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1 Inclinação axial dos planetas e movimento de rotação sobre seu próprio eixo Rotação movimento anti-horário Planetas: Marte, Terra, Júpiter, saturno, Urano, Netuno Rotação movimento horário (Rotação retrograda) Venus, Mercurio, Plutão, asteróide e objetos do cinturão de Kuper Os planetas internos, Venus e Mercurio parecem se mover de forma retrógrada por um mecanismo semelhante, apesar de seus ciclos retrógrados estarem também conectados com suas conjunções com o Sol. O movimento retrógrado aparente é explicado pelo mesmo mecanismo dos planetas exteriores. Asteróides e objetos do Cinturão de Kuiper (incluindo Plutão) também apresentam movimento retrógrado aparente O sol O Sol é um astro luminoso, uma estrela pequena, de aproximadamente 1.400.000 km de diâmetro, uma massa de gás incandescente, cerca de 333.000 vezes a massa da Terra, enviando energia ao espaço graças às reações nucleares que ocorrem em seu interior.

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Inclinação axial dos planetas e movimento de

rotação sobre seu próprio eixo

Rotação movimento anti-horário

Planetas: Marte, Terra, Júpiter, saturno, Urano, Netuno

Rotação movimento horário (Rotação retrograda)

Venus, Mercurio, Plutão, asteróide e objetos do cinturão de Kuper

Os planetas internos, Venus e Mercurio parecem se mover de forma

retrógrada por um mecanismo semelhante, apesar de seus ciclos

retrógrados estarem também conectados com suas conjunções com o Sol.

O movimento retrógrado aparente é explicado pelo mesmo mecanismo dos

planetas exteriores. Asteróides e objetos do Cinturão de Kuiper (incluindo

Plutão) também apresentam movimento retrógrado aparente

O sol

O Sol é um astro luminoso, uma estrela pequena, de

aproximadamente 1.400.000 km de diâmetro, uma massa de gás

incandescente, cerca de 333.000 vezes a massa da Terra, enviando

energia ao espaço graças às reações nucleares que ocorrem em seu

interior.

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O Sol orbita em torno do centro da Via Láctea, atravessando no momento a

Nuvem Interestelar Local de gás de alta temperatura, no interior do Braço de

Órion da Via Láctea, entre os braços maiores Perseus e Sagitário.

Rotação do sol

25 dias

Galileu usou as manchas solares de longa duração para observar a rotação do Sol. Por ser um objeto gasoso, diferentes partes do Sol não giram com a mesma taxa. O equador solar gira uma vez a cada 25 dias, enquanto as regiões 30° acima e abaixo do equador levam 26.5 dias para girar; regiões a 60° do equador levam 30 dias.

Componentes químicos do Sol

O sol é composto primariamente de hidrogênio (74% de sua massa, ou 92% de seu volume) e hélio (24% da massa solar, 7% do volume solar), com traços de outros elementos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício, enxofre, magnésio, néon, cálcio e crômio.

Possui a classe espectral de G2V: G2 indica que a estrela possui uma temperatura de superfície de aproximadamente 5 780 K, o que lhe confere uma cor branca (apesar de ser visto como amarelo no céu terrestre, o que se deve à dispersão dos raios na atmosfera); O V (5 em números romanos) na classe espectral indica que o Sol, como a maioria das estrelas, faz parte da sequência

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principal. Isto significa que o astro gera sua energia através da fusão de núcleos de hidrogênio para a formação de hélio.

O Sol tem hidrogênio suficiente para alimentar essas reações por mais 6,5 bilhões de anos. Gradualmente, à medida que diminui a quantidade de hidrogênio, aumenta a quantidade de hélio no núcleo. O Sol transforma aproximadamente 600 milhões de toneladas de hidrogênio em hélio por segundo.

O sol e as estrelas são constituídos de plasma

O hidrogênio é o elemento químico mais abundante do Universo, existindo nas estrelas em grande quantidade no estado de plasma.

No nosso planeta, o Hidrogênio não é encontrado livre, mas na forma combinada, na água (oceanos, rios,...), nos minerais e nas moléculas orgânicas (seres vivos).

O plasma é um dos estados físicos da matéria, similar ao gás, no qual certa porção das partículas é ionizada. A premissa básica é que o aquecimento de um gás provoca a dissociação das suas ligações moleculares, convertendo-o em seus átomos constituintes. Além disso, esse aquecimento adicional pode levar à ionização (ganho ou perda de elétrons) dessas moléculas e dos átomos do gás, transformando-o em plasma contendo partículas carregadas (elétrons e íons positivos).

A presença de um número não desprezível de portadores de carga torna o plasma eletricamente condutor, de modo que ele responde fortemente a campos eletromagnéticos. O plasma, portanto, possui propriedades bastante diferentes das de sólidos, líquidos e gases e é considerado um estado distinto da matéria. Como o gás, o plasma não possui forma ou volume definidos, a não ser quando contido em um recipiente; diferentemente do gás, porém, sob a influência de um campo magnético ele pode formar estruturas como filamentos, raios e camadas duplas. Alguns plasmas comuns são as estrelas e placas de neônio. No universo, o plasma é o estado mais comum da matéria comum, a maior parte da qual se encontra no rarefeito plasma intergaláctico e em estrelas.

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O hidrogênio

Submetidas a alta pressão, tal como ocorre no núcleo das estrelas gigantes gasosas, as moléculas mudam sua natureza e o hidrogênio se torna um líquido metálico. Quando submetido a pressão muito baixa, como no espaço, o hidrogênio tende a existir na forma de átomos individuais, simplesmente porque é muito pequena a probabilidade de que se combinem, entretanto, quando isso acontece podem formar nuvens de H2 que se associam para a criação das estrelas.

Esse elemento tem uma função fundamental no universo, já que através da fusão estelar ( combinação de átomos de hidrogênio resultando átomos de hélio ) ocorre liberação de uma imensa quantidade de energia.

Segundo a teoria do "Big Bang", foi formado nos primeiros instantes após a explosão que formou o Universo:

Em estrelas, como o Sol, o calor e luminosidade são produtos da fusão nuclear responsável pela conversão de gás hidrogênio em hélio, as imagens abaixo mostram as explosões que ocorrem no Sol:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/gas-hidrogenio/gas-hidrogenio-9.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Plasm

A Fotosfera

A fotosfera do Sol tem a aparência da superfície de um líquido em ebulição, cheia de bolhas, ou grânulos. Este fenômeno é chamado de granulação fotosférica. Os grânulos têm em torno de 5000 km de diâmetro e duram cerca de 10 min cada. Eles marcam os topos das colunas convectivas de gás quente, que se forma na zona convectiva, logo abaixo da fotosfera. Nestas colunas, o gás quente das camadas interiores sobe e deposita a energia térmica nas camadas superiores. Ao perder o calor, aumenta de densidade e desce para as camadas mais internas. As regiões escuras entre os grânulos são regiões onde o gás mais frio e mais denso está indo para baixo.

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Heliosismologia

A heliosismologia é o estudo da propagação das ondas de pressão no Sol. Apesar do nome sugerir o contrário, heliosismologia é o estudo das ondas de pressão solar e não da atividade sísmica do Sol - tal coisa não existe. O nome é derivado da prática similar do estudo terreste das ondas sísmicas para determinar a composição do interior da Terra. A heliosismologia pode ser comparada à asterosismologia, a qual estuda a propagação de ondas acústicas em outras estrelas, que não o Sol.

Ao contrário das ondas sísmicas na Terra, as ondas no Sol não têm praticamente nenhuma componente de cisalhamento (ondas-s). As ondas de pressão solares são geradas pela turbulência na zona de convecção, próxima da superfície do Sol, e certas frequências são amplificadas por interferência construtiva. Em outras palavras, a turbulência "toca" o Sol como a um sino. As ondas acústicas são transmitidas à fotosfera exterior, onde a luz emitida pelo Sol é gerada. As oscilações acústicas são detectáveis em quase qualquer série temporal de imagens solares, mas são melhor observadas através das medidas de deslocamento Doppler das linhas de emissão da fotosfera. Mudanças na propagação das ondas de pressão através do Sol revelam as estruturas internas e permitem aos astrofísicos desenvolver modelos detalhados das condições no interior do Sol.

