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II ORIENTAÇÃO em REVISTA EDITORIAL

PROPRIEDADE: Federação Portuguesa de Orientação I DIRECTOR: António Rodrigues I REDACÇÃO: Joaquim Margarido I REDACÇÃO, ADMINISTRAÇÃO EPUBLICIDADE: Rua José Valentim Mangens, lote 3 r/c A. 2640-498 MAFRA - Tel. / Fax: 261819171 - [email protected] - www.fpo.pt I ENDEREÇO POSTAL:Federação Portuguesa de Orientação - “ORIENTAÇÃO em revista” - EC Mafra – Apartado 2 – 2641-909 MAFRA I PAGINAÇÃO E MONTAGEM: REVISTAATLETISMO - António Manuel Fernandes - Olinka Najera C. Sampaio I IMPRESSÃO: RBM – Artes Gráficas, Lda. Alto da Bela Vista, 68, Pav.8 - r/c. 2735 CACÉM- Tel.: 214264611 I TIRAGEM - 5000 exemplares I DISTRIBUIÇÃO GRATUITA I Os artigos publicados e assinados são da exclusiva responsabilidade dos seusautores e não traduzem necessariamente as opiniões da direcção da publicação.

Julho de 2010 vai ficar na história da Orientaçãoem Portugal com a disputa, pela primeira vez em ter-ritório Nacional, de um Campeonato do Mundo paraos escalões Juniores e Seniores de ambos os sexosna disciplina de Orientação em BTT.

Foi escolhida a região do Alto Tâmega e Barrosopara acolher este evento, com a grande colaboraçãoda Câmara Municipal de Montalegre, concelho queirá receber o centro de evento e as principais provasdo Mundial. Oportunidade única para mostrar a todosos participantes uma zona do nosso país com exce-lentes condições para a Orientação em BTT, com umanatureza bem preservada e aliada a uma forte com-ponente social, cultural e histórica de toda a região.

Ao longo da semana de 9 a 18 de Julho, vamoster na região de Montalegre um evento competitivoao mais alto nível, com os melhores 250 atletas de25 países a lutarem pelos 16 títulos mundiais em dis-puta. Na organização estarão envolvidas 100 pes-soas de Norte a Sul do país, nas mais variadasfunções, que irão dar o seu máximo para que todo oevento decorra da melhor forma. Estamos também aprocurar aproveitar esta grande festa da orientaçãopara conseguir colocar a modalidade no mapa dosmedia nacionais como desporto conhecido, e espe-ramos vir a ter a maior cobertura até hoje, em termosde televisão, rádio e imprensa, de uma prova deOrientação.

Quando estamos prestes a comemorar o 20ºaniversário da FPO, contamos com todos os orientis-tas nacionais e com os desportistas em geral parafazer desta organização do Mundial de Ori-BTT umsucesso, dignificando a Orientação Portuguesa anível internacional.

Eduardo OliveiraDirector-Geral do MTB WOC & JWOC 2010

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Com os contrafortes da Serrado Caramulo a imporem-se napaisagem, os terrenos envol-ventes ao Crossódromo de

Águeda assistiram ao arranque da 14ªedição dos Campeonatos Nacionais deOrientação de Desporto Escolar2009/2010. Organizado pelo GabineteCoordenador do Desporto Escolar, como apoio do Desportivo Atlético deRecardães, o evento contou com a par-ticipação de 95 atletas de 19 escolas do

Continente, distribuídos por quatro escalõesde competição.

Esta primeira etapa constou duma provade Distância Média, no mapa de Souto doRio II, uma espécie de "sprint" longo a fazerapelo, sobretudo, à capacidade física doscontendores. Ana Anjos e Ana Salgado, am-bas da EB 2,3 Cunha Rivara (Arraiolos) eMiguel Ferreira (ES Palmela), venceram osrespectivos escalões por margem confortá-vel, o que lhes permitiu partir para a der-radeira etapa com relativa tranquilidade. Sóem Juvenis Masculinos a luta ficou ao rubro,com Luís Silva (ES Pinhal Novo) e RafaelMiguel (ES Estarreja) a terminarem separa-dos por escassa diferença de tempo.

