Importância e viabilidade do projeto de revestimento de fachada · 2020. 12. 1. · Importância e viabilidade do projeto de revestimento de fachada Julho/2019 ISSN 2179-5568 –

Importância e viabilidade do projeto de revestimento de fachada

Julho/2019

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 10, Edição nº 17 Vol. 01 Julho/2019


Gustavo Cavallier – [email protected]

MBA em Gerenciamento de Obras, Qualidade e Desempenho da Construção

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Chapecó, SC, 20 de Outubro de 2018

Resumo

Analisar a viabilidade e importância de um projeto de revestimento de fachada para as obras

da região oeste do estado de Santa Catarina, mostrando o que consta em um projeto de

fachada completo e os detalhes construtivos que ajudam a reduzir as patologias nas obras e o

seu custo de contratação comparando com os custos de retrabalhos citado na pesquisa. É

viável contratar um profissional para realização do projeto de revestimento de fachada? Esse

custo compensa com a redução de manifestações patológicas e consequentemente custos de

retrabalhos para incorporadores/ construtores? Através de um questionário online respondido

por 8 engenheiros das maiores construtoras da cidade de Chapecó-SC foram levantados dados

entre valores dos projetos de revestimento de fachada contratados pelos mesmos e os gastos

das construtoras/incorporadoras em retrabalhos de manifestações patologias ocacionadas nas

fachadas com revestimentos cerâmicos ou argamassados muito pelo fato de não ter o projeto

de revestimetno de fachada ou pela falta de conhecimento do executor. Os resultados indicam

que falta aos profissionais conhecerem o projeto de revestimento de fachada e a sua

importância para reduzirem as manifestações patológicas encontradas nas edificações, além

de não compararem o custo do projeto de revestimento de fachada com o custo altíssimo de

retrabalhos encontrados nas obras e desconsiderarem o incômodo de retornar a edifição já

entregue aos condôminos para realizar serviços de repintura (tratamento de fissuras) e o novo

assentamento dos revestimentos cerâmicos que desplacaram.

Palavras-chave: Projeto. Revestimento. Fachada. Argamassa. Cerâmica.

1. Introdução

O objetivo de estudo aqui apresentado é avaliar a importância da execução com qualidade dos

revestimentos externos sejam eles cerâmicos ou argamassados, podendo ser feito através de

projeto específico ou com a experiência do executor. Despertou o interesse na área estudada

para avaliar a contratação do projeto de revestimento de fachada e poder oferecer isso como

um serviço profissional.

Atualmente, queremos cada vez mais reduzir prazos e custos de nossas obras, para que seja

possível reduzir os custos de cronogramas, materiais, valor do terreno (fazendo obras mais

altas e mais rápidas) e custos indiretos que o tempo de execução de uma obra leva para que o

setor de engenharia de uma empresa fique envolvido por mais tempo em determinada obra,


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dessa forma fazem com que certos prazos ou certas preocupações fiquem deixados de lado

para agilizar tudo que for possível e entregar antes o imóvel ao cliente e principalmente com

um custo mais barato possível.

Nos últimos anos, a exigência por mais vagas de garagens cresceu muito, também a

necessidade de aumentar as unidades para reduzir proporcionalmente o custo do terreno, pois

os terrenos estão cada vez mais valorizados, fazendo com que as obras que antes tinham 15

andares, hoje estejam com 30 ou 40.

Esse aumento de altura das obras verticais faz com que sejam buscadas alternativas para

reduzir cronogramas e prazos, aumentar a produtividade da obra, reduzir cargas de estruturas

fazendo projetos mais esbeltos, antigamente teríamos em uma mesma obra de 20 andares, 30

pilares, hoje temos 15 (apenas um exemplo), uma redução considerada muito grande, assim

aumentando a quantidade de aço, FCK dos concretos, opção por utilização de lajes maciças

ou nervuradas com uso de protensão, para termos maiores vãos, tudo isso para tornar esse

fator possível. A consequência é inevitável, aumentando muito a quantidade de patologias de

norte a sul do Brasil.

