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Semana Santa, que começa com o Domingo de Ramos,
celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Durante as cinco semanas da Qua-
resma, as comunidades prepararam-se na oração, na penitên-
cia e na caridade.
Esta Semana é Santa porque nela celebramos o "Tríduo Pas-
cal" de Cristo, que é Crucificado, Sepultado e Ressuscita Glorio-
so. O tempo mais intenso do ano litúrgico está contido entre a
Quinta-Feira Santa e as vésperas do Domingo da Ressurreição.
Na Quinta-Feira Santa os fiéis comemoram a última ceia,
na qual Jesus -
na noite em
que ia ser en-
tregue-, tendo
amado os seus,
ofereceu a
Deus pai o seu
corpo e san-
gue para nos
salvar. É a
instituição da
eucaristia e
do sacerdócio, do sacrifício da nova lei e a celebração da eter-
na aliança.
Na Sexta-Feira da Paixão do Senhor -dia de abstinência e
jejum-, recorda-se o supremo
ato de amor de Cristo na
cruz. Na tarde desse dia, a
ação litúrgica inclui: 1) a lei-
tura de "A Paixão, segundo
São João", seguida da oração
pelas grandes intenções da
humanidade; 2) a adoração
da cruz, osculada pelos fiéis
em sinal de respeito e amor;
3) a comunhão eucarística.
Em muitas igrejas acrescen-
tam-se dois exercícios de
profunda piedade cristã: pe-
la manhã, o sermão das sete
palavras de Jesus prega-
do na cruz, e, à noite, o
descendimento do corpo e a procissão penitencial, acompa-
nhando em silêncio pelas ruas o corpo morto do senhor Jesus.
No Sábado Santo dedica-se a meditar a paixão de Cristo e
as dores de Maria, a
mãe e fiel discípula de
Jesus.
Durante a Noite
Santa do Sábado de
Aleluia, celebra-se a
grande vigília pascal.
Reúnem-se as comuni-
dades em oração para
a mais bela liturgia do
ano: a entrada da luz
de Cristo na igreja es-
cura, os pequenos círios que se acendem para proclamar a Pás-
coa, as leituras que anunciam a ressurreição, a liturgia batis-
mal e a solene celebração eucarística.
Eis-nos, assim, convocados para viver nesses dias, com mais
intensidade, a nossa fé no infinito amor de Deus por nós. Pro-
curemos dar às celebrações litúrgicas o seu significado mais
profundo da vitória de Cristo sobre nossas faltas e prática do
mandamento do amor.
Um empenho especial há de merecer a convivência
familiar. É preciso abrir o coração de uns aos outros,
para que cresçam a compreensão, o perdão, a paciên-
cia, o apoio recíproco e a paz que Jesus Cristo vem a to-
dos comunicar.
Que a solidariedade cristã marque sempre mais as re-
lações da sociedade para que cessem a violência e o ego-
ísmo e haja terra, moradia, trabalho e promoção inte-
gral da pessoa humana.
Com efeito, que sentido pode ter a Páscoa se, ano
após ano, permanece tanta desigualdade e exclusão so-
cial?
A todos vocês, queridos amigos e irmãos, conceda o
Senhor uma Semana Santa repleta de Amor e Paz e que
vossa Fé e vossa Esperança sejam renovadas.
Com nossa amizade e preces,
Equipe de Produção IPDM
8. «Igreja – Povo de Deus – em Movimento», na perspectiva de sua dinâmica e conteúdo, deseja animar e estimular seus partici-pantes a atuar firme, criativa e corajosamente em três amplos campos da vida humana.
No campo de vida da pessoa: promover sua dignidade em suas diversas situações, resgatando sua cidadania plena em todos os âmbitos de realização
possíveis.
No campo da comunidade: combater todo tipo de ações que fragmenta a vida e suas relações internas, conduzindo-a, geralmente, à comunidades fecha-
das em si mesmas, desarticuladas e isoladas. Promover o diálogo como ferramenta e meio essencial tanto no interior das comunidades e grupos assim co-
mo com as forças políticas e os diversos Movimentos sociais e culturais locais. Urgem novas formas de articulações entre os diversos grupos de cristãos
para um «planejamento comum» e definições de ações que promovam a comunhão e a participação de todos . «Abertas ao Espírito, as comunidades se
abrem ao diálogo com as forças vivas da sociedade, construindo parcerias e enriquecendo-se mutuamente» (DGAE – 2008-2010, 165).
No campo da sociedade: colaborar com a construção de «outro mundo possível» marcado pela solidariedade, diálogo inter-religioso, pelas questões de
gênero, pela diversidade sociocultural, banindo o escândalo da exclusão e da violência. A opção evangélica pelos pobres não pode ficar restrita a um plano
teórico e emotivo (Cf. DA, 394). Por isso, combater a «cultura da morte» presente em todos os níveis da sociedade; em contrapartida, promover a «cultura
da vida» que liberta. Igreja – Povo de Deus – em Movimento» se traduz em ações verdadeiramente comprometidas com Movimentos sociais e políticos legíti-
mos empenhando-se por políticas públicas, segundo as diretrizes e afirmações da Doutrina Social da Igreja, para o desenvolvimento de uma «economia
solidária».
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T
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L I T U R G I A
Leituras propostas pela Igreja para este Domingo
Mt 21, 1-11 - Is 50, 4-7 - Sl: 21(22) - Fl 2, 6-11 - Mt 26,14-27,66
Domingo — 13 de Abril de 2014
Domingo de Ramos
Ciclo “A” do Ano Litúrgico
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É conhecido como Domingo de Ramos, mas também podería-mos defini-lo como o Domingo do grande engano ou da grande ilu-são. Para o Domingo de Ramos a liturgia nos apresenta a entrada de Jesus em Jerusalém, como está escrito nos primeiros onze versí-
culos do capítulo 21 de Mateus.
O evangelista escreve que Jesus enviou dois discípulos ao povoado “que está ali na frente”. O povoado, nos Evangelhos, é sempre o lugar da tradição, lugar que não gosta das novidades trazidas pelo Senhor Jesus. E Jesus diz que encontrarão “uma jumenta amarrada, e, com ela, um jumentinho". Por que essa referência?
Quando Jacó abençoa seus doze filhos e nomeia o filho Judá como chefe dos irmãos, diz que: “o cetro não se afastará de Judá nem o bastão de comando de meio dos seus pés, até que o tributo lhe seja trazido e os povos lhe obedeçam”, e é identificado como quem “amarra o seu jumentinho à videira e o filhote de jumenta à parreira”. Tudo isso nós o encontramos no livro de Gênesis, capítulo 49, versículos 8-11.
Pois bem, Jesus, pedindo para desamarrar a jumenta e o ju-mentinho, quer que compreendamos que essa profecia está sendo cumprida e se realiza na Sua pessoa. E Jesus adverte: “Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor preci-sa deles”. É a única vez, em que, Jesus se define assim: o Se-nhor!
