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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS
Natasha D’Uva Solle de Figueiredo
ORIENTADORA: Prof. Fabiane Muniz
CO ORIENTADORA: Prof. Giselle Böger Brand
Rio de Janeiro 2016
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Educação Especial e Inclusiva. Por: Natasha D’Uva Solle de Figueiredo
INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS
Rio de Janeiro 2016
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele
não estaria aqui finalizando essa pós-graduação,
aos meus familiares que me apoiaram e estiveram
ao meu lado, mesmo nos momentos em que não
pude estar tão presente para eles, ao meu filho
que é a razão da minha vida e à direção da escola
em que trabalho que me permitiu aprimorar ainda
mais meus conhecimentos.
4
DEDICATÓRIA
À minha família, em especial ao meu filho, meus
pais e meu marido que são as pessoas mais
importantes do mundo para mim e à escola em
que eu trabalho, pois me proporcionou a
oportunidade de fazer essa pós-graduação, que
com certeza me tornará uma professora melhor
para os meus alunos.
5
RESUMO
A presente pesquisa foi desenvolvida através de análises
bibliográficas e de algumas práticas educativas entre docentes, com o
compromisso de trazer a educação escolar aos alunos com deficiências. Uma
nova forma de pensar os processos educativos, apresentando alternativas
pedagógicas que, por um lado, incluam os alunos e os faça pertencer a uma
comunidade escolar, prestigiando e valorizando de forma objetiva, respeitando
a sua capacidade de escolha, decisão, cultura e opinião. E por outro lado,
eleve a escola ao seu patamar de direito: o de promotora da plena cidadania de
seus alunos.
Os capítulos do presente trabalho terão como objetivo apresentar o
histórico de algumas deficiências existentes, desde o seu conhecimento até os
dias atuais, o papel dos responsáveis, dos docentes e dos alunos na inclusão
de crianças com determinadas dificuldades de aprendizagem e, por fim, fará
uma breve descrição dos sintomas e características de deficiências, tais como:
dislexia, disortografia etc.
Por fim, na conclusão da presente monografia, poderemos observar o
que foi observado como fundamental para o processo inclusivo no Brasil.
6
METODOLOGIA
O trabalho será desenvolvido com base em livros voltados para o
tema escolhido com o intuito de nortear futuros projetos de profissionais da
área de educação em uma escola inclusiva e de acordo com análises de
alunos realizada na escola Espaço do Saber.
Serão realizados estudos bibliográficos sobre o tema norteador da
pesquisa e propostas de trabalhos de produção escrita e leituras em uma nova
biblioteca que a escola em que eu trabalho está querendo inaugurar para
incentivar o desenvolvimento nessas áreas.
A presente monografia será realizada, também, fundamentada em
observações que serão feitas na escola em que trabalho, o Centro Pedagógico
Espaço do Saber, que está localizado em Vila Isabel e funciona do Berçário I
ao 5º Ano do Ensino Fundamental I. É uma escola privada regular que realiza o
trabalho de inclusão em suas salas de aula.
As redações e leituras que serão propostas aos meus alunos do 3º
Ano do Ensino Fundamental I, turma formada por 15 crianças com faixa etária
entre 8 e 9 anos de idade, servirão para ilustrar, no trabalho monográfico,
sinais de dificuldades de aprendizagem específicas.
Através das atividades realizadas dentro da escola, será possível
identificar os alunos que possuem dificuldade de aprendizagem para que seja
possível, na prática verificar a melhor forma de trabalho para que haja a
inclusão e o desenvolvimento dos mesmos.
Serão utilizados alguns materiais de leitura, tais como:
MUTSCHELLE, Marly Santos. Problemas de Aprendizagem da Crianças- São
Paulo – Editora Loyola, 1988; RIO, Maria José del. Psicopedagogia da língua
oral: um enfoque comunicativo. Porto Alegre. Artes Médicas. 1986.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Breve história da deficiência 11
CAPÍTULO II - Educação Inclusiva 15
CAPÍTULO III – Papel dos docentes, alunos e responsáveis na educação 21
3.1. Os professores 21
3.2. Os responsáveis 22
3.3. Os alunos 24
CAPÍTULO IV - As dificuldades de aprendizagem específicas 26
4.1. Disgrafia 26
4.2. Disortografia 27
4.3. Dislexia 28
4.4. Transtorno de Déficit de Atenção 29
4.5. Mutismo Seletivo 34
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 39
ANEXOS 42
8
INTRODUÇÃO
A ideia principal deste projeto é a inserção de crianças com
dificuldades de aprendizagem específicas: leitura, fala e escrita no ensino
fundamental, de forma a se fazer necessário analisar e demonstrar que
algumas práticas educativas devem ser empregadas e direcionadas a cada
aluno individualmente, e não generalizadas, como é feito atualmente, pois
todos nós somos diferentes. Alguns modelos já foram ultrapassados e até
tornaram-se inadequados frente à realidade de nossos discentes.
Quando nos momentos de reflexão mais profunda, uma equipe de
docentes se reúne para questionar o sistema de ensino no Brasil, sobretudo do
ensino oferecido às pessoas com necessidades especiais, ela não está só
avaliando a possibilidade de seu trabalho chegar a um resultado favorável e
garantir um futuro aos seus alunos, mas também o valor do papel
desempenhado como agente de mudanças que a sociedade necessita, logo a
questão central do presente trabalho gira em torno do que é necessário fazer
para facilitar a inclusão das crianças com dislexia, disgrafia, disortografia e
TDH no ensino fundamental.
Dentro dessa perspectiva existencial, sabemos que as
transformações que se esperam serão protagonizadas pelo saber construído
no seio das comunidades, a partir de uma interação motivada pelas questões
vinculadas à melhoria da qualidade de vida. Compreende sua função
mediadora nesse processo e não aceita omitir-se de seu dever. Contundo,
sabe que a escola tem representado, enquanto espaço do aprimoramento
humano, um considerável vazio nas expectativas dos alunos que a frequentam,
revelando dados que a deixa longe das condições de promotora do
desenvolvimento social, por mais que insistamos em afirmar o contrário.