Alguns fatores importantes para a qualidade do processo e do empreendimento não são

levados em consideração e podem ser deixados de lado para reduzir os prazos e custos, como

por exemplo: não executar encunhamento entre alvenaria/estrutura ou não executar um

correto encunhamento, até mesmo escolher o material errado, não chapiscar de maneira eficaz

o bloco de concreto celular (sical) ou bloco cerâmico antes de realizar o revestimento

argamassado (reboco/massa única), não respeitar o tempo correto entre o chapisco e o reboco,

não realizar processos de cura entre as camadas indicadas em normas, não realizar reforços

com telas metálicas em revestimentos argamassados com espessura maior que cinco

centímetros e em encontros entre alvenaria/estrutura, entre tantos outros que poderiam ser

citados e nisso que entra o desenvolvimento do projeto de revestimento de fachada.

Esses fatores envolvem diretamente a qualidade dos revestimentos externos de um

empreendimento e podem causar sérios problemas e preocupações para o construtor caso não

tenham sidos levados a sério no processo de execução e isso deve ser pensado em projeto

antes do inicio da execução ou o construtor ter um conhecimento amplo do assunto para expor

aos colaboradores que irão executar o serviço e ainda assim monitorar diariamente para que

tudo ocorra conforme o previsto.

A preocupação em reduzir custos das obras, faz com que esses serviços de revestimentos

externos sejam mal feitos e gerem problemas futuros para o construtor em ter que refazer

fachadas com revestimentos cerâmicos, pois podem ter desplacados após entrega ou ter que

repintar a fachada do empreendimento por aparecimento de fissuras e isso poderia e deveria

ter sido pensado em projeto através de um Projeto de Revestimento de Fachada, que hoje a

norma de desempenho exige que seja feito e ele indica as maneiras de evitar ou diminuir os

problemas dos revestimentos externos trazendo economia e aumento de qualidade dos

empreendimentos.


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2. Projeto de Revestimento de Fachada

Segundo NAKAMURA (2004): “As patologias em fachadas certamente estão entre os

problemas mais temidos pelos construtores”. Os revestimentos de fachadas tem sido uma

grande preocupação de construtores e incorporadores, pelo custo que representa e pela

quantidade de manifestações patológicas que são encontradas nas fachadas, o que se torna um

grande prejuízo financeiro e também para a imagem da empresa executora. As maneiras que

temos para reduzir essa preocupação futura é contratar um projeto de revestimento de fachada

ou termos conhecimento suficiente do que ser feito e como ser feito em diversas situações que

podem apresentar em determinadas edificações.

De acordo com RIBEIRO e BARROS (2010), “O conhecimento existente sobre tecnologia de

produção de juntas de movimentação seladas em outros países destaca a importância da

realização de um criterioso projeto”.

Os revestimentos de fachadas têm funções muito importantes além da estética da edificação,

independente do material que seja escolhido (argamassados ou cerâmicos), ele precisa

proteger a edificação contra ações de vento, sol, chuva, evitar degradação, manter a vida útil

da edificação mais alta, desempenho termoacústico, proteção contra o fogo e eles precisam

interagir com a alvenaria/estrutura para não gerar fissuras e/ou desplacamentos cerâmicos.

Imagem 01 – Obra com 66 pavimentos em Balneário Camboriú/SC com PRF, foto indicando os frisos

horizontais no revestimento argamassado

Fonte: Dados produzidos pelo autor (2017)

Um projeto de revestimento deve contemplar todas as informações

necessárias para que a execução do serviço seja realizada conforme as

especificações do projeto arquitetônico e de forma a atender os clientes

internos e finais. Por exemplo, para os assentadores de placas cerâmicas, os


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revestimentos de argamassa devem possuir acabamentos regulares, planeza e

textura final ideal às necessidades de assentamento. Já do ponto de vista dos

usuários finais, os revestimentos devem ser duradouros em termos de

qualidade, seguros e esteticamente agradáveis. (ALIEVI E FOPPA, 2016:7).

