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Intensivo Modular Diurno CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Civil Professor: Nelson Rosenvald Aulas: 63 e 64 | Data: 25/06/2015 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO DA POSSE 7. Efeitos da posse 7.4 Direito à usucapião 7.4.1 Requisitos 7.4.1.3 Requisito formal 7.4.2 Questões procedimentais 8. Função social da posse 8.1 Desapropriação judicial indireta 8.2 Aquisição compulsória onerosa 7.4.1.3 Requisito formal F) usucapião especial rural (usucapião pro labore) - art. 191, CF Tem sua origem na CF/1934. Os requisitos formais são: posse com animus domini posse mansa e pacífica prazo: de 5 anos pessoalidade da posse imóvel rural não superior a 50 hectares CC, art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Para saber se o imóvel é urbano ou rural, para fins de usucapião, devemos verificar sua localização (independe da destinação). Ademais, a função social é mais intensa na usucapião rural, porque além da moradia ao bem é necessário que se conceda ao imóvel produtividade. ATENÇÃO: para a usucapião pro labore devemos aplicar a Lei 6.969/81. Mas quais são as particularidades da Lei 6.969/81 que se tornaram ineficazes com a CF/88? a) hoje não cabe usucapião de terra devoluta, porque é bem público.

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Intensivo Modular Diurno CARREIRAS JURÍDICAS

Damásio Educacional

MATERIAL DE APOIO

Disciplina: Direito Civil Professor: Nelson Rosenvald

Aulas: 63 e 64 | Data: 25/06/2015

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO DA POSSE 7. Efeitos da posse 7.4 Direito à usucapião 7.4.1 Requisitos 7.4.1.3 Requisito formal 7.4.2 Questões procedimentais 8. Função social da posse 8.1 Desapropriação judicial indireta 8.2 Aquisição compulsória onerosa

7.4.1.3 Requisito formal F) usucapião especial rural (usucapião pro labore) - art. 191, CF Tem sua origem na CF/1934. Os requisitos formais são:

posse com animus domini

posse mansa e pacífica

prazo: de 5 anos

pessoalidade da posse

imóvel rural não superior a 50 hectares

CC, art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

Para saber se o imóvel é urbano ou rural, para fins de usucapião, devemos verificar sua localização (independe da destinação). Ademais, a função social é mais intensa na usucapião rural, porque além da moradia ao bem é necessário que se conceda ao imóvel produtividade. ATENÇÃO: para a usucapião pro labore devemos aplicar a Lei 6.969/81. Mas quais são as particularidades da Lei 6.969/81 que se tornaram ineficazes com a CF/88? a) hoje não cabe usucapião de terra devoluta, porque é bem público.

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b) suponha que “x” consiga uma usucapião rural (com sentença registrada). No dia seguinte, “x” pode vender esse imóvel? Sim. Mas e se depois de vendido este imóvel, ao cumprir novamente os requisitos da CF e do CC, e completar outros 5 anos, pode “x” obter uma segunda usucapião rural? Sim. Mas e se “x” conseguiu a usucapião de imóvel urbano, tempo depois vende esse imóvel, e logo em seguida aparece outro imóvel urbano para ser possuído. Cabe usucapião desse segundo imóvel urbano tendo vendido o primeiro? Não, porque no imóvel urbano há vedação expressa.

CC, art. 1240, §2º O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

c) suponha que o módulo rural seja de 30 mil metros quadrados, ou seja, ninguém pode dividir um imóvel rural ou vender e ficar com uma área menor que 30 mil metros quadrados. Cabe usucapião rural de uma área inferior a esse mínimo? Há divergências, mas prevalece o entendimento de que cabe, pois a Constituição em nenhum momento exige um mínimo (não cabe ao intérprete limitar algo que a CF não fez). Em que pese o entendimento acima, veja o Enunciado 312, CJF - observado o teto constitucional, a fixação da área máxima para fins de usucapião especial rural levará em consideração o módulo rural e a atividade agrária regionalizada. 7.4.2 Questões procedimentais Imagine que “x”, em 2005, comece a possuir um imóvel com moradia, vislumbrando usucapião extraordinária. Portanto, usucapirá em 2015. Ocorre que, mesmo tendo completados todos os requisitos exigidos, “x” não ajuíza ação de usucapião. Em 2018, o proprietário do bem move ação reivindicatória, pois tem propriedade. Nesse caso, o que “x” pode alegar? Poderá alegar usucapião em defesa (exceção de domínio), pois quando completou todos os requisitos legais, em que pese não tenha sentença, “x” já adquiriu o domínio do bem (a sentença apenas declara domínio preexistente – a sentença gera efeitos constitutivos de propriedade, bem como concede publicidade). A sentença tem efeito retroativo desde o primeiro dia da posse, em observância ao princípio da aparência.

