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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA MESTRADO PROFISSIONALIZANTE MÚSICA E MUSICOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA PROPOSTA DE HUMANIZAÇÃO ORIENTADOR: Mt Elvira A. Santos MESTRANDA: Roberta Mayara Alves de Souza

IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA

INTENSIVA

MESTRADO PROFISSIONALIZANTE

MÚSICA E MUSICOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA PROPOSTA DE HUMANIZAÇÃO

ORIENTADOR: Mt Elvira A. Santos

MESTRANDA: Roberta Mayara Alves de Souza

GOIÂNIA /2014

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RESUMO

Essa pesquisa se caracteriza como de natureza de revisão bibliográfica,

tendo como objetos os estudos publicados sobre o tema em questão, em base de

dados nacionais e internacionais ( LILACS, PUBMED, SCIELO E MEDLINE). A

busca foi realizada através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Teve como

objetivos: Identificar aspectos referentes à utilização da música e da musicoterapia

no contexto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e como essa utilização pode

favorecer a humanização do atendimento nesse contexto. Os artigos foram

selecionados, obedecendo aos critérios de inclusão. A pesquisa foi dividida em três

etapas: A primeira etapa consistiu na busca da quantidade de artigos existentes,

utilizando-se dos descritores e bases de dados selecionadas; a segunda consistiu na

leitura dos resumos de todos os artigos encontrados e a seleção daqueles que se

encaixaram nos critérios de inclusão e a terceira etapa foi constituída pela leitura

dos artigos selecionados e preenchimento do protocolo. A análise dos artigos

encontrados e discussão dos resultados, confrontando o material obtido em

triangulação, que consiste no mais avançado método de análise de dados da

literatura, com o conteúdo da revisão de literatura feita inicialmente nas áreas de

Música, Musicoterapia, Humanização e Unidade de terapia intensiva.

Palavras-Chaves: Música, Musicoterapia, Unidade de Terapia Intensiva

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ABSTRACT

This research is characterized as the nature of literature review , having as

objects the studies published on the subject in question on the basis of national

and international databases ( LILACS , SciELO and MEDLINE ) . The search was

performed using the Virtual Health Library ( VHL ) . Aimed to: identify aspects

concerning the use of music and music therapy in the context of the Intensive

Care Unit ( ICU ) , and how such use can promote the humanization of care in

this context. Articles were selected , according to the inclusion criteria . The

research was divided into three stages : The first stage consisted in finding the

amount of existing articles , using descriptors and selected databases , and the

second consisted of reading the abstracts of all articles found and the selection of

those who met the inclusion criteria and the third stage consisted of reading of

selected articles and complete the protocol . The analysis of the articles found

and discussion of the results , comparing the material obtained in triangulation ,

which is the most advanced method of analysis of literature data with the contents

of the literature review initially made in the areas of Music , Music Therapy ,

Humanization and Unit intensive care .

Key Words : Music , Music Therapy , Intensive Care Unit

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1 INTRODUÇÃO

As unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950,

com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos materiais e humanos

para o atendimento a pacientes graves, em estado crítico, mas considerados

recuperáveis, e ainda, da necessidade de observação constante, assistência médica

e de enfermagem continua, onde os pacientes pudessem ser centralizados em um

núcleo especializado (SILVA, et al, 2010; CASTRO & LIMA apud VILLA & ROSSI,

2002).

O tratamento em UTI é um ramo da medicina altamente tecnológico, onde,

através de aplicação de modernas tecnologias, podem-se salvar vidas, mesmo em

casos aparentemente sem esperanças. Embora com contexto de sucesso, o

tratamento em UTI tem falhado em outro aspecto. Pacientes parecem sofrer de

outros problemas resultantes da comunicação insuficiente, alteração no sono e falta

de empatia da equipe. (PUGGINA, et al, 2008)

Batista (2004) afirma que o paciente ao ser encaminhado para UTI percebe a

possibilidade de uma doença incurável, esse estado pode desencadear aspectos

emocionais que podem culminar em crise de sentimentos. Medo, ansiedade,

depressão, tristeza e desesperança são respostas emocionais observadas em

pacientes internados em UTI, sendo estes sentimentos os responsáveis pelo

estresse da hospitalização. A complexidade dessas emoções revela a força que o

paciente procura para assumir a sua existência humana e a doença como parte de

sua historia. Ao se internar o paciente perde sua harmonia e esforça-se por

recupera-la de forma a suportar a situação traumática de doença e a internação em

UTI. Procura-se em meio á desarmonia físico-emocional, ter acesso a mais recursos

para lidar com a angustia.

Nesse sentido, a avançada tecnologia poderá contribuir para a de

desumanização na UTI, onde o paciente poderá sentir-se minúsculo e invisível em

meio a tantos instrumentos e aparelhos. Percebe-se, portanto, que estes pacientes

podem necessitar de toque humano para assegurar sua humanidade, dignidade e

autovalor em um ambiente impressionante e altamente tecnológico (BATISTA,

2004).

Mediante o exposto, percebe-se o desgaste emocional e o trauma que o

paciente incorpora ao se ver envolvido pela doença. O homem passa pelo luto de

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não ter saúde levando, com isso, a um abalo em sua autoestima. Torna-se inegável

a necessidade de se compreender as características que se afloram no ser enfermo,

quando se encontra em um ambiente em que , de forma sutil, o descuido e o

descaso imperam rumo a desestabilizar, por demais o sujeito. Portanto, importante

se faz em UTI, a observação e controle das funções vitais do paciente, sem, contudo

esquecer que estamos diante de um ser bio-psiquico-socio-cultural, onde estas

características são inseparáveis.

Silva (Et al, 2010) relatam que as UTIs foram concebidas para oferecer

atenção contínua e suporte avançado aos pacientes críticos, com risco de morte,

lançando mão de recursos de alta tecnologia que auxiliam ou substituem a função

de órgãos vitais. Neste contexto é importante lembrar que o objetivo do trabalho da

equipe de enfermagem implica em assistir o ser humano em sua totalidade e

complexidade, além de ter o auxílio da ciência e de tecnologia sofisticadas.

Nessa perspectiva, Villa e Rossi (2002), afirmam que o aspecto humano do

cuidado de enfermagem é um dos mais difíceis de ser implementado nas UTIs, pois

complexa rotina diária que envolve este ambiente faz com que os membros da

equipe de enfermagem, esqueçam-se de tocar, conversar e ouvir o ser humano que

está a sua frente. Acredita-se que, se feita a abordagem sobre a necessidade de

humanização do cuidado de enfermagem na UTI, a equipe acabam refletindo sobre

o tema, uma vez que a humanização é uma medida que visa à efetivação da

assistência ao indivíduo, considerando o ser como um todo.

Portanto, para atender as necessidades biopsicossociais do ser humano,

internado em uma UTI, é necessário humanizar esse espaço, de forma que o

homem seja valorizado como ser e tenha estimulo para seu restabelecimento, com

dignidade, equilibrando sua afetividade, consciência e pensamento.

Nesta perspectiva, Knobel (et al, 2006), compreendem humanização como o

cuidar do paciente como um todo, considerando, portanto, o contexto familiar e

social e os aspectos culturais, incorporando os valores, as esperanças, e as

preocupações de cada individuo. As UTIs tem como foco a recuperação do paciente,

bem como o seu bem estar psicossocial, tornando necessária a aproximação da

equipe multidisciplinar juntamente com os seus pacientes.

Os autores (op cit., 2006), afirmam ainda, que o processo de humanização do

cuidado mantém o tratamento focado no paciente e não na doença, onde o

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enfermeiro hoje considerando o paciente como um ser biopsicosocioespiritual, cuida

do binômio paciente-família e não apenas do paciente.

Nesse sentido, Silva (et al, 2010) defendem que a humanização em UTI pode

ser realizada de várias maneiras, implicando, saber lidar com as interfaces do

paciente, conversar e explicar os procedimentos ao paciente e familiares, saber

trabalhar com a família, respeitando crenças, valores, respeitando e promovendo a

criação de horários a serem seguidos, ter acesso a medicina alternativa, entre

outros. Além de todo cuidado ao paciente, os mesmos autores comentam sobre a

humanização com o cuidador.

É importante termos em mente que a humanização não compreende apenas

o ato de ser gentil durante o atendimento e sim toda a sistematização do cuidado,

uma vez que, por meio da sistematização do cuidado de enfermagem, o enfermeiro

para se aproximar do cliente, conhecerá melhor suas necessidades e expectativas,

bem como de sua família (HUDAK; GALLO, 1997; OLIVEIRA; BIANCHINI, 2010).

