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IFCE – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO
CEARÁ
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM HOTELARIA
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ÍNDICE
História da Hotelaria
Classificação Hoteleira
Estrutura Organizacional do Hotel
Terminologia Hoteleira Internacional
Tipos de meios de hospedagem
Princípios para o acolhimento do hóspede
Bases do Check in e Check out
BIBLIOGRAFIA
Duarte, Vladir Vieira. Apostila de Hospedagem. CEATEL(SENAC-SP): 1995
Duarte, Vladir Vieira. Administração de Sistemas Hoteleiros: conceitos básicos. São Paulo:
Editora Senac São Paulo, 1996
SENAC-Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. Introdução a Turismo e Hotelaria.
Rio deJaneiro: Ed.Senac Nacional, 1998
Reis, Juvenal - Apostila da História da Hotelaria. CEATEL (Senac-SP)
Schneeberger, Carlos Alberto. História geral: teoria e prática. São Paulo. Ed.Rieedel, 2003.
Vallen, Gary & Jerome. Check in e Check out. Gestão e Prestação e Serviços em Hotelaria.
Trd.Roberto Cataldo Costa. 6 ed. Porto Alegre: Bookman, 2003. 494 p
Chon, Kye. Hospitalidade. Conceitos e Aplicações. Ed.Thomson, 2003.
Walker, John. Introdução a Hospitalidade. Barueri-SP. Manole, 2002.
por - RÚBIA VALÉRIO PINHEIRO
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APRESENTAÇÃO
OBJETIVO
Ao final desta disciplina o aluno terá conhecido toda a estrutura e funcionamento dos
meios de hospedagem e saberá contextualizar a história e evolução da hotelaria, conhecer
e identificar a classificação dos meios de hospedagem
RESUMO DA DISCIPLINA:
Conhecer a Historia, evolução e contextualização da hotelaria
Conceber a estrutura geral hoteleira
Identificar as características da recepção e setores afins
Conhecer a Classificação hoteleira – Embratur
Conhecer as principais atividades da recepção: Check in e do Check out
TOPICOS
Conhecer a Historia, evolução e contextualização da hotelaria
Conceber a estrutura geral hoteleira
Identificar as características da recepção e setores afins
Conhecer a Classificação hoteleira – Embratur
Conhecer as principais atividades da recepção: Check in e do Check out
Hotelaria na Idade Antiga:Oriente Médio, Grécia e Roma
Hotelaria na Idade Média
Hotelaria na Idade Moderna
Hotelaria na América
Hotelaria no Brasil
Surgimento do sindicato hoteleiro e da EMBRATUR
Tipos dos meios de hospedagem e tendências de mercado
Termos técnicos usuais
Organograma do Dpto de Hospedagem
Cargos e funções
Comunicação na recepção e outros setores
Bases do check in e check out
Normativa 429 – Classificação e Normatização dos meios de hospedagem
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LIÇÃO 1-HISTÓRIA DA HOTELARIA
TÓPICO 1: Idade Antiga
Você sabia que a história da hotelaria acompanha a história da humanidade?
A hotelaria, seu estudo, aprimoramento, desenvolvimento, incluindo a preocupação
com a qualificação profissional, são uma criação relativamente recente, embora o senso de
acolhimento e hospitalidade, bem como os tipos de instalações para o acolhimento tenham-
se iniciado quando o homem passou a peregrinar.
Como você acha que era acolher/hospedar 2000 mil, 3000 mil anos atrás? As
pessoas que acolhiam eram profissionais ou simplesmente pessoas solidárias?
Havia pagamento por esta hospedagem?
E as instalações? Luxuosas, simples, grandes, pequenas?
E as pessoas acolhidas podem ser consideradas hóspedes?
Bem, naturalmente, hoje, é bem diferente daquela época, até porque temos pessoas
que se profissionalizam na área e desenvolvem habilidades e técnicas para bem atender às
pessoas, o que há 2000 mil, 3000 mil anos atrás, isto acontecia de uma forma natural.
Sabe-se que a história da hotelaria é muito antiga. Entretanto, os relatos deixados a
respeito do surgimento e desenvolvimento de meios de hospedagem são insuficientes para
determinar onde e como começou exatamente.
Você sabe que o homem teve sua fase nômade, ou seja, não tinha rumo certo e não
retornava ao local de origem. Quando o passou a ser sedentário, começou a construir vilas,
a dominar a terra, a agricultura, a criação de animais, etc. Passou então a deslocar-se,
voltando ao seu local de origem. Ao longo dos trajetos percorridos, e encontrava algumas
casas de pessoas acolhedoras/hospitaleiras que ofereciam pernoites e ou descanso.
“ A palavra hospitalidade deriva de hospice (asilo, albergue), originária do francês, que
significa dar ajuda/abrigo.” (Walker,
2002). O hospice mais famoso é o de
Beaune, na região de Borgonha –
França. Foi construído em 1443, po
Nicolas Rolin, como casa de caridade.
L`Hospice de Baune.
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Tópico 2: Origem Dos Meios De Hospedagem
Bem, como você imaginou mesmo as primeiras formas de instalações que acolhiam
as pessoas? Grandes casarões, lugares rústicos? Lembra-se da antiguidade, ou chamada
Idade Antiga?
Idade Antiga tem seu inicio com o surgimento da escrita, por volta de 4000 anos
aC.e tem como marco final o ano de 476 dC. Quando ocorreu a queda do Império
Romano Ocidental. Este período foi marcado por grandes conflitos e conquistas entre os
povos, como os persas, gregos, assírios, caldeus, hebreus, etc.
Em seguida, veio a Idade Média que se estendeu até o ano de 1453, com a tomada
de Constantinopla, pelos turcos otomanos. Foi uma época em que o homem concentrou-se
no campo, o campesinato, formaram os feudos, territórios com castelos e muralhas, em que
havia os reis, os senhores feudais, chamados também de suseranos e o povo que trabalhava
no campo, que eram os vassalos. É também um período marcado por muitos conflitos.
Lembra-se das Cruzadas?
Depois temos a Idade Moderna, que se inicia em 1453 e estende-se até a
Revolução Francesa em 1789. Este período já é um pouco mais tranqüilo do que a Idade
Média, o regime de governo é o Absolutismo, ou seja, os reis eram soberanos; há também
nesse período a expansão marítima e as colonizações.
A Idade Contemporânea é a atual, que vem desde a Revolução Francesa até
nossos dias. Caracteriza-se como um período de crescimento tecnológico, mudanças
culturais e de formas de poder.
Bem , tem-se,então:
Idade Antiga Idade Média Idade Moderna Idade
Contemporânea
4000 aC ate 476 dC De 476 a 1453 De 1453 até 1789 De 1799 até hoje
Os meios de hospedagem surgiram em concomitância com as primeiras
peregrinações do homem. Na antiguidade, as estalagens se estabeleceram em função da
busca por abrigo para animais, depois vieram as mansiones, caravanserais, tavernas entre
outros. Na Idade Média, os mosteiros tiveram forte posição, mas foi na Idade Moderna que
se iniciaram de fato os primeiros meios de hospedagem com características hoteleiras: os
Inns. Na Idade Contemporânea, temos efetivamente, o hotéis, pousadas, motéis, resortes,
etc.
