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EIA - Estudo de Impacto Ambiental para o Gasoduto Sul Norte Capixaba Medidas Mitigadoras e Compensatórias II.7 Pág. 1/51 ______________________ Coordenador da Equipe ______________________ Técnico Responsável Relatório CPM RT 086/10 Revisão 01 03/2011 II.7 - MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS E PROJETOS/PLANOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO CONSIDERAÇÕES GERAIS A partir da identificação e classificação dos impactos ambientais potenciais decorrentes das atividades de implantação, operação e desativação do Gasoduto Sul Norte Capixaba - GSNC, no mar territorial do Espírito Santo, a equipe multidisciplinar propôs ações que visam à redução ou eliminação dos impactos negativos (medidas mitigadoras) e também ações objetivando a maximização dos impactos positivos (medidas potencializadoras). Além da apresentação das medidas mitigadoras e potencializadoras, o presente capítulo contempla também os projetos de controle e monitoramento ambiental elaborados visando à implantação das medidas mitigadoras e/ou ao acompanhamento/avaliação da eficácia dessas medidas na redução e/ou maximização dos impactos. As medidas mitigadoras propostas foram baseadas na previsão de eventos adversos potenciais sobre os itens ambientais destacados, tendo por objetivo a eliminação ou atenuação de tais eventos. As medidas potencializadoras propostas, conforme citado anteriormente, visam otimizar as condições de instalação do empreendimento através da maximização dos efeitos positivos. Tais medidas mitigadoras e potencializadoras apresentam características de conformidade com os objetivos a que se destinam, conforme se segue: Medida Mitigadora Preventiva: consiste em uma medida que tem como objetivo minimizar ou eliminar eventos adversos que se apresentam com potencial para causar prejuízos aos itens ambientais destacados nos meios físico, biótico e antrópico. Este tipo de medida procura anteceder a ocorrência do impacto negativo.

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    II.7 - MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATRIAS E

    PROJETOS/PLANOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO

    CONSIDERAES GERAIS

    A partir da identificao e classificao dos impactos ambientais potenciais

    decorrentes das atividades de implantao, operao e desativao do Gasoduto

    Sul Norte Capixaba - GSNC, no mar territorial do Esprito Santo, a equipe multidisciplinar props aes que visam reduo ou eliminao dos impactos

    negativos (medidas mitigadoras) e tambm aes objetivando a maximizao dos

    impactos positivos (medidas potencializadoras).

    Alm da apresentao das medidas mitigadoras e potencializadoras, o

    presente captulo contempla tambm os projetos de controle e monitoramento

    ambiental elaborados visando implantao das medidas mitigadoras e/ou ao

    acompanhamento/avaliao da eficcia dessas medidas na reduo e/ou

    maximizao dos impactos.

    As medidas mitigadoras propostas foram baseadas na previso de eventos

    adversos potenciais sobre os itens ambientais destacados, tendo por objetivo a

    eliminao ou atenuao de tais eventos. As medidas potencializadoras

    propostas, conforme citado anteriormente, visam otimizar as condies de

    instalao do empreendimento atravs da maximizao dos efeitos positivos.

    Tais medidas mitigadoras e potencializadoras apresentam caractersticas de

    conformidade com os objetivos a que se destinam, conforme se segue:

    Medida Mitigadora Preventiva: consiste em uma medida que tem como objetivo minimizar ou eliminar eventos adversos que se apresentam com

    potencial para causar prejuzos aos itens ambientais destacados nos meios

    fsico, bitico e antrpico. Este tipo de medida procura anteceder a

    ocorrncia do impacto negativo.

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    Medida Mitigadora Corretiva: consiste em uma medida que visa restabelecer a situao anterior ocorrncia de um evento adverso sobre

    o item ambiental destacado nos meios fsico, bitico e antrpico, atravs

    de aes de recuperao ou da eliminao/controle do fator gerador do

    impacto. Medida Mitigadora Compensatria: consiste em uma medida que

    procura repor bens socioambientais perdidos em decorrncia de aes

    diretas ou indiretas do empreendimento. Medida Potencializadora: consiste em uma medida que visa otimizar ou

    maximizar o efeito de um impacto positivo decorrente direta ou

    indiretamente da implantao do empreendimento.

    APRESENTAO DAS MEDIDAS Apresentam-se a seguir as medidas mitigadoras, classificadas quanto ao seu

    carter preventivo, corretivo ou compensatrio, bem como as medidas

    potencializadoras propostas, correlacionando-as com os impactos ambientais

    potenciais identificados, com as aes do empreendimento geradoras do impacto

    considerado, com a fase do empreendimento e com o meio afetado.

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    MEIO FSICO-BITICO

    IMPACTO 1

    IMPACTO: Interferncia na comunidade bentnica Fases Aspecto Ambiental

    Implantao Lanamento das estruturas submarinas Desativao Remoo das estruturas submarinas

    MEDIDAS: Preventivas

    Na fase de Planejamento, preventivamente, foram realizados levantamentos

    de fundo ao longo da rota do gasoduto de 18 para escolha das locaes

    adequadas para as estruturas submarinas. Nesse trecho do gasoduto foi

    observada uma alta diversidade de invertebrados e macroalgas associados a

    extensos bancos de algas calcrias e de rodolitos. O MOP-1 e,

    consequentemente, a P-IV durante seu hook-up, foram transferidos de uma rea

    rica em diversidade (~60 m) para uma rea com predomnio de fundo arenoso e

    com menor diversidade biolgica (~30m). J a maior parte da rota do gasoduto se

    manteve na profundidade de 60 m em funo de aspectos relacionados

    segurana do empreendimento, j que ao longo da maior parte da rota alternativa

    do gasoduto de 30 m as caractersticas do fundo eram bastante similares s de

    60 m. Ainda, para o trecho do gasoduto de 12 (entre o PLEM Y situado em

    1200m e o MOP-1), a opo da rota foi a de acompanhar a diretriz do Gasoduto

    Sul Capixaba, tanto por questes de segurana como ambientais.

    Na fase de instalao e desativao, devido alta sensibilidade das

    comunidades bentnicas ao longo da diretriz do gasoduto, recomenda-se que se

    evite em todas as operaes o uso de ncoras pelas embarcaes envolvidas nas

    atividades de lanamento/remoo das estruturas submarinas (PLEMs, PLET e

    dutos). No caso do MOP-1 e da plataforma P-IV essa recomendao

    desnecessria, haja vista o fundo ser composto por areia (menor sensibilidade).

    Mesmo diante desse cenrio, o posicionamento das ncoras ser realizado com

    uma variao de 10 e 50 m em relao aos pontos do projeto de posicionamento

    de acordo com inspeo realizada no fundo. Em relao aos impactos

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    decorrentes da ressuspenso de sedimentos durante essas operaes, a

    princpio considera-se desnecessria a adoo de medida que venha reduzir este

    impacto, tendo em vista que o impacto mecnico das estruturas junto ao fundo,

    bem como a ressuspenso de sedimentos foram considerados como sendo

    localizados, de magnitude fraca e temporrios. Cabe salientar ainda que,

    conforme informado pela Petrobras (com. pess.), o projeto do gasoduto

    dimensionado para que aps apoiadas no fundo, todas as estruturas no

    apresentem movimentao, o que minimiza o risco de distrbio nas comunidades

    bentnicas. Alm disso, o impacto reversvel, devido capacidade da

    comunidade bentnica recolonizar o substrato (SMITH et al., 2001).

    IMPACTO 2

    IMPACTO: Interferncia na Comunidade Pelgica Fases Aspecto Ambiental

    Implantao Gerao de rudos, vibraes e luminosidade artificial Operao

    MEDIDAS: -

    No foram propostas medidas que venham mitigar este impacto, pois foi

    considerado que a extenso das reas para evaso de organismos aquticos que

    possam ser perturbados pelo rudo e luminosidade das atividades de implantao

    e rotina da unidade MOP-1 grande. Os atributos associados a este impacto

    (fraca magnitude, local e temporrio) no justificariam a adoo de medidas que

    venham a mitig-lo. De qualquer forma, o MOP-1, por ser uma plataforma

    desabitada, foi projetado para operar na maior parte do tempo apenas com

    iluminao de segurana, a qual no possui grande capacidade de interferncia

    com a comunidade biolgica. Somente na fase de implantao, durante os

    trabalhos de hook-up do MOP-1, ele estar ligado a uma plataforma habitada, a

    P-IV; no entanto, prev-se que esta fase tenha durao reduzida, de cerca de 60

    dias, no possuindo grande potencial de gerao de impacto frente vasta

    extenso de reas para evaso dos organismos mencionada.

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    IMPACTO 3

    IMPACTO: Contaminao ambiental e interferncia na biota marinha

    Fases Aspecto Ambiental Implantao Gerao de Resduos Alimentares e Efluentes

    Sanitrios (Embarcaes) Desativao MEDIDAS: Preventiva

    Todas as embarcaes utilizadas nas fases de implantao e desativao do

    GSNC devero garantir que o descarte dos resduos sanitrios e os resduos

    alimentares triturados atendam as diretrizes previstas pela Nota Tcnica NT 08/08

    (IBAMA, 2008) e que as caractersticas da gua de drenagem atendam as

    premissas estabelecidas pelo Anexo IV da MARPOL (73/78).

