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Segurança Rodoviária A importância do tema para os
BombeirosCmdt. José Morais
Quando entramos num
automóvel precisamos de
ter consciência que temos
a responsabilidade de
um veículo e que, se este
for mal utilizado, ou se for
usado sem regras, poderá
causar problemas graves,
tanto a si como aos outros.
SOCORRER, SIM! SER SOCORRIDO, NÃO!
ACIDENTES COM BOMBEIROS, dados 2017
• 647 acidentes pessoais reportados
• 108 resultantes de acidentes com veículos de bombeiros
16%situações devidas a
acidentes de viação a caminho / de regresso ou no Teatro das Operações
Fonte ANPC Dez de 2018
ACIDENTES COM BOMBEIROS ,dados 2018
• 330 acidentes pessoais reportados
• 38 resultantes de acidentes com veículos de bombeiros
12%situações devidas a
acidentes de viação a caminho / de regresso ou no Teatro das Operações
Fonte ANPC Dez de 2018
ATIVIDADE OPERACIONAL vs FADIGA
• CAUSAS E EFEITOS
PRINCIPAIS CAUSAS DE FADIGA
– Longas horas de condução;
– Monotonia provocada pelo traçado da via;
– Posição desconfortável ao volante;
– Défice de horas de sono;
– Grande esforço físico;
– Trabalho intelectual intenso;
– Ingestão de bebidas alcoólicas ou drogas;
– Ingestão de alguns tipos de medicamento:
– Estado de stress;
– Estado de doença;
– Estar sujeito a temperaturas extremas;
– Deficiente arejamento do habitáculo do
veículo;
– Refeições pesadas;
– Condução noturna;
• Aumento do tempo de reação;
• Perda de vigilância em relação ao meio envolvente;
• Lentificação da resposta reflexa;
• Diminuição da capacidade de decisão;
• Perturbações na visão;
• Períodos de ausência de 1 a 4 segundos com os olhos
abertos;
• Aumento da sensação de esforço;
• Menosprezo pela sinalização e dificuldades na
sua descodificação;
• Dificuldade em manter a trajetória do veículo.
Os principais efeitos da fadiga
FADIGA
• Estar acordado 24 horas equivale a ter uma concentração de álcool no sangue de 0,10 g/l. Assim, um motorista sonolento pode ser tão perigoso como um motorista alcoolizado, e o cansaço ser tão intenso que o bombeiro nem reconhece o início do sono;
• Nos últimos 10 anos faleceram mais bombeiros, em serviço operacional, devido a acidentes rodoviários do que em incêndios florestais.
A fadiga ao volante é um fator crítico.
Nunca insista em continuar a conduzir, quando está ensonado.
A organização americana National Safety Council (NSC) reuniu pesquisas que mostram que:
•Um condutor tem três vezes mais hipóteses de se
envolver num acidente de viação se estiver cansado;
•Perder até duas horas de sono é semelhante ao efeito de
ter bebido três cervejas;
•Estar acordado por mais de 20 horas é o equivalente a
estar alcoolizado.
A importância de manter uma boa distância de segurança
Se o código não define uma distância padrão, para saber a distância de segurança pode escolher
por uma de duas perspetivas.
Podemos entender a distância de segurança como o espaço necessário a que devemos seguir do
veículo da frente.
Esse espaço deve permitir-nos reagir e imobilizar o veículo, em segurança, antes do obstáculo com
que nos deparamos.
Tempo de reaçãoO tempo de reação é influenciado por tudo
o que afeta o condutor, como por exemplo:
– Sonolência;
– Fadiga;
– Idade;
– Álcool;
– Drogas;
– Medicamentos;
– Condição física;
– Estado psicológico do condutor;
Condição do Condutor:• Excesso de confiança;
• Excesso de velocidade;
• Fatores de distração;
• Fadiga;
• Treino insuficiente;
• Experiência reduzida;
• Síndrome da sirene (conjugação dos fatores humanos com a adrenalina da emergência).
Condições Meteorológicas
Conselhos para conduzir com nevoeiroMantenha os vidros do seu carro desembaciados
A velocidade deve ser especialmente moderada com
nevoeiro
Adequar a distância de segurança aplicável com nevoeiro
Se encontrar nevoeiro repentinamente não trave
bruscamente
As luzes são um elemento fundamental
Dia 23 de Agosto de 2010, quando 57 veículos embateram na A25. Tudo devido ao nevoeiro!
Provocou: 6 mortos, 72 feridos dos quais 48 em estado grave, 2 pesados e 10 ligeiros incendiaram-se e uma
pessoa morre atropelada a pedir aos carros para abrandarem.
