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RAFAELA CAROLINE DE ANDRADE
IMPACTO DE UM PROGRAMA DE 12 SEMANAS DE EXERCÍCIOS REALIZADOS NO MINITRAMPOLIM NA
APTIDÃO FÍSICA E FUNCIONAL DE MULHERES IDOSAS
Londrina
2012
ANDRADE, Rafaela Caroline. Impacto de um programa de 12 semanas de exercícios realizados no minitrampolim na aptidão física e funcional de mulheres idosas. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2012.
RESUMO
Este estudo tem como objetivo analisar o impacto de um programa de 12 semanas de exercícios físicos executados no minitrampolim na aptidão física e funcional de mulheres idosas fisicamente independentes. Para tanto, a amostra foi composta por 37 mulheres idosas fisicamente independentes, divididas em dois grupos: 24 no grupo experimental (MINITRAMP), que participaram exercícios físicos no minitrampolim e 13 no grupo controle (CONT). Os dados foram coletados mediante um questionário com informações sociodemográficas, peso e estatura corporal para a avaliação do IMC e os testes de caminhada em seis minutos (CFE), preensão palmar (PPAL), sentar e alcançar (FLEX), sentar e levantar em 30 segundos (SELEV), teste de coordenação (COORD), teste de agilidade e equilíbrio dinâmico (AGI) e teste de mobilidade funcional (TUG). O programa de exercícios foi todo executado no minitrampolim e composto por exercícios de equilíbrio, coordenação motora, tempo de reação, ritmo, exercícios para força e resistência muscular e flexibilidade. As sessões de exercícios foram de 60 minutos, duas vezes por semana, totalizando 24 sessões em 12 semanas. Os resultados indicaram que a mediana de idade dos dois grupos não se diferiram significativamente (70 MINITRAMP e 66 CONT) e somente as idosas que participaram do programa de exercícios melhoraram significativamente o seu desempenho entre o período pré e pós intervenção, nas variáveis de COORD (6,9 e 5,8 segundos; p=0,04), AGI (24,2 e 22,8 segundos; p<0,01), TUG (7,7 e 7,3 segundos; p=0,03), SELEV (11 e 12 repetições; p<0,01) e PPAL (25 e 28 quilogramas; p=0,01). Conclui-se que o programa de 24 sessões de exercícios físicos sobre o minitrampolim provocou melhoras significativas no desempenho físico e funcional das mulheres idosas na maioria das variáveis analisadas.
Palavras-chave: Envelhecimento; exercícios proprioceptivos; capacidade funcional; idosos.
ANDRADE, Rafaela Caroline. Impact of a 12-week program of exercises performed in mini springboard in physical and functional fitness of elderly women. Completion of course work. Course Bachelor of Physical Education. Centre for Physical Education and Sport. Londrina State University, 2012
ABSTRACT
This study aims to analyze the impact of a 12-week program of physical exercises performed in mini springboard in physical and functional fitness of elderly women physically independent. Therefore, the sample was composed of 37 independent elderly women physically divided into two groups: 24 in the experimental group (MINITRAMP), who participated in the exercise mini springboard and 13 in the control group (CONT). Data were collected through a questionnaire on sociodemographic information, body weight and height for BMI screening and testing walk in six minutes (CFE), palmar (Ppal), sit and reach (FLEX), sitting and standing in 30 seconds (SELEV), test coordination (COORD), test of agility and dynamic balance (AGI) and test of functional mobility (TUG). The exercise program was run on every mini springboard and consists of exercises for balance, coordination, reaction time, pace, exercises for muscle strength and endurance and flexibility. The exercise sessions were 60 minutes twice a week, total of 24 sessions in 12 weeks. Results indicated that the median age of the two groups did not differ significantly (70 and 66 MINITRAMP CONT) and only the elderly who participated in the exercise program significantly improved their performance between the pre and post intervention, the variables COORD (6.9 and 5.8 seconds, p = 0.04), AGI (24.2 and 22.8 seconds, p <0.01), TUG (7.7 and 7.3 seconds, p = 0.03 ), SELEV (11 and 12 repetitions, p <0.01) and Ppal (25 and 28 kg, p = 0.01). We conclude that the program of 24 sessions of physical exercise on the mini springboard caused significant improvements in physical performance and functional elderly women in most of the variables analyzed.
Keywords: Aging, proprioceptive exercises, functional capacity; elderly.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 8
2.1 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ........................................................................... 8
2.1.1 Alterações Antropométricas e Aptidão Física e Funcional no Processo
de Envelhecimento .................................................................................................... 8
2.1.2 Envelhecimento do Sistema Cardiovascular e Respiratório ............................. 10
2.1.3 Sistema Ósteomuscular ................................................................................... 12
2.1.4 Sistema Nervoso e Processo de Envelhecimento ............................................ 14
2.1.5 Impacto dos Exercícios Físicos para Idosos .................................................... 16
3 MÉTODOS ............................................................................................................. 19
2.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO ................................................................................ 20
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................................................................ 20
3.3. INSTRUMENTOS/EQUIPAMENTOS E TAREFAS ........................................................... 21
3.3.1 Questionário com Informações Sócio Demográficas e Comorbidades ............ 21
3.3.2 Índice de Massa Corporal (IMC) ....................................................................... 21
3.3.3 Capacidade Funcional de Exercício (CFE) ....................................................... 21
3.3.4 Flexibilidade (FLEX) ......................................................................................... 22
3.3.5 Força de Preensão Palmar (PPAL) .................................................................. 22
3.3.6 Teste de Sentar e Levantar da Cadeira em 30 Segundos (SELEV) ................. 23
3.3.7 Coordenação Motora (COORD) ....................................................................... 23
3.3.8 Mobilidade Funcional (TUG) ............................................................................. 24
3.3.9 Agilidade e Equilíbrio Dinâmico (AGI) .............................................................. 24
3.4 COLETA DE DADOS................................................................................................. 25
3.5 PROTOCOLO DE TREINAMENTO ............................................................................... 25
3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA ............................................................................................ 26
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 28
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 31
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 34
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35
APÊNDICES ............................................................................................................. 39
APÊNDICE I – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .................................. 40
APÊNDICE II – Anamnese ........................................................................................ 43
APÊNDICE III – Ficha de Avaliação/Testes Motores ................................................ 46
APÊNDICE IV – Ficha de Avaliação DP6 ................................................................. 47
ANEXOS ................................................................................................................... 49
ANEXO I – Comitê de Ética em Pesqusia envolvendo seres humanos .................... 50
ANEXO II – Planejamento das sessões – Capacidades/10 Ciclo .............................. 51
ANEXO III – Planejamento das sessões – Capacidades/20 Ciclo ............................. 52
ANEXO IV – Planejamento das sessões – Capacidades/30 Ciclo ............................. 53
ANEXO V – Planejamento das sessões – Capacidades/40 Ciclo .............................. 54
6
1 INTRODUÇÃO
O processo de envelhecimento traz importantes consequências ao
organismo, visto que as pessoas envelhecem de modo individual e de formas
diferentes (SPIRDUSO, 2005). Este processo, ao longo do tempo, implica alterações
biológicas, psicológicas e sociais, bem como a perda gradual da aptidão física e
funcional do organismo, elevando o risco de comportamento sedentarismo.
Alterações como essas, comprometem a qualidade de vida dos idosos, por limitar a
eficiência da capacidade de realização das atividades cotidianas e também por
aumentar o risco de doenças. Desta forma, essas mudanças podem levar à
vulnerabilidade da saúde, prejuízos na qualidade de vida e comprometimento da
autonomia (ZAGO; GOBBI, 2003; ALVES et al., 2004).
Os efeitos decorrentes do processo de envelhecimento poderão ser
atenuados mediante hábitos saudáveis, sobretudo por um estilo de vida mais ativo.
Nesse contexto, a prática da atividade física regular e sistemática atuará como uma
estratégia preventiva proporcionando melhoria da aptidão física e funcional das
pessoas idosas. Além desses benefícios, a prática de atividade física promoverá
também melhora da postura e o do equilíbrio, redução do risco de morte por
doenças cardiovasculares, melhoria no controle da pressão arterial assim como a
manutenção da densidade mineral óssea e preservação das articulações (BRASIL,
2006; FILHO et al., 2010).
De acordo com Aragão (2009), grande parte dos estudos com
intervenção em idosos adotam exercícios de força e resistência muscular. Sendo
assim, é importante investigar outras metodologias de treinamento a fim de testar a
eficácia de outras práticas para a população idosa. Segundo Aragão (2009) e Smith
et al. (1995), o minitrampolim é um equipamento amplamente utilizado em
academias e clinicas de reabilitação para prescrição de exercícios dinâmicos que
envolvam o equilíbrio, força e coordenação muscular. É recomendado
especificamente como alternativa para diminuição do alto impacto articular de alguns
tipos de exercícios físicos e por gerar importantes níveis de ativação muscular e
neural. O treinamento físico executado sobre a superfície instável do minitrampolim,
ativa a propriocepção e poderá potencializar o estímulo dos receptores periféricos do
corpo a enviar informações relativas ao movimento para o sistema nervoso central,
auxiliando na preservação da sua rede neural e consequentemente o seu controle
7
postural.