Marcadamente, temos como elemento de maior peso na definição
do quadro descrito, a adoção de critérios de avaliação da realidade cultural do
aluno pelo corpo docente da instituição. E as transformações que se quer fazer
9
com o propósito de dar a orientação, que sirva de base ao desenvolvimento
cognitivo, afetivo e psicomotor do aluno ao longo de sua escolarização.
Subsidiar sua capacidade de aprender e interpretar a realidade do
mundo onde está inserido. O que deveria constituir a base para a montagem de
uma grade curricular que contribuísse efetivamente para a sociabilização e
motivação desse estudante. Levando em conta para isso, a importância da
valorização e do aproveitamento do seu saber no âmbito das atividades
escolares e comunitárias, são propósitos deixados de fora dos programas de
ensino das escolas tradicionais.
Para que haja o respeito à diversidade, a base da inclusão, devemos
começar respeitando os diferentes saberes destes alunos e assumirmos o que
não sabemos.
Desta forma, é possível compreender que o tema sugerido é de
fundamental relevância, pois atualmente, vemos muitos casos de crianças que
apresentam problemas na fala, escrita e na leitura, porém, por ser algo comum,
pouca importância vem sendo dada a essas questões.
Existem muitos trabalhos sobre autismo, síndrome de Down, porém,
poucas pessoas tem conhecimento sobre a dislexia, a disgrafia, a disortografia
e o TDH.
É muito comum vermos profissionais da área da educação falando
que fizeram cursos para trabalhar com crianças autistas, pois essa síndrome
vem sendo bastante discutida e trabalhada pela mídia, porém, na maioria das
vezes, os mesmos possuem alunos com troca de fonemas, problemas na
leitura e são incapazes de verificar que isso é um problema que precisa ser
bem avaliado para que as crianças consigam ser bem alfabetizadas.
É importante fazer um estudo sobre esse tema, pois todos os
profissionais da educação deveriam saber reconhecer os sintomas dessas
10
dificuldades específicas, para estar preparado para responder às necessidades
desses alunos, promovendo a elaboração de contextos pedagógicos que
estimulem o desenvolvimento do mesmo.
São, portanto, objetivos desta pesquisa, demonstrar como é possível
inserir crianças com dislexia, disgrafia, disortografia e TDH no ensino
fundamental.
O capítulo I trabalhará um pouco sobre a história da deficiência,
desde 1865 até os dias atuais, de como ela foi descoberta e do tratamento que
essas pessoas especiais recebem atualmente.
O capítulo II abordará a inclusão de pessoas especiais nas escolas,
dando ênfase às leis que a defendem.
O capítulo III trabalhará a importância do profissional da educação
na inclusão, assim como a importância de seu aperfeiçoamento, irá enfatizar a
importância dos responsáveis no desenvolvimento das pessoas com
necessidades educacionais e nele será feita uma análise dos alunos especiais
e da importância do processo de inclusão para os mesmos, que, em muitos
casos, apresentam um melhor rendimento após sua aceitação em uma turma
inclusiva.
Por fim, no capítulo IV, serão abordadas as dificuldades de
aprendizagem específicas, tais como dislexia, disortgrafia, entre outras, seus
sintomas e diagnósticos.
11
CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRIA DA DEFICIÊNCIA
Desde os primórdios da humanidade já existiam pessoas com
deficiências físicas e mentais congênitas ou adquiridas. Porém nunca foram
aceitos na sociedade primitiva em que estavam inseridos, onde a lei do mais
forte imperava, não havia solidariedade, era a seleção natural.
O primeiro vestígio de que esse homem existiu foi em 1865, quando
um crânio desprovido de uma parte da região facial foi encontrado em uma
caverna próximo a Dusseldorf, mas em 1911 um esqueleto mais completo, que
faltavas somente alguns ossos foi encontrado na comarca de Dordoña. A
descrição deste indivíduo, que caminhava com os joelhos semidobrados, tórax
em forma de barril, colo inclinado e as costas arredondadas, descrição que não
correspondia basicamente a imagem do homem primitivo, considerado brutal,
com fisionomia quase animal.
Entretanto, em 1955, os professores William L. Strauss da
Universidade JOHN Hopkins e A. J.E Cave, do hospital Saint Bartolomeu, de
Londres, estudaram os mesmos restos e deduziram que este esqueleto
pertencia a um homem de quarenta a cinquenta anos, deformado por artrite. A
postura do colo, a cabeça e corpo atarracado e encurvado, o que
correspondiam a lesão de artrite na coluna vertebral.
Na época romana, os escritos faziam referência aos loucos como
seres para a diversão dos ricos senadores. Em muitas sociedades o pai tinha
que decidir se queria ou não o filho “diferente”, caso negativo a criança seria
abandonada às feras.
Embora a Idade Média cristã parecesse oferecer mais esperanças,
elas não se concretizaram. A maioria das pessoas especiais era considerada
possuída pelo demônio e espíritos infernais, que somente através de
12
exorcismos se curariam, a maior parte foi parar na fogueira, pois, neste período
os portadores de deficiência física, sensorial ou mental eram vistos como
possuidores de alguma força do bem ou do mal, significando que certas
deficiências eram consideradas possessões demoníacas e outras como
divinas.
Com o advento da doutrina cristã, as atitudes de abandono são
substituídas por sentimentos de misericórdia e caridade. Os portadores de
deficiência passam a ter direitos de sobrevivência. Surgiram hospitais, asilos e
conventos para cuidarem de pessoas com deficiências, porém ninguém sequer
se preocupava com a situação dessas pessoas. Assim, segregar era exercer a
caridade, pois nos asilos, lhe eram garantidos teto e alimentação. Como cita
Alvim,
Eram considerados especialmente protegidos por Deus, que abençoava os pobres de espírito. Eram cristãos – cherétiens – donde a conuptela – cretino – que perdura na linguagem popular. Na França foram chamados “Lês enfants du bom Dieu” e na Irlanda “Os Inocentes”.(ALVIM, 1967, p. 2).