Conduzir com chuva-Diminui a aderência
-Com formação de gelo a aderência dos pneus reduz-se,
sendo por vezes nula
-Diminuição da visibilidade
-Embaciamento do pára-brisas
-Deficiente funcionamento dos limpa pára-brisas e sistemas de desembaciamento.
-Particularmente quando associada a velocidades de circulação elevadas, aumenta a probabilidade
de aquaplanagem incapacidade do pneu escoar a água
1 – Respeite os limites de velocidade
2 – Aumente a distância de segurança
3 – Tenha atenção às travagens e às acelerações bruscas
4 – Verifique o estado dos pneus, travões e suspensões
5 – Ligue as luzes
6 – Mantenha os vidros desembaciados
7 – Evite a passagem sobre lençóis de água (maior
probabilidade de aquaplanagem)
Sugestões:
Manipulação de objetos e distrações
Condições Extremas de Condução (Incêndio)
• Fraca visibilidade• Dificuldade respiratória• Calor intenso• Desorientação espacial• Pânico• Incapacidade reativa
Experiência e conhecimento são fatores determinantes!
• Veículos com muitos anos de serviço, fora do período de vida útil, apesar de garantida a sua manutenção;
• Veículos com muitas horas de trabalho sucessivo.
• Deficiências e avarias inesperadas dada a dureza da utilização
Condições dos veículos, uma triste realidade
• Má preparação dos outros utilizadores para a chegada ou aproximação de veículos prioritários assinalando marcha de urgência;
• Indecisão na atitude a tomar perante o veículo de socorro;
PENSE O IMPENSÁVEL!
Reação dos outros condutores:
O que diz o código da estrada
Trânsito de veículos em serviço de urgência(art.º 64º do Código da Estrada)
• N.º 1 - Os condutores de veículos que transitem em missão de polícia, deprestação de socorro, de segurança prisional ou de serviço urgente de interesse público assinalando adequadamente a sua marcha podem, quando a sua missão o exigir, deixar de observar as regras e os sinais de trânsito, mas devem respeitar as ordens dos agentes reguladores do trânsito.
Trânsito de veículos em serviço de urgência(art.º 64º do Código da Estrada)
• N.º 2 Os referidos condutores não podem, porém, em circunstância alguma, pôr em perigo os demais utentes da via, sendo, designadamente, obrigados a suspender a sua marcha:
• a) Perante o sinal luminoso vermelho de regulação do trânsito, embora possam prosseguir, depois de tomadas as devidas precauções, sem esperar que a sinalização mude;
• b) Perante o sinal de paragem obrigatória em cruzamento ou entroncamento.
Trânsito de veículos em serviço de urgência(art.º 65º do Código da Estrada)
• N.º 1 (…) qualquer condutor deve ceder a passagem aos condutores dos veículos referidos no artigo anterior.
• De que forma?
• Sempre que as vias em que tais veículos circulem, de que vão sair ou em que vão entrar se encontrem congestionadas, devem os demais condutores encostar-se o mais possível à direita, ocupando, se necessário, a berma.
• Exceto as autoestradas e vias reservadas a automóveis e motociclos, nas quais os condutores devem deixar livre a berma.
Uso do cinto de segurança(art.º 6º da Portaria 311-A/2005, de 24 de Março)
• N.º3: (…) ficam dispensados do uso obrigatório do cinto de segurança dentro das localidades:a) Os condutores de veículos de polícia e de bombeiros, bem como os agentes de autoridade e bombeiros quando transportados nesses veículos (…).
• Segundo dados da UE, a não utilização de cinto de segurança é a segunda maior causa de morte nas estradas;
• As estatísticas demonstram que o uso do cinto de segurança reduz, tanto a gravidade dos acidentes como a ocorrência de ferimentos.
(Carta Europeia de segurança rodoviária)
http://erscharter.eu/
A maior plataforma civil sobre segurança rodoviária
Um exemplo que pode aplicar ao seu CB
Qualquer Associação da Comunidade Europeia se
pode associar ao compromisso de redução de acidentes rodoviários
Desafios para o futuro• Criação de nova campanha de
sensibilização para o uso do cinto de segurança; (SEMPRE)
• Maior sensibilização dentro dos corpos de bombeiros para a temática da condução segura;
• Criação de uma pista a nível nacional para formação de condutores de emergência;
• Criação de curso de condução defensiva para veículos ligeiros de combate a incêndios;
• Colaboração com a ANSR para a sensibilização dos condutores civis para as atitudes perante um veículo de socorro.
GRATO PELA ATENÇÃO