Alguns pontos revelados pela heliosismologia incluem a rotação em diferentes velocidades da zona convectiva mais externa e da zona radiativa mais interna, o que gera o campo magnético principal do Sol, e a ejecção de feixes de plasma da zona convectiva a milhares de quilômetros além da superfície. Estes jatos formam frentes no equador, quebrando em tempestades ciclônicas menores em latitudes mais altas. A heliosismologia pode também ser usada para detectar manchas solares sobre a face do Sol, a partir da Terra.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Heliosismologia

O som que o Sol propaga

Oscilações das ondas acusticas solares

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Fig. Representação de um dos modos de oscilação do Sol em que as zonas a vermelho representam zonas do Sol em contracção, enquanto que zonas a azul indicam regiões em expansão. Após cerca de 5 minutos (período de oscilação) o aspecto da figura inverte-se, trocando as cores. Imagem Fonte: NSSDC)

Exemplo acustica solar: Pensarmos em termos das cordas de uma guitarra: se

alteramos o comprimento ou a espessura da corda, alteramos o som que esta

produz. Desta forma, se estivermos a ouvir uma guitarra (sem a ver) podemos

detectar que a corda passou a ser mais comprida, unicamente através da

alteração do som que ouvimos. Assim fazemos também com a Terra e com o

Sol: ouvimos o som que nos chega à superfície e podemos então estabelecer

como é o caminho que foi percorrido até a onda (som) chegar até nós: que

material atravessou, qual a sua densidade, a que temperatura está, etc.

http://www.oal.ul.pt/oobservatorio/vol6/n3/vol6n03_4.html

Campo magnético do sol

A parte do interior solar gera um pequeno

dínamo magnético que produz pólos norte e

sul magnéticos em toda a superfície do Sol.

Cientistas do National Center for

Atmospheric Research, em Boulder, no

Colorado, utilizaram as novas observações

do interior do Sol

Dinâmica do fluxo que estimula e prediz os

ciclos solares: (a) o Sol tem rotação

diferencial – o campo magnético polar é

desviado no equador. (b) campo toroidal produzido pela rotação diferencial. (c)

quando o campo toroidal é suficientemente intenso gera laçadas que vêm à

superfície – formam-se manchas solares. (d), (e) e (f) um fluxo adicional

emerge, espalhando-se em latitude e longitude a partir das manchas solares.

(g) fluxo meridional (amarelo) leva para os pólos o fluxo magnético de

superfície – inversão de campo polar. (h) parte deste fluxo é transportado para

o interior, movendo-se depois para o equador. (i) o fluxo polar inverso é

desviado gerando um campo toroidal oposto em sinal ao representado em (b).

Crédito: NASA.

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O campo magnético seque o ciclo corioli

Norte/sul – leste/oeste

(c) py5aal Para se detectar o campo magnético solar, é necessária a utilização de um instrumento chamado “espectrógrafo de alta dispersão”, este aparelho possibilita a observação de linhas duplas triplas de emissões espectrais produzidas nas proximidades das manchas solares. Assim, se pode notar que no lugar de uma linha espectral com certo comprimento de onda, aparece uma linha à direita e outra à esquerda daquela que era esperada. Ao fenômeno de duplicação de linhas de campo é dado o nome de “efeito Zeeman”, e este ocorre quando a fonte emissora de luz está submetida a um forte campo magnético. Assim, presumindo-se que a fonte emissora é a mancha solar, foi possível calcular que o campo nessa região está em torno de 5.10-8 nT, e que o campo magnético geral, produzido pelo Sol é da ordem de 1 a 2.10-13 nT, também se observou que está orientado no sentido norte – sul. Outro fato interessante, é que nas regiões onde se medem campos magnéticos intensos (10-8 nT), sua orientação se dá na direção leste-oeste. A explicação seria que o estado de plasma da matéria Solar, ofereceria uma baixa resistência à corrente elétrica, isso faria a estrela se comportar como um indutor elétrico. Outra possibilidade seria que as linhas de força do campo magnético estariam confinadas no plasma, e se comportariam como se as partículas que compõem o plasma acompanhariam o fluxo de matéria. Assim, a rotação diferenciada acabaria deformando as linhas como se fossem fitas a girar. As linhas de campo magnético provavelmente sofrem um processo de condensação, até assumir uma forma espiralada. As espirais através de todos os meridianos e todas as direções seguiriam a rotação leste-oeste. Esse efeito explicaria a chamada “saia de bailarina”.

Propagação do campo magnético solar

O movimento de partículas carregadas, como elétrons e íons é produzido, que

é o campo magnético solar. Este último é o mais importante na atividade solar

e, portanto, a fonte virtual de todos os detalhes que podemos observar na

superfície solar.

O campo magnético do Sol envolve todo o sistema solar em uma bolha que os

cientistas chamam de "heliosfera." A heliosfera estende 50-100 UA para além

da órbita de Plutão.

Sabemos também que as correntes elétricas do Sol gera um campo magnético

complexo que se estende para o espaço interplanetário.

Este campo magnético propaga-se através do sistema solar, transportado pelo

vento solar, enquanto o sol continua a rodar sobre si mesmo.

Esta rotação de 27 dias acaba o campo magnético em uma espiral enorme

chamada "espiral de Parker

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Na órbita da Terra, o campo magnético interplanetário faz um ângulo de

aproximadamente 45 ° com a direção Sol-Terra

Este diagrama mostra a aparência do

campo magnético do sol que podia

descrevê-lo a 100 UA de distância. Devido

à rotação do Sol sobre si mesma, seu

campo magnético é enrolado como um

saca-rolhas. Elaborado pelo Dr. Steve

Suess, NASA MSFC

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-

BR&sl=en&u=http://en.wiktionary.org/wiki

Mancha solar

O fenômeno fotosférico mais notável é o das

manchas solares, regiões irregulares que aparecem

mais escuras do que a fotosfera circundante e que

muitas vezes podem ser observadas mesmo a olho

nu, embora olhar diretamente para o Sol só não é

perigoso quando ele está no horizonte. São

constituídas de duas partes: a umbra, parte central

mais escura, com temperaturas em torno de 3800 K,

e a penumbra, região um pouco mais clara e com

estrutura radial em torno da umbra. As manchas são mais frias porque o campo

magnético local impede a convecção e, portanto, que o calor das partes mais

internas suba à fotosfera. As manchas solares tendem a se formar em grupos e

estão associadas a intensos campos magnéticos no Sol.

Efeito Zeeman nas manchas solares

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No ano de 1896, o ilustre físico holandês Pieter Zeeman (1875-1943) fez uma descoberta extremamente importante para o desenvolvimento da Física Moderna. Seguindo o exemplo de seu antecessor, o grande físico inglês Michael Faraday (1791-1867), ele fazia experiências com influência de campos magnéticos sobre a luz, especialmente sobre os espectros dos átomos. Em seus experimentos, observou as linhas de emissão de vapor de sódio num campo magnético e logo conseguiu descobrir um alargamento da linha no campo magnético. Depois de melhorar sua técnica experimental, conseguiu separar as linhas do espectro no campo magnético em diversos componentes. A separação das linhas espectrais no campo magnético é conhecida, então, por "efeito Zeeman".

Uma explicação teórica do fenômeno observado seria dada pouco depois pelo

professor de Zeeman, Hendrik Antoon Lorentz (1853-1928). Lorentz partiu da

hipótese de que partículas carregadas movem-se no átomo e são responsáveis

pela radiação da luz. (Uma teoria um tanto profética, como revelaria-se após a

descoberta dos elétrons, por Josef John Thomson, e suas condições de

energia.) Sobre essas partículas carregadas, segundo as leis clássicas do

eletromagnetismo, atua uma força no campo magnético. A partir da

modificação da frequência das linhas no efeito Zeeman, Lorentz e Zeeman

conseguiram até mesmo uma afirmação sobre a proporção entre a carga e a

massa das partículas carregadas. Ficou estabelecido que tratava-se de uma

partícula negativamente carregada com uma duomilésima parte da massa

atômica, como mais tarde foi efetivamente verificado para o elétron. Por seus

célebres trabalhos sobre o efeito Zeeman, Pieter Zeeman e Hendrik Antoon

Lorentz receberam em 1902 o Prêmio Nobel de Física.