Na Idade Antiga, no ORIENTE MÉDIO, ao longo das rotas das caravanas,
surgiram estruturas chamadas caravanserai, que ficavam em intervalos de 12km e
funcionavam de modo muito semelhante aos atuais kahns do Oriente Médio.
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Por volta de 3.000 a.C., povos como os sumérios, árabes entre outros que
viajavam para comercializar seus produtos pela Mesopotâmia necessitavam de abrigo.
Os caravanserais atenderam à necessidade destes comerciantes , fornecendo, a no
princípio, apenas abrigo, isto é, as provisões eram trazidas pelo viajante. Com o passar do
tempo, os cavanserais somaram ao acolhimento prestado, comida aos viajantes e também
aos animais.
Mais para o lado ocidental, havia as Estalagens que surgiram nos impérios gregos e
romanos para abrigar viajantes em busca de local de descanso para seus cavalos. Os
peregrinos procuravam por um estábulo que pudesse acomodar seus animais e
conseqüentemente a si próprios, vez que dormiam nas palhas do estábulo junto aos seus
cavalos. “Estalagem”, era o local onde havia cama e alimentação para as pessoas.
No território grego, as estalagens, em geral, eram 2 ou 3 grandes quartos com
enormes camas, onde se dormia mais de uma pessoa, conhecidas ou não. O “banheiro”
ficava fora do prédio. Normalmente, viajavam apenas os homens: dificilmente, mulheres
desacompanhadas de seus maridos ou pais eram vistas em estalagens.
Você viajaria para um lugar onde estivesse acontecendo conflitos, guerras,
catástrofes e coisas semelhantes? Meio inseguro, não? De fato, evitamos viajar para locais
assim para outros cujo trajeto é perigoso.
Nessa época, não era diferente: as pessoas evitavam o
deslocamento por medo dos caminhos perigosos e das guerras.
Na Grécia, entre os inúmeros conflitos sangrentos por
conquista de territórios e divergências, havia um período de
paz: as Olimpíadas.
Na GRÉCIA ANTIGA, os atletas eram vistos como semideuses e no percurso para
a cidade de Olímpia e Atenas, estes atletas eram recebidos em casas de moradores dos
vilarejos e cidades por onde passavam, sendo motivo de orgulho poder abrigá-los.
http://www.tapetesorientais.com.br/palaciotopkapi.php
7
Com o aumento da popularidade dos jogos, aumentou também a convergência de
espectadores e a hospedagem começou a ficar difícil e complicada. Por conta disso, fora
construído na cidade de Olímpia um enorme prédio para alojar tanto espectadores como
atletas.
O 1o HOTEL - Alguns manuscritos indicam que, no séc IV, por
ocasião dos Jogos Olímpicos, teria surgido o primeiro “hotel” da
história.
O LENIDAION, como foi chamado, tinha 10 mil m2 de área
divididos em grandes cômodos sem camas ou paredes. Apenas
colunas, teto e palha no chão.
O hábito dos gregos de banharem-se em águas termais fez surgir
locais exclusivos para isso, que também eram tidos como espécies
de hospedarias.
TÓPICO 3: Roma Antiga
Tal como era a Grécia e em seu império, em Roma também havia conflitos, guerras,
intercalados também de períodos de paz, prosperavam vilas, cidades, estradas, etc. Os
romanos fundaram as “ padarias”1 nestas cidades, vilas e, ao longo das estradas, também
surgiram meios de hospedagem para atender os viajantes.
Os hostellum, tavernas ou mansiones - Surgiram durante o alto império romano.
Eram locais onde se serviam ofereciam refeições e aposentos para pernoites. Era comum
imperadores romanos ou seus representantes utilizarem-se deles em suas viagens rumo aos
territórios conquistados. Os donos desses estabelecimentos só podiam acolher outros
viajantes com uma carta de referência/autorização das autoridades romanas.
Nessa época de intrigas políticas e intensa luta pelo poder, os magistrados
mantinham essas mansiones sob vigilância, já que civis e militares, além dos funcionários
dos correios, ali se hospedavam. Isso levava as autoridades a colocarem os donos de
pousada em sua folha de pagamento, para que eles relatassem tudo que ouvissem de seus
1 As padarias surgiram no auge do império romano. Eram casas de comercio, que entre outras coisas vendiam
pães. As padarias, muito procuradas pela população, concentradas em ruas famosas da época, dividia espaço
com toda sorte de comercio e serviços, entre eles as mansiones e/ou tavernas.
Os gregos eram politeístas e que o maior de todos os deuses era Zeus? Bem, os
gregos acreditavam que algum daqueles peregrinos e atletas poderia ser Zeus disfarçado
e que, se negassem abrigo a Zeus, a ira deste poderia recair sobre quem lhe negasse
abrigo e acolhimento. Por isso, também, é que não se negava hospitalidade
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hóspedes. A lei obrigava a manter vigília à noite, visando à segurança dos hóspedes, de
quem era obrigatório anotar os nomes, a procedência e a nacionalidade.
Esse panorama continuou mais ou menos inalterado até o final da Idade Antiga.
Com a queda do Império Romano, as estradas vieram a ser menos usadas, em razão da falta
de segurança. Esse fato diminuiu o número de hóspedes, prejudicando seriamente as
pousadas. Desse modo, a hospedagem passou a ser oferecida pelos monastérios e outras
instituições religiosas, bem mais seguras e confiáveis (WALKER, 2002; SENAC, 1998).
Os documentos de autorização passaram a ser cobiçados por se tornarem símbolo de
status social. Estima-se a construção de 10 mil estalagens. A fama dos hostelluns e tavernas
dependia da pompa da cerimônia oferecida aos imperadores e representantes.
A famosa Via Appia, por exemplo, era um local repleto de pequenas mansiones
(estabelecimentos mais populares) , e naqueles estabelecimentos ocorria toda a sorte de
orgias, crimes e desordens (SENAC, 1998).
Já na IDADE MÉDIA, Carlos Magno (séc VIII) foi um dos responsáveis pelas
construções de estalagens/pousadas para receber peregrinos. Muitas destas pousadas eram
em ordens religiosas, os MOSTEIROS e ABADIAS. A criação das ordens
religiosas/mosteiros tanto atendiam as pessoas importantes, que passaram a procurar
hospedagem nestes mosteiros em suas peregrinações, como também aos pobres, que
procuravam conforto temporário.
Durante as cruzadas, os exércitos reais e seus representantes tinham abrigo certo nos
mosteirosm e apesar de os religiosos não cobrarem nada, relatos dizem que no seu retorno,
deixavam prata, ouro e jóias nas ordens religiosas que os haviam acolhido.
Você já percebeu que quando há conflitos, há estagnação do turismo e hotelaria, ou
seja, ninguém sente segurança em viajar por estradas ou ir a locais perigosos. Assim, em
função das Cruzadas, muitos meios de hospedagem desapareceram, tal como ocorreu
quando da queda do Império Romano.
