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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, PESQUISA E EXTENSÃO
MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
IMAGEM DO FARMACÊUTICO:
Proposição e teste de um modelo de avaliação
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Belo Horizonte
2014
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
IMAGEM DO FARMACÊUTICO: Proposição e teste de um modelo de avaliação
Dissertação apresentada ao Mestrado do Centro Universitário UNA, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Administração.
Área de Concentração: Inovação, Estratégia e Redes Empresariais.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura
Coorientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki
Belo Horizonte
2014
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
IMAGEM DO FARMACÊUTICO:
Proposição e teste de um modelo de avaliação
Dissertação apresentada ao Mestrado do Centro Universitário UNA, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Administração.
Área de Concentração: Inovação, Estratégia e Redes Empresariais.
BANCA DE DEFESA
Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura
UNA - Orientador
Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki
UNA - Coorientador
Prof. Dr. Plínio Rafael Reis Monteiro
Universidade Federal de Minas Gerais
Prof. Dr. Dalton Jorge Teixeira
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Prof. Dr. Marcelo de Rezende Pinto
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Data da Defesa: 22 de Agosto de 2014
Belo Horizonte
2014
AGRADECIMENTOS
A DEUS, por ter provido tudo o que foi necessário para a realização deste trabalho e por me
ter presenteado com minha existência e com pessoas tão especiais em minha vida.
A minha esposa Lianara, pelo amor, compreensão e incentivo principalmente no processo
seletivo para ingressar no Mestrado, que me reanimou sempre que me sentia abatido,
desanimado e desmotivado e que me ajudou a chegar até aqui.
Aos meus filhos, Saulo e Beatriz, por terem sempre entendido minha ausência e, além disso,
estarem ao meu lado incentivando e alegrando-me.
Aos meus queridos pais, pelo amor incondicional e incomensurável. Por serem exemplos de
vida e meu apoio constante, mesmo no estado de saúde de minha Mãe e na presença
espiritual de meu Pai, que mesmo de longe me presenteia com ricos e inesquecíveis
ensinamentos.
Aos meus irmãos Claret, José Geraldo, Valdeci, Edna e Elenice, por serem meus grandes
parceiros sempre e exemplos de vida que sempre segui.
A Maria José e Luiz pelo apoio e por serem responsáveis pelo presente da minha vida.
Ao Professor Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura, meu orientador, pela orientação segura e pelas
valiosas contribuições, que tanto me auxiliaram neste processo de aprendizagem contínua,
além de entender minhas limitações de tempo para a execução desse trabalho. É uma
referência profissional que levo para o resto de minha vida e um exemplo a ser seguido.
Ao Professor Gustavo Quiroga Souki, meu coorientador pelo direcionamento do tema a ser
explorado nesse trabalho, que muito contribuirá com a profissão farmacêutica.
À Professora Maria Arlete, coordenadora do curso de Farmácia da UNA, que foi a grande
responsável por minha decisão de iniciar esta batalha.
Às professoras Cristina Calixto, coordenadora do curso de Farmácia do Pitágoras – BH e
Maria Betânia coordenadora do curso de Farmácia da Faminas-BH, por terem viabilizado o
término desta dissertação com compreensão e auxílio nos momentos mais difíceis.
Aos companheiros e demais professores do mestrado pela troca de experiências que muito
contribuíram para minha formação.
Às professoras Fernanda e Íris, que não mediram esforços em me ajudar em um momento
crítico do Mestrado.
Ao Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG), por autorizar a realização
deste trabalho. Agradeço o apoio e contribuição de todos os demais Diretores, Assessores,
Conselheiros e Colaboradores.
A todos os farmacêuticos que contribuíram com suas opiniões nesse trabalho.
E finalmente, a todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para a realização
desta dissertação de mestrado.
“O farmacêutico faz misturas agradáveis,
compõe unguentos úteis à saúde,
e seu trabalho não terminará,
até que a paz divina se estenda sobre a face da terra”.
Eclesiástico 38,7-8
RESUMO
A Imagem é geralmente concebida como o resultado de uma operação pelo qual os sinais emitidos por uma unidade de comercialização são recebidos por um receptor e, organizados em uma percepção mental da unidade de envio. O termo imagem vem sendo utilizado em várias áreas e sobre várias perspectivas da ciência, como a psicanálise, a semiótica, as representações sociais e o marketing. A imagem também pode ser definida pela impressão que permanece na mente das pessoas, tendo esta uma extensa área de aplicação, como: impressão da profissão, da empresa, do produto, de um candidato, entre outros. Nos serviços de saúde e, em particular, na Farmácia, a verificação da imagem que os diversos grupos e subgrupos que, de alguma maneira, interagem com a profissão, constitui-se em importante marco para o seu direcionamento estratégico, pois a imagem é capaz de influenciar e direcionar o comportamento da sociedade em geral. Dessa forma, a Imagem percebida pelos profissionais farmacêuticos pode ser relacionada com a imagem percebida desse profissional pelo público. A imagem pesquisada nesse estudo foi da profissão de farmacêutico sob análise das dimensões funcional, cognitiva, emocional e simbólica. Esta é uma pesquisa descritiva, dividida em duas partes: a primeira de abordagem qualitativa e a segunda de abordagem quantitativa. Na primeira etapa, foram aplicados 23 roteiros com questões abertas considerando as quatro dimensões da imagem a diversos indivíduos que são influenciadores da imagem do farmacêutico. Em seguida, foi elaborado o questionário após categorização das palavras coletadas na fase qualitativa, o qual foi submetido a um pré-teste com 45 pessoas sem a necessidade de alteração do questionário. Foram obtidos 572 questionários no grupo de usuários e 724 no grupo de farmacêuticos, dos quais foram aproveitados 409 e 485, respectivamente. A amostra foi composta pela população da região metropolitana de Belo Horizonte e de farmacêuticos que residem e atuam no estado de Minas Gerais escolhidos por conveniência. Procedeu-se ao exame dos dados, etapa que consistiu nas seguintes atividades: verificação da análise de conteúdo, análise dos dados faltantes, análise da normalidade, identificação das observações atípicas, verificação da linearidade, verificação da unidimensionalidade, verificação da confiabilidade das escalas, verificação da validade convergente e verificação da validade discriminante. Os objetivos desta pesquisa foram comprovados por meio da verificação da validade nomológica. Os resultados obtidos indicam que os modelos testados tanto no grupo de usuários quanto no grupo de farmacêuticos não apresentaram validade nomológica e, somente a dimensão simbólica possui relação com a imagem da profissão nos dois grupos pesquisados. Dessa forma, a sociedade relaciona o farmacêutico com o medicamento e sua atuação em farmácias e drogarias, que são os símbolos da profissão. Foi possível identificar que a sociedade possui uma visão mais positiva do profissional do que os farmacêuticos acreditam que possuem que é um ponto a ser explorado pelas entidades que representam o profissional farmacêutico.
Palavras-chave: Imagem, Dimensões da imagem, Imagem do farmacêutico.
ABSTRACT
The image is generally conceived as the result of an operation by which the signals emitted by a traded unit are received by a receiver and arranged in a mental perception of the sending unit. The term image is being used in different sectors and on different perspectives of science, like psychoanalysis, semiotics, social representations and marketing. The image can also be defined by the impression that lingers in the minds of the people, is having an extensive application sector, such as: printing profession, company, product, of a candidate, among others. In health services and, in particular, the Pharmacy, the image verification that the various groups and subgroups that somehow interact with the profession, it constitutes an important milestone in its strategy, as the image is able to influence and direct the behavior of society in general. Thus, the image perceived by pharmacists may be related to perceived that the professional public image. The image was investigated in this study of pharmacists under analysis, cognitive, emotional, functional and symbolic dimensions. This is a descriptive study, divided into two parts: the first qualitative approach and the second quantitative approach. In the first stage, 23 itineraries with open-ended questions were applied considering the four dimensions of the image to various individuals who are influencers image of the pharmacist. Then, the questionnaire was designed after categorize the words collected in the qualitative phase, which was subjected to a pre-test with 45 people without the need for modification of the questionnaire. 572 questionnaires were collected in the user group and 724 in the group of pharmacists, which were leveraged 409 and 485, respectively. The sample population for the metropolitan region of Belo Horizonte and pharmacists who reside and work in the state of Minas Gerais chosen for convenience. We proceeded to the examination of the data that stage consisted of the following activities: verification of content analysis, analysis of missing data, analysis of normality, identifying atypical observations, the linearity, unidimensionality check, verification of reliability of the scales, checking convergent validity and discriminant validity check. The objectives of this research were confirmed by checking the nomological validity. The results indicate that the models tested both in the user group and in the group of pharmacists showed no nomological validity, and only the symbolic dimension has relation with the image of the profession in the two groups surveyed. Thus, the pharmaceutical company related to the drug and its action in pharmacies, which are the symbols of the profession. It was possible to identify that the company has a more positive view of professional pharmacists who believe that they have is a point to be explored by the entities that represent the pharmacist.
Keywords: Image, Image size, Image pharmacist.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Principais elementos que configuram as imagens de um Produto ....................................... 55
Figura 2 - Modelo de estudo na fase qualitativa. .................................................................................. 64
Figura 3 - Modelo hipotético de estudo. ............................................................................................... 65
Figura 4 - Modelo proposto pelo pesquisador. ................................................................................... 168
Figura 5 - Modelo estrutural final e seus resultados no grupo de usuários. ........................................ 169
Figura 6 - Modelo estrutural final e seus resultados no grupo de farmacêuticos. ............................... 170
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Definições das dimensões da imagem ............................................................................... 63
Quadro 2 – Etapas da Pesquisa .......................................................................................................... 68
Quadro 3 – Palavras mais citadas por definição da imagem. ............................................................... 93
Quadro 4 – Etapas da Análise de dados ............................................................................................ 114
Quadro 5 - Quadro dos indicadores e construtos ............................................................................... 122
Quadro 6 - Resultados dos testes de hipótese da pesquisa. .............................................................. 180
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Frequência das famílias de categorias nas entrevistas. ...................................................... 92
Tabela 2 – Análise dos dados ausentes no banco de dados de usuários. ......................................... 115
Tabela 3 – Análise dos dados ausentes no banco de dados de farmacêuticos. ................................. 117
Tabela 4 – Frequência de distribuição de respondente por unidade de análise. ................................ 119
Tabela 5 – Frequência de distribuição dos usuários por gênero. ....................................................... 119
Tabela 6 – Frequência de distribuição dos farmacêuticos por gênero. ............................................... 119
Tabela 7 – Frequência de distribuição da faixa etária dos usuários. .................................................. 120
Tabela 8 - Frequência de distribuição da faixa etária dos farmacêuticos ........................................... 120
Tabela 9 - Frequência de distribuição da renda dos usuários. ........................................................... 120
Tabela 10 – Frequência de distribuição da renda dos farmacêuticos. ................................................ 121
Tabela 11 - Frequência de distribuição da frequência de atendimento dos usuários.......................... 121
Tabela 12 - Frequência de distribuição do tempo de atuação dos farmacêuticos no mercado de trabalho.............................................................................................................................................. 121
Tabela 13 – Estatística descritiva dos indicadores. ............................................................................ 123
Tabela 14 − Teste Kolmogorov-Smirnov. ........................................................................................... 131
Tabela 15 - Indicadores e quantidade de outliers univariados. ........................................................... 132
Tabela 16 - Teste qui-quadrado por casos (qui-quadrado acima de 99,2106). .................................. 134
Tabela 17 - Análise fatorial do construto dimensão funcional no grupo de usuários. ......................... 137
Tabela 18 - Análise fatorial do subconstruto DF1 dimensão funcional-orientação no grupo de usuários. .......................................................................................................................................................... 138
Tabela 19 - Análise fatorial do subconstruto DF2 dimensão funcional-atividade no grupo de usuários. .......................................................................................................................................................... 139
Tabela 20 - Análise fatorial do subconstruto DF3 dimensão funcional-serviço no grupo de usuários. 139
Tabela 21 - Análise fatorial do subconstruto DF4 dimensão funcional-venda no grupo de usuários. . 140
Tabela 22 - Análise fatorial do construto dimensão funcional no grupo de farmacêuticos. ................. 140
Tabela 23 - Análise fatorial do subconstruto DF1 dimensão funcional-orientação no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 141
Tabela 24 - Análise fatorial do subconstruto DF2 dimensão funcional-atividade no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 141
Tabela 25 - Análise fatorial do subconstruto DF3 dimensão funcional-serviço no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 142
Tabela 26 - Análise fatorial do construto dimensão cognitiva no grupo de usuários. .......................... 142
Tabela 27 - Análise fatorial do subconstruto DC1 dimensão cognitiva-comportamento no grupo de usuários. ............................................................................................................................................ 143
Tabela 28 - Análise fatorial do subconstruto DC2 dimensão cognitiva-área de atuação no grupo de usuários. ............................................................................................................................................ 144
Tabela 29 - Análise fatorial do subconstruto DC3 dimensão cognitiva-acessibilidade no grupo de usuários. ............................................................................................................................................ 144
Tabela 30 - Análise fatorial do subconstruto DC4 dimensão cognitiva-função no grupo de usuários. 145
Tabela 31 - Análise fatorial do subconstruto DC5 dimensão cognitiva-diversos no grupo de usuários. .......................................................................................................................................................... 145
Tabela 32 - Análise fatorial do construto dimensão cognitiva no grupo de farmacêuticos. ................. 146
Tabela 33 - Análise fatorial do subconstruto DC1 dimensão cognitiva-comportamento no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 146
Tabela 34 - Análise fatorial do subconstruto DC2 dimensão cognitiva-área de atuação no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 147
Tabela 35 - Análise fatorial do subconstruto DC3 dimensão cognitiva-acessibilidade no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 147
Tabela 36 - Análise fatorial do subconstruto DC4 dimensão cognitiva-realização no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 148
Tabela 37 - Análise fatorial do construto dimensão emocional no grupo de usuários. ........................ 148
Tabela 38 - Análise fatorial do subconstruto dimensão emocional positiva no grupo de usuários. ..... 149
Tabela 39 - Análise fatorial do subconstruto dimensão emocional negativa no grupo de usuários. .... 149
Tabela 40 - Análise fatorial do construto dimensão emocional no grupo de farmacêuticos. ............... 150
Tabela 41 - Análise fatorial do subconstruto dimensão emocional positiva no grupo de farmacêuticos. .......................................................................................................................................................... 150
Tabela 42 - Análise fatorial do subconstruto dimensão emocional negativa no grupo de farmacêuticos. .......................................................................................................................................................... 151
Tabela 43 - Análise fatorial do construto dimensão simbólica no grupo de usuários. ......................... 151
Tabela 44 - Análise fatorial do construto dimensão simbólica no grupo de farmacêuticos. ................ 152
Tabela 45 - Análise fatorial do construto dimensão imagem no grupo de usuários. ........................... 152
Tabela 46 - Análise fatorial do construto dimensão imagem no grupo de farmacêuticos. .................. 153
Tabela 47 - Valores de Alpha de Cronbach para as escalas utilizadas na pesquisa no grupo de usuários. ............................................................................................................................................ 154
Tabela 48 - Valores de Alpha de Cronbach para as escalas utilizadas na pesquisa no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 155
Tabela 49 - Validade convergente no grupo de usuários. .................................................................. 158
Tabela 50 – Validade convergente no grupo de farmacêuticos. ......................................................... 159
Tabela 51 – Validade convergente no grupo de usuários pós-retirada das variáveis. ........................ 160
Tabela 52 – Validade convergente no grupo de farmacêuticos pós-retirada das variáveis. ............... 161
Tabela 53 – Valores da confiabilidade dos construtos no grupo de usuários. .................................... 162
Tabela 54 – Valores da confiabilidade dos construtos no grupo de farmacêuticos. ............................ 163
Tabela 55 – Correlações e AVEs entre os construtos no grupo de usuários. ..................................... 164
Tabela 56 – Correlações e AVEs entre os construtos no grupo de farmacêuticos. ............................ 165
Tabela 57 - Construtos, subconstrutos e indicadores finais no grupo de usuários. ............................ 166
Tabela 58 - Construtos, subconstrutos e indicadores finais no grupo de farmacêuticos. .................... 167
Tabela 59 - Índices de ajuste dos modelos propostos. ....................................................................... 172
Tabela 60 - Significância entre as relações dos construtos no grupo de usuários. ............................. 172
Tabela 61 - Significância entre as relações dos construtos no grupo de farmacêuticos. .................... 173
Tabela 62 - Cargas padronizadas dos indicadores no grupo de usuários. ......................................... 174
Tabela 63 - Cargas padronizadas dos indicadores no grupo de farmacêuticos.................................. 175
Tabela 64 - Comparação entre os indicadores no construto imagem ................................................. 177
Tabela 65 - Comparação entre os indicadores no construto imagem por tempo de atuação profissional do farmacêutico. ................................................................................................................................ 177
Tabela 66 - Comparação entre os indicadores do construto imagem no grupo de farmacêuticos por gênero. .............................................................................................................................................. 178
Tabela 67 - Comparação entre indicadores do construto imagem no grupo de usuários por gênero. 179
Tabela 68 - Comparação entre indicadores do construto imagem no grupo de usuários por frequência de atendimento. ................................................................................................................................. 179
Tabela 69 - Matriz de correlação e de significância construto dimensão funcional no grupo de usuários. .......................................................................................................................................................... 212
Tabela 70 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF1 dimensão funcional-orientação no grupo de usuários. ....................................................................................................... 212
Tabela 71 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF2 dimensão funcional-atividade no grupo de usuários. ........................................................................................................................ 213
Tabela 72 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF3 dimensão funcional-serviço no grupo de usuários. ........................................................................................................................ 213
Tabela 73 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF4 dimensão funcional-venda no grupo de usuários. ............................................................................................................................. 213
Tabela 74 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão cognitiva no grupo de usuários. ............................................................................................................................................ 213
Tabela 75 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC1 dimensão cognitiva-comportamento no grupo de usuários. ............................................................................................... 214
Tabela 76 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC2 dimensão cognitiva-área de atuação no grupo de usuários. ........................................................................................................... 214
Tabela 77 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC3 dimensão cognitiva-acessibilidade no grupo de usuários. ................................................................................................. 215
Tabela 78 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC4 dimensão cognitiva-função no grupo de usuários. ............................................................................................................................. 215
Tabela 79 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC5 dimensão cognitiva-diversos no grupo de usuários. ........................................................................................................................ 215
Tabela 80 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão emocional no grupo de usuários. ............................................................................................................................................ 215
Tabela 81 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DEP dimensão emocional-positiva no grupo de usuários. ........................................................................................................................ 216
Tabela 82 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DEN dimensão emocional-negativa no grupo de usuários. .......................................................................................................... 216
Tabela 83 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão simbólica no grupo de usuários. ............................................................................................................................................ 217
Tabela 84 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão imagem no grupo de usuários. ............................................................................................................................................ 217
Tabela 85 - Matriz de correlação e de significância construto dimensão funcional no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 218
Tabela 86 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF1 dimensão funcional-orientação no grupo de farmacêuticos. .............................................................................................. 218
Tabela 87 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF2 dimensão funcional-atividade no grupo de farmacêuticos................................................................................................................. 219
Tabela 88 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF3 dimensão funcional-serviço no grupo de farmacêuticos................................................................................................................. 219
Tabela 89 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão cognitiva no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 219
Tabela 90 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC1 dimensão cognitiva-comportamento no grupo de farmacêuticos. ...................................................................................... 220
Tabela 91 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC2 dimensão cognitiva-área de atuação no grupo de farmacêuticos. .................................................................................................. 221
Tabela 92 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC3 dimensão cognitiva-acessibilidade no grupo de farmacêuticos. ........................................................................................ 221
Tabela 93 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC4 dimensão cognitiva-funçao no grupo de farmacêuticos. .................................................................................................................... 221
Tabela 94 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão emocional no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 221
Tabela 95 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DEP dimensão emocional-positiva no grupo de farmacêuticos................................................................................................................. 222
Tabela 96 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DEN dimensão emocional-negativa no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................. 223
Tabela 97 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão simbólica no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 223
Tabela 98 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão imagem no grupo de farmacêuticos. ................................................................................................................................... 224
LISTA DE SIGLAS
AFE Análise Fatorial Exploratória
AGFI Índice Ajustado de Qualidade de Ajuste
AVE Variância Média Extraída
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior
CC Confiabilidade Composta
CFF Conselho Federal de Farmácia
CRF Conselho Regional de Farmácia
GFI Índice de qualidade de Ajuste
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IMS Intercontinental Marketing Services
KMO Kaiser-Meyer-Olkin
OMS Organização Mundial da Saúde
PEA População Economicamente Ativa
PIB Produto Interno Bruto
PNAF Política Nacional de Assistência Farmacêutica
PNM Política Nacional de Medicamentos
RMSEA Raiz Quadrada Média do Erro da Aproximação
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SINITOX Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica
SPSS Statistical Package for Social Sciences
SUS Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO1
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 18
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................................... 22
2.1 Objetivo geral ................................................................................................................................. 22
2.2 Objetivos específicos ..................................................................................................................... 22
3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................... 23
4 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SETOR ................................................................................................ 29
4.1 De boticário a farmacêutico. .......................................................................................................... 29
4.2 A estrutura do mercado e o atual papel do farmacêutico ............................................................... 36
5 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................................... 42
5.1 Imagem .......................................................................................................................................... 42
5.1.1 Imagem corporativa .................................................................................................................... 45
5.1.2 Imagem de marca e produto ....................................................................................................... 47
5.1.3 Imagem da loja ........................................................................................................................... 50
5.1.4 Imagem profissional .................................................................................................................... 52
5.2 Dimensões da imagem .................................................................................................................. 54
5.2.1 Dimensão funcional .................................................................................................................... 56
5.2.2 Dimensão cognitiva ..................................................................................................................... 57
5.2.3 Dimensão simbólica .................................................................................................................... 58
5.2.4 Dimensão emocional................................................................................................................... 60
5.3 Imagem sob a perspectiva do marketing ........................................................................................ 61
5.4 Modelos utilizados na pesquisa e hipóteses .................................................................................. 62
6 METODOLOGIA ............................................................................................................................... 67
6.1 Definição e proposição do problema de pesquisa .......................................................................... 68
6.1.1 Tipo de pesquisa ......................................................................................................................... 69
6.2 Elaboração e verificação de hipóteses ........................................................................................... 71
6.2.1 Pesquisa qualitativa .................................................................................................................... 71
6.3 Verificação e testes de hipóteses ................................................................................................... 75
6.3.1 Pesquisa quantitativa .................................................................................................................. 75
6.3.2 Roteiro e pré-teste ...................................................................................................................... 77
6.3.3 População e amostra .................................................................................................................. 79
6.3.4 Tamanho da amostra .................................................................................................................. 81
6.3.5 Coleta de dados .......................................................................................................................... 83
6.3.6 Roteiro de análise de dados........................................................................................................ 84
6.3.6.1 Unidimensionalidade da escala ................................................................................................ 86
6.3.6.2 Confiabilidade da escala .......................................................................................................... 87 1 Este trabalho foi revisado de acordo com as novas regras ortográficas aprovadas pelo Acordo Ortográfico
assinado entre os países que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em vigor no Brasil desde 2009. E foi formatado de acordo com a ABNT NBR14724 de 17.04.2011.
6.3.6.3 Validade da escala ................................................................................................................... 88
6.4 Fechamento ................................................................................................................................... 90
7 RESULTADOS ................................................................................................................................. 91
7.1 Fase qualitativa .............................................................................................................................. 91
7.1.1 Questionamentos aos profissionais de saúde ............................................................................. 93
7.1.2 Dimensão funcional .................................................................................................................... 95
7.1.3 Dimensão cognitiva ................................................................................................................... 101
7.1.4 Dimensão emocional................................................................................................................. 105
7.1.5 Dimensão simbólica .................................................................................................................. 109
7.2 Fase quantitativa.......................................................................................................................... 112
7.2.1 Dados faltantes e descrição da amostra ................................................................................... 115
7.2.2 Normalidade ............................................................................................................................. 130
7.2.3 Observações atípicas................................................................................................................ 132
7.2.4 Linearidade ............................................................................................................................... 136
7.2.5 Unidimensionalidade ................................................................................................................. 136
7.2.6 Confiabilidade das escalas ....................................................................................................... 153
7.2.7 Validade convergente ............................................................................................................... 157
7.2.9 Validade discriminante .............................................................................................................. 163
7.2.10 Validade nomológica e teste de hipótese. ............................................................................... 168
7.2.11 Avaliação do construto imagem .............................................................................................. 176
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 181
8.1 Discussões sobre os resultados do estudo .................................................................................. 181
8.2 Comparações com outros estudos de imagens de profissões ..................................................... 187
8.3 Discussão sobre o problema de pesquisa e as hipóteses ............................................................ 191
8.4 Limitações da pesquisa e sugestões de pesquisas futuras .......................................................... 193
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 196
APÊNDICE A – Roteiro de entrevista – Geral.................................................................................... 205
APÊNDICE B – Roteiro de entrevista – Profissionais de Saúde ........................................................ 207
APÊNDICE C – Questionário ............................................................................................................. 209
APÊNDICE D - Matrizes de correlação dos construtos utilizados na pesquisa .................................. 212
APÊNDICE E – Projeto Técnico - Workshop: Gestão da imagem do profissional farmacêutico ......... 225
APÊNDICE F – Projeto Técnico - Campanha: Farmácia Estabelecimento de Saúde ........................ 239
APÊNDICE G – Projeto Técnico - Escala de Avaliação da Imagem do Farmacêutico ....................... 258
APÊNDICE H – Produto Técnico – Cartilha informativa pessoa jurídica ............................................ 263
APÊNDICE I – Produto Técnico – Hotsite: Farmácia Completa ......................................................... 269
APÊNDICE J – Produto Técnico – Folhetos Informativos .................................................................. 277
18
1 INTRODUÇÃO
“O papel do Farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O Farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. É o atento guardião do arsenal de armas com que o médico dá combate às doenças. É quem atende às requisições a qualquer hora do dia ou da noite. O lema do Farmacêutico é o mesmo do soldado: servir. Um serve à pátria; outro serve à humanidade, sem nenhuma discriminação de cor ou raça. O Farmacêutico é um verdadeiro cidadão do mundo. Porque por maiores que sejam a vaidade e o orgulho dos homens, a doença os abate - e é então que o Farmacêutico os vê. O orgulho humano pode enganar todas as criaturas: não engana ao Farmacêutico. O Farmacêutico sorri filosoficamente no fundo do seu laboratório, ao aviar uma receita, porque diante das drogas que manipula não há distinção nenhuma entre o fígado de um Rothschild e o do pobre negro da roça que vem comprar 50 centavos de maná e sene" (Monteiro Lobato) 2
Ao longo da história, grupos étnicos e culturais, de diferentes classes sociais, orientaram-se
para a arte e ciência da cura. Nesses grupos, os sofrimentos emocionais e físicos
encontraram algum tipo de cuidado por parte de categorias específicas de indivíduos
devotados à função de assistência. Tradicionalmente, os cuidados despedidos ao doente têm
sido um palco de conflito social, em que conhecimentos, habilidades, instituições e práticas
terapêuticas são constantemente providos e constatados por grupos, desde familiares e
curandeiros, até farmacêuticos e médicos (EDLER, 2006).
Nas antigas “boticas”, que eram pequenos estabelecimentos de propriedade familiar, os
farmacêuticos manipulavam, pesquisavam e avaliavam os produtos, atendendo os clientes de
forma individualizada, assim como a preparação das formulações. O farmacêutico era o
responsável pelo aconselhamento sobre o uso correto dos medicamentos magistrais e pela
indicação daqueles de venda livre (HEPLER; STRAND, 1990).
O processo de industrialização do setor e sua transformação tecnológica mudou o cenário do
varejo farmacêutico. Os boticários foram substituídos pelos profissionais farmacêuticos (que
possuíam um curso superior) e, o domínio intelectual, econômico e operacional, que
inicialmente pertencia aos boticários, deslocou-se para as indústrias. As “boticas” esvaeceram
com o tempo e passaram a existir as farmácias e drogarias (SATURNINO et al, 2012).
O farmacêutico que prestava um serviço individualizado foi perdendo espaço, pois os 2 José Bento Monteiro Lobato, formado em direito foi personagem extremamente popular no Brasil destacando-se pelo caráter nacionalista e social, entre os anos de 1935 e 1948 - enquanto vivo - e a sua popularidade, principalmente como autor de livros, estendeu-se até boa parte da década de 50.
19
medicamentos passaram a ser produzidos nas indústrias e, ao varejo restou somente à
entrega dos mesmos aos usuários. Durante um período na história, diminuiu
consideravelmente a etapa de manipulação dos medicamentos e, esses profissionais que
atuavam nesse segmento migraram para outras áreas da profissão farmacêutica (análises
clínicas e para a indústria farmacêutica) abandonando o varejo para os proprietários e
vendedores (SATURNINO et al, 2012).
Saturnino et al. (2012) relacionaram inúmeras profissões que atuam na área de saúde, sendo
a Farmácia uma delas. Trata-se de uma profissão de nível superior, que atua nos três níveis
de atenção à saúde: promoção, prevenção e recuperação da saúde. Por esse motivo,
observa-se maior exigência da sociedade em afinidade à qualidade dos serviços oferecidos
por tais profissionais (CFF, 2004).
A profissão farmacêutica possui setenta e seis áreas de atuação profissional regulamentadas
pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e, tem como principais áreas de atuação a
Farmácia Comunitária (drogarias, farmácias públicas e farmácias de manipulação), a
Farmácia Hospitalar, as Análises Clínicas, as Indústrias (Medicamentos, Alimentos e
Correlatos) e a educação (docência, extensão, pesquisa, supervisão técnica e administrativa,
direção e coordenação de cursos). Essa amplitude de áreas de atuação profissional pode ser
um ponto positivo para a alocação de profissionais no mercado de trabalho, mas também,
negativo, pois pode ocorrer uma perda do foco de atuação do farmacêutico (CFF, 2013).
O farmacêutico no desempenho de suas funções atua como um prestador de serviço, que é
um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra. Embora o processo possa estar
ligado a um produto físico, o desempenho é fundamentalmente intangível e geralmente não
resulta em propriedade de nenhum dos fatores de produção. Os serviços são atividades
econômicas que designam valor e proveem benefícios para clientes em tempo e lugares
peculiares (ZEITHALM; BITNER, 2003).
De acordo com Zeithalm e Bitner (2003), o setor de serviços abrange diversas atividades, tais
como: saúde, transporte, bancos e restaurantes. Para prestação de um serviço de qualidade
há necessidade de profissionais qualificados. O serviço inclui as interações entre um cliente e
um prestador representando a empresa e, a entrega do serviço e a satisfação do cliente,
dependem das ações de funcionários e clientes.
20
Dentre as competências e habilidades a serem desenvolvidas no profissional farmacêutico,
destaca-se o relacionamento interpessoal que é muito importante para a prestação de
serviços. É essencial abranger as necessidades e os desejos dos clientes, para que seja
possível atendê-los satisfatoriamente. Os farmacêuticos inseridos neste processo têm sido
estimulados a possuir uma visão mais holística e interdisciplinar da sua área de atuação,
congregando os conceitos de marketing e de serviços ao seu desempenho profissional para
atender as necessidades dos consumidores (ITALIANI, 2006).
Os consumidores iniciam o seu processo de compra de maneira implícita ou explícita, por um
julgamento da imagem que possuem em relação a um produto ou serviço. Uma imagem
negativa poderá estimular a eliminação de um determinado produto, serviço ou marca do
conjunto em consideração. Assim, entender a imagem que as pessoas possuem de um
produto, de um serviço, de uma marca e, até mesmo, de uma profissão, permite obter
elementos para programar estratégias de marketing mais eficazes (DESCHAMPS; NAYAK,
1996).
De acordo com Kunsch (2003), a imagem contempla um conjunto de significados pelos quais
se chega a avaliar um objeto e por meio do qual as pessoas o descrevem, recordam e se
relacionam. A imagem é a consequência da interação de ideias, crenças, sentimentos e
impressões formadas pelas pessoas (consumidores) sobre determinado objeto.
Diversos autores vêm defendendo a importância que as imagens exercem na vida das
pessoas e dos consumidores (FINN; LOUVIERE, 1996; GOSS, 2010; MOSCOVICI, 2000). As
pesquisas sobre imagem têm como objetivo relacionar as imagens às marcas,
produtos/serviços e organizações (BARICH; KOTLER, 1991; DOBNI; ZINKHAN, 1990;
STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
Nos serviços de saúde e, em particular, na Farmácia, a verificação da imagem que os
diversos grupos e subgrupos que, de alguma maneira, interagem com a profissão
(stakeholders3), constitui-se em importante marco para o seu direcionamento estratégico e
3 O termo stakeholders tem sido utilizado de uma forma geral para tratar subgrupos do público que, de alguma maneira, interagem com a profissão (HAEDRICH, 1993). Todavia, tal termo será utilizado nesta pesquisa para designar os diversos públicos que se relacionam com a profissão de Farmacêutico, como, por exemplo: docente do curso de farmácia, coordenadores de curso, discentes de Farmácia, farmacêuticos, representantes do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, profissionais da área da saúde como médicos, enfermeiro, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e usuários.
21
planejamento de marketing. A imagem é capaz de influenciar e direcionar o comportamento
da sociedade (AREOSA; CARAPINHEIRO, 2008).
Em sua obra clássica sobre a imagem, Boulding (1956) afirmou que, embora a sociedade
modifique uma imagem e, a imagem pode modificar uma sociedade, a imagem de uma
pessoa é a propriedade desse indivíduo. Ele afirma que um indivíduo recebe mensagens para
interagir com a imagem da pessoa e são capazes de mudar a sua imagem. Dessa forma, a
imagem percebida pelos profissionais farmacêuticos pode ser relacionada com a imagem
percebida desse profissional pelo público.
Almeida (2005) relata que além da imagem, a identidade é outra dimensão que apresenta
significativa importância para o marketing. É a maneira com que uma pessoa, um produto ou
um serviço se apresenta, sendo sua imagem construída a partir da percepção e inferências
da sociedade. A identidade determina os subsídios da apresentação pessoal, que, por sua
vez, convertem em imagem pela interpretação das análises externas. Dessa forma, a fixação
da identidade de um serviço, produto ou profissão é essencial para a constituição de uma
imagem positiva para a sociedade.
Em marketing, imagem e identidade partilham um mesmo processo de comunicação, sendo a
identidade o emissor e, a imagem o decodificador da informação que foi transmitida. Diante
disso, verifica-se que seja recomendado que os profissionais farmacêuticos sejam
estimulados a desenvolver ampla visão da sua área de atuação, incorporar os conceitos de
marketing, para favorecer adequadamente o posicionamento profissional frente às atuais
exigências do mercado.
22
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Identificar qual é a percepção dos usuários e dos profissionais de farmácia em relação à
imagem do farmacêutico.
2.2 Objetivos específicos
- Identificar os itens que formam a imagem do profissional farmacêutico sob o prisma dos
stakeholders em relação às dimensões funcional, simbólica, emocional e cognitiva da imagem
do profissional farmacêutico.
- Identificar se existem diferenças significativas da percepção da imagem do farmacêutico por
parte dos usuários e por parte dos profissionais de farmácia.
- Propor e testar uma escala de mensuração da imagem do farmacêutico a partir das
dimensões funcional, simbólica, emocional e cognitiva da imagem do profissional
farmacêutico.
- Identificar entre os profissionais de farmácia se existem diferenças significativas da
percepção da imagem do farmacêutico, considerando-se os diferentes gêneros e/ou tempo de
atuação na profissão.
- Identificar se existem diferenças significativas da percepção da imagem do farmacêutico,
considerando a frequência de atendimento dos farmacêuticos aos usuários.
- Comparar a imagem que o farmacêutico tem de si mesmo, com outras categorias
profissionais.
- Elaborar um ou mais de um produto técnico oriundo dos resultados obtidos na pesquisa em
que se demonstre a inserção social e aplicabilidade junto ao público alvo de interesse em
coerência com o objeto do estudo.
23
3 JUSTIFICATIVA
Em seu estudo sobre a percepção da imagem da profissão de bibliotecário, Dupré (2001)
sugere que quando uma pessoa está satisfeita com o valor de sua profissão, aumenta a
possibilidade de sucesso profissional, pois exala confiança de que a sua profissão é
valorizada pelos seus pares e pela sociedade e, também, por suas ações ao incentivar os
outros a se juntarem a sua profissão.
A percepção da imagem da profissão de farmacêutico pode ser um fator determinante na
decisão de permanecer na área de farmácia. É importante que se promova a profissão de
farmacêutico como uma carreira gratificante e emocionante, para que se obtenha alto grau de
satisfação profissional (DUPRÉ; 2001).
Apesar de a profissão farmacêutica ser de muita relevância para a saúde humana e para a
sociedade, motivada em embasamentos técnico-científicos sólidos e legalmente reconhecida,
a experiência profissional do autor como farmacêutico, docente em um curso de graduação e
diretor de um conselho de classe, integrado a relatos de outros acadêmicos e profissionais da
área, sugerem que o reconhecimento e a valorização da profissão, não se apresentam
atualmente compatíveis com a magnitude de sua relevância.
Acredita-se que diversos fatores podem estar favorecendo a esse problema. Entre eles, pode-
se destacar:
a) o baixo conhecimento que a sociedade possui em relação às atribuições e o papel
do profissional farmacêutico (FARINA; ROMANO-LIEBER, 2009);
b) farmacêuticos podem não possuir conhecimentos necessários sobre marketing de
serviços, o que pode gerar em uma baixa qualidade na prestação dos serviços aos
clientes e, desvalorização profissional (ITALIANI, 2006);
c) a carência de uma estratégia consistente na projeção da imagem da profissão de
farmacêutico (FARINA; ROMANO-LIEBER, 2009);
d) a inadequação de estratégias pelo conselho federal e conselhos regionais de
farmácia de posicionamento da profissão devido à amplitude de atuação profissional.
Ao mesmo tempo que se busca essa projeção da imagem, novas atribuições do profissional
farmacêutico que foram aprovadas pelo CFF recentemente, devem ser absorvidas e inseridas
na prática profissional como: as atribuições clínicas e a prescrição farmacêutica. A prestação
24
de assistência ao paciente pela implantação do plano de seguimento farmacoterapêutico e
orientações sobre o uso racional de medicamentos, aproxima o farmacêutico do paciente.
Isso pode gerar uma imagem positiva da profissão como um prestador de serviços de saúde.
Para analisar a imagem atual do farmacêutico é imprescindível que seja considerada a
percepção dos farmacêuticos e dos stakeholders, principalmente, pelos usuários dos serviços
desse profissional. Dessa forma é possível verificar se existe uma dissonância entre a
imagem percebida dessa profissão pelos usuários e pelos farmacêuticos.
Diante desse levantamento, é possível obter subsídios que auxiliem no gerenciamento da
imagem da profissão de farmacêutico, de forma a ampliar o seu reconhecimento e a
percepção de valor pelos clientes.
Acredita-se que a compreensão da imagem do farmacêutico possa oferecer subsídios para a
formulação e implementação de estratégias de marketing eficazes para o seu direcionamento
estratégico. Espera-se que melhore o posicionamento da profissão no mercado e,
consequentemente, reflita em um maior reconhecimento e valorização da profissão
(MENDES; SOUKI; GRASSELI, 2008).
Essa melhoria no posicionamento e valorização da profissão é muito importante, pois existem
no mercado farmacêutico brasileiro 398 indústrias farmacêuticas nacionais e multinacionais
registradas. O Brasil ocupa lugar de destaque no cenário farmacêutico mundial por ser um
dos países que mais cresce no mundo atualmente, junto com outros emergentes como a
China e Índia. O maior mercado do mundo é o norte-americano, seguido pelo japonês,
alemão e francês. Ainda, o mercado farmacêutico brasileiro ocupa a décima colocação no
mercado mundial, colaborando com 2,3% das vendas totais de medicamentos do mundo
(SCATENA, 2012).
O Brasil possui R$ 1 bilhão em vendas de medicamentos que expirarão sua patente até 2016
e, de 2016 a 2020, será mais R$ 1,8 bilhão. Hoje, 94% do mercado brasileiro de varejo já não
são mais protegidos por patentes. Os genéricos abrangem 22% do mercado, considerando os
preços saídos de fábrica, e 12% quando considerado os preços praticados no varejo,
segundo o IMS Health (consultoria que avalia inúmeras informações do setor farmacêutico)
(IMS HEARTH, 2013).
25
O crescimento do setor farmacêutico também reflete na área hospitalar. Nesse setor são os
medicamentos oncológicos que oferecem maiores oportunidades de produção industrial, pela
perda de exclusividade das patentes, mas existe a produção do medicamento biossimilar. A
produção desses medicamentos é muito mais difícil do que a produção de genérico, pela
complexidade, além da necessidade de um registro mais rigoroso, servindo como barreira de
entrada para empresas empreenderem neste mercado. No mundo, o mercado de
medicamentos biológicos movimenta US$ 157 bilhões, e os de biossimilares correspondem a
2% desse valor.
A ampliação do acesso a planos privados de saúde, o envelhecimento da população e o
aumento de renda dos consumidores, deve fazer o mercado farmacêutico brasileiro de varejo
mais do que duplicar nos próximos cinco anos (IMS HEALTH, 2013). Após crescimento de
19% em 2011, movimentando R$ 38 bilhões em vendas, este segmento deve atingir R$ 87
bilhões em 2017.
Uma mudança relevante para a indústria de medicamentos é a ampliação do poder de
negociação de preços dos grandes compradores. Isso acontece pelo processo de
consolidação do varejo farmacêutico, por meio de fusões e aquisições; do acréscimo de
volume das compras públicas, e, no futuro pela assistência farmacêutica nos planos privados,
ultimamente tema de discussão em grupos de trabalho na Agência Nacional de Saúde
Suplementar.
O Brasil vive, ao longo de quase duas décadas, um importante ciclo de estabilidade
econômica e política, o que tem gerado efeito positivo no desenvolvimento econômico
nacional. O País sofreu de maneira significativa os impactos do arrefecimento dos Estados
Unidos e da Europa e, ainda assim, o ambiente de negócios no Brasil é favorável, refletindo,
particularmente com maior destaque, no desempenho e na evolução do mercado
farmacêutico de forma geral, embora ainda exista um significativo conjunto de desafios a
serem endereçados e superados pelo mercado brasileiro (PWC, 2013).
O recente processo expansionista brasileiro veio acompanhado, também, da ascensão das
classes sociais: estima-se que, nos últimos 10 anos, 40 milhões de brasileiros ingressaram no
mercado de consumo. Em 2012, o consumo dos brasileiros representou 61% da formação do
PIB nacional e, mesmo tendo sido um ano de recuperação dos efeitos da crise financeira
26
mundial – mais intensificada na Europa – o território brasileiro foi o principal destino do
investimento estrangeiro direto na América Latina ao receber US$ 65,3 bilhões (PWC, 2013).
Além das questões de ordem econômica, outro fator de indução desenvolvimentista do Brasil
reside no perfil demográfico nacional. Em 2013, o País superou, pela primeira vez, a marca
de 200 milhões de habitantes, sendo 10,8% de idosos (a partir de 60 anos de idade) e
35,26% de jovens com até 14 anos. A população economicamente ativa, portanto, equivale a
53,93% do total, ou seja, cada grupo de 100 habitantes é mantido pelo trabalho de apenas 54
pessoas.
A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a de que o total de
idosos cresça de maneira mais acelerada, enquanto o total de jovens deva cair até 2037, ano
em que os idosos representarão 24,15% da população e os jovens, 23,76%. Em 2041, a
população idosa deve responder por 27,07% do total, enquanto os jovens serão 23,08%
devido à queda da taxa de mortalidade infantil e o aumento da expectativa de vida da
população.
O setor de saúde no Brasil vive um momento de profundas transformações e passa por uma
nova dinâmica de negócios, o que torna o mercado nacional um dos mais promissores e
atraentes do mundo, ainda que seja caracterizado, também, por uma grande complexidade.
Um dos aspectos marcantes é o fato do país ser o único no mundo a contar com um sistema
público de saúde universal e gratuito, mas com uma participação efetiva da iniciativa privada.
Entretanto, com o crescimento da renda e a expansão do mercado de trabalho, cada vez
mais pessoas optam por contratar planos privados por entenderem que os serviços prestados
são de qualidade superior àqueles ofertados no sistema público (PWC, 2013).
De 2007 a 2011, as vendas de medicamentos no varejo registraram um crescimento
acumulado de 82,2%, saltando de R$ 23,6 bilhões para R$ 43 bilhões, de acordo com
relatório da Interfarma baseado em dados da IMS Health (2013). Segundo outro levantamento
realizado, as vendas do varejo farmacêutico totalizaram US$ 25,8 bilhões em 2011, sendo
que US$ 18,3 bilhões corresponderam a medicamentos prescritos e US$ 7,5 bilhões a
medicamentos isentos de prescrição (IMS HEARTH, 2013).
As redes varejistas também começam a despertar interesse de grupos locais e internacionais
inclinados a promover a consolidação do setor. Em agosto de 2011, a Drogasil e a Droga
27
Raia anunciaram a fusão de suas operações, seguida no mesmo mês, por transação similar
entre as cadeias Drogaria São Paulo e Drogaria Pacheco. Em fevereiro de 2013, o grupo
norte-americano CVS adquiriu as operações da rede de Drogarias Onofre (IMS HEARTH,
2013).
O Brasil desponta dessa forma como um mercado emergente e fundamental para as
empresas farmacêuticas interessadas em compensar a desaceleração das vendas nos
mercados desenvolvidos. Assim, muitos grupos multinacionais têm optado por adquirir
empresas locais como estratégia de ingresso no mercado brasileiro. Muito desse impacto
decorre do fim do “bônus demográfico” e, cujo ápice está previsto para 2030, quando o país
contará com mais idosos do que População Economicamente Ativa (PEA) – faixa que
abrange a população entre 15 e 64 anos (PWC, 2013).
Além da demanda crescente por medicamentos, ocasionada pelo envelhecimento
populacional, há que considerar o interesse dos gestores públicos e privados pelos
programas de promoção da saúde, pois desejam aumentar a longevidade populacional com
mais qualidade de vida.
De acordo com o IMS Health (2013), no Brasil existem 66,5 mil farmácias, cerca de 50%
dessas fazem parte de grandes redes de varejo, que oferecem às empresas um alto poder de
negociação. Existe hoje uma força muito intensa pela ampliação da margem do varejo e, por
conseguinte, redução da margem do distribuidor e do fabricante.
Conforme dados do Conselho Federal de Farmácia (2013), existem hoje no Brasil 416 cursos
de graduação em farmácia, sendo 64 desses no Estado de Minas Gerais. Existem
aproximadamente 145.000 farmacêuticos no Brasil, sendo 20.900 no Estado de Minas Gerais.
Nesse estudo, foram realizadas pesquisas nas seguintes bases de dados: Scielo, EbscoHost,
Cengage, Capes, SourceOECD, Proquest e Google Scholar, no período de Junho de 2012 a
Outubro de 2013 utilizando como palavras chave: imagem e farmacêutico, pharmaceutical
and image. Não foram encontrados estudos que buscaram avaliar a imagem do profissional
farmacêutico e, dessa forma, em princípio o trabalho pode ser considerado inovador.
Os resultados obtidos nesse estudo podem ser empregados como norteadores para futuras
ações estratégicas pelos conselhos regionais de farmácia de cada unidade federativa do
28
Brasil e, principalmente, do Conselho Federal de Farmácia para um melhor posicionamento
da imagem do profissional farmacêutico no mercado, podendo gerar uma melhor satisfação
no exercício da atividade pelo profissional farmacêutico e uma possível valorização desse
profissional para a sociedade.
Em termos teóricos, considerando o aspecto de pioneirismo do tema relacionado à profissão
do farmacêutico, é possível ressaltar que existe uma lacuna sobre o conhecimento da
imagem do farmacêutico. Além disso, neste caso o desenvolvimento, teste e validação de
uma escala para a mensuração da imagem do farmacêutico também acrescenta novos
conhecimentos aos já existentes sobre a forma de medir essa imagem.
Há de se considerar também a possível utilização das informações advindas dessa pesquisa,
tanto em termos qualitativos quanto quantitativos, na mensuração da imagem de outras
profissões.
Diante do exposto é possível obter algumas questões norteadoras dessa pesquisa: Qual a
imagem que o farmacêutico possui de sua profissão? Qual é a imagem que os diversos
stakeholders possuem atualmente do Farmacêutico (Coordenadores de Cursos de Farmácia,
professores e estudantes de graduação em farmácia, diretores do conselho regional de
farmácia, médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde, farmacêuticos e os usuários
do serviço desse profissional)? Existe uma dissonância entre a imagem percebida do
farmacêutico pelos usuários e pelos próprios profissionais de farmácia?
29
4 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SETOR
4.1 De boticário a farmacêutico.
O boticário chegou ao Brasil com as naus portuguesas juntamente com outros indiscretos
tipos sociais, como marinheiros, sacerdotes, militares, comerciantes, médicos, cirurgiões
dentre outros. Como os demais habitantes desse novo país ele teve de reinventar sua
imagem social em um meio, muita das vezes, inóspito. Assim como os demais novos
membros ele trabalhava sua reputação, ao mesmo tempo em que buscava a sobrevivência e
a afirmação social (EDLER, 2006).
Durante os séculos iniciais da colonização brasileira, a sociedade procurou diferentes formas
de cura trazidas da Europa e de diversas etnias. Utilizavam-se desses conhecimentos para
combater os males que os acometiam. Os portugueses que tratavam com os seus cirurgiões,
médicos e barbeiros vindos de Portugal, não hesitavam, quando necessitavam curar suas
feridas e de servir o Óleo de Copaíba que eram utilizados pelos Indígenas (EDLER, 2006).
O termo boticário data do ano de 1449, quando Dom Afonso 5º fez editar a “Carta de
Privilégios”, que é um marco notável para o exercício da Farmácia. Essa carta determina,
entre outros aspectos, que os boticários “tem direito a todos os privilégios, graças a isenções,
que por nós, e pelos Reis, nossos antepassados, são dados aos doutores Phisicos." Os
boticários eram todos aqueles que vendiam remédios caseiros, ervas e unturas, ou seja, todo
o tipo de produto ou tratamento empregado na cura de doenças (ZUBIOLI, 2004).
A utilização da expressão botica para a farmácia e boticário para o farmacêutico, vem desde
o descobrimento do Brasil, persistindo até as primeiras décadas do século XIX. A casa
comercial ou loja, nas quais as pessoas adquiriam as drogas, eram denominadas boticas nos
tempos coloniais, que armazenavam as drogas medicinais mais necessárias e urgentes para
a sociedade (ZUBIOLI, 2004).
Diogo de Castro foi o primeiro boticário no Brasil vindo de Portugal em 1549. Nessa época o
acesso aos medicamentos só acontecia quando expedições francesas, portuguesas ou
espanholas surgiam com suas esquadras. Existia um cirurgião-barbeiro ou algum tripulante
com uma caixa portátil repleta de drogas e medicamentos (ZUBIOLI, 2004).
30
Em 1640 as boticas foram legitimadas como ramo oficial e para operacionalizá-las, os
boticários deviam ser consentidos pelo Físico-Mor de Portugal, em Coimbra, ou por seu
legado em Salvador. Graças à reforma feita por Dom Manuel em 1744, passou a ser vedada
a ilegalidade no comércio de drogas e medicamentos e, o exercício da profissão passou a ser
fiscalizado severamente (ZUBIOLI, 2004).
Nas boticas, em geral pequenos estabelecimentos de propriedade familiar, os boticários
pesquisavam, manipulavam e avaliavam novos produtos, a grande maioria de origem animal
ou vegetal. Uma das suas funções era a de garantir que os medicamentos fossem puros, sem
alterações e preparados de acordo com as técnicas adequadas à sua época. Além disso, era
responsável pelo aconselhamento sobre o uso correto dos medicamentos magistrais e pela
indicação daqueles de venda livre (HEPLER; STRAND, 1990).
Nas boticas eram discutidos temas proibidos. Era um lugar para troca de idéias, pois nessa
época não havia imprensa. Isso aproximou muito o boticário da sociedade, não somente pelo
seu conhecimento sobre os medicamentos, mas pelo espaço cedido no seu estabelecimento
para troca de informações (EDLER, 2006).
A passagem da Botica para a Farmácia ocorreu nos princípios do século XIX, onde o
farmacêutico começou a se diferenciar do boticário pela posse formal do diploma superior e,
pela vanglória simbólica do anel com a pedra de topázio que sempre utilizava. Boticário
poderia ser qualquer um que resolvesse abrir uma botica e comercializar os remédios e, o
termo farmacêutico veio para designar aqueles que eram formados em cursos regulares de
farmácia. A farmácia substituiu a botica por ser um estabelecimento relacionado com a saúde
e, não exclusivamente uma casa comercial. Nesse período concretizou-se a profissão de
farmacêutico com a concepção dos cursos de farmácia e a regulamentação do exercício
profissional (EDLER, 2006; SANTOS, 1993).
Surge uma elite farmacêutica ansiosa em equiparar-se aos médicos e diferenciar-se de outros
curadores e do estigma das velhas boticas. Mesmo com essa ambição de ascensão social, a
farmácia e o farmacêutico teriam de esperar os avanços tecnológicos e científicos,
proporcionados pelas ciências biomédicas de que dependia dessa formação, para alcançar o
prestigio de que gozaria já no período republicano (EDLER, 2006).
31
Apesar da aprovação de uma lei em 1832 que estabelecia que ninguém “poderia curar, ter
botica ou partejar” sem título adjudicado ou aprovado pelas faculdades, muitos proprietários
de boticas pagavam farmacêuticos diplomados para dar nome aos seus estabelecimentos,
prática que se estendeu até o século XX (FIGUEIREDO, 2002).
Essa característica se manteve hegemônica até o início do século XX, apenas com as
acanhadas alterações técnicas que o avanço da química proporcionou no século XIX. Nas
décadas de 30 e 40 do século XX essa realidade começou a se modificar radicalmente. O
campo de trabalho do profissional, o conhecimento a respeito do medicamento e,
consequentemente, o ensino da farmácia, sofreu uma intensa transformação, aproximando a
formação profissional das novas atribuições industriais e de serviços na produção de
medicamentos e alimentos e na área de exames laboratoriais (HEPLER; STRAND, 1990).
De caráter diferenciado, mas fazendo parte do setor de medicamentos, existiam também, os
estabelecimentos homeopáticos4. Até o final do século XIX já existiam 23 farmácias
homeopáticas no Brasil e, com uma grande clientela nos primeiros anos do século XX. No
final da década de 1920, os consultórios de farmácia foram muito criticados pelos sindicatos
dos médicos, que viam nessa estrutura uma inaceitável submissão da medicina à farmácia
(EDLER, 2006).
A industrialização do setor, e sua consequente transformação tecnológica na produção dos
medicamentos, provocaram uma perda gradual das funções referidas ao farmacêutico nas
farmácias. Esses tradicionais estabelecimentos passaram por um longo processo de
mudança, que findaria pela exclusão do seu perfil, das atividades artesanais de elaboração
de substâncias utilizadas na arte de curar, confinado a sua responsabilidade a
comercialização de medicamentos industrializados. Nesse contexto, algumas farmácias
brasileiras conseguiriam ampliar sua capacidade de produção, transformando-se em
laboratórios farmacêuticos produtores em maior escala das primeiras especialidades
farmacêuticas que começavam a surgir (EDLER, 2006).
Em uma verdadeira revolução terapêutica foi instituído uma nova linha de medicamentos, que
além de aliviar os sintomas, curavam as doenças. A industrialização no setor farmacêutico,
4 A homeopatia é uma forma de terapia alternativa iniciada por Samuel Hahnemann que se baseia no princípio similia similibus curantur (semelhante pelo semelhante se cura), ou seja, o tratamento se dá a partir da diluição e dinamização da mesma substância que produz o sintoma num indivíduo saudável. A alopatia utiliza medicamentos cujos efeitos são diferentes daqueles sintomas apresentados por essas doenças e a fitoterapia é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.
32
que tomou força após a Primeira Guerra Mundial, permitiu a rápida difusão dos
medicamentos em ampla escala. As farmácias foram sendo substituídas pelas drogarias, que
importavam produtos estrangeiros e distribuíam os produtos produzidos pelos primeiros
laboratórios nacionais, apresentando um vasto leque de produtos das mais diversas
procedências. As marcas industrializadas ofuscaram o preparado magistral (SEVALHO, 2003;
SATURNINO et al., 2012).
Aos poucos, a fórmula magistral foi sendo retirada dos receituários médicos, dando lugar ao
nome comercial dos medicamentos. Assim, o prestígio dos medicamentos aliado à
propaganda terminou por ultrapassar a reputação do farmacêutico. O domínio intelectual,
econômico e cooperativo deslocou-se para a indústria, fazendo desaparecer, quase por
completo, o elo entre o profissional farmacêutico, o usuário e os demais profissionais da
equipe de atenção à saúde, responsáveis pelas ações de promoção, manutenção e
recuperação da saúde (EDLER, 2006; SATURNINO et al., 2012).
Várias técnicas de marketing passaram a fazer parte da realidade das principais farmácias
nos centros urbanos. Cada vez mais a identidade visual desses estabelecimentos foi se
transformando. Os laboratórios de preparação artesanal perderam espaço, visto que o
consumo de medicamentos prontos era cada vez mais frequente. O farmacêutico assumia
cada vez mais o papel de vendedor e “consultor” dos clientes em como utilizar as
especialidades industrializadas (EDLER, 2006).
Essas transformações ocorreram de forma diferenciada em algumas regiões. Nos centros
urbanos, as farmácias se sofisticaram, oferecendo produtos de beleza para as elites locais e,
nas regiões mais distantes, onde médicos e hospitais eram raros, muitas acabaram se
transformando em espaços de práticas médicas, abrigando consultórios clínicos, sendo
oferecidos consultas à sociedade local (EDLER, 2006).
No que tange a organização técnica dos estabelecimentos farmacêuticos, o decreto 20.377
de 1931, definiu que o comércio de medicamentos não seria mais privativo do farmacêutico. A
farmácia passa a ser admitida como uma sociedade mercantil composta por terceiros, desde
que o farmacêutico detivesse pelo menos 30% do capital, porém de forma gradual, o
profissional foi deixando de ser o proprietário da farmácia, passando a sócio e,
posteriormente, a empregado, já que todos os estabelecimentos farmacêuticos deveriam
manter um profissional (PERINI, 1997; ZUBIOLI, 1992).
33
Relegado a um plano secundário em termos de inserção no mercado de trabalho e, com a
perda de suas funções, o farmacêutico, no contexto mais amplo da saúde coletiva, teve uma
queda de sua reputação perante as equipes multidisciplinares de saúde, e consequentemente
as instituições gestoras do setor saúde. Essas deixaram de perceber no farmacêutico um
profissional importante para o planejamento e execução das políticas públicas de saúde
(HEPLER; STRAND, 1990).
Dessa maneira, o farmacêutico desviou o seu foco do medicamento e redirecionou sua
atuação para outras atividades que sua formação lhe capacitava abrindo espaço para um
longo período de questionamentos sobre o seu papel como um profissional da saúde
(SATURNINO et al., 2012).
A perda da função do farmacêutico nas farmácias após o período de industrialização do setor
foi afrontada com êxito no setor hospitalar por uma nova disciplina que almejava resgatar a
participação do profissional na equipe da saúde, a Farmácia Clínica, que assinalou o início de
uma nova etapa para a educação e para a prática farmacêutica (HEPLER; STRAND, 1990).
A partir dos anos 60, as terapias alternativas conseguiram conquistar um importante espaço
nesse mercado de medicamentos, utilizando antigas críticas a alopatia. Nesse cenário,
aumentou o interesse da sociedade pelas farmácias de manipulação, que foi caracterizado
com o resgate das práticas das antigas boticas para a elaboração do medicamento de
maneira personalizada, criando novamente uma conexão entre o farmacêutico e a sociedade
(EDLER, 2006).
O movimento não foi apenas uma reação à industrialização, mas, principalmente, uma
resposta à necessidade social de garantia pela segurança do uso de medicamentos.
Transformado em um enorme problema de saúde pública, o uso dos medicamentos levou a
uma necessidade do profissional farmacêutico retomar a sua responsabilidade como agente
da saúde, extrapolando o espaço do hospital. Uma nova estrutura para nortear a atividade do
profissional foi ampliando e, desenvolveram uma corrente de pensamento e prática
farmacêutica, que passou a ser apreciada como Atenção Farmacêutica (SATURNINO et al.,
2012).
34
Esse conceito de Atenção Farmacêutica foi difundido mundialmente por Hepler e Strand
(1990), que apontaram a prática da atenção farmacêutica como o auxílio responsável do
tratamento farmacológico com o desígnio de impetrar resultados palpáveis que melhorassem
a qualidade de vida do paciente.
Os princípios preconizados na reforma sanitária brasileira foram incorporados na Constituição
Federal de 1988 e na Lei Orgânica da Saúde em 1990, que originou e regulamentou o
sistema único de saúde (SUS). Esse sistema reorientou o padrão assistencial para uma nova
compreensão do processo saúde-doença. A promoção da saúde e a prevenção de
enfermidades tornaram-se pilares do novo modelo e trouxeram consigo a importância da
participação ativa da sociedade. Além disso, o SUS passou a assegurar à sociedade o direito
à assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica (BRASIL, 1990).
A inclusão da assistência farmacêutica como uma responsabilidade do SUS pode ser
considerada como o ressurgimento da assistência farmacêutica no Brasil, pois influenciou
posteriormente a edição da Política Nacional de Medicamentos (PNM) em 1998, a Lei dos
Genéricos em 1999, o Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica em 2002 e, a Política
Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) em 2004, dentre outros avanços para a
profissão (ACURCIO, 2003).
Essa tendência ainda guarda muitas barreiras a serem vencidas, pois a PNAF não define
competências e limites da atuação do farmacêutico na atenção primária e não existe um
referencial histórico da atividade do profissional neste tipo de serviço. Como se trata de um
profissional de fácil acesso, o farmacêutico pode ter uma atuação distinta na atenção básica,
diferente do que é hoje. O farmacêutico é o último profissional de saúde a ter contato com o
paciente para colaborar nas ações de saúde, especialmente as relacionadas ao uso do
medicamento (SATURNINO et al., 2012).
O medicamento tornou-se um produto extremamente complexo, com altos investimentos na
busca de novos fármacos o que induz a um impacto no preço do medicamento para o
consumidor. O envelhecimento da população, alcançado justamente pela crescente eficácia
dos meios terapêuticos, cresce a parcela dos usuários de medicamentos para o tratamento
de doenças crônicas (ZUBIOLLI, 2004).
