, técnicos de manutenção, entre outros, a reduzirem

a velocidade de trabalho dos equipamentos, permitindo que os equipamentos se

mantenham em operação, porém, encobrindo suas causas reais.

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5. Perdas por Problemas de Qualidade e Re-trabalhos: são relativas a geração de produtos

não conformes, causados pelo mau funcionamento dos equipamentos e podem ocorrer

de forma esporádicas e crônicas.

6. Perda por Queda do Rendimento (Startup): estão relacionadas as restrições técnicas

dos equipamentos, que obrigam um período para estabilização das condições dos

equipamentos após períodos de parada do equipamento, como por exemplo, reparos

periódicos ou corretivos, feriados, refeições, entre outras.

Para Nakajima (1989), as seis grandes perdas dos equipamentos estão associadas aos três

índices que formam o cálculo da OEE, onde a perda 1 “quebra” e 2 “setup e regulagens”

fazem parte do índice de disponibilidade, as perdas 3 “pequenas paradas” e 4 “queda de

velocidade” influenciam a performance, enquanto o índice de qualidade é composto pelas

perdas 5 “problemas de qualidade e re-trabalho” e 6 “queda de rendimento” conforme

ilustrado na figura 4.

Figura 4: Relacionamento entre OEE e seus índices de perdas

Fonte: Chiaradia (2004).

Segundo Nakajima (1989), um OEE de 85% deve ser buscado como meta ideal para os

equipamentos. Empresas que obtiveram OEE superior a 85% ganharam o prêmio TPM Award.

Para se obter esse valor de OEE é necessário que seus índices sejam de: 90% para

disponibilidade, 95% performance, 99% qualidade.

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Em geral os valores de OEE estão entre 50 e 60%. A partir da análise dos indicadores

componentes do OEE é possível avaliar onde é necessário intervir orientando a tomada de

decisão de forma assertiva.

• Cálculo da OEE utilizando as fórmulas de Nakajima:

1. Tempo de Carga = Tempo Total – Tempo Excluído (Todas as Paradas Planejadas) = Tempo Programado

2. Disponibilidade = Tempo de Carga Tempo de Carga

3. Tempo de Ciclo Real = ____Tempo de Operação___ Volume Real Produzido

4. Taxa de Velocidade Operacional = Tempo de Ciclo Teórico Tempo de Ciclo Real 5. Eficiência de Performance = 1 X Taxa de Velocidade Operacional 6. Taxa de Qualidade = Unidades Boas Produzidas Total de Unidades Produzidas 7. OEE = Disponibilidade X Eficiência de Performance X Taxa de Qualidade

A disponibilidade é a medição das perdas por paradas e está relacionado à proporção entre o

tempo de acionamento e o tempo gasto na operação. Sendo que o tempo de acionamento é o

tempo utilizado para colocar o equipamento em funcionamento e é igual ao resultado da

subtração do tempo de desligamento ou ociosidade. O tempo de desligamento é representado

pelas atividades de planejamento de produção, manutenção programada e reunião diária com

os superiores imediatos e a ociosidade por paradas devido à falhas, ajustes, etc.

O desempenho é a medição das perdas por variação de ritmo. Corresponde ao resultado da

multiplicação da taxa da velocidade operacional pela taxa operacional líquida. Considera-se

taxa de velocidade operacional a diferença entre as várias velocidades, sendo expressa pela

velocidade real e a capacidade (tempo de ciclo) inerente ao equipamento. Essa taxa informa se

o equipamento está funcionando na velocidade teórica além de identificar a quantidade de

perda caso o equipamento esteja em menor velocidade.

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A taxa operacional líquida é utilizada para verificar a constância da velocidade de operação

do equipamento durante um determinado intervalo de tempo, independente de qual for essa

velocidade. Determina o cálculo para perdas originadas de paradas curtas.