A pesquisa realizada através de questionário online entre oito engenheiros civis das maiores e

melhores construtoras e incorporadoras da cidade de Chapecó-SC mostra que 100% deles

conhecem o que é um projeto de revestimento de fachada, porém apenas 25% desses

profissionais/empresas contrataram um PRF, pelo fato de não terem o conhecimento da

utilidade e efetividade do projeto e também para evitar esse “custo”, que pode se tornar uma

economia boba com o passar dos tempos.

Imagem 02 – Quantos profissionais tem conhecimento sobre o que é um PRF


Imagem 03 – Quantos profissionais contrataram PRF


Segundo a NBR 7200 (ABNT, 1998), um projeto de revestimento de argamassa, deve conter:

tipo de argamassa e parâmetros, número de camadas, espessura de cada camada, acabamento

superficial e tipo de elemento decorativo.


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Imagem 04 – Obra em Curitiba/PR com PRF, foto do friso horizontal no revestimento argamassado


O que deve constar no projeto de revestimento de fachada: tipo de chapisco, tipo de emboço,

forma de produção e controle de ambos, técnica de mapeamento de espessuras do emboço,

tipos de aditivos (caso necessário), reforços com telas metálicas específicas (casos existam),

resistência à aderência do conjunto chapisco/emboço, resistência superficial do emboço,

resistência de aderência das placas ao emboço, tipo de argamassa colante, técnica de

assentamento das placas, cuidados a serem tomados e ferramentas utilizadas, largura das

juntas de assentamento e tipo de rejunte, limite máximo admissível da EPU das placas

cerâmicas, especificação do selante e do limitador de profundidade, localização e dimensão de

frisos, tamanho dos panos de revestimento e especificação das juntas de movimentação com a

devida localização, detalhamento das juntas de movimentação, paginação das placas, detalhes

construtivos em geral e quantidade de corpos de prova, tudo isso vai formar um sistema de

revestimento.

Projeto de revestimento externo ou de fachada tem a finalidade de determinar

materiais, geometria, juntas, reforços, pré-moldados, acabamentos, procedimento de

execução e controle, bem como diretrizes para manutenção, específicos para uma

determinada obra, de forma a se obter um desempenho satisfatório do revestimento

ao longo do tempo. (CEOTTO, BANDUK E NAKAKURA, 2005).

Os fatores que originam movimentações e tensões nos revestimentos e que devem ser levados

em consideração pelo projetista de fachada são: variação de temperatura (deve-se ter cuidado

pelo local/região que o empreendimento se encontra), localização da fachada (sul, norte, etc),

deformação da estrutura, ação do vento e acomodação de movimentos.

De acordo com a NBR 13755 (ABNT, 2017), o projeto de revestimento de fachada é

obrigatório, deve ser desenvolvido por profissional legalmente habilitado e visa produzir


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detalhes construtivos e especificações técnicas de materiais e métodos construtivos adequados

a cada situação.

Um dos métodos construtivos especificados em projeto de fachada e exemplificados nas

imagens abaixo são os frisos nos revestimentos argamassados. “Essa etapa deve ser

considerada na aplicação do acabamento decorativo, decorridos 21 dias da execução do friso,

seja ele pintado, texturizado ou liso, é recomendado a aplicação de duas demãos de selador

acrílico para reforçar a região” (CAPELA e MORAES, 2007).

Imagem 05– Detalhamento do PRF - FH (friso horizontal)


Imagem 06 – Detalhamento do PRF com telas metálicas e FH (friso horizontal)


O outro detalhamento muito importante, no projeto de revestimento de fachada são as juntas

de movimentação. O objetivo desse detalhe construtivo é evitar patologias, como o

aparecimento de fissuras ou até mesmo o desplacamento de partes do revestimento cerâmico.


