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INTRODUÇÃO:
As atividades práticas permitem aprendizagens que a aula teórica, apenas, não
permite, sendo compromisso do professor, e também da escola, dar esta oportunidade
para a formação do aluno. Nem sempre os professores tomam estas decisões de forma
consciente, podendo ser levados a repetir a forma de ensino que vivenciaram quando
alunos ou desenvolvida por outros professores. O modo de agir dos professores se deve
à aprendizagem de modos de ação tradicionalmente aceitos e realizados por seus pares
na socialização da profissão, em grande parte realizada na própria escola (TARDIF,
2002).
O uso de atividades experimentais propostas como problemas a serem resolvidos
é outro enfoque divulgado nas pesquisas em Ensino de Ciências que requer atividades
práticas. Nesta perspectiva, o professor pode propor problemas na forma de pequenos
experimentos a fim de permitir aos alunos realizarem um conjunto de observações,
tarefas de classificações, entre outras, cabendo, ao docente, um papel de orientador da
aprendizagem (CAMPANÁRIO; MOYA, 1999). Percebe-se, então, que as atividades
práticas devem estar situadas em um contexto de ensino e aprendizagem em que se
desenvolvem tarefas de compreensão, interpretação e reflexão. A falta de recursos nas
escolas é um dos fatores que dificulta o trabalho de muitos professores e isso acaba
prejudicando o aprendizado dos alunos, também a falta de tempo, devido a períodos
cada vez mais reduzidos e, a obrigação de vencer os conteúdos até o final do ano, acaba
por reduzir as atividades de experimentação.
Portanto, as possibilidades de aprendizagem proporcionadas pelas atividades
práticas dependem de como estas são propostas e desenvolvidas com os alunos.
Atividades práticas que investiguem e questionem as ideias prévias dos educandos sobre
determinados conceitos científicos podem favorecer a mudança conceitual, contribuindo
para a construção de conceitos, embora este processo de mudança nem sempre ocorra
no sujeito e existam diferentes acepções sobre a gênese e desenvolvimento conceitual.
Além disto, a compreensão de um só conceito não dá conta de explicar a complexidade
e riqueza de fenômenos naturais estudados, e a prática permite explorar outros conceitos
envolvidos no fenômeno, assim como relacionar áreas do conhecimento, promovendo a
interdisciplinaridade. (CACHAPUZ et al., 2005).
Nesse trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de literatura referente ao
tema apresentando a importância das atividades praticas no ensino de ciências e biologia
e também abordaremos um modelo de atividade pratica da divisão celular usando
massa de modelar.
DESENVOLVIMETO:
Experimento prático: Divisão celular usando massa de modelar
Divisão celular é o processo pela qual uma célula se transforma em duas
células-filhas. Esta divisão faz parte de um período denominado de ciclo celular. Ciclo
celular é um mecanismo de duplicação e divisão, no qual, uma célula se reproduz por
uma sequência ordenada de eventos que duplicam seus componentes e depois a dividem
em duas. É didaticamente dividido em duas fases principais: a interfase, caracterizada
pelas fases G1, S e G2 e a mitose, caracterizadas pelas fases Prófase, Metáfase,
Anáfase, Telófase e Citocinese.
OBJETIVO
Diferenciar as divisões celulares e suas respectivas fases (Prófase, Metáfase,
Anáfase, Telófase e Citocinese).
MATERIAIS
• Massa de modelar
• Tarraxas
• Folha de papel em branco
• Barbante
MÉTODO
Com os materiais citados, foi elaboradas réplicas das fases da meiose. Foram
utilizadas quatro cores de massa de modelar, para representar os cromossomos –
laranja, vermelho, rosa e salmão ; quatro tarraxas de cores – vermelho e amarelo – para
representarem os centrômeros dos cromossomos; folha de papel em branco para
representar a célula e barbante para representar as fibras do fuso. A ‘’réplica’’
cromossômica de cor laranja foi homóloga à de cor vermelha e os respectivos
centrômeros na cor vermelha. E o cromossomo representado pela cor rosa foi
homólogo ao de cor salmão, com seus centrômeros de cor amarela. As cromátides
foram modeladas em forma de bastão e alinhadas em paralelo (dois a dois), formando
cromossomos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
MEIOSE
A meiose é um processo de divisão celular pelo qual uma célula diploide (2N)
origina quatro células haploides (N), reduzindo à metade o número de cromossomos
constante de uma espécie. Sendo subdividido em duas etapas: a primeira divisão
meiótica (meiose I) e a segunda divisão meiótica (meiose II).
Prófase I
É iniciada a condensação dos cromossomos, ocorre o pareamento dos cromossomos
homólogos. É na Prófase I que pode acontecer uma permutação ou crossing-over, que
se dá na ruptura na mesma altura e os dois pedaços trocam de lugar resultando uma
recombinação gênica (contribui para o aumento da variabilidade genética). Os
cromossomos começam a se afastar, mas permanecem ligados pelas regiões onde ocorre
o crossing-over, regiões chamadas de quiasmas. Os homólogos são separados já
permutados ou não (neste caso, há permutação), e a carioteca e o nucléolo (não
representado) desaparecem.
Metáfase I:
Os cromossomos homólogos se deslocam para a região equatorial da célula, formando a
placa equatorial. Os centrômeros são ligados às fibras do fuso e os cromossomos
atingem o nível máximo de condensação.
Anáfase I:
- Ocorre o deslocamento dos cromossomos para os pólos (encurtamento das fibras do
fuso). Um par de cromossomos homólogos separa-se, indo um cromossomo duplicado
de cada par para um pólo na célula.
Obs.: Não ocorre divisão do centrômero; encontra-se n cromossomos duplicados e não
2n como acontece na Mitose.
Telófase I:
- Com a chegada dos cromossomos duplos (díades) aos pólos, iniciasse a Telófase I. A
carioteca e o nucléolo (não representado) reorganizam-se e ocorre a Citocinese.
Prófase II:
- Cromossomos condensam-se, o centríolo divide-se e a carioteca e o nucléolo (não
representado), desaparecem. Os cromossomos se encontram espalhados pela célula.
Metáfase II:
- Cromossomos no equador da célula ligados às fibras polares pelas fibras cinetócóricas.
Duas fibras polares, uma de cada lado, ligam-se á cada cromátide-irmã e irradiam-se
para pólos opostos.
Anáfase II:
- Os centrômeros se dividem e cada cromátide de um cromossomo dirige-se para um
pólo da célula.
Telófase II:
- Os cromossomos já divididos (n) estão nos pólos de cada célula. As fibras do fuso
desaparecem e a carioteca e o nucléolo (não representado), reorganizam-se. Então
ocorre a citocinese resultando em quatro células n. Erros na meiose (não-disjunção):
Neste caso, algumas células haplóides produzidas não contêm um determinado
cromossomo, enquanto outras possuem mais de uma cópia. Tais gametas geram
embriões anormais, que morrem na sua maioria.
Na meiose I:
Tem como produto quatro células não-viáveis.
Na meiose II:
Tem como produto duas células viáveis e duas não-viáveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALBERTS, B. et. al. Fundamentos da Biologia Celular. São Paulo.1998. 580p 6
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
CACHAPUZ, A. et al. (Orgs.). A necessária renovação do ensino das ciências. São Paulo: Cortez, 2005
CAMPANÁRIO, J. M.; MOYA, A. ¿Cómo enseñar ciencias? Principales tendencias y propuestas. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, v. 17, n. 2, p. 179-192, 1999