Estudos como de Carvalho et. al (2011), Nascimento et. al (2012)
bem como de Ribeiro et. al (2005), apontam a grande influência da atividade
proprioceptiva no equilíbrio, talvez a capacidade mais influenciada por esse tipo de
treinamento. Desta forma, submeter os idosos a treinamento das diversas
capacidades que compõem a aptidão física e funcional, ao invés do solo, na
superfície instável do minitrampolim poderá estimular, além do equilíbrio o
desenvolvimento integrado dessas capacidades.
É importante ressaltar, que há poucos estudos que avaliam os
efeitos de exercícios realizados no minitrampolim em indivíduos idosos. Os poucos
estudos encontrados na literatura apresentam outras características das abordadas
nesse estudo como a avaliação de idosos com doenças específicas (artrite e artrose)
ou os efeitos em outros desfechos como o equilíbrio e as quedas.
Mediante as considerações apresentadas, esta pesquisa teve como
objetivo analisar o impacto de um programa de 12 semanas de exercícios
executados no minitrampolim na aptidão física e funcional de mulheres idosas
fisicamente independentes.
8
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO
O processo de envelhecimento biológico ocorre de forma
progressiva, individual e em ritmos variados, os quais envolvem mecanismos
deletérios que afetam a capacidade de desempenhar diversas funções (MATSUDO,
2001; SPIRDUSO, 2005). Sendo assim, a determinação do padrão e ritmo do
envelhecimento se constitui em uma tarefa bastante complexa. De acordo com
Jones (2005), um dos indicadores mais utilizados para determinar o envelhecimento
é a idade cronológica, que é a relação da transição do tempo em anos desde o
nascimento. O autor ressalta que outro indicador empregado para mensurar o
envelhecimento humano é a idade biológica, que busca determinar os vários
processos que ocorrem no organismo, ocasionando perdas da capacidade de
adaptação, doenças, limitações funcionais e consequentemente a morte.
A idade biológica compreende a condição interna do organismo bem
como a situação de cada órgão e sistema. Para ser mensurada, é necessária a
avaliação da constituição genética, do grau de intoxicação do organismo, sua
condição metabólica, o histórico de saúde do indivíduo e também seu estilo de vida
(PYHN, 2004). É importante destacar que a determinação da idade biológica é
extremamente difícil e por isso é pouco utilizada para a mensuração do processo de
envelhecimento (SPIRDUSO, 2005).
Nesse sentido não é possível medir o ritmo do envelhecimento, visto
que as pessoas envelhecem de modo variável dentro de um respectivo país e de
uma determinada classe econômica. Como exemplo disso, verifica-se que algumas
pessoas de 70 anos já possuem uma dependência avançada, na medida em que
outras com 90 anos continuam extremamente ativas (SHEPARD, 2003).
2.1.1 Alterações Antropométricas e Aptidão Física e Funcional no Processo de
Envelhecimento
O envelhecimento está associado a modificações corporais tanto na
estatura, quanto no peso e na composição corporal. Uma das alterações mais
visíveis com o avançar da idade é a diminuição da estatura corporal. Os homens, tal
9
como as mulheres diminuem a estatura com a avançar da idade, no entanto as
mulheres perdem mais e mais rápido do que os homens. Isso acontece devido à
ocorrência de perdas ósseas e da compressão de cartilagem entre as vértebras. Por
esse motivo, desenvolve-se a diminuição de altura especialmente nas mulheres e
também a propagação da cifose, característica da osteoporose, que é uma doença
óssea degenerativa (SPIRDUSO, 2005).
Além dessas modificações físicas, com o decorrer dos anos,
ocorrem alterações na composição corporal, especificamente a redução na massa
livre de gordura (massa magra), o aumento da gordura corporal e o consequente
aumento no risco de doença cardiovascular. Essas alterações estão associadas à
diminuição do hormônio do crescimento (GH) em aproximadamente 14% por década
após os 20 anos. Transformações e consequências como essas, têm sido
denominadas de “somatopausa”, o qual estaria vinculada também a uma diminuição
na capacidade funcional do idoso (MATSUDO, 2001).
Com o avançar da idade, quase sempre, há um aumento
progressivo da gordura corporal. Este fenômeno acontece, principalmente, devido à
perda de massa corporal magra que levará à redução do gasto metabólico de
repouso e uma redução do nível de atividade física habitual, além de um maior
sedentarismo provocando aumento considerável da quantidade de gordura corporal
(FARINATTI, 2008).
O aumento da adiposidade corporal nesta fase tende a acumular-se
no tronco (tipo andróide). Esse padrão de gordura inclui células hipertrofiadas, que
estão ligadas a efeitos deletérios para a saúde. É importante destacar que, mesmo
na ausência de aumento de peso corporal, há um aumento na quantidade de
gordura corporal que acompanha o envelhecimento. Esse aumento provoca
significativa diminuição no número de fibras musculares de contração rápida. Mesmo
idosos magros possuem mais gordura corporal que jovens magros, a qual se localiza
ao redor das vísceras, do fígado, do coração e do pâncreas (OKUMA, 1998).
O excesso de peso e a obesidade provocam alguns riscos ao idoso,
como aumento do colesterol, intolerância a glicose, problemas cardiovasculares e
respiratórios, dificuldade em mover-se e em deslocar-se, etc. (GEIS, 2003). Além
disso, existem evidências de que uma grande porcentagem de adiposidade corporal
pode ser um preditor independente da inaptidão futura de pessoas idosas
(FARINATTI, 2008).
10
Apesar de alguns aspectos como o treinamento físico, hábitos de
vida e nutrição adequada auxiliarem na sustentação das estruturas da composição
corporal, o decorrer dos anos atribui mudanças que, em última instância, influenciam
a saúde e a aptidão físico-funcional (FARINATTI, 2008).
2.1.2 Envelhecimento do Sistema Cardiovascular e Respiratório
Com o envelhecimento, ocorrem alterações estruturais no sistema
cardiovascular, tais como o enrijecimento arterial, hipertrofia miocárdica, diminuição
da complacência ventricular, diminuição da resposta b-adrenérgica e
comprometimento da função endotelial. Essas alterações provocam a redução da
reserva cardiovascular (LIBERMAN, 2005).
As características cardiovasculares de repouso no adulto saudável
se modificam muito pouco. As alterações nesse sistema são observadas em
situações de esforço físico, em que o débito cardíaco aumenta, podendo atingir
níveis máximos semelhantes aos jovens, porém com esforços bem menores
(LIBERMAN, 2005). O processo de envelhecimento também ocasiona a redução da
circulação de retorno em nível venoso, no qual o efeito-bomba, exercido pelos
músculos dos membros inferiores, e a incapacidade das válvulas venosas é
comprometida, provocando o aparecimento de varizes e edemas nos pés e
tornozelos (GEIS, 2003).
Segundo Geis (2003), no empenho de reduzir a insuficiência venosa
é necessário promover a eficiência dos músculos das pernas capazes de bombear o
sangue em seu retorno até o coração, e isto se adquire por meio do exercício físico e
a utilização de medidas de compressão decrescente como meia elástica e alguns
tipos de equipamentos. Exercitar os membros inferiores auxilia no processo do
retorno venoso, melhorando o fluxo sanguíneo e a pressão necessária para manter
a perfusão cerebral adequada. O exercício também mantém importantes reflexos
que compensam as mudanças de postura (GEIS, 2003).
Para indivíduos idosos, as frequências cardíacas, também
continuam elevadas e se recuperam mais vagarosamente após esforço máximo. A
frequência cardíaca máxima em que o coração pode trabalhar durante exercício
intenso, todavia, reduz cerca de 5 a 10 batimentos por década e nenhum número de
treinamento parece ser apropriado para impedir o declínio inevitável (SHEPHARD,
11
2003).
A pressão arterial para o idoso é diferente tanto em repouso como
durante o exercício, isso ocorre devido a elasticidade dos principais vasos
sanguíneos declinar-se com a idade. Logo, a pressão sistólica aumenta, tanto em
repouso quanto ao exercício, cerca de 10 a 40mmHg (FARINATTI, 2008).
As maiores modificações que ocorrem no coração são as
patológicas, provocadas por doenças e mudanças no estilo de vida. Apesar das
alterações relacionadas à idade, a função cardíaca em idosos sadios é adequada ao
repouso e ao exercício físico leve (SPIRDUSO, 2005).
O envelhecimento do sistema respiratório apresenta uma
elasticidade diminuída do tecido pulmonar, acompanhada pelo aumento do
enrijecimento e a calcificação das articulações torácicas e dos músculos intercostais,
causando a diminuição na complacência da parede torácica e aumento do diâmetro
anteroposterior do tórax. A mobilidade diminuída do tórax promove um aumento de
volume de ar residual e a um padrão respiratório aumentado pelo uso mais frequente
do diafragma e dos músculos abdominais na respiração. A atividade dos cílios
diminui, causando menor filtração pelo ciliar (WOODS, 2005).
Somadas a essas modificações, no pulmão, ocorre a diminuição do
número e das atividades das microvilosidades que revestem os brônquios,
responsáveis pelo transito livre nas vias aéreas, aumentando à predisposição às
infecções pulmonares. A musculatura respiratória do idoso torna-se mais fraca,
incluindo o diafragma, que reduz em 25% sua força (VONO, 2000).