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Essas juntas podem ser divididas de acordo com as suas funções: junta de trabalho, junta de

contorno, junta de transição e junta de dessolidarização. Nas imagens abaixo verificaremos

um exemplo de junta de movimentação horizontal nas regiões com revestimentos cerâmicos.

“Em revestimentos aderidos de fachadas, a função principal das juntas é

minimizar a propagação de esforços neles atuantes e que provêm,

usualmente, dos elementos com os quais se conectam (estrutura, vedo,

revestimento) e do seu comportamento intrínseco diante das ações do meio

ambiente (variação de temperatura e umidade, por exemplo).” RIBEIRO e

BARROS (2010).

Imagem 07 – Detalhamento do PRF com Junta de Movimentação Horizontal (região com cerâmica)


Imagem 08 – Execução do PRF com revestimento cerâmico e junta de movimentação com tarucel



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3. Viabilidade do projeto de revestimento de fachada

Cada vez temos projetos mais sofisticados, onde os projetistas se preocupam com aparência

externa da edificação e pensam nas fachadas com revestimentos cerâmicos decorativos para

mostrar estilo, característica diferenciada e principalmente aparência para facilitar

comercialização de unidades nos empreendimentos. Mesmo que não tenhamos a decoração da

cerâmica e optamos por utilização do revestimento argamassado, devemos nos preocupar com

a qualidade e durabilidade de nossas fachadas, nisso entra a contratação do projeto de

revestimento de fachada.

Imagem 09 – 3D de obra que contém revestimento externo cerâmico e argamassado/texturado e que foi

contratado projeto de revestimento de fachada

Fonte: Dados fornecidos pelo autor (2018)

Os resultados da pesquisa realizada nos mostra que apenas 12,5% dos profissionais não

utilizaram cerâmica na fachada em nenhuma obra, 25% em uma obra, 50% em duas obras e

12,5% nas últimas cinco. O que é uma porcentagem baixa de obras sem revestimento externo

de cerâmica, pois ela favorece bastante a questão estética das edificações para o seu

embelezamento para facilitar comercialização.


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Imagem 10 – Quantas obras tiveram revestimento cerâmico externo


Dentro dos problemas, podemos chamar também de manifestações patológicas, que podem

acontecer nos revestimentos externos, podemos citar desplacamentos e fissuras, dentro das

estatísticas levantadas em nossa pesquisa nenhuma apresentou desplacamentos (Imagem 11),

porém o índice de fissuras que tiveram que ser reparadas e repintadas aconteceram na maioria

das obras (Imagem 12), apenas 12,5% não tiveram problemas desse tipo, o que é muito difícil

de acontecer, pois temos muitas obras novas que estão apresentando essas manifestações

patológicas.

Imagem 11 – Quantas obras desplacaram o revestimento cerâmico externo


Imagem 12 – Quantas obras tiveram que ser repintadas por fissuras



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Imagem 13 – Obra com desplacamento cerâmico externo

Fonte: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/revestimento-ceramico-exige-cuidados_6088_10_0

Imagem 14 – Obra com problemas de fissuração excessiva


As patologias que podem acontecer e podem ser amenizadas ou evitadas com projeto de

revestimento são: Congênita, por não observar normas técnicas, concepção inadequada do

revestimento e dos materiais, exemplo: especificação incorreta da argamassa colante;

Construtivas: vícios de mão de obra não capacitada ou não aplicação do processo construtivo

adequado; Adquiridas: Causadas ao longo da vida útil da edificação por intempéries, agentes

quimicos, etc, exemplo: eflorescência; Acidentais: recalques estruturais, incêndios,

solicitações incomuns.