Então o evangelista, na ação de Jesus, vê a realização do que havia escrito o profeta Zacarias, censurando, porém al-guns aspectos da profecia, que não são conformes com Jesus. De fato a profecia de Zacarias começava assim: "Alegra-te, Fi-lha de Sião" (9,9), mas o evangelista toma emprestado, des-ta vez do profeta Isaías, a expressão: "Dizei à filha de Sião". (62,11).
Jerusalém não tem nada para se alegrar e nada para se reju-bilar! Simplesmente recebe uma informação. "Eis que o teu rei está chegando, justo e vitorioso”. Aqui o profeta Zacarias co-locou duas palavras: “justo”, ou seja, observante da lei, e "vitorioso".
Pois bem, o evangelista elimina a palavra: “justo”, porque Jesus não veio para obser-var a lei, mas veio para propor uma nova relação com Deus, baseada no amor, nem será o Messias “vitorioso”.
O que fica é que é: “manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”. Não são animais de guerra, assim como eram os cavalos, nem são caval-gaduras reais como era a mula, mas são os meios normais de locomoção das pessoas normais da época. Portanto, não é um messias guerreiro, mas se apresenta como um Messias de paz. Não conhecemos nenhum monumento equestre de um chefe sobre um jumento!
Então, os discípulos foram, fizeram como Jesus lhes havia mandado e trouxeram a ju-menta e o jumentinho. E eis a primeira das ações importantes e simbólicas realizadas
pelos discípulos: “puseram sobre eles” - quer dizer sobre a jumenta e o jumentinho - “suas vestes” (“ou seus mantos”). As vestes (os mantos), na linguagem bíblica, indicam a pessoa. Portanto, pôr as próprias vestes sobre a jumenta e o jumentinho, significa a ple-na adesão à iniciativa de Jesus de ser um Messias de paz. “A numerosa multidão esten-deu suas vestes (ou seus mantos) pelo caminho”. Quando havia a consagração do rei e a posse dele, o povo, como sinal de submissão e aceitação de sua realeza, estendia os mantos, que são um símbolo da própria pessoa, na estrada e o rei passava por cima. Era, de um lado, um sinal de submissão e, do outro, sinal de domínio.
A multidão não quer ser libertada por Jesus e não quer seguir um messias da paz, mas quer ficar submissa, quer ser dominada! E o evangelista sublinha: “eles cortavam ramos das árvores”. Isto era feito na recorrência da Festa dos Tabernáculos, a festa importante que indicava a vinda do Messias libertador. “E as multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam...”. Jesus é tomado como refém! Não é ele quem mostra o caminho, mas há uma multidão que o precede, que vai na frente, e outra que o segue. E Ele está
no meio!
Como o diabo, na tentação, levou Jesus na cidade santa para lhe propor o poder sobre Israel, assim esta multidão ‘sequestrou’ Jesus e tenta mostrar a Jesus qual é o caminho a tomar: o do poder, o do domínio. De fato, o que é que estão gri-tando? Gritam o Salmo 118, onde está escrito: “Hosana”. Hosa-na é uma expressão que significa "Salva-nos, portanto!". Mas a quem se dirige a multidão? “Ao filho de Davi”. Aqui está o grande engano, a grande ilusão do povo. Confundiram Jesus, o filho do Deus Vivo, com o filho de Davi. Filho, na cultura da épo-ca, significa aquele que se assemelha ao pai, ou seja, aquele que se comporta como ele, de maneira semelhante. Então, o filho de Davi era o messias que, como Davi, através do poder e da força, iria inaugurar o reino de Israel.
Isto é o que as multidões estão esperando! Esta é a tentação que elas propõem a Jesus: ser um messias de poder, um messias de violência. Mas Jesus não é o filho de Davi, Jesus é o Filho de Deus. Ele não veio para tirar a vida, mas para propor a Sua. E é por isso que, logo que as multidões perceberem o equívoco, as mesmas que agora gritam "Hosana ao Filho de Davi", serão as
mesmas que, em seguida, gritarão: "Crucifica-o, crucifica-o!".
Um Messias da paz não importa a ninguém! “Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se agitou”. O evangelista usa um termo que indica como que um terre-moto, o mesmo termo usado para indicar a agitação da cidade de Jerusalém ao saber do nascimento de Jesus. Não há nenhuma acolhida, ninguém o recebe, mas os habitantes da cidade dizem: “Quem é este homem?". A Cidade Santa, a sede da presença e da glória de Deus, não reconhece a Jesus, o Emanuel, o-Deus-conosco, porque o Deus dela é outro!
De fato, entre as primeiras ações que Jesus irá fazer quando entrar na cidade santa, será derrubar todas as estruturas do templo no qual não era mais adorado o Pai, e sim, infelizmente, o dinheiro e o lucro: o verdadeiro deus do templo!
A execução de João Batista não foi algo casual. Segundo
uma ideia muito difundida pelo povo judeu, o destino que es-
pera o profeta é a incompreensão, a rejeição e, em muitos ca-
sos, a morte. Provavelmente, Jesus contou desde muito cedo
com a possibilidade de um final violento.
Jesus não foi um suicida nem procurava o martírio. Nunca quis o sofrimento
nem para Ele nem para ninguém. Dedicou a Sua vida a combate-lo na doença,
nas injustiças, na marginalização ou no desespero. Viveu entregue a “procurar o
reino de Deus e a sua justiça”: esse mundo mais digno e ditoso para todos, que
procura o Seu Pai.
Se aceita a perseguição e o martírio é por fidelidade a esse projeto de Deus
que não quer ver sofrer os Seus filhos e filhas. Por isso, não corre para a morte,
mas tampouco recua. Não foge ante as ameaças, tampouco modifica nem suavi-
za a Sua mensagem.
Teria sido fácil evitar a execução. Teria bastado com calar-se e não insistir
no que podia irritar no templo ou no palácio do prefeito romano. Não o fez. Se-
gui o Seu caminho. Preferiu ser executado antes de atraiçoar a Sua consciência
e ser infiel ao projeto de Deus, Seu Pai.
Aprendeu a viver num clima de insegurança conflitos e acusações. Dia a dia
foi-se reafirmando na Sua missão e continuou anunciando com claridade a Sua
mensagem. Atreve-se a difundi-la não só nas aldeias retiradas da Galileia, mas
também no enquadramento perigoso do templo. Nada o deteve.
Morrerá fiel ao Deus em que confiou sempre. Seguirá acolhendo a todos, in-
clusive a pecadores e indesejáveis. Se acabam por rejeitá-
Lo, morrerá como um “excluído” mas com a Sua morte
confirmará o que foi toda a Sua vida: confiança total num
Deus que não rejeita nem exclui ninguém do Seu perdão.
Continuará a procurar o reino de Deus e a Sua justiça,
identificando-se com os mais pobres e desprezados. Se um
dia o executam no suplicio da cruz, reservado para escra-
vos, morrerá como o mais pobre e desprezado, mas com a
Sua morte selará para sempre a sua fé num Deus que
quer a salvação do ser humano de tudo o que o escraviza.
Nós, seguidores de Jesus, descobrimos o Mistério últi-
mo da realidade, encarnado no Seu amor e entrega extre-
ma ao ser humano. No amor desse crucificado está Deus
mesmo identificado com todos os que sofrem, gritando
contra todas as injustiças e perdoando os verdugos de to-
dos os tempos. Neste Deus pode-se acreditar ou não acreditar, mas não é possí-
vel escarnecer Dele. Nele confiamos os cristãos. Nada o deterá no Seu empenho
de salvar os Seus filhos.