A humanização, portanto, envolve planejamento e monitorizarão e, para tanto,

deve-se criar regras para que o funcionamento de todo sistema de humanização

obtenha-se êxito. Gil (2002), afirma que o paciente internado na UTI necessita

cuidados de excelência, dirigidos não apenas para os problemas fisiopatológicos,

mas também para as questões psicossociais, ambientais e familiares que se tornam

intimamente interligadas à doença física.

Nesse sentido, Knobel, Laselva e Moura Junior (2006) destacam que a

essência da enfermagem intensivista não está no ambiente ou nos equipamentos

especiais, mas no processo de tomada de decisões, baseado na sólida

compreensão das condições fisiológicas e psicológicas do paciente.

Waldow (2001) cita que mesmo que alguns profissionais desenvolvam suas

atividades em forma que exige cuidado, muitas cuidadores não apresentam

necessariamente comportamento de cuidar, o que nos remete a subjetividade de

que alguns profissionais apenas cumprem uma obrigação de trabalho, pela

remuneração, sem um real envolvimento com a profissão. Podem elas ser

cuidadoras eficientes, porém, pessoas que demonstram uma atitude distante e fria

com os pacientes. O ambiente da UTI, pode e deve ser agradável para todos os

segmentos envolvidos, sendo necessário que haja mudança de paradigmas e um

melhor planejamento de construções e reformas nas unidades (SILVA, et. al, 2010).

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Silva (op. cit.) apontam que é necessário fazer com que toda a equipe sinta-

se parte do processo, para que se possa começar um processo de humanização.

Assim, a dinâmica de trabalho da equipe de enfermagem é diferente dos demais

profissionais que atuam na UTI e, fazem-se necessários períodos e locais

adequados para o descanso, descontração e rodízio durante o trabalho, sobretudo,

nos períodos noturnos e diurnos de doze horas.

Puggina (2006), afirma que é comum o termo “Humanização” ser interpretado

como uma versa “romântica” e, portanto, tecnicamente menos rigorosa no ser e no

atuar profissional, acreditando-se, portanto que essa confusão seja baseada o

princípio que a Humanização procura resgatar a proximidade com paciente.

Nesse sentido a autora (op. cit.) aponta que uma das maneiras de humanizar

o cuidado pode ser através do uso de terapias complementares, e explica que o uso

dessas terapias tem aumentado nos EUA, e que os profissionais de saúde devem

desenvolver bases cientificas evidentes para a prática de terapias complementares e

alternativas, pois algumas delas têm demonstrado provocar significativos benefícios

em pacientes gravemente enfermos.

A autora (op. cit.) aponta ainda, pesquisas que estudaram os efeitos da

música e com canto como fonte de harmonização, bem como a percepção dos

pacientes internados em UTI e dos profissionais de Enfermagem sobre essas

experiências, onde de acordo com relatos apresentados, a música, de fato, parece

harmonizar o ser humano, trazendo-o de volta a padrões mais saudáveis de

pensamento, sentimento e ação, e ainda contribui, significativamente, no processo

de humanização.

Algumas práticas de terapia alternativa, como a utilização da música, podem

ser usadas pela enfermagem, oferecendo uma hospitalização mais humanizada,

melhor interação entre equipe/paciente e entre a própria equipe multidisciplinar da

saúde; ou ainda uma forma de aprendizagem e educação, tanto para a equipe

quanto para o paciente. A música pode ser utilizada ainda como intervenção

complementar para alívio da dor e outros diagnósticos, como a angústia espiritual,

distúrbio do sono, desesperança, reisco para solidão, isolamento social e estresse

(GONÇALEZ, et al, 2008).

A ideia da música com efeitos terapêuticos, atingindo a saúde e o

comportamento humano, é tão antiga quanto os escritos de Aristóteles e Platão. A

música tem sido utilizada de forma terapêutica por séculos, e existem numerosos

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exemplos dos poderes curativos e preventivos da música, em vários documentos

históricos de diferentes culturas (HATEM, et al, 2006)

Gonçalez (et al, 2008) afirmam ainda que o uso da música para curar, aliviar

ou estimular, é conhecido desde a mitologia antiga e, na atualidade, amplia-se o seu

uso no tratamento de deficiências, tanto físicas quanto mentais e de perturbações

emocionais.

A música afeta o corpo direta e indiretamente, atuando diretamente sobre as

células e os órgãos que o constituem, produzindo efeitos fisiológicos no organismo

humano tais como: alteração nas frequências cardíaca e respiratória, alteração na

pressão arterial, relaxamento muscular, aceleração do metabolismo, redução de

estímulos sensoriais como a dor e outros, e indiretamente mobilizando as emoções

e influenciando em numerosos processos corporais que, por sua vez, propiciam

relaxamento e bem-estar (BACKES, et al, 2003).

Nesse sentido, Hatem (et al, 2006) afirmam que pesquisas demonstraram

efeito da música no controle da dor, onde percebeu-se uma diminuição de sua

percepção após a instituição da musicoterapia, reduzindo potencialmente a

necessidade de analgésicos. Outro fenômeno importante nessa retomada da ação

musical na saúde é a ansiedade, percebida em até 87% de pacientes internados em

UTI.

Nessa perspectiva, o enfermeiro pode utiliza a música no tratamento de

pacientes em diferentes momentos e com vários propósitos. Cabe portanto ao

enfermeiro, devido o dato de estar o mais próximo do paciente e acompanhando sua

evolução, com o conhecimento, verificar em que momento poderá ser utilizara e

avaliar os efeitos da música sobre o paciente. É importante ressaltar que utilizar

música que cause irritação ao paciente, ou que o paciente não goste, pode

prejudicar o tratamento. Portanto a utilização da música para finalidades específicas

dizem respeito á áreas profissionais específicas, como a Musicoterapia.

(GONÇALEZ, et al, 2008)

Referente a musicoterapia, é importante lembrar que é uma atividade de que

deve ser aplicada por um profissional, Musicoterapeuta, como afirma a definição da

Federação Mundial de Musicoterapia (1996, apud VON BARANOW, 1999):

Musicoterapia é a utilização da musica e/ou seus elementos, por um musicoterapeuta qualificado com um cliente ou grupo, num processo ou para facilitar e promover a comunicação, relação aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros

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objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do individuo para que El/ela possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, em consequência, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento (p.5).

A música atinge diferentes áreas de nossa psique que dificilmente seriam

atingidas por outras fontes de estímulos, como uma mensagem a ser usada

terapeuticamente e manifesta sensibilidade, emoção, timbres diversos e ritmos,

melodias e harmonias, numa espécie de linguagem emocional, levando-nos a uma

grande e variáveis reações, e áreas e percepções somente experênciadas através

dela. (VON BARANOW, 1999)

Nesse sentido, Van Baranow (op. cit.), explica que em musicoterapia, não

trabalhamos apenas com música, mas também com sons e movimentos produzidos

ou não pelos pacientes, bem como o meio que o cerca, como forma de expressão

do momento. Utiliza-se, portanto, os efeitos que a musica pode produzir nos seres

humanos nos níveis físico, mental, emocional, e também no social, atuando como

um facilitador da expressão humana, dos movimentos e sentimentos, promovendo

alterações que levem a um aprendizado, uma mobilização e uma organização

interna que permitam ao individuo evoluir em sua busca.

Segundo Johns (1991, apud Puggina, 2006), a música pode estabelecer

contato sem a linguagem e, através da musicoterapia podemos encontrar um

potencial não utilizado em outros meios de comunicação, uma vez que a música

propicia um meio de comunicação de caráter predominantemente emocional

(comunicação não verbal e pré-verbal), ela tem importância e grande aplicação,

exatamente onde a comunicação verbal não é utilizada. O autor afirma ainda que a

musicoterapia passiva receptiva, em que o paciente apenas ouve música, pode

também ser eficaz, na medida em que oferece ao paciente a possibilidade de

concentrar sua atenção na música como um tema e, possivelmente, criar um

relacionamento objetivo.

Entretanto, precisamos estar atentos, considerar e conscientizar dos efeitos

que a música pode causar no ser humano, pois nem sempre pode ser positivo.

Pensando nisso, o psiquiatra e musicoterapeuta Benenzon (1985), afirma que

o uso indiscriminado e sem conhecimento da música pode trazer efeitos negativos

eu no decorrer do tempo podem ser converter num perigo para a saúde humana.

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Assim, evidencia-se que a utilização da música, bem como a inserção do

profissional musicoterapeuta, pode trazer grandes benefícios para o espaço de uma

UTI, trazendo humanização para o atendimento dos pacientes e familiares, uma vez

que ressoa nos relacionamentos intra e interpessoais da equipe de saúde, e ainda,

propicia uma melhor qualidade de vida para o paciente internado, uma vez que

alcança suas necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Identificar aspectos referentes à utilização da música e da musicoterapia no

contexto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e como essa utilização pode

favorecer a humanização do atendimento nesse contexto.