Ao chegarmos ao século XVI nos deparamos com uma ideologia
mais positiva. Quando um espanhol chamado Pedro Ponce de Leon, decidiu
mudar sua posição em relação aos escritos de Aristóteles, de que os surdos
nunca poderiam falar e jamais poderiam ser educados. Ele conseguiu ensinar a
um pequeno grupo de surdos a falar, ler e escrever. Mais tarde, em 1760, Juan
Bonet e o abade De I’Epée seguiram suas orientações e abriram a primeira
escola para surdos em Paris.
Valentin Huay decidiu fazer o mesmo com os cegos e fundou em
1784 uma instituição para ajudá-los. Estas pessoas podiam ler usando letras
moldadas em madeiras. Um aluno desta instituição chamado Luís Braille
inventou um alfabeto com seu nome.
Com as “tecnologias” a serviço das ideologias e o ambiente propício,
em 1798, também na França, haviam encontrado um menino de
aproximadamente 11 anos que tinha comportamento animal. Ele fora
13
encontrado por caçadores e levado a Paris. Felipe Pinel, que já havia se
destacado como um método avançado ao cuidar de loucos dos manicômios, o
declarou sem cura, incapaz de aprender. Porém um de seus discípulos, Jean
Marc Gaspard Itard, resolveu criar um programa para ensiná-lo. Este programa
resultou em um livro “A criança selvagem de Aveyron”, um clássico para a
história da educação das pessoas com retardo mental. Eduardo Seguin, seu
discípulo, seguiu seus passos nos esforços para a educação de crianças com
atraso na aprendizagem.
Antigamente os programas para tratamentos de pessoas com
deficiências eram rígidos, as pessoas não eram considerados seres humanos
“completos” e deveriam ficar afastados do resto da sociedade. Normalmente as
instituições ficavam em locais afastados dos grandes centros urbanos, eram
construções com portões, muros altos e jardins. A desculpa era para proteger a
integridade do interno, mas na realidade era para não “ofenderem” a
comunidade.
Algumas instituições tinham a preocupação em distinguir e separar
cada interno por sua deficiência, separadas a principio por pavilhões, outras
deixavam todos vagando junto pelos corredores, como por exemplo, pessoas
senis com outras com retardo mental.
Nestes manicômios haviam códigos de conduta ditados por médicos
e enfermeiras, tais como tipo de vestimenta, horário de dormir, comer. Ele não
poderia se sentir em casa, pois ali era um hospital. Sua escola será a terapia
ocupacional e as distrações, as terapias recreativas. Além disso, as portas
eram trancadas, as cartas e telefonemas censurados. Até a temperatura da
água do banho era ditada pelo médico. Tinham uma rotina de prisão.
Infelizmente hoje no Brasil ainda existem instituições que trabalham
desta forma com pessoas com deficiências. Algumas são abandonadas pelas
famílias nestas instituições até a morte ou são jogadas nas escolas em nossas
salas de aula, sem um laudo ou qualquer acompanhamento médico, com mães
14
que não aceitam as dificuldades dos seus filhos, impossibilitando um
tratamento adequado.
15
CAPÍTULO II
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A Educação Inclusiva teve início nos Estados Unidos através da Lei
n 94.142, de 1975 e encontra-se operando efetivamente há mais de 25 anos.
Além dos Estados Unidos, outros países também investiram maciçamente
nesta modalidade de Educação. Em Bristol, na Inglaterra, existe um dos mais
conhecidos centros de estudos a respeito de Educação Inclusiva, o CSIE
(Centre for Studies on Inclusive Education). É a partir dele que tem surgido os
principais documentos a respeito da área da Educação Especial: O CSIE -
International Perspectives on Inclusion; O UNESCO Salamanca Statement
(1994); o UN Convention on the Rights of the Child (1989); o UN Standard
Rules on the Equalisation of Opportunities for Persons with Disabilities (1993).
Um dos documentos mais importantes atualmente é o Provision for Children
with Special Educational Needs in the Asia Region que inclui os seguintes
países: Bangladesh, Brunei, China, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão,
Coréia, Malásia, Nepal, Paquistão, Filipinas, Singapura, Sri Lanka e Tailândia.
Mas, há programas em todos os principais países do mundo: França,
Inglaterra, Alemanha, México, Canadá, Itália, etc.
A Educação Inclusiva é um processo educacional que tem como
prioridade inserir e integrar alunos com deficiências e dificuldade de
aprendizagem em turmas regulares, atendendo todos os níveis de Educação,
principalmente a Básica. Ou seja, um processo social e educativo, onde
crianças e jovens tem o direito à escolarização em igualdade com os alunos
ditos “normais”.
Nesse ponto, Duek e Noujorks afirmam o seguinte: “a inclusão faz
alusão à capacidade da escola rever sua estrutura organizacional como um
todo, de modo a atender as necessidades de cada um dos seus alunos,
engendrando estratégias em favor da sua formação integral (...)”. Então, a
16
Educação Inclusiva, que antes limitava-se apenas à inserção física dos alunos
com necessidades educativas especiais, muda, a partir da década de 90,
quando os sistemas educacionais passam a ser responsáveis por criar
condições de promover uma educação de qualidade para todos e fazer
adaptações que atendam às necessidades educativas desses alunos, de
acordo com a Declaração de Salamanca (1994) e a Declaração de Educação
para Todos (Brasil. UNICEF, 1990).
No Brasil existem várias leis que deveriam dar suporte a estes
alunos, mas a maioria fica somente no papel, como veremos a seguir
começando pela Constituição Federal:
Título VII, da ORDEM SOCIAL:
Artigo 208:
III – Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - § 1 – O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público e subjetivo. V – Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. Artigo 227: II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. § 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
A Lei n 10.172001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá
outras providências:
17
O Plano Nacional de estabelece vinte e sete objetivos e metas para a educação das pessoas com deficiências educacionais especiais. Resumidamente, essas metas tratam: - do desenvolvimento de programas educacionais em todos os municípios – inclusive com as áreas de saúde e assistência social – visando a ampliação na oferta de atendimento desde a educação infantil até a qualificação profissional dos alunos; - as ações preventivas nas áreas visual, auditiva até a generalização do atendimento aos alunos na educação infantil e no ensino fundamental; - do atendimento extraordinário em classes e escolas especiais ao atendimento preferencial na rede regular de ensino; e - da educação continuada dos professores que estão em exercício à formação em instituições de ensino superior.