Padre José Antonio Pagola
Em: eclesalia.wordpress.com
Padre Alberto Maggi - OSM
Em: www.studibiblici.it
Em: www.cebi.org.br
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
"Jesus Cristo se tornou obediente, até a morte e morte de cruz. Pelo que
o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome"
(Fl 2,8s).
O Domingo de Ramos introduz a Semana da Pai-xão do Senhor. A Liturgia nos oferece dois evange-
lhos de Mateus: um para a bênção dos ramos (Mt 21,1-11) e outro para a Liturgia da Palavra - narrati-
va da Paixão (Mt 26,14-27,66).
Há poucos dias, o povo tinha visto Jesus ressusci-tar Lázaro em Betânia. Estava maravilhado! Ele ti-
nha certeza de que este era o Messias anunciado pe-los profetas. Contudo, pensava que fosse um Messi-as político, libertador social, forte e poderoso, que
arrancaria Israel das garras dos opressores e lhe de-volveria os bons tempos de Salomão. Jesus, porém, apresenta-se completamente diferente do imaginário
popular. Ao contrário dos poderosos que andavam em carros de guerra, em imponentes cavalos, ele en-
tra em Jerusalém montado num jumentinho. Jesus é um rei manso, humilde e pacífico e, ao mesmo tem-po, forte e firme. É interessante observar que foi um
jumentinho que conduziu Jesus, ainda no útero de Maria, porta-joias do Salvador, a Belém onde nas-
ceu; ao Egito, para fugir da inveja incontrolável de Herodes que não admitiu alguém melhor e maior do que ele; de volta a Nazaré, onde passou sua infância
na simplicidade de uma Família simples, comum e obediente à Palavra de Deus, e agora à Entrada triunfal em Jerusalém, ao encontro de sua pai-xão e morte de cruz!
Ele faz justiça, devolvendo vida aos excluídos, hu-
mildes e necessitados. As multidões o reconhecem, estendem mantos à sua passagem e, com ramos nas mãos, aclamam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito,
aquele que vem em nome do Senhor. Hosana no mais alto do céu!” Em contrapartida, os poderosos
preocupam-se e agitam-se.
O Filho de Deus entra em Jerusalém como rei messiânico, humilde e pacífico. É o servo paciente
que se encaminha para enfrentar voluntariamente, sem violência, a humilhação e o aparente fracasso, impostos pela maldade humana. Jesus chega à ci-
dade, em direção à qual peregrinou por longos dias, para ser vitorioso: “vencerá pela força da não vio-
lência do amor”. O caminho do Messias e de todos
os seguidores é paradoxal: pelo fracasso ao triunfo, pela derrota à vitória, pela humilhação à glória, pela morte na cruz à ressurreição.
A liturgia do Domingo de Ramos revela a grande contradição entre a relação do povo e o Filho de
Deus e sua missão redentora. Primeiro a multidão aclama: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor. Hosana no mais
alto do céu!” Dias depois, grita por sua condena-ção: “Crucifica-o! Crucifica-o!” A cruz e a morte
despontam no horizonte da recusa do projeto messi-ânico: “O caminho do amor que se entrega a Deus e aos humanos, em favor da justiça e da paz, de forma
mansa e humilde”.
O Domingo de Ramos é marcado, de uma parte,
pelo mistério, pelo despojamento e pela entrega total e, de outra, pelo senhorio e pela glória do Filho de
Deus.
O relato da Paixão é um convite a entrarmos a Páscoa. Esta se constitui num chamado à vida nova,
à vida no Espírito, que implica amor incondicional a Deus e ao próximo e cuidado fraterno da criação.
Esta vida nova nos é dada e leva à plenitude a obra da criação. Na celebração pascal, recebemos o Espí-
rito do Ressuscitado para vivermos a vida nova.
Para emoldurar a leitura da Paixão do Senhor, a liturgia deste domingo, proclama o terceiro canto do Servo Sofredor. O apóstolo Paulo, na perspectiva da
Paixão do Senhor, exorta os filipenses a contempla-rem o Filho de Deus que, inteiramente despojado, se
fez servo e obediente à vontade do Pai, até a morte
de cruz. Em sua total entrega, re-
velou o mistério de sua grandeza. Por isso, o Pai o ressuscitou e o
glorificou.
O grande convite para todos nós cristãos é o des-pojamento total, o que naturalmente não é tão sim-
ples. Não é fácil optar pela humilhação quando se ocupam cargos e funções de confiança, na vida soci-al, política, eclesial e comunitária. Fazemos de tudo
para alcançar prestígio, e deste dificilmente abrimos mão, mesmo que isso prejudique a outros. Ainda é
muito notória entre os cristãos, o carreirismo, a bus-ca do poder e do prestígio a todo custo. Revestimo-nos mais do caráter invejoso de Herodes e dos que
pediram a crucifixão do Salvador, do que da perso-nalidade do próprio Cristo, não obstante nos pense-
mos cristãos, daqueles que se dizem "certinhos" en-quanto conseguem esconder seus limites e pecados atrás dos que chegaram a público. Como é frequen-
te, principalmente entre "autoridades ou pessoas públicas, e aqui não escapamos também nós ecle-siásticos" esconder nossos pecados atrás daqueles
que foram descobertos. Certa vez numa visita à Pe-nitenciária, ouvindo as lamúrias e desabafos de al-
guns detentos, disse a eles: "Agradeçam a Deus a sorte que tiveram de serem presos. Assim terão oportunidade de mudarem de vida. Sinto dó daque-
les que fazem coisas piores, mas sentem-se melho-res, pelo simples fato de não terem sido descobertos em seus erros..." O outro problema é a discrimina-
ção que se institucionaliza em relação aos que um dia, sabe-se por que, erraram. Mesmo mudando de
vida, dificilmente têm novas oportunidades. Os certi-nhos não deixam. Sentem-se superiores e falta-lhes a capacidade da cruz, ou seja, do perdão,
da misericórdia e do amor de verdade!
Não nos esqueçamos de levar às Comunidades os
justos resultados de nossos exercícios quaresmais de penitência, partilhando um pouco de nós com quem tem menos. É o Dia Nacional de Coleta da So-
lidariedade: FRATERNIDADE E TRÁFICO HUMA-NO! Não nos roguemos o direito de “traficar” nossa
Coleta. Sejamos honestos com Deus, conosco e com
quem dependerá de nossa partilha generosa!
Que a Semana Santa nos faça melhores do que
somos e que a cruz nos santifique!
Desejando a todos muitas bênçãos, com ternura
e gratidão, nosso abraço fiel e amigo.
