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MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA PROCESSO : 04 UNIDADE GESTORA : Escritório Financeiro em Nova York OBJETIVO DA AUDITORIA : Tomada de Contas Anual EXERCÍCIO : 2011 Relatório de Auditoria de Gestão nº 04 /2012 Em atendimento à determinação contida no Memorandum CISET nº 20, de 20 de janeiro de 2012, do Secretário de Controle Interno, apresentamos o presente Relatório de Auditoria, que examina os atos e os fatos de gestão praticados no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2011, sob a responsabilidade dos dirigentes da Unidade em referência. I - INTRODUÇÃO 2. As observações feitas no presente Relatório agregam os atos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial do Escritório Financeiro em Nova York (EFNY) na qualidade de unidade gestora executora (2400.17) e Posto (2400.55). 3. Os exames foram efetuados por amostragem, de acordo com as normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Os exames

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MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO

COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA

PROCESSO : 04

UNIDADE GESTORA : Escritório Financeiro em Nova York

OBJETIVO DA AUDITORIA : Tomada de Contas Anual

EXERCÍCIO : 2011

Relatório de Auditoria de Gestão nº 04 /2012

Em atendimento à determinação contida no Memorandum CISET

nº 20, de 20 de janeiro de 2012, do Secretário de Controle Interno, apresentamos

o presente Relatório de Auditoria, que examina os atos e os fatos de gestão

praticados no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2011, sob a

responsabilidade dos dirigentes da Unidade em referência.

I - INTRODUÇÃO

2. As observações feitas no presente Relatório agregam os atos de

gestão orçamentária, financeira e patrimonial do Escritório Financeiro em Nova

York (EFNY) na qualidade de unidade gestora executora (2400.17) e Posto

(2400.55).

3. Os exames foram efetuados por amostragem, de acordo com as

normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Os exames

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contemplaram as seguintes áreas:

a) Gestão orçamentária.

b) Gestão Financeira.

c) Gestão de Recursos Humanos.

d) Adiantamentos a Unidades e Entidades:

i) Concessão de Adiantamentos.

ii) Prestação de contas dos recursos repassados aos Postos.

e) Recolhimento de Recursos ao Tesouro Nacional.

f) Contratos – Programa Complementar de Assistência Médica do

Serviço Exterior (PCAMSE).

g) Convênios.

h) Renda Consular e Cultural.

4. Os trabalhos da Auditoria concentraram-se na análise de

consistência de dados de sistema informatizado e de adequação de mecanismos

para controle do processo de prestação de contas (PC) apresentadas pelos Postos,

no exame dos adiantamentos concedidos aos Postos em mora no dever de

prestação de contas, seja por falta de encaminhamento da Guia de Remessa de

Prestação de Contas (GRPC), seja por ausência de medidas tempestivas para

corrigir falhas com vistas à conclusão do processo de prestação de contas por

parte do Escritório Financeiro.

5. Com relação à folha de pagamento, a Auditoria utilizou o extrator

de dados para confrontar dados funcionais e financeiros entre os registros do

Sistema Integrado de Administração de Pessoal (SIAPE) e do APEX, com o

objetivo de avaliar riscos de inconsistência de informações do cadastro funcional

entre os sistemas, pagamentos de vencimentos e vantagens simultâneos no Brasil

e no exterior, encarregaturas, ajudas de custo, bem como o controle de devolução

de valores registrados na rubrica “Reposição ao Erário” nos sistemas

supramencionados.

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6. A equipe de auditoria utilizou, ainda, informações do extrator de

dados do SIAPE para avaliar se os cadastros dos segurados e de seus

dependentes, registrados no sistema do PCAMSE, fornecidos pela Unidade,

guardam conformidade com os dados funcionais dos servidores ativos e inativos

e dos pensionistas, que se encontram registrados no SIAPE.

7. Com relação à Unidade 2400.55 – Escritório Financeiro em Nova

York (Posto), a amostragem foi feita com base em informações sobre atos de

gestão orçamentária e financeira extraídas do Sistema Integrado de

Administração Financeira (SIAFI). Considerando a natureza das atividades do

Escritório Financeiro como Posto, foram selecionados processos administrativos

de licitação e de pagamentos relacionados às despesas de maior materialidade

com locação de imóveis, contrato de seguro de assistência à saúde dos

contratados locais, concessão e prestação de contas de suprimentos de fundos,

entre outros. Ademais, foram verificados os controles de bens móveis e de

almoxarifado.

II - TOTAL E REPRESENTATIVIDADE DA DESPESA REALIZAD A

8. As despesas realizadas pela Unidade Executora (2400.17), no

exercício de 2011, totalizaram US$ 678,058,271.09 (seiscentos e setenta e oito

milhões, cinquenta e oito mil, duzentos e setenta e um dólares e nove cêntimos),

equivalentes a R$ 1.271.901.704,88 (um bilhão, duzentos e setenta e um milhões,

novecentos e um mil, setecentos e quatro reais e oitenta e oito centavos), que

correspondem a 58,32% do montante das despesas realizadas pelo Itamaraty, no

País e no Exterior.

9. Do total das despesas realizadas (US$ 678,058,271.09), US$

318,086,096.27 correspondem a despesas com Pessoal e Encargos sociais do

pessoal do Quadro Permanente, que representam 46,91% dos recursos utilizados

no exterior, conforme demonstra o quadro a seguir.

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Tipo de Despesa Valores - US$ Valores - US$ % Despesas Correntes 664,767,707.76 98,04 Pessoal e Encargos Sociais 318,086,096.27 46,91 Outras Despesas Correntes 346,681,611.49 51,13 Despesas de Capital 13,290,563.33 1,96 Investimentos 13.290.563,33 1,96 Total 678,058,271.09

10. Excluindo as Despesas com Pessoal e Encargos Sociais, os gastos

efetuados pelo EFNY correspondem a 30,96% das despesas realizadas pelo

Itamaraty, no País e no Exterior.

11. Os recursos movimentados pelo Escritório Financeiro destinaram-

se ao pagamento das despesas com Vencimentos e Vantagens Fixas, Obrigações

Patronais, Auxílio Familiar, Diárias de Pessoal do Quadro Permanente e de

Seguro Médico e Hospitalar, e de recursos autorizados pelas diversas Unidades

Gestoras Coordenadoras do Ministério em suas respectivas áreas de atuação e

corresponderam às atividades da rede de Postos no Exterior não interligados ao

SIAFI:

UGC VALOR %

DSE *381.205.564,22 56,22

DAEX 232.515.613,40 34,29

CG FOME 20.070.659,58 2,96

ABC 17.368.909,72 2,56

DC 10.197.586,02 1,5

DPR 4.373.005,38 0,64

DCD 4.070.103,75 0,6

DCB 2.616.729,31 0,39

COF 2.316.244,45 0,34

CNORIO 1.135.966,14 0,17

CGCPLP 1.110.389,06 0,16

DEC 1.041.565,85 0,15

DCT 24.161,56 0

IRBR 11.772,65 0

TOTAL 678.058.271,09 100 *US$ 356.934.704,87 correspondem a despesas com Vencimentos e Vantagens Fixas, Obrigações Patronais, Auxílio Familiar e Seguro Médico e Hospitalar.

12. Com relação à Unidade 2400.55 – Escritório Financeiro em Nova

York (Posto), as despesas no exercício de 2011 totalizaram US$ 5.358.948,15

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(cinco milhões, trezentos e cinquenta e oito mil, novecentos e quarenta e oito

reais e quinze cêntimos), equivalentes a R$ 10.052.314,93 (dez milhões,

cinquenta e dois mil, trezentos e quatorze reais e noventa e três centavos), que

correspondem a 0,37% do montante das despesas realizadas pelo Itamaraty, no

País e no Exterior.

III - RESULTADO DOS EXAMES

13. Com base nos exames realizados na documentação comprobatória

dos atos e dos fatos de gestão, que deram origem ao presente processo, e em

cumprimento ao disposto no Anexo III da Decisão Normativa TCU nº 117/2011,

apresentamos as seguintes observações:

14. Não há ocorrência de atos de gestão relacionados aos itens 10, 11 e

18 do Anexo III da DN/TCU nº 117/2011.

III.1 - Avaliação da conformidade das peças de que trata o art. 13 da IN TCU nº 63/2010. 15. A Unidade elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do

Tribunal de Contas da União para o exercício de 2011. As peças contemplaram,

parcialmente, os formatos e os conteúdos obrigatórios nos termos da DN/TCU nº

108/2010, da Portaria-TCU nº 123/2011 e da Decisão Normativa TCU nº

117/2011.

III.2 - Avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão, em especial quanto à eficácia e eficiência no cumprimento dos objetivos e metas (físicas e financeiras) planejados e/ou pactuados para o exercício, identificando as causas de insucessos no desempenho da ação administrativa. 16. O Escritório Financeiro, na qualidade de Unidade Gestora

Executora, (UG 2400.17), transfere recursos em diversos Programas de Trabalho

previstos no Programa Plurianual às Embaixadas e às repartições consulares. A

responsabilidade pela avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da

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gestão dos recursos previstos na Lei Orçamentária Anual e registrados no

SIGPLAN é das Unidades Gestoras Coordenadoras na Secretaria de Estado.

17. Durante os trabalhos realizados in loco, na Unidade Gestora, a

equipe de Auditoria constatou que o Escritório Financeiro cumpriu as diversas

atividades operacionais sob sua responsabilidade relacionadas no Relatório de

Gestão e atingiu os objetivos e as metas previstas para o exercício de 2011. Os

resultados alcançados pelo Escritório Financeiro foram, em geral, satisfatórios.

III.3 - Avaliação dos indicadores instituídos pela Unidade para avaliar o desempenho da sua gestão quanto: à capacidade de representar a gestão; à capacidade de apresentar séries históricas; a confiabilidade das fontes dos dados e se a metodologia escolhida para a coleta, processamento e divulgação é transparente; à facilidade de obtenção dos dados e a razoabilidade dos custos de obtenção do indicador em relação aos benefícios para a melhoria da gestão da unidade. 18. Tal como ocorrido em exercícios anteriores, a Unidade não elencou

os indicadores ou os parâmetros usados para avaliar o desempenho da gestão,

quanto à utilidade e a mensurabilidade. Portanto, a Auditoria não pode

manifestar-se sobre sua qualidade e confiabilidade.

III.4 – Avaliação da gestão de pessoas, em especial, da força de trabalho existente e da observância à legislação sobre admissão, remuneração, cessão e requisição de pessoal, bem como, se for o caso, sobre concessão de aposentadoria, reformas e pensão. 19. Os atos relativos a admissão, remuneração, cessão, requisição,

concessão de aposentadoria, reforma ou pensão, relativos a servidores públicos,

estão reportados no Relatório de Auditoria de Gestão da Unidade Gestora

Departamento do Serviço Exterior – DSE (UG 2400.09), à qual compete

gerenciar a política de recursos humanos do MRE, no Brasil e no exterior,

conforme prevê o artigo 213 da Portaria Ministerial nº 212/2008.

20. Os Postos no Exterior, quando da contratação de Auxiliares

Locais, devem observar o Guia de Administração dos Postos, o Decreto nº

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1570/95, a Portaria Ministerial nº 12/1995, entre outros normativos vigentes. O

processo seletivo, e as contratações, somente são realizados após autorização da

Secretaria de Estado.

III.5 - Avaliação da estrutura de controles instituída pela unidade jurisdicionada com vista a garantir que seus objetivos estratégicos para o exercício fossem atingidos. Deve-se buscar a confirmação ou não do posicionamento assumido pela Unidade no Relatório de Gestão quando do atendimento do item 9 da Parte A do Anexo II da DN TCU nº 108/2010, detalhado no item 9 da Portaria nº 123/2011, considerando as afirmativas que compõem o Quadro A.9.1 desse item. 21. A UG limitou-se a informar no item 9 “Informações sobre o

funcionamento do sistema de controle interno da UJ (...)”, do Relatório de Gestão

sobre a avaliação dos controles internos, o seguinte termo “Não se aplicam à UJ

em questão”. Cumpre ressaltar que a demonstração da estrutura do Controle

Interno prevista no item 9.1, bem como o preenchimento do Quadro A.9, da

Portaria TCU nº 123/2011, que dispõe sobre orientações às unidades

jurisdicionadas ao Tribunal quanto ao preenchimento dos conteúdos dos

relatórios de gestão referentes ao exercício de 2011, possibilita ao Gestor avaliar

o funcionamento dos controles do Posto.