CC, art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada (por via de ação ou em defesa) adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel.

Portanto, a ação reivindicatória ajuizada pelo proprietário será julgada improcedente, porque só pode reivindicar o proprietário que ostenta domínio. Segundo o STJ, após a primeira “disputa” deve o usucapiente ajuizar ação de usucapião tendo no polo passivo o proprietário, a Fazenda Pública e os confinantes interessados. Assim, somente após o êxito nessa segunda demanda é que resultaria numa sentença (passível de ser registrada). Ocorre que há uma “onda” em sentido contrário ao entendimento acima exposto: o usucapiente deve se valer de pedido contraposto e havendo a improcedência da demanda reivindicatória, basta que se leve a sentença ao registro imobiliário para que o usucapiente se torne proprietário.

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Essa operabilidade já era expressa na usucapião urbana e rural, respectivamente, nos termos do art. 13, Lei 10.257/01 e art. 7º, Lei 6969/81:

Art. 13. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de imóveis. Art. 7º - A usucapião especial poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para transcrição no Registro de Imóveis.

Nesse sentido, vejamos o Enunciado 315, CJF - o art. 1.241 do Código Civil permite ao possuidor que figurar como réu em ação reivindicatória ou possessória formular pedido contraposto e postular ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel, valendo a sentença como instrumento para registro imobiliário, ressalvados eventuais interesses de confinantes e terceiros. Obs.: a usucapião no Novo CPC continua como ação, mas deixa de seguir o rito especial e passa a tramitar pelo procedimento comum (o novel CPC trata de usucapião extrajudicial), nos termos do art. 1071, NCPC. 8. Função social da posse Há uma complementariedade entre propriedade e função social, nos termos do art. 5º, XXII e XXIII, CF.

XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

O dispositivo acima esclarece que o proprietário será sancionado caso seja negligente com a propriedade, isto é, caso não conceda função social ao bem. Contudo, quando se fala em função social da posse, ela é um plus em relação à função social da propriedade, porque a função social da posse diz respeito à situação em que um bem recebe função social, mas quem a ostenta é um possuidor. Esse estudo corresponde a uma situação de tensão entre dois direitos fundamentais (propriedade x moradia), cuja solução será apresentada por meio da ponderação do caso concreto, estabelecendo qual direito fundamental deve preponderar (essa tensão, por vezes, será resolvida pela lei e em outras será resolvida pelo juiz). Ex.: critério qualitativo de diminuição no prazo de usucapião. Imagine uma gleba pertencente a “x”, que deixa o imóvel abandonado 8 anos. Durante esse prazo, várias famílias invadiram o bem. Assim, ao retornar à propriedade, o proprietário verifica que há uma coletividade instalada. Sem hesitar promove uma ação reivindicatória. Em tese esta ação seria procedente, pois “x” é proprietário. Contudo, entende-se que o título que o proprietário detém não corresponde mais aos fatos (pelo título, trata-se de uma gleba, mas o que se verifica é uma realidade social). Esse exemplo está consubstanciado no REsp 75.659/SP (favela Pullman):

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REsp 75659 / SP Relator(a) Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110) Órgão Julgador - T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento - 21/06/2005 Data da Publicação/Fonte - DJ 29/08/2005 p. 344 Ementa CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. TERRENOS DE LOTEAMENTO SITUADOS EM ÁREA FAVELIZADA. PERECIMENTO DO DIREITO DE PROPRIEDADE. ABANDONO. CC, ARTS. 524, 589, 77 E 78. MATÉRIA DE FATO. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7-STJ. I. O direito de propriedade assegurado no art. 524 do Código Civil anterior não é absoluto, ocorrendo a sua perda em face do abandono de terrenos de loteamento que não chegou a ser concretamente implantado, e que foi paulatinamente favelizado ao longo do tempo, com a desfiguração das frações e arruamento originariamente previstos, consolidada, no local, uma nova realidade social e urbanística, consubstanciando a hipótese prevista nos arts. 589 c/c 77 e 78, da mesma lei substantiva. II. “A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial” - Súmula n. 7-STJ. III. Recurso especial não conhecido.