    Os efluentes sanitrios devero ser tratados e descartados em concordncia

    com os limites da IMO (50 mg/L de slidos em suspenso; 50 mg/L de DBO5 e

    250 NMP/100 ml para coliformes fecais) e com os valores definidos pela

    Resoluo CONAMA 357/05 para guas salinas (limites de 4.000 NMP/100 ml

    para coliformes fecais e 10 mg/L O2 para DBO5 a 20C). J as guas oleosas

    recolhidas no convs das embarcaes devero ser direcionadas para o

    tratamento especfico (separador de gua e leo), o qual reduzir o teor de leos

    e graxas (TOG) at concentraes inferiores ao limite estabelecido pela MARPOL

    (15 ppm) e inferiores a 20 mg.L-1, parmetro dentro do limite estabelecido pela

    Resoluo CONAMA 357/05.

    Por fim, o Projeto de Controle da Poluio a ser implantado visa garantir a

    manuteno da qualidade ambiental na rea de influncia da atividade e a

    obedincia aos requisitos legais atravs da minimizao, controle e

    gerenciamento das emisses atmosfricas, efluentes lquidos e resduos slidos

    gerados tanto pelas embarcaes que atuaro nessas atividades, como pela

    unidade MOP-1 e a plataforma P-IV.

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    IMPACTO 4

    IMPACTO: Risco de coliso com animais marinhos

    Fase Aspecto Ambiental

    Implantao Lanamento das estruturas submarinas

    Movimentao das embarcaes

    MEDIDAS: Preventiva

    Mesmo na fase de instalao do GSNC quando o trfego de embarcaes na

    rea do empreendimento ser mais significativo, o risco de coliso com animais

    marinhos foi considerado baixo, por isso, recomenda-se que a tripulao das

    embarcaes sejam orientadas, atravs do Plano de Educao Ambiental dos

    Trabalhadores PEAT, para os cuidados necessrios, visando minimizar

    possveis acidentes. Cabe salientar ainda que a UN-ES j desenvolve um

    Programa de Monitoramento de encalhes de cetceos e quelnios ao longo do

    litoral do ES, visando identificar o reais riscos a que esses organismos esto

    submetidos.

    IMPACTO 5

    IMPACTO: Contaminao Ambiental Fase Aspecto Ambiental

    Implantao Descarte do Efluente dos Testes Hidrostticos

    MEDIDAS: -

    Devido ao carter de fraca magnitude desse impacto, no se previu nenhuma

    medida para mitig-lo. A nica recomendao que o descarte do efluente seja

    realizado com o direcionamento do jato para a coluna dgua e no para o fundo,

    a fim de evitar ressuspenso de sedimentos e danos comunidade biolgica.

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    IMPACTOS 6 e 8

    IMPACTO: Contaminao ambiental e interferncia na biota marinha

    Fases Aspecto Ambiental Implantao Abastecimento de embarcaes

    Operao Vazamento de condensado no mar Abastecimento do gerador do MOP-1

    MEDIDAS: Preventivas, Corretivas e Compensatrias

    Este impacto negativo, que poder atingir mdia magnitude, dever contar

    inicialmente com medidas preventivas que procurem evitar a ocorrncia de

    acidentes. Caso ocorram, as aes corretivas devero ser imediatamente

    implantadas, e, por fim, se necessrio, a empresa dever ainda arcar com

    medidas compensatrias de forma a ressarcir os danos causados aos diversos

    componentes ambientais.

    Dentre as medidas mitigadoras preventivas, destaca-se a aplicao das

    normas de segurana com a finalidade de diminuir os riscos de acidentes. Assim,

    a empresa dever aplicar e exigir que sejam aplicadas, pelos seus fornecedores,

    as normas de segurana cabveis a cada atividade a ser executada. Para tal,

    deve-se proceder aos devidos treinamentos dos operadores embarcados para

    que, em situaes de emergncia, seja preservada a integridade das

    embarcaes, do gasoduto e do MOP-1, alm de preservar tambm a vida do

    pessoal embarcado. Os mesmos procedimentos so aplicveis s unidades de

    apoio, principalmente durante as operaes de abastecimento das grandes

    embarcaes, da plataforma P-IV e do MOP-1.

    Paralelamente, tambm como medida mitigadora preventiva, dever ser

    implementado o Plano de Gerenciamento de Riscos previsto na Anlise de Risco

    do Gasoduto Sul Norte Capixaba - GSNC (Cap. II.8 do EIA).

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    Ainda como medida preventiva, e tambm corretiva, as embarcaes de

    apoio e de lanamento das estruturas submarinas devero ter o seu Plano de

    Contingncia permanentemente atualizado e respaldado por um treinamento

    contnuo das instituies e recursos humanos envolvidos, o que deve contemplar:

    o estabelecimento das responsabilidades das instituies e pessoas envolvidas;

    os recursos humanos, materiais e financeiros disponveis; um conjunto detalhado

    de informaes tcnicas e cientficas referentes s provveis emergncias; as

    recomendaes para um Plano de Ao; a legislao aplicvel; a identificao e

    localizao de todas as instituies e pessoas envolvidas; e as referncias

    relativas a todos os recursos passveis de serem empregados em caso de

    necessidade.

    Em relao ao abastecimento das embarcaes, recomenda-se que essa

    operao ocorra o mais afastado da costa possvel, claro que observando os

    critrios de segurana. Adicionalmente, tambm de forma preventiva, deve-se

    implementar um sistema de controle e manuteno dos equipamentos e

    operaes que ofeream risco de derrames acidentais de leo condensado nas

    estruturas submarinas e na unidade MOP-1 durante a fase de operao, de forma

    a garantir uma permanente avaliao de suas condies de funcionamento e

    segurana. Nesse aspecto, vale destacar que o Gasoduto Sul Norte Capixaba

    passar por inspees peridicas de acordo com o Programa de Integridade de

    Dutos.

    Como medida corretiva, nos casos em que ocorrer um derramamento de leo

    condensado de maiores propores, a empresa dever recorrer, sobretudo, a

    mtodos fsicos para conter o volume derramado ou promover a sua degradao

    antes que a mancha de leo atinja reas crticas em termos de valor ecolgico e

    socioeconmico, cuja eficcia e segurana devem ser previamente avaliadas e

    estabelecidas no Plano de Emergncia Individual PEI do GSNC (Cap. II.9 deste

    EIA). Conforme indicado pelos estudos de modelagem, no h probabilidade de

    toque de condensado na costa. Cabe lembrar que em toda operao de emergncia devem ser considerados

    diversos critrios de prioridade, como a segurana das pessoas envolvidas, a

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    proteo do meio ambiente, a segurana dos equipamentos e a defesa de reas e

    bens de valor social e econmico. Por fim, caso as medidas mitigadoras preventivas e corretivas no sejam

    suficientes para evitar a propagao das plumas de disperso de

    leo/condensado, deve ser prevista a adoo de medidas compensatrias para os

    eventuais danos ambientais causados aos ecossistemas atingidos, alm de

    priorizada a sua limpeza imediata.

    Essas compensaes envolvem ainda, como se ver nas medidas previstas

    para o meio antrpico, indenizaes e apoio especfico comunidade pesqueira

    eventualmente atingida, alm do ressarcimento dos eventuais prejuzos do setor

    ligado ao turismo, entre outros.

    IMPACTO 7

    IMPACTO: Variao da biodiversidade decorrente da bioincrustao e

    atrao de espcies pelgicas Fase Aspecto Ambiental

    Operao Presena fsica das estruturas submarinas MEDIDAS: -

    No foram previstas medidas para esse impacto tendo em vista a baixa

    magnitude do mesmo.

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    IMPACTO 9

    IMPACTO: Alterao da qualidade do ar

    Fase Aspecto Ambiental Operao Vazamento de condensado no mar

    MEDIDAS: Preventiva Deve-se implementar um sistema de controle e manuteno dos

    equipamentos e operaes que ofeream risco de derrames acidentais de

    condensado nas estruturas submarinas e na unidade MOP-1 durante a fase de

    operao, de forma a garantir uma permanente avaliao de suas condies de

    funcionamento e segurana.

    MEIO SOCIOECONMICO IMPACTO 1

    IMPACTO: Gerao de expectativa Fase Aspecto Ambiental

    Planejamento Divulgao do empreendimento Implantao Lanamento das estruturas submarinas

    MEDIDAS: Preventivas

    Mesmo tendo havido pequena especulao sobre o empreendimento na

    mdia, o que determina a gerao de expectativas na comunidade em geral,

    sugere-se a adoo de medidas que visem minimizar ainda mais as potenciais

    expectativas acima destacadas. Neste sentido, como medida preventiva indica-se

    implementar uma estratgia de divulgao controlada sobre as obras a serem

    realizadas, assim como sobre as medidas de controle que sero adotadas,

    especialmente na fase de instalao do duto.