A capacidade vital respiratória diminui com o decorrer da idade,
apresentando redução de 20 a 30% na capacidade respiratória máxima, quando
comparada a de pessoas com 30 anos (VONO, 2000). Esta capacidade associa-se
com a habilidade do sistema cardiorrespiratório de fornecer oxigênio aos músculos
em atividade durante um exercício dinâmico. Seu principal determinante é a potencia
aeróbia máxima, sendo esta a mais alta captação de oxigênio que o indivíduo pode
obter durante um trabalho físico, respirando ao nível do mar. Deste modo, o
envelhecimento provoca diminuição do desempenho durante o treinamento
extenuante desenvolvendo como consequência um decréscimo do consumo máximo
de oxigênio. Essas modificações são consideradas como reflexo da redução do
desempenho do coração e da dificuldade em aumentar o débito cardíaco durante o
exercício (FARINATTI, 2008; LIBERMAN, 2005).
12
2.1.3 Sistema Ósteomuscular
A estrutura óssea sofre um processo de remodelação durante toda a
vida. Isso significa que o osso antigo é substituído por osso novo. Este procedimento
ocorre de forma contínua, em que o tecido ósseo velho é reabsorvido por
osteoclastos, formando pequenas cavidades reparados por osteoblastos (PORTO,
2008). A taxa de formação óssea começa a falhar na manutenção do ritmo de
reabsorção aproximadamente na terceira década de vida, ocasionando assim a
diminuição da massa óssea (em média 1% ao ano) (SPIRDUSO, 2005).
O envelhecimento do sistema ósseo apresenta alterações de
textura, grau de calcificação e formato dos ossos. Em vez de exibirem margens
nítidas, os ossos de indivíduos idosos permanecem com margens de aspecto
irregular e felpudo com esporões – um processo chamado formação de lábios. Esse
tipo de alteração degenerativa restringe os movimentos devido ao acúmulo de tecido
ósseo ao redor das articulações. Com o avanço da idade, as modificações na
calcificação podem ocasionar a diminuição do volume ósseo. Em relação aos ossos
porosos estes são sujeitos à fratura. Logo, os locais de fraturas mais frequentes são
as vértebras cervicais inferiores e torácicas (THIBODEAU, 2002).
Em decorrência dessas alterações, podem-se manifestar doenças
degenerativas, como a osteoartrite, que é caracterizada pela degeneração da
cartilagem articular, considerada uma causa significativa da incapacidade física nos
idosos (THIBODEAU, 2002; SPIRDUSO, 2005).
Uma das doenças ligadas ao envelhecimento ósseo é a
osteoporose. É uma doença caracterizada pela redução de massa óssea, tornando
os ossos frágeis, porosos, com consequente aumento no risco de fraturas (LOPES,
2006; SABA, 2003). A osteoporose ocorre principalmente em mulheres após a
menopausa, em função da queda do estrogênio (hormônio feminino), que auxilia na
manutenção do cálcio nos ossos (HELITO, 2007). Além do fator hormonal, existem
outros elementos que podem auxiliar no acometimento da osteoporose, tais como
fatores genéticos, o consumo insuficiente de nutrientes como o cálcio e a vitamina D,
fraqueza muscular e a falta de atividade física em geral (SABA, 2003).
Além das alterações encontradas no sistema ósseo, observam-se
também modificações no sistema muscular. Como consequência do processo de
envelhecimento ocorre uma redução substancial, entre os 25 e 65 anos de idade, na
13
massa magra ou massa livre de gordura (de 10 a 16%), devido à perdas de massa
óssea, no músculo esquelético e de água corporal total (SPIRDUSO, 2005).
A excreção de potássio seria uma das formas de analisar a perda da
massa livre de gordura, pois grande parte desse elemento químico está presente no
tecido muscular. Em mulheres idosas acontecem o decréscimo dos componentes de
minerais de 20%, de água 12% e de proteína da massa livre de gordura em torno de
5% (MATSUDO, 2001).
Ainda que a massa magra inclua outros componentes, devido ao
processo de envelhecimento, o que sofre a maior perda é o músculo, de
aproximadamente 40%. Como consequência dessa diminuição seletiva da massa
muscular, as principais causas são a redução nos níveis do hormônio de
crescimento que advém do envelhecimento e o decréscimo no nível de atividade
física do indivíduo (SPIRDUSO, 2005).
O declínio da massa muscular associada à idade está interligada
também à diminuição no tamanho e no número de fibras musculares. Em termos
funcionais, a força muscular diminui aproximadamente 20% aos 65 anos. Com isso,
observa-se menos força e velocidade de contração, bem como o início mais precoce
da fadiga. As principais contribuições do desenvolvimento da força em idosos refere-
se à capacidade funcional geral e à mobilidade. As atividades cotidianas são
sensíveis às variações de força (FARINATTI, 2008).
Uma característica marcante do processo de envelhecimento é o
declínio gradual da capacidade de desempenho muscular que é considerado uma
das principais causas da perda de autonomia de ação de idosos. A força de certos
grupos musculares dos membros inferiores repercute positivamente sobre a
velocidade da marcha e a eficiência do passo. A redução da força nas pernas é a
uma das causas de quedas em idosos (FARINATTI, 2008).
Os efeitos funcionais resultantes das alterações musculares são a
diminuição da força e o aumento na dificuldade de coordenação, que contribuem
para uma diminuição da capacidade em realizar atividades diárias e elevam o risco
de incapacitações físicas. Com o avanço da idade, a elasticidade e estabilidade dos
músculos, tendões e ligamentos se deterioram: a área transversal dos músculos
torna-se menor pela atrofia muscular e a massa muscular diminui em proporção ao
peso do corpo, o que leva a uma redução da força muscular. Além disso, observa-se
prejuízo na flexibilidade, ocasionado por degenerações e danos nas articulações
14
(OKUMA, 2004).
A redução da flexibilidade pode dificultar a realização de movimentos
ou até mesmo impedi-los. No entanto, mesmo na presença de processos
degenerativos ou inflamatórios crônicos das articulações, é possível promover
ganhos de flexibilidade. Um aspecto relevante é que os exercícios de resistência, tão
eficientes para aumentar a força muscular, também podem promover ganhos de
amplitude articular, até os limites permitidos pelas alterações patológicas (JACOB,
2008).
Esses processos reduzem consideravelmente a mobilidade das
pessoas idosas. A atrofia muscular aumenta o risco de incapacitações ortopédicas e
diminui o controle sobre o corpo (OKUMA, 2004).
A diminuição acentuada da massa e força muscular é denominada
de sarcopenia. Frequentemente observada nos idosos, a sarcopenia refere-se à
perda da massa, força e qualidade do músculo esquelético, e pode afetar o
desempenho de atividades comuns da vida diária devido às limitações funcionais no
andar e no equilíbrio, elevando o risco de queda e perda da independência física
funcional, podendo aumentar o risco de doenças crônicas como diabetes e
osteoporose (MATSUDO, 2001).
Os mecanismos associados à sarcopenia compreendem nas
alterações no sistema nervoso central, mudanças intrínsecas na contratilidade
muscular, biologia da célula muscular, bem como a diminuição da secreção do
hormônio do crescimento, aumento da massa de gordura corporal, inatividade física,
redução de estrógenos e andrógenos e diminuição da ingestão de proteínas
(MATSUDO, 2001).
2.1.4 Sistema Nervoso E Processo de Envelhecimento
Em decorrência do processo de envelhecimento, o cérebro sofre
grandes mudanças bioquímicas e morfológicas, no entanto, independente da idade,
o cérebro possui uma capacidade evidente de adaptação a estímulos e a novas
condições. Sendo assim, a capacidade de preservar a função cerebral em idades
mais avançadas depende em grande parte dos estímulos recebidos ao longo da vida
(SPIRDUSO, 2005). A autora destaca ainda que, com o processo de
envelhecimento, observam-se também outras alterações, em que diversos neurônios
15
morrem, e os que sobrevivem sofrem transformações nos axônios, dendritos e
corpos celulares.
De acordo com Alfieri (2004), a capacidade somatossensorial
também diminui, em decorrência das mudanças na quantidade e na estrutura das
terminações especializadas (corpúsculos de Meissner, Paccini, Ruffini, Golgi etc.)
durante o envelhecimento. Há perda progressiva de células do cérebro e cerebelo e
diminuição dos sensores proprioceptivos nas articulações e nos músculos oculares
(ALFIERI, 2004).
Através dessas modificações bem como as alterações degenerativas
no sáculo, no utrículo e a fraqueza muscular, provocará limitações na capacidade do
idoso controlar os movimentos corporais, tais como os movimentos corretivos que
são necessários quando o centro de gravidade é deslocado por alguma força
externa. Desse modo, o envelhecimento provocará uma deterioração progressiva do
equilíbrio (SHEPHARD, 2003). Sendo assim ocorre a diminuição da velocidade de
condução nervosa, interferindo com a rapidez na recepção das informações
sensoriais e, consequentemente, lentificando a resposta motora necessária ao
controle postural (ALFIERI, 2004).
Além dessas transformações, observa-se também um atraso da
condução nervosa, responsável por 4% da deterioração nos tempos de reação à
medida que o indivíduo envelhece. Ainda há certa desaceleração do tempo de
movimento por causa de fatores como a rigidez de articulações e a perda de força
muscular, bem como os fatores do sistema nervoso central que também influenciam
a velocidade mais lenta de processamento dos idosos (HAYWOOD, 2004;
SHEPHARD, 2003).