As manchas solares não ultrapassam 40 graus de latitude

No mínimo solar, as manchas se formam a latitudes de cerca de 40o em ambos os hemisférios solares. Raramente manchas solares aparecem em latitudes maiores do que 40o e nunca no equador. À medida que o ciclo solar progride, o número de manchas primeiro aumenta e depois diminui em uma região larga que gradualmente se move para o equador. O início de um novo ciclo é caracterizado pelo reaparecimento de manchas em maiores latitudes. Este padrão de formação de manchas a cada ciclo em latitudes maiores e a migração para menores latitudes constitui um padrão denominado lei de Sporer, representado pelo diagrama de borboleta de Maunder. O que está mudando é a localização das manchas sucessivas, enquanto as manchas individuais tipicamente duram apenas uma rotação solar ou menos e movem-se muito pouco relativamente a fotosfera.

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O Mínimo e Maximo solar

Diagrama da Borboleta (Cortesia: NASA)

Revista Brasileira de Ensino de Física

Rev. Bras. Ensino Fís. vol.25 no.2 São Paulo June 2003

Ciclo de atividade solar a 12.000 mil anos

O carbono-14 radioactivo e outros átomos raros produzidos na atmosfera pelas partículas cósmicas fornecem um registro de como as suas intensidades variaram no passado e explicam a alternância entre períodos frios e quentes durante os últimos 12'000 anos. Sempre que o Sol era fraco e a radiação cósmica forte, seguiram-se condições frias.

Ciclo de atividade solar nos últimos 5000 anos

Esse período foi estudado pelo astrônomo inglês E. W. Maunder, em 1922, através da observação de anéis de crescimento das cascas de árvores. Ao que parece, em anos de grande atividade, os anéis ficam mais finos. Eis um interessante exemplo de astronomia botânica! Mais recentemente, John Eddy mediu a percentagem do isótopo carbono-14 nesses anéis. Verificou que a quantidade de carbono-14 nos anéis varia com a atividade solar. Quanto mais ativo estiver o Sol, mais carbono-14 nos anéis que se formam na época. Desse modo, ele achou doze épocas de baixa atividade, comparáveis ao período de Maunder, que ocorreram nos últimos 5000 anos.

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Inverno Implacável o minimo de Maunder

1645 a 1715

O mínimo mais longo da história, o Mínimo de Maunder, ocorreu entre 1645 e 1715 e durou incríveis 70 anos. Manchas solares eram extremamente raras e o ciclo solar de 11 anos parecia ter se rompido. Esse período de silêncio coincidiu com a "pequena Era do Gelo" uma série de invernos implacáveis que atingiu o hemisfério Norte.

Por razões ainda não compreendidas, o ciclo de manchas solares se normalizou no século 18, voltando ao período de 11 anos. Como os cientistas ainda não compreendem o que disparou o Mínimo de Maunder e como pode ter influenciado o clima na Terra, a busca por sinais de que possa ocorrer de novo é um trabalho constante nas pesquisas.

O Maximo solar

O loops gigante

Os novos resultados dos astrônomos de Stanford podem ajudar a resolver um dos mais intrigantes pergunta da ciência solar: Quais são as causas da inversão (flip) dos pólos magnéticos do Sol a cada 11 anos?

Compreender as forças motrizes deste ciclo de 11 anos poderia ajudar os pesquisadores a prever erupções violentas e tempestades solares que, periodicamente, interferem nas comunicações na Terra, disse Helen E. Benevolenskaya, uma pesquisadora de física na WW Stanford Hansen Experimental Laboratório de Física (hepl).

“Um grande problema para os astrônomos do século passado foi o de encontrar um mecanismo com força suficiente para causar a inversão polar.”

Após uma década de análise de imagens de satélite a Dr. Benevolenskaya e seus colegas descobriram uma parte crucial de tal mecanismo – um loops gigante de plasma quente, gás eletrificado que liga os pólos magnéticos do Sol, com áreas de polaridade oposta manchas solares localizados do equador solar.

Este laço gigante é muito semelhante visualmente a um imenso arco-íris.

loops gigante consiste de intensos campos magnéticos que são potencialmente fortes o suficiente para provocar a inversão polar, de acordo com pesquisadores da Universidade de Stanford. Campos magnéticos

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provavelmente originou-se do “dínamo solar” – uma região localizada 135 mil milhas abaixo da superfície, que os cientistas acreditam ser a fonte de todo o magnetismo do Sol

Ciclo Solar

A Dr. Benevolenskaya apresentou estas descobertas no 05 de junho 2002 na reunião da American Astronomical Society (AAS), em Albuquerque, NM, e os resultados aparecem nesta edição do Astrophysical AAS Cartas „Jornal de um estudo co-autor de físicos Stanford Alexander G.Kosovichev e Phillip H. Scherrer e JR Lemen e GL Slater Lockheed Martin Solar and Astrophysics Laboratory, em Palo Alto, Califórnia.

“Como na Terra, o Sol tem pólos magnéticos”, Kosovichev disse, “mas ao contrário da Terra, o Sol tem uma polaridade que não é constante ao longo do tempo. Ele muda a cada 11 anos a partir do norte magnético para o sul magnético e vice-versa. No entanto, a origem destas inversões periódicas é desconhecido. “

Estudos anteriores demonstraram que a inversão de polaridade ocorre no meio do ciclo de 11 anos – um período conhecido como “máximo solar”, quando o número de manchas solares estão em seu pico. Os cientistas acreditam que as manchas solares – que são muitas vezes acompanhada por erupções solares são o resultado dos campos magnéticos gerados pelo dínamo que, eventualmente, rompe a superfície.

Após o máximo solar, o número de manchas solares diminui gradualmente até desaparecer após cerca de cinco anos – um período conhecido como o “mínimo solar”, quando a superfície do Sol é relativamente inativo.

“O último máximo solar ocorreu em 2000, e estamos na direção de um outro mínimo em 2006″, sublinha Kosovichev.

Para obter uma imagem clara de como os campos magnéticos solares se comportam durante um ciclo de 11 anos típico, a equipe de Stanford analisaram dados coletados entre 1991 e 2001 a partir de dois satélites em órbita – Yohkoh, lançada pelo Japão (Institute for Astronáutica e Ciências Espaciais) e SOHO gerido pela NASA e Agência Espacial Europeia (ESA).

Os dados do satélite incluí o declínio do ciclo solar anterior, de 1991 a 1996, do pico à calha, bem como a fase de crescimento do nosso ciclo atual – 1997-2001.

O loop gigante coronal consiste de partículas de gás aquecido a 3,5 milhões de graus Fahrenheit – uma temperatura quente o suficiente para emitir alta energia raios-X, que são invisíveis ao olho humano. Yohkoh (japonês para “sunshine”) é equipado com um telescópio a bordo capaz de “ver” as emissões de raios-X e de “traduzir” em imagens. Estas imagens de raios-X, raios ultravioleta e os dados magnéticos do satélite SOHO confirmou a existência do laço.

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Inversão da Polaridade das manchas solares

“O manchas solares não ocorrem ao acaso”, observa Scherrer, “estão concentrados acima e abaixo do equador solar.”Pontos que estão localizados no hemisfério norte são “gêmeos espelho” no hemisfério sul, acrescento

A maioria das manchas solares ocorrem em pares – os principais pontos, tem a mesma polaridade magnética do pólo magnético no hemisfério em que a forma básica, mas também têm um ponto de fuga , que tem a polaridade oposta. Por exemplo, se o Sol tem um pólo magnético norte (“+”), positivo, todas as principais localidades ao norte do equador são (“+”) positivos e pontos opostos no sul são todos negativos (“-”).De acordo com dados de satélite, os

loops gigantes observados no estudo fazem conexões entre os pólos magnéticos e os pontos de fuga localizado no mesmo hemisfério.

“Estes laços nunca passaram pela linha do equador”, disse Scherrer.

Uma vez que o pólo magnético e o ponto de fuga têm oposta polaridade magnética, cada loop tem gerado um fluxo incrivelmente intenso de eletricidade. Quando em 2000, o máximo solar é abordado, o número de manchas solares aumentou e loops de fuga contribuem para a criação de

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inúmeras ligações magnéticas que podem ter sido forte o suficiente para ajudar a reverter o pólo magnético.