    Visando amenizar a gerao de potenciais expectativas e futuras cobranas

    indevidas, sugere-se tambm uma adequada divulgao das informaes

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    relativas gerao de emprego e possibilidade de contrataes. Deve-se tomar

    especial precauo na divulgao sobre a temporalidade do trabalho, sobre as

    categorias profissionais requeridas, sobre os requisitos para a ocupao dos

    postos de trabalho a serem gerados e sobre a possibilidade de contratao de

    trabalhadores residentes na rea de Influncia do empreendimento.

    Diante do exposto acima, de grande importncia a adoo de um Programa

    de Comunicao Social de carter informativo, sendo, ainda mais, de carter

    interativo, com a populao da rea de Influncia Direta do empreendimento, com

    a finalidade de dissipar dvidas sobre as obras, para reduzir assim as

    expectativas negativas que possam perdurar ou surgir entre os moradores. Para

    melhor atingir seus objetivos, o programa dever envolver tanto o poder pblico

    quanto as entidades da sociedade civil organizada e outras instituies que forem

    julgadas relevantes. Esse programa dever iniciar-se ainda na fase de divulgao

    do empreendimento, deve ter uma aplicao mais intensa na fase de instalao e

    manter-se de forma rotineira durante a fase de operao. Ele tem a finalidade de

    divulgar, continuamente, para a populao, as fases do empreendimento e suas

    respectivas aes e atividades, bem como os impactos decorrentes.

    IMPACTO 2

    IMPACTO: Atrao de novos empreendimentos Fase Aspecto Ambiental

    Planejamento Divulgao do empreendimento Operao Disponibilizao de gs para a matriz energtica

    MEDIDAS: Potencializadoras

    Em concordncia com o estabelecido na medida preventiva do impacto

    anterior, prope-se informar ao pblico-alvo, composto por empresrios e

    empreendedores, atravs de instituies como a FINDES/SENAI e o SEBRAE,

    sobre as potenciais contrataes para proviso de materiais e servios que

    venham atender as necessidades que iro se apresentar para o desenvolvimento

    do projeto. A clareza na exposio dessas informaes poder conduzir ao

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    desenvolvimento de novos empreendimentos na rea de influncia, com

    otimizao de recursos e gerao de tributos, emprego e renda, como parte

    efetiva do efeito cumulativo destacado na descrio do empreendimento.

    IMPACTO 3

    IMPACTO: Gerao de receita tributria Fase Aspecto Ambiental

    Planejamento Demanda de equipamentos, insumos e servios

    Desativao MEDIDAS: Potencializadoras

    Dado que o fator gerador da arrecadao tributria decorre de contrataes

    de servios, de pessoal e da aquisio de bens, produtos e equipamentos, todos

    os negcios a serem realizados neste espectro, nas diferentes fases do

    empreendimento, sero automaticamente contabilizados como tributos em suas

    competncias especficas, desde que estejam previstos na legislao tributria.

    IMPACTO 4

    IMPACTO: Dinamizao da economia Fase Aspecto Ambiental

    Planejamento Demanda de equipamentos, insumos e servios Operao Disponibilizao de gs para a matriz energtica

    MEDIDAS: Potencializadoras

    Como medida clssica de potencializao deste impacto, destaca-se a

    priorizao nos contratos de trabalhadores e de empresas, alm da compra de

    produtos, equipamentos e insumos, desde que disponveis dentro das

    especificaes tcnicas exigidas, nas reas de influncia do empreendimento, no

    estado do Esprito Santo e no pas. Deve-se salientar que o elevado nvel tcnico

    e tecnolgico embutido neste segmento exige a presena de trabalhadores de

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    elevada qualificao, muitos dos quais associados aos equipamentos contratados

    para determinadas atividades relacionadas instalao de dutos. Da mesma

    forma se verifica a aquisio de produtos e de equipamentos de elevado valor

    tecnolgico, alguns dos quais ainda no disponveis no pas. IMPACTO 5

    IMPACTO: Fortalecimento das indstrias petrolfera e naval e de servios de

    navegao Fase Aspecto Ambiental

    Planejamento Demanda de equipamentos, insumos e servios MEDIDAS: Potencializadoras

    Para potencializar os efeitos positivos deste impacto, sugere-se o apoio ao

    desenvolvimento de novas tecnologias orientadas otimizao de questes

    inerentes construo e produo de equipamentos relativos s atividades de

    E&P de petrleo e s atividades navais. Prope-se, ainda, a priorizao da

    contratao de empresas nacionais para o fornecimento de equipamentos e

    servios, o que estimula novos investimentos no pas nesses segmentos. Cabe

    salientar que esse processo j vem desenvolvendo-se, conforme descrito na

    avaliao dos impactos. IMPACTO 6

    IMPACTO: Dinamizao do setor de transporte areo Fase Aspecto Ambiental

    Planejamento Demanda de equipamentos, insumos e servios MEDIDAS: Potencializadoras

    A concretizao nas contrataes de servios de transporte areo,

    objetivando apoiar as atividades relacionadas ao empreendimento em suas

    diferentes fases, contribui para a dinamizao deste setor. Este impacto dever

    ter seu carter positivo potencializado, medida que o empreendedor, na fase de

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    instalao do gasoduto, priorizar a contratao de servios de transporte areo

    disponvel no estado do Esprito Santo. IMPACTO 7 IMPACTO: Aumento da demanda de servios e instalaes porturias

    Fase Aspecto Ambiental Planejamento

    Demanda de equipamentos, insumos e servios Desativao

    MEDIDAS: Potencializadoras

    A realizao de negcios com empresas fornecedoras de servios e

    instalaes porturias, especialmente na rea de influncia do empreendimento e

    onde exista disponibilidade para tal, determina, por si mesma, um aumento na

    demanda e a consequente dinamizao do setor.

    IMPACTO 8

    IMPACTO: Gerao e manuteno de empregos Fase Aspecto Ambiental

    Planejamento Demanda de mo de obra Operao

    Desativao MEDIDAS: Potencializadoras

    Este impacto dever ter seu carter positivo potencializado tanto na fase de

    instalao, como de operao e desativao, medida que o empreendedor

    priorizar a aquisio de materiais e de produtos, alm da contratao de servios

    junto a empresas localizadas na AI do empreendimento, no estado do Esprito

    Santo e no pas, com vistas a estimular as atividades mercantis e de servios

    nesses contextos.

    Alm de se prorizar a contratao de trabalhadores residentes na AI do

    empreendimento, importante destacar outra medida que tem sido recentemente

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    incorporada ao leque de contribuies sugeridas para os grandes investidores,

    que aquela relacionada qualificao profissional. Neste intuito e como forma

    de contribuio para a capacitao do trabalhador local visando ao atendimento

    das demandas do setor de petrleo e gs natural, sugere-se a participao da

    empresa em projetos de qualificao de trabalhadores locais vinculados s suas

    demandas previstas. Dentro deste foco, o que se tem pautado mais recentemente

    a participao do setor produtivo, em especial de setores de maior desempenho

    no territrio capixaba, nos investimentos em qualificao e capacitao

    profissional associados ao treinamento para os trabalhadores locais. Esta nova

    pauta de reivindicaes da comunidade capixaba, que tem sido levada pelo poder

    pblico estadual, com relao contribuio do setor produtivo para melhorias da

    qualificao do profissional local vem refletir a tentativa de reduzir o descompasso

    entre o processo de desenvolvimento econmico capixaba das ltimas duas

    dcadas, mormente no setor de Petrleo e Gs Natural, e o processo de

    capacitao/qualificao dos trabalhadores capixabas.

    Neste sentido tem sido pleiteado que os grandes empreendimentos previstos

    para serem instalados no estado contribuam para uma melhor qualificao

    profissional dos trabalhadores locais, participando de projetos de qualificao

    tcnica via IFES e Senai, e via universidades locais. Alm disso, que haja um

    espao para esses trabalhadores serem treinados em suas respectivas reas

    dentro dessas empresas, desde que haja vinculao das reas com as demandas

    das empresas.

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    IMPACTO 9

    IMPACTO: Conflito com a atividade pesqueira Fase Aspecto Ambiental

    Implantao Lanamento das estruturas submarinas

    Movimento de embarcaes

    Operao Presena Fsica das estruturas submarinas

    Movimentao de embarcaes

    Desativao Movimentao de embarcaes MEDIDAS: Preventivas

    A principal medida mitigadora sugerida diz respeito ao Projeto de

    Comunicao Social especfico para a comunidade de pescadores, tanto

    artesanais quanto industriais.

    Como medida mitigadora complementar e especfica para este impacto,

    indica-se o estabelecimento de um canal de comunicao permanente com as

    colnias e as associaes de pescadores identificadas no diagnstico ambiental

    do presente estudo. Com isso, visa-se informar, com antecedncia, a localizao

    exata das embarcaes de operao de lanamento das estruturas submarinas,

    da plataforma P-IV e do MOP-1, da rota das embarcaes de apoio e frequncia

    de viagem, e tambm as datas e tempo de operao em cada ponto, assim como

    as coordenadas geogrficas da rea de restrio pesca, minimizando assim a

    possibilidade de gerao dos conflitos resultantes do uso concomitante do

    espao, dando a oportunidade para o planejamento da rea de pesca e a

    modalidade a ser empregada.

