Improvisação Na Aprendizagem Musical

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    Anais do XI Simpsio Internacional de Cognio e Artes Musicais 2015

    A improvisao na aprendizagem instrumental: o estudante como

    sujeito de sua prpria aprendizagem

    Rosa Barros Tossini

    Instituto Federal de Gois

    [email protected]

    Ricardo Dourado FreireUniversidade de Braslia - UnB

    [email protected]

    Resumo: O presente trabalho trata-se de um recorte de pesquisa de mestrado que busca investigaro papel da improvisao na aprendizagem da clarineta em que foram investigados os processos deimprovisao a partir de como os estudantes observam e avaliam o seu prprio processo deaprendizagem. Esse estudo teve como objetivo delinear, por meio da pesquisa bibliogrfica,

    parmetros tericos que embasam o pressuposto de que a improvisao pode promover a

    autonomia do estudante perante sua aprendizagem instrumental. Os resultados mostraram que aimprovisao na aprendizagem instrumental promove uma autonomia do estudante frente suaaprendizagem, pois ao atribuir significado aos contedos adquiridos, sendo capazes de reorganiz-los e reaplic-los, os alunos criar um discurso musical prprio. Palavras-chave:improvisao, aprendizagem instrumental, educao musical.

    Improvisation in instrumental music learning: the student as subject of their own learningprocessAbstract:This paper was based in a master's research that investigates the role of improvisation inlearning the clarinet with young children. We investigated the improvisational process based onhow students observe and evaluate their own learning process. This study aimed to outline,through literature, theoretical parameters that support the idea that improvisation can promotestudent autonomy during early instrumental learning. The results showed that improvisation ininstrumental learning can promote autonomy for the student. Improvisation can assign meaning tothe acquired content, being able to rearrange musical content and reapply it in new musicalsituations. Through improvisation students create their own musical discourse.Key-words: improvisation, music instrumental learning, music education.

    A improvisao musical pode ser considerada como um habilidade de msicos e

    instrumentistas em organizar o seu discurso musical a partir de transformao, variao,

    criao de novas ideias a partir de um contexto estabelecido. O uso da improvisao

    frequente e bem documentado, e este trabalho visa abordar as funes da improvisao noincio da aprendizagem instrumental. Trata-se de um recorte de pesquisa de mestrado que

    busca investigar o papel da improvisao na aprendizagem da clarineta. So abordados os

    processos de improvisao do ponto de vista do estudantes iniciantes e como ele observame

    avaliam o seu prprio processo de aprendizagem.

    Desta forma, o objetivo desse estudo delinear, por meio da pesquisa bibliogrfica,

    parmetros tericos que embasam o pressuposto de que a improvisao pode promover a

    autonomia do estudante perante sua aprendizagem instrumental. No mbito desse artigo,

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    primeiramente, buscou-se compreender a improvisao sob trs aspectos: recurso da

    performance, processo criativo e processo de aprendizagem, notando-se convergncias desses

    aspectos no que se refere aplicao da improvisao na aprendizagem instrumental.

    Como recurso da performance, segundo o Grove Dictionary of Music and Musicians(Nettletal., 2001), a improvisao pode ser compreendida como um recurso da execuo musical,

    podendo ser concebida como composio executada em tempo real, habilidade de compor e

    executar ao mesmo tempo ou ato de tocar/cantar espontaneamente. Como processo criativo,

    entende-se que a improvisao um processo pode ser realizado de diferentes modos e est

    associada a fatores cognitivos (Hargreaves, 2012). Por fim, a improvisao como processo de

    aprendizagem tem como eixo principal o aluno e sua aprendizagem sendo compreendida

    como um processo interno e individual, ressaltando que esta deve contribuir para o

    desenvolvimento pleno do aprendiz e que a criatividade deve ser um dos eixos norteadoresda

    relao ensino-aprendizagem. (Alencar; Souza, 2006, p. 22). Assim como na Psicologia,

    esquemas cognitivos e de conhecimento podem ser novamente levados em conta e, por esse

    motivo, foram adotados os conceitos expostos por Mizukami (1986) sobre a abordagem

    cognitivista. Essa abordagem visa identificar os processos centralizados no indivduo, tais

    como processamento de informaes, estilos de pensamento, organizao do conhecimento e

    caractersticas comportamentais. (Misukami, 1986)

    Figura 1 Mapa conceitual da improvisao, suas trs perspectivas e relao com a

    educao musical. (Fonte: elaborado pela autora, 2014)

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    A partir do delineamento descrito acima, foi possvel traar parmetros tericos para

    compreender quais as contribuies a improvisao pode trazer para a aprendizagem

    instrumental.