“Acreditamos que esses colegamentos podem direcionar a inversão polar magnética e acelerar o processo e criar as condições para o próximo ciclo solar”, diz Kosovichev.

O Ciclo de Mistério

Os dados de satélite também revelou que o loop gigante acaba de apresentar um padrão misterioso de crescimento e desenvolvimento.

“The Giant loops só apareceu quando houve explosões no meio da atividade das manchas solares, estas foram feitas a cada 12-18 meses durante a fase de crescimento do ciclo de onze anos”, observou Dr. Benevolenskaya.

Este ciclo estranho de 12-18 meses pode ter suas origens no dínamo solar. Dois anos atrás, os pesquisadores de Stanford descobriram que duas camadas de gás nas profundezas da superfície do Sol foram misteriosamente aceleradas e desaceleradas a cada 12-16 meses. Os investigadores suspeitam que estes níveis de gás rotativos é parte do dínamo que gera os campos magnéticos solares do Sol

“Nossa pesquisa confirma a existência de uma sincronização notável de polaridade magnética das manchas solares e pólos magnéticos”, diz Kosovichev. ”Essas descobertas também podem levar a novas idéias sobre o papel activo que desempenha a corona solar para gerar os ciclos de manchas solares.”

Então, esses loop coronal-gigantes são, provavelmente, o mecanismo subjacente da inversão dos pólos magnéticos da estrela no máximo solar, se não se forma em ambos os hemisférios do Sol criará uma situação análoga à que levou a Maunder mínimo.

http://www.nasa.gov/home/hqnews/2006/mar/HQ_06087_solar_cycle.html

http://www.prof2000.pt/users/angelof/af16/ts_sol/rotacao_actividade_ciclo_solar.htm

http://www.das.inpe.br/ciaa/cd/HTML/sol/4_04.htm

http://www.ciencia-cultura.com/Astronomia/jupiter.html

http://astro.if.ufrgs.br/esol/esol.htm

Os planetas Jupterianos

Júpiter, Saturno, Urano, e Netuno são conhecido por planetas

Jupiterianos, ou Jovianos (semelhantes a Júpiter, ou Jove), porque são todos

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gigantescos comparados com a Terra, e têm uma natureza gasosa tal como

Júpiter. Os planetas Jovianos também são referidos como os gigantes

gasosos, apesar de poderem possuir pequenos núcleos sólidos.

Planeta Júpiter

Rotação anti-horário

(movimento de translação) Equivale a cerca

de 12 anos.

CAMPO MAGNETICO DE JUPITER

A magnetosfera de Júpiter é a cavidade criada dentro do vento solar pelo

campo magnético extremamente forte do planeta. Estendendo-se sete milhões

de quilômetros em direção ao Sol, e até à órbita de Saturno na direção oposta,

a magnetosfera jupiteriana é a maior e mais forte magnetosfera planetária do

Sistema Solar, e a segunda maior estrutura contínua dentro do Sistema Solar,

atrás somente da heliosfera.

Significativamente maior e mais achatada do que a magnetosfera

terrestre, a magnetosfera jupiteriana é mais forte do que a terrestre por uma

ordem de magnitude, enquanto que seu momento magnético é 18 mil vezes

maior. Cientistas predisseram a existência do campo magnético jupiteriano no

final da década de 1950, através da emissões de rádio vindos do planeta, e foi

observado pela primeira vez pela Pioneer 10 em 1973.

O campo magnético jupiteriano é gerado por correntes elétricas girando

na camada de hidrogênio metálico do planeta.

Rotação do capo magnético

Ciclo corioli

Júpiter possui uma rotação diferenciada, e os ventos ora vêm do leste,

ora do oeste, entre outras direções alternativas, devido aos redemoinhos

alimentados pelo gradiente térmico entre o equador e os pólos

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Influencia do satélite lo no campo magnético de Jupiter

Erupções vulcânicas em seu satélite Io ejetam grandes quantidades de

dióxido de enxofre para o espaço, formando um grande toro em torno do

planeta.

As forças do campo magnético jupiteriano forçam o toro a girar com a

mesma velocidade angular e direção que a rotação do planeta. O toro, por si,

carrega o campo magnético com plasma, no processo, estendendo-na em uma

estrutura chamada disco magnético. Em efeito, a magnetosfera jupiteriana é

alimentada por plasma proveniente de Io e por sua própria rotação, ao invés do

vento solar, como ocorre na magnetosfera terrestre.

Fortes correntes na magnetosfera geram auroras permanentes nas

regiões polares de Júpier, e emissões intensas de rádio, e como consequência,

Júpiter pode ser visto como um pulsar de rádio bastante fraco. As auroras

jupiterianas foram observadas em quase todas as partes do espectro

electromagnético, incluindo infravermelho, luz visível, ultravioleta, e raios X.

As manchas do Planeta Jupiter

A Grande Mancha Vermelha de Júpiter Enrome é uma tempestade ciclônica,

22 graus ao sul do Equador, que tem sido há pelo menos 178 anos, e você

pode ter 343 ou mais. Vire à esquerda para a direita e realiza um período de

rotação igual a seis dias da Terra. Sua altura chega a oito quilômetros, e as

suas nuvens são mais frias do que a maioria das nuvens do planeta. A

tempestade é suficientemente grande para ser notado até mesmo por

telescópios ancorada em nosso planeta. Na verdade, é tão grande quanto a

duas e meia o diâmetro da Terra.

Latitude 22 graus ao sul do equador

Explicação: Por cerca de 300 anos, a

atmosfera em faixas de Júpiter mostrou uma

característica extraordinária a observadores

em telescópios: uma grande tempestade em

redemoinho conhecida como A Grande

Mancha Vermelha. Em 2006, outra

tempestade vermelha surgiu, formando-se a partir de tempestades menores

ovais e esbranquiçadas que se fundiram e então desenvolveram a curiosa

coloração vermelha. Agora, Júpiter tem uma terceira mancha vermelha,

novamente produzida a partir de uma tempestade esbranquiçada menor. Todas

as três são vistas nesta imagem feita a partir de dados registrados em 9 e 10

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de maio com a Câmera Planerária 2 e de Grande Campo do Telescópio

Espacial Hubble. As manchas se estendem acima das nuvens circundantes e

sua cor vermelha pode ser devida à dragagem de material mais profundo pelas

tempestades e sua exposição à luz ultravioleta, mas o exato processo químico

é ainda desconhecido. Para termos uma noção de escala, a Grande Mancha

Vermelha tem quase o dobro do diâmetro do planeta Terra e as manchas

novas, menos de um diâmetro terráqueo de extensão. A mancha vermelha

mais recente está na extrema esquerda (oeste), ao longo da mesma faixa de

nuvens da Grande Mancha Vermelha, e se desloca em direção a ela. Se o

movimento continuar, a nova mancha se encontrará com o sistema bem maior

em agosto. O recente surto de manchas vermelhas está provavelmente ligado

a mudanças climáticas em grande escala, já que o planeta está ficando mais

quente próximo do equador.

Maior tempestade do Sistema Solar

Astrônomos desvendam segredos da Grande Mancha Vermelha de Júpiter

"Até agora pensávamos que a Grande Mancha Vermelha era uma forma oval simples, sem grande estruturação, mas estes novos resultados mostram que, de fato, ela é extremamente complicada," diz Orton.

As observações mostraram aos cientistas o sentido dos padrões de circulação do interior desta que não é apenas a maior, mas a mais duradoura tempestade do Sistema Solar.

As imagens codificadas em cores revelam que o vermelho mais intenso da Grande Mancha Vermelha corresponde a um núcleo quente no interior de um sistema de tempestade que é tipicamente muito frio.

As imagens mostram ainda faixas escuras nas bordas da tempestade, onde os gases estão descendo para regiões mais internas do planeta.