2.2 Objetivos Específicos

Realizar um levantamento das temáticas das produções científicas acerca da

utilização da musica e Musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva.

Identificar quais os profissionais que utilizam a música no contexto da UTI.

Investigar as possíveis contribuições da Música e da Musicoterapia na UTI,

principalmente no que se refere a Humanização do atendimento nesse

espaço.

3 METODOLOGIA

Essa pesquisa se caracteriza como de natureza de revisão bibliográfica,

tendo como objetos os estudos publicados sobre o tema em questão, em base de

dados nacionais e internacionais. As bases de dados LILACS, PUBMED, SCIELO E

MEDLINE, foram acessadas durante o mês de novembro de 2013 para o

levantamento dos estudos científicos. A busca foi realizada através da Biblioteca

Virtual em Saúde (BVS). Os artigos foram selecionados a partir dos descritores:

“Música e Unidade de terapia intensiva”; “Musicoterapia e Unidade de terapia

intensiva”; “Música e Humanização”; “Musicoterapia e Humanização”; e seus

correlatos em inglês: "Music and Intensive Care Unit"; "Music Therapy and Intensive

Care Unit ", "Music and Humanization," "Music Therapy and Humanization”; e em

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espanhol: "Música y Unidad de cuidados intensivos", "Musicoterapia y Unidad de

cuidados intensivos", ", "Música y Humanizacion", "Musicoterapia y Humanizacion".

A pesquisa bibliográfica é uma modalidade de estudo direto em fontes

científicas e análise de documentos de domínio científico, que leva o pesquisador a

entrar em contato direto com obras, artigos ou documentos que tratem do tema de

estudo. (OLIVEIRA, 2005). A revisão de literatura analisa a produção bibliográfica

em determinada área temática, dentro de um recorte de tempo, e ainda, fornece

uma ampla visão sobre um assunto específico, destacando principalmente novas

ideias e métodos. Assim, nesse contexto, compreende-se revisar como: olhar

novamente, retomar os discursos de outros pesquisadores, no sentido de visualizar

e fazer uma análise critica do material coletado (NORONHA E FERREIRA 2000,

apud MOREIRA, 2004)

Dentre os métodos de revisão de literatura se destacam a revisão sistemática

e a revisão integrativa.

Para esse estudo foi utilizada a Revisão Sistemática que é um tipo de

investigação científica que utiliza métodos explícitos e sistemáticos para identificar,

selecionar e avaliar criticamente os estudos primários, coletar e analisar os dados

destes estudos incluídos na revisão, e conduzir a uma síntese dos múltiplos

resultados. Consideradas investigações científicas em si mesmas e, assim como as

demais revisões, elas são qualificadas como estudos observacionais retrospectivos,

por alguns autores. Nas revisões sistemáticas os “sujeitos” da investigação são os

estudos primários (unidades de análise) selecionados por meio de método

sistemático e pré-definido. Outros as situam em algum lugar entre os estudos

experimentais e observacionais, não podendo ser inteiramente classificadas em

nenhuma das duas categorias (CORDEIRO et al, 2007).

Em relação à importância, Galvão et al (2004) destacam a revisão sistemática

pode identificar os efeitos benéficos e nocivos de diferentes intervenções da prática

assistencial; e ainda, pode estabelecer lacunas do conhecimento e identificar áreas

que necessitam de futuras pesquisas, com implicações para a assistência prestada.

Os autores (op. Cit.) destacam sete fases para elaboração de uma revisão

sistemática: Construção do Protocolo; Definição da pergunta; Procura dos Estudos;

Seleção dos estudos; Avaliação crítica dos estudos; Coleta dos dados; Síntese dos

dados.

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Sobre as vantagens da construção e/ou aplicação da revisão sistemática,

entendemos que esse recurso utiliza uma metodologia científica, pode ser

atualizado, detecta lacunas em áreas de conhecimento, incentivando o

desenvolvimento de pesquisas, proporciona economia de recursos, bem como

auxilia a tomada de decisões relativas à assistência à saúde. Em contrapartida é um

recurso que consome muito tempo para ser elaborado; envolve um trabalho

intelectual grande, desde a construção do protocolo até a síntese dos dados

relevantes de cada estudo incluído na revisão sistemática (GALVÃO et al, 2004).

Nessa perspectiva, os artigos foram selecionados, obedecendo aos critérios

de inclusão: artigos publicados em português, espanhol e inglês; artigos que

abordam o tema música/musicoterapia e humanização e/ou música/musicoterapia

em Unidade de Terapia Intensiva; artigos com textos completos disponíveis on-line;

material disponível em acervos existentes nas bases de dados citadas

anteriormente, publicados no período de 2003 a novembro de 2013, mês em que

será realizada a busca; artigos que disponibilizem resumo; artigos que relatassem

trabalho de música e/ou musicoterapia em Unidade de Terapia Intensiva.

Foram excluídas aquelas publicações que não atenderam os critérios de

inclusão, assim como aquelas que possuíam formatos diferenciados, como editoriais

e revisões bibliográficas.

A pesquisa foi dividida em três etapas: A primeira etapa consistiu na busca da

quantidade de artigos existentes, utilizando-se dos descritores e bases de dados

selecionadas; a segunda consistiu na leitura dos resumos de todos os artigos

encontrados e a seleção daqueles que se encaixaram nos critérios de inclusão e a

terceira etapa foi constituída pela leitura dos artigos selecionados e preenchimento

do protocolo (anexo A), criado para esta finalidade.

A análise dos artigos encontrados e discussão dos resultados, confrontando o

material obtido em triangulação, que consiste no mais avançado método de análise

de dados da literatura, com o conteúdo da revisão de literatura feita inicialmente nas

áreas de Música, Musicoterapia, Humanização e Unidade de terapia intensiva.

4. RESULTADOS

Através da busca de artigos nas bases de dados BVS (Lilacs, Scielo e

Medline) foram localizados 34 artigos, assim distribuídos nas fontes:

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Gráfico 1. Artigos encontrados nas bases de dados

Destes 34 artigos, 29 artigos foram excluídos por não atenderem aos critérios

de inclusão estabelecidos para este estudo. Desta forma, foram selecionados 05

artigos para compor o estudo. Segue abaixo a especificação dos resultados

encontrados em cada fonte pesquisada:

Gráfico 2. Artigos selecionados nas bases de dados

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Gráfico 3. Artigos excluídos

Base de dados:

A busca na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) localizou um total de 34

artigos, sendo que 18 foram localizados na base de dados LILACS 6 na base de

dados SCIELO e 10 na base de dados MEDLINE. Destes 34 artigos, 29 foram

excluídos, totalizando 05 artigos.

Quadro 1. Distribuição das referências indexadas localizadas e selecionadas nas bases eletrônicas de dados.

BASE DE DADOS REFERENCIAS LOCALIZADAS

REFERENCIAS EXCLUIDAS

REFERENCIAS INCLUIDAS

LILACS 18 15 3MEDLINE 10 9 1SCIELO 6 5 1TOTAL 34 29 5

Gráfico 3. Distribuição das referências indexadas localizadas e selecionadas nas bases eletrônicas de dados

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Os 34 artigos selecionados nas bases de dados são apresentados no quadro

abaixo:

Quadro 2. Artigos encontrados através da busca na base de dados BVS a partir dos descritores. DESCRITORES B.D TÍTULO AUTOR DATA STATUSMUSICOTERAPIA

E UTISCIELO Música: terapia Complementar no

processo de humanização de uma CTI BACKES, D S; DDINE, S C; OLIVEIRA, CL; BACKES, M T S

2003 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIA E UTI

LILACS Intervenção musicoterápica no ambiente da unidade de terapia intensiva neonatal

ARNON, S. 2011 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIA E UTI

MEDLINEStrategies for overcoming site and recruitment challenges in research studies based in intensive care units.

CHLAN L; GUTTORMSON J; TRACY MF; BREMER KL

2009 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE

Harmonic sounds: complementary medicine for the critically ill.

CARDOZO M. 2005 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE

Effects of relaxing music on cardiac autonomic balance and anxiety after acute myocardial infarction.

WHITE JM. 1999 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIA E UTI

MEDLINE Music therapy results for ICU patients. UPDIKE P. 1999 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIA E UTI

LILACS The role os music to promote relaxation in intensive care unit patients

MANGOULIA, P.; OUZOUNIDOU, A.

2013 SELECIONADO

MUSICOTERAPIA E UTI

LILACS The therapeutic effects of music in children followin cardiac surgery

HATEM, T.P; LIRA, P. I. C; MATTOS, S. S.

