Upload
duongthuan
View
225
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
INDICADORES SANITÁRIOS COMO SENTINELAS NA
PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CONTROLE DE
DOENÇAS E AGRAVOS RELACIONADOS AO
SANEAMENTO - UMA EXPERIÊNCIA A PARTIR DO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE VIGILÂNCIA E
CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO
HUMANO NO BRASIL - O SISAGUA
SILVANO SILVÉRIO DA COSTA
ORIENTADOR: LÉO HELLER
CO-ORIENTADORA: CRISTINA CELIA SILVEIRA BRANDÃO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM TECNOLOGIA AMBIENTAL E
RECURSOS HÍDRICOS
PUBLICAÇÃO: PTARH.DM - 52/2002
BRASÍLIA/DISTRITO FEDERAL: JUNHO/2002
ii
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
INDICADORES SANITÁRIOS COMO SENTINELAS NA PROMOÇÃO
DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS
RELACIONADOS AO SANEAMENTO – UMA EXPERIÊNCIA A
PARTIR DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE VIGILÂNCIA E
CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
NO BRASIL – O SISAGUA
SILVANO SILVÉRIO DA COSTA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO
DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL DA FACULDADE DE
TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO PARTE
DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE.
APROVADA POR:
____________________________________________________________ PROF° LÉO HELLER, Dr. (DESA-UFMG). (ORIENTADOR) ____________________________________________________________ PROF° RICARDO SILVEIRA BERNARDES, PhD (ENC-UnB) (EXAMINADOR INTERNO) ____________________________________________________________ PROF° RAFAEL KOPSCHITZ XAVIER BASTOS, PhD ( DEC-UFV) (EXAMINADOR EXTERNO) BRASÍLIA/DF, 17 DE JUNHO DE 2002.
iii
FICHA CATALOGRÁFICA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COSTA, S. S. (2002). Indicadores Sanitários como Sentinelas na Promoção da Saúde, Prevenção e Controle de Doenças e Agravos Relacionados ao Saneamento – Uma Experiência a partir do Sistema de Informação de Vigilância e Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano no Brasil – O SISAGUA. Dissertação de Mestrado, Publicação PTARH.DM - 52/2002, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 169 p.
CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Silvano Silvério da Costa
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: Indicadores Sanitários como Sentinelas na Promoção da Saúde, Prevenção e Controle de Doenças e Agravos Relacionados ao Saneamento – Uma Experiência a partir do Sistema de Informação de Vigilância e Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano no Brasil – O SISAGUA. GRAU: Mestre ANO: 2002
É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação de mestrado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor. ____________________________________ Silvano Silvério da Costa Rua Coral, 55, Ap. 503, Cidade Maia CEP.: 07.115-060 – Guarulhos - SP – Brasil.
COSTA, SILVANO SILVÉRIO DA
Indicadores Sanitários como Sentinelas na Promoção da Saúde, Prevenção e Controle de
Doenças e Agravos Relacionados ao Saneamento – Uma Experiência a partir do Sistema
de Informação de Vigilância e Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano no
Brasil – O SISAGUA [Distrito Federal]. 2002.
xxii, 169p. 210x297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Tecnologia Ambiental e Recursos
Hídricos, 2002)
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Brasília. Faculdade de Tecnologia.
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental.
1. Indicadores sanitários 2.Indicadores sentinelas 3. Indicadores de saúde ambiental
4. Saúde e saneamento 5. Indicadores
I. ENC/FT/UnB II. Título (série)
iv
À Heliana minha esposa e à Lara minha filha, meus eternos amores. Agradeço sempre pelos seus caminhos terem cruzado o meu.
À memória do meu pai João e
ao amor e incentivos constantes da minha Mãe Geny.
v
AGRADECIMENTOS Aos meus orientadores e amigos Cristina Brandão e Léo Heller, a quem antes já respeitava, e ao longo desse trabalho fizeram crescer o meu respeito. Os meus sinceros agradecimentos pelas contribuições e enriquecimento que conferiram à dissertação. Aos Professores do MTARH da Unb agradeço o apoio e aprendizado ao longo desses anos de convívio. À Jacira meu reconhecimento ao dedicado trabalho e à competência que imprime às suas atividades na OPAS, a quem agradeço a oportunidade que me proporcionou em trabalhar os dois anos e meio na vigilância da qualidade da água e a quem boa parte desse trabalho deve ser compartilhado. Aos amigos Maciel e Mara, o meu agradecimento pela confiança a mim atribuída, pela liberdade e apoio no desenvolvimento dos trabalhos na CGVAM/FUNASA/MS, a quem compartilho os produtos alcançados na vigilância da qualidade da água. Ao Guto Diretor de Saúde Ambiental da OPAS os meus respeitos ao esforço e dedicação na difusão da saúde ambiental nos quatro cantos do mundo. Ao Dr. Jarbas Barbosa e ao Dr. Guilherme da FUNASA/CENEPI os meus agradecimentos pelo apoio ao desenvolvimento do trabalho e espero ter retribuído com essas humildes contribuições. À Nolan, Isaias, Ricardo e Fernando meus reconhecimentos à dedicação com que continuam empreendendo aos trabalhos na vigilância da qualidade da água na FUNASA/CENEPI/CGVAM. Aos amigos Flávio, Cícero e Paulinho FUNASA/CENEPI/CGVAM meus agradecimentos pelo apoio constante nos dois anos e meio de FUNASA. Aos amigos Eraldo, Irani, Paula e Iza agradeço pelo apoio de bastidores que sempre me proporcionaram. Às amigas Rejane, Maria, Antônia, Rebeca e Bonfim, da vigilância epidemiológica de doenças de veiculação hídrica e alimentar da FUNASA/CENEPI/CGVEPI a quem agradeço pelos dados disponibilizados ao longo do trabalho. Ao Fábio e Dr. Hélio da FUNASA/CENEPI/CGIAS agradeço pela atenção e presteza na disponibilização das informações. Aos amigos Celso Rúbio, Jaime Brito, Raylene, Julce e Adelaide/Rose da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde dos Estados do Paraná, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo, meus cinceros agradecimentos ao esforço empreendido na construção e manutenção do SISAGUA. À equipe de informática da FUNASA, em nome do Hudson, Zoe, Sílvia e Francinara a quem devo reconhecer a dedicação e competência que conduziram a estruturação do SISAGUA. Ao Professor Maurício Perez da UFRJ, meus agradecimentos especiais pela dedicação e boa vontade com que sempre me socorreu no suporte estatístico.
vi
Aos profissionais que auxiliaram na concepção e estruturação do SISAGUA e dos indicadores de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, dentro os quais destaco o Prof. Moraes, o Prof. Rafael Bastos e a Arq. Patrícia Borja. Ao Professor Enrico do Departamento de Estatística da UFMG, a quem devo agradecer e enaltecer o apoio estatístico que muito enriqueceu a dissertação e a quem deve também ser creditado parte do trabalho. À Sandra, minha irmã, que nos deu tranqüilidade ao nos ausentarmos da nossa filha. Pela dedicação que ela cuida da Lara. Aos meus irmãos Solange, João, Sueli, “Robson”, Sérgio, Sandro e Soraya, com quem quero dividir o trabalho, pelo amor e carinho em que os tenho. Ao Sr. Hélio, D. Edelweis, Zuquinha e Tely, minha segunda família, a quem quero agradecer pelo permanente incentivo e apoio. Ao meu amigo Ernani, meu reconhecimento e apreço pela nossa trajetória de vida e de conquistas. Aos meus colegas de mestrado devo registrar os bons momentos de sufoco. Aos amigos Marcos Montenegro e Kátia, agradeço pelo permanente incentivo e exemplo de competência e dedicação às causas nobres da profissão e da vida. Aos amigos Arnóbio, Pery e Toninho os meus agradecimentos pelo apoio na minha passagem por Brasília. Aos Companheiros de ASSEMAE as minhas desculpas por eventuais ausências que o trabalho me obrigou a causar e o meu agradecimento pela compreensão. Aos Amigos de Diretoria do SAAE de Guarulhos, agradeço pela compreensão da importância desse trabalho e pelo preenchimento de lacunas eventuais que a dedicação à dissertação possam ter causado. Ao amigo Sérgio Braga pelo apoio e suporte que dedicou ao Departamento de Manutenção do SAAE de Guarulhos, nos momentos em que precisei contar. À minha secretária Alaíde e ao Edson agradeço pela retaguarda dos últimos dias.