    Improvisao como recurso para aprendizagem musical

    Azzara (2006) considera que a improvisao uma expresso espontnea de ideias

    musicais significativas e os elementos-chave para improvisar incluem personalizao,

    espontaneidade, antecipao, previso e interao. Segundo Gordon (2003), a improvisao

    um dos componentes da criatividade musical e pode ser compreendida como o processo

    cognitivo por meio do qual, consciente e inconscientemente, organizam-se padres musicais

    familiares em ordens estranhas ou novas. Esse processo requer dois tipos de pensamento: um

    que gera uma srie de novas ideias musicais e outro que as escolhe e as agrupa, de uma forma

    que faa sentido musical.

    Para Gordon (2003), a msica s pode ser plenamente compreendida quando o

    aprendiz capaz de ouvir, ler, compor ou improvisar, ativando processos de assimilao,

    reorganizao e reaplicao de conhecimentos. Nesse sentido, Caspurro (2012), ao citar

    Gordon (2003), considera:

    Adiante-se ento aquilo que particulariza este processo de apreenso musical: oconceito de sintaxe musical para o qual concorre, como se ver, a noo de padrotonal e padro rtmico. A ideia de que a audiao est para a msica como o

    pensamento para a linguagem permite compreender, mais claramente, o princpio designificao sintctica proposto pelo autor. Efectivamente, da mesma maneira quenos apropriamos da linguagem para comunicar sendo capazes de o fazer de umaforma autnoma, espontnea e independente quando falamos tambm nosdeveramos apropriar da msica de uma forma que nos permitisse expressar ideias,sem estarmos condicionados exclusivamente pelo que nos revelado dizer atravsda memria ou da leitura de partituras.(Caspurro, 2012, p. 06).

    Gordon (2003) lembra ainda que a improvisao pode preparar os alunos para a

    absoro da notao e pode promover o equilbrio entre as formas visuais e auditivas de

    aprendizagem. Desta maneira, possvel promover um desenvolvimento musical integrado

    dos aspectos motores e cognitivos do aluno. Seguindo essa mesma linha de argumentao,

    Azzara (2006) sugere haver forte relao entre audio, criao, leitura, escrita e anlise

    musical. O autor considera que cada uma delas tem o potencial de influenciar a outra de

    maneira considervel quando apresentadas no contexto da improvisao. Sendo assim,

    possvel aprender a ler e escrever msica com compreenso entendendo a msica

    documentada na partitura por meio do contexto que o aluno criou improvisando. importante

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    [] acima de tudo, para quem aprende, uma posse de sabedoria: atravs dela sejustificam ou mesmo identificam, no quadro plural dos domnios com quecurricularmente definida a experincia musical, os seus mais diferentes tipos deexpresso ou competncias, onde se inclui a improvisao.Um estado quase deapropriao pelo sujeito da msica, namedida em que o liberta, pela inteligibilidadedo pensamento, da dependncia fsica relativamente ao prprio fenmeno sonoro.(Caspurro, 1999, p. 13).

    Cabe observar que as descries de improvisao dos autores citados apontam para a

    msica tonal, pois esta possui estruturas meldicas e harmnicas reconhecveis e, portanto,

    pode ser comparada conversa ou habilidade de recontar estrias. No entanto, Gordon

    (2003) atenta que a politonalidade ou a atonalidade so passveis de serem significadas por

    meio de comparao com modelos opostos.

    No obstante, Thomson (2008) traz uma reflexo bastante importante para esse

    trabalho ao desenvolver um modelo pedaggico baseado na fluidez gerada pela improvisao

    livre. Alm do rompimento com os idiomas e uma maior liberdade de expresso, o autor

    considera que o processo que conduz as relaes entre os msicos esto articulados e so

    negociados principalmente por meio do som, de maneira que a prtica musical autoritria que

    circunscreve essa fluidez raramente conciliada na improvisao livre de um grupo bem

    sucedido. A fixidez entre os papis de professor e aluno, presente em outras prticas musicais,

    diluda e esta autoridade circula com fluncia dentro do grupo. Essas atividades tambm

    podem proporcionar um ambiente em que improvisadores inexperientes podem comear sua

    prpria aprendizagem com o exemplo e colaborao de outros msicos mais experientes

    (Thomson, 2008).