22. A exemplo de anos anteriores, observou-se que o Escritório

Financeiro obedece o princípio da segregação de funções. O EFNY possui, ainda,

bons sistemas informatizados estruturados que permitem, com razoável

segurança, o controle de recursos financeiros das contas mantidas no Banco do

Brasil, Agência Miami, concessão e aprovação de prestação de contas dos

recursos repassados aos Postos, entre outros. Portanto, o Escritório Financeiro

conta com controles adequados dos atos de gestão orçamentária, financeira e

operacional. As normas internas previstas no Guia de Administração dos Postos e

no Manual do Patrimônio aprovados por Portaria Ministerial são observados pela

Unidade. No que tange ao controle da folha de pagamentos, o Posto deve passar

a informar à Secretaria de Estado, tempestivamente, os pagamentos a maior

ocorridos na folha de pagamentos no Exterior, dos servidores removidos para o

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Brasil, de modo a permitir à SERE descontar na folha de pagamentos do SIAPE,

em uma única parcela, os valores pagos a maior, em conformidade com o § 2º do

art. 46 da Lei n° 8.112/90. Do mesmo modo, o Posto deve solicitar autorização

tempestiva da SERE, para descontar na folha de pagamentos do Exterior valores

pagos a maior a servidores em exercício no Exterior.

23. Com relação ao sistema de controle administrativo da Unidade

referente à seleção de comprovantes de despesa, previsto no parágrafo 13.3.3 do

GAP/2011: “O EFNY procederá sorteio, em cada semestre, de Postos aos quais

solicitará cópias de comprovantes de despesas. Os Postos deverão encaminhar

os documentos solicitados no prazo máximo de 15 dias. (ver item 13.3.1)”, a

Auditoria mantém o entendimento assinalado nos relatórios de anos anteriores

de que carecem de definição, nos normativos, os seguintes procedimentos:

a) definição de data/prazo/quantidade de Postos dos quais o EFNY

solicitará os comprovantes de despesa;

b) obrigatoriedade de que sejam registradas em ata, a data do

sorteio e a relação dos Postos selecionados para apresentação dos

comprovantes de despesas;

c) aplicação de penalidades aos Postos que deixam de encaminhar

os documentos solicitados no prazo estabelecido no parágrafo 13.3.3 do

GAP/2011.

III.6 – Avaliação objetiva acerca da aderência da UJ aos critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, materiais de tecnologia da informação (TI) e na contratação de serviços ou obras, bem como sobre informações relacionadas à separação de resíduos recicláveis descartados, em observância, respectivamente, à Instrução Normativa nº 01/2010 e à Portaria nº 2/2010, ambas da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e ao Decreto nº 5.940/2006. A avaliação deve buscar, também, a confirmação ou não do posicionamento assumido pela Unidade no Relatório de Gestão quando do atendimento do item 10 da Portaria TCU nº 123/2011, considerando as afirmativas que compõem o Quadro A.10.1 desse item.

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24. Por tratar-se de Unidade situada no Exterior, os critérios de

sustentabilidade ambiental observados, no momento das compras e/ou

contratação de serviços, são aqueles definidos na legislação do país.

III.7 – Avaliação objetiva sobre a gestão de tecnologia da informação (TI) da Unidade, destacando o planejamento existente, o perfil dos recursos humanos envolvidos, os procedimentos para salvaguarda da informação, a capacidade para o desenvolvimento e produção de sistemas e os procedimentos para a contratação e gestão de bens e serviços de TI. A avaliação deve buscar, também, a confirmação ou não do posicionamento assumido pela Unidade no Relatório de Gestão quando do atendimento do item 12 da Parte A do Anexo II da DN TCU nº 108/2010, detalhado no item 12 da Portaria-TCU nº 123/2011, considerando as afirmativas que compõem o Quadro A.12.1 desse item. 25. A UJ não pratica ato de gestão autônoma de Tecnologia da

Informação. As aquisições e as contratações no âmbito da UJ, bem como o

desenvolvimento de sistemas, devem seguir as diretrizes traçadas pela

Coordenação-Geral de Planejamento Administrativo (CGPLAN) do

Departamento de Comunicações e Documentação (DCD), Unidade Gestora na

Secretaria de Estado responsável pelo Plano Diretor de Informática (PDI). O

Escritório Financeiro dispõe de 3 (três) contratados locais que são responsáveis

pelo desenvolvimento e pela manutenção dos sistemas utilizados pelo Escritório

Financeiro (APEX, EDEX, EXOR, entre outros).

III. 8 - Avaliação da situação das transferências mediante convênio, contrato de repasse, termo de parceria, termo de cooperação, termo de compromisso ou outros acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, vigentes no exercício de referência 26. Conforme detalhado no Anexo IV do Relatório de Gestão,

encaminhado ao Tribunal de Contas da União, foram repassados recursos, para

aplicação em convênios, no montante de US$ 946,313.42 (novecentos e quarenta

e seis milhões, trezentos e treze mil dólares e quarenta e dois cêntimos). Cabe

registrar que, em 2007, existiam 11 (onze) documentos de convênios firmados

com entidades no Exterior. Atualmente, existem apenas 4 (quatro) instrumentos

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firmados com institutos culturais, com tendência a diminuir ainda mais nos

próximos anos.

27. No que tange aos convênios, a análise, por amostragem, realizada

pela equipe de Auditoria, restringiu-se aos registros contábeis efetuados no

SIAFI, uma vez que as prestações de contas apresentadas pelos convenentes

ficam arquivadas nos Postos. Conforme mencionado nos relatórios de auditorias

anteriores, a responsabilidade pela aprovação das prestações de contas dos

convênios é da Unidade Gestora Responsável. Ao EFNY compete apenas o

registro contábil da operação no SIAFI. A baixa de responsabilidade pela correta

aplicação dos recursos repassados efetua-se com base nas comunicações

telegráficas dos Postos.

28. Constatou-se que os registros contábeis das baixas efetuadas

tiveram como documentações de suporte comunicações telegráficas dos Postos,

que informam sobre o recebimento e sobre a análise das respectivas prestações

de contas.

29. Acerca do convênio firmado entre a Embaixada em Montevidéu e a

Universidade da República do Uruguai, no montante de US$ 10.000,00 (dez mil

dólares), ainda pendente de baixa, e objeto do Acórdão nº 4131/2012 – TCU – 2ª

Câmara, após análise da documentação existente, foi possível verificar que: (i) o

convênio foi firmado em 2007; (ii) em 2008, foi recebida prestação de contas;

(iii) após análise, foi registrada a ausência de comprovantes e de conta bancária

específica; (iv) em 2009, foi realizada reunião com a contadora responsável pela

Universidade, ocasião em que a funcionária explicou que o “Informe de

Rendición” entregue à Embaixada equipara-se a documento destinado a

concedentes de outros países. A contadora prontificou-se a verificar a

possibilidade de encaminhar os comprovantes solicitados; (v) a Universidade

alegou que não poderia atender à exigência de abertura de conta bancária

específica, devido ao fato de a Contadoria Geral da Nação impedir abertura de

outras contas além da conta única; (vi) a Universidade alegou, ainda, que não

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poderia firmar outros convênios, por constar cláusula com menção unicamente à

aplicação de leis brasileiras; e (vii) em 2009, foram recebidos comprovantes,

porém, não em sua totalidade.

30. Até o momento dos trabalhos de auditoria, não havia menção ao

atingimento dos objetivos do convênio. A Embaixada do Brasil em Montevidéu

encaminhou, em maio de 2012, pelo Telegrama 569, a avaliação de resultado do

convênio firmado em 2007, na qual consta a seguinte conclusão: “como

mecanismo para promoção da língua portuguesa e da cultura brasileira, o

Núcleo de Estudos Brasileiros (NEB) da UDELAR foi uma experiência

acadêmica plenamente exitosa. Todas as metas pedagógicas e culturais do

convênio vigente em 2007 foram mais do que satisfatoriamente alcançadas”.

31. Considerando os dados acima, deveriam ter sido verificadas, antes

da assinatura do Convênio pela Universidade, as exigências referentes à

observância da legislação brasileira. Essas exigências, posteriormente,

mostraram-se incompatíveis com a legislação local, o que veio a impedir a

assinatura de novos convênios. Ademais, devido à inobservância relatada, criou-

se a situação de não aprovação da prestação de contas que, se não resolvida,

resultará em registro contábil de inadimplência e, consequentemente, na

instauração de Tomada de Contas Especial.

32. No entanto, tal medida parece contrariar o princípio da

razoabilidade e da economicidade, uma vez que o valor total per se, com a

devida ressalva da falta da totalidade dos comprovantes, não ensejaria a

instauração e o encaminhamento ao Controle Externo de Tomada de Contas

Especial, ademais do fato de que o referido processo teria que ser instaurado

contra dirigente de uma instituição estrangeira. A exigência de conta bancária

específica, como anteriormente registrado, não poderia ser cumprida pela

Universidade.

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33. Com base no exposto, o Controle Interno entende que:

I - Considerando os pontos acima registrados, a Embaixada em Montevidéu

deverá reanalisar a documentação em seu poder. Caso se decida pela aprovação

da prestação de contas, deve comunicar o fato ao EFNY, para as providências

pertinentes. Na hipótese de manter a não aprovação, deve comunicar ao Controle

Interno para adoção das providências junto à Administração.

II - O Departamento Cultural deverá verificar a possibilidade, após manifestação

da Consultoria Jurídica, de incluir, nos convênios que venham a ser firmados

com entidades sediadas no exterior, cláusula segundo a qual, pelo princípio da

territorialidade, a aplicação da legislação brasileira deverá ser observada apenas

no que couber.

III.9 - Avaliação, por amostragem, da regularidade dos processos licitatórios realizados por UJ, incluindo os atos relativos à dispensa e à inexigibilidade de licitação, selecionados pelo OCI com base nos critérios de materialidade, relevância e risco. 34. Observadas as peculiaridades locais e os princípios básicos da Lei

nº 8.666/93, conforme dispõe o artigo 123 do referido estatuto de licitações e

contratos, o processo de compra de materiais e a contratação de serviços pelos

Postos são realizados com base no Guia de Administração dos Postos 2011

(GAP-2011), que estabelece normas sobre os processos licitatórios aplicáveis, a

saber: dispensa e inexigibilidade de licitação, carta-convite, tomada de preços,

concorrência e contratos.

35. Durante o exercício em análise, foram realizadas as licitações

registradas no quadro abaixo, que foram examinadas pela equipe de Auditoria:

Modalidade Fund. Legal CONTRATADO OBJETO Valor

Global Concorrência Art. 123 da Lei

8.666/1993 MERCER Health & Benefits LLC

Consultoria em seguro saúde no âmbito do PCAMSE R$ 316.413,90

Concorrência

Art. 123 da Lei 8.666/1993

MERCER Health & Benefits LLC

Consultoria no âmbito da licitação para seguro dos Contratados Locais R$103.885,65

Concorrência

Art. 123 da Lei 8.666/1993

Connecticut General Insurance Company (CIGNA)

Contratação seguro saúde dos Auxiliares Locais de Postos nos EUA

US$ 5.419.587,00

Carta-Convite

Art. 123 da Lei 8.666/1993

Sea & Air International, Inc.

Transporte de bagagem do OC Euwaldo Costa Baldez Jr. para CG Vancouver US$ 12.505,00

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36. A análise dos processos licitatórios, dos contratos firmados e dos

pagamentos realizados não revelou indícios de irregularidades.

III.12 – Avaliação da conformidade da manutenção do registro de valores em restos a pagar não processados com o disposto no artigo 35 do Decreto nº 93.872/86, ou legislação que o altere, e no Decreto nº 7.468, de 28 de abril de 2011.

37. As despesas inscritas em Restos a Pagar, pela Unidade 2400.55, no

montante de US$ 42.897,61 correspondem efetivamente aos compromissos

assumidos pela Unidade Gestora, no exercício de 2011, e guardam conformidade

com o disposto no artigo 35 do Decreto nº 93.972/86. A Unidade Gestora

2400.17 não fez inscrição em Restos a Pagar.

III.13 - Relação das irregularidades que resultaram em dano ou prejuízo, verificadas por meio da auditoria de gestão e suportadas por evidências devidamente caracterizadas, indicando os atos de gestão ilegais, ilegítimos ou antieconômicos, os responsáveis, o valor do débito e as medidas implementadas com vistas à correição e ao ressarcimento, conforme Quadro III.A.1, acompanhada de avaliação conclusiva sobre as justificativas apresentadas pelos responsáveis.

PRESTAÇÃO DE CONTAS - Embaixada em KINSHASA

38. Por meio da Autorização nº 271/08, foram adiantados a Brasemb

Kinshasa recursos no montante de US$ 35.711.16 para aquisição de um sistema

de segurança. A documentação constante da prestação de contas revela que o

Posto repassou o valor total para o fornecedor, tendo recebido material e prestado

contas do montante de apenas US$ 4.711,16, pois os equipamentos não foram

entregues em sua totalidade e o que foi entregue não atendia às especificações.

Após negociações com a empresa Impex Trading, que tem como representante

no Brasil a empresa Rádio Haus, foi devolvido o montante de US$ 18.000,00.

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39. Por meio do Telegrama nº 317/2009, o Posto apresentou proposta

da empresa para que o valor pendente, US$ 13.000,00, fosse devolvido em reais,

diretamente pela representante da empresa no Brasil, já que a Impex não tinha

como efetuar o reembolso em dólares. A DAEX, UGC responsável pela liberação

dos recursos, por meio do Desptel nº 160/2009, respondeu “não ser possível

aceitar a proposta apresentada pela empresa (...)”

