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ACÓRDÃO - TRT 17ª Região - 00305.2008.014.17.00.7 RECURSO ORDINÁRIO Recorrentes: Carlos Alberto Oliveira Quintaes Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. - ESCELSA Recorrido: Os mesmos Origem: 14.ª VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA - ES Relatora: DESEMBARGADORA CLÁUDIA CARDOSO DE SOUZA Revisor: DESEMBARGADOR CLAUDIO ARMANDO COUCE DE MENEZES Redator Designado: DESEMBARGADOR CLAUDIO ARMANDO COUCE DE MENEZES EMENTA: 1) ASSÉDIO MORAL. INAÇÃO COMPULSÓRIA. Caracteriza-se o assédio moral por "inação compulsória" - quando a chefia deixa de repassar serviços ao trabalhador, deixando-o propositalmente ocioso -, cabendo, pois, a indenização respectiva ao empregado lesado. 2) DANO MORAL. QUANTIFICAÇÃO. O dano moral possui natureza jurídica compensatório-punitiva e visa compensar financeiramente a dor sofrida pelo lesado, tendo por finalidade punir o lesante. Assim, o valor arbitrado deve ser quantificado de acordo com o prudente critério do magistrado e não pode ser tão elevado a ponto de gerar um enriquecimento sem causa para o lesado, nem ser tão ínfimo que não sirva de lição ao lesante, para que tenha receio e não mais pratique a conduta lesiva. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de RECURSO ORDINÁRIO, sendo partes as acima citadas.

Inação Compulsória

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Page 1: Inação Compulsória

ACÓRDÃO - TRT 17ª Região - 00305.2008.014.17.00.7

RECURSO ORDINÁRIO

Recorrentes: Carlos Alberto Oliveira Quintaes

Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. - ESCELSA

Recorrido: Os mesmos

Origem: 14.ª VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA - ES

Relatora: DESEMBARGADORA CLÁUDIA CARDOSO DE SOUZA

Revisor: DESEMBARGADOR CLAUDIO ARMANDO COUCE DEMENEZES

Redator Designado: DESEMBARGADOR CLAUDIO ARMANDO COUCE DEMENEZES

EMENTA:

1) ASSÉDIO MORAL. INAÇÃO COMPULSÓRIA.Caracteriza-se o assédio moral por "inaçãocompulsória" - quando a chefia deixa de repassarserviços ao trabalhador, deixando-opropositalmente ocioso -, cabendo, pois, aindenização respectiva ao empregado lesado.

2) DANO MORAL. QUANTIFICAÇÃO.O dano moral possui natureza jurídicacompensatório-punitiva e visa compensarfinanceiramente a dor sofrida pelo lesado, tendopor finalidade punir o lesante. Assim, o valorarb itrado deve ser quantificado de acordo com oprudente critério do magistrado e não pode ser tãoelevado a ponto de gerar um enriquecimento semcausa para o lesado, nem ser tão ínfimo que nãosirva de lição ao lesante, para que tenha receio enão mais pratique a conduta lesiva.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de RECURSO ORDINÁRIO,sendo partes as acima citadas.

Page 2: Inação Compulsória

1. RELATÓRIO

Adoto o relatório da Exma. Desembargadora relatora de origem, verbis:

“Trata-se de Recursos Ordinários interpostos pelo Reclamante e pela Reclamada,em face da r. sentença de fls. 93/98, prolatada pela 14ª Vara do Trabalho de Vitória-ES, dalavra da Eminente Juíza Germana de Morelo, que julgou, parcialmente, procedentes ospedidos da exordial.

Razões do Reclamante, às fls. 100/104, requerendo a reforma da r. sentença, notocante ao quantum arbitrado a título de dano moral e aos honorários advocatícios.

Procuração, à fl. 09.

Contrarrazões apresentadas pela Reclamada, às fls. 130/139, alegando,preliminarmente, o não conhecimento do Recurso Ordinário, no que concerne aoshonorários advocatícios, por se tratar de inovação à lide e, no mérito, pela manutenção dor. decisum, no particular.