Albergues ou Hospedarias - Por volta de 1400, as figuras das
estalagens evoluíram para serviços mais característicos. A
hospedagem passou a ser comercializada em moeda . Surgiu o
hábito de servir refeições acompanhadas de vinho, começando a
caracterizar o serviço de restaurante.
Cada vez mais esses estabelecimentos se propagavam
e cresciam, embora os serviços e o conforto, não mudassem: foram
praticamente os mesmos por décadas.
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TÓPICO 3: Idade Moderna
Em 1561, a França decide regulamentar a tarifa das hospedarias, impondo normas e
exigindo que se oferecesse um mínimo de conforto aos hóspedes Foi adotado um ramo
verde para colocar-se à frente das hospedarias ou um tecido da mesma cor para padronizar
a identificação delas .
Na Inglaterra, utilizava-se um mastro alto e vermelho. Por volta desse período,
havia 480 hospedarias, tavernas e estalagens em Norfolk e 876 em Middlesex (Inglaterra).
Houve um aumento significativo de hospedarias nos séculos XVI e XVII devido ao
desenvolvimento do comércio e das tecelagens, pois, para ligar as vilas e cidades no
comércio dos seus produtos, as carruagens passaram a ser meios de transporte comuns, e
cada jornada durava em média de 35 a, no máximo, 50 km. Ao longo dessas estradas,
proliferaram as hospedarias.
O século XVIII, que se caracterizou pelo requinte de
maneiras e modo de vida de uma era
essencialmente palaciana, marcou grande
progresso nos estabelecimentos de
hospedagem.
A freqüência das hospedarias melhorou com a
abertura de novas estradas pelas quais nobres e
artistas (cantores de ópera, compositores e pintores, na sua maioria) passaram a deslocar-se
de corte em corte.
As próprias hospedarias sofreram influências da construção dos palácios e castelos
europeus, melhorando o conforto das instalações.
Em alguns casos, artistas que não tinham moeda, pagavam sua com entretenimento e
espetáculos, atraindo um público que gastava, não em hospedagem, mas nas refeições e
vinho.
Revolução Industrial:
Com a revolução industrial no século XIX, o surgimento da máquina à vapor, a
energia elétrica e etc... Pode-se realmente dizer que se iniciou o processo da indústria
hoteleira.
A burguesia passou a comprar os castelos da nobreza falida e investiram nos antigos
castelos, os quais passaram a ser chamados de Palaces, reformando-os e pondo o que
tinha de mais moderno: vidraças, aquecimento, tapetes, cortinas e energia elétrica.
Eram alugados por temporadas (três a quatro meses) à famílias de nobres ou da alta
burguesia que normalmente ocupavam alas inteiras. Ainda não havia o serviço próprio de
quarto e as famílias levavam seus próprios criados, comida, roupas de cama e banho.
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Hotel Ritz -
www.abaga.com.br/escolas/ritz.htm
Por esta época alguns dos estabelecimentos passaram a serem chamados de
HOTÉIS, (mais comumente chamados de “INNS”, os Innkeepers2) sua construção ainda
era nos parâmetros das estalagens, grandes quartos com várias e enormes camas.
A partir desta época, grandes nomes começaram a surgir na hotelaria, nomes de
profissionais que marcaram história juntamente com elegantes hotéis. Um grande
nome para a hotelaria foi César Ritz. Ele é considerado o “ pai” da hotelaria na
Europa.
César Ritz (1850 – 1918), um suíço filho de
camponeses, começou sua carreira de
hoteleiro aos 15 anos de idade, como aprendiz
de gerente de restaurante. Aos dezenove, já
administrava um restaurante em Paris. Aos 22
tornou-se gerente do Gzand National Hotel de
Lucerna – Suíça. A partir de 1865, começou
uma rápida e ascendente carreira que o levaria
para os melhores hotéis do mundo,
aprendendo sempre, porém
deixando também seu inconfundível estilo.
Em 1870, César RitZ, construiu um estabelecimento hoteleiro em Paris, o mais
moderno na ocasião, o famosos HOTEL RITZ, que existe até hoje, com serviço de quarto,
pessoal uniformizado para trabalhar (o que dispensava a criadagem dos hóspedes, a não ser
damas de companhia e empregados pessoais), serviços
sanitários (ainda eram banheiros coletivos), o restaurante do
hotel ficou sobre a responsabilidade do também famoso
cozinheiro Auguste Scoffier.
Em 1889, César Ritz transformou e reinaugurou em
Londres o Hotel Savoy, com energia elétrica e quartos com
banheiros privativos. Cesar Ritz iniciou uma nova era na
hotelaria européia e logo outros hotéis surgiram aos moldes do
Savoy e Ritz.
„L'Hôtel Savoy‟ é um hotel 5 estrelas situado na The
Strand, em Londres. Foi inaugurado em 1889 e construido por
Richard D »Oyly. Ainda hoje, é um dos mais prestigiados e
luxuosos hotéis de Londres, com 230 apartamentos.
2 Innkkeepers: hospedaria
SAVOY –
http://directrooms.com/england/hotels/savoy-hotel-
london e http://properties.a1-discount-hotels
11
Na Europa, sempre se deu muito valor aos títulos de nobreza, desde a época de
Roma, prestigiava-se muito quando algum nobre, mesmo que falido, freqüentava algum
restaurante ou se hospedava em algum hotel. Você já ouviu falar nos VIPs ( very
important person – pessoa muito importante)? È uma sigla que hoje se dá para pessoas
públicas importantes, como artistas, políticos, atletas, etc.
Associe os nobres da época e os VIPs de hoje...o tratamento que é dispensado a eles,
etc...você não tem a impressão de que certas coisas não mudam??!!
TÓPICO 4: A Hotelaria Na América
Paralelamente à evolução dos hotéis na Europa, houve o início e desenvolvimento
da hotelaria nos Estados Unidos. A evolução hoteleira nos U.S.A foi mais rápida e intensa
do que na Europa, uma vez que o hábito de viajar dos nortes americanos era bem mais
acentuado e os americanos tinham uma política de cobrar pela hospedagem, desde os
primeiros modelos de hospedarias (após a revolução americana) , ou seja, qualquer um que
pudesse pagar, tinha direito a um leito ou aposento, o que se diferenciava da Europa, pois
nesta época, ainda privilegiava-se a aristocracia.
BREVE CRONOLOGIA DA HOTELARIA NA AMERICA:
1525 - Foi fundado o primeiro hotel no continente americano, o hotel Itúrbide, na
cidade do México, muito mais tarde em 1855, este mesmo hotel teria sido reinaugurado
conforme outros hotéis nesta época. Em seu inicio era como as hospedarias/albergues
europeus, oferecia alojamento, alimentação e vinho.
Novamente, as carruagens influenciam no desenvolvimento da indústria da
hospitalidade e surgem os coaching inns (evolução das estalagens) e o public house –
casas particulares que acolhiam os viajantes.
1794 -O New York‟s City Hotel foi inaugurado em Nova York com
características determinantes hoteleiras. O prédio foi construído com 73 quartos e banheiros
coletivos. A diária era de US$ 2,00 por pessoa.