Padre Gilberto Kasper
Mateus 21,1-5: O Messias pobre e desarmado
A cena da entrada de Jesus em Jerusalém revela a
sua identidade como Messias pobre e desarmado. Je-
sus mesmo toma as providências para entrar na cidade
montado num jumentinho, o transporte dos pobres daquela época. Ao
narrar este episódio, Mateus se inspira na tradição profética. Para dar
à cena o sentido do cumprimento da profecia, ele cita literalmente o
texto de Zacarias 9,9: “Dizei à Filha de Si-
ão: eis que o teu rei vem a ti. Ele é manso
e está montado num jumento, num jumen-
tinho, cria de um animal de carga!”
Mateus 21,6-7: Acolher Jesus tal como
ele se revela e se apresenta
Os discípulos são encarregados de pre-
parar o animal para a entrada de Jesus na
cidade. Eles vão e fazem exatamente como
Jesus mandou. Por trás desta narração,
tem um recado para as comunidades: ver-
dadeiro discípulo é aquele que aceita Je-
sus do jeito que ele é e quer ser, e não do
jeito que elas gostariam que ele fosse. Se
Jesus se fez Messias pobre e desarmado,
não podem fazer dele um messias glorioso
e poderoso.
Mateus 21,8-9: Eles queriam um grande rei
A multidão reage entusiasmada, estendendo seus mantos no chão
para Jesus passar, e grita: “Hosana ao Filho de Davi!” Eles reconhecem
em Jesus o Messias, o descendente do rei Davi. “Eles queriam um gran-
de rei, que fosse forte e dominador!” Jesus não apreciava muito este tí-
tulo de “Filho de Davi” e chegou a questioná-lo (Mt 22,41-46). Pelo seu
jeito de entrar na cidade, sentado num jumentinho, ele dizia que a sua
maneira de ser rei era diferente.
Mateus 21,10-11: Quem é este?
A entrada de Jesus em Jerusalém questiona o povo da cidade. Ele fi-
ca abalado, agitado e pergunta-se: “Afinal, quem é este que a multidão
acolhe como rei messiânico? Por que ele vem como
um pobre?”
1. As várias imagens de Messias
A causa do desencontro entre Jesus e o povo tinha a ver com a espe-
rança messiânica. Havia entre os judeus uma grande variedade de ex-
pectativas. De acordo com as diferentes interpretações das profecias,
havia gente que esperava um Messias Rei
(Mt 27,11). Outros, um Messias Santo ou
Sacerdote (Mc 1,24). Outros, um Messias
Guerrilheiro subversivo (Lc 23,5; Mc 15,6;
13,6-8). Outros, um Messias Doutor (Jo
4,25). Outros, um Messias Juiz (Lc 3,5-9;
Mc 1,8;). Outros, um Messias Profeta (Mt
21,11). Ao que parece, ninguém esperava o
Messias Servo, anunciado pelo profeta Isaí-
as (Is 42,1; 49,3; 52,13). Eles não se lem-
braram de valorizar a esperança messiâni-
ca como serviço do povo de Deus à humani-
dade. Cada um, conforme os seus próprios
interesses e conforme a sua classe social,
aguardava o Messias, livrinho na mão, que-
rendo encaixá-lo na sua própria esperança.
Por isso, o título Messias, dependendo da
pessoa ou da posição social, podia signifi-
car coisas bem diferentes. Havia muita mistura de ideias.
2. Os ramos na festa da entrada de Jesus
Hoje celebramos a entrada de Jesus em Jerusalém com ramos. A ori-
gem desta aclamação vem da Festa das Tendas, que era realizada no
outono, depois da colheita (Dt 16,13; Lv 23,34). Ela lembrava o tempo
em que o povo israelita fazia sua caminhada pelo deserto (Lv 23,43),
morando em tendas. Por isso, durante uma semana, eles recolhiam ra-
magens e formavam tendas por toda parte (Ne 8,14-17). O povo agitava
os ramos e dizia: “Bendito o que vem em nome do Senhor”. E os sacer-
dotes respondiam: “Da casa de Javé nós vos abençoamos” (Sl 118,25 -
27). A Festa das Tendas era um momento de alegria e de louvor, que
mantinha a identidade do povo e lhe dava resistência.
Frei Carlos Mesters, Irmã Mercedes Lopes e Francisco Orofino
Dia 20 de Abril de 2014
Se Maria Madalena tivesse ido ao túmulo um dia antes, nós agora celebrarí-
amos a Páscoa um dia antes! João escreve no capítulo 20: "No primeiro dia
da semana", literalmente "no primeiro dia depois do sábado, Maria Mada-
lena foi ao túmulo de Jesus”. Por que Maria Madalena não visitou o túmulo
logo após o sepultamento de Jesus, mas esperou o primeiro dia depois do sá-
bado? Porque ela ainda estava sujeita ao cumprimento da lei do descanso no
dia de sábado!
Portanto, a observância da lei impediu experimentar, de imediato, a força
da vida que estava em Jesus, uma vida capaz de vencer a morte. O evangelista,
através desta declaração, quer sinalizar aos seus leito-
res que a observância da lei atrasa a experiência da
nova criação que é inaugurada por Jesus.
De fato, a expressão: "o primeiro dia da semana"
refere-se também ao primeiro dia da criação. Em Je-
sus há uma nova criação, aquela realmente criada por
Deus que não conhece a morte, que não conhece o
ocaso. Mas a comunidade, representada por Maria
Madalena, ainda está sujeita ao cumprimento da lei.
Por isso atrasa a experiência da Ressurreição.
“Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem
de madrugada, quando ainda estava escuro”. A
escuridão é imagem da incompreensão da comunidade
que ainda não compreendeu Jesus, que se definiu:
“luz do mundo”, a sua mensagem, a sua verdade.
“Ela viu que a pedra tinha sido 1retirada do tú-
mulo”. A primeira reação de Maria Madalena é correr
para encontrar Simão Pedro e "outro discípulo". Jesus
havia dito: “Vem a hora em que vocês se espalha-
rão, cada um para o seu lado, e me deixarão sozi-
nho”. (Jo 16,32)
Eis aqui, o evangelista confere a esta mulher, Maria Madalena, o papel do
pastor, que reúne as ovelhas que estavam espalhadas! Anunciou-lhes:
“Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. Ela não
fala de um corpo, mas fala do Senhor. Portanto, já há uma referência clara de
que este Jesus está vivo. Pois bem, Pedro e outro discípulo o que vão fazer?
“Foram ao túmulo”, o único lugar aonde eles não deviam ir!
Lucas, no seu evangelho, relata que dois homens, com roupa brilhante, fa-
lam abertamente às mulheres que foram ao túmulo, levando perfumes: “Por
que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo?”. (Lc
24,5). Incrível! Pedro e outro discípulo foram em busca do Senhor no único lu-
gar onde Ele não pode estar, isto é, no lugar da morte! Co-
mo Maria, pela observância do sábado, eles, também,
atrasaram a experiência de uma vida mais forte que a
morte. Porque Jesus não pode ficar no túmulo, lugar de
morte.
Ele é o vivente. E assim, os discípulos vão ao túmulo,
o único lugar onde não se pode encontrar Jesus. Quando
nós choramos a pessoa como morta, isto é, se nós nos vol-
tarmos para o túmulo, não podemos experimentá-la viva e vivificante em nossa
própria existência. Os dois discípulos correm... Chega
por primeiro o “discípulo amado”, aquele que tem a ex-
periência do amor de Jesus.