40. O Posto encaminhou novas comunicações informando à SERE que

não se consegue mais localizar a empresa ou sua representante para adoção de

providências.

41. Considerando que houve adiantamento sem a adoção de

providências, tipo caução ou garantia, que pudessem garantir o Erário, no caso de

inadimplência, cumpre tomar providências a fim de ressarcir ao Erário o valor de

US$ 13.000,00.

42. Com relação ao registro contábil, que indica pendência no valor de

US$ 17.411,16, o mesmo deverá ser atualizado pelo EFNY, com baixa do valor

de US$ 4.711,16, relativo às contas efetivamente prestadas pelo Posto.

Comentário do Auditado

43. O Escritório está procedendo à baixa do valor de US$ 4.711,16,

relativo às contas efetivamente prestadas pelo Posto.

Comentário da Auditoria

44. No entendimento da equipe de auditoria, as providências no âmbito

do Escritório Financeiro já foram tomadas, cabendo à Administração, na

Secretaria de Estado, dar início ao correspondente processo apuratório.

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Recomendação

45. A Subsecretaria-Geral do Serviço Exterior deverá adotar

providências para instauração do processo apuratório com vistas a aferir

responsabilidade pelo dano ao Erário, após ser comunicada, formalmente, pelo

Controle Interno, da ausência de prestação de contas e da falha constatada.

III.14 - Falhas e irregularidades constatadas que não resultaram em dano ou prejuízo e que ainda não tenham sido corrigidas pelo gestor ou cujas justificativas não tenham sido acatadas, indicando os responsáveis, conforme Quadro III.A.1, e fazendo constar avaliação conclusiva.

BENS IMÓVEIS

46. Verificou-se que, até o encerramento dos trabalhos de Auditoria, o

EFNY não havia elaborado os Boletins de Imóveis da Chancelaria e da

Residência Oficial referentes ao exercício de 2011. A remessa intempestiva dos

boletins dos imóveis alugados contraria o disposto no parágrafo 22 do

GAP/2011, que prevê: “Deverá ser encaminhado à DAEX anualmente, até 15 de

janeiro, o Boletim de Imóveis (Anexo 15), com informações sobre próprios

nacionais e imóveis alugados pelo Posto”.

47. No tocante aos Boletins de Imóveis, elaborados em 07/12/2010, a

Auditoria observou que:

a) Boletim de Imóveis Residência Oficial

(i) O Posto deixou de informar, em alguns campos específicos do

Formulário de Boletim de Imóveis, itens A, A-2, C e D, dados exigidos pelo

GAP/2011 relacionados à ocupação de imóveis oficiais, entre os quais área total

do imóvel (m2) e valor do depósito garantia.

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(ii) Não há informações das áreas (m2) dos ambientes do imóvel (item

E do formulário). Ressalte-se que, caso o termo de contrato do imóvel não

contenha a referida informação, o Posto deverá proceder à medição.

(iii) Deixou de constar do item F do Formulário a observação de que a

Chancelaria e a Residência são seguradas na mesma apólice de seguro, bem

como informações sobre outros bens segurados na apólice.

b) Boletim de Imóveis Chancelaria

(iv) Não há informações no formulário de Boletim de Imóveis

relacionadas a Depósito Garantia, condições de renovação do contrato e dados

sobre os itens assegurados.

48. Cumpre ressaltar que, pela Decisão nº 574/2012 – Plenário, o TCU

fez a seguinte recomendação ao MRE:

“Item 9.1.3 – Ao Ministério das Relações Exteriores (MRE)

que verifique a conformidade do preenchimento e envio dos Boletins de Imóveis,

referentes a todos os imóveis alugados e aos próprios nacionais utilizados pelos

Postos no exterior (…).

Comentário do Auditado

49. O Posto encaminhou à SERE os Boletins de Imóveis referentes à

Chancelaria e à Residência, com os detalhamentos observados, pela GMD 22, de

08.05.2012. Foram adotadas medidas para garantir o envio dos formulários

dentro do prazo estabelecido.

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Comentário da Auditoria

50. O Controle Interno verificará, na próxima auditoria, a

implementação das medidas anunciadas pelo Gestor, a fim de corrigir a

impropriedade.

BENS MÓVEIS

51. A Coordenação de Orçamentos e Finanças (COF) realiza, em

abril/maio de cada ano, a transferência contábil da conta 1.4.2.1.2. - Bens

Móveis, do Escritório Financeiro em Nova York para a conta contábil dos Postos

siafizados no exercício. Durante os trabalhos de Auditoria, constatou-se que o

EFNY não recebe da SERE informação, a não ser pelos registros contábeis, das

transferências efetuadas. A equipe de Auditoria entende que caberia recomendar

à UGC na SERE que informe ao EFNY, formalmente, ademais do registro

contábil, a relação dos Postos transferidos, para possibilitar ao EFNY efetuar,

tempestivamente, os ajustes nos seus controles internos.

52. Constatou-se que os Postos siafizados continuam a enviar ao

Escritório Financeiro em Nova York, ademais da Variação Patrimonial

Trimestral, o Resumo por Categoria Patrimonial e os Termos de Encerramento

dos Inventários de Bens Móveis da Chancelaria e da Residência. Os Postos

registram no ofício de encaminhamento que o envio está em conformidade com o

disposto no segundo parágrafo do Manual de Patrimônio e Inventário. Caberá ao

Controle Interno comunicar ao Departamento de Administração a necessidade de

comunicação aos Postos siafizados que cessem o envio de informações relativas

ao Inventário de Bens Móveis ao Escritório Financeiro em Nova York. Citem-se

como exemplo os seguintes Postos siafizados desde o exercício de 2007, que

encaminharam, agora em 2012, as referidas informações ao EFNY: Embaixada

do Brasil em Buenos Aires, pelo Ofício nº 02 de 28/02/2012, Consulado-Geral

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em Londres, pelo Ofício nº 01/01/2012 e o Consulado-Geral em Nova York, pelo

Ofício nº 2 de 22/02/2012. A Administração deverá examinar a necessidade de

proceder à alteração do Manual de Patrimônio e Inventário, de modo a ajustá-lo à

realidade dos postos siafizados.

Recomendação

53. Ademais de comunicar formalmente aos Postos já siafizados que

devem suspender o envio ao Escritório Financeiro em Nova York de informações

relativas ao Patrimônio, o Departamento da Administração deverá, considerando

a continuidade do processo de siafização, adotar providências que permitam que,

a cada ano, os Postos que venham a ser siafizados, sejam também comunicados

da nova sistemática.

54. As Variações Patrimoniais Trimestrais encaminhadas pelos Postos,

em cumprimento ao item 29 do Manual de Patrimônio e Inventário, continuam

sem registro contábil no SIAFI, sendo lançadas, após conferência, apenas nos

controles internos do Posto. Caberia verificar dois pontos quanto às Variações

Patrimoniais: o primeiro diz respeito à competência e à responsabilidade do

Escritório Financeiro em conferir as informações que constam dos telegramas, o

que se traduz em demanda de tempo de trabalho dos funcionários, principalmente

quando detectados erros nas informações; o segundo refere-se à real necessidade

da conferência, considerando que tais informações não estão sendo utilizadas

para registro no SIAFI, já que a base considerada em 2010, relativa ao exercício

de 2009, supostamente extensiva aos demais exercícios, é a Recapitulação Anual

do Inventário.

55. Portanto, considerando que a relação atual de custo benefício, tanto

na SERE quanto no EFNY, aparentemente, tem sido desfavorável ao Ministério,

caberia recomendar à Administração a análise de todos os procedimentos atuais

relativos às Variações Patrimoniais, incluindo normativos como o Manual de

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Patrimônio e Inventário e a Portaria s/nº de 15 de setembro de 2010, que define

as responsabilidades dos agentes do Itamaraty no Exterior.

56. No parágrafo 47 do Relatório da Tomada de Conta Anual do

exercício de 2010, registra-se a seguinte recomendação: “No entendimento da

Auditoria, caberia ao Ordenador de Despesas da UG, na qualidade de

responsável pelos registros contábeis, verificar se as medidas, até então

implementadas, estão efetivamente de acordo com as conclusões do Grupo de

Trabalho, e, se for o caso, propor a adoção de novas medidas que, de fato,

possibilitem que os registros contábeis possam vir a ser certificados pelos

controles”.

57. O Grupo de Trabalho criado pelo Itamaraty para o Exame da

Contabilização e Registro de Bens Móveis do Ministério das Relações Exteriores

no SIAFI, em seu relatório final, concluiu pela:

a) “Aquisição, pelo MRE, de novo programa de controle patrimonial

(solução integrada), que permitirá, além do inventário da Secretaria

de Estado, atualizar e regularizar a situação patrimonial dos postos no

exterior, de acordo com as normas da Secretaria do Tesouro Nacional.

Esta solução integrada não só modernizará o sistema de registro e

atualização patrimonial de todo o Ministério, como facilitará seu

controle pela Coordenação-Geral de Patrimônio na Secretaria de

Estado e pelo Escritório Financeiro em Nova York”.

Situação atual: O Termo de Referência para início do processo de licitação ainda

não foi finalizado na SERE, o que contribui para a não regularização da situação

patrimonial dos Postos no exterior;

b) “Estabelecimento de uma rotina estrita de trabalho e coordenação

entre a Coordenação-Geral de Patrimônio e o Escritório Financeiro

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em Nova York com vistas a identificar e controlar, tempestivamente, o

fluxo de informações sobre variações patrimoniais trimestrais e anual

dos postos. Entre as medidas que poderiam ser tomadas seria a

reiteração das instruções vigentes no sentido de que serão suspensas

as autorizações para novas aquisições de bens àqueles postos que não

cumprirem as determinações do Guia de Administração dos Postos e

do Manual de Patrimônio e Inventário sobre o lançamento e envio das

informações pertinentes”

Situação atual: Os registros acima efetuados nos parágrafos 52 e 54, revelam que

a ação não foi implementada eficazmente;

c) “Reforço da lotação do Escritório Financeiro em Nova York com a

contratação de mais um auxiliar administrativo local, a ser

encarregado exclusivamente do controle e registro das variações

patrimoniais dos postos. Recomenda-se, adicionalmente, a designação

de servidor do quadro permanente habilitado a operar o SIAFI para

regularizar os saldos dos balanços patrimoniais dos postos relativos

ao inventário anual de 2009”.

Situação atual: A ação foi implementada com a transferência de contratada local

que atuava no Programa Complementar de Assistência Médica do Serviço

Exterior (PCAMSE).

58. O acerto contábil para ajustar os valores das Recapitulações com os

do SIAFI foi realizado em 2010, com fundamento nas Recapitulações de

Inventário relativas ao exercício de 2009. O referido ajuste importou em registros

no SIAFI, deduzindo da conta de Bens Móveis, o valor de US$ 38.188.850,02,

decorrentes de ajustes de US$ 43.240.421,17, na conta de resultados diminutivos

do exercício, Grupo contábil 5, e de US$ 5.051.571,15, na conta de resultado

positivo do exercício, Grupo contábil 6.

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59. Os controles do EFNY, referentes ao exercício de 2010,

demonstram o saldo da conta do Grupo 1.4.2.1.2.00.00 BENS MÓVEIS no

montante de US$ 62.302.062,94, sem considerar os valores relativos a 14

(quatorze) Postos que ainda não enviaram as Recapitulações. O Saldo do SIAFI,

na mesma data, registrava US$ 58.553.486,62. Para ajustar o SIAFI, nos mesmos

moldes do ajuste do exercício de 2009, será necessário um aumento na conta de

Bens Móveis no montante de US$ 3.748.576,32, o que geraria um lançamento de

contrapartida como resultado positivo.

60. No entendimento da equipe de Auditoria, o ajuste relacionado ao

exercício de 2009 é justificado, pois, ao longo dos anos, não foi realizada

conciliação entre os inventários dos Postos e as contas do SIAFI. No entanto, não

parece ser plausível novo ajuste com relação ao exercício de 2010, no montante

acima referido, sem que haja justificativa para o valor a ser contabilizado.

61. Para o exercício de 2011, o saldo dos controles do EFNY é de US$

66.296.248,57, enquanto o SIAFI registra o valor de US$ 63.073.038,49, o que

reflete a quantidade significativa de Postos que ainda não enviaram as

Recapitulações.

Comentário do Auditado

62. Conforme constou do Relatório Preliminar a regularização dos bens

patrimoniais dos Postos não siafizados no exterior está na dependência do

funcionamento do novo programa de controle a ser desenvolvido por empresa a

ser contratada para tal fim. Embora o Escritório devesse ser comunicado, pela

SERE, dos valores retirados, da conta Patrimônio, relativos aos Postos siafizados,

o Escritório ainda não se encontra em condições de realizar o controle dos bens

patrimoniais. Para tanto, seria necessário que todos os Postos não siafizados

enviassem as Recapitulações do Inventário. O programa existente no Escritório é

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constantemente alimentado pelos dados disponíveis que, entretanto, não cobrem

a totalidade dos bens patrimoniais.