As viagens em diligências prosperaram resultando na expansão dos
estabelecimentos em diversos pontos, como na Europa, obedeciam aos limites que os
cavalos conseguiam percorrer.
Também em Baltimore foi inaugurado outro City Hotel e seguindo sua linha, em
Boston, surgiu o Exchange Coffee House, o Maison House em Philadelphia. Todos se
tornaram pontos de moda e encontros e tal qual os europeus, caracterizavam-se como
INNS. (dois, três quartos grandes, com enormes camas onde dormiam duas a três pessoas)
12
Os grandes hotéis tomaram força devido às construções de
linhas de trem, com distâncias maiores percorridas em menor espaço de
tempo, as hospedarias menores, ao longo das estradas foram
desaparecendo e os INNS de construções poderosas foram despontado
cada vez mais. Viagens de carruagem de 180 km que duravam 11 hs,
passaram a levar 2 hs e meia de trem.
1828 - Surge o Tremont House, considerado o primeiro
hotel de 1a. classe. Foi o mais caro e maior edifício construído
nos U.S.A até então. Todos os hotéis já existentes passaram a ser
considerados obsoletos e ineficientes. O arquiteto responsável pela sua construção, Isaias
Rogers, foi aclamado e responsável pela maioria das construções hoteleiras nos 50 anos
seguintes.
O Tremont House quebrou a característica dos INNs, pois foi o primeiro a oferecer
na América, apartamentos single ou double. Cada apartamento3 possuía fechadura e tinham
um jarro com água e uma bacia para a touillete , o que foi, na ocasião, o máximo do luxo e
ainda ofereciam o sabão grátis !
O Tremont House , sob a administração da família Boydem, contratou e treinou um
staff (equipe), introduziu a cozinha francesa e inovou com os mensageiros ( bellboy).
Com a expansão da economia do país, surgiu uma nova classe de trabalhadores, os
homens de “ negócio” e os os caixeiros viajantes, e com os meios de transporte mais
rápidos e menos caros, um novo tipo de acomodação passou a
ser preciso para atender às necessidades destes trabalhadores,
que não podiam acomodar-se nos enormes e luxuosos hotéis e
também não queriam acomodar-se nas pequenas e pouco
confortáveis hospedarias próximas às estações de trem.
Um novo desafio hoteleiro havia surgido:
Como você imagina a necessidade de hospedagem para
esta classe de trabalhadores?
Que tipos de acomodações são necessárias aos caixeiros viajantes?
Que tipos de serviços devem ser oferecidos?
Que valores de diárias poderiam atrair os caixeiros e ainda dar lucro?
Em resposta a estas situações, Ellsworth Statler (considerado por muitos o
hoteleiro no. 1) projetou o seu primeiro hotel servindo à nova segmentação de mercado: os
caixeiros viajantes. Em 1907/8 inaugurou o INSIDE-INN, com 2.257 quartos, para a
classe-média.
Em 1912 construiu o CLEVELAND STATLER HOTEL, em Búfalo. Além de
atender às expectativas dos caixeiros, inovou com sua funcionalidade e operacionalização:
3 o termo apartamento é um tipo de UH – unidade habitacional, que significa o quarto com banheiro.
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Portas de incêndio protegendo as escadas
Interruptor próximo à porta, dentro do apartamento
Um banheiro privativo
Espelhos e água corrente em todos os apartamentos
Jornal matutino e gratuito para cada apartamento
Durante os 40 anos seguintes, os modelos hoteleiros foram todos baseados nos
hotéis de Statler.
Durante o período da 1a. Grande Guerra houve uma certa inatividade, sem criações e
inovações (restringindo-se ao estilo de Statler).
Em 1930 quando o país foi atingido pela Depressão, a indústria hoteleira americana
foi totalmente abalada, chegou-se a pensar que não evoluiria nunca mais. Uma nova
característica, porém, foi surgindo aos poucos, a de se aliar diversão com hospedagem. O
caso dos hotéis de Chicago e Los Angeles, os cassinos que deram impulso para o
povoamento e construção de esplendorosos cassinos em Las
Vegas, em pleno deserto.
Após a 2a. Grande Guerra , os aviões obsoletos das forças
armadas foram reformados e destinados para viagens de civis,
encurtando as distancias, barateando os custos de viagens em aviões
e dando novo impulso ao turismo e à hotelaria.
Motéis - Nos anos 1950 surgiu a modalidade de viajar-se de carro atravessando todo
os Estados Unidos. Os motéis vieram suprir as necessidades das estradas e mesmo das
periferias das cidades, pois estes ofereciam serviço com vestimenta menos formal,
apartamentos bem modernos com carpetes, televisão, estacionamento e piscina, que virou o
grande diferencial dos motéis.
Entre 1939 e 1962, construíram-se 36.000 novos motéis nos Estados Unidos, a
grande maioria tinha administração familiar, onde a família também morava num dos
apartamentos ou atrás da recepção.
Inicialmente a diferença de um motel para um hotel era que o primeiro era construído
horizontalmente e o segundo verticalmente, além dos hotéis
terem mais serviços para oferecer. Porém, motéis
surgiram com vários andares então se
definiu que estes se diferenciariam por cada
apartamento ter o correspondente em
garagem.
A partir da década de 70 surgem as principais cadeias hoteleiras AMERICANAS
baseadas em misturar os práticos serviços dos motéis com o estilo de sofisticação dos
hotéis. Os Estados Unidos contribuíram muito e vêm contribuindo na busca de melhorias e
funcionalidade da indústria hoteleira.
14
CADEIAS AMERICANAS E EUROPEIAS ALGUMAS DELAS:
Holiday Inn
Grupo Accor
Choice Hotels
Marriot Internacional
Hilton
Sol Meliá
Renascence
Emiliano
TÓPICO 5: A Hotelaria No Brasil
Pode-se perceber que questões como economia, cultura, conflitos influenciam no
turismo e por conseqüência na hotelaria. E como é importante associarmos os fatos
à realidade do mercado de trabalho.
E por que é importante? ...por que conhecemos melhor a nossa profissão, o que
influencia o que pode afetar e o que pode melhorar o nosso mercado de trabalho.
Em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil, mais especificamente ao
Rio de Janeiro, houve uma grande abertura para que estrangeiros de outras procedências
também viessem ao país para ocupar cargos diplomáticos, científicos e econômicos. Devido
a isso, ocorreu o aumento da procura por alojamentos, a ponto de a estrutura física hoteleira
do Rio de Janeiro tornar-se insuficiente.
Somente nos anos da década de 1920 é que a hotelaria no Brasil começou a tomar
porte nacional e internacional.