    Sugere-se ainda que os pescadores sejam informados sobre as atividades

    que possam oferecer risco para eles, de forma a evitar acidentes com

    embarcaes de pesca.

    Para mitigar esses conflitos, extremamente necessrio que o programa de

    comunicao adotado realmente vise atingir todos os pescadores das

    comunidades supracitadas, visto que se trata de pessoas que no possuem,

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    muitas vezes, o hbito de ler os jornais locais ou procurar as notcias nos cartazes

    afixados nas instituies como colnias e associaes. Esse programa dever

    conter um planejamento prvio, se possvel realizado de forma conjunta aos

    pescadores (atravs de lideranas), contendo previses bem detalhadas para as

    rotas das embarcaes de apoio, a frequncia e os dias que elas realizaro o

    trajeto para os pontos de lanamento das estruturas e quanto tempo atuaro na

    regio. Os meios de comunicao mais eficazes para este tipo de mensagem so

    rdios comunitrias, avisos em igrejas e instituies religiosas, panfletos

    distribudos nos entrepostos de pesca e o rdio comunicador presente nas

    embarcaes.

    Durante a poca da safra do dourado, principalmente entre os meses de

    setembro e novembro, grande parte das frotas das comunidades estudadas

    adapta-se para a captura desse recurso. Nesse momento, poca em que h

    maiores rendimentos na pesca, importante que haja um mnimo de impacto para

    a atividade pesqueira.

    Para isso sugere-se que haja uma rota definida para as embarcaes de

    apoio no sentido leste, at o PLEM-Y e a partir desse ponto o deslocamento para

    o ponto lanamento (Figura II.7-1). Provavelmente essa medida causar maior

    demora na viagem e maior custo com combustvel; entretanto, ser bastante

    reduzida a probabilidade de um choque com petrechos de pesca ou embarcaes

    das comunidades listadas.

    Conforme abordado na anlise de impactos, cabe salientar que, analisando-

    se isoladamente esse empreendimento, a baixa frequncia de viagens das

    embarcaes de apoio a princpio no representa um risco muito grande ao

    desenvolvimento normal das atividades pesqueiras.

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    Figura II.7-1 Rota alternativa para as embarcaes de apoio.

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    IMPACTO 10

    IMPACTO: Demanda de reas para disposio de resduos Fase Aspectos Ambientais

    Implantao Gerao de resduos (atividades de rotina nas embarcaes, montagem, verificao e limpeza dos dutos pigagem)

    Operao

    Gerao de resduos (atividades de rotina no MOP-1, verificao e limpeza dos dutos pigagem)

    Vazamento de condensado no mar

    Desativao Gerao de resduos e efluentes (atividades de rotina nas embarcaes e limpeza dos dutos pigagem)

    MEDIDAS: Mitigadoras Preventivas Fase de Implantao Adoo de procedimentos legais de gerenciamento de resduos e efluentes

    da embarcao ou do projeto como um todo, atendendo a legislao

    especfica, como, por exemplo, a MARPOL 73/78 e a Nota Tcnica IBAMA

    008/2008.

    Implementao do Projeto de Controle da Poluio (PCP) e Programa de Educao Ambiental dos Trabalhadores (PEAT).

    A coleta e o transporte dos resduos gerados nas embarcaes encarregadas da implantao do gasoduto sero realizados conforme

    preconizado no Projeto de Controle da Poluio, sendo que cada resduo

    estar acompanhado pela devida FCDR (Ficha de Controle e Disposio

    de Resduos), que garante o controle da movimentao de entrada e sada

    dos resduos. No caso de ser utilizada embarcao da Petrobras, como por

    exemplo, a BGL-1 e a plataforma P-IV, o acompanhamento e o controle

    das FCDRs sero feitos atravs do Sistema de Gerenciamento de

    Resduos SIGRE.

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    O gerenciamento dos resduos a serem gerados nas embarcaes de instalao do sistema seguir os procedimentos estabelecidos no Manual

    de Gerenciamento de Resduos da Petrobras, onde se encontra prevista a

    minimizao do tempo de permanncia de resduos nas unidades

    geradoras, sendo que o desembarque destes deve ser feito sempre que os

    rebocadores deixarem as unidades em direo ao continente.

    Fase de Operao

    O descarte de resduos deve obedecer legislao em vigor, que estabelece condies para classificao, coleta, manuseio,

    armazenamento temporrio, quantificao, transporte, tratamento e

    disposio final de resduos gerados.

    O descarte de efluentes deve obedecer legislao em vigor e atender s recomendaes de monitorao da entidade classificadora da embarcao.

    Fase de Desativao

    As medidas a serem adotadas nesta fase encontram-se dentro das

    exigncias legais previstas para o caso. O sistema de tratamento de efluentes da

    UTGC dever estar preparado para receber o efluente resultante da operao de

    limpeza do GSNC. O Plano de Desativao dever ser observado e atualizado

    poca da desativao do GSNC, incorporando novos conceitos e tecnologias que

    possam estar disponveis, visando minimizao de resduos e efluentes e

    garantia da qualidade ambiental.

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    IMPACTO 11

    IMPACTO: Interferncia sobre o sistema virio e de circulao Fase Aspecto Ambiental

    Implantao Transporte rodovirio MEDIDAS: Preventivas

    Como medida de controle dos impactos sobre o sistema virio e de circulao

    o empreendedor dever exigir de suas contratadas a manuteno sistemtica dos

    veculos e o treinamento dos motoristas, com a finalidade de garantir a segurana

    de seus condutores e evitar possveis acidentes e transtornos nas vias. Por outro

    lado, a manuteno das boas condies de trafegabilidade e de sinalizao

    dever ser assegurada pelo Poder Pblico, ente responsvel por essas

    atribuies. Neste sentido est previsto, dentro dos recursos do PAC, a realizao

    de obras de melhorias nas estradas de acesso regio do porto da Companhia

    Porturia de Vila Velha, especialmente em locais de maior fluxo de veculos e nos

    acessos mais utilizados pelos veculos de carga.

    IMPACTO 12

    IMPACTO: Prejuzo atividade pesqueira

    Fase Aspecto Ambiental Implantao Abastecimento de embarcaes

    Operao Vazamento de condensado no mar

    Abastecimento do gerador do MOP-1

    MEDIDAS: Preventivas, corretivas e compensatrias

    As medidas mitigadoras preventivas relativas ao aspecto de derrame de

    diesel e condensado no mar, que redundar num impacto de prejuzo para as

    atividades de pesca, refere-se adoo de normas de segurana e manuteno,

    conforme indicadas para os Impactos 6 e 8 do Meio Bitico. Com a finalidade de

    diminuir os riscos de acidentes, a empresa dever aplicar e exigir que sejam

    aplicadas, tanto pelo pessoal prprio da empresa quanto pelos seus

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    fornecedores, as normas de segurana cabveis a cada atividade a ser executada,

    criando tambm um bom ambiente de trabalho que evite o estresse dos

    integrantes da equipe, o que garante a execuo das tarefas da forma mais

    adequada. Caso o acidente seja inevitvel, deve-se acionar imediatamente o PEI do

    GSNC; se o derrame no ficar contido na rea prxima ao ponto de vazamento, dever ser acionado o PEI da UN-ES, visando ao combate efetivo do derrame de condenado para que sejam evitados os prejuzos pesca.

    Quando da eventualidade da ocorrncia de prejuzos pesca, os pescadores

    afetados devero ser compensados.

    IMPACTO 13

    IMPACTO: Prejuzo atividade turstica Fase Aspecto Ambiental

    Operao Vazamento de condensado no mar MEDIDAS: Preventivas, corretivas e compensatrias

    Da mesma forma que no impacto anterior, devem-se seguir, com rigor, as

    exigncias em relao aplicao de normas de segurana. Com a finalidade de diminuir os riscos de acidentes, a empresa dever aplicar e exigir que sejam aplicadas, pelo pessoal prprio dela e pelos seus fornecedores, as normas de segurana cabveis a cada atividade a ser executada, criando tambm um bom ambiente de trabalho que evite o estresse dos integrantes da equipe, o que garante a execuo das tarefas da forma mais adequada. Tambm dever estar previsto o combate imediato ao derrame de leo atravs do acionamento do PEI do GSNC ou do PEI da UN-ES, alm do remssarcimento dos eventuais prejuzos causados a terceiros.

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    IMPACTOS 14 e 15 IMPACTO: Reduo da importao de gs com economia de divisas e

    Incremento de gs e GLP na matriz energtica Fase Aspecto Ambiental

    Operao Disponibilizao de gs para a matriz energtica MEDIDAS: Potencializadoras

    A efetivao do GSNC - Gasoduto Sul Norte Capixaba uma medida que,

    por si mesma, visa ao aumento da oferta de gs natural dentro do pas. Este aumento da oferta interna ocasiona uma reduo do volume de gs importado, contribuindo para a economia de divisas nacionais.