35
Esse movimento marca a oportunidade do farmacêutico ocupar um lugar na equipe
multiprofissional da atenção à saúde, bem como a possibilidade das farmácias se tornarem
postos avançados de atendimento primários de saúde. Além disso, é fundamental que as
instituições de ensino formem egressos para a atual demanda social, mas a realidade mostra
um ensino farmacêutico não adaptado ainda a essa nova realidade, criando um descompasso
entre a demanda dos serviços de atenção à saúde e os farmacêuticos disponíveis no
mercado (ZUBIOLI, 2004).
Atualmente os serviços farmacêuticos não são considerados prioritários na disputa por
recursos nos orçamentos da saúde pública. A importância do profissional farmacêutico ainda
não está clara para a maioria dos gestores públicos e tampouco para os líderes do setor
privado das farmácias comunitárias e para a sociedade. Há necessidade de uma
sensibilização e adesão de um número cada vez maior de profissionais para o resgate do
papel social do farmacêutico. Observa-se uma fase de ruptura do paradigma tecnicista e de
reconstrução de uma identidade social, ainda insipiente e conflituosa em sua construção.
Percebe-se o início de um movimento de mudança, implicando em uma articulação e
reorganização do serviço, com a adoção de uma nova atitude diante a sociedade e os demais
profissionais da saúde (SATURNINO et al., 2012).
No início do século XXI as farmácias não apresentam quase nada do perfil que detinham até
meados do século passado. O farmacêutico preparador e, seu tradicional estabelecimento
deu espaço a modernos estabelecimentos comerciais, preocupados principalmente com a
qualidade do atendimento, políticas de preços e a diversidade de produtos. Portanto, a
natureza do exercício da profissão farmacêutica tem por base pressupostos quanto à atitude,
ao conhecimento e à habilidade do profissional na busca de satisfação de necessidades
sociais que melhore a qualidade de vida da sociedade (EDLER, 2006; ZUBIOLLI, 2004).
O estudo das políticas públicas de saúde no Brasil, assim como a história do profissional
farmacêutico, pode ser analisado em três estágios que, cronologicamente, poderiam estar
assim subdivididos: antes de 1930 (um profissional da saúde); de 1931 a 1964 (início da
fragilidade da imagem do profissional farmacêutico); e após 1964 (início da busca por uma
nova imagem para a sociedade) (SANTOS, 1993).
36
4.2 A estrutura do mercado e o atual papel do farmacêutico
Conforme dados do IMS Hearth (2013), os negócios que circundam as drogarias brasileiras
mostram uma tendência de consolidação desse setor pela existência de redes que se
destacam nesse cenário: DPSP (Drogarias Pacheco e São Paulo), RaiaDrogasil,
BrazilPharma, Pague Menos e Araújo apuseram R$ 9,12 bilhões às suas receitas, em
decorrência de aquisições, fusões e da implantação de novas lojas entre 2008 e 2012.
Juntas, essas redes, responderam por 29% do faturamento do mercado em 2012 de R$ 49,6
bilhões, perante uma participação de 20% cinco anos antes. A perspectiva é que a
pulverização do setor enfraqueça gradualmente, resultando em uma participação de 30% das
lojas independentes e o restante de propriedade das médias e grandes redes nos próximos
dez anos.
As grandes fusões no varejo farmacêutico iniciaram em 2011 com a união entre Drogaria São
Paulo e a Drogaria Pacheco e a Drogasil e DrogaRaia, além da aquisição de diversas redes
regionais pela Brazil Pharma. Iniciou um processo de consolidação do setor, que neste ano
voltou a se movimentar com a compra da Drogaria Onofre pela americana CVS, sem apontar
o início da Profarma (tradicional distribuidora de produtos farmacêuticos do Brasil) no varejo
farmacêutico, com as aquisições das Drogasmil, Farmalife e Tamoios.
A mineira Drogaria Araújo, com mais de um século de história, e a gaúcha Panvel, presente
nesse mercado por volta de 40 anos, são “alvos”, tanto por cadeias nacionais como
estrangeiras. Outro possível negócio em curso é a suposta aquisição de 30% da rede de
farmácias Extrafarma hoje pleiteada pelos fundos de investimento norte-americanos Warburg
Pincus e Texas Pacific Group, além do Kinea (Itaú) e o inglês 3i.
O Programa Farmácia Popular, de distribuição gratuita de medicamentos para as doenças
mais comuns da sociedade brasileira, representou em 2012 uma contribuição de 7,7% do
volume de unidades do mercado nacional, que está hoje por volta de 90 bilhões de unidades.
O programa movimenta o equivalente a R$ 1,5 bilhão em vendas, ante R$ 300 milhões no
começo de 2011.
De acordo com o IMS Health (2013), o progresso dessa política não só estimula o volume de
vendas, como transforma o mix competitivo das empresas. Pacientes que utilizavam
37
medicamentos que não estão no Programa Farmácia Popular, após análise de seu médico,
optam pela troca do produto. Isso faz com que aumente a competição entre produtos que
estão e que não estão no programa e favorece empresas que podem trabalhar com os preços
praticados no Programa. A competição deve aumentar à medida que novas terapias sejam
inseridas no programa (hoje são oito terapias, sendo hipertensão, diabetes e asma as
principais) e que ele se expanda geograficamente.
Por outro lado, as compras governamentais extravarejo movimentam cerca de R$ 8,2 bilhões
atualmente. De todo o gasto público e privado com medicamentos para o mercado não
varejo, 53% ainda não é garantido por nenhuma lista dos programas do governo brasileiro,
assim esse mercado tem potencial para dobrar de tamanho. Em outro cenário, a assistência
farmacêutica a ser ofertada pelos planos privados com dispensação de medicamentos para
doenças crônicas poderá conceber uma diminuição de gastos públicos com medicamentos.
Analisado o mercado farmacêutico, percebe-se uma tendência de aumento na importância
dos países emergentes. Em 2006, os EUA respondiam por 41% do mercado mundial, os
principais mercados da Europa por 19% e o Japão por 10%, enquanto que os emergentes
eram responsáveis por 14% da receita global. Em 2011, o mercado americano passou a
representar 34%, os europeus por 17%, o Japão por 12% e os emergentes por 20%. A
expectativa para 2016 é que o mercado americano represente 31% do mercado, os cinco
principais países europeus por 13%, o Japão em torno de 10% e os mercados emergentes
representarão 30% do mercado global de medicamentos.
No século passado a assistência à saúde oferecida ao paciente foi centralizada na atenção
médica. Nos últimos anos, esse panorama monopolístico vem diminuindo pelo envolvimento
dos cuidados de saúde com outros atores, dentre eles destaca-se o farmacêutico (MOTA,
2000).
Atualmente, a farmácia e o farmacêutico têm sido alvejados por uma série de discussões
relacionadas à saúde da população. Preço abusivo de medicamentos essenciais,
medicamentos falsificados, “empurroterapia”, livre concorrência no mercado de trabalho,
medicamentos genéricos, as propagandas que transformam o medicamento em um objeto de
cura de todas as patologias sem ao menos alertar para prováveis efeitos indesejados que
podem ser gerados pelos mesmos, ou seja, têm-se um elevado incentivo ao consumo de
medicamentos de forma desordenada (FERRAES, 2002).
38
Por outro lado, conforme dados publicados pelo sistema nacional de informações tóxico-
farmacológicas (SINITOX), os medicamentos são os principais agentes causadores de
intoxicações em seres humanos no Brasil, respondendo por 30,46% dos casos registrados,
em 2006. Estes dados, além de preocupantes no que se refere à necessidade de implantação
de medidas que antecipem os agravos à saúde da sociedade, geram reflexos sobre os custos
intrínsecos às ações desenvolvidas no próprio Sistema Único de Saúde (IVAMA et al., 2002).
Nesse contexto, existem diferenças entre a realidade do mercado farmacêutico e as
particularidades dos órgãos regulamentadores sobre o papel da farmácia e do farmacêutico
na sociedade. De um lado o varejo farmacêutico, não estimando esforços por vantagens
competitivas e de outro lado, a farmácia constituída como parte integrante do sistema de
saúde, sendo frequentemente o último (e às vezes o único) contato da sociedade com um
profissional de saúde (FRANCESCHET, 2003).
O farmacêutico precisa adaptar suas funções de acordo com essa realidade. Ele deve possuir
conhecimentos específicos sobre o uso de medicamentos e realizar acompanhamento
farmacoterapêutico. Ele também deve ter conhecimentos e habilidades administrativas, pois
as farmácias são empresas sendo necessário desenvolver uma visão comercial desse
estabelecimento para sustentabilidade do negócio (FRANCESCHET, 2003).
Estudos realizados por Bermudez (1992) e Rozenfeld (1989) apontam que no Brasil, o uso
racional de medicamentos é um fato distante, tanto no setor privado quanto no público, seja
no âmbito hospitalar, ambulatorial ou comunitário. À medida que as ações de saúde não
estão embasadas por dados confiáveis, que permitam intervenções adequadas e oportunas,
não se torna evidente a necessidade real da sociedade em utilizar os medicamentos
adequadamente.
O Sistema Único de Saúde proporciona assistência nos níveis primário, secundário e
terciário, com a proposta de acesso equitativo a toda a sociedade. Entretanto, a atenção
primária é deficiente e sobrecarrega os demais níveis de assistência, gerando um incremento
nos custos principalmente com medicamentos. Dessa forma, compete aos profissionais
farmacêuticos a responsabilidade e iniciativa de suscitar e elucidar questões alistadas ao uso
de medicamentos, verificando se há tendência de racionalização do uso (DE CASTRO, 2000).
39
A fragmentação da Farmácia nas últimas décadas, bem como o afastamento do farmacêutico
do objeto principal de sua função que é o ser humano, vem expondo com maior veemência,
reflexos negativos, os quais não mais podem ser negligenciados. O profissional farmacêutico
possui responsabilidade social junto à equipe de saúde, pois deve viabilizar o uso racional de
medicamentos, minimizar os gastos com a saúde e direcionar seu foco para a qualidade de
vida da sociedade em geral (FRANCESCHET, 2003; IVAMA et al., 2002).
O aumento da produção industrial de medicamentos restringiu a área de atuação do
farmacêutico, fato que tem provocado nos últimos anos uma dissonância no papel desse
profissional. Por outro lado, observa-se uma exigência cada vez maior, da atuação de sua
função social no estabelecimento. É notória a necessidade de aperfeiçoar a prática
farmacêutica como um serviço profissional singular e integrante na equipe de saúde, onde o
usuário de medicamentos é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. Dessa forma,
advém à ideia de incentivar a atenção farmacêutica, que permite assegurar resultados
excelentes no uso de medicamentos pela participação farmacêutica ativa, e colaborar no
mesmo nível, com médicos, odontólogos, enfermeiros e outros prestadores de assistência à
saúde (FRANCESCHET, 2003).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) possui inúmeros documentos sobre “O papel do
farmacêutico no sistema de atenção à saúde”, sendo o primeiro derivado de uma reunião do
grupo de consulta da OMS em Nova Delli no ano de 1988. Foi descrito o âmbito de atuação
profissional e a proposta dos serviços farmacêuticos para garantir uma farmacoterapia ótima,
colaborando na preparação, distribuição e controle de medicamentos e produtos afins, assim
como proporcionar informações aos prescritores e usuários de produtos farmacêuticos. Esse
documento oferece abordagem maior ao medicamento e aspectos relacionados ao seu uso
(FRANCESCHET, 2003; OMS, 2007).
Dessa maneira, o farmacêutico é o profissional da área da saúde de mais fácil acesso para a
sociedade onde inúmeras pessoas são diariamente atendidas nas farmácias comunitárias.
Teoricamente é o profissional tecnicamente habilitado para prestar informação aos usuários
sobre medicamentos. No entanto, existem barreiras para efetivar essa prática, pois há
discrepância na formação profissional, baixa remuneração, insuficiente reconhecimento social
e as dificuldades para implementar a teoria na prática, que inferem na concretização dessas
ações (BORGES, 2001; FRANCESCHET, 2003).
40
Segundo Vieira (2007), no Brasil a partir de meados dos anos 90, a atuação e fortalecimento
das ações dos conselhos de farmácia e vigilância sanitária em estabelecimentos comerciais
farmacêuticos têm mudando o panorama nacional. A exigência da presença do farmacêutico
durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento está retornando esse
profissional para o desempenho de suas atividades em farmácias e drogarias.
No serviço público o mesmo movimento vem acontecendo, mas de maneira muito mais lenta.
É possível encontrar farmacêuticos desempenhando funções nas secretarias municipais da
saúde, mas o número de profissionais não corresponde as reais necessidades. Ainda não
existe a garantia de sua presença em todas as unidades básicas de saúde, mesmo havendo
dispositivo legal que motive isto. No entanto, uma mudança está ocorrendo e que acenam
para a melhora dos serviços prestados à sociedade (VIEIRA, 2007).
Pensando nesse processo de valorização profissional e atribuições inerentes ao profissional
farmacêutico, o Conselho Federal de Farmácia aprovou em 2013 as resoluções profissionais
números 585/2013 e 586/2013 que regulamentam, respectivamente, as atribuições clínicas
do farmacêutico e a prescrição farmacêutica (CFF, 2013).
Na resolução 585/2013 que trata das atribuições clínicas, o trabalho do farmacêutico deve
visar a promoção, proteção e recuperação da saúde da população. São atribuições clínicas
do farmacêutico a constituição e administração de uma relação de cuidado centralizado no
paciente com princípios profissionais e bioéticos e, participar da avaliação da farmacoterapia
prescrita ao paciente. Ele deve colaborar para a utilização correta dos medicamentos pelo
paciente quer seja na análise da dosagem, via de administração e duração do tratamento.
Dessa forma, ele terá condições de alcançar o tratamento recomendado pela equipe de
saúde (CFF, 2013).
Pela resolução 586/2013 os profissionais farmacêuticos podem realizar a prescrição de
medicamentos e outros produtos com desígnio terapêutico e que não exijam prescrição
médica. Estão inclusos nessa resolução, a prescrição de medicamentos industrializados e
preparações magistrais (alopáticos ou homeopáticos), plantas medicinais, drogas vegetais e
outros que venham a ser aprovados pelo órgão sanitário federal para prescrição do
farmacêutico (CFF, 2013).
41
O farmacêutico também pode prescrever medicamentos cuja dispensação necessite de
prescrição médica, desde que exista um diagnóstico prévio e quando estiver previsto em
programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de
instituições de saúde ou quando por formalização de acordos de colaboração com outros
prescritores ou instituições de saúde (CFF, 2013).
Além dos benefícios para os pacientes, as atribuições clínicas do profissional e a prescrição
farmacêutica resultarão em grande ganho para os profissionais farmacêuticos, pois agregará
importância à farmácia como estabelecimento da área de saúde e promoverá a valorização
do trabalho do farmacêutico.
42
5 REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 Imagem
“A imagem está por trás das ações de cada indivíduo. Ela é responsável pelo crescimento de todas as causas. Para reconhecer a imagem é necessário começar a entender o cientista, o crente, o cruzado, o soldado”. (BOULDING, 1956)
As mensagens são interpretadas por meio de um processo de aprendizagem refinado que
vem pelos sentidos por um sistema de valores. O sistema de valores consiste no inventário
de imagens que um indivíduo experimenta e que permite ao indivíduo interpretar as
mensagens recebidas (BOULDING, 1956).
O termo imagem vem sendo utilizado em várias áreas e sobre várias perspectivas da ciência,
como a psicanálise, a semiótica, as representações sociais e o marketing (DOWLING, 1986;
GRÖNROOS, 1995; JOHNSON; ZINKHAN, 1990; MARTINEAU, 1958). A revisão bibliográfica
demonstra que não existe, até o momento, um consenso em relação ao significado do termo
imagem.
Para os autores Stern, Zinkhan e Jaju (2001), a imagem é geralmente concebida como o
resultado de uma operação pelo qual os sinais emitidos por uma unidade de comercialização
são recebidos por um receptor e, organizados em uma percepção mental da unidade de
envio. No entanto, o foco da pesquisa pode variar dependendo do aspecto da imagem em
estudo. Pode se referir a uma entidade, como uma empresa, produto/ marca ou loja, mas
também pode se referir a uma entidade psicológica, como um padrão de crenças e
sentimentos no pensamento do consumidor estimulado por associações com o mundo real ou
pode se referir a mensagens publicitárias ou de relações públicas. Dessa forma, o termo
refere-se a três domínios diferentes da realidade - o mundo externo, a mente do consumidor,
e os intermediários entre esses dois.
Na Psicanálise, a imagem é citada como um meio de acesso ao inconsciente. A imagem tem
como atribuição “informar unidades mais vastas do comportamento”. Como o inconsciente é o
objeto de trabalho do psicanalista e a imagem sua principal forma de acesso, conclui-se que
“é por meio dela e do que é dito sobre ela que o psicanalista trabalha” (HAUSEN, 2005).
43
Para Moscovici (1978) a imagem é uma proposta de como as pessoas compreendem e
relacionam com o mundo à sua volta, em uma perspectiva na Teoria das Representações
Sociais. Perrusi (1992) corroborou a idéia das representações sociais como símbolos, ao
mesmo tempo em que considerou que, para existir representação, é imprescindível ter
significado e, ao imprimir significados aos objetos, estes ganham uma nova realidade: a
realidade simbólica. Cada representação se materializa em uma figura (imagem) e em um
significado, constituindo pois, de duas facetas bem conectadas: a figurativa e a simbólica.
Dessa forma, pode-se inferir que de acordo com a Teoria das Representações Sociais, elas
próprias significam imagem.
Para Moscovici (2000), as representações sociais são um conjunto de convicções, crenças,
valores e conhecimentos amplamente compartilhados pelas pessoas, que têm como
propósito tornar os eventos familiares, afirmando a probabilidade de compartilhamento da
rede de significados que lhes for imposta.
A semiótica é o campo da ciência que estuda o processo de significação ou representação na
natureza ou na cultura, do conceito ou da ideia, cujas imagens não podem ser meios de
reflexão sobre elas próprias; é preciso um discurso verbal para o desenvolvimento de uma
teoria das imagens. A imagem pode ser considerada uma representação visual ou uma
representação mental, porém não há como dissociar os dois domínios, pois são associados
pelos conceitos de signo e representação (SANTAELLA; NOTH, 2001).
De acordo com a perspectiva do marketing, para Kotler e Keller (2007), o termo imagem
passou a ser mais popular a partir do início dos anos 50. Recentemente é usada em ampla
variedade de condições: imagem institucional, coorporativa, autoimagem, imagem pública, da
profissão, da marca, entre outras. A imagem é definida como “a soma de crenças, ideias e
impressões que uma pessoa tem de um objeto”. O objeto pode ser uma organização, um
produto, uma marca, um local, um serviço ou uma pessoa e os atributos psicológicos também
têm sua relevância para a definição da imagem na mente dos clientes (LINDQVIST, 1974;
MARTINEAU, 1958).
Conforme Aaker (1997), a intenção e a organização lógica de determinado conjunto de
associações podem suscitar percepções que irão compor uma imagem. Essa imagem pode
ou não refletir uma realidade. Desse distanciamento entre imagem e realidade conclui-se que
44
uma imagem pode ser formada a partir de premissas falsas, pois mesmo que não
corresponda à verdade, ela pode ser entendida pelas pessoas como tal.
Dessa forma, a mensagem exposta não se baseia apenas na mensagem recebida, mas
também, pela forma como essa mensagem é interpretada. Ao aplicar este conceito a
indivíduos, a imagem de uma pessoa é influenciada pelo efeito da mensagem, na qual é
interpreta pelo indivíduo com referência em seus valores.
A imagem também pode ser definida pela impressão que permanece na mente das pessoas,
tendo esta uma extensa área de aplicação, como: impressão da profissão, da empresa, do
produto, de um candidato, entre outros (DICHTER, 1985; JOLY, 2003).
Poiesz (1989) afirma que é possível abalizar três definições fundamentais de imagem. A
primeira é a de Reynolds e Gutman (1984), que aborda a imagem como uma rede de
significados armazenados na memória. Esta perspectiva é avaliada como de alto nível de
elaboração e a operacionalização das imagens se constitui por uma conexão entre atributos
do objeto, ações do consumidor e valores pessoais. A segunda abordagem pondera a
imagem como uma atitude ou combinação de convicções, enquanto que a terceira focaliza as
imagens como uma impressão holística ou uma percepção atinente ao objeto entre os
competidores.
As imagens não são sempre exatas, por isso influenciam nossas ações e movimentos
cotidianos e nossas opções de compra. Gardner e Levy (1955) introduziram o conceito de
imagem com a comprovação de que os consumidores adquirem os produtos não somente por
seus atributos e funções físicas. A imagem, nessa perspectiva desses autores, constitui
personalidade e os produtos como as pessoas apresentam personalidade.
Esse conceito vem sendo aplicado desde então a vários objetos: às organizações (a maneira
como as pessoas veem a corporação como um todo); ao produto (como as pessoas
percebem uma categoria de produto em particular) e à marca (a forma como as pessoas
afrontam uma marca em particular que está em concorrência com outras marcas) (BARICH;
KOTLER, 1991).
Para Tavares (1998) a imagem pode ser entendida como a do objeto em foco, seja ele
produto, marca, empresa, setor ou pessoa. Para o autor, as imagens são categorizadas em
45
seis categorias principais: imagem corporativa (categoria mais ampla e abrangente da
imagem); imagem da classe de produto (extrapola na amplitude a imagem da empresa);
imagem de marketing (inclui os elementos do marketing da empresa); imagem de marca
(dimensão mais restrita das várias categorias consideradas); imagem de produto (forma como
as pessoas observam uma categoria particular de produto) e imagem do usuário da marca.
5.1.1 Imagem corporativa
O papel da imagem nas atividades econômicas foi discutido pela primeira vez por Boulding
(1956). Ele teorizou que o comportamento humano não é inteiramente dirigido por
conhecimento explícito e informação, mas também pelo produto de imagens percebidas.
Para Martineau (1958) a imagem corporativa é um conglomerado de atitudes em relação à
empresa pelos diversos stakeholders. A imagem da empresa pode ser definida de forma
bidimensional: pelos atributos funcionais e pelos significados emocionais. Os funcionais
incluem os ativos tangíveis, tais como qualidade, confiabilidade, serviço e preço e, os
emocionais incluem os sentimentos subjetivos do receptor.
Na perspectiva da empresa, as ações responsáveis pela formação da imagem são
multifacetadas. Existem outras dimensões e não apenas aquelas prescritas por seus produtos
e marcas. Existem pontos de contato com a marca, que algumas vezes extrapolam. A
maneira como a empresa se envolve com o público e com as questões ambientais,
comprovam várias perspectivas da imagem (TAVARES, 1998).
De acordo com Worcester (1986), a construção da imagem começa pelo processo decisório
que a empresa desenvolve em suas relações com os vários públicos que em última
apreciação, são os responsáveis pela formação da imagem incluindo: consumidores,
acionistas, a “cidade”, líderes de opinião, comunidade, fornecedores e empregados. Tavares
(1998) adicionou na relação apresentada por Worcester (1986) as associações de classe,
órgãos de defesa do consumidor e, sem equívoco, a concorrência.
O processo da construção da imagem requer que se identifique como a empresa é vista e
quais elementos são responsáveis pela formação e mudança da imagem. Bevis (1974) listou
alguns elementos que facilitaram o processo de identificação e formação da imagem: a forma
46
que as pessoas obtêm informações sobre a empresa e como suas impressões são formadas,
o motivo que levam essas pessoas a terem impressões favoráveis e desfavoráveis da
empresa e, em quais aspectos se promove mudanças na imagem ao longo do tempo.
Tavares (1998) dividiu a imagem da empresa em quatro níveis: no primeiro tem-se a analogia
da imagem com a estratégia e a política da empresa relacionada ao produto, preço,
distribuição e promoção; no segundo nível estão as impressões deixadas pelos empregados
e vendedores; no terceiro estão os resultados das relações com vários públicos que a
empresa lida direta ou indiretamente e, no quarto nível está à imagem que se forma a partir
das ações realizadas em seu setor de negócios e das atividades da empresa.
Dessa forma, a imagem que se constrói de uma empresa decorre das impressões positivas,
negativas ou neutras que cada um desses públicos amplia a partir de seus contatos com ela e
de seu contexto de atuação. A imagem é definida como a soma de crenças, atitudes e
impressões que uma pessoa ou grupo de pessoas possuem de um objeto. Essas impressões
podem ser verdadeiras, falsas, reais ou imaginárias (BARICH; KOTLER, 1991).
De acordo com Gray (1986), a gestão da imagem corporativa é a chave para a segurança e
para a manutenção da confiança do público. A empresa precisa ter maior preocupação com a
utilização da comunicação para atingir seus objetivos e necessidades de articular a sua
posição de forma mais clara para as agências governamentais, legisladores, acionistas,
empregados, clientes, instituições financeiras e outros públicos críticos.
Cada companhia tem uma personalidade, que é definida pela soma das características da
organização. Estas características comportamentais e intelectuais servem para distinguir uma
organização de outra pela personalidade. Essa personalidade é projetada por meio de sinais
conscientes que constituem uma identidade. A impressão geral formada por esses sinais nas
mentes do público constitui uma imagem (SHEE; ABRATT, 1989).
Gray (1986) sustentou em seu estudo que a imagem corporativa é superior ao produto do
fenômeno da psicologia de massas "...e que não resulta tanto de uma única atitude em poder
do público em geral, mas a partir de um mosaico de atitudes que se formam nas mentes das
pessoas em contato íntimo com a corporação”. Ele acredita que a imagem corporativa
começa com as partes interessadas de uma empresa interna: seus empregados, e como eles
percebem a empresa.
47
Shee e Abratt (1989) desenvolveram um modelo de processo composto por três fases para
gerenciamento da imagem corporativa: personalidade empresarial (explorar a personalidade
corporativa e desenvolver uma filosofia corporativa que incorpore os valores e pressupostos
que constituem a cultura corporativa); identidade corporativa (desenvolvimento de objetivos
de comunicação) e imagem corporativa (todas as experiências dos stakeholders, que são o
que determinam a imagem corporativa e são moldadas pelos resultados dos vários sistemas
de gestão).
5.1.2 Imagem de marca e produto
Com menção à formação da imagem do produto e da marca, Levy e Glick (1981) detalharam
o que se pode aferir a partir de algumas fontes nesses níveis: o conhecimento dos aspectos
técnicos do produto e informações sobre as características, como a crença no desempenho,
as crenças a respeito do valor e as crenças relativas à adequação da marca. O conceito de
imagem de marca sintetiza bem a ideia de que os consumidores compram marcas não
apenas por seus atributos físicos e funções, mas também pelos significados relacionados às
marcas.
Para Reynolds e Gutman (1984), a verdadeira chave para a compreensão da imagem reside
na compreensão dos vínculos ou conexões entre a imagem percebida do consumidor em ver
o mundo e, posteriormente, como desenvolve suas preferências por produtos. Vínculos
efetivos podem ser estabelecidos somente quando identificamos como o produto se relaciona
com os sistemas de valores pessoais dos consumidores.
O conhecimento, as crenças e as atitudes que os vários públicos possuem relacionados ao
produto, à classe do produto, à marca, ao marketing, à empresa e ao setor, levam à
compreensão e ao detalhamento das suas várias imagens. Assim, existe um forte inter-
relacionamento entre as ações destinadas a produzir efeitos em determinada dimensão e seu
impacto em outras dimensões da imagem. O público elege os elementos que considera mais
importante e com os quais, em grande parte, compartilha para a formação dessa imagem
(TAVARES, 1998).
Em um estudo realizado por Low-Watson (1967), citado por Tavares (1998), foi analisado o
relacionamento entre o comprador, a personalidade da marca e a personalidade do vendedor
48
ou da empresa. Esse estudo distinguiu três fatores envolvendo uma propaganda efetiva: a
imagem que o cliente tem da empresa, a imagem que tem do produto e sua percepção de
propaganda. O autor concluiu que ao estabelecer um intenso relacionamento com seus
clientes, será constituído um fundo de reservas do qual poderá derivar futuros benefícios, tais
como: predisposição à compra, atitude favorável aos produtos e prontidão aos anúncios da
empresa.
Aaker (1997) desenvolveu um quadro teórico de construção da personalidade da marca por
uma determinação do número e natureza das dimensões da personalidade da marca. A
personalidade da marca segundo o autor foi definida como um conjunto de características
humanas associadas a uma marca que permite ao consumidor expressar sua personalidade
e suas características pessoais pela utilização de uma determinada marca. Esse conceito é
essencial para diferenciar uma marca em uma categoria de produtos facilitando a escolha e
utilização do consumidor.
As dimensões da personalidade da marca foram classificadas em sinceridade, excitação,
competência, sofisticação e robustez. Para medir essas cinco dimensões da personalidade da
marca, foi criada uma escala de medida confiável, válida e generalizável (AAKER, 1997).
Com o propósito de avaliar os elementos essenciais da imagem da marca, Dobni e Zinkhan
(1990), desenvolveram um estudo para investigar as definições e concepções da imagem da
marca bem como as semelhanças e variações existentes. Também foram identificados os
componentes da imagem da marca inclusos nos conceitos e as abordagens para mensuração
dessa imagem.
Assim, a imagem da marca é o conceito que é realizado pelo consumidor, sendo um
fenômeno subjetivo e perceptual que é formado pela interpretação do consumidor, com
fundamento ou apenas emocional. A imagem da marca não é inerente às questões técnicas,
funcionais ou físicas do produto, em vez disso, ela é afetada e moldada pelas atividades de
marketing, por variáveis de contexto e pelas características do observador (DOBNI;
ZINKHAN, 1990).
A personificação da imagem da marca é definida pelas características humanas, em que a
marca é descrita como se fosse um ser humano, cuja personalidade está associada à
personalidade dos consumidores ou pelo seu auto-conceito (DOBNI; ZINKHAN, 1990).
49
Segundo Keller (1993), a imagem da marca é definida como a percepção que os
consumidores possuem sobre uma determinada marca e refletida nas associações presentes
em sua memória. Essas associações da marca podem se relacionar aos atributos dos
produtos, aos benefícios ou as atitudes em relação à marca. Os atributos são as
características descritivas dos produtos e os benefícios são o que os consumidores pensam
que o produto pode fazer por eles. Consumidores podem escolher uma marca pelo status que
ela representa ou por estar à marca associada a causas ambientais.
As atitudes da marca são, segundo Keller (1993), a avaliação da marca por parte dos
consumidores. As atitudes em relação à marca podem estar relacionadas a crenças sobre os
atributos e à funcionalidade e benefícios dos produtos. O sucesso dos programas de
marketing é um reflexo da criação de associação com a marca, ou seja, os consumidores que
confiarem que a marca possui atributos e benefícios que atenderão suas necessidades e
desejos formarão uma atitude positiva em relação à marca.
De acordo com Ajzen e Fishbein (1970), entende-se que as atitudes de uma pessoa em
relação a um objeto referem-se basicamente à predisposição das pessoas em responder de
uma forma consistente, seja essa resposta favorável ou desfavorável, a esse objeto. As
atitudes podem ser entendidas como um composto formado por itens cognitivos oriundos das
crenças dos indivíduos e itens afetivos que são formados pelas emoções e sentimentos das
pessoas.
A crença é uma percepção que se tem sobre um objeto, baseada na cognição ou na opinião,
“podendo carregar uma carga emocional envolvendo imagens sobre o objeto”. Kotler (2000)
descreve a atitude como “a resistência de uma pessoa, favorável ou desfavorável, às
avaliações cognitivas e emocionais e tendências de ação, acerca de alguns objetos e idéias,”
que coloca esta pessoa dentro de uma estrutura mental de gostar ou desgostar do objeto ou
da ideia e contribui para uma aproximação ou afastamento dela. Destaca-se também, que um
valor é uma idéia geral do que é certo ou errado.
Para Ajzen e Fishbein (1970), as crenças podem ser conceituadas como a percepção de um
indivíduo que acredita que determinando objeto ou pessoa, possui certos atributos,
qualidades e características.
50
Os indivíduos por meio da sua percepção do mundo aprendem sobre os objetos, pessoas e
lugares e, este aprendizado levam as pessoas a formarem crenças, as quais influenciam suas
atitudes em relação ao mundo, aos objetos e afins, que estão relacionadas diretamente com
as crenças (AJZEN; FISHBEIN, 1970).
A imagem que o consumidor possui de um produto influencia fortemente sua decisão de
compra e constitui uma importante ferramenta para um melhor direcionamento das decisões
de lançamento, aperfeiçoamento e elaboração de estratégias de posicionamento de produtos.
Conhecer detalhadamente a imagem que determinado público desenvolve de um produto é
uma aspiração dos pesquisadores de Marketing (DE TONI; SCHULER, 2007).
5.1.3 Imagem da loja
Outro aspecto analisado sobre a imagem está diretamente relacionado com a imagem de loja.
A imagem do estabelecimento onde o farmacêutico está presente tem importância para o
consumidor. A imagem da loja tem sido definida de várias maneiras em termos de perspectiva
da loja (remetente) contra o consumidor (beneficiário). Desde a introdução de Martineau
(1958) da imagem de loja como um conceito no desenvolvimento da personalidade de varejo,
os pesquisadores de marketing têm dedicado considerável atenção para o desenvolvimento
da ideia de que os consumidores armazenam as imagens de lojas em suas mentes. A
imagem da loja tem sido geralmente definida pela maneira que a loja está definida na mente
dos consumidores, seja pelas qualidades funcionais ou pelos atributos psicológicos.
Algumas definições relacionam imagem da loja pelas suas propriedades como: loja de tijolo e
argamassa, seleção de mercadorias, layout, qualidade de serviço, faixa de preço e pode ser
comparado objetivamente a um concorrente. A partir desta perspectiva, a imagem da loja é
considerada um elemento de estratégia do varejo controlável pela administração da loja
(STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
Algumas definições orientam a imagem na mente do consumidor e a tratam como cognitiva
e/ou emocional, baseado nos sentimentos dos consumidores. Estes sentimentos incluem a
sensação de posse da marca que os consumidores têm e a capacidade da imagem de
provocar prazer, simpatia, entusiasmo e interesse entre a marca e a pessoa. A partir desta
51
perspectiva, a imagem da loja passa a ser determinada pelo consumidor (STERN; ZINKHAN;
JAJU, 2001).
Definições gerais refletem o desafio de conceitos regionais no qual a imagem é considerada
transacional e não estática. A imaginação é um tipo distinto de modo de processamento
utilizado pelos indivíduos para integrar informações sobre um determinado objeto ou evento
em uma gestalt (STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
De acordo com Kunkel e Berry (1968), a imagem pode ser definida como estímulos
discriminativos para um reforço esperado de uma ação. Especificamente, a "imagem da loja"
é o reforço total de conceitos e espera-se que uma pessoa associe com as compras em uma
loja particular. A imagem da loja de varejo em qualquer ponto no tempo é o resultado de uma
experiência anterior, podendo ser favorável e levar a fidelidade ou desfavorável podendo
levar a uma perda do cliente. Assim, a imagem da loja é desenvolvida a partir de percepções
objetivas e subjetivas aprendidas pelos consumidores ao longo do tempo.
Lindqvist (1974) argumentou que uma imagem de loja não é apenas a soma das diferentes
percepções de atributos, mas é também função dos pesos de importância e interações entre
estes atributos.
Hu e Jasper (2007) estudaram os sinais sociais embutidos em ambientes da loja, incluindo o
estilo de vida, a atitude, informações demográficas dos clientes, além das interações sociais
que os clientes têm na loja. Ficou evidenciado que existe uma diferença nos estilos de
percepção social em todas as culturas que influenciam na formação da imagem da loja.
Zelnio e Gagnon (1981) estudaram e elaboraram um instrumento para mensurar a imagem
das farmácias utilizando uma abordagem quantitativa. Os autores queriam fornecer
orientação a gestores e proprietários desses estabelecimentos em criar ou modificar suas
estratégias de marketing. Os resultados demonstraram que as medidas de imagem foram
suficientemente confiáveis e válidas.
De Souza e Lara (2011) avaliaram e evidenciaram a importância da imagem de loja na
escolha de uma farmácia chegando a um conjunto de nove atributos que se aproximaram
conceitualmente dos componentes do composto de marketing. A imagem de loja influenciou a
qualidade percebida da loja e a decorrência de uma imagem positiva ocasionou um
52
expressivo aumento do fluxo de clientes no ponto de venda. Esse fluxo de clientes é
apontado como resultado de um bem aplicado ao marketing varejista.
5.1.4 Imagem profissional
Roberts (2003) alegou que a construção de uma imagem profissional é a chave para o
estabelecimento de uma boa reputação entre os diversos constituintes da força de trabalho
do século XXI. Os indivíduos agem contra os estereótipos negativos e negociam as suas
identidades sociais, a fim de construir imagens profissionais viáveis durante interações com
diversos atores.
A Identidade Social por associações de grupo pode representar uma grande ameaça para
uma imagem profissional se estiverem relacionados a estereótipos negativos de
incompetência profissional. Tais percepções estereotipadas de falta de profissionalismo pode
influenciar negativamente a imagem profissional dos membros do grupo (ROBERTS, 2003).
A imagem profissional se refere às percepções que os colegas e clientes possuem do outro,
pela competência, caráter e compostura. Uma pessoa que efetivamente constrói a imagem de
um profissional competente é visto pelos colegas, superiores, subordinados e clientes como
sendo capaz de ir ao encontro das exigências técnicas e sociais de suas atividades e tarefas
(IBARRA, 1999; ROBERTS, 2003).
Segundo Ibarra (1999) a socialização não é um processo unilateral impondo conformidade no
indivíduo, mas uma adaptação negociada pelo qual as pessoas se esforçam para melhorar o
ajuste entre si e seu ambiente de trabalho. As pessoas fazem declarações de identidade,
transmitindo imagens que é um sinal de como eles se veem ou a esperança de serem vistos
por outras pessoas. Ao observar seu próprio comportamento, bem como as reações dos
outros que aceitam, rejeitam ou renegociam essas imagens públicas, eles mantém ou
modificam suas auto-concepções particulares.
Compreendida pelo processo de comunicação, identidade e imagem compõem o polo
emissor e o polo receptor das mensagens que são expedidas. A identidade contém as
direções estratégicas e a imagem corresponde ao que efetivamente foi apreendido pelo
público. Enquanto a imagem é um julgamento sob a perspectiva do receptor, a identidade
53
centra-se na figura do emissor. Sob a perspectiva da imagem da profissão, deve-se, antes,
ter uma ideia clara de quais imagens são proveitosas (AAKER, 1997).
A identidade pessoal está conectada a uma construção individual do conceito de si, a partir
de sua importância como participante na sociedade e de como é reconhecido pelos outros no
meio social. O indivíduo vive sua subjetividade em um cenário social no qual a linguagem e a
cultura são decisivas para a formação da identidade. Desta forma, as posições assumidas e
com as quais o sujeito se identifica formam a sua identidade (SILVA, 2003).
A identidade tem de ser avaliada no âmbito social do indivíduo, considerando o grupo no qual
está inserido, sua história e o fato de que a identidade está firmemente sendo transformada e
alterando o ambiente ao qual esse indivíduo pertence (SILVA, 2003). Bohoslavsky (1998)
analisa a identidade profissional como uma parte da identidade pessoal desenvolvida pela
interação de fatores internos e externos ao indivíduo. Para o autor, a identidade profissional é
a percepção que o sujeito possui de seus papéis ocupacionais ao longo do tempo.
Vough et al. (2012) desenvolveram um modelo de discrepâncias da imagem percebida pelos
clientes sobre a imagem profissional. Foram encontradas diferenças entre o que os
profissionais percebem sobre sua profissão e o que os outros percebem dela. Os
profissionais acreditam que as percepções de seus papéis pelos clientes podem desvalorizar
sua profissão e gerar falsas expectativas dos resultados que poderiam ser alcançados.
A Imagem da profissão de farmacêutico pode mudar de acordo com as mensagens
recebidas. As mensagens que os farmacêuticos recebem sobre a profissão podem influenciar
o seu comportamento. Os farmacêuticos podem resistir à aceitação de uma mensagem que é
diferente de sua imagem de valor, mas de acordo com Boulding (1956), mensagens repetidas
que surgem com poder e autoridade incomum, são capazes de romper a resistência e alterar
essa imagem. A imagem estereotipada da profissão por parte do público pode ter um impacto
na maneira como os farmacêuticos são tratados e como esses profissionais percebem o
status da profissão.
A imagem do farmacêutico é propriedade do próprio farmacêutico. Boulding (1956) afirmou
que as imagens podem crescer e se desenvolver. As imagens podem ser revisadas,
modificadas, alteradas, adicionadas ou mudadas completamente.
54
De acordo com Amadeu (2001), a construção segura de uma imagem profissional requer,
dentre outros fatores, ética no relacionamento com os concorrentes, constante aquisição de
conhecimentos, uma profícua relação com o mercado em que atua, perceptibilidade nos
objetivos a serem alcançados, bem como um elevado grau de resiliência pelo estresse do dia-
a-dia. Dessa forma, o produto dessa construção, a imagem profissional positiva, corresponde
à sua “marca”.
Em síntese, Marion (1997) norteia que, além de executar suas tarefas, o profissional
necessita ministrar palestras, ter um logotipo moderno em seu cartão, alimentar sua rede de
relacionamentos, dentre outras ações para se construir o marketing pessoal – requisito
fundamental para a gestão de carreiras. O farmacêutico deverá acrescentar valor mensurável
ao cliente, pois a imagem profissional se relaciona diretamente com a imagem da loja, do
produto e da marca. Assim, poderá ser formada uma boa imagem do profissional que
contribuirá, por conseguinte, para uma sólida representação diante da sociedade.
5.2 Dimensões da imagem
Segundo May (1974), a imagem é formada por várias dimensões, que podem ser
classificadas em tangíveis ou intangíveis, mensuráveis ou não mensuráveis, mutáveis ou
imutáveis, entre outros critérios. Neste contexto, ela combina fatores tangíveis e intangíveis,
que são entendidos pelos stakeholders quando analisam a imagem de um produto ou serviço.
Os fatores tangíveis são distinguidos pelas qualidades físicas e mensuráveis do serviço ou
produto, em oposição às características subjetivas, que são de difícil mensuração e que
caracterizam os fatores intangíveis (LINDQVIST, 1974; MAY, 1974; REYNOLDS; GUTMAN,
1984; STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
Para Barich e Kotler (1991), uma empresa não possui uma única imagem, mas várias. As
empresas são dependentes do objeto que está sendo analisado, do público-alvo e de outras
situações. São vários os fatores que compõem a imagem: os elementos que controlam a
imagem da companhia, as ofertas que são os objetos particulares a serem avaliados, tais
como marcas, produtos ou serviços e o público, que são os vários elementos cujas
percepções a companhia gostaria de mensurar.
55
Sendo assim, Dobni e Zinkhan (1990), Stern, Zinkhan e Jaju (2001), De Toni, Milan e Schuler
(2004; 2005), Milan, De Toni e Barazetti (2005) e De Toni (2009) reforçaram a existência de
diferentes dimensões no estudo sobre as imagens e propuseram as dimensões da imagem:
funcional, simbólica, emocional e cognitiva.
Figura 1 - Principais elementos que configuram as imagens de um Produto
Fonte: Lindqvist (1974); Levy (1981); Ledoux (2001); Stern, Zinkhan e Jaju (2001)
Conforme Martineau (1958), as atitudes e intenções comportamentais influenciadas pala
imagem não se baseiam apenas nas experiências do sujeito no contato direto com o serviço.
Elas podem sofrer interferências de terceiros, bem como dos inúmeros meios de
comunicação. Embora possam ser avaliadas de forma distinta, as dimensões: funcional,
simbólica, cognitiva e emocional são inter-relacionadas e sofrem influência mútua.
De acordo com Lindqvist (1974), o comportamento humano não se aponta apenas por
conhecimento e informações, mas é produto da imagem percebida. Deschamps e Nayak
(1996) asseguram que “qualquer consumidor inicia seu processo de compra, implícita ou
explicitamente, com uma análise da imagem”. Se a avaliação da imagem for negativa, o
processo de compra pode ficar comprometido. Por outro lado, caso a avaliação seja positiva,
o cliente poderá considerar a compra uma hipótese aceitável.
Dessa forma, se o valor do produto for negativo, existe a possibilidade da compra não ser
realizada e possivelmente, a venda estará perdida. Se o valor for positivo, a compra
provavelmente acontecerá. Considerando-se que o conhecimento da imagem que os clientes
apresentam em relação a produtos, serviços, marcas, pessoas e profissões podem auxiliar na
elaboração de estratégias que auxiliem no atendimento das expectativas dos clientes, é
necessário investigá-la (DESCHAMPS; NAYAK, 1996; LINDQVIST, 1974).
56
O posicionamento da organização, do produto, da marca ou da profissão também possui forte
conexão com a percepção da imagem. É necessário em um mercado competitivo a
construção de uma imagem para adequar à percepção do público-alvo de maneira que gere
um valor superior para os clientes em relação aos concorrentes.
Para Van Riel (1995), a imagem é necessária tanto para a origem da imagem (o objeto em si)
como para o indivíduo que a recebe (receptor). Para as organizações, a imagem positiva é
condição sine qua non para constituir relações eficazes com os diversos segmentos de
público de interesse. Para o receptor, a imagem significa a “verdade” que pode variar de bom
a ruim, utilizável ou não utilizável.
Portanto, pela imagem, pode ser gerada a atitude que será à base do comportamento futuro
das pessoas em relação ao objeto. Contudo, isso não garante a certeza do comportamento
de compra, mas indica prováveis caminhos de como ele deverá agir em relação a esse objeto
(VAN RIEL, 1995).
Tais dimensões para a imagem foram utilizadas por De Toni, Milan e Schuler (2004) para a
avaliação da imagem de produtos (vinhos e telefone celular), para a profissão de Arquitetura
(GRASSELI, 2007), para a profissão de Fisioterapia (AMORIM, 2007), para a profissão de
Psicologia (MENDES, 2008), para a profissão de fonoaudiologia (ALMEIDA, 2011), para a
imagem do intercâmbio de cursos de idioma (VICTER, 2009), para a imagem de programas
de orientação e proteção ao consumidor (MACHADO, 2010) e a imagem de um shopping
Center (GASPARIN, 2011). Tais dimensões se constituem em uma das bases teóricas do
presente trabalho e, por esse motivo, serão explicadas a seguir.
5.2.1 Dimensão funcional
A dimensão funcional é constituída por elementos tangíveis sendo traduzida por uma série de
atributos físicos que são percebidos e analisados pelos clientes durante a prestação de
serviços, como por exemplo, a localização, tamanho, arquitetura, a aparência das pessoas
que fazem parte da equipe, os equipamentos disponíveis, instalações físicas, cor, design, o
valor, o cheiro, dentre outras que perpassam a funcionalidade do objeto analisado pelo
consumidor. Essa dimensão divulga a qualidade e os benefícios de um determinado objeto
por meio dos seus elementos tangíveis (STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
57
Como a dimensão funcional é fundamentalmente racional, está contida nela a percepção das
informações que o objeto fornece. Tais características expressam a serventia do produto, do
serviço e/ou da marca, deixando os consumidores atribuírem um valor aos serviços
prestados. Esta dimensão constitui-se das características físicas percebidas e avaliadas pelos
consumidores acerca do objeto (DE TONI; MILAN; SCHULER, 2005).
Especificamente no caso de profissões, a dimensão funcional foi apresentada por Grasseli
(2007) como o perfil do profissional e os motivos que os levaram a optarem pela Arquitetura e
as eventuais discrepâncias entre a imagem idealizada e a realidade vivenciada, por Amorim
(2007) para análise do perfil do profissional de fisioterapia e aos motivos que os levaram a
optar por essa profissão, Mendes (2008) para a profissão de psicologia analisando os
aspectos tangíveis observados pelos stakeholders em relação à profissão e ao profissional de
Psicologia e Almeida (2011) para a profissão de fonoaudiólogo onde foram identificadas as
características tangíveis observadas pelos stakeholders em referência ao profissional de
fonoaudiologia e à profissão.
5.2.2 Dimensão cognitiva
A dimensão cognitiva é constituída por construções mentais sobre o serviço e o objeto sendo
utilizada pelos consumidores para avaliar a imagem. As crenças e o conhecimento prévio do
indivíduo em relação ao produto ou serviço influenciam diretamente na construção dessas
imagens. É como um construto mental, racional e lógico que os consumidores utilizam para
avaliar um objeto, pois o sistema cognitivo cria redes de conhecimento que organizam e
conectam vários tipos de informação, ocasionando significado ao mesmo.
Este construto mental é inteiramente influenciado pelas crenças e conhecimento prévio do
consumidor em relação ao objeto. Nesta dimensão se posiciona o conjunto de ideias,
percepções, impressões, sentimentos, julgamentos e atitudes que o consumidor tem sobre
este determinado objeto (DICHTER, 1985; DOBNI; ZINKHAN, 1990; GARDNER; LEVY, 1955;
MARTINEAU, 1958; REYNOLDS, 1965).
A dimensão cognitiva resulta da relação entre a imagem como um conjunto de atributos
extrínsecos no mundo real e a imagem como uma construção mental desenvolvida pelo
58
consumidor. Dessa forma, a imagem é tratada tanto como uma entidade externa, como uma
construção mental. Quando tratado como uma construção mental é desenvolvida por um
processamento cognitivo, que inclui ideias, sentimentos, atitudes, construções mentais,
entendimentos ou expectativas (STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
Tal nível de percepção vai gerar os atributos racionais de determinado objeto, que estarão
disponíveis ao pensamento para atingir todas as suas operações básicas de análise, síntese
e inferência. Esta dimensão é influenciada por fatores motivacionais e emocionais
potencialmente conflitantes, muitos dos quais, podem estar em ação ao mesmo tempo (DE
TONI et al., 2011).
Desta forma, o indivíduo avalia a imagem como uma impressão e um conjunto de percepções
e atitudes relacionadas ao prestador de serviços, pelos profissionais envolvidos no processo
e a relação custo-benefício (DE TONI; MILAN; SCHULER, 2004; LOVELOCK; WRIGHT,
2005).
No estudo realizado por Grasseli (2007), a análise da dimensão cognitiva baseou-se na
identificação do conhecimento que os diversos stakeholders possuíam sobre a Arquitetura e
as atribuições do arquiteto. Amorim (2007) realizou a análise do profissional de fisioterapia
buscando verificar qual a imagem que os diversos stakeholders têm da profissão de
fisioterapia e as suas atribuições.
Mendes (2008) para a profissão de psicologia buscou identificar o conhecimento dos
stakeholders sobre o curso e a profissão de psicologia, bem como sobre as atividades que o
psicólogo está habilitado a exercer e suas crenças a respeito da profissão e Almeida (2011)
para a profissão de fonoaudiólogo que buscou analisar os valores que os stakeholders
apresentam em referência à profissão do fonoaudiólogo, o conhecimento deles sobre as
tarefas que este profissional está habilitado a desempenhar e a maneira como se posicionam
em relação à profissão e ao curso de fonoaudiologia.
5.2.3 Dimensão simbólica
A dimensão simbólica está relacionada com a significação que o objeto tem para o
consumidor. Essa dimensão lida com o objeto de forma abstrata, pois o que as pessoas
59
compram têm um significado pessoal, hedônico e social, além de suas funções utilitárias. Os
serviços são avaliados pelo que representam ou significam para o indivíduo. Essa dimensão
realça o valor da pessoa aos seus próprios olhos (autoestima) e aos olhos de terceiros
(status), ou seja, reforça os valores, sentimentos e objetivos do indivíduo e serve como um
dispositivo de entendimento entre o consumidor e seu símbolo de referência. (DOBNI;
ZINKHAN, 1990; LEVY, 1959, 1981; MARTINEAU, 1958; STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
A imagem refere-se a um conjunto de objetos, ações, palavras, imagens e/ou
comportamentos humanos complexos que servem como substitutos para outras ideias ou
sentimentos. As definições nesta dimensão são simples, descritivos e associativos para
elaborar conceitos complexos e sinais semióticos (LEVY, 1959).
O consumidor entende por essa dimensão, o valor do objeto enquanto símbolo e a feição de
algo para si mesmo ou para os demais componentes do seu grupo social (DE TONI et al.,
2011).
Os resultados do trabalho de Grasseli (2007) que contemplou a profissão de Arquitetura,
despontam que o valor simbólico extrapola os limites da profissão na ocasião da opção pela
Arquitetura e a contratação dos serviços desses profissionais está inteiramente relacionada
ao interesse por símbolos de status. Amorim (2007) realizou essa análise para o profissional
de fisioterapia em que a profissão está diretamente ligada à ajuda, o que demonstra uma
visão assistencialista da sua atuação, Mendes (2008) fez o mesmo para a psicologia em que
os stakeholders apresentam uma gama extensa de símbolos relacionados a profissão como a
função de ajudar, orientar, dar caminhos, solucionar problemas e algumas vezes até de
“salvar” as pessoas.
Almeida (2011) também fez a mesma análise para a profissão de fonoaudiólogo em que os
stakeholders da fonoaudiologia trazem consigo um amplo leque de símbolos representativos
para a profissão que vinculam ao objetivo de solucionar problemas, servir como guia de
orientação/conduta ou como socorro/amparo, ajudante, alguém que vai apoiar, ou a pessoa
que traz alívio e tranquilidade.
60
5.2.4 Dimensão emocional
Essa dimensão está relacionada aos sentimentos, emoções e estados de ânimo que o
consumidor possui em relação a determinado objeto, experiências internas que o motivam a
organizar as imagens e a guiá-los em suas ações. Sobrepõe-se à imagem em formação com
informação de caráter qualitativo, avaliativo, despertando humores, interesses que uma
pessoa possui em relação ao serviço, ao produto e à marca (DE TONI; MILAN; SCHULER,
2005; LEDOUX, 2001; O’NEILL e LAMBERT, 2001).
Para De Toni e Schuler (2007) o sistema emocional primário ajuíza qualitativamente os
estímulos do ambiente suscitando três tipos primários de respostas, que são conhecidos
como prazer, medo e raiva. Certos estímulos como ruídos fortes, a sensação de queda,
ameaças aos olhos, geram respostas automáticas e imediatas podendo ser causadas
diretamente pelo sistema emocional primário, sem mesmo passarem pelo sistema cognitivo
(mental).
Esta dimensão faz reverência ao estado afetivo, positivo ou negativo, que os consumidores
agregam ao objeto. Ressalta-se que este estado de emoções positivas e negativas está
ligado ao comportamento e a satisfação ou a insatisfação do consumidor com o objeto
(POIESZ, 1989; REYNOLDS; GUTMAN, 1984).
Para Grasseli (2007), a análise da dimensão emocional refere-se à verificação das emoções
existentes durante a prestação do serviço, sejam elas positivas ou negativas. Dessa forma, a
partir das representações externas, internas, coletivas e emocionais, o indivíduo forma sua
própria representação do serviço e/ou produto. Amorim (2007) realizou essa análise para o
profissional de fisioterapia e foram obtidas nos relatos dos diversos stakeholders que tanto
emoções positivas quanto emoções negativas podem ser evocadas.
Mendes (2008) também o fez para a profissão de psicologia e descreve que aspectos
emocionais estão ou podem estar envolvidos no serviço prestado e na relação com o
prestador do serviço e Almeida (2011) em sua análise para a profissão de fonoaudiólogo e
emoções negativas e positivas podem ser despertadas na atividade do fonoaudiólogo, de
acordo com os vários stakeholders considerados na pesquisa.
61
5.3 Imagem sob a perspectiva do marketing
Sob a visão do marketing, as imagens que as pessoas têm de produtos, serviços, marcas ou
profissões são capazes de influenciar e direcionar o seu comportamento. (AMORIM, 2007;
BARICH E KOTLER, 1991; BOULDING, 1956; DE TONI; MILAN; SCHULER, 2004, 2005;
DICHTER, 1985; DOBNI; ZINKHAN, 1990; GRASSELI, 2007; ITUASSU, 2004; LINDQVIST,
1974; MARTINEAU, 1958; MENDES; SOUKI; GRASSELI, 2008; STERN; ZINKHAN; JAJU,
2001).
Boulding (1956) argumentou que os clientes não possuem uma informação perfeita sobre
como agir e, só agem em resposta às impressões e imagens parciais. Para Barich e Kotler
(1991) a experiência direta do produto, a publicidade, as impressões dos membros do canal,
a experiência do produto e as vendas diretas, estão relacionadas com a imagem da empresa.
Para Johnson e Wilson (1993), as empresas determinam o que seus clientes percebem e os
clientes determinam suas ações conforme essas percepções. Por essa importância para o
êxito no mercado, cabe à empresa gerenciar sua imagem, porém a imagem em marketing
não é um fator unidimensional, mas multidimensional, em que os diversos tipos de imagem
estão inter-relacionados (BARICH; KOTLER, 1991; WORCESTER, 1986).
Vários autores, como citado, investigaram não apenas o conceito “puro” de imagem, mas
citam determinados objetos existentes na investigação de marketing. Dessa forma, a imagem
não é explorada em um sentido genérico, mas comumente a algum elemento. Os tipos de
imagem de maior recorrência são: a imagem corporativa, imagem de marca, imagem de
marketing, imagem de classe de produto, imagem de loja, imagem de usuário e imagem de
país de origem.
Barich e Kotler (1991) apresentam outra definição, que é a imagem de marketing da
companhia. Para os autores é a maneira como as pessoas veem a qualidade da oferta de
marketing geral da organização, que consiste em como os clientes e outros públicos,
consideram o valor de troca da oferta da companhia em comparação ao valor que os
concorrentes oferecem.
62
A identidade organizacional também sofre influências externas pelo processo de formação de
imagens. Enquanto a identidade é agregada à visão interna na empresa, a imagem está
acoplada a uma visão externa (HATCH; SCHULTZ, 1997).
A pesquisa de marketing e a imagem da empresa, tratam os consumidores como um grande
grupo de receptores que são as "partes interessadas" ou "públicos". As disciplinas de
marketing utilizam palavras para se referir a três diferentes realidades: entidades tangíveis no
mundo físico; representações verbais e pictóricas na mídia e imagens mentais na mente do
consumidor (JOHNSON; ZINKHAN, 1990; STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
A comunicação da mensagem pela imagem, é um objeto constante de estudos no marketing
de serviços, pois pela imagem é que o cliente reconhece determinados valores e benefícios
que o estimularão a adquirir o serviço. Almeida (2005) acredita que é a identidade que produz
os elementos de sua apresentação que por sua vez, alterar-se em imagem pela interpretação
das avaliações externas.
5.4 Modelos utilizados na pesquisa e hipóteses
Observando-se a revisão dos autores pertinentes ao tema (DE TONI; MILAN; SCHULER,
2005; DICHTER, 1985; DOBNI; ZINKHAN, 1990; LEVY, 1959; LOVELOCK; WRIGHT, 2005;
MARTINEAU, 1958; REYNOLD; GUTMAN, 1984; STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001),
principalmente quanto aos modelos desenvolvidos por Amorim (2007), Graselli (2007),
Mendes (2008), Mendes, Souki e Grasseli (2008), Almeida (2011) e De Toni, Milan e Schuler
(2005), foi possível desenvolver um modelo teórico que contempla os seguintes construtos
inerentes às dimensões da imagem descritos no Quadro 1.
63
Quadro 1 - Definições das dimensões da imagem
Dimensões Definição
Funcional
É explicada por uma série de características físicas que são percebidas e ponderadas pelos
clientes durante a prestação de serviços, como por exemplo, a aparência das pessoas que
fazem parte da equipe, as instalações físicas, os equipamentos disponíveis, a localização, o
design entre outros. Tais características divulgam a utilidade do produto, do serviço e/ou da
marca, permitindo aos consumidores atribuir um valor aos serviços prestados (DE TONI;
MILAN; SCHULER, 2005; STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
Cognitiva
São construções mentais sobre o objeto, o serviço, usadas pelos consumidores para avaliar
a imagem dos mesmos. Essas construções são influenciadas pelas crenças e conhecimento
prévio do indivíduo em relação ao produto ou serviço. Desta forma, o indivíduo avalia a
imagem do produto, do serviço, como uma impressão e um conjunto de percepções e
atitudes relacionadas ao prestador de serviços, como os profissionais envolvidos no
processo, como a relação custo-benefício. (DE TONI; MILAN; SCHULER, 2005; DICHTER,
1985; DOBNI; ZINKHAN, 1990; LOVELOCK; WRIGHT, 2005; MARTINEAU, 1958).
Simbólica
Os serviços são avaliados pelo que representam ou significam para o indivíduo. Essa
dimensão destaca o valor da pessoa aos seus próprios olhos (autoestima) e aos olhos de
terceiros (status), ou seja, reforça os valores, sentimentos e objetivos do indivíduo (LEVY,
1959, 1981; MARTINEAU, 1958).
Emocional
Revela um conjunto de sentimentos (prazer, dor, alegria, medo etc.) que o indivíduo tem em
relação ao serviço, ao produto e à marca (DE TONI; MILAN; SCHULER, 2005; REYNOLD;
GUTMAN, 1984).
Fonte: Desenvolvido pelo autor com base nos autores: De Toni, Milan e Schuler (2005). Amorim (2007), Graselli
(2007), Mendes (2008), Mendes, Souki e Grasseli (2008) e Almeida (2011).
Diante das informações obtidas pela revisão de literatura, consultas a especialistas e pela
própria experiência profissional do pesquisador, foi desenvolvido um modelo de análise dessa
pesquisa para a fase qualitativa. Tal modelo procurou considerar os públicos mais relevantes
para a formação da imagem da profissão e do profissional farmacêutico, como pode ser
observado na Figura 2.
64
Figura 2 - Modelo de estudo na fase qualitativa.
Fonte: Desenvolvido pelo autor com base nos autores: De Toni, Milan e Schuler (2005), Amorim (2007), Graselli
(2007), Mendes (2008), Mendes, Souki e Grasseli (2008) e Almeida (2011).
Um dos benefícios do método qualitativo refere-se à possibilidade de produzir boas hipóteses
de investigação. Partindo dessa premissa, a parte qualitativa dessa pesquisa será usada
também para fundamentar os testes de hipótese.
Essa escolha justifica-se por considerar que esses dados e informações primárias,
juntamente com as bases secundárias, permitirão maior clareza quanto à necessidade de
elaboração de novas associações entre as variáveis, além de ajudar a estabelecer inferências
sobre os reflexos dessa pesquisa.