A cidade brasileira mais famosa no mundo ganhou sua fama devido às músicas do
compositor Ari Barroso e da projeção que teve pela "pequena notável", Carmem Miranda,
em Hollywood, lá pelos idos anos das décadas de 1930 e 1940. O Rio de Janeiro, então,
tornou-se símbolo do turismo e hotelaria no Brasil.
o crescimento da hotelaria no Brasil não acompanhou os passos rápidos dos Estados
Unidos, nem da Europa. Na época do Brasil Colônia, as pessoas consideravam que as
estalagens e hospedarias da época eram de reputação duvidosa, e que era chique
hospedar-se em casas e fazendas. Este preconceito foi quebrado aos poucos com a
chegada da corte ao Brasil. Mesmo depois de declarada a república, o turismo e
hotelaria pouco se desenvolveram, pois não havia estradas adequadas para viagens
15
Com a fundação do Hotel
Copacabana Palace, a hotelaria teve
um destaque, pois o Copacabana tinha
os moldes dos hotéis clássicos
europeus. O Copacabana tornou-se
freqüentado por grandes celebridades,
como artistas, políticos, shaikes
árabes, entre outros.
As outras cidades brasileiras
eram praticamente conhecidas
somente em livros de geografia, salvo
São Paulo, que vinha logo após o Rio
de janeiro, em fama, por começar a
despontar como o parque industrial do
Brasil.
Isto era devido aos péssimos meios de comunicação da época (rádios e tvs); às
ligações telefônicas demoradas e antiquadas; aos meios de transporte obsoletos (estradas
não asfaltadas, transporte interestaduais precários). As únicas estradas decentes eram: a Via
Anchieta (SP) e a Rio Petrópolis (RJ).
Até o transporte ferroviário não colaborava com o crescimento do turismo, pois era
lento e desorganizado.
Nos anos da década de 1940 a hotelaria brasileira teve um tímido crescimento
devido aos jogos de cassino, expandindo-se para Minas Gerais e algumas cidades
interioranas paulistas e do Rio de Janeiro, porém, com a proibição dos cassinos por Eurico
Gaspar Dutra em 1951, a hotelaria teve nova estagnação.
Somente no final nos anos da década de 1951, com o crescimento industrial pós-
guerra, é que a hotelaria começou a crescer em passos médios. Nesta época é que surgiram
algumas das cadeias hoteleiras nacionais, como a Horsa, Othon, Tropical/Varig, entre
outras. Das cadeias internacionais, a pioneira foi o Hilton, logo após a Sheraton,
Intercontinental, Ramada, Holiday inn e Meridien.
Os grandes hotéis brasileiros foram erguidos por imigrantes, onde quase toda a
estrutura era importada, pois o Brasil, por ser um país ainda não industrializado, tinha que
importar produtos que não fabricava: cerâmica, azulejos, porcelanas, móveis...
As famílias pioneiras da hotelaria brasileira são:
Família Guinte, Rio de Janeiro - Copacabana Palace
Família Francarolli, Santos - Parque Balneário
Família Fábio Prado, São Paulo - Hotel Esplanada
Alguns dos primeiros e importantes hotéis:
Amazonas, em Manaus
Grão Pará, em Belém
16
São Pedro, em Fortaleza
Boa Viagem, em Recife
Chile Hote,l em Salvador
Del Rey, em Belo Horizonte
Glória e Copacabana, no Rio de Janeiro
Othon e Hilton, em São Paulo
A UNIÃO, que foi o agrupamento de meios de hospedagem e serviços de
restauração, foi consagrada em 07 de julho de 1921, e deu origem às bases do futuro
SINDICATO DE HOTÉIS E SIMILARES DE SÃO PAULO. A partir dos anos da
década de 1950, assumiram os homens- chaves do sindicato: José Barreira; Armando
Copola; Vicente Luchesa.
Na década de 1960 foi efetivada a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de
Hotéis) de São Paulo, a qual teve Luchesa como presidente.
Navegue no site da ABIH: www.abih.com.br
Todos os outros sindicatos e Associações que surgiram e foram oficializados
tiveram base nos de São Paulo.
Com a criação da EMBRATUR- INDÚSTRIA BRASILEIRA DE TURISMO,
houve um impulso na indústria hoteleira nos anos da década de 1970 , muitos projetos
foram aprovados ligados aos pólos turísticos e os hotéis praticamente multiplicaram-se,
vários incentivos fiscais foram propiciados, como redução de taxas e alíquotas nos
impostos municipais e estaduais.
Várias instituições nacionais e internacionais de renome, bem como empresários
independentes passaram a apresentar projetos para análise e obtenção de benefícios.
Os tipos de hospedagem que encontramos no norte, nordeste e sudeste do Brasil são
diferenciadas devido à condições climáticas e costumes regionais. No nordeste, por
exemplo, é comum encontrar armadores de rede nos apartamentos, e no sul, os carpetes.
Foi nesta época que a O Banco do Brasil e alguns bancos estaduais foram os
grandes financiadores do turismo e hotelaria, mediante os projetos analisados e aprovados
pela EMBRATUR O Banco Real construiu o 5 estrelas Transamérica em São Paulo, e
depois o Transamérica Comandatuba na Bahia.
Logo vieram as cadeias e as administradoras hoteleiras internacionais,
revolucionando o mercado hoteleiro no Brasil.
Atualmente, as redes hoteleiras nacionais e internacionais estão em plena expansão
no Brasil.
A hotelaria gera empregos, diretos e indiretos, o que colabora no crescimento da
sócio-economia brasileira.
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Para tanto, cada vez mais se exige mão-de-obra, que eu prefiro chamar de elemento
humano, especializada. Ou seja, pessoas capacitadas, treinadas e adequadas para lidarem
com público, para planejarem e executarem tarefas da rotina hoteleira.
Para trabalhar na hotelaria é preciso desenvolver ou apurar habilidades que
necessitará para trabalhar no mercado.
Trabalhar com hotelaria é trabalhar com prestação de serviços, e esta prestação de
serviços envolve muitas coisas: senso de hospitalidade, presteza, prestatividade,
serenidade, paciência, senso de organização, senso de colaboração, e outros...
LIÇÃO 2: CLASSIFICAÇÃO HOTELEIRA
www.abih.com.br/
TÓPICO 1 – Definições Gerais
O que você pensa sobre a definição de um estabelecimento hoteleiro...o que
você acha que é um hotel? Uma empresa, uma “extensão do seu lar” ???
Veja a definição da Embratur:
DEFINIÇÃO de Hotel e Meio de Hospedagem, segundo a EMBRATUR:
“Estabelecimento comercial de hospedagem que oferece aposentos com banheiros
privativos, para ocupação eminente temporária, oferecendo serviço completo de
alimentação, além dos demais serviços inerentes à atividade hoteleira. Da exigência de
banheiro privativo excetuam-se os estabelecimentos que estavam operando anteriormente
ao Decreto-Lei n55 de 18 de novembro de 1966 “.
Esta definição se atualiza conforme o “Sistema de Classificação Hoteleira “ que
consta da Deliberação Normativa n429, de 23 de abril de 2002, que aprova o novo
Regulamento e Matriz de Classificação dos Meios de Hospedagem de Turismo,
publicado no Diário Oficial da União. O objetivo é o de orientar os meios de hospedagem,
dando conhecimento atual de sua situação. A seguir:
EMPRESA HOTELEIRA: Pessoa jurídica que explore ou administre meios de
hospedagem e que tenha em seus objetivos sociais o exercício de atividade hoteleira.