Razões da Reclamada, às fls. 112/124, pugnando pela reforma do r. julgado,quanto aos danos morais e à justiça gratuita.

Procuração, à fl. 29.

Comprovante de recolhimento de custas e depósito recursal, às fls. 125/126,respectivamente.

Contrarrazões apresentadas pelo Reclamante, às fls. 139/146, pretendendo amanutenção da r. decisão de piso, no particular.

Em atendimento ao Provimento 01/2005 da CGJT, publicado no D.O. de 24 defevereiro de 2005, não houve remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho paraemissão de parecer.”

2. FUNDAMENTAÇÃO

2.1. CONHECIMENTO

Aqui, acompanho o voto assim proferido pela Exma. Desembargadorarelatora de origem:

“NÃO CONHECIMENTO DO PEDIDO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.INOVAÇÃO RECURSAL. PRELIMINAR ADUZIDA PELA RÉ, EM CONTRARRAZÕES.

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A Ré sustenta o não conhecimento do Recurso Ordinário, quanto aos honoráriosadvocatícios, pois o autor não formulou tal pedido, em sua exordial, tratando-se, pois, deinovação recursal.

Vejamos.

Com efeito, em sua peça prefacial, o Reclamante não requereu honoráriosadvocatícios, embora tenha o Juízo de Piso manifestado-se, em sua decisão, sobre talmatéria, indeferindo um suposto pedido do autor.

Assim, entendo houve julgamento ultra petita, devendo ser extirpada da decisão aparte relativa aos honorários advocatícios, não sendo possível, ainda, conhecer do apeloobreiro por se tratar de inovação recursal.

Não pode o autor, na fase recursal, pretender, pela primeira vez, a condenação daRé aos honorários advocatícios, circunstância essa que dá ensejo ao não conhecimentodo recurso por inovação recursal.

Acolho a preliminar e não conheço do Recurso Ordinário do Reclamante, notocante aos honorários advocatícios, por se tratar de inovação recursal.

Conheço parcialmente o Recurso Ordinário interposto pelo Reclamante,conheço o Recurso Ordinário interposto pela Reclamada, bem como considero ascontrarrazões apresentadas pelo Reclamante e pela Reclamada, porquanto atendidos ospressupostos legais de admissibilidade.”

2.2. MÉRITO

2.2.1. RECURSO DA RECLAMADA

DANO MORAL

A recorrente, para rechaçar a alegação de que o autor não se encontraisolado, diz que ele trabalha em uma “sala de escritório” e tem acesso à rede internade informações da empresa, tendo o privilégio de contar com uma estação detrabalho individualizada, com todas as características dos demais locais de trabalhonela situados, com ambiente climatizado, ar refrigerado, computador com acessoliberado, além de telefone.

Quanto à falta de trabalho, alega que não houve supressão de suas funções e,sim, mera redução destas, sustentando, ainda, que ao autor não poderia serrepassada uma grande carga de trabalho, já que tal fator poderia agravar seuquadro depressivo.

Com o intuito de fazer prova de suas alegações, traz cópia de e.mail(pessoal) enviado pelo autor a colegas de trabalho(fls. 73/75). E nada mais.

À análise.

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O juízo de Primeiro Grau, acertadamente, afastou qualquer discussão acercado isolamento do autor, haja vista que a causa de pedir está alicerçada na falta detrabalho – inação.

Assim, não importa se o obreiro, durante sua jornada, permanecia em umasala com outras pessoas ou sozinho. Aliás, a ré, na contestação, até afirma que eleera um “privilegiado”, que tinha uma estação de trabalho com privacidade, condiçãodesejada por tantos outros trabalhadores. A meu ver, data venia, há uma ponta deironia em tais alegações.

Mas, não há que se prolongar qualquer discussão a esse respeito, já que apresente questão não é mais objeto de controvérsia.