2006 SELECIONADO

MUSICOTERAPIA E UTI

MEDLINEEffects of Patient-Directed Music Intervention on Anxiety and Sedative Exposure in Critically III patients receivin mechanical ventilatory support: A randomized clinical Trial

CHLAN LL; WEINERT CR; HEIDERSCHEIT A; TRACY MF; SKAAR DJ; GUTTORMSON JL; SAVIK K.

2012 SELECIONADO

MUSICOTERAPIA E UTI

SCIELO Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções.

PUGGINA, A.C.G; SILVA, M.J.P 2009 SELECIONADO

MUSICA EUTI LILACS

Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma

GUAZINA, L.; TITTONI, J. 2009 SELECIONADO

MUSICA E LILACSQualidade de vida do familiar cuidador em unidade de terapia intensiva

PADILHA, E.F; VERSA, G L G S; FALLER, J W; MATSUDA, L M;

2012 EXCLUIDO

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UTI pediátrica MARCON, S S.

MUSICA EUTI

MEDLINEThe effect of music on discomfort experienced by intensive care unit patients during turning: a randomized cross-over study.

COOKE M; CHABOYER W; SCHLUTER P; FOSTER M; HARRIS D; TEAKLE R.

2010 EXCLUIDO

MUSICA EUTI

MEDLINE

Music and biological stress dampening in mechanically-ventilated patients at the intensive care unit ward-a prospective interventional randomized crossover trial.

BEAULIEU-BOIRE G; BOURQUE S; CHAGNON F; CHOUINARD L; GALLO-PAYET N; LESUR O.

2013 EXCLUIDO

MUSICA EUTI

MEDLINE Nursery songs. MILAZZO A. 2001 EXCLUIDO

MUSICA EUTI

MEDLINE Art and music in intensive care units. HØJGAARD L. 2000 EXCLUIDO

MUSICA EUTI

MEDLINE The benefits of music in hospital waiting rooms.

ROUTHIEAUX RL; TANSIK DA. 1997 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃOLILACS

A música terapêutica como uma tecnologia aplicada ao cuidado e ao ensino de enfermagem .

BERGOLD, L B; ALVIM, N A T 2009 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

LILACSMúsica e comunicação não verbal em instituições de longa permanência para idosos: novos recursos para a formação de músicos para a humanização dos hospitais

LEÃO, E R; FLUSSER, V 2008 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

LILACS A musicoterapia na sala de espera de uma unidade básica de saúde: assistência, autonomia e protagonismo

PIMENTEL, A F; BARBOSA, R M; CHAGAS, M.

2011 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃOLILACS

O uso da música nos cuidados paliativos: humanizando o cuidado e facilitando o adeus

SEKI, N HI; GALHEIGO, SMA. 2010 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

LILACS Musicoterapia e exercícios terapêuticos na qualidade de vida de idosos institucionalizados

MOZER, N M S; OLIVEIRA, S G; PORTELLA, MR.

2011 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

LILACS Estratégias lúdicas na assistência ao paciente pediátrico: aplicabilidade ao ambiente cirúrgico

MARINELO, GS; JARDIM, DP 2013 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

LILACS A influência da música na recuperação do recém-nascido prematuro na UTI neonatal

ANDRIOLA, YM; OLIVEIRA, BEATRIZ RG

2006. EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

LILACS A Visita musical como estratégia terapêutica no contexto hospitalar e seus nexos com a enfermagem fundamental

BERGOLD, LB 2005. EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

LILACS O entretenimento de crianças internadas: editorial / The entertainment of hospitalized children: editorial

EJZENBERG, B. 2003. EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

SCIELOAs práticas integrativas e complementares na atenção à saúde da mulher: uma estratégia de humanização da assistência no Hospital Sofia Feldman

BORGES, M R; MADEIRA, L M; AZEVEDO, V M G

2011. EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

SCIELO Musicoterapia e exercícios terapêuticos na qualidade de vida de idosos institucionalizados

MOZER, N M S; OLIVEIRA, S G; PORTELLA, M R.

2011 EXCLUIDO

MUSICOTERAPIAE

HUMANIZAÇÃO

SCIELO Música: abrindo novas fronteiras na prática assistencial de enfermagem em saúde mental

CAMPOS, N L; KANTORSKIL, L P..

2008 EXCLUIDO

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

SCIELO A influência da música na recuperação do recém-nascido prematuro na UTI neonata

ANDRIOLA, YM; OLIVEIRA, B RG.

2006 EXCLUIDO

MUSICA E LILACS Utilización de la música en busca de la CORRÊA, I; GUEDELHA BLASI, 2009 EXCLUIDO

Page 17: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

HUMANIZAÇÃO asistencia humanizada en el hospital D.MUSICA E

HUMANIZAÇÃOLILACS Sobre humanismo y medicina (Editorial)

/ About humanism and medicine (Editorial)

DE FRANCISCO ZEA, A. 2000. EXCLUIDO

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

LILACS Atividades lúdicas realizadas com pacientes portadores de neoplasia internados em hospital geral

MOURA, C C; RESCK, RODRIGUES, Z M; DÁZIO, REZENDE, E M

2012 EXCLUIDO

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

LILACSMúsica e comunicação não verbal em instituições de longa permanência para idosos: novos recursos para a formação de músicos para a humanização dos hospitais

LEÃO, E R; FLUSSER, V. 2008 EXCLUIDO

Os 29 artigos excluídos por não obedecerem aos critérios de inclusão

estabelecidos para esse estudo são apresentados no quadro abaixo:

Quadro 3. Artigos excluídos

DESCRITORES B.D TÍTULO MOTIVO

MUSICOTERAPIA E UTI SCIELO Música: terapia Complementar no processo de humanização de uma CTI 1MUSICOTERAPIA E UTI LILACS Intervenção musicoterápica no ambiente da unidade de terapia intensiva neonatal 3MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE Strategies for overcoming site and recruitment challenges in research studies based in

intensive care units.4

MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE Harmonic sounds: complementary medicine for the critically ill. 1MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE Effects of relaxing music on cardiac autonomic balance and anxiety after acute

myocardial infarction.2

MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE Music therapy results for ICU patients. 2MUSICA E UTI LILACS Qualidade de vida do familiar cuidador em unidade de terapia intensiva pediátrica 3MUSICA E UTI MEDLINE The effect of music on discomfort experienced by intensive care unit patients during

turning: a randomized cross-over study.1

MUSICA E UTI MEDLINE Music and biological stress dampening in mechanically-ventilated patients at the intensive care unit ward-a prospective interventional randomized crossover trial.

1

MUSICA E UTI MEDLINE Nursery songs. 2MUSICA E UTI MEDLINE Art and music in intensive care units. 2MUSICA E UTI MEDLINE The benefits of music in hospital waiting rooms. 1

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

LILACS A música terapêutica como uma tecnologia aplicada ao cuidado e ao ensino de enfermagem .

3

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

LILACS Música e comunicação não verbal em instituições de longa permanência para idosos: novos recursos para a formação de músicos para a humanização dos hospitais

1

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

LILACS A musicoterapia na sala de espera de uma unidade básica de saúde: assistência, autonomia e protagonismo

3

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO LILACS

O uso da música nos cuidados paliativos: humanizando o cuidado e facilitando o adeus 3

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

LILACS Musicoterapia e exercícios terapêuticos na qualidade de vida de idosos institucionalizados

3

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

LILACS Estratégias lúdicas na assistência ao paciente pediátrico: aplicabilidade ao ambiente cirúrgico

1

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

LILACS A influência da música na recuperação do recém-nascido prematuro na UTI neonatal 1

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

LILACS A Visita musical como estratégia terapêutica no contexto hospitalar e seus nexos com a enfermagem fundamental

1

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

LILACS O entretenimento de crianças internadas: editorial / The entertainment of hospitalized children: editorial

1

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO SCIELO

As práticas integrativas e complementares na atenção à saúde da mulher: uma estratégia de humanização da assistência no Hospital Sofia Feldman

3

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

SCIELO Musicoterapia e exercícios terapêuticos na qualidade de vida de idosos institucionalizados

3

MUSICOTERAPIA EHUMANIZAÇÃO

SCIELO Música: abrindo novas fronteiras na prática assistencial de enfermagem em saúde mental

3

Page 18: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

SCIELO A influência da música na recuperação do recém-nascido prematuro na UTI neonata

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

LILACS Utilización de la música en busca de la asistencia humanizada en el hospital 3

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

LILACS Sobre humanismo y medicina (Editorial) / About humanism and medicine (Editorial) 2

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

LILACS Atividades lúdicas realizadas com pacientes portadores de neoplasia internados em hospital geral

1

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

LILACS Música e comunicação não verbal em instituições de longa permanência para idosos: novos recursos para a formação de músicos para a humanização dos hospitais

1

LEGENDA MOTIVO DE EXCLUSÃO: 1. Impossibilidade de obter artigo na íntegra; 2. Fora do período de publicação delimitado; 3. Não se trata tema delimitado para esse estudo: Musica e/ou musicoterapia em Unidade de Terapia Intensiva. 4. Semelhante a outros estudos selecionados.