A qualidade é a medição das perdas por defeitos nos produtos, sendo sua taxa expressa pela

proporção entre a quantidade de materiais e de energia a ser trabalhada ou carregada para o

processamento, e a quantidade real de produtos com qualidade aprovada. A quantidade de

defeitos corresponde a refugos e retrabalhos.

A identificação das perdas é a atividade mais importante no processo de cálculo do OEE. A

limitação da empresa em identificar suas perdas impede que se atue no restabelecimento das

condições originais dos equipamentos, garantindo alcançar a eficácia global, conforme

estabelecido quando o equipamento foi adquirido ou reformado. As perdas são calculadas a

partir da folha resumo de informações, esta análise auxiliará na identificação das áreas que

apresentam a maior oportunidade para aumentar o valor da OEE, e as maiores oportunidades

estão naquelas áreas onde existem grandes perdas.

2.1.3. As Chaves do Sucesso

Segundo Hansen (2006), a OEE aborda um processo contínuo de mudanças na fábrica. O

enigma do sucesso consiste em quatro áreas-chaves, que combinadas levam ao aumento dos

lucros. E se unidas corretamente levam a um rápido crescimento no limite operacional. As

quatro são: Liderança, Objetivos Focados, o Ciclo OEE versus Teoria das Restrições e

Aprendizagem Contínua.

Para Hansen (2006) a confiabilidade e a produtividade são responsabilidades de cada um, um

verdadeiro esforço de equipe. A liderança aparece como a primeira área-chave porque a

liderança proativa é a maneira mais rápida de envolver todas as partes para trabalharem juntas

e é necessária para construir a visão e apoiar os esforços para escalar as montanhas da

excelência

A segunda área-chave são os objetivos focados, isso surge da análise do banco de dados

coletados e do entendimento dos elementos da OEE. A terceira área-chave é o ciclo da

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Eficiência Global dos Equipamentos (OEE) versus Teoria das Restrições (TOC), porque a

TOC identifica os objetivos de alta prioridade e a OEE é o meio de medição para chamar

atenção de todas as perdas.

A quarta área-chave é a aprendizagem contínua, que quer dizer uma educação constante sobre

os processos, métodos, equipamentos, organização e resultados financeiros. A aprendizagem

contínua não é limitada a indivíduos, na verdade é mais poderosa quando praticada entre

equipes interfuncionais. Ter disposição para ouvir e aprender sobre as experiências das outras

pessoas ajuda na migração das boas práticas da OEE para todas as áreas da empresa.

Para Hansen (2006) as quatro áreas-chave juntas e trabalhando em sinergia irão resultar em

boas melhorias para o progresso na eficácia da manufatura.

2.1.4. Os Agentes do Fracasso

Segundo Hansen (2006), a maioria dos fracassos da OEE acontece principalmente por

motivos de resistência á mudanças. A resistência é uma característica dos seres humanos

podendo ter muitas causas raízes. As fábricas possuem muitas áreas funcionais e partes

diferentes, e cada área é ligada a outras de certo modo, mesmo que seja apenas pelo fato que

todas impactam nos custos de manufaturas dos bens.

Conforme Hansen (2006), independente da indústria ou do produto, avalie quão bem a fábrica

funciona, e a OEE é um parâmetro fundamental. A eficácia financeira também é importante,

logo se deve sempre saber como são as seguintes questões na empresa:

1. Os salários são justos?

2. Todos os empregados agregam valor?

3. O desperdício é controlado?

4. Os custos e a qualidade da matéria prima são competitivos?

5. Os custos de transporte e entregas são minimizados?

6. Os custos de estoque são minimizados?

7. Há evidência de conservação de energia?

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8. O caixa é saudável?

9. A empresa tem compromisso visível para pesquisar o desenvolvimento?

10. Os sistemas de informação são eficientes?

A fábrica é o coração da empresa, mesmo que operem eficientemente, muitas influências

externas podem causar o fracasso. As fábricas fracassam internamente em um ambiente

altamente corretivo, no qual a cooperação, a comunicação e o controle são desafiados por

cada perturbação do sistema.