8.1 Desapropriação judicial indireta Por que esse exemplo retrata uma desapropriação judicial indireta? Porque quando o juiz julgou improcedente a reivindicatória, significa que o proprietário está sofrendo uma desapropriação com direito à indenização. Ela é indireta, porque primeiro há a ocupação, para só depois ocorrer a indenização. Por fim, é judicial, pois quem desapropria é o poder judiciário mediante o devido processo legal. Veja o Enunciado 492, CJF - a posse constitui direito autônomo em relação à propriedade e deve expressar o aproveitamento dos bens para o alcance de interesses existenciais, econômicos e sociais merecedores de tutela. Quais são os requisitos para que ocorra a desapropriação judicial indireta? Eles estão no art. 1228, §4º, CC:

CC, art. 1228, §4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante.

Esse artigo é uma soma de conceitos jurídicos indeterminados (ex.: o que significa extensa área? o que se entende por considerável número de pessoas? o que significa investimento no imóvel?). Pergunta: essa nova modalidade de desapropriação é constitucional? Sim, conforme o art. 5º, XXIV, CF:

CF, art. 5º, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

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Estabelece o Enunciado 82, CJF - é constitucional a modalidade aquisitiva de propriedade imóvel prevista nos §§ 4º e 5º do art. 1.228 do novo Código Civil. Agora imagine que, ao invés de “x” ajuizar reivindicatória, ajuíze ação possessória de força velha com tutela antecipada. Pergunta: os ocupantes podem alegar em defesa desapropriação judicial indireta? Sim. Nesse sentido, veja o Enunciado 310, CJF - interpreta-se extensivamente a expressão "imóvel reivindicado" (art. 1.228, § 4º), abrangendo pretensões tanto no juízo petitório quanto no possessório. Agora imagine que os ocupantes, mesmo preenchendo todos os requisitos do art. 1228, §4º, venham a cientificar que o terreno abandonado pertence ao poder público. Aplicar-se-ia a desapropriação judicial indireta nesse caso? Depende. Em que pese o bem seja público, como ele não recebe função social de bem público, prevalece a função social dada pelos ocupantes. Veja o que estabelece o Enunciado 304, CJF - são aplicáveis as disposições dos §§ 4º e 5º do art. 1.228 do Código Civil às ações reivindicatórias relativas a bens públicos dominicais, mantido, parcialmente, o Enunciado 83 da I Jornada de Direito Civil, no que concerne às demais classificações dos bens públicos. ATENÇÃO: observe que o exposto acima comprova a dupla ponderação (legislador [art. 1228, §4º] + magistrado). Pergunta-se: quem indenizará o proprietário do terreno ocupado? Diz o art. 1228, §5º, CC:

§5º No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.

Perceba que o artigo não diz quem indenizará o proprietário. Resposta: depende dos parâmetros objetivos no caso concreto. No exemplo da ocupação (ex.: favela pullman) coube ao Estado indenizar por três razões: (i) a comunidade é composta por integrantes pobres; (ii) quem expropria é o Estado; (iii) os ocupantes realizaram obras com dispêndio financeiro. Assim, como é o Estado o pagador, ele deve participar dessa lide. Então, toda vez que alguém propor ação reivindicatória ou possessória e em defesa a coletividade sustentar que tem requisitos para a desapropriação judicial indireta, o juiz deve convocar o órgão público (Estado) como litisconsorte necessário, para que ele seja condenado e realize o pagamento da indenização. Veja o enunciado 307, CJF – na desapropriação judicial (art. 1.228, § 4º), poderá o juiz determinar a intervenção dos órgãos públicos competentes para o licenciamento ambiental e urbanístico. 8.2 Aquisição compulsória onerosa Agora imagine um terreno rural desocupado pelo proprietário pelo prazo de 5 anos. Ingressam no imóvel 30 pessoas e montam nele uma concessionária. Quem indenizará o proprietário? Os ocupantes. Assim, como nesse caso são os possuidores que indenizam, o nome do modelo jurídico é aquisição compulsória onerosa (e não desapropriação judicial indireta) – o proprietário, em virtude de sentença, compulsoriamente terá