Comentário da Auditoria

63. As constatações efetuadas pela equipe de Auditoria e as respostas

apresentadas pela Unidade Gestora revelam que as medidas até então adotadas

não surtiram os efeitos desejados.

64. Dada a ausência de resultados efetivos que permitam

acompanhamento, controle e conciliação das contas, seja pela não aquisição do

novo programa de controle, cujo Termo de Referência se encontra em fase de

elaboração, seja pela indefinição de responsabilidade pelas verificações e

contabilizações das Variações Patrimoniais, entre outros fatores, no

entendimento da equipe de Auditoria, o Controle Interno está impossibilitado de

certificar os números, relativos aos itens patrimoniais, constantes das

Demonstrações Financeiras da Unidade. Há mister novas recomendações, uma

vez que aquelas feitas ao longo dos últimos anos, registradas nos relatórios, não

foram implementadas.

65. Julga-se necessária a realização de estudos para que sejam

identificadas as alterações que estão ocorrendo no âmbito do Itamaraty, em

decorrência do processo de siafização dos Postos no Exterior, particularmente no

que se refere ao item Patrimônio, para evitar, entre outras, situações em que a

SERE realiza registros contábeis nas contas do Escritório Financeiro em Nova

York (EFNY), relativas aos Postos siafizados, e não as comunica ao Escritório

Financeiro, o que contribui para as discrepâncias entre os controles deste e os

valores registrados no SIAFI.

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Recomendação

66. A Subsecretaria-Geral do Serviço Exterior, no que se refere ao

controle patrimonial, deverá adotar providências para que sejam estudadas as

modificações introduzidas no Itamaraty em razão do processo de siafização dos

Postos no Exterior, a fim de adequar os normativos à nova sistemática, bem

como analisar os procedimentos atuais relativos às Variações Patrimoniais, seja

na SERE, seja no EFNY, seja nos Postos, cujos resultados práticos estão aquém

do esperado e não cumprem os normativos.

67. Cabe registrar que, até o momento, nem todos os Postos

encaminharam as Recapitulações de Inventário do exercício de 2009 e do

exercício de 2010, conforme relação a seguir:

Posto Exercício 2009 Exercício 2010

Embaixada em Abdijan X Embaixada em Abu Dhabi X X Embaixada em Adis Abeba X X Embaixada em Bamako X X Embaixada em Bissau X Embaixada em Cartum X X Embaixada em Colombo X Embaixada em Dacca X X Embaixada em Harare X Vice Consulado em Lethem X X Embaixada em Mascate X Embaixada em Pyongyang X X Embaixada em Saint John`s X X Embaixada em São Domingos X Embaixada em Uagadugu X Embaixada em Trípoli X

68. Tal situação revela descumprimento às normas estabelecidas, tanto

por parte dos Postos, pelo não envio da Recapitulação, quanto da Secretaria de

Estado, pela não adoção das providências cabíveis e previstas no Manual de

Patrimônio e Inventário, a seguir transcritas:

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“28) Até 15 de janeiro do ano subseqüente ao do Inventário deverão ser

remetidos à Secretaria de Estado todos os Inventários do Posto (Bens Imóveis,

Chancelaria e dependências subordinadas, Residência e dependências

subordinadas). Ao EFNY serão encaminhados apenas o Termo de Encerramento

(Anexo 3) e o Resumo por Categorias Patrimoniais – RCP (Recapitulação)

gerado pelo Programa Controle de Inventário dos Postos (PCIB). De acordo

com o inciso VI , artigo oitavo da Portaria de 3 de novembro de 1995 os Postos

são instruídos a: ‘encaminhar à Unidade Gestora Executora e à Unidade

Gestora Coordenadora competente inventário anual dos bens móveis e imóveis,

até o dia 15 de janeiro do ano subseqüente’. Nos termos do parágrafo sexto do

artigo nono da mesma Portaria, ‘As Unidades Gestoras Responsáveis,

declaradas pela Unidade Gestora Executora em mora com as prestações de

contas, não poderão receber novos adiantamento de créditos na mesma

dotação’. Assim sendo, os Postos em mora com a remessa dos Inventários

Anuais estarão sujeitos à retenção temporária de recursos da dotação CAP”.

Comentário da Auditoria

69. Considerando caber à Coordenação do Patrimônio (CPAT) e não

ao Escritório a adoção de providências para solucionar a situação de mora em

que se encontram os Postos, a recomendação será dirigida à referida

Coordenação.

Recomendação

70. A Coordenação do Patrimônio (CPAT), como Unidade Gestora

Coordenadora, deverá adotar providências para identificar os motivos que

levaram os Postos a descumprirem a norma, bem como buscar solução para

solucionar a falha. Caso não obtenha sucesso, deverá solicitar a instauração de

Tomada de Contas Especial.

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DIVIDENDOS DE TÍTULOS FINANCEIROS

71. No Relatório complementar da Auditoria da Tomada de Contas do

exercício de 2010, o Controle Interno, fez a seguinte observação: “a ) Dividendos

– Apólice de seguro de vida - Até o exercício de 2000, o Ministério mantinha

contrato de seguro de assistência médica e de seguro de vida, no âmbito do

Programa Complementar de Assistência Médica do Serviço Exterior (PCAMSE)

com a companhia de seguros Prudential. Posteriormente, a empresa foi

transformada em sociedade de capital aberto. Pelo Telegrama nr 655, de

20.03.2002, o Escritório Financeiro informou à Secretaria de Estado que: “(...)

A Prudential Financial Inc., nova denominação da Prudential após o processo

de “desmutualização”, enviou comunicação a este EFNY na qual informa

oficialmente que o Itamaraty conta agora com 33.186 (trinta e três mil cento e

oitenta e seis) ações da empresa. As ações negociadas livremente na Bolsa de

Valores de Nova York podem ser resgatadas e vendidas a qualquer momento por

intermédio de corretoras de valores registradas. No pregão de hoje estas ações

oscilaram em torno de US 31,35”.

72. Sobre o assunto, verificou-se que diversos expedientes foram

trocados entre o EFNY e a Embaixada em Washington, com o objetivo de

concretizar a abertura de conta bancária para dar início à venda das ações. Até o

encerramento dos trabalhos de Auditoria, a Embaixada em Washington não se

havia pronunciado sobre a finalização dos procedimentos de abertura da conta

de corretagem, conforme Telegrama Nº 1898, de 10.04.2012, do EFNY.

73. Considerando que as ações são negociadas abertamente em bolsa

de valores, com fixação de preços mínimos, ou seja, os títulos têm seus preços

fixados pelas leis de mercado, o procedimento de venda das ações deve ocorrer

sob a forma competitiva e com base em realização de estudos prévios, a fim de

verificar a economicidade e a adequação da taxa de comissão das ações.

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74. Em cumprimento à determinação do Tribunal de Contas da União e

à Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que trata de formalização de processo

administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, a Unidade Gestora

responsável pela operação e pelos registros contábeis no SIAFI deverá formalizar

processo de alienação das ações, no qual deverão ser acostados os documentos

que deram origem ao procedimento, entre os quais, a justificativa do Gestor

sobre a oferta mais vantajosa para a Administração e pareceres jurídicos.

Comentário do Auditado

75. Em 16 de maio de 2012, pelo Telegrama nº 1125 da Embaixada em

Washington, foi comunicado o sucesso na abertura de conta para a venda das

ações da Prudential Financial Inc. e foram solicitadas instruções ao banco para a

transferência das referidas ações à nova conta. Após contato com representante

da Prudential e do Banco do Brasil, foi enviado o Telegrama nº 2764, em 21 de

maio de 2012, transmitindo os dados do contato para averiguação dos

procedimentos necessários. No mesmo expediente, foram relatados os

comentários e a recomendação do Controle Interno para a venda das ações,

conforme transcrito nos parágrafos 137 e 138 do Relatório complementar da

CISET relativo a Tomada de Contas do exercício de 2010.

Comentário da Auditoria

76. A Auditoria ratifica o entendimento de que a alienação das ações

deverá ser precedida de processo de licitação, que assegure igualdade de

condições e busca de melhor preço para a Administração.

Recomendação

77. Informar o Controle Interno sobre os resultados das providências

adotadas quanto ao processo de alienação das ações da Prudential Financial Inc.

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REEMBOLSO DE DESPESAS MÉDICAS - IRREGULARIDADES

DOCUMENTAIS

78. Há um histórico de tentativas de fraudes em documentos fiscais

anexos aos Pedidos de Reembolso de Despesas Médicas (PRMs). Atualmente, ao

detectar indícios específicos de irregularidades nas notas fiscais, a empresa

Allianz realiza consulta diretamente às empresas prestadoras de serviços, a fim

de verificar a veracidade das informações constantes dos referidos documentos.

O EFNY não dispõe de informações sobre os PRMs não processados pela

seguradora por tentativa de fraudes.

79. A Auditoria é de parecer que, visando a aprimorar os controles da

execução do contrato, bem como permitir à Administração apurar a

responsabilidade de servidores que apresentam comprovantes de gastos com

documentos inidôneos, o EFNY deverá solicitar à empresa Allianz que passe a

encaminhar, formalmente, ao responsável pela fiscalização do contrato, os PRMs

não processados, assim como as respectivas notas fiscais com indícios de

fraudes.

Comentário do Auditado

80. Foi solicitado ao representante da Allianz Worldwide Care que

encaminhe ao fiscal do contrato, formalmente, quaisquer casos de inidoneidade

por parte de segurados do PCAMSE.

Comentário da Auditoria

81. Conforme mencionado em relatórios anteriores, é dever da

administração instaurar processo disciplinar para apuração de responsabilidade

por fraudes por parte de servidores que visem obter ressarcimentos indevidos.

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Recomendações

Ao Escritório Financeiro

82. Encaminhar à Corregedoria (COR), com cópia para o controle

Interno, para adoção de providências pertinentes, os Pedidos de Reembolso de

Despesas Médicas, comprovantes de despesa, entre outros documentos não

processados pela Allianz Worldwide Care por tentativa de fraude.

À Corregedoria do Serviço Exterior

83. Adotar as providências necessárias quanto à apuração dos fatos

sobre os indícios de fraudes e demais irregularidades praticadas por servidores

beneficiários do Programa Complementar de Assistência Médica do Serviço

Exterior (PCAMSE).

CONTRATO Nº 2/2010 – ALLIANZ WORLDWIDE CARE LIMITED E

ALLIANZ GLOBAL LIFE LIMITED

84. Reitera-se a recomendação feita pelos auditores da CISET no

Relatório de Auditoria de Acompanhamento do Exercício de 2011 quanto à

apresentação de memorial de cálculo que demonstre a composição do reajuste

dos preços das apólices do seguro médico e odontológico do 1º e do 2º Termos

Aditivos ao Contrato, assim como justificativa para a necessidade de reajuste nos

índices reivindicados.

Comentário do Auditado

85. O memorial de cálculo sobre o reajuste da apólice de seguro no

âmbito do PCAMSE é o que segue:

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Primeira renovação (1o de abril de 2011 a 31 de março de 2012): o

aumento de 39% no valor da apólice de seguro médico e odontológico

sobre o primeiro ano de contrato se deveu a 8,46% de inflação médica,

27,54% ao aumento no volume de pedidos de reembolso por parte do

grupo de segurados e 3% relativamente ao impacto da variação cambial.

Segunda renovação (1o de abril de 2012 a 31 de março de 2013): o

aumento no valor da apólice de seguro médico e odontológico sobre o

segundo ano de contrato se deveu a 8,53% de inflação médica e 4,47%

relativamente ao aumento no volume de pedidos de reembolso por parte

do grupo de segurados.

Os reajustes foram justificados por meio de pareceres técnicos da empresa

de consultoria contratada por este Escritório e devidamente anexados aos

processos.

Vale ressaltar que a cada renovação é feita pesquisa de preços e que os

valores apresentados pela empresa Allianz Worldwide Care, nos dois

momentos acima, foram os mais competitivos, justificando a contratação

pelos preços apresentados.

Comentário da Auditoria

86. No momento da primeira renovação do contrato de Seguro Saúde

no âmbito do PCAMSE - Programa Complementar de Assistência Médica do

Serviço Exterior, o aumento foi estabelecido em 39% do valor do contrato. Já

para a segunda renovação, o percentual foi de 13%, conforme demonstrado no

quadro a seguir:

Renovação Inflação Médica

Aumento Pedidos

Variação Cambial

Reajuste Total

1ª 8,46 27,54% 3 % 39% 2ª 8,53 4,47% - 13%

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87. O elevado índice de reajuste foi confrontado com a pesquisa de

mercado realizada com apenas uma empresa (AETNA), que demonstra que o

valor atual é vantajoso para o EFNY, ratificado pela empresa MERCER

contratada para prestar consultoria.

88. Entretanto, quando da segunda renovação, não foram incluídas no

processo propostas de preços que demonstrassem a vantagem da contratação da

empresa, apesar de o gestor informar ter solicitado cotação às empresas.