“Apagar incêndio consome o dia. Direta ou indiretamente, as pessoas, eventos e

ações não reservam tempo para reunir os dados, a documentação dos processos ou

a validação das informações. Trabalhadores motivados se tornam frustrados

quando os gerentes nunca têm tempo para tratar ou implementar as suas sugestões

e recomendações. O planejamento e a programação submetem-se a mudanças

diárias, senão horárias. O trabalho planejado raramente é incluído no

cronograma” (Hansen, 2006, p. 219).

2.1.5. As Vantagens da OEE

Segundo Hansen (2006), entre as vantagens do OEE, destacam-se:

1. A OEE permite tomada de decisão aos planejadores e aos gerentes no horizonte de

curto prazo;

2. Permite que a alta administração passe a ter uma visão mais operacional e real do que

ocorre no chão de fábrica;

3. Dificulta que informações operacionais sejam ocultadas;

4. Propicia uma revisão dos dados de engenharia (tempos padrão principalmente);

5. Democratiza as informações sobre a performance dos equipamentos;

6. A OEE é um índice abrangente que sinaliza os efeitos do ambiente, exemplo de falta

de materiais, problemas de qualidade, falta de recursos humanos, etc. sobre a produção.

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2.2. ESTUDO DE CASO I – INDÚSTRIA FARMACÊUTICA HIPOLABOR

O presente estudo de caso apresenta o OEE calculado a partir de dados obtidos no setor de

fabricação de produtos Semi-Sólidos que compreende a fabricação de pomadas, cremes e

geléias de uso farmacêutico. Este centro de trabalho é parte integrante da Hipolabor

Farmacêutica, indústria farmacêutica localizada em Sabará.

A Hipolabor Farmacêutica possui duas unidades fabris, sendo uma planta administrativa e

outra produtiva na qual são produzidos medicamentos injetáveis, sólidos, líquidos e semi-

sólidos. A Empresa possui cerca de 400 funcionários.

A Empresa possui um software de gerenciamento denominado EMS através do qual é

possível realizar controle estatístico dos tempos de operação, de parada, produção por turnos,

entre outros dados, entretanto, estes ainda não são utilizados para calculo de OEE, uma vez

que esta ferramenta não é aplicada na fábrica.

O equipamento avaliado foi envasadora de cremes Norden que possui capacidade produtiva

de 4.000 bisnagas/hora sendo operada por duas operadoras por turno e com 02 turnos por dia,

num total de 16,8 hs disponíveis/dia.

2.2.1. Metodologia

Os dados apresentados compreendem o período de 23/11/2008 à 23/12/2008 e foram

extraídos a partir de lançamentos no software de gerenciamento EMS/DATASUL no módulo

chão de fábrica. O sistema é diariamente alimentado pela coordenação de produção no que diz

respeito às paradas de máquina e quantidades produzidas. Estes dados por sua vez são obtidos

a partir de anotações feitas pelos operadores em registro da qualidade específico. A figura 5

apresenta o relatório de produção no período, a figura 6 relatório de perdas e a figura 7 as

paradas de máquina.

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Figura 5: Relatório de produção Fonte: Dados da empresa

Figura 6: Relatório de perdas. Fonte: Dados da empresa

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Figura 7: Relatório de paradas Fonte: Dados da empresa

2.2.2. Resultados

Por meio de análise dos relatórios de processo e perdas é possível extrair que no período

analisado a envasadora Norden produziu 447.812 bisnagas com uma perda de 4.357 bisnagas

entre bisnagas perdidas durante o envase.

O período compreende 22 dias trabalhados com 16,8 horas disponíveis por dia totalizando

369,60 hs disponíveis, entretanto, conforme relatório de paradas houve 137,65 hs de

equipamento ocioso.

