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INTRODUÇÃO: As atividades práticas permitem aprendizagens que a aula teórica, apenas, não permite, sendo compromisso do professor, e também da escola, dar esta oportunidade para a formação do aluno. Nem sempre os professores tomam estas decisões de forma consciente, podendo ser levados a repetir a forma de ensino que vivenciaram quando alunos ou desenvolvida por outros professores. O modo de agir dos professores se deve à aprendizagem de modos de ação tradicionalmente aceitos e realizados por seus pares na socialização da profissão, em grande parte realizada na própria escola (TARDIF, 2002). O uso de atividades experimentais propostas como problemas a serem resolvidos é outro enfoque divulgado nas pesquisas em Ensino de Ciências que requer atividades práticas. Nesta perspectiva, o professor pode propor problemas na forma de pequenos experimentos a fim de permitir aos alunos realizarem um conjunto de observações, tarefas de classificações, entre outras, cabendo, ao docente, um papel de orientador da aprendizagem (CAMPANÁRIO; MOYA, 1999). Percebe-se, então, que as atividades práticas devem estar situadas em um contexto de ensino e aprendizagem em que se desenvolvem tarefas de compreensão, interpretação e reflexão. A falta de recursos nas escolas é um dos fatores que dificulta o trabalho de

importancia das atividades pratica- divisão celular

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Page 1: importancia das atividades pratica- divisão celular

INTRODUÇÃO:

As atividades práticas permitem aprendizagens que a aula teórica, apenas, não

permite, sendo compromisso do professor, e também da escola, dar esta oportunidade

para a formação do aluno. Nem sempre os professores tomam estas decisões de forma

consciente, podendo ser levados a repetir a forma de ensino que vivenciaram quando

alunos ou desenvolvida por outros professores. O modo de agir dos professores se deve

à aprendizagem de modos de ação tradicionalmente aceitos e realizados por seus pares

na socialização da profissão, em grande parte realizada na própria escola (TARDIF,

2002).

O uso de atividades experimentais propostas como problemas a serem resolvidos

é outro enfoque divulgado nas pesquisas em Ensino de Ciências que requer atividades

práticas. Nesta perspectiva, o professor pode propor problemas na forma de pequenos

experimentos a fim de permitir aos alunos realizarem um conjunto de observações,

tarefas de classificações, entre outras, cabendo, ao docente, um papel de orientador da

aprendizagem (CAMPANÁRIO; MOYA, 1999). Percebe-se, então, que as atividades

práticas devem estar situadas em um contexto de ensino e aprendizagem em que se

desenvolvem tarefas de compreensão, interpretação e reflexão. A falta de recursos nas

escolas é um dos fatores que dificulta o trabalho de muitos professores e isso acaba

prejudicando o aprendizado dos alunos, também a falta de tempo, devido a períodos

cada vez mais reduzidos e, a obrigação de vencer os conteúdos até o final do ano, acaba

por reduzir as atividades de experimentação.

Portanto, as possibilidades de aprendizagem proporcionadas pelas atividades

práticas dependem de como estas são propostas e desenvolvidas com os alunos.

Atividades práticas que investiguem e questionem as ideias prévias dos educandos sobre

determinados conceitos científicos podem favorecer a mudança conceitual, contribuindo

para a construção de conceitos, embora este processo de mudança nem sempre ocorra

no sujeito e existam diferentes acepções sobre a gênese e desenvolvimento conceitual.

Além disto, a compreensão de um só conceito não dá conta de explicar a complexidade

e riqueza de fenômenos naturais estudados, e a prática permite explorar outros conceitos

envolvidos no fenômeno, assim como relacionar áreas do conhecimento, promovendo a

interdisciplinaridade. (CACHAPUZ et al., 2005).

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Nesse trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de literatura referente ao

tema apresentando a importância das atividades praticas no ensino de ciências e biologia

e também abordaremos um modelo de atividade pratica da divisão celular usando

massa de modelar.

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DESENVOLVIMETO:

Experimento prático: Divisão celular usando massa de modelar

Divisão celular é o processo pela qual uma célula se transforma em duas

células-filhas. Esta divisão faz parte de um período denominado de ciclo celular. Ciclo

celular é um mecanismo de duplicação e divisão, no qual, uma célula se reproduz por

uma sequência ordenada de eventos que duplicam seus componentes e depois a dividem

em duas. É didaticamente dividido em duas fases principais: a interfase, caracterizada

pelas fases G1, S e G2 e a mitose, caracterizadas pelas fases Prófase, Metáfase,

Anáfase, Telófase e Citocinese.