A tarde foi consagrada à prova de Esta-fetas. Pontuando apenas para a classificaçãofinal por equipas, as Estafetas foram disputadaspor 33 equipas e ficaram marcadas pelo eleva-do número de desqualificações. Ruas, escada-rias, jardins e pequenos recantos da cidadeviram-se subitamente abalados na sua pacatezpelas correrias e pela alegria contagiante dosatletas, que das margens do Cértima ao arvore-

do do Parque da Alta Vila mostraram toda agarra e empenho em busca do melhor lugar.

Fazer omoletas (quase) semovos

No segundo dia de provas, os atletas regres-saram ao mapa de Souto do Rio II para umaDistância Longa, decisiva a todos os títulos. A

visibilidade reduzida e o desnívelacentuado nalgumas zonas domapa, associados a alguma suji-dade, colocaram grandes desafiosna progressão e fizeram apelo àresistência física e à qualidade téc-nica dos participantes. O desen-rolar da prova deu a perceber queesta serviria de confirmação paraos vencedores da etapa inaugural,no que ao sector feminino diz res-peito. Com efeito, a EB 2,3 CunhaRivara ganhou tudo o que haviapara ganhar, juntando aos títulosindividuais de Ana Anjos e AnaSalgado, as vitórias por equipas,graças às excelentes prestaçõesdos restantes elementos. CarolinaDelgado (Colégio S. Miguel) mere-ce uma referência especial já quefoi ela a excepção à regra de doispódios pintados pelas “cores” daescola arraiolense.

No sector masculino, as coisasnão se passaram de forma tão li-near. É verdade que no escalãode Iniciados, a vantagem alcança-da na Distância Média por MiguelFerreira permitiu-lhe gerir a provade tal forma que chegou ao títulocom naturalidade. Mas foi no es-calão de Juvenis que se assistiu àgrande reviravolta, com RafaelMiguel a vencer a prova Longa,anulando a desvantagem paraLuís Silva e arrebatando o títulonacional, nestes que são os seusúltimos Campeonatos. Colectiva-mente, a ES Palmela voltou a sermais forte no escalão de Inicia-dos, enquanto nos Juvenis a ESEstarreja confirmou a boa pres-tação da véspera e chegou àvitória.

Uma palavra de reconhecimen-to e carinho pelo trabalho doDesportivo Atlético de Recardães,o elo de ligação local neste parti-cular capítulo da Orientação. Comefeito, a equipa capitaneada porCarlos Ferreira soube fazer jus aolema de “poucos mas bons”.

Muito bons, até! Mais do que o empenho emproporcionar as melhores condições de provaaos atletas, é justo realçar o notável trabalho detraçado de percursos, tornando um terrenodesinteressante e um mapa com poucos recur-sos num desafio de Orientação de elevadonível. A prova provada de como é possível fazeromeletas (quase) sem ovos.

Campeonatos Nacionais de Orientação de Desporto Escolar 2009/2010

POR JOAQUIM MARGARIDO ORIENTAÇÃO em REVISTA III

APROVADOS COM DISTINÇÃO

Com o final de mais um ano lectivo àvista, o Desporto Escolar teve no últi-mo fim-de-semana de Maio o seuautêntico “exame” em 17 modalidadesdistintas, contando com a participaçãode 2600 alunos. A Orientação foi, pelo14º ano consecutivo, uma das modali-dades envolvidas.

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IV ORIENTAÇÃO em REVISTA TEXTO E FOTOS DE JOAQUIM MARGARIDO

FESTA LARANJA NO VERDE CAMPEONATO NACIONAL DE DISTÂNCIA LONGA E DE ESTAFETAS

Minho, Verde, Floresta, Orientação! Pelo segundo ano consecutivo, coube ao .COM -Clube de Orientação do Minho a responsabilidade de organizar o CampeonatoNacional de Distância Longa e de Estafetas 2009/2010. Fê-lo num dos seus espaçosnaturais, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, contando para tal com o apoio

da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, da ARDAL – Associação Regional deDesenvolvimento do Alto Lima e da Federação Portuguesa de Orientação. E que bem que o fez!