Um modelo hipotético do estudo foi elaborado (figura 3) consistindo pela construção de
conjecturas (hipóteses) que serão submetidas a testes para verificar quais as hipóteses que
persistem como válidas resistindo às tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas.
65
Figura 3 - Modelo hipotético de estudo.
Fonte: Desenvolvido pelo autor com base nos autores: De Toni, Milan e Schuler (2005), Amorim (2007), Graselli
(2007), Mendes (2008), Mendes, Souki e Grasseli (2008) e Almeida (2011).
Foram realizadas pesquisas em diversas bases de dados: Scielo, EbscoHost, Cengage,
Capes, SourceOECD, Proquest e Google Scholar, no período de Junho de 2012 a Outubro de
2013 utilizando como palavras chave: imagem e farmacêutico, pharmaceutical and image e
não foram encontrados estudos que buscaram avaliar a imagem do profissional farmacêutico.
As hipóteses inicialmente elencadas para essa pesquisa são:
H1 – Existe uma diferença significativa da percepção da imagem do farmacêutico entre os
usuários e os profissionais farmacêuticos.
H2a - A dimensão cognitiva influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico
percebida pelos profissionais farmacêuticos.
H2b - A dimensão cognitiva influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico
percebida pelos usuários.
H3a – A dimensão simbólica influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico
percebida pelos profissionais farmacêuticos.
66
H3b – A dimensão simbólica influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico
percebida pelos usuários.
H4a – A dimensão emocional influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico
percebida pelos profissionais farmacêuticos.
H4b – A dimensão emocional influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico
percebida pelos usuários.
H5a – A dimensão funcional influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico
percebida pelos profissionais farmacêuticos.
H5b – A dimensão funcional influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico
percebida pelos usuários.
H6 – Existem diferenças significativas da percepção da imagem do farmacêutico,
considerando o tempo de atuação desses profissionais.
H7 - Existem diferenças significativas da percepção da imagem do farmacêutico,
considerando o gênero desses profissionais.
H8 - Existem diferenças significativas da percepção da imagem do farmacêutico,
considerando a frequência de atendimento dos farmacêuticos aos usuários.
67
6 METODOLOGIA
Neste tópico serão descritos os métodos e técnicas utilizadas na realização da pesquisa,
contemplando o tipo e a natureza do estudo, a população a ser pesquisada, a descrição da
amostra e a forma como se dará a coleta de dados e as análises estatísticas decorrentes.
A partir dos objetivos do estudo, optou-se pela realização de uma pesquisa exploratória e
descritiva com uma abordagem qualitativa e quantitativa, a fim de avaliar a imagem do
profissional farmacêutico.
A metodologia, parte crucial de uma pesquisa científica, refere-se às regras da ciência que
irão dar orientações para que os objetivos propostos sejam alcançados com coerência,
eficácia e com o máximo de imparcialidade por parte do autor. Segundo Vergara (2003) não
existe um método rigorosamente assertivo em pesquisas sociais, de modo que cada
procedimento apresenta vantagens e desvantagens próprias e, pode ser apresentado como
mais ou menos adequado, considerando o propósito da pesquisa a que se destina.
Para Duarte (2002) a descrição dos procedimentos metodológicos, além de cumprir uma
formalidade, permite aos demais pesquisadores percorrer o mesmo caminho da pesquisa e
confirmar ou não as afirmações apontadas no estudo inicial.
De acordo com Laville e Dionne (1999) o método científico fundamenta-se em quatro etapas:
• Propor e definir um problema: Visa conscientizar-se de um problema, torná-lo
significativo e formulá-lo em forma de pergunta;
• Elaborar uma hipótese: Busca analisar os dados disponíveis, formular uma hipótese
tendo consciência de sua natureza provisória e prevendo suas implicações lógicas;
• Verificar a hipótese: Envolve a decisão sobre novos dados necessários, como coletar,
analisar, avaliar e interpretar os dados em relação à hipótese;
• Concluir: Compreende as ações para invalidar, confirmar ou modificar a hipótese; traçar
um esquema de explicação significativo e generalizar a conclusão.
Considerando os passos definidos pelos autores, esta pesquisa apresenta as seguintes
etapas: definição e proposição de um problema de pesquisa; elaboração de hipóteses;
verificação e testes de hipóteses e fechamento (Quadro 2).
68
Quadro 2 – Etapas da Pesquisa
Etapas Objetivos Atividades
Definição e
proposição de
um problema de
pesquisa
Conhecer o tema da pesquisa. Elaborar um
problema a partir de ideias ou de fenômenos
observados. Definir o problema de pesquisa.
Revisão da bibliografia. Entrevista com
especialistas. Observação de
fenômenos. Definição do objetivo da
pesquisa, objetivos específicos e
atividades a serem realizadas.
Elaboração de
hipóteses
Detalhamento do recorte teórico da pesquisa.
Definir as hipóteses a serem testadas. Definir o
escopo das atividades a serem realizadas.
Revisão da bibliografia. Pesquisa
exploratória por meio da realização de
entrevistas com o público alvo da
pesquisa. Elaboração de hipóteses.
Verificação e
testes de
hipóteses
Conhecer os determinantes da qualidade de
serviços e da satisfação do consumidor, bem
como as variáveis relacionadas; identificar
informações relacionadas aos construtos da
pesquisa.
Desenvolvimento do questionário a
partir das informações da etapa anterior.
Pré-teste do questionário e trabalho de
campo. Validação da amostra e dos
construtos. Validação do modelo teórico
utilizado e teste de hipóteses.
Fechamento Responder ao problema da pesquisa. Explicitar
novas indagações que poderão surgir com os
resultados esperados.
Agregação de significado e sentido aos
dados obtidos e aos resultados
estatísticos em conjunto com a base
teórica relacionada à pesquisa.
Delimitação das principais e limitações
do estudo realizado. Definição de novos
caminhos a serem seguidos em
pesquisas futuras.
Fonte: Adaptado de Laville e Dione (1999)
6.1 Definição e proposição do problema de pesquisa
Malhotra (2011) observa que de todas as tarefas de um projeto de pesquisa de marketing,
nenhuma é mais essencial para a satisfação do cliente do que a definição adequada do
problema de pesquisa.
Marconi e Lakatos (2008) salientam que a formulação do problema indica exatamente qual a
dificuldade que se pretende resolver. Formular o problema incide em dizer de maneira
explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e
que almejamos resolver, limitando seu campo e apresentando suas características.
69
Para melhor conhecer o problema a ser estudado e fundamentar a escolha de métodos, foi
realizado pesquisas bibliográficas, entrevistas, além da leitura de artigos científicos, livros,
trabalhos de mestrado e doutorado, legislações pertinentes a atuação do profissional
farmacêutico e informações do setor.
A pesquisa bibliográfica tem como propósito colocar o pesquisador em contato direto com
tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre um determinado assunto, quer publicadas ou
gravadas. Não é mera representação do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas
propicia a análise de um tema sobre um novo aspecto ou enfoque, podendo chegar a
conclusões inovadoras (MARCONI; LAKATOS, 2008).
A consulta ao acervo bibliográfico contribuiu para identificar diferentes estudos sobre a
definição da imagem (BARICH; KOTLER, 1991; BOULDING, 1956; DOBNI; ZINKHAN, 1990;
DOWLING, 1986; FINN; LOUVIERE, 1996; GOSS, 2010; GRÖNROOS, 1995; JOHNSON;
ZINKHAN, 1990; MARTINEAU, 1958; MOSCOVICI, 2000; STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001) e
sobre as dimensões da imagem (DE TONI, 2009; DE TONI; MILAN; SCHULER, 2004, 2005;
DOBNI; ZINKHAN, 1990; MILAN; DE TONI; BARAZETTI, 2005; STERN; ZINKHAN; JAJU,
2001).
A partir desse levantamento bibliográfico, definiu-se pelo problema da pesquisa que visou
identificar a percepção dos profissionais farmacêuticos e dos usuários do serviço em relação
à imagem do farmacêutico, além de propor, testar e validar uma escala para a mensuração
dessa imagem. Todas as atividades relacionadas à pesquisa dependeram do problema e das
perguntas que foram respondidas ao longo do estudo e, para responder aos objetivos
propostos, essa pesquisa foi dividida em duas fases: uma qualitativa e outra quantitativa.
6.1.1 Tipo de pesquisa
Essa pesquisa teve uma abordagem exploratória na primeira fase e descritiva na segunda,
quando visou testar hipóteses específicas e observar os relacionamentos entre os construtos
e variáveis elencadas na fase qualitativa.
70
Gil (2006) conceitua as pesquisas exploratórias como aquelas que têm o propósito de
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, com foco na formulação de problemas
mais sucintos ou hipóteses pesquisáveis em estudos posteriores.
A pesquisa exploratória tem como principal finalidade possibilitar uma melhor compreensão
do problema afrontado pelo pesquisador, permitindo resolver o problema com maior precisão,
identificar cursos alternativos de ação, desenvolver hipóteses, isolar variáveis e relações
chave para análise futura, obter critérios para desenvolver uma abordagem do problema ou
propor prioridades para pesquisas posteriores. Segundo Vergara (2003), os estudos
exploratórios são realizados em áreas onde “há pouco conhecimento acumulado e
sistematizado”.
Esse tipo de pesquisa é caracterizado pela maior flexibilidade do uso de questionários não
estruturados, amostras pequenas e não representativas e, dados qualitativos. Além disso,
para o levantamento de informações, Marconi e Lakatos (2008) sugerem que os
pesquisadores recorram a pesquisas documentais e bibliográficas com o objetivo de
conseguir elementos prévios sobre o campo de interesse, identificar problemas e orientar
para outras fontes de coleta de informações.
Por outro lado, Malhotra (2011) destaca que o objetivo da pesquisa descritiva, que é um tipo
de pesquisa conclusiva, é descrever algo. Normalmente são descritas as características ou
funções do mercado se baseando em amostras grandes e representativas da população,
sendo que os dados obtidos são analisados quantitativamente. As pesquisas descritivas
também podem ser classificadas em longitudinais ou transversais, que foi utilizado nesse
estudo.
Quanto aos meios de investigação, foi realizada uma pesquisa de campo seguida de coleta
de dados qualitativos e quantitativos. Segundo Vergara (2003) as pesquisas de campo se
caracterizam como investigações empíricas realizadas no local onde ocorrem ou ocorreram o
fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-los.
Para Marconi e Lakatos (2008) a pesquisa de campo tem como objetivo conseguir subsídios
acerca de um problema para o qual se busca uma resposta ou uma hipótese que almeje
comprovar pela observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente. Não é
71
uma simples coleta de dados, pois necessita de controles adequados e objetivos
preestabelecidos que discriminam o que deve ser coletado.
6.2 Elaboração e verificação de hipóteses
6.2.1 Pesquisa qualitativa
Em sua primeira fase, esta pesquisa foi exploratória e qualitativa e teve como objetivo
conhecer melhor a opinião dos stakeholders diretamente envolvidos com a construção e
análise da imagem do profissional farmacêutico, para levantar as variáveis relacionadas com
as dimensões da imagem que são projetadas pelo profissional farmacêutico e, que são
percebidas como mais importantes pelos usuários e pelo próprio farmacêutico.
Nessa fase foram realizadas entrevistas abertas, com abordagens pessoais e diretas,
aplicadas separadamente. Cabe destacar que os participantes das entrevistas foram
selecionados por conveniência. Entende-se, portanto, que o critério de amostragem utilizado
nessa fase apresentou um caráter não probabilístico.
Considerando que o interesse dessa fase foi explorar o problema com maior precisão,
desenvolver hipóteses e isolar variáveis para a fase quantitativa, a utilização da metodologia
qualitativa tornou-se adequada.
Foram entrevistados nessa fase qualitativa as seguintes categorias de stakeholders:
• Discentes do curso de farmácia: representam os futuros farmacêuticos. Estão no
processo de formação da imagem profissional e que irá refletir no profissional futuramente.
Podem relatar falhas ou sucessos em seu processo de formação com seleção de
indivíduos matriculados no início do curso e próximos a colação de grau.
• Docentes do curso de farmácia: São os indivíduos que corroboram diretamente na
formação da imagem da profissão de farmacêutico.
• Coordenadores do curso de farmácia: São os responsáveis pela seleção e treinamento
dos docentes e, elaboração das ementas e diretrizes curriculares.
72
• Farmacêuticos: Importantes para identificar algumas variáveis da imagem percebida por
esses profissionais.
• Representante do Conselho Regional de Farmácia: Trata-se de uma autarquia federal
que se responsabiliza pelo registro e fiscalização profissional e também, participa da
elaboração de normas e resoluções que contribuem para a formação da imagem do
farmacêutico.
• Profissionais da área da saúde: São os profissionais mais próximos do farmacêutico e
que contribuem para a formação da imagem desses profissionais. Serão entrevistados
nesse grupo: médico, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.
• Usuários: São os indivíduos que recebem os serviços prestados pelos farmacêuticos e
que serão objetos de interesse nesse estudo, para avaliarem a percepção da imagem do
profissional farmacêutico. Pode-se considerar em princípio, como sendo a sociedade em
geral excluindo-se os participantes dos grupos anteriores. A sua importância deriva do fato
de poderem, assim como os grupos anteriores, criar, alterar ou manter o “senso comum”
sobre a imagem do farmacêutico percebida na sociedade em geral.
Após definição dos grupos, foram entrevistados 04 médicos, 01 enfermeiro, 01 fonoaudiólogo,
01 fisioterapeuta, 01 terapeuta Ocupacional, 03 discentes de farmácia, 02 representantes do
Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, 02 farmacêuticos, 01 docente de farmácia,
02 coordenadores de curso de farmácia e 05 usuários.
Os indivíduos foram entrevistados em separado, em datas e horários previamente
agendados. As entrevistas foram realizadas pelo entrevistador sendo esclarecido aos
respondentes durante os encontros, que o tratamento aos resultados será exclusivamente
com finalidade acadêmica e não pessoal. Os entrevistados foram estimulados a se expressar
livremente sobre o tema proposto, sendo que os depoimentos foram gravados, transcritos e
analisados, para o refinamento e validação do questionário que foi aplicado na fase
quantitativa da pesquisa.
As questões que compõem o roteiro de entrevista foram baseadas no referencial teórico
descrito anteriormente, bem como no objetivo geral e nos objetivos específicos. Esse roteiro
foi dividido em cinco partes, sendo que a primeira parte foi composta por questões
relacionadas aos aspectos gerais (avaliação do relacionamento do entrevistado com o
profissional farmacêutico) e das demais partes foram segmentadas para cada uma das
73
dimensões da imagem (simbólica, funcional, cognitiva e emocional), sendo compostas por
questões específicas para cada uma dessas dimensões.
Dessa forma, para a coleta de dados primários nessa fase foram utilizadas entrevistas em
profundidade, com o auxílio de roteiros semiestruturados (apêndices A e B) que foram
elaborados para os grupos de stakeholders envolvidos nesse estudo.
Para Malhotra (2011) as entrevistas de profundidade constituem em um método de obtenção
de dados qualitativos em que o respondente é testado por um entrevistador para desvendar
motivações, crenças, atitudes e sentimentos subjacentes sobre um tópico. Gil (2006) destaca
que a entrevista é uma forma de interação social e, mais especificamente, um diálogo
assimétrico no qual uma das partes coleta dados e a outra é fonte de informação.
Conforme Minayo (2000), as metodologias utilizadas em pesquisas qualitativas são:
“...aquelas capazes de incorporar a questão do significado e da intencionalidade como inerentes aos atos, às relações, e às estruturas sociais, sendo essas últimas tomadas tanto no seu advento quanto na sua transformação, como construções humanas significativas”.
Gomes (1990) observa que os passos metodológicos da abordagem qualitativa não estão
rigorosamente descritos em manuais. Dessa forma, o pesquisador não pode se nortear
apenas pela intuição. Há que se ater à realidade pesquisada e aos pressupostos teóricos que
sustentam seu projeto. O rigor do trabalho é a primeira regra para a concretização de um
projeto científico.
Na análise das entrevistas foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Bardin (2009),
principal referência no estudo e pesquisa do tema, pondera que enquanto método, a análise
de conteúdo deriva dos métodos projetivos, sendo composta por um conjunto de técnicas de
análise das comunicações que usa procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens. Concentra-se na análise de resultados, decorrentes de testes de
associação de palavras (estereótipos e conotações) e visa pesquisar os estereótipos sociais
espontaneamente partilhados pelos membros de um grupo.
Minayo (2000) reflete que a análise de conteúdo é, na verdade, a análise de informações
sobre o comportamento humano. Esse tipo de abordagem tem duas funções principais:
verificação de hipóteses e descoberta do que está por trás dos conteúdos manifestos.
74
Acrescenta ainda que tais funções podem ser complementares, com aplicação tanto em
pesquisas qualitativas como quantitativas.
Para Malhotra (2011) a análise e conteúdo é um método adequado quando o fenômeno a ser
observado é a comunicação e não um comportamento ou um objeto físico. Trata-se de uma
descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto de uma comunicação. A
unidade de análise pode ser por palavras, caracteres, temas, medidas de espaço e de tempo
ou tópicos.
Diferentes autores concordam que são necessárias várias etapas para auferir significação
aos dados coletados através da análise de conteúdo (CRESWELL, 2010; FLICK, 2009;
MINAYO, 2000). Bardin (2009) categoriza essas etapas em pré-análise, exploração do
material e tratamento dos resultados e, inferência e interpretação.
Após a organização e sistematização do conteúdo das mensagens, torna-se necessário
selecionar entre as técnicas de análise de conteúdo, qual a que melhor irá se adaptar ao
trabalho, possibilitando alcançar e compreender os significados encontrados no material. Na
presente investigação, optou-se pelas operações de desmembramento do texto em
categorias definidas pelo pesquisador, que tiveram como objetivo identificar os núcleos que
compõem a comunicação, enfatizando o que se apresentou como mais relevante e
significativo para compreender o fenômeno (VERGARA, 2003).
Para Gil (2006) a categorização consiste no arranjo dos dados de forma que o pesquisador
possa tomar decisões e tirar conclusões, pela construção de um conjunto de categorias
descritivas e fundamentadas no referencial teórico. Devem ser separados os elementos
componentes e analisado a relação entre eles, não se restringindo apenas ao que está
explícito no material, mas desvelar conteúdos implícitos, dimensões contraditórias e aspectos
silenciados.
A categorização dos dados permite sua descrição, mas é necessário que extrapole a mera
descrição por um esforço de abstração, ultrapassando os dados e tentando prováveis
explicações, configurações e fluxos de causa e efeito (GIL, 2006).
75
Inicialmente, na fase qualitativa da pesquisa foi utilizado o software Atlas TI® 7.0 (Scientific
software development GmbH, Berlim, Alemanha), que ofereceu suporte à codificação do
material para agrupamento por temas de interesse.
Com essa ferramenta de suporte, a análise de dados qualitativos originou citações, códigos e
famílias de códigos que quando guiada pela análise de conteúdo, corresponde a unidades de
registro, subcategorias e categorias, respectivamente.
6.3 Verificação e testes de hipóteses
6.3.1 Pesquisa quantitativa
A segunda fase dessa pesquisa foi descritiva com uma abordagem quantitativa, utilizando um
corte transversal. Constou da mensuração dos atributos da imagem identificados na fase
qualitativa, porém, com um número bem maior de respondentes. Nesta fase, foi realizada
ainda a reunião destes atributos nas dimensões da imagem: funcional, cognitiva, emocional e
simbólica.
Segundo Malhotra (2011) as pesquisas descritivas têm como objetivo principal a descrição de
algo, em geral, características ou funções de mercado. Gil (2006) aponta que estão incluídas
neste grupo pesquisas que têm como objetivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de
uma população, assim como as que visam descobrir a existência de associações entre
variáveis.
Vieira (2002) e Malhotra (2011) apontam que por estar fundamentada em amostras grandes e
representativas, a pesquisa descritiva torna-se consequentemente, em um dos métodos mais
adequados para auferir conclusões mais realistas do universo da pesquisa.
No que tange ao corte transversal adotado por esta pesquisa, Vieira (2002) e Malhotra (2011)
discorrem acerca dos estudos transversais como uma forma de coleta de informações e
dados da população que são realizados somente uma vez. Tais estudos subdividem em
estudos transversais únicos (na qual é extraída somente uma parcela de entrevistados da
população-alvo e as informações acerca desta amostra são obtidas somente uma vez) ou
76
transversais múltiplos (em que há duas ou mais amostras de respondentes da população e a
informação de cada uma das amostras é obtida somente uma vez).
Souki (2003) justifica que os cortes transversais são mais utilizados nas pesquisas de
marketing porque apresentam menores custos em relação aos cortes longitudinais, além de
demandar menos esforço do pesquisador e do entrevistado e, apresentam tempo reduzido
para a coleta dos dados.
Churchill Jr. (1979) propôs um modelo para melhoria das medidas em marketing descrito nas
seguintes etapas: (1) especificação do domínio do construto, (2) geração simples de itens, (3)
coleta de dados, (4) purificação da medida, (5) coleta de dados, (6) análise de confiabilidade,
(7) análise de validade e (8) desenvolvimento de normas.
Para Stern, Zinkhan e Jaju (2001), muitas ferramentas, rotinas e métodos têm sido usados
para examinar o conteúdo e organização das imagens de marca, corporação e loja, mas
nenhuma técnica padronizada foi ainda desenvolvida.
Observa-se que não há um acordo sobre o que constitui imagem, sua função e sua forma de
operacionalização. Muitos pesquisadores não concordam com ferramentas quantitativas e
estão voltando ao uso da conversação, de técnicas projetivas, proposto inicialmente por
Gardner e Levy (1955). Por outro lado, mesmo métodos qualitativos são criticados pela
variabilidade de interpretação e o não tratamento estatístico das respostas (POIESZ, 1989).
Dessa forma, neste estudo, foi proposto a elaboração e teste de um modelo de avaliação da
imagem da profissão de farmacêutico, sendo necessário testar a validade e confiabilidade
neste esforço de pesquisa.
Para Churchill Jr. (1979), as medidas são sempre inferências e a qualidade dessas
inferências depende diretamente dos procedimentos que são usados para desenvolver as
medidas e os elementos que evidenciam a confiabilidade. Estas evidências normalmente
assume a forma de alguma confiabilidade ou índice de validade.
Foi utilizada a coleta estruturada de dados a partir de questionário padronizado com
abordagem direta dos usuários. Para encaminhamento do questionário aos participantes foi
enviado um link por meio eletrônico para os profissionais farmacêuticos, com utilização do
77
sitio do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais com prévia autorização desse
órgão, garantindo que somente profissionais farmacêuticos iriam ter acesso e responder ao
questionário.
As perguntas foram escalonadas em ordem específica, não permitindo que o entrevistado
fizesse sua escolha dentro de um conjunto pré-determinado de respostas.
6.3.2 Roteiro e pré-teste
De acordo com Churchill Jr. (1979), a primeira etapa para o desenvolvimento de melhores
medidas envolve a especificação do construto. O pesquisador deve ser exigente em delinear
o que está incluído na definição e que se exclui. O autor reforça que essas definições dos
construtos são meios e não fins em si mesmos.
Foi elaborado um questionário com perguntas relacionadas às dimensões da imagem da
profissão de farmacêutico a partir dos atributos identificados na fase qualitativa dessa
pesquisa. Esse instrumento além de afirmativas relacionadas às quatro dimensões da
imagem: funcional, cognitiva, emocional e simbólica, também foram inclusas 04 (quatro)
afirmativas para uma análise geral da imagem do profissional farmacêutico. Também foram
inclusas algumas informações de natureza sócio-demográfica, que visaram identificar e
caracterizar o perfil do entrevistado.
Para Churchill Jr. (1979), no processo de desenvolvimento de melhores medidas é necessário
gerar itens que captam o domínio como especificado que pode ser realizado por pesquisa
exploratória, incluindo pesquisas bibliográficas, pesquisas de experiência e exemplos de
estimulação de percepção que são geralmente produtivas. A literatura deve indicar como a
variável foi definida anteriormente e quantas dimensões ou componentes que ele possui.
Um dos pontos principais nesta fase foi definir as âncoras e os tipos de escala, sobre os quais
foram utilizadas as recomendações de Ajzen (2006), que descrevem que não existe uma
maneira pré-determinada de definir o escalonamento de uma forma adequada.
Em relação à escala utilizada foram observadas as recomendações de Bagozzi, Gürhan-Canli
e Priester (2002), as quais indicam que as medições devem ser feitas mediante um
78
escalonamento unipolar que permitam aos participantes da pesquisa expressar em que
extensão e intensidade cada emoção descreve seus sentimentos subjetivos. As escalas
bipolares podem ofuscar as diferenças na resposta emocional pelas várias dimensões.
Outro ponto a ser destacado foi a sugestão dos autores pelas escalas de pelo menos cinco
pontos para cada item, com o objetivo de aumentar as chances de distribuição ótima nas
propriedades da medida.
De acordo com Nunnaly e Bernstein (1994), para que as escalas utilizadas nesse estudo
sejam consideradas intervalares e representem um contínuo idêntico entre os valores
(gradação) que elas representam, uma escala de 11 itens é preferível em relação a uma
escala de 7 itens.
Neste trabalho foi utilizada uma escala Likert unipolar de 11 pontos com variação de 0 a 10
sendo: 0 (discordo totalmente) a 10 (concordo totalmente). Essa escolha se deteve ao fato de
que é mais comum para o respondente analisar e avaliar valores em base decimal. Outro
ponto importante é que esse tipo de escala tem maior precisão do que a escala de 7 pontos.
A próxima fase da pesquisa consistiu em testar o questionário, por meio do pré-teste que foi
aplicado ao público-alvo da pesquisa.
Durante a aplicação do pré-teste foi verificada a clareza das perguntas, o entendimento dos
entrevistados quanto às variáveis e construtos pesquisados e, as necessidade de ajustes no
questionário. Este pré-teste teve o objetivo de identificar e eliminar alguns problemas
potenciais quanto ao entendimento das questões.
O questionário foi aplicado à amostra selecionada em dezembro de 2013 com 45
entrevistados. O tempo de aplicação desse questionário foi analisado para evitar que as
entrevistas pudessem apresentar dados faltantes pela demora no preenchimento e
impaciência do respondente.
A única modificação identificada a partir das dúvidas dos respondentes foi relacionada à
questão 57, nas quais se modificou a descrição dos itens de “Esperança de Melhora da
Saúde (ficar curado)” para “Esperança de Melhora da Saúde”.
79
Marconi e Lakatos (2008) afirmam que o pré-teste serve para verificar três importantes
elementos: fidedignidade (o instrumento produz os mesmos resultados, independente de
quem o aplica); validade (os dados recolhidos são necessários à pesquisa); operatividade
(vocabulário é acessível e há significado claro para cada questão).
Gil (2009) corrobora com a ideia da importância de testar cada instrumento para desenvolver
os procedimentos de aplicação, testar o vocabulário empregado nas questões e assegurar-se
de que as questões e as observações a serem feitas permitam medir as variáveis que se
pretende medir.
A grande queixa dos respondentes foi em função do tamanho do questionário e,
consequentemente, do grande número de questões a serem respondidas. Além disso, os
respondentes consideraram que algumas questões eram idênticas, que após análise do
pesquisador, verificou-se não ser procedente. As questões eram parecidas, mas não
idênticas.
Segundo Marconi e Lakatos (2008), a partir do pré-teste pode ocorrer estimativa dos
resultados, alteração das hipóteses, modificação das variáveis, como também a relação entre
as mesmas, desta forma, oferecendo maior segurança e precisão para o desenvolvimento da
pesquisa.
Após as modificações realizadas com a aplicação do pré-teste, o questionário usado na
pesquisa apresenta o conteúdo que está presente no Apêndice C.
6.3.3 População e amostra
Marconi e Lakatos (2008) definem amostra como uma parcela do universo que é selecionada
convenientemente, ou seja, refere-se a uma espécie de subconjunto do universo a ser
pesquisado. Já para Kerlinger (1980) amostra é uma porção de uma população, geralmente
aceita como representativa.
Hair et al. (2009) conceituam a amostra como um subconjunto relativamente pequeno da
população, extraída por procedimentos probabilísticos ou não probabilísticos e que possibilita
fazer generalizações e inferências estatísticas sobre aquela população em particular.
80
Considerando os conceitos citados, a presente pesquisa seguiu os padrões definidos pela
literatura, tendo como unidades de análise a população em geral e, como unidade de
observação, os farmacêuticos inscritos no Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais e
usuários.
Embora fosse desejável obter uma amostra representativa, uma vez que a unidade de análise
se refere aos usuários em geral, foi obtida uma amostra por conveniência.
Consequentemente, a capacidade de generalização dos resultados será limitada e tem de ser
analisada com cautela, em função das unidades de observação destacadas (MOURA, 2010).
A técnica de amostragem utilizada foi a não probabilística, guiada pela escolha de elementos
por conveniência.
Segundo Malhotra (2011), a amostragem por conveniência é não probabilística em que a
seleção das unidades amostrais baseia-se na obtenção de elementos convenientes. Eles
estão no lugar adequado no momento oportuno sendo a mais rápida e mais barata, pois é
possível encontrar os elementos mais fácil e rapidamente. Por outro lado, essa amostragem
possui grande limitação em relação à generalização dos resultados, pois não existe a
aleatoriedade em relação aos elementos que participam da amostra.
Outro fato a ser considerado é que a participação dos respondentes foi voluntária, livre e
consentida.
A opção pela unidade de análise focada nos usuários em geral foi pelo fato de entender que
pode existir, no rol de entrevistados, uma variação na frequência de atendimento e serviços
prestados pelo profissional farmacêutico. Ainda que não representativo esse número não
deixou de ser um parcela da sociedade em geral.
Destacando as limitações técnicas, Malhotra (2011) alerta para o risco de generalizações,
considerando o potencial de tendenciosidade de seleção e de auto-seleção de entrevistados.
Enfatiza que nesta técnica não existe aleatoriedade em relação aos elementos que participam
da amostra.
Cooper e Schindler (2003) afirmam que a seleção de uma amostra destina-se a obter
conclusões sobre a sociedade e encontrar características e comportamentos que reflitam a
81
realidade do universo pesquisado. Para os autores, há diversas vantagens no uso de
amostras, tais como:
• Custo mais baixo: a pesquisa aponta custos menores se realizada em uma parcela da
sociedade ao invés de se abranger toda ela;
• Maior acuidade dos resultados: a investigação pode ser mais aprofundada e específica
do que se feita junto à sociedade. Logo, a qualidade do estudo, tende a ser melhor e
retratar a realidade com maior fidedignidade;
• Maior velocidade na coleta de dados: a velocidade de execução da pesquisa em
amostras é infinitamente maior do que pesquisas realizadas com toda a sociedade e o
tempo entre o reconhecimento de necessidades das informações e a obtenção destas é
consideravelmente menor;
• Disponibilidade dos elementos da população: a amostragem é o único processo viável
de realização para uma investigação quando uma população é infinita.
Segundo Mattar (1996), a designação apropriada da população de uma pesquisa deve levar
em consideração quatro pontos importantes: a definição das especificações dos elementos de
pesquisa, a definição da unidade amostral, a abrangência geográfica da pesquisa e o período
de tempo em que a pesquisa foi realizada.
6.3.4 Tamanho da amostra
Em relação ao tamanho da amostra, Hair et al. (2009) afirmam que este dimensionamento
deve ser ajustado com a pesquisa ou estudo a ser realizado, sobretudo se a população ou
universo foram consideravelmente grandes, como é o caso do número de farmacêuticos no
Estado de Minas Gerais (22.000 farmacêuticos inscritos) e milhões de habitantes em Belo
Horizonte – MG.
Na concepção dos autores, a determinação do número exato da amostra é um procedimento
complexo, pois há de se buscar o equilíbrio entre fatores como custo, tempo, tangibilidade e
capacidade de resposta aos objetos pesquisados. O pesquisador ao se deparar com diversas
formas estatísticas de definir o tamanho da amostra a ser pesquisada, deverá tomar
importantes decisões, conforme descrito por Hair et al. (2009) a saber:
82
• Determinar o grau de segurança (geralmente, determina-se 95%);
• Definir o nível de precisão especificado, ou seja, a margem aceitável de erros;
• Determinar a variabilidade da população, ou seja, a sua homogeneidade.
Embora o nível de segurança dos estudos estatísticos realizados com populações seja
historicamente definido como 95%, Hair et al. (2009) ponderam que esta margem de precisão
do estudo pode ser especificada pelo próprio pesquisador, considerando o prévio
conhecimento deste quanto ao perfil da população a ser pesquisada.
Para definição do cálculo amostral, nesta pesquisa foi optado por seguir o proposto por
Malhotra (2011) que afirma que a amostra pode ser definida a partir da determinação do
intervalo de confiança em torno de médias ou proporções, com base na fórmula do erro
padrão. Para tanto, aplicou-se a seguinte fórmula:
²/²))1(( Dzn ππ −=
Onde:
n = Tamanho da amostra
π = Proporção da amostra favorável
1-π= Proporção da amostra desfavorável
Z= Variável padronizada
D= Nível de precisão
Nesta fórmula Malhotra (2011) considera o nível de precisão em 0,05 e o nível de confiança
de 95%, sendo assim, o valor tabelado de Z = 1,96. O valor estimado para π será de 0,5,
sendo o mesmo para 1-π.
Considerando que não será possível saber quem concorda totalmente ou discorda totalmente
com as proposições feitas no questionário, há que se estimar em 50% o valor de cada
atributo e assumindo ser de 50% a probabilidade de um julgamento ou outro ocorrem.
Referenciado pelo cálculo aplicado por Malhotra (2011), tem-se que o tamanho confiável a
título de amostra para a presente pesquisa será equivalente a 384,56 indivíduos. Como o
resultado foi fracionado, considera-se a arredondamento para cima, logo n= 385.
Esse é o resultado “líquido” do número de questionários a ser aplicado para cada unidade de
observação, devendo ser aplicado um número maior de questionários, pois pode ocorrer o
83
preenchimento com questões em branco e questionários inválidos. Além disso, existe ainda a
taxa de desistência e a recusa em preencher.
Por fim, há de se considerar que de acordo com Hair et al. (2009), diversas técnicas
estatísticas exigem um mínimo de 5 casos por variável analisada e nesse estudo esse critério
foi atendido.
6.3.5 Coleta de dados
A partir da confecção e dos ajustes finais do questionário, procedeu-se com o trabalho de
campo para a coleta dos dados finais, sendo realizado em duas fases pela existência de duas
unidades de análise.
Na primeira, os questionários foram disponibilizados aos farmacêuticos por meio eletrônico e
inseridos no sitio do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, que oferece um
acesso restrito a esses profissionais inscritos nessa autarquia federal. Dessa forma, houve
confiabilidade de que somente farmacêuticos preencheram esse questionário.
Para essa unidade de análise (farmacêuticos) o questionário foi aplicado no período de 21 de
Fevereiro de 2014 a 18 de Março de 2014 totalizando 724 questionários aplicados. No
período citado 5.321 farmacêuticos acessaram o sitio onde estava inserida a pesquisa o que
corresponde a uma taxa de 13,60% de respostas.
Os questionários também foram aplicados pessoalmente pelo pesquisador diretamente aos
usuários por uma abordagem direta em diversas regiões da cidade de Belo Horizonte/MG. O
questionário foi aplicado de 22 de Março de 2014 a 29 de Abril de 2014 totalizando 572
questionários aplicados.
Dessa forma, aplicou-se um total de 1.296 questionários (45 questionários foram utilizados no
pré-teste), sendo que deste total, 894 foram aproveitados (485 de farmacêuticos e 409 de
usuários) e fazem parte da amostra utilizada nesta pesquisa.
O descarte desses 402 questionários deveu-se ao fato de que 37 questionários (9,20%)
apresentaram questões em branco, 81 questionários (20,15%) tiveram apontamento de uma
84
sequência de um mesmo valor para várias questões e, 284 questionários (70,65%) tiveram
existência de ambiguidades e inconsistências nas respostas. Por exemplo, no caso das
emoções que apresentaram respostas dúbias.
Segundo Laville e Dionne (1999), o pesquisador deve descartar, o mais rápido possível,
aqueles que não podem servir aos seus propósitos. Dentre os problemas que podem ser
identificados, têm-se o erro do entrevistado, omissões, ambiguidades, inconsistências, falta
de cooperação e respostas inelegíveis.
As respostas depois de codificadas foram introduzidas inicialmente no computador utilizando
o software Excel® da Microsoft para posteriormente ser importado para o SPSS®, pois com
um programa de estatística será possível gerar informações de diagnóstico, atentando-se
para a possibilidade de poder ter ocorrido erros de digitação.
6.3.6 Roteiro de análise de dados
Para o tratamento dos dados referentes à parte quantitativa da pesquisa foram utilizados os
softwares: SPSS® (Statistical Package for Social Sciences) e Amos 22.0, que forneceram
subsídio à verificação das medidas de confiabilidade das dimensões Alpha de Cronbach,
validade convergente, discriminante e nomológica dos construtos, dentre outras
interpretações.
Zaltman (2000) afirma que os pesquisadores devem envolver os consumidores de forma mais
ativa na investigação a ser gerida, utilizando metodologias e técnicas que permitam que eles
representem integralmente seu pensamento. Assim, para o campo de pesquisa do Marketing,
parece urgente o desenvolvimento de uma proposta metodológica de fácil aplicação, que seja
capaz de identificar as imagens de produtos específicos com confiabilidade e validade em
contextos organizacionais.
De acordo com Churchill Jr. (1979), para a criação de instrumentos adequados à mensuração
de fenômenos é necessário um alto conhecimento a respeito do domínio ou do escopo do
problema para depois elaborar os itens que irão compor a escala, a qual deverá capturar as
medidas ou valores do construto.
85
De acordo com Hair et al. (2009), a utilização de cada técnica estatística depende de alguns
fatores, como: problema e objetivos da pesquisa, validação dos pressupostos relacionados à
técnica estatística e tipo de escala utilizada no instrumento de coleta de dados.
Como nesse estudo foi proposta a criação de uma nova escala para mensurar as dimensões
da imagem de uma profissão, no caso específico da profissão de farmacêutico, nesse
momento entra em discussão a dimensionalidade, a validade e a confiabilidade da escala a
ser utilizada.
Foi verificado a unidimensionalidade dos construtos pesquisados, ou seja, se as escalas
utilizadas para medir os construtos realmente refletiram uma única dimensão (construto) ou
não. Segundo Netemeyer, Bearden e Sharma (2003), uma medida é considerada
unidimensional quando tem propriedades estatísticas que demonstram que seus itens
compõem um único construto ou fator. A análise fatorial é um método apropriado para se
medir a dimensionalidade do construto.
Em segundo lugar, foi avaliada a confiabilidade das escalas pelo coeficiente alfa de
Cronbach, que mede a consistência interna e diz respeito ao grau de inter-relacionamento
entre um conjunto de itens projetado para medir um único construto. Segundo Netemeyer,
Bearden e Sharma (2003), o coeficiente alfa não é uma medida de unidimensionalidade,
devendo ser usado para medir a consistência interna apenas após o estabelecimento da
unidimensionalidade pela análise fatorial.
Para Churchill Jr. (1979), a confiabilidade garante que os meios utilizados para a medição do
objeto ou construto realmente indicam as diferenças de percepção dos respondentes. Dessa
forma, a confiabilidade é uma condição necessária, mas não suficiente para garantir a
validade.
Em terceiro lugar, foi avaliada a validade de construto pela análise da validade convergente e
da validade discriminante. De acordo com Churchill Jr. (1979), a validade verifica se as
diferenças observadas em relação às mensurações de determinado objeto realmente refletem
as diferenças de opinião ou percepção de diferentes entrevistados. Por outro lado, se uma
medida é valida ela será confiável.
86
6.3.6.1 Unidimensionalidade da escala
Para proceder à análise, foram feitas análises fatoriais exploratórias para cada um dos
construtos separadamente com o intuito de conferir a existência da unidimensionalidade.
Segundo Malhotra (2011) a análise fatorial é uma técnica multivariada utilizada para a
sumarização e a redução de dados, variáveis e informações e que pode ser utilizada para:
identificar dimensões latentes ou fatores que expliquem as correlações entre um conjunto de
variáveis; identificar um conjunto novo, menor de variáveis não correlacionadas que podem
substituir o conjunto original de variáveis correlacionadas na análise multivariada
subsequente (regressão ou análise discriminante) e, identificar em um conjunto maior, um
conjunto menor de variáveis que se destacam para uso em uma análise multivariada
subsequente.
Segundo Hair et al. (2009), o tamanho da amostra deve ser de no mínimo 5 observações para
cada variável, sendo que o ideal seria de 10 a 20 observações por variável. Além disso, não
se deve utilizar a análise fatorial em amostras com menos de 50 elementos e ela deve possuir
mais de 100 observações. No caso desta pesquisa, estes pressupostos foram atendidos.
Em relação aos outros pressupostos a serem observados para a utilização desta técnica, Hair
et al. (2009) esclarecem que não são necessários testes de normalidade, homocedasticidade
e linearidade. Entretanto, como as variáveis são reduzidas a partir da técnica de análise
fatorial, elas devem possuir algum nível de multicolinearidade entre si. Assim, ao realizar os
cálculos da análise fatorial, foi elaborada uma matriz de correlação entre essas variáveis
apresentando um número substancial de variáveis com correlação igual ou acima de 0,40.
Outro pressuposto verificado foi o teste de esfericidade de Barlett, que é usado para testar a
hipótese nula de que as variáveis na matriz de correlação da população não são
correlacionadas, o qual deve ser significativo em nível de 95%, ou seja, menor do 0,05
(MALHOTRA, 2011; MORGAN; GRIEGO, 1998).
Além disso, Hair et al. (2009) defendem que a medida de adequacidade da amostra de
Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) deve ser também calculada. O KMO é um índice para a
comparação entre as magnitudes dos coeficientes de correlação observados e os coeficientes
de correlação parciais. Valores altos para o KMO indicam que a análise fatorial é adequada.
87
Esta medida indica a adequacidade da análise fatorial. Para estes autores, este índice é
interpretado da seguinte maneira: KMO acima de 0,80 é excelente; KMO entre 0,70 e 0,80
está na média; KMO entre 0,60 e 0,70 é medíocre; KMO entre 0,50 e 0,60 é péssimo e KMO
abaixo de 0,50 é inaceitável.
Foi escolhido o método ACP (Análise dos Componentes Principais) para extração dos fatores
por ser o procedimento mais comum nas aplicações de Marketing e Comportamento do
Consumidor (Hair et al., 2009). Esse método foi escolhido pela possibilidade de agrupar um
“número mínimo de fatores necessários para explicar a parte máxima da variância
representada no conjunto original de variáveis”. No caso desta análise, o objetivo foi verificar
se os itens que formam cada um dos construtos possuem unidimensionalidade.
Segundo Nunnally (1967) o método dos componentes principais é o método ideal para
condensar as variáveis na primeira etapa de uma análise fatorial, explicando a maior parte da
variância para qualquer número definido de fatores. Para a extração de fatores, foi adotado o
critério conservador de se considerar apenas os fatores com “raízes latentes” (eigenvalues)
superiores a 1,0. Nesse estudo o ponto de corte foi de 0,40 para a carga fatorial.
Para facilitar a visualização e interpretação dos fatores, foram realizadas rotações ortogonais
pelo método Varimax, o qual minimizou o número de fatores e, ao mesmo tempo, maximizou
a carga das variáveis (itens da escala) sobre um fator (Hair et al., 2009).
6.3.6.2 Confiabilidade da escala
Para Malhotra (2011) a confiabilidade da escala é entendida pela sua capacidade de gerar
resultados consistentes ao longo do tempo. Isso significa que a escala deve apresentar
resultados semelhantes para pessoas que possuem a mesma opinião a respeito dos diversos
itens (questões) contidos nela, que em geral, estão relacionadas a um construto simples.
Caso o valor de consistência seja alto, os indicadores são adequados para gerar uma
unidade de medida relacionada a um construto (KLINE, 2005).
Para Hair et al. (2009), “qualquer escala múltipla deve ter sua confiabilidade analisada para
garantir sua adequação antes de se proceder a uma avaliação de sua validade”.
88
Os fatores extraídos foram submetidos à análise de confiabilidade, utilizando o coeficiente
alfa de Cronbach. Dentre as várias medidas de consistência interna, o coeficiente alfa de
Cronbach é a mais utilizada para verificar a consistência interna de escalas de múltiplos itens
(CHURCHILL JR., 1979; HAIR et al., 2009; KLINE, 2005; MALHOTRA, 2011; NETEMEYER;
BEARDEN; SHARMA, 2003; NUNNALLY, 1967).
O valor do alpha de Cronbach varia entre 0 e 1. Para Hair et al. (2009) valores entre 1,00 e
0,70 são aceitáveis, sendo que em pesquisas exploratórias podem-se aceitar valores a partir
de 0,60. Malhotra (2011) considera que o valor do alpha de Cronbach deve estar entre 0,60 e
1,00. Netemeyer, Bearden e Shama (2003) defendem um nível de alfa de 0,80 ou maior para
escalas maduras.
Um baixo valor para o alpha de Cronbach indica que os itens da amostra não foram eficazes
em capturar o construto que motivou a medida. Por outro lado, um valor alto de alfa indica
que o teste se correlaciona bem com valores verdadeiros (CHURCHILL Jr., 1979).
6.3.6.3 Validade da escala
Segundo Netemeyer, Bearden e Shama (2003), a validade do construto é o objetivo final do
desenvolvimento e da avaliação de um instrumento. Dimensionalidade e confiabilidade são
condições necessárias, mas insuficientes para garantir a validade do construto. A validade do
construto é vista como a extensão em que uma medida operacional verdadeiramente reflete o
conceito que está sendo investigado. É importante notar que a validade do construto não é
medida diretamente, mas é inferida a partir da evidência de que os escores substantivos do
instrumento desenvolvido comportaram-se como esperado.
Para estabelecer a validade do construto de uma medida, o pesquisador também deve
determinar o grau em que a medida se correlaciona com outras medidas destinadas a medir a
mesma coisa e, se a medida se comporta como esperado (CHURCHILL Jr., 1979).
Após a verificação da unidimensionalidade e da confiabilidade, os próximos passos
consistiram em verificar as validades convergente, discriminante e nomológica. Os erros de
mensuração representam grandes ameaças para a validade dos resultados obtidos em
89
pesquisas. Por isso, foi importante validar as mensurações obtidas antes de testar as teorias
(BAGOZZI; YI, 1993; BAGOZZI; YI; PHILLIPS, 1991).
A validade convergente se refere ao nível de correlação positiva entre os itens da escala com
outras medidas do mesmo construto. Por conseguinte, duas medições do mesmo construto
devem apresentar altas correlações entre as medidas, considerando ainda a confiabilidade
das escalas. Caso a escala realmente meça o conceito pretendido, as correlações deverão
ser altas (BAGOZZI; YI, 1993; BAGOZZI; YI; PHILLIPS, 1991; CHURCHILL Jr., 1979; HAIR et
al., 2009; KLINE, 2005; MALHOTRA, 2011).
Espera-se que os itens de uma escala, que medem o mesmo construto, apresentem uma
correlação razoavelmente alta entre si, consistente em termos de valor. Por outro lado,
espera-se que os itens de uma escala que medem diferentes construtos tenham uma baixa
correlação entre si (ou mais baixa do que a encontrada entre os itens que medem o mesmo
construto). Isso é um indicador de que há distinção efetiva entre os construtos (NETEMEYER;
BEARDEN; SHAMA, 2003).
Para Churchill Jr. (1979), as medidas devem ter não só a validade convergente, mas também
a validade discriminante. A validade discriminante é o grau em que a medida é nova e não
simplesmente um reflexo de alguma outra variável.
Em relação ao método utilizado para a verificação das validades convergente e discriminante,
Bagozzi, Yi e Phillips (1991) explicam que a utilização da análise fatorial confirmatória (ACF)
é a forma mais adequada de realizar esse tipo de verificação, pois apresenta uma medida de
ajuste geral do modelo, bem como critérios bem definidos para a definição acerca da
existência ou não das validades verificadas.
A análise fatorial pode ser utilizada para sugerir dimensões e confirmar se o número de
dimensões é suficiente para validar e analisar empiricamente. Essa análise, por vezes,
sugere que as dimensões que foram conceituadas como independente se sobrepõem
claramente. Neste caso, os itens que possuem cargas puras no novo fator, podem ser retidos
e um novo alfa calculado (CHURCHILL Jr., 1979).
A modelagem de equações estruturais (SEM) pode ser definida como um conjunto de
modelos estatísticos. O seu uso está ligado diretamente ao objetivo de explicar as relações
90
entre múltiplas variáveis. Contudo, a sua principal diferença em relação às outras técnicas
estatísticas reside no fato de que na modelagem de equações estruturais uma variável pode
ser ao mesmo tempo, tanto dependente quanto independente. Assim, todas as relações e
equações podem ser calculadas simultaneamente, ao contrário da regressão linear, que
exigiria a realização de várias equações, sendo que cada uma deve ser calculada de forma
separada (HAIR et al., 2009; KLINE, 2005).
Na análise fatorial confirmatória deve ser definida a relação entre os construtos e as variáveis,
ou seja, será necessário definir explicitamente quais variáveis estão associadas a qual
construto. Dessa forma, poderá ser confirmado ou rejeitado a teoria estudada.
Para verificar a validade convergente dos indicadores de cada construto, verifica-se a
significância das suas cargas fatoriais em nível de 1% ou 5%, mediante a realização de testes
t com valores de 2,23 e 1,65, respectivamente. Além disso, avalia-se a carga padronizada de
cada um dos indicadores, as quais devem possuir um valor mínimo de 0,5, sendo que o ideal
são valores de 0,7 ou mais (HAIR et al., 2009).
Para que o modelo se torne identificado, a variância do erro da variável latente será fixada
com o valor 1. Dessa forma, todas as cargas dos indicadores associadas à variável latente
ficarão livres e, portanto, poderão ser calculadas. O cálculo de cada construto ocorrerá de
forma individual (da mesma forma que ocorrerá com as análises fatoriais exploratórias para a
verificação da unidimensionalidade), ou seja, de forma separada dos modelos testados nesta
pesquisa (HAIR et al., 2009).
6.4 Fechamento
No fechamento tem-se agregação de significados e sentido aos dados obtidos e aos
resultados estatísticos, em conjunto com a base teórica relacionada à pesquisa. Foram
delimitadas as principais limitações do estudo realizado e, definição de novos caminhos a
serem seguidos em pesquisas futuras.
91
7 RESULTADOS
7.1 Fase qualitativa
Além do levantamento bibliográfico, citado anteriormente, também foi realizado uma pesquisa
qualitativa com o intuito de desvendar os conteúdos referentes à imagem do profissional
farmacêutico sob o prisma dos stakeholders de acordo com as dimensões propostas por De
Toni, Milan e Schuler (2004, 2005). Foram entrevistadas 23 pessoas por abordagem pessoal
realizadas pelo entrevistador.
As gravações das entrevistas em profundidade foram transcritas e conferidas a fim de garantir
a qualidade dos registros das falas dos entrevistados. A análise de dados se estruturou a
partir da análise de conteúdo proposta por Bardin (2009), por intermédio da categorização
temática na qual os elementos textuais são agrupados por temas, perfazendo uma
investigação sobre o que cada um dos termos tem em relação aos demais e quais
correlações podem ser feitas a partir desses índices, possibilitando as inferências dessa fase
da pesquisa.
Bardin (2009) aponta que esta análise de conteúdo cunhada de forma qualitativa apresenta
riscos, uma vez que, ao não enfatizar a contabilização das palavras em todo o corpus pode
deixar de lado assuntos adjacentes e/ou complementares ao tema proposto. Porém, a fim de
minimizar tal problema, foi proposta a seguinte sequência de análise: (a) leitura flutuante; (b)
avaliação da expressividade do conteúdo; (c) análise das frequências de forma
complementar; (d) releitura flutuante; (e) reafirmação das categorias; (f) análise das frases
selecionadas e (g) revalidação das frases. Foi utilizado o Software AtlasTI® versão 7.0,
ferramenta computacional para a análise de dados qualitativos (FERREIRA, 2012; FLICK,
2009).
Assim, as categorias de análise (families) foram construídas a partir do direcionamento da
pesquisa e dos recorrentes termos, conceitos e construções notadas nas falas da população
pesquisada (codes). Estas foram organizadas de acordo com o referencial teórico a partir das
dimensões da imagem: (a) Dimensão Funcional, (b) Dimensão Cognitiva, (c) Dimensão
Emocional e (d) Dimensão Simbólica.
92
Por fim, buscando desenhar uma análise dos dados que atenda aos pressupostos teórico-
metodológicos, optou-se por utilizar como ferramentas analíticas a apresentação das grades
de análise e de sentenças retiradas das entrevistas realizadas.
A fim de contribuir com o entendimento da análise feita, esta foi dividida em quatro tópicos:
dimensão funcional, dimensão cognitiva, dimensão emocional e dimensão simbólica. A
Tabela 1 apresenta a frequência de aparecimento das famílias de categorias das entrevistas
realizadas nessa fase do estudo. Por meio desta avalia-se a relevância das categorias
escolhidas, assim como, representatividade de cada uma delas.
Tabela 1 - Frequência das famílias de categorias nas entrevistas.
FAMÍLIA DE CATEGORIAS TOTAL PERCENTAGEM
Dimensão Cognitiva 188 18,2%
Dimensão Emocional 80 7,8%
Dimensão Funcional 429 41,6%
Dimensão Simbólica 335 32,4%
Total de Palavras Analisadas 1032
Total de Palavras do Documento 11753
% do documento analisado 8,78%
Fonte: extratos da pesquisa elaborada pelo autor com o Atlas ti 7.0.
A tabela acima demonstra que a análise de dados utilizou 8,78% dos dados coletados para a
mesma. Assim como, apresenta o somatório total de análise de dados, ou seja, a apreciação
de 11.753 palavras em todo o corpus de análise.
Os resultados da categorização dos atributos que compõem a imagem do farmacêutico pelos
depoimentos dos entrevistados pesquisados mostram que a imagem desse profissional
apresenta as seguintes dimensões, em ordem relativa de importância: funcional (41,6%),
simbólico (32,4%), cognitiva (18,2%) e emocional (7,8%).
As palavras mais citadas pelos entrevistados em relação ao profissional farmacêutico foram:
medicamento, profissional, farmacêutico, pessoas, farmácia, saúde, médico, paciente,
segurança, conhecimento, profissão, orientação, atendimento, cliente, população, bom,
responsável, confiança, informação e responsabilidade. Com relação às dimensões da
imagem, as palavras (codes) mais citadas pelos respondentes estão descritas no quadro 3.
93
Quadro 3 – Palavras mais citadas por definição da imagem.
Dimensões Palavras citadas (codes)
Funcional
profissional, paciente, orientação, atendimento, informação, trabalho, atuação, serviço,
importante, atividades, abordagem, tratamento, atenção, acesso, assistência, informações,
qualidade, disponível, venda, acessível, postura, promoção, atribuições, saber,
conhecimento, prevenção, jaleco, crachá.
Cognitiva saúde, responsável, confiança, responsabilidade, ajuda, correto, atuação, cuidado,
presença, presente, problema, conveniência, poder, relacionamento, credibilidade, respeito,
acolhimento, consciente, competente, necessidade, risco, entendimento.
Simbólica
farmácia, medicamento, médico, profissão, cliente, população, área, remédio, balcão,
estabelecimento, sociedade, balconista, prescrição, dispensação, ética, receita, equipe,
drogaria, referência, diferente, simples, diagnóstico, drogas, estudo, ética, respeito,
prestígio, lembrança.
Emocional Segurança, bondade, dúvidas, alegria, acolhimento, prazer, frustração, raiva, decepção,
arrependimento, tristeza, mal, sentimento, doença, alívio, medo, ansiedade, tranquilidade,
bem, gratidão, carinho.
Fonte: extratos da pesquisa elaborada pelo autor com o Atlas ti 7.0.
7.1.1 Questionamentos aos profissionais de saúde
Todos os profissionais de saúde entrevistados já tiveram contato com profissionais
farmacêuticos e, destacaram vários pontos positivos de sua experiência como esse
profissional, principalmente sobre as informações inerentes aos medicamentos que são à
base de formação desse profissional farmacêutico.
Ficou evidenciado que o conhecimento do profissional farmacêutico sobre os medicamentos
facilita o relacionamento com os demais profissionais de saúde, que utilizam desse
conhecimento em sua atuação. O trabalho da equipe multidisciplinar de saúde é facilitado
com a presença do profissional farmacêutico.
“O seu conhecimento da farmacologia enriquece a equipe com troca de experiências” (depoimento de Terapeuta Ocupacional). “Destaco com ponto positivo a interação entre as profissões em dúvidas frequentes sobre dosagens, administração e interações medicamentosas” (depoimento de Médico 4).
De forma significativa poucos pontos negativos relacionados ao profissional farmacêutico
foram citados pelos profissionais da saúde, podendo destacar apenas um relato de um
94
médico entrevistado ao afirmar que “alguns farmacêuticos fazem diagnóstico e vendem
medicamentos para o cliente” (depoimento de Médico 3).
Esse é um ponto que pode ser identificado em outras entrevistas, pois se percebe que alguns
farmacêuticos podem realizar atividades que não são inerentes a sua área de atuação, como
a realização de diagnóstico e a prescrição de medicamentos de venda sob prescrição médica.
A realização dessas atividades gera uma imagem negativa da profissão de farmacêutico.
Quando perguntado aos entrevistados qual a relação existente entre a sua profissão e a do
profissional farmacêutico, vários pontos foram levantados, mas houve uma ênfase na
necessidade da equipe multidisciplinar de saúde pelo conhecimento inerente aos
medicamentos que são passados pelo farmacêutico. O maior ganho nesse relacionamento é
a prestação de serviço ao paciente, que muitas das vezes é comum a vários profissionais e
esse paciente pode estar em uso de medicamentos.
“O farmacêutico é um profissional com conhecimento mais profundo que o meu sobre os efeitos terapêuticos e colaterais dos medicamentos”. (depoimento Médico 1) “Existe uma relação de extrema importância, pois necessitamos do farmacêutico para consultas, tirar dúvidas, principalmente sobre interações medicamentosas e efeitos adversos” (depoimento Médico 4). “Melhora da minha atuação, pois pode diminuir as reações adversas dos medicamentos que interferem no desempenho da fisioterapia” (depoimento de fisioterapeuta). “Temos em comum um paciente que utiliza uma medicação” (depoimento de Terapeuta Ocupacional).
Na opinião dos entrevistados, as atividades do profissional farmacêutico tem baixa influência
em sua profissão. Para os médicos a influência existe no diagnóstico e na prescrição de
medicamentos nas farmácias que não deve ser realizado pelo farmacêutico com já citado.
Para uma enfermeira, existe supervisão de técnicos de enfermagem pelo farmacêutico nas
unidades básicas de saúde, que não está coerente, pois nessas farmácias deveriam existir
técnicos de farmácia em vez de técnicos de enfermagem dispensando medicamentos para a
população.
95
7.1.2 Dimensão funcional
Procurou-se identificar os aspectos sublinhados pelos stakeholders, relacionados à dimensão
funcional da imagem. Os resultados da pesquisa mostram que, para alguns entrevistados, a
imagem da profissão de farmacêutico nessa dimensão, está relacionada principalmente com
o seu conhecimento sobre medicamentos e pela orientação desses para a sociedade.
“Os profissionais de farmácia estão ali para poder facilitar a compra do medicamento, a maneira certa de tomar o medicamento”. (depoimento de Discente de Farmácia 1) “Um profissional capacitado para orientar a população sobre o uso de medicamentos: posologia, como que toma, se tem interferência com a alimentação, o horário de tomar. Um profissional que irá auxiliar no uso correto de medicamentos e a entender como esse medicamento age no organismo”. (depoimento de Farmacêutico 1) “Compreensão da reabilitação e do funcionamento do organismo e as interações medicamentosas melhor que o médico, podendo contribuir para melhor planejamento terapêutico dos pacientes”. (depoimento de Fonoaudiólogo) “Ele ajuda a organizar os seus medicamentos e te explica o porquê de você utilizá-los”. (depoimento de Fisioterapeuta) “Um profissional que pode orientar sobre a administração e o uso incorreto dos medicamentos”. (depoimento de Usuário 1)
Além do conhecimento e orientação, a imagem funcional está relacionada ao atendimento e
informações prestadas pelo profissional na prestação dos serviços. O tratamento e a atenção
dada ao usuário seja pela forma de abordagem, qualidade das informações e assistência
prestada, também podem gerar uma imagem negativa ou positiva da profissão.
A disponibilidade e acessibilidade do profissional em relação ao médico também são
elementos que compõem a dimensão funcional da imagem, podendo o farmacêutico trabalhar
no cuidado com a saúde seja na prevenção ou promoção. Uma imagem negativa pode surgir
se um desses elementos não é atendido.
A profissão de farmacêutico possui muito respeito e consideração, pois todos os
entrevistados ao serem questionados, indicariam o trabalho desse profissional a um
conhecido com uma unanimidade nesse ponto, podendo destacar:
“Todo paciente tem que ter um farmacêutico de referência sempre para consultá-lo”. (depoimento de Farmacêutico 1) “Indicaria, porque o farmacêutico é uma pessoa especial que meche com adultos, crianças e idosos e, qualquer um que precise dos trabalhos dele. Eles são pacientes com as pessoas e são as pessoas mais indicadas para orientar e cuidar. Temos que ter consideração com o farmacêutico”. (depoimento de Usuário 4)
96
Embora tenha respeito e consideração, a profissão de farmacêutico apresentou várias
percepções por parte dos entrevistados. Alguns declararam se tratar de uma profissão ainda
pouco conhecida e desvalorizada, mas pela sua importância para a sociedade está em um
processo de ascensão e reconhecimento, tentando resgatar a imagem que possuía no
passado.
Diante da opinião de alguns profissionais de saúde esse fato não acontece somente com a
profissão de farmacêutico, mas com a maioria das profissões da área de saúde, pois para a
sociedade somente o médico é visto com referência quando se trata do cuidado a saúde. Os
mesmos resultados foram obtidos por Amorim (2007) para a profissão de Fisioterapia,
Mendes (2008) para a profissão de Psicologia e Almeida (2011) para a profissão de
psicólogo.
A imagem positiva do farmacêutico no passado que foi fixada na mente dos usuários é muito
relevante para superar as dificuldades encontradas hoje e deve ser aproveitada como uma
forma de avançar no reconhecimento perdido da profissão de farmacêutico pela sociedade.