Ao contrário do que indica na região de Chapecó-SC, o desplacamento no restante do Brasil

preocupa bastante as construtoras, em uma amostragem feita pelo SindusCon-SP em 87

construtoras de todo o Brasil, esse problema foi registrado em 20,7% das obras. Segundo


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OLIVEIRA (2017), através de pesquisa realizada em Goiânia-GO sobre as patologias dos

revestimentos cerâmicos, o desplacamento vem com 46% dos casos, liderando as estatísticas,

seguido por Manchas 23%, Trincas 15%, finalizando com Deslocamento do rejunte e

Eflorescência, com 8% para cada.

As obras que sofreram reparos provenientes das fissuras gastaram de R$0,00 a R$10.000,00

para 50% dos entrevistados, 37,5% ficaram com os gastos entre R$10.000,00 e R$30.000,00 e

os outros 12,5% de R$30.000,00 a R$60.000,00, gastos maiores que R$60.000,00 não foram

registrados.

Imagem 15 – Custos de retrabalhos causados por fissuras em obras já entregues


Supondo que os profissionais gastariam em média o valor médio citado acima, sendo

R$5.000,00 para 50% dos profissionais, R$20.000,00 para 37,5% dos profissionais e

R$45.000,00 para 12,5% dos profissionais, totalizando, os gastos passam de R$125.000,00

para oito obras, ficando em média um valor total de R$15.625,00 para cada uma das obras

que foram registrados problemas, isso sem considerar, o tempo/hora trabalhada do

engenheiro, do setor de engenharia, da empresa envolvida para solucionar o problema,

insatisfação do cliente em ter um imóvel novo, porém já sendo repintado e reparado, o

desgaste e enfraquecimento da relação e da imagem da empresa com clientes e investidores.

Analisamos o custo do projeto de revestimento de fachada de QUATRO obras, sendo que a

“OBRA 1” foi orçada com três profissionais diferentes. Quanto maior a obra, menor a

porcentagem do custo total da mesma e o valor do investimento do projeto se mantém

próximo independente do tamanho da obra, com uma média de valor do projeto de

R$17.383,33 (dezessete mil trezentos e oitenta e três reais com trinta e três centavos) e a

porcentagem do custo total da obra com relação ao valor do PRF em menos de 0,16%. Nota-

se que temos opções de até R$11.000,00 e R$14.000,00 para escolher entre projetista de

diferentes estados e poder flexibilizar de acordo com sua necessidade.

Pela “OBRA 1” ter sido orçado com três diferentes profissionais, nos trouxe resultados

melhores para avaliarmos, dando uma média de valor do projeto de R$15.766,67, tendo o

investimento variando de R$11.000,00 (mínimo) para R$20.500,00 (máximo).


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Tabela 01 – Custos de projetos de revestimentos de fachadas


A importância de nos preocuparmos com os revestimentos externos, nos trás resultados na

redução dos custos de retrabalhos e preocupações futuras, realizando o projeto de

revestimento de fachadas essa preocupação e custos de retrabalhos reduzem e foi notada por

37,% das pessoas que contrataram o projeto de revestimento de fachada, as outras 62,5% das

pessoas não contrataram esse serviço para os seus empreendimentos até então.

Imagem 16 – Percentual de profissionais que notaram diferença na redução de patologias após contração do PRF


A preocupação em entregar um produto melhor para o consumidor final nos faz buscar

diariamente conhecimento em melhorias de técnicas construtivas e materiais inovadores que

façam as nossas obras aumentarem a sua qualidade e principalmente a sua durabilidade, pois a

NBR 15575 (ABNT, 2013) nos exige isso. Dessa forma os profissionais também investiriam

em projetos de revestimentos de fachadas para aumentar a qualidade e durabilidade desse

sistema muito importante do nosso empreendimento, e de acordo com a pesquisa realizada,

100% dos profissionais contratariam PRF para as suas próximas obras.


