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Sum
ário
Aula 1: Planejam
ento e cronograma. B
ibliografia: Motte, D
iether de la, Arm
onia; O
ttman, R
obert W., A
dvanced Harm
ony; Kostka, Stephan, M
aterials and Techniques of Tw
entieth-Century M
usic; Meneses, Flô, A
poteose de Schoenberg; Schoenberg, Arnold,
Harm
onia. Expandindo o conceito de harm
onia à luz da música contem
porânea: introdução do livro do Flô. Texto sobre o R
omantism
o/stoa. Lista de com
positores. C
onteúdo: slide 4. Escutas: B
eethoven/Waldstein, G
risey e Schumann/In R
heim (com
tradução). Aula 2: A
cordes cromáticos/ revisão: cap. 7 e 8, O
ttman. E
xercícios 162, Schoenberg. A
ula 3: In Rheim
, Schumann: A
nálise. Falsas relações, napolitanos, relação texto-m
úsica. Aula 4: C
hopin, Prelúdio n. 4 e Noturno opus 15, n.3, análise: m
odulação, transform
ações cromáticas, resoluções inesperadas das dissonâncias, contraponto e
harmonia, notas pivot etc. A
ula 5: Brahm
s, ultratematism
o (conseqüências em Schoenberg e B
oulez). Análise da Sinfonia n. 2, 1º m
ov., redução para piano (biblioteca). A
ula 6: Brahm
s, Sinfonia n.2, continuação.
Sum
ário
Aula 7: R
omantism
o tardio alemão: W
agner, R. Strauss, M
ahler, M.
Reger, B
ruckner. DV
D/Sim
on Rattle. Texto sobre W
agner (stoa). E
scutas: Wagner (Prelúdio), M
ahler (9ª Sinfonia). Aula 8: W
agner: sobre o T
ristão. Escuta: L
iebestod. Análise dos trechos escolhidos. A
ula 9: C
ontinuação das análise, proposta de sistematização do D
. Motte.
Exercícios. R
omantism
o francês: Berlioz, Fauré. T
rabalho para casa: sem
inários (Kostka, The tw
ilight of the tonal system). A
ula 10: A
presentação dos seminários. Fauré: continuação. A
ula 11: Schonberg, O
pus 2: audição e análise. Aula 12: Schoenberg: finalização da análise.
Aula 13: A
udição e análise: Sonata de Alban B
erg: uso da escala de tons inteiros e acordes de 5ª aum
entada. Aula 14: Sonata de A
lban Berg:
continuação e finalização. Aula 15: R
evisão geral: harmonia crom
ática, crepúsculo do sistem
a tonal. Aula 16: entrega dos trabalhos (exercício
Wagneriano ou encadeam
ento cromático) A
valiação do curso.
Conteúdo
Harm
onia diatônica triádica pouco a pouco invadida pelo cromatism
o. “Explosão” do cam
po diatônico. P
ensamento vertical invadido pelo horizontal: tecido harm
ônico-contrapontístico. M
enos homofonia, m
enos simetrias (nos períodos e frases). R
itmo harm
ônico mais intenso.
Acordes contrapontísticos (uso de N
Ps, bordaduras, suspensões e retardos não resolvidos,
apojaturas simples e m
últiplas, acordes de sexta aumentada, napolitanos, dom
inantes com quinta aum
entada, acordes “sem nom
e”, sem fundam
ental, sincopações etc.) acordes de prolongam
ento, acordes estruturais. Falsa relação. Poder direcional das sensíveis (W
agner e os ultra rom
ânticos): expressividade. Resoluções irregulares das dom
inantes. Modulações
para tonalidades remotas através de enarm
onizações. Subm
issão da harmonia à
expressividade do texto. Integração dos campos harm
ônicos M e m
. Mediantes crom
áticas. E
mancipação da dissonância. M
odulação constante. Modulações abruptas. Im
previsibilidade do discurso harm
ônico. Dissolução gradativa da tonalidade. “C
rescimento” vertical
(acrescentadas) e horizontal (acordes contrapontísticos) da harmonia. M
anutenção da idéia de tensão e relaxam
ento, causalidade, narratividade, discursividade (analogias com a linguagem
verbal) e direcionalidade em oposição a outras form
as de estruturação do tempo (Ligeti,
Xenakis, G
risey, Música E
letroacústica etc.) Cam
inho para a atonalidade. Pouco a pouco se
insinua uma valorização do som
: verticalização, intensificação. Som
= acorde = timbre. A
os poucos os agregados verticais se tornam
mais independentes das idéias de tríade, de cam
po harm
ônico. Vocabulário expandido: todas as formas de tétrades construídas por sobreposição
de terças. Acordes com
mais de 4 sons (sensação de bitonalidade). S
obre posição de 4as. H
armonia do jazz e da M
PB
: soma de influências (harm
onia romântica, m
odalismos e
harmonia “im
pressionista”).