Um fim-de-semana magnífico do ponto de vista climatérico, paisagens de cortar a respiraçãoe aquele mar imenso de verde deram o mote. O resto… bem, o resto foram mapas e percursosde grande qualidade e desafios intensos oferecidos às pouco mais de três centenas e meia departicipantes. Um número que, diga-se, surpreendeu pela negativa.

Maria Sá, naturalmenteO Campeonato Nacional de Distância Longa deu o “pontapé de saída”, proporcionando a

Tiago Romão (COC) e a Maria Sá (GD4C) saborosas vitórias nos escalões de Elite. No sectormasculino, Romão encetou com Diogo Miguel uma luta particular pelo título, reeditando o dueloda Serra da Cabreira do ano transacto. O atleta do COC foi desta feita o mais forte, concluindoa prova com uma vantagem superior a dois minutos sobre o seu maior opositor, cabendo o ter-ceiro lugar ao seu colega de equipa, Paulo Franco.

Quanto ao sector feminino, foi com naturalidade que se assistiu a uma vitória retumbante deMaria Sá. Vinda de conquistar o seu quarto título de Campeã Nacional Absoluta, a atleta doGrupo Desportivo dos Quatro Caminhos mostrouenorme à vontade em terrenos da sua predilecção eteve uma prestação de muito bom nível. A vantagem

E se o Verde Minho se vir desúbito invadido por prismaslaranja e brancos, isto é…Orientação. Assim foi emMiranda, pequena freguesiados Arcos de Valdevez, com adisputa dos derradeiros títu-los nacionais da temporada.Resultado: Um verdadeiro“arraial minhoto”, feito decorrerias de mapa na mão.

FESTA LARANJA NO VERDE

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MINHO 2009/2010

final superior a oito minutos face àsua principal opositora, PatríciaCasalinho (COC), expressa deforma eloquente o domínio daatleta nortenha. Raquel Costa(GafanhOri) concluiu na terceiraposição.

A grande reviravoltaPonto alto do evento, o

Campeonato Nacional deEstafetas atraiu sobre si asatenções no derradeiro dia deprovas. Distribuídas por 13

escalões de competição e ainda pelos escalões “popular curto” e “popular longo”, as 114equipas – algumas delas mistas – bateram-se denodadamente pelos primeiros lugares. Aausência de alguns dos nossos melhores valores - devido à participação nos Europeus damodalidade em Primorsko (Bulgária) – não retirou emotividade aos Campeonatos, com aincerteza quanto aos vencedores a manter-se até ao derradeiro momento e a levar ao rubrouma plateia que não regateou aplausos e incentivos aos concorrentes em prova.

No escalão Séniores Masculinos, o COC – Clube de Orientação do Centro foi o grandevencedor, após acesa luta com o Clube Ori-Estarreja. Começou melhor a turma da beira-ria,que viu a diferença acentuar-se no segundo percurso. Todavia, quando tudo parecia perdido,eis que Tiago Romão conseguiu inverter as coisas e levar o COC a uma saborosa vitória. OCPOC – Clube Português de Orientação e Corrida ocupou o lugar mais baixo do pódio.

Pequena-grande SusanaO Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos foi o grande vencedor no escalão Sénior

Feminino, um feito que o clube matosinhense inscreve pela primeira vez no seu historial. Avitória começou a alicerçar-se com a excelente prestação da júnior Susana Alves, reforçadadepois com o desempenho da veterana Isabel Bonifácio e confirmada por Maria Sá, a grandetimoneira deste trio. No final, vitória expressiva do GD4C com quase vinte minutos de van-tagem sobre a ADFA – Associação de Deficientes das Forças Armadas e com o Ori-Estarreja,terceiro classificado, a mais de uma hora.

Pontuando uma época de grande nível, o Grupo Desportivo 4 Caminhos acabou por ser agrande figura destes Nacionais ao conseguir mais três títulos graças às excelentes prestaçõesdas suas equipas de Juvenis Femininos, Juniores Masculinos e Veteranos Femininos I. Ogrande derrotado foi o Clube de Orientação da Gafanhoeira – Arraiolos, que depois dos sen-sacionais cinco títulos alcançados na época transacta, trouxe dos Arcos de Valdevez“somente” os de Iniciados Femininos e Veteranos Masculinos III. O COC foi o segundo clubeem número de títulos, juntando ao de Seniores Masculinos, os de Veteranos Masculinos II eVeteranos Femininos II. Quanto aos restantes títulos, acabaram por se ver repartidos por CPOC(Iniciados Masculinos e Juniores Femininos), ADFA (Juvenis Masculinos) e OriMarão(Veteranos Masculinos I).