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Imagem 17 – Percentual de profissionais que contratariam PRF


Segundo MEDEIROS (2009), “Há empresas, entretanto, que consideram o projeto de

revestimento de fachadas tão importante quanto os de estrutura, instalações ou vedações. Para

elas, as vantagens podem ser sentidas já na fase de orçamentos”. Esse segmento está

crescendo bastante no Brasil inteiro, com mais profissinais interessados em aprender e

trabalhar nessa área que ainda tende a crescer e se desenvolver cada vez mais.

6. Conclusão

Busquei o tema de revestimento de fachada pelo interesse em aprender mais sobre o assunto e

poder oferecer isso como um serviço profissional e isso nos mostrou que a elaboração do

projeto de revestimento de fachada é fundamental para obtenção de um desempenho

satisfatório ao longo do tempo, refletindo no aumento da qualidade e produtividade, redução

das falhas, desperdícios e custos. A economia em não contratar um projeto de revestimento de

fachada é uma economia ignorante, pois no mínimo esse custo é tirado em problemas futuros

dos gastos que podem ocorrer nas nossas edificações, sem em nenhum momento ter sido

levado em consideração o tempo do engenheiro responsável envolvido no processo de

realizações dos reparos existentes em obras já entregues e dos demais integrantes do setor de

engenharia e da empresa construtora/incorporadora que se envolvem no processo.

O objetivo de avaliar a importância e a viabilidade da contratação do projeto de revestimento

de fachada foi alcançado através da pesquisa e interação dos engenheiros civis da cidade de

Chapecó-SC, pois todos se mostraram interessados em garantir a qualidade dos seus

empreendimentos, buscando sempre melhorias no processo construtivo através de

informações e tecnologias novas.

Levando em conta que os gastos ficaram na média de R$15.625,00 nas obras pesquisadas e

temos projetos de revestimentos de fachadas que podem ser contratados de até R$11.000,00,

temos uma economia já de R$4.625,00 (quatro mil seiscentos e vinte e cinco reais), sem

contar os custos indiretos envolvidos no processo. Conclui-se que o projeto de revestimento

de fachadas é um investimento para o empreendimento, pois o valor investido é retornado ao


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empreendimento após a sua entrega e aumentando ainda a qualidade de entrega do produto

final para o cliente e a vida útil da edificação.

Referências

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revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento. Rio de Janeiro,

1998.

______. Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – especificação. NBR

13749: Rio de Janeiro, 1996.

______. Revestimentos cerâmicos de fachadas e paredes externas com utilização de

argamassa colante – Projeto, execução, inspeção e aceitação – Procedimento. NBR 13755:

Rio de Janeiro, 2017.

______. Edificações habitacionais — Desempenho. Parte 1: Requisitos Gerais. NBR 15575:

Rio de Janeiro, 2013.

ALIEVI, C. V.; FOPPA C. Projeto de Revestimento de Fachada. Goiânia, 2016.

CEOTTO, L. H.; BANKUK, R. C.; NAKAKURA, E. H. Revestimentos de argamassas:

boas práticas em projeto, execução e avaliação. Porto Alegre: ANTAC, 2005.

FILHO, C. V. M.; CAVANI, G. R. Revestimento de Parede. Como construir. Revista

Techne edição 07, 1994.

MEDEIROS, J. S. Projetista de Fachada. Revista Techne, Edição 92, Novembro de 2014.

MORAES, E. P. D.; CAPELA, D. Friso em fachada de argamassa. Revista Techne, Edição

129, Dezembro de 2007.

NAKAMURA, J. Projeto de fachadas. Revista Techne, Edição 92, Novembro de 2004.

OLIVEIRA, L. T. Revestimento cerâmico: procedimentos e patologias. Revista Online

IPOG Especialize, Goiânia, Dezembro de 2017.

RIBEIRO, F. A.; BARROS, M. M. A. S. B. Juntas de movimentação em revestimentos

cerâmicos de fachadas. São Paulo: PINI, 2010.

RIBEIRO, F.A. Revestimento cerâmico exige cuidado. São Paulo, Outubro de 2012.

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