Lei n 8.069/90. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Lei n 9.394/96. Estabelece as diretrizes e bases da Educação nacional:
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
18
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013). § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; II - terminal idade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública regular 66de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
O Brasil fez opção pela construção de um sistema educacional
inclusivo ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para Todos,
19
firmada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com os
postulados produzidos em Salamanca (Espanha, 1994) na Conferência
Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais.
- toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, - toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas, - sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades, - aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades, - escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
Em tese a inclusão escolar, como se referem as leis, deve atender
os alunos com deficiências e dificuldade de aprendizagem, inseri-los em
classes regulares, propiciar aos professores dessas classes um suporte
pedagógico, com treinamentos, cursos, palestras, seminários, etc. Demonstrar
para a sociedade que apesar das diferenças, os alunos podem aprender juntos,
mas com objetivos e processos, inclusive avaliativos, diferentes.
Entretanto o que ocorre na maioria das salas de aulas é o seguinte:
alunos com deficiências inseridos em classes regulares, com professores sem
treinamento, mesmo o básico, excesso de alunos em sala. Processo e
objetivos únicos, sem avaliação diferenciada.
20
Enfim, uma luta diária entre os alunos e professores, uns lutando
para aprender e permanecer onde foram colocados, e outros tentando ensinar,
mesmo não possuindo qualificação específica.
21
CAPÍTULO III
PAPEL DOS DOCENTES, ALUNOS E RESPONSÁVEIS
NA EDUCAÇÃO
3.1. OS PROFESSORES
Segundo a LDB (Lei 9394 – art. 59 – Inciso III – Brasil, 1996. p. 44)
para que os professores atuem junto a crianças com deficiências, transtornos
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação em turmas regulares,
devem estar preparados para lidar com esse tipo de situação. Com
especialização adequada em nível médio ou superior para que possam inserir
os alunos corretamente em classes regulares. Infelizmente no Brasil, a
capacitação não ocorre como deveria, pois somente nos últimos anos a
disciplina Educação Inclusiva foi inserida nos currículos de Pedagogia e
Licenciaturas. Teoricamente os professores sairiam com um “treinamento” para
trabalhar com esses alunos, mas somente um ou dois períodos não qualifica
um profissional em diversos tipos de deficiências. Por outro lado, temos
milhões de professores formados há décadas atuando sala de aula, sem
nenhum treinamento específico.
Apesar dos governos divulgarem nos jornais o sucesso da inclusão
no Brasil, não é isso que é verificado na realidade. Bueno esclarece (1999),
dizendo que:
Fica claro que a simples inserção de alunos com necessidades educativas especiais, sem nenhum tipo de apoio ou assistência aos sistemas regulares de ensino, pode redundar em fracasso, na medida em que esses alunos apresentam problemas graves de qualidade, expressos pelos altos níveis de repetências, de evasão e pelos baixos níveis de aprendizagem.
E ainda:
22
Essa parece ser a dificuldade primeira ser enfrentada, já que, por um lado, os professores do ensino regular não possuem preparo mínimo para trabalhar com crianças que apresentam deficiências evidentes e, por outro lado, grande parte dos professores do ensino especial tem muito pouco a contribuir com o trabalho pedagógico desenvolvido no ensino regular.
O problema principal da inclusão ocorre, pois atualmente para que o
professor ingresse na carreira do Magistério, basta que possua o Ensino Nível
Médio Magistério/Normal, Normal Superior ou Pedagogia. Entretanto, este
professor irá enfrentar muitas dificuldades, pois não existem cursos de
aperfeiçoamento na área de Educação Especial para os professores em sala
de aula.
Para o problema começar a ser resolvido, primeiramente deve-se
entender que para trabalhar em uma turma inclusiva o professor deverá
identificar os alunos que apresentam dificuldades. E como identificá-los? Ele
não foi treinado para isso. Na maioria das vezes, acha que o aluno é
preguiçoso, relaxado, etc., e em algumas ocasiões está certo. Então como
diferenciar este aluno? Quando consegue detectar deverá encaminhá-lo, para
um especialistas, que deverá diagnosticá-lo e colocar o código do CID em
seus laudos, pois sem ele não será possível um trabalho adequado em sala.
Outro problema enfrentado em nosso país é que alguns profissionais
de escola públicas, trabalham da seguinte forma: quando o aluno é retido por 2
anos, no ano seguinte ele é promovido, mesmo que não consiga ler ou
escrever. E assim ele chega ao 5° ano, quando é finalmente reprovado
diversas vezes, até perder o estímulo para o estudo.
3.2. OS RESPONSÁVEIS
Um problema enfrentado na educação inclusiva são os responsáveis
de alunos com necessidades especiais que não aceitam as dificuldades dos
seus filhos,ou, são pessoas que possuem outros filhos menores e deixam de
dar atenção à criança. Algumas mães passam a semana inteira fora
trabalhando, deixando os cuidados com outros membros da família ou com a
23
escola. Outras acordam muito cedo para trabalhar e chegam cansadas, em
ambos os casos, mal falam com os filhos.
Uma grande parte dessas famílias acredita que somente
frequentando a escola, o aluno terá sua vida direcionada. Deixam para a escola
a responsabilidade de toda a educação da criança.
Cada escola tem um método diferente de trabalhar, porém a vivência
que possuo é de um ambiente em que no início de cada ano letivo são feitos
testes de leitura e escrita individuais com os alunos, onde são verificados os
níveis em que se encontram nestas áreas. Neste momento pode-se verificar as
distorções, e quando chegamos à conclusão que o aluno apresenta as mesmas
dificuldades do ano anterior, mesmo com o trabalho de reforço efetuado, os
responsáveis são chamados para conversar com os professores e muitas
vezes, afirmam que os seus filhos não apresentam nenhum problema em casa
ou irregularidade comportamental. Acham que é exagero do professor, que ele
não gosta do aluno e é pura implicância, afinal seus filhos são perfeitos.