“A profissão ainda não é muito conhecida. Acho pouco divulgada e não ouvimos falar muito. Ainda é uma profissão desconhecida”. (depoimento de Discente de Farmácia 2) “Profissão pouco valorizada no país como quase todos os profissionais da área de saúde. Ampla mas desvalorizada”. (depoimento de Enfermeiro) “Profissão ainda muito subjulgada à autoridade dos médicos. Poderia dar uma maior contribuição à saúde da população se lhes fossem dado uma maior autonomia”. (depoimento de Fonoaudiólogo) “Em ascensão. Está começando a ser reconhecida pela população como um profissional da saúde que faz parte da equipe de saúde para auxiliar a população sobre o uso do medicamento”. (depoimento de Farmacêutico 2) “Está sendo reconhecido, pois está passando por uma fase de transição importantíssima que vai valorizar o profissional”. (depoimento de Docente) “Antigamente tínhamos o farmacêutico como o médico da família, por isso que confio tanto no farmacêutico.... Eles estão bem preparados para atuar”. (depoimento de Usuário 1) “Sem o farmacêutico na atualidade, meu trabalho seria limitado”. (depoimento de Médico 2).
Com relação a esse processo de mudança que passa a profissão farmacêutica, vários pontos
foram relatados como influenciadores para esse fenômeno: o descrédito pelo próprio
profissional, vários cursos superiores que oferecem baixa qualificação profissional e a falta de
manejo e cuidado com o usuário, que foi muito evidenciado.
97
O aumento considerável de profissionais farmacêuticos que se formam anualmente, pelo
elevado número de escolas de farmácia no Brasil, tem contribuído para desequilibrar a
balança de oferta e procura de empregos nesse setor. Dessa forma, mesmo com um piso
salarial estipulado por convenção coletiva de trabalho, muitos recém-formados aceitam
trabalhar recebendo um valor inferior.
Diante dos fatos há um descrédito da profissão pelos próprios profissionais que trabalham
desmotivados, podendo levar a uma falha na prestação de serviço, que trás como
consequência uma percepção negativa para a imagem do farmacêutico pela sociedade.
“Ele ainda não se identificou totalmente como ele deveria estar, sabendo da importância que ele tem para a sociedade. Se ele soubesse da importância dele e do conhecimento que ele tem sobre medicamentos, ele já seria referência há muito tempo”. (depoimento de Farmacêutico 1) “O viés da assistência farmacêutica é a falta de cuidado do farmacêutico em relação ao paciente: orientar, acompanhar.” (depoimento de Farmacêutico 2) “O farmacêutico hoje é um profissional muito mais focado na venda do que ao atendimento ao usuário”. (depoimento de Usuário 3)
Esse ponto fica mais claro quando questionado aos entrevistados como ele imagina que seja
o profissional farmacêutico. O farmacêutico tem um reconhecimento da sociedade, mas para
muitos dos entrevistados o farmacêutico deveria dar uma maior atenção ao paciente, sendo
um cuidador da saúde e, isso pouco acontece atualmente. Pela desmotivação com a
profissão o farmacêutico vem se afastando do paciente.
“O farmacêutico deve ser um cuidador. Que transfere responsabilidade, acolhimento, respeito.” (depoimento de Representante do CRF/MG 1) “...ele tem que ter a noção da nobreza com o que está trabalhando, que é a saúde humana.” (depoimento de Coordenador de Curso 1) “Um profissional que representa o elo entre a medicina e a humanidade” (depoimento de Usuário 4).
O profissional farmacêutico possui diversos significados para os entrevistados podendo
destacar a sua importância, competência, necessidade e referência para a saúde pública, a
responsabilidade profissional, além do seu amplo conhecimento sobre os medicamentos.
Quanto aos aspectos tangíveis sublinhados pelos stakeholders relacionados à identificação
do profissional farmacêutico, os resultados da pesquisa indicaram que a imagem está
relacionada à postura, à maneira de vestir desse profissional e pela sua identificação visual.
98
O crachá portado pelo profissional e a vestimenta branca (jaleco), utilizado durante o
ambiente de trabalho foram os pontos mais citados, mas placas e quadros com o nome e
imagens do farmacêutico afixados no estabelecimento, também são objetos utilizados pelos
entrevistados para identificarem o profissional. Diferente de outras profissões da saúde o uso
de roupa branca não identifica o farmacêutico, pois no dia a dia, são poucos os profissionais
que fazem uso desde vestuário.
Quanto à postura como objeto de identificação profissional algumas sentenças foram
relevantes para relacionar com a estima e o conhecimento do profissional pela sociedade. A
distância criada pelo farmacêutico em relação ao paciente nos estabelecimentos tem levado a
uma imagem negativa dessa profissão na visão dos stakeholders.
“Ultimamente e tristemente é aquela pessoa que está mais quieta no canto do balcão”. (depoimento de Representante do CRF/MG 1) “O farmacêutico não fica muito no balcão de farmácia. Ele ainda fica escondido. Não sei por que não é muito divulgado mas a profissão dele não é mostrada. Ele tem conhecimento mas não é procurado.” (depoimento de Discente de Farmácia 2). “A postura do farmacêutico é diferente dos demais colaboradores do estabelecimento. O farmacêutico se diferencia.” (depoimento de Farmacêutico 1) “Ele geralmente não fica no balcão”. (depoimento de Médico 3). “Eu não o identifico. Às vezes pelo crachá, quando ele utiliza”. (depoimento de Usuário 3).
A qualidade do trabalho do farmacêutico é avaliada pela sua educação, acolhimento,
atendimento, disponibilidade e atenção prestada à sociedade, sua atitude enquanto
profissional de saúde, postura ética e pelos conhecimentos adquiridos sobre os
medicamentos.
Alguns dos entrevistados procuram o profissional farmacêutico antes de se consultar com o
médico principalmente pela facilidade de acesso a esse profissional. Essa procura acontece
para o tratamento de situações mais simples e esclarecimento de dúvidas sobre os
medicamentos. O farmacêutico é avaliado previamente pelos usuários pela sua prática diária,
conhecimento e confiança.
Outros procuram primeiramente o médico citando que o farmacêutico não é o responsável
para prescrever medicamentos e para o tratamento de situações mais complexas. Nesse
99
caso, esses indivíduos desconhecem o papel do farmacêutico como prestador de serviços de
saúde.
“É mais barato. É mais acessível. Eu algumas vezes não tenho como ir ao médico e utilizo esse profissional.” (depoimento de Discente de Farmácia 3) “É um profissional muito mais acessível à população do que um médico.” (depoimento de Farmacêutico 2) “Geralmente procuro o médico. Eu procuro o farmacêutico mais para tirar uma dúvida sobre o medicamento que já foi prescrito.” (depoimento de Usuário 1).
Quando é analisada a imagem negativa do profissional farmacêutico nessa dimensão foram
citados os seguintes fatores que podem contribuir para tal fato: a prescrição de um
medicamento errado, a sua ausência no estabelecimento, falta de conhecimento técnico, a
dificuldade de acesso, irresponsabilidade e foco no interesse comercial, esquecendo-se da
prestação de saúde à sociedade.
A ausência do profissional no estabelecimento é um ponto muito relevante, pois ele não
estando presente ao ser procurado pelo paciente, não haverá prestação de serviços
farmacêuticos e o paciente pode buscar orientação do balconista ou se automedicar. Essa
ausência gera uma imagem negativa da profissão.
O mesmo acontece quando o cliente ao procurar uma orientação para um tratamento de
saúde recebe uma prescrição farmacêutica com um excesso de medicamentos ou sem uma
informação devida. O paciente se sente enganado, pois percebe a atuação profissional muito
mais comercial que um agente cuidador da saúde.
Na farmácia, o farmacêutico também realiza atividades burocráticas relacionadas à legislação
e o gerenciamento do estabelecimento. Essas atividades administrativas executadas
atualmente pelo farmacêutico estão afastando o profissional do usuário, pois há uma
diminuição do tempo disponível para a orientação aos clientes, prejudicando o serviço
prestado a sociedade.
“...atividades burocráticas com muitas anotações. Sobra pouco tempo para prestar atendimento para a população” (depoimento de Farmacêutico 2). “Trabalha nas farmácias em atividades burocráticas na maior parte” (depoimento de Fonoaudiólogo). “...o excesso de atividades gerenciais que o distancia das atividades clínicas” (depoimento de Coordenador de Curso 2). “Indica medicações, supervisiona a farmácia e faz de tudo um pouco.” (depoimento de Enfermeiro)
100
Portanto, pode-se observar que os itens tangíveis representam menor papel, de forma que o
conceito de inseparabilidade exerce maior relevância, principalmente no processo de
prestação de serviços. Nesse sentido, verifica-se uma grande interação entre o profissional
farmacêutico e o usuário do seu serviço, que buscam por profissionais com habilidades e
capacidades adequadas para atenderem suas exigências específicas, como pode ser
observado nos depoimentos anteriores.
Um prejuízo para imagem dessa profissão pode vir de uma experiência negativa com o
usuário, uma vez que a configuração do atendimento é personalizada e busca satisfazer
necessidades e desejos individuais.
Verifica-se que a dimensão funcional está mais relacionada à atuação do farmacêutico em
farmácias e drogarias pela relação direta com a orientação sobre o uso de medicamentos.
Isso demonstra uma visa limitada que muitos possuem das áreas de atuação do
farmacêutico.
O farmacêutico além de prestar informações aos usuários acerca dos medicamentos, aplica
medicamentos, executa atividades burocráticas, auxilia no processo de compra e no
tratamento médico orientando ao usuário como utilizar os medicamentos de maneira correta.
A atuação do profissional farmacêutico não está diretamente relacionada a venda de
medicamentos, embora alguns relatos foram citados, mas sim a prestação de serviços
farmacêuticos, principalmente a prescrição de medicamentos isentos de prescrição.
O farmacêutico não deve atender os clientes de maneira rápida. Ele deve ouvir atentamente
as informações passadas pelo usuário e não pode ficar estático atrás do balcão, já que tem
que se colocar ao serviço da população.
A carência de elementos tangíveis que diferenciem a profissão e os profissionais da Farmácia
(falta de padronização das vestimentas e a ausência no ambiente de trabalho) pode estar
contribuindo para a formação de uma imagem indistinta da profissão e restringindo a
valorização desta profissão.
101
7.1.3 Dimensão cognitiva
No estudo da dimensão cognitiva da imagem procurou identificar qual o conhecimento que os
stakeholders possuem sobre o profissional farmacêutico. Foram levantados os atributos
importantes na profissão de farmacêutico como: responsabilidade, confiança, disponibilidade,
importância, relacionamento, respeito, honestidade, motivação profissional e as atividades
executadas em diferentes áreas de atuação profissional.
Os resultados evidenciaram que os estudantes antes de ingressarem no curso de farmácia
desconheciam as atribuições do profissional farmacêutico e sua importância como prestador
de serviços de saúde. Esse fato também pode ser percebido pelo relato de alguns dos
entrevistados.
“Antes de estudar eu sinceramente, nem sabia que tinha farmacêutico na farmácia. Agora que estou estudando sei que é um profissional muito importante dentro da farmácia” (depoimento de Discente de Farmácia 1).
A presença do farmacêutico no estabelecimento é fundamental, sendo um ponto de alta
relevância para a sociedade, principalmente na farmácia, que foi a área mais citada pelos
entrevistados dentre as várias em que o farmacêutico pode atuar. A presença desse
profissional pode prevenir o uso incorreto dos medicamentos, bem como a aquisição desses
pelo usuário de forma incorreta.
Outras áreas de atuação e atividades do farmacêutico foram relatadas pelos entrevistados
como: a farmácia hospitalar, laboratórios, indústria, farmácia de manipulação, gestão do
estabelecimento, organização e logística, além do atendimento ao cliente em consultórios que
ainda é pouco divulgado. Entretanto, muitos dos entrevistados relacionam a imagem do
farmacêutico como um profissional que trabalha em farmácias e drogarias.
“Estar presente durante todo o tempo na farmácia para evitar uso incorreto dos medicamentos”. (depoimento de Discente de Farmácia 2). “Análises clínicas, drogarias, farmácia hospitalar, farmácia de manipulação, indústria e mais de 70 áreas para ele atuar”. (depoimento de Discente de Farmácia 3).
A existência de várias áreas de atuação profissional pode ser uma oportunidade pela
formação generalista, mas ao mesmo tempo é uma ameaça a profissão, pois o farmacêutico
pode perder o seu foco de atuação, que é o medicamento. Isso tem levado os profissionais a
102
uma percepção conflituosa sobre a profissão e gerando dúvidas sobre as diretrizes mais
adequadas para o exercício do farmacêutico.
“Como ela transita por muitas áreas, ele tem que ter habilidade para atuar em todas, desde que tenha um foco para cada área” (depoimento de Coordenador de Curso 1). “O currículo hoje é generalista e o farmacêutico sabe um pouco de tudo mas não está procurando em se especializar em uma área. Está falta deixa a desejar” (depoimento de Discente de Farmácia 3).
O acolhimento, a abordagem correta no atendimento e a execução das atividades são
essenciais na execução das atividades desse profissional. O conhecimento adquirido e a
forma de orientar e transmitir essa informação, são fundamentais para a sociedade.
O encaminhamento do cliente a um profissional médico, quando o farmacêutico não possui
conhecimento sobre a causa, também foi citado por alguns dos entrevistados.
“Todo receituário deve ter uma orientação. Em toda venda tem que ter uma orientação. Esse é o diferencial”. (depoimento de Docente) “Temos que valorizar que quem conhece mais de medicamentos é o farmacêutico e o profissional tem que desempenhar bem esse papel para que a população tenha confiança no farmacêutico como tem com o médico. O que o médico falar para ele é lei e, isso ainda não acontece com o farmacêutico. Temos que trabalhar para criar essa mesma imagem do farmacêutico com a população”. (depoimento de Farmacêutico 2). “Atendimento ao cliente, orientação, tirar as dúvidas, se sentir o “dono”, pois ele trabalha com mais dedicação, mais empenho”. (depoimento de Usuário 2) “Atender os cliente bem, saber sobre os medicamentos e, explicar as pessoas sendo generoso e carinhoso”. (depoimento de Usuário 5)
Os serviços farmacêuticos prestados nas farmácias e drogarias também foram citados pelos
entrevistados como uma atividade profissional incluindo as atividades clínicas e a prescrição
farmacêutica, recentemente regulamentada pelo Conselho Federal de Farmácia, mas ainda
pouco conhecido pela sociedade e pelos próprios profissionais.
“...aplicação de injetáveis, indicação, aferir pressão arterial e curativos.” (depoimento de Representante do CRF/MG 1) “Legalmente está habilitado a atuar nos cuidados farmacêuticos, em toda a orientação, administração de medicamentos, atenção farmacêutica seja domiciliar ou in loco, acompanhamento farmacoterapêutico e, na prescrição farmacêutica que pode agregar o serviço desse profissional.” (depoimento de Representante do CRF/MG 2) “A principal atividade a meu ver seriam as consultas, mas infelizmente ainda é um trabalho de difícil acesso e pouco conhecido”. (depoimento de Fonoaudiólogo)
103
Na percepção dos entrevistados, o farmacêutico realmente executa as atividades de orientar
e vender medicamentos. A dispensação farmacêutica em farmácias foi a atividade mais
lembradas pelos respondentes, entretanto, para alguns dos entrevistados a atuação do
farmacêutico somente com a intenção de vender medicamentos, deixando de lado o cuidado
com a saúde, é um ponto negativo no exercício de sua profissão.
“O farmacêutico hoje é um profissional muito mais focado na venda do que ao atendimento ao usuário” (depoimento de Usuário 3). “Tem muito farmacêutico que tem uma relação afetiva, positiva com o cliente e um farmacêutico que não está nem aí. Só quer vender medicamento e não se interessa com as necessidades do cliente” (depoimento de Discente de Farmácia 3).
A desvalorização e desmotivação do profissional farmacêutico também pode prejudicar o
atendimento ao usuário e gerar uma imagem negativa da profissão, pois o profissional deixa
de oferecer o cuidado necessário para o usuário do serviço.
“O farmacêutico não executa tudo que deveria fazer, seja pela insatisfação pelas condições de trabalho ou salário, desmotivado, não se faz valorizado. A dispensação é feita da forma mais rápida possível e não treina a equipe da forma que deveria treinar.” (depoimento de Farmacêutico 1)
A assistência e atendimento aos clientes foram citados como as principais atividades a serem
desempenhadas pelo farmacêutico, mas não estão sendo realizadas de acordo com a
necessidade dos usuários do seu serviço. Falta uma assistência de forma individualizada, o
que impede a fidelidade ao profissional pelo cliente, situação que acontecia de forma natural
no passado.
“Atender bem os clientes e orientar sobre o uso dos medicamentos”. (depoimento de Usuário 2). “Ele deve dar assistência e não vender só o medicamento. É uma obrigação dar assistência ao paciente.” (depoimento de Discente de Farmácia 2) “Ele está fazendo menos que ele deveria fazer. Ele deveria voltar ao tempo em que as pessoas eram fidelizadas naquele território. Ele conhecia tudo da pessoa, inclusive a questão familiar. A pessoa chegava à farmácia e ele já conhecia o tio e a mãe. Eu penso no resgate do farmacêutico no seu território, na sua comunidade” (depoimento de Representante do CRF/MG 1).
Uma imagem negativa do profissional também pode ser gerada quando o farmacêutico é
procurado na farmácia em busca de uma orientação e, não é encontrado pelo cliente. A
presença com falta de assistência profissional também é percebida como um ponto negativo.
“Ele não deve se ausentar e se omitir, para não colocar a sociedade em risco e permitir que outros façam o seu trabalho” (depoimento do Representante do CRF/MG 2)
104
“Ele tem que estar presente, fazer por onde, tem que ocupar seu espaço na equipe multiprofissional. Não pode ficar somente em uma cadeira e um computador. Ele tem que atuar.” (depoimento de Farmacêutico 2)
A prescrição farmacêutica recentemente regulamentada ainda não é reconhecida pelos
stakeholders. Trata-se de um ponto positivo para a melhoria da saúde pública, pois é uma
forma de minimizar a superlotação das unidades básicas de saúde brasileira, a carência de
médicos nessas unidades, além de promover o uso racional de medicamentos. Para alguns
dos entrevistados o farmacêutico não deve prescrever medicamentos para a sociedade.
“O farmacêutico não deve fazer diagnóstico e prescrever. Deve apenas orientar o paciente.” (depoimento de Médico 3) “Passar por cima de orientações de outros profissionais sem estar a par do problema do paciente”. (depoimento de Médico 4) “Maltratar o cliente ou passar outro remédio no lugar do que foi prescrito pelo médico.” (depoimento de Usuário 5)
As competências mais importantes que descrevem um bom profissional farmacêutico são:
conhecimento técnico e atualização contínua desse conhecimento, responsabilidade e
compromisso, comportamento ético e atuação profissional, disponibilidade e vontade de
ajudar. A forma de abordagem e o atendimento prestado ao usuário também foram citados
pelos entrevistados.
“Quando ele de forma natural e espontânea consegue exercer as suas atividades de forma correta, bem pautada, harmônica, tranquila e satisfatória. O cliente mesmo passando mal sai satisfeito do atendimento e finalizar bem sempre com entusiasmo e um orientação tranquila”. (depoimento de Farmacêutico 1) “Aquele bem disposto, mesmo que não saiba sobre e tenha boa vontade de ajudar”. (depoimento de Médico 4) “É aquele farmacêutico que me escuta, me atende com cordialidade, com simpatia, sem a pressa de vender o medicamento, mesmo que tenha meta. Praticar empatia com o cliente para que eu seja atendida com qualidade, já que estou com um problema de saúde”. (depoimento de Usuário 1) “É um farmacêutico que sabe atender, que não atropele o que realmente a pessoa precisa. Acho que o farmacêutico não deve vender. Ele tem que sentar, ouvir, saber vasculhar antes de vender um medicamento. Tem que ser uma boa venda.” (depoimento de Usuário 3)
Percebe-se, portanto, que os stakeholders da profissão de farmacêutico não conseguem ter
uma noção clara do que consiste a profissão e nem de suas atribuições. Esta confusão
parece iniciar-se no próprio curso de Farmácia que não oferece ao aluno uma visão
abrangente de suas possibilidades de atuação.
105
Diante da falta de conhecimento sólido sobre a profissão, abre-se espaço para que crenças,
preconceitos e visões distorcidas se ampliem, podendo prejudicar a imagem cognitiva da
profissão.
7.1.4 Dimensão emocional
A dimensão emocional da imagem do farmacêutico visou identificar se há aspectos
emocionais eliciadas no serviço prestado e na relação com o prestador de serviços.
O farmacêutico pode despertar emoções tanto positivas quanto negativas, que pode variar de
acordo com a experiência subjetiva de cada um. No entanto, percebe-se uma tendência maior
de emoções positivas no relacionamento com a profissão de farmacêutico e com o próprio
profissional. Os sentimentos positivos que foram despertos no passado são suscitados pelos
stakeholders.
“Para mim hoje é uma perspectiva de futuro. Eu vejo e tento enxergar da melhor maneira possível. Tenho um sentimento de Amor.” (depoimento de Discente de Farmácia 3) “Segurança. Quando criança eu fui muito ajudado por um farmacêutico.” (depoimento de Médico 2) “Não é gratidão nem raiva, é um sentimento entre esses dois. Antes nós tínhamos uma farmácia de bairro que confiávamos no farmacêutico. Hoje a coisa espalhou tanto que perdemos a referência e o atendimento caiu muito. O sentimento mais forte seria o de gratidão”. (depoimento de Usuário 3) “Se a pessoa está procurando o farmacêutico é porque ela tem uma dúvida, então ela quer uma orientação. Se atender a contento a pessoa ficará feliz. Se não atender a contento, como tratar mal, com indiferença, achar que o caso não é importante, o cliente ficará decepcionado.” (depoimento de Farmacêutico 2)
Para alguns entrevistados, as emoções positivas referem-se a uma relação consensual em
que o farmacêutico esteja disposto a satisfazer as vontades e desejos dos clientes. O bom
atendimento, principalmente aquelas relacionadas ao uso do medicamento, também são
emoções positivas que podem ser despertadas nos clientes.
“Quando ele consegue resolver a situação descrita de modo a promover a saúde para aquele cliente. Satisfação.” (depoimento de Coordenado de Curso de Farmácia 2) “Alegria quando a indicação do medicamento é passada com segurança. Passa-me tranquilidade”. (depoimento de Usuário 1)
106
Em contrapartida, as relações conflituosas são potencialmente geradoras de emoções
negativas como a ausência no estabelecimento, a forma de atendimento e abordagem, a falta
de conhecimentos específicos sobre os medicamentos e, principalmente a falta de cuidado
com o paciente.
“A ausência do profissional, a forma de atendimento e abordagem sem acolhimento pode levar ao paciente um descrédito em relação ao farmacêutico.” (depoimento de Docente) “A forma como ele fala é tão importante que dependendo da linguagem facial ele te pode atrapalhar e prejudicar o tratamento.” (depoimento de Farmacêutico 1) “Frustração quando o farmacêutico não tem preparo para isso ou quando ele se omite ou é negligente. Quando ele tem certo descaso.” (depoimento de Coordenador de Curso de Farmácia 2) “A falta do atendimento de qualidade gera desconfiança.” (depoimento de Médico 2) “Quando o usuário vai até uma farmácia atrás de um medicamento, pressupõe-se que ele não está bem. Alguma coisa já o incomoda. Ele já chega com carência de alguma informação e, se o farmacêutico não atende essa expectativa o usuário fica frustrado.” (depoimento de Usuário 3)
Foram avaliados os sentimentos despertos nos entrevistados quando esses se dirigem a um
estabelecimento farmacêutico e encontram o profissional farmacêutico. Pode-se destacar a
sensação de segurança, credibilidade no estabelecimento, felicidade, confiança, alívio,
orgulho, tranquilidade e alegria. Isso evidencia a importância da presença do farmacêutico no
estabelecimento, principalmente no atendimento ao usuário.
“Fico muito feliz pela responsabilidade, pois está presente e disponível para atender as pessoas, dando assistência para o paciente” (depoimento de Discente de Farmácia 3). “Felicidade. Se não tiver o farmacêutico eu procuro outra farmácia”. (depoimento de Usuário 3).
Um dos entrevistados demonstrou preocupação com os aspectos éticos, mesmo tendo
confiança no profissional farmacêutico. Outro entrevistado disse que tem tristeza quando
chega à farmácia e encontra o farmacêutico no “cantinho do balcão e que não vem para
recebê-la”.
A falta de ética profissional gera uma imagem negativa da profissão, sendo percebida
principalmente quando o usuário se sente enganado pelo farmacêutico, seja pela venda de
medicamentos desnecessários ou por um erro na comercialização, despertando um
sentimento negativo. A falta de disponibilidade do profissional no atendimento também
repercute negativamente.
107
“Sinto tristeza quando chego à farmácia e encontro ele no cantinho do balcão e não vem me receber” (depoimento de Representante do CRF/MG 1). “...eu vejo o farmacêutico lá, eu olho para ele várias vezes e, é o balconista que vem me atender” (depoimento de Docente de Farmácia). “Quando tentar me empurrar um medicamento que não necessito, seja pelo balconista ou pelo farmacêutico” (depoimento de coordenador de curso de Farmácia 1). “...troca da prescrição médica e induzir o cliente a levar outro medicamento” (depoimento de Terapeuta Ocupacional).
Foi questionado aos entrevistados o que mais oferece prazer quando vai a uma farmácia.
Para a maioria dos entrevistados o fato de encontrar o produto procurado ou o medicamento
prescrito por um médico foram os mais citados. Foram poucos dos entrevistados que
relacionaram o prazer de ir a um estabelecimento com a presença do profissional
farmacêutico.
O bom atendimento seja do balconista ou do farmacêutico também tem relevância, assim
como os aspectos tangíveis do estabelecimento. O preço e o desconto no medicamento
também foram citados.
“Quando eu vou a uma farmácia eu procuro medicamento, que é um momento difícil. É um prazer ver o farmacêutico lá e perceber que ele tem um reconhecimento ali”. (depoimento de Docente de Farmácia) “Se o farmacêutico está presente, com uma equipe inteirada e coesa e, se a estrutura do local está bem montada, se os produtos estão bem dispostos. Isso me traz prazer e conforto.” (depoimento de Farmacêutico 1) “Ser bem atendida, com carinho, precisão, dedicação. Quando sou atendida por falta de educação ficou até na dúvida se o medicamento que foi passado está correto.” (depoimento de Usuário 5)
Em contrapartida a infelicidade pode ser apontada quando o cliente entra em um
estabelecimento farmacêutico e sente traído pela troca ou falta do medicamento prescrito
pelo médico. O erro na venda ou a indicação de medicamentos sem necessidade que não
foram prescritos pelo médico, também despertam emoções negativas.
Esse sentimento negativo também pode ser apontado pela ausência do farmacêutico nesse
estabelecimento, o alto preço dos medicamentos e falha no atendimento.
“Quando eu chego ao balcão procurando um medicamento e ai vem o balconista me oferecendo duas ou três caixas se eu só preciso de uma, sem sei se vou ficar doente, porque ele está me oferecendo esse tanto de caixa. Parece comércio, é um comércio” (depoimento de Discente de Farmácia 1)
108
“Quando eu vejo o farmacêutico lá, eu olho para ele várias vezes e, é o balconista que vem me atender.” (depoimento de Representante do CRF/MG) “Decepção quando o farmacêutico não corresponde à expectativa de um profissional ético, competente, que está ali para orientar e não para prescrever medicamentos.” (depoimento de Terapeuta Ocupacional)
Quanto ao relacionamento atual entre o profissional farmacêutico e o cliente houve vários
apontamentos, destacando, principalmente a falta de conhecimento da população pela figura
do farmacêutico.
Pode existir um baixo envolvimento devido aos interesses de alguns farmacêuticos somente
na venda do medicamento, esquecendo-se do usuário. Dessa forma, esse atendimento passa
a ser rápido e frio e sem envolvimento, que infere em uma imagem negativa para o
profissional.
“As pessoas ainda não tem noção desse relacionamento com o farmacêutico, pois as pessoas quando entram na farmácia vão direto ao balconista”. (depoimento de Discente de Farmácia 1) “Tem muito farmacêutico que tem uma relação afetiva, positiva com o cliente e um farmacêutico que não está nem aí. Só quer vender medicamento e não se interessa com as necessidades do cliente.” (depoimento de Discente de Farmácia 3)
O acolhimento do paciente pelo farmacêutico é outro ponto a ser analisado. Um bom
acolhimento demonstra compromisso e repassa segurança, em contra partida a falta do
acolhimento gera sentimentos opostos. Foi relatado também por um dos entrevistados que o
farmacêutico impera uma relação de poder, que atrapalha no relacionamento. Para outros
entrevistados essa relação tem melhorado, mas o farmacêutico ainda fica um pouco distante.
“O farmacêutico pode explicar um pouco sobre certo medicamento. Deve ser um relacionamento harmonioso. A aflição de uma doença pode levar a aflição de um paciente.” (depoimento de Médico 4) “Esta sendo criado um vínculo entre o farmacêutico e o cliente. O farmacêutico lida com a emoção do paciente e, o profissional também tem suas emoções. O paciente busca segurança e conforto no farmacêutico. Quando o paciente se sente acolhido pelo farmacêutico pode ter um alívio, mas quando não é acolhido pode até aumentar a dor e o sofrimento.” (depoimento de Farmacêutico 2) “...tem melhorado bastante, mas o farmacêutico ainda fica um pouco distante.” (depoimento de Usuário 2)
Nesse sentido, os resultados preliminares indicam que, embora os serviços prestados pelo
farmacêutico possam desencadear emoções positivas, as situações apresentadas para a
imagem emocional demostra também uma forte tendência ao surgimento de atritos entre os
médicos, os usuários e os farmacêuticos. Tal situação decorre do fato de que muitas vezes a
109
postura do farmacêutico não está adequada a um prestador de serviços que objetiva
satisfazer o seu cliente, mas por interesses comerciais por parte do profissional.
De uma maneira geral as emoções mais citadas pelos entrevistados foram: gratidão, carinho,
acolhimento, tranquilidade, segurança, alívio, prazer, frustração, raiva, decepção,
arrependimento, tristeza, medo e ansiedade.
7.1.5 Dimensão simbólica
Pela avaliação da dimensão simbólica da imagem foi possível identificar o que o farmacêutico
representa ou significa para os clientes. Apesar de se tratar de uma dimensão bastante
subjetiva, foi possível perceber alguns significados comuns aos entrevistados.
Pôde-se constatar nas entrevistas que o cliente associa o profissional farmacêutico com
medicamento, segurança, informação, apoio, confiança, qualidade, acessibilidade, ajuda,
cumplicidade, além de comodidade e praticidade.
“O cliente busca orientação, às vezes o cliente tem dúvida sobre o medicamentos e o médico pode não ter passado uma informação. No dia-a-dia o cliente pode ficar na dúvida de como tomar um comprimido, se com água ou com leite, o farmacêutico entra nesse parte para ajudar o paciente.” (depoimento de Discente de Farmácia 3) “Ajuda ou fuga de um problema. Muitos pacientes procuram a farmácia porque tem medo de procurar outro profissional ou outra ajuda e, ser submetido a exames ou descobrir doenças que não está disponível a enfrentar.” (depoimento de Médico 4) “Orientação e tirar as dúvidas sobre os medicamentos. É mais fácil ir ao farmacêutico do que ir ao médico”. (depoimento de Usuário 1) “Comodidade e praticidade, pois não precisa procurar um médico e enfrentar fila para ser atendido” (depoimento de Usuário 5) ”Cumplicidade.... Muitas vezes ele não tem coragem de ira ao médico e vai a farmácia e conta os problemas que ele tem, coisa que as vezes no médico ele não conta, ele não conta detalhes.” (depoimento de Representante do CRF/MG) “O paciente busca uma ajuda. Muitas vezes o farmacêutico afirma a palavra de um médico gerando um reforço na informação”. (depoimento de Médico 3)
Para os entrevistados a procura pelos serviços farmacêuticos ao invés da automedicação é
avaliada como um ponto muito positivo, mas outros relataram que se o paciente necessita de
medicamento, ele deve procurar o médico e não o farmacêutico.
110
Alguns respondentes afirmaram que existem farmacêuticos que prescrevem medicamentos
que necessitam da prescrição médica, sem a apresentação da receita pelo paciente. Isso
está errado e leva a um risco a saúde da sociedade.
Houve uma divergência na opinião dos entrevistados quanto a procura do paciente pelo
farmacêutico. Alguns buscam esse profissional pela segurança na utilização dos
medicamentos e outros o procuram por conveniência, principalmente pela facilidade de
acesso e gratuidade dos serviços.
“Procuro o farmacêutico pela segurança em utilizar os medicamentos. Ainda não chegamos nessa etapa da busca pela conveniência, pois ainda o farmacêutico não é referência.” (depoimento de Farmacêutico 1) “Procuro o farmacêutico por conveniência, pois é mais fácil de ser atendido” (depoimento de Usuário 5) “Tem mudado para as pessoas mais conscientes, mas atualmente é por conveniência. Eu não vou ao médico ou não tenho acesso ao médico, então eu procuro o farmacêutico.” (depoimento de Representante do CRF/MG 1)
Foi verificado que existem poucas diferenças de percepções entre homens e mulheres em
relação ao profissional farmacêutico, mas as mulheres procuram mais informação e apoio e,
buscam mais a confiança transmitida pelo farmacêutico. Foi relatado que as mulheres cuidam
mais da saúde, pois são mais detalhistas, cuidadosas e querem mais apoio do farmacêutico
que os homens, que é mais sigiloso e acanhado e, buscam uma informação direta e rápida.
Há uma necessidade diferenciada no atendimento.
Os homens ficam mais constrangidos que as mulheres ao serem atendidos pelo profissional
farmacêutico do gênero feminino. Isso não acontece da mesma forma com as mulheres ao
serem atendidas por indivíduos de gênero oposto.
“Os homens tem certa dificuldade de se reportar ao profissional de saúde de uma forma geral, não somente ao farmacêutico.” (depoimento de Coordenador de Curso 2) “Não vejo diferenças. Cada paciente e cada doença tem as suas particularidades. Depende do que se trata para causar ou não um constrangimento“ (depoimento de Médico 4)
Foram levantados os motivos que levam os indivíduos a não utilizarem os serviços do
farmacêutico, assim como o perfil e a descrição desses indivíduos. Pode-se citar o
desconhecimento da profissão de farmacêutico pelo usuário, insegurança para procurar por
esse profissional, a falta de credibilidade no farmacêutico, a confusão da imagem do
111
farmacêutico com o balconista nas farmácias e o medo de ser atendido por profissionais da
saúde.
Um dos entrevistados apontou o conhecimento da sociedade pela profissão de farmacêutico,
mas um desconhecimento dos serviços prestados por esse profissional.
“Quem não conhece o farmacêutico não sabe dos benefícios que pode ter, não foi orientado e como o farmacêutico não estava presente durante muitos anos, a referência dele é o proprietário do estabelecimento.” (depoimento de Docente de Farmácia) “Ele pode desconhecer os benefícios que o serviço do farmacêutico pode trazer para ele. O Serviço do farmacêutico não é difundido, mesmo que a profissão sendo difundida”. (depoimento de Coordenador de Curso de Farmácia 1) “Desinformação. Não é culpa do paciente, mas sim do país onde vivemos que não tem informações necessárias. Até as classes mais altas com melhor nível de estudo e orientação não tem muitas informações sobre a profissão”. (depoimento de Médico 4) “Porque ele vai direto ao balconista. Não se tem o hábito de procurar o farmacêutico. Qualquer pessoa que atender, para eles é o farmacêutico.” (depoimento de Usuário 1)
Nota-se, também, que a relação com o profissional farmacêutico não apresenta status social,
pois na área de saúde a referência ainda é o médico, conforme mostram os depoimentos a
seguir:
“A credibilidade é ao médico e não ao farmacêutico.” (depoimento de Discente de Farmácia 3) “Ainda não, pois ainda não faz parte da cultura no Brasil. Isso vai mudar rápido”. (depoimento de Farmacêutico 1) “Para quem conhece e valoriza o trabalho do farmacêutico sim, mas como a maioria ainda não conhece isso, não representa status. Status seria procurar o médico e não o farmacêutico. Procura o farmacêutico quando não tem médico.” (depoimento de Farmacêutico 2) “Não é status, mas sim precisão”. (depoimento de Usuário 3)
A maioria dos entrevistados se sentiria orgulhoso caso seu filho fosse farmacêutico. Uma
discente de farmácia, que está quase concluindo o curso, se sente insegura pela
desvalorização da profissão atualmente e, não sabe como será no futuro. Outros dois
entrevistados também não foram favoráveis a essa escolha.
“Valorizo a profissão, o cuidado e o conhecimento”. (depoimento de Terapeuta Ocupacional) “É um serviço ótimo, limpo, bom, responsável, que tem responsabilidade, que tem um caminho para levar o bem para as pessoas.” (depoimento de Usuário 4) “É uma profissão boa, procurada, bem vista no mercado. Seria um doutor, formado em farmácia.” (depoimento de Usuário 5)
112
“É a profissão que escolhi, que sobrevivo e vou criar a minha família enquanto farmacêutico. É sofrido mas isso acontece em qualquer profissão.” (depoimento de Representante do CRF/MG 2) “Daria muita força se ele escolhesse ser farmacêutico, mas pela valorização da profissão pode ser frustrante estudar cinco anos, pagar um curso caro para ter um salário desvalorizado. Muitas pessoas não dão importância para essa profissão. Eu não queria que meu filho passasse pelas dúvidas que eu tenho hoje.” (depoimento de Discente de Farmácia 3)
O farmacêutico ideal na opinião dos entrevistados deve ser pautado na ética, atualizado,
satisfeito e realizado com a escolha profissional, que cuida do usuário como zelo e
responsabilidade, sendo acolhedor e dedicado e que preza muito mais pela saúde do usuário
que pela venda do medicamento.
“Um profissional que zelasse pela ética, que buscasse conhecimento, que buscasse se especializar, que lutasse pelos seus direitos, que amasse a profissão acima de tudo, indo além do salário.” (depoimento de Discente de Farmácia 3) “É o farmacêutico que conta caso, que está ali, que recebe as pessoas, que formula, é aquele antigo, que leva para dentro de uma salinha, te olha direitinho, te escuta. Não atende no balcão não. Ele te leva lá dentro, te escuta e sabe te dar uma orientação.” (depoimento de Representante do CRF/MG) “Seria um farmacêutico acolhedor, consciente do seu papel, dos seus limites, que tenha responsabilidade, cuidado, respeito com o próximo, que vai orientar sem colocar a vida do outro em risco. Que tenha a visão do cuidador. Que vai conduzir o rebanho com credibilidade e respeito.” (depoimento de Representante do CRF/MG 2) “Aquele que vê o paciente como um todo e não somente compostos químicos. Ajudar aquele que necessita dos medicamentos." (depoimento de Médico 4) “Um farmacêutico alegre, que não vai se importar se eu vou levar um genérico, que dá atenção em primeiro lugar, pois a dor do paciente é a dor da alma, que é atencioso, que consiga humanizar o atendimento.” (depoimento de Usuário 3)
Para a dimensão simbólica da imagem do farmacêutico os itens mais citados pelos
entrevistados foram: referência em medicamentos, ética no ambiente de trabalho, respeito ao
usuário, prestígio perante a sociedade, segurança na compra e utilização de medicamentos,
garantia na qualidade dos medicamentos, boas lembranças, confiança e esperança de
melhoria da saúde.
7.2 Fase quantitativa
Com os resultados obtidos na fase qualitativa por meio das análises das quatro dimensões da
imagem procedeu-se para a elaboração do roteiro de entrevistas que ficou dividido em cinco
113
partes: uma parte para cada dimensão da imagem e uma parte com a análise dos dados
demográficos dos entrevistados.
Para a dimensão funcional, foram pesquisados a qualidade na prestação de serviços do
profissional, as informações prestadas sobre medicamentos, a função assistencial da
profissão, as competências técnicas, as atividades executadas e os serviços prestados, se
existe interesse comercial na prestação do serviço e a sua identificação pelo consumidor pelo
seu vestuário.
Para a dimensão cognitiva, foram pesquisados o salário do profissional, sua relação com a
área da saúde, facilidade de ser encontrado no estabelecimento, características do
profissional (honestidade, motivação, confiabilidade, orgulho e satisfação profissional) e
algumas área de atuação profissional (Indústria farmacêutica, análises clínicas, indústria
alimentícia e clínicas de estética) além das farmácias e drogarias.
Para a dimensão emocional, foram pesquisadas as emoções positivas (gratidão, carinho,
acolhimento, tranquilidade, segurança, alívio e prazer) e as emoções negativas (frustração,
raiva, decepção, arrependimento, tristeza, medo e ansiedade). Para a dimensão simbólica,
foram relacionados ao farmacêutico e à profissão, a referência profissional, ética, respeito,
prestígio social, segurança e boas lembranças.
Também foram utilizadas quatro questões de âmbito geral avaliando a imagem positiva do
farmacêutico, a boa impressão da profissão e se existe a possibilidade de indicação do
serviço do profissional a alguém conhecido.
Para facilitar o entendimento e o acompanhamento do que foi feito, elaborou-se o Quadro 4,
que contém as diversas etapas do exame de dados.
114
Quadro 4 – Etapas da Análise de dados
Etapa Objetivo Atividade
Dados faltantes e descrição da
amostra
Verificar a quantidade de dados
faltantes. Retirar os casos da
amostra que apresentaram
quantidade superior a 10% de
dados faltantes. Verificar a
aleatoriedade dos dados da
amostra e conhecer características
demográficas da amostra.
Análise dos dados faltantes.
Realização do teste T para os
elementos da amostra com mais do
que 5% de dados faltantes.
Realização do teste Little´s Car.
Análise descritiva das
características demográficas da
amostra.
Normalidade Verificar se a distribuição dos
dados é normal.
Realização do teste de
Kolmogorov-Smirnov.
Observações atípicas Verificar a incidência de
observações atípicas de forma
univariada e multivariada.
Realização do cálculo “caule e
folhas” para outliers univariados.
Cálculo da distância de
Mahalanobis (D²) para outliers
multivariados.
Linearidade Identificar se a relação entre as
variáveis é linear.
Realização de correlação
Spearman (para distribuição não
normal) entre todas as variáveis
entre si.
Unidimensionalidade Verificar a unidimensionalidade dos
diversos construtos para as duas
unidades de análise
Realização de análise fatorial
exploratória para cada um dos
construtos utilizados na pesquisa.
Confiabilidade das escalas Identificar o nível de confiabilidade
das escalas utilizadas para
mensurar os construtos presentes
nesta pesquisa.
Cálculo do valor do Alpha de
Cronbach para cada uma das
escalas utilizadas.
Validade convergente Identificar o nível de correlação
positiva entre os itens da escala
com outras medidas do mesmo
construto.
Análise fatorial confirmatória para
cada uma das escalas utilizadas.
Validade discriminante Identificar até que ponto uma
escala é distinta, mediante a
verificação de que os itens de uma
escala não se correlacionam com
outros itens dos quais deva ser
diferente.
Análise fatorial confirmatória para
cada uma das escalas utilizadas.
Fonte: Adaptado de Moura (2010)
115
7.2.1 Dados faltantes e descrição da amostra
Conforme sugerem alguns autores (TABACHNICK; FIDEL, 2001; HAIR et al., 2009), o
processo de purificação e limpeza dos dados é uma etapa que deve proceder a análise de
qualquer tipo de teoria ou modelo. Neste estudo considerou-se a análise de forma
desagregada, isto é, a análise dos dois bancos de dados de forma separada: o banco de
dados dos usuários e o banco de dados dos farmacêuticos.
Antes da análise dos dados da pesquisa, procedeu-se à verificação da extensão dos dados
perdidos, que de acordo com Hair et al. (2009), pode comprometer a generalização dos
resultados de uma pesquisa. Na análise do banco de dados dos usuários (tabela 2) não foram
identificados casos com dados ausentes.
Tabela 2 – Análise dos dados ausentes no banco de dados de usuários. (continua)
Indicador N Média Desvio Padrão
Dados Ausentes No. de Extremos
N % Baixos Altos F1 409 8,00 1,929 0 ,0 3 0 F2 409 8,34 1,954 0 ,0 5 0 F3 409 7,41 2,365 0 ,0 6 0 F4 409 6,81 3,166 0 ,0 0 0 F5 409 4,31 3,256 0 ,0 0 0 F6 409 8,37 2,256 0 ,0 49 0 F7 409 6,65 3,013 0 ,0 0 0 F8 409 8,52 2,193 0 ,0 44 0 F9 409 4,96 3,260 0 ,0 0 0 F10 409 3,01 3,314 0 ,0 0 0 F11 409 6,25 2,762 0 ,0 23 0 F12 409 6,01 3,330 0 ,0 0 0 F13 409 7,15 3,083 0 ,0 0 0 F14 409 6,96 2,820 0 ,0 0 0 C1 409 4,71 2,329 0 ,0 0 0 C2 409 8,83 2,080 0 ,0 33 0 C3 409 6,41 3,131 0 ,0 0 0 C4 409 6,16 2,955 0 ,0 0 0 C5 409 7,69 2,132 0 ,0 25 0 C6 409 6,43 2,792 0 ,0 0 0 C7 409 8,77 1,750 0 ,0 25 0 C8 409 8,96 1,570 0 ,0 25 0 C9 409 3,89 3,014 0 ,0 0 0 C10 409 7,26 2,190 0 ,0 0 0 C11 409 6,73 2,017 0 ,0 2 0 C12 409 7,74 2,057 0 ,0 2 0 C13 409 7,48 2,135 0 ,0 6 0 C14 409 7,77 2,004 0 ,0 5 0 C15 409 7,09 2,157 0 ,0 0 0 C16 409 7,72 2,832 0 ,0 19 0 C17 409 6,06 3,508 0 ,0 0 0
116
(conclusão)
Indicador N Média Desvio Padrão
Dados Ausentes No. de Extremos
N % Baixos Altos C18 409 4,36 3,754 0 ,0 0 0 C19 409 4,91 3,757 0 ,0 0 0 E1 409 7,44 2,292 0 ,0 6 0 E2 409 6,97 2,387 0 ,0 0 0 E3 409 7,38 2,297 0 ,0 9 0 E4 409 7,86 2,087 0 ,0 12 0 E5 409 8,02 2,050 0 ,0 10 0 E6 409 7,33 2,276 0 ,0 9 0 E7 409 6,28 2,718 0 ,0 21 0 E8 409 2,35 2,450 0 ,0 0 9 E9 409 1,47 2,040 0 ,0 0 9 E10 409 1,60 2,125 0 ,0 0 12 E11 409 1,43 1,958 0 ,0 0 29 E12 409 1,34 1,859 0 ,0 0 30 E13 409 1,55 2,086 0 ,0 0 9 E14 409 2,09 2,598 0 ,0 0 22 S1 409 7,96 2,527 0 ,0 20 0 S2 409 8,19 2,021 0 ,0 7 0 S3 409 8,48 1,906 0 ,0 37 0 S4 409 7,22 2,453 0 ,0 0 0 S5 409 8,24 2,123 0 ,0 11 0 S6 409 8,28 2,112 0 ,0 6 0 S7 409 7,78 2,459 0 ,0 19 0 S8 409 6,53 2,984 0 ,0 0 0 S9 409 8,00 2,240 0 ,0 11 0 S10 409 7,78 2,560 0 ,0 10 0 G1 409 8,45 2,003 0 ,0 45 0 G2 409 8,41 1,999 0 ,0 43 0 G3 409 7,69 2,244 0 ,0 5 0 G4 409 7,58 2,974 0 ,0 27 0 D3 409 1,72 ,448 0 ,0 0 0 D5 409 1,96 ,730 0 ,0 0 0 D6 409 2,88 1,317 0 ,0 0 0 D7 409 2,57 1,069 0 ,0 0 16
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
O banco de dados referente aos farmacêuticos (tabela 3), por outro lado, apresentou 9 casos
com dados ausentes para o indicador C13, com um percentual (1,9%) inferior ao indicado
para análise de aleatoriedade na literatura. Foi identificado posteriormente que o item C13
não estava marcado como campo obrigatório durante o preenchimento do questionário, que
gerou esses dados ausentes. Dessa forma, o teste t de aleatoriedade dos dados não foi
utilizado, pois de acordo com Tabachnick e Fidel (2001), somente as variáveis com mais de
5% de dados faltantes devem ser consideradas na análise do teste t de aleatoriedade.
117
Tabela 3 – Análise dos dados ausentes no banco de dados de farmacêuticos. (continua)
Indicador N Média Desvio Padrão
Dados Ausentes No. de Extremos
N % Baixos Altos
F1 485 8,91 1,559 0 ,0 20 0 F2 485 9,15 1,554 0 ,0 55 0 F3 485 8,89 1,709 0 ,0 27 0 F4 485 8,79 2,009 0 ,0 41 0 F5 485 8,56 2,063 0 ,0 51 0 F6 485 8,82 1,887 0 ,0 36 0 F7 485 8,88 1,997 0 ,0 36 0 F8 485 9,32 1,424 0 ,0 43 0 F9 485 4,91 3,341 0 ,0 0 0
F10 485 6,83 3,205 0 ,0 0 0 F11 485 5,72 3,248 0 ,0 0 0 F12 485 5,29 3,495 0 ,0 0 0 F13 485 5,53 3,417 0 ,0 0 0 F14 485 7,90 2,581 0 ,0 23 0 C1 485 2,00 2,373 0 ,0 0 3 C2 485 9,62 1,258 0 ,0 0 0 C3 485 6,78 2,790 0 ,0 0 0 C4 485 7,36 2,437 0 ,0 10 0 C5 485 8,74 1,737 0 ,0 38 0 C6 485 7,61 2,407 0 ,0 9 0 C7 485 9,40 1,558 0 ,0 0 0 C8 485 9,47 1,285 0 ,0 0 0 C9 485 2,65 2,860 0 ,0 0 0 C10 485 8,81 1,884 0 ,0 45 0 C11 485 5,25 3,018 0 ,0 0 0 C12 485 9,16 1,499 0 ,0 53 0 C13 476 7,25 2,898 9 1,9 0 0 C14 485 9,02 1,570 0 ,0 25 0 C15 485 6,02 3,110 0 ,0 0 0 C16 485 9,60 1,372 0 ,0 0 0 C17 485 9,65 1,244 0 ,0 0 0 C18 485 9,46 1,526 0 ,0 0 0 C19 485 8,61 2,468 0 ,0 57 0 E1 485 8,09 2,152 0 ,0 11 0 E2 485 8,08 2,156 0 ,0 9 0 E3 485 8,24 2,177 0 ,0 56 0 E4 485 8,27 2,060 0 ,0 48 0 E5 485 8,42 2,027 0 ,0 49 0 E6 485 8,07 2,187 0 ,0 12 0 E7 485 7,81 2,345 0 ,0 7 0 E8 485 2,68 2,492 0 ,0 0 0 E9 485 1,93 2,380 0 ,0 0 20 E10 485 2,17 2,468 0 ,0 0 11 E11 485 1,80 2,400 0 ,0 0 22 E12 485 1,78 2,376 0 ,0 0 20 E13 485 1,70 2,206 0 ,0 0 10 E14 485 2,52 2,685 0 ,0 0 0 S1 485 9,19 1,577 0 ,0 49 0 S2 485 9,24 1,414 0 ,0 42 0 S3 485 9,41 1,204 0 ,0 31 0 S4 485 6,41 3,147 0 ,0 0 0 S5 485 9,09 1,617 0 ,0 56 0 S6 485 9,18 1,482 0 ,0 47 0
118
(conclusão)
Indicador N Média Desvio Padrão
Dados Ausentes No. de Extremos
N % Baixos Altos
S7 485 8,74 2,039 0 ,0 36 0 S8 485 8,22 2,253 0 ,0 15 0 S9 485 8,74 1,961 0 ,0 44 0 S10 485 8,86 2,001 0 ,0 45 0 G1 485 8,66 2,028 0 ,0 48 0 G2 485 8,71 1,922 0 ,0 43 0 G3 485 6,96 2,695 0 ,0 0 0 G4 485 9,00 1,867 0 ,0 67 0 D3 485 1,70 ,458 0 ,0 0 0 D6 485 2,23 ,965 0 ,0 0 18 D7 485 2,88 ,717 0 ,0 0 0 D4 485 1,95 ,848 0 ,0 0 30
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS.
Para comprovar, entretanto, a aleatoriedade dos dados foi feito o teste Little´s MCAR. De
acordo com Hair et al. (2009) este teste permite verificar se o comportamento dos dados
ausentes é completamente ao acaso (AACA – nível mais alto de aleatoriedade de dados) ou
seja, se realmente os valores observados para uma variável qualquer representam uma
amostra aleatória para todos os valores existentes desta variável. Assim, este teste analisa os
padrões de ausência de dados de todas as variáveis e os compara com os valores esperados
em relação ao processo aleatório de dados ausentes.
Os resultados deste teste indicam um valor significativo de 0,513, atestando que os dados
ausentes são completamente ao acaso. Procedeu-se então com a substituição dos dados
ausentes pelos valores médios das variáveis.
A parte final do questionário foi intencionalmente inserida com o objetivo de coletar detalhes
sócios demográficos dos entrevistados que participaram da pesquisa.
A amostra foi caracterizada por um total de 894 respondentes válidos sendo divida em duas
unidades de análise: usuários (45,7%) da amostra e farmacêuticos (54,3%) (tabela 4). Em
relação ao gênero 72,4% dos respondentes do grupo de usuários e 70,1% dos respondentes
do grupo de farmacêuticos são do gênero feminino (tabelas 5 e 6).
Os dados obtidos foram semelhantes à população de farmacêuticos inscritos no CRF/MG,
que são representados por 68,66% do gênero feminino e 31,34% do gênero masculino.
119
Tabela 4 – Frequência de distribuição de respondente por unidade de análise.
Unidade de Análise Percentual Percentual Acumulado
Farmacêutico 54,3 54,3
Usuários 45,7 100,0
Fonte: Dados da pesquisa
Tabela 5 – Frequência de distribuição dos usuários por gênero.
Gênero dos Usuários Percentual Percentual Acumulado
Feminino 72,4 72,4
Masculino 27,6 100,0
Fonte: Dados da pesquisa
Tabela 6 – Frequência de distribuição dos farmacêuticos por gênero.
Gênero dos Farmacêuticos Percentual Percentual Acumulado
Feminino 70,1 70,1
Masculino 29,9 100,0
Fonte: Dados da pesquisa
Em relação a faixa etária dos usuários entrevistados, 28,4% dos respondentes têm idade
entre 26 e 33 anos e 22,2% tem idade entre 34 e 41 anos (tabela 7). Foi obtido um resultado
um pouco diferente para os farmacêuticos entrevistados, sendo constatado que a maioria dos
respondentes é formada por jovens com 53% dos respondentes entre 26 e 33 anos e 19,2%
tem entre 18 e 25 anos (tabela 8).
A população idosa é a que mais consome medicamentos como descrito no texto, mas foi
obtido um percentual menor de respondentes no grupo de usuários nessa faixa etária, pois
geralmente não são os idosos que fazem a aquisição dos medicamentos atualmente,
principalmente pela insegurança da população nos grandes centros e, delegam essa
responsabilidade para um parente próximo.
120
Tabela 7 – Frequência de distribuição da faixa etária dos usuários.
Faixa Etária dos Usuários Percentual Percentual Acumulado
De 18 a 25 anos 16,4 16,4
De 26 a 33 anos 28,4 44,8
De 34 a 41 anos 22,2 67,0
De 42 a 49 anos 17,1 84,1
Mais de 50 anos 15,9 100,0
Fonte: Dados da pesquisa
Os dados obtidos foram semelhantes à população de farmacêuticos inscritos no CRF/MG,
que são representados por 8,6% de 18 a 25 anos, 43,54% entre 26 e 33 anos, 21,77% entre
34 e 41 anos, 11,24% entre 42 e 49 anos e 14,85% com mais de 50 anos.
Tabela 8 - Frequência de distribuição da faixa etária dos farmacêuticos
Faixa Etária dos Farmacêuticos Percentual Percentual Acumulado
De 18 a 25 anos 19,2 19,2
De 26 a 33 anos 53,0 72,2
De 34 a 41 anos 16,9 89,1
De 42 a 49 anos 7,2 96,3
Mais de 50 anos 3,7 100,0
Fonte: Dados da pesquisa
Em relação à variável renda familiar dos usuários e dos farmacêuticos, foram utilizadas as
faixas de renda estabelecidas pelo IBGE. O maior grupo de respondentes da pesquisa recebe
entre R$ 2.172,00 e R$ 7.239,99 (40,1%) e 23% possuem um renda que varia entre R$
1.448,00 e R$ 2.171,99 (tabela 9). No grupo de respondentes farmacêuticos 65,8% tem renda
entre R$ 2.172,00 e R$ 7.239,99 e 17,9% tem renda entre R$ 1.448,00 e R$ 2.171,99 (tabela
10).
Tabela 9 - Frequência de distribuição da renda dos usuários.
Distribuição de Renda dos Usuários Percentual Percentual Acumulado
Até R$ 1.447,99 (classe E) 20,3 20,3
Entre R$ 1.448,00 até R$ 2.171,99 (classe D) 23,0 43,3
Entre R$ 2.172,00 até R$ 7.239,99 (classe C) 40,1 83,4
Entre R$ 7.234,00 até R$ 14.479,99 (Classe B) 12,7 96,1
Acima de R$ 14.480,00 (Classe A) 3,9 100,0
Fonte: Dados da pesquisa
121
Tabela 10 – Frequência de distribuição da renda dos farmacêuticos.
Distribuição de Renda dos Farmacêuticos Percentual Percentual Acumulado
Até R$ 1.447,99 (classe E) 4,1 4,1
Entre R$ 1.448,00 até R$ 2.171,99 (classe D) 17,9 22,0
Entre R$ 2.172,00 até R$ 7.239,99 (classe C) 65,8 87,8
Entre R$ 7.234,00 até R$ 14.479,99 (Classe B) 10,1 97,9
Acima de R$ 14.480,00 (Classe A) 2,1 100,0
Fonte: Dados da pesquisa
Outro ponto analisado nessa etapa foi a frequência de atendimento nas farmácias e
drogarias. Para 59,9% dos usuários a frequência de atendimento nas farmácias é de menos
de uma vez por semana. A maioria vai a farmácia pelo menos uma vez por mês para retirar
seus medicamentos (tabela 11).
Tabela 11 - Frequência de distribuição da frequência de atendimento dos usuários.
Frequência de Atendimento Percentual Percentual Acumulado
Nenhuma vez 24,2 24,2
Menos de uma vez por semana 59,9 84,1
Uma vez por semana 11,5 95,6
Mais de uma vez por semana 4,4 100
Fonte: Dados da pesquisa
Quanto ao tempo de atuação dos farmacêuticos entrevistados no mercado de trabalho, 46,2%
dos respondentes atua no mercado entre 3 e 10 anos e 32,6% atuam no mercado há menos
de 3 anos. Percebe-se que se trata de farmacêuticos jovens que possuem menos de 10 anos
de inserção no mercado de trabalho (tabela 12).
Tabela 12 - Frequência de distribuição do tempo de atuação dos farmacêuticos no mercado de trabalho.
Tempo de atuação no mercado de trabalho Percentual Percentual Acumulado
Há menos de 3 anos 32,6 32,6
Entre 3 anos e menos de 10 anos 46,2 78,8
Entre 10 anos e menos de 20 anos 15,1 93,9
Há mais de 20 anos 6,1 100
Fonte: Dados da pesquisa
122
Antes de iniciar a análise dos dados, os indicadores e respectivas variáveis são apresentados
no quadro 5 para facilitar a demonstração das relações e resultados.
Quadro 5 - Quadro dos indicadores e construtos (continua)
Construto Indicador Questão
Dimensão funcional
F1 1 – É um profissional que presta um serviço de qualidade.
F2 2 – É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas.
F3 3 – É um profissional que presta assistência às pessoas. F4 4 – É um profissional que pode aplicar medicamentos. F5 5 – Executa atividades de “escritório” (burocráticas).
F6 6 – É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de medicamentos.
F7 7 – É um profissional que auxilia no tratamento médico.
F8 8 – Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneira correta.
F9 9 – Está preocupado em vender medicamentos. F10 10 – Pode prescrever medicamentos. (receitar medicamentos) F11 11 - É um profissional que atende os clientes de maneira rápida. F12 12 – É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia.
F13 13 – É um profissional que está na farmácia ou drogaria, sempre vestido de branco.
F14 14 – É um líder no seu ambiente de trabalho.
Dimensão cognitiva
C1 15 – É um profissional que ganha um excelente salário. C2 16 – É um profissional da área de saúde. C3 17 – É fácil de ser identificado quando vou à farmácia ou drogaria. C4 18 – É um profissional fácil de ser encontrado nas farmácias ou drogarias. C5 19 – Presta um bom atendimento para os clientes. C6 20 – É um profissional que sempre está à disposição nas farmácias e drogarias. C7 21 – É um profissional importante para as pessoas.
C8 22 – É um profissional que possui competências técnicas a respeito dos medicamentos.
C9 23 – Tenta “empurrar” os produtos comercializados pela farmácia para os clientes.
C10 24 – É um profissional honesto. C11 25 – É um profissional motivado. C12 26 – É um profissional confiável. C13 27 – É um profissional que sente orgulho pela sua profissão. C14 28 – Têm boa vontade em ajudar as pessoas. C15 29 – É um profissional satisfeito com sua profissão. C16 30 - Pode trabalhar em indústrias na fabricação de medicamentos. C17 31 – Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais. C18 32 – Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos. C19 33 – Pode trabalhar em clínicas de estética.
Dimensão emocional
E1 34 – Gratidão. E2 35 – Carinho. E3 36 – Acolhimento. E4 37 – Tranquilidade. E5 38 – Segurança. E6 39 – Alívio. E7 40 – Prazer. E8 41 – Frustração. E9 42 – Raiva.
123
E10 43 – Decepção. E11 44 – Arrependimento. E12 45 – Tristeza. E13 46 – Medo. E14 47 – Ansiedade.