Considerando que OEE é o produto da disponibilidade x eficiência da performance x taxa de

qualidade têm-se que:

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Disponibilidade = Total de horas trabalhadas X 100% Total de horas disponíveis (369,60-137,65) = 0,6276 62,76%

369,60

Eficiência de Performance = 1,0 x Taxa de Velocidade Operacional

Sendo:

Taxa de Velocidade Operacional = Tempo de Ciclo Teórico Tempo de Ciclo Real Tempo de Ciclo Teórico= Velocidade Ideal Considerando a informação do Fabricante da máquina envasadora Norden, tem-se: 4.000

bisnagas/hora; 66,67 bisnagas/minuto ou 1.11 bisnagas/segundo (assim tem-se

1/1,11=0,9009) . Sendo seu tempo de Ciclo Teórico de 0,9009 segundos/ bisnagas.

Tempo de Ciclo Real = Tempo de Operação real Volume produzido = 231,95 x 60min/h x 60seg/min = 835.020 = 1,8647 447.812 447.812 Dessa forma: Velocidade operacional = 0,9009 = 0,4832 48,32 % 1,8646 Eficiência = 1 x 48,32 = 48,32 % Taxa de Qualidade = Unidades boas produzidas

Total de unidades produzidas = (447.812 – 4357) 447.812 = 0,9903 99,03% A partir dos dados acima obtidos, conclui-se: OEE = Disponibilidade x Eficiência de Performance x Taxa de Qualidade

OEE = 0,6276 X 0,4832 X 0,9903

OEE = 0,3003 ou 30,03%

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2.2.3. Discussão

Segundo Hansen (2006) um OEE com valor abaixo de 65% é considerado um valor

inaceitável. No caso da envasadora Norden um OEE de 30,03% representa um valor muito

baixo e alguns aspectos devem ser discutidos.

Fica evidenciado através da figura 07 “Relatório de Paradas” que as duas maiores paradas no

período foram “aguardando manipular produto” com 51,78 horas e a “atraso na liberação de

ficha técnica de produção pelo setor de PCP” com 20,54 horas, juntas estas paradas

representam 52,54% do total de paradas. Estas paradas constituem atrasos imputados por

outros setores, mas que interferem diretamente no OEE da envasadora, impactando nos itens

“disponibilidade” e “eficiência da performance”.

Outro dado relevante são os dias sem programação de produção para a envasadora,

estipulados pelos PCP, e que não estão evidentes nos relatórios apresentados, uma vez que

estas paradas por falta de programação não são lançadas no sistema EMS, mas se encontram

incluídas no período, contribuindo para a diminuição dos índices citados anteriormente. As

paradas apontadas no sistema correspondem a 8,19 dias parados originados do PCP.

O indicador “taxa de qualidade” apresentou um elevado índice, reflexo da característica do

produto, de uso farmacêutico que exige um alto padrão de qualidade, da robustez do

equipamento que apresentam poucas paradas por problemas, e até mesmo da meta de

participação nos resultados do setor, que consiste em perda máxima de 1,5% do total

produzido.

Dessa forma é possível concluir que para a elevação do OEE será necessário, em primeira

instância, a otimização da operação de manipulação, atividade anterior ao envase e que

representa o gargalo na produção de formas farmacêuticas semi-sólidos e também um

trabalho conjunto com o setor de PCP com a finalidade de reduzir os dias sem programação

para o equipamento e os atrasos na entrega da Ficha Técnica de Produção que representa o

“start up” para a produção.

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Além disso, um apontamento mais abrangente, no sentido de contemplar os dias não

programados pelo PCP é necessário, a fim de que o cálculo das paradas originadas por este

setor sejam corretamente contabilizadas e possam ser mensuradas.

Ressalta-se que apesar do OEE ter sido calculado para o período de 30 dias, com 22 dias

trabalhados, a OEE é um medidor a ser calculado diariamente, pois permite a tomada de ação

imediata. Algumas empresas adotam o cálculo do OEE a cada turno, de modo que o gestor

possa atuar ainda mais rápido.