MINHO

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VI ORIENTAÇÃO em REVISTA POR JOAQUIM MARGARIDO

Orientação em Revista (O.R.) - O querepresentou para si o título de CampeãNacional Absoluta 2010?

Maria Sá (M.S.) – Todos os títulos sãoimportantes mas vejo o título Nacional Absolutocomo o mais importante, visto ser aquele quecoloca todos os atletas em pé de igualdade esob as mesmas condições. Foi a quarta vezque conquistei o título e é curioso que estavitória faz-me recordar o primeiro título em2004. Na altura estava a terminar o Secundárioe desta vez, seis anos depois, estou a concluira Faculdade.

O.R. – De há duas temporadas a es-ta parte tem abdicado da maioria dasprovas disputadas no Inverno e, che-gada esta fase do Calendário, vemo-lasurgir em grande forma e a conquistarimportantes vitórias. Qual é o segredopor detrás disto?

M.S. – Não há segredo nenhum. É umaopção minha e do meu treinador em apostar-mos nesta altura da época, que é realmente aaltura mais importante. De há dois anos para cásinto que eu própria mudei. Desde que estiveseis meses na Polónia e mudei de treinadorvejo as coisas de maneira diferente e mais po-sitiva. Tenho vindo, aos poucos, a beneficiardesta minha nova postura, tenho vindo a saberconcentrar-me, a evoluir e a saber que é nestaaltura que é importante estar bem. Com todo otrabalho que tenho tido, é quase impossívelmanter actividades paralelas à Faculdade e évital saber estabelecer prioridades para con-seguirmos alguma coisa. Como em tudo navida, quando trabalho para algo é para dar omeu melhor e, daí, ter decidido apostar nestesCampeonatos. Daí que, no ano em que con-cluo o Curso de Medicina, ter sido CampeãNacional Absoluta foi ouro sobre azul.

O.R. – As prioridades não passam,portanto, por vencer o ‘ranking’ da Taçade Portugal…

M.S. – Não, não. Compreendo a existênciadesse ‘ranking’, na medida em que faz sentidopara as pessoas que têm maior disponibili-dade, uma vez que avalia a sua regularidade naparticipação. Para mim, todavia, é completa-mente impossível competir regularmente faceàs solicitações que tenho. Daí que a gestão quefaço das prioridades me leve a participar ape-nas nas provas que considero realmente impor-tantes, embora tenha pena de não puder fazertodas as provas, naturalmente.

O.R. – Como avalia o actual estadoda Orientação em Portugal?

M.S. – Há uns anos atrás pensava que esta-ríamos na rampa de lançamento para o tão dese-jado “boom” e esperava em 2010 ver uma massade gente maior a praticar Orientação. Existe, semdúvida, uma evolução muito grande no que diz

respeito à organização das provas, à qualidadedos mapas e do traçado dos percursos e mesmono que diz respeito à qualidade dos próprios atle-tas, mas penso que há muito ainda para fazer. Acriação do Dia Nacional da Orientação, o lança-mento da Orientação em Revista em novosmoldes, mais apelativa e virada para outros públi-cos, o trabalho exemplar da Direcção TécnicaNacional e o investimento ao nível do DesportoEscolar, tudo isto são passos muito importantesno sentido de dar a conhecer a modalidade eque têm de ser continuados.

O.R. – A verdade, porém, é que amensagem não passa e os resultadostardam em aparecer. Porquê?

M.S. – Porque a Orientação é um desportoque não se vê, apenas se sente. Só quemexperimenta é que o consegue compreender.Essa barreira de fazer com que as pessoasdigam “eu vou experimentar a Orientação” édifícil de vencer. Será até um problema cultural,já que em Portugal não existe cultura desporti-va. Mesmo no Atletismo, que é uma modali-dade com muito maior tradição e afirmação nonosso País, assistimos nas próprias provas aum número cada vez menor de participantes.