Este tipo de comportamento dos pais foi discutido por Pierre Fédida,
um psicanalista francês em seu ensaio “A Negação da Deficiência”. (1984)
“O deficiente é sempre o sobrevivente, o que escapou de um cataclismo, de uma catástrofe que já produziu e nos ameaça interiormente, que nos pode acontecer. O deficiente constitui uma figura de negação violenta que desencadeia todas as nossas negações.” (p.145)
Com o passar do tempo, esses alunos sem tratamento, são
reprovados continuamente, e acabam sendo retirados da escola, ficando
deprimidos, perdendo o interesse pela escola e alguns ficam agressivos.
Mesmo quando chegam a este ponto, que em um acesso de raiva da criança
outro aluno é ferido, a culpa nunca é do seu filho, o outro provocou.
24
Em muitos casos em que os pais são chamados para conversar e
não aceitam o que é falado, há uma agressão verbal as pessoas ao redor e a
criança tem a sensação de impunidade e reproduz o mesmo comportamento
com os colegas de classe, quando não tem seus desejos atendidos. Nesses
casos ambos precisam de ajuda.
Infelizmente, em muitas reuniões bimestrais quando os responsáveis
comparecem as reuniões, o que é raro, se abstém de fazer comentários. Ficam
na maior parte do tempo observando os outros responsáveis. Querem “saber
como estão os filhos”, mas na realidade só querem ouvir notícias boas, aliás,
como todo mundo. Mais uma vez são aconselhados a buscarem ajuda para a
criança, quando as coisas não soam bem passam para a defensiva e saem
criticando o professor, vão direto à direção, afirmando, que o mesmo não tem
controle de turma, não sabe nada, etc. e não comparecem as próximas
reuniões com medo da cobrança. Alguns prometem participar, ajudar,
acompanhar mais de perto a vida do filho, entretanto ficam na promessa.
São poucos os que aceitam o conselho e buscam soluções. Desta
forma a criança consegue melhorar o seu desempenho e comportamento.
3.3. OS ALUNOS
Primeiramente, é importante identificar quais alunos possuem
dificuldades de aprendizagem e, posteriormente, verificar qual área é afetada,
para isso, é importante conhecer a definição de dificuldade de aprendizagem.
Segundo o Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem (EUA,
1997):
Dificuldade de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldade na aquisição e no uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas desordens são intrínsecas ao sujeito, presumidamente, devido a uma disfunção no sistema nervoso central, podendo ocorrer apenas por um período da vida.
25
Após analisar diversos relatórios na escola em que trabalho, percebi
que a maioria dos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem, já
demonstrou a mesma no 1° ano do Ensino Fundamental, quando começaram a
serem alfabetizados. Caso os pais não sejam sinalizados, ou, até mesmo, não
aceitem as necessidades de seus filhos, as mesmas dificuldades persistem até
sem que haja nenhuma intervenção pedagógica mais incisiva e alguns alunos
ficam desanimados, perdem o interesse, pois não conseguem acompanhar a
turma e começam a fazer bagunça.
Durante dois anos pude observar que na maioria das turmas em que
trabalhei (no primeiro ano trabalhamos em sistema de rodízio em duas turmas)
e no segundo direto com uma, que 10% a 20% dos alunos de cada turma
apresentavam dificuldades de aprendizagem.
Após a realização na anamnese de leitura, escrita e cálculos, é
possível observar sintomas de Transtornos diversos, Dislexia, Disgrafia,
Disortografia, TDAH, etc.
Os alunos cujo os pais se propõe a participar do seu processo de
aprendizagem melhoram sensivelmente, mas infelizmente muitos não possuem
essa possibilidades e acabam não tendo um bom aproveitamento, pois os
professores não podem fazer um trabalho diferenciado sem o laudo de um
médico, entregue pelos responsáveis, e acabam com baixa autoestima,
bagunceiros, desleixados até no vestir.
26
CAPÍTULO IV
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS
4.1. Disgrafia
A disgrafia é caracterizada pela escrita sem formas, garranchos, a
famosa letra feia. A criança não consegue recordar a grafia, a forma da letra.
Quando tenta lembrar de que forma a letra é apresentada, a criança torna-se
extremamente lenta. e acaba unindo-as desordenadamente. Transformando a
escrita num emaranhado de letras. A disgrafia não está associada a nenhum
tipo de deficiência intelectual, mas a perturbação da lateralidade, do esquema
corporal e das funções perceptivo-motoras.
O aluno possui lentidão ou extrema rapidez ao escrever, a letra é
ilegível. A postura ao segurar o lápis é incorreta e a escrita no geral é
desorganizada. Possui traços irregulares, marcando o papel com força ou
fracos, que são quase imperceptíveis. Não possuem orientação espacial, não
respeitam as margens, as vezes amontoam as letras nas bordas da folha do
caderno. As letras são retocadas, as hastes mal feitas, omissão de letras,
palavras, formas distorcidas, inversão, algumas são de tamanho pequeno e
outras grandes. O espaço entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
Para que aluno seja qualificado como disgráfico, ele deve apresentar
um conjunto destas característica, e não somente uma isolada.
Podemos classificar a Disgrafia em dois tipos: a motora
(discaligrafia), onde a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades
na coordenação motora para escrever as letras, números. Ela consegue ver a
grafia, mas não consegue reproduzi-la. E a perceptiva, onde não consegue
fazer uma correlação entre a grafia e os sons das letras, palavras. Algumas
vezes este aluno é classificado erroneamente como disléxico.
27
O aluno com Disgrafia necessita de apoio fora do ambiente escolar.
Profissionais da área de Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e
Psicopedagogia. Em sala de aula o professor deve evitar o uso da caneta
vermelha no momento da correção do caderno. Trabalhar com diferentes
materiais em que seja necessário o uso dos dedos e das mãos. Corte e
colagem de desenhos e figuras. Brincadeiras que estimulem o uso da escrita,
tais como escrever recados, convites. Estimular a criança sem o entanto cobrá-
la pelo resultado. Atividades como contornar pinturas, ligar pontos, seguir
tracejado, etc.