    Concluso

    Com base nos autores estudados, foi possvel perceber que a improvisao pode

    estimular os processos criativos do estudante por meio de pensamento convergente eassociativo, originrio de uma slida base de conhecimentos e do contexto cultural onde ele

    est inserido.

    Constatou-se, tambm, que a improvisao pode posicionar o estudante na condio

    de sujeito de sua prpria aprendizagem, uma vez que essa prtica vista como um processo

    interno e individual, focado no aluno, e o conhecimento construdo por meio de interaes

    seguindo as proposies da abordagem cognitivista. Assim como autores da psicologia

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    ressaltam a importncia do contexto sociocultural, autores da pedagogia destacam a

    necessidade de um ambiente queproporcione condies adequadas para aprendizagem.

    Todavia, uma vez que a improvisao pode ser compreendida como composio

    realizada em tempo real, para que o estudante seja capaz de assumir o controle de sua prpriaaprendizagem por meio de atividades criativas, ele precisa, inicialmente, relacionar modelos e

    projetar algum sentido a eles para, posteriormente, recri-los e transgredi-los. necessrio

    que o estudante atribua significado aos contedos musicais para ento compreend-los e

    apropriar-se deles.

    Pde-se compreender, por meio da literatura, que para o estudante ser capaz de

    assimilar, reorganizar e reaplicar padres musicais previamente estudados necessrio

    atribuir significados a eles, conforme sugerem Azzara (2006), Gordon (2003) e Sloboda

    (2008).

    Figura 2 Mapa conceitual da improvisao e aprendizagem instrumental. (Fonte: elaborado

    pela autora, 2014)

    Nesse contexto, vale ainda ressaltar o estudo de Panagiotis Kanellopoulos (2007)

    sobre reflexes de crianas a respeito de suas prprias improvisaes. A autora parte da

    possibilidade de que o discurso das crianas na msica o incio de seu filosofar sobre

    msica. Essa ideia est relacionada com a questo mais ampla de como desenvolver uma

    educao musical que d voz aos alunos contemplando a experimentao e a improvisao. A

    autora considera que o potencial reflexivo infantil e seus pontos de vista particulares tm

    implicaes educacionais muito importantes e, nesse contexto, a improvisao musical

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    emerge como fonte genuna de experincias musicais para criao de prticas que

    contemplem o dilogo e a reflexo.

    Diante do exposto, foi possvel perceber a necessidade de compreender a

    improvisao em um sentido mais amplo, abrangendo vrios tipos de comportamentosmusicais, tais como uma cano de brincar improvisada por uma criana, a participao em

    rituais coletivos ou a execuo musical interpretada conscientemente para um pblico,

    conforme sugere Sloboda (2008). Dessa forma, pde-se concluir que a improvisao na

    aprendizagem instrumental promove uma autonomia do estudante frente sua aprendizagem,

    pois ao atribuir significado aos contedos adquiridos, sendo capazes de reorganiz-los e

    reaplic-los, os alunos criar um discurso musical prprio. Acredita-se, portanto, que esta

    pesquisa possibilite conhecimentos fecundos para a rea da aprendizagem instrumental e

    novos estudos devem ser prosseguidos.

    Referncias

    Alencar, E. M. S. de, Souza, M. E. G. (2006). O curso de Pedagogia e condies para odesenvolvimento da criatividade.Psicologia Escolar e Educacional, 10(1), Maring, v. 10,p.21-30.

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    Caspurro, H. (1999). A Improvisao como processo de significao: Uma abordagem combase na Teoria de Aprendizagem Musical de Edwin Gordon. Revista da AssociaoPortuguesa de Educao Musical: APEM, 103, 13-14.

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    Hargreaves, W. (2012). Generating ideas in jazz improvisation: Where theory meetspractice.International journal of music education, 0255761412459164.

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  • 7/24/2019 Improvisao Na Aprendizagem Musical

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