Todavia, a principal área de reações lentas de uma pessoa idosa
está dentro do cérebro, promovendo um declínio progressivo na capacidade de
processar informações e completar operações tais como a codificação, a
comparação, a recuperação e a seleção (SHEPHARD, 2003).
Somadas a essas alterações, encontra-se também, o componente
de reconhecimento da memória de longa duração, que é relativamente bem
preservado, porém existem dificuldades na recuperação de informações desse
armazenamento. A memória de curta duração e o armazenamento sensorial em
curto prazo desenvolvem progressivamente maiores deficiências à medida que a
idade aumenta. Isso limita a capacidade de desenvolver novas capacidades e
16
conceitos (SHEPHARD, 2003).
Todas as alterações já citadas, segundo Haywood (2004), podem
interferir no desempenho do idoso para realização de inúmeras tarefas do cotidiano
como maior lentidão e dificuldade na realização das atividades motoras, operações
mentais como memorização, aprendizagem, entre outras.
Apesar dessas transformações, tanto na neuroquímica quanto a
morfologia cerebral (adaptáveis na juventude e durante a maturidade), o cérebro
preserva uma quantidade substancial de plasticidade no envelhecimento. Assim, a
plasticidade cerebral representa a capacidade do cérebro de realizar mudanças
morfológicas e funcionais positivas, referente tanto ao processo de crescimento
como o de reparo, sendo assim atua de forma a contrabalançar a degeneração
neural (SPIRDUSO, 2005).
2.1.5 Impacto dos Exercícios Físicos para Idosos
O estilo de vida sedentário e a dependência física que leva à
incapacidade correspondem a um dos maiores obstáculos para a saúde do indivíduo
no seu processo de envelhecimento. Entretanto, a implementação de estratégias
preventivas, como a prática de atividade física regular e o desenvolvimento de
programas de reabilitação, poderão promover a melhora da capacidade funcional,
minimizando ou prevenindo o aparecimento de tal incapacidade (TERRA, 2007).
As alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento
promoverão declínios na capacidade funcional. Desta forma, a independência física
do idoso é comprometida possibilitando a manifestação de diversas doenças. A
queda nos níveis de atividade física habitual do idoso contribui para a redução da
aptidão funcional e das capacidades físicas. Nesse sentido, tem sido enfatizada a
prática de exercícios como estratégia de prevenir as perdas nos componentes da
aptidão funcional (TRIBESS, 2005).
Diante dos resultados obtidos por meio do estudo de Vidmar (2011),
verificou-se que a prática de exercício físico pode melhorar a autonomia e a
qualidade de vida do idoso, bem como atenuar as alterações fisiológicas do
envelhecimento.
Outros efeitos encontrados do exercício físico podem ser
mencionados pelo estudo de Figliolino (2009), em que os idosos praticantes de
17
atividade física apresentaram melhor equilíbrio, marcha, independência nas
atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e atividades de vida diária (AVD) e,
menor probabilidade de queda do que os não praticantes.
Em relação ao sistema muscular, Rogatto (2001) relata por meio de
seu estudo, que a prática regular de exercícios físicos parece favorecer a
manutenção ou melhora na massa muscular dos indivíduos idosos. Deste modo,
Papaléo Netto (2007) afirma que o resultado do aumento de massa muscular levará
ao ganho de força, no qual irá promover melhorias funcionais e metabólicas, como o
aumento do metabolismo basal, melhora da distribuição de massa corpórea e da
mobilidade, diminuição da obesidade, aumento da auto-eficácia, diminuição de
esforço ou da carga relativa na execução de tarefas do dia-a-dia e redução da perda
de unidades motoras.
No sistema cardiovascular e respiratório, a prática de exercícios
físicos também provoca benefícios, visto que o coração torna-se mais forte e
trabalha com menos esforço, além de beneficiar a capacidade respiratória, que
permitirá em uma melhor oxigenação do organismo (MANIDI, 2001). Acrescenta-se
também a diminuição da frequência cardíaca de repouso, a redução da pressão
arterial e a melhora da complacência de grandes vasos (PAPALÉO, 2007).
Outros impactos da atividade física são observados no sistema
neurológico, sobretudo quando se trabalha com atividades proprioceptivas. Segundo
Alfieri (2010) a prática regular de exercício físico é considerada um facilitador do
ajuste postural de indivíduos idosos devido, em parte, ao aumento da estimulação
proprioceptiva causada por diferentes tipos de atividade física. Hu e Woollacott
(1994) verificaram que indivíduos participantes de atividades multisensoriais com
enfoque na estimulação proprioceptiva, demonstraram maior estabilidade postural
quando comparados a um grupo controle.
Os exercícios multissensoriais são aqueles que estimulam os três
sistemas sensoriais: vestibular, visual e somato-sensorial, bem como fornecem
estímulos músculo-esqueléticos aos seus participantes. Este tipo de exercício é
efetivo para melhorar o equilíbrio dos idosos (ALFIERI, 2010). De acordo com o
mesmo autor, os exercícios multissensoriais são mais eficazes que os de
fortalecimento para melhorar o equilíbrio dinâmico em indivíduos idosos.
É importante destacar, que cada vez que se movimenta um
segmento corpóreo, oferece-se um estímulo proprioceptivo, ou seja, estimula-se o
18
conjunto de receptores articulares, capsulares, miotendíneos, táteis, assim como a
área correspondente de representação cortical, dando referência ao indivíduo sobre
quantidade e qualidade de movimento o que permite, com a repetição/treino, que se
torne mais fácil à atividade, com melhor desempenho e menor gasto energético
(PAPALÉO 2007).
O sistema vestibular é considerado uma referência absoluta na
preservação do equilíbrio. Seu déficit funcional pelo envelhecimento resulta em
modificações no equilíbrio e aumento na possibilidade de queda (RIBEIRO, 2005).
Exercícios vestibulares, como os de Cawthorne e Cooksey,
caracterizam-se por um programa de reabilitação vestibular e envolvem movimentos
de cabeça, pescoço e olhos; exercícios de controle postural em várias posições
(sentado, em apoio bipodal e unipodal, andando); uso de superfície de suporte
macia para diminuição do input proprioceptivo; exercícios com olhos fechados para
abolição da visão (RIBEIRO, 2005).
O estudo de Ribeiro (2005) mostra que os exercícios de Cawthorne
e Cooksey são capazes de melhorar o equilíbrio e, conseqüentemente, diminuir a
possibilidade de queda.
A atividade física regular nos idosos desenvolvidas por meio de
exercícios nos quais se sustenta o próprio peso e exercícios de força irá promover
maior fixação de cálcio nos ossos, auxiliando na prevenção e no tratamento da
osteoporose. Aumenta ainda a força e a endurance musculares, o equilíbrio e a
flexibilidade, com a consequente diminuição da incidência de quedas, fraturas e
suas complicações. Os idosos portadores de osteoartrose também podem e devem
praticar AF regular, desde que adaptada à sua condição (NÓBREGA, 1999).
19
3 MÉTODOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
O método utilizado nesse estudo é a pesquisa experimental que
segundo Thomas Nelson (2007) é um tipo de pesquisa que engloba a manipulação
de tratamentos buscando implantar relações de causa e efeito. Esta pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina
sob o parecer CEP/UEL 036/2012 (Anexo I).
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
De uma população de 46 mulheres idosas fisicamente
independentes residentes na comunidade do município de Londrina-PR e região
metropolitana, 37 participaram efetivamente deste estudo. As idosas se inscreveram
para participarem e ocuparem as 90 vagas oferecidas pelo Projeto Viver: em busca
do envelhecimento bem-sucedido, desenvolvido no Centro de Educação Física e
Esporte da Universidade Estadual de Londrina. O projeto tem como objetivo
melhorar a qualidade de vida de indivíduos idosos por meio da prática regular de
exercícios físicos orientados.
Os critérios de inclusão no projeto foram: ser fisicamente
independentes, não ter participando de outro programa de atividade física regular
com supervisão profissional nos últimos seis meses e não possuir doenças
cardiovasculares, metabólicas ou ortopédicas que possam impedir a realização das
avaliações e a participação no programa. Após o preenchimento das 90 vagas
disponíveis, as idosas foram sorteadas em três grupos de intervenção, sendo que
um deles foi o programa de exercícios no minitrampolim (MINITRAMP) com 28
idosas, avaliado nesse estudo. Foram excluídas as idosas que não completaram as
24 sessões de exercícios em um período de 12 semanas. O grupo controle (CONT)
foi constituído por 18 mulheres idosas com as mesmas características das idosas do
grupo intervenção, mas que se inscreverem logo após o preenchimento das 90
vagas do projeto. As idosas que participaram do grupo controle aceitaram
permanecer sem atividade física regular durante o período do estudo e após o
término, ingressarem ao programa de exercícios físicos do Projeto Viver.
20
Após esse processo, a amostra foi constituída por 37 mulheres
idosas, 24 no grupo experimental (MINITRAMP) e 13 no grupo controle. As quatro
exclusões no grupo MINITRAMP foram decorrentes ao fato das idosas não
conseguirem completar as 24 sessões e as cinco no CONT, pelo motivo das idosas
não retornarem para as reavaliações.
A efetivação das participantes na pesquisa só ocorreu após serem
convenientemente esclarecidas sobre a proposta do estudo e os procedimentos aos
quais seriam submetidas, e terem assinado o termo de consentimento livre e
esclarecido (Apêndice I) concordando em participar do estudo.