Imagens termais e visívei

imagens termais da grande tempestade de Júpiter pela primeira vez se equiparam com a resolução das imagens ópticas captadas pelo Hubble, mostrando aos cientistas estruturas até agora desconhecidas no interior da maior

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tempestade do Sistema Solar.[Imagem: ESO/NASA/JPL/ESA/L. Fletcher]

http://apod.astronomos.com.br/apod.php?lk=ap080523.html

www.astronomia.web.st/index.php?aid=39

www.portaldoastronomo.org/noticia.php?id=672

http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar/tag/planetas-gigantes-gasosos-sistema-solar-jupiter/

A magnetosfera de

júpiter interfere no

satélite ló

A ação da

magnetosfera jupiteriana

atrai e acelera partículas,

produzindo cinturões de

radiação em torno do

planeta, semelhantes aos

cinturões de Van Allen, mas milhares de vezes mais poderosa. A interação das

partículas energéticas com a superfície dos satélites jupiterianos afetam

bastante as propriedades químicas e físicas dos satélites em questão. Estas

mesmas partículas também afetam e são afetadas pelo movimento das

partículas dentro do sistema de anéis jupiterianos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_%28planeta%29

Jupiter contem os mesmo elementos químico e rotação do sol

A composição de Júpiter é parecida com a do Sol, hidrogênio e hélio. Esse

planeta só não é uma estrela como o Sol porque a quantidade de massa não é

suficiente para elevar a pressão e a temperatura dos gases a ponto de produzir

grandes reações nucleares. Mesmo assim, Júpiter tem seu núcleo muito

quente e libera para o espaço 3 vezes mais energia do que a que ele recebe do

Sol.

Verificou-se também que a rotação é mais rápida no equador que nos polos,

que é semelhante á rotação diferenciada do Sol.

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Júpiter quente' tem água na atmosfera

Pela primeira vez, astrônomos detectam a substância em um planeta extra-solar

Por: Bernardo Esteves Publicado em 11/07/2007 | Atualizado em 06/10/2009

O planeta HD 189733b, situado a 64 anos-luz da Terra, não tem propriamente um

ambiente amistoso: ele é um gigante gasoso onde a temperatura pode passar dos

1.000ºC. No entanto, este é o primeiro planeta extra-solar em cuja atmosfera se detectou

a presença de vapor d'água. A descoberta é um passo importante na busca de um planeta

similar à Terra que possa abrigar vida.

A detecção do vapor d'água foi feita pela equipe de Giovanna Tinetti, da Agência

Espacial Européia, e relatada na Nature desta semana. Os pesquisadores analisaram

dados obtidos pelo telescópio espacial Spitzer, operado pela agência espacial norte-

americana (Nasa). A equipe investigou a forma como o planeta, ao passar na frente de

sua estrela, absorvia a luz emitida por ela. Ao analisar os comprimentos de onda da luz

infravermelha absorvida pelo planeta, os pesquisadores identificaram um padrão

característico que só poderia ser obtido caso ele tivesse vapor d'água em sua atmosfera.

Descoberto em 2005, o HD 189733b é um planeta do tipo Júpiter quente, como

classificam os especialistas. Ele é 15% maior que Júpiter e orbita sua estrela a uma

distância 30 vezes menor do que a que separa a Terra do Sol. O calor extremo de sua

atmosfera impede que o vapor d'água se condense ou mesmo forme nuvens. De

qualquer forma, a detecção da substância dá força à hipótese segundo a qual a presença

de água seria comum a todos os gigantes gasosos, tanto os do tipo Júpiter quente quanto

os mais afastados de suas estrelas, como Saturno ou Urano.

A descoberta pode ajudar a entender a misteriosa categoria dos planetas do tipo Júpiter

quente, cuja descoberta surpreendeu os especialistas. "Ainda não entendemos

inteiramente como esses planetas de grande massa migram até órbitas tão próximas de

suas estrelas ou o efeito que seu ambiente extremo tem sobre sua estrutura", disse a

astrônoma Heahter Knutson, da Universidade Harvard, ao comentar o estudo para a

Nature .

Em comunicado à imprensa, Giovanna Tinetti destacou a importância do estudo para a

busca de planetas similares ao nosso. "O 'santo graal' para os caçadores de planetas

atuais é encontrar um planeta parecido com a Terra que também tenha água em sua

atmosfera", disse ela. "Encontrar água em um planeta gigante gasoso extra-solar é um

marco vital rumo a essa descoberta."

http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/astronomia-e-exploracao-espacial/jupiter-

quente-tem-agua-na-atmosfera

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Lua de Júpiter tem mais água do que a Terra

"Europa" é uma lua com uma superfície gelada e com um oceano debaixo de

sua crosta de gelo

São Paulo - Cientistas da NASA fizeram uma ilustração que mostra como a

pequena lua Europa, na órbita de Júpiter, tem mais água do que a Terra.

Europa é uma lua com uma superfície gelada. Essa lua tem um oceano debaixo da

sua crosta de gelo. Esses oceanos tem entre 2 e 3 vezes mais água do que os da Terra.

Para ilustrar isso, os pesquisadores Kevin Hand, Jack Cook e Howard Perlman, da

NASA, WHOI e USGS, respectivamente, coletaram dados da sonda espacial Galileo.

Eles também usaram uma imagem que mostra como seria se toda a água do planeta

fosse colocada dentro de uma esfera. Ela foi divulgada pelo Serviço Geológico

Americano.

Então, eles criaram uma ilustração que mostra quanta água existe em Europa em

comparação com a Terra. Ela compara o tamanho da Terra com o da Europa e coloca a

quantidade de água de cada um desses corpos celestes em uma gota de água.

Muitos cientistas acreditam que existe uma grande chance de que ela abrigue algum tipo

de forma de vida. Segundo Daniel Nunes, cientista brasileiro que trabalha no

Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL), o problema é que Europa é muito

longe da Terra. Esse fator dificulta a exploração dessa lua.

"As temperaturas são muito extremas e a radiação de júpiter é muito forte. O

equipamento tem que ser muito resistente a essas condições". Além disso, a crosta de

gelo é muito espessa. "Acessar o oceano da Europa é bem difícil, um grande desafio".

Porém, Nunes ressalta que existem planos para mandar uma nave de grande porte para o

sistema de Júpiter, para estudar a Europa, por exemplo. No entanto, o projeto ainda está

em desenvolvimento e não foi confirmado pela NASA.

http://exame.abril.com.br/ciencia/noticias/lua-de-jupiter-tem-mais-agua-do-que-a-terra

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Netuno

Podem ser vistas faixas de nuvens

brilhantes a 30S e 60S de latitude. O

hemisfério norte inclui também

uma nuvem brilhante centrada

perto de 30° de latitude N.

A Grande Mancha Escura

Uma das grande formações de nuvens, denominada Grande Mancha Escura

pelos cientistas da Voyager, pode ser vista próximo do centro da imagem. Está

a uma latitude de 22 graus sul e circunda Netuno a cada 18.3 horas. As nuvens

brilhantes a sul e leste da Grande Mancha Escura mudam constantemente de

aparência em períodos curtos de quatro horas.

Hemisfério Sul

A Grande Mancha Escura é uma grande mancha de forma oval que está

situada no planeta Netuno que antigamente, se localizava no Hemisfério Sul do

planeta. A mancha escura tem muitas características e semelhanças com a

Grande Mancha Vermelha do planeta Júpiter.

Semelhante a Mancha Vermelha de Júpiter

A mancha era quase o mesmo tamanho que o planeta Terra, e aparentemente,

era muito semelhante a Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Inicialmente ele

pensou que era o mesmo fenômeno, porém um olhar mais atento revelou que

era uma depressão escura na atmosfera de Netuno.

Foram vistas na atmosfera de Netuno nuvens grandes e brilhantes,

semelhantes às nuvens cirros terrestres. A latitudes norte mais baixas, a

Voyager capturou imagens de raios de nuvens projectando as suas sombras

nas formações de nuvens mais baixas.

Muitos dos ventos sopram na direcção oeste, oposta à rotação do planeta.

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Os ventos de Netuno são os mais rápidos de sistema planetário solar, e em

torno da grande mancha escura foi atingido de medição de velocidades

superiores a 2.400 km/h (670 m/s ou 1500 mph) sendo o mais rápido e todo o

sistema planetário já registrado. Note que estas são velocidades supersônicas

e que os ventos mais rápidos já registrados no mundo são da ordem de 506

km/h medido em um Tornado F5.