No tocante à falta de atribuições ao autor, a reclamada limita-se ao campodas alegações e, como dizia alhures o Desembargador Gerson Fernando daSylveira Novais, “alegar sem provar é mesmo que não alegar”, dito que se encaixaperfeitamente ao caso sub examine.

A propósito, a reclamada diz que as tarefas do autor foram reduzidas, masnão menciona uma sequer. Produção de prova neste sentido, então ...

E nem se diga, como afirmado pela recorrente, que esse ônus seria doreclamante. Ora, se a ré trouxe um e.mail “pessoal do autor”, porque não teriaacesso a um de trabalho? Mas não veio, com a defesa, a mínima prova, por maissingela que fosse, de que o recorrido realizasse qualquer tarefa em suasdependências. Também não produziu prova oral.

Ora, alegando o autor que desde sua readmissão, que se deu por força dedecisão judicial, a ré resolveu não mais lhe denegar qualquer tarefa/atribuição,caberia a ela provar que tal não ocorria, já que, por óbvio, detém toda e qualquerdocumentação decorrente do labor de seus empregados, especialmente no caso doreclamante, “exercente” de função administrativa.

Assim, dúvida não resta, ao menos diante dos elementos dos autos, dapermanência do autor no mais completo ócio durante sua jornada “laboral”.

Quanto à tese da recorrente de que o sistema adotado pelo nossoordenamento jurídico não admite o dano moral no caso em apreço, inexistindo,assim, o ato ilícito, melhor sorte não a socorre, pois se trata, sim, de assédio moral a"inação compulsória" - quando a chefia deixa de repassar serviços ao trabalhador,deixando-o propositalmente ocioso -, cabendo, pois, a indenização respectiva aoempregado lesado.

A Exma. Juíza Sônia das Dores Dionísio, relatora nos autos do processo00118.2004.006.17.00-2 aborda, com maestria, a questão do assédio moral nocaso de inação:

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LESÃO À SAÚDE MENTAL. ASSÉDIO MORAL.CONTRATO DE INAÇÃO. TRANSTORNOS MENTAIS.QUADRO DEPRESSIVO GRAVE.AUTO-ISOLAMENTO. IDÉIA SUICIDA.APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DANO MORAL.Se o capital privado não tolera a estab ilidade noemprego, o Estado de Direito, por sua vez, tambémnão admite nenhuma prática discriminatória,sobretudo quando esta resulta em grave dano à saúdedo trabalhador, e causa a sua aposentadoria porinvalidez em decorrência dos seus graves transtornosmentais. A tortura psicológica, que resulta em golpeara auto-estima do empregado, visando forçar suademissão ou apressar a sua dispensa através demétodos, como, o de não lhe reservar atividades, ouatribuir-lhe tarefas inúteis, sonegar-lhe informações ede fingir que não o vê, configura Assédio Moral, e, pois,na violação ao direito da personalidade moral doempregado. No caso dos autos, a empresa foi além:transformou o contrato de atividade em contrato deinação. Com isso, quebrou seu caráter sinalagmático,descumprindo, pois, a sua principal obrigação que é ade fornecer o trabalho, fonte de dignidade doempregado. Tal atitude ultrapassa todos os limitesprofissionais, porque minam a saúde física e mentalda vítima e corrói o seu amor-próprio, a suaauto-estima e o seu prestígio profissional. Portanto,tem o empregador, a obrigação de indenizar oempregado, nos termos do que dispõe o art. 5º, X daCF/88 c/c art. 186 do C. Civil.