3.3 INSTRUMENTOS/EQUIPAMENTOS E TAREFAS
Os dados foram coletados mediante os seguintes instrumentos:
3.3.1 Questionário com Informações Sócio Demográficas e Comorbidades
Os dados foram coletados mediante um questionário com
informações pessoais (idade, escolaridade, renda familiar) e comorbidades como
hipertensão arterial, diabetes, dores, entre outros (Apêndice II).
3.3.2 Índice de Massa Corporal (IMC)
A massa corporal foi mensurada em uma balança de plataforma
digital da marca Filizola, modelo PL-200, com precisão de 0,1 kg e a estatura por um
estadiômetro com precisão de 0,1 cm, de acordo com os procedimentos descritos
por Gordon et al, (1998). O índice de massa corpórea (IMC) foi determinado pelo
quociente massa corporal (kg) / estatura (m)2.
3.3.3 Capacidade Funcional de Exercício (CFE)
Foi avaliada pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6). O teste
avalia a máxima distância que uma pessoa consegue percorrer em uma superfície
plana e dura em um período de seis minutos. O avaliado tem que controlar a
velocidade de caminhada determinando a intensidade de exercício que realiza o
21
teste. O trajeto do percurso utilizado deve ser linear, com 30 m de comprimento,
delimitado por dois cones e demarcado no chão de dois em dois metros. Os sujeitos
devem ser orientados a percorrer a maior distância possível no período do teste sem
correr, apenas andando rápido. Frases de incentivo padronizadas são administradas
a cada minuto em conjunto com informação sobre o tempo restante para completar o
teste. A distância percorrida é anotada a cada minuto para analisar a velocidade de
caminhada durante o teste. Cada indivíduo realizou o teste duas vezes com intervalo
mínimo de 30 minutos e o melhor resultado foi utilizado. O TC6 foi aplicado de
acordo com as normas da American Thoracic Society.
3.3.4 Flexibilidade (FLEX)
A flexibilidade do tronco e região posterior do corpo foi avaliada pelo
teste de “Sentar e Alcançar” de acordo com o protocolo sugerido por Lemmink et al,
(2003). Utilizou-se um banco de madeira padronizado para o teste (Banco de Wells).
Para a realização do teste, o individuo se senta no chão com as pernas estendidas
no banco de madeira e afastados, seguindo a linha do quadril e os braços
estendidos um sobre o outro. Ao comando de “Atenção! Já!”, o avaliado é orientado
a flexionar o tronco e ir lentamente para frente, deslizando as suas mãos (uma sobre
a outra) sobre o banco, até atingir o ponto mais distante, sem flexionar os joelhos.
Nesse momento o avaliado executou uma expiração e sustentou a posição por pelo
menos 2 segundos. Foram realizadas três tentativas, considerando para cálculo o
melhor valor obtido. O valor é anotado em centímetros considerando o ponto mais
distante atingido com o dedo.
3.3.5 Força de Preensão Palmar (PPAL)
Foi avaliada por dinamometria manual (Jamar® Hand
Dynamometer), utilizando-se do teste de preensão palmar com o protocolo proposto
pela American Society of Hand Therapists (ASHT) (VIANNA, 2007). O paciente foi
posicionado de forma confortável em uma cadeira normal sem apoio para os braços,
com os dois pés apoiados no chão, ombro aduzido, cotovelo flexionado a 90°,
antebraço em posição neutra, com polegar apontado para o teto, posição do punho
confortável, com o ajuste do dinamômetro preferencialmente na mão dominante e
22
ajustado de acordo com o tamanho da mão do participante (a articulação inter-
falangeana proximal da mão deve ser ajustada sob a barra que é então apertada
entre os dedos e a região tenar). Ao comando verbal pelo examinador em voz alta
“atenção já!”, o avaliado deverá pressionar a alça do dinamômetro o mais forte
possível durante seis segundos. Esse procedimento foi realizado três vezes no
membro direito e esquerdo alternadamente.
3.3.6 Teste de Sentar e Levantar da Cadeira em 30 Segundos (SELEV)
O teste foi padronizado por Jones, Rikli e Beam (1999) e tem por
objetivo avaliar a capacidade do indivíduo idoso de sentar e levantar da cadeira.
Foram utilizados uma cadeira sem apoio lateral com altura de 43 centímetros e um
cronômetro. Por razões de segurança, a cadeira deverá ser colocada apoiada à
parede ou estabiliza-la de alguma forma para impedir que se mova durante o teste.
O teste começa com o avaliado sentado no meio da cadeira, com as costas retas e
os pés apoiados no chão. Os braços ficam cruzados contra o tórax. Ao sinal
“atenção já!” o avaliado se levanta ficando totalmente em pé e então retorna a uma
posição completamente sentada. O avaliado é encorajado a sentar-se e levantar-se
completamente o maior número possível de vezes em 30 segundos. Após duas a
três repetições do movimento completo para a familiarização, o teste foi realizado
uma única vez.
3.3.7 Coordenação Motora (COORD)
Foi avaliada pelo Teste de Coordenação, integrante da bateria de
testes da AAHPERD (American Alliance for Health, Physical Education, Recreation
and Dance), apresentado por Osness et al. (1990). O teste tem como objetivo avaliar
a capacidade e a velocidade do idoso virar com a mão dominante, três latas em
pontos demarcados sobre uma mesa. Os materiais utilizados foram: fita adesiva
para a demarcação da realização do teste, uma mesa, um cronômetro e três latas de
refrigerante. Um pedaço de fita adesiva com 76,2 cm de comprimento será fixado
sobre uma mesa. Sobre a fita foram feitas seis marcas com 12,7 cm equidistantes
entre si, com a primeira e última marca a 6,35 cm de distância das extremidades da
fita. Sobre cada uma das seis marcas foi afixado perpendicularmente à fita, outro
23
pedaço de fita adesiva com 7,6 cm de comprimento. O participante sentou-se de
frente à mesa e utilizou a sua mão dominante para realização do teste. Se a mão
dominante for a direita, uma lata de refrigerante será colocada na marca 1, a lata
dois na marca 3 e, a lata três na marca 5. Inicialmente, a mão foi colocada na lata 1,
com o polegar para cima, estando o cotovelo flexionado num ângulo de 100 a 120
graus. Quando o avaliador sinalizar “Atenção, Já”, o cronômetro é acionado e, o
participante, vira a lata invertendo a sua base de apoio, de forma que a lata 1 é
colocada na posição 2; a lata 2 na posição 4 e a lata 3 na posição 6. Sem perder
tempo, o avaliado, estando agora com o polegar apontado para baixo, apanha a lata
1 e inverte novamente sua base, recolocando-a na posição 1 e da mesma forma
procedeu previamente colocando a lata dois na posição 3 e a lata três na posição 5,
completando assim um circuito. Uma tentativa equivale a realização do circuito duas
vezes, sem interrupções. No caso do participante ser canhoto, o mesmo
procedimento deve ser adotado exceto o fato de que as latas deverão ser colocadas
a partir da esquerda, invertendo-se as posições. A cada participante foram
concedidas duas tentativas de prática, seguidas por outras duas válidas para
avaliação, sendo estas últimas duas anotadas até décimos de segundo e foi
considerado como resultado final o menor dos tempos obtido.
3.3.8 Mobilidade Funcional (TUG)
Foi avaliada pelo Timed Up and Go Test (TUG), padronizado por
Podsialo e Richardson (1991), que consistiu em levantar-se de uma cadeira, sem
ajuda dos braços, andar a uma distância de três metros, dar a volta e retornar. Os
equipamentos utilizados foram uma cadeira sem apoio lateral com altura de 46
centímetros e um cronômetro. O avaliado iniciou o teste sentado na cadeira com os
braços ao longo do corpo e, ao sinal do avaliador “atenção já!”, levantou-se, sem o
apoio de braços, e caminhou 3 metros com passos seguros e confortáveis
(velocidade normal), no qual girou 180º e retornou, sentando-se novamente na
cadeira. Duas tentativas foram realizadas, e foi considerada como resultado a
melhor tentativa.
3.3.9 Agilidade e Equilíbrio Dinâmico (AGI)
24
Foi avaliada pelo teste de agilidade e equilíbrio dinâmico da
AAHPERD (OSNESS et al, 1990). O teste teve como objetivo avaliar a capacidade
do idoso de sentar e levantar o máximo de vezes possível em 30 segundos. O
participante iniciou o teste sentado numa cadeira com os calcanhares apoiados no
solo. Ao sinal de “Pronto! Já! “moveu-se para a direita e circundou o cone que estava
posicionado a 1,50m para trás e 1,80m para o lado da cadeira, retornou para a
cadeira e sentou-se. Imediatamente, o participante se levantou, moveu-se para a
esquerda e circundou o segundo cone, retornando para a cadeira e sentou-se
novamente. Isto completou um circuito. O avaliado concluiu dois circuitos completos.
O idoso foi encorajado a realizar o teste o mais rápido que pudesse. Foram
realizadas duas tentativas e o melhor tempo (o menor) foi anotado em segundos
como o resultado final.
3.4 COLETA DE DADOS
Os dados foram coletados em dois momentos: antes e após as 12
semanas de intervenção, ou seja, em Maio de 2012 e Setembro de 2012.