Pedro, que se recusou a se deixar lavar os pés, e, por-
tanto, não quis aceitar o amor de Jesus, que se expres-
sa no serviço, chega depois. Mas, o outro discípulo não
entra no túmulo e permite a Pedro ser o primeiro a en-
trar. Por quê? É importante que, o discípulo que renegou
Jesus e que achava que a morte fosse o fim de tudo - e
foi esse o motivo da traição - faça por primeiro à experi-
ência da vida!
E, logo depois entra o outro discípulo. "Viu e acredi-
tou". Mas a advertência muito significativa e importan-
te do evangelista é que: “eles ainda não tinham com-
preendido a Escritura, segundo a qual ele devia
ressuscitar dos mortos”. A preocupação de João é
que se possa acreditar na ressurreição de Jesus, só
vendo os sinais da sua vitória sobre a morte. Não! Não
é assim não!
A Ressurreição de Jesus não é um privilégio concedido a alguns poucos
personagens dois mil anos atrás! Não. Mas é uma possibilidade de todos os dis-
cípulos. Como? O diz o Evangelista: “Eles ainda não tinham compreendido
a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos”.
A aceitação da Sagrada Escritura, ou seja, da Palavra do Senhor, no discí-
pulo, a vivência radical desta mensagem em sua vida e, portanto, a sua trans-
formação, permitem ao discípulo ter uma vida, de tal qualidade que lhe faz ex-
perimentar a presença do Ressuscitado em sua existência.
Em outras palavras, podemos acreditar que Jesus Ressuscitou não por-
que há um túmulo vazio, e sim, somente, se o encontrarmos vivo e vivifi-
cante em nossas próprias vidas.
Padre Alberto Maggi-OSM
Em: www.studibiblici.it
Entramos no mês de abril. De acordo com o calendá-
rio vigente agora, abril é o quarto mês do ano, cuja conta-
gem inicia com o mês de janeiro.
Mas andaram acontecendo algumas mudanças no calendário, antes de se
fixar, em definitivo, tal como o seguimos agora.
Para encontrar o fio da meada, é bom partir, exatamente, do mês de abril.
Pois o mês de abril se tornou uma espécie de encruzilhada, entre o calendário
romano, e o calendário judeu. Pois na verdade, o calendário que agora temos é
herdeiro de dois calendários o judeu e o romano.
Vamos, então, aos detalhes.
No calendário judeu, o nosso mês de abril, correspondia ao mês de "Nisan”,
no qual se celebrava a páscoa, referência central para o detalhamento dos ou-
tros meses.
O calendário judeu se guia pela lua. Ao passo que o calendário romano se
guia pelo sol. Entre os judeus, a tradição estabelecia que a páscoa seria cele-
brada no primeiro sábado depois da lua cheia do mês de Nisan.
Podemos conferir o calendário deste ano. A lua cheia cai no dia 15 deste mês
de abril, que para os judeus é mês de Nisan. O primeiro sábado depois da lua
cheia, cai no dia 19, em cuja noite tanto judeus como cristãos celebram a pás-
coa. Para os cristãos, todas as outras festas importantes do seu "ano litúrgico”
são estabelecidas a partir da páscoa, como a festa de Pentecostes, Corpus
Christi, e os domingos, todas datas situadas a partir da páscoa.
Com o calendário romano também andaram fazendo diversas mudanças. A
mais importante foi alterar a sequência dos meses. No calendário romano origi-
nal, o ano começava no mês de março, dedicado a "marte”, o deus da guerra.
Depois o início do ano foi antecipado para o mês de janeiro.
Aí se entende como o nome de alguns meses do ano ficou em descompasso
com o significado original da palavra que o identificava. Pois se iniciamos a
contagem com o mês de março, o sétimo mês vai coincidir com o mês de
"setembro”. Agora, começando a contagem em janeiro, setembro acaba sendo,
não o sétimo, mas o nono mês. E assim aconteceu com os meses de outubro,
novembro e dezembro.
Eles ainda guardam o
nome que correspondia
ao seu número na sé-
rie que iniciava em
março.
Para os mais curio-
sos, há outros detalhes
nesta mexida no calen-
dário romano. Trata-se
da interferência de
dois imperadores, Jú-
lio César e César Au-
gusto. Eles mandavam
em tudo, mandaram
até modificar o mês o
seu nascimento. De tal forma que Júlio César nasceu no quinto mês do ano,
que por isto se chamava "quintilis”, e tinha trinta dias. Júlio César mandou
que acrescentassem mais um dia, de tal modo que o mês passou a ter 31 dias
e ser chamado de "o mês de julho”, e no final do ano quem pagou a conta foi
fevereiro, que ficou só com 29.
Depois veio o imperador César Augusto, que nasceu no mês chamado de
"sextilis”, por ser o sexto mês do ano. César Augusto também quis 31 dias para
o seu mês, que passou a se chamar de "mês de agosto”, em homenagem ao im-
perador. De tal modo que no final do ano, fevereiro ficou, então, com 28 dias.
Esta a história dos nossos calendários. Agora, é a ONU que gostaria de fazer
uma ampla reforma no calendário oficial, a ser assumido por todos os países,
mesmo os que não integram a cultura ocidental. Mas até agora todas as tenta-
tivas foram frustradas, especialmente pela firme posição dos judeus, que não
querem alterar a sequência dos sábados.
Em todo o caso, mesmo que haja diferenças de calendários, os anos são pre-
ciosos, e cada dia merece ser vivido com alegria e ação de graças!
PARA ENTENDER MELHOR...
Dom Demétrio Valentini
Em: www.cnbb.org.br
Homilia proferida durante a Santa Missa na Casa Santa Marta no dia 04 de abril.
Em: www. news.va
Leonardo Boff
A partir dos anos 70 do século passado ficou claro para grande parte
da comunidade científica que a Terra não é apenas um planeta sobre o
qual existe vida. A Terra se apresenta com tal dosagem de elementos, de
temperatura, de composição química da atmosfera e do mar que somente
um organismo vivo pode fazer o que ela faz. A Terra não contém simplesmente vida. Ela é viva, um
superorganismo vivente, denominado pelos andinos de Pacha Mama e pelos modernos de Gaia, o
nome grego para a Terra viva.
A espécie humana representa a capacidade de Gaia ter um
pensamento reflexo e uma consciência sintetizadora e amorosa.
Nós, humanos, homens e mulheres, possibilitamos à Terra apre-
ciar a sua luxuriante beleza, contemplar a sua intrincada com-
plexidade e descobrir espiritualmente o Mistério que a penetra.
O que os seres humanos são em relação à Terra é a Terra em
relação ao cosmos por nós conhecido. O cosmos não é um obje-
to sobre o qual descobrimos a vida. O cosmos é, segundo mui-
tos cosmólogos contemporâneos (Goswami, Swimme e outros),
um sujeito vivente que se encontra num processo permanente
de gênese. Caminhou 13,7 bilhões de anos, se enovelou sobre si
mesmo e madurou de tal forma que num canto dele, na Via Lác-
tea, no sistema solar, no planeta Terra, emergiu a consciência
reflexa de si mesmo, de donde veio, para onde vai e qual é a
Energia poderosa que tudo sustenta.