Desapareceu do hemisfério sul e reapareceu no hemisfério norte

Quando a Grande Mancha Escura foi fotografada novamente pelo Telescópio

Espacial Hubble em 1994, Tinha desaparecido completamente deixando os

astrônomos com a questão de saber se era um buraco que estava coberto

completamente, ou se era uma tempestade que atingiu a superfície de

Neptuno. Em vez disso, um outro ponto parecia menor e mais leve do que o

anterior, desta vez é no Hemisfério Norte de Neptuno que é conhecido como a

Mancha Escura do Norte.

PLANETA URANO

Translação 84 anos

Urano é o sétimo planeta a partir do Sol, tem o terceiro

maior raio planetário e quarta maior massa planetária

do Sistema Sola

Urano e netuno

O planeta Urano tem uma composição similar à de Netuno e ambos os

planetas são de uma composição química diferente dos maiores gigantes

gasosos Júpiter e Saturno.

Atmosfera

A atmosfera do planeta, embora similar a Júpiter e Saturno, é, primariamente,

composta de hidrogênio e hélio, contendo mais "gelos" tais como água, amônia

e metano, junto com traços de hidrocarbonetos. É a mais fria atmosfera

planetária no Sistema Solar, com um temperatura mínima de 49 K (–224 °C).

Tem uma complexa estrutura de nuvens em camadas, com água que se

acredita formar as nuvens mais baixas, e metano que se acredita formar as

nuvens mais exteriores, ao contrário de seu interior que é formado

principalmente de gelo e rochas.

Orbita e rotação 84 anos terrestre

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A translação de Urano ao redor do Sol dura aproximadamente 84 anos

terrestres e sua distância média é de aproximadamente 3 bilhões de

quilômetros (20 UA). A intensidade da luz solar é de aproximadamente 1/400

da terrestre.

O período rotacional no interior do planeta é de 17 horas e 14 minutos. Como

em todos os planetas gigantes, sua atmosfera superior experimenta ventos

muito fortes na direção da rotação. Em algumas latitudes, tais como a dois

terços da distância do equador ao polo sul, detalhes visíveis da atmosfera se

movem tão rápido que fazem uma rotação em pouco mais de 14 horas.

Inclinação Axial

Urano tem uma inclinação axial de 97.77 graus, ou seja seu eixo de rotação é aproximadamente paralelo ao plano do Sistema Solar. Isto provoca mudanças sazonais completamente diferentes das observadas nos outros planetas maiores. Outros planetas podem ser visualizados como girando seus topos no plano do Sistema Solar enquanto Urano gira como se fosse uma bola rolando em uma superfície.

Região equatorial mais quente

Um dos resultados da orientação do eixo é que, em média durante um ano, as regiões polares de Urano recebem uma grande quantidade energia do Sol em relação à região equatorial. Apesar disso, Urano é mais quente na região do equador do que nos polos.

Estrutura interna

O modelo padrão da estrutura de Urano é que

consiste de três camadas: um núcleo rochoso de

silicatos/ferro-níquel no centro, um manto glacial no

meio e uma atmosfera de hidrogênio/hélio. O núcleo é

relativamente pequeno, com uma massa de apenas

0,55 massas terrestres e um raio inferior a 20% do

planeta; o manto compreende a maior parte do

planeta, com aproximadamente 13,4 massas

terrestres, enquanto a atmosfera superior é

relativamente sem substância, com uma massa de aproximadamente 0,5

massas terrestres e se estendendo pelos 20% restantes do raio planetário.

O manto gelado não é composto de fato pelo gelo convencional, mas de uma

fluida quente e densa consistindo de água, amônia e outros voláteis. O fluido,

que tem uma alta condutividade elétrica, é algumas vezes chamado de oceano

água-amônia.

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Calor interno

O calor interno do planeta parece ser acentuadamente menor que o de outros

planetas gigantes; em termos astronômicos, tem um fluxo termal menor.

Porque Urano a temperatura interna é tão baixa ainda não é compreendido.

Netuno, que além de próximo tem quase o mesmo tamanho e composição,

irradia 2,61 vezes energia no espaço quanto recebe do Sol. Urano, por outro

lado, irradia nem mesmo o excesso de calor. A energia total irradiada pelo

planeta na parte do espectro do infravermelho distante (i.e. calor) é 1.06 ± 0.08

vezes a energia solar absorvida na atmosfera. De fato, o fluxo de calor

uraniano é apenas 0.042 ± 0.047 W/m2, que é menor que o fluxo interno de

calor terrestre de aproximadamente 0,075 W/m2. A menor temperatura

registrada na tropopausa foi de 49 K (–224 °C), tornando o planeta o mais frio

do Sistema Solar.

Os treze anéis planetários

Arcos adicionais de poeira fraca podem

existir entre os anéis principais.

Urano tem um complicado sistema de anéis

planetários, que foi o segundo a ser

descoberto no Sistema Solar após os anéis

de Saturno. Os anéis são compostos de

partículas extremamente escuras, que

variam de tamanho de micrômetros a

frações de um metro. Treze anéis são

atualmente conhecidos, sendo o mais

brilhante o anel ε. Com exceção de dois, os

anéis são usualmente estreitos com poucos

quilômetros de extensão. São provavelmente jovens; considerações dinâmicas

indicam que eles não se formaram com o planeta.

Cores dos anéis

Em Abril de 2006, imagens dos novos anéis feitas com o Observatório Keck

revelaram as cores destes: o mais externo é azul e o outro vermelho.

Uma hipótese a respeito do anel exterior azul é de que seja composto por

minúsculas partículas de gelo da superfície de Mab que é pequeno o suficiente

para espalhar a luz azul. Em contraste, os anéis interiores parecem ser cinzas.

Magnetosfera

Como os outros planetas gigantes, Urano tem um sistema de anéis, uma

magnetosfera e vários satélites naturais.

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Campo magnético

Antes de 1986, astrônomos esperam que o campo magnético de Urano fosse

alinhado ao vento solar, uma vez que estaria alinhado com os polos do planeta

que estão situadas na eclíptica.

As observações da Voyager revelaram que o campo magnético é peculiar por

não ser originado no centro geométrico do planeta e porque tem uma

inclinação de 59º em relação ao eixo de rotação. De fato, o dipolo magnético é

deslocado do centro em direção ao polo sul rotacional quase um terço do raio

planetário. Esta geometria não usual resulta em uma magnetosfera altamente

assimétrica, no qual a força do campo magnético na superfície sul pode ser tão

baixa quanto 0.1 gauss (10 µT), enquanto que no hemisférios norte pode ser

tão forte quanto 1.1 gauss (110 µT). O campo médio na superfície é de 0.23

gauss (23 µT). Em comparação, o campo magnético terrestre é

aproximadamente tão forte em qualquer dos polos, e o "equador magnético" é

a grosso modo paralelo ao equador geográfico. O momento dipolo de Urano é

50 vezes o terrestre.

Apesar do seu curioso alinhamento, outros aspectos da magnetosfera uraniana

são como de outros planetas: tem um choque em arco localizado a

aproximadamente 23 raios planetários a frente, uma magnetopausa a 18 raios

uranianos, e uma magnetocauda e cinto de radiação completamente

desenvolvidos. Em geral, a estrutura da magnetosfera de Urano é diferente da

jupiteriana e mais similar a de Saturno. A magnetocauda arrasta-se por trás do

planeta para dentro do espaço por milhões de quilômetros e é deformada pelo

movimento lateral de rotação em formando um grande saca-rolhas.

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A magnetosfera contém partículas carregadas: prótons e elétrons com uma

pequena quantidade de íons H2+. Nenhum íon pesado foi detectado. Muitas

destas partículas provavelmente derivam da coroa atmosférica quente. A

energia dos íons e elétrons podem ser tão altas quanto 4 e 1.2

megaelétronvolt, respectivamente. A densidade de íons de baixa energia (1

kiloelétrovolt) na magnetosfera interior é de aproximadamente 2 cm−3. A

população de partículas é fortemente afetada pelas luas uranianas que varrem

a magnetosfera deixando notáveis lacunas. O fluxo de partículas é forte o

suficiente para causar o escurecimento ou erosão espacial da superficie das

luas em uma escala astronômica relativamente rápida de 100.000 anos. Isto

pode ser a causa da colocação uniformemente escura das luas e anéis. Urano

tem uma aurora relativamente bem desenvolvida, que são vistas como arcos

brilhantes em volta de ambos os polos magnéticos. Ao contrário de Júpiter, a

aurora uraniana parece ser insignificante no balanço de energia da termosfera

planetária.