O.R. – É a crise?M.S. – Sim, eu diria que é a crise a todos os

níveis. Mas este não é um problema só nosso.Ainda agora um grande atleta checo se interro-gava no seu blogue o porquê de estarmos arealizar os Campeonatos da Europa. Para

estarmos aqui todos a correr uns com os ou-tros, distribuirmos por aí uns diplomas edepois? Ninguém nos vê! Todavia, o amor àmodalidade, a perseverança e a esperança deque as coisas vão mudar, penso que é isso quenos deve mover. Sabemos que estamos a fazercoisas muito boas, sabemos que estamos nobom caminho mas falta-nos algo de ver-dadeiramente importante que é o acreditar queé possível.

O.R. – Deixar os bancos da Faculda-de para iniciar o exercício da profissãovai permitir-lhe dedicar-se mais àOrientação ou, ao invés, vamos vê-laainda menos nas provas?

M.S. – Vou ter agora um ano de InternatoGeral e depois o Internato de Especialidade enão sei muito bem como vai ser. Tenho muitasideias mas tudo vai depender da forma comose concretizarem as coisas. Gosto muito defazer desporto, gosto muito da Orientação,gosto muito de treinar e, por outro lado, gostomuito de Medicina – aliás, era o único cursoque poderia tirar - e espero vir a gostar muitomais ainda como profissional. Mas não souobsessiva e a minha maneira de estar na vidapassa pelo equilíbrio entre tudo aquilo quefaço. É que também gosto muito da minhafamília, dos meus amigos e também gostomuito de mim e de desfrutar das coisas boas davida. Isso para mim é fundamental. A ver vamoso que o futuro me reserva.

MARIA SÁ (GD4C)

É a atleta do momento. Após a conquista do seuquarto título nacional absoluto, a Orientação emRevista falou com Maria Sá e encontrou uma pes-soa dividida entre duas paixões: a Orientação e aMedicina.

EU TENHO DOIS AMORES

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Oúltimo fim-de-semana de Maio trouxeconsigo um dos pontos altos doCalendário de Provas da FederaçãoPortuguesa de Orientação. Falamos

do Campeonato Nacional Absoluto, uma provaonde são abolidos os escalões e onde, no ter-reno, jovens e menos jovens medem forçasentre si na demanda do melhor lugar possível.Pontuável para o ‘ranking’ da Taça de Portugalde Orientação Pedestre, a prova foi parte inte-grante do II Open de Orientação Pedestre deSesimbra e o seu figurino, à semelhança doque vem sendo hábito, constou de dois percur-sos competitivos: Apuramento e Final.

Organizada pelo Grupo Desportivo União daAzóia, com os apoios da Câmara Municipal deSesimbra, Junta de Freguesia do Castelo,Federação Portuguesa de Orientação eFederação Académica do DesportoUniversitário, o II Open de Orientação Pedestre

de Sesimbra contou com a participação globalde 580 atletas, dos quais 382 na disputa do títu-lo nacional absoluto. O Parque Natural da Serrada Arrábida foi palco das provas em ambos osdias, com as belas paisagens e o muito calorque se fez sentir a repartirem entre si uma boadose de protagonismo.

O primeiro título absoluto deTiago Aires

A história desta oitava edição dos Campeo-natos Nacionais Absolutos começou a contar-se no primeiro dia de provas, com a grandefigura a dar pelo nome de Joana Costa (GD4C).Com efeito, a jovem e promissora atleta res-olveu fazer um “tempo-canhão” que apanhoude surpresa um grande número de atletas,reduzindo a 29 o número de participantes nagrande final feminina. Quanto ao sector mas-culino, Tiago Aires (GafanhOri) voltou a com-provar o seu bom momento de forma e chamoua si o melhor tempo.