No caso específico deste centro de trabalho, a implementação do cálculo da OEE representa

uma excelente ferramenta a ser adotada pela Diretoria da Hipolabor como sendo uma das

metas contempladas para participação de resultados, uma vez que esta Instituição já possui

uma cultura de apontamentos de paradas e sua equipe possui sólida orientação para obtenção

de resultados.

2.3. ESTUDO DE CASO II – EMPRESA ART & CHAPAS SÃO FRANCISCO LTDA. O presente estudo de caso visa apresentar a ferramenta OEE, calculado a partir de dados

obtidos na indústria Art & Chapas São Francisco Ltda, localizada em Belo Horizonte/MG. A

Art & Chapas São Francisco é uma indústria de pequeno porte e está inserida no ramo de

calhas e rufos (perfis usados para captação, desvio e condução de águas pluviais) e possui em

seu quadro 20 funcionários e uma unidade fabril.

A empresa Art & Chapas São Francisco possui um software de gerenciamento de processos

como: controle de estoques, logística e acompanhamento de vendas, mas não há uma

aplicação específica para a área de produção e medição de sua produtividade. Fato este que

motivou os autores deste trabalho a realizar a coleta de dados com intuito de medir a

produtividade da empresa.

O setor escolhido para a coleta de dados foi o de fabricação de perfis em aço galvanizado

(calhas) e o equipamento uma máquina perfiladeira de fabricação da própria empresa. Como

não há manual específico da máquina indicando capacidade produtiva, foram usados dados

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retirados do histórico do processo de fabricação. Sendo sua capacidade de 360 metros/hora,

estando em operação (disponível) em 01 turno de 9,8 horas/dia.

2.3.1. Metodologia

Os dados coletados correspondem ao período dos dias 02/02/2009 a 06/02/2009 e foram

obtidos através de apontamentos feitos pelos operadores no chão de fábrica. Como a empresa

não possui um software para uso de programação da produção e controle estatísticos, os dados

possivelmente sofreram desvios e necessitam de futuras avaliações por parte da direção da

empresa. Estes dados foram coletados e apontados em planilhas manuais, e posteriormente

lançados em planilhas eletrônicas, o que eleva a consideração de que sofreram perdas de

qualidade de informação.

2.3.2. Resultados

Conforme dados coletados no período citado, a máquina perfiladeira produziu 4.917 metros,

tendo uma perda de 11,28 metros. Estas perdas correspondem ao que a empresa chama de

ponta inicial e ponta final, que são os metros iniciais e finais da bobina de chapa de aço

(matéria-prima).

O período compreende 5 dias trabalhados com 9,8 horas disponíveis por dia totalizando 49 hs

disponíveis na semana, entretanto, conforme os números que mostram as paradas que foram

de 33,88 horas, é possível analisar que a empresa teve uma perda muito extensa num curto

período de tempo.

Considerando que OEE é o produto da disponibilidade x eficiência da performance x taxa de

qualidade têm-se que:

Disponibilidade = Total de horas trabalhadas X 100% Total de horas disponíveis (49-33,88) = 0,3086 30,86%

49 Eficiência de Performance = 1,0 x Taxa de Velocidade Operacional

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Sendo:

Taxa de Velocidade Operacional = Tempo de Ciclo Teórico Tempo de Ciclo Real Tempo de Ciclo Teórico= Velocidade Ideal

Considerando que a capacidade da máquina perfiladeira é de 360 mt/hora, tem-se: 6 mt/min

ou 0,10 mt/seg. Sendo seu tempo de ciclo Teórico de 10 segundos/metro.