Para que o Meio De Hospedagem esteja LEGALIZADO é necessário que:
1 - seja licenciado pelas autoridades competentes para prestar serviço de hospedagem,
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2 - seja administrado ou explorado comercialmente por empresa hoteleira que adote, no
relacionamento com os hóspedes, contrato de hospedagem, com as características definidas
no regulamento da embratur
Unidades Habitacionais (UH) : é o espaço acessível a partir das áreas principais de
circulação comuns ao estabelecimento e destinado à utilização pelo hóspede, para seu bem-
estar, higiene e repouso
Apartamento: UH constituída, no mínimo, de quarto de dormir de uso exclusivo do
hóspede, com local apropriado para guarda de roupas e objetos pessoais, servida por
banheiro privativo
Suíte: UH especial constituída de apartamento, conforme definição de apartamento,
acrescida de sala de estar
DIÁRIA: é o preço de hospedagem correspondente à utilização da UH e dos serviços
incluídos, por um período básico de 24 hs, observados os horários fixados para o check in
e check out.
Regimes de Pensão
a) S - simples: compreende unicamente o uso da uh
b)EP- com café da manhã: quando inclui o café da manhã
c)MAP- meia pensão: quando compreender além do uso da uh, o café da manhã, uma
refeição
d)FAP- pensão completa: quando compreender além do uso da uh, o café da manhã, duas
refeições
TÓPICO 2 - Tipos De Meios De Hospedagem Conforme Segmentação De Mercado
Os orgãos oficiais de turismo e hotelaria que regulamentam e direcionam o parque turístico
e hoteleiro nacional são:
MT – ministério do Turismo
ABAV - Associação Brasileira de Agências de Viagem
ABIH - Associação Brasileira de Indústria de Hotéis
ABRAJET - Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Turismo
ABRAJEA - Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Automobilismo
CNT - Conselho Nacional de Turismo
EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo
FUNGETUR - Fundo geral de Turismo
Os órgãos internacionais de turismo, são:
OMT: Organização Mundial do Turismo
ACCA - Air Charter Carriers Association
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ASTA - American Society of travel Agents (Socisdade Americana de Agentes de
viagens)
BTA - British Travel Authority (Autoridade Britâncica de Turismo)
COTAL - Confederação dos Organismos de Turismo da América Latina
FIJET - Federação Internacional de Jornalistas e Escritores de Turismo
TÓPICO 3 - Os Meios De Hospedagem
( H ) Hotel - Meio de hospedagem do tipo convencional e mais comum, normalmente
localizado em perímetro urbano e destinado a atender turistas tanto em viagens de lazer
como em viagens de negócios.
( HH ) Hotel Histórico – Meio de hospedagem instalado em edificação de valor histórico
ou de significado regional ou local reconhecido pelo Poder Público.
( HL ) Hotel de Lazer - Meio de hospedagem normalmente localizado fora dos centros
urbanos, com amplas áreas não edificadas e com aspecto arquitetônico diferenciado,
instalações, equipamentos e serviços destinados ao lazer, recreação e entretenimento, que o
tornam prioritariamente destinado ao turista de lazer. Dentro desta categoria encontra-se o
RESORT e o navio transatlântico de cruzeiro.
( P ) Pousada - Meio de hospedagem de aspectos
arquitetônicos, instalações, equipamentos e
serviços mais simplificados, normalmente
limitados apenas à hospedagem do turista ao qual
se faculta o aproveitamento do atrativo turístico
do local.
Motel - Meio de hospedagem que aluga
apartamentos mobiliados possuindo também
serviços completos de alimentação; situado à
margem de rodovias federais e estaduais, fora de
zonas urbanas e suburbanas, deve dispor de vagas em estacionamento coletivo ou
individual, coberto ou descoberto, em n igual ao de UHs.
Albergue - Estabelecimento de hospedagem com serviço de alimentação parcial, onde se
alugam quartos e dormitórios coletivos, asseguradas as condições mínimas de higiene e
conforto. Bastante popular nos países desenvolvidos, tem preços econômicos, uma vez que
utiliza pouca mão de obra (que é cara nesses países). Em geral, é procurado por jovens e
viajantes solitários, ou pequenos grupos de amigos.
Flat (Apart-Hotel) - Meio de hospedagem onde uma parte dos apartamentos são postos à
venda. O proprietário passa a usufruir de uma “residência” com serviços de hospedagem,
que pode ser administrada pelo Flat, como UHs de um hotel. Os apartamentos
administrados pelo Flat formam o chamado POOL. Os proprietários também podem alugar
seu apartamento para terceiros. Além disso, o Flat difere do hotel por possuir pequena
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cozinha para lanches ou refeições simples e sua forma legal e fiscal é a que rege os
condomínios, ou seja, juridicamente não é empresa hoteleira.
Hotel Cassino - São hotéis de alto luxo com serviço de salão e jogos de azar. No Brasil,
não são permitidos pela legislação.
Hotel Escola - Destina-se à formação e à
qualificação de mão-de-obra hoteleira, por
meio de cursos, treinamento e estágio; além
disso fornece de hospedagem normal.
Lodge - Hotéis ecológicos localizados
dentro das matas e lugares explorados por
turistas que louvam a ecologia. No Brasil,
esses hotéis localizam-se principalmente no
Pantanal ou na Amazônia (podem ser
considerados da à categoria de HL).
Hotel Fazenda – Estabelecimento hoteleiro que oferece, além dos meios de hospedagem
normais, serviços de lazer com características de fazenda ( também enquadrados na
categoria de HL).
Hotel Executivo - Localizados normalmente em centros urbanos, dispõe de salões para
reuniões, congressos, eventos em geral e sua maior clientela são hóspedes em viagem de
negócios.
Spa ( expressão latina sanus per aqua = a saúde pela água): Voltados à recuperação de
saúde e forma física, possui acompanhamento de médico e nutricionista. O nome Spa
surgiu a partir de uma cidade Belga com este nome que tinha casas de banho e que atraia
muitas pessoas.
Seguramente, existem outras formas de se hospedar fora de casa, mas no estudo do
turismo não podemos considerá-las tecnicamente como MEIOS de HOSPEDAGEM
COMERCIAIS. São elas: Casa de familiares ou de amigos, casa alugada, pensão, clube,
etc.
Para facilitar o estudo e entendimento da estrutura e funcionamento dos meios de
hospedagem, vamos tomar o HOTEL como exemplo, por ser ele mais completo.
O hotel é uma empresa bastante complexa e para entendê-lo precisamos observar
como está organizado. Os principais DEPARTAMENTOS (ou GERÊNCIAS) são
HOSPEDAGEM, ALIMENTOS & BEBIDAS e ADMINISTRAÇÃO que, por sua vez,
estão distribuídos em SETORES menores e com atribuições específicas.
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LIÇÃO 3-ESTRUTRA DEPARTAMENTAL E TERMINOLOGIA HOTELEIRA
INTERNACIONAL
TÓPICO 1 – Terminologia Técnica
A seguir alguns termos técnicos usados na hotelaria. São
palavras usadas internacionalmente, mas você não precisa
usa-las no cotidiano, no atendimento ao hóspede. Os mais
usuais estarão sublinhadas. Também veremos a organização
departamental dos meios de hospedagem, sempre partindo
dos de grande porte.