4.2. DISORTOGRAFIA
A Disortografia é caracterizada por um conjunto de erros de
ortografia causados pela troca de fonemas que afetam a contração da palavra
e ao seu entendimento. Diferente da Disgrafia, ela não afeta o traçado ou a
grafia, mas a estrutura gramatical da palavra. Os erros mais comuns são
separação de sílabas incorretamente, omissões de letras ou inversões,
confusão de sílabas, troca de plurais, falta de acentos, pontuação, trocas de
letras, etc. Que podem ser causados por desconhecimento ou negligencia.
“Em relação a estes erros ortográficos, Galaburda e Cestnick (2003, cit. in Crenitte, 2008, p. 84) salientam que a disortografia carateriza-se pela dificuldade de fixar as formas ortográficas das palavras tendo como caraterísticas mais típicas a substituição de grafemas e na dificuldade em fixar regras e padrões ortográficos, o que resulta na dificuldade de produção de textos. Serra (2008, p. 28), acrescenta que estes erros também podem ocorrer ao nível da sílaba ou palavra podendo-se constatar substituições e inversão da ordem das letras na sílaba e repetições de palavras.” (CASAL, 2013, p.42 e 43)
Disortografia em sua definição etimológica pautada nos gregos, “dis”
significa desvio ou dificuldade; “orto” corresponde correta ou direita; e “grafia” a
escrita, podese conceituar em dificuldade na escrita, acometidas por erros.
(COELHO, apud CASAL, 2013).
28
Devido a essa dificuldade apresenta desinteresse pela escrita ou
prepara textos curtíssimos. O aluno é considerado com Disortografia quando
apresenta inúmeros erros.
Segundo especialistas até a 2° ano do Ensino Fundamental o aluno
ainda apresenta dificuldades em relação aos sons das letras, tais como rr/r,
s/ss/ç, z/s, c/k, n antes p e b, etc.. A partir do 3º deve-se verificar se ao aluno
possui atraso na linguagem ou atraso global no desenvolvimento. O que
segundo pesquisas ocorre em 90% dos casos de Disortografia.
A dificuldade pode apresentar se a criança possui deficiência na
percepção, visual ou auditiva. E ainda a nível espaço-temporal, discriminação e
grafemas com traços semelhantes, etc., problemas de linguagem (dificuldade
de articulação) ou problemas de vocabulário.
O que se pode fazer: trabalhar com livros que se adequem a idade
da criança, que apresentem os sons e as grafias das letras. Palavras cruzadas,
uso de dicionários, brincadeiras como forca, onde a criança tem que encaixar a
letra certa para acertar a palavra. Incentive a escrever receitas de doces que
ela mais gosta. Escrever carta para um ídolo, etc.
4.3. DISLEXIA
É uma dificuldade que compromete a aprendizagem da leitura,
escrita, soletração e compreensão de textos. Classificado como genético e
hereditário. É o transtorno de aprendizagem mais identificado em sala de aula,
sendo responsável por mais das 10% de reprovações. Com variações em seus
graus de comprometimento, as crianças não conseguem estabelecer a
memória fonética, ou seja, associar os sons (fonemas) as letras.
Assim, nos conceitua Frank (2003):
Aprofundando um pouco mais, dislexia é um problema neurológico relacionado à linguagem e à leitura; as habilidades
29
de escrita de palavras e de textos, de audição, de fala e de memória também podem sofrer impactos. (p.04)
Como é uma alteração cromossômica, vários membros de uma
família podem ter o mesmo comprometimento. Alguns estudos revelaram que
ela pode estar relacionada a excessiva produção de testosterona pela gestante
durante a gestação.
Os sintomas normalmente aparecem na idade escolar, na fase da
alfabetização, dificuldade em ler, escrever, entendimento de texto escrito, não
associa sons as letras, não consegue decorar a tabuada, troca letras, omite
sílabas e letras, etc.
O diagnóstico é feito por exames por uma equipe multidisciplinar
(médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo). Não existe a cura para a
Dislexia e o tratamento pode durar por toda a vida. Ter Dislexia não significa
que a criança é menos inteligente, mas que possui uma dificuldade que pode
ser controlada.
Varella (2010) afirma que nos dias atuais e devido a várias queixas
de dificuldades de aprendizagem e exames comprobatórios, o diagnóstico de
dislexia está interligado a alterações no cérebro e precisa ser diferenciado de
outros distúrbios.
4.4. TRANSTORNO DE DEFCIT DE ATENÇÃO
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um
transtorno neuropsiquiátrico, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde
30
e registrado oficialmente pela Associação Americana de Psiquiatria no manual
chamado de Diagnostic and Statistic Manual (DSM), que está na sua quarta
edição. Assim Barkley (2008) caracteriza o TDA/H como sendo:
“(...) um transtorno mental válido, encontrado universalmente
em vários países e que pode ser diferenciado, em seus
principais sintomas, da ausência de deficiência e de outros
transtornos psiquiátricos”. (p.123)
O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um
transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e
acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Apresenta diversos sintomas, tais
como desatenção, hiperatividade, impulsividade ou uma combinação destes.
Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. Ele é
reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e em outros países,
as crianças portadoras possuem atendimento pedagógico escolar
especializado e diferenciado.
O TDAH atualmente é o transtorno comportamental infantil mais
diagnosticado. Ele afeta aproximadamente de 3% a 6% de crianças em idade
escolar. O transtorno é mais diagnosticado em meninos do que em meninas.
Alguns estudos comprovaram que o TDAH pode ser herdado geneticamente,
mas as causas não ainda foram totalmente esclarecidas. Aparentemente, ele
costuma se estabelecer cedo na vida da criança, enquanto o cérebro está se
desenvolvendo. Após estudos de imagens de cérebros de crianças, sugeriram
que o cérebro de uma criança com TDAH é diferente do de uma criança
normal.
Algumas crianças que possuem problemas comportamentais são
diagnosticadas erroneamente como portadores de TDAH , em contra partida
outras que realmente possuem o transtorno não são diagnosticadas. Para que
possa ser diagnosticado corretamente devem-se observar os sintomas
específicos, e que se revelem em vários ambientes. As crianças devem
31
apresentar pelo menos seis sintomas de desatenção ou seis sintomas de
hiperatividade/impulsividade antes dos 7 anos. Devem ter-se manifestado pelo
menos há seis meses em mais de dois ambientes, que sejam classificados
como relevantes para a criança, tais como em casa, na escola e nos
relacionamentos sociais. Nas mais velhas será necessário um diagnostico
clínico.