OBJETIVO

Diferenciar as divisões celulares e suas respectivas fases (Prófase, Metáfase,

Anáfase, Telófase e Citocinese).

MATERIAIS

• Massa de modelar

• Tarraxas

• Folha de papel em branco

• Barbante

MÉTODO

Com os materiais citados, foi elaboradas réplicas das fases da meiose. Foram

utilizadas quatro cores de massa de modelar, para representar os cromossomos –

laranja, vermelho, rosa e salmão ; quatro tarraxas de cores – vermelho e amarelo – para

representarem os centrômeros dos cromossomos; folha de papel em branco para

representar a célula e barbante para representar as fibras do fuso. A ‘’réplica’’

cromossômica de cor laranja foi homóloga à de cor vermelha e os respectivos

centrômeros na cor vermelha. E o cromossomo representado pela cor rosa foi

homólogo ao de cor salmão, com seus centrômeros de cor amarela. As cromátides

foram modeladas em forma de bastão e alinhadas em paralelo (dois a dois), formando

cromossomos.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

MEIOSE

A meiose é um processo de divisão celular pelo qual uma célula diploide (2N)

origina quatro células haploides (N), reduzindo à metade o número de cromossomos

constante de uma espécie. Sendo subdividido em duas etapas: a primeira divisão

meiótica (meiose I) e a segunda divisão meiótica (meiose II).

 Prófase I

É iniciada a condensação dos cromossomos, ocorre o pareamento dos cromossomos

homólogos. É na Prófase I que pode acontecer uma permutação ou crossing-over, que

se dá na ruptura na mesma altura e os dois pedaços trocam de lugar resultando uma

recombinação gênica (contribui para o aumento da variabilidade genética). Os

cromossomos começam a se afastar, mas permanecem ligados pelas regiões onde ocorre

o crossing-over, regiões chamadas de quiasmas. Os homólogos são separados já

permutados ou não (neste caso, há permutação), e a carioteca e o nucléolo (não

representado) desaparecem.

Metáfase I:

Page 5: importancia das atividades pratica- divisão celular

Os cromossomos homólogos se deslocam para a região equatorial da célula, formando a

placa equatorial. Os centrômeros são ligados às fibras do fuso e os cromossomos

atingem o nível máximo de condensação.

Anáfase I:

- Ocorre o deslocamento dos cromossomos para os pólos (encurtamento das fibras do

fuso). Um par de cromossomos homólogos separa-se, indo um cromossomo duplicado

de cada par para um pólo na célula.

Obs.: Não ocorre divisão do centrômero; encontra-se n cromossomos duplicados e não

2n como acontece na Mitose.

Telófase I:

- Com a chegada dos cromossomos duplos (díades) aos pólos, iniciasse a Telófase I. A

carioteca e o nucléolo (não representado) reorganizam-se e ocorre a Citocinese.

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Prófase II:

- Cromossomos condensam-se, o centríolo divide-se e a carioteca e o nucléolo (não

representado), desaparecem. Os cromossomos se encontram espalhados pela célula.

Metáfase II:

- Cromossomos no equador da célula ligados às fibras polares pelas fibras cinetócóricas.

Duas fibras polares, uma de cada lado, ligam-se á cada cromátide-irmã e irradiam-se

para pólos opostos.

Anáfase II:

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- Os centrômeros se dividem e cada cromátide de um cromossomo dirige-se para um

pólo da célula.

Telófase II:

- Os cromossomos já divididos (n) estão nos pólos de cada célula. As fibras do fuso

desaparecem e a carioteca e o nucléolo (não representado), reorganizam-se. Então

ocorre a citocinese resultando em quatro células n. Erros na meiose (não-disjunção):

Neste caso, algumas células haplóides produzidas não contêm um determinado

cromossomo, enquanto outras possuem mais de uma cópia. Tais gametas geram

embriões anormais, que morrem na sua maioria.

Na meiose I:

Tem como produto quatro células não-viáveis.

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Na meiose II:

Tem como produto duas células viáveis e duas não-viáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALBERTS, B. et. al. Fundamentos da Biologia Celular. São Paulo.1998. 580p 6

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

CACHAPUZ, A. et al. (Orgs.). A necessária renovação do ensino das ciências. São Paulo: Cortez, 2005

CAMPANÁRIO, J. M.; MOYA, A. ¿Cómo enseñar ciencias? Principales tendencias y propuestas. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, v. 17, n. 2, p. 179-192, 1999