As avaliações foram realizadas em cada momento do estudo em
dois períodos na mesma semana no período vespertino. Primeiramente foram
realizadas as avaliações antropométricas (peso e estatura corporal) e seguido pela
aplicação do questionário. Na sequência, os testes físico-motores foram aplicados
em ordem aleatória e em forma de rodízio. No segundo período de avaliações foi
realizado o teste de caminhada em seis minutos (TC6). As avaliações foram
realizadas no CEFE da Universidade Estadual de Londrina, por docentes
participantes do projeto e por alunos dos cursos de Educação Física da UEL
devidamente treinados.
3.5 PROTOCOLO DE TREINAMENTO
Grupo experimental (MINITRAMP)
O programa foi realizado em duas sessões semanais com 60
minutos de duração cada, no período vespertino e foi composto predominantemente
por exercícios para a capacidade neuromotoras, como equilíbrio, tempo de reação
25
coordenação motora e ritmo, exercícios de força e resistência muscular e
flexibilidade. As situações que envolvem a propriocepção aconteceram em todo o
momento, já que todos os exercícios e durante toda a aula as idosas permaneceram
em cima do minitrampolim, que é uma superfície instável. O planejamento das 24
sessões de exercícios podem ser observações no Anexo II.
O programa de exercícios foi composto por 24 sessões em 12
semanas, dividido em quatro ciclos de seis sessões. A cada ciclo houve um aumento
de 10% no volume das atividades dos exercícios de força e resistência muscular,
totalizando um aumento de 30% em relação ao primeiro ciclo.
A opção do controle da carga de exercício somente pelo volume
(número de repetições) e não pela intensidade (elevação da carga) deve-se ao fato
do programa ter utilizado somente materiais de baixo custo e alternativos como
elásticos, halteres e caneleiras de um e dois quilogramas, bastões e bolas.
Para aumentar a segurança das idosas foram instaladas barras de
apoio para elas se segurarem caso necessário.
Grupo Controle (CONT)
As idosas designadas para o grupo controle não participaram de
programas de atividade física durante o período de intervenções. Após o período do
estudo as mesmas foram convidadas a participarem do programa de exercícios.
3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA
A normalidade na distribuição dos dados foi realizada pelo teste de
Shapiro-Wilk e como os dados não apresentaram distribuição normal, as
comparações entre os dois grupos (MINITRAMP e CONT) no momento pré
intervenção foram realizadas pelo não paramétrico de Mann-Whitney e as
comparações intragrupos, entre os momentos pré e pós intervenção foi realizado
pelo teste de Wilcoxon. A evolução das variáveis que apresentaram significância
entre os momentos pré e pós intervenção em cada grupo, foi verificada pela
diferença entre os resultados obtidos nos dois momentos da coleta de dados e
convertidos em resultados percentuais. O nível de significância adotado em todas
26
as análises foi de 5%.
27
4 RESULTADOS
Na Tabela 1 observa-se os resultados descritivos e comparativos da
idade e do IMC, entre os grupos MTRAMP e CONT, nos momentos pré e pós
intervenção em cada um dos grupos. A mediana de idade para o grupo MTRAMP foi
de 70 anos e para o grupo controle de 66 anos e, apesar da diferença, ela não foi
estatisticamente significativa.
Tabela 1 - Análise descritiva e comparativa da idade e do IMC entre as mulheres
idosas submetidas ao programa de exercícios de 24 sessões no minitrampolim e
controle.
MINITRAMP CONTROLE
p
(pré)
Mediana (25-75) p
pré x pós Mediana (25-75)
p
pré x pós
Idade (anos) pré 70 (65-75) 66 (63-73) 0,36
IMC (kg/m2) pré 28 (25-30) 29 (23-32) 0,94
pós 28 (25-31) 0,92 30 (23-33) 0,94
Na Tabela 2 observa-se os resultados descritivos e comparativos
das variáveis analisadas no estudo, entre os grupos MTRAMP e CONT, nos
momentos pré e pós intervenção em todas as variáveis em cada um dos grupos.
Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos MTRAMP e CONT
em todas as variáveis antes da intervenção.
Em relação às comparações do desempenho em cada variável e em
cada grupo, observa-se que somente o grupo MTRAMP apresentou mudanças
estatisticamente significativas. Deste modo, as idosas que participaram do programa
de exercícios no minitrampolim obtiveram melhoras significativas nas variáveis de
coordenação motora (COORD), sentar e levantar da cadeira (SELEV), agilidade
corporal (AGI), de mobilidade funcional (TUG) e na preensão palmar (PPAL). Não
foram encontradas diferenças significativas no IMC, flexibilidade (FLEX) e na
distância percorrida em seis minutos (CFE).
28
Tabela 2 - Análise descritiva e comparativa das variáveis analisadas entre as
mulheres idosas submetidas ao programa de exercícios de 24 sessões no
minitrampolim e controle.
MINITRAMP CONTROLE
p
(pré)
Mediana (25-75) p
pré x pós Mediana (25-75)
p
pré x pós
COORD (segundos)
pré
6,9 (6-8,7)
7,1 (6,5-9,6)
0,14
pós 5,8 (5,3-7,6) 0,04 7,0 (6,1-7,6) 0,14
FLEX (cm) pré 27 (19-34) 20 (10-30) 0,58
pós 27 (17-33) 0,71 20 (15-30) 0,98
SELEV(repetições) pré 11 (9-12) 12 (10-12) 0,80
pós 12 (11-15) <0,01 10 (9-13) 0,90
TUG (segundos) pré 7,7 (6,4-9,5) 7,4 (6,5-8,6) 0,91
pós 7,3 (6,6-8,3) 0,03 7,5 (6,5-8,4) 0,97
AGI (segundos) pré 24,2 (22-30) 26,7 (23-31) 0,28
pós 22,8 (21-27) <0,01 24,9 (23-27) 0,10
PPAL (kg) pré 25 (20-31) 30 (25-35) 0,07
pós 28 (26-31) 0,01 29 (26-32) 0,44
CFE (metros) pré 540 (473-580) 478 (421-537) 0,75
pós 533 (468-585) 0,75 480 (411-553) 0,37
A Figura 1 ilustra em porcentagem a variação dos resultados pré e
pós das variáveis que apresentaram mudanças significativas no grupo MTRAMP. A
variável que apresentou maior porcentagem de mudança foi a COORD, seguidas
respectivamente pelas capacidades de SELEV e PPAL, TUG e AGI.
IMC= índice de massa corporal; COORD= coordenação motora, FLEX= flexibilidade; SELEV= sentar e levantar; TUG= Mobilidade funcional; AGI=agilidade; PPAL= preensão palmar; CFE= capacidade funcional de exercício.
29
Figura 1 - Porcentagem da variação dos resultados pré e pós das variáveis que
apresentaram mudanças significativas (em porcentagem).
-21%
-10%
-5%
12% 12%
COORD TUG AGI SELEV PPAL
IMC= índice de massa corporal; COORD= coordenação motora, SELEV= sentar e levantar; TUG= Timed Up and Go Test; AGI=agilidade; PPAL= preensão palmar.
30
5 DISCUSSÃO
Este estudo que teve como objetivo principal avaliar o impacto de
um programa de 12 semanas de exercícios físicos realizados no minitrampolim na
aptidão física e funcional de mulheres idosas mostra que os resultados
apresentados indicaram que o programa de exercícios melhorou significativamente o
desempenho das idosas, nas variáveis de coordenação, agilidade, mobilidade
funcional, sentar e levantar e preensão palmar. No entanto, não apresentou
mudanças nos testes de flexibilidade e no teste de caminhada (TC6).
O caráter das atividades propostas, certamente propiciou menor
estímulo aos componentes da flexibilidade e da capacidade aeróbica (TC6). Além
disso, a flexibilidade é mais difícil de ser modificada, uma vez que as mulheres já
possuem um bom nível nessa capacidade (FARINATTI, 2007). Assim, sugere-se que
para a melhora dessa capacidade, sejam necessários programas específicos para
esse fim.
Com relação ao programa de exercícios, a opção do controle da
carga de exercício somente pelo volume (número de repetições) e não pela
intensidade (elevação da carga) deve-se ao fato do programa ter utilizado somente
materiais de baixo custo e alternativos como elásticos, halteres e caneleiras de um e
dois quilogramas, bastões e bolas. A opção por essa metodologia de trabalho foi
pela intenção desse estudo de avaliar o impacto de um novo elemento
(minitrampolim) em programas com características comunitárias, que não dispõe de
muitos recursos materiais. Alguns estudos já comprovaram que de maneira geral,
programas com três sessões semanais são mais eficientes do que duas, mas apesar
disso, o número de duas sessões semanais também foi escolhido pelos mesmos
motivos já relatados: se aproximar e testar programas com as características que
são realizadas na comunidade.
Embora a amostra do grupo controle tenha sido um pouco mais
nova, a idade não foi um fator influenciador nos resultados, pois não foi
estatisticamente significante. Deste modo, Spirduso (2005) afirma que a idade
cronológica não é a melhor forma de verificar o desempenho físico e funcional do
idoso, visto que a classificação é mais adequada através das atividades do cotidiano
no qual o indivíduo consegue realizar.