Alguns sintomas como depressão, falta de sono, incapacidade de
aprender, transtornos de tique e problemas comportamentais podem ser
confundidos com TDAH. Entretanto, a criança deverá ser examinada com
cuidado para que não haja outros problemas mais graves sendo camuflados e
a criança seja rotulada com TDAH. Normalmente o portador possui outros tipos
de comorbidades.
Os sintomas de TDAH se dividem em três grupos:
Falta de atenção (desatenção) - sintomas
Não consegue prestar atenção em detalhes ou comete erros
resultantes de descuidos no trabalho escolar. Tem dificuldade de manter a
atenção nas tarefas ou em jogos. Parece não escutar quando falamos
diretamente com ela. Não segue as instruções completamente e não consegue
terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres. Apresenta dificuldade de
organizar tarefas e atividades. Evita ou não gosta de tarefas que demandem
manter esforço mental (como trabalhos escolares). Seguidamente perde
brinquedos, trabalhos, lápis, livros ou ferramentas necessárias para tarefas ou
atividades. Não possui organização com cadernos, livros. Distrai-se facilmente
com qualquer estímulo alheio. Frequentemente, tem problemas de memória em
atividades cotidianas. Algumas vezes fixa um ponto no horizonte e desliga-se
completamente;
Hiperatividade - sintomas
32
Agita as mãos e o pés o tempo todo e se retorce na cadeira e não
consegue manter-se sentado por muito tempo em uma cadeira na sala de
aula. Corre, sobe em móveis, arrasta cadeira em sala de aula ou em situações
inapropriadas. Tem dificuldade de brincar ou fazer qualquer atividade em
silêncio. Parece estar "ligada na tomada em 220" e fala excessivamente sem
parar.
Comportamento impulsivo (impulsividade) - sintomas
Precipita-se a responder as perguntas antes que elas sejam
completadas e tem dificuldade de aguardar a vez. Interrompe ou se mete-se
entre os outros (intromete-se em conversas e jogos)
Algumas crianças com TDAH são primariamente do tipo desatento.
Outras podem ter uma combinação de tipos. As que sofrem do tipo desatento
são menos perturbadas e muitas vezes não recebem o diagnóstico de TDAH.
Entretanto, os portadores de TDHA não possuem somente pontos
negativos existem alguns diferenciais positivos. Quando tratados corretamente
são verdadeiros talentos criativos e demonstram ter pensamento original, "fora
da caixa". Adotam um jeito diferente de encarar a própria vida. Alguns são
imprevisíveis na forma de abordagem em diferentes assuntos. Persistência e
resiliência são traços marcantes, destes indivíduos, mas às vezes podem
parecer cabeças-duras. Geralmente muito afetivos, de comportamento
generoso e altamente intuitivos. Na maioria dos casos possuem uma
inteligência acima da média e procuram focar em uma área para que possam
manter a concentração, geralmente algo que o agrade (ex: computador, video-
game, etc.)
Apesar disso alguns problemas podem surgir quando tornam-se
adultos. Alguns possuem grande dificuldade para colocar suas ideias em
prática. Não conseguem se fazer entender ou explicar seus pontos de vista.
Não tem iniciativa e possuem o humor volúvel, passam da raiva para a tristeza
33
muito rapidamente. Devido a isso, apresentam pouca ou nenhuma tolerância à
frustração. Organização e gerenciamento do tempo são problemas crônicos. A
busca de emoções fortes para suprir a necessidade de adrenalina constante.
Inconscientemente, podem provocar conflitos apenas para satisfazer essa
necessidade. Algumas vezes tendem ao isolamento e buscam por atividades
solitárias. Raramente conseguem aprender com os próprios erros ou sequer
admiti-los.
O tratamento médico baseia-se em medicamentos e
acompanhamento especializado permanente, com apoio psicológico,
fonoaudiológico, terapeuta ocupacional ou psicopedagógico.
É importante a avaliação dos medicamentos, pois muitos deles
possuem efeitos colaterais. A duração do tratamento medicamentoso
dependerá da resposta da criança e deverá ser analisado individualmente. Pois
alguns medicamentos podem trazer complicações cardiológicas e até causar
morte súbita ao paciente.
Para ajudar no desenvolvimento cognitivo da criança é recomendado
o estudo em ambientes silenciosos que não tenham distrações. Na escola
sentar próximo ao professor, na fileira da frente, longe de portas e janelas.
Aulas de reforço ou explicadora particular podem melhorar o desempenho, pois
o aluno receberá um atendimento individualizado. Os acertos devem ser
valorizados e os erros devem ser discutidos, mas deve haver a punição
adequada, para que não haja a sensação de impunidade em relação aos
outros alunos.
Algumas crianças já chegam na escola agressivas, pois foram
criadas em ambientes familiares agressivos. Nesse caso, a família deverá
buscar apoio psicoterápico para poder se relacionar com esta criança.
Existem diversos medicamentos conhecidos no mercado
farmacêutico para o tratamento do TDHA. Alguns são chamados de
34
psicoestimulantes (também conhecidos como estimulantes) são as drogas mais
comuns usadas no tratamento. Apesar do nome, essas drogas na verdade têm
um efeito calmante.
Conversar com os professores da criança regularmente para
acompanhar os avanços ou dificuldades. Mantenha uma rotina diária , com
hora certa para as refeições e para atividades externas. Ter um quadro com
orientações no quarto da criança com horários de atividades. Faça as
alterações nessa programação antecipadamente e não em cima da hora.
Procurar seguir uma dieta saudável e variada, com muitas fibras e nutrientes
básicos para a alimentação. Uma boa noite de sono, certificar-se de que a
criança durma o suficiente. Dê regras claras e consistentes para crianças.