Características sociais do
Rom
antismo
Prof. D
r. Rogério C
osta/2010
Contexto: R
evolução Francesa e seus ideais. História S
ocial da Música (R
aynor, Henry). C
onfigura-se o artista burguês que já se insinuava na dialética entre os sistem
as sociais fortes e os indivíduos. Nós
somos herdeiros desta im
agem de artista: autônom
o, livre, independente, individualista, orgulhoso, auto-indulgente, solitário, atorm
entado, desvinculado, desenraizado, auto centrado, angustiado, “livre pensador”. H
ipertrofia dos sentimentos individuais. S
eus vínculos não são automáticos (ao contrário do “artista
funcional” dos séculos anteriores). Não há m
ais um príncipe/patrão que o sustente em
sua capela ou castelo. S
ua missão é m
ais “elevada, espiritual”. Com
o é hoje? (tocar no super mercado ou em
bailes e o artista de concerto ou show
que tem a sua “obra”, seu trabalho, suas propostas...). É
uma dialética que se
mantém
de várias formas. P
ensar na revolução russa. E o “chute de M
ozart”.
O artista burguês expressa seus sentim
entos profundos, conflitos, angústias existenciais e amorosas. A
s canções (lieder) passam
a ser escritas na primeira pessoa. A literatura e a filosofia invadem
a música
(Niesztche, G
oethe – Werther, S
turm und D
rang). A canção romântica. O
que no classicismo se insinuava
(o drama tonal) no rom
antismo tom
a forma através de um
investimento explícito na dram
aticidade do sistem
a tonal “acoplado”agora a uma tem
ática explicitamente literária. Ver tem
ática da música e sentido
(afetos). É nesse contexto de forte ligação entre m
úsica e literatura que o sistema tonal se expande até -
para alguns - se exaurir em W
agner. A música passa a ser a m
ais elevada das artes: “é a arte que, por não dizer nada, pode dizer qualquer coisa”.
Características sociais do
Rom
antismo
Conseqüências – expansão de todos os m
eios de expressão da música, vínculos
extramusicais. A orquestra cresce, a técnica instrum
ental se desenvolve, os instrum
entos se aperfeiçoam. N
a harmonia: crom
atismos radicais, instabilidade dos
centros tonais e harmonias de confirm
ação são evitadas. Até B
eethoven se consolidam os cam
inhos convencionais do sistema tonal: as cadências S
D T e o ciclo de quintas.
Agora se procuram
caminhos paralelos, indiretos e inesperados. A
crescentadas sem preparação nem
resolução (9as em S
chumann). N
otas de enlace encadeiam acordes
sem relação funcional. A
s formas explodem
: predomínio das form
as livres (Fantasia, N
oturno, Balada, R
apsódias, Prelúdios, P
oema S
infônico. Andam
entos + livres e rubatados: arrebatam
ento do intérprete (maior liberdade). P
aradoxalmente, m
aior detalham
ento da escrita. Expressão m
ais subjetiva: molto appasionato, con ternura,
misterioso. C
omplexidade rítm
ica no fraseado melódico. N
o romantism
o, ao contrário do classicism
o, as necessidades expressivas fazem com
que o caráter instável das m
odulações próprias do desenvolvimento invadam
as exposições. Desenvolvim
ento tem
ático e motívico contínuo, elaboração, m
odulação progressiva. Não há, quase,
lugar para as harmonias de confirm
ação. A
lguns procedimentos com
uns: 1- notas e acordes de enlace que permitem
modulações distantes (M
otte, p. 174). Aqui a análise funcional com
eça a perder sua eficácia, pois se trata de descrever a distância e não a proxim
idade. 2- Dom
inantes aproxim
adas por sensíveis (idem, p. 175). 3- S
obreposição inferior de 3as (idem p.