Agency ledger: grupos de contas a cobrar das agências de viagens
Allotments: conjunto de Uhs reservadas para empresa conveniada por prazo longo
de 3 a 6 meses.
Available rooms: aptos. disponíveis, livres.
Average daily rate: total da receita de aparts. Por um período “X”, dividido pelo
número de aptos. Ocupados no mesmo período
Bell boy: mensageiro
Beverage cost: custo das bebidas
Bill: nota fiscal, conta
Bloqueio: no início do dia o recepcionista define a UH ( Unidade Habitacional) a
ser destinada ao hóspede de acordo com os requisitos indicados na reserva.
Bottle Sales: venda de garrafas
Check in : registro de entrada do hóspede
Check list: lista de verificação de algum serviço
Check out time: horário de início e término de diárias
Check out: fechamento de conta de hóspede
China: porcelana e pratos
City ledger: grupo de contas a cobrar, clientes individuais
Coffe shop: lugar para refeições rápidas
Complementary rooms: aparts ocupados sem cobrança de diária
Daily rate: diária
Day use: apartamentos alugados apenas pelo dia, hóspedes que usufruem das
instalações do hotel durante o dia, como num clube
Delinquent ledger: devedores duvidosos
Double ocupation: aparts. Ocupados por mais de uma pessoa
Employees meals: custo dos alimentos servidos aos empregados
Food and beverage: alimentos e bebidas
Food cost: custo dos alimentos
Front-office: designa a recepção integral do hotel (front-desk + telefonia+ caixa+
reservas+ portaria)
Full house: hotel lotado
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Function; termo que designa banquetes e convenções, também chamado de eventos
Guest account: : fatura do hóspede enquanto permanecer na recepção, conhecido
como "fólio"
Guest check: fatura do hóspede
Guest: hóspede
Guest-supplies: sabonetes, toucas, toalhas de papel, etc. colocados nos apats.(obs:
também conhecido como amenities)
Hostess: hospedeira
House Keeper report: relatório de ocupação dos aparts. Preparado pela supervisora
de andares ou governanta.
House use: designação para serviços prestados à direção do hotel
Housekeeper: governanta
Late check out: saída após horário previsto ( normalmente 12:00hs)
Laundry list: lista de roupas para a lavanderia, que se encontra nos aptos.
Lobby: o salão da recepção
Log book: livro de ocorrências da recepção
Master account: fatura única para lançamento de conta de grupo
Mise – em – place: pré-preparação
Night auditor: auditor noturno
Off season or out of season: período de baixa estação
Out of order: apart. Fora de uso, em manutenção.
Overbooking: sobrevenda
Pay out: pagamentos de serviços que o hotel presta ao hóspede e lança em conta
determinada, cobrando no check out
Pyroll: folha de pagto.
Rack rate: tabela atrás do balcão da recepção onde constam as diárias
Room service: serviço de alimentação nos apartamentos.
Rooming list: lista de ocupação dos apartamentos
Room-rack: É um painel demonstrativo da situação exata em que se encontram os
apartamentos. Ele permite uma rápida visualização e um controle permanente da
disponibilidade dos apartamentos do hotel. Fornece todas as informações através de
números, sinais, cores, símbolos, etc. Observa-se que ainda não existe uma
padronização da linguagem usada no room-rack pelos diversos hotéis. Em vista disso,
não raras vezes o hotel cria sua própria simbologia. Alguns recepcionistas usam o
mesmo princípio no próprio rack de chaves, colocando as chaves e os chaveiros em
posições diferentes, cada posição tem um significado. O importante é que o sistema
funcione.
Safe Box: cofres de segurança
Silver: pratas e talheres
Snack bar: lanchonete
Travel agents: agentes de viagens
Voucher: é um tipo de cheque que deve ter a assinatura da agência e discriminar
todos os detalhes da reserva do hóspede
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Tópico 2 – Estrutura Departamenttal
EMPRESA HOTELEIRA - DIVISÃO DEPARTAMENTAL
DIRETORIA / GERÊNCIA
ALIMENTOS & BEBIDAS HOSPEDAGEM ADMINISTRAÇÃO
RESTAURANTES RECEPÇÃO / RESERVAS CONTABILIDADE
BARES ARRUMAÇÃO DEPTO. de PESSOAL / RH
EVENTOS SERVIÇOS GERAIS MARKETING
REFEITÓRIO LAVANDERIA CONTROLADORIA
ROOM SERVICE FRIGOBAR MANUTENÇÃO
A DIRETORIA, que representa o(s) proprietário(s) do hotel, é a hierarquia
máxima. Suas decisões e determinações são postas em execução pela GERÊNCIA. Hotéis
de grande porte possuem mais de uma gerência. O GERENTE GERAL preocupa-se com as
questões estratégicas do hotel como: lucro e políticas de preços, investimentos, estratégias
de marketing, autorização para obras e outras modificações, etc. enquanto o GERENTE
OPERACIONAL cuida do dia-a-dia do hotel, está mais presente nos setores, acompanha de
perto o andamento das atividades e tem contato constante com os hóspedes.
As GERÊNCIAS DEPARTAMENTAIS cuidam de executar as determinações da
GERÊNCIA GERAL e manter o bom andamento de suas atribuições por meio do
acompanhamento aos setores a ela ligados.
Essa estrutura apresentada na página anterior é de um hotel de grande porte.
Conforme vai diminuindo o tamanho da estrutura, também diminui o número de
funcionários e chefias. Em empresas hoteleiras menores, as funções se acumulam e se
sobrepõem. Numa pequena pousada, por exemplo, o proprietário assume as funções de
DIRETOR, GERENTE GERAL, GERENTE OPERACIONAL e GERENTE
DEPARTAMENTAL. Geralmente, também acumula funções operacionais, atuando como
RECEPCIONISTA, GARÇOM ou ELETRICISTA.
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ORGANOGRAMA FUNCIONAL GERAL
Visão do departamento de hospedagem tendo a recepção como foco.
ORGANOGRAMA FUNCIONAL DO DEPARTAMENTO DE HOSPEDAGEM
ORGANOGRAMA FUNCIONAL DA RECEPÇÃO
Manobrista Mensageiro
Capitão porteiro
Recepcionista Concièrge/Guest Relacion Caixa
Chefe de Recepção
Atendente de reservas
Chefe de Reservas
Gerente de Hospedagem
Gerente geral
GERENTE DE A&B
GOVERNANTA CHEFE DE RECEPÇÃO CHEFE DE RESERVAS
GERENTE DE HOSPEDAGEM ADMINISTRAÇÃO
GERENTE GERAL
DIRETOR
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LIÇÃO 4 : COMUNICAÇÃO ENTRE SETORES; CARGOS E FUNÇÕES
OBJETIVO : Nessa lição, vamos abordar a parte de comunicação no departamento de
hospedagem, em especial na recepção, bem como cargos e funções.