O TDAH é uma doença crônica, se a criança não for tratada
adequadamente, terá problemas na adolescência podendo se envolver com
álcool, drogas e sério candidato ao fracasso escolar, e quando adulto terá
problemas para manter o emprego e problemas com a lei.
4.5. MUTISMO SELETIVO
Trata-se de um distúrbio apresentado em apenas sete em mil
crianças, segundo pesquisas, a maioria do sexo feminino, tímidas, introvertidas
e ansiosas. Caracteriza-se pela recusa da criança comunicar-se com
indivíduos que não pertençam ao círculo familiar, pai e mãe. Elas recusam-se
a falar com estranhos, mesmo que sejam crianças como ela, inclusive animais.
Geralmente é ligado ao extremo nível de ansiedade, em alguns casos tem
origem genética, podendo ser observados em um dos genitores.
A ausência de comunicação pode vir atrelada a diversas
comorbidades tais como tartamudez, dificuldade auditiva, transtorno de
aprendizagem, transtorno de adaptação ou de separação, depressão nervosa,
autismo ou transtorno de ansiedade e algum trauma psicológico.
35
Além da mudez a criança tem dificuldade em olhar nos olhos de
outros indivíduos, não sorriem ou permanecem com olhar vago. Não gostam de
lugares lotados ou barulhentos
Muitas vezes, na escola, essas crianças são confundidas com
Autistas.
36
CONCLUSÃO
O que é inclusão? No início citamos alguns avanços em relação as
técnicas educacionais, leis, etc., para inclusão de alunos com dificuldade de
aprendizagem. Alguns pesquisadores afirmam que estas crianças deveriam
estudar em classes especiais, onde poderiam ter um atendimento melhor, mais
direcionado, com especialistas. Mas os especialistas não sabem alfabetizar.
Então em que campo se enquadra a inclusão escolar? Qual o seu verdadeiro
lugar e papel na sociedade? Os questionamentos são tantos, que nos
preocupamos em respondê-los e esquecemos de resolvê-los.
Quando uma criança apresenta dificuldades na aprendizagem da
leitura ou escrita não devemos considerar, sistematicamente, que a
responsabilidade recaia sobre o professor. A criança seguiu durante anos no
ciclo, “inserido” em uma classe regular, quando sai da “zona de conforto”, as
avaliações tornam-se cruéis. Surge o fantasma da reprovação, fato ocorre
algumas vezes consecutivas. E finalmente anos mais tarde, alertados, os pais
o encaminham para um especialista, demasiadamente tarde, o diagnóstico se
apresenta.
O atraso em que se encontra a criança, ou melhor, o adolescente
em relação a idade série requer medidas drásticas para recuperar o
conhecimento que não foi absorvido. O que claro poderá ocorrer um dia, mas
sempre haverá umas lacunas, e são elas que geralmente fazem falta em
determinados momentos da vida. Se houvesse uma preocupação com esses
alunos que desde cedo já sinalizam que alguma coisa está “fora do lugar”, não
poderiam evitar chegar a esta situação?
Seria muito fácil e também absolutamente injusto, dizer que alguns
professores que somente possuem o Ensino Médio, e que jamais tenham
participado em sua carreira de um treinamento especializado sejam culpados
de não perceberem, que em suas classes regulares com mais de 35 alunos,
37
existam alunos com Dislexia, TDAH, Disgrafia, etc, pois os que tem nível
superior, ou seja, graduado em Pedagogia, também desconhecem.
Existem efetivamente alguns professores que possuem um talento
pedagógico, acrescido de sensibilidade, que conseguem detectar a dificuldade
de aprendizagem em seus alunos e conseguem inventar um método ou uma
técnica para implantar em sua sala de aula e recuperar ou amenizar o desastre
do tempo anteriormente perdido dos alunos.
Mas estes são poucos, ou raros, mas essa não é a questão. A ideia
é seguinte: a inclusão deveria ser iniciada quando a “metodologia tradicional”
desse sinal de fracasso. logo no 1° ano do ensino fundamental.
Atualmente a inclusão está reservada aos casos mais graves de
crianças que apresentam sinais de deficiência física, mental aparente, ou seja,
se não está na cadeira de rodas, tem deformidades físicas, etc. Se não
apresenta nenhuma destas características é preguiçosa. E lembremos, que
são aqueles professores sem treinamento que irão atuar também com os casos
mais graves.
Se considerarmos o campo da leitura e da ortografia para uma
criança aprenda a ler e a escrever e tenha uma linguagem sem problemas, a
motricidade (coordenação, rapidez ,habilidade, lateralidade, orientação espacial
e temporal,...), a afetividade ( desejo de aprender, possibilidade de trabalhar
em grupo, de suportar uma frustração) e da (possibilidade de análise visual e
auditivo, de memória, de atenção, de concentração e de habilidade mental...)
devem estar normalmente desenvolvidos. Porém também não é também o
papel da educação desenvolver e aperfeiçoá-los? Educar não é só “transmitir”
a criança um número de “receitas” e de conhecimentos, é instruí-lo também e
desenvolver a harmonia do ser, sua formação cultural e sua socialização.
Se transpormos estas palavras para o campo prático, então faremos
a seguinte pergunta: De que servirá uma lição de História, se a criança não
38
tiver aprendido a manter a sua situação atenção e situar-se no tempo, de que
servirá uma lição de cálculo se não desenvolveu a habilidade mental, de que
servirá, finalmente, a lição de leitura, a escrita se não se situa no espaço e no
tempo, se o circuito visão-audição-motricidade não foi estabelecido?
Ensinar a compreender, a observar, a reter, a analisar, a transpor, a
supor, a evitar, a julgar, a perder,... Não é educação? Reduzi-la a instrução,
não é encerrar a parte mais importante de sua missão?
A tarefa do verdadeiro educador é árdua, mas ela seria atenuada se
as autoridades responsáveis pela educação, se preocupassem não com
números de crianças “alfabetizadas”, mas como esse processo está sendo
desenvolvido, pois se não houver uma conscientização sobre o assunto, não
poderemos nem pensar na palavra futuro.
39
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42
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Redações escritas por alunos do 3º Ano do Ensino
Fundamental I;
43
ANEXO 1
Redações escritas por alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental I
44