vii
RESUMO
Indicadores Sanitários como Sentinelas na Promoção da Saúde, Prevenção e Controle de Doenças e Agravos Relacionados ao Saneamento – Uma Experiência a partir do
Sistema de Informação de Vigilância e Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano no Brasil – O SISAGUA
A presente dissertação pretende contribuir na seleção de indicadores sanitários, que devem
ser utilizados como sentinelas na promoção da saúde, na prevenção e controle de doenças
relacionadas ao saneamento, de forma a propiciar aos profissionais que atuam nos setores
saúde e saneamento mecanismos, evidências e instrumentos para o direcionamento mais
efetivo das suas ações. Ao longo do trabalho é feita uma revisão da literatura procurando fundamentar
cientificamente os impactos que as ações de saneamento proporcionam nas doenças e
agravos a elas relacionadas, bem como o estado da arte sobre o uso de indicadores de
saúde ambiental no Brasil e em outros países. É apresentada a metodologia empregada
para a obtenção dos resultados, que teve na estatística um grande suporte, com o emprego
da estatística descritiva e da análise de regressão simples (linear e logística) e multivariada
(linear e logística); e no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para
Consumo Humano – o SISAGUA, gerenciado pela FUNASA/MS e nos sistemas de
informações epidemiológicos do SUS/MS, as fontes principais de obtenção dos dados
trabalhados. Foi montado um banco de dados composto por indicadores epidemiológicos (mortalidade
por doenças diarréicas para crianças menores de cinco anos, mortalidade por todas as
causas para crianças menores de cinco anos, mortalidade infantil, morbidade por doenças
diarréicas para crianças menores de cinco anos); por indicadores sanitários (cobertura de
água, de coleta de esgotos e de lixo, de banheiros, de tratamento de água, de desinfecção
de água, consumo per capita, qualidade bacteriológica, turbidez e cloro residual livre e
intermitência); e por indicadores sócio-econômicos (renda e educação). Os resultados obtidos revelam que é possível trabalhar com um número reduzido de
indicadores sanitários (cobertura de água, de coleta de esgotos e de lixo, de desinfecção da
água, de banheiros, cloro residual e turbidez), não dissociados de um contexto social (os
níveis de renda e de educação), para pautar ações simples de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano, de forma articulada com prestadores de serviços
de saneamento e com outros programas do SUS, para reduzir doenças e agravos que
guardam relação com o saneamento.
viii
ABSTRACT
Sanitary Alert Indicator for Health Promotion, Prevention and Control of Diseases Associated to Water and Sanitation – An Experience Based on the Brazilian Drinking
Water Quality Information System – SISAGUA. This study intends to contribute to the selection of sanitary indicator to be used as “alert
indicators” in the prevention of water and sanitation related diseases and, consequently, in
health promotion. These alert indicators may enable appropriate preventive and corrective
measures to be taken by public health and sanitary engineering professionals. A literature review is presented to scientifically substantiate the associations between water,
sanitation and waterborne diseases, as well as gather information on the use of
environmental health indicators. The statistical tools used to treat the gathered data and their sources are presented. The
consistency and reliability of the data used is discussed, with emphasis on data obtained
from Drinking Water Quality Information System (SISAGUA), recently built and currently
managed by the Brazilian Health Ministry. A database was organised as following: (i) epidemiological indicators – diarrhoeal diseases
mortality and morbidity, general causes mortality (for children under five years old); infant
mortality (children under one year old); (ii) sanitary indicators – coverage of water, sanitation,
and urban solid wastes collection, statistic data of drinking water treatment and disinfection,
per capita consumption, number of bathrooms per building and quality of water supplied
(microbiological, turbidity and residual chlorine); (iii) social-economical indicators – income
and education. The results suggest that it is feasible to work with a smaller number of indicators, such as the
coverage of water supply, coverage of sanitation, coverage of solid wastes collection,
number of bathrooms per building, water disinfection coverage, residual chlorine, and
turbidity, associated with social-economical indicators, in order to outline simple, but fairly
effective, strategies for drinking water quality control and surveillance, to be taken in an
articulated way by the public health authorities and water supply sector.
ix
SUMÁRIO Índice Página
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 1
2. OBJETIVOS........................................................................................................... 7
2.1. GERAL............................................................................................................. 7
2.2. ESPECÍFICOS................................................................................................. 7
3. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................. 8
3.1. RELAÇÃO ÁGUA/DOENÇA............................................................................ 8
3.1.1. Introdução.................................................................................................... 8
3.1.2. Breve histórico.............................................................................................. 8
3.1.3. Intervenções para melhoria do abastecimento de água e seus impactos
na saúde humana.........................................................................................
10
3.1.4. Mecanismos de transmissão das doenças relacionadas ao abastecimento
de água........................................................................................................
12
3.1.5. Avaliação da importância relativa das doenças diarréicas dentre as
doenças infecciosas.....................................................................................
13
3.1.6. Estudos epidemiológicos como instrumento de avaliação dos impactos
provocados pelas melhorias do abastecimento de água e do esgotamento
sanitário na saúde........................................................................................
15
3.2. INDICADORES DE SAÚDE AMBIENTAL........................................................ 18
3.2.1. Conceituação............................................................................................... 18
3.2.2. Antecedentes............................................................................................... 19
3.2.3. Objetivos, a natureza e o uso de indicadores.............................................. 21
3.2.4. A proposta da OMS para a construção de indicadores de saúde ambiental 23
3.2.5. A experiência brasileira na construção de indicadores de saúde ambiental 26
3.2.6. Indicadores sanitários................................................................................... 29
3.2.7. Indicadores epidemiológicos.............................................................................. 32
3.2.8. Variáveis intervenientes..................................................................................... 40
3.3. O SISTEMA DE INFORMAÇÃO SISAGUA..................................................... 45
4. METODOLOGIA.................................................................................................... 51
4.1. ESTADOS E MUNICÍPIOS ANALISADOS....................................................... 51
x
4.2. INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS, SANITÁRIOS E SOCIAIS
ADOTADOS.....................................................................................................
52
4.2.1. Definição....................................................................................................... 52
4.2.2. Fórmula de cálculo....................................................................................... 58
4.2.3. Coleta de dados para a construção dos indicadores e as fontes de
obtenção dos dados utilizados.....................................................................
61
4.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA.................................................................................. 62
4.3.1. Concepção geral.......................................................................................... 62
4.3.2. Análise descritiva dos indicadores................................................................ 64
4.3.3. Análise de regressão simples....................................................................... 65
4.3.4. Análise de regressão multivariada................................................................ 68
5. RESULTADOS....................................................................................................... 70
5.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS........................................................................... 70
5.2. BANCO DE DADOS CONSTRUÍDOS............................................................. 70
5.2.1. Indicadores sanitários................................................................................... 70
5.2.2. Indicadores epidemiológicos......................................................................... 71
5.2.3. Indicadores sociais....................................................................................... 72
5.3. DADOS SOBRE A CONSISTÊNCIA DO SISAGUA....................................... 72
5.4. ANÁLISE DESCRITIVA DOS INDICADORES................................................. 74
5.4.1. Indicadores epidemiológicos........................................................................ 74
5.4.2. Indicadores sanitários................................................................................... 78
5.4.3. Indicadores sociais....................................................................................... 84
5.5. ANÁLISE DE REGRESSÃO SIMPLES........................................................... 86
5.6. ANÁLISE DE REGRESSÃO MÚLTIPLA......................................................... 86
6. DISCUSSÃO......................................................................................................... 91
6.1. PRELIMINARES............................................................................................... 91
6.2. ANÁLISE DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS..................................... 93
6.2.1. O problema da sub-notificação..................................................................... 93
6.2.2. Mortalidade Infantil – (MINF)........................................................................ 95
6.2.3. Mortalidade até cinco anos por todas as causas (MORTTC5N)................. 97
6.2.4. Mortalidade por doenças diarréicas (MTDD5DIC)........................................ 98
6.2.5. Morbidade por doenças diarréicas decorrentes das internações
hospitalares (MBDD5DIC)............................................................................
100
xi
6.2.6. Morbidade por doenças diarréicas decorrentes das notificações em
unidades de saúde - MDDA (MORBDD5M).................................................
101
6.3. ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES E INDICADORES DISPONIBILIZADOS NO
PILOTO DO SISAGUA.....................................................................................