Dimensão simbólica
S1 48 – Uma boa referência profissional em relação à indicação de medicamentos. S2 49 – Ética dentro no ambiente profissional. S3 50 – Respeito com as pessoas. S4 51 – Um profissional de prestígio perante a sociedade. S5 52 – Segurança na compra de medicamentos. S6 53 – Certeza de utilizar os medicamentos de maneira correta. S7 54 – Garantia que os medicamentos são manipulados corretamente. S8 55 – Boas lembranças. S9 56 - Confiança em relação ao estabelecimento em que ele trabalha. S10 57 – Esperança de melhoria da saúde.
Imagem
G1 58 – Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos. G2 59 – Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos. G3 60 – O farmacêutico é bem visto pela sociedade.
G4 61 - Indico o serviço do farmacêutico a um parente ou amigo quando me solicitam.
Fonte: Questionário da pesquisa
Após a análise das características dos respondentes da pesquisa procedeu-se com a análise
descritiva dos dados (tabela 13).
Para verificar se as diferenças observadas nas médias entre o grupo de usuários e de
farmacêuticos são estatisticamente significativas foi realizado o teste t. De acordo com
Pestana e Gageiro (2000), quando se deseja comparar as diferenças entre médias
observadas de uma variável quantitativa em um ou em dois grupos, podem-se utilizar os
testes t. Segundo Malhotra (2011), o teste t é o mais comum quando se deseja avaliar
hipóteses relacionadas aos valores médios de uma variável.
Tabela 13 – Estatística descritiva dos indicadores. (continua)
Indicador Usuários Farmacêuticos
Sig. N Média
Desvio Padrão N Média
Desvio Padrão
F1 409 8,00 1,929 485 8,91 1,559 ,000
F2 409 8,34 1,954 485 9,15 1,554 ,000
F3 409 7,41 2,365 485 8,89 1,709 ,000
F4 409 6,81 3,166 485 8,79 2,009 ,000
F5 409 4,31 3,256 485 8,56 2,063 ,000
F6 409 8,37 2,256 485 8,82 1,887 ,001
F7 409 6,65 3,013 485 8,88 1,997 ,000
F8 409 8,52 2,193 485 9,32 1,424 ,000
F9 409 4,96 3,260 485 4,91 3,341 ,434
F10 409 3,01 3,314 485 6,83 3,205 ,046
Dimensão emocional
124
(continua)
Indicador Usuários Farmacêuticos
Sig. N Média
Desvio Padrão
N Média Desvio Padrão
F11 409 6,25 2,762 485 5,72 3,248 ,000
F12 409 6,01 3,330 485 5,29 3,495 ,271
F13 409 7,15 3,083 485 5,53 3,417 ,023
F14 409 6,96 2,820 485 7,90 2,581 ,011
C1 409 4,71 2,329 485 2,00 2,373 ,018
C2 409 8,83 2,080 485 9,62 1,258 ,000
C3 409 6,41 3,131 485 6,78 2,790 ,001
C4 409 6,16 2,955 485 7,36 2,437 ,000
C5 409 7,69 2,132 485 8,74 1,737 ,000
C6 409 6,43 2,792 485 7,61 2,407 ,000
C7 409 8,77 1,750 485 9,40 1,558 ,000
C8 409 8,96 1,570 485 9,47 1,285 ,000
C9 409 3,89 3,014 485 2,65 2,860 ,353
C10 409 7,26 2,190 485 8,81 1,884 ,000
C11 409 6,73 2,017 485 5,25 3,018 ,000
C12 409 7,74 2,057 485 9,16 1,499 ,000
C13 409 7,48 2,135 476 7,25 2,898 ,000
C14 409 7,77 2,004 485 9,02 1,570 ,000
C15 409 7,09 2,157 485 6,02 3,110 ,000
C16 409 7,72 2,832 485 9,60 1,372 ,000
C17 409 6,06 3,508 485 9,65 1,244 ,000
C18 409 4,36 3,754 485 9,46 1,526 ,000
C19 409 4,91 3,757 485 8,61 2,468 ,000
E1 409 7,44 2,292 485 8,09 2,152 ,019
E2 409 6,97 2,387 485 8,08 2,156 ,013
E3 409 7,38 2,297 485 8,24 2,177 ,003
E4 409 7,86 2,087 485 8,27 2,060 ,556
E5 409 8,02 2,050 485 8,42 2,027 ,606
E6 409 7,33 2,276 485 8,07 2,187 ,061
E7 409 6,28 2,718 485 7,81 2,345 ,001
E8 409 2,35 2,450 485 2,68 2,492 ,579
E9 409 1,47 2,040 485 1,93 2,380 ,004
E10 409 1,60 2,125 485 2,17 2,468 ,001
E11 409 1,43 1,958 485 1,80 2,400 ,000
E12 409 1,34 1,859 485 1,78 2,376 ,000
E13 409 1,55 2,086 485 1,70 2,206 ,280
E14 409 2,09 2,598 485 2,52 2,685 ,123
S1 409 7,96 2,527 485 9,19 1,577 ,000
S2 409 8,19 2,021 485 9,24 1,414 ,000
S3 409 8,48 1,906 485 9,41 1,204 ,000
S4 409 7,22 2,453 485 6,41 3,147 ,000
S5 409 8,24 2,123 485 9,09 1,617 ,000
S6 409 8,28 2,112 485 9,18 1,482 ,000
S7 409 7,78 2,459 485 8,74 2,039 ,000
125
(conclusão)
Indicador Usuários Farmacêuticos
Sig. N Média
Desvio Padrão
N Média Desvio Padrão
S8 409 6,53 2,984 485 8,22 2,253 ,000
S9 409 8,00 2,240 485 8,74 1,961 ,006
S10 409 7,78 2,560 485 8,86 2,001 ,000
G1 409 8,45 2,003 485 8,66 2,028 ,936
G2 409 8,41 1,999 485 8,71 1,922 ,297
G3 409 7,69 2,244 485 6,96 2,695 ,001
G4 409 7,58 2,974 485 9,00 1,867 ,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS.
De maneira geral, as médias dos indicadores são maiores no grupo de farmacêuticos do que
no grupo de usuários. As exceções são apontadas a partir de cada construto.
No construto dimensão funcional a maior média foi do indicador F8 (Explica para as pessoas
sobre como utilizar os medicamentos de maneira correta), com média 8,52 e 9,32 nos grupos
de usuários e farmacêuticos, respectivamente. A menor média foi do indicador F9 (Está
preocupado em vender medicamentos), com média 4,96 e 4,91, nos grupos de usuários e
farmacêuticos, respectivamente. Esta média, entretanto, não apresentou diferença
estatisticamente significativa.
Percebe-se a forte relação entre o profissional farmacêutico e o medicamento tanto na visão
do usuário quanto na visão do farmacêutico, principalmente quanto a maneira correta de se
utilizar o medicamento. Fica evidente a relação de confiança do usuário pelo conhecimento
do farmacêutico sobre a forma correta de administrar o medicamento. Por outro lado, tanto o
usuário como o profissional não identificam o farmacêutico com um profissional que tem um
foco meramente comercial. A prestação do serviço do farmacêutico está direcionada para o
atendimento e a orientação e não no ato de vender medicamentos para o usuário.
O indicador F12 (É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia) com médias 6,01
para usuários e 5,29 para farmacêuticos apresentou o maior grau de dispersão das respostas
(desvio padrão de 3,330 e 3,495 nos grupos de usuários e farmacêuticos, respectivamente).
A menor dispersão, por outro lado, foi observada no indicador F1 (É um profissional que
presta um serviço de qualidade) com médias 8,00 nos grupos de usuários e 8,91 no grupo de
farmacêuticos, cujos desvios padrões foram 1,929 (usuários) e 1,559 (farmacêuticos).
Somente os indicadores F9 (Está preocupado em vender medicamentos) e F12 (É um
126
profissional que fica atrás do balcão da farmácia), não apresentaram diferenças entre médias
estatisticamente significativas.
Quando há um alto desvio padrão significa que as opiniões são divergentes. Assim, tanto
para os usuários quanto para os farmacêuticos, existem dois grupos: um que concorda com a
afirmativa e outro que não concorda. O farmacêutico não se vê somente atrás do balcão da
farmácia, pois o mesmo executa outras atividades inerentes a sua atividade, mas a imagem
desse profissional para o usuário é uma relação entre o profissional e o balcão da farmácia.
No caso do desvio padrão pequeno, significa que existe uma grande concordância em
relação a média obtida e o seu significado se torna mais importante ainda. Tanto para o
usuário quanto para o farmacêutico, a prestação de serviço é de qualidade. É um resultado
relevante para a imagem da profissão.
O indicador F5 (Executa atividades burocráticas “escritório”) apresentou diferentes resultados
entre os usuários e os farmacêuticos com média de 4,31 e 8,56 respectivamente. O
farmacêutico além de prestar orientação a população sobre o uso dos medicamentos ele
também realiza atividades administrativas como lançamento de dados em sistema
informatizado, fato que não é visto pelos usuários, que visualizam o farmacêutico apenas
como um profissional que presta um serviço de orientação.
O indicador F10 (Pode prescrever medicamentos) também apresentou divergências na média
entre os usuários e os farmacêuticos com resultado de 3,01 para os usuários e 6,83 para os
farmacêuticos. Percebe-se que os usuários ainda não tem conhecimento dessa nova
atribuição do farmacêutico em prescrever medicamentos, assim como existe um grupo de
profissionais que desconhecem esse serviço que pode ser prestado ao usuário, pois a média
obtida foi abaixo de 7,00.
Dentro do construto dimensão cognitiva a maior média foi do indicador C8 (É um profissional
que possui competências técnicas a respeito dos medicamentos) com média 8,96 e do
indicador C2 (É um profissional da área de saúde) com média de 8,83 no grupo de usuários.
Para o indicador C17 (Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais) foi
obtido uma média 9,65 e o indicador C2 (É um profissional da área de saúde) com média de
9,62 no grupo de farmacêuticos.
127
Os usuários acreditam na competência técnica do profissional farmacêutico em relação aos
medicamentos e identificam o farmacêutico como um profissional da área da saúde. A área
de análises clínicas pode se desempenhada pelos farmacêuticos e, dessa forma, esse
profissional pode trabalhar nesse segmento e realizar exames laboratoriais, assim como se
trata de uma profissão da área da saúde, dado evidenciado pelos altos valores das médias
obtidas.
As menores médias no construto dimensão cognitiva foram C9 (Tenta “empurrar” os produtos
comercializados pela farmácia para os clientes) com média 3,89 no grupo de usuários e C1 (É
um profissional que ganha um excelente salário) com média 2,00 no grupo de farmacêuticos.
As pessoas acreditam que o farmacêutico é um prestador de serviços nas farmácias e
drogarias e, que ele não comercializa produtos desnecessários para o usuário. Supõe-se que
as pessoas prefiram ser atendidas pelo farmacêutico a outros colaboradores do
estabelecimento. O farmacêutico está insatisfeito com sua renda obtida pelos serviços
prestados e não acreditam que ganham excelentes salários.
As maiores dispersões entre as respostas no grupo de usuários foram relacionadas as outras
áreas de atuação do farmacêutico além de farmácias e drogarias. O indicador C19 (Pode
trabalhar em clínicas de estética) obteve uma média 4,91 e desvio padrão 3,757, o indicador
C18 (Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos) com média de 4,36 e desvio
padrão de 3,754 e o indicado C17 (Pode trabalhar em laboratórios realizando exames
laboratoriais) com média de 6,06 e desvio padrão de 3,508.
No grupo de farmacêuticos as maiores dispersões foram dos indicadores C15 (É um
profissional satisfeito com sua profissão) com média 6,02 e desvio padrão 3,11 e do indicador
C11 (É um profissional motivado) com média 5,25 e desvio padrão 3,018. A menor dispersão,
por sua vez, foi do indicador C8 (É um profissional que possui competências técnicas a
respeito dos medicamentos) com média 8,96 e desvio padrão 1,570 no grupo usuários e
média 9,47 e desvio padrão 1,285 no grupo farmacêutico. Somente a variável C9 – Tenta
“empurrar” os produtos comercializados pela farmácia para os clientes, não apresentou
diferença entre médias estatisticamente significativas.
Em virtude do alto desvio padrão obtido em relação às questões sobre satisfação e motivação
com a profissão escolhida e execução das atividades laborais, percebe-se que existe um
128
grupo de profissionais que estão satisfeitos e motivados, mas existe outro grupo que está
insatisfeito e desmotivado, que pode estar relacionado com a baixa remuneração da profissão
percebida pelos profissionais.
Considerando o baixo desvio padrão para a dimensão cognitiva, tanto o usuário quanto a
população reconhece a competência técnica do farmacêutico sobre medicamentos, pois fica
evidenciado nos dois grupos pelo alto valor da média e o baixo desvio padrão.
Na dimensão emocional, os indicadores E1 a E7 (que estão relacionados a emoções
positivas) tiveram médias maiores que os indicadores E8 a E14 (que estão relacionados a
emoções negativas). No conjunto de indicadores da dimensão positiva, a maior média foi do
indicador E5 (Segurança) com 8,02 no grupo de usuários e 8,42 no grupo de farmacêuticos. A
menor média foi do indicador E7 (Prazer) com 6,28 no grupo de usuários e 7,81 no grupo de
farmacêuticos. A maior dispersão foi apresentada pelo indicador E7 (Prazer) com média 6,28
e desvio padrão 2,718 no grupo de usuários e média 7,81 e desvio padrão 2,345 no grupo de
farmacêuticos.
Analisando os dados obtidos, o farmacêutico desperta mais emoções positivas do que
negativas, que é bastante relevante por se tratar de uma profissão da área da saúde que lida
diretamente com a recuperação da saúde dos indivíduos com o uso do medicamento. O
indicador segurança com maior média contribui ainda mais com as análises anteriores, com
significância para o conhecimento técnico do farmacêutico sobre os medicamentos e sua
prestação de serviço na orientação ao usuário. A dispersão no indicador Prazer pode estar
relacionada à dubiedade na interpretação da palavra, onde alguns podem ter entendido como
alegria e outros com atração afetiva, fato observado pelo pesquisador durante a aplicação
dos questionários, pois gerou dúvidas em alguns dos entrevistados.
Dos indicadores associados à emoção negativa, a maior média foi do indicador E8
(Frustração) com média 2,35 no grupo de usuários e 2,68 no grupo de farmacêuticos. As
menores médias foram dos indicadores E12 (Tristeza) com média 1,34 no grupo de usuários
e E13 (Medo) com média 1,70 entre os farmacêuticos. A maior dispersão foi apresentada
pelo indicador E14 (Ansiedade) com média 2,09 e desvio padrão 2,598 no grupo de usuários
e média 2,52 e desvio padrão 2,685 no grupo de farmacêuticos.
129
No caso da dimensão emocional a alta média obtida pela emoção frustração pode estar
relacionada a uma falha no relacionamento farmacêutico-usuário podendo ser no
atendimento, orientação, prescrição dentre outros, mas são valores baixos quando
comparado aos obtidos com as emoções positivas, que se sobressaíram. O mesmo pode ser
dito para tristeza e medo com baixos valores obtidos nas médias. O alto valor do desvio
padrão para o indicador ansiedade pode ser explicado pela insegurança do Ser Humano em
lidar com o seu problema de saúde. Alguns indivíduos são mais ansiosos que outros em uma
relação com um profissional da saúde.
Dos indicadores que compuseram a dimensão simbólica a maior média foi do indicador S3
(Respeito com as pessoas) com média 8,48 para os usuários e 9,41 para os farmacêuticos. A
menor média foi do indicador S8 (Boas lembranças) com média 6,53 no grupo de usuários e
S4 (Um profissional de prestígio perante a sociedade) com média 6,45 no grupo de
farmacêuticos, que também apresentou a maior dispersão entre as respostas (desvio padrão
3,147).
O farmacêutico deve respeitar todas as decisões do usuário quanto à utilização dos
medicamentos prescritos pelos profissionais da saúde, fato validado pelos resultados obtidos.
Ter ou não uma boa lembrança do serviço prestado pelo profissional farmacêutico pode variar
de acordo com a opinião de cada um. Geralmente a procura por esse profissional acontece
quando há um agravamento no estado de saúde do indivíduo, que ao se lembrar do
farmacêutico, pode vir à memória o bom atendimento e a satisfação com os resultados
obtidos pelo profissional, mas também o estado de saúde desagradável que apresentava ao
procurar pelo farmacêutico.
Os usuários prestigiam a profissão de farmacêutico muito mais que os próprios profissionais
que em momento de decisão escolheram seguir essa carreira. A desmotivação e a baixa
remuneração dessa profissão descrita anteriormente podem contribuir para com essa
sensação de falta de prestígio da sociedade. Esse é um ponto que deve ser trabalhado com a
categoria farmacêutica.
No construto imagem, por sua vez, a maior média foi do indicador G1 (Eu tenho uma imagem
positiva dos farmacêuticos) com média 8,45 no grupo de usuários e o indicador G4 (Indico o
serviço do farmacêutico a um parente ou amigo quando me solicitam) com média 9,00 no
grupo de farmacêuticos.
130
As menores médias foram dos indicadores G4 (Indico o serviço do farmacêutico a um parente
ou amigo quando me solicitam) com média 7,58 no grupo de usuários e o indicador G3 (O
farmacêutico é bem visto pela sociedade) com média 6,96 no grupo de farmacêuticos,
apresentando comportamento contrário entre os dois grupos.
A profissão de farmacêutico tem uma imagem positiva para os usuários e o profissional não
tem ciência de sua importância. O profissional farmacêutico indica o seu serviço e o serviço
de seus pares a outras pessoas, mas os alguns usuários não fazem essa indicação.
Das 61 variáveis investigadas, somente 11 não apresentaram diferenças estatisticamente
significativas entre as médias, apontando para um comportamento diferente entre os dois
grupos de respondentes. Também em uma análise comparativa, em somente 11 indicadores
o grupo de usuários apresentou médias superiores ao do grupo de farmacêuticos. Estes
dados apontam que existem diferentes avaliações entre os dois grupos, ou seja, para a
grande maioria dos itens que compõem a imagem do farmacêutico existem diferenças entre
os usuários e os profissionais.
7.2.2 Normalidade
Outro pressuposto que deve ser verificado é o padrão de distribuição das variáveis
estudadas. O teste de Kolmogorov-Smirnov é recomendado para amostras com mais 50
elementos (PESTANA; GAGEIRO, 2000).
A análise da tabela 14 com os indicadores do teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov
aponta para a ausência de normalidade da maioria dos indicadores trabalhados nesta
pesquisa. Este resultado já é suficiente para evidenciar a violação da normalidade
multivariada, já que a distribuição normal de todas as variáveis em um bloco é um requisito
para a existência da normalidade multivariada de todas as combinações lineares destas
variáveis (TABACHNICK; FIDEL, 2001).
131
Tabela 14 − Teste Kolmogorov-Smirnov. (continua)
Indicadores
Usuários Farmacêuticos
N Kolmogorov-
Smirnov Z Sig.
(bicudal) N
Kolmogorov-Smirnov Z
Sig. (bicudal)
F1 409 3,582 ,000 485 6,948 ,000
F2 409 4,441 ,000 485 7,856 ,000
F3 409 3,490 ,000 485 6,876 ,000
F4 409 3,242 ,000 485 7,313 ,000
F5 409 2,365 ,000 485 6,248 ,000
F6 409 4,822 ,000 485 6,804 ,000
F7 409 3,472 ,000 485 7,366 ,000
F8 409 5,244 ,000 485 8,574 ,000
F9 409 2,143 ,000 485 2,900 ,000
F10 409 4,583 ,000 485 3,554 ,000
F11 409 2,473 ,000 485 2,667 ,000
F12 409 2,587 ,000 485 2,340 ,000
F13 409 3,857 ,000 485 2,584 ,000
F14 409 3,142 ,000 485 5,136 ,000
C1 409 3,404 ,000 485 5,588 ,000
C2 409 6,276 ,000 485 10,624 ,000
C3 409 2,709 ,000 485 2,727 ,000
C4 409 2,212 ,000 485 3,065 ,000
C5 409 3,659 ,000 485 6,295 ,000
C6 409 2,855 ,000 485 3,783 ,000
C7 409 5,350 ,000 485 9,637 ,000
C8 409 5,997 ,000 485 9,248 ,000
C9 409 2,460 ,000 485 4,946 ,000
C10 409 2,742 ,000 485 6,843 ,000
C11 409 2,921 ,000 485 2,782 ,000
C12 409 3,224 ,000 485 7,908 ,000
C13 409 3,200 ,000 485 3,910 ,000
C14 409 3,816 ,000 485 7,055 ,000
C15 409 2,875 ,000 485 2,461 ,000
C16 409 4,438 ,000 485 10,508 ,000
C17 409 2,941 ,000 485 10,595 ,000
C18 409 3,151 ,000 485 10,154 ,000
C19 409 2,820 ,000 485 7,530 ,000
E1 409 2,924 ,000 485 4,221 ,000
E2 409 2,185 ,000 485 4,297 ,000
E3 409 2,758 ,000 485 4,661 ,000
E4 409 3,450 ,000 485 4,442 ,000
E5 409 3,376 ,000 485 4,813 ,000
E6 409 2,803 ,000 485 4,435 ,000
E7 409 2,545 ,000 485 4,048 ,000
E8 409 3,505 ,000 485 3,383 ,000
E9 409 5,420 ,000 485 4,848 ,000
132
(conclusão)
Indicadores
Usuários Farmacêuticos
N Kolmogorov-Smirnov Z
Sig. (bicudal)
N Kolmogorov-Smirnov Z
Sig. (bicudal)
E10 409 4,869 ,000 485 4,222 ,000
E11 409 5,369 ,000 485 5,441 ,000
E12 409 5,663 ,000 485 5,451 ,000
E13 409 5,561 ,000 485 5,462 ,000
E14 409 4,638 ,000 485 4,159 ,000
S1 409 4,303 ,000 485 7,898 ,000
S2 409 3,734 ,000 485 8,006 ,000
S3 409 4,487 ,000 485 8,778 ,000
S4 409 2,928 ,000 485 3,336 ,000
S5 409 4,239 ,000 485 7,313 ,000
S6 409 4,293 ,000 485 7,601 ,000
S7 409 3,855 ,000 485 6,433 ,000
S8 409 3,051 ,000 485 5,247 ,000
S9 409 4,038 ,000 485 6,832 ,000
S10 409 4,137 ,000 485 7,277 ,000
G1 409 4,567 ,000 485 6,075 ,000
G2 409 4,643 ,000 485 5,969 ,000
G3 409 3,354 ,000 485 3,296 ,000
G4 409 4,327 ,000 485 7,729 ,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
7.2.3 Observações atípicas
Para a identificação de dados atípicos ou outliers, empregou-se o critério do número de
desvios em relação à média, conforme sugerem Hair et al. (2009). Na tabela 15 identificam-se
outliers univariados pelo critério de três desvios padrão em relação à média (|Z| > 3). Pode-se
observar que alguns indicadores apresentam alguns outliers.
Tabela 15 - Indicadores e quantidade de outliers univariados. (continua)
Indicadores Farmacêuticos Usuários Indicadores Farmacêuticos Usuários F1 8 3 C18 13 0 F2 10 5 C19 20 0 F3 11 5 E1 7 6 F4 9 0 E2 7 0 F5 8 0 E3 9 4 F6 16 11 E4 11 7 F7 12 0 E5 10 8 F8 15 9 E6 9 7 F9 0 0 E7 0 0
133
(conclusão)
Indicadores Farmacêuticos Usuários Indicadores Farmacêuticos Usuários
F10 0 0 E8 1 9 F11 0 0 E9 10 9 F12 0 0 E10 11 12 F13 0 0 E11 14 8 F14 13 0 E12 13 6 C1 0 0 E13 8 9 C2 13 11 E14 0 11 C3 0 0 S1 12 9 C4 10 0 S2 8 7 C5 6 6 S3 11 6 C6 9 0 S4 0 0 C7 12 9 S5 14 5 C8 9 5 S6 12 5 C9 0 0 S7 15 12 C10 10 1 S8 11 0 C11 0 2 S9 10 9 C12 9 2 S10 9 10 C13 0 6 G1 13 10 C14 9 4 G2 11 9 C15 0 2 G3 0 5 C16 17 0 G4 14 0 C17 13 0
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
A análise dos outliers univariados não apresentou nenhuma tipicidade de respostas
específica de algum dos segmentos da amostra utilizada nesta pesquisa, ou seja, não foi
possível identificar se a presença dos outiliers se devia a fatores como sexo, idade, ou tempo
de atuação ou frequência de atendimento. Os resultados encontrados podem ser atribuídos
ao tipo de escalas utilizadas e ao comportamento dos respondentes.
Os outliers multivariados foram identificados por meio da distância de Mahalanobis (D2),
conforme sugerem Tabachnick e Fidel (2001). Segundo as autoras, quando existe a
normalidade multivariada dos dados a distância de Mahalanobis se distribui como uma
estatística qui-quadrado com k graus de liberdade, em que k é o número de variáveis
analisadas (MINGOTI, 2005). Para fazer esse cálculo, é necessário fazer a distribuição do
teste qui-quadrado com o número de graus de liberdade igual a 61 (são 61 variáveis
independentes) e com o nível de significância abaixo de 0,001 (KLINE, 2005; HAIR et al.,
2009). Por conseguinte, o valor do teste do qui-quadrado nesta pesquisa para o cálculo do
valor da distância de Mahalanobis foi de 99,2106. Assim, todas as observações acima deste
valor são consideradas atípicas multivariadas. A tabela 16 apresenta os casos que tiveram
resultados do teste acima deste valor.
134
Tabela 16 - Teste qui-quadrado por casos (qui-quadrado acima de 99,2106). (continua)
Farmacêuticos Usuários
Elemento da Amostra Qui-Quadrado Elemento da Amostra Qui-Quadrado
417 150,5816 5 110,174
422 157,5052 8 135,683
432 114,2854 22 129,3312
439 149,1567 32 155,2869
440 156,0678 46 134,1719
448 138,7783 47 104,5025
450 128,6055 61 113,6278
455 159,9498 62 129,5008
460 108,3019 65 121,5628
469 121,0955 70 103,6405
478 103,2452 73 162,5788
480 152,6965 90 99,67331
488 108,5654 95 157,0909
490 109,5259 96 105,7308
499 217,5178 97 132,7381
503 241,3082 100 127,5278
505 112,2429 109 118,5401
506 122,5144 122 133,3688
509 131,6051 128 102,3996
516 123,2771 135 113,0438
528 122,9497 138 113,8923
539 144,1456 145 189,8694
553 102,2845 151 116,2928
566 113,6403 162 122,4476
585 100,7626 173 126,864
592 142,3773 181 141,7094
612 155,7226 182 215,2735
618 111,7083 184 131,2457
619 143,7574 205 112,171
623 117,2597 210 110,6433
628 145,8677 213 142,6732
636 231,0448 234 149,5545
641 182,605 250 100,6397
653 123,3954 258 132,5651
659 141,7356 277 124,8225
665 129,4004 303 118,5261
674 122,3752 316 166,6206
679 158,3454 321 110,3871
680 137,1978 336 99,84007
688 113,5915 339 153,6342
690 157,4922 350 101,8551
694 221,7556 365 114,127
702 130,1701 366 133,0091
725 137,8106 381 114,3546
135
(conclusão)
Farmacêuticos Usuários
Elemento da Amostra Qui-Quadrado Elemento da Amostra Qui-Quadrado
733 105,112 390 141,1688
736 139,389 391 109,6615
737 155,9132
753 131,202
770 135,4985
776 227,8089
778 100,7216
784 109,8058
786 148,8875
788 113,2034
790 125,491
801 163,2389
806 100,3186
821 125,5697
837 117,4227
853 153,677
855 99,98179
863 188,7744
868 125,7596
869 160,1776
871 110,2542
874 106,6199
882 131,3063
885 114,9142
890 167,2596
Total de casos 69 Total de casos 46
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
O banco de dados referente aos farmacêuticos apresentou 69 casos com outliers
multivariados e o banco de dados de usuários apresentou 46 casos. Seguindo as orientações
de Hair et al. (2009), em um primeiro momento essas observações atípicas permanecem na
amostra. Outros testes estatísticos serão realizados com e sem a presença dos outliers, com
o intuito de verificar sua influência nos resultados da pesquisa. A amostra com os dados
atípicos ficou composta, no caso dos farmacêuticos de 485 elementos no total e a amostra
sem os outliers tem 415 observações, e no caso dos usuários de 409 no total e 363 sem os
outliers.
136
7.2.4 Linearidade
Uma suposição implícita em todas as técnicas multivariadas baseadas em medidas
correlacionais de associação, incluindo regressão múltipla, regressão logística, análise fatorial
e modelagem de equações estruturais, é a linearidade. Como as correlações representam
apenas a associação linear entre variáveis, os efeitos não lineares não serão representados
no valor de correlação. Isso resulta em uma subestimação da força real de relação. É sempre
prudente examinar todas as relações para identificar quaisquer desvios de linearidade que
possam causar impacto na correlação.
De acordo com Hair et. al. (2009), o modo mais comum de avaliar a linearidade consiste em
examinar diagramas de dispersão das variáveis e em identificar padrões não lineares nos
dados. Dessa forma, a linearidade foi avaliada pelas matrizes de correlação de Spearman
(Apêndice D), já que a normalidade foi descartada. Para as correlações não significativas, o
gráfico de dispersão foi “plotado”. Então, fez-se um diagnóstico para avaliar se há uma
relação não linear entre as duas variáveis.
7.2.5 Unidimensionalidade
Unidimensionalidade de uma medida refere-se à homogeneidade dos itens que a compõem.
Uma medida é unidimensional quando os itens que a constituem refletem uma única
dimensão do construto. Assim, um conjunto de indicadores é dito unidimensional quando se
pode indicar uma única causa comum como aquela que os reflete (NETEMEYER; BEARDEN;
SHARMA, 2003).
Em termos operacionais, a unidimensionalidade de um conjunto de indicadores implica o fato
de as correlações encontradas entre eles serem provenientes de um único construto latente.
Em outros termos, um único fator subjacente é capaz de representar adequadamente a matriz
de correlações entre os indicadores.
A verificação da unidimensionalidade da escala é frequentemente feita por meio da análise
fatorial exploratória (AFE), para examinar se os indicadores agrupam-se em torno de um
único fator. A escala será unidimensional se um fator único, obtido a partir da utilização do
método de extração por componentes principais responder pelas correlações entre os
137
indicadores (NETEMEYER; BEARDEN; SHARMA, 2003; GERBING; ANDERSON, 1988,
DUNN; SEAKER; WALLER, 1994).
Para avaliar a adequação da solução fatorial, três critérios foram utilizados:
a) Verificar se a variância explicada da solução fatorial é superior a 50% (HAIR et.al., 2009).
b) Comparar a medida KMO com o mínimo aceitável de 0,6.
c) Apresentar uma matriz de correlação com pelo menos, 75% dos itens do construto
estatisticamente correlacionados entre si.
Logo, o pesquisador pode utilizar o conjunto mais apropriado de indicadores para analisar o
problema em questão. Partindo dessa orientação, adotou-se um procedimento sistemático
para construir um conjunto de variáveis mais representativos de cada construto.
Primeiramente, calcularam-se as cargas fatoriais, a variância extraída, o KMO e a variância
explicada do total de variáveis que compunham cada um dos construtos, por segmento de
usuários e farmacêuticos separadamente. Foi realizada a rotação varimax da matriz
considerando um eingevalue maior ou igual a 1.
Os resultados da análise fatorial do construto dimensão funcional para o grupo de usuários
está descrito na tabela 17 e mostra que a carga fatorial dos indicadores que compõem a
dimensão funcional nesse grupo foi dividida em 4 fatores diferentes. Os requisitos para
validação desta análise foram todos atendidos.
Tabela 17 - Análise fatorial do construto dimensão funcional no grupo de usuários. (continua)
Indicador Componentes
Comunalidade 1 2 3 4
F1 – É um profissional que presta um serviço de qualidade. ,776 ,657 F2 – É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas.
,812 ,683
F3 – É um profissional que presta assistência às pessoas. ,669 ,491 F4 – É um profissional que pode aplicar medicamentos. ,618 ,457 F5 – Executa atividades de “escritório” (burocráticas). ,753 ,591 F6 – É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de medicamentos.
,692 ,608
F7 – É um profissional que auxilia no tratamento médico. ,436 ,434 ,410 F8 – Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneira correta.
,726 ,560
F9 – Está preocupado em vender medicamentos. ,634 ,465 F10 – Pode prescrever medicamentos. (receitar medicamentos) ,486 ,459 ,472
138
(conclusão)
Indicador Componentes
Comunalidade 1 2 3 4
F11 - É um profissional que atende os clientes de maneira rápida. ,621 ,527 F12 – É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia. ,750 ,710 F13 – É um profissional que está sempre vestido de branco. ,833 ,739 F14 – É um líder no seu ambiente de trabalho. ,530 ,524 ,693
Kaiser-Meyer-Olkin ,796
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 1.217,636
df 91 Sig. ,000
Variância extraída 57,604
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
O subconstruto DF1 (orientação) foi formado pelos indicadores F1, F2, F3, F6, e F8 no
segmento de usuários e apresentou unidimensionalidade como mostra a tabela 18. Os
requisitos apontados na literatura também foram atendidos.
Tabela 18 - Análise fatorial do subconstruto DF1 dimensão funcional-orientação no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade F1 – É um profissional que presta um serviço de qualidade. ,821 ,674 F2 – É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas. ,831 ,691
F3 – É um profissional que presta assistência às pessoas. ,706 ,499 F6 – É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de medicamentos. ,692 ,479
F8 – Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneira correta. ,736 ,542
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,814
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 597,083
df 10 Sig. ,000
Variância extraída 57,694
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
A tabela 19 mostra que o subconstruto DF2 (atividade) formado pelos indicadores F4 e F5, no
grupo de usuários também apresentou unidimensionalidade. Como o KMO é sempre de 0,500
quando o fator é formado por dois itens, optou-se por manter o fator. Assim, esse
subconstruto será mantido para análise de confiabilidade.
139
Tabela 19 - Análise fatorial do subconstruto DF2 dimensão funcional-atividade no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
F4 – É um profissional que pode aplicar medicamentos. ,794 ,630 F5 – Executa atividades de “escritório” (burocráticas). ,794 ,630
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,500
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 25,177
df 1
Sig. ,000
Variância extraída 62,986
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS A tabela 20 mostra o subconstruto DF3 (serviço) da dimensão funcional, composto pelos
indicadores F12 e F13 para o grupo de usuários. Da mesma forma que o construto anterior
(DF2), ele apresentou unidimensionalidade, apesar do valor do KMO de 0,500 apresentando.
Esse subconstruto será mantido para análise de confiabilidade.
Tabela 20 - Análise fatorial do subconstruto DF3 dimensão funcional-serviço no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade F12 – É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia. ,869 ,756 F13 – É um profissional que está na farmácia ou drogaria, sempre vestido de branco. ,869 ,756
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,500
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 109,617
df 1
Sig. ,000
Variância extraída 75,602
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS.
A tabela 21 mostra que o subconstruto DF4 (venda) formado pelos indicadores F9 e F11 do
grupo de usuários. Também apresentou unidimensionalidade, mas como esse fator possui
somente dois itens, o seu valor de KMO é de 0,500. Esse subconstruto será mantido para
análise de confiabilidade.
140
Tabela 21 - Análise fatorial do subconstruto DF4 dimensão funcional-venda no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade F9 – Está preocupado em vender medicamentos. ,770 ,593 F11 - É um profissional que atende os clientes de maneira rápida. ,770 ,593
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,500
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 12,737
df 1
Sig. ,000
Variância extraída 59,316
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Em se tratando do segmento de farmacêuticos, a análise fatorial da dimensão funcional
também apresentou a divisão dos indicadores em quatro fatores diferentes conforme tabela
22, sendo que um fator não será avaliado em relação aos pressupostos, em virtude de
apresentar somente um item.
Tabela 22 - Análise fatorial do construto dimensão funcional no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componentes
Comunalidade 1 2 3 4
F1 – É um profissional que presta um serviço de qualidade. ,814 ,670
F2 – É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas. ,855 ,741
F3 – É um profissional que presta assistência às pessoas. ,835 ,704 F4 – É um profissional que pode aplicar medicamentos. ,677 ,566 F5 – Executa atividades de “escritório” (burocráticas).
,863 ,788 F6 – É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de medicamentos. ,619 ,504
F7 – É um profissional que auxilia no tratamento médico. ,749 ,604 F8 – Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneira correta. ,803 ,676
F9 – Está preocupado em vender medicamentos. ,689 ,565 F10 – Pode prescrever medicamentos. (receitar medicamentos) ,832 ,708
F11 - É um profissional que atende os clientes de maneira rápida. ,698 ,518
F12 – É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia. ,799 ,708
F13 – É um profissional que está na farmácia ou drogaria, sempre vestido de branco. ,652 ,532
F14 – É um líder no seu ambiente de trabalho. ,472 ,480
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,852
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square
1.933,548
df 91 Sig. ,000
Variância extraída 62,608
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
141
O subconstruto DF1 (orientação) foi formado pelos indicadores F1, F2, F3, F6, F7 F8 e F14
no grupo de farmacêuticos e apresentou unidimensionalidade, como mostra a tabela 23. Os
requisitos apontados na literatura como pressupostos também foram atendidos.
Tabela 23 - Análise fatorial do subconstruto DF1 dimensão funcional-orientação no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
F1 – É um profissional que presta um serviço de qualidade. ,804 ,646 F2 – É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas. ,846 ,715
F3 – É um profissional que presta assistência às pessoas. ,833 ,694 F6 – É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de medicamentos. ,668 ,446
F7 – É um profissional que auxilia no tratamento médico. ,783 ,613 F8 – Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneira correta. ,823 ,677
F14 – É um líder no seu ambiente de trabalho. ,541 ,293
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,896
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 1.389,135
df 21 Sig. ,000
Variância extraída 58,348
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
A tabela 24 mostra que o subconstruto DF2 (atividade) formado pelos indicadores F9, F11,
F12 e F13 no grupo de farmacêuticos, também apresentou unidimensionalidade apesar do
KMO estar um pouco abaixo do valor considerado adequado pela literatura, mas mesmo
assim, pelos valores já descritos nos pressupostos anteriores é um valor aceitável.
Tabela 24 - Análise fatorial do subconstruto DF2 dimensão funcional-atividade no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
F9 – Está preocupado em vender medicamentos. ,741 ,549 F11 - É um profissional que atende os clientes de maneira rápida. ,734 ,539 F12 – É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia. ,778 ,605 F13 – É um profissional que está na farmácia ou drogaria, sempre vestido de branco. ,594 ,353
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,686
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 270,478
df 6
Sig. ,000
Variância extraída 51,136
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
142
A tabela 25 mostra o subconstruto DF3 (serviço) da dimensão funcional para o grupo de
farmacêuticos composto pelos indicadores F4 e F10 e apresenta unidimensionalidade, apesar
de novamente o valor de KMO ser de 0,500 quanto se tem somente dois itens. Esse
subconstruto será mantido para análise de confiabilidade.
Tabela 25 - Análise fatorial do subconstruto DF3 dimensão funcional-serviço no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
F4 – É um profissional que pode aplicar medicamentos. ,827 ,685 F10 – Pode prescrever medicamentos. (receitar medicamentos) ,827 ,685
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,500
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 60,530
df 1
Sig. ,000
Variância extraída 68,472
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS O subconstruto DF4 (venda) apresentou somente o indicador F5 no grupo de farmacêuticos e
será mantido na análise de validade discriminante e de validade nomológica.
A tabela 26 apresentam os resultados da análise fatorial da dimensão cognitiva e mostra que
a carga fatorial dos indicadores que compõem essa dimensão no grupo de usuários foi
dividida em cinco fatores diferentes. Os requisitos para validação desta análise foram todos
atendidos.
Tabela 26 - Análise fatorial do construto dimensão cognitiva no grupo de usuários. (continua)
Indicador Componentes
Comunalidade 1 2 3 4 5
C1 – É um profissional que ganha um excelente salário. -,779 ,671
C2 – É um profissional da área de saúde. ,791 ,655
C3 – É fácil de ser identificado. ,724 ,614
C4 – É um profissional fácil de ser encontrado. ,910 ,857
C5 – Presta um bom atendimento para os clientes. ,538 ,405 ,567
C6 – É um profissional que sempre está à disposição. ,833 ,758
C7 – É um profissional importante para as pessoas. ,521 ,484 ,586
C8 – É um profissional que possui competências técnicas. ,645 ,654
C9 – Tenta “empurrar” os produtos comercializados. ,727 ,628
C10 – É um profissional honesto. ,667 ,557
C11 – É um profissional motivado. ,752 ,625
C12 – É um profissional confiável. ,718 ,676
143
(conclusão)
Indicador Componentes
Comunalidade 1 2 3 4 5
C13 – É um profissional que sente orgulho pela sua profissão. ,844 ,731
C14 – Têm boa vontade em ajudar as pessoas. ,804 ,717
C15 – É um profissional satisfeito com sua profissão. ,743 ,579
C16 - Pode trabalhar em indústrias de medicamentos. ,513 ,522 ,537
C17 – Pode trabalhar em laboratórios. ,745 ,578
C18 – Pode trabalhar em indústrias de alimentos. ,889 ,795
C19 – Pode trabalhar em clínicas de estética. ,884 ,796
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS O primeiro subconstruto formado dentro da dimensão cognitiva foi o DC1 (comportamento),
com os indicadores C10, C11, C12, C13, C14 e C15 no grupo de usuários conforme tabela
27. Apresentou unidimensionalidade e os requisitos apontados na literatura também foram
atendidos.
Tabela 27 - Análise fatorial do subconstruto DC1 dimensão cognitiva-comportamento no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
C10 – É um profissional honesto. ,741 ,549 C11 – É um profissional motivado. ,758 ,574 C12 – É um profissional confiável. ,796 ,634 C13 – É um profissional que sente orgulho pela sua profissão. ,837 ,700 C14 – Têm boa vontade em ajudar as pessoas. ,848 ,719 C15 – É um profissional satisfeito com sua profissão. ,745 ,554
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,856
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 1067,643
df 15 Sig. ,000
Variância extraída 62,181
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
O segundo subconstruto formado da dimensão cognitiva no grupo de usuários, DC2 (área de
atuação) teve os indicadores C17, C18 e C19 (tabela 28). Esse fator apresenta
unidimensionalidade, apesar do KMO estar abaixo do considerado ideal pela literatura, mas
ainda assim, está acima do permitido.
144
Tabela 28 - Análise fatorial do subconstruto DC2 dimensão cognitiva-área de atuação no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
C17 – Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais. ,761 ,579
C18 – Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos. ,903 ,815 C19 – Pode trabalhar em clínicas de estética. ,903 ,816
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,660
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 463,480
df 3 Sig. ,000
Variância extraída 73,682
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Conforme tabela 29, o terceiro subconstruto da dimensão cognitiva no grupo de usuários,
DC3 (acessibilidade) foi formado pelos indicadores C3, C4 e C6. Da mesma forma que
ocorreu com o construto anterior, o DC3 apresenta unidimensionalidade e KMO que pode ser
considerado baixo, mas acima do limite mínimo.
Tabela 29 - Análise fatorial do subconstruto DC3 dimensão cognitiva-acessibilidade no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
C3 – É fácil de ser identificado. ,801 ,641 C4 – É um profissional fácil de ser encontrado. ,920 ,846 C6 – É um profissional que sempre está à disposição. ,867 ,752
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,659
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 463,995
df 3 Sig. ,000
Variância extraída 74,636
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
O quarto subconstruto formado da dimensão cognitiva no grupo de usuários, DC4 (função)
teve os indicadores C2 e C8 conforme tabela 30. O DC4 apresenta unidimensionalidade e
como possui somente dois itens, o seu valor de KMO é de 0,500. Esse subconstruto será
mantido para análise de confiabilidade.
145
Tabela 30 - Análise fatorial do subconstruto DC4 dimensão cognitiva-função no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
C2 – É um profissional da área de saúde. ,822 ,676 C8 – É um profissional que possui competências técnicas. ,822 ,676
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,500
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 47,454
df 1 Sig. ,000
Variância extraída 67,560
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Conforme tabela 31, o quinto subconstruto da dimensão cognitiva no grupo de usuários, DC5
- diversos foi formado pelos indicadores C1 e C9. Da mesma forma que o subconstruto DC4,
o subconstruto DC5 apresenta unidimensionalidade e valor de KMO de 0,500. Esse
subconstruto será mantido para análise de confiabilidade.
Tabela 31 - Análise fatorial do subconstruto DC5 dimensão cognitiva-diversos no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
C1 – É um profissional que ganha um excelente salário. ,779 ,606 C9 – Tenta “empurrar” os produtos comercializados. -,779 ,606
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,500
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 16,624
df 1 Sig. ,000
Variância extraída 60,615
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Em se tratando do segmento de farmacêuticos, a análise fatorial da dimensão cognitiva
apresentou a divisão dos indicadores em 4 fatores diferentes conforme tabela 32.
146
Tabela 32 - Análise fatorial do construto dimensão cognitiva no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componentes
Comunalidade 1 2 3 4
C1 – É um profissional que ganha um excelente salário. ,727 ,584 C2 – É um profissional da área de saúde. ,570 ,496 C3 – É fácil de ser identificado. ,684 ,524 C4 – É um profissional fácil de ser encontrado. ,860 ,794 C5 – Presta um bom atendimento para os clientes. ,623 ,504 ,662 C6 – É um profissional que sempre está à disposição. ,821 ,782 C7 – É um profissional importante para as pessoas. ,584 ,455 ,557 C8 – É um profissional que possui competências técnicas. ,599 ,524 C9 – Tenta “empurrar” os produtos comercializados. ,599 ,334 C10 – É um profissional honesto. ,738 ,597 C11 – É um profissional motivado. ,818 ,730 C12 – É um profissional confiável. ,758 ,674 C13 – É um profissional que sente orgulho pela sua profissão.
,113 C14 – Têm boa vontade em ajudar as pessoas. ,757 ,697 C15 – É um profissional satisfeito com sua profissão. ,788 ,698 C16 - Pode trabalhar em indústrias de medicamentos. ,879 ,815 C17 – Pode trabalhar em laboratórios. ,863 ,824 C18 – Pode trabalhar em indústrias de alimentos. ,834 ,710 C19 – Pode trabalhar em clínicas de estética. ,651 ,448
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
O primeiro subconstruto formado dentro da dimensão cognitiva no grupo de farmacêuticos foi
o DC1 (comportamento), com os indicadores C8, C9, C10, C12 e C14 conforme tabela 33.
Apresentou unidimensionalidade, e os requisitos apontados na literatura também foram
atendidos.
Tabela 33 - Análise fatorial do subconstruto DC1 dimensão cognitiva-comportamento no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
C8 – É um profissional que possui competências técnica. ,685 ,469 C9 – Tenta “empurrar” os produtos comercializados. ,473 ,224 C10 – É um profissional honesto. ,811 ,654 C12 – É um profissional confiável. ,866 ,749 C14 – Têm boa vontade em ajudar as pessoas. ,845 ,713
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,800
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 708,005
df 10 Sig. ,000
Variância extraída 56,264
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
147
O segundo subconstruto formado da dimensão cognitiva no grupo de farmacêuticos, DC2
(área de atuação) teve os indicadores C2, C16, C17, C18 e C19 conforme tabela 34.
Apresentou unidimensionalidade e os requisitos apontados na literatura também foram
atendidos.
Tabela 34 - Análise fatorial do subconstruto DC2 dimensão cognitiva-área de atuação no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
C2 – É um profissional da área de saúde. ,667 ,445 C16 - Pode trabalhar em indústrias de medicamentos. ,920 ,847 C17 – Pode trabalhar em laboratórios. ,924 ,854 C18 – Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos. ,843 ,710 C19 – Pode trabalhar em clínicas de estética. ,591 ,349
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,802
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 1.253,078
df 10 Sig. ,000
Variância extraída 64,090
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Conforme tabela 35, o terceiro subconstruto da dimensão cognitiva no grupo de
farmacêuticos, DC3 (acessibilidade) foi formado pelos indicadores C3, C4 e C6. Este
subconstruto apresenta unidimensionalidade, apesar do KMO estar abaixo do ideal
recomendado pela literatura.
Tabela 35 - Análise fatorial do subconstruto DC3 dimensão cognitiva-acessibilidade no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
C3 – É fácil de ser identificado. ,702 ,492 C4 – É um profissional fácil de ser encontrado. ,910 ,828 C6 – É um profissional que sempre está à disposição. ,886 ,785
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,620
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 468,376
df 3 Sig. ,000
Variância extraída 70,150
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
148
O quarto subconstruto formado da dimensão cognitiva no grupo de farmacêuticos, DC4
(realização) teve os indicadores C1, C11 e C15 conforme tabela 36. Da mesma forma que
ocorreu com o subconstruto anterior, o subconstruto DC4 apresenta unidimensionalidade,
apesar do valor de KMO estar abaixo do recomendado pela literatura.
Tabela 36 - Análise fatorial do subconstruto DC4 dimensão cognitiva-realização no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
C1 – É um profissional que ganha um excelente salário. ,720 ,518 C11 – É um profissional motivado. ,864 ,747 C15 – É um profissional satisfeito com sua profissão. ,836 ,699
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,643
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 296,273
df 3 Sig. ,000
Variância extraída 65,471
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
A análise fatorial da dimensão emocional mostrou uma divisão em dois subconstrutos no
grupo de usuários (tabela 37). O primeiro subconstruto DEP (positivas) foi formado com
indicadores associados positivamente, E1, E2, E3, E4, E5, E6, E7 (tabela 38), que
apresentou unidimensionalidade e os requisitos apontados na literatura foram atendidos.
Tabela 37 - Análise fatorial do construto dimensão emocional no grupo de usuários.
Indicador Componentes
Comunalidade 1 2
E1 – Gratidão. ,789 ,670
E2 – Carinho. ,836 ,720
E3 – Acolhimento. ,881 ,815
E4 – Tranquilidade. ,860 ,787
E5 – Segurança. ,796 ,686
E6 – Alívio. ,835 ,714
E7 – Prazer. ,702 ,497
E8 – Frustração. ,691 ,500 E9 – Raiva. ,874 ,789 E10 – Decepção. ,893 ,849 E11 – Arrependimento. ,903 ,856 E12 – Tristeza. ,904 ,849 E13 – Medo. ,826 ,701
E14 – Ansiedade. ,665 456
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
149
Tabela 38 - Análise fatorial do subconstruto dimensão emocional positiva no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
E1 – Gratidão. ,819 ,670 E2 – Carinho. ,848 ,719
E3 – Acolhimento. ,903 ,816
E4 – Tranquilidade. ,888 ,789
E5 – Segurança. ,829 ,686
E6 – Alívio. ,842 ,709
E7 – Prazer. ,694 ,482
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,896
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 1.980,404
df 21
Sig. ,000 Variância extraída 69,601
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
O segundo subconstruto, DEN (negativas) foi formado pelos indicadores E8, E9, E10, E11,
E12, E13 E E14 no grupo de usuários (tabela 39). Apresentou unidimensionalidade, e os
requisitos apontados na literatura também foram atendidos.
Tabela 39 - Análise fatorial do subconstruto dimensão emocional negativa no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
E8 – Frustração. ,708 ,501 E9 – Raiva. ,888 ,789 E10 – Decepção. ,921 ,848 E11 – Arrependimento. ,926 ,858 E12 – Tristeza. ,922 ,851 E13 – Medo. ,837 ,700 E14 – Ansiedade. ,673 ,453
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,893
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 2337,938
df 21
Sig. ,000 Variância extraída 71,421
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
150
A análise fatorial da dimensão emocional no grupo de farmacêuticos também mostrou uma
divisão em dois subconstrutos (tabela 40). O primeiro subconstruto DEP (positivas) foi
formado com indicadores associados positivamente, E1, E2, E3, E4, E5, E6, E7 conforme
tabela 41, que apresentou unidimensionalidade e os requisitos apontados na literatura foram
atendidos.
Tabela 40 - Análise fatorial do construto dimensão emocional no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componentes
Comunalidade 1 2
E1 – Gratidão. ,843 ,759
E2 – Carinho. ,878 ,802
E3 – Acolhimento. ,902 ,882
E4 – Tranquilidade. ,850 ,834
E5 – Segurança. ,820 ,809
E6 – Alívio. ,832 ,767
E7 – Prazer. ,780 ,629
E8 – Frustração. ,780 ,687 E9 – Raiva. ,850 ,782 E10 – Decepção. ,871 ,841 E11 – Arrependimento. ,852 ,785 E12 – Tristeza. ,845 ,780 E13 – Medo. ,808 ,707
E14 – Ansiedade. ,741 ,568
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 41 - Análise fatorial do subconstruto dimensão emocional positiva no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
E1 – Gratidão. ,869 ,756
E2 – Carinho. ,888 ,788 E3 – Acolhimento. ,939 ,882 E4 – Tranquilidade. ,914 ,836 E5 – Segurança. ,897 ,805 E6 – Alívio. ,878 ,771 E7 – Prazer. ,783 ,613
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,904
Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square 3.066,125
DF 21 Sig. ,000
Variância extraída 77,864
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
151
O segundo subconstruto, DEN (negativas) para o grupo de farmacêuticos também foi formado
pelos indicadores E8, E9, E10, E11, E12, E13 E E14 (tabela 42). Apresentou
unidimensionalidade e os requisitos apontados na literatura também foram atendidos.
Tabela 42 - Análise fatorial do subconstruto dimensão emocional negativa no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
E8 – Frustração. ,830 ,688 E9 – Raiva. ,886 ,785 E10 – Decepção. ,918 ,842 E11 – Arrependimento. ,889 ,791 E12 – Tristeza. ,884 ,782 E13 – Medo. ,840 ,705 E14 – Ansiedade. ,744 ,553
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,908
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 2.540,999
df 21
Sig. ,000 Variância extraída 73,508
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
O construto dimensão simbólica apresentou unidimensionalidade com parâmetros adequados
nos dois grupos, ou seja, tanto no grupo de usuários quanto no grupo de farmacêuticos
(tabelas 43 e 44).
Tabela 43 - Análise fatorial do construto dimensão simbólica no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
S1 – Uma boa referência profissional em relação à indicação de medicamentos. ,722 ,521 S2 – Ética dentro no ambiente profissional. ,856 ,733
S3 – Respeito com as pessoas. ,836 ,699
S4 – Um profissional de prestígio perante a sociedade. ,651 ,424
S5 – Segurança na compra de medicamentos. ,841 ,708
S6 – Certeza de utilizar os medicamentos de maneira correta. ,829 ,687
S7 – Garantia que os medicamentos são manipulados corretamente. ,783 ,614
S8 – Boas lembranças. ,655 ,429
S9 - Confiança em relação ao estabelecimento em que ele trabalha. ,867 ,752
S10 – Esperança de melhoria da saúde. ,689 ,474
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,930
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 2.401,640
df 45 Sig. ,000
Variância extraída 60,399
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
152
Tabela 44 - Análise fatorial do construto dimensão simbólica no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
S1 – Uma boa referência profissional em relação à indicação de medicamentos. ,712 ,507 S2 – Ética dentro no ambiente profissional. ,841 ,707
S3 – Respeito com as pessoas. ,872 ,760
S4 – Um profissional de prestígio perante a sociedade. ,477 ,227
S5 – Segurança na compra de medicamentos. ,860 ,739
S6 – Certeza de utilizar os medicamentos de maneira correta. ,832 ,693
S7 – Garantia que os medicamentos são manipulados corretamente. ,660 ,435
S8 – Boas lembranças. ,718 ,515
S9 - Confiança em relação ao estabelecimento em que ele trabalha. ,806 ,649
S10 – Esperança de melhoria da saúde. ,767 ,588
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,908
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 2.679,364
df 45
Sig. ,000 Variância extraída 58,203
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Da mesma maneira, o construto imagem também apresentou unidimensionalidade no grupo
de usuários e no grupo de farmacêuticos (tabelas 45 e 46) e os requisitos apontados na
literatura também foram atendidos.
Tabela 45 - Análise fatorial do construto dimensão imagem no grupo de usuários.
Indicador Componente Comunalidade
G1 – Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos. ,923 ,851 G2 – Eu tenho uma boa impressão do farmacêuticos. ,918 ,843 G3 – O farmacêutico é bem visto pela sociedade. ,708 ,502 G4 - Indico o serviço do farmacêutico. ,764 ,584
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,726
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 927,938
df 6
Sig. ,000
Variância extraída 69,505
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
153
Tabela 46 - Análise fatorial do construto dimensão imagem no grupo de farmacêuticos.
Indicador Componente Comunalidade
G1 – Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos. ,915 ,837 G2 – Eu tenho uma boa impressão do farmacêuticos. ,938 ,880 G3 – O farmacêutico é bem visto pela sociedade. ,660 ,435 G4 - Indico o serviço do farmacêutico. ,751 ,564
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,696
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 1.088,685
df 6
Sig. ,000
Variância extraída 67,885
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Após a análise da unidimensionalidade dos construtos e subconstrutos procedeu-se com a
análise da confiabilidade das escalas, que está descrito no próximo item.
7.2.6 Confiabilidade das escalas
Os desafios para a construção de uma boa escala começam com sua primeira premissa: uma
boa escala deve apresentar boas propriedades psicométricas (confiabilidade e validade)
donde decorre a necessidade de um alto investimento em esforço e tempo, além de expertise
para se conseguir a colaboração dos respondentes-alvo, sem abrir mão da qualidade e da
quantidade desejáveis desses respondentes (SPECTOR, 1992).
Conforme Devellis (1991), uma escala é internamente consistente se os itens que a compõem
são altamente intercorrelacionados, o que sugere que tais itens estão avaliando a mesma
coisa. Para Litwin (2003), assegurar confiabilidade de uma escala é garantir que todos os
itens desta escala medem aspectos distintos, mas do mesmo conceito.
Spector (1992) destaca que a falta de intercorrelação entre os itens de uma escala é um
sintoma de que eles não representam um construto subjacente comum. Contrariamente, a
constatação de que a consistência interna entre os itens forma um construto, é um sintoma de
que eles estão desfrutando de uma variância comum, isto é, eles são possivelmente
indicadores de um mesmo construto subjacente.
154
Uma propriedade a ser analisada é a confiabilidade dos construtos. Consiste no grau de
consistência interna entre os múltiplos escores de uma variável, referindo-se à extensão na
qual um mesmo instrumento de medidas produz resultados coerentes em diversas
mensurações (DILLON; MADDEN; FIRTLE, 1994; MALHOTRA, 2011). Assim, os construtos
da presente pesquisa foram submetidos a testes de confiabilidade simples e de confiabilidade
composta.
O coeficiente de confiabilidade simples avalia a consistência de escala inteira. Como descrito
anteriormente, o Alfa de Cronbach é a medida mais utilizada para esse fim. É considerado
aceitável para a confiabilidade das medidas de um coeficiente superior a 0,70 (NUNNALLY;
BERNSTEIN, 1994). Para Hair et al. (2009), o limite inferior para o alfa de Cronbach
geralmente aceito é de 0,70, podendo ser aceito um valor até 0,60 em pesquisa exploratória.
As tabelas 47 e 48 apresentam os resultados do Alpha de Cronbach para a amostra sem os
outliers, além do valor de Alpha se o indicador for retirado do cálculo para o grupo de usuários
e de farmacêuticos respectivamente.
Tabela 47 - Valores de Alpha de Cronbach para as escalas utilizadas na pesquisa no grupo de usuários. (continua)
Sub Construto Alpha Total Sem
Outliers Indicadores
Alpha se Item for Retirado
Dimensão funcional 1 (orientação) ,808
F1 ,748 F2 ,745 F3 ,793 F6 ,794 F8 ,775
Dimensão funcional 2 (atividade) ,412 F4 Não se aplica F5 Não se aplica
Dimensão funcional 3 (serviço) ,676 F12 Não se aplica F13 Não se aplica
Dimensão funcional 4 (venda) ,311 F9 Não se aplica F11 Não se aplica
Dimensão cognitiva 1 (qualidade) ,876
C10 ,865 C11 ,860 C12 ,852 C13 ,844 C14 ,843 C15 ,864
Dimensão cognitiva 2 (área de atuação) ,821
C17 ,877 C18 ,674 C19 ,673
Dimensão cognitiva 3 (acessibilidade) ,826
C3 ,852 C4 ,654 C6 ,763
Dimensão cognitiva 4 (função) ,504 C2 Não se aplica C8 Não se aplica
Dimensão cognitiva 5 (diversos) -,516 C1 Não se aplica C9 Não se aplica
155
(conclusão)
Sub Construto Alpha Total Sem
Outliers Indicadores
Alpha se Item for Retirado
Dimensão emocional (positiva) ,921
E1 ,910 E2 ,906 E3 ,899 E4 ,903 E5 ,911 E6 ,907 E7 ,929
Dimensão emocional (negativa) ,918
E8 ,923 E9 ,898 E10 ,894 E11 ,895 E12 ,896 E13 ,903 E14 ,930
Dimensão simbólica ,917
S1 ,911 S2 ,904 S3 ,906 S4 ,915 S5 ,905 S6 ,905 S7 ,907 S8 ,918 S9 ,901 S10 ,913
Imagem ,820
G1 ,723 G2 ,728 G3 ,819 G4 ,832
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
A análise dos dados da tabela 47 mostra que deve ser retirado do modelo final os
subconstrutos da dimensão funcional DF2 (atividade) e DF4 (venda) pelos valores
insatisfatórios do Alpha de Cronbach inferiores a 0,6. O mesmo procedimento será adotado
para os subconstrutos da dimensão cognitiva DC4 (função) e DC5 (diversos) no grupo de
usuários. No caso do construto Imagem, a retirada do item G4 aumenta um pouco o valor do
Alpha de Cronbach, mas como esse valor já está acima de 0,80, optou-se por manter esse
indicador.