Variação sazonal

Mancha negra na superfície de Urano

Por um curto período entre Março e Maio de 2004, um número de largas

nuvens surgiu na atmosfera, dando ao planeta uma aparência semelhante a

Netuno. As observações incluiram uma quebra do recorde de velocidade do

vento para 229 m/s (824 km/h) e uma tempestade com trovões

persistentemente apelidada de "fogos de artifício de quatro de julho". Em 23 de

agosto de 2006, pesquisadores no Space Science Institute (Boulder, CO) e da

Universidade de Wisconsin observaram uma mancha negra na superfície,

fornecendo aos astrônomos uma maior compreensão da atividade atmosférica

do planeta

Maximo solstício e mínimo equinócio

Próximo ao solstício uraniano, um dos polos é iluminado continuamente pelo Sol enquanto a outra está oculta. Apenas uma pequena faixa perto do equador experimenta uma rápida mudança no ciclo dia-noite, mas com o horizonte muito baixo assim como nas regiões polares terrestres. No outro lado da orbita do planeta a orientação do polo em direção ao Sol é revertida. Cada polo recebe 42 anos contínuos de luz solar, seguido de 42 anos de escuridão.

Hemisfério Norte Ano Hemisfério Sul

Solstício de Inverno 1902 1986 Solstício de Verão

Equinócio Primaveril 1923 2007 Equinócio Outonal

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Solstício de Verão 1944 2028 Solstício de Inverno

Equinócio Outonal 1965 2049 Equinócio Primaveril

A fotometria sobre metade do curso do ano uraniano (começando na década

de 1950) tem demonstrado uma variação regular de brilho em duas faixas

espectrais, com a máxima ocorrendo nos solstícios e a mínima nos equinócios.

Uma variação periódica similar, com os máximos nos solstícios, tem sido

observadas nas medições de microondas da troposfera profunda. As medições

de temperatura estratosférica que iniciaram na década de 1970 também

mostraram valores máximos perto do solstício de 1986. A maioria destas

variabilidades é acreditada a ocorrência devido a mudanças na geometria de

observação.

Polo norte e sul

Existem algumas razões para acreditar que mudanças físicas sazonais estão

acontecendo em Urano. Enquanto o planeta é conhecido por ter uma região

polar no sul brilhante, o polo norte é quase turvo, o que é incompatível com o

modelo de mudanças sazonais delineado acima. Durante o solstício anterior no

norte em 1944, Urano mostrava elevados níveis de brilho, o que sugere que o

polo norte não era sempre turvo. Esta informação implica que o polo visível

brilha algum tempo antes do solstício e apaga-se após o equinócio. Análises

detalhadas de dados de microondas e do visível revelaram que as mudanças

periódicas de brilho não são completamente simétricas em volta dos solstícios,

que indicam também mudanças nos padrões dos albedos meridionais.

Finalmente na década de 1990, a medida que Urano se afastava do seu

solstício, o Hubble e telescópios no solo revelaram que a tampa polar no sul

escureceu consideravelmente (exceto o colar sul, que permanece brilhante.

enquanto o hemisférios norte demonstra aumento de atividade, tais como

formação de nuvens e ventos mais fortes, sustentando a expectativa de que

deverá brilhar em breve. Isto de fato aconteceu em 2007 quando o planeta

passou pelo equinócio: um fraco colar no norte surgiu, enquanto colar no sul se

tornou praticamente invisível, embora o perfil das zonas de ventos tenha

permanecido levemente assimétrico, com os ventos ao norte sendo de certa

forma mais lentos que os do sul.

O colar brilhante na latitude -45º

O mecanismo de mudanças físicas ainda não é compreendido. Perto dos

solstícios de verão e inverno, os hemisférios uranianos situam-se tampouco no

brilho total dos raios solares ou diante do espaço profundo. Acredita-se que o

brilho do hemisfério iluminado seja resultado do espessamento de nuvens de

metano e camadas de névoa localizadas na troposfera. O colar brilhante na

latitude -45º também é conectado com nuvens de metano. Outras mudanças

na região polar sul podem ser explicadas pelas mudanças nas camadas de

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nuvens inferiores. A variação da emissão de microondas do planeta é

provavelmente causada pela mudança na circulação da troposfera profunda,

porque nuvens polares compactas e névoa podem inibir a convecção. Agora

que os equinócios de outono e primavera estão próximos, as dinâmicas estão

mudando e a convecção pode ocorrer novamente.

Satélites

Urano tem 27 satélites naturais

São divididos em três grupos:

Treze satélites internos, cinco

grandes satélites e nove satélites

irregulares.

Os satélites internos são

pequenos corpos escuros que

compartilham propriedades

comuns e origens com os anéis de

planeta.

Os cinco grandes satélites são massivos e suficientes, para obter equilíbrio

hidrostático, e quatro deles mostram sinais de processos de condução interna

como formação de cânions e vulcanismo em suas superfícies. O maior satélite

desses cinco, Titânia, tem um diâmetro de 1 578 km e é o oitavo maior satélite

no Sistema Solar, e é cerca de 20 vezes menos massivo que a Lua da Terra.

Os satélites irregulares de Urano têm órbitas elípticas e muito inclinadas a

grandes distâncias do planeta.

Todos os satélites principais de Urano contêm quantidades aproximadamente

iguais de rocha e gelo, com exceção de Miranda, que é feito primariamente de

gelo. Os componentes de gelo podem incluir amônia e dióxido de carbono. A

superfície deles possui muitas crateras, embora todos os satélites (com

exceção de Umbriel) mostram sinais de renovação endógena da superfície na

forma de cânions, e no caso de Miranda, estruturas ovóides chamadas

coronae.

Os cinco satélites principais são Miranda, Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon

Os cinco satélites principais são Miranda, Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon

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Planeta Vênus

Rotação gira sentido horário

O segundo planeta do Sistema Solar em ordem de

distância a partir do Sol.

Translação 225 dias.

Vénus é um dos quatro planetas terrestres do Sistema Solar, significando que,

como a Terra, ele é um corpo rochoso.

Em tamanho e massa, ele é muito similar à Terra, e é frequentemente descrito

como "irmão" ou "gêmeo" da Terra. O diâmetro de Vénus é apenas 650 km

menor que o da Terra e sua massa é 81,5% a da Terra. Entretanto, as

condições na superfície venusiana diferem radicalmente daquelas na Terra,

devido à sua densa atmosfera de dióxido de carbono. A massa da atmosfera

de Vénus é composta em 96,5% de dióxido de carbono, sendo o nitrogênio a

maior parte do restante.

Apesar de que Vênus seja o planeta mais próximo da Terra (uns 40 milhões de

quilômetros em conjunção inferior) e tenha uma grande semelhança com a

Terra, toda a semelhança é externa: nenhuma sonda pode sobreviver mais do

que algumas horas sobre a sua superficie, devido a enorme pressão

atmosférica, que é 90 vezes superior à da Terra; alem disso, a temperatura gira

em torno dos 450°C, a qual é em grande parte ocasionada pelo efeito estufa

ROTAÇÃO DOS VORTICES

POLO NORTE E SUL

A atmosfera de Vénus está num estado vigoroso de circulação e super-rotação,

e circula o planeta inteiro em apenas quatro dias terrestres, muito mais rápido

que a rotação do planeta de 243 dias. Os ventos que produzem a super-

rotação atingem velocidades de mais de 100 m/s (360 km/h) e se movem a

uma velocidade 60 vezes maior que a rotação do planeta, enquanto que na

Terra os ventos mais rápidos atingem de 10% a 20% da velocidade de sua

rotação. Por outro lado, o vento fica cada vez mais lento conforme a elevação

da superfície diminui, com a brisa mal chegando à velocidade de 10 km/h na

superfície. Perto dos polos existem estruturas anticiclônicas chamadas vórtices

polares. Cada vórtice possui dois olhos e apresenta um padrão de nuvens

característico em forma de S.