    O Aumento da disponibilidade no mercado interno possibilita um crescimento

    do uso deste produto na produo de energia no pas. Ainda que parte desta produo possa ser encaminhada ao mercado consumidor na forma de gs veicular (GNV), para uso residencial, ou mesmo como insumo na fabricao de outros produtos, parte dele estar disposio para uso como fonte de gerao de energia. Deve-se atentar aqui para a meta governamental de diversificao da matriz energtica brasileira, da qual o uso deste produto torna-se estratgico. Da mesma forma, o uso do gs natural, mostrando-se menos impactante do ponto de vista ambiental, tem sido valorizado como projeto nacional. Assim sendo, polticas governamentais voltadas disseminao e ao avano tecnolgico do uso do gs como fonte de energia so importantes estratgias potencializadoras desse impacto.

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    APRESENTAO DOS PROJETOS E PLANOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO

    Aps definido o conjunto de medidas, estas foram incorporadas em

    programas a serem implementados nas diferentes fases do empreendimento. Nesses programas esto indicadas estratgias de ao, objetivos a alcanar em termos de mitigao, o alvo das aes a serem empreendidas, o executor e demais intervenientes.

    Os programas ambientais descritos nesta Seo so abaixo relacionados:

    II.7.1 Projeto de Monitoramento Ambiental: visa monitorar e avaliar as caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas nas reas de Influncia

    relacionadas atividade.

    II.7.2 Projeto de Controle da Poluio: pretende minimizar os impactos provenientes da gerao de efluentes lquidos e resduos slidos nas

    embarcaes envolvidas na atividade e no MOP-1.

    II.7.3 Projeto de Comunicao Social: compreende a divulgao da atividade para as comunidades residentes na rea de Influncia, os

    impactos a ela relacionados e as aes a serem tomadas.

    II.7.4 Projeto de Treinamento dos Trabalhadores: visa adequar os trabalhadores envolvidos, tanto nas embarcaes responsveis pelo

    lanamento das estruturas submarinas e nas de apoio, como no MOP-1,

    frente ao potencial poluidor da atividade.

    II.7.5 Projeto de Desativao: visa promover a correta desativao do Gasoduto Sul Norte Capixaba, atendendo a legislao pertinente e

    buscando a minimizao dos impactos ambientais potenciais. A seguir so apresentados os Projetos de Controle e Monitoramento

    propostos:

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    II.7.1 PROJETO DE AVALIAO E MONITORAMENTO

    AMBIENTAL DOS BANCOS DE RODOLITOS

    IDENTIFICADOS AO LONGO DA ROTA DO GASODUTO

    SUL NORTE CAPIXABA II.7.1.1 - Justificativa

    A caracterizao ambiental do fundo marinho, visando implantao,

    operao e desativao do Gasoduto Sul Norte Capixaba (GSNC), realizada

    antes de seu lanamento, representa uma grande contribuio ao conhecimento

    da biodiversidade dos bancos de rodolitos na Bacia do Esprito Santo devido

    extenso da rea investigada. De forma complementar, a inspeo do fundo

    marinho antes e aps a instalao de dutos submarinos j lanados sobre estes

    ecossistemas na regio pode gerar informaes relevantes em um curto perodo

    de tempo para melhor compreenso dos efeitos da instalao e da permanncia

    de dutos submarinos sobre bancos de rodolitos, incluindo o GSNC.

    O presente documento apresenta uma proposta de projeto de avaliao e

    monitoramento ambiental de bancos de rodolitos baseada nas seguintes

    premissas:

    conhecimento adquirido e gerado pelo corpo tcnico do CENPES sobre os bancos de rodolitos da Bacia do Esprito Santo e de Campos, entre 2009 e

    2010, aps a realizao de campanhas de caracterizao ambiental e

    participao em eventos cientficos nacionais e internacionais relacionados

    ao tema;

    caractersticas das atividades de lanamento de dutos rgidos em guas rasas;

    disponibilidade de dados j coletados antes e aps o lanamento de dutos na regio.

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    II.7.1.2 - Introduo Os bancos de algas calcrias ou bancos de rodolitos so comunidades

    dominadas por estruturas de vida livre, compostas em sua maioria por algas

    calcrias vermelhas incrustantes (Foster, 2001; Villas Bas, 2008). As algas

    calcrias so vegetais fotossintticos que precipitam em suas paredes celulares

    carbonatos de clcio e magnsio sobre a forma de cristal de calcita (Dias, 2000),

    caracterstica que lhes confere o papel de construtoras primrias de bancos

    calcrios em fundos no consolidados ou como construtoras secundrias em

    recifes de coral. Quando construtoras primrias, so capazes de transformar o

    sedimento de fundo no consolidado em substrato duro e heterogneo, provendo

    habitats para diversas espcies de algas e invertebrados marinhos (Amado-Filho

    et al., 2007; Villas Bas, 2008). Neste sentido, so anlogos a bancos de

    macroalgas marinhas (e.g. kelps) pelo fato de serem habitats estrutural e

    funcionalmente complexos que suportam uma alta diversidade (Biomaerl Team,

    2003).

    Os rodolitos apresentam grande variedade de formas, tamanho e espcies

    associadas, podendo ocorrer esparsos ou agregados uns aos outros, ocupando

    grandes reas do fundo marinho costeiro (Villas Bas, 2008). As formas

    observadas variam de esfricas a discoidais e ramificadas, geralmente em

    resposta s condies ambientais imperantes, tal como hidrodinamismo,

    batimetria, bioturbao entre outras (Foster, 2001).

    Segundo Amado-Filho et al. (2007), a regio costeira do Brasil mais rica em

    flora marinha o estado do Esprito Santo (18,35 - 21,30S), por ter sua

    diversidade parcialmente associada presena de amplas reas de ocorrncia de

    algas calcrias vermelhas. Nos ltimos anos, o aumento dos estudos na regio

    tem contribudo para o conhecimento de novas espcies (Villas Bas, 2009). Alm

    de abordar aspectos taxonmicos, estes estudos confirmam que a composio

    florstica dos bancos tem uma relao com a morfologia e faixa batimtrica de

    ocorrncia. As referncias disponveis da fauna e flora da regio confirmam a

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    presena de rodolitos em vrias faixas batimtricas, ocorrncias que vo de 10 a

    50 metros de profundidade (Villas Bas, 2008).

    O Gasoduto Sul Norte Capixaba (GSNC) de 18 possui uma poro rasa que

    percorre por aproximadamente 150 km a plataforma da Bacia do Esprito Santo

    numa lmina dgua que varia entre 28 e 70 m. Devido escassez de

    informaes publicadas sobre o tema para o Brasil e mais especificamente para a

    costa Esprito Santo, os resultados recentemente gerados pelo corpo tcnico do

    CENPES possibilitam uma viso mais detalhada sobre esses ambientes.

    O presente projeto tem como objetivo geral avaliar o status de bancos de

    rodolitos identificados na plataforma continental capixaba, antes e aps o

    lanamento de dutos submarinos e de aprofundar e consolidar o conhecimento

    adquirido sobre estes ecossistemas na regio.

    II.7.1.3 - Metodologia II.7.1.3.1 - Avaliao dos Efeitos Fsicos de Dutos Sobre os Bancos de

    Rodolitos (primeira fase)

    Sobre a plataforma continental do Esprito Santo existem dutos submarinos j

    instalados, e alguns de seus trechos atravessam bancos de algas calcrias em

    profundidades prximas lmina dgua (LDA) do GSNC, como por exemplo, o

    Gasoduto Sul Capixaba, Camarupim e Golfinho. Durante as fases de instalao

    desses dutos foram realizados levantamentos com ROV em diferentes momentos,

    antes e aps os lanamentos (Tabela II.7.1.3.1-1). Partindo do pressuposto que

    existem semelhanas entre os ambientes dos dutos j lanados com aqueles que

    foram observados na diretriz do GSNC (ex. tipos de fundo e

    profundidades/latitudes similares), possvel resgatar informaes importantes

    sobre o comportamento do fundo aps os lanamentos e compar-las ao longo do

    tempo (avaliao e monitoramento ambiental).

  • Pg. 28/51

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    Tabela II.7.1.3.1-1 - Informaes disponveis para avaliao de efeitos fsicos sobre banco de rodolitos.

    EMPREENDIMENTO LANAMENTO

    (PERODO) IMAGENS PR-LANAMENTO (PRE LAY)

    IMAGENS PS-LANAMENTO

    (AS LAID)

    Incio Trmino

    GASODUTO SUL CAPIXABA 04/08/08 04/09/08 Sim Sim

    CAMARUPIM (12) 01/04/08 04/04/08 Sim Sim

    CAMARUPIM (24) 06/7/08 22/01/09 No Sim

    GOLFINHO 16/12/05 05/04/06 Sim Sim

    Sero analisados os aspectos gerais do fundo (Quadro II.7.1.3.1-2) antes e

    aps o lanamento dos dutos, como, por exemplo: tipo de banco, identificao da

    fauna e flora, evidncia de soterramento, entre outros.