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que transferir a propriedade do imóvel para os ocupantes. Em razão da transferência, deve-se pagar uma indenização ao proprietário. Obs.: há uma sub-rogação real, pois o proprietário perde o bem e este é substituído por uma indenização. Estabelece o Enunciado 308, CJF - a justa indenização devida ao proprietário em caso de desapropriação judicial (art. 1.228, § 5º) somente deverá ser suportada pela Administração Pública no contexto das políticas públicas de reforma urbana ou agrária, em se tratando de possuidores de baixa renda e desde que tenha havido intervenção daquela nos termos da lei processual. Não sendo os possuidores de baixa renda, aplica-se a orientação do Enunciado 84 da I Jornada de Direito Civil. Nessa linha, consolida o Enunciado 84, CJF que trata da aquisição compulsória onerosa - a defesa fundada no direito de aquisição com base no interesse social (art. 1.228, §§ 4º e 5º, do novo Código Civil) deve ser argüida pelos réus da ação reivindicatória, eles próprios responsáveis pelo pagamento da indenização. Obs.: não pode o magistrado estabelecer de ofício a desapropriação judicial indireta e a aquisição compulsória onerosa, pois tais institutos dependem de iniciativa das partes na contestação e o conteúdo é patrimonial. Como se materializa, sob o ponto de vista processual, o aspecto do art. 1228, §4º, CC? É pelo pedido contraposto. Agora suponha que, além do proprietário abandonar o imóvel, não ajuíze ação reivindicatória. Nesse caso, embora o CC silencie, nada impede que os ocupantes ajuízem ação de aquisição compulsória onerosa. Diz o Enunciado 496, CJF - o conteúdo do art. 1.228, §§ 4º e 5º, pode ser objeto de ação autônoma, não se restringindo à defesa em pretensões reivindicatórias. Pergunta: pode o proprietário exigir, além da indenização, juros compensatórios pelo tempo em que ficou privado da posse? Não. Veja o Enunciado 240, CJF - a justa indenização a que alude o § 5º do art. 1.228 não tem como critério valorativo, necessariamente, a avaliação técnica lastreada no mercado imobiliário, sendo indevidos os juros compensatórios. Agora suponha que na aquisição compulsória onerosa os possuidores demorem a pagar o proprietário. Como fica a situação nesse prazo? Enquanto o proprietário não é indenizado, este continua sendo dono, mas ele não poderá ser reintegrado na posse nesse período, justamente porque os possuidores ostentam uma sentença judicial. Aduz o Enunciado 241, CJF - o registro da sentença em ação reivindicatória, que opera a transferência da propriedade para o nome dos possuidores, com fundamento no interesse social (art. 1.228, § 5º), é condicionada ao pagamento da respectiva indenização, cujo prazo será fixado pelo juiz. Pergunta: mas e se o Estado não paga ou os particulares não pagam e o proprietário nada faz para receber a indenização? Ocorrerá a prescrição da pretensão indenizatória. Nesse diapasão, vejamos o diz o Enunciado 311, CJF - caso não seja pago o preço fixado para a desapropriação judicial, e ultrapassado o prazo prescricional para se exigir o crédito correspondente, estará autorizada a expedição de mandado para registro da propriedade em favor dos possuidores.

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QUESTÃO Ano: 2015 / Banca: FUNDATEC / Órgão: PGE-RS / Prova: Procurador do Estado Assinale a alternativa INCORRETA. a) A imissão provisória na posse do imóvel sujeito à ação de desapropriação não viola a regra da indenização prévia, justa e em dinheiro. b) A desapropriação sem pagamento de indenização se limita às glebas em que localizado o cultivo de plantas psicotrópicas ilegais ou verificada a utilização de trabalho escravo. c) Na desapropriação amigável, empreendida em sede administrativa, o pagamento da indenização se dá por meio de precatório. d) São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária os imóveis rurais produtivos e aqueles, pequenos e médios, que sejam os únicos imóveis do proprietário. e) A limitação da discussão, nas ações de desapropriação, a questões processuais e ao valor da indenização, não impede que outras questões sejam deduzidas em ação própria. Resposta: alternativa “c”.