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Estas nuvens girar concentricamente em torno dos pólos norte e sul, e do

espaço podem ser vistos como se fossem enormes furacões e tempestades

Rotação de Venus sentido horário

Observados de um ponto sobre o polo norte do Sol, todos os planetas orbitam

no sentido anti-horário; mas, enquanto a maioria dos planetas também gira

sobre seu eixo no sentido anti-horário, Vénus gira em sentido horário, em uma

rotação "retrógrada". O atual período de rotação de Vénus representa um

estado de equilíbrio entre a maré gravitacional do Sol, que tende a reduzir a

velocidade de rotação, e uma maré atmosférica criada pelo aquecimento solar

da espessa atmosfera venusiana. Quando se formou a partir da nebulosa solar,

Vénus pode ter tido período de rotação e obliquidade diferentes, e depois

migrou para o estado atual por causa de mudanças caóticas provocadas por

perturbações planetárias e efeitos de maré sobre sua densa atmosfera. Esta

mudança no período de rotação provavelmente ocorreu ao longo de bilhões de

anos.

Planeta Marte

O maior desfiladeiro do Sistema Solar corta a

face de Marte.

MARTE (VALLES MARINES) 3,5 BILHÕES DE

ANOS

TERRA EUA ( ARIZONA ) 2 BILHÕES DE ANOS

Valles Marineris está localizado ao longo do equador de Marte, na zona leste

da Tharsis

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O comprimento de Valles Marineris

É equivalente ao comprimento da Europa e estende-se através de um quinto da circunferência de Marte

Valles Marineris foi formada devido ao inchaço da área Tharsis que causou a crosta na área de Valles Marineris a entrar em colapso.

Valles Marineris, o "Grand Canyon" de Marte,

O grande vale mede mais de 3000 km, tem uma largura máxima de 600 km e

uma profundidade que atinge os 8 km.

Em comparação, o Grand Canyon da Terra no Arizona, EUA, mede 800 km de

comprimento, tem 30 de largura e 1,8 de profundidade. O cânion se estende

para o meio oeste, assim as sombras de suas encostas não devem interferir na

coleta de energia solar. Canais de rios dirigem-se para o cânion, indicando que

ele já foi submerso em algum momento da história geológica de Marte.

Outra grande canyon é Ma'adim Vallis

Ele é de 700 km de comprimento e mais uma vez muito maior do que o Grand Canyon com uma im Vallis foi inundado com água líquida no passado.

http://www.ccvalg.pt/astronomia http://www.pianeta-

marte.it/marte_in_cifre/canyon1.jpg

Vida em Marte

Imagens microscópicas revelaram estruturas

semelhantes a bactérias no meteorito

ALH84001.

Cientistas há muito especulam sobre a possibilidade de vida em Marte, devido

à proximidade e algumas similaridades do planeta, com a Terra. A questão

remanesce em aberto: se existe vida em Marte atualmente, ou se existiu no

passado.

Nas pesquisas feitas pelas sondas enviadas a Marte após o ano 2000, parece

dar tênue luz à objeção, já que não foram encontrados vestígios de vida atual

no planeta. Entretanto, a possibilidade de ter existido condições para a vida se

torna mais aceitável, pois há evidências da presença de água na sua superfície

num passado longínquo de dois bilhões de anos, e de existência atual de água

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nos seus pólos; além de suspeitas de que exista também água sob a superfície

do planeta. Novo ímpulso surge em 4 de Agosto de 2011, com a divulgação da

NASA através da Science, da descoberta de fluxos de água em encostas

quentes marcianas que não apenas pelo seu alto teor salino resistiria à

congelação, como justificaria ainda a vida de extremófilos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida_em_Marte

LUA

Satélite natural da terra

A origem da Lua é incerta, mas as similaridades no teor

dos elementos encontrados tanto na Lua quanto na

Terra indicam que ambos os corpos podem ter tido

uma origem comum.

Era geológica da lua

Idade da lua

4.527 bilhões de anos

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AS TEORIAS SOBRE A FORMAÇÃO DA LUA

Está hoje posta de parte a hipótese, durante muito tempo admitida, que

explicava a Lua como um fragmento arrancado à Terra na região hoje

ocupada pelo Oceano Pacífico.

George Howard Darwin

(1883–1912).

Foi Professor Plumiano de Astronomia, matemática e Filosofia Experimental

Hipótese da Fissão I

George H. Darwin – (1880) (filho do naturalista Charles Darwin) elaborou esse modelo.

Inicialmente só existia a Terra. Em algum momento da historia oscilações provocadas

pelo efeito da maré entraram em ressonância, resultando na expulsão de um grande pedaço de massa da Terra, que virou a Lua. A cicatriz desse ocorrido, seria o Oceano Pacifico.

Nesse aspecto, alguns astrónomos e geólogos consideram que a Lua teria se desprendido de uma massa incandescente de rocha liquefeita primordial, recém-formada, através da força centrífuga.

Evidencias: Lua se afasta da Terra cerca de 2 a 3 cm por ano, a constituição da lua é basicamente a mesma da superfície da Terra. Contras: Limite de Roche, e cálculos mostram que no caso de expulsão da matéria devido ao efeito da maré, o corpo deveria voltar a cair na Terra, ou seria expulsa para sempre.

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A lua teve um campo magnético e não tem mais

Tem sido observado que as maiores magnetizações da crosta parecem

estar localizadas próximo das bacias maior impacto.

Na primeira ida do homem à lua, no final dos anos 60, algumas descobertas

foram feitas na hora. Mas certas revelações só se abriram aos olhos dos

cientistas na volta à Terra. Uma das maiores surpresas estava nas rochas

lunares recolhidas por lá: algumas delas, conforme se constatou, eram

magnéticas!

Isso foi uma grande surpresa, pois se comprovou que não existe, de fato,

campo magnético na lua – que conhecemos atualmente. Mas se isso é

verdade, o que explica as tais rochas encontradas na superfície?

Quando uma rocha é magnética, significa que se podem identificar nela dois

pólos. Além disso, o material carrega em si mesmo um pequeno campo

magnético.

No caso da Terra, o campo magnético é causado devido ao fenômeno de

convecção, que ocorre no núcleo externo do planeta. Isso significa que há

circulação de fluidos (no caso, ferro fundido que transita em estado líquido) por

determinado espaço (o núcleo terrestre), em condições adequadas, para que

se crie um campo magnético.

Mas a lua foi sempre considerada muito pequena para que esse processo

pudesse acontecer. E o mistério das rochas lunares magnéticas sempre esteve

sem solução. Mas uma equipe de pesquisadores americanos e outra de

franceses parecem ter a resposta, adotando teorias diferentes, mas que se

complementam.

A tese dos americanos, que mais precisamente fazem parte da Universidade

da Califórnia, sugere que a lua tem um manto sólido, feito de pedra, que

circunda o núcleo onde há ferro líquido (mas sem força de convecção o

suficiente para produzir magnetismo).

De acordo com essa tese, o manto e o núcleo tiveram rotações em sentidos

diferentes, no passado. Este choque seria potencializado com a interação

gravitacional entre a Terra e lua, para “fabricar” magnetismo.

Com o tempo, conforme essa teoria, os eixos de rotação se alinharam, e o

efeito de magnetismo foi se anulando paulatinamente. De acordo com as

estimativas dos americanos, a lua teve campo magnético entre 4,2 bilhões a

2,7 bilhões de anos atrás.

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Enquanto os pesquisadores da Califórnia formularam essa ideia, cientistas da

Universidade Ais de Marselha (França) adotaram outro caminho. Segundo eles,

o choque entre o manto e o núcleo não seria causado pela interação

gravitacional com a Terra, e sim porque o manto sólido entra em atrito direto

com o núcleo, e esse choque entre sólidos é responsável pelo magnetismo.

Os cientistas explicam que a solução para esse mistério permanece em aberto.

É possível que apenas uma das teorias esteja correta. Mas não se pode

descartar a hipótese de que ambas coexistam para explicar porque a lua teve,

em um passado distante, um campo magnético

Sites de pesquisas

.http://hypescience.com/por-que-a-lua-teve-um-campo-magnetico-e-nao-tem-mais/

http://www.infoescola.com/astronomia/formacao-da-lua/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lua