    Tabela II.7.1.3.1-2 Caracterizao e avaliao dos bancos de rodolitos.

    EMPR

    END

    IMEN

    TO

    DA

    TA

    NO

    RTE

    ESTE

    LDA

    STA

    TUS

    DO

    BA

    NC

    O

    TIPO

    DE

    BA

    NC

    O /

    MO

    RFO

    LOG

    IA D

    OS

    RO

    DO

    LITO

    S

    DEN

    SID

    AD

    E D

    OS

    RO

    DO

    LITO

    S

    DIS

    PER

    SO

    ESP

    AC

    IAL

    DO

    S R

    OD

    OLI

    TOS

    EVID

    NC

    IAS

    DE

    SOTE

    RR

    AM

    ENTO

    FLO

    RA

    (PR

    EDO

    MIN

    AN

    TE)

    FAU

    NA

    (PR

    EDO

    MIN

    AN

    TE)

    OB

    SER

    VA

    ES

    GER

    AIS

    ex. GSC 20/07/09 7800421 421023 54,9

    algas calcrias

    vivas Tipo 6 alta irregular no macroalgas eretas

    esponjas incrustantes

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    De forma complementar, aps a anlise das imagens preexistentes, ser

    realizada uma campanha especfica com ROV nas reas avaliadas com a

    finalidade de descrever o status atual do fundo no entorno dos dutos e comparar

    com os resultados das anlises prvias. Esta inspeo visa estimar e avaliar a

    faixa do fundo marinho diretamente afetado pelo lanamento dos dutos, tentando

    identificar mudanas dos bancos de rodolitos ao longo de diferentes momentos.

    Assim poder ser construdo um panorama a respeito dos possveis efeitos do

    lanamento de dutos sobre os bancos de rodolitos ao longo do tempo em LDA

    compatvel com a do GSNC.

    II.7.1.3.2 - Consolidao de Dados Sobre a Biodiversidade dos Bancos de

    Rodolitos da Bacia do Esprito Santo BES

    A segunda fase do projeto visa complementar o status atual do conhecimento

    de bancos de algas calcrias atravs da elaborao de um documento sobre a

    biodiversidade em reas de rodolitos na BES. Foram realizadas duas campanhas

    de caracterizao, em julho de 2009 e janeiro de 2010, em diversos trechos ao

    longo da diretriz do GSNC (Figura II.7.1.3.2-1). Durante as duas campanhas

    foram percorridos cerca de 150 km ao longo da plataforma continental da BES, o

    que gerou aproximadamente 300 horas de imagens ao longo dos bancos de

    rodolitos.

  • Pg. 30/51

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    Figura II.7.1.3.2-1 - Trechos investigados ao longo das duas campanhas de Caracterizao Biolgica do Fundo ao Longo da Diretriz do Gasoduto Sul Norte Capixaba (na legenda trechos 1, 2 e 3 referem-se segunda campanha).

    Os resultados preliminares das anlises demonstraram que os diferentes

    tipos de bancos identificados esto associados a uma alta diversidade de flora e

    fauna e que a sua composio varia de acordo latitude e principalmente com a

    profundidade. Foram identificadas e/ou tipadas mais de 100 espcies

    pertencentes aos mais variados grupos (fauna e flora) (Figura II.7.1.3.2-2).

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    Figura II.7.1.3.2-2 - Exemplos de organismos associados a bancos de rodolitos na BES

    Alm das campanhas citadas, tambm se encontra em andamento o Projeto

    de Caracterizao Regional da Bacia do Esprito Santo (PCR-BES), que

    trabalhar com diversas outras abordagens e amostragens que subsidiaro

    anlises mais detalhadas sobre a diversidade ao longo dos bancos de rodolitos.

  • Pg. 32/51

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    Tendo em vista a escassez de informaes geradas e ou publicadas at o

    momento sobre os bancos de rodolitos no Brasil e a importncia dos dados j

    coletados pela Petrobras, prope-se aprofundar e consolidar as informaes

    obtidas durante as campanhas de Caracterizao Biolgica do Fundo ao Longo

    da Diretriz do Gasoduto Sul Norte Capixaba e do Projeto de Caracterizao

    Regional da Bacia Esprito Santo (PCR BES) com a publicao de um documento

    integrador.

    II.7.1.4 - Produtos

    Os resultados do projeto sero entregues da seguinte forma:

    PRODUTOS CRONOGRAMA

    1. Comunicao por escrito (envio de resumo) CGPEG contendo a anlise das imagens preexistentes de outros empreendimentos instalados em LDAs similares do GSNC e planejamento da Campanha de avaliao dos efeitos fsicos da instalao de dutos submarinos em reas de bancos de rodolitos na plataforma continental da BES

    Trs meses aps o lanamento do GSNC

    2. Comunicao por escrito (envio de resumo) CGPEG aps a realizao da Campanha de avaliao dos efeitos fsicos da instalao de dutos submarinos em bancos de rodolitos na plataforma continental da BES.

    Trinta dias aps a realizao da campanha

    3. Comunicao por escrito (relatrio) CGPEG consolidando os resultados da avaliao dos efeitos fsicos da instalao de dutos submarinos em bancos de rodolitos.

    Seis meses aps a realizao da campanha

    4. Comunicao por escrito CGPEG e elaborao de documento consolidando os dados disponveis sobre a biodiversidade em reas de rodolitos na BES.

    Em consonncia com os prazos estabelecidos para a entrega dos produtos do Projeto de Caracterizao Ambiental Regional da Bacia do Esprito Santos (PCR-ES)

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    II.7.1.5 - Equipe Tcnica Responsvel

    Profissional Guarani de Hollanda Cavalcanti

    Empresa PETROBRAS Profissional Maria Patricia Curbelo Fernandez

    Empresa PETROBRAS Profissional Renata Carolina Mikosz Arantes

    Empresa PETROBRAS

    II.7.2 PROJETO DE CONTROLE DA POLUIO

    Conforme o Termo de Referncia No 007/2009 emitido para este EIA, sero

    seguidas as diretrizes constantes da verso final da Nota Tcnica

    CGPEG/DILIC/IBAMA n 08/08.

    As Cartas de Comprometimento dos Responsveis Tcnicos pelo Projeto de

    Controle da Poluio e seus respectivos CTFAIDA - Cadastro Tcnico Federal de

    Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental so apresentados a seguir:

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    II.7.3 PROJETO DE COMUNICAO SOCIAL A Petrobras est desenvolvendo projetos ambientais de carter continuado,

    visando atender s suas diretrizes corporativas de gesto e responsabilidade

    social, bem como as diretrizes do IBAMA para o licenciamento ambiental.

    As aes de comunicao social deste empreendimento estaro sendo

    contempladas pelo Projeto de Comunicao Social Regional (PCSR) da

    Petrobras. O PCSR justifica-se pela necessidade de consolidar estratgias de

    comunicao entre a Petrobras e os segmentos possivelmente afetados por suas

    atividades, de forma a buscar uma minimizao dos conflitos na rea de influncia

    dos empreendimentos da Unidade de Negcio de Explorao e Produo do

    Esprito Santo, UN-ES.

    O referido Projeto tem como objetivo principal criar um canal de comunicao

    com as comunidades da rea de influncia, esclarecendo-as sobre as

    caractersticas e impactos decorrentes das atividades de Explorao e Produo

    de Petrleo e Gs Natural na rea de atuao da UN-ES, bem como suas

    medidas mitigadoras pertinentes.

    Neste Projeto est previsto que no caso de um empreendimento novo da UN-

    ES, uma reunio especfica ser realizada na regio afetada diretamente pelo

    mesmo. Entretanto, caso a implementao do empreendimento ocorra em

    perodo coincidente com o calendrio de reunies peridicas, as informaes

    sobre o empreendimento sero repassadas na prpria reunio do programa.

    Esse Projeto foi encaminhado ao IBAMA e aprovado dentro do Processo

    IBAMA n 02022.000239/08.