Os 05 artigos selecionados nas bases de dados são apresentados no quadro

abaixo:

Quadro 4. Artigos selecionados através da busca na base de dados BVS a partir dos descritores

DESCRITORES B.D TÍTULO AUTOR DATAMUSICOTERAPIA E

UTILILACS The role os music to promote relaxation in intensive

care unit patientsMANGOULIA, P.; OUZOUNIDOU, A. 2013

MUSICOTERAPIA E UTI

LILACS The therapeutic effects of music in children followin cardiac surgery

HATEM, T.P; LIRA, P. I. C; MATTOS, S. S.

2006

MUSICOTERAPIA E UTI

MEDLINEEffects of Patient-Directed Music Intervention on Anxiety and Sedative Exposure in Critically III patients receivin mechanical ventilatory support: A randomized clinical Trial

CHLAN LL; WEINERT CR; HEIDERSCHEIT A; TRACY MF; SKAAR DJ; GUTTORMSON JL; SAVIK K.

2012

MUSICA EUTI LILACS

Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma

PUGGINA, A.C.G; SILVA, M.J.P 2009

MUSICOTERAPIA E UTI

SCIELO Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções.

GUAZINA, L.; TITTONI, J. 2009

Um quadro comparativo feito especificamente para este estudo facilitou a comparação e análise destes 05 artigos:

Quadro 5. Quadro Comparativo para Análise de Dados na base de dados BVS TÍTULO CATEGORIA

PROFISSIONALPAÍS DE ORIGEM

SUJEITOS TIPO DE PESQUISA

SITUAÇÃO CLINICA

Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções

Musicoterapeuta Brasil Enfermeiras Não experimental

Técnicas de enfermagem de UTI

The therapeutic effects of music in children following cardiac surgery

Enfermeiro EUA Crianças Experimental Pós-operatório cirurgia cardíaca

Effects of patient-directed music intervention on anxiety and sedative exposure in critically ill patients receiving mechanical ventilatory support: a randomized clinical trial.

Enfermeiro EUA Pctes com idades entre 14 e 59 anos

Experimental Sujeitos submetidos a suporte respiratório

The role os music to promote relaxation in intensive care unit patients

Enfermeiro Grécia 2013 Bibliográfica Não se aplica

Sinais vitais e expressão facial de Enfermeiro Brasil Pctes em Experimental Pacientes e coma

Page 19: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

pacientes em estado de coma coma

Quadro 6. Quadro Comparativo para Análise de Dados relacionada as atividades musicaisTÍTULO TIPO DE

EXPERIENCIA MUSICAL

CONDUTOR DA ATIVIDADE

TIPO DE MUSICAS

SELEÇÃO DAS MÚSICAS

CRITÉRIO DE SELEÇÃO

PART. DO SUJEITO

Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções

Audição; recriação;

composição e improvisação

Musicoterapeuta Diversas Participantes da pesquisa

Preferencias do sujeito

Ativa

The therapeutic effects of music in children following cardiac surgery

Audição Enfermeiro Erudita Pré selecionada pelo pesquisador

Aleatória Passiva

Effects of patient-directed music intervention on anxiety and sedative exposure in critically ill patients receiving mechanical ventilatory support: a randomized clinical trial.

Audição Musicoterapeuta Musicas relaxantes ao piano, violão,

flauta e harpa,

preferências do sujeito

MusicoterapeutaPreferencias do sujeito – Ficha

musicoterapeutica

Preferencias do sujeito

Passiva

The role os music to promote relaxation in intensive care unit patients

Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica

Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma

Audição Enfermeiro Diversas Familiares do sujeito Preferências do sujeito

Passiva

A leitura e análise dos dados possibilitou o agrupamento dos resultados em

duas grandes categorias, Música na Unidade de Terapia Intensiva e Musicoterapia

na Unidade de Terapia Intensiva. Os artigos em que as intervenções foram

realizados por profissionais não musicoterapeutas foram considerados na categoria

“Música na Unidade de Terapia Intensiva” e os artigos me que as intervenções forma

realizadas por musicoterapeutas foram incluídos na categoria “Musicoterapia na

Unidade de Terapia Intensiva”. A categoria “Musicoterapia na Unidade de Terapia

Intensiva” foi subdivididos em duas subcategorias, são elas: Experiências Musicais e

Musicalidade Clínica.

5 DISCUSSÃO

Foi possível observar através das análises que em relação ao delineamento

metodológico, a pesquisa experimental foi a mais utilizada como segue no gráfico

abaixo:

Gráfico 5. Delineamento metodológico

Page 20: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

No que se relaciona a Pesquisa Experimental, Bandeiras (2009), define como

tipo de pesquisa que visa identificar relações causais entre duas variáveis, através

do método experimental. Segundo a autora, este método implica em três

procedimentos básicos: 1. VARIAR A CAUSA: Provocar deliberadamente variações

na ocorrência de uma variável para verificar se ela é a causa de algum efeito em

outra variável. Assim, podemos verificar se a sua presença em um grupo provoca

um efeito e a sua ausência no outro grupo não produz o efeito. 2. CONTROLAR

VARIÁVEIS INTERFERENTES: Para provarmos cientificamente que uma variável é

a variável responsável pelo efeito que observamos, precisamos nos certificar de que

não há outras variáveis presentes que poderiam também ser a causa deste efeito. 3.

MEDIR O EFEITO: Além de variar a causa e manter constantes ou controlar as

variáveis interferentes, o método experimental inclui também medir objetivamente,

de maneira fidedigna e válida, o efeito. Ou seja, precisamos medir o fenômeno que

estamos estudando com algum instrumento de medida válido e fidedigno para

verificarmos se houve realmente o efeito estudado.

Acreditamos que no que se diz respeito a utilização da música, a pesquisa

experimental, tem se mostrado bastante eficaz para demonstrar os efeitos da

mesma no ser humano. O que tem validado e possibilitado o crescente numero de

pesquisas em neurociências e em outras áreas da saúde sobre a aplicação da

música para finalidades terapêuticas e de bem estar no individuo.

Nesse sentido, pesquisas tem demonstrado que o som, o ritmo e o

movimento são capazes de agir sobre o físico e o psíquico. Von Baranow (2009)

Page 21: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

aponta que os efeitos fisiológicos dos elementos sonoro-ritimicos-musicais podem

ocorrer como reações sensoriais, hormonais e fisiomotoras e como efeitos psíquicos

podem desencadear descargas emocionais em graus variáveis, dependendo do

individuo, levando-o a se expressar ou executados que podem alterar seu

comportamento e modos de interação com o mundo que o cerca.

Conforme mencionado anteriormente os resultados foram agrupados em duas

grandes categorias: Música na Unidade de Terapia Intensiva e Musicoterapia na

Unidade de Terapia Intensiva.

5.1Música na UTI.

A pesquisa nas bases de dados permitiu observar que a temática desse

estudo também é objeto de interesse de outros profissionais de saúde, além do

musicoterapeuta. Como observamos no gráfico abaixo:

Gráfico 6. Categoria profissional

A utilização da música não é exclusiva do musicoterapeuta, com o aumento

de pesquisas neurocientificas que comprovam a influencia da música no ser

humano, diversos profissionais da área da saúde tem lançado mão dessa

Page 22: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

ferramenta. Entretanto é importante salientar que existem diferenças na forma de ver

e utilizar a música nestas diferentes especialidades.

Bruscia (2000) define o principal diferencial do profissional musicoterapeuta

em relação a outros profissionais na utilização da música, uma vez que o

musicoterapeuta faz o uso da música no que o autor define “música como terapia”,

sendo ela o foco/instrumento principal na mesma, enquanto os demais profissionais

a utilizam no Bruscia (op. Cit.) define como “música na terapia”, uma vez que a

música é utilizada como pano de fundo para facilitar as relações.

Em relação a utilização da música em UTI, Puggina (et. Al, 2009), consideram

que a preferência musical um dos princípios, além de outros, que devem ser

considerados para tornar a música uma intervenção de Enfermagem integral. A

preferência Musical leva em consideração experiências pessoais anteriores como

escuta da música, idade, cultura, estado de espírito, gênero e atitude. É previsto que

esta uma correlação positiva entre o grau de significância que a música tem na vida

pessoal antes do início da doença e a efetividade da música como intervenção

durante essa enfermidade.