102
6.4. ANÁLISE DOS INDICADORES SANITÁRIOS E SÓCIO-
ECONÔMICOS.................................................................................................
105
6.4.1. Indicadores sanitários................................................................................... 105
6.4.2. Indicadores sócio-econômicos..................................................................... 110
6.5. ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS E
INDICADORES SANITÁRIOS E SOCIAIS.......................................................
110
6.5.1. Mortalidade infantil (MINF)........................................................................... 110
6.5.2. Mortalidade por todas as causas em crianças menores de 5 anos -
(MORTTC5N)...............................................................................................
115
6.5.3. Mortalidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos-
(MTDD5DIC).................................................................................................
116
6.5.4. Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos
decorrente de internações hospitalares- ( MBDD5DIC)...............................
117
6.5.5. Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos
decorrente de notificações em unidades de saúde –
(MORBDD5M)..................................................................................................
117
6.6. INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS MAIS APROPRIADOS PARA USO
EM ESTUDOS RELACIONADOS A INDICADORES
SANITÁRIOS...................................................................................................
118
6.7. INDICADORES SANITÁRIOS E SÓCIO-ECONÔMICOS SELECIONADOS
COMO SENTINELAS NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS
RELACIONADOS AO SANEAMENTO............................................................
119
6.8. ANÁLISE DO EMPREGO DO MODELO TEÓRICO UTILIZADO NA
SELEÇÃO DOS INDICADORES DO SISAGUA À LUZ DOS RESULTADOS
121
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES............................................................... 124
7.1. O PILOTO DO SISAGUA - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE VIGILÂNCIA
DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO PELO SETOR
SAÚDE.............................................................................................................
124
xii
7.2. INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS SELECIONADOS NO PRESENTE
ESTUDO PASSÍVEIS DE UTILIZAÇÃO PARA ANÁLISE DA RELAÇÃO
COM INDICADORES SANITÁRIOS EM ESTUDOS DE NATUREZA
SIMILAR..........................................................................................................
127
7.3. INDICADORES SANITÁRIOS A SEREM UTILIZADOS COMO
SENTINELAS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CONTROLE
DE DOENÇAS E AGRAVOS..........................................................................
128
7.4. A RELAÇÃO ENTRE O SANEAMENTO E A SAÚDE PÚBLICA A PARTIR
DOS RESULTADOS DO PRESENTE ESTUDO..............................................
129
7.5. POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES SANITÁRIOS
SENTINELAS PELAS VIGILÂNCIAS SANITÁRIA, AMBIENTAL E
EPIDEMIOLÓGICA.....................
131
7.6. A UTILIDADE DA METODOLOGIA ADAPTADA PELA OMS PARA
ESCOLHA DE INDICADORES DE SAÚDE AMBIENTAL À LUZ DA
EXPERIÊNCIA DO SISAGUA E DOS RESULTADOS ATUAIS......................
132
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 133
APÊNDICE A – TELAS PRINCIPAIS DO SISAGUA................................................... 139
APÊNDICE B – BANCO DE DADOS.......................................................................... 148
APÊNDICE C – GRÁFICOS CORRELACIONANDO INDICADORES “UM A
UM”..............................................................................................................................
167
xiii
LISTA DE TABELAS Tabela Página Tabela 1.1 - Evolução da cobertura de água potável e esgotamento sanitário na
América Latina e Caribe (OPAS, 2000)................................................
2
Tabela 1.2 - Cobertura por abastecimento de água no Brasil – População Total,
Urbana e Rural (OPAS, 2000) - Dados de 1998...................................
3
Tabela 3.1 - Potencial relação entre intervenções de abastecimento de água e
esgotamento sanitário e morbidade devido a doenças selecionadas
(Esrey et al., 1990)
11
Tabela 3.2 - Principais estratégias de prevenção das doenças relacionadas à água,
em função dos mecanismos de transmissão (Cairncross e Feachem,
1993).....................................................................................................
14
Tabela 3.3 - Classificação ambiental das infeções relacionadas com a água
(Cairncross & Feachem, 1993 - adaptado)...........................................
14
Tabela 3.4 – Incidência e efeitos de doenças selecionadas em países em
desenvolvimento (excluindo a China) ( Esrey et al., 1990)...................
15
Tabela 3.5 – Expectativa de redução na morbi-mortalidade proveniente de
melhorias no abastecimento de água e esgotamento sanitário (Esrey
et al., 1990)............................................................................................
17
Tabela 3.6. Cronologia de eventos internacionais envolvendo discussões sobre
saúde ambiental e desenvolvimento (Von Shirnding, 1998 –
adaptada)..............................................................................................
20
Tabela 3.7 – Indicadores de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo
Humano. Efeito: Doenças Diarréicas Agudas e Hepatite A e E
(FUNASA, 1999)...................................................................................
32
Tabela 3.8 – Indicadores sanitários utilizados em Vigilância da Qualidade da Água
de Consumo Humano no Brasil e em outros países da América
(OPAS, 1999 b).....................................................................................
35
Tabela 3.9 – Características dos estudos descritivos (Câmara et al. 2000)................ 36
Tabela 3.10 – Efeitos da melhoria do abastecimento de água e esgotamento
sanitário na diarréia e no estado nutricional (Henry, 1981,1983, apud
Briscoe et al., 1986) ..............................................................................
39
Tabela 3.11 – Exemplo do efeito que produz a eliminação de diferentes vias de
transmissão sobre a incidência de uma enfermidade (Briscoe,
1987)....................................................................................................
42
xiv
Tabela 3.12 – Classificação dos estados brasileiros segundo o IDH (PNUD e IPEA,
1996 – modificado)................................................................................
45
Tabela 3.13 – Estágio atual do SISAGUA no Brasil (FUNASA, 2002)......................... 48
Tabela 4.1 – Quantidade de municípios obrigados a cadastrar dados sobre o
abastecimento de água por estado, de acordo com a PPI/ECD/2000
versus quantidade de municípios que alimentaram com dados o
SISAGUA até junho/2001......................................................................
52
Tabela 4.2 – Principais características dos municípios adotados no estudo.............. 52
Tabela 4.3 – Indicadores sanitários, por nível da cadeia “Desenvolvimento-Meio
Ambiente-Saúde”...................................................................................
55
Tabela 4.4 – Indicadores Sanitários selecionados, antes das correções................... 56 Tabela 4.5 – Indicadores Sanitários selecionados, após correções e
transformações...................................................................................... 57
Tabela 4.6 – Fórmula de cálculo dos Indicadores epidemiológicos............................ 58 e 59
Tabela 4.7 – Fórmula de cálculo dos Indicadores sanitários....................................... 59 e 61
Tabela 4.8 - Fonte dos dados utilizados para compor os indicadores
epidemiológicos.....................................................................................
62
Tabela 4.9 – Fonte dos dados utilizados para compor os indicadores
sanitários...............................................................................................
62 e 63
Tabela 4.10 – Fonte dos dados utilizados para compor os indicadores
sociais....................................................................................................
64
Tabela 5.1 – Avaliação do banco de dados dos indicadores sanitários SISAGUA –
Módulo Cadastro...................................................................................
70
Tabela 5.2 – Avaliação do banco de dados dos indicadores sanitários SISAGUA –
Módulo Qualidade da água..................................................................
71
Tabela 5.3- Quantidade de municípios com indicadores epidemiológicos
identificados para cada estado.............................................................
71
Tabela 5.4 – Análise de consistência de indicadores de cadastro do SISAGUA.
Percentual de municípios com indicadores de cobertura, tratamento e
desinfecção superiores a 100%, antes e depois da correção do
número de habitantes por domicílio......................................................
72
Tabela 5.5 - População, número de domicílios por estado e número de habitantes
por domicílio por estado – Censo IBGE – 2000....................................
73
Tabela 5.6 – Análise da correlação entre a cobertura por abastecimento de água
pelo SISAGU pelo Censo IBGE-2000 .................................................
74
Tabela 5.7 – Estatística descritiva dos indicadores epidemiológicos........................... 77
xv
Tabela 5.8 – Estatística descritiva dos indicadores sanitários..................................... 84
Tabela 5.9 – Estatística descritiva dos indicadores sócio-econômicos........................ 85
Tabela 5.10 – Matriz de correlação entre indicadores epidemiológicos – coeficiente
de Pearson (r)........................................................................................
86
Tabela 5.11 – Matriz de correlação entre indicadores sanitários – coeficiente de
Pearson (r)............................................................................................