Quando um ecoagrônomo estuda a composição química de
um solo, é a própria Terra que estuda a si mesma. Quando um
astrônomo dirige o telescópio para as estrelas, é o próprio uni-
verso que olha para si mesmo.
A mudança que esta leitura deve produzir nas mentalidades e nas instituições só é
comparável com aquela que se realizou no século 16 ao se comprovar que a Terra era
redonda e girava ao redor do sol. Especialmente, a transformação de que as coisas ainda
não estão prontas, estão continuamente nascendo, abertas a novas formas de autorreali-
zação. Consequentemente, a verdade se dá numa referência aberta e não num código
fechado e estabelecido. Só está na verdade quem caminha com o processo de manifesta-
ção da verdade.
"Não temos a idade que se conta a partir do dia do nosso nascimento. Temos a idade
do cosmos"
Importa, antes de mais nada, importa reintegrar o tempo. Nós não temos a idade que
se conta a partir do dia do nosso nascimento. Nós temos a idade do cosmos. Começamos
a nascer há 13,7 bilhões de anos, quando principiaram a se organizar todas aquelas
energias e materiais que entram na constituição de nosso corpo e de nossa psique.
Quando isso madurou, então nascemos de verdade, e sempre abertos a outros aperfeiço-
amentos futuros.
Se sintetizarmos o relógio cósmico de 13,7 bilhões de anos no espaço de um ano solar,
como o fez Carl Sagan no seu livro Os dragões do Éden (N.York, 1977, 14-16), e queren-
do apenas realçar algumas datas que nos interessam, teríamos o seguinte quadro:
A primeiro de janeiro ocorreu o Big Bang. A primeiro de maio o surgimento da Via Lác-
tea. A nove de setembro, a origem do sistema solar. A 14 de setembro, a formação da
Terra. A 25 de setembro, a origem da vida. A 30 de dezembro, o aparecimento dos pri-
meiro hominídeos, avós ancestrais dos humanos. A 31 de dezembro, os primeiros homens
e mulheres. Nos últimos 10 segundos de 31 de dezembro foi inaugurada a história
do homo sapiens/demens, do qual descendemos diretamente. O nascimento de Cristo ter
-se-ia dado precisamente às 23 horas 59 minutos e 56 segundos. O mundo moderno teria
surgido no 58º segundo do último minuto do ano. E nós, individualmente? Na última frac-
ção de segundo antes de completar meia-noite.
Em outras palavras, somente há 24 horas o universo e a Terra têm consciência reflexa de si mes-
mos. Se Deus dissesse a um anjo "procure no espaço e identifique no tempo a Denise ou o Edson
ou a Silvia", certamente não o conseguiria porque eles são menos que um pó de areia vagando no
vácuo interstelar e começaram a existir há menos de um segundo. Mas Deus, sim, porque Ele escu-
ta o pulsar do coração de cada filho e filha seus, porque neles o universo converge em autoconsci-
ência, em amorização e em celebração.
Uma pedagogia adequada à nova cosmologia nos deveria introduzir nestas dimensões
que nos evocam o sagrado do universo e o milagre de nossa própria existência. Isso em
todo o processo educativo, da escola primária à universidade.
Em seguida faz-se mister reintegrar o espaço dentro do qual nos encontramos. Vendo
a Terra de fora da Terra, nós descobrimos um elo de uma imensa cadeia de seres celes-
tes. Estamos numa dos 100 bilhões de galáxias, a Via Láctea. Numa distância de 28 mil
anos-luz de seu centro; pertencemos ao sistema solar, que é um entre bilhões e bilhões
de outras estrelas, num planeta pequeno mas extremamente aquinhoado de fatores favo-
ráveis à evolução de formas cada vez mais complexas e conscientizadas de vida: a Terra.
Na Terra nos encontramos num Continente que se independizou há cerca de 210 mi-
lhões de anos, quando a Pangea (o continente único da Terra) se fraturou e ganhou a
configuração atual. Estamos nesta cidade, nesta rua, nesta casa, neste quarto, e nesta
mesa, diante do computador, a partir de onde me relaciono e me sinto ligado à totalidade
de todos os espaços do universo.
Reintegrados no espaço e no tempo, nos sentimos como Pascal diria: um nada diante
do Todo e um Todo diante do nada. E nossa grandeza reside em saber e celebrar tudo
isso.
Em: www.ihu.unisinos.br
Reintegrados
no espaço e no
tempo, nos
sentimos como
Pascal diria:
um nada diante
do Todo
e um Todo
diante do nada.
E nossa
grandeza
reside em
saber e celebrar
tudo isso.
REFLETINDO
O Papa desenvolveu sua homilia começando pela
passagem do Livro da Sabedoria, na primeira leitu-
ra. E observou que os inimigos de Jesus armam armadilhas e tramam calúnias.
“É como se preparassem um caldo para destruir o Justo. E isso porque se opõe
às suas ações, reprova os pecados contra a lei, joga na cara a transgressão con-
tra a educação recebida. Ao longo da história da salvação”, observou o Santo
Padre, “os profetas foram perseguidos, e o próprio Jesus o diz aos fariseus. Sem-
pre na história da salvação, no tempo de Israel, inclusive na Igreja, os
profetas foram perseguidos. Perseguidos porque os
profetas dizem: Vocês erraram de caminho. Voltem
ao caminho de Deus. E disso as pessoas que têm o
poder daquele caminho equivocado não gostam”.
“O Evangelho de hoje é claro, não é? Jesus se escondia,
naqueles últimos dias, porque ainda não tinha chegado
sua hora, mas Ele sabia qual seria o seu fim, como se-
ria seu fim. Jesus foi perseguido desde o início: re-
cordemos que no início de sua pregação Ele volta
à sua cidade, vai à Sinagoga e prega. Depois de
uma grande admiração, eles começam: ‘esse aí nós sabemos de onde vem.
Ele é um de nós. Com que autoridade ele vem nos ensinar? Onde estu-
dou?’ O desqualificam! É o mesmo discurso, não? ‘Mas ele sabemos de onde é!
O Cristo, ao invés, quando virá ninguém saberá de onde é!’ Desqualificar o Se-
nhor, desqualificar o profeta para tirar a autoridade!”
“Desqualificam-no”, disse Francisco, “porque Jesus saía e fazia sair
daquele ambiente religioso fechado, daquela jaula. O profeta luta contra
as pessoas que enjaulam o Espírito Santo. Por is-
so, é perseguido: sempre! Os profetas sempre são
perseguidos ou não compreendidos, deixados de
lado. Não lhes dão espaço! Esta situação não ter-
minou com a morte e ressurreição de Jesus: conti-
nuou na Igreja! Perseguidos fora e perseguidos
dentro! Quando lemos a vida dos Santos, quantas in-
compreensões, quantas perseguições eles sofreram por-
que eram profetas".