89. Com base nas justificativas apresentadas pelo Gestor,

consubstanciadas nos pareceres da empresa de consultoria contratada para

subsidiar a Unidade no acompanhamento da execução do contrato e, ainda, nos

relatórios apresentados, pela empresa, sobre a evolução dos gastos efetivos com

seguro saúde, o acréscimo no valor unitário do contrato pode ser considerado

aceitável. Entretanto, não se localizou nos autos do processo o memorial de

cálculo que demonstre a composição do reajuste dos preços das apólices dos

seguros, conforme parágrafo 86.

90. A equipe de Auditoria ratifica o entendimento mencionado no

Relatório de Auditoria de Acompanhamento da Gestão, exercício 2011, de que o

memorial de cálculo que demonstre a composição do reajuste dos preços deve

integrar os autos do processo. Sobre o assunto, o TCU assim se pronunciou:

Acórdão nº 2075/2009 – Segunda Câmara - item 9.3.2: “(...) ao proceder

reajustes, repactuações ou alterações de valor nos contratos

administrativos, apresente os demonstrativos devidos, juntando o

memorial de cálculo ao processo e, ainda, indique os valores mensal e

anual do contrato no termo aditivo, em atendimento do princípio da

clareza”.

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91. Ressalte-se que o memorial de cálculo deve vir acompanhado de

índices analíticos, devidamente documentados, que demonstrem

inequivocadamente a necessidade do reajuste no valor solicitado.

92. O contrato deve refletir as condições estabelecidas no termo de

referência e na licitação e não deve ser alterado, sob pena de nulidade do

contrato.

Recomendação

93. Reitera-se a apresentação de memorial de cálculo detalhado e com

comprovação dos números apresentados, quando de acréscimo financeiro ao

contrato.

94. A Unidade deve abster-se de realizar alterações contratuais não

previstas no edital.

95. A Auditoria constatou que o EFNY firmou o Contrato nº 01/2011,

com a Mercer Health & Benefits LLC, com vigência a partir de 3 de agosto de

2011, com a finalidade de realizar consultoria e serviços de auditoria no âmbito

do PCAMSE. Entretanto, o Gestor não apresentou o relatório de avaliação

técnica da execução do contrato entre a Mercer e o EFNY, em seu primeiro ano,

nem justificativa para tal fato.

96. Reitera-se a recomendação da CISET no Relatório de Auditoria de

Acompanhamento do Exercício de 2011, referente à apresentação do relatório de

avaliação técnica por parte da Mercer sobre a exatidão e a oportunidade dos

gastos apresentados pela Allianz, no primeiro ano de execução do contrato.

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Comentário do Auditado

97. Foi encomendado parecer da Mercer sobre o primeiro ano de

execução do contrato da Allianz Worldwide Care. A previsão é de que relatório

preliminar sobre as despesas de maior vulto deverá estar pronto até fins de agosto

do corrente ano.

Comentário da Auditoria

98. O contrato que deve ser avaliado é principalmente o nº 02/2010

com a Allianz, cujo primeiro ano de vigência encerrou-se em março de 2011,

com recebimento de pedidos até setembro de 2011, quando então deveria ter sido

objeto de avaliação por parte da Mercer Health & Benefits LLC.

99. Em outubro de 2012, encerra-se o período para apresentação dos

pedidos de reembolso referentes ao segundo ano de execução do contrato e não

houve avaliação sequer do primeiro ano.

Recomendação

100. Providenciar urgentemente a realização da avaliação do 1º ano e

agilizar a execução da avaliação do 2º ano.

PROGRAMA COMPLEMENTAR DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DO

SERVIÇO EXTERIOR (PCAMSE)

101. Os trabalhos de Auditoria concentraram-se no exame dos

documentos arquivados na Unidade, tais como: termos de celebração de contrato

e aditivos, telegramas, despachos telegráficos, cartas, faturas, contratos de

prestação de serviços de consultoria, bem como os controles da Unidade sobre o

cadastro de segurados.

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Cadastro

102. Verificou-se a existência de inúmeros dependentes inscritos no

seguro médico e odontológico da Allianz Worldwide Care sem informação do

número do CPF, contrariando o disposto na Portaria Normativa n° 1, de 8 de

fevereiro de 2012, da Secretaria de Gestão Pública do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão, que estabelece a exigência de cadastramento

do CPF de todos os dependentes que fazem jus à percepção de auxílios e

benefícios, de modo a permitir o cotejamento com o cadastro da Receita Federal

do Brasil e demais órgãos integrantes do SIAPE.

103. A Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento

Orçamento e Gestão transmitiu, pela mensagem nº 550832, 18/04/12, a instrução

para todos órgãos da Administração Publica Federal incluírem no SIAPE,

impreterivelmente, até o dia 31 de maio de 2012, o nº do CPF de todos os

dependentes servidores, segundo orientação emanadas do Órgão Central do

Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal.

104. A maioria dos dependentes de servidores inscritos no seguro saúde

estão cadastrados no módulo de dependentes do SIAPE.

105. Apesar de Victor Morris Banks estar inscrito no seguro da Allianz

Worldwide Care, como cônjuge de servidora Lúcia Helena Santos Manzano, a

Auditoria apurou que aquele dependente não consta no SIAPE.

106. A Auditoria ressalta, novamente, a necessidade de que a Unidade

importe do SIAPE os dados funcionais de todos os servidores, uma vez que o

SIAPEnet é o sítio oficial das informações do Sistema Integrado de

Administração de Recursos Humanos, e que as informações constantes da base

SIAPE são consideradas consistentes e verossímeis, de modo a subsidiar políticas

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de gestão de pessoal do governo federal. Desse modo, a Auditoria entende ser

imprescindível fazer uso das informações obtidas no SIAPE.

107. A Auditoria reitera entendimento de que o EFNY deve incluir no

cadastro do PCAMSE apenas os dependentes regularmente cadastrados no

SIAPE.

108. A Auditoria observa que não foi possível confrontar o nome de

todos os dependentes de servidores que se encontram inscritos no seguro com o

cadastro no SIAPE, uma vez que inúmeros dependentes segurados pela Allianz

Worldwide Care possuem nomes diferentes dos existentes no cadastro no SIAPE.

109. Ademais, o trabalho de análise foi dificultado, pois o EFNY não

informou à Auditoria o CPF de todos os dependentes, de modo a permitir a

confrontação de dados por completo.

110. A Auditoria entende que a Unidade deve, portanto, extrair do

SIAPE o nome e o CPF de todos os dependentes, conforme constam nos

assentamentos pessoais dos servidores no SIAPE, e incluir os dados no cadastro

dos segurados, conforme determina a Portaria Normativa n° 1, de 8 de fevereiro

de 2012.

Manifestação do Gestor

111. Uma vez que o cadastro de pessoas no SIAPE é de competência da

DP, foi transmitido o Telegrama nº 2765, no dia 21/05/2012, solicitando

confirmação acerca do status de Victor Morrison Banks, haja vista não constar do

módulo de dependentes do SIAPE. Vale salientar que a inclusão do referido

dependente no cadastro do PCAMSE, em 22/08/1986, se deu anteriormente à

implementação do procedimento de consulta do módulo de dependentes do

SIAPE.

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112. Em atendimento às recomendações da CISET, foram feitas

extrações de dados no SIAPE tanto do módulo servidores, quando do módulo

pensionistas, de modo que todas as irregularidades apontadas foram sanadas e,

desde então, não foram observados novos casos de irregularidades na inclusão de

servidores e pensionistas no cadastro do PCAMSE, conforme demonstra a

manifestação do Gestor no parágrafo acima. No entanto, por se tratar de módulo

específico e diferenciado, ainda não foi possível efetuar a extração dos dados dos

dependentes para cruzamento das informações com o cadastro do PCAMSE.

Apesar de o Auxiliar Local responsável pelo setor de desenvolvimento deste

Escritório ter obtido senha no SIAPE e ter recebido treinamento para extração de

dados, o perfil por ele obtido não lhe permite acesso aos módulos de extração de

dados, de modo que está sendo analisada a melhor forma para dar cumprimento à

recomendação da CISET sobre o cruzamento de dados do SIAPE com o do

cadastro de dependentes do PCAMSE.

113. Desde a implementação do novo procedimento de verificação do

status no SIAPE, não foram feitas inclusões no cadastro do PCAMSE sem a

devida verificação e regularização prévia naquele sistema.

114. Para sanar o problema, que decorre de restrições do sistema da

seguradora, que dispõe de limite para o número de caracteres para os nomes dos

segurados, foi elaborada tabela de correspondência de números de apólice e

CPFs, que permanece à disposição do Controle Interno para futuras consultas.

115. Conforme apontado na manifestação do Gestor ao item 29 do

Relatório Preliminar, por se tratar de módulo específico e diferenciado, está

sendo avaliada a maneira de se efetuar o cruzamento de dados entre o módulo de

dependentes do SIAPE e o sistema de cadastro do PCAMSE. Além disso, o

sistema do cadastro do PCAMSE será adaptado para incluir o campo de

matrícula SIAPE no cadastro dos dependentes, de modo a atender plenamente a

recomendação do Controle Interno, bem como será preenchido o campo CPF de

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todos os dependentes. Vale reafirmar, no entanto, que a inclusão de novos

dependentes no cadastro do PCAMSE somente é feita após a devida confirmação

do status no SIAPE.

Comentário da Auditoria

116. Segundo a legislação em vigor, que todos os dependentes de

servidores que fazem jus à percepção de auxílios e benefícios,

independentemente de idade, deverão ser incluídos no módulo do SIAPE,

transação >CDIADEPEND.

117 Dependentes cadastrados no PCAMSE anteriormente à

implementação do procedimento de consulta ao Módulo de Dependentes do

SIAPE, que não foram devidamente registrados no Sistema, devem ser

obrigatoriamente excluídos do PCAMSE.

118. A Auditoria entende ser indevida a concessão de qualquer

benefício, como, por exemplo, inclusão no seguro da Allianz, a dependente, não

cadastrado no SIAPE.

Recomendação

119. Incluir no seguro da Allianz somente dependentes regularmente

cadastrados no SIAPE.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

PENDÊNCIA APÓS REMOÇÃO DO CHEFE DO POSTO

120. Os parágrafos do Guia de Administração dos Postos, abaixo

transcritos, têm por objetivo fazer com que, ao ser removido do Posto, o chefe

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em exercício não deixe pendências. No entanto, a significativa quantidade de

adiantamentos pendentes, por falta de envio de prestação de contas, de respostas

a questionamentos do EFNY ou de envio de comprovantes, demonstra que, na

prática, tais dispositivos não tem sido aplicados pela SERE.

121. Registre-se a seguir, apenas como exemplo, alguns Postos que

tiveram alteração na Chefia e que, descumprindo o Guia de Administração dos

Postos, permanecem com pendências de prestação de contas de adiantamentos

recebidos. Vale ressaltar que a adoção de providências, para o cumprimento dos

referidos dispositivos, são de competência da SERE e não do EFNY. Cabe ao

EFNY apenas dar prioridade à análise das prestações de contas recebidas quando

da remoção do Chefe do Posto:

Pendência Posto Mudança de Chefia segundo dados da

Intratec em 10/04/12 RPPC 2006 Georgetown 08/09/2009 RPPC 2007 Astana 26/08/2011 REA 2008 Kingstom 01/05/2011 REA 2008 Kinshasa 20/03/2011 RPPC 2008 Caracas 30/07/2010 RP 2009 Abu Dhabi 13/02/2012 RPPC 2009 Consulado-Geral em Paris 2/01/2012 REA 2009 Puerto Ayacucho 17/03/2012

122. Cabe ressaltar que outras mudanças de chefia podem ter ocorrido

entre a data da origem da pendência e a assunção das novas chefias. No entanto,

o quadro revela que, se cumpridos os dispositivos do Guia, as pendências não

mais existiriam.

Comentário do Auditado

123. A fim de que o Escritório Financeiro possa dar prioridade à análise

das prestações de contas recebidas quando da remoção de Chefes de Postos,

seria conveniente que o Escritório recebesse comunicação específica sobre tais

remoções.

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Comentário da Auditoria

124. O tema já foi objeto de reuniões realizadas na Secretaria de Estado.

No entanto, a solução final, que passa obrigatoriamente pela modificação do

Guia de Administração dos Postos – GAP, ainda não foi alcançada e formalizada.

A solução dessa pendência faz parte das determinações do Tribunal de Contas da

União constantes do Acórdão nº 574/2012.

Recomendação

125. Considerando a necessidade da alteração de normativos que

envolvem diversas áreas de atuação da SERE, a Subsecretaria-Geral do Serviço

Exterior deverá agilizar a busca de solução para essa pendência.

CONSULADO-GERAL EM ROMA

126. A prestação de contas do Consulado-Geral em Roma (CG Roma)

consigna informação de que os contratos de Auxiliares de Apoio da Residência

são elaborados em nome do Chefe do Posto, por exigência da legislação local, a

exemplo da dotação CLP/PF, REA/2009, GRPC 56. Nas prestações de contas da

Embaixada em Roma, da Delegação junto à FAO e do Consulado-Geral em

Milão não foi possível identificar ocorrência de situação idêntica.