176). 4- Acordes de 9 (geralm
ente sem a 5a)sem
preparação nem resolução.
Lista de compositores
Beethoven, S
chubert, Schum
ann,Brahm
s, Liszt, C
hopin, R. S
trauss, Mahler, B
ruckner, M
ax Reger, S
choenberg, Alban B
erg, M
endelssohn,Hugo W
olf, Saint S
aenz, Fauré, B
erlioz, Gounod, C
esar Franck,Rossini,
Paganini,Verdi,G
rieg, Rim
sky Korsakov,
Tchaikovsky, Rachm
aninoff, Alberto
Nepom
uceno, Henrique O
swald.
Schum
ann – In Rhein
RO
BE
RT
SCH
UM
AN
N
"DIC
HT
ER
LIE
BE
" - HE
INR
ICH
HE
INE
Tradução H
elma H
aller
VI - IM
RH
EIN
Im R
hein, im heiligen Strom
e
da spiegelt sich in den Well'n
mit seinem
grossen Dom
e,
das grosse heilige Köln.
Im D
om da steht ein B
ildnis,
auf goldenem L
eder gemalt;
in meines L
ebens Wildnis
hat's freundlich hinein gestrahlt.
Es schw
eben Blum
en und Englein
um unsre liebe Frau;
die Augen, die L
ippen, die Wänglein,
die gleichen der Liebsten genau.
RO
BE
RT
SCH
UM
AN
N"D
ICH
TE
RL
IEB
E" - H
EIN
RIC
H H
EIN
ET
radução Helm
a Haller
VI - N
O R
EN
OO
Reno, sagrada corrente,
espelha em suas ondas
o Dom
o imponente.
da grande cidade de Colônia.
No D
omo há um
a imagem
pintada em couro dourado;
Tem raiado gentilem
enteem
meu viver desolado.
Flores e anjos flutuamao redor de N
ossa Senhora;seus olhos, lábios e faces,Se parecem
com m
inha amada
Acordes crom
áticos - revisãoA
cordes cromáticos/O
ttman, C
ap 7 (p.199). Dom
inantes secundárias. D
iminutos e m
eio diminutos (função D
ou S).
Em
préstimos m
odais ou integração dos campos m
aiores e m
enores (Chorinho, B
rahms, S
chubert, Schum
ann, Fauré, etc.), tonicizações, m
odulações utilizando mudança de m
odo: T = t = acorde pivot de outra tonalidade.(ver exem
plo p. 215, Brahm
s) sexta napolitana (em
seqüência, pivot). Cifragem
: N6 = 1ª inv do
IIb e N = IIb. Tríades aum
entadas: análise não harm
ônica/acorde contrapontístico (Schum
ann, Berg). Falsa
relação. Estes acordes geralm
ente substituem os acordes não
alterados cromaticam
ente e “enriquecem o colorido da textura”.
Acordes crom
áticos – sexta aum
entadaO
ttman, cap. 8, p. 243. D
ominante da dom
inante com
a 5ª diminuta. It: sem
fundamental, com
7ª; G
er: sem fundam
ental, com 7ª e 9ª m
enor; Fr: com
pleto com 7ª (tem
dois trítonos). A sexta dim
inuta aparece na relação da 5ª dim com
a terça do acorde.G
eralmente a 5ª dim
está no baixo.R
esoluções.Com
parar com um
acorde de dom
inante comum
com a sexta G
er.Analisar
exercícios 162, Schoenberg.