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    II.7.4 PROJETO DE EDUCAO AMBIENTAL DOS TRABALHADORES

    O presente empreendimento apresenta sobretudo na sua fase de implantao

    diversos aspectos ambientais que podem causar impactos ao meio ambiente caso

    no haja um trabalho de conscientizao dos trabalhadores envolvidos na sua

    execuo. Assim sendo, necessrio que os trabalhadores envolvidos nas atividades

    estejam aptos a realizar as operaes de forma compatvel com a preservao

    dos recursos ambientais e com as atividades socioeconmicas existentes na

    regio, alm de agir de forma correta em emergncias com potenciais

    consequncias ambientais. Para tanto, eles devem estar informados sobre as

    principais caractersticas ambientais e ecossistmicas da regio onde ser

    instalado o gasoduto, as atividades socioeconmicas que podem sofrer

    interferncias do empreendimento, as partes interessadas, bem como sobre os

    procedimentos e polticas ambientais internos do empreendedor e os aspectos

    legais relacionados s suas atividades. Nesse aspecto, a Petrobras vem desenvolvendo dentro da suas diversas

    atividades um Projeto de Educao Ambiental para Trabalhadores continuado, o

    qual foi encaminhado ao IBAMA e aprovado dentro do Processo IBAMA n

    02022.003208/2006-51. Este Projeto justifica-se, tambm, pelo que est previsto

    na Poltica Nacional de Educao Ambiental, objeto da Lei no 9795/99, inciso V,

    de seu art.3, a qual estabelece que todos tm direito educao ambiental, incumbindo, s empresas, dentre outros, promover programas destinados

    capacitao dos trabalhadores, visando melhoria e ao controle efetivo sobre o

    ambiente de trabalho, bem como sobre as repercusses do processo produtivo no

    meio ambiente. Ele tem por objetivo principal informar o pblico-alvo sobre os

    potenciais impactos da atividade sobre os meios fsico, bitico e socioeconmico,

    despertando sua conscincia para os processos de minimizao desses

    potenciais impactos, atravs da sua capacitao no conhecimento e aplicao

    das boas prticas ambientais, pelo treinamento continuado sobre os diversos

    aspectos tcnicos e legais que esto associados s suas atividades.

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    II.7.5 PROJETO DE DESATIVAO

    Em linhas gerais este projeto visa promover a correta desativao do

    Gasoduto Sul Norte Capixaba, atendendo a legislao pertinente e buscando a

    minimizao dos impactos ambientais potenciais. Este projeto tomou como

    referncia o Projeto de Desativao do Gasoduto Sul Capixaba (AS, 2007).

    II.7.5.1 Justificativa

    O processo de desativao do Gasoduto Sul Norte Capixaba depende de

    uma srie de fatores tcnicos, ambientais, de segurana e econmicos que

    devem ser analisados caso a caso, porque envolvem diversos interesses das

    comunidades e da regio onde a instalao se encontra.

    Como os projetos de instalaes submarinas consideram uma previso de

    desativao aps a sua vida til, prevendo-se em seguida um novo

    aproveitamento em projeto futuro de partes das estruturas submarinas, podem

    surgir outras especificaes de ordem tcnica para a sua remoo ou

    aproveitamento das estruturas submarinas de produo.

    Independentemente do tipo de instalao, os projetos de desativao devem

    incluir alternativas de remoo ou abandono, total ou parcial, para todas as

    instalaes existentes, tanto de superfcie como submarinas, de maneira a

    respeitar a legislao ambiental e os interesses da comunidade, caso existam,

    bem como os aspectos relacionados ao meio ambiente, segurana e sade.

    Ressalta-se que as premissas da desativao devem estar baseadas nos

    princpios de preveno dos efeitos potenciais sobre o meio ambiente, da

    reutilizao ou reciclagem das instalaes/equipamentos e de uma disposio

    final adequada. A reciclagem dos materiais em terra pode no ser a melhor

    alternativa do ponto de vista ambiental ou mesmo da perspectiva da conservao

    dos recursos materiais ou energticos. Outras opes, como a utilizao das

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    instalaes como recifes artificiais ou outra destinao alternativa, devem ser

    avaliadas caso a caso, considerando os impactos tanto no meio fsico-bitico

    como no meio scio-econmico.

    Com base no planejamento atual, a desativao do Gasoduto Sul Norte

    Capixaba ocorrer num prazo de 30 anos (ano 2042). A desativao tratada neste

    documento se refere apenas ao trecho da linha do gasoduto, incluindo o PLET

    (pipeline end terminations) e os PLEMs (pipeline end manifold), alm do MOP-1

    (Mdulo de Operao de Pig).

    Com base na experincia de desativao em outros locais e nas tendncias

    atuais, a PETROBRAS acredita que a desativao do Gasoduto Sul Norte

    Capixaba dever considerar as premissas e preceitos ambientais relacionados no

    presente Projeto de Desativao, independentemente do momento em que venha

    a ser executada essa desativao. Todavia, importante ressaltar que novas

    tecnologias podero surgir at a data prevista de desativao do Gasoduto, as

    quais devero ser incorporadas ao Projeto de Desativao.

    O presente Projeto visa evitar qualquer risco de poluio ao meio ambiente

    circundante, minimizar possveis impactos e garantir a completa segurana das

    pessoas e instalaes envolvidas nesta etapa. Desta forma, se justifica a

    elaborao de um Projeto de Desativao que garanta a consolidao,

    manuteno e reviso de procedimentos e aes a serem empregados.

    II.7.5.2 Objetivos do Projeto

    II.7.5.2.1 - Objetivo Geral

    O objetivo principal do Projeto de Desativao proposto para o Gasoduto Sul

    Norte Capixaba consiste em evitar riscos de poluio ao meio ambiente e

    minimizar quaisquer possveis impactos decorrentes da etapa de desativao.

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    II.7.5.2.2 - Objetivos Especficos

    Como desdobramentos do objetivo geral, os seguintes objetivos especficos

    foram propostos para este projeto:

    Recuperao da linha de exportao de gs, nos trechos flexveis entre o PLET e o PLEM profundo;

    Recuperao do PLET e dos PLEMs; Recuperao do MOP-1; Abandono permanente do trecho rgido do gasoduto entre o PLEM

    profundo e o PLEM de Camarupim.

    II.7.5.3 Metas

    Visando ao atendimento dos objetivos especficos propostos acima, as

    seguintes metas foram estabelecidas:

    Remoo total (100%) dos PLEM-Y (Pipeline End Manifold), PLET (Pipeline End Terminations), jumper flexvel entre o PLEM-Y e o PLET, e

    do MOP-1 (Mdulo de Operao de Pig Jaqueta de Ao).

    Abandono permanente dos trechos rgidos do gasoduto de 12 e 18 , respectivamente entre o PLEM Y em LDA profunda e o MOP-1 e entre o

    MOP-1 e o PLEM de Camarupim.

    Elaborar um Relatrio Final do Projeto de Desativao, contemplando o cumprimento dos procedimentos previstos, bem como quaisquer requisitos

    legais que sejam aplicveis s atividades no momento de execuo da

    desativao.

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    II.7.5.4 - Indicadores de Implementao de Metas

    Devido s especificidades do Projeto de Desativao do Gasoduto Sul Norte

    Capixaba, os indicadores que podero acompanhar o atendimento das metas

    propostas para o Projeto devero constar no Relatrio Final do Projeto de

    Desativao. Este relatrio dever apontar o ndice de sucesso da aplicao dos

    procedimentos previstos nas Portarias da ANP e das normas internas da

    PETROBRAS, principalmente confrontando-os com os prazos estabelecidos para

    o seu cumprimento.

    Assim, de modo a verificar e acompanhar o atendimento dos objetivos e

    metas do Projeto de Desativao, foram propostos os seguintes indicadores que,

    na medida do possvel, e de acordo com os tipos de metas estabelecidas,

    expressam quantitativamente o atendimento a estas metas.

    Percentuais (%) de atendimento s normas PETROBRAS, justificando aqueles itens no aplicveis ao empreendimento em questo;

    Percentuais (%) de remoo da linha flexvel de escoamento e equipamentos referentes ao Gasoduto Sul Norte Capixaba.

    II.7.5.5 - Pblico Alvo

    O pblico-alvo do Projeto de Desativao do Gasoduto Sul Norte Capixaba

    compreende:

    Os trabalhadores da PETROBRAS, incluindo aqueles de empresas contratadas, responsveis pela manuteno e reviso dos procedimentos,

    bem como pela emisso dos respectivos relatrios;

    Os trabalhadores da PETROBRAS, incluindo aqueles de empresas contratadas, responsveis por realizar as atividades de desativao de

    acordo com os procedimentos operacionais previstos e emitir o relatrio

    final;

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    rgos Ambientais, Marinha do Brasil e Agncias Reguladoras que recebero os relatrios de acompanhamento e o Relatrio Final do Projeto

    de Desativao.

    II.7.5.6 Metodologia

    As operaes previstas ao final da desativao do Gasoduto Sul Norte

    Capixaba referem-se limpeza de todo trecho do gasoduto, a recuperao da

    linha flexvel de exportao de gs e os equipamentos PLEM, PLET e MOP-1,

    bem como o abandono do trecho rgido do gasoduto.

    Descrevem-se a seguir os principais procedimentos e a metodologia a ser

    seguida para a implementao deste Projeto de Desativao.