Fleury e Castro-Silva (2011), afirmam que as contribuições de pesquisadores

que discutem diferenças e especificidades quanto ao uso da música no ambo da

saúde de muito valor. Nesse sentido, de acordo com a realidade apresentada pelo

sistema de saúde brasileiro, as autoras (op. Cit.) denominaram essas incursões da

música e da Musicoterapia como: “Música em saúde” onde, a música é utilizada por

profissionais não-musicoterapeutas, em contexto de saúde, com o objetivo de

melhorar aspectos gerais e/ou específicos da saúde do individuo. E ainda,

“Musicoterapia em saúde” onde o profissional musicoterapeuta, utiliza a música com

objetivo de melhorar aspectos gerais e específicos da saúde do individuo, numa

relação terapêutica estabelecida por meio de vínculo sonoro-musical.

Nessa perspectiva entende-se que a música pode e deve ser utilizada pela

Enfermagem, bem como por outros profissionais de saúde como recurso, entretanto

é importante que os profissionais de saúde tenham claro que sua utilização é o que

descrevemos anteriormente como “musica na terapia”. Considera-se que para ser

utilizada como terapia, o profissional necessita de uma formação especifica, uma

vez que esta o capacita para seleção cuidadosa da música ou atividade musical a

ser utilizada, baseado no conhecimento que possui dos efeitos da música no ser

humano (BRUSCIA, 2000).

Page 23: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

Os estudos analisados demonstraram que as intervenções realizadas pelos

enfermeiros apresentaram alterações significativas e benéficas na média dos sinais

vitais tais como: temperatura, pressão arterial, frequência respiratória, diminuição da

ansiedade, entre outros.

Nessa perspectiva, Von Baranow, demonstra as aplicações biomédicas da

música afetando o ritmo das funções neurovegetativas: respiratória e cardiovascular;

alterações nos padrões de medicado da atividade elétrica muscular; redução da dor

durante um procedimento de enfermagem ou médio; tratamento de desordens

relacionadas do sistema imunológico; potencializarão das ondas cerebrais;

estimulação e organização motora através do ritmo musica, entre outras.

5.2Musicoterapia na UTI

A partir dos trabalhos analisados pudemos subcategorizar a categoria

“Musicoterapia na UTI”. São elas: Experiências musicais e Musicalidade clinica

sujeitos.

5.2.1 Experiências musicais

Bruscia (2000) descreve quatro tipos de experiências musicais em

Musicoterapia, eu possuem suas características particulares e cada uma delas é

definida por seus processos específicos de engajamento, são elas:

Experiências de improvisação: O paciente faz musica tocando ou cantando,

criando uma melodia, um ritmo, uma canção ou uma peça musical, podendo

utilizar qualquer meio musical dentro de sua capacidade.

Experiências re-criativas: O paciente aprende ou executa músicas

apresentadas como modelo. Também incluem atividades estruturadas e jogo

sem que o paciente apresenta comportamentos o ou desempenha papeis que

foram especificamente definidos. Inclui executar, reproduzir, transformar e

interpretar qualquer parte ou o todo de um modelo musical existente, com ou

sem uma audiência.

Experiências de composição: O terapeuta ajuda o cliente a escrever canções,

letras ou peças instrumentais, ou a criar qualquer tipo de produto musical

como vídeos com músicas ou fitas de áudio.

Page 24: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

Experiências receptivas (audição): O cliente ouve musica e responde à

experiencia de forma silenciosa, verbalmente ou através de outra modalidade.

A música utilizada pode ser ao vivo ou gravações de improvisações,

execuções ou composições do cliente ou do terapeuta, ou pode-se utilizar

gravações comerciais de músicas de diversos etilos.

A partir da analise dos estudos, observou-se que a experiência mais utilizada

foi a experiência de audição, descrita anteriormente. Dos cinco estudos

selecionados, 4 utilizaram a experiência receptiva e apenas 1 utilizou as demais

experiências.

Acredita-se que o espaço foi um dos principais aspectos responsável por esse

resultado, levando em consideração o estado dos pacientes que estão internados

em uma UTI, outro aspecto relevante é a formação profissional, uma vez que as

demais experiências exige conhecimento musical prévio, além de utilização de

instrumentos musicais. É importante ressaltar que apenas as intervenções feitas por

musicoterapeuta utilizou outras experiências musicais.

O gráfico a seguir demonstra o percentual das experiências utilizadas nos

artigos selecionados para analise nesse estudo:

Gráfico 7. Experiências musicais utilizadas

Ressaltamos que é importante que os profissionais que utilizam a música se

atentem pela forma de seleção das mesmas.

Nessa perspectiva Gatti e Silva (2007, apud, Fleury e Castro-Silva, 2011)

afirmam que a audição da música de preferência do individuo não parece ser

Page 25: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

determinante para a obtenção de resultados positivos na diminuição da ansiedade

ou relaxamento.

Assim, Fleury e Castro-Silva (2011) citam Barcelos e Santos (1996) que

afirmam que a utilização da música gravada de forma aleatória, ou seja, não

considerando as necessidades e desejos do paciente, caracteriza uma situação

próxima de um processo iatrogênico. O uso indiscriminado do som e seus efeitos no

homem, destaca que inúmeros estudos comprovam cientificamente o poder da

música em exercer uma ação benéfica no homem contudo, quando a música é

utilizada de maneira indiscriminada pode se tornar um agente nocivo ao mesmo.

Nesse sentido, entendemos que a aplicação da música, seja por um

musicoterapeuta, seja por outro profissional, deve ser de forma responsável e

consciente.

Nos estudos selecionados na categoria Musicoterapia na UTI, os resultados

corroboram com os dados da literatura ao apontarem o fato de que a música pode

despertar sentimentos e evocar emoções e memórias. Além de provocar alterações

fisiológicas já apresentadas anteriormente nesse estudo.

5.2.2 Musicalidade Clinica

Quanto ao aspecto Musicalidade Clinica, Fleury e Castro-Silva (2011),

apontam a importância de o musicoterapeuta adaptar o fazer musical ao contexto e

situação que está inserido.

Os estudos analisados demonstraram que a regulagem da intensidade

(volume) das produções musicais, é extremamente importante, uma vez que nesse

contexto existem muitos ruídos decorrentes da aparelhagem médica, portanto uma

música com o volume muito alto pode ser prejudicial, ou ainda não aceita pelos

sujeitos em internação.

As pesquisadoras (op. Cit.) afirmam ainda que na prática clinica no hospital, o

musicoterapeuta se depara com momentos em que exigem uma produção sonora de

baixa intensidade, e em outros momentos exigem uma produção de intensidade

mais moderada ou alta. Assim sendo, torna-se importante que o musicoterapeuta

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tenha sensibilidade de adaptar o volume sonoro com o contexto em que está

inserido.

Desse modo, consideramos que as possibilidaes de uso da música na

assistência a saúde, e principalmente no contexto da UTI são muitas e variadas,

sejam elas advindas do uso da Música na UTI, ou da Musicoterapia na UTI, e diante

do exposto , apresentamos a seguir as nossas considerações finais.

6 CONSIDERAÇOES FINAIS

O presente estudo apontou que são vários os alcances da música, bem como

da Musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva, sendo esta, uma importante e

eficaz especialidade no que diz respeito, além de outros propósitos, à humanização

hospitalar.

Silva (2009, apud Fleury e Castro-Silva, 2011), afirma que as intervenções

musicoterapêuticas na UTI contribuem para relacionamento afetivo entre paciente e

familiar durante o período de internação na UTI, potencializando os aspectos

saudáveis desta relação. A musicoterapia nesse contexto contribui no sentido da

mudança da rotina do ambiente e no aumento da autoestima de pacientes,

familiares e equipe de saúde.

Nesse estudo foi possível observar que diversos profissionais de saúde,

especialmente os enfermeiros, utilizam a música buscando humanizar a assistência

a saúde.

Destacamos nesse estudo as principais diferenças metodológicas das

intervenções de música, referentes a forma como a música é utilizada, bem como as

experiências musicais e peculiaridades acerca da musicalidade clinica.

Podemos concluir, nesse sentido, que a experiência de audição foi a mais

utilizada, proporcionando alterações fisiológicas significativas e consideradas

benéfica no tratamentos submetidos as intervenções.

As instituições hospitalares são espaços que oferecem diversas

possibilidades de utilização da musica, mas ainda existem poucas produções

referentes a temas específicos.

Através da realização deste estudo pudemos confirmar o grande potencial

que a música, bem como a musicoterapia tem a oferecer ao contexto hospitalar,

especificamente a Unidade de Terapia Intensiva, alcançando as pessoas presentes

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nesse ambiente e contribuindo para as relações e assistência mais humanizadas.