Os resultados da intervenção não foram suficientes para modificar o
31
padrão de IMC das idosas participantes do estudo. Isso pode ter ocorrido também, a
exemplo da flexibilidade, pelo fato do programa não ter priorizado o trabalho de
atividades aeróbicas específicas para o controle do peso corporal e também pela
dificuldade em mobilizar a gordura corporal de idosos apenas por meio de exercício
físico (TEIXEIRA et al., 2007). Outro fator que pode ter influenciado é o tempo
insuficiente de três meses do programa para modificar a composição corporal.
Esses resultados indicam que é necessário desenvolver programas específicos para
esta população visando à prevenção e à redução do excesso de adiposidade
corporal a partir de intervenção nos padrões alimentares, e também na prática
regular de exercício físico.
À melhora significativa constatada em cinco das sete variáveis
analisadas indica que o programa no minitrampolim pode contribuir
substancialmente para a preservação e incremento da aptidão física e funcional de
mulheres idosas fisicamente independentes. É importante ressaltar que esses
benefícios foram constatados mesmo em duas sessões semanais em 12 semanas.
Acreditamos que os impactos poderiam ter sido maiores se o programa fosse
composto por mais sessões semanais e por um período mais longo.
Não foram encontrados estudos utilizando o minitrampolim que
avaliassem as variáveis desse estudo, o que dificulta a comparação dos achados
aqui revelados. Apesar disso, acreditamos que os exercícios executados no
minitrampolim podem potencializar mais rapidamente o desempenho nas
capacidades avaliadas. Esta constatação deve-se à comparação de dois programas
de exercícios físicos (TEIXEIRA et al., 2007; VILLAR et al., 2002) desenvolvido com
mulheres idosas, com exercícios generalizados, executados em solo, que também
mostraram melhoras na aptidão física e funcional das avaliadas, mas em um período
de treinamento bem mais longo: 19 e 10 meses respectivamente.
A provável contribuição da atividade proprioceptiva, devido aos
exercícios no minitrampolim, é corroborada pelo estudo de Nascimento et al. (2012),
que em um período de apenas oito sessões de exercício proprioceptivos em idosos
de ambos os sexos com mais de 70 anos, constatou melhoras no equilíbrio postural
desses idosos. Outro estudo que pode reforçar a hipótese é o desenvolvido por
Soares et al. (2008). O estudo teve como objetivo de verificar os efeitos de um
programa de cinesioterapia no equilíbrio de idosos com idades entre 61 a 83 anos.
Foi aplicado um protocolo de 24 sessões, duas vezes por semana, com exercícios
32
envolvendo a propriocepção. Os autores concluíram que o programa aplicado foi
capaz de melhorar o equilíbrio nos idosos contribuindo, inclusive, para a prevenção
de quedas.
Entendemos como limitações desse estudo o fato do grupo controle
ter sido formado por conveniência e a ausência de outro grupo com intervenção mais
tradicional (ginástica no solo), para fortalecer a conclusão desse estudo sobre os
benefícios dos exercícios físicos executados no minitrampolim para a aptidão física e
funcional de mulheres idosas. Mesmo com essas limitações acreditamos na
relevância dos achados aqui encontrados, devido a escassez de estudos que
explorem esse contexto.
33
CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos no presente estudo, pode-se
concluir que o programa de 12 semanas de exercícios físicos com ênfase em
exercícios físicos sobre o minitrampolim, provocou melhoras significativas no
desempenho físico e funcional das mulheres idosas na maioria das variáveis
analisadas.
Os resultados apontaram melhoras nas variáveis de coordenação
motora, agilidade, mobilidade funcional, sentar e levantar e preensão palmar. Porém
não houve mudanças nas variáveis de flexibilidade e no teste de caminhada (TC6).
Desta forma, provavelmente seja necessário realizar um treinamento com maior
especificidade para essas capacidades.
34
REFERÊNCIAS
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38
APÊNDICES
39
APÊNDICE I
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Titulo da pesquisa:
“EFEITOS DE DIFERENTES PROGRAMAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E VARIÁVEIS DE APTIDÃO FÍSICA/FUNCIONAL E PSICOLÓGICAS DE MULHERES IDOSAS”
Prezado(a) Senhor(a):
Gostaríamos de convidá-lo (a) a participar da pesquisa “Efeitos de diferentes
programas de exercícios físicos na atividade física habitual e variáveis de aptidão
física/funcional e psicológicas de mulheres idosas”, realizada em “Londrina, no Centro
de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina-PR”. O objetivo da pesquisa
é “ avaliar a influência de diferentes programas de exercícios físicos (ginástica na cama
elástica, hidroginástica e ginástica geral) na atividade física diária, capacidade física e medo
de cair de mulheres idosas fisicamente independentes”. A sua participação é muito
importante e ela se daria da seguinte forma:
1) Avaliações iniciais e finais: serão realizadas no mês de março e
novembro/dezembro de 2012. Nessas avaliações o(a) Sr(a) deverá responder
algumas perguntas sobre seu estado de saúde, nível econômico, escolaridade e se
possui medo de cair. Sobre as avaliações físicas o(a) Sr(a). participará de testes de
equilíbrio e agilidade corporal, testes de força de braços e pernas e caminhada de
seis minutos. O(a) Sr(a). fará uma avaliação da quantidade de gordura corporal e
para isso deverá será estar em no mínimo quatro horas em jejum. Para finalizar,
utilizará um pequeno aparelho na cintura (tamanho de um relógio de pulso) que
avaliará a sua atividade física no dia a dia, contando o número de passos realizados.
2) Participação nas intervenções (programa de exercícios físicos): Após as
avaliações iniciais faremos um sorteio para definir em qual grupo de exercícios o(a)
Sr(a). irá participar durante as 12 semanas (ginástica na cama elástica,
hidroginástica ou ginastica geral). Após o sorteio, o(a) Sra. deverá participar das
aulas na modalidade de exercício sorteada durante 12 semanas consecutivas, as
terças e quintas feiras das 14:00 às 15:30 horas. O programa de exercícios irá dos
meses de Maio a Agosto de 2012.
40
3) Gostaríamos de esclarecer que sua participação é totalmente voluntária, podendo
você: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto
acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda que as
informações serão utilizadas somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas
com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a sua
identidade.
Os benefícios esperados são ter um diagnóstico do estado de saúde dos
participantes e proporcionar bem estar físico e psicológico a partir do envolvimento
nos programas de exercícios físicos. Se o(a) Sr(a). desejar poderá continuar a
frequentar as atividades físicas no Centro de Educação Física da UEL após o
término da pesquisa sem custo algum. As avaliações realizadas não oferecem riscos
à sua saúde e integridade física.
Informamos que o(a) senhor(a) não pagará nem será remunerado por sua
participação. Garantimos, no entanto, que todas as despesas decorrentes da
pesquisa serão ressarcidas, quando devidas e decorrentes especificamente de sua
participação na pesquisa.
Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode nos
contactar o prof. Denilson de Castro Teixeira, rua Albino Scotton, 429, Jd. Burle
Marx, Londrina-PR. Telefone: 3341-7329 ou 9941-8625, e-mail [email protected]),
ou procurar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da
Universidade Estadual de Londrina, na Avenida Robert Kock, nº 60, ou no telefone
33712490. Este termo deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma
delas, devidamente preenchida e assinada entregue a você.
Londrina, ___ de ________de 2011.
Pesquisador Responsável
RG::4.203273-5
41
________________________________________________, tendo sido
devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo em
participar voluntariamente da pesquisa descrita acima.
Assinatura (ou impressão dactiloscópica):____________________________
Data:___________________
Obs: Caso o participante da pesquisa seja menor de idade, deve ser incluído o campo para assinatura do menor e do responsável.
42
APENDICE II
ANAMNESE – PROJETO VIVER
Avaliador: _________________________ data da avaliação _____/ _____/ _____
IDENTIFICAÇÃO
Nome:____________________________________________________Telefone:___________
Gênero: ( ) 1-M ( ) 2-F Idade: ________anos. Data de nascimento: ____/____/____
Cor: ( ) 1.branca ( ) 2.negra ( ) 3.parda ( ) 4.amarela
Situação legal conjugal: ( ) solteiro ( ) casado ( )separado/ divorciado ( )viúvo ( ) união
estável ( ) outro _______________________.
Quantas pessoas residem em sua casa incluindo você mesmo? ______________
( ) esposa(o) ( ) filhos ( ) netos ( ) genro ou nora ( ) outros ________________
Escolaridade (anos completo de estudo): __________________________________________
Profissão (antes da aposentadoria): __________________ Profissão atual: _______________
Renda familiar: ______________________________________________________________
Endereço residencial: __________________________________________________________
Contato familiar: Nome: ________________________________________________________
Grau de parentesco: _______________________________ Telefone: ____________________
Peso corporal: _________________ Estatura corporal: ___________________
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA Quantidade de Itens
0 1 2 3 4 ou +
Televisão em cores 0 1 2 3 4
Rádio 0 1 2 3 4
Banheiro 0 4 5 6 7
Automóvel 0 4 7 9 9
Empregada mensalista 0 3 4 4 4
Máquina de lavar 0 2 2 2 2
Videocassete ou dvd 0 2 2 2 2
Geladeira 0 4 4 4 4
Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex)
0 2 2 2 2
GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DA FAMÍLIA
Analfabeto / Primário incompleto Analfabeto / até 3ª série fundamental 0
Primário completo / Ginasial incompleto Até 4ª série fundamental 1
Ginasial completo / Colegial incompleto Fundamental completo 2
Colegial completo / Superior incompleto Médio completo 4
Superior completo Superior completo 8
TOTAL DE PONTOS = _____________________
43
CLASSES:
A1= 42-43 A2= 35-41 B1 29-34 B2=23-28 C1=18-22 C2=14-17 D=8-13 E=0-7
DADOS SOCIAIS
Você sai de casa? ( ) sim ( ) não Freqüência: ( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4 ou mais
Quais lugares costuma freqüentar?________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
CONDIÇÃO REFERIDA DE SAÚDE
Percepção de saúde
1 – Excelente ( ) 2- muito boa ( ) 3 – boa ( ) 4- Ruim ( ) 5 – Muito ruim ( )
MEDO DE QUEDAS
Você tem medo de cair? ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca Para respostas “sempre” e “às vezes”. Qual o motivo? ________________________________________________________
Você sofreu algum episódio de quedas nos últimos 12 meses? ( ) sim ( ) não Trouxe conseqüências para a sua saúde? ( ) não ( ) sim. Qual(is): ________________________________________
1) O Sr./Sra. teve alguma doença grave no passado? Sim Não
Se sim,
qual?……………………………………………………………………......................................................