De resto, vale a pena transcrever a decisão recorrida, cujos fundamentostambém adoto como razões de decidir, verbis:

“Aduz o reclamante que sofreu assédio moral no ambiente de trabalho, ante aimposição de regime de inação, após a decisão judicial determinando a suareintegração, ocorrida em 25/09/2007.A empresa afirma que ao reclamante não foi imposto qualquer isolamento, alémde continuar exercendo as mesmas atribuições e funções, tendo experimentadomera redução do volume de trabalho, decorrente da transferência do setor decontabilidade no qual trabalhava para São Paulo. Prossegue, sustentando quenão é recomendando repassar ao reclamante grande volume de trabalho, emvirtude da própria doença que motivou a sua reintegração.Inútil qualquer consideração a respeito da questão atinente ao isolamento,abordada em sede de defesa, eis que o reclamante não narra, em nenhummomento de sua causa de pedir que tenha sido submetido a qualquerisolamento. O seu pedido de indenização está fundamentado no assédio moralpor ele sofrido decorrente da ausência de concessão de trabalho - inação.Em artigo publicado na revista LTR de Março de 2003, que serve de referênciapara a questão em análise, o Juiz do TRT da 17ª Região, Dr. Cláudio ArmandoCouce de Menezes cita a definição do assédio moral elaborada pelo SuecoHeinz Leyman: “a deliberada degradação das condições de trabalho através doestabelecimento de comunicações não éticas (abusivas), que se caracterizampela repetição por longo tempo, de um comportamento hostil de um superior ou

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colega contra um indivíduo que apresenta, como reação, um quadro de misériafísica, psicológica e social duradoura.” (Revista LTr. 67-03/291).A testemunha Ruy Simplicio Bitencourt confirma que ao reclamante não éatribuída nenhuma atividade, apesar de as outras cinco pessoas que trabalhamjunto com o reclamante realizarem horas extras: “... a reclamada atribui aoreclamante nenhuma atividade....atualmente o reclamante apresentacomportamento deprimido e isolado; junto com o reclamante trabalham maiscinco pessoas; é freqüente a realização de horasextras por estas pessoasgeralmente no final do mês...” (depoimento de f. 47).Constata-se, pois, que há volume de atividade suficiente no setor em quetrabalha o reclamante, tanto é que os outros componentes deste, necessitamextrapolar a sua jornada no final do mês, entretanto, a empresa prefere pagarem favor destes horas extras, do que repassar ao reclamante qualqueratribuição durante o seu horário normal, permanecendo ele “a toa” durante asoito horas de jornada diária.Não se olvida que os laudos médicos apresentados confirmam que o volume detrabalho e a pressão sofrida pelo reclamante no ambiente laboral, contribuírampara o desenvolvimento de doença de natureza psíquica (fls. 19 e 86); contudo,cumpria à reclamada apenas diminuir a quantidade e não suprimir totalmentetoda e qualquer atribuição.É evidente, que o ócio durante a totalidade do período de serviço é capaz deocasionar efeito idêntico àquele experimentado pelo trabalhador submetido aoexcesso de serviço sob pressão; e a empresa sabe muito bem disto, afinal,conta em seu quadro com profissionais médicos e eficiente serviço jurídico.A ausência de atribuição de serviço ao trabalhador é atitude nefasta doempregador, que alcança terrivelmente a auto-estima e a dignidade doempregado, com repercussões em sua saúde, além de expor o trabalhador aoridículo perante os seus pares, aliás, ao que parece no ambiente de trabalho ocomentário era mesmo que o reclamante nada fazia durante todo o dia: “... ouviudizer que o reclamante não tinha atribuição...”.Tal atitude é capaz de configurar o assédio moral, pela reiteração do ato diaapós dia.Ao empregador, na qualidade de detentor do poder diretivo-disciplinar, cumpreassegurar um ambiente de trabalho saudável. A ausência de atribuição detrabalho ao empregado que comparece diariamente ao seu local de trabalho erecebe, no final do mês, seu salário, configura nítido abuso do poder diretivo doempregador. Não há dúvidas, de que aqui, a ausência de concessão de serviçoao reclamante teve o nítido intuito de rechaçar a decisão judicial que determinoua reintegração obreira.A ausência de concessão de trabalho resultou em a ofensa à personalidade daobreira, atingindo sua honra e dignidade, passível de correção na formaassegurada pelo artigo 5º, X da Carta Magna.(...)”