“Também muitos pensadores na Igreja foram perse-
guidos. Penso em um, agora, nesta época, não muito
distante de nós, um homem de boa vontade, um profeta realmente, que com os
seus livros reprovava a Igreja de se distanciar do caminho do Senhor. Logo ele foi
chamado, os seus livros foram colocados no índex, tiraram-
lhe a cátedra e este homem terminou assim a sua vida: não
muito tempo atrás. Passaram-se os tempos e hoje é beato!
Mas como ontem era um herético e hoje é um beato? É que
ontem aqueles que tinham o poder queriam silenciá-lo, por-
que não gostavam daquilo que ele dizia. Hoje, a Igreja, que
graças a Deus sabe se arrepender, diz: ‘Não, este homem é
bom’. Está no caminho da santidade: é um beato!”
“Todas as pessoas que o Espírito Santo escolhe para
dizer a verdade ao Povo de Deus” – acrescentou o Santo
Padre– “são perseguidas. Jesus é o modelo, o ícone. O Senhor tomou sobre Si
todas as perseguições de seu Povo. Ainda hoje” – observou com triste-
za Francisco – “os cristãos são perseguidos. Ouso dizer que talvez existam
mais mártires hoje do que nos primeiros tempos da Igreja, porque a esta
sociedade mundana, a esta sociedade um pouco tranquila, que não quer
os problemas, eles dizem a verdade, anunciam Jesus Cristo", disse ainda
o Santo Padre. “Hoje, em algumas partes do mundo,
uma pessoa é condenada à morte ou vai para o cárce-
re somente por ter o Evangelho em casa, por ensinar o
Catecismo, me dizia um católico desses países em que
os cristãos não podem rezar juntos. É proibido! Somen-
te é possível rezar sozinho e escondido, mas eles que-
rem celebrar a Eucaristia. Como fazem? Fazem uma
festa de aniversário, fazem de conta de celebrar o ani-
versário e ali celebram a Eucaristia, antes da festa.
Quando chega a polícia, eles escondem tudo e felicida-
de, felicidade, parabéns! E continuam a festa. Depois
que a polícia vai embora, eles terminam a celebração eucarística. Devem fazer as-
sim, pois é proibido rezar juntos. Hoje!”
“E esta história de perseguições”, continuou Francisco, “é o caminho do
Senhor, é o caminho daqueles que seguem o Senhor que termina, no fi-
nal, sempre como o caminho do Senhor: com a ressurreição, mas passan-
do pela cruz!”.
Francisco recordou o padre Matteo Ricci, evangelizador da China, que “não
foi entendido, mas obedeceu como Jesus. Sempre haverá perseguições e incom-
preensões, mas Jesus é o Senhor e este é o desafio e a cruz de nossa fé. Que o
Senhor, nos dê a graça de seguir o seu caminho e se acontecer, com a cruz das
perseguições”.
Ir Dorothy Stang - 1931-2005
Dom Helder Câmara- 1909-1999
Dom Pedro Casaldáliga
Dom Angélico Sândalo Bernardino
São vivas minhas lembranças da quartelada de 1964.
Desde 1962 eu trocara Belo Horizonte pelo Rio. Jânio Qua-
dros, em agosto de 1961, havia renunciado à presidência da
República. Jango, seu vice, tomou posse.
O Brasil clamava por reformas de base: agrária, política, tributária etc. No
Rio Grande do Sul, o deputado federal e ex-governador daquele estado, Leonel
Brizola, cunhado de Jango, advertia sobre o perigo de um golpe de Estado.
Em Pernambuco, Miguel Arraes contrariava usineiros e latifundiários e im-
primia a seu governo um caráter popular. Em Angi-
cos (RN), Paulo Freire gestava sua pedagogia do opri-
mido.
O MEB (Movimento de Educação de Base) dava os
primeiros passos apoiado pela ala progressista da
Igreja Católica. A UNE multiplicava, por todo o país,
os CPC (Centros Populares de Cultura).
Novo era o adjetivo que consubstanciava o Brasil:
cinema novo; bossa nova; nova poesia; nova capi-
tal...
A luta heroica dos vietnamitas, o êxito da Revolu-
ção Cubana (1959) e o fracasso dos EUA ao tenta-
rem invadir Cuba pela Baía dos Porcos (1961) inqui-
etavam a Casa Branca. "A América para os america-
nos”, reza a Doutrina Monroe. A maioria dos ianques
não entende que está incluído no termo "América”
todo o nosso Continente, mas que só eles são considerados "americanos”.
Era preciso dar um basta à influência comunista, inclusive no Brasil. E tudo
que não coincidia com os interesses dos EUA era tachado de "comunista”, até
mesmo bispos como Dom Helder Câmara, que clamava por um mundo sem fo-
me. Foi apelidado de "o bispo vermelho”.
Trouxeram dos EUA o padre Peyton, pároco de Hollywood. De rosário em
mãos e bancado pela CIA, ele arrastava multidões nas Marchas da Família com
Deus pela Liberdade. Manipulava-se o sentimento religioso do povo brasileiro
como caldo de cultura favorável à quartelada.
A 13 de março de 1964, Jango promoveu um megacomício na Central do
Brasil, no Rio, defronte o prédio do Ministério do Exército. Ali, ovacionado pela
multidão, assinou os decretos de apropriação, pela Petrobras, de refinarias pri-
vadas, e desapropriação, para fins de reforma agrária, de terras subutilizadas.
As elites brasileiras entraram em pânico.
Em 31 de março, terça-feira, as tropas do general Olimpio Mourão Filho, ori-
undas de Minas, ocuparam os pontos estratégicos do Rio. Jango, após passar
por Brasília e Porto Alegre, deposto da presidência, refugiou-se no Uruguai. Ra-
nieri Mazzilli, presidente da Câmara dos Deputados, assumiu o comando do
país e, pressionado pelos militares, convocou eleições indiretas. A 11 de abril, o
Congresso Nacional elegeu o marechal Castelo Branco presidente da República.
Estava consolidado o golpe.
A máquina repressiva começou a funcionar a todo vapor: Inquéritos Policiais
Militares foram instalados em todo o país; a cassação de direitos políticos atin-
giu sindicalistas, deputados, senadores e governadores; uma simples suspeita
ecoava como denúncia e servia de motivo para um cidadão ser preso, torturado
ou mesmo assassinado.
Os estudantes e alguns segmentos da esquerda histórica resistiram nas ruas
do Brasil. Foram recebidos à bala. A reação da ditadura acuou seus opositores
na única alternativa viável naquela conjuntura: a luta armada. Em dezembro
de 1968, o governo militar assina o Ato Institucional nº 5, suprimindo o pouco
de espaço democrático que ainda restava e legitimando a prisão, a tortura, o
banimento, o sequestro e o assassinato de quem lhe fizesse oposição ou fosse
simplesmente suspeito.
Muitos são os sinais de que se vivia sob uma ditadura. Este foi insólito: há
no centro do Rio uma região conhecida como Castelo. E, na zona norte, um
bairro chamado Muda (porque, outrora, ali trocavam as parelhas de cavalos
que puxavam os bondes que ligavam a Tijuca ao Alto da Boa Vista).