Tempo de Ciclo Real = Tempo de Operação real Volume produzido = 15,12 x 60min/h x 60seg/min = 54.432 = 11,0702 4.917 4.917 Dessa forma: Velocidade operacional = 10 = 0,9033 90,33 % 11,0702 Eficiência = 1 x 90,33 = 90,33 % Taxa de Qualidade = Unidades boas produzidas

Total de unidades produzidas = (4917 – 11,28) 4.917 = 0,9977 99,77% A partir dos dados acima obtidos, conclui-se: OEE = Disponibilidade x Eficiência de Performance x Taxa de Qualidade

OEE = 0,3086 X 0,9033 X 0,9977

OEE = 0,2781 ou 27,81%

2.3.3. Discussão

Conforme cálculos acima é possível analisar que a empresa teve problemas no que tange a

disponibilidade. Este fato reduziu o índice OEE muito abaixo do valor considerado pela

literatura como aceitável, conforme citado anteriormente.

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Diversos fatores relevantes devem ser considerados para análise da OEE encontrado na Art &

Chapas São Francisco. Os números demonstram que a empresa teve uma parada muito

extensa. Esta parada originou-se por motivos de espera no abastecimento de matéria-prima, o

que não ocorreu durante o período em que foram levantados os dados para fins de cálculos da

OEE. Este período de parada foi responsável pelo baixo índice de disponibilidade conforme

cálculos acima. O tempo de parada que foi de 33,88 horas/semana, que corresponde a 69 % do

tempo total disponível, o que representa uma perda muito grande de produtividade na semana.

No indicador qualidade a empresa alcançou um índice também satisfatório. A justificativa

deve-se ao fato de que se perde no processo de fabricação apenas partes iniciais e finais da

matéria-prima. A matéria-prima utilizada é chapa de aço galvanizada em bobinas (rolos) que

variam de 500 kg a 1.000 kg e com diâmetros diversos. O processo de abastecimento da

máquina ocorre de forma manual, o que eleva o índice de perda.

As principais dificuldades encontradas na análise da OEE na empresa Art & Chapas São

Francisco foram principalmente à resistência dos operadores em apontar de forma correta e

constante os dados necessários, a cultura desacreditada que impera em pequenas empresas,

onde os funcionários vêem essas análises como ameaças aos seus postos (imaginam excesso

de controle). Isto se deve a falta de treinamento e melhor orientação por parte da área de

supervisão da empresa que pode ocorrer com a mudança de cultura para a implantação desta

ou de qualquer outra ferramenta.

O presente trabalho demonstra que são necessárias novas análises dos dados coletados para

concluir um índice final de eficiência OEE. Conforme mencionado, as paradas por motivo de

falta de matéria-prima indicam a necessidade de novos apontamentos. Ressalta-se também a

necessidade de aumentar o período de coleta, o que possibilita melhor análise dos índices

encontrados. A criação de um banco de dados (índices OEE diário, semanal ou mensal)

possibilita à empresa um acompanhamento de seu desempenho e auxilia a supervisão e

direção da empresa nos ataques aos recursos gargalos no sentido de buscar melhor eficiência

utilizando a capacidade até então oculta.

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3. CONCLUSÃO

Conclui-se que o motivo pelo qual as organizações devem medir sua produtividade é que

através deste método, estas irão percorrer processos contínuos de mudanças, em busca de

metas cada vez mais desafiadoras, o que irá motivar o envolvimento de todas as partes da

empresa para o alcance do sucesso da organização. Métodos de medição auxiliam na

identificação de perdas e, principalmente, propagação da educação e aprendizagem

(individual e entre equipes interfuncionais) contínua sobre os métodos, processos e

organização das empresas.

O presente trabalho demonstrou através dos estudos de caso, que é possível identificar perdas

dos sistemas produtivos através dos índices de disponibilidade dos equipamentos, eficiência

produtiva e qualidade final dos produtos. E oferece oportunidades de visualizar melhorias

dentro de uma organização de modo específico e interligado entre as operações.