Tabela 48 - Valores de Alpha de Cronbach para as escalas utilizadas na pesquisa no grupo de farmacêuticos. (continua)
Sub Construto Alpha Total Sem
Outliers Indicadores
Alpha se Item for Retirado
Dimensão funcional 1 (orientação) ,846
F1 ,813 F2 ,814
F3 ,809
F6 ,832
F7 ,812
F8 ,820
F14 ,876
156
(conclusão)
Sub Construto Alpha Total Sem
Outliers Indicadores
Alpha se Item for Retirado
Dimensão funcional 2 (atividade) ,678
F9 ,599 F11 ,604 F12 ,555 F13 ,679
Dimensão funcional 3 (serviço) ,475 F10 Não se aplica F4 Não se aplica
Dimensão funcional 4 (venda) Não se aplica F5 Não se aplica
Dimensão cognitiva 1 (qualidade) ,693
C8 ,664 C9 ,820 C10 ,583 C12 ,598 C14 ,592
Dimensão cognitiva 2 (área de atuação) ,766
C2 ,754 C16 ,682 C17 ,683 C18 ,670 C19 ,865
Dimensão cognitiva 3 (acessibilidade) ,769 C3 ,868 C4 ,565 C6 ,628
Dimensão cognitiva 4 (realização) ,736 C1 ,764 C11 ,538 C15 ,602
Dimensão emocional (positiva) ,951
E1 ,944 E2 ,942 E3 ,936 E4 ,940 E5 ,942 E6 ,943 E7 ,954
Dimensão emocional (negativa) ,937
E8 ,930 E9 ,923 E10 ,919 E11 ,923 E12 ,924 E13 ,928 E14 ,941
Dimensão simbólica ,879
S1 ,869 S2 ,863 S3 ,863 S4 ,910 S5 ,859 S6 ,862 S7 ,869 S8 ,864 S9 ,857 S10 ,862
Imagem ,796
G1 ,686 G2 ,671 G3 ,868 G4 ,771
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
157
A análise dos dados da tabela 48 mostra que deve ser retirado do modelo final os
subconstrutos da dimensão funcional DF3 (serviço) e DF4 (venda) pelos valores do alpha
inferiores a 0,6 no grupo de farmacêuticos.
Em princípio, analisando-se os valores do Alpha de Cronbach, percebe-se que a retirada dos
indicadores C9 do subconstruto DC1 (comportamento), C19 de DC2 (área de atuação), C3 de
DC3 (acessibilidade), G3 de IMG (Imagem) no grupo de farmacêuticos aumenta o seu valor.
Todavia, como os valores do Alpha estão praticamente todos acima de 0,70 (o que é
recomendável), optou-se nesse momento por manter esses indicadores e realizar a validade
convergente para verificar se esses indicadores poderiam permanecer ou não nos construtos,
o que acabou se revelando verdade. Todos eles foram retirados a partir da verificação da
validade convergente.
7.2.7 Validade convergente
Também por meio da análise fatorial confirmatória é possível verificar a validade convergente
dos construtos. Segundo Netemeyer, Bearden e Sharma (2003), existe validade convergente
quando os indicadores estão correlacionados suficientemente para justificar que, em conjunto
ou separadamente, são medições válidas do mesmo objeto. Hair et. al. (2009) sugerem um
critério de verificação das cargas fatoriais dos construtos ao nível de 5% e 1%, utilizando
testes t unicaudais, com o t crítico correspondente a 1,96 (p=0,05) ou 2,576 (p=0,01). Para
efetivar o teste, utilizou-se o software AMOS 22.0, conforme destacado anteriormente.
Além disso, outro pressuposto para a validade convergente é que o valor da carga
padronizada para cada item do construto seja de no mínimo 0,5 e preferencialmente acima de
0,70 (HAIR et al., 2009).
Primeiramente, empregou-se o método de mínimos quadrados generalizados (GLS) como o
fator de estimação. Depois, seguindo os procedimentos realizados por Ramalho (2006),
preferiu-se fixar a variância dos construtos em 1 com a finalidade de obter todas as cargas e
parâmetros dos indicadores. Dessa forma, todas as cargas dos indicadores associadas à
variável latente ficaram livres e, portanto, puderam ser calculadas. Os resultados encontram-
se nas tabelas 49 e 50.
158
Tabela 49 - Validade convergente no grupo de usuários.
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística
T Sig.
DC1 C10 0,708 1,238 0,106 11,626 *** DC1 C11 0,563 0,813 0,098 8,261 *** DC1 C12 0,786 1,178 0,088 13,339 *** DC1 C13 0,690 0,976 0,095 10,258 *** DC1 C14 0,743 0,964 0,087 11,086 *** DC1 C15 0,574 0,803 0,100 8,013 *** DC2 C17 0,600 1,777 0,168 10,577 *** DC2 C18 0,875 2,892 0,171 16,950 *** DC2 C19 0,900 2,933 0,168 17,412 *** DC3 C3 0,691 1,760 0,145 12,107 *** DC3 C4 0,921 2,225 0,127 17,588 *** DC3 C6 0,847 2,025 0,125 16,139 *** DEN E10 0,947 1,432 0,067 21,290 *** DEN E11 0,939 1,390 0,066 21,009 *** DEN E12 0,963 1,424 0,063 22,662 *** DEN E13 0,785 1,204 0,076 15,896 *** DEN E14 0,581 1,253 0,116 10,820 *** DEN E8 0,673 1,232 0,104 11,873 *** DEN E9 0,862 1,350 0,075 18,030 *** DEP E1 0,793 1,368 0,094 14,596 *** DEP E2 0,883 1,583 0,094 16,894 *** DEP E3 0,905 1,585 0,087 18,178 *** DEP E4 0,862 1,113 0,081 13,813 *** DEP E5 0,809 0,909 0,080 11,348 *** DEP E6 0,762 1,190 0,093 12,850 *** DEP E7 0,612 1,225 0,125 9,832 *** DF1 F1 0,840 1,296 0,087 14,896 *** DF1 F2 0,717 1,024 0,087 11,714 *** DF1 F3 0,631 1,135 0,112 10,114 *** DF1 F6 0,456 0,742 0,118 6,280 *** DF1 F8 0,465 0,596 0,102 5,827 *** DF3 F12 0,839 2,349 0,356 6,607 *** DF3 F13 0,555 1,232 0,218 5,652 *** DS S1 0,666 1,064 0,105 10,092 *** DS S10 0,762 1,160 0,092 12,672 *** DS S2 0,866 1,206 0,077 15,758 *** DS S3 0,873 1,202 0,072 16,783 *** DS S4 0,554 0,807 0,105 7,701 *** DS S5 0,850 1,236 0,080 15,500 *** DS S6 0,817 1,102 0,084 13,170 *** DS S7 0,721 1,178 0,103 11,481 *** DS S8 0,582 1,182 0,139 8,535 *** DS S9 0,666 1,064 0,105 10,092 *** IMG G1 0,960 1,306 0,068 19,344 *** IMG G2 0,946 1,344 0,068 19,840 *** IMG G3 0,453 0,605 0,096 6,272 *** IMG G4 0,490 0,983 0,132 7,424 ***
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos.
159
Em relação ao grupo de usuários, os itens F6 e F8 do construto DF1 (Funcional-Orientação)
não atingiram o valor mínimo de 0,500 para a carga padronizada. O mesmo ocorreu com os
itens G3 e G4 para o construto IMG (Imagem). Assim, eles foram retirados e executou-se
novamente a análise fatorial com o intuito de verificar se a retirada desses itens modificou a
carga fatorial ou o valor crítico do teste T.
Tabela 50 – Validade convergente no grupo de farmacêuticos. (continua)
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística
T Sig.
DC1 C9 -0,034 -0,057 0,134 -0,423 0,672 DC1 C10 0,682 0,810 0,074 10,981 *** DC1 C12 0,777 0,632 0,050 12,633 *** DC1 C14 0,566 0,407 0,047 8,622 *** DC1 C8 0,574 0,137 0,041 3,344 *** DC2 C2 0,378 0,215 0,034 6,291 *** DC2 C16 0,933 0,647 0,032 20,478 *** DC2 C17 0,918 0,583 0,029 19,795 *** DC2 C18 0,733 0,705 0,050 14,096 *** DC2 C19 0,292 0,545 0,107 5,091 *** DC3 C3 0,470 0,940 0,119 7,931 *** DC3 C4 0,896 1,692 0,095 17,880 *** DC3 C6 0,871 1,571 0,092 17,087 *** DC4 C1 0,410 0,803 0,131 6,116 *** DC4 C11 0,776 1,689 0,161 10,458 *** DC4 C15 0,597 1,293 0,148 8,749 *** DEN E12 0,871 1,434 0,074 19,383 *** DEN E11 0,877 1,477 0,076 19,514 *** DEN E10 0,947 1,639 0,074 22,094 *** DEN E9 0,852 1,414 0,075 18,782 *** DEN E8 0,742 1,307 0,087 14,987 *** DEN E13 0,802 1,226 0,075 16,386 *** DEN E14 0,670 1,255 0,101 12,443 *** DEP E4 0,849 0,943 0,056 16,701 *** DEP E3 0,889 0,909 0,056 16,312 *** DEP E2 0,787 0,738 0,065 11,410 *** DEP E1 0,745 0,854 0,065 13,195 *** DEP E6 0,771 0,855 0,063 13,661 *** DEP E5 0,872 0,944 0,054 17,637 *** DEP E7 0,458 0,487 0,079 6,192 *** DF1 F7 0,376 0,360 0,068 5,308 *** DF1 F6 0,305 0,329 0,077 4,262 *** DF1 F3 0,662 0,599 0,056 10,619 *** DF1 F2 0,662 0,512 0,047 10,894 *** DF1 F1 0,701 0,619 0,057 10,854 *** DF1 F8 0,463 0,272 0,043 6,345 *** DF1 F14 0,063 0,104 0,117 0,891 0,373 DF2 F12 0,421 2,394 0,238 10,044 *** DF2 F11 0,372 0,941 0,175 5,377 *** DF2 F9 0,354 0,690 0,156 4,423 *** DF2 F13 0,484 1,286 0,189 6,792 ***
160
(conclusão)
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística
T Sig.
DS S1 0,294 0,226 0,047 4,777 *** DS S2 0,994 0,629 0,034 18,626 *** DS S3 0,611 0,266 0,035 7,656 *** DS S4 0,097 0,143 0,117 1,222 0,222 DS S5 -0,073 -0,034 0,046 -0,725 0,469 DS S6 0,149 0,075 0,045 1,656 0,098 DS S7 -0,015 -0,016 0,073 -0,226 0,822 DS S8 -0,003 -0,003 0,082 -0,042 0,966 DS S9 0,039 0,032 0,062 0,520 0,603 DS S10 0,117 0,079 0,057 1,391 0,164 IMG G1 0,926 0,910 0,053 17,293 *** IMG G2 0,939 0,882 0,049 17,929 *** IMG G3 0,283 0,402 0,093 4,322 *** IMG G4 0,050 0,045 0,058 0,780 0,435
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos
No caso do grupo de farmacêuticos, os itens F6, F7, F8 e F14 da dimensão DF1 (Funcional-
Orientação), todos os itens da dimensão DF2 (Funcional-Atividade), os itens C8 e C9 da
dimensão DC1 (Cognitiva-Comportamento), os itens C2 e C19 (Cognitiva-Área de Atuação), o
item C3 da dimensão DC3 (Cognitiva-Acessibilidade), o item C1 da dimensão DC4 (Cognitiva-
Realização), o item E7 da dimensão DEN (Emoções Negativas), os itens S1, S4, S5, S6, S7,
S8, S9 e S10 da dimensão DS (Simbólica) e por fim os itens G3 e G4 da dimensão IMG
(Imagem) também não atingiram o valor mínimo de 0,500 para a carga padronizada e foram
retirados.
Em seguida, após a retirada de todos os itens dos seus respectivos construtos, executou-se
novamente a análise fatorial para verificar se os itens e as dimensões restantes nos dois
grupos (usuários e farmacêuticos) atendiam aos requisitos da validade convergente com a
carga fatorial padronizada de no mínimo 0,500 e com o valor do teste T significativo. Os
resultados são apresentados nas tabelas 51 e 52 abaixo:
Tabela 51 – Validade convergente no grupo de usuários pós-retirada das variáveis. (continua)
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística
T Sig.
DC1 C10 0,721 1,311 0,105 12,537 *** DC1 C11 0,668 1,074 0,097 11,084 *** DC1 C12 0,801 1,290 0,088 14,700 *** DC1 C13 0,769 1,224 0,093 13,206 *** DC1 C14 0,845 1,341 0,085 15,856 *** DC1 C15 0,691 1,124 0,098 11,513 *** DC2 C17 0,565 1,647 0,169 9,744 ***
161
(conclusão)
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística
T Sig.
DC2 C18 0,888 2,949 0,175 16,851 *** DC2 C19 0,885 2,892 0,174 16,627 *** DC3 C3 0,691 1,760 0,145 12,107 *** DC3 C4 0,921 2,225 0,127 17,588 *** DC3 C6 0,847 2,025 0,125 16,139 *** DEN E10 0,945 1,449 0,069 20,975 *** DEN E11 0,941 1,424 0,067 21,152 *** DEN E12 0,964 1,438 0,063 22,668 *** DEN E13 0,787 1,213 0,077 15,771 *** DEN E14 0,580 1,257 0,117 10,725 *** DEN E8 0,662 1,173 0,105 11,188 *** DEN E9 0,862 1,354 0,076 17,826 *** DEP E1 0,813 1,480 0,093 15,923 *** DEP E2 0,902 1,720 0,095 18,189 *** DEP E3 0,909 1,687 0,088 19,131 *** DEP E4 0,899 1,350 0,081 16,758 *** DEP E5 0,874 1,187 0,080 14,885 *** DEP E6 0,803 1,363 0,092 14,843 *** DEP E7 0,649 1,353 0,124 10,909 *** DF1 F1 0,868 1,418 0,086 16,561 *** DF1 F2 0,754 1,140 0,086 13,243 *** DF1 F3 0,673 1,284 0,109 11,802 *** DF3 F12 0,690 2,052 0,199 10,306 *** DF3 F13 0,782 2,008 0,186 10,781 *** DS S1 0,739 1,427 0,102 13,925 *** DS S8 0,848 1,505 0,090 16,765 *** DS S10 0,665 1,286 0,118 10,915 *** DS S9 0,903 1,450 0,075 19,209 *** DS S2 0,893 1,363 0,071 19,113 *** DS S3 0,589 1,046 0,107 9,746 *** DS S4 0,873 1,411 0,080 17,662 *** DS S5 0,865 1,338 0,082 16,269 *** DS S6 0,792 1,474 0,100 14,811 *** DS S7 0,682 1,571 0,135 11,673 *** IMG G1 0,976 1,483 0,067 22,049 *** IMG G2 0,942 1,440 0,069 20,908 ***
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos.
Tabela 52 – Validade convergente no grupo de farmacêuticos pós-retirada das variáveis. (continua)
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística
T Sig.
DC1 C10 0,754 1,089 0,072 15,227 *** DC1 C12 0,838 0,909 0,050 18,095 *** DC1 C14 0,849 0,936 0,052 18,068 *** DC1 C8 0,574 0,450 0,044 10,170 *** DC2 C16 0,936 0,759 0,035 21,975 *** DC2 C17 0,942 0,725 0,033 21,950 *** DC2 C18 0,782 0,850 0,052 16,481 *** DC3 C4 0,842 1,756 0,105 16,747 ***
162
(conclusão)
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística
T Sig.
DC3 C6 0,927 1,896 0,102 18,545 *** DC4 C11 0,762 2,046 0,172 11,897 *** DC4 C15 0,791 2,114 0,175 12,093 *** DEN E10 0,941 1,811 0,081 22,464 *** DEN E11 0,894 1,709 0,081 21,164 *** DEN E12 0,883 1,620 0,079 20,565 *** DEN E13 0,839 1,476 0,079 18,724 *** DEN E14 0,714 1,484 0,105 14,173 *** DEN E8 0,783 1,583 0,094 16,883 *** DEN E9 0,864 1,585 0,081 19,490 *** DEP E1 0,845 1,304 0,071 18,381 *** DEP E2 0,897 1,363 0,071 19,297 *** DEP E3 0,941 1,413 0,065 21,624 *** DEP E4 0,916 1,376 0,064 21,383 *** DEP E5 0,923 1,331 0,063 21,113 *** DEP E6 0,828 1,290 0,071 18,214 *** DF1 F1 0,835 1,009 0,058 17,302 *** DF1 F2 0,777 0,763 0,052 14,758 *** DF1 F3 0,798 0,950 0,062 15,372 *** DS S2 0,998 1,054 0,040 26,239 *** DS S3 0,900 0,797 0,041 19,567 *** IMG G1 0,935 1,225 0,059 20,616 *** IMG G2 0,978 1,264 0,055 22,866 ***
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos
A partir dos resultados das tabelas 51 e 52, conclui-se que todas as cargas fatoriais
apresentam um valor crítico superior a 2,576, obtendo significância ao nível de 1%, além do
valor da carga fatorial acima de 0,500.
Outro critério utilizado para a verificação da validade convergente são os valores da AVE
(Variância Média Extraída) e CC (Confiabilidade Composta). Hair et. al. (2009) sugerem que
os índices devem ser superiores a 0,7 para CC e 0,5 para AVE. Foram feitos os cálculos da
confiabilidade composta e variância extraída para o grupo de usuários (tabela 53) e para o
grupo de farmacêuticos (tabela 54).
Tabela 53 – Valores da confiabilidade dos construtos no grupo de usuários.
Subconstrutos CC AVE
DF1 (orientação) 0,949 0,592 DF3 (serviço) 0,849 0,544
DC1 (comportamento) 0,973 0,565 DC2 (área de atuação) 0,913 0,630 DC3 (acessibilidade) 0,938 0,681
DEP (positivas) 0,941 0,706 DEN (negativas) 0,983 0,692
DS 0,985 0,627 IMG 0,964 0,920
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos.
163
Tabela 54 – Valores da confiabilidade dos construtos no grupo de farmacêuticos.
Subconstrutos CC AVE
DF1 (orientação) 0,971 0,649 DF4 (venda) 0,987 0,703
DC1 (comportamento) 0,977 0,583 DC2 (área de atuação) 0,984 0,797 DC3 (acessibilidade) 0,940 0,785
DC4 (realização) 0,877 0,609 DEP (positivas) 0,986 0,800 DEN (negativas) 0,983 0,720
DS 0,978 0,904 IMG 0,970 0,916
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos.
Conforme podem ser verificados nas tabelas 53 e 54, todos os construtos que formam o
modelo apresentam índices aceitáveis, ou seja, confiabilidade simples (descrito
anteriormente) e a confiabilidade composta acima de 0,7 e, variância extraída acima de 0,5.
Por conseguinte, optou-se por não realizar nenhum ajuste nesta etapa, prosseguindo para a
análise de validade discriminante.
7.2.9 Validade discriminante
Enquanto a validade convergente busca atestar que os itens de um construto são
suficientemente correlacionados de forma a medir uma variável latente, a validade
discriminante busca provar que os construtos do modelo tratam de conceitos distintos
(MALHOTRA, 2011).
Para avaliar a validade discriminante dos construtos, empregou-se o método desenvolvido
por Fornell e Larcker (1981). O procedimento sugerido por tais autores consiste em fazer uma
Análise Fatorial Confirmatória, por meio do método de mínimos quadrados generalizados e
comparar o quadrado do coeficiente de correlação entre os pares de construtos com a
variância média extraída dos construtos. Além disso, a correlação dos construtos não deve
ser superior ao valor de 0,85.
Os resultados dessa análise estão apresentados nas tabelas 55 e 56.
164
Tabela 55 – Correlações e AVEs entre os construtos no grupo de usuários.
Construto 1 Construto 2 Correlação Correlação² AVE1 AVE2
DC1 DC2 0,144 0,021 0,565 0,630
DC1 DC3 0,497 0,247 0,565 0,681
DC1 DF1 0,684 0,468 0,565 0,592
DC1 DF3 0,270 0,073 0,565 0,544
DC1 IMG 0,708 0,501 0,565 0,920
DC3 DC2 0,011 0,000 0,681 0,630
DC3 DF1 0,343 0,118 0,681 0,592
DC3 DF3 0,568 0,323 0,681 0,544
DC3 IMG 0,350 0,123 0,681 0,920
DEN DC1 -0,347 0,120 0,692 0,565
DEN DC2 0,099 0,010 0,692 0,630
DEN DC3 -0,219 0,048 0,692 0,681
DEN DF1 -0,430 0,185 0,692 0,592
DEN DF3 -0,014 0,000 0,692 0,544
DEN IMG -0,434 0,188 0,692 0,920
DEP DC1 0,742 0,551 0,706 0,565
DEP DC2 0,204 0,042 0,706 0,630
DEP DC3 0,432 0,187 0,706 0,681
DEP DEN -0,429 0,184 0,706 0,692
DEP DF1 0,662 0,438 0,706 0,592
DEP DF3 0,178 0,032 0,706 0,544
DEP IMG 0,700 0,490 0,706 0,920
DF1 DC2 -0,005 0,000 0,592 0,630
DF1 DF3 0,224 0,050 0,592 0,544
DF1 IMG 0,656 0,430 0,592 0,920
DF3 DC2 -0,024 0,001 0,544 0,630
DS DC1 0,795 0,632 0,627 0,565
DS DC2 0,126 0,016 0,627 0,630
DS DC3 0,401 0,161 0,627 0,681
DS DEN -0,459 0,211 0,627 0,692
DS DEP 0,780 0,608 0,627 0,706
DS DF1 0,698 0,487 0,627 0,592
DS DF3 0,237 0,056 0,627 0,544
DS IMG 0,827 0,684 0,627 0,920
IMG DC2 0,104 0,011 0,920 0,630
IMG DF3 0,155 0,024 0,920 0,544 Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos.
Para o grupo de usuários, das 35 relações analisadas, somente duas apresentaram
problemas em relação à validade discriminante pelo pressuposto do quadrado da correlação
em comparação com a AVE dos dois construtos correlacionados. Os pares são entre DS e
DC1; e DS e IMG. Todavia, a correlação entre esses pares ficou abaixo de 0,85. Como as
outras correlações do subconstruto DS (Simbólica) não apresentou problemas optou-se por
165
manter esse construto para a próxima etapa, que é a mensuração do modelo estrutural
(validade nomológica).
Tabela 56 – Correlações e AVEs entre os construtos no grupo de farmacêuticos. (continua)
Construto 1 Construto 2 Correlação Correlação² AVE1 AVE2
DC1 DF4 0,199 0,040 0,583 0,703
DC2 DF4 0,090 0,008 0,797 0,703
DC3 DF4 0,130 0,017 0,785 0,703
DC4 DF4 -0,082 0,007 0,609 0,703
DEN DF4 -0,027 0,001 0,720 0,703
DEP DF4 0,052 0,003 0,800 0,703
DF1 DF4 0,146 0,021 0,649 0,703
DS DF4 0,122 0,015 0,904 0,703
IMG DF4 0,071 0,005 0,916 0,703
DEN DC1 -0,343 0,118 0,720 0,583
DEP DC1 0,630 0,397 0,800 0,583
DC1 DC2 0,441 0,194 0,583 0,797
DEN DC2 -0,156 0,024 0,720 0,797
DEP DC2 0,271 0,073 0,800 0,797
DC1 DC3 0,478 0,228 0,583 0,785
DC2 DC3 0,134 0,018 0,797 0,785
DEN DC3 -0,196 0,038 0,720 0,785
DEP DC3 0,415 0,172 0,800 0,785
DF1 DC3 0,434 0,188 0,649 0,785
DS DC3 0,357 0,127 0,904 0,785
IMG DC3 0,406 0,165 0,916 0,785
DC1 DC4 0,383 0,147 0,583 0,609
DC2 DC4 0,211 0,045 0,797 0,609
DC3 DC4 0,344 0,118 0,785 0,609
DEN DC4 -0,213 0,045 0,720 0,609
DEP DC4 0,304 0,092 0,800 0,609
DF1 DC4 0,299 0,089 0,649 0,609
DS DC4 0,286 0,082 0,904 0,609
IMG DC4 0,412 0,170 0,916 0,609
DEP DEN -0,583 0,340 0,800 0,720
DC1 DF1 0,780 0,608 0,583 0,649
DC2 DF1 0,314 0,099 0,797 0,649
DEN DF1 -0,333 0,111 0,720 0,649
DEP DF1 0,557 0,310 0,800 0,649
DC1 DS 0,809 0,654 0,583 0,904
DC2 DS 0,472 0,223 0,797 0,904
DEN DS -0,405 0,164 0,720 0,904
DEP DS 0,607 0,368 0,800 0,904
DF1 DS 0,722 0,521 0,649 0,904
IMG DS 0,610 0,372 0,916 0,904
DC1 IMG 0,595 0,354 0,583 0,916
DC2 IMG 0,278 0,077 0,797 0,916
166
(conclusão)
Construto 1 Construto 2 Correlação Correlação² AVE1 AVE2
DEN IMG -0,396 0,157 0,720 0,916
DEP IMG 0,606 0,367 0,800 0,916
DF1 IMG 0,559 0,312 0,649 0,916
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos
Para o grupo de farmacêuticos, os resultados são bastante similares. Dois pares de
construtos apresentaram problemas em relação ao quadrado da correlação em comparação
com os valores da AVE e da CC: o par DC1 e DF1 e o par DC1 e DS.
Em compensação, o valor das correlações entre os pares não ultrapassou o limite de 0,85.
Como as outras correlações do subconstruto DC1 (Cognitivo-Comportamento) não
apresentou problemas, manteve esse construto para a próxima etapa que é a mensuração do
modelo estrutural (validade nomológica).
A formação dos construtos e subconstrutos finais do grupo de usuários e do grupo de
farmacêuticos estão demonstradas nas tabelas 57 e 58 a seguir.
Tabela 57 - Construtos, subconstrutos e indicadores finais no grupo de usuários.
Construto Sub Construto Indicadores
Dimensão funcional
DF1 (orientação)
F1 - É um profissional que presta um serviço de qualidade. F2 - É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas. F3 - É um profissional que presta assistência às pessoas.
DF3 (serviço)
F12 - É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia. F13 - É um profissional que está na farmácia ou drogaria, sempre vestido de branco.
Dimensão cognitiva
DC1 (comportamento)
C10 - É um profissional honesto. C11 - É um profissional motivado. C12 - É um profissional confiável. C13 - É um profissional que sente orgulho pela sua profissão. C14 - Têm boa vontade em ajudar as pessoas. C15 - É um profissional satisfeito com sua profissão.
DC2 (área de atuação)
C17 - Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais. C18 - Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos. C19 - Pode trabalhar em clínicas de estética.
DC3 (acessibilidade)
C3 - É fácil de ser identificado. C4 - É um profissional fácil de ser encontrado . C6 - É um profissional que sempre está à disposição.
Dimensão emocional
DEP (positivas)
E1 – Gratidão E2 - Carinho E3 - Acolhimento E4 - Tranquilidade E5 - Segurança E6 - Alívio E7 – Prazer
167
DEN (negativas)
E8 – Frustração E9 - Raiva E10 - Decepção E11 - Arrependimento E12 - Tristeza E13 - Medo E14 – Ansiedade
Dimensão simbólica
S1 - Uma boa referência profissional em relação à indicação de medicamentos S2 - Ética dentro no ambiente profissional. S3 - Respeito com as pessoas. S4 - Um profissional de prestígio perante a sociedade. S5 - Segurança na compra de medicamentos. S6 - Certeza de utilizar os medicamentos de maneira correta. S7 - Garantia que os medicamentos são manipulados corretamente. S8 - Boas lembranças. S9 - Confiança em relação ao estabelecimento em que ele trabalha. S10 - Esperança de melhoria da saúde.
Imagem G1 - Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos. G2 - Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos.
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos e no SPSS Tabela 58 - Construtos, subconstrutos e indicadores finais no grupo de farmacêuticos.
Construto Sub Construto Indicadores
Dimensão funcional
DF1 (orientação)
F1 - É um profissional que presta um serviço de qualidade. DF4
(Venda) F5 - Executa atividades de “escritório” (burocráticas).
Dimensão cognitiva
DC1 (comportamento)
C8 - É um profissional que possui competências técnicas. C10 - É um profissional honesto. C12 - É um profissional confiável. C14 - Têm boa vontade em ajudar as pessoas.
DC2 (área de atuação)
C16 - Pode trabalhar em indústrias na fabricação de medicamentos.
C17 - Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais. C18 - Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos.
DC3 (acessibilidade)
C4 - É um profissional fácil de ser encontrado . C6 - É um profissional que sempre está à disposição.
DC4 (realização)
C11 - É um profissional motivado. C15 - É um profissional satisfeito com sua profissão.
Dimensão emocional
DEP (positivas)
E1 – Gratidão E2 - Carinho E3 - Acolhimento E4 - Tranquilidade E5 - Segurança E6 – Alívio
DEN (negativas)
E8 – Frustração E9 - Raiva E10 - Decepção E11 - Arrependimento E12 - Tristeza E13 - Medo E14 – Ansiedade
Dimensão simbólica S2 - Ética dentro no ambiente profissional. S3 - Respeito com as pessoas.
Imagem G1 - Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos. G2 - Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos.
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos e no SPSS
168
A conclusão em relação à validade discriminante é que existem fortes evidências de que os
construtos e subconstrutos finais são distintos entre si, o que oferece mais robustez para a
realização da validade nomológica e teste de hipóteses.
7.2.10 Validade nomológica e teste de hipótese.
A validade nomológica diz respeito ao relacionamento entre os construtos teóricos presentes
nas teorias ou modelos em que são estudados. A validade nomológica verifica se as relações
e as correlações entre os construtos presentes são significativas e condizentes com as
teorias e conceitos apresentados (HAIR et al., 2009; MALHOTRA, 2011).
No presente estudo, os testes de unidimensionalidade dos construtos já apontavam a
necessidade de reformulação do modelo original (figura 4), devido à multidimensionalidade
dos construtos dimensão emocional, dimensão cognitiva e dimensão funcional.
O modelo estrutural final e os seus resultados são apresentados na figura 5 (grupo de
usuário) e na figura 6 (grupo de farmacêuticos).
Figura 4 - Modelo proposto pelo pesquisador.
Fonte: Elaborado pelo autor.
169
Figura 5 - Modelo estrutural final e seus resultados no grupo de usuários.
Fonte: Dados da pesquisa.
170
Figura 6 - Modelo estrutural final e seus resultados no grupo de farmacêuticos.
Fonte: Dados da pesquisa.
Seguindo as orientações de Anderson e Gerbing (1988) e Hair et. al. (2009), após a definição
do modelo de mensuração exibido nas figuras 5 e 6, foram utilizadas medidas de ajustamento
que possibilitaram verificar o grau em que o modelo prediz a matriz de correlação (medidas
absolutas), bem como a comparação do modelo proposto com um modelo nulo (medidas
171
incrementais). Para isso, foram considerados os índices propostos por Kline (2005) e Hair et.
al. (2009).
a) Qui-quadrado – o valor do teste representa a diferença entre as matrizes de
covariância observada e estimada. Quanto menor for essa diferença, melhor é
considerado o modelo analisado. Por isso, os valores que não são significativos, ou
seja, acima de 0,05 são considerados adequados, pois indicam que a diferença entre
as matrizes não é estatisticamente significativa.
b) Graus de Liberdade – É um estimador do número de categorias independentes num
teste particular ou experiência estatística. Pode ser entendido como a quantidade de
informação disponível para se realizar cálculos envolvendo equações existentes.
c) Qui-quadrado sobre graus de liberdade - demonstra as disparidades entre a matriz
estimada e a observada, indicando que quanto maior a relação entre os dois, maiores
serão as diferenças entre as duas matrizes, sendo aceitáveis valores para essa
relação inferiores a três e aceitável também valores abaixo de cinco.
d) Índice de qualidade de Ajuste (GFI) – criado para minimizar os efeitos do tamanho da
amostra. Trata-se de uma medida absoluta não padronizada, que varia de 0 a 1, a
partir da comparação dos resíduos decorrentes das duas matrizes de dados
(observada e estimada), tendo como valores aceitáveis iguais ou superiores a 0,9.
Quanto maior o seu valor, melhor é o ajuste do modelo.
e) Índice ajustado de qualidade de ajuste (AGFI) - é o GFI ajustado pelos graus de
liberdade. É uma medida de ajuste parcimonioso que avalia a parcimônia do modelo
proposto versus o número de graus de liberdade. Recomendados valores superiores a
0,9. Os valores de AGFI são menores do que o GFI para modelos mais complexos.
f) Raiz Quadrada Média do erro da aproximação (RMSEA) - é uma medida que consiste
na avaliação da discrepância entre o grau de liberdade da raiz quadrada da média dos
resíduos dos modelos esperados e observados. Tem como intervalos aceitáveis entre
0,03 e 0,08. Para essa medida, valores pequenos indicam menos quantidade de
resíduos e, portanto, melhor ajuste do modelo.
A tabela 59 mostra esses parâmetros calculados no software Amos 22.0, considerando os
modelos finais da presente pesquisa nos dois grupos analisados.
172
Tabela 59 - Índices de ajuste dos modelos propostos.
Índice de Ajuste Valor Usuários Valor Farmacêuticos Desejável Qui-quadrado (x²) 1234,774 693,420 Não Definido
Graus de Liberdade (gl) 818 438 O maior possível acima de zero
x²/gl 1,510 1,583 Acima de 1 até 3 e para modelos complexos até 5
GFI 0,841 0,898 Acima ou igual a 0,90 AGFI 0,817 0,870 Acima ou igual a 0,90
RMSEA 0,038 0,038 Acima de 0,03 e abaixo de 0,08 R² 0,71 0,51 Não definido
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no Amos
Analisando-se a tabela 59 é possível identificar um valor significativo do qui-quadrado nos
dois grupos pesquisados. Os valores apresentados de GFI e AGFI estão um pouco abaixo do
valor recomendado (principalmente no grupo de farmacêuticos), mas pode ser interferência
da complexidade do modelo utilizado. Contudo os valores do qui-quadrado normalizado,
graus de liberdade e RMSEA apresentam resultados adequados nos dois grupos.
Após a verificação dos índices de ajustes, realiza-se a análise das cargas fatoriais
padronizadas dos indicadores e seus respectivos t-values. Segundo Schumacker e Lomax
(1996), essa análise oferece a informação sobre a extensão na qual uma dada variável
manifesta sendo capaz de medir uma variável latente. A tabela 60 e 61 expõem os números
dos modelos finais para os dois grupos pesquisados.
Primeiramente são apresentadas as relações entre os construtos envolvidos no modelo final
do grupo de usuários. Os dois grupos não serão apresentados em conjunto, em virtude de
que eles possuem construtos diferentes.
Tabela 60 - Significância entre as relações dos construtos no grupo de usuários.
Relação Entre os Construtos Carga Padronizada Significância Teste T Imagem � Emoções Negativas -0,042 0,321 Imagem � Emoções Positivas 0,063 0,395
Imagem � Dimensão Simbólica 0,618 *** Imagem � DF1 - orientação 0,114 0,090
Imagem � DF3 - serviço -0,063 0,287 Imagem � DC1 - comportamento 0,085 0,313 Imagem � DC2 - área de atuação 0,004 0,923 Imagem � DC3 - acessibilidade 0,020 0,741
Fonte: dados da pesquisa.
Somente a dimensão simbólica se mostrou significativa em influenciar a formação da imagem
do farmacêutico em relação ao grupo de usuários. Apesar das emoções negativas
173
apresentarem um valor negativo como era esperado, já que a imagem do farmacêutico é
positiva em relação aos usuários, essa relação não se mostrou significativa.
Tabela 61 - Significância entre as relações dos construtos no grupo de farmacêuticos.
Relação Entre os Construtos Carga Padronizada Significância Teste T Imagem � Emoções Negativas -0,037 0,476 Imagem � Emoções Positivas 0,270 ***
Imagem � Dimensão Simbólica 0,283 *** Imagem � DF1 - orientação 0,114 0,191
Imagem � DF4 - venda 0,015 0,719 Imagem � DC1 - comportamento -0,008 0,942 Imagem � DC2 - área de atuação -0,018 0,719 Imagem � DC3 - acessibilidade 0,072 0,150
Imagem � DC4 - função 0,191 *** Fonte: dados da pesquisa.
No caso do grupo de farmacêuticos, existe um maior número de relações significativas entre
os formadores da imagem e a imagem propriamente dita dos farmacêuticos. Então, além da
dimensão simbólica que influencia na formação da imagem dos farmacêuticos, as emoções
positivas e o DC4 (função) também influenciam a imagem percebida.
Novamente, as emoções negativas apresentaram uma relação negativa com a imagem do
farmacêutico, mas ela também não se mostrou significativa.
No grupo dos farmacêuticos, a dimensão simbólica não é tão influenciadora da imagem como
no grupo de usuários e o seu nível de influência é quase similar aos das emoções positivas.
No caso do DF4 (venda), a sua influência é a menor das três formadoras da imagem do
farmacêutico.
Por fim, é possível afirmar que nenhum dos dois modelos, tanto para o grupo de usuários,
quanto para o grupo de farmacêuticos, possui validade nomológica.
Outro item a ser analisado refere-se à significância dos itens que formam os construtos, o
qual é mostrado na tabela a seguir.
174
Tabela 62 - Cargas padronizadas dos indicadores no grupo de usuários.
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística T Sig.
DC1 C10 0,721 0,978 0,086 11,311 *** DC1 C11 0,668 0,801 0,073 11,013 *** DC1 C12 0,801 0,962 0,070 13,776 *** DC1 C13 0,769 0,913 0,060 15,169 *** DC1 C14 0,845 1,000 DC1 C15 0,691 0,838 0,070 11,950 *** DC2 C17 0,565 0,559 0,058 9,632 *** DC2 C18 0,888 1,000 DC2 C19 0,885 0,981 0,073 13,457 *** DC3 C3 0,691 0,791 0,065 12,192 *** DC3 C4 0,921 1,000 DC3 C6 0,847 0,910 0,060 15,112 *** DEN E10 0,945 1,007 0,039 25,849 *** DEN E11 0,941 0,990 0,029 33,996 *** DEN E12 0,964 1,000 DEN E13 0,787 0,843 0,042 20,030 *** DEN E14 0,580 0,874 0,074 11,866 *** DEN E8 0,662 0,816 0,069 11,786 *** DEN E9 0,862 0,942 0,042 22,194 *** DEP E1 0,813 0,877 0,050 17,631 *** DEP E2 0,902 1,019 0,046 22,291 *** DEP E3 0,909 1,000 DEP E4 0,899 0,800 0,038 21,057 *** DEP E5 0,874 0,703 0,042 16,667 *** DEP E6 0,803 0,808 0,048 16,878 *** DEP E7 0,649 0,802 0,069 11,656 *** DF1 F1 0,868 1,000 DF1 F2 0,754 0,804 0,063 12,678 *** DF1 F3 0,673 0,905 0,082 11,074 *** DF3 F12 0,690 1,022 0,145 7,054 *** DF3 F13 0,782 1,000 DS S1 0,739 0,984 0,067 14,705 *** DS S9 0,848 1,038 0,056 18,376 *** DS S10 0,665 0,887 0,078 11,341 *** DS S2 0,903 1,000 DS S3 0,893 0,940 0,039 24,268 *** DS S4 0,589 0,721 0,070 10,242 *** DS S5 0,873 0,973 0,055 17,831 *** DS S6 0,865 0,923 0,058 15,829 *** DS S7 0,792 1,016 0,067 15,188 *** DS S8 0,682 1,083 0,090 12,002 *** IMG G1 0,976 1,000 IMG G2 0,942 0,971 0,030 32,272 ***
Fonte: Dados da pesquisa.
175
Para analisar a adequação das cargas dos indicadores, pode-se considerar o valor de, no
mínimo, 0,40 seguindo Hulland (1999), ou a carga mínima de 0,5 de acordo com Dunn,
Seaker e Waller (1994). Seguindo esses últimos autores, mais conservadores, todas as
variáveis que compuseram os subconstrutos apresentaram parâmetros adequados.
Os resultados mostram que no grupo de usuários todos os relacionamentos entre os
indicadores e os seus respectivos construtos ou dimensões são significativos. Este resultado
era esperado em virtude das etapas anteriores, nas quais itens que poderiam apresentar não
significância foram retirados a partir da análise fatorial exploratória, da análise da
confiabilidade e da verificação da análise discriminante.
Tabela 63 - Cargas padronizadas dos indicadores no grupo de farmacêuticos.
Subconstruto Variável Carga
Padronizada Carga Não
Padronizada Erro
Padrão Estatística T Sig.
DEP E4 0,916 0,969 0,033 29,033 *** DEP E3 0,944 1,000 DEP E2 0,899 0,965 0,033 28,985 *** DEP E1 0,846 0,921 0,037 24,993 *** DEN E12 0,884 0,893 0,038 23,402 *** DEN E11 0,895 0,945 0,036 26,580 *** DEN E10 0,942 1,000 DEN E9 0,864 0,875 0,033 26,292 *** DEN E8 0,783 0,873 0,041 21,146 *** DC1 C8 0,583 0,488 0,047 10,326 *** DC1 C10 0,752 1,159 0,077 15,055 *** DC1 C12 0,839 0,969 0,057 17,106 *** DC1 C14 0,850 1,000 DC2 C16 0,943 1,053 0,036 29,571 *** DC2 C17 0,943 1,000 DF1 F3 0,796 0,928 0,059 15,757 *** DF1 F2 0,778 0,747 0,050 14,954 *** DF1 F1 0,842 1,000 IMG G1 0,936 0,971 0,032 29,971 *** IMG G2 0,978 1,000 DEP E6 0,834 0,906 0,041 21,938 *** DEN E13 0,839 0,812 0,043 19,090 *** DEP E5 0,923 0,937 0,034 27,402 *** DC2 C18 0,783 1,173 0,062 19,018 *** DC3 C4 0,862 0,970 0,069 14,037 *** DC3 C6 0,909 1,000 DC4 C11 0,734 0,890 0,112 7,962 *** DC4 C15 0,824 1,000 DEN E14 0,714 0,815 0,055 14,932 *** DS S2 0,998 1,000 DS S3 0,901 0,758 0,025 30,873 *** DF4 F5 0,999 1,000
Fonte: Dados da pesquisa.
176
Novamente, os resultados mostram que no grupo de farmacêuticos todos os relacionamentos
entre os itens e os seus respectivos construtos ou dimensões são significativos. Este
resultado era esperado em virtude das etapas anteriores, nas quais itens que poderiam
apresentar não significância foram retirados a partir da análise fatorial exploratória, da análise
da confiabilidade e da verificação da análise discriminante.
7.2.11 Avaliação do construto imagem
A fim de avaliar as respostas relativas aos indicadores formadores do construto imagem
foram desenvolvidas tabelas com base na comparação das médias dos indicadores.
Como a distribuição dos indicadores não apresentaram normalidade, como apontado
anteriormente, a avaliação da significância estatística das diferenças entre as médias foi feita
utilizando-se testes não paramétricos. No caso da comparação entre dois grupos (usuários e
farmacêuticos; masculino e feminino) foi utilizado o teste Mann-Whitney que é adequado para
amostras independentes (SIEGEL; CASTELLAN JR., 2006).
O teste Mann-Whitney (conhecido como teste U) é utilizado para testar se dois grupos
independentes foram extraídos da mesma população. Trata-se de um teste não paramétrico,
utilizado para escalas ordinais ou quando os pressupostos dos testes paramétricos não são
preenchidos (SIEGEL; CASTELLAN JR., 2006).
No caso de comparação entre mais de dois grupos foi utilizado o teste Kruskal-Wallis, que é
aplicado para verificar se k amostras independentes provêm de populações iguais ou com a
mesma mediana.
Dessa forma, o teste admite que as variáveis de estudo tenham a mesma distribuição
contínua subjacente; assim, ele requer pelo menos um nível de mensuração em escala
ordinal. De acordo com este teste, a hipótese de igualdade entre as médias só é aceitável
quando o valor do p value (sig) é menor que 0,05 (SIEGEL; CASTELLAN JR., 2006).
177
Tabela 64 - Comparação entre os indicadores no construto imagem
Indicador Usuários Farmacêuticos
Sig. N Média
Desvio Padrão N Média
Desvio Padrão
G1 - Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos 363 8,66 1,700 415 8,98 1,516 ,001
G2 - Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos 363 8,63 1,692 415 9,00 1,465 ,000
G3 - O farmacêutico é bem visto pela sociedade 363 7,88 1,996 415 7,31 2,385 ,002
G4 - Indico o serviço do farmacêutico. 363 7,80 2,729 415 9,23 1,483 ,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
A tabela 64 mostra que as médias dos indicadores é maior no grupo de farmacêuticos do que
no grupo de usuários, com exceção do indicador G3 (O farmacêutico é bem visto pela
sociedade), onde ocorre o contrário. Também se observam que todos os indicadores têm
médias estatisticamente diferentes entre os dois grupos.
Quando analisado de forma separada, o resultado do indicador G3 (O farmacêutico é bem
visto pela sociedade), que apresentou um valor da média inferior para o grupo de usuários em
relação ao grupo de farmacêuticos, percebe-se que os usuários reconhecem e valorizam
mais o farmacêutico que o próprio profissional. Outro ponto nesse indicador que foi observado
foi o alto valor do desvio padrão, que evidencia a dispersão das respostas pelos
farmacêuticos entrevistados.
Percebe-se que os farmacêuticos têm uma imagem mais positiva de si mesmos do que os
usuários em geral. Por outro lado, os usuários tem uma visão mais positiva do profissional do
que os farmacêuticos acreditam que possuem. Isso indica que eles podem considerar que as
sociedades não os veem tão bem quanto realmente é a percepção da sociedade.
Tabela 65 - Comparação entre os indicadores no construto imagem por tempo de atuação profissional do farmacêutico.
Indicador Há menos de 3 anos Entre 3 anos e
menos de 10 anos Entre 10 anos e
menos de 20 anos Há mais de 20 anos Asymp. Sig.
N Média Desvio Padrão N Média Desvio
Padrão N Média Desvio Padrão N Média Desvio
Padrão
G1 - Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos
132 9,37 1,135 197 8,78 1,696 62 8,69 1,646 24 9,21 ,932 ,002
G2 - Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos
132 9,35 1,139 197 8,88 1,556 62 8,58 1,770 24 9,17 1,007 ,004
G3 - O farmacêutico é bem visto pela sociedade
132 7,55 2,170 197 7,07 2,557 62 7,42 2,169 24 7,71 2,528 ,359
G4 - Indico o serviço do farmacêutico 132 9,49 1,142 197 9,16 1,527 62 8,87 1,903 24 9,21 1,382 ,100
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
178
A comparação entre os grupos de farmacêuticos com tempo de atuação diferentes no
mercado de trabalho (tabela 65), mostra que as maiores médias são encontradas no grupo
com menos de 3 anos de atuação, seguido do grupo com mais de 20 anos de atuação,
depois o grupo com tempo de atuação entre 3 e 10 anos e, com as menores médias, o grupo
com tempo de atuação entre 10 e 20 anos. A exceção é o indicador G3 (O farmacêutico é
bem visto pela sociedade) que, entretanto, não apresenta diferenças entre as médias
estatisticamente significativas.
Percebe-se que os farmacêuticos com menos tempo de inserção no mercado de trabalho e
os profissionais com mais tempo de inserção no mercado de trabalho valorizam mais a
profissão, seja pela novidade em atuar como farmacêutico ou por uma estabilidade
profissional, mas o mesmo não acontece quanto à forma que esse profissional é visto pela
sociedade, pois há uma homogeneidade entre os quatro grupos analisados.
Em suma, os farmacêuticos recém-formados e aqueles que já estão mais perto de se
aposentar têm uma visão mais positiva, do que aqueles que já têm uma boa experiência, mas
que ainda, provavelmente, não atingiram a sua maturidade profissional.
Tabela 66 - Comparação entre os indicadores do construto imagem no grupo de farmacêuticos por gênero.
Indicador Masculino Feminino Asymp.
Sig. (2-tailed) N Média
Desvio Padrão
N Média Desvio Padrão
G1 - Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos 123 8,92 1,582 293 9,01 1,489 ,635
G2 - Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos 123 8,92 1,582 293 9,04 1,414 ,576
G3 - O farmacêutico é bem visto pela sociedade 123 7,59 2,290 293 7,21 2,420 ,133
G4 - Indico o serviço do farmacêutico 123 9,05 1,773 293 9,30 1,337 ,343
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Na análise de comparação no grupo de farmacêuticos por gênero (tabela 66), as médias não
foram estatisticamente significativas. As maiores médias foram do indicador G4 (Indico o
serviço do farmacêutico), seguido do indicador G2 (Eu tenho uma boa impressão sobre os
farmacêuticos), indicador G1 (Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos) e as
menores médias foram apresentada no indicador G3 (O farmacêutico é bem visto pela
sociedade).
179
Tabela 67 - Comparação entre indicadores do construto imagem no grupo de usuários por gênero.
Indicador Masculino Feminino Asymp.
Sig. (2-tailed) N Média
Desvio Padrão
N Média Desvio Padrão
G1 - Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos 104 8,75 1,426 259 8,62 1,799 ,909
G2 - Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos 104 8,64 1,513 259 8,63 1,761 ,491
G3 - O farmacêutico é bem visto pela sociedade 104 7,99 1,726 259 7,84 2,096 ,951 G4 - Indico o serviço do farmacêutico 104 7,52 2,485 259 7,91 2,819 ,009
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Comparando-se as médias no grupo de usuários também por gênero (tabela 67), o mesmo
fato pode ser observado na análise do grupo de farmacêuticos, ou seja, não existem
diferenças entre as médias dos dois gêneros. A exceção é o indicador G4 (Indico o serviço do
farmacêutico), que no grupo de mulheres foi obtido a maior média.
Tabela 68 - Comparação entre indicadores do construto imagem no grupo de usuários por frequência de atendimento.
Indicador
Nenhuma vez Menos de uma vez
por semana Uma vez por semana
Mais de uma vez por semana
Asymp. Sig.
N Média Desvio Padrão
N Média Desvio Padrão
N Média Desvio Padrão
N Média Desvio Padrão
G1 - Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos
86 8,28 1,864 220 8,80 1,614 41 8,56 1,831 16 8,94 1,340 ,063
G2 - Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos
86 8,37 1,688 220 8,70 1,688 41 8,68 1,823 16 8,94 1,389 ,145
G3 - O farmacêutico é bem visto pela sociedade
86 7,92 1,816 220 7,83 2,053 41 7,71 2,065 16 8,88 1,821 ,099
G4 - Indico o serviço do farmacêutico
86 7,26 2,879 220 7,79 2,703 41 8,27 2,702 16 9,56 1,031 ,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
A comparação dos usuários por frequência de atendimento (tabela 68), por sua vez, também
apontou que somente o indicador G4 (Indico o serviço do farmacêutico) tem diferentes
médias estatisticamente significativas, com maior média no grupo de usuários que
frequentam as farmácias mais de uma vez por semana. O valor da média diminui à medida
que a frequência de atendimento diminui.
Com o intuito de facilitar a visualização dos resultados dos testes de hipóteses, foi elaborado
o Quadro 6.
180
Quadro 6 - Resultados dos testes de hipótese da pesquisa.
Hipótese Resultado
H1 – Existe uma diferença significativa da percepção da imagem do farmacêutico entre os usuários e os profissionais farmacêuticos.
Hipótese aceita.
H2a - A dimensão cognitiva influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico percebida pelos profissionais farmacêuticos.
Hipótese parcialmente aceita. O subconstruto DC4 foi significativo.
Os outros subconstrutos não.
H2b - A dimensão cognitiva influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico percebida pelos usuários.
Hipótese rejeitada.
H3a – A dimensão simbólica influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico percebida pelos profissionais farmacêuticos.
Hipótese aceita.
H3b – A dimensão simbólica influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico percebida pelos usuários.
Hipótese aceita.
H4a – A dimensão emocional influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico percebida pelos profissionais farmacêuticos.
Hipótese parcialmente aceita. O construto emoções positiva é
significativo na formação da imagem.
H4b – A dimensão emocional influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico percebida pelos usuários.
Hipótese rejeitada.
H5a – A dimensão funcional influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico percebida pelos profissionais farmacêuticos.
Hipótese rejeitada.
H5b – A dimensão funcional influencia de forma significativa a imagem geral do farmacêutico percebida pelos usuários.
Hipótese rejeitada.
H6 – Existem diferenças significativas da percepção da imagem do farmacêutico, considerando o tempo de atuação desses profissionais.
Hipótese parcialmente aceita. Existem diferenças estatisticamente significativas para os farmacêuticos
mais inexperientes e também para os farmacêuticos mais experientes.
H7 - Existem diferenças significativas da percepção da imagem do farmacêutico, considerando o gênero desses profissionais.
Hipótese rejeitada.
H8 - Existem diferenças significativas da percepção da imagem do farmacêutico, considerando a frequência de atendimento dos farmacêuticos aos usuários.
Hipótese parcialmente aceita. Somente o indicador G4 da imagem
apresentou diferenças estatisticamente significativas.
Fonte: Elaborado pelo autor
181
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8.1 Discussões sobre os resultados do estudo
O primeiro item das discussões sobre os resultados do trabalho se atém à imagem do
farmacêutico, a partir dos dois grupos de respondentes estudados.
Analisando os valores obtidos das médias na análise descritiva no grupo de usuários e de
farmacêuticos, percebe-se de forma significativa a importância da profissão de farmacêutico
tanto para a sociedade quanto para o próprio profissional, com algumas diferenças na
formação dessa imagem entre os dois grupos nas quatro dimensões da imagem pesquisada.
Os farmacêuticos inscritos têm uma imagem mais positiva de si mesmos do que a sociedade
em geral. Mas em compensação, a sociedade tem uma visão mais positiva do que os
farmacêuticos acreditam que possuem. Isso indica que os farmacêuticos podem considerar
que a sociedade não os vêem tão bem quanto realmente é a percepção real.
Os farmacêuticos recém-formados e os profissionais que estão próximos de se aposentar
possuem um visão mais positiva da profissão dos que os farmacêuticos que possuem uma
experiência profissional e que ainda não atingiram idade de aposentadoria. Isso pode ser
explicado pela motivação desses farmacêuticos recém-formados em atuar como profissionais,
pelo desconhecimento dos obstáculos a serem detectados para o exercício profissional. Por
outro lado, os profissionais com maior tempo de atuação profissional também possuem uma
imagem bastante positiva da profissão de farmacêutico, mas pode ter relação com o período
histórico de falta de profissionais no mercado de trabalho, juntamente com a busca pelo
farmacêutico nas farmácias e drogarias.
Em relação à dimensão funcional fica evidente a percepção dos usuários quanto à
responsabilidade do profissional farmacêutico em executar suas atividades, principalmente
quanto à orientação sobre a forma correta de administrar medicamentos. Também pode ser
observado na visão dos usuários que o profissional farmacêutico dedica sua atividade com
um foco na saúde gerando, dessa forma, confiança e responsabilidade, pois não há uma
percepção pelos usuários de interesses comerciais na relação existente entre o usuário e o
farmacêutico. Tanto para o usuário quanto para o farmacêutico, a prestação de serviço desse
profissional é de qualidade. É um resultado relevante para a imagem da profissão.
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Os farmacêuticos, em sua grande maioria, têm conhecimento das suas atividades que podem
ser executadas em sua rotina de trabalho, fato que não é elucidado para os usuários. A
atividade do farmacêutico em poder prestar o serviço de aplicação de medicamentos não é
evidente para os usuários. O mesmo acontece para as atividades administrativas que são
executadas pelo profissional farmacêutico e que geralmente não acontecem no campo de
visão dos usuários, que acreditam que o farmacêutico somente presta serviços de orientação
sobre os medicamentos nas farmácias e drogarias.
A prescrição de medicamentos é uma atribuição nova autorizada pelo Conselho Federal de
Farmácia e muitos farmacêuticos desconhecem essa atribuição quando analisado o valor da
média obtida e o alto desvio padrão dos resultados. Resultado mais significativo de
desconhecimento dessa atribuição profissional foi evidenciado no grupo de usuários, ou seja,
a sociedade desconhece que o farmacêutico está habilitado em prescrever medicamentos.
Devem ser realizadas campanhas de orientação da população sobre a função do
farmacêutico no desempenho de suas atividades pelo desconhecimento das habilidades e
atribuições desse profissional. A imagem de um profissional que orienta, que cuida e que tem
conhecimento, já está clara para os usuários, mas prescrever medicamentos e outras
competências não esta elucidado. O conselho de classe deve oferecer orientação aos
profissionais farmacêuticos, seja por meio de materiais impressos informativos ou por
palestras, sobre as atribuições do farmacêutico, principalmente sobre a prescrição
farmacêutica e, ao mesmo tempo, apresentar essas atribuições do profissional para a
sociedade.
Pela análise da dimensão cognitiva percebe-se que os usuários relacionam a imagem do
farmacêutico aos medicamentos. As farmácias e drogarias são a porta de entrada da
população ao sistema de saúde, tendo o medicamento como instrumento principal. Dessa
forma, ao pensar em farmacêutico desperta no indivíduo a imagem do medicamento e
consequentemente das farmácias e drogarias. Isso fica evidenciado quando é avaliado o
conhecimento dos usuários sobre outras áreas de atuação do farmacêutico (produção de
medicamentos, análises clínicas, produção de alimentos e estética). Para os usuários o
farmacêutico é um profissional da área da saúde que trabalha nas farmácias e drogarias e
que possui competências técnicas acerca dos medicamentos.
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A atuação do farmacêutico nas outras áreas teve alta dispersão nas respostas no grupo de
usuários. Em clínicas de estética, por exemplo, a alta dispersão pode estar relacionada com a
utilização de cosméticos por esses estabelecimentos na execução de seus procedimentos.
Os cosméticos podem ser produzidos, distribuídos e comercializados pelos profissionais
farmacêuticos, mas grande parte da população não tem acesso a esse tipo de informação.
Com a formação generalista, o profissional farmacêutico pode exercer suas atividades
laborais em diversas áreas dentre elas as citadas acima. Mesmo tendo uma média alta
quando analisado esses fatores, não houve unanimidade no grupo de farmacêuticos, ou seja,
existem farmacêuticos que se veem somente como um profissional da saúde atuante em
farmácias e drogarias.
Um ponto a ser destacado é a credibilidade dos usuários com o farmacêutico, pois, a maioria
dos entrevistados não acredita que o farmacêutico “tenta empurrar” medicamentos
desnecessários aos consumidores quando solicitados. Esse é um ponto muito importante e
contribui de forma significativa para a imagem da profissão e coloca o farmacêutico como um
profissional que atua com ética e transparência no seu ambiente de trabalho.
Quando se analisa a idade dos farmacêuticos entrevistados e o tempo de atuação profissional
(farmacêuticos jovens e com pouco tempo de atuação profissional), percebe-se que com o
aumento da oferta dos cursos de farmácia no estado, aumentou-se de forma considerável o
número de farmacêuticos atuantes no mercado de trabalho. Por um lado, tem-se um dado
positivo pela absorção desses farmacêuticos recém-formados pelo mercado de trabalho, mas
por outro lado, essa realidade impacta no salário do profissional.
Os farmacêuticos não estão satisfeitos com a remuneração recebida. A categoria
farmacêutica possui um piso salarial acordado em convenção coletiva de trabalho, mas como
a oferta de profissionais está maior que a disponibilidade de vagas, há profissionais que se
sujeitam a executar suas atividades laborais recebendo valores inferiores ao piso salarial, fato
esse confirmado quando os entrevistados declaram que recebem valores mensais inferiores a
R$ 2.171,99 (valor inferior ao piso da categoria que ficou estabelecido em R$ 3.446,68 para
uma jornada de 44 horas semanais). Isso gera desmotivação, insatisfação e desprestígio da
profissão de farmacêutico na visão dos profissionais, fato comprovado pelo alto valor na
dispersão das respostas.
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O pior acontece quando existe uma negociação salarial com um valor inferior ao piso da
categorial entre o farmacêutico e o proprietário do estabelecimento, por um “contrato de
gaveta”, pois o conselho regional de farmácia somente libera a documentação para o
funcionamento do estabelecimento com a apresentação da carteira de trabalho, que deve
comprovar o vínculo empregatício e a remuneração definida. Dessa forma, na carteira de
trabalho o valor está correto, mas na prática o farmacêutico aceita receber valores inferiores.
A remuneração reflete negativamente na imagem profissional e deve ser trabalhado em
conjunto com várias entidades com divisão de responsabilidades: conselhos de classe,
sindicatos, faculdades e universidades, ministério do trabalho, ministério público e entre os
próprios profissionais para que não aceitem essas propostas de trabalho.
É importante que o Sindicado dos Farmacêuticos do Estado consiga mobilizar a categoria e
busque melhores condições salariais e de trabalho nos acordos elaborados em convenções
coletivas de trabalho, mas não basta obter êxito nesse acordo. É necessário fazer que o
farmacêutico receba realmente o mínimo estabelecido nessa convenção coletiva de trabalho.
Dessa forma é muito importante a parceria Conselho Regional de Farmácia e Sindicato dos
Farmacêuticos, onde o conselho deve respaldar a categoria com o mínimo a ser recebido e
penalizar os profissionais que desrespeitarem esse acordo por meio da abertura de um
processo ético disciplinar, enquanto que o sindicato deve encaminhar denúncia ao ministério
do trabalho, pois pessoas jurídicas também estão descumprindo o acordo previamente
estabelecido e homologado pelo ministério.
A divulgação para a população das outras áreas de atuação profissional pode aumentar de
forma significativa a reputação e o prestígio por esses profissionais que atuam nesses
diversos segmentos, desvinculando a imagem da profissão de farmacêutico diretamente das
farmácias e drogarias. Também pode despertar em ingressantes ao ensino superior o
interesse em fazer o curso de farmácia pelas inúmeras áreas de atuação profissional. Isso é
bom para as instituições de ensino, pois atualmente existe um número inferior de candidatos
em relação ao total de vagas ofertadas. Pensando no longo prazo pode haver uma
defasagem de profissionais farmacêuticos para suprir as necessidades de saúde da
população.
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É importante ressaltar que o farmacêutico sempre deve se posicionar com um profissional
prestador de serviços da saúde, pois é essa imagem que os usuários possuem da profissão.
Se um profissional agir fora desses princípios podem estar prejudicando sua reputação.
Em relação à dimensão emocional os dois grupos analisados (usuários e farmacêuticos)
despertam nesse relacionamento tanto emoções positiva quanto emoções negativas, com
uma evidente predominância das emoções positivas em relação às emoções negativas.
O predomínio das emoções positivas é muito positivo para a imagem da profissão de
farmacêutico, pois se trata de uma profissão da área da saúde que lida diretamente com o
tratamento da saúde, diagnóstico, melhoria na sintomatologia da doença e qualidade de vida,
além da busca pela cura, quando essa é possível.
Nesse relacionamento usuário-farmacêutico há uma sensação de segurança que pode estar
relacionado às competências técnicas do farmacêutico em relação ao uso de medicamentos,
pois em várias situações o usuário procura o farmacêutico para analisar e validar uma
prescrição de outro profissional da saúde antes de adquirir seu medicamento. O mesmo fato
pode estar relacionado com as baixas médias obtidas nas emoções: medo e tristeza.