Em 1964, no letreiro de uma linha de ônibus carioca, a indicação: Muda-
Castelo. Os milicos não gostaram: o marechal viera para ficar. Pressionada, a
empresa inverteu o letreiro: Castelo-Muda. Ficou pior. Cancelaram a linha...
Em: www.correiodacidadania.com.br
Frei Betto
OPINIÃO
Aparentemente estamos em ambiente mundial
e local em processo de transformação. As exigên-
cias para transformações humanas e estruturais
evidenciam-se superficialmente somente no hall
amplo, arejado e limpo de liberdades. Pega-se es-
panador e com graus variáveis de consciência ex-
plicita ou não, movimenta-se um dos antebraços
sobre o mobiliário impregnado da poeira e outras
coisas. O não-ver-se.
O hall que é sempre lindo, iluminado e am-
plo. Distrai os olhos. O hall têm um poder. Ele
preenche espaços vazios, às vezes obscuros, das
realidades visíveis ou não. Estar no hall em com-
passo de espera para adentrar a sala principal
traz sensação certeira. O melhor virá. Ainda no
hall não consegue-se ficar parado. Olha-se à di-
reita. Olha-se à esquerda. Olha-se ao centro de si
mesmo. Olha-se ao redor. A espera permite o lu-
xo de reparar nos detalhes do amplo, belo e viço-
so hall. O enorme relógio pendular da história na
parede emite seu som em compasso com os pre-
sentes à espera do chamado.
Estamos inseridos num “hall histórico” que
não construímos sozinhos, por isso inevitável é o
encanto que invade olhos. Quase esquecemos que
teremos dele sair. Saímos para adentrar o salão
principal ou para a saída ao logradouro. Mas, tris-
te mesmo é quando ao deixar um hall tão belo te-
mos de utilizar as “portas dos fundos”.
Mas, o ambiente atual no qual vivemos não
deve espantar-nos. Todo cuidado com precipita-
ções.
Os mais jovens ficam incomodados e agita-
dos. Eventos passados e faço referência às tais
“marchas das famílias”, não devem causar-nos
espanto. O momento histórico hodierno não é o
mesmo da década de 60. A atual realizada em al-
gumas cidades do Brasil revela somente e sinaliza
o que espera-se de forças retrógadas ou não: re-
ações. Interessante é que mesmo alcunhada de
retrógadas tais forças parecem desejar também
um resgate e reparos na construção de verdades
históricas. Também devemos considerar que as
gerações que vieram - espectadores - dessas
“forças” parecem não conter a mesma radicalida-
de ideológica de extrema-direita dos pais. Na de
1964 a maioria fora doutrinada - comprovada re-
centemente por documentação histórica - em aca-
demias militares por especialistas de agencias
norte-americanas.
Por outro lado, os últimos 10 anos em toda a
América Latina são marcados por deslizes e forte
acomodação das forças populares adjuntas ao po-
der do sistema. Economias maquiadas, ações
sociais de Estados marcadamente assistencialis-
tas. Corrupção políti-
ca financiada invadin-
do os Três Poderes e
tantos outros fatores.
Raros personagens
tanto de um lado co-
mo de outro desta-
cam-se pela coerên-
cia e pelos princípios
que abraçaram. Ve-
jam o magnifico
exemplo de caminha-
da da deputada fede-
ral, por S. Paulo, Lui-
za Erundina. Magnifi-
co exemplo para a
juventude de São
Paulo e para os me-
nos jovens. É preciso
defender os princípios
e a identidade em to-
dos os aspectos do
povo brasileiro, mes-
mo com danosos cus
tos: isolamento, forçoso “silencio obsequioso”,
submissão ao forte movimento de “apagão da
memória histórica”. Há em todos os movimentos
organizados gente de fibra como ela.
As “forças do mal” do passado reagem por
conta daquilo que não aparece claramente nos
meios de comunicações e nos debates. Trata-se
da possibilidade de revisão da Lei de Anistia que
nos bastidores do poder corre solta, seja pela di-
plomacia na OEA (onde a ação norte-americana é
forte, ainda), seja nos ambientes políticos em ca-
da Estado latino-americano.
O “mass media” - temeroso pela instalação
com nova face da censura e possibilidade de cas-
sação de suas concessões - traz sempre em seus
editorais falta de saudável crítica e destaca-se em
superficialidades.
Outros elementos conjunturais: o crescimen-
to do populismo político e econômico. Não imagi-
ne-se que o populismo atual é o mesmo das dé-
cadas de 40 e 50 do século XX. O populismo de
hoje é uma doença, uma praga. Ama-se os po-
bres, mas não garantem direitos pétreos através
de emendas constitucionais, que favoreceriam os
mais pobres. Não se ajuda os pobres, socialmente
falando, com decretos, leis (que sempre podem
ser revistas...), medidas provisórias. Tudo isso cai
por terra em caso de alternância de poder. Talvez
esteja aí olhar das massas mais jovens de dúvida
quanto ao sistema democrático representativo,
mas não participativo.
No campo externo os mais informados
sabem que tanto os Estados Unidos como a
União Europeia voltaram por cima no aspec-
to econômico após a faxina e saneamento
em seus Estados, que promovem desde
2006. Faxina e saneamento são palavras
brandas. Na verdade, Estados Unidos e Uni-
ão Europeia promovem profunda reforma no
capitalismo internacional.
O ovo da serpente em sentido amplo
tanto para os do “lado de lá como para os
do lado de cá” vai sendo chocado. A metáfo-
ra de Ingmar Bergmann em filme de 1977
revela que o nacional-socialismo e o fascis-
mo fora desenvolvido por situações seme-
lhantes às de hoje.
O progresso do ovo, segundo consagra-
dos historiadores, como Hobsbawm, dá-se
por conta das fraquezas e do relaxamento
ideológico e da perda de princípios daqueles
que representavam esperança para as mas-
sas populares.
Júlio Cesar queria sepultar todo um mo-
vimento para ser instalado um sistema repu-
blicado no interior do Império Romano. Nos
“idos de março” pretendia dar o golpe fatal.
Mas, quando entra no “Fórum” perto do Ca-
pitólio Romano, sabemos o que ocorreu. Ca-
da um dos senadores o apunhalou. Inclusive
o mais íntimo deles, Brutus, o último, que
ao apunhar o grande amigo de intimidades -
César - este, entrega-se à morte.
Marco Rovigo de Assis
“...uma simples
suspeita
ecoava como
denúncia e
servia de
motivo para
um cidadão
ser preso,
torturado
ou mesmo
assassinado”.
União e olho vivo
“E assim deve ser considerado como o ovo da serpente que, incubado, poderia tornar-se
perigoso, como todos os de sua espécie. Logo, é preciso que o matemos ainda na casca.”
(Shakespeare. “Júlio Cesar”. Ato Segundo, cena primeira).
“O progresso do
ovo, segundo
consagrados
historiadores (...)
dá-se por conta
das fraquezas e
do relaxamento
ideológico e
da perda de
princípios
daqueles que
representavam
esperança para
as massas
populares.”
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26 de Abril de 2014 - Sábado
Às 9h00 no CIFA - Itaquera
Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Itaquera - Rua Flores do Piauí, 182 - Centro de Itaquera
Sua Presença e Indispensável