Observa-se que nas análises da taxa de qualidade nas empresas estudadas, alcançaram-se

resultados satisfatórios, refletindo assim o alto padrão de qualidade dos produtos finais de

ambas as empresa. No caso da empresa Hipolabor Farmacêutica este fato se justifica pelos

processos de controle utilizados, qualidade dos equipamentos e medidas de controle como

manutenção preventiva, o que reduz sistematicamente o número de paradas provocadas por

problemas técnicos e outros. Na empresa Art & Chapas São Francisco o índice de qualidade

também se justifica pelo controle do processo de produção e principalmente a padronização

deste processo. Entretanto, esta mesma empresa perde no item disponibilidade por não possuir

um programa de manutenção preventiva, o que provoca inúmeras paradas para manutenção

corretiva, baixando o índice de eficiência de suas operações. No item eficiência a empresa

Hipolabor Farmacêutica obteve apontamentos importantes para análises futuras, como por

exemplo, foram identificados atrasos de liberação de fichas técnicas pelo PCP, o que

ocasionou grandes perdas. Esses índices serão de grande valia para análise corretivas por

parte da equipe de produção.

A eficiência dos equipamentos não obteve bons índices. As causas principais para a

identificação deste resultado insatisfatório foram claramente visíveis através do relatório que

apontou perdas por várias pequenas paradas e queda de velocidade (características

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identificadas nas seis grandes perdas), ocasionada por atrasos de liberação de ficha técnica

pelo PCP e espera de manipulação de produto, no caso do Laboratório Hipolabor. Já o

desempenho foi bastante prejudicado por setups, facilmente identificado por altos índices de

trocas de lote de produtos. O que foi identificado neste ponto na empresa Art & Chapas São

Francisco é que os dados utilizados necessitam de revisão, como por exemplo, a velocidade

operacional real da máquina foi baseada em dados utilizando uma única velocidade

operacional, entretanto a empresa informou a mesma máquina possui três velocidades. Mas

justificou não serem usadas para não aumentar o índice de desgaste e conseqüentemente

manutenção corretiva.

As vantagens deste método de medição são várias, dentre elas, o OEE permite a tomada de

decisões a curto prazo, dificulta ocultar informações operacionais; e seus resultados são justos

com relação as causas da não eficiência. O grande desafio a ser enfrentado e, muitas vezes,

desvantajoso ao se tentar implementar este processo nas organizações, é a mudança de cultura.

Um motivo bastante comum hoje é o de profissionais que se tornam frustrados ao receberem

pouca ou nenhuma atenção por parte de seus gerentes para analisar ou implementar suas

sugestões ou recomendações.

A análise da OEE permite envolver todas as áreas da empresa por meio de seus indicadores,

auxiliando as lideranças e a administração, direcionando os esforços da equipe em busca do

aumento da eficácia global da empresa. As perdas e ineficiências das máquinas que compõem

o layout de uma fábrica representam uma parte importante do que não está sendo utilizado

dentro de um escopo esperado.

Dessa forma, é possível concluir que o OEE representa uma excelente ferramenta de medição,

uma vez que auxilia na rápida tomada de decisão. Entretanto, destaca-se que o senso crítico

do gestor no que diz respeito a elaborar planos de ação eficientes a curto e longo prazo, é

fundamental, pois as elevações dos valores de OEE constituem uma tarefa constante,

demorada e de pequenos aumentos diários.

O presente trabalho recomenda novos estudos e análises em ambas às empresas estudadas.

Visto que os apontamentos sofrem modificações no decorrer das ações de coleta. Na empresa

Laboratório Hipolabor houve diferenças nos apontamentos sugerindo perdas inexistentes, o

que reforça a recomendação de novos estudos. Na empresa Art & Chapas São Francisco Ltda

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recomenda-se nova coleta de todos os dados com acompanhamento de profissionais que

melhor conheçam a metodologia de medição da OEE. Sugere-se treinamento dos operários no

intuito de difundir a cultura da medição na organização, o que pode ser feito por meio de

instruções através da área de supervisão. Ainda recomenda-se o aumento dos períodos

estudados e com isso a criação de um banco de dados dos índices obtidos.

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