Esperamos que a apresentação desses dados contribua para reflexões

metodológicas acerca da atuação no contexto das UTIs.

REFERÊNCIAS

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2009

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579-585, set-out, Brasília – DF, 2004.

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Conde. 2ªedição, Rio de Janeiro, Enelivros, 2000.

5. CORDEIRO, A. M. OLIVEIRA, G. M. RENTERÍA, J.M. GUIMARÃES, C.A.

Revisão sistemática: Uma revisão Narrativa. Comunicação Científica. Vol.

34 - Nº 6, Nov. / Dez. 2007.

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Goiás, Universidade Federal de Goiás, Escola de Musica e Artes Cenicas,

Goiás, 2011.

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Paulo, 2006.

8. GALVÃO, A. & KEMP, A. Kinaesthesia and instrumental music instruction: some implications. Psychology of Music Journal , v. 27 nº.2, p.

129-137. 1999.

9. GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Editora

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10.GONÇALEZ, D.F.C; NOGUEIRA, A.T.O; PUGGINA, A.C.G. O uso da música na assistência de enfermagem no Brasil: Uma revisão bibliográfica. Cogitare Enferm, Vol. 13, N. 4, p. 591-596, Out-dez, 2008.

11.HATEM, T.P; LIRA, P.I; MATTOS, S.S. The therapeutic effects os music in children following cardiac surgery. J. Pediatr, Vol. 82, P. 186-192, Rio de

Janeiro, 2006.

12.HUDAK, C. M; GALLO, B. M. Cuidados intensivos de Enfermagem: uma abordagem holística. 6 ed.Rio de Janeiro, RJ. Guanabara Koogan S.A.

1997.

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14. MOREIRA, Walter. Revisão de literatura e desenvolvimento científico: conceitos e estratégias para confecção. Janus, Lorena, v. 1, n. 1, p. 19-30,

2004. Disponível em:

<www.fatea.br/seer/index.php/janus/article/viewPDFInterstitial/1/1> Acesso

em: 06/10/2013.

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17.PUGGINA, A.C.G. O usco da música e de estímulos vocais em pacientes em estado de coma: relação entre estímulo auditivo, sinais vitais, expressão facial e escalas de Glasgow w Ramsay. (dissertação) São

Paulo. Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. 2006.

18.PUGGINA, A.C.G.; SILVA, M.J.P.; ARAUJO, M.M.T. Mensagens dos familiares de pacientes em estado de coma: A esperança como elemento comum. Acta Paul Enferm, Vol 21, N. 2, p. 249-255, São Paulo, 2008

19.SILVA, M. J. P. da; ARAÚJO, M. M. T; PUGGINA, A. C. G. Humanização em UTI. In: PADILHA, K. G. et al. (Orgs.) Enfermagem em UTI: cuidando do

paciente crítico. Barueri, SP. Manole, 2010.

20.SILVA, M.J.P. Humanização em unidade de terapia intensiva. In: Cintra

E.A, Nishide V.M, Nunes W.A, organizadoras. Assistência de enfermagem ao

paciente crítico. São Paulo: Atheneu, p. 1-11, 2000.

21.SILVA, N.; TIZOLIN, A.M.; MASTSUDA, L.M.; Humanização da assistência de enfermagem: estudo com clientes de uma UTI adulto. Congresso

Brasileiro de Enfermagem, 53º. Anais em CD Room. Curitiba- PR, 2001

22.SILVA, S. P.; KLASSMANN, J. C.; LAHM, J. V.; GIRARDI, J. F.; TAKAHASHI,

L. S. Humanização da assistência atribuída aos profissionais da equipe de enfermagem que atuam em unidades de terapia intensiva. II

Page 30: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

Congresso de Humanização,I Jornada Interdisciplinar de Humanização,

Curitiba, 2011. Disponivel em:

http://anais.congressodehumanizacao.com.br/files/2012/07/RESUMO-121.pdf,

acesso em: Nov/2013

23.VILA,V.S.C.; ROSSI, L.A. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: muito falado e pouco vivido. Ver.

Latinoam Enferm, vol. 10 N. 2, p. 137-44, 2002. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rlae/v10n2/10506.pdf . Acesso em: dez/2013

24.VON BARANOW, A.L. Musicoterapia: Uma visão geral. Rio de Janeiro,

Enelivros, 1999.

25.WALDOW, V. R. Cuidado humano: o resgate necessário. 3 ed. Porto

Alegre, RS. Sagra Luzzato, 2001.

Apêndice A: Protocolo de coleta de dados.

ArtigoAutoresPalavras chavesPublicação Ano

Amostra / SujeitosN. sujeitos Descrição sujeitos

Categoria ProfissionalMusicoterapeuta Enfermeiro PsicólogoOutros:

Tipo de estudoQuantitativo Qualitativo Quali-quantitativoExperimental Não experimental Quase experimentalRevisão de literatura Relato de experiência Outra:

Idioma Inglês Português EspanholTipo de publicação

Musicoterapia Médica Enfermagem

Page 31: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

Música Outra:MetodologiaObjetivos

Tipo de Intervenção Musicoterapia Musica Musicoterapia associada a outras terapias

Condutor da atividade musicalMusicoterapeuta Outro profissional:

Tipo de atividade musicalRecriação Musical Audição Musical Improvisação ComposiçãoNão mencionado Outra:

Atividade musicalTipo de Musica DuraçãoEscolha das musicas FrequênciaMomento da atividadeInstrumentos/objetos utilizadosCritério de seleção Aleatório Preferência do sujeito Ficha musicoterapêutica

Participação do sujeitoAtiva Passiva Não mencionado

Atividade não musical associada a musicaResultados

Instrumento adaptado, baseado em SANTOS (2014)

Page 32: IMBES  · Web viewAs unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da

APENDICE B:INSTRUMENTO DE ANÁLISE E COLETA DE DADOS PREENCHIDOS

Protocolo 1Artigo The therapeutic effects of music in children followin cardiac surgeryAutores HATEM, T.P; LIRA, P.I.C; MATTOS, S.SPalavras chaves Music therapy; postoreative period; heart surgery; cildren; intensive carePublicação Jornal de pediatria Ano 2006

AmostraN. sujeitos 84 Descrição sujeitos Crianças / adolescentes de 1 dia a 16 anos

Categoria ProfissionalMusicoterapeuta Enfermeiro Psicólogo

X Outros: Não especificadoTipo de estudo

Quantitativo Qualitativo Quali-quantitativoX Experimental Não experimental Quase experimental

Revisão de literatura Relato de experiência Outra:Idioma X Inglês Português Espanhol

Tipo de publicaçãoMusicoterapia X Médica EnfermagemMúsica Outra:

Metodologia 84 crianças e adolescentes foram submetidas a audição de 30 min de música clássica

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nas primeiras 24 horas de pós operatório, sendo que o grupo controle foi submetido a audição, porém o cd estava em branco (placebo). O estudo foi submetido a aprovação do comitê de ética do hospital onde aconteceu o estudo, foi aplicado o TCLE. Foi feito um calculo amostral.

Objetivos Verificar de forma objetiva e subjetiva o efeito da música em crianças no pós operatório de cirurgia cardíaca em uma unidade de terapia intensiva cardiopediatrica, em conjunto com praticas convencionais.

Tipo de Intervenção Musicoterapia X Musica Musicoterapia associada a outras terapias

Condutor da atividade musicalMusicoterapeuta X Outro profissional: Não especificado

Tipo de atividade musicalRecriação Musical X Audição Musical Improvisação ComposiçãoNão mencionado Outra:

Atividade musicalTipo de Musica Clássica (erudita) – Primavera – Quatro estações de Vivaldi Duração 30 minEscolha das musicas Pesquisador Frequência 1 vezMomento da atividade primeiras 24hs do pós-operatórioInstrumentos/objetos utilizados Fones de ouvido; cd player; cdsCritério de seleção x Aleatório Preferência do sujeito Ficha musicoterapêutica

Participação do sujeitoAtiva x Passiva Não mencionado

Ativ. não musical associada a musica Não se aplicaResultados Dos 84 pacientes iniciais, 5,9% recusaram a participar do estudo. Observou-se

diferenças significativas estatisticamente entre grupos controle e experimental após intervenção

Protocolo 2Artigo Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e

produções.Autores GUAZIMA, L.; TITTONI, J.Palavras chaves Musicoterapia institucional, modos de subjetivação, saúde do trabalhador, PanaudioPublicação Psicologia e Sociedade Ano 2009

Amostra / SujeitosN. sujeitos Não especificado Descrição sujeitos Técnicas de enfermagem