Disputada por 60 atletas, a Final Masculinavoltou a ser dominada por Tiago Aires, per-mitindo-lhe saborear de novo um título nacionalapós longo jejum. Com efeito, desde osNacionais de Distância Longa em Évoramonte,no dia 4 de Maio de 2008, que o grande atleta

da turma de S. Pedro da Gafanhoeira – Arraio-los não subia ao lugar mais alto do pódio. Umasubida com um sabor especial por este facto,mas também por se tratar do primeiro títulonacional absoluto da sua já longa carreira.Jorge Fortunato (Ori-estarreja) e JoaquimSousa (COC) classificaram-se nas posiçõesimediatas. Quanto à Final Feminina, JoanaCosta voltou a estar ao melhor nível, batendo-se de igual para igual com a sua colega deequipa Maria Sá, para quem perdeu o título porescassos 29 segundos. Maria Sá alcançouassim o seu quarto título nacional absoluto,ultrapassando Raquel Costa nesta disputa par-ticular. O pódio feminino ficou completo com aatleta do COC, Patrícia Casalinho, a alcançar aterceira posição.

POR JOAQUIM MARGARIDO - FOTOS GENTILMENTE CEDIDAS POR ANTÓNIO JORGE SILVA ORIENTAÇÃO em REVISTA VII

CAMPEONATO NACIONAL ABSOLUTO 2009/2010

TIAGO AIRES E MARIA SÁFORAM OS MAIS FORTES

CAMPEÕES NACIONAIS ABSOLUTOS

2003 Marco Póvoa (ADFA) Raquel Costa (CDCE)2004 Marco Póvoa (ADFA) Maria Sá (GD4C)2005 Marco Póvoa (ADFA) Lídia Magalhães (ADFA)2006 Santos Sousa (ADFA) Maria Sá (GD4C)2007 Marco Póvoa (ADFA) Raquel Costa (CPOC)2008 Tiago Romão (COC) Raquel Costa (Gafanhoeira)2009 Tiago Romão (COC) Maria Sá (GD4C)2010 Tiago Aires (GafanhOri) Maria Sá (GD4C)

Um “todos contra todos” de desfechosempre imprevisível. Assim foi, uma vezmais, com o Campeonato Nacional Abso-luto de Orientação Pedestre 2009/2010- para muitos o momento alto da tem-porada - , nesta sua oitava edição a con-sagrar Tiago Aires e Maria Sá.