Dentre os fatores analisados nessa dimensão da imagem, o prazer obteve a menor média e a
maior dispersão nos dois grupos. Pode ter tido influência da dubiedade da palavra como já
descrito anteriormente. Quando há uma falha no atendimento ou um desconhecimento do
profissional com seu principal instrumento de trabalho, que o medicamento, esses fatos
podem gerar uma frustração nos usuários.
Muitas pessoas se sentem inseguras em lidar com um problema de saúde desconhecido,
dessa maneira a procura por um farmacêutico para a obtenção de um anamnese inicial pode
gerar ansiedade por parte dos usuários, pois pode ouvir do profissional farmacêutico algo que
ele não esperava e desejava. O profissional farmacêutico ao iniciar um novo
acompanhamento ao usuário deve demonstrar confiança, zelo e cuidado com as informações
passadas ao usuário para que esse sentimento de insegurança no atendimento não se
predisponha.
Cabe ao profissional farmacêutico sempre reforçar ao usuário o seu papel fundamental de um
profissional do medicamento, que tem conhecimento e habilidades desde a fabricação até a
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dispensação desses. Aproximar mais do usuário durante esse relacionamento pode reforçar
esse sentimento de segurança e minimizar o sentimento de ansiedade, que pode prejudicar o
tratamento ou a orientação passada pelo farmacêutico. O profissional deve estar disponível
para o usuário, ser compreensivo e carismático, para que a lembrança desse atendimento
seja positiva, pois a procura por esse profissional geralmente acontece quando o usuário está
abalado psicologicamente ou debilitado em seu estado de saúde. Dessa forma, as emoções
positivas podem ser exacerbadas e as emoções negativas abrandadas, que é muito
importante para a imagem da profissão e do profissional farmacêutico.
A dimensão simbólica foi a que apresentou a maior média nos dois grupos estudados.
Respeitar o direito do usuário é uma obrigação do farmacêutico, que vem cumprindo esse
papel ao analisar a positividade das respostas dos usuários. Respeito ao usuário é um
símbolo presente na imagem do farmacêutico na análise dos dois grupos estudados.
Se o profissional farmacêutico cumprir o seu código de ética profissional, prestando o devido
atendimento ao usuário, atendendo ou superando suas expectativas, e também, minimizar
suas inseguranças e incertezas em relação aos seus problemas de saúde, o usuário pode ter
boas lembranças. Lembrar positivamente do relacionamento pode gerar fidelidade e superar
a lembrança negativa de seu estado de saúde no momento de encontro com o farmacêutico.
O farmacêutico deve resgatar essa forma de atendimento e abordagem quando analisamos o
contexto histórico da profissão.
De uma maneira geral e avaliando os resultados obtidos no construto imagem geral, verifica-
se que a profissão de farmacêutico tem uma imagem positiva para a sociedade e o
profissional não tem ciência da sua importância. Isso deve ser despertado nos farmacêuticos
por todas as entidades que participam da construção da imagem dessa profissão.
Na percepção do pesquisador como diretor do conselho de farmácia do estado de Minas
Gerais e docente de cursos de graduação em farmácia, o farmacêutico precisa se valorizar
perante aos empregadores e não aceitar remuneração abaixo do estabelecido pela categoria.
O farmacêutico deve investir na prestação de serviços clínicos, aproximar mais do paciente e
se colocar a disposição dos usuários. O Farmacêutico deve aprimorar continuamente seus
conhecimentos sobre os medicamentos, pois esse é seu ferramental de trabalho e, o
medicamento está diretamente relacionado com a formação da imagem da profissão. A
prescrição de medicamentos é uma atribuição recente e seve ser inclusa na prática
187
profissional, pois além de colaborar com a saúde pública, pode auxiliar na valorização
profissional.
O conselho de farmácia deve continuar investindo na divulgação da profissão para a
sociedade, principalmente em relação as demais áreas de atuação profissional e como um
prestador de serviço de saúde, mas deve ampliar o foco para as empresas públicas e
privadas reforçando a importância do farmacêutico no ambiente de trabalho. Um ponto que
deve ser priorizado pelo conselho de classe, é reforçar ao farmacêutico sua importância e
prestígio que a profissão possui e a sociedade reconhece.
O sindicato dos farmacêuticos do estado devem apoiar os profissionais nas relações de
trabalho, pois a remuneração é um fator que está relacionado à formação de uma imagem
negativa que os profissionais possuem da profissão. Da mesma forma, os profissionais
farmacêuticos devem se unir em prol da profissão apoiando, contribuindo e incentivando as
ações do conselho regional de farmácia de Minas Gerais e do sindicato dos farmacêuticos do
estado.
8.2 Comparações com outros estudos de imagens de profissões
A comparação entre os resultados desse estudo com outros trabalhos que pesquisaram a
imagem de profissões se deteve aos resultados qualitativos desse estudo, pois todos os
trabalhos que pesquisaram sobre imagens de profissões se basearam em metodologias
qualitativas.
Existe uma significativa insatisfação dos profissionais farmacêuticos em relação à
remuneração, ao reconhecimento e a desunião da classe. O mesmo acontece com os
profissionais da fisioterapia (AMORIM, 2007), de arquitetura (GRASSELI, 2007) e de
psicologia (MENDES, 2008) e Almeida (2011) para a fonoaudiologia.
A imagem percebida pelos diversos stakeholders sobre a profissão de farmacêutico é
divergente da imagem dos profissionais, principalmente sob o ponto de vista dos demais
profissionais da área da saúde. Os stakeholders reconhecem e valorizam a profissão bem
mais que os farmacêuticos entrevistados, mas é evidente que a profissão e seus serviços
188
devem ser mais bem divulgados, pois mesmo sendo uma profissão milenar ainda há um
desconhecimento das competências e atribuições desse profissional.
Diante da opinião de alguns profissionais de saúde nos estudos analisados, esse fato não
acontece somente com a profissão de farmacêutico, mas com a maioria das profissões da
área de saúde. Para a sociedade somente o médico é visto com referência quando se trata
do cuidado a saúde. Esse resultado também foi obtido por Amorim (2007) para a profissão de
Fisioterapia, Mendes (2008) para a profissão de Psicologia e Almeida (2011) para a
fonoaudiologia.
A imagem positiva do farmacêutico no passado que foi fixada na mente dos usuários é muito
relevante para superar as dificuldades encontradas hoje e deve ser aproveitada como forma
de avançar no reconhecimento perdido da profissão de farmacêutico pela sociedade.
Sabendo-se que essa imagem é determinante para o posicionamento da profissão no
mercado, é essencial que estratégias sejam adotadas para modificar o comportamento dos
usuários diante desse prestador de serviço.
Em relação à dimensão funcional da imagem dos farmacêuticos, há uma forte relação com
o tratamento e a atenção dada ao usuário seja pela forma de abordagem, qualidade das
informações e assistência prestada que podem gerar uma imagem negativa ou positiva da
profissão.
O farmacêutico tem um reconhecimento da sociedade, mas para os stakeholders o
farmacêutico deveria dar uma maior atenção ao paciente, sendo um “cuidador da saúde” e,
isso pouco acontece atualmente. Pela desmotivação com a profissão, o farmacêutico vem se
afastando do paciente.
Por outro lado, os farmacêuticos não possuem uma fácil identificação em relação ao vestuário
em seu ambiente de trabalho, pois não existe uma padronização. Alguns optam pelo uso de
roupa branca e outros utilizam jalecos de várias cores sobre seu vestuário. O mesmo
resultado obteve Mendes (2008) em seu estudo sobre a profissão de psicologia e Almeida
(2011) em seu estudo sobre a fonoaudiologia. Amorim (2010) encontrou que o uso de roupa
branca remete diretamente a imagem do fisioterapeuta trazendo conotação de limpeza, de
189
saúde e até mesmo de posição destacada do profissional na sociedade, o que leva a um
sentimento de confiança e de credibilidade no serviço contratado.
A falta de padronização dificulta a identificação do farmacêutico pelo usuário, que muitas das
vezes se reporta ao balconista pensando que está se direcionando ao profissional
farmacêutico. Muitos utilizam crachás ou colocam quadros com fotos nos estabelecimentos,
mas isso não é suficiente.
Grasseli (2007) em seu estudo sobre a imagem da Arquitetura também constatou uma lacuna
entre a imagem e a realidade na dimensão funcional, uma vez que as imagens idealizadas,
tanto do profissional quanto da profissão, mostram-se distorcidas quando a realidade é
vivenciada.
Verifica-se que a dimensão cognitiva está mais relacionada à atuação do farmacêutico em
farmácias e drogarias pela relação direta com a orientação sobre o uso de medicamentos.
Isso demonstra uma visa limitada que muitos possuem das áreas de atuação do
farmacêutico. A existência de várias áreas de atuação profissional pode ser uma
oportunidade pela formação do farmacêutico, mas ao mesmo tempo é uma ameaça a
profissão, pois o farmacêutico pode perder o seu foco de atuação, que é o medicamento.
Esse fato veio confirmar a ideia de que mesmo as pessoas que possuem informação mais
próxima da realidade da profissão não têm conhecimento preciso da mesma, o que torna
ainda mais difícil a consolidação da importância da profissão no mercado. O mesmo fato foi
identificado por Amorim (2007) para o fisioterapeuta, Grasseli (2007) para a arquitetura,
Mendes (2008) para a psicologia e Almeida (2011) para a fonoaudiologia, ou seja, a
sociedade possui uma visão limitada de várias profissões.
O conhecimento técnico, atualização contínua, responsabilidade e compromisso,
comportamento ético e atuação profissional, disponibilidade e vontade em ajudar, também
colaboram para a formação dessa dimensão da imagem.
Uma imagem negativa do profissional pode ser gerada quando o farmacêutico é procurado na
farmácia pelos usuários em busca de uma orientação e não é encontrado pelo cliente. A
presença do farmacêutico com falta de prestação de assistência também é percebida com um
ponto negativo para a imagem da profissão.
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Na dimensão emocional, a pesquisa revelou que as emoções positivas são as mais
evidentes para os usuários, sendo relatada a partir das expressões que remetem aos
sentimentos de confiança, credibilidade, segurança, tranquilidade, alegria, dentre outras.
Emoções positivas e negativas também foram encontradas por Amorim (2007) para a
profissão de fisioterapia, Grasseli (2007) para a arquitetura, Mendes (2008) para a psicologia
e Almeida (2011) para a fonoaudiologia.
Quando são ressaltadas as emoções negativas insegurança e medo, que podem vir de
relações conflituosas, essas podem ser superadas se o farmacêutico conseguir estabelecer
um laço emocional com o cliente.
Uma falha ética pelo farmacêutico, sua ausência no estabelecimento ou a identificação pelo
usuário de um descuido no atendimento, também é capaz de despertar emoções negativas
com a profissão. Esses fatores devem ser fiscalizados pelos conselhos de classe profissional,
pois muitas vezes a postura do farmacêutico não está adequada a um prestador de serviços
que objetiva satisfazer o seu cliente, mas existem interesses comerciais por parte do
profissional.
A avaliação da dimensão simbólica, que demonstra as representações e significados do
serviço para os stakeholders, mostrou que o farmacêutico tem como mais relevante
significado a referência em medicamentos. Outros itens foram relacionados com essa
dimensão como: ética no ambiente de trabalho, respeito ao usuário, prestígio perante a
sociedade, boas lembranças, confiança e esperança de melhoria da saúde.
Ficou evidenciado que o conhecimento do profissional farmacêutico sobre os medicamentos
facilita o relacionamento com os demais profissionais de saúde, que utilizam desse
conhecimento em sua atuação. O trabalho da equipe multidisciplinar de saúde é facilitado
com a presença do profissional farmacêutico.
Na fisioterapia (AMORIM, 2007), na psicologia (MENDES, 2008) e na fonoaudiologia
(ALMEIDA, 2011), o significado mais relevante é a ajuda, que tornam essas profissões mais
assistencialista e emotiva. Grasseli (2007) em seu estudo sobre a arquitetura relacionou a
profissão do arquiteto com status. O status não tem significado com a profissão de
farmacêutico.
191
8.3 Discussão sobre o problema de pesquisa e as hipóteses
Em termos teóricos, os resultados não foram satisfatórios analisando a fase quantitativa
desse estudo. As dimensões cognitiva, simbólica, emocional e funcional, descritas no
referencial teórico, não foram capazes de explicar os resultados obtidos em relação à imagem
do farmacêutico, tanto para os usuários, quanto para os profissionais. A única dimensão
presente nos dois grupos de respondentes foi a dimensão simbólica. Consequentemente as
hipóteses relacionadas especificamente ao modelo teórico apresentado foram rejeitadas ou
parcialmente aceitas.
Percebe-se que a imagem do farmacêutico nos dois grupos pesquisados somente tem
relação com a dimensão simbólica, sendo também o único construto pesquisado que
apresentou unidimensionalidade. Fica evidenciada a forte relação da imagem da profissão de
farmacêutico com o medicamento e sua atuação profissional em farmácias e drogarias. O
medicamento é um símbolo diretamente relacionado com a imagem do farmacêutico, fato
evidenciado tanto na fase qualitativa dessa pesquisa quanto na fase quantitativa.
Também compõem essa dimensão simbólica da imagem, o respeito e o prestígio da profissão
de farmacêutico pelo seu conhecimento sobre os medicamentos. A ética no desempenho de
sua atividade profissional e a relação de confiança entre usuário e farmacêutico também gera
a imagem positiva desse profissional da saúde.
As demais dimensões pesquisadas (funcional, cognitiva e emocional) não foram significativas
na formação da imagem do farmacêutico pelos usuários. As outras atividades do
farmacêutico além da orientação sobre o uso de medicamentos não são claras para os
usuários. O farmacêutico também executa atividades “burocráticas” na parte interna do
estabelecimento e não é visualizado pelo usuário.
A nova atribuição do profissional em prescrever medicamentos também gera certo
desconhecimento e desconforto tanto para os profissionais da saúde, entrevistados durante a
fase qualitativa dessa pesquisa, quanto para os usuários. Esse é um ponto que deve ser
analisado com muito critério pelos conselhos de classe, pois no entendimento da sociedade
somente o médico está apto a prescrever medicamentos.
192
Deve ser padronizada uma vestimenta diferenciada para o farmacêutico que atua em
farmácias e drogarias pelo Conselho Federal de Farmácia, seja por obrigação ou uma
sugestão, pois não há uma identificação clara pelos usuários sobre quem realmente é o
profissional farmacêutico nos estabelecimentos em que atua.
É preciso uma identificação diferenciada e específica para esse profissional no ponto de
venda, mas não basta estar identificado, é necessário estar presente, à disposição e se fazer
presente. O usuário reconhece a importância do farmacêutico e confia nesse profissional e
esse deve retribuir com sua disponibilidade, honestidade e motivação para não haver um
desgaste da imagem da profissão.
A imagem da profissão está diretamente relacionada a atuação do farmacêutico em farmácias
e drogarias. Áreas onde já existem vários farmacêuticos exercendo suas atividades, como as
análises clínicas, indústrias de alimentos e indústria farmacêutica, são pouco conhecidas
pelos usuários. O mesmo foi observado na atuação do farmacêutico em clínicas de estéticas,
que é uma área nova de atuação profissional, mas ainda pouco conhecida.
A população deve ter ciência da dimensão da profissão farmacêutica. Pelos resultados
obtidos nessa pesquisa, a profissão está relacionada somente a medicamentos e, pela
atuação desse profissional em farmácias e drogarias. Para ampliar essa visão da sociedade
pela profissão, uma ampla divulgação deve ser realizada.
Da mesma forma muitos farmacêuticos desconhecem a importância que é dada pela
sociedade a esse profissional. Nesse caso deve haver um esforço conjunto entre todas as
entidades que possam colaborar para a motivação e valorização da profissão farmacêutica no
cenário nacional: conselhos de classe, sindicatos, associações, federações, faculdades e
universidades etc.
Em relação as hipóteses que buscaram relacionar às diferenças no comportamento dos
entrevistados com os dados demográficos, os resultados indicaram que o gênero dos
respondentes não apresentou diferenças significativas em relação à imagem dos profissionais
e, aqueles usuários que recebiam de forma mais frequente o atendimento dos farmacêuticos,
indicavam mais os serviços desse profissional do que aqueles que vão com menos frequência
às farmácias e drogarias.
193
Há de se considerar ainda que os farmacêuticos em início de carreira e aqueles que estão
mais perto de se aposentar apresentam uma percepção de imagem melhor do que aqueles
que, em relação ao tempo de profissão, estão entre esses dois extremos.
Pensar numa mudança da imagem do profissional farmacêutico requer pensar numa
mudança da percepção da imagem pelas entidades de classe, pelas pessoas jurídicas, pelos
farmacêuticos e pela sociedade. É, nesse sentido, que se propõe uma ação conjunta com o
conselho regional de farmácia de minas gerais para divulgar a importância do profissional
farmacêutico para todos os públicos que participam da formação da imagem dessa profissão.
Para tanto, ao final deste estudo, é apresentada vários projetos e produtos técnicos
(Apêndices E a J) com o objetivo de elucidar a imagem da profissão de farmacêutico.
Certamente, algo de novo foi acrescentado com a realização desta pesquisa. No entanto, fica
aqui o desejo de uma melhoria na imagem da profissão farmacêutica e espera-se que
conceitos significativos de avaliação da imagem sejam lembrados, analisados e colocados em
prática.
8.4 Limitações da pesquisa e sugestões de pesquisas futuras
Para esse estudo, pode-se considerar como principal fator limitante o fato de ser quase
impossível para o pesquisador configurar com precisão absoluta as imagens mentais do ser
humano. Não há como ter um conhecimento absoluto sobre a realidade e, quando se trata de
aspectos intangíveis, tal tarefa se torna ainda mais árdua. É importante registrar, portanto,
que nas possibilidades da pesquisa em ciências humanas e sociais, buscou-se descrever de
forma mais vasta e plausível possível, dentro dos mais rigorosos métodos, as informações
obtidas dos diversos stakeholders para a elaboração do instrumento de coleta de dados.
Em relação às unidades de análise escolhidas e a amostra, optou-se por entrevistar usuários
localizados na região metropolitana de Belo Horizonte pela facilidade de coleta de dados pelo
pesquisador e, os farmacêuticos localizados em todo o estado de Minas Gerais utilizando o
sítio do CRF/MG. A percepção da imagem de um profissional farmacêutico que executa suas
atividades laborais no interior do estado pode ser diferente dos farmacêuticos que estão
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inseridos na região metropolitana de Belo Horizonte e, da mesma forma, os usuários que
residem no interior do estado podem ter uma percepção diferente dos que residem no centro
do estado. Esse fenômeno não foi analisado nesse estudo.
No entanto, faz-se necessário que outras pesquisas considerando o modelo de análise
proposto para a profissão de farmacêutico sejam aplicadas em outras partes do Brasil e do
mundo. Desta maneira, será possível obter um panorama mais amplo da profissão de
farmacêutico, permitindo inclusive, comparações entre as diversas localidades.
Um ponto a ser ressaltado em relação às limitações do trabalho é o número elevado de
questionários inválidos nas duas unidades de análise pesquisadas. Isso pode ser
consequência da extensão do questionário e da queixa de alguns respondentes de que o
questionário tinha muitas questões repetidas, e por isso não se sentiram à vontade ou sem
comprometimento em responder o máximo de perguntas possíveis, pela semelhança de
muitas questões, na percepção dos respondentes, o que obviamente não corresponde à
verdade.
Outro fator que pode ter colaborado para o aumento do número de questionário inválidos no
grupo de usuários foi a aplicação do mesmo durante o expediente de trabalho dos
respondentes, pois em vários momentos a aplicação do questionário foi interrompida para o
atendimento aos clientes.
No caso do grupo de farmacêuticos, como o link para acesso ao questionário estava inserido
na área restrita do sítio do CRF/MG em que somente os farmacêuticos possuem acesso,
muitos profissionais podem ter respondido o questionário sem muito zelo e cuidado, pois essa
foi a primeira pesquisa realizada com os farmacêuticos no estado e, a relação farmacêutico-
conselho de classe pode ter influenciado na maneira como os profissionais responderam o
questionário.
Os farmacêuticos que não acessaram o sítio do CRF/MG no período da pesquisa e os
farmacêuticos que não incluem em sua rotina profissional o acesso as informações
disponibilizadas pelo conselho de classe pela web (principalmente os profissionais com idade
mais avançada pela dificuldade com o uso da informática) não tiveram acesso ao
questionário.
195
Sugere-se também, que os conselhos de classe que norteiam a profissão de farmacêutico em
todo nacional, utilizem este trabalho para uma reflexão mais profunda sobre a imagem da
profissão e do profissional, bem como sua inserção no mercado de trabalho e, com isso,
possam posicionar a imagem da profissão de maneira mais assertiva com a categoria e com
a sociedade.
É imprescindível que haja, primeiramente, a iniciativa dos próprios profissionais em ações que
provoquem mudanças na imagem da profissão e na imagem do profissional farmacêutico.
Como o modelo nesse estudo não apresentou validade, mas existem autores que sustentam
a sua validade, torna-se necessário então que o modelo de análise proposto nesta pesquisa
seja testado para outras profissões o que irá agregar maior conhecimento sobre elas e a
possibilidade da comparação da percepção dos seus profissionais e da sociedade em geral.
Além disso, obviamente será possível validar um modelo que apresente a formação da
imagem a partir de diversas dimensões para as profissões.
Outra sugestão é a de se aprofundar em relação a alguns resultados dessa pesquisa. Assim,
pode-se elaborar as seguintes questões, as quais poderiam ser respondidas por meio de
pesquisas complementares: Por que a imagem do profissional farmacêutico é diferente para
aqueles que estão no início ou mais próximos de se aposentarem em comparação com
profissionais com nível de tempo de atuação profissional diferentes? Por que a dimensão
simbólica é aquela que influencia mais na formação da imagem do farmacêutico? Em outras
profissões, os profissionais também tem uma imagem mais positiva da sua profissão do que o
público em geral?
196
REFERÊNCIAS 5
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______. Profissão farmacêutica, e agora? Curitiba: Ed. Lovise. 1992
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APÊNDICE A – Roteiro de entrevista – Geral
PESQUISA DE OPINIÃO
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado sobre a profissão de Farmacêutico. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
GERAL
1. Quando você ouve a palavra farmacêutica qual a primeira coisa que vem à mente?
2. Se você fosse descrever os profissionais de Farmácia para um parente ou amigo, o que você
falaria?
3. Você indicaria o trabalho de um farmacêutico para os seus parentes e/ou amigos?
4. Como você vê a profissão de Farmacêutico atualmente? (Nesta pergunta, a ênfase deve ser dada à
profissão, e não ao profissional).
a) Quais são os pontos fortes da profissão de Farmacêutico?
b) Quais são os pontos fracos da profissão de Farmacêutico?
DIMENSÃO FUNCIONAL
1. Como você descreve o farmacêutico?
2. Como você imagina que seja o farmacêutico?
3. Qual o significado que o farmacêutico tem para você?
4. Quando você vai a um estabelecimento como identifica quem é o farmacêutico?
5. Quais os benefícios que a atuação do farmacêutico traz para você? Explique.
6. Como você avalia a qualidade do trabalho do profissional?
7. Você procura os serviços do farmacêutico quando precisa antes de procurar um médico? Por quê?
8. Quais as vantagens para você da atuação de um farmacêutico? Descreva-as.
9. Quais as desvantagens para você da atuação de um farmacêutico? Descreva-as.
DIMENSÃO EMOCIONAL
1. Quais os sentimentos que lhe vêm à mente quando eu digo Farmacêutico? Explique
2. Que sentimentos têm quando vai à farmácia e encontra o farmacêutico?
3. O que te oferece mais prazer quando vai à farmácia?
4. O que te deixa mais infeliz quando vai a uma farmácia?
206
5. Você acha que o Farmacêutico é capaz de despertar emoções positivas e/ou negativas nos
clientes? Quais seriam essas emoções? Descreva-as
6. Como é o relacionamento entre farmacêutico e o cliente? Que aspectos emocionais podem
interferir nesta relação? Explique
7. Quais as emoções positivas que você sente quando é atendido por um farmacêutico? Descreva-as.
8. Quais as emoções negativas que você sente quando é atendido por um farmacêutico? Descreva-
as.
DIMENSÃO COGNITIVA
1. Em sua opinião quais são as principais atividades do farmacêutico?
2. Quais as atividades que o farmacêutico está habilitado a exercer? Descreva-as
3. O que ele realmente faz?
4. O que ele deve fazer? Explique.
5. O que ele não deve fazer? Por quê? Explique.
6. Como você descreve um bom farmacêutico?
DIMENSÃO SIMBÓLICA
1. Como você descreve a pessoa que utiliza o trabalho de um farmacêutico ou invés de se
automedicar? (esperto? Displicente? Corajoso? Imprudente?)
2. O que você acha que o cliente está buscando quando procura os serviços de um Farmacêutico?
Por quê?
3. Além dos aspectos mencionados, o que mais você acha que o trabalho do Farmacêutico pode
representar para os clientes?
4. Você acredita que as pessoas procuram um farmacêutico para terem mais segurança para utilizar
os medicamentos ou por conveniência? Explique
5. As percepções de homens e mulheres são diferentes em relação ao farmacêutico? Quais são elas?
6. Você acha que os homens ficam mais constrangidos dos que as mulheres ao se consultar com um
farmacêutico? Por que isso ocorre?
7. Imagine que o seu vizinho nunca utilizou os serviços do farmacêutico, por que você acha que isso
ocorre? Qual seria o perfil desse tipo de pessoa? Como você descreveria essa pessoa?
8. É sinal de status ir ao farmacêutico? Por quê?
9. Você se sentiria orgulhoso caso seu filho fosse farmacêutico? Por quê?
10. Como seria o farmacêutico ideal?
Você gostaria de fazer mais algum comentário?
207
APÊNDICE B – Roteiro de entrevista – Profissionais de Saúde
PESQUISA DE OPINIÃO
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado sobre a profissão de Farmacêutico. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
GERAL
1. Você tem trabalhado com profissionais Farmacêuticos? ( ) Sim.
a) Quais os pontos positivos da sua experiência com os farmacêuticos?
b) Quais os pontos negativos da experiência com os farmacêuticos?
( ) Não. Por quê?
2. Quando você ouve a palavra farmacêutico qual a primeira coisa que vem à mente?
3. Em sua opinião, qual é a relação entre a sua profissão e a do farmacêutico?
4. Quais atividades e funções são de responsabilidade da sua profissão, mas que os farmacêuticos
vêm exercendo?
5. Se você fosse descrever os profissionais de Farmácia para um parente ou amigo, o que você
falaria?
6. Você indicaria o trabalho de um farmacêutico para os seus parentes e/ou amigos?
7. Como você vê a profissão de Farmacêutico atualmente? (Nesta pergunta, a ênfase deve ser dada à
profissão, e não ao profissional).
a) Quais são os pontos fortes da profissão de Farmacêutico?
b) Quais são os pontos fracos da profissão de Farmacêutico?
DIMENSÃO FUNCIONAL
1. Como você descreve o farmacêutico?
2. Como você imagina que seja o farmacêutico?
3. Qual o significado que o farmacêutico tem para você?
4. Quando você vai a um estabelecimento como identifica quem é o farmacêutico?
5. Quais os benefícios que a atuação do farmacêutico traz para você? Explique.
6. Como você avalia a qualidade do trabalho do profissional?
7. Você procura os serviços do farmacêutico quando precisa antes de procurar um médico? Por quê?
8. Quais as vantagens para você da atuação de um farmacêutico? Descreva-as.
9. Quais as desvantagens para você da atuação de um farmacêutico? Descreva-as.
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DIMENSÃO EMOCIONAL
1. Quais os sentimentos que lhe vêm à mente quando eu digo Farmacêutico? Explique
2. Que sentimentos têm quando vai à farmácia e encontra o farmacêutico?
3. O que te oferece mais prazer quando vai à farmácia?
4. O que te deixa mais infeliz quando vai a uma farmácia?
5. Você acha que o Farmacêutico é capaz de despertar emoções positivas e/ou negativas nos
clientes? Quais seriam essas emoções? Descreva-as
6. Como é o relacionamento entre farmacêutico e o cliente? Que aspectos emocionais podem
interferir nesta relação? Explique
7. Quais as emoções positivas que você sente quando é atendido por um farmacêutico? Descreva-as.
8. Quais as emoções negativas que você sente quando é atendido por um farmacêutico? Descreva-
as.
DIMENSÃO COGNITIVA
1. Em sua opinião quais são as principais atividades do farmacêutico?
2. Quais as atividades que o farmacêutico está habilitado a exercer? Descreva-as
3. O que ele realmente faz?
4. O que ele deve fazer? Explique.
5. O que ele não deve fazer? Por quê? Explique.
6. Como você descreve um bom farmacêutico?
DIMENSÃO SIMBÓLICA
1. Como você descreve a pessoa que utiliza o trabalho de um farmacêutico ou invés de se
automedicar? (esperto? Displicente? Corajoso? Imprudente?)
2. O que você acha que o cliente está buscando quando procura os serviços de um Farmacêutico?
Por quê?
3. Além dos aspectos mencionados, o que mais você acha que o trabalho do Farmacêutico pode
representar para os clientes?
4. Você acredita que as pessoas procuram um farmacêutico para terem mais segurança para utilizar
os medicamentos ou por conveniência? Explique
5. As percepções de homens e mulheres são diferentes em relação ao farmacêutico? Quais são elas?
6. Você acha que os homens ficam mais constrangidos dos que as mulheres ao se consultar com um
farmacêutico? Por que isso ocorre?
7. Imagine que o seu vizinho nunca utilizou os serviços do farmacêutico, por que você acha que isso
ocorre? Qual seria o perfil desse tipo de pessoa? Como você descreveria essa pessoa?
8. É sinal de status ir ao farmacêutico? Por quê?
9. Você se sentiria orgulhoso caso seu filho fosse farmacêutico? Por quê?
10. Como seria o farmacêutico ideal?
Você gostaria de fazer mais algum comentário?
APÊNDICE C – Questionário
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA – MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
Pesquisa sobre a Imagem do Farmacêutico.
Caro Senhor (a),
Estou solicitando a sua colaboração para responder o questionário adiantemestrado que busca o que as pessoas pensam sobre o respostas certas ou erradas para as questões e evite deixar questões em branco e sem resposta. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúimportantíssimo que você preencha as questões na ordem em que as mesmas aparecem.
Agradeço antecipadamente o seu apoio: Claudiney Luis Ferreira e Luiz Rodrigo Cunha Moura.
Por favor, leia atentamente as instruções abaixo antes de responder as qu
Gostaríamos de saber a sua opinião em relação às afirmativas abaixo:
1ª PARTE: EM MINHA OPINIÃO O FARMACÊUTICO...
1 – É um profissional que presta um serviço de qualidade.2 – É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas. 3 – É um profissional que presta assistência às pessoas.4 – É um profissional que pode aplicar medicamentos.5 – Executa atividades de “escritório” (burocráticas).6 – É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de medicamentos. 7 – É um profissional que auxilia no tratamento médico.8 – Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneicorreta. 9 – Está preocupado em vender medicamentos.10 – Pode prescrever medicamentos. (receitar medicamentos)11 - É um profissional que atende os clientes de maneira rápida.12 – É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia.13 – É um profissional que está na farmácia ou drogaria, sempre vestido de branco. 14 – É um líder no seu ambiente de trabalho.15 – É um profissional que ganha um excelente salário.16 – É um profissional da área de saúde.17 – É fácil de ser identificado quando vou à farmácia ou drogaria. 18 – É um profissional fácil de ser encontrado nas farmácias19 – Presta um bom atendimento para os clientes.20 – É um profissional que sempre está à disposição nas farmácias21 – É um profissional importante para as pessoas.22 – É um profissional que possui competências técnicas a medicamentos. 23 – Tenta “empurrar” os produtos comercializados pela farmácia para os clientes. 24 – É um profissional honesto. 25 – É um profissional motivado. 26 – É um profissional confiável. 27 – É um profissional que sente orgulho pela sua profissão.28 – Têm boa vontade em ajudar as pessoas.29 – É um profissional satisfeito com sua profissão.30 - Pode trabalhar em indústrias na fabricação de medicamentos.31 – Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais.32 – Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos.33 – Pode trabalhar em clínicas de estética.
Questionário
MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
Pesquisa sobre a Imagem do Farmacêutico.
solicitando a sua colaboração para responder o questionário adiante que trata de uma pesquisa científica que busca o que as pessoas pensam sobre o farmacêutico. A sua participação é muito importante. Não há
respostas certas ou erradas para as questões e evite deixar questões em branco e sem resposta. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúvidas, converse com o pesquisador que está aplicando o questionário. importantíssimo que você preencha as questões na ordem em que as mesmas aparecem.
Agradeço antecipadamente o seu apoio: Claudiney Luis Ferreira e Luiz Rodrigo Cunha Moura.
leia atentamente as instruções abaixo antes de responder as questões.
Gostaríamos de saber a sua opinião em relação às afirmativas abaixo:
: EM MINHA OPINIÃO O FARMACÊUTICO... Discordo ConcordoTotalmente
É um profissional que presta um serviço de qualidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que presta assistência às pessoas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional que pode aplicar medicamentos. 0 1 2 Executa atividades de “escritório” (burocráticas). 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional que auxilia no tratamento médico. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneira 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Está preocupado em vender medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pode prescrever medicamentos. (receitar medicamentos) 0 1 É um profissional que atende os clientes de maneira rápida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional que está na farmácia ou drogaria, sempre vestido de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um líder no seu ambiente de trabalho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional que ganha um excelente salário. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional da área de saúde. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É fácil de ser identificado quando vou à farmácia ou drogaria. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional fácil de ser encontrado nas farmácias ou drogarias. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Presta um bom atendimento para os clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional que sempre está à disposição nas farmácias e drogarias. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 É um profissional importante para as pessoas. 0 1 É um profissional que possui competências técnicas a respeito dos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tenta “empurrar” os produtos comercializados pela farmácia para os 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que sente orgulho pela sua profissão. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Têm boa vontade em ajudar as pessoas. 0 1 2 3 4 É um profissional satisfeito com sua profissão. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ode trabalhar em indústrias na fabricação de medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pode trabalhar em clínicas de estética. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
209
rata de uma pesquisa científica em nível de farmacêutico. A sua participação é muito importante. Não há
respostas certas ou erradas para as questões e evite deixar questões em branco e sem resposta. O essencial é que sua vidas, converse com o pesquisador que está aplicando o questionário. É
Agradeço antecipadamente o seu apoio: Claudiney Luis Ferreira e Luiz Rodrigo Cunha Moura.
Discordo Concordo Totalmente Totalmente
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
210
2ª PARTE - NAS EXPERIÊNCIAS QUE EU JÁ TIVE COM OS FARMACÊUTICOS EU SENTI...
Discordo Concordo Totalmente Totalmente
34 – Gratidão. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 35 – Carinho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 36 – Acolhimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 37 – Tranquilidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 38 – Segurança. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 39 – Alívio. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 40 – Prazer. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 41 – Frustração. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 42 – Raiva. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 43 – Decepção. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 44 – Arrependimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 45 – Tristeza. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 46 – Medo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 47 – Ansiedade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3ª PARTE - EM MINHA OPINIÃO O FARMACÊUTICO SIGNIFICA... Discordo Concordo Totalmente Totalmente
48 – Uma boa referência profissional em relação à indicação de medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 49 – Ética dentro no ambiente profissional. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 50 – Respeito com as pessoas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 51 – Um profissional de prestígio perante a sociedade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 52 – Segurança na compra de medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 53 – Certeza de utilizar os medicamentos de maneira correta. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 54 – Garantia que os medicamentos são manipulados corretamente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 – Boas lembranças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 56 - Confiança em relação ao estabelecimento em que ele trabalha. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 57 – Esperança de melhoria da saúde. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
58 – Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 59 – Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 60 – O farmacêutico é bem visto pela sociedade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 61 - Indico o serviço do farmacêutico a um parente ou amigo quando me solicitam.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Cidade aonde você reside: _____________________________________________ CEP da sua residência:_____________
211
1. Qual o seu sexo? � Masculino � Feminino
2 – Há quanto tempo você atua como profissional de Farmácia?
� Há menos de 3 anos � Entre 3 anos e menos de 10 anos. � Entre 10 anos e menos de 20 anos. � Há mais de 20 anos. � Não se aplica.
3. Quantas vezes em média você é atendido por um farmacêutico por mês (em média)?
� Nenhuma vez � Menos de uma vez por semana
� Uma vez por semana � Mais de uma vez por semana.
4. Qual a sua idade?
� De 18 a 25 anos; � De 26 a 33 anos; � De 34 a 41 anos; � De 42 a 49 anos; � Mais de 50 anos.
5. Qual é a renda da sua família? � Até R$ 1.447,99 � Entre R$ 1.448,00 até R$ 2.171,99 � Entre R$ 2.172,00 até R$ 7.239,99 � Entre R$ 7.240,00 até R$ 14.479,99 � Acima de R$ 14.480,00
TERMINOU! MUITO OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO!!!
212
APÊNDICE D - Matrizes de correlação dos construtos utilizados na pesquisa
Tabela 69 - Matriz de correlação e de significância construto dimensão funcional no grupo de usuários.
Itens F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 F12 F13 F14
F1 1,000 0,630 0,541 0,302 0,084 0,448 0,323 0,450 -0,113 0,104 0,184 0,090 0,200 0,350
F2 0,630 1,000 0,517 0,230 0,009 0,438 0,220 0,518 -0,188 0,099 0,096 0,034 0,197 0,271
F3 0,541 0,517 1,000 0,200 0,074 0,294 0,284 0,346 -0,112 0,082 0,162 0,037 0,175 0,263
F4 0,302 0,230 0,200 1,000 0,260 0,203 0,233 0,253 -0,003 0,297 0,171 0,072 0,104 0,255
F5 0,084 0,009 0,074 0,260 1,000 0,089 0,240 0,029 0,159 0,211 0,156 0,085 -0,006 0,247
F6 0,448 0,438 0,294 0,203 0,089 1,000 0,327 0,496 0,019 0,079 0,250 0,220 0,233 0,158
F7 0,323 0,220 0,284 0,233 0,240 0,327 1,000 0,312 -0,058 0,226 0,177 0,060 0,069 0,223
F8 0,450 0,518 0,346 0,253 0,029 0,496 0,312 1,000 -0,121 0,090 0,175 0,105 0,293 0,277
F9 -0,113 -0,188 -0,112 -0,003 0,159 0,019 -0,058 -0,121 1,000 0,083 0,186 0,170 0,017 -0,046
F10 0,104 0,099 0,082 0,297 0,211 0,079 0,226 0,090 0,083 1,000 0,282 0,113 0,032 0,075
F11 0,184 0,096 0,162 0,171 0,156 0,250 0,177 0,175 0,186 0,282 1,000 0,316 0,204 0,180
F12 0,090 0,034 0,037 0,072 0,085 0,220 0,060 0,105 0,170 0,113 0,316 1,000 0,512 0,179
F13 0,200 0,197 0,175 0,104 -0,006 0,233 0,069 0,293 0,017 0,032 0,204 0,512 1,000 0,321
F14 0,350 0,271 0,263 0,255 0,247 0,158 0,223 0,277 -0,046 0,075 0,180 0,179 0,321 1,000
F1 0,000 0,000 0,000 0,056 0,000 0,000 0,000 0,015 0,024 0,000 0,043 0,000 0,000
F2 0,000 0,000 0,000 0,434 0,000 0,000 0,000 0,000 0,030 0,034 0,260 0,000 0,000
F3 0,000 0,000 0,000 0,078 0,000 0,000 0,000 0,016 0,060 0,001 0,239 0,000 0,000
F4 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,478 0,000 0,001 0,086 0,024 0,000
F5 0,056 0,434 0,078 0,000 0,045 0,000 0,291 0,001 0,000 0,001 0,053 0,456 0,000
F6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,045 0,000 0,000 0,358 0,067 0,000 0,000 0,000 0,001
F7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,134 0,000 0,000 0,128 0,096 0,000
F8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,291 0,000 0,000 0,011 0,044 0,000 0,022 0,000 0,000
F9 0,015 0,000 0,016 0,478 0,001 0,358 0,134 0,011 0,056 0,000 0,001 0,373 0,191
F10 0,024 0,030 0,060 0,000 0,000 0,067 0,000 0,044 0,056 0,000 0,016 0,273 0,076
F11 0,000 0,034 0,001 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F12 0,043 0,260 0,239 0,086 0,053 0,000 0,128 0,022 0,001 0,016 0,000 0,000 0,000
F13 0,000 0,000 0,000 0,024 0,456 0,000 0,096 0,000 0,373 0,273 0,000 0,000 0,000
F14 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,191 0,076 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 70 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF1 dimensão funcional-orientação no grupo de usuários.
Itens F1 F2 F3 F4 F5 F6
F1 1,000 0,630 0,541 0,448 0,450 1,000
F2 0,630 1,000 0,517 0,438 0,518 0,630
F3 0,541 0,517 1,000 0,294 0,346 0,541
F6 0,448 0,438 0,294 1,000 0,496 0,448
F8 0,450 0,518 0,346 0,496 1,000 0,450
F1 0,000 0,000 0,000 0,000
F2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F3 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
213
Tabela 71 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF2 dimensão funcional-atividade no grupo de usuários.
Itens F4 F5
F4 1,000 0,260
F5 0,260 1,000
F4 0,000
F5 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 72 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF3 dimensão funcional-serviço no grupo de usuários.
Itens F12 F13
F12 1,000 0,512
F13 0,512 1,000
F12 0,000
F13 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 73 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF4 dimensão funcional-venda no grupo de usuários.
Itens F9 F11
F9 1,000 0,186
F11 0,186 1,000
F9 0,000
F11 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 74 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão cognitiva no grupo de usuários.
(continua) Item C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19
C1 1,000 0,095 0,153 0,130 0,091 0,162 0,111 0,043 -0,212 0,024 0,232 0,037 0,119 0,106 0,101 0,061 0,048 -
0,011 -
0,006
C2 0,095 1,000 0,053 0,055 0,229 0,029 0,312 0,351 0,075 0,322 0,151 0,194 0,146 0,148 0,115 0,223 0,037 -0,010 0,012
C3 0,153 0,053 1,000 0,618 0,385 0,489 0,266 0,160 0,108 0,298 0,377 0,327 0,324 0,361 0,325 0,008 0,021 0,002 0,043
C4 0,130 0,055 0,618 1,000 0,413 0,743 0,288 0,170 0,041 0,245 0,320 0,262 0,268 0,346 0,237 -0,008 0,057 -
0,047 -
0,022
C5 0,091 0,229 0,385 0,413 1,000 0,405 0,480 0,458 0,238 0,429 0,426 0,485 0,492 0,579 0,429 0,120 0,107 0,006 0,086
C6 0,162 0,029 0,489 0,743 0,405 1,000 0,307 0,169 0,024 0,237 0,323 0,279 0,340 0,397 0,302 -0,033 0,050 -
0,054 -
0,077
C7 0,111 0,312 0,266 0,288 0,480 0,307 1,000 0,574 0,115 0,462 0,400 0,496 0,461 0,474 0,426 0,235 0,200 0,134 0,217
C8 0,043 0,351 0,160 0,170 0,458 0,169 0,574 1,000 0,250 0,393 0,255 0,519 0,332 0,444 0,323 0,323 0,149 0,116 0,167
C9 -0,212 0,075 0,108 0,041 0,238 0,024 0,115 0,250 1,000 0,242 0,133 0,301 0,177 0,194 0,078 0,030 -
0,069 -
0,143 -
0,094
C10 0,024 0,322 0,298 0,245 0,429 0,237 0,462 0,393 0,242 1,000 0,547 0,631 0,498 0,493 0,365 0,085 0,065 0,075 0,135
C11 0,232 0,151 0,377 0,320 0,426 0,323 0,400 0,255 0,133 0,547 1,000 0,500 0,558 0,536 0,463 -0,045 0,055 0,043 0,063
C12 0,037 0,194 0,327 0,262 0,485 0,279 0,496 0,519 0,301 0,631 0,500 1,000 0,529 0,626 0,478 0,202 0,131 0,118 0,164
C13 0,119 0,146 0,324 0,268 0,492 0,340 0,461 0,332 0,177 0,498 0,558 0,529 1,000 0,716 0,625 0,036 0,041 -0,044 0,056
C14 0,106 0,148 0,361 0,346 0,579 0,397 0,474 0,444 0,194 0,493 0,536 0,626 0,716 1,000 0,600 0,125 0,043 -0,015 0,061
C15 0,101 0,115 0,325 0,237 0,429 0,302 0,426 0,323 0,078 0,365 0,463 0,478 0,625 0,600 1,000 0,160 0,070 0,015 0,061
C16 0,061 0,223 0,008 -0,008 0,120 -
0,033 0,235 0,323 0,030 0,085 -0,045 0,202 0,036 0,125 0,160 1,000 0,382 0,340 0,362
C17 0,048 0,037 0,021 0,057 0,107 0,050 0,200 0,149 -0,069 0,065 0,055 0,131 0,041 0,043 0,070 0,382 1,000 0,509 0,510
214
(conclusão)
Item C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19
C18 -0,011
-0,010
0,002 -0,047
0,006 -0,054
0,134 0,116 -0,143
0,075 0,043 0,118 -0,044
-0,015
0,015 0,340 0,509 1,000 0,781
C19 -0,006 0,012 0,043 -
0,022 0,086 -0,077 0,217 0,167 -
0,094 0,135 0,063 0,164 0,056 0,061 0,061 0,362 0,510 0,781 1,000
C1 0,035 0,002 0,007 0,042 0,001 0,017 0,209 0,000 0,327 0,000 0,240 0,012 0,022 0,027 0,124 0,182 0,421 0,454
C2 0,035 0,159 0,148 0,000 0,293 0,000 0,000 0,076 0,000 0,002 0,000 0,003 0,002 0,014 0,000 0,240 0,422 0,410
C3 0,002 0,159 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,443 0,348 0,483 0,205
C4 0,007 0,148 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,216 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,442 0,140 0,187 0,335
C5 0,042 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011 0,020 0,454 0,051
C6 0,001 0,293 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,328 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,265 0,171 0,153 0,072
C7 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,000
C8 0,209 0,000 0,001 0,001 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,013 0,001
C9 0,000 0,076 0,020 0,216 0,000 0,328 0,014 0,000 0,000 0,005 0,000 0,000 0,000 0,069 0,283 0,095 0,003 0,037
C10 0,327 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,054 0,109 0,078 0,005
C11 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,196 0,149 0,209 0,116
C12 0,240 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006 0,012 0,001
C13 0,012 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,246 0,219 0,202 0,144
C14 0,022 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009 0,209 0,389 0,125
C15 0,027 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,069 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,093 0,385 0,122
C16 0,124 0,000 0,443 0,442 0,011 0,265 0,000 0,000 0,283 0,054 0,196 0,000 0,246 0,009 0,001 0,000 0,000 0,000
C17 0,182 0,240 0,348 0,140 0,020 0,171 0,000 0,002 0,095 0,109 0,149 0,006 0,219 0,209 0,093 0,000 0,000 0,000
C18 0,421 0,422 0,483 0,187 0,454 0,153 0,005 0,013 0,003 0,078 0,209 0,012 0,202 0,389 0,385 0,000 0,000 0,000
C19 0,454 0,410 0,205 0,335 0,051 0,072 0,000 0,001 0,037 0,005 0,116 0,001 0,144 0,125 0,122 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 75 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC1 dimensão cognitiva-comportamento no grupo de usuários.
Itens C10 C11 C12 C13 C14 C15
C10 1,000 0,547 0,631 0,498 0,493 0,365
C11 0,547 1,000 0,500 0,558 0,536 0,463
C12 0,631 0,500 1,000 0,529 0,626 0,478
C13 0,498 0,558 0,529 1,000 0,716 0,625
C14 0,493 0,536 0,626 0,716 1,000 0,600
C15 0,365 0,463 0,478 0,625 0,600 1,000
C10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C12 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C13 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C14 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C15 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 76 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC2 dimensão cognitiva-área de atuação no grupo de usuários.
Itens C17 C18 C19
C17 1,000 0,509 0,510
C18 0,509 1,000 0,781
C19 0,510 0,781 1,000
C17 0,000 0,000
C18 0,000 0,000
C19 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
215
Tabela 77 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC3 dimensão cognitiva-acessibilidade no grupo de usuários.
Itens C3 C4 C6
C3 1,000 0,618 0,489
C4 0,618 1,000 0,743
C6 0,489 0,743 1,000
C3 0,000 0,000
C4 0,000 0,000
C6 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 78 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC4 dimensão cognitiva-função no grupo de usuários.
Itens C2 C8
C2 1,000 0,351
C8 0,351 1,000
C2 0,000
C8 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 79 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC5 dimensão cognitiva-diversos no grupo de usuários.
Itens C1 C9
C1 1,000 -0,212
C9 -0,212 1,000
C1 0,000
C9 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 80 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão emocional no grupo de usuários.
(continua) Item E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14
E1 1,000 0,735 0,705 0,640 0,567 0,615 0,509 -0,267 -0,335 -0,350 -0,331 -0,333 -0,284 -0,269
E2 0,735 1,000 0,801 0,671 0,557 0,605 0,562 -0,183 -0,251 -0,293 -0,275 -0,278 -0,292 -0,255
E3 0,705 0,801 1,000 0,790 0,690 0,699 0,548 -0,252 -0,306 -0,364 -0,336 -0,336 -0,300 -0,263
E4 0,640 0,671 0,790 1,000 0,827 0,719 0,493 -0,279 -0,310 -0,403 -0,367 -0,331 -0,278 -0,259
E5 0,567 0,557 0,690 0,827 1,000 0,701 0,465 -0,285 -0,313 -0,403 -0,389 -0,333 -0,272 -0,213
E6 0,615 0,605 0,699 0,719 0,701 1,000 0,567 -0,269 -0,254 -0,303 -0,304 -0,276 -0,201 -0,144
E7 0,509 0,562 0,548 0,493 0,465 0,567 1,000 -0,134 -0,181 -0,227 -0,231 -0,213 -0,166 -0,096
E8 -0,267 -0,183 -0,252 -0,279 -0,285 -0,269 -0,134 1,000 0,638 0,638 0,579 0,539 0,502 0,331
E9 -0,335 -0,251 -0,306 -0,310 -0,313 -0,254 -0,181 0,638 1,000 0,841 0,798 0,783 0,624 0,508
E10 -0,350 -0,293 -0,364 -0,403 -0,403 -0,303 -0,227 0,638 0,841 1,000 0,869 0,817 0,692 0,517
E11 -0,331 -0,275 -0,336 -0,367 -0,389 -0,304 -0,231 0,579 0,798 0,869 1,000 0,901 0,726 0,514
E12 -0,333 -0,278 -0,336 -0,331 -0,333 -0,276 -0,213 0,539 0,783 0,817 0,901 1,000 0,763 0,573
E13 -0,284 -0,292 -0,300 -0,278 -0,272 -0,201 -0,166 0,502 0,624 0,692 0,726 0,763 1,000 0,627
216
(conclusão) Item E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14
E14 -0,269 -0,255 -0,263 -0,259 -0,213 -0,144 -0,096 0,331 0,508 0,517 0,514 0,573 0,627 1,000
E1 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E3 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E4 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E5 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
E7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,034
E8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E9 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E12 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E13 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E14 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,034 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 81 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DEP dimensão emocional-positiva no grupo de usuários.
Itens E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7
E1 1,000 0,735 0,705 0,640 0,567 0,615 0,509
E2 0,735 1,000 0,801 0,671 0,557 0,605 0,562
E3 0,705 0,801 1,000 0,790 0,690 0,699 0,548
E4 0,640 0,671 0,790 1,000 0,827 0,719 0,493
E5 0,567 0,557 0,690 0,827 1,000 0,701 0,465
E6 0,615 0,605 0,699 0,719 0,701 1,000 0,567
E7 0,509 0,562 0,548 0,493 0,465 0,567 1,000
E1 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E3 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E4 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E5 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 82 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DEN dimensão emocional-negativa no grupo de usuários.
(continua) Itens E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14
E8 1,000 0,638 0,638 0,579 0,539 0,502 0,331
E9 0,638 1,000 0,841 0,798 0,783 0,624 0,508
E10 0,638 0,841 1,000 0,869 0,817 0,692 0,517
E11 0,579 0,798 0,869 1,000 0,901 0,726 0,514
E12 0,539 0,783 0,817 0,901 1,000 0,763 0,573
E13 0,502 0,624 0,692 0,726 0,763 1,000 0,627
217
(conclusão) Itens E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14
E14 0,331 0,508 0,517 0,514 0,573 0,627 1,000
E8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E9 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E12 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E13 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E14 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 83 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão simbólica no grupo de usuários.
Itens S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10
S1 1,000 0,601 0,559 0,371 0,583 0,579 0,470 0,366 0,594 0,466
S2 0,601 1,000 0,821 0,509 0,677 0,617 0,608 0,517 0,709 0,511
S3 0,559 0,821 1,000 0,507 0,700 0,615 0,603 0,480 0,658 0,468
S4 0,371 0,509 0,507 1,000 0,507 0,464 0,400 0,417 0,521 0,445
S5 0,583 0,677 0,700 0,507 1,000 0,781 0,639 0,421 0,670 0,467
S6 0,579 0,617 0,615 0,464 0,781 1,000 0,706 0,449 0,676 0,470
S7 0,470 0,608 0,603 0,400 0,639 0,706 1,000 0,482 0,645 0,474
S8 0,366 0,517 0,480 0,417 0,421 0,449 0,482 1,000 0,570 0,470
S9 0,594 0,709 0,658 0,521 0,670 0,676 0,645 0,570 1,000 0,641
S10 0,466 0,511 0,468 0,445 0,467 0,470 0,474 0,470 0,641 1,000
S1 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S3 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S4 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S5 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S9 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 84 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão imagem no grupo de
usuários.
Itens G1 G2 G3 G4
G1 1,000 0,914 0,503 0,585
G2 0,914 1,000 0,511 0,562
G3 0,503 0,511 1,000 0,429
G4 0,585 0,562 0,429 1,000
G1 0,000 0,000 0,000
G2 0,000 0,000 0,000
G3 0,000 0,000 0,000
G4 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
218
Tabela 85 - Matriz de correlação e de significância construto dimensão funcional no grupo de farmacêuticos.
Itens F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 F12 F13 F14
F1 1,000 0,662 0,691 0,262 0,113 0,397 0,496 0,584 -0,202 0,155 -0,103 -0,105 0,049 0,389
F2 0,662 1,000 0,689 0,312 0,118 0,465 0,578 0,685 -0,163 0,174 -0,100 -0,062 0,057 0,323
F3 0,691 0,689 1,000 0,318 0,075 0,462 0,561 0,609 -0,116 0,185 -0,082 -0,078 0,079 0,337
F4 0,262 0,312 0,318 1,000 0,189 0,308 0,300 0,280 0,045 0,369 0,037 -0,043 0,154 0,230
F5 0,113 0,118 0,075 0,189 1,000 0,205 0,059 0,018 0,054 0,125 0,043 0,120 0,016 0,031
F6 0,397 0,465 0,462 0,308 0,205 1,000 0,522 0,473 -0,040 0,240 -0,003 -0,039 0,090 0,306
F7 0,496 0,578 0,561 0,300 0,059 0,522 1,000 0,605 -0,154 0,203 -0,090 -0,094 0,048 0,393
F8 0,584 0,685 0,609 0,280 0,018 0,473 0,605 1,000 -0,197 0,225 -0,081 -0,112 0,023 0,355
F9 -0,202 -0,163 -0,116 0,045 0,054 -0,040 -0,154 -0,197 1,000 0,123 0,465 0,394 0,214 -0,110
F10 0,155 0,174 0,185 0,369 0,125 0,240 0,203 0,225 0,123 1,000 0,120 -0,034 0,081 0,218
F11 -0,103 -0,100 -0,082 0,037 0,043 -0,003 -0,090 -0,081 0,465 0,120 1,000 0,386 0,207 -0,029
F12 -0,105 -0,062 -0,078 -0,043 0,120 -0,039 -0,094 -0,112 0,394 -0,034 0,386 1,000 0,400 -0,080
F13 0,049 0,057 0,079 0,154 0,016 0,090 0,048 0,023 0,214 0,081 0,207 0,400 1,000 0,201
F14 0,389 0,323 0,337 0,230 0,031 0,306 0,393 0,355 -0,110 0,218 -0,029 -0,080 0,201 1,000
F1 0,000 0,000 0,000 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,018 0,016 0,157 0,000
F2 0,000 0,000 0,000 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,021 0,105 0,125 0,000
F3 0,000 0,000 0,000 0,063 0,000 0,000 0,000 0,009 0,000 0,047 0,056 0,053 0,000
F4 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,181 0,000 0,226 0,194 0,001 0,000
F5 0,011 0,008 0,063 0,000 0,000 0,116 0,361 0,135 0,005 0,191 0,007 0,370 0,267
F6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,209 0,000 0,478 0,214 0,033 0,000
F7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,116 0,000 0,000 0,001 0,000 0,034 0,027 0,166 0,000
F8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,361 0,000 0,000 0,000 0,000 0,049 0,011 0,320 0,000
F9 0,000 0,000 0,009 0,181 0,135 0,209 0,001 0,000 0,006 0,000 0,000 0,000 0,012
F10 0,001 0,000 0,000 0,000 0,005 0,000 0,000 0,000 0,006 0,007 0,245 0,050 0,000
F11 0,018 0,021 0,047 0,226 0,191 0,478 0,034 0,049 0,000 0,007 0,000 0,000 0,280
F12 0,016 0,105 0,056 0,194 0,007 0,214 0,027 0,011 0,000 0,245 0,000 0,000 0,052
F13 0,157 0,125 0,053 0,001 0,370 0,033 0,166 0,320 0,000 0,050 0,000 0,000 0,000
F14 0,000 0,000 0,000 0,000 0,267 0,000 0,000 0,000 0,012 0,000 0,280 0,052 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 86 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF1 dimensão funcional-orientação no grupo de farmacêuticos.
(continua) Itens F1 F2 F3 F6 F7 F8 F14
F1 1,000 0,662 0,691 0,397 0,496 0,584 0,389
F2 0,662 1,000 0,689 0,465 0,578 0,685 0,323
F3 0,691 0,689 1,000 0,462 0,561 0,609 0,337
F6 0,397 0,465 0,462 1,000 0,522 0,473 0,306
F7 0,496 0,578 0,561 0,522 1,000 0,605 0,393
F8 0,584 0,685 0,609 0,473 0,605 1,000 0,355
F14 0,389 0,323 0,337 0,306 0,393 0,355 1,000
F1 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F3 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
219
(conclusão)
Itens F1 F2 F3 F6 F7 F8 F14
F7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
F14 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 87 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF2 dimensão funcional-atividade no grupo de farmacêuticos.
Itens F9 F11 F12 F13
F9 1,000 0,465 0,394 0,214
F11 0,465 1,000 0,386 0,207
F12 0,394 0,386 1,000 0,400
F13 0,214 0,207 0,400 1,000
F9 0,000 0,000 0,000
F11 0,000 0,000 0,000
F12 0,000 0,000 0,000
F13 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 88 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DF3 dimensão funcional-serviço no grupo de farmacêuticos.
Itens F4 F10
F4 1,000 0,369
F10 0,369 1,000
F4 0,000
F10 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 89 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão cognitiva no grupo de farmacêuticos.
(continua) Item C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19
C1 1,000 0,054 0,233 0,114 0,040 0,178 -0,026
-0,038
-0,107
-0,004 0,439 0,025 -
0,085 0,058 0,377 0,006 0,015 -0,021
-0,003
C2 0,054 1,000 0,151 0,163 0,337 0,135 0,539 0,435 0,145 0,278 0,152 0,365 -0,094 0,440 0,171 0,536 0,550 0,378 0,254
C3 0,233 0,151 1,000 0,463 0,320 0,399 0,121 0,093 0,048 0,167 0,303 0,163 -0,135 0,200 0,223 0,082 0,098 0,069 0,062
C4 0,114 0,163 0,463 1,000 0,504 0,767 0,184 0,232 0,130 0,314 0,250 0,322 -0,159 0,311 0,230 0,122 0,135 0,029 0,060
C5 0,040 0,337 0,320 0,504 1,000 0,572 0,451 0,432 0,259 0,488 0,232 0,561 -0,127 0,573 0,267 0,255 0,301 0,169 0,123
C6 0,178 0,135 0,399 0,767 0,572 1,000 0,213 0,246 0,173 0,360 0,313 0,376 -0,184 0,405 0,262 0,100 0,149 0,060 0,089
C7 -0,026 0,539 0,121 0,184 0,451 0,213 1,000 0,600 0,214 0,355 0,136 0,487 -
0,069 0,478 0,230 0,454 0,457 0,360 0,275
C8 -0,038 0,435 0,093 0,232 0,432 0,246 0,600 1,000 0,218 0,365 0,112 0,522 -
0,073 0,463 0,183 0,398 0,459 0,317 0,260
C9 -0,107 0,145 0,048 0,130 0,259 0,173 0,214 0,218 1,000 0,289 -
0,033 0,251 0,043 0,303 0,093 0,132 0,159 0,117 -0,019
C10 -0,004 0,278 0,167 0,314 0,488 0,360 0,355 0,365 0,289 1,000 0,225 0,656 -
0,117 0,611 0,250 0,235 0,282 0,251 0,091
C11 0,439 0,152 0,303 0,250 0,232 0,313 0,136 0,112 -0,033 0,225 1,000 0,198 -
0,134 0,268 0,619 0,095 0,131 0,002 0,012
C12 0,025 0,365 0,163 0,322 0,561 0,376 0,487 0,522 0,251 0,656 0,198 1,000 -0,112 0,664 0,231 0,341 0,408 0,291 0,199
220
(conclusão) Item C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19
C13 -0,085
-0,094
-0,135
-0,159
-0,127
-0,184
-0,069
-0,073 0,043 -
0,117 -
0,134 -
0,112 1,000 -0,150
-0,163
-0,053
-0,035
-0,036
-0,037
C14 0,058 0,440 0,200 0,311 0,573 0,405 0,478 0,463 0,303 0,611 0,268 0,664 -0,150 1,000 0,347 0,337 0,408 0,273 0,158
C15 0,377 0,171 0,223 0,230 0,267 0,262 0,230 0,183 0,093 0,250 0,619 0,231 -0,163 0,347 1,000 0,160 0,194 0,068 0,041
C16 0,006 0,536 0,082 0,122 0,255 0,100 0,454 0,398 0,132 0,235 0,095 0,341 -0,053 0,337 0,160 1,000 0,894 0,726 0,394
C17 0,015 0,550 0,098 0,135 0,301 0,149 0,457 0,459 0,159 0,282 0,131 0,408 -0,035 0,408 0,194 0,894 1,000 0,718 0,410
C18 -0,021 0,378 0,069 0,029 0,169 0,060 0,360 0,317 0,117 0,251 0,002 0,291 -
0,036 0,273 0,068 0,726 0,718 1,000 0,464
C19 -0,003 0,254 0,062 0,060 0,123 0,089 0,275 0,260 -
0,019 0,091 0,012 0,199 -0,037 0,158 0,041 0,394 0,410 0,464 1,000
C1 0,136 0,000 0,010 0,211 0,000 0,298 0,218 0,015 0,467 0,000 0,309 0,041 0,121 0,000 0,452 0,378 0,337 0,476
C2 0,136 0,001 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,002 0,000 0,001 0,000 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C3 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,007 0,029 0,167 0,000 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,047 0,024 0,079 0,105
C4 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004 0,000 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,006 0,003 0,275 0,112
C5 0,211 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
C6 0,000 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,021 0,001 0,113 0,035
C7 0,298 0,000 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,000 0,079 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C8 0,218 0,000 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011 0,000 0,068 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C9 0,015 0,002 0,167 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,255 0,000 0,193 0,000 0,029 0,004 0,001 0,009 0,348
C10 0,467 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
C11 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,011 0,255 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,026 0,004 0,482 0,403
C12 0,309 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C13 0,041 0,028 0,003 0,001 0,005 0,000 0,079 0,068 0,193 0,009 0,003 0,011 0,001 0,000 0,139 0,237 0,232 0,227
C14 0,121 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001
C15 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,000 0,082 0,203
C16 0,452 0,000 0,047 0,006 0,000 0,021 0,000 0,000 0,004 0,000 0,026 0,000 0,139 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000
C17 0,378 0,000 0,024 0,003 0,000 0,001 0,000 0,000 0,001 0,000 0,004 0,000 0,237 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
C18 0,337 0,000 0,079 0,275 0,000 0,113 0,000 0,000 0,009 0,000 0,482 0,000 0,232 0,000 0,082 0,000 0,000 0,000
C19 0,476 0,000 0,105 0,112 0,006 0,035 0,000 0,000 0,348 0,032 0,403 0,000 0,227 0,001 0,203 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 90 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC1 dimensão cognitiva-comportamento no grupo de farmacêuticos.