    II.7.5.6.1 Operaes Previstas

    Os procedimentos devero garantir a completa inertizao e limpeza do

    gasoduto e seus equipamentos, assegurando ausncia de gs nas mesmas ao

    final da operao de limpeza. Como resultado, pretende-se que seja evitada

    qualquer poluio ambiental, alm de garantir a segurana da operao de

    recuperao. Descrevem-se a seguir os principais aspectos destas operaes:

    REMOO DE GS DO GASODUTO SUL NORTE CAPIXABA

    Esta tarefa ser executada atravs das seguintes atividades necessrias

    remoo do gs presente no interior do gasoduto:

    Interromper a exportao de gs das UEP interligadas ao PLEM de Camarupim;

    Acionar o comando de fechamento da vlvula do PLEM de Camarupim, interrompendo o fluxo de gs oriundo de Camarupim;

  • Pg. 46/51

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    Acionar o comando de fechamento das vlvulas na UTGC, certificando-se do total bloqueio do gs;

    Despressurizar o gasoduto alinhando a sada de gs para o flare da UTGC; Acionar o comando para abertura das vlvulas para incio da limpeza do

    gasoduto;

    Bombear 10% do volume do gasoduto com gua salgada atravs de alguma UEP interligada ao PLEM;

    Lanar, a partir desta UEP, um pig de 12 (mdia densidade) e completar o volume restante (90% do volume do gasoduto) bombeando gua salgada

    uma vazo de at no mximo 3 bbl/min e presso de descarga da bomba

    limitada a 3000 PSI. Essa mesma operao ser repetida a partir do MOP-

    1 com um pig de 18.

    Continuar o bombeio at a chegada do primeiro pig no recebedor na MOP-1, quando o procedimento for para o trecho de 12, e no recebedor da

    UTGC, quando o procedimento for para o trecho de 18. Depois disso ser

    lanado outro pig, em cada trecho, semelhante ao primeiro;

    Reiniciar o bombeio de gua do mar a uma vazo mxima de 3 bbl/min e presso mxima de 3000 PSI at o recebimento deste segundo pig nos

    pontos recebedores (MOP-1, trecho de 12; e UTGC, trecho de 18);

    Repetir essa operao por no mnimo 05 vezes e dependendo da avaliao feita sobre os resduos trazidos pelos pigs, prosseguir com a

    operao at que o pig chegue limpo, sem resduos, de forma que se

    obtenha gua limpa no retorno.

    Concluda a operao, todas as vlvulas ligadas ao sistema de escoamento

    de gs, devero ser fechadas;

    Todo o volume de gua salgada que ser circulado no gasoduto para

    operao de limpeza ser encaminhado para a Estao de Tratamento de

    Efluentes da UTGC.

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    RECUPERAO DA LINHA FLEXVEL DE EXPORTAO DE GS, RECUPERAO DE EQUIPAMENTOS (PLEM E PLET) E ABANDONO DO TRECHO RGIDO DO GASODUTO.

    Concluda a etapa de limpeza do gasoduto se inicia a recuperao da linha

    flexvel atravs de um LSV (Laying Suport Vessel) e a recuperao dos

    equipamentos PLET e PLEMs por meio de sondas ou outra embarcao

    disponvel.

    Tendo em vista a inviabilidade de seu recolhimento, o trecho rgido do

    gasoduto ser abandonado no fundo do mar, devidamente limpo de substncias

    txicas e/ou poluentes, garantindo assim a sua inertizao.

    PROCEDIMENTOS PARA RETIRADA DO MOP-1 DA LOCAO E TRANSPORTE PARA ESTALEIRO

    A recuperao da MOP-1 dever ser realizada por uma Balsa Guindaste,

    conforme as etapas descritas a seguir:

    A jaqueta ser removida, deixando no local o ponto fixo de docagem e cravamento das estacas no fundo do mar.

    Aps a remoo de todas as instalaes ou partes de instalaes, o fundo do mar dever ser limpo de toda e qualquer sucata.

    Transportar a unidade para o estaleiro. A unidade MOP-1 ser provavelmente transportada da locao para o estaleiro, onde sero feitos

    os servios necessrios a uma nova campanha ou sua desmontagem com

    vistas desativao definitiva.

    Todos os obstculos que permaneam no fundo aps a remoo da unidade sero devidamente mapeados e informados s autoridades

    responsveis pela rea em questo. Nenhum obstculo ser abandonado

    caso este impossibilite a navegao ou atividades a serem realizadas na

    rea em questo.

  • Pg. 48/51

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    - Responsabilidade pela Operao

    A equipe de operao da firma operadora do navio ser responsvel pela

    execuo da operao, que ser coordenada pelo Fiscal de Contrato

    PETROBRAS.

    - Recursos Necessrios

    Como recursos necessrios operao de pull out podem ser destacados os

    seguintes equipamentos:

    Pigs cilndricos de espuma de baixa densidade de 12 e 18 de dimetro e pigs cilndricos de mdia densidade (Red Skin) de 12" e 18, em

    quantidade suficiente para garantir a limpeza do sistema de escoamento

    de gs. Deve ser considerada, no mnimo, a passagem de 05 pigs por

    trecho.

    Alm da unidade de bombeio existente a bordo da UEP, dever ser providenciado uma unidade geradora de nitrognio (N2) para auxiliar os

    trabalhos.

    - Resultados Esperados

    Aps a utilizao do procedimento acima descrito espera-se a limpeza do

    sistema de escoamento de gs (Gasoduto Sul Norte Capixaba), com conseqente

    remoo de todo o gs, evitando-se qualquer poluio no ambiente marinho e

    mantendo-se as tubulaes preservadas contra corroso.

    Com relao s linhas flexveis de escoamento, PLET (pipeline end

    terminations) e o PLEM (pipeline end manifold), aps limpas, sero

    inspecionadas, testadas e armazenadas em local apropriado para aplicao em

    outros projetos da PETROBRAS. O MOP-1, por ser uma Unidade Estacionria

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    (plataforma), ser removido para outra locao, para o continente (estaleiro), ou,

    em casos especiais, para fora de jurisdio territorial brasileira. prevista a

    desativao das instalaes de subsuperfcie e submarinas, bem como a

    desconexo da unidade com o gasoduto.

    II.7.5.7 Acompanhamento e Avaliao

    Dentre os objetivos deste Projeto, consta a consolidao dos procedimentos

    e aes a serem empregados durante a desativao, prevendo a manuteno e

    reviso dos mesmos ao longo do desenvolvimento do Sistema de Escoamento de

    Gs Sul Capixaba, de modo a adequ-los a novas tecnologias, tendncias da

    indstria petrolfera e requisitos legais.

    Desta forma, o acompanhamento do desenvolvimento do Projeto inclui a

    verificao das metas e indicadores aqui propostos, o que implica na reviso dos

    procedimentos e atualizao dos mesmos, quando necessrio, bem como na

    emisso de relatrio final.

    O acompanhamento e a avaliao sero efetuados pela equipe tcnica e pela

    equipe de Sade, Meio Ambiente e Segurana - SMS da UN-ES, responsveis

    pelo empreendimento.

    II.7.5.8 - Inter-Relao Com Outros Projetos

    Este Projeto de Desativao est inter-relacionado com o Projeto de Controle

    de Poluio, mais especificamente na parte referente ao gerenciamento de

    resduos, devido necessidade de gerenciar, controlar e dar destinao

    adequada aos resduos gerados durante a etapa de desativao, de acordo com

    as normas tcnicas e requisitos legais aplicveis.

  • Pg. 50/51

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    II.7.5.9 - Atendimento Aos Requisitos Legais E/Ou Outros

    Requisitos

    Os seguintes documentos da IMO (International Maritime Organization) e da

    ANP (Agncia Nacional de Petrleo) so considerados requisitos para este

    Projeto por se constiturem em diretrizes e padres a serem considerados na

    desativao:

    International Maritime Organization IMO 1989: Guidelines and Standards for the Removal of Offshore Installations and Structures on the

    Continental Shelf. Portaria ANP 114/02 para devoluo de reas ANP: Durante a fase de

    execuo do projeto e aps a execuo dos servios indicados no Projeto

    de Desativao, dever ser realizada uma Auditoria Ambiental seguindo os

    padres dessa norma, verificando e documentando dentro das premissas

    do SMS (Sade, Meio Ambiente e Segurana) o que foi realizado durante a

    implantao do programa de desativao e se a rea est em condies de

    ser devolvida ANP.

    II.7.5.10 - Cronograma Fsico-Financeiro

    Apresentam-se a seguir, na Tabela II.7.5.10-1, as principais etapas da

    desativao do Gasoduto Sul Norte Capixaba, acompanhadas de seu cronograma

    de execuo.

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    Tabela II.7.5.10-1 - Custos e durao da desativao do Gasoduto Sul Norte Capixaba.

    ETAPAS DURAO CUSTO ( US$ )

    Desgaseificao e limpeza das linhas e equipamentos do sistema de escoamento de gs 40 dias 2.500.000,00

    Recuperao da linha flexvel de escoamento 6 dias 1.000.000,00

    Recuperao do PLET e PLEMs 30 dias 2.000.000,00

    Recuperao do MOP-1 8 dias 2.000.000,00

    II.7.5.11 - Responsabilidade Institucional Pela Implementao do

    Projeto

    A instituio responsvel pela implementao do Projeto de Desativao a

    Petrobras/ Unidade de Negcio de Explorao e Produo do Esprito Santo

    UN-ES.

    II.7.5.12 - Responsveis Tcnicos

    O Responsvel Tcnico pela elaborao deste Projeto de Desativao

    encontra-se indicado a seguir:

    Profissional Formao CTF Conselho

    Marcela Borges da Silva Eng. Civil 5001001 5869-D / CREA - ES