127. No entendimento da equipe de Auditoria, o fato deverá ser objeto

de comunicação à UGC para verificar a legalidade da situação constatada no CG

Roma e o procedimento adotado pelos demais Postos localizados no país.

Comentário do Auditado

128. O Escritório Financeiro entende, pela leitura do Relatório

Preliminar, que a CISET é quem fará a comunicação à UGC sobre a

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irregularidade detectada na prestação de contas do Consulado-Geral em Roma

com relação aos contratos dos Auxiliares da Residência serem elaborados em

nome do Chefe do Posto.

Comentário da Auditoria

129. Analisando o fato exclusivamente baseado nos normativos

brasileiros, o procedimento adotado pelo CG Roma, certamente, não encontraria

amparo legal, pois poderia, no futuro, redundar em ações de ordem trabalhista

contra a União. No entanto, considerando a informação constante da prestação de

contas de que se trata de exigência local e com base no Princípio da Prudência,

parece necessário a obtenção de informações adicionais, inclusive, se necessário,

mediante parecer de advogado trabalhista local, quanto à legalidade da situação,

perante a legislação italiana.

Recomendação

130. Considerando o fato assinalado, o Departamento de Administração

deverá mandar confirmar se o procedimento adotado pelo Posto encontra amparo

na legislação e na jurisprudência local.

RECURSOS PENDENTES DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

131. À luz do disposto nos parágrafos 13.2.5 e 13.2.6 do Guia de

Administração dos Postos, versão 2011, as prestações de contas serão remetidas

ao EFNY, para análise, no máximo até quinze dias após encerrado o semestre e

15 dias após a data de partida definitiva do titular quando da remoção do Chefe

do Posto. Entretanto, não obstante as reiteradas comunicações feitas às Unidades

Gestoras Responsáveis quanto à obrigatoriedade do dever de prestar contas, os

Postos a seguir relacionados não haviam encaminhado, até 31.07.2012, os

processos de prestações de contas ao Escritório Financeiro:

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em US$ dólares

Exercício 2010 Exercício 2010 Posto

REA/2010 RPPC/2010

Posto

REA/2010 RPPC/2010

1 CARTUM Emb. 2.777,23 9 GEORGETOWN Emb.

8.735,92

2 GEORGETOWN Emb. 42.508,68 10 GUAYARAMIRIN C.

3.492,20

3 MAPUTO Emb. 52,32 11 MAPUTO Emb. 8.265,00

4 NAIROBI Emb. 163,24 12 NICÓSIA Emb. 64.168,57

5 TRIPOLI Emb. 15.052,45 13 PARIS C.G 11.214,45

6 BAMAKO Bem. 841.899,23 14 P. AYACUCHO V.C 15.411,62

7 BISSAU Emb. 249,68 15 PYONGYANG Emb. 188.152,86

8 CIUDAD DEL ESTE C.G

678,17 16 STA ELENA UAIREN

1.400,00

TOTAL 60.553,92 1.143.667,70

Exercício 2011 Exercício 2011 Posto

REA/ 2011 RPPC/ 2011

Posto

REA/ 2011 RPPC/ 2011

1 ABU DHABI Emb. 22.884,37 1.219.034,19 35 LUANDA Emb. 396.307,98

2 ABUJA Emb. 41.000,00 25.893,42 36 MALABO Emb. 39.588,54 11.996,30 3 ADIS ABEBA Emb. 148.546,14 37 MAPUTO Emb. 856.831,26 4 ARGEL Emb. 1.011.688,00 38 MENDOZA C.G 11.254,00 5 ASSUNÇÃO C.G 1.563,88 39 MÉXICO Emb. 383,49 6 ASTANA Emb. 753,17 40 MONTREAL – ICAO . 232,28 7 BAMAKO Bem. 357,00 745.862,68 41 MOSCOU Emb. 114.430,34 8 BEIRUTE Emb. 6.203,25 42 NAIROBI Emb. 62.434,28 628.709,09 9 BEIRUTE C.G 4.000,00 43 NOUAKCHOTT Emb. 1.628,97

10 BOGOTA Emb. 10.909,98 44 PARIS C.G 5.812,10 11 BRAZZAVILLE Emb. 2.032,21 179.492,53 45 PEDRO J.

CABALLERO Cons. 1.500,00

12 BUCARESTE Emb. 4.731,05 46 P. PRINCIPE Emb. 84.574,86 647,67

13 CARACAS Emb. 13.700,48 47 PRAIA Emb. 11.500,00 14 CARTUM Emb. 770.442,27 48 PUERTO

AYACUCHO V.C 18.715,77 5.018,67

15 CASTRIES Emb. 82.589,00 16.339,74 49 PUERTO SUAREZ C. 19,96

16 CIDADE DO CABO C.G 952,66 50 PYONOGYANO Emb. 74.972,90 17 COBIJA C.G 4,36 51 RABAT Emb. 6.642,10

18 COTONOU Emb. 19.400,00 52 RAMALA ESCR.DE REPRESENTAÇÃO

96.820,00

19 DACCA Emb. 437.718,87 53 RIVERA C. G 2.779,00 20 DILI Emb. 1.216,32 54 ROMA C.G 64.544,40 21 FARO C.G 10.656,75 84.260,42 55 ROMA Emb. 420.094,25 4.000,00 22 FREETOWN Emb. 154.000,34 56 ROMA Emb - FAO 1.600.000,00

23 GEORGETOWN Emb. 60.225,63 20.139,39 57 SANTA HELENA DE UAREN V.C

549,58

24 GUATEMALA Emb. 6.766,53 58 SAINT JOHNS Emb. 523.645,53 25 GUAYARAMERIM C. 3.622,45 59 SÃO JOSE Emb. 27.659,29 12.475,00 26 HARARE Emb. 46.836,77 60 TBILISI Emb. 55.039,79 27 HAVANA Emb. 2.000,00 61 TEERÃ Emb. 83.276,00 28 HONG-KONG C.G 391,64 1.500,00 62 TRIPOLI Emb. 46.407,76

29 IQUITOS Cons. 1.284,36 63 TUNIS TRIPOLI Emb. 284.554,85 30 JACARTA Emb. 29.949,63 64 UAGADUGU Emb. 3.763,00 31 KATMANDU Emb. 79.584,22 1.048,95 65 WASHINGTON Emb. 2.350,00 32 KIEV Emb. 384.076,37 695.224,38 66 YANGON Emb. 500,00 33 KINGSTON Emb. 55.640,28 67 ZURIQUE C.G 94.550,98 34 LA PAZ Emb. 55.188,01 TOTAL 4.753.972,56 6.142.914,93

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Postos que estão há mais de 30 dias sem responder as ressalvas feitas pelo EFNY

Em US$ Dólares

Fonte: Relatório Síntese do EFNY – posição 31 de julho 2012

132. Cabe registrar que quando da Tomada de Contas Anual do

exercício de 2010, constou registro no parágrafo 57, que 92 Postos se

encontravam em situação de mora. Em 2012, relativo ao exercício de 2011,

conforme revela o quadro acima, este número diminuiu para 67 Postos. Embora

tenha ocorrido diminuição na quantidade de Postos que apresentavam pendências

de prestação de contas, outras medidas que estão sendo tomadas, conforme

registro no parágrafo 136, visam à redução de pendências, ou adoção de medidas

tempestivas, que regularizem eventuais falhas.

133. A Embaixada em Cartum não encaminhou os comprovantes de

despesas, relativos ao 2º Semestre de 2010, solicitados pelo Escritório Financeiro

em Nova York:

Exercício 2010 Posto

REA/2010 RPPC/2010 1 ABUJA Emb. 186.15.3,56

2 CARTUM Emb. 198.284,16

3 CONCEPCION V.C 2.290,00

4 DACCA Emb. 3.486,57

5 KIEV Emb. 97.048,45

6 GEORGETOWN Emb. 7.118,20

7 MAPUTO Emb. 155.593,92

8 PARAMARIBO Emb. 41.150,61

9 PYONGYANG Emb. 263.515,58

TOTAL 193.271,76 761.369,29

Exercício 2011 Posto

REA 2011 RPPC 2011 1 PARIS C.G 4.671,05

2 PEDRO J. CABALLERO Cons. 532,57

3 ROMA Emb. 22.223,16

TOTAL 5.203,62 22.223,16

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134. Também se encontram em situação de mora os Chefes dos Postos

relacionados no parágrafo 131, pois, ao não responderem aos pedidos de

esclarecimentos efetuados pelo Escritório Financeiro em Nova York, no prazo de

15 dias, descumpriram o parágrafo 13.3.1 do Guia de Administração dos Postos

2011, (GAP/2011) que estabelece: “O EFNY, no exercício das competências

previstas no art. 6° da Portaria Ministerial de 15 de setembro de 2010,

informará a SERE por telegrama distribuído à CISET (com retransmissão

automática para o Posto) da aprovação ou pendência das prestações de contas

que lhe houverem sido submetidas, assim como formulará, pela mesma via,

pedidos de esclarecimentos ou providências, em caso de não aprovação, ou de

atraso no dever de prestar contas. O Posto deverá responder a essas consultas

no prazo máximo de quinze dias”.

135. A omissão no dever de prestar contas por parte dos responsáveis

pela gestão dos recursos repassados aos Postos, na forma de adiantamentos, e a

ausência de respostas aos pedidos de esclarecimento efetuados pelo Escritório

Financeiro em Nova York, tem sido objeto de constantes ressalvas nos Relatórios

de Auditoria de Gestão dos exercícios anteriores. Os Chefes dos Postos poderão

vir a ter suas contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União,

conforme previsto no item ‘a’ do parágrafo 13.4.3 do (GAP/2011) – “A mora no

dever de prestar contas acarretará as seguintes medidas, com base nas

informações recebidas mensalmente do EFNY e após comunicação formal ao

Posto:

a) o Chefe do Posto que estiver em mora no dever de prestar contas, quando da

realização da Tomada de Contas Anual do EFNY, terá suas contas julgadas

irregulares pelo Tribunal de Contas da União”;

136. As informações encaminhadas ao Tribunal de Contas da União por

meio do Ofício CISET/QITC, nº 37, de 08 de agosto de 2012, em atenção ao

Ofício nº 270/2012-TCU/SECEX-5, demonstram mudanças que serão efetuadas

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no GAP, as quais objetivam a incluir a adoção de medidas tempestivas para

regularização da situação de mora, seja pela falta de prestação de contas, seja

pela ausência de resposta a pedidos de esclarecimento efetuados pelo Escritório

Financeiro. As mudanças também vão ao encontro do registro efetuado no

parágrafo 60 do Relatório da Tomada de Contas Anual de 2010, a seguir

transcrita: “No entendimento da Auditoria, deveriam ser definidos pela Chefia da

Casa rotinas e responsáveis, procedimento que já foi informado ao Tribunal de

Contas da União, para implementação de medidas tempestivas tão logo os

Postos se enquadrem em uma das duas situações de mora previstas no Guia de

Administração dos Postos, quais sejam: Não Prestação de Contas nas datas

definidas no GAP e/ou ausência de respostas há mais de 30 dias, às ressalvas

feitas pelo Escritório Financeiro”.

137. Com relação aos Postos que se apresentam em mora, relativa ao

exercício de 2010, por falta de prestação de contas, por ausência de resposta ou

por não envio de comprovantes solicitados pelo Escritório Financeiro, o Controle

Interno está encaminhando à Administração solicitação de instauração de

procedimentos apuratórios, prévio à Tomada de Contas Especial, com o objetivo

de sanar as pendências.

III.15 - Avaliação individualizada e conclusiva sobre as justificativas apresentadas pelos responsáveis sobre as irregularidades verificadas na Auditoria de Gestão e incluídas no Relatório de Auditoria de Gestão do exercício.

138. As observações feitas nos parágrafos 44 e 45 contemplam a

avaliação sobre as justificativas apresentadas pelo Gestor.

III.16 - Avaliação objetiva sobre o cumprimento das obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730/1993 pela UJ, relacionadas à entrega e ao tratamento das declarações de bens e rendas, destacando os controles existentes na UJ para garantir que as autoridades e os servidores públicos alcançados pela referida norma estejam cumprindo as exigências legais previstas.

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139. A Unidade fez entrega da Declaração de bens e rendas ao

Departamento do Serviço Exterior.

III.17 - Avaliação objetiva sobre a gestão do patrimônio imobiliário de responsabilidade da UJ, classificado como “Bens de Uso Especial”, de propriedade da União ou locado de terceiros, principalmente quanto ao estado de conservação, valor do imóvel, despesas efetuadas com a manutenção, inserção e atualização das informações no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União – SPIUnet, quando de uso obrigatório pela UJ.

140. Os imóveis destinados a abrigar a Chancelaria e a Residência são

alugados. As despesas com os aluguéis e condomínios incluem a manutenção e

conservação dos imóveis.