Com qual idade (teve o
diagnóstico?)………......................................................................................................
2) O Sr./Sra. tem:
Doença pulmonar / respiratória Sim Não asma enfisema bronquite outra qual?______________
Doença reumática Sim Não artrite artrose gota outra qual?______________
Doença do coração Sim Não arritmia infarto cir. revasc. ins. cardíaca outra qual?____
Pressão alta Sim Não
Colesterol alto Sim Não
Diabetes Sim Não
Osteoporose Sim Não
Problema de tireóide (qual?) Sim Não hipotireodismo hipertireoidismo outro qual?______________
Problema vascular (qual?) Sim Não trombose varizes AVE outro qual?______________
Alergia (a quê?) Sim Não poeira prod. químico animais outra qual?______________
Doença cardíaca na família (qual?) Sim Não arritmia infarto cir. revasc. outra qual?______________
Doença gastrointestinal Sim Não gastrite úlcera constipação outra qual?______________
Doença neurológica Sim Não Alzheimer Parkinson outro qual?______________
Problema na coluna Sim Não qual?__________________________________________
Outro problema ortopédico Sim Não Qual(is)?__________________________________________
44
Depressão Sim Não
Outros _______________________
Você possui dores constantes?
Sim Não
Local(is): ______________________________________________
____________________________________________________
Você possui algum dos sintomas abaixo?
( ) dor no peito em esforço físico ( ) falta de ar em esforço físico ( ) cansaço físico em pequenos
esforços
Você perdeu peso ultimamente (último ano)? ( ) não ( ) sim. Quantos quilos?
_____________________
Fumante? ( ) sim ( ) não. Quanto tempo? _____________
Quantos cigarros/maços por dia? ___________________________
Ex-fumante? ( ) sim ( ) não. Tempo que parou de fumar: _______________________
Uso de álcool. ( ) sim ( ) não. Quantidade copo 200ml. ( ) menos de ½ ( )½ ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( )
4 ou +
Usa algum medicamento regularmente? (especificar o nome e para que serve)
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Você participa de algum outro programa de exercícios físicos? ( ) sim ( ) não
Qual? _________________________________________________________________________
Você realiza caminhadas regulares? ( ) sim ( ) não.
Quantas vezes na semana? ( ) 1x ( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ( ) 5x ou mais.
Você se sente uma pessoa triste? ( ) sempre ( ) às vezes ( )nunca
Por quê? ______________________________________________________________________
45
APÊNDICE III
FICHA DE AVALIAÇÃO / TESTES MOTORES
PROJETO VIVER
NOME COMPLETO: _________________________________________
DATA DA AVALIAÇÃO: ________________________________________
PESO CORPORAL
ESTATURA CORPORAL
TEMPO DE REAÇÃO
COODENAÇÃO MOTORA
SENTAR E ALÇANÇAR
SENTAR E LEVANTAR DA CADEIRA
TUG
AGILIDADE
46
APÊNDICE IV
FICHA DE AVALIAÇÃO – DP6
NOME: ___________________________________________________________________________
PA ______________________________________ Data do teste: ____/____/____
0 ------ 30 ------ 60 ------ 90 ------120 ------150 ------180 ------ 210 ------ 240 -----
- 270 ------ 300 ------ 330 ------ 360 ------ 390 ------ 420 ------
450 ------ 480 ------ 510 -------540 ------ 570 ------ 600 ------ 630------
660 ------ 690 ------ 720 ------ 750 ------
FC
(bpm)
Escala de Borg
Dispnéia Esforço
Velocidade (m/s)
Antes
Min. 1
Min. 2
Min. 3
Min. 4
Min. 5
Min. 6
Recup. 2min
PA _____________________________ Data do teste: ____/____/____
0 ------ 30 ------ 60 ------ 90 ------120 ------150 ------180 ------ 210 ------ 240 -----
- 270 ------ 300 ------ 330 ------ 360 ------ 390 ------ 420 ------
450 ------ 480 ------ 510 -------540 ------ 570 ------ 600 ------ 630------
660 ------ 690 ------ 720 ------ 750 ------
FC
(bpm)
Escala de Borg
Dispnéia Esforço
Velocidade (m/s)
Antes
Min. 1
Min. 2
Min. 3
Min. 4
Min. 5
Min. 6
Recup. 2min
ESQUERDA ESQUERDA DIREITA DIREITA PRENSÃO
PALMAR
47
MÃO DOMINANTE: _________________________
48
ANEXOS
49
50
ANEXO II
PLANEJAMENTO DAS SESSÕES – CAPACIDADES/ 1O CICLO
SES-SÕES
CAP. NEUROMOTORAS 15 minutos
RESISTÊNCIA MUSCULAR 25 minutos
Controle séries/repet
ALONGAMENTO 15 minutos
1 EQUILÍBRIO Sistemas Estático Visual Dinâmico Vestibular
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2x 15 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2 TR/AGILIDADE Estímulos Auditivo Visual Tátil
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2x 15 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3 COORDENAÇÃO/RITMO Membros inferiores Membros superiores
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2x 15 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
4 EQUILÍBRIO Estático Sistema Dinâmico Propriocepção
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2x 15 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
5 TR/AGILIDADE Estímulos Auditivo Visual Tátil
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2x 15 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
6 COORDENAÇÃO/RITMO Multimembros
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2x 15 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
51
ANEXO III
PLANEJAMENTO DAS SESSÕES – CAPACIDADES / 2O CICLO 10% de
CARGA (volume, intensidade)
SES-SÕES
CAP. NEUROMOTORAS 15 minutos
RESISTÊNCIA MUSCULAR 25 minutos
Controle séries/repet
ALONGAMENTO 15 minutos
1 EQUILÍBRIO Sistemas Estático Visual Dinâmico Vestibular
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 12 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2 TR/AGILIDADE Estímulos Auditivo Visual Tátil
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 12 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3 COORDENAÇÃO/RITMO Membros inferiores Membros superiores
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 12 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
4 EQUILÍBRIO Estático Sistema Dinâmico Propriocepção
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 12 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
5 TR/AGILIDADE Estímulos Auditivo Visual Tátil
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 12 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
6 COORDENAÇÃO/RITMO Multimembros
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 12 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
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ANEXO IX
PLANEJAMENTO DAS SESSÕES – CAPACIDADES / 3O CICLO 10% de CARGA (volume, intensidade)
SES-SÕES
CAP. NEUROMOTORAS 15 minutos
RESISTÊNCIA MUSCULAR 25 minutos
Controle séries/repet
ALONGAMENTO 15 minutos
1 EQUILÍBRIO Sistemas Estático Visual Dinâmico Vestibular
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 14 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2 TR/AGILIDADE Estímulos Auditivo Visual Tátil
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 14 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3 COORDENAÇÃO/RITMO Membros inferiores Membros superiores
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 14 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
4 EQUILÍBRIO Estático Sistema Dinâmico Propriocepção
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 14 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
5 TR/AGILIDADE Estímulos Auditivo Visual Tátil
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 14 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
6 COORDENAÇÃO/RITMO Multimembros
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 14 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
53
ANEXO X
PLANEJAMENTO DAS SESSÕES – CAPACIDADES / 4O CICLO 10% de CARGA (volume, intensidade)
SES-SÕES
CAP. NEUROMOTORAS 15 minutos
RESISTÊNCIA MUSCULAR 25 minutos
Controle séries/repet
ALONGAMENTO 15 minutos
1 EQUILÍBRIO Sistemas Estático Visual Dinâmico Vestibular
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 16 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
2 TR/AGILIDADE Estímulos Auditivo Visual Tátil
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 16 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3 COORDENAÇÃO/RITMO Membros inferiores Membros superiores
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 16 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
4 EQUILÍBRIO Estático Sistema Dinâmico Propriocepção
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 16 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
5 TR/AGILIDADE Estímulos Auditivo Visual Tátil
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 16 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
6 COORDENAÇÃO/RITMO Multimembros
Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal
3x 16 repetições Membros inferiores: Quadríceps, ísquios, glúteos, adutores, abdutores, tríceps sural Membros superiores: - Peitoral, dorsal, trapézio, bíceps, triceps Tronco: - Lombar, abdominal