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CALENDÁRIO DE PROVAS

JULHO

01-04 Camp Europa Jovens EYOC’10 Soria - Espanha FEDO / IOF

03-04 I Troféu O-BTT OriMarão Vila Pouca Aguiar OriMarão

04-11 Camp Mundo Juniores JWOC’10 Aalborg - Dinamarca DOF / IOF

10-11 6ª Liga Esp Raids / V Camp. Ibérico A Coruña - Espanha Gallaecia Raid

11-17 MTB WOC'2010 // JWOC'2010 Montalegre FPO / IOF

17 IV Troféu OriAlentejo – 8ª prova Santo André COALA

19-23 Camp Mundo Universitário WUOC’10 Borlänge - Suécia SOFT / IOF

24 I Nocturna Vila Pouca Aguiar Vila Pouca de Aguiar OriMarão

31 Troféu Sintra, Orientação para Todos A difundir CAOS

31-07 Camp Mundo Veteranos WMOC’10 Neuchâtel - Suiça SO / IOF

AGOSTO

8-15 Camp. Mundo Orientação Pedestre Trondheim - Noruega NOF/IOF

VIII ORIENTAÇÃO em REVISTA POR JOAQUIM MARGARIDO

CAMPEONATOS NACIONAIS ABSOLUTOS2009/2010. Sesimbra, 22 e 23 de Maio de 2010 –RESULTADOS - Masculinos: 1º Tiago Aires (Gafa-nhOri) 1.09.47; 2º Jorge Fortunato (Ori-Estarreja)1.10.45; 3º Joaquim Sousa (COC) 1.12.49; 4º TiagoRomão (COC) 1.12.52; 5º Miguel Silva (CPOC)1.13.50; 6º Armando Santos Sousa (ADFA) 1.14.43;7º Paulo Franco (COC) 1.17.19; 8º Manuel Horta(GafanhOri) 1.18.13; 9º João Mega Figueiredo (CNAlvito) 1.19.14; 10º Pedro Duarte (ADFA) 1.19.21; 11ºJorge Correia (ADFA) 1.19.43; 12º Luís Silva (ADFA)1.20.30; 13º Pedro Nogueira (ADFA) 1.22.25; 14ºGildo Silva (COC) 1.23.07; 15º Diogo Miguel (Ori-Estarreja) 1.23.29. Femininos: 1º Maria Sá (GD4C)1.14.23; 2º Joana Costa (GD4C) 1.14.52; 3º PatríciaCasalinho (COC) 1.18.07; 4º Raquel Costa (Ga-fanhOri) 1.18.59; 5º Isabel Sá (GD4C) 1.21.15; 6ºAna Coradinho (GafanhOri) 1.21.57; 7º CatarinaRuivo (COC) 1.24.47; 8º Lena Coradinho (GafanhOri)1.27.24; 9º Lídia Magalhães (ADFA) 1.28.48; 10ºIsabel Bonifácio (GD4C) 1.31.13; 11º Maria Amador(ATV) 1.32.33; 12º Adelindina Lopes (COA) 1.32.43;13º Inês Pinto (GafanhOri) 1.33.10; 14º Susana Pon-tes (CPOC) 1.34.20; 15º Ana Salgado (GafanhOri)1.34.46.

CAMPEONATOS NACIONAIS DESPORTO ESCO-LAR 2009/2010. Águeda, 28 a 30 de Maio de 2010.RESULTADOS – Iniciados Femininos: 1º Ana Anjos(EB 2,3 Cunha Rivara) 2000,00 pontos; 2º CarolinaDelgado (Colégio S. Miguel) 1772,52 p; 3º RuteCoradinho (EB 2,3 Cunha Rivara) 1709,32 p; 4ºJoana Palhinha (EB 2,3 Cunha Rivara) 1469,48 p; 5ºInês Alves (EB Conde Ourém) 1341,27 p. IniciadosMasculinos: 1º Miguel Ferreira (ES Palmela)1856,97 pontos; 2º João Marques (EB 2,3 Cunha Ri-vara) 1772,36 p; 3º Filipe Augusto (ES Pinhal Novo)1552,30 p; 4º Diogo Barradas (EB 2,3 Sarrazola)1526,17 p; 5º Daniel Catarino (ES Entroncamento)1483,46 p. Juvenis Femininos: 1º Ana Salgado (EB2,3 Cunha Rivara) 2000,00 pontos; 2º Rita Rodrigues

(EB 2,3 Cunha Rivara) 1787,51 p; 3º Inês Catalão(EB 2,3 Cunha Rivara) 1558,27 p; 4º Sofia Pinto (ESPinhal Novo) 1461,45 p; 5º Mónica Cardoso (ESPalmela) 1438,83 p. Juvenis Masculinos: 1º RafaelMiguel (ES Estarreja) 1929,88 pontos; 2º Luís Silva(ES Pinhal Novo) 1915,21 p; 3º Fábio Silva (ESPinhal Novo) 1795,36 p; 4º Pedro Silva (ES PinhalNovo) 1597,32 p; 5º Rafael Ramos (ES Estarreja)1346,21 p. POR EQUIPAS – Iniciados Femininos:1º EB 2,3 Cunha Rivara 717,8 pontos; 2º ES PinhalNovo 497,1 p; 3º EB 2,3 Sarrazola 387,9. IniciadosMasculinos: 1º ES Palmela 662,7 pontos; 2º EB 2,3Cunha Rivara 563,9 p; 3º ES Pinhal Novo 554,2 p.Juvenis Femininos: 1º EB 2,3 Cunha Rivara 534,5pontos; 2º ES Carlos Amarante 528,7 p. JuvenisMasculinos: ES Estarreja 636,6 pontos; 2º ES PinhalNovo 500,7 p; 3º ES Maximinos 449,9 p.