141. A Auditoria verificou que deixou de constar no Relatório de Gestão

informações sobre a gestão dos imóveis locados de terceiros, em desacordo com

o disposto na Portaria TCU nº123/2011, quanto ao preenchimento dos conteúdos

dos relatórios de gestão referentes ao exercício de 2011. A Unidade se limitou a

registrar, no item 11 “Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário de

responsabilidade da UJ” do relatório, a expressão “não se aplica”.

III.19 – Situações não contempladas nos demais itens do relatório de auditoria de gestão, identificadas e analisadas pelo órgão de controle interno, que, na opinião desse órgão de controle, afetem o julgamento da gestão dos responsáveis arrolados no processo de contas.

Acórdão nº 9606/2011 Tomada de Contas - Exercício de 2007

142 1.6. Determinar à Ciset/MRE que:

“1.6.1.1. oriente o EFNY sobre como proceder para cobrar, com a devida correção monetária, os valores percebidos irregularmente como adicional por tempo de serviço pelos servidores Luciene Amado Rodrigues de Andrade, Lúcia Monte Alto da Silva, Priscila Cavalcante Barroso e Romel Costa, tendo em vista decisão judicial transitada em julgado, que lhes foram desfavoráveis, informando nas próximas contas anuais do EFNY os

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45

resultados alcançados”

143. O Acórdão foi encaminhado ao Escritório Financeiro em Nova York -

EFNY por meio do Despacho nº 20, de 28 de novembro de 2011. Coube ao

Departamento do Serviço Exterior efetuar o cálculo dos valores a serem

restituídos e informar ao EFNY para que efetuasse o processamento dos referidos

valores. Os servidores Luciene Amado Rodrigues de Andrade, Lúcia Monte Alto

da Silva e Romel Costa restituíram o valor indevidamente recebido na folha de

pagamentos no Exterior. A reposição da servidora Priscila Cavalcante Barroso

foi suspensa por força de decisão judicial proferida nos autos do processo n°

2006.51.01.003027-0/RJ, restando a repor R$ 34.889,56.

1.6.1.2. informe as providências adotadas e os resultados alcançados, nas próximas contas anuais do EFNY, em relação:

“a) aos postos no exterior em mora no dever de prestar contas, bem como os que apresentaram impropriedades em suas respectivas prestações de contas”

144. Quando do encaminhamento da Tomada de Contas Anual de 2010,

92 Postos não haviam encaminhado suas respectivas prestações de contas.

145. As medidas de acompanhamento e de cobrança fizeram com que o

número de Postos com pendências do exercício de 2010 fossem reduzido para 16,

conforme consta no parágrafo 131. Ademais, a comparação dos exercícios de

2011 e 2010 revela a redução na quantidade de Postos com pendência de PC (de

92 para 67). Outras medidas serão tomadas, conforme registrado no parágrafo

136, com o objetivo de melhorar o processo de análise, dar mais celeridade ao

processo de prestação de contas e responsabilizar de forma tempestiva os

inadimplentes.

“b) aos postos no exterior que não enviaram as informações sobre o inventário físico-financeiro”

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146. Nos parágrafos 67 a 70 deste Relatório está registrada a situação

atual, bem como a relação dos Postos pendentes de envio das informações. O

parágrafo 70 contém recomendação à Coordenação do Patrimônio para a adoção

de providências que possam sanar a situação de mora.

“c) à restituição ao erário dos valores recebidos em duplicidade pelo diplomata Bruno Guerra Carneiro Leão, relativos à gratificação natalina, durante o exercício de 2007, conforme item 121 do Relatório de Auditoria de Gestão 11”;

147. Não houve restituição ao Erário, pois não procede a informação

inicial de pagamento indevido da gratificação natalina. O fato foi constatado após

esclarecimentos adicionais prestados pelo Departamento do Serviço Exterior.

“d) à restituição ao erário dos valores recebidos a maior, por meio do adicional de tempo de serviço, pelos servidores Carlito Benedito de Souza, Carla Barroso Carneiro e Rosária Alves Urany”

148. Após recebimento da comunicação para restituição dos valores

pagos a maior relativos a Adicional de Tempo de Serviço, o Departamento do

Serviço Exterior verificou a base de dados e constatou que a informação de data

estava incorreta. Após a correção, ficou constatado que não houve pagamento a

maior. Com relação à servidora Carla Barroso Carneiro, os valores

indevidamente recebidos foram restituídos.

“e) à restituição ao erário dos valores recebidos indevidamente, por meio de adicional por tempo de serviço, pelos servidores Luciene Amado Rodrigues de Andrade, Lúcia Monte Alto da Silva, Priscila Cavalcante Barroso e Romel Costa”

149. Vide comentário no parágrafo 143.

“f) à restituição ao erário dos valores pagos em diárias recebidos indevidamente pelos servidores Jorge D"Escragnolle Taunay Filho, Darci Alves de Carvalho, Edmar Alves Cardoso, Edson Marcos Valente, Juliana Campos Fronzaglia e Mirian de Castro Rodrigues Leitão”

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150. Os servidores restituíram ao Erário os valores recebidos

indevidamente.

“g) à regularização da Conta Geral 84.057-011.9, no que concerne à contabilização da restituição ao servidor aposentado Luiz Paulo Morais, no valor de US$ 1.983,32, e do desconto em folha do servidor José Carlos da Silva, no valor de US$ 1.345,46, em decorrência de decisão judicial”

151. Em 22/04/2008, foram devolvidos ao servidor Luiz Paulo Morais o

montante de US$ 1.983,32, por meio da ordem de pagamento constante da carta

n° 915 do Escritório Financeiro em Nova York.

152. O valor de US$ 1.345,46, em nome de José Carlos da Silva ainda

permanece pendente, devido à dificuldade do Banco de operacionalizar, em reais,

os valores recolhidos em dólares. As tratativas junto ao Banco do Brasil para

solução do problema estão sendo oficiadas à Justiça.

Acórdão nº 11594 /2011 Tomada de Contas Exercício de 2008

153. Determinar à Ciset/MRE que:

“1.6.1.1. acompanhe as providências adotadas pela Subsecretaria-Geral do Serviço Exterior para efeito do recolhimento ao Erário da importância de US$ 33,309.38 (trinta e três mil trezentos e nove dólares norte americanos e trinta e oito centavos), indevidamente auferidos pelo Oficial de Chancelaria Abel Neves de Oliveira, no período compreendido entre maio de 2004 e maio de 2009, como consignado no Relatório de Auditoria 4/2009, informando, nas contas da entidade, as medidas adotadas e os resultados auferidos”

154. Conforme documentação arquivada no Departamento do Serviço

Exterior, o Juiz substituto da 5ª Vara Federal concedeu Mandado de Segurança

para confirmar, em 18 de julho de 2012, pedido de liminar impetrado pelo Oficial

de Chancelaria Abel Neves de Oliveira, de tornar definitiva a determinação para

que a União se abstenha de efetuar a reposição ao Erário de que trata o Despacho

Telegráfico nº 95996Z, de 03 de outubro de 2011.

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“1.6.1.2. nas próximas contas do Escritório Financeiro em Nova York - MRE, informe sobre as medidas adotadas e resultados alcançados para saneamento das falhas/impropriedades observadas nos registros cadastrais do pessoal do MRE no exterior, consignado no Relatório de Auditoria de Gestão 4/2009, conforme apontado no item 8.1, letras "a" a "f" da instrução da unidade técnica nos autos, em especial quanto aos ressarcimentos de valores indevidos recebidos pelos servidores Tereza Cristina de Abreu e Silva e Jorge Luiz Liberal”

155. O servidor Jorge Luiz Liberal devolveu, por meio de desconto em

folha de pagamento, o valor recebido de forma indevida no montante de US$

2.105,94; a servidora Tereza Cristina de Abreu, devolveu o valor de US$ 887,43,

recebido indevidamente, por meio de depósito bancário na conta geral do MRE

em Miami.

“1.6.1.3. acompanhe as medidas adotadas para o deslinde das questões consubstanciadas nos achados 7 e 11-16 do Relatório de Auditoria de Gestão 4/2009 e informe nas próximas contas os resultados alcançados:”

156 “Achado 7 - Pendência no Convênio assinado entre o Embaixada em Montevidéu e a Universidade do Uruguai”

157. Vide comentário nos parágrafos 29 a 33.

158. “Achado - 11 Postos pendentes com a apresentação da prestação de contas e/ou de impropriedades não corrigidas”

159. Dos Postos listados que apresentavam pendências, as Embaixadas

em Colombo, Genebra, São José, a Delegação em Montreal e o Vice-Consulado

em Puerto Ayaycucho apresentaram as respectivas prestações de contas.

160. Permanecem pendentes de apresentação as Embaixadas em Cartum,

Astana e Georgetown, conforme registro nos parágrafos 182 e 185. Nas

Embaixadas em Harare e Ancara foi instaurado procedimento de Tomada de

Contas Especial, conforme registrado no parágrafo 175.

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161. Os seguintes Postos solucionaram as pendências por ressalva:

Embaixadas em Havana, Iaundé e São José, e Vice-Consulados em Encarnación,

Letícia, Puerto Ayacucho e Santa Elena de Uairen. As Embaixadas em Astana e

Georgetown permanecem com pendências.

162 “Achado 12 - Santa Elena de Uairen - Pendência de Prestação de Contas exercícios de 2002, 2004 e 2005”.

163. Com relação ao período mencionado, o Posto regularizou a

apresentação das prestações de contas, que foram aprovadas pelo Escritório

Financeiro em Nova York.

164. “Achado 13 – Vice Consulado em Puerto Ayacucho – Pendência de Prestação de Contas exercícios de 2006 a 2008”.

165. Acerca do período mencionado, o Posto regularizou a apresentação

das prestações de contas, que foram aprovadas pelo Escritório Financeiro em

Nova York.

166. “Achado 14 – Embaixada em Iaundé – devolução de recursos”

167. Os procedimentos apuratórios realizados pelo Itamaraty

responsabilizaram os servidores Ministro Luiz Fernando Luis Lemos Igreja, pelo

valor de US$ 1.900,63, e o servidor Conselheiro Arnaldo Clarete Salabert, pelo

valor de US$ 3.469,68. Os servidores foram notificados a recolher os valores

para sanar as irregularidades apuradas. Ao receber a notificação, em fevereiro de

2012, o Ministro Igreja informou que iria apresentar justificativa, o que não

ocorreu até o momento do encerramento dos trabalhos de auditoria; o

Conselheiro Salabert autorizou o desconto em folha, o que ainda não

providenciado pelo Departamento do Serviço Exterior (DSE). O Controle Interno

enviou nova comunicação ao DSE solicitando adoção de providências para

quitação dos débitos.

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168. Paralelamente, foi efetuada a baixa de responsabilidade nas

pendências na conta do Posto e os servidores tiveram seus nomes inscritos na

Conta Contábil 11.226.11.00 – Créditos Administrativos por falta ou

irregularidade de comprovação.

169. “Achado 15 - Vice Consulado em Puerto Ayacucho - falta de comprovantes de despesas do 1º semestre de 2007”.

170. Os comprovantes foram enviados e as prestações de contas

aprovadas.

171. “Achado 16 – Embaixada do Brasil em Harare – falta de comprovantes de despesas do 1º semestre 2006”.

172. Foi instaurada Tomada de Contas Especial (TCE) que solucionou,

entre outros, a questão da falta dos comprovantes de despesas. A TCE foi

finalizada e enviada à 5ª SECEX do Tribunal de Contas da União, por meio do

Ofício nº 12 CISET/QITC, 13 de março de 2012.

“1.6.2.2. Das discrepâncias constatadas nos registros contábeis referentes aos postos no exterior Consulado-Geral do Brasil em Nova York e Embaixadas do Brasil em Buenos Aires, Londres, Pretória e Tóquio, para adoção de medidas visando prevenir a repetição de tais falhas”.

173. Na data do recebimento do Acórdão nº 11594/2011, os Postos

citados já não tinham mais suas contas agregadas às contas do Escritório

Financeiro em Nova York, razão pela qual não coube cientificar o Escritório

Financeiro das discrepâncias constatadas na TCA de 2008. Paralelamente, o

Controle Interno passou a monitorar, diretamente no SIAFI, a execução

orçamentária e financeira dos referidos Postos.

Acórdão nº 1854/2012 – Tomada de Contas Exercício de 2009

174. Determinações/Recomendações/Orientações:

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“1.6.1. determinar à Secretaria de Controle Interno do Ministério das Relações Exteriores (Ciset/MRE) que informe a esta Corte, no próximo processo de tomada de contas do EFNY, as medidas adotadas em cada um dos processos de tomadas de contas especiais relacionados aos postos no exterior, detalhando a fase em que se encontra o processo, o nome dos responsáveis, os valores envolvidos e os resultados obtidos”.

Em US$ dólares

Ano Posto 2006 2007 2008 TOTAL

Embaixada em Ancara 8.840,58 11.979,87 10.216,73 31.037,18 Embaixada em Harare . 10.460,00 5.697,00 189.751,07 205.908,07

175. A Tomada de Contas Especial realizada na Embaixada do Brasil

em Harare foi finalizada e enviada à 5ª SECEX do Tribunal de Contas da União,

por meio do Ofício nº 12 CISET/QITC, de 13 de março de 2012.