Assim, diante do exposto , nego provimento.

QUANTUM INDENIZATÓRIO.

O dano moral possui natureza jurídica compensatório-punitiva.

Visa compensar a dor sofrida pelo lesado, através de uma compensaçãofinanceira, e tem por finalidade punir o lesante.

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A quantia a ser encontrada deve ser quantificada de acordo com o prudentecritério do magistrado e não pode ser tão elevada a ponto de gerar umenriquecimento sem causa para o lesado e, também, não pode ser tão ínfima quenão sirva de lição ao lesante, para que tenha receios e não pratique mais a condutalesiva.

Neste sentido, o Enunciado 51 da 1ª Jornada de Direito Material eProcessual do Trabalho:

51. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. CRITÉRIOS PARAARBITRAMENTO. O valor da condenação por danos morais decorrentes darelação de trabalho será arbitrado pelo juiz de maneira eqüitativa, a fim deatender ao seu caráter compensatório, pedagógico e preventivo.

Assim, entendo que a quantia de R$20.000,00 atende os critérios supra.

Nego provimento.

JUSTIÇA GRATUITA

Neste ponto, comungo do entendimento exarado pela Exma.Desembargadora relatora de origem, verbis:

“O Juízo de Primeiro Grau deferiu os benefícios da justiça gratuita aoReclamante, uma vez presente os requisitos do art. 2º, da lei 1060/50, c/c art. 1º, da lei7115/83.

A Reclamada recorre, aduzindo que não foram preenchidos os requisitosprevistos no artigo 14, da lei 5.584/70 para a concessão da assistência judiciária gratuita,pois não está o autor assistido pelo sindicato da categoria profissional, sendo insuficienteo preenchimento dos requisitos previstos na lei 1.060/50, em se tratando de Justiçalaboral.

Vejamos.

O Juízo de Primeiro Grau deferiu o benefício da justiça gratuita à Reclamante, nostermos do §3º, do artigo 790, da CLT.

Frisa-se que no âmbito desta Especializada, a assistência judiciária gratuita écabível quando preenchidos os pressupostos da Lei n.º 5.584/70, diferentemente do queocorre com o benefício da justiça gratuita, de acepção mais restrita, extensivo a quem nãoesteja assistido por Sindicato (prevista no art. 790, § 3º, da CLT), e limitado à dispensa dorecolhimento de custas processuais.

Na hipótese vertente, o Reclamante está assistido por advogado particular,consoante documento procuratório juntado às fls. 09 e 105, persistindo, porém, o direitoautoral ao benefício da justiça gratuita, que pode ser, inclusive, deferido de ofício pelo Juizde Primeiro Grau, nos termos do § 3º, do artigo 790, da CLT.

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Nego provimento."

2.2.3. RECURSO DO RECLAMANTE

DANO MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO.

Nego provimento, consoante os fundamentos exarados no julgamento dorecurso da ré, em idêntico tópico.

Após a publicação do acórdão, oficie-se à SRT e ao MPT, para asprovidências cabíveis.

3. CONCLUSÃO

A C O R D A M os Magistrados da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalhoda 17ª Região, por maioria, acolher a preliminar aduzida pela ré em contrarrazões econhecer parcialmente do recurso ordinário do reclamante, não o conhecendo notocante aos honorários advocatícios, por inovação recursal; por unanimidade,conhecer do apelo da reclamada; por maioria, negar provimento ao recurso patronal;por unanimidade, negar provimento ao apelo obreiro e determinar a expedição deofícios à SRT e ao MPT, após a publicação do acórdão, para as providênciascabíveis. Mantido o valor da condenação.

Vitória - ES, 3 de fevereiro de 2010.

DESEMBARGADOR CLÁUDIO ARMANDO COUCE DE MENEZESRedator Designado