86
Tabela 5.12 – Matriz de correlação entre indicadores sociais – coeficiente de
Pearson ( r )...........................................................................................
87
Tabela 5.13.a – Regressão linear simples entre indicadores epidemiológicos,
sanitários e sociais - (MORTTC5N e MINF). Variáveis independentes
com p valor <= 0,20.............................................................................
87
Tabela 5.13.b – Regressão linear simples entre indicadores epidemiológicos,
sanitários e sociais - (MORBDD5M). Variáveis independentes com p
valor <= 0,20.........................................................................................
87
Tabela 5.14.a – Regressão logística simples entre indicadores epidemiológicos,
sanitários e sociais - (MBDD5DIC). Variáveis independentes com p
valor <= 0,20..........................................................................................
88
Tabela 5.14.b – Regressão logística simples entre indicadores epidemiológicos,
sanitários e sociais - (MTDD5DIC). Variáveis independentes com p
valor <=0,20...........................................................................................
88
Tabela 5.15 – Regressão multivariada linear entre a mortalidade infantil (MINF) e
indicadores sanitários e sociais de maior significância.........................
89
Tabela 5.16 – Regressão multivariada linear entre a mortalidade por todas as
causas (MORTTC5N) e indicadores sanitários e sociais de maior
significância..........................................................................................
89
Tabela 5.17 – Regressão multivariada linear entre a morbidade por doenças
diarréicas notificadas em unidades de saúde (MORBDD5M) e
indicadores sanitários e sociais de maior significância.........................
89
Tabela 5.18 – Regressão multivariada logística entre a mortalidade por doenças
diarréicas (MTDD5DIC) e indicadores sanitários e sociais de maior
significância..........................................................................................
90
Tabela 5.19 – Regressão multivariada logística entre a morbidade por doenças
diarréicas com internações hospitalares (MBDD5DIC) e indicadores
sanitários e sociais de maior significância............................................
90
xvi
Tabela 6.1 - Significado das abreviaturas utilizadas para denominar os indicadores. 92 e 93
Tabela 6.2 – Comparação entre o sub-registro de nascimento entre o Civil e
SINASC (Simões, 1999).......................................................................
94
Tabela 6.3 – Sub-registro de óbitos infantis (menores de um ano) (Simões,
1999).....................................................................................................
95
Tabela 6.4 – Média da mortalidade infantil, no ano de 1998, para os estados de
interesse, para o Brasil e para as regiões (por mil nascidos
vivos)....................................................................................................
96
Tabela 6.5 – Média da mortalidade por todas as causas (1999) comparadas com a
média da mortalidade infantil (1998) para os estados de interesse,
para o Brasil e para as regiões (por mil nascidos vivos)......................
98
Tabela 6.6 – Média da mortalidade por doenças diarréicas (1999) comparada com a
média da mortalidade por todas as causas (1999) para os estados de
interesse. .............................................................................................
99
Tabela 6.7 – Média da morbidade por doenças diarréicas decorrentes de
internações hospitalares (2000 a 2001) para os estados de interesse
(por 100.000 mil nascidos vivos)..........................................................
100
Tabela 6.8 – Média da morbidade por doenças diarréicas decorrentes da MDDA
(2000) para os estados de interesse (por 100.000 nascidos vivos) .....
102
Tabela 6.9 – Síntese dos indicadores sanitários e sócio-econômicos selecionados
como sentinelas para a vigilância da qualidade da água para
consumo humano.................................................................................
120
Tabela 6.10 – Classificação dos indicadores sanitários e sócio-econômicos
sentinelas e epidemiológicos selecionados segundo níveis da Cadeia
Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde.............................................
123
xvii
LISTA DE FIGURAS Figura Página Figura 3.1 - Efeito do tratamento da água e pasteurização do leite sobre os índices
de mortalidade por febre tifóide em grupos de todas a idades, e por
diarréia e enterites em crianças menores de um ano em uma cidade
que consome água de um rio contaminado (Fair et al. 1966 -
adaptado)
11
Figura 3.2 - Evolução da mortalidade por febre tifóide e do atendimento por
abastecimento de água em Massachussets (1840-1940) (Fair et al.,
1966).....................................................................................................
12
Figura 3.3 - Evolução da mortalidade por diarréia e por gastroenterite e do
atendimento por abastecimento de água na Costa Rica (1940-1980)
(Reiff, 1981, apud Heller,1997)............................................................
13
Figura 3.4 - Associação entre saneamento e saúde. Distribuição dos estudos
segundo a variável de saneamento e o resultado (Heller, 1997).........
16
Figura 3.5 - Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde (Von Shirnding, 1998) 24
Figura 3.6 - Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde para Doenças
Diarréicas visando a Vigilância da Qualidade da Água de Consumo
Humano................................................................................................
33
Figura 3.7 – Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde para Hepatite A e E
visando a Vigilância da Qualidade da Água de Consumo Humano......
34
Figura 3.8 – Relações entre o nível de desenvolvimento sócio-econômico, o nível
de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e a esperança
de vida ao nascer.(Shuval et al., 1981, apud Briscoe, 1987)..............
41
Figura 3.9 – Múltiplas vias para a transmissão feco-oral de agentes patogênicos
(Briscoe, 1987).....................................................................................
42
Figura 3.10 – Situação da alimentação de dados do SISAGUA no estado do
Pernambuco/2001 – (Araújo, 2002).....................................................
49
Figura 3.11 – Situação da alimentação de dados do SISAGUA no estado de São
Paulo em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)..........................................
49
Figura 3.12 – Situação da alimentação de dados do SISAGUA no estado da Bahia
em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)....................................................
49
Figura 3.13 – Situação da alimentação de dados do SISAGUA no estado do Rio
Grande do Sul em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)............................
50
xviii
Figura 3.14 – Situação da alimentação de dados do SISAGUA no estado do Paraná
em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)...................................................
50
Figura 4.1 – Metodologia utilizada para análise estatística dos indicadores
epidemiológicos, sanitários e sócio-econômicos..................................
73
Figura 5.1 – Gráfico de dispersão comparando a cobertura por abastecimento de
água calculada pelo IBGE (IASIBGE) versus SISAGUA
(IASC)....................................................................................................
73
Figura 5.2 – Histograma de distribuição de freqüência mortalidade por doenças
diarréicas em crianças menores de 5 anos..........................................
74
Figura 5.3 – Histograma de distribuição de freqüência mortalidade por doenças
diarréicas em crianças menores de 5 anos variável dicotômica..........
75
Figura 5.4 – Histograma de distribuição de freqüência mortalidade por todas as
causas em crianças menores de 5 anos...............................................
75
Figura 5.5 – Histograma de distribuição de freqüência morbidade por doenças
diarréicas em crianças menores de 5 anos – internações hospitalares
75
Figura 5.6 – Histograma de distribuição de freqüência morbidade por doenças
diarréicas em crianças menores de 5 anos – internações hospitalares
– variável dicotômica............................................................................
76
Figura 5.7 – Histograma distribuição de freqüência mortalidade infantil menores de
1 ano.....................................................................................................
76
Figura 5.8 – Histograma de freqüência morbidade por doenças diarréicas em
crianças menores de 5 anos – número casos notificados MDDA.........
76
Figura 5.9 – Histograma de freqüência cobertura por tratamento de água.................. 78
Figura 5.10 – Histograma de freqüência cobertura por sistema de abastecimento de
água – SISAGUA..................................................................................
78
Figura 5.11 – Histograma de freqüência cobertura por desinfecção de água.............. 79
Figura 5.12 – Histograma de freqüência consumo per capita médio........................... 79
Figura 5.13 – Histograma de freqüência cobertura sistema de água – Censo IBGE-
2000.......................................................................................................
79
Figura 5.14 – Histograma de freqüência cobertura por banheiros – Censo IBGE-
2000.......................................................................................................
80
Figura 5.15 – Histograma de freqüência cobertura coletora de esgotos–Censo
IBGE-2000.............................................................................................
80
Figura 5.16 – Histograma de freqüência cobertura coleta de esgotos – var.
dicotômica.............................................................................................
80
xix
Figura 5.17 – Histograma de freqüência cobertura coleta de lixo–Censo IBGE-2000 81
Figura 5.18 – Histograma de freqüência % amostras nos padrões Coli Total............. 81
Figura 5.19 – Histograma de freqüência % amostras nos padrões Coli Total –
variável dicotômica................................................................................