CAMPEONATO NACIONAL DE DISTÂNCIALONGA 2009/2010. Arcos de Valdevez, 05 deJunho de 2010. RESULTADOS: ELITE MASCULI-NA: 1º Tiago Romão (COC) 1.34.11; 2º Diogo Miguel(Ori-Estarreja) 1.36.17; 3º Paulo Franco (COC)1.40.02; 4º Gildo Silva (COC) 1.46.17; 5º AndréRamos (COC) 1.47.01; 6º Luís Leite (GD4C) 1.52.51;7º Filipe Farinha (CPOC) 1.54.46; 8º Pedro Duarte(ADFA) 1.55.59; 9º Albino Magalhães (GD4C)2.01.57; 10º Sérgio Matos (Ori-Estarreja) 2.24.32.ELITE FEMININA – 1º Maria Sá (GD4C) 1.23.19; 2ºPatricia Casalinho (COC) 1.31.44; 3º Raquel Costa(GafanhOri) 1.35.33; 4º Isabel Bonifácio (GD4C)1.53.22; 5º Albertina Sá (ADFA) 1.59.40; 6º LídiaMagalhães (ADFA) 2.00.56; 7º Débora Silva (CMoFunchal) 2.01.58; 8º Sandra Rodrigues (ADFA)2.10.03; 9º Adelindina Lopes (COA) 2.20.01; 10º RitaMadaleno (ADFA) 2.22.49. OUTROS ESCALÕES:H/D17 – Luís Silva (ADFA) e Vera Alvarez (CPOC);H/D20 – João Mega Figueiredo (CN Alvito) e MarianaMoreira (CPOC); H/D35 – Jorge Correia (ADFA) eMaria Amador (ATV); H/D40 – Armando SantosSousa (ADFA) e Anabela Vieito (COC); H/D45 –

Mário Duarte (ADFA) e Helena Lopes (CIMO); H/D50– Jorge Gonçalves (DA Recardães) e MargaridaRocha (GD4C); H/D55 – Álvaro Coelho (GC Figuei-rense) e Hermínia Tavares (Ori-Estarreja); H60 –Francisco Coelho (Clube TAP) e Beatriz Leite(GD4C); H65 – Armandino Cramez (Ori-Estarreja);H70 – José Grada (Clube TAP).

CAMPEONATO NACIONAL DE ESTAFETAS. Ar-cos de Valdevez, 06 de Junho de 2010. RESUL-TADOS: SENIORES M – 1º COC (Paulo Franco,Gildo Silva, Tiago Romão) 1.43.23; 2º Ori-Estarreja(Diogo Miguel, Rafael Miguel, João Amorim)1.51.37; 3º CPOC (Filipe Farinha, Luis Gonçalves,Filipe Dias) 1.58.28; 4º ADFA (Pedro Pereira, BrunoJesus, Pedro Duarte) 2.05.17; 5º Ginásio CFigueirense (Pedro Rodrigo, Jorge Almeida,Arnaldo Mendes) 2.09.24. SENIORES F – 1º GD4C(Susana Alves, Isabel Bonifácio, Maria Sá) 2.00.37;2º ADFA (Lídia Magalhães, Sandra Rodrigues,Albertina Sá) 2.20.33; 3º Ori-Estarreja (JoanaMoutela, Manuela Nogueira, Inês Aires) 3.08.23; 4ºGinásio C Figueirense (Carla Amorim, AldaMarcelo, Raquel Santos) 3.56.46; 5º Amigos daMontanha (Sandra Gonçalves, LR Gouveia, LucíliaEsteves) 4.55.49. OUTROS ESCALÕES: INICIA-DOS M/F – CPOC (Diogo Barradas, Miguel Ferreira,Jorge Valente) e GafanhOri (Teresa Maneta, JoanaPalhinha, Ana Anjos); JUVENIS M/F – ADFA (FábioSilva, Samuel Antunes, Luís Silva) e GD4C (SoraiaLopes, Mariana Ferreira, Catarina Dias); JUNIORESM/F – GD4C (João Delgado, André Costa, HélderMarcolino) e CPOC (Mariana Moreira, LilianaOliveira, Vera Alvarez); VETERANOS M/F I –OriMarão (Frederico Bessa, António Fernandes,João Santos) e GD4C (Céu Costa, Jerónima Rocha,Aida Correia); VETERANOS M/F II – COC (RuiAntunes, Mário Santos, Albano João) e COC (IsabelMonteiro, Palmira João, Luísa Mateus); VETERA-NOS M III – GafanhOri (Norman Jones, RonaldDawson, Antonio Reyes).