TÓPICO 1 – Logística
A COMUNICAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE HOSPEDAGEM
Os departamentos dependem da comunicação entre si para satisfazer as expectativas
dos hóspedes e até mesmo para poder coordenar a respectiva prestação de serviços. Por
exemplo, uma comunicação clara entre a recepção e o setor de governança é fundamental
para o perfeito controle de apartamentos.
O setor de RESERVAS, bem como o setor de RECEPÇÃO e GOVERNANÇA, tem
suas peculiaridades. Cada qual, na sua rotina, enfrenta seus problemas e suas vitórias e
todos os setores têm igual responsabilidade por uma boa integração e comunicação entre os
colegas, o que se reflete no atendimento e satisfação do hóspede.
Departamento
Alimentos
E
Bebidas
Departamento
De
Hospedagem
Setor de
recepção
Setor de
reservas
Departamento
Administrativo
Setor de
governança
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Quem compõe cada setor:
As atividades operacionais básicas de cada setor:
RECEPÇÃO RESERVAS GOVERNANÇA
Receber o hóspede Efetivar reservas Limpeza e arrumação das
UHs
Efetivar o check in Determinação de
disponibilidades
Limpeza e arrumação das
áreas sociais
Prover o hóspede durante a
estada
Preenchimento de fichas Limpeza e arrumação das
áreas de serviço
Manutenção da conta do
hóspede
Manutenção do mapa de
disponibilidade
Inventários
Check out Manutenção e controle de
relatórios
Controle e manutenção de
relatórios
A comunicação na recepção
A comunicação pode ser verbal ou não verbal. Acolher um hóspede em silêncio não é
aconselhável, porquanto passa uma imagem de frieza ao hóspede.
É importante lembrar que a comunicação não se faz apenas com palavras, mas também com
o modo de falar, com os gestos corporais e expressões faciais.
O uso das mãos, braços, olhos e a distância da pessoa podem comprometer a comunicação.
RECEPÇÃO RESERVAS GOVERNANÇA
Chefias chefias governanta
Recepcionistas atendentes supervisoras
Concièrge/guest relacion camareiras
Auditores serviço geral
Capitão porteiro lavadeiras
Mensageiros
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TÓPICO 2 – Cargos e atribuições
1) Gerente de hospedagem
Responsável pelas atividades do departamento.
Subordinado diretamente ao Gerente Geral.
2) Gerente noturno
Responsável pelo departamento e pelo hotel no turno da noite.
Fiscaliza todos os departamentos, com intervenção técnica direta
somente em situações emergenciais.
3) Concièrge /Guest Relations
Atende todos os hóspedes nas suas necessidades especiais, desafogando o fluxo de
solicitações na recepção. Faz ponte contato entre hóspedes e o setor de governança,
compra ingressos de cinemas e teatros para os hóspedes, faz reservas de restaurantes aos
hóspedes, indica lugares de lazer, diversão, entretenimento, etc.
Realiza todas as atividades de apoio à gerência.
4) Chefe de reservas
Responsável pelo setor de reservas.
Responsável por todas as reservas de alojamento do hotel.
5) Chefe de recepção
Responsável pelo setor de recepção do hotel
Organiza, orienta e fiscaliza o trabalho dos recepcionistas, mensageiros,
porteiros, manobristas e ascensoristas.
Cuida da escala dos funcionários do setor
6) Recepcionista
Responsável pelo atendimento ao hóspede
Responsável pelas atividades de CHECK-IN e CHECK-OUT
7) Capitão porteiro
Responsável pelo recebimento dos hóspedes na entrada do hotel e
atendimento aos passantes.
Responsável por toda a organização e fiscalização do serviço dos mensageiros e
manobristas
8) Mensageiros
Responsável pelo trânsito da bagagem dos hóspedes,
acompanham clientes e fornecedores ao seu destino
dentro do hotel e lhes encaminha o correio interno.
9) Manobristas Responsável pela guarda e retirada de veículos dos
hóspedes na garagem do hotel ou estacionamento externo.
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10) Ascensorista Responsável pela operação dos elevadores.
11) Caixa da recepção
Responsável pela movimentação de contas dos hóspedes e recebimentos financeiros.
12) Auditor noturno
Verifica todos os lançamentos do dia.
Faz o balanço de contas.
Resolve situações de discrepância.
Faz correções ou anula erros dos turnos diurnos.
Produz relatórios operacionais para a administração e gerência do hotel.
Exerce funções de recepcionista e caixa de recepção no horário noturno.
Faz a conferência e fechamento dos caixas dos turnos de manhã e tarde.
Faz lançamento de diárias.
Confere os relatórios de vendas de todos os pontos de venda.
Faz fechamento do dia (zerar) quando tudo estiver devidamente balanceado e
correto.
LIÇÃO 5 : ACOLHIMENTO DO HÓSPEDE
O e o hóspede espera?
Serviço essencial ou central.
Serviços facilitadores.
Serviços de suporte.
Como conhecer as expectativas e necessidades dos hóspedes?
Expectativa todo mundo tem e de tudo. Ter expectativa é como respirar, é uma ação
automática, vinculada à natureza humana. Percepção é a realidade sentida ou percebida por
alguém. Cada pessoa tem “uma”, a depender do “ponto de vista” de cada um. Pode ser
positiva ou negativa. A satisfação do hóspede é uma relação entre o que ele viu (percebeu)
e o que ele esperava ver (expectativa).
SATISFAÇÃO = Percepção dividida pela expectativa
Na era do cliente, a credibilidade passa a ser importante para o sucesso da empresa. No
turismo, deve-se ter cuidado com a propaganda enganosa que provoque uma grande
expectativa no hóspede.
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SATISFAÇÃO = Percepção
Expectativa
SUGESTÕES:
Buscam-se aspectos importantes sobre os clientes, tais como tipo de pessoa, expectativas
pessoais e profissionais, traço cultural, abertura no relacionamento, etc.
Existem necessidades explícitas e implícitas. É preciso analisar com mais profundidade a
solicitação do cliente para atender às suas necessidades ou até mesmo superar suas
expectativas.
LIÇÃO 6: BASES DO CHECK MIN E CHECK OUT
ATIVIDADES BÁSICAS DO CHECK IN
Cumprimentar com simpatia, dando as boas-vindas. É imprescindível sorrir !
Verificar se o hóspede tem reserva e solicitar o voucher .
Pedir para o hóspede preencher a ficha ( FNRH. )
Verificar a disponibilidade de apartamentos e
colocar o número nos documentos.
Preencher e solicitar a assinatura do hóspede no
cartão de identificação.
Entregar o “trancão” do cofre, caso o cliente deseje
o serviço.
Entregar a chave do apartamento ao hóspede ou ao
mensageiro.
Realizar o CHECK IN do hóspede no computador,
abrindo a fatura do hóspede.
Arquivar os documentos no fichário do
apartamento.
- ATIVIDADES BÁSICAS DO CHECK OUT
Recolher a chave do apartamento e “trancão”.
Verificar consumos de última hora.
Zerar a conta do hóspede.
Receber críticas e elogios do hóspede sobre os serviços do hotel.
Criar uma última boa impressão para o hóspede
Liberar o apartamento para serviços de governança