Categoria Profissionalx Musicoterapeuta Enfermeiro Psicólogo

Tipo de estudoQuantitativo Qualitativo Quali-quantitativoExperimental x Não experimental Quase experimentalRevisão de literatura Relato de experiência Outra:

Idioma Inglês x Português EspanholTipo de publicação

Musicoterapia Médica EnfermagemMúsica x Outra: Psicologia

Metodologia Pesquisa – intervenção. 1ª fase: observação participante; 2ª oficinas demusica; 3ª

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retorno ao espaçp da UTI; 4ª intervenção musical dentro da UTIObjetivos Não especificado

Tipo de Intervenção x Musicoterapia Musica Musicoterapia associada a outras terapias

Condutor da atividade musicalx Musicoterapeuta Outro profissional:

Tipo de atividade musicalx Recriação Musical x Audição Musical x Improvisação x Composição

Não mencionado Outra:Atividade musical

Tipo de Musica Diversas DuraçãoEscolha das musicas Conjugando as escolhas com o contexto FrequênciaMomento da atividade Não especificadoInstrumentos/objetos utilizados Instrumentos de percussãoCritério de seleção Aleatório x Preferência do sujeito Ficha musicoterapêutica

Participação do sujeitox Ativa Passiva Não mencionadoAtividade não musical associada a musica Não se aplicaResultados

Protocolo 3Artigo Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de comaAutores PUGGINA, A.C.G; SILVA, M.J.PPalavras chaves Coma; Música; unidades de terapia intensivaPublicação Revista Brasileira de Enfermagem Ano 2009

Amostra / SujeitosN. sujeitos 30 Descrição sujeitos Pacientes de UTI em coma

Categoria ProfissionalMusicoterapeuta x Enfermeiro Psicólogo

Tipo de estudoQuantitativo Qualitativo Quali-quantitativo

x Experimental Não experimental Quase experimentalRevisão de literatura Relato de experiência Outra:

Idioma Inglês x Português EspanholTipo de publicação

Musicoterapia Médica x EnfermagemMúsica Outra:

Metodologia A pesquisa passou pela aprovação do comitê de ética e o TCLE foi assinado pelos familiares. Os sujeitos foram divididos em grupo Controle e Experimental, esse ultimo sendo submetido a intervenção. Foi utilizada uma mensagem oral gravada por um

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familiar e uma música selecionada pelo familiar considerando a preferência do paciente. Os sinais vitais foram avaliados após 60 segundos de cada estimulo

Objetivos Verificar a influencia da música e mensagem oral sobre os Sinais Vitais e Expressão facial dos pacientes em coma fisiológico ou induzido

Tipo de Intervenção Musicoterapia X Musica Musicoterapia associada a outras terapias

Condutor da atividade musicalMusicoterapeuta X Outro profissional: Enfermeiro

Tipo de atividade musicalRecriação Musical x Audição Musical Improvisação ComposiçãoNão mencionado Outra:

Atividade musicalTipo de Musica Diversas Duração Não especificadoEscolha das musicas Familiares dos sujeitos Frequência 3 dias consecutivosMomento da atividade Não especificadoInstrumentos/objetos utilizados

CD PLAYER, CDs, Fones de ouvido, Gravador de voz

Critério de seleção Aleatório X Preferência do sujeito Ficha musicoterapêuticaParticipação do sujeito

Ativa x Passiva Não mencionadoAtividade não musical associada a musica Não se aplicaResultados A média dos sinais vitais ( tempereatura, pressão arterial, frequência respiratória)

apresentaram diferenças entre valores antes e durante cada um dos estímulos nas 3 sessões. Apesar das médias dos sinais vitais do Grupo Experimental durante a música e a mensagem terem se alterado na grande maioria das vezes em relação à média basal, quando comparadas com o Grupo Controle, diferenças estatisticamente significativas e tendências de significância foram encontradas em apenas alguns momentos.

Protocolo 4Artigo Effects of Patient-Directed Music Intervention on Anxiety and Sedative Exposure in Critically III

patients receivin mechanical ventilatory support: A randomized clinical TrialAutores CHLAN, L.L; WEINERT, C.R.; HEIDERSCHEIT, A.; TRACY, M.F; SKAAR, D.J; GUTTORMSON, J.L;

SAVIK, K.Palavras chaves Não apresentaPublicação American medical association Ano 2013

Amostra / SujeitosN 373 Descrição ptes de 12 com idades entre 14 e 59 anos internados em UTIs em 5 hospitais do

Minneapolis., área de recepção de suporte ventilatório mecânico agudo Categoria Profissional

Musicoterapeuta x Enfermeiro PsicólogoTipo de estudo

Quantitativo Qualitativo Quali-quantitativox Experimental Não experimental Quase experimental

Revisão de literatura Relato de experiência Outra:Idioma x Inglês Português Espanhol

Tipo de publicaçãoMusicoterapia x Médica EnfermagemMúsica Outra:

Metodologia 126 pacientes foram submetidos a música através de fones de ouvido ao receber suporte respiratório. Os pacientes foram submetidos avaliações diárias que mediam a ansiedade antes

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e após intervenção.Objetivos Avaliar como a música, pode aliviar a ansiedade associada com suporte ventilatório. Testar se

audição de musicas pode reduzir a ansiedade e a exposição sedativo durante o suporte ventilatório em pacientes criticamente enfermos.

Tipo de Intervenção x Musicoterapia Musica Musicoterapia associada a outras terapias

Condutor da atividade musicalx Musicoterapeuta Outro profissional:

Tipo de atividade musicalRecriação Musical x Audição Musical Improvisação ComposiçãoNão mencionado Outra:

Atividade musicalTipo de Musica Musica relaxante, tocadas em piano, harpa, violão ou flauta e

musicas da preferência dos sujeitosDuração

Escolha das musicas Musicoterapeuta Frequência 2x por dia quando se sentiam ansiosos durante 5 dias

Momento da atividade Quando submetidos a suporte respiratórios.Instrumentos/objetos utilizados

Fones de ouvido; Cds; Cd player.

Critério de seleção Aleatório x Preferência do sujeito x Ficha musicoterapêuticaParticipação do sujeito

Ativa x Passiva Não mencionadoAtividade não musical associada a musica Não se aplicaResultados Os pacientes do grupo experimental, que foram submetidos a audição musical apresentou

redução da ansiedade em 36% e ao mesmo tempo resultou na redução na frequencia de sedação, recebendo menos duas doses de sedação e tiveram uma redução de 36% na redução da intensidade da sedação.

Protocolo 5.Artigo The Role of Music to Promote Relaxation in Intensive Care Unit PatientsAutores Mangoulia, P; Ouzounidou, A.Palavras chaves music therapy; music medicine; music listening; relaxation; patients; intensive care unit

Publicação Hospital chronicles Ano 2013Amostra / Sujeitos

N. sujeitos Descrição sujeitosCategoria Profissional

Musicoterapeuta x Enfermeiro PsicólogoOutros:

Tipo de estudoQuantitativo Qualitativo Quali-quantitativoExperimental Não experimental Quase experimental

x Revisão de literatura Relato de experiência Outra:Idioma Inglês Português Espanhol

Tipo de publicaçãoMusicoterapia x Médica EnfermagemMúsica Outra:

Metodologia MEDLINE , PubMed , CINAHL , Amed e PsycINFO foram pesquisados os termos " terapia musical ", " medicina de música " e " ouvir música " . Além disso, foi realizada uma pesquisa na internet usando o Google Scholar

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Objetivos O objetivo do estudo foi identificar , analisar e avaliar a literatura sobre o papel da música ouvindo promover o relaxamento para os pacientes na UTI , juntamente com as considerações para futuras pesquisas

Tipo de Intervenção Musicoterapia Musica Musicoterapia associada a outras terapias

Condutor da atividade musicalMusicoterapeuta Outro profissional: Enfermeiro

Tipo de atividade musicalRecriação Musical Audição Musical Improvisação ComposiçãoNão mencionado Outra:

Atividade musicalTipo de Musica DuraçãoEscolha das musicas FrequênciaMomento da atividadeInstrumentos/objetos utilizadosCritério de seleção Aleatório Preferência do sujeito Ficha musicoterapêutica

Participação do sujeitoAtiva Passiva Não mencionado

Atividade não musical associada a musicaResultados A literatura mostra que a música pode influenciar uma ampla gama de efeitos fisiológicos e

psicológicos e é eficaz na redução do estresse e facilitar as respostas de relaxamento . Diferentes tipos de música e de preferência musical individual do paciente pode ter um efeito diferente . Além disso, a música ao vivo é considerada mais importante do que a música pré-gravada .

Instrumento adaptado, baseado em SANTOS (2014)