Itens C8 C9 C10 C12 C14
C8 1,000 0,218 0,365 0,522 0,463
C9 0,218 1,000 0,289 0,251 0,303
C10 0,365 0,289 1,000 0,656 0,611
C12 0,522 0,251 0,656 1,000 0,664
C14 0,463 0,303 0,611 0,664 1,000
C8 0,000 0,000 0,000 0,000
C9 0,000 0,000 0,000 0,000
C10 0,000 0,000 0,000 0,000
C12 0,000 0,000 0,000 0,000
C14 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
221
Tabela 91 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC2 dimensão cognitiva-área de atuação no grupo de farmacêuticos.
Itens C2 C16 C17 C18 C19
C2 1,000 0,536 0,550 0,378 0,254
C16 0,536 1,000 0,894 0,726 0,394
C17 0,550 0,894 1,000 0,718 0,410
C18 0,378 0,726 0,718 1,000 0,464
C19 0,254 0,394 0,410 0,464 1,000
C2 0,000 0,000 0,000 0,000
C16 0,000 0,000 0,000 0,000
C17 0,000 0,000 0,000 0,000
C18 0,000 0,000 0,000 0,000
C19 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 92 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC3 dimensão cognitiva-acessibilidade no grupo de farmacêuticos.
Itens C3 C4 C6
C3 1,000 0,463 0,399
C4 0,463 1,000 0,767
C6 0,399 0,767 1,000
C3 0,000 0,000
C4 0,000 0,000
C6 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 93 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DC4 dimensão cognitiva-funçao no grupo de farmacêuticos.
Itens C1 C11 C15
C1 1,000 0,439 0,377
C11 0,439 1,000 0,619
C15 0,377 0,619 1,000
C1 0,000 0,000
C11 0,000 0,000
C15 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 94 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão emocional no grupo de farmacêuticos.
(continua) Item E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14
E1 1,000 0,798 0,818 0,764 0,704 0,703 0,571 -0,386 -0,382 -0,430 -0,406 -0,413 -0,388 -0,286
E2 0,798 1,000 0,859 0,724 0,709 0,685 0,703 -0,366 -0,367 -0,402 -0,399 -0,384 -0,368 -0,261
E3 0,818 0,859 1,000 0,848 0,830 0,761 0,664 -0,443 -0,437 -0,491 -0,442 -0,464 -0,417 -0,322
E4 0,764 0,724 0,848 1,000 0,864 0,789 0,635 -0,497 -0,492 -0,536 -0,458 -0,482 -0,471 -0,365
E5 0,704 0,709 0,830 0,864 1,000 0,796 0,619 -0,524 -0,509 -0,558 -0,482 -0,513 -0,466 -0,396
222
(conclusão) Item E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14
E6 0,703 0,685 0,761 0,789 0,796 1,000 0,687 -0,455 -0,417 -0,462 -0,423 -0,439 -0,417 -0,344
E7 0,571 0,703 0,664 0,635 0,619 0,687 1,000 -0,347 -0,329 -0,347 -0,335 -0,329 -0,297 -0,215
E8 -0,386 -0,366 -0,443 -0,497 -0,524 -0,455 -0,347 1,000 0,758 0,771 0,677 0,638 0,602 0,522
E9 -0,382 -0,367 -0,437 -0,492 -0,509 -0,417 -0,329 0,758 1,000 0,838 0,740 0,733 0,675 0,541
E10 -0,430 -0,402 -0,491 -0,536 -0,558 -0,462 -0,347 0,771 0,838 1,000 0,813 0,774 0,674 0,604
E11 -0,406 -0,399 -0,442 -0,458 -0,482 -0,423 -0,335 0,677 0,740 0,813 1,000 0,811 0,706 0,557
E12 -0,413 -0,384 -0,464 -0,482 -0,513 -0,439 -0,329 0,638 0,733 0,774 0,811 1,000 0,710 0,618
E13 -0,388 -0,368 -0,417 -0,471 -0,466 -0,417 -0,297 0,602 0,675 0,674 0,706 0,710 1,000 0,685
E14 -0,286 -0,261 -0,322 -0,365 -0,396 -0,344 -0,215 0,522 0,541 0,604 0,557 0,618 0,685 1,000
E1 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E3 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E4 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E5 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E9 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E12 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E13 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E14 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 95 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DEP dimensão emocional-positiva no grupo de farmacêuticos.
Itens E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7
E1 1,000 0,798 0,818 0,764 0,704 0,703 0,571
E2 0,798 1,000 0,859 0,724 0,709 0,685 0,703
E3 0,818 0,859 1,000 0,848 0,830 0,761 0,664
E4 0,764 0,724 0,848 1,000 0,864 0,789 0,635
E5 0,704 0,709 0,830 0,864 1,000 0,796 0,619
E6 0,703 0,685 0,761 0,789 0,796 1,000 0,687
E7 0,571 0,703 0,664 0,635 0,619 0,687 1,000
E1 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E3 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E4 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E5 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
223
Tabela 96 - Matriz de correlação e de significância do subconstruto DEN dimensão emocional-negativa no grupo de farmacêuticos.
Itens E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14
E8 1,000 0,758 0,771 0,677 0,638 0,602 0,522
E9 0,758 1,000 0,838 0,740 0,733 0,675 0,541
E10 0,771 0,838 1,000 0,813 0,774 0,674 0,604
E11 0,677 0,740 0,813 1,000 0,811 0,706 0,557
E12 0,638 0,733 0,774 0,811 1,000 0,710 0,618
E13 0,602 0,675 0,674 0,706 0,710 1,000 0,685
E14 0,522 0,541 0,604 0,557 0,618 0,685 1,000
E8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E9 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E11 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E12 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E13 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
E14 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
Tabela 97 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão simbólica no grupo de farmacêuticos.
Itens S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10
S1 1,000 0,634 0,588 0,261 0,550 0,530 0,376 0,395 0,518 0,518
S2 0,634 1,000 0,858 0,327 0,676 0,664 0,452 0,501 0,600 0,552
S3 0,588 0,858 1,000 0,324 0,746 0,684 0,477 0,564 0,640 0,601
S4 0,261 0,327 0,324 1,000 0,317 0,311 0,296 0,397 0,401 0,288
S5 0,550 0,676 0,746 0,317 1,000 0,808 0,552 0,517 0,648 0,591
S6 0,530 0,664 0,684 0,311 0,808 1,000 0,556 0,517 0,571 0,571
S7 0,376 0,452 0,477 0,296 0,552 0,556 1,000 0,435 0,478 0,442
S8 0,395 0,501 0,564 0,397 0,517 0,517 0,435 1,000 0,589 0,572
S9 0,518 0,600 0,640 0,401 0,648 0,571 0,478 0,589 1,000 0,640
S10 0,518 0,552 0,601 0,288 0,591 0,571 0,442 0,572 0,640 1,000
S1 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S2 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S3 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S4 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S5 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S6 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S7 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S8 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S9 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S10 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
224
Tabela 98 - Matriz de correlação e de significância do construto dimensão imagem no grupo de farmacêuticos.
Itens G1 G2 G3 G4
G1 1,000 0,924 0,456 0,535
G2 0,924 1,000 0,475 0,600
G3 0,456 0,475 1,000 0,358
G4 0,535 0,600 0,358 1,000
G1 0,000 0,000 0,000
G2 0,000 0,000 0,000
G3 0,000 0,000 0,000
G4 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados da pesquisa trabalhados no SPSS
225
APÊNDICE E – Projeto Técnico - Workshop: Gestão da imagem do profissional farmacêutico
226
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Workshop
Gestão da imagem do profissional farmacêutico
Belo Horizonte
2014
227
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Workshop
Gestão da imagem do profissional farmacêutico
Contribuição técnica elaborada a partir da dissertação de mestrado intitulada “IMAGEM DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO: proposição e teste de um modelo de avaliação”, apresentado como requisito de avaliação do curso de Mestrado Profissional em Administração do Centro Universitário UNA para obtenção do título de Mestre. Área de Concentração: Inovação e Dinâmica Organizacional. Orientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura. Coorientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki.
Belo Horizonte
Centro Universitário UNA
2014
228
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 229
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 231
3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 234
3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 234
3.2 Objetivo específicos ............................................................................................ 234
4 PÚBLICO ALVO .................................................................................................... 234
5 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO ....................................................... 234
6 RECURSOS .......................................................................................................... 236
6.1 Humanos ............................................................................................................ 236
6.2 Materiais ............................................................................................................. 236
7 RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................... 236
8 AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 236
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 238
229
1 INTRODUÇÃO
A proposta do Mestrado Profissional em Administração se distingue, em parte,
do mestrado acadêmico, uma vez que o foco é a concretização de pesquisas,
no sentido de dilatar o aperfeiçoamento profissional, agregando conhecimento
e práticas para uma formação.
Ressalta-se a diferença entre o mestrado acadêmico e o profissional que, neste
último, não há como foco apenas o desenvolvimento de uma reflexão aos
modelos acadêmicos em torno de uma questão, mas preconiza a importância
da vinculação da prática profissional como parte importante dessa reflexão.
Com relação ao trabalho de conclusão de curso deste programa, um de seus
objetivos é o desenvolvimento de uma proposta de intervenção que articule a
reflexão teórica com o cenário empírico da pesquisa. Portanto, busca-se, por
meio dos dados, ratificar, com eficiência, uma intervenção apropriada e como
ela deve ocorrer para atingir seu objetivo.
Em relação ao tem proposto, os consumidores iniciam o seu processo de
compra de maneira implícita ou explícita, por um julgamento da imagem que
possuem em relação a um produto ou serviço. Uma imagem negativa poderá
estimular a eliminação de um determinado produto, serviço ou marca do
conjunto em consideração. Assim, entender a imagem que as pessoas
possuem de um produto, de um serviço, de uma marca e, até mesmo, de uma
profissão, permite obter elementos para programar estratégias de marketing
mais eficazes (DESCHAMPS; NAYAK, 1996).
Nos serviços de saúde e, em particular, na Farmácia, a verificação da imagem
que os diversos grupos e subgrupos que, de alguma maneira, interagem com a
profissão (stakeholders), constitui-se em importante marco para o seu
direcionamento estratégico e planejamento de marketing. A imagem é capaz de
influenciar e direcionar o comportamento da sociedade (AREOSA;
CARAPINHEIRO, 2008).
230
A percepção da imagem da profissão de farmacêutico pode ser um fator
determinante na decisão de permanecer na área de farmácia. É importante que
se promova a profissão de farmacêutico como uma carreira gratificante e
emocionante, para que se obtenha alto grau de satisfação profissional
(DUPRÉ; 2001).
Diante desse trabalho, é possível obter subsídios que melhore a imagem da
profissão de farmacêutico, de forma a ampliar o seu reconhecimento e a
percepção de valor pelos clientes. A compreensão da imagem do farmacêutico
pode oferecer subsídios para a formulação e implementação de estratégias de
marketing eficazes para o seu direcionamento estratégico.
Espera-se que melhore o posicionamento da profissão no mercado e,
consequentemente, reflita em um maior reconhecimento e valorização da
profissão (MENDES; SOUKI; GRASSELI, 2008).
Em marketing, imagem e identidade partilham um mesmo processo de
comunicação, sendo a identidade o emissor e, a imagem o decodificador da
informação que foi transmitida. Diante disso, verifica-se que seja recomendado
que os profissionais farmacêuticos sejam estimulados a desenvolver ampla
visão da sua área de atuação, incorporar os conceitos de marketing, para
favorecer adequadamente o posicionamento profissional frente às atuais
exigências do mercado.
Contudo, o que foi discutido nesta pesquisa e objetivou este projeto de
intervenção é a possibilidade de propiciar uma capacitação aos gestores do
Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais por meio de um workshop
sobre a gestão da imagem do profissional farmacêutico e elaboração de uma
campanha informativa para a sociedade.
Esse trabalho será direcionado aos gestores do Conselho Regional de
Farmácia de Minas Gerais e também para a subsedes em todo o estado, aos
farmacêuticos inscritos na entidade e para a população que utiliza os serviços
do profissional farmacêutico.
231
2 JUSTIFICATIVA
Em seu estudo sobre a percepção da imagem da profissão de bibliotecário,
Dupré (2001) sugere que quando uma pessoa está satisfeita com o valor de
sua profissão, aumenta a possibilidade de sucesso profissional, pois exala
confiança de que a sua profissão é valorizada pelos seus pares e pela
sociedade e, também, por suas ações ao incentivar os outros a se juntarem a
sua profissão.
A percepção da imagem da profissão de farmacêutico pode ser um fator
determinante na decisão de permanecer na área de farmácia. É importante que
se promova a profissão de farmacêutico como uma carreira gratificante e
emocionante, para que se obtenha alto grau de satisfação profissional
(DUPRÉ; 2001).
Ao mesmo tempo que se busca essa projeção da imagem, novas atribuições
do profissional farmacêutico que foram aprovadas pelo CFF recentemente,
devem ser absorvidas e inseridas na prática profissional como: as atribuições
clínicas e a prescrição farmacêutica. A prestação de assistência ao paciente
pela implantação do plano de seguimento farmacoterapêutico e orientações
sobre o uso racional de medicamentos, aproxima o farmacêutico do paciente.
Isso pode gerar uma imagem positiva da profissão como um prestador de
serviços de saúde.
Essa melhoria no posicionamento e valorização da profissão é muito
importante, pois existem no mercado farmacêutico brasileiro 398 indústrias
farmacêuticas nacionais e multinacionais registradas. O Brasil ocupa lugar de
destaque no cenário farmacêutico mundial por ser um dos países que mais
cresce no mundo atualmente, junto com outros emergentes como a China e
Índia. O maior mercado do mundo é o norte-americano, seguido pelo japonês,
alemão e francês. Ainda, o mercado farmacêutico brasileiro ocupa a décima
colocação no mercado mundial, colaborando com 2,3% das vendas totais de
medicamentos do mundo (SCATENA, 2012).
232
O Brasil possui R$ 1 bilhão em vendas de medicamentos que expirarão sua
patente até 2016 e, de 2016 a 2020, será mais R$ 1,8 bilhão. Hoje, 94% do
mercado brasileiro de varejo já não são mais protegidos por patentes. Os
genéricos abrangem 22% do mercado, considerando os preços saídos de
fábrica, e 12% quando considerado os preços praticados no varejo, segundo o
IMS Health (consultoria que avalia inúmeras informações do setor
farmacêutico) (IMS HEARTH, 2013).
A ampliação do acesso a planos privados de saúde, o envelhecimento da
população e o aumento de renda dos consumidores, deve fazer o mercado
farmacêutico brasileiro de varejo mais do que duplicar nos próximos cinco anos
(IMS HEALTH, 2013). Após crescimento de 19% em 2011, movimentando R$
38 bilhões em vendas, este segmento deve atingir R$ 87 bilhões em 2017.
O recente processo expansionista brasileiro veio acompanhado, também, da
ascensão das classes sociais: estima-se que, nos últimos 10 anos, 40 milhões
de brasileiros ingressaram no mercado de consumo. Em 2012, o consumo dos
brasileiros representou 61% da formação do PIB nacional e, mesmo tendo sido
um ano de recuperação dos efeitos da crise financeira mundial – mais
intensificada na Europa – o território brasileiro foi o principal destino do
investimento estrangeiro direto na América Latina ao receber US$ 65,3 bilhões
(PWC, 2013).
Além das questões de ordem econômica, outro fator de indução
desenvolvimentista do Brasil reside no perfil demográfico nacional. Em 2013, o
País superou, pela primeira vez, a marca de 200 milhões de habitantes, sendo
10,8% de idosos (a partir de 60 anos de idade) e 35,26% de jovens com até 14
anos. A população economicamente ativa, portanto, equivale a 53,93% do total,
ou seja, cada grupo de 100 habitantes é mantido pelo trabalho de apenas 54
pessoas.
A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a de que
o total de idosos cresça de maneira mais acelerada, enquanto o total de jovens
deva cair até 2037, ano em que os idosos representarão 24,15% da população
233
e os jovens, 23,76%. Em 2041, a população idosa deve responder por 27,07%
do total, enquanto os jovens serão 23,08% devido à queda da taxa de
mortalidade infantil e o aumento da expectativa de vida da população.
O setor de saúde no Brasil vive um momento de profundas transformações e
passa por uma nova dinâmica de negócios, o que torna o mercado nacional um
dos mais promissores e atraentes do mundo, ainda que seja caracterizado,
também, por uma grande complexidade. Um dos aspectos marcantes é o fato
do país ser o único no mundo a contar com um sistema público de saúde
universal e gratuito, mas com uma participação efetiva da iniciativa privada.
Entretanto, com o crescimento da renda e a expansão do mercado de trabalho,
cada vez mais pessoas optam por contratar planos privados por entenderem
que os serviços prestados são de qualidade superior àqueles ofertados no
sistema público (PWC, 2013).
Conforme dados do Conselho Federal de Farmácia (2013), existem hoje no
Brasil 416 cursos de graduação em farmácia, sendo 64 desses no Estado de
Minas Gerais. Existem aproximadamente 145.000 farmacêuticos no Brasil,
sendo 20.900 no Estado de Minas Gerais.
As noções sobre a imagem do profissional farmacêutico e orientação para os
stakeholders irão permitir ações mais efetivas dos dirigentes de classe gerando
um maior bem estar social.
As informações podem ser empregadas como norteadores para futuras ações
estratégicas pelos conselhos regionais de farmácia de cada unidade federativa
do Brasil e, principalmente, do Conselho Federal de Farmácia para um melhor
posicionamento da imagem do profissional farmacêutico no mercado, podendo
gerar uma melhor satisfação no exercício da atividade pelo profissional
farmacêutico e uma possível valorização desse profissional para a sociedade.
234
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Capacitar os gestores do CRF/MG a desenvolverem ações voltadas para o
bem estar da sociedade.
3.2 Objetivo específicos
- prover aos gestores do CRF/MG informações e técnicas sobre a imagem
profissional.
- Preparar os gestores do CRF/MG a implementarem ações e políticas voltadas
para os stakeholders do setor de saúde.
- Melhorar o atendimento à população do Estado de Minas Gerais e o
relacionamento dos farmacêuticos com este público.
4 PÚBLICO ALVO
O público alvo do referido workshop é composto por Diretores, Gestores,
Assessores e Consultores que prestam seus serviços aos farmacêuticos
inscritos no Estado de Minas Gerais, farmacêuticos inscritos na entidade e a
população que utiliza os serviços do profissional farmacêutico.
5 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO
O Workshop de "Gestão da imagem de profissionais farmacêuticos" será
realizado no mês dezembro de 2014 no Conselho Regional de Farmácia de
Minas Gerais sob responsabilidade do núcleo de Extensão Universitária do
Centro Universitário UNA. O referido workshop será dividido em 3 módulos
perfazendo um total de 20 horas/aula, sendo:
235
1º Módulo: noções básicas de imagem (4 horas).
2º Módulo: noções básicas sobre a imagem junto aos profissionais de saúde (8
horas).
3º Módulo: noções básicas sobre a imagem junto público em geral (8 horas).
O curso prevê exposições dialogadas com o apoio de slides, apresentação e
discussão de filmes, visitas técnicas, dinâmicas, resolução de situações-
problemas e análise de cases.
ESTRATÉGIA DE AÇÃO
Data C/H Módulo Conteúdo a ser
Abordado Metodologia a ser
Utilizada
6/12
Manhã 4h/a
Noções básicas de imagem
Por que estudar a imagem?
O que é imagem?
Qual a importância da imagem profissional?
Qual a relação entre imagem e marketing?
Aula expositiva com a utilização de textos, cases e dinâmicas de
grupo para socialização e
integração.
6/12
Tarde 8h/a
Noções básicas sobre a imagem
junto aos profissionais de
saúde
Imagem Profissional
Estratégias de marketing para a imagem
profissional
Aula expositiva com a utilização de textos,
filmes, cases e dinâmicas de grupo para socialização e
integração.
13/12
Manhã 8h/a
Noções básicas sobre a imagem
junto ao público em geral
A imagem do profissional farmacêutico.
A prestação de serviços pelo profissional
farmacêutico;
Aula expositiva com a utilização de textos,
filmes, cases e dinâmicas de grupo para socialização e
integração.
236
6 RECURSOS
6.1 Humanos
Para realização deste workshop será necessária a participação do pesquisador que atuará como docente. Será necessário também, o apoio dos colaboradores administrativos do setor de Extensão do Centro Universitário UNA que será responsáveis pela divulgação, matrícula, disponibilização dos recursos materiais e apoio a realização dos eventos.
6.2 Materiais
Os recursos materiais a serem utilizados na realização dos módulos são:
• Sala com a quantidade necessária de carteiras;
• Computador com acesso a internet, datashow e caixas de som;
• Textos e artigos científicos;
• Jogos empresariais e materiais de escritório;
7 RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que este trabalho técnico fruto da dissertação de mestrado “Imagem do profissional farmacêutico: proposição e teste de um modelo de avaliação” provoque debates que contribuam para ampliação e compreensão da imagem do profissional farmacêutico, além de fornecer aos gestores do conselho regional de farmácia subsídios para desenvolvimento de estratégias para a imagem e valorização da profissão.
8 AVALIAÇÃO
A avaliação dos participantes do workshop será realizado por meio da participação das atividades práticas, exercícios, participação de discussões, debates e estudos de caso em classe totalizando 100 pontos.
Ao término dos módulos os participantes serão convidados a realizar uma avaliação para melhoria contínua do workshop.
237
FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO CURSO
CURSO: CARGA HORÁRIA:
PROFESSOR: DATA:
Nossas ações em educação são pautadas pela busca da excelência. Solicitamos que o preenchimento do formulário de avaliação seja realizado com atenção e isenção. As informações deste instrumento de registro serão utilizadas pela direção e coordenação para a melhoria contínua dos cursos. Obrigado.
UTILIZE A ESCALA: 1. RUIM 2. REGULAR 3. BOM 4. EXCELENTE 1. PERFORMANCE DO ALUNO 1.1 - Compreensão do conteúdo ministrado 1.2 - Participação ativa no processo de aprendizagem 1.3 - Realização das atividades em sala de aula 1.4 - Dedicação ao estudo dos temas 1.5 - Assiduidade e pontualidade no início e término das aulas 1.6 - Desempenho geral no curso 2. PERFORMANCE DO PROFESSOR 2.1 - Motivação do professor para a realização das aulas 2.2 - Equilíbrio teoria-prática 2.3 - Didática na exposição do conteúdo 2.4 - Relacionamento com a turma 2.5 - Cumprimento do programa apresentado 2.6 - Assiduidade e pontualidade no início e término das aulas 3. ADEQUAÇÃO DO CURSO 3.1 - Adequação aos objetivos do curso 3.2 - Atualização das informações apresentadas 3.3 - Relevância para a realidade empresarial 3.4 - Aplicabilidade para o seu dia-a-dia de trabalho 4. INFRA-ESTRUTURA DE ENSINO 4.1 - Qualidade do material didático 4.2 - Adequação das instalações físicas 5. AVALIAÇÃO GERAL DO CURSO 6. COMENTÁRIOS / SUGESTÕES
238
REFERÊNCIAS
AREOSA, J.; CARAPINHEIRO, G. Quando a imagem é profissão: profissões da imagiologia em contexto hospitalar. Sociologia, Problemas e Práticas, v. 57, p. 83-108, 2008. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Áreas de atuação da Profissão Farmacêutica. Disponível em: <http://www.cff.org.br/pagina.php?id=87&titulo=%C3%81reas+de+atua%C3%A7%C3%A3o> Acesso em: 09 janeiro 2013. DESCHAMPS, J. P.; NAYAK, P. R. Produtos irresistíveis. São Paulo: Makron Books, 1996. DUPRÉ, D. The perception of image and status in the library profession. Hermès: revue critique, n. 8, 2001. IMS HEALTH. Intercontinental Marketing Services. Information. Disponível em: <www.imshealth.com>. Acesso em: 29 agosto 2013. MENDES, R. L; SOUKI, G. Q.; GRASSELI, M. Professional Image in Marketing: na exploratory study about the functional dimension in Psychology. In: Academy of Marketing Annual Conference. Aberdeen, 2008. PRICEWATERHOUSECOOPERS (PWC). O setor farmacêutico no Brasil. 2013: Disponível em: <http://www.pwc.com.br/pt_BR/br/publicacoes/setores-atividade/assets/saude/pharma-13.pdf> Acesso em: 20 maio 2014. SCATENA, L. S. Sustentabilidade, responsabilidade social, ética e princípios da precaução – um estudo sobre o ambientalismo corporativo na indústria farmacêutica. 2012. 214 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Ambiental) - Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (PROCAM), Universidade de São Paulo, 2012.
239
APÊNDICE F – Projeto Técnico - Campanha: Farmácia Estabelecimento de Saúde
240
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Campanha
Farmácia Estabelecimento de Saúde
Belo Horizonte
2014
241
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Campanha
Farmácia Estabelecimento de Saúde
Contribuição técnica elaborada a partir da dissertação de mestrado intitulada “IMAGEM DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO: proposição e teste de um modelo de avaliação”, apresentado como requisito de avaliação do curso de Mestrado Profissional em Administração do Centro Universitário UNA para obtenção do título de Mestre. Área de Concentração: Inovação e Dinâmica Organizacional. Orientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura. Coorientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki.
Belo Horizonte
Centro Universitário UNA
2014
242
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 244
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 245
3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 248
3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 248
3.2 Objetivo específicos ............................................................................................ 248
4 PÚBLICO ALVO .................................................................................................... 249
5 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO ....................................................... 249
5.1 Pessoa jurídica ................................................................................................... 249
5.2 Sociedade ........................................................................................................... 250
5.3 Categoria Farmacêutica ...................................................................................... 250
5.3 Escolha do personagem ..................................................................................... 252
5.4 Criação de um Hotsite e página no facebook ...................................................... 253
6 RECURSOS .......................................................................................................... 256
6.1 Humanos ............................................................................................................ 256
6.2 Materiais ............................................................................................................. 256
7 RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................... 256
8 AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 256
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 256
243
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Cartilha informativa direcionada a pessoa jurídica .................................... 249
Figura 2 - Exemplo de folheto informativo ................................................................. 251
Figura 3 - Imagem de um profissional farmacêutico .................................................. 252
Figura 4 - Imagem de um profissional farmacêutico .................................................. 253
Figura 5 - Proposta de hotsite para a campanha ...................................................... 253
Figura 6 - Proposta de peça publicitária para o lançamento da campanha no facebook
................................................................................................................................. 254
Figura 7 - Proposta de peça publicitária para o facebook para o Dia do Idoso .......... 254
Figura 8 - Proposta de peça publicitária para o facebook para o Dia Mundial do
Coração .................................................................................................................... 255
Figura 9 - Proposta de peça publicitária para o facebook para o Dia das Crianças ... 255
244
1 INTRODUÇÃO
A proposta do Mestrado Profissional em Administração se distingue, em parte,
do mestrado acadêmico, uma vez que o foco é a concretização de pesquisas,
no sentido de dilatar o aperfeiçoamento profissional, agregando conhecimento
e práticas para uma formação.
Ressalta-se a diferença entre o mestrado acadêmico e o profissional que, neste
último, não há como foco apenas o desenvolvimento de uma reflexão aos
modelos acadêmicos em torno de uma questão, mas preconiza a importância
da vinculação da prática profissional como parte importante dessa reflexão.
Com relação ao trabalho de conclusão de curso deste programa, um de seus
objetivos é o desenvolvimento de uma proposta de intervenção que articule a
reflexão teórica com o cenário empírico da pesquisa. Portanto, busca-se, por
meio dos dados, ratificar, com eficiência, uma intervenção apropriada e como
ela deve ocorrer para atingir seu objetivo.
Com a sanção da Lei 13.021/14, que estabeleceu um novo conceito de
farmácia e reiterou a obrigatoriedade da presença do farmacêutico em tempo
integral nesses estabelecimentos, será desenvolvida uma campanha
juntamente com o Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG)
que reforçe o papel do farmacêutico como um profissional na saúde junto aos
seus três públicos: pessoas jurídicas, sociedade e categoria.
A campanha, de slogan “Farmácia completa, só se tiver farmacêutico o tempo
todo”, será preparada para ser lançada na internet e rádio em janeiro de 2015,
agregando valor às outras atividades desenvolvidas pela entidade em
comemoração ao Dia do Farmacêutico (20 de janeiro).
A lei fez com que a farmácia deixasse de ser um simples estabelecimento
comercial para se tornar uma unidade prestadora de serviços farmacêuticos e
assistência à saúde. Nesse sentido, o projeto direcionará linguagem, peças e
mídias específicas para cada público.
245
Diante dessa campanha, será possível obter subsídios que melhore a imagem
da profissão de farmacêutico, de forma a ampliar o seu reconhecimento e a
percepção de valor pelos clientes.
Espera-se que melhore o posicionamento da profissão no mercado e,
consequentemente, reflita em um maior reconhecimento e valorização da
profissão. Verifica-se que seja recomendado que os profissionais farmacêuticos
sejam estimulados a desenvolver ampla visão de sua atuação, que os
empregadores reconheçam a importância do profissional nos estabelecimentos
e a sociedade procure por esse profissional quando se dirigir a uma farmácia e
drogaria.
2 JUSTIFICATIVA
Dupré (2001) sugere que quando uma pessoa está satisfeita com o valor de
sua profissão, aumenta a possibilidade de sucesso profissional, pois exala
confiança de que a sua profissão é valorizada pelos seus pares e pela
sociedade e, também, por suas ações ao incentivar os outros a se juntarem a
sua profissão.
A percepção da imagem da profissão de farmacêutico pode ser um fator
determinante na decisão de permanecer na área de farmácia. É importante que
se promova a profissão de farmacêutico como uma carreira gratificante e
emocionante, para que se obtenha alto grau de satisfação profissional
(DUPRÉ; 2001).
Ao mesmo tempo que se busca essa projeção da imagem, novas atribuições
do profissional farmacêutico que foram aprovadas pelo CFF recentemente,
devem ser absorvidas e inseridas na prática profissional como: as atribuições
clínicas e a prescrição farmacêutica.
246
A prestação de assistência ao paciente pela implantação do plano de
seguimento farmacoterapêutico e orientações sobre o uso racional de
medicamentos, aproxima o farmacêutico do paciente. Isso pode gerar uma
imagem positiva da profissão como um prestador de serviços de saúde.
Essa melhoria no posicionamento e valorização da profissão é muito
importante, pois existem no mercado farmacêutico brasileiro 398 indústrias
farmacêuticas nacionais e multinacionais registradas. O Brasil ocupa lugar de
destaque no cenário farmacêutico mundial por ser um dos países que mais
cresce no mundo atualmente, junto com outros emergentes como a China e
Índia. O maior mercado do mundo é o norte-americano, seguido pelo japonês,
alemão e francês. Ainda, o mercado farmacêutico brasileiro ocupa a décima
colocação no mercado mundial, colaborando com 2,3% das vendas totais de
medicamentos do mundo (SCATENA, 2012).
O Brasil possui R$ 1 bilhão em vendas de medicamentos que expirarão sua
patente até 2016 e, de 2016 a 2020, será mais R$ 1,8 bilhão. Hoje, 94% do
mercado brasileiro de varejo já não são mais protegidos por patentes. Os
genéricos abrangem 22% do mercado, considerando os preços saídos de
fábrica, e 12% quando considerado os preços praticados no varejo, segundo o
IMS Health (consultoria que avalia inúmeras informações do setor
farmacêutico) (IMS HEARTH, 2013).
A ampliação do acesso a planos privados de saúde, o envelhecimento da
população e o aumento de renda dos consumidores, deve fazer o mercado
farmacêutico brasileiro de varejo mais do que duplicar nos próximos cinco anos
(IMS HEALTH, 2013). Após crescimento de 19% em 2011, movimentando R$
38 bilhões em vendas, este segmento deve atingir R$ 87 bilhões em 2017.
O recente processo expansionista brasileiro veio acompanhado, também, da
ascensão das classes sociais: estima-se que, nos últimos 10 anos, 40 milhões
de brasileiros ingressaram no mercado de consumo. Em 2012, o consumo dos
brasileiros representou 61% da formação do PIB nacional e, mesmo tendo sido
um ano de recuperação dos efeitos da crise financeira mundial – mais
247
intensificada na Europa – o território brasileiro foi o principal destino do
investimento estrangeiro direto na América Latina ao receber US$ 65,3 bilhões
(PWC, 2013).
Além das questões de ordem econômica, outro fator de indução
desenvolvimentista do Brasil reside no perfil demográfico nacional. Em 2013, o
País superou, pela primeira vez, a marca de 200 milhões de habitantes, sendo
10,8% de idosos (a partir de 60 anos de idade) e 35,26% de jovens com até 14
anos. A população economicamente ativa, portanto, equivale a 53,93% do total,
ou seja, cada grupo de 100 habitantes é mantido pelo trabalho de apenas 54
pessoas.
A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a de que
o total de idosos cresça de maneira mais acelerada, enquanto o total de jovens
deva cair até 2037, ano em que os idosos representarão 24,15% da população
e os jovens, 23,76%. Em 2041, a população idosa deve responder por 27,07%
do total, enquanto os jovens serão 23,08% devido à queda da taxa de
mortalidade infantil e o aumento da expectativa de vida da população.
O setor de saúde no Brasil vive um momento de profundas transformações e
passa por uma nova dinâmica de negócios, o que torna o mercado nacional um
dos mais promissores e atraentes do mundo, ainda que seja caracterizado,
também, por uma grande complexidade. Um dos aspectos marcantes é o fato
do país ser o único no mundo a contar com um sistema público de saúde
universal e gratuito, mas com uma participação efetiva da iniciativa privada.
Entretanto, com o crescimento da renda e a expansão do mercado de trabalho,
cada vez mais pessoas optam por contratar planos privados por entenderem
que os serviços prestados são de qualidade superior àqueles ofertados no
sistema público (PWC, 2013).
Conforme dados do Conselho Federal de Farmácia (2013), existem hoje no
Brasil 416 cursos de graduação em farmácia, sendo 64 desses no Estado de
Minas Gerais. Existem aproximadamente 145.000 farmacêuticos no Brasil,
sendo 20.900 no Estado de Minas Gerais.
248
As noções sobre a imagem do profissional farmacêutico e orientação para os
stakeholders irão permitir ações mais efetivas dos dirigentes de classe gerando
um maior bem estar social.
As informações podem ser empregadas como norteadores para futuras ações
estratégicas pelos conselhos regionais de farmácia de cada unidade federativa
do Brasil e, principalmente, do Conselho Federal de Farmácia para um melhor
posicionamento da imagem do profissional farmacêutico no mercado, podendo
gerar uma melhor satisfação no exercício da atividade pelo profissional
farmacêutico e uma possível valorização desse profissional para a sociedade.
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Elaborar uma campanha apresentado para toda a sociedade a farmácia como
um estabelecimento de saúde.
3.2 Objetivo específicos
- Prover aos gestores do CRF/MG informações e técnicas sobre a imagem
profissional e a importância de uma ampla campanha de divulgação da
profissão para a sociedade;
- Repassar aos proprietários de estabelecimentos farmacêuticos a importância
desse profissional agregando valores ao negocio e no auxílio da fidelização de
clientes;
- Melhorar o atendimento à população do Estado de Minas Gerais e o
relacionamento dos farmacêuticos com este público.
249
4 PÚBLICO ALVO
O público alvo do referido workshop é composto por Diretores, Gestores,
Assessores e Consultores que prestam seus serviços aos farmacêuticos
inscritos no Estado de Minas Gerais, proprietário de estabelecimentos
farmacêuticos, farmacêuticos inscritos na entidade e a população que utiliza os
serviços desse profissional.
5 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO
O Campanha "Farmácia Estabelecimento de Saúde” será realizado no mês de
janeiro de 2015 sendo assim dividida para os públicos previamente definidos.
5.1 Pessoa jurídica
O CRF/MG produzirá e encaminhará um folheto informativo a todas as
farmácias e drogarias de Minas Gerais, contendo as principais novidades da lei
e, além da obrigatoriedade, as vantagens de o estabelecimento manter um
profissional farmacêutico em período integral. A proposta é de ser
encaminhados via correio aproximadamente 10.000 folhetos informativos
conforme figura 1.
Figura 7 - Cartilha informativa direcionada a pessoa jurídica Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
250
5.2 Sociedade
Na Rádio Itatiaia, que é líder de audiência em Minas Gerais, propagandas
serão veiculadas durante a programação chamando a atenção do público para
procurar sempre orientação com o farmacêutico.
A proposta é que sejam vinculadas aproximadamente 50 chamadas no mês de
janeiro de 2015 conforme exemplo de chamada abaixo:
“Farmácia Completa, só se tiver farmacêutico o tempo todo. Uma nova lei federal fez com que as farmácias e drogarias deixassem de ser um simples comércio e se transformassem em estabelecimentos de saúde. Isso significa mais segurança e qualidade no atendimento à população, que poderá contar com a assistência do profissional farmacêutico em todo o horário de funcionamento. Sua saúde merece atenção completa! Se o assunto é medicamento, procure seu farmacêutico. Saiba mais em crfmg.org.br/farmaciacompleta - Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais”.
5.3 Categoria Farmacêutica
Para os farmacêuticos, o CRF/MG está disponibilizando para download em seu
sítio materiais de apoio sobre diversos sintomas, doenças e o uso de
medicamentos. Os folhetos podem ser reproduzidos em impressora comum e
entregues ao público pelo profissional (Figura 2). Além de servirem como
orientação, serão uma importante ferramenta para fidelização dos clientes.
O material será produzido ao longo do ano de 2015 e de acordo com o
calendário da saúde preconizado pelo Ministério da Saúde. Os folhetos
produzidos estão disponibilizados no sítio do CRF/MG (www.crfmg.org.br), >
Informação & Serviços > Publicações & Documentos > Farmácia
Estabelecimento de Saúde.
251
Figura 8 - Exemplo de folheto informativo Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
Será definido um planejamento para de divulgação dos temas conforme abaixo:
• Janeiro/2015 > Dengue / Doenças de pele / Hanseníase (24) • Fevereiro/2015 > Dor e Febre / DSTs (Carnaval) • Março/2015 > Cuidados Especiais com Idosos / Tuberculose (24) • Abril/2015 > Interações Medicamentosas / Hipertensão (26) • Maio/2015 > Campanha Uso Racional de Medicamentos - Antibióticos /
Anticoncepcionais (5) • Junho/2015 > Doenças respiratórias / Asma (21) • Julho/2015 > Saúde Ocular (10) / Alergias • Agosto/2015 > H1N1 • Setembro/2015 > Colesterol • Outubro/2015 > Gravidez e Amamentação (DIA 10) / Crianças (DIA 12) • Novembro/2015 > Diabetes (14) / Distúrbios Gastrointestinais • Dezembro/2015 > AIDS
252
Ao final da campanha poderá ser produzido cartilhas impressas contendo as informações sobre todos os assuntos para serem entregues aos farmacêuticos.
5.3 Escolha do personagem
Para representar os mais de 20 mil farmacêuticos de todo o Estado, será
realizado um levantamento de profissionais do sexo masculino responsáveis
técnicos de farmácias ou drogarias da região central do Estado, de 20 a 29
anos, faixa etária e locais em que existem mais farmacêuticos atuantes.
O personagem será escolhido em consonância com os resultados obtidos na
dissertação de mestrado que serve como referência para elaboração dessa
campanha e análise de imagens de profissionais farmacêuticos inscritos na
instituição.
Também será realizada uma avaliação dos relatórios de fiscalização do
estabelecimento em que atua o profissional, comprovando a não existência de
irregularidades e processos éticos. Serão fotografadas imagens conforme
figuras 3 e 4.
Figura 9 - Imagem de um profissional farmacêutico Fonte: Assessoria de Comunicação do CRF/MG
253
Figura 10 - Imagem de um profissional farmacêutico Fonte: Assessoria de Comunicação do CRF/MG
5.4 Criação de um Hotsite e página no facebook
A campanha priorizará peças digitais. Será desenvolvido especialmente para a
campanha um hotsite: www.crfmg.org.br/farmaciacompleta (Figura 5).
Figura 11 - Proposta de hotsite para a campanha Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
254
Em sua página oficial no Facebook, o CRF/MG divulgará peças informativas à
população sobre diversos temas de saúde com a hashtag #farmaciacompleta
conforme modelo abaixo (Figura 6).
Figura 12 - Proposta de peça publicitária para o lançamento da campanha no facebook Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
Também serão elaboradas algumas peças publicitárias para vinculação no
facebook seguindo o calendário da saúde preconizado pelo Ministério da
Saúde conforme figuras 7 a 9.
Figura 13 - Proposta de peça publicitária para o facebook para o Dia do Idoso Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
255
Figura 14 - Proposta de peça publicitária para o facebook para o Dia Mundial do Coração Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
Figura 15 - Proposta de peça publicitária para o facebook para o Dia das Crianças Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
256
6 RECURSOS
6.1 Humanos
Para realização dessa campanha será necessária a participação do pesquisador e da assessoria de comunicação do CRF/MG, incluindo fotógrafos, assessoria de imprensa e marketing e designs.
6.2 Materiais
Os recursos materiais a serem utilizados na campanha serão:
• Veículos oficial para deslocamento;
• Computador com acesso a internet, datashow e programas específicos para elaboração das peças publicitárias e hotsite;
• Estúdio de som para gravação do spot para rádio;
• Materiais de escritório.
7 RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que este trabalho técnico fruto da dissertação de mestrado “Imagem do profissional farmacêutico: proposição e teste de um modelo de avaliação” contribuam para ampliação e compreensão da imagem do profissional farmacêutico para todos os públicos que são objetos nessa campanha.
8 AVALIAÇÃO
A avaliação da campanha será realizada por controle de acessos e downloads ao sítio da campanha e acompanhamento constantes do facebook do CRF/MG de todas as peças publicitárias vinculadas.
REFERÊNCIAS
AREOSA, J.; CARAPINHEIRO, G. Quando a imagem é profissão: profissões da imagiologia em contexto hospitalar. Sociologia, Problemas e Práticas, v. 57, p. 83-108, 2008.
257
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Áreas de atuação da Profissão Farmacêutica. Disponível em: <http://www.cff.org.br/pagina.php?id=87&titulo=%C3%81reas+de+atua%C3%A7%C3%A3o> Acesso em: 09 janeiro 2013. DUPRÉ, D. The perception of image and status in the library profession. Hermès: revue critique, n. 8, 2001. IMS HEALTH. Intercontinental Marketing Services. Information. Disponível em: <www.imshealth.com>. Acesso em: 29 agosto 2013. PRICEWATERHOUSECOOPERS (PWC). O setor farmacêutico no Brasil. 2013: Disponível em: <http://www.pwc.com.br/pt_BR/br/publicacoes/setores-atividade/assets/saude/pharma-13.pdf> Acesso em: 20 maio 2014. SCATENA, L. S. Sustentabilidade, responsabilidade social, ética e princípios da precaução – um estudo sobre o ambientalismo corporativo na indústria farmacêutica. 2012. 214 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Ambiental) - Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (PROCAM), Universidade de São Paulo, 2012.
258
APÊNDICE G – Projeto Técnico - Escala de Avaliação da Imagem do Farmacêutico
259
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Escala de Avaliação da Imagem do Farmacêutico
Belo Horizonte
2014
260
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Escala de Avaliação da Imagem do Farmacêutico
Escala elaborado a partir da dissertação de mestrado intitulada: IMAGEM DO FARMACÊUTICO: Proposição e teste de um modelo de avaliação. Estudo que sugere uma nova escala de avaliação da imagem do farmacêutico.
Área de Concentração: Inovação e Dinâmica Organizacional. Orientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura. Coorientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki.
Belo Horizonte
Centro Universitário UNA
2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
Pesquisa sobre a Imagem do Farmacêutico.
Caro Senhor (a),
Estou solicitando a sua colaboração para responder o questionário adiante que trata de uma pesquisa científica em nível de mestrado que busca o que as pessoas pensam sobre o farmacêutico. A sua participação é muito importante. Não há respostas certas ou erresposta. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúvidas, converse com o pesquisador que está aplicando o questionário. É importantíssimo que você preencha as questões na ordeaparecem.
Agradeço antecipadamente o seu apoio: Claudiney Luis Ferreira e Luiz Rodrigo Cunha Moura. Por favor, leia atentamente as instruções abaixo antes de responder as questões. às afirmativas abaixo:
1ª PARTE: EM MINHA OPINIÃO O FARMACÊUTICO...
1 – É um profissional que presta um serviço de qualidade.
2 – É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas.
3 – É um profissional que presta assistência às
4 – É um profissional que pode aplicar medicamentos.
5 – Executa atividades de “escritório” (burocráticas).
6 – É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de medicamentos. 7 – É um profissional que auxilia no tratamento méd
8 – Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneira correta.
9 – Está preocupado em vender medicamentos.
10 – Pode prescrever medicamentos. (receitar medicamentos)
11 - É um profissional que atende os clientes de maneir
12 – É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia.
13 – É um profissional que está na farmácia ou drogaria,
14 – É um líder no seu ambiente de trabalho.
15 – É um profissional que ganha um excelente salário.
16 – É um profissional da área de saúde.
17 – É fácil de ser identificado quando vou à farmácia ou drogaria.
18 – É um profissional fácil de ser encontrado nas farmácias ou drogarias.
19 – Presta um bom atendimento para os clientes.
20 – É um profissional que sempre está à disposição nas farmácias e drogarias.
21 – É um profissional importante para as pessoas.
22 – É um profissional que possui competências técnicas a respeito dos medicamentos.
23 – Tenta “empurrar” os produtos comerci
24 – É um profissional honesto.
25 – É um profissional motivado.
26 – É um profissional confiável.
27 – É um profissional que sente orgulho pela sua profissão.
28 – Têm boa vontade em ajudar as pessoas.
29 – É um profissional satisfeito com sua profissão.
30 - Pode trabalhar em indústrias na fabricação de medicamentos.
31 – Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais.
32 – Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos.
33 – Pode trabalhar em clínicas de estética.
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA – MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
Pesquisa sobre a Imagem do Farmacêutico.
Estou solicitando a sua colaboração para responder o questionário adiante que trata de uma pesquisa científica em nível de mestrado que busca o que as pessoas pensam sobre o farmacêutico. A sua participação é muito importante. Não há respostas certas ou erradas para as questões e evite deixar questões em branco e sem resposta. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúvidas, converse com o pesquisador que está aplicando o questionário. É importantíssimo que você preencha as questões na ordem em que as mesmas
Agradeço antecipadamente o seu apoio: Claudiney Luis Ferreira e Luiz Rodrigo Cunha Moura. Por favor, leia atentamente as instruções abaixo antes de responder as questões. Gostaríamos de saber a sua opinião em relação
: EM MINHA OPINIÃO O FARMACÊUTICO... Discordo ConcordoTotalmente Totalmente
É um profissional que presta um serviço de qualidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que presta informações sobre os medicamentos às pessoas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que presta assistência às pessoas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que pode aplicar medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Executa atividades de “escritório” (burocráticas). 0 1
É o profissional que ajuda as pessoas durante o processo de compra de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que auxilia no tratamento médico. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Explica para as pessoas sobre como utilizar os medicamentos de maneira correta. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pode prescrever medicamentos. (receitar medicamentos) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que atende os clientes de maneira rápida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que fica atrás do balcão da farmácia. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que está na farmácia ou drogaria, sempre vestido de branco. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um líder no seu ambiente de trabalho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que ganha um excelente salário. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É fácil de ser identificado quando vou à farmácia ou drogaria. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional fácil de ser encontrado nas farmácias ou drogarias. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Presta um bom atendimento para os clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que sempre está à disposição nas farmácias e drogarias. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional importante para as pessoas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que possui competências técnicas a respeito dos medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tenta “empurrar” os produtos comercializados pela farmácia para os clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional que sente orgulho pela sua profissão. 0 1 2 3 4 5
Têm boa vontade em ajudar as pessoas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
É um profissional satisfeito com sua profissão. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ode trabalhar em indústrias na fabricação de medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pode trabalhar em laboratórios realizando exames laboratoriais. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pode trabalhar em indústrias na produção de alimentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pode trabalhar em clínicas de estética. 0 1 2 3
261
Estou solicitando a sua colaboração para responder o questionário adiante que trata de uma pesquisa científica em nível de mestrado que busca o que as pessoas pensam sobre o farmacêutico. A sua participação é muito
radas para as questões e evite deixar questões em branco e sem resposta. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúvidas, converse com o pesquisador que está
m em que as mesmas
Agradeço antecipadamente o seu apoio: Claudiney Luis Ferreira e Luiz Rodrigo Cunha Moura. Por favor, leia Gostaríamos de saber a sua opinião em relação
Discordo Concordo Totalmente Totalmente
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
262
2ª PARTE - NAS EXPERIÊNCIAS QUE EU JÁ TIVE COM OS FARMACÊUTICOS EU SENTI...
Discordo Concordo Totalmente Totalmente
34 – Gratidão. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
35 – Carinho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
36 – Acolhimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
37 – Tranquilidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
38 – Segurança. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
39 – Alívio. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
40 – Prazer. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
41 – Frustração. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
42 – Raiva. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
43 – Decepção. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
44 – Arrependimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
45 – Tristeza. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
46 – Medo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
47 – Ansiedade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3ª PARTE - EM MINHA OPINIÃO O FARMACÊUTICO SIGNIFICA... Discordo Concordo Totalmente Totalmente
48 – Uma boa referência profissional em relação à indicação de medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
49 – Ética dentro no ambiente profissional. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
50 – Respeito com as pessoas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
51 – Um profissional de prestígio perante a sociedade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
52 – Segurança na compra de medicamentos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
53 – Certeza de utilizar os medicamentos de maneira correta. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
54 – Garantia que os medicamentos são manipulados corretamente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
55 – Boas lembranças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
56 - Confiança em relação ao estabelecimento em que ele trabalha. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
57 – Esperança de melhoria da saúde. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
58 – Eu tenho uma imagem positiva dos farmacêuticos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
59 – Eu tenho uma boa impressão sobre os farmacêuticos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
60 – O farmacêutico é bem visto pela sociedade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
61 - Indico o serviço do farmacêutico a um parente ou amigo quando me solicitam. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
TERMINOU! MUITO OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO!
263
APÊNDICE H – Produto Técnico – Cartilha informativa pessoa jurídica
264
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Cartilha Informativa para Pessoa Jurídica
Belo Horizonte
2014
265
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Cartilha Informativa para Pessoa Jurídica
Contribuição técnica elaborada a partir da dissertação de mestrado intitulada “IMAGEM DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO: proposição e teste de um modelo de avaliação”, apresentado como requisito de avaliação do curso de Mestrado Profissional em Administração do Centro Universitário UNA para obtenção do título de Mestre. Área de Concentração: Inovação e Dinâmica Organizacional. Orientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura. Coorientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki.
Belo Horizonte
Centro Universitário UNA
2014
266
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 267
2 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 267
3 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO ............................................................... 267
4 RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 268
267
1 INTRODUÇÃO
Com a sanção da Lei 13.021/14, que estabeleceu um novo conceito de
farmácia e reiterou a obrigatoriedade da presença do farmacêutico em tempo
integral nesses estabelecimentos, será desenvolvida uma cartilha informativa
juntamente com o Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG)
direcionadas as pessoas jurídicas inscritas no CRF/MG para reforçar o papel
do farmacêutico como um profissional na saúde e sua importância no
estabelecimento.
A lei fez com que a farmácia deixasse de ser um simples estabelecimento
comercial para se tornar uma unidade prestadora de serviços farmacêuticos e
assistência à saúde. Nesse sentido, o projeto direcionará uma linguagem
específica para a pessoa jurídica na cartilha a ser impressa e distribuída.
Diante dessa campanha, será possível obter subsídios que melhore a imagem
da profissão de farmacêutico, de forma a ampliar o seu reconhecimento e a
percepção de valor pelos proprietários dos estabelecimentos.
2 OBJETIVOS
Elaborar uma cartilha informativa repassando aos proprietários de
estabelecimentos farmacêuticos a importância desse profissional agregando
valores ao negocio e no auxílio da fidelização de clientes.
3 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO
O CRF/MG produzirá e encaminhará um folheto informativo a todas as
farmácias e drogarias de Minas Gerais, contendo as principais novidades da lei
e, além da obrigatoriedade, as vantagens de o estabelecimento manter um
profissional farmacêutico em período integral.
268
A proposta é de ser encaminhados via correio aproximadamente 10.000
folhetos informativos conforme figura abaixo.
Figura - Cartilha informativa direcionada a pessoa jurídica Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
Para realização dessa campanha será necessária a participação do pesquisador e da assessoria de comunicação do CRF/MG, incluindo fotógrafos, assessoria de imprensa e marketing e designs. Os recursos materiais a serem utilizados na campanha serão:
• Veículos oficial para deslocamento;
• Computador com acesso a internet e programas específicos para elaboração das peças publicitárias.
4 RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que este trabalho técnico fruto da dissertação de mestrado “Imagem do profissional farmacêutico: proposição e teste de um modelo de avaliação” contribuam para ampliação e compreensão da imagem do profissional farmacêutico para os proprietários de estabelecimentos farmacêuticos que são objetos desse projeto.
269
APÊNDICE I – Produto Técnico – Hotsite: Farmácia Completa
270
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Hotsite: Farmácia Completa
Belo Horizonte
2014
271
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Hotsite: Farmácia Completa
Contribuição técnica elaborada a partir da dissertação de mestrado intitulada “IMAGEM DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO: proposição e teste de um modelo de avaliação”, apresentado como requisito de avaliação do curso de Mestrado Profissional em Administração do Centro Universitário UNA para obtenção do título de Mestre. Área de Concentração: Inovação e Dinâmica Organizacional. Orientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura. Coorientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki.
Belo Horizonte
Centro Universitário UNA
2014
272
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 273
2 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 273
3 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO ............................................................... 273
4 RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 276
273
1 INTRODUÇÃO
Com os resultados obtidos nesse trabalho de Mestrado e a sanção da Lei
13.021/14, que estabeleceu um novo conceito de farmácia e reiterou a
obrigatoriedade da presença do farmacêutico em tempo integral nesses
estabelecimentos, será desenvolvido um Hotsite juntamente com o Conselho
Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG) para reforçar a importância
do farmacêutico como um profissional na saúde e sua importância no
estabelecimento para que esse se torne “uma farmácia completa”.
A lei fez com que a farmácia deixasse de ser um simples estabelecimento
comercial para se tornar uma unidade prestadora de serviços farmacêuticos e
assistência à saúde. Nesse sentido, o projeto direcionará uma linguagem
específica para os farmacêuticos, para a pessoa jurídica e para a população.
Espera-se que com a construção de um hotsite específico, melhore o
posicionamento da profissão no mercado e, consequentemente, reflita em um
maior reconhecimento e valorização da profissão. Verifica-se que seja
recomendado que os profissionais farmacêuticos sejam estimulados a
desenvolver ampla visão de sua atuação, que os empregadores reconheçam a
importância do profissional nos estabelecimentos e a sociedade procure por
esse profissional quando se dirigir a uma farmácia e drogaria.
2 OBJETIVOS
Elaborar um hotsite divulgando para todos os públicos a importância do
farmacêutico para as farmácias e drogarias.
3 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO
O hotsite será inserido no sítio eletrônico do CRF/MG com o seguinte link para
acesso: http://crfmg.org.br/novosite/farmaciacompleta
274
O hotsite será composto das seguintes páginas:
- Apresentação do Projeto Farmácia Completa com link de acesso ao
Facebook;
Figura - Proposta de hotsite para a campanha (Home Page) Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria do CRF/MG
- A Nova Lei: Informações sobre a Lei 13.021/2014.
Figura - Proposta de hotsite para a campanha (A Nova Lei) Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria do CRF/MG
275
- A Campanha: Informações sobre a campanha e a importância do profissional
farmacêutico;
Figura - Proposta de hotsite para a campanha (A Campanha)
Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria do CRF/MG
- Novos Desafios: uma página com perguntas e respostas relacionadas a nova
Lei e a importância do farmacêutico para os estabelecimentos.
Figura - Proposta de hotsite para a campanha (Novos Desafios)
Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria do CRF/MG
276
Para a criação e desenvolvimento do hotsite será necessária a participação da
equipe de design e tecnologia da informação do CRF/MG.
Os recursos materiais a serem utilizados na campanha serão:
• Computador com acesso a internet e programas específicos para criação e desenvolvimento do hotsite.
4 RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que este trabalho técnico fruto da dissertação de mestrado “Imagem do profissional farmacêutico: proposição e teste de um modelo de avaliação” contribuam para ampliação e compreensão da imagem do profissional farmacêutico para os proprietários de estabelecimentos farmacêuticos que são objetos desse projeto.
277
APÊNDICE J – Produto Técnico – Folhetos Informativos
278
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Folhetos Informativos
Belo Horizonte
2014
279
CLAUDINEY LUÍS FERREIRA
Folhetos Informativos
Contribuição técnica elaborada a partir da dissertação de mestrado intitulada “IMAGEM DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO: proposição e teste de um modelo de avaliação”, apresentado como requisito de avaliação do curso de Mestrado Profissional em Administração do Centro Universitário UNA para obtenção do título de Mestre. Área de Concentração: Inovação e Dinâmica Organizacional. Orientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura. Coorientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki.
Belo Horizonte
Centro Universitário UNA
2014
280
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 281
2 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 281
3 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO ............................................................... 281
4 RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 284
281
1 INTRODUÇÃO
Com os resultados obtidos nesse trabalho de Mestrado e a importância do
farmacêutico prestar informações para a sociedade serão elaborados folhetos
informativos pelo pesquisador juntamente com o Conselho Regional de
Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG) para reforçar a importância do
farmacêutico como um profissional na saúde.
2 OBJETIVOS
Elaborar e disponibilizar aos farmacêuticos inscritos no CRF/MG folhetos
informativos que poderão ser utilizados para orientação da população.
3 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO
Os folhetos informativos serão disponibilizando para download no link
http://crfmg.org.br/novosite/servicos/publicacoes/category/43-farmacia-
estabelecimento-de-saude sobre diversos sintomas, doenças e o uso de
medicamentos.
Os folhetos poderão ser reproduzidos em impressora comum e entregues ao
público pelo profissional além de servirem como orientação. Esses folhetos
serão uma importante ferramenta para aproximar o profissional da sociedade.
O material será produzido ao longo do ano de 2015 e de acordo com o
calendário da saúde preconizado pelo Ministério da Saúde.
Para a criação e desenvolvimento das cartilhas informativas será necessária a
participação das comissões assessoras do CRF/MG juntamente com a
assessoria de comunicação e design da instituição.
282
Figura - Exemplo de folheto informativo (Colesterol) Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
Figura - Exemplo de folheto informativo (Febre) Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
283
Figura - Exemplo de folheto informativo (Cuidados Especiais com Idosos) Fonte: Elaborado pelo pesquisador e assessoria de comunicação do CRF/MG
Será definido um planejamento para de divulgação dos temas conforme abaixo:
• Janeiro/2015 > Dengue / Doenças de pele / Hanseníase (24) • Fevereiro/2015 > Dor e Febre / DSTs (Carnaval) • Março/2015 > Cuidados Especiais com Idosos / Tuberculose (24) • Abril/2015 > Interações Medicamentosas / Hipertensão (26) • Maio/2015 > Campanha Uso Racional de Medicamentos - Antibióticos /
Anticoncepcionais (5) • Junho/2015 > Doenças respiratórias / Asma (21) • Julho/2015 > Saúde Ocular (10) / Alergias • Agosto/2015 > H1N1 • Setembro/2015 > Colesterol • Outubro/2015 > Gravidez e Amamentação (DIA 10) / Crianças (DIA 12) • Novembro/2015 > Diabetes (14) / Distúrbios Gastrointestinais • Dezembro/2015 > AIDS
Os recursos materiais a serem utilizados na campanha serão:
• Computador com acesso a internet e programas específicos para criação do material informativo.
284
4 RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que este trabalho técnico fruto da dissertação de mestrado “Imagem do profissional farmacêutico: proposição e teste de um modelo de avaliação” contribuam para ampliação e compreensão da imagem do profissional farmacêutico para a população por meio de informações de saúde que serão recebidas pelo farmacêutico.