176. O processo da Tomada de Contas Especial (TCE), realizado na

Embaixada do Brasil em Ancara encontra-se em poder da Secretaria de Controle

Interno para fins da elaboração do Relatório de Auditoria pertinente. Foi apurado

dano ao Erário no montante de US$ 27.085,15, dos quais, US$ 24.979,15 foram

ressarcidos. A responsabilidade pelo ressarcimento do valor restante, US$

2.106,00, foi imputada, pelos Tomadores de Contas, aos servidores Conselheiro

João Zicardi Navajas e Oficial de Chancelaria Maria Lúcia Telles Ferreira

Batista.

Acórdão nº 4131/2012 Tomada de Contas Exercício 2010

177. Determinações/Recomendações/Orientações:

178. “1.6.1.2. à Secretaria de Controle Interno do Ministério das Relações Exteriores (Ciset/MRE) que informe a esta Corte, no próximo processo de tomada de contas do EFNY”:

“1.6.1.2.1. as medidas adotadas e resultados obtidos na apuração dos fatos ocorridos e responsabilidades associadas ao convênio firmado entre a Universidade da República do Uruguai e a Embaixada em Montevidéu (item 20 da instrução da unidade técnica)”

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179. Nos parágrafo 29 a 33 consta análise efetuada pelo Controle Interno

que incluiu a comunicação recebida da Embaixada sobre o atingimento do objeto

do convênio.

180. Face às considerações, os princípios da razoabilidade, da

economicidade e da territorialidade das leis, foi possível concluir pela

inexistência de irregularidade nas prestações de contas encaminhadas pela

Universidade.

“1.6.1.2.2. as medidas adotadas em cada um dos processos de tomadas de contas especiais relacionados aos postos no exterior, detalhando a fase em que se encontra o processo, o nome dos responsáveis, os valores envolvidos e os resultados obtidos (item 19 da instrução da unidade técnica)”;

181. Reproduz-se o quadro constante da TCA/2010 que relaciona os

Postos com pendência de envio de Prestação de Contas e, logo a seguir, a

situação atual:

Exercícios 2006 a 2009

Em US$ dólares

Posto RPPC 2006

REA 2007

RPPC 2007

REA 2008

RPPC 2008

RP 2009

REA 2009

RPPC 2009

TOTAL

Ancara Emb. (*) 3.247,40 2.822,38 3.700,52 4.212,00 13.982,30

Harare Emb. (*) 10.460,00 20.149,20 189.751,07 2.999,30 223.359,57

Puerto Ayacucho V.C. (**) 44,34 1.740,00 2.710,00 4.494,34

Puerto Soares V.C. (****) 113,74 113,74

Astana Emb. (****) 3.084,00 38.302,09 41.386,09

Cartum Emb. (***) 2.137,55 408,43 1.728,03 4.274,01

Georgetown Emb. (**) 1.297,92 9.205,28 34.077,82 35.974,63 80.555,65

Kingston Emb. (***) 568,11 9.221,17 9.789,28

Guayaramerin V.C. (***) 10.841,06 59.549,97 70.391,03

Abu Dhabi Emb. (****) 5.882,92 3.455,50 856.581,63 865.920,05

Pyongyang Emb. (****). 5.300,00 315.497,84 320.797,84

Bamako Emb. (***) 4.278,58 742.197,95 746.476,53

Maputo Emb. (***) 40.000,00 7.113,03 47.113,03

São Domingos (****) 250,34 250,34

S. George's Emb. (****) 320,00 320,00

TOTAL 13.707,40 2.866,72 30.937,30 9.221,17 252.719,93 11.182,92 85.599,93 2.022.988,43 2.429.223,80

( * ) Processo de Tomada de Contas Especial em fase final (**) Tomada de Contas Especial em andamento (***) Em andamento adoção de providências para instauração de Tomada de Contas Especial (****) Postos notificados pelo EFNY e pela CISET para solucionarem pendências, sob pena de início de processo de Tomada de Contas Especial

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182. Embaixadas em Ancara e Harare – Tomadas de Contas Especial

concluídas. Vide comentários nos parágrafos 175 e 176.

183. Os seguintes Postos encaminharam, para análise pelo EFNY, suas

respectivas prestações de contas: Vice Consulados em Puerto Soares, em Puerto

Ayacucho, Embaixadas em Astana, Maputo, São Domingos e Saint Georges.

184. Os Postos relacionados no quadro a seguir encaminharam

prestações de contas, que reduziram os débitos listados. Porém, permanecem

pendências:

Em US$ Dólares Posto RPPC

2007 RPPC 2008

RP 2009

REA 2009

RPPC 2009

TOTAL

Georgetown Emb. 1.297,92 9.205,28 1.170,82 1.848,03 13.521,36

Guayaramerin V.C. 10.841,06 10.841,06

Abu Dhabi Emb. 5.882,92 3.455,50 152.320,22 161.658,64

Pyongyang Emb . 50.460,00 50.460,00

Bamako Emb. 121,60 1.585,00 1.706,60

Brasemb Georgetown

185. O Posto apresenta outras pendências de prestação de contas: US$

49.626,88, (REA/2010); US$ 8.735,92 (RPPC-2010); US$ 60.225,83

(REA/2011) e US$ 20.139,39 (RPPC/2011), razão pela qual cabe recomendar à

Administração a instauração de processo de Tomada de Contas Especial.

Vice Consulado Guayaramerim

186. O Posto apresenta pendência por falta de prestação de contas no

valor de US$ 10.841,06, relativa a recursos recebidos no exercício de 2008, o

que per se já justificaria o início do procedimento de Tomada de Contas

Especial. Ademais, não foram prestadas contas de recursos no montante de US$

3.492,20, relativos a RPPC/2010, e US$ 3.622,45, referentes a RPPC/2011.

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187. Dado o montante de recursos e o prazo já decorrido para prestação

de contas, que coloca o Posto em situação de mora, a Administração será

orientada a dar início aos procedimentos para instauração de Tomada de Contas

Especial.

Brasemb Abu Dhabi

188. Inicialmente, cabe registrar que houve mudança na Chefia do Posto.

O atual responsável encaminhou, em junho de 2012, parte das prestações de

contas pendentes, ademais de diversos comprovantes.

189. Após análise da documentação enviada pelo Posto, o Escritório

Financeiro em Nova York constatou: a) falta de alguns comprovantes; b)

incoerência entre comprovantes e dados registrados nas prestações de contas; e c)

necessidade de explicações adicionais para alguns registros. Parte das

discrepâncias identificadas pelo EFNY foram justificadas pelo Posto.

190. Com relação à GRPC nº 24, item 3, objeto do Telegrama nº 677 de

Brasemb Abu Dhabi, a Administração deveria determinar ao então responsável a

assinatura imediata da prestação de contas para envio e análise pelo Escritório

Financeiro.

191. Acerca dos comprovantes não encaminhados (item 4 do Telegrama

nº 687) que totalizam US$ 209.602,21, conforme demonstrado no quadro abaixo,

a Administração deveria notificar o Chefe do Posto à época do recebimento e da

aplicação dos recursos para providenciar o ressarcimento do valor ao Erário, para

fins de baixa da pendência. Não ocorrendo o ressarcimento, a Administração

deveria iniciar o procedimento de Tomada de Contas Especial.

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GRPC

Lançamento

Credor Despesa Valor US$

21 25 Ahmed Bin Haden Al Menaki Aluguel Residência Oficial de 08/11/09 a 07/11/10 200.831,00

24 2 SEDAR Compra de persianas 4.421,90

24 4 The One - Compra de 10 cadeiras para mesa de jantar 1.370,30

24 6 Marina Exotic Home Interiors 2 sofás 1.536,97

24 7 Ikea Marina Mall 1 cômoda com 3 gavetas e 1 aparador indiano 1.006,22

24 8 Bafté - 1 colchão de casal 435,82

Brasemb Pyongyang

192. O atual responsável, que assumiu o Posto em março de 2012,

encaminhou em maio de 2012, pelo Telegrama nº 93, solicitação de instauração

de Tomada de Contas Especial, devido ao fato de que: a) o Posto não dispõe de

inventários da Chancelaria e da Residência; b) houve solução de continuidade no

processo de prestação de contas entre os exercícios de 2009 e o segundo semestre

de 2011; c) há recolhimentos informados e não efetuados. Pelos telegramas nºs

107, 108, 109 e 110, de maio de 2012, e 117, de junho de 2012, em resposta à

solicitação do Escritório Financeiro em Nova York, o Posto informou que: “A

documentação disponível na Embaixada não é suficiente para a prestação de

contas solicitada, razão pela qual solicitei Prestação de Contas Especial pelo tel

093”.

193. Cabe destacar a existência de outras pendências do Posto, em 31 de

julho de 2012, quais sejam:

RPPC/2009- US$ 63.815,19 - Há mais de 30 dias sem resposta ao EFNY;

RPPC/2010-US$ 58.306,30 – Pendência por resposta insuficiente;

RPPC/2010- US$ 263.515,56- Há mais de 30 dias sem resposta ao EFNY;

RPPC/2010- US$ 188.152,86- Prestação de contas não enviada ao EFNY;

RPPC/2011- US$ 74.972,90 - Prestação de contas não enviada ao EFNY.

194. Os fatos apontados pelo Chefe do Posto, somados aos valores

pendentes, justificam recomendação à Administração para que proceda à

instauração imediata de processo de Tomada de Contas Especial.

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Brasemb Bamako

195. Embora sejam de pouca representatividade os recursos exercício de

2009 (US$ 1.706,00), cabe recomendar à Administração a instauração de

processo de Tomada de Contas Especial, pois o Posto também registra

pendências do exercício de 2010 (US$ 841.899,23 - RPPC) e de 2011 (US$

357,00 – REA e US$ 745.862,68 -RPPC).

196. As Embaixadas em Kingston e em Cartum não encaminharam

prestação de contas de US$ 5.989,81 e de US$ 4.274,01, respectivamente,

permanecendo as pendências apontadas na TCA/2010. A redução no montante do

débito da Embaixada em Kingston ocorreu devido ao aproveitamento de valores

recolhidos ao Escritório Financeiro em Nova York que não haviam sido

contabilizados. Dada a irregularidade constatada pela ausência de prestação de

contas de recursos recebidos, cabe à Administração adotar providências para

instauração de processo de Tomada de Contas Especial.

197. Com relação à Embaixada em Cartum, além da pendência citada

no parágrafo anterior, registra-se, no parágrafo 131, ausência de resposta ao

Escritório Financeiro – EFNY há mais de 30 dias, sobre despesas no montante de

US$ 198.284,16, falta do envio de prestação de contas (RPPC/2011), no valor de

US$ 770.442,27, e de comprovantes solicitados pelo EFNY, no valor de US$

138.000,00. Considerando as irregularidades constatadas, cabe à Administração

adotar providências para instauração de processo de Tomada de Contas Especial.

198. Ademais dos Postos com pendência, anteriormente apontados, cabe

recomendar à Administração a abertura de processo apuratório para sanar as

irregularidades relacionadas aos seguintes Postos:

Posto Valor (US$) Motivo

8.317,32 Não prestação de contas de recursos recebidos no exercício de 2010 (parágrafo 131).

858.831,26 Não prestação de contas de recursos recebidos no exercício de 2011(parágrafo 131).

Brasemb

Maputo 155.593,92 Ausência de resposta há mais de 30 dias (parágrafo 131).

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Brasemb Nicósia 64.168,57 Não prestação de contas de recursos recebidos no exercício de 2010 (parágrafo 131).

15.411,62 Não prestação de contas de recursos recebidos no exercício de 2010 (parágrafo 131). VC Puerto

Ayacucho 23.734,39 Não prestação de contas de recursos recebidos no exercício de 2011(parágrafo 131).

11.214,45 Não prestação de contas de recursos recebidos no exercício de 2010 (parágrafo 131).

5.812,10 Não prestação de contas de recursos recebidos no exercício de 2011(parágrafo 131).

CG Paris

4.671,05 Ausência de resposta há mais de 30 dias (parágrafo 131).

Brasemb Abuja 186.153,56 Ausência de resposta há mais de 30 dias (parágrafo 131.

424.094,45 Não prestação de contas de recursos recebidos no exercício de 2011(parágrafo 131). Brasemb Roma

22.223,16 Não envio de comprovantes de despesas (parágrafo 133)

IV - CONCLUSÃO

199. Tendo em vista os exames realizados no período a que se refere o

presente processo, concluímos pela REGULARIDADE COM RESSALVA do

processo de contas da Unidade Gestora.

Brasília-DF, em 27 de julho de 2012.

Maria Joselina da Costa Analista de Finanças e Controle

Matrícula SIAPE – 924520

Luiz Carlos Santhiago Fontes Analista de Finanças e Controle Matrícula SIAPE – 11017686

Henrique Sampaio Machado Técnico de Finanças e Controle

Matrícula SIAPE – 1097738

Jorge Luiz Teixeira de Albuquerque Analista de Finanças e Controle

Matrícula SIAPE – 6092939