81
Figura 5.20 – Histograma de freqüência % amostras nos padrões Coli Fecal............. 82
Figura 5.21 – Histograma de freqüência % amostras nos padrões Coli Fecal –
variável dicotômica................................................................................
82
Figura 5.22 – Histograma de freqüência % amostras nos padrões Turbidez............... 82
Figura 5.23 – Histograma de freqüência % amostras nos padrões Turbidez –
variável dicotômica................................................................................
Figura 5.24 – Histograma de freqüência % amostras nos padrões Cloro Resídual
Livre.......................................................................................................
83
Figura 5.25 – Histograma de freqüência % amostras nos padrões Cloro Residual
Livre – variável dicotômica....................................................................
83
Figura 5.26 – Histograma de freqüência Índice de Desenvolvimento Humano que
mede Educação....................................................................................
85
Figura 5.27 – Histograma de freqüência Índice de Desenvolvimento Humano que
mede Renda..........................................................................................
85
Figura 6.1 – Média dos indicadores de cobertura de abastecimento de água por
estado....................................................................................................
107
Figura 6.2 – Média dos indicadores sanitários relativos à coleta de esgotos, de lixo
e existência de banheiro por estado.....................................................
107
Figura 6.3 – Média dos indicadores sanitários relativos à qualidade da água por
estado....................................................................................................
108
xx
LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURA E ABREVIAÇÕES
Símbolos/ Nomenclatura/Abreviações
Descrição do símbolo, nomenclatura e abreviação
BANIBGE Percentual da população do município que conta com banheiros
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Social
CENEPI Centro Nacional de Epidemiologia da FUNASA
CGVAM Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde do CENEPI/FUNASA
DATASUS Banco de Dados do SUS
DDA Doenças Diarréicas Agudas
DOM. Domicílios
FGV Fundação Getúlio Vargas
FIBGE Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
FPEEEA Metodologia Força Motriz, Pressão, Estado, Exposição, Efeito e Ação para
desenvolvimento de indicadores de saúde ambiental
FUNASA Fundação Nacional de Saúde do MS
HAB. Habitantes
IASC Percentual da população do município com sistemas de abastecimento de
água – disponível pelo SISAGUA
IASIBGE Percentual da população do município atendida com rede de água –
CENSO IBGE – 2000
IBFCRS Percentual das amostras do município dentro dos padrões para Coli Fecal
em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e
coletado na rede de distribuição – SISAGUA
IBFDIC Variável dicotômica que representa o percentual das amostras do
município dentro dos padrões para Coli Fecal em determinado tempo para
sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição –
SISAGUA
IBTCRS Percentual das amostras do município dentro dos padrões para Coli Total
em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e
coletado na rede de distribuição – SISAGUA
IBTDIC Variável dicotômica que representa o percentual das amostras do
município dentro dos padrões para Coli Total em determinado tempo para
sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição –
SISAGUA
xxi
ICRCRS Percentual das amostras do município dentro dos padrões para Cloro
Residual Livre em determinado tempo para sistemas de abastecimento de
água e coletado na rede de distribuição – SISAGUA
ICRDIC Variável dicotômica que representa o percentual das amostras do
município dentro dos padrões para Cloro Residual Livre em determinado
tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de
distribuição – SISAGUA
IDHM-
EDUCAÇÃO
Índice de Desenvolvimento Humano que mede a educação
IDHM-RENDA Índice de Desenvolvimento Humano que mede a renda
IDSC Percentual da população do município com sistemas de abastecimento de
água com desinfecção – SISAGUA
IESIBGE Percentual da população do município atendida com rede coletora de
esgotos – CENSO IBGE – 2000
IESDIC Variável dicotômica que representa o percentual da população do
município atendida com rede coletora de esgotos – CENSO IBGE - 2000
ILSIBGE Percentual da população do município atendida com coleta regular de lixo
– CENSO IBGE – 2000
IPCS Consumo médio per capita de água consumida pela população no
município
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IRAS Índice de regularidade abastecimento de água em sistemas de distribuição
ITASC Percentual da população do município com sistemas de abastecimento de
água com tratamento – SISAGUA
ITCRS Percentual das amostras do município dentro dos padrões para Turbidez
em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e
coletado na rede de distribuição – SISAGUA
ITDIC Variável dicotômica que representa o percentual das amostras do
município dentro dos padrões para Turbidez em determinado tempo para
sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição –
SISAGUA
IWA International Water Association
MDDA Monitorização de Doenças Diarréicas Agudas
MINF Mortalidade Infantil
MORBDD5S Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos –
Internações Hospitalares
xxii
MORBDD5M Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos –
MDDA
MBDD5DIC Variável dicotômica que representa a Morbidade por doenças diarréicas
em crianças menores de 5 anos – Internações Hospitalares
MORTDD5N Mortalidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos
MORTTC5N Mortalidade por todas as causas em crianças menores de 5 anos
MTDD5DIC Variável dicotômica que representa a Mortalidade por doenças diarréicas
em crianças menores de 5 anos
MS Ministério da Saúde
OMS Organização Mundial da Saúde
ONU Organização das Nações Unidas
OPAS Organização Pan-Americana de Saúde
p Significância ou p valor, probabilidade de que o coeficiente b na análise de
regressão seja diferente de zero
PNAD Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
POP. População
r Coeficiente de Pearson utilizado na análise de correlação entre variáveis
R R múltiplo ou r de pearson (variando de -1 a 1)
SES Secretaria Estadual de Saúde
SIH Sistema de Internações Hospitalares – DATASUS/MS
SIM Sistema de Informações de Mortalidade – CENEPI/FUNASA/MS
SINASC Sistema de Informação de Nascidos Vivos - CENEPI/FUNASA/MS
SISAGUA Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo
Humano – CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS
SUS Sistema Único de Saúde
UT Unidade de Turbidez
1
1 INTRODUÇÃO
Muito já se sabe sobre a relação saneamento e saúde e mais especificamente sobre a água
e saúde pública. Em 400 a.C., Hipócrates já chamava a atenção de seus colegas para a
relação entre a qualidade da água e a saúde da população. Afirmava que o médico ”que
chega numa cidade desconhecida deveria observar com cuidado a água usada por seus
habitantes” (OPAS, 1999 a).
Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde - OMS, em 1993, em todo o mundo,
3.010.000 crianças menores de cinco anos morreram devido a doenças Diarréicas (OPAS,
1999 a). Uma das maiores responsabilidades pela grave situação apresentada é a falta de
serviços adequados de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. A situação do
saneamento no Brasil e no mundo encontra-se extremamente vulnerável e as perspectivas
de melhoria são bastante desanimadoras.
Recente avaliação da situação do abastecimento de água e do esgotamento sanitário na
região das Américas (a Avaliação Global 2000), realizada pela Organização Pan-Americana
de Saúde - OPAS - Divisão de Saúde e Ambiente, mostrou a evolução das condições de
abastecimento de água e esgotamento sanitário de 1995 a 2000 (OPAS, 2000).
Segundo a avaliação, lamentavelmente na região das Américas, incluindo 27 países, não há
equidade no acesso e uso dos serviços de saneamento.
A região das Américas conta com aproximadamente 790 milhões de habitantes, dos quais
aproximadamente 135 milhões carecem de ligações domiciliares de água potável e 324
milhões carecem de ligações de esgoto.
Os países da América Latina e Caribe (todos os países que compõem a região das
Américas excluindo o Canadá e Estados Unidos da América) contam com aproximadamente
497 milhões de habitantes (em 1960 eram 209 milhões), dos quais em torno de 131 milhões
carecem de ligações domiciliares de água potável, 256 milhões carecem de ligações de
esgoto e somente 86 milhões de pessoas, aproximadamente, estão ligadas a sistemas de
esgotamento sanitário com disposição adequada.
A cobertura por serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário na América
Latina e Caribe mostrou-se crescente nas últimas cinco décadas, conforme mostra a Tabela
1.1.
2
Tabela 1.1 - Evolução da cobertura de água potável e esgotamento sanitário na América Latina e Caribe (OPAS, 2000)
População com água*
População com esgotamento**
População com latrinas e tanques
sépticos
População com algum grau de esgotamento
Ano Total
População (milhões)
Cober-tura
Popula-ção
(milhões)
Cober-tura
População (milhões)
Cober-tura
População (milhões)
Cober-tura
1960 209 69 33% 29 14% N.D. - N.D. - 1971 287 152 53% 59 21% N.D. - N.D. - 1980 339 236 70% 95 28% 105 31% 200 59% 1990 429 341 80% 168 39% 116 27% 284 66% Aval. 2000 ***
497
420
85%
241
49%
152
31%
392
79%
(*) com conexão domiciliar ou fácil acesso (população atendida por soluções alternativas de abastecimento de água).
(**) somente esgotamento sanitário, em grande maioria dos casos sem tratamento dos efluentes. (***) Dados relativos ao ano 1998
Da Tabela 1.1 pode-se constatar um decréscimo no percentual da população sem água, que
variou de 67% em 1960, para 15% no ano 2000. Analogamente, percebe-se um decréscimo
da população com algum grau de esgotamento, a qual passou de 41% no ano de 1980, para
21% no ano 2000. Em relação à população com esgotamento sanitário e sem tratamento,
verifica-se, igualmente, um decréscimo no percentual que caiu de 90% no ano de 1990, para
86% no ano 2000.
Já a evolução da cobertura por serviços de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário no Brasil não segue a mesma tendência da América Latina. A cobertura de água
potável, que era de 96% em 1990, reduziu-se para 89% na década de 2000. Quanto ao
esgotamento sanitário houve um acréscimo de 78%, em 1990, para 86% na década de 2000
(OPAS, 2000).
O decréscimo observado na situação do abastecimento de água, em relação à década
anterior, deve-se, provavelmente a uma superestimativa da população abastecida com
conexões e com fácil acesso, durante a avaliação da década de oitenta (OPAS, 2000).
Os indicadores de cobertura por serviços de abastecimento de água do Brasil, na década de
2000, referentes ao ano de 1998, são apresentados na Tabela 1.2, para as áreas urbanas e
rurais.
Analisando os dados apresentados na Tabela 1.2. algumas preocupações advêm.
3
Tabela 1.2. – Cobertura por abastecimento de água no Brasil – População Total, Urbana e Rural (OPAS, 2000) - Dados de 1998
População Situação Unidade População ou percentual
População total habitantes 161.790.000habitantes 121.791.000População total conectada à rede de água
% 75,28habitantes 22.226.000População total com fácil acesso a fontes
de água % 13,74habitantes 144.017.000
População Total Servida
População total ligada à rede e com fácil acesso a fontes de água % 89,02
habitantes 17.773.000População Total Sem Serviço
População total sem serviço % 10,98
População urbana habitantes 126.773.000habitantes 114.907.000População urbana conectada à rede de
água % 90,64habitantes 6.361.000População urbana com fácil acesso a fontes
de água % 5,02habitantes 121.268.000
População Urbana Servida
População urbana ligada à rede e com fácil acesso a fontes de água % 95,66
habitantes 5.505.000População Urbana Sem Serviço
População urbana sem serviço % 4,34
População rural habitantes 35.017.000habitantes 6.884.000População rural conectada à rede de água
% 19,66habitantes 15.865.000População rural com fácil acesso a fontes
de água % 45,31habitantes 22.749.000
População Rural Servida
População rural ligada à rede e com fácil acesso a fontes de água % 64,97
habitantes 12.268.000População Rural Sem Serviço
População rural sem serviço % 35,03
Inicialmente, pela constatação de que, a despeito da cobertura total da população brasileira
estar no patamar de 90%, a cobertura da população vivendo na área rural é
significativamente inferior, na casa dos 65%. Esse valor inclui a categoria da população rural
com fácil acesso ao abastecimento de água, da ordem de 45% do total, cuja qualidade e
quantidade da água consumida é bastante questionável. Assim, se for considerada apenas
a população rural com abastecimento de água por rede de distribuição (água encanada),
esse percentual cai para a casa dos 20%, o que é uma cobertura muito reduzida. Dessa
forma essa população deve ser encarada como de alto risco quanto à exposição a
microrganismos veiculados pela água.
4
É importante lembrar também que não só a população rural está sujeita aos problemas
decorrentes da intermitência e outros problemas de potabilidade da água, a população
urbana também convive com esses problemas.
Deve-se ressaltar a falta de perspectiva de que esse quadro venha a se alterar nos
próximos anos. Uma eventual privatização dos serviços de saneamento pode contribuir para
acabar com o subsídio cruzado entre os serviços de saneamento superavitários dos grandes
centros para os municípios menores. Essa perspectiva de privatização pode acarretar em
que os recursos para investimento nas áreas rurais, na próxima década, sejam ainda
menores que no presente e passado, o que contribuirá para aumentar o déficit de serviços
de saneamento.
A necessidade de investimentos em saneamento é evidente, entretanto, nos últimos quatro
anos o contigenciamento dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços –
FGTS, que sempre foram utilizados para financiamento das obras de saneamento, impôs
severas restrições de investimentos públicos.
Existe a necessidade da definição de indicadores epidemiológicos e sanitários que sirvam
para nortear as ações. Os setores de saneamento e de saúde, apesar de contarem,
respectivamente, com diversos indicadores sanitários e epidemiológicos, não os utilizam de
forma sistemática e integrada para nortear as ações de reversão do quadro ora
apresentado.
Faz-se necessário, portanto, integrar os setores de saneamento e meio ambiente
(abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, resíduos sólidos, controle
de vetores, poluição e contaminação hídrica) com o setor saúde, sendo que as informações
a respeito da realidade desses setores são a base fundamental para tal integração. As
vigilâncias epidemiológica, ambiental e sanitária, utilizando essas informações, agindo e
demandando medidas de correção aos serviços de saneamento, poderiam contribuir
significativamente para a redução das ocorrências de doenças e agravos decorrentes da
veiculação hídrica.
O setor saúde, no Brasil, conta atualmente com programas institucionais que estão sendo
desenvolvidos no sentido de integrar as Vigilâncias Sanitária, Epidemiológica e Ambiental,
na busca da Vigilância em Saúde.
5
As vigilâncias sanitária e epidemiológica são suficientemente conhecidas pelos profissionais
do setor saúde. A primeira incumbe-se de cuidar dos produtos e serviços relacionados à
saúde, enquanto a segunda é responsável por detectar e investigar doenças e agravos à
saúde humana. A Vigilância Ambiental em Saúde, área de atuação mais recente do setor
saúde, tem como objetivo detectar os fatores ambientais (físicos, químicos e biológicos), que
colocam em risco a saúde humana, e demandar ações de prevenção e controle.
Por definição, a vigilância ambiental em saúde configura-se como um conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana,
incluindo ai as ações de saneamento, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas
de prevenção e controle dos fatores de riscos e das doenças, ou outros agravos à saúde,
relacionados à variável ambiental (Maciel Filho et al., 2000).
Nesta perspectiva, a Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, sendo parte
integrante da Vigilância Ambiental em Saúde, tem como objetivo integrar o setor saúde com
os setores saneamento e meio ambiente. Tal integração deve se dar a partir das ações e
informações de vigilância (ambiental e epidemiológica), com as ações e informações
relativas à prestação dos seus serviços (no aspecto da cobertura e qualidade dos serviços
prestados).
Como parte deste esforço, recentemente a Fundação Nacional de Saúde - FUNASA
concebeu um Sistema de Informação de Vigilância Ambiental em Saúde, do qual faz parte o
Sistema de Informação de Vigilância e Controle da Qualidade da Água para Consumo
Humano – o SISAGUA. O SISAGUA foi estruturado em 1999 e já se encontra em operação.
A concepção do SISAGUA foi precedida da definição de indicadores sanitários que seriam
utilizados na prevenção e controle de doenças e agravos relacionados aos saneamento.
Tais indicadores foram definidos com o uso da metodologia proposta pela Organização
Mundial de Saúde – OMS, adaptada da estrutura Pressão-Situação-Resposta, desenvolvida
pela Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento – OECD, com base
num trabalho realizado pelo Governo do Canadá (Von Shirnding, 1998).
O presente trabalho busca identificar, dentre os indicadores sanitários, aqueles mais efetivos
6
para serem utilizados como sentinelas1 na prevenção e controle de doenças e agravos
relacionados ao saneamento.
É importante ressaltar que os indicadores têm como objetivos ser um meio de prover as
políticas com informações, de demonstrar seu desempenho ao longo do tempo e de realizar
previsões, podendo ser utilizados para a promoção de políticas específicas e monitoramento
de variações espaciais e temporais das ações públicas (Will e Brigg, 1995, apud Borja e
Moraes, 2000).
Os indicadores sentinelas além de auxiliar no processo de planejamento e de alocação de
recursos no setor saneamento, a partir do estabelecimento de evidências da precariedade
dos serviços de saneamento, devem permitir aos gestores do setor saúde avaliar as
vulnerabilidades sanitárias dos sistemas de abastecimento de água, de esgoto e de
resíduos sólidos, focando melhor o alerta aos prestadores desses serviços quanto a
eventuais fatores de riscos à saúde humana. Por fim, poderão auxiliar na avaliação dos
impactos que a ausência das ações de saneamento, provocam na saúde humana.
Assim, estes indicadores devem suprem com informações os gestores locais, responsáveis
pela vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano; os responsáveis
pela prestação dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário; e os
tomadores de decisão envolvidos com a formulação de políticas, do planejamento e da
alocação de recursos de saúde, saneamento e meio ambiente; e finalmente ao público alvo
das situações de risco.
De posse de tais indicadores os prestadores de serviços de saneamento; as vigilâncias
sanitária, epidemiológica e ambiental nos três níveis da federação; os gestores do
saneamento do nível central, estadual e municipal, poderiam focar melhor as ações de
correção de eventuais inadequações da prestação dos serviços, de expansão e de melhoria
de serviços, de intervenções locais (educação sanitária e ambiental, tratamento e
acondicionamento da água intradomicílio, além de outras) tendo como critério e norte a
situação desfavorável dos municípios ou das localidades em relação aos indicadores
sanitários sentinelas selecionados.
1 Sentinelas: termo utilizado em analogia às chamadas fontes sentinelas e aos Sistemas de Vigilância Sentinela bastante utilizados na epidemiologia. Segundo a FUNASA (1998), fontes sentinelas, quando bem selecionadas, são capazes de assegurar representatividade e qualidade às informações produzidas, ainda que não se pretenda conhecer o universo de ocorrências. Sistemas de Vigilância Sentinela tem como objetivo monitorar indicadores chaves na população geral ou em grupos especiais, que sirvam como alerta precoce para o sistema, não tendo a preocupação com estimativas precisas de incidência ou prevalência da população geral. O termo sentinela utilizado pretende conferir a esses indicadores a condição de instrumentos de identificação precoce de situações de riscos em relação à água consumida pela população.
7
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
Avaliar e identificar indicadores sanitários que melhor se configurem como sentinelas nas
ações de Vigilância e Controle da Qualidade da Água de Consumo Humano, com o objetivo
de contribuir para o auxílio na promoção da saúde, na prevenção e controle de doenças e
agravos decorrentes da inadequação de serviços de saneamento.
2.2 ESPECÍFICOS a) construir banco de dados com indicadores sanitários, epidemiológicos e variáveis
intervenientes a serem correlacionados estatisticamente;
b) elaborar crítica dos bancos de dados disponíveis, tanto dos indicadores sanitários
(SISAGUA e CENSO 2000), quanto dos epidemiológicos e sócio econômicos, com vistas
a avaliar a consistência dessas informações, julgando a conveniência da manutenção
dos indicadores em sistemas de informação de Vigilância Ambiental em Saúde do SUS;
c) avaliar os indicadores epidemiológicos e sócio-econômicos que podem ser utilizados na
avaliação do impacto das ações de saneamento, cuja base espacial seja o município;
d) avaliar a metodologia proposta pela OMS e adotada, a priori, para a definição teórica dos
indicadores utilizados no SISAGUA, a partir das conclusões extraídas do tratamento
estatísticos dos diversos indicadores, identificando eventuais sugestões para serem
incorporadas em futuras versões do SISAGUA.
e) contribuir com as vigilâncias epidemiológica e ambiental em saúde apontando as
deficiências que devam ser transpostas para a melhoria da cobertura das informações
que podem ser utilizadas nas atividades cotidianas dessas vigilâncias na promoção da
saúde, prevenção e controle de doenças e agravos decorrentes da insalubridade
sanitária do espaço territorial de vida humana.
1 8
3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1 RELAÇÃO ÁGUA/DOENÇA 3.1.1 Introdução
Heller (1997) procura apresentar as evidências da relação saúde-saneamento a partir de
respostas a alguns questionamentos: Como a compreensão dessa relação vem evoluindo
historicamente? Como a relação se dá conceitualmente? Como as doenças são transmitidas
nas diversas situações de ausência de condições de saneamento? Como (com quais
indicadores) medir o impacto sobre a saúde das ações de saneamento? Que delineamentos
epidemiológicos empregar nos estudos de avaliação de impacto? Quais são os limites da
aplicabilidade dos estudos epidemiológicos? E, por fim, o que os estudos epidemiológicos
vêm demonstrando?
No presente trabalho, as evidências da relação saúde-saneamento foram desenvolvidas a
partir de revisão bibliográfica enfocando um breve levantamento histórico sobre a
compreensão da relação entre a saúde e o saneamento; das evidências encontradas sobre
as intervenções para a melhoria do abastecimento de água e seus impactos na saúde
humana; do entendimento dos mecanismos de transmissão das doenças relacionadas ao
abastecimento de água; da avaliação da importância das doenças diarréicas dentre as
doenças infecciosas; e dos estudos epidemiológicos como instrumento de avaliação dos
impactos de melhorias do abastecimento de água e esgotamento sanitário na saúde.
Uma revisão da literatura no tema abordado na presente dissertação poderia contemplar
outras doenças relacionadas à água, entretanto, procurou-se focar a presente abordagem
apenas naquelas decorrentes da contaminação biológica da água por meio de bactérias,
protozoários, vírus e helmintos.
3.1.2 Breve histórico Numa retrospectiva histórica, encontram-se registros reconhecendo a associação da
importância do abastecimento de água e a saúde do homem. São verificados registros
desde 2.000 a.C. do Velho Testamento, com citações de práticas sanitárias do povo judeu,
sobre técnicas de tratamento da água (Heller, 1997). Hipócrates, em 400 a.C., já chamava a
atenção dos seus colegas para a relação da qualidade da água com a saúde da população,
2 9
afirmando que “o médico que chega numa cidade desconhecida deveria observar com
cuidado a água usada por seus habitantes” (OPAS, 1999 a).
Ao mesmo tempo, existe um hiato até o século XIX, quando permaneceram, sem mudanças
fundamentais, as compreensões das relações causais entre fatores do meio físico e
doenças (Rosen,1994).
É consagrada a pesquisa do Dr. John Snow concluída em 1854, na qual comprovava,
cientificamente, a associação entre a fonte de água consumida pela população (estação de
bombeamento de um poço situado em Broad Street – Golden Square) de três subdistritos de
Londres e a incidência de um surto de cólera. O Dr. Snow estudou um surto de cólera nos
subdistritos de Golden Square, Berwick Street e St. Ann’s, Soho, envolvendo oitenta e nove
mortes em três semanas. É interessante relembrar as conclusões do próprio Dr Snow
extraídas de Snow (1855):
“No próprio local, constatei que praticamente todas as mortes haviam ocorrido a
pouca distância do poço. Houve somente dez mortes em casas situadas mais perto
de outro poço. Em cinco destes casos, as famílias das pessoas que haviam falecido
informaram-me que sempre haviam gostado mais de usar o poço de Broad Street,
pois preferiam a sua água à do poço que estava mais próximo. Em três outros casos,
as vítimas eram crianças cuja escola ficava perto do poço de Broad Street. Sabia-se
que duas delas haviam bebido água e os pais da terceira julgaram que ela também o
tenha feito. As outras duas mortes, fora do distrito abastecido por este poço, nada
mais representam que a mortalidade devida ao cólera que já vinham ocorrendo
antes do início da irrupção.
Com respeito às mortes que se verificaram na localidade à qual pertencia o poço, fui
informado de que, em sessenta e uma das ocorrências, as pessoas falecidas
bebiam, ocasional ou constantemente, da água do poço de Broad Street; em seis
casos não pude obter qualquer informação, devido à morte ou fuga de todos os
ligados às vítimas; e, em seis outros casos, soube que as pessoas falecidas não
haviam bebido da água antes de morrer.”
A partir da Década Internacional do Abastecimento de Água e do Esgotamento Sanitário,
declarada pela Organização das Nações Unidas como o período 1981-1990, várias pesquisas
mostram o impacto na saúde resultante de projetos que apontam menor crescimento das
doenças diarréicas e mortalidade de crianças. Evidências acumuladas na década permitem
3 10
concluir que a melhoria no abastecimento de água e no esgotamento sanitário pode beneficiar a
saúde de crianças (Esrey et al., 1990).
3.1.3 Intervenções para melhoria do abastecimento de água e seus impactos na saúde humana
Vários benefícios diretos e indiretos, como a redução da morbidade e mortalidade de
diversas doenças, a redução de custos de assistência à saúde, a melhoria no atendimento
escolar, dentre outros (diretos); e mobilização para a solução de outros problemas na
comunidade, além de outros (indiretos) são possíveis por intermédio de ações de melhoria
no abastecimento de água e do esgotamento sanitário (Esrey et al., 1990).
Esrey et al. (1990) destacam as intervenções sanitárias com maior reflexo na saúde e
alguns mecanismos de infecção:
melhoria do abastecimento de água de beber: melhora a saúde humana pela eliminação
da via pela qual os patógenos são ingeridos;
higiene pessoal: refere-se ao uso da água para a limpeza do corpo, incluindo banho e
lavagem dos olhos, faces e mãos;
higiene doméstica: refere-se ao uso da água em limpeza de compartimentos, estando aí
incluído a limpeza de componentes domésticos que se relacionam à transmissão de
patógenos (alimento, flores, roupas e etc.).
Para melhorar a higiene pessoal e doméstica requer-se aumentar a quantidade de água
disponível.
A forma como essas intervenções afetam as morbidades é diferenciada, sendo que a Tabela
3.1 explicita qualitativamente tal relação.
Reforçando as indicações de reflexos positivos na saúde da população, decorrente de
medidas de implantação de sistemas coletivos de saneamento, e enfocando mais a questão
do abastecimento de água, Fair et al. (1966) citam o exemplo de duas comunidades norte
americanas, no qual mostram as conseqüências do controle da qualidade da água em
relação à febre tifóide, diarréias e enteritis.
4 11
Tabela 3.1 – Potencial relação entre intervenções de abastecimento de água e esgotamento sanitário e morbidade devido a doenças selecionadas (Esrey et al., 1990)
Aumento da quantidade de água Doença Melhoria qualidade da água
de beber Higiene doméstica
Higiene Pessoal
Disposição de excretas
Diarréia + ++ ++ ++ Ascaridíase + ++ ++ Verme de Guiné ++ Ancilostomíase ++ Schistosomíasis ++ ++ ++ Tracoma + ++ + indica a probabilidade que a intervenção pode impactar em uma doença; ++ indica que a intervenção terá um impacto muito superior que a de (+); branco indica que a intervenção terá impacto muito pequeno ou nenhum.
A Figura 3.1 mostra o decaimento da mortalidade por febre tifóide, na cidade de Pittsburg,
decorrente da melhoria da qualidade da água desde a época em que não existia tratamento
e, portanto, água bruta; seguido da implantação de filtração; e posteriormente da filtração
combinada com a cloração.
Figura 3.1. Efeito do tratamento da água e pasteurização do leite sobre os índices de mortalidade por febre tifóide em grupos de todas a idades, e por diarréia e enteritis em crianças menores de 1 ano em uma cidade que consome água de um rio contaminado (Fair et al. 1966 -
adaptado)
Outro exemplo interessante é o da introdução e gerenciamento do abastecimento público na
comunidade de Massachussets - EUA. A Figura 3.2 ilustra a evolução da cobertura do
abastecimento de água naquele estado e o conseqüente decréscimo das mortes por febre
tifóide no período de 1840 a 1940.
Água
Sem tratar Filtrada Filtrada e clorada
350
230
115
0
Não pasteurizado 0% 90% 100%
Diarréia e enteritis
Febre tifóide
Leite
Mor
tes
por 1
00.0
00 h
ab (a
nual
men
te)
5 12
Figura 3.2. Evolução da mortalidade por febre tifóide e do atendimento por abastecimento de água em Massachussets (1840-1940) (Fair et al., 1966)
Analogamente, Reiff (1981), apud McJunkin (1986) aponta uma inferência entre a queda da
taxa de mortalidade por diarréia e por gastroenterite e a evolução da cobertura populacional
por abastecimento de água, a partir da década de 40 na Costa Rica, conforme apresentado
na Figura 3.3.
3.1.4 Mecanismos de transmissão das doenças relacionadas ao abastecimento de água
Cairncross e Feachem (1993) propuseram uma classificação de doenças tendo por base
suas vias de transmissão e seu ciclo, distintamente da classificação biológica clássica, que
agrupa as doenças segundo o agente patogênico que a causa.
Os mecanismos de transmissão considerados são:
• transmissão hídrica: ocorre quando o patógeno encontra-se na água que é ingerida;
• transmissão relacionada com a higiene: identificada como aquela que pode ser
interrompida pela implantação de higiene pessoal e doméstica;
• transmissão baseada em água: caracterizada quando o patógeno desenvolve parte de
seu ciclo vital em um animal aquático;
• transmissão por um inseto vetor: na qual insetos que procriam na água ou cuja
picadura ocorre próximo a ela são os transmissores.
1885 1890 1895 1900 1905 1910 1915 1920 1925 1940
25
20
15
10
5
0 0
10
20
30
Índi
ce d
e m
orta
lidad
e po
r feb
re ti
fóid
e po
r 100
.000
hab
itant
es
Per
cent
ual d
a po
pula
ção
sem
ab
aste
cim
ento
púb
lico
de á
gua
30
1930 1930
legenda Índice mortalidade febre % pop sem abast. água
6 13
Figura 3.3 – Evolução da mortalidade por diarréia e por gastroenterite e do atendimento por abastecimento de água na Costa Rica (1940-1980)
(Reiff, 1981, apud McJunkin, 1986)
A Tabela 3.2 apresenta as principais estratégias de prevenção das doenças relacionadas à
água, em função dos mecanismos de transmissão, enquanto a Tabela 3.3 apresenta as
categorias das vias ambientais de transmissão e as respectivas doenças a elas
relacionadas.
No presente trabalho será enfocado o grupo de doenças da Categoria 1 – Feco-oral
(transmissão hídrica ou relacionada com a higiene), conforme apresentado na Tabela 3.3.
3.1.5 Avaliação da importância relativa das doenças diarréicas dentre as doenças infecciosas
Esrey et al. (1990) destacam seis doenças encontradas em países em desenvolvimento que
constituem sérios problemas onde ocorrem. A Tabela 3.4 apresenta a incidência e efeitos
dessas doenças em países em desenvolvimento. Os autores destacam que todas as áreas
Ano
300
200
100
100%
80%
60%
40%
20%
1940 1950 1960 1970 1980
Taxa de mortalidade por diarréia - gastroenterite
Percentual da população com abastecimento de água
Programa de melhoria do
tratamento de água Programa de moradia e
eletrificação
Assistência social e médica
Sistemas municipais de abastecimento de água
Programa de instalação Programa de instalação
Rural de água
Taxa
de
mor
talid
ade
por d
iarré
ia –
gas
troen
terit
e /
100.
000
habi
tant
es
% d
a po
pula
ção
tota
l com
aba
stec
imen
to d
e ág
ua
mel
hora
do
7 14
Tabela 3.2 - Principais estratégias de prevenção das doenças relacionadas à água, em função dos mecanismos de transmissão (Cairncross e Feachem, 1993).
Via de transmissão Estratégias de prevenção
Transmissão hídrica • Melhoria da qualidade da água de beber; • prevenção uso casual de fontes desprotegidas.
Transmissão relacionada com a higiene
• acréscimo da quantidade de água usada; • melhoria do acesso e confiabilidade do abastecimento de
água doméstico; • Melhoria higiene
Transmissão baseada em água • Redução do contato com água infectada; • Controle da população de caramujos; • Redução contaminação da água de superfície.
Transmissão por um inseto vetor
• Melhoria no gerenciamento de água superfície; • Destruição dos sítios de insetos; • Redução da visita a sítios infectados; • uso de mosquitos
Tabela 3.3. Classificação ambiental das infeções relacionadas com a água (Cairncross & Feachem, 1993 - adaptado)
Categoria Infecção
1 Feco-oral (transmissão hídrica ou relacionada com a higiene)
Diarréias e disenterias (Disenteria amebiana Balantidíase, Enterite campylobacteriana Cólera, Diarréia por E. coli, Giardíase Diarréia por rotavírus, Salmonelose e Disenteria bacilar)
Febres entéricas (Febre tifóide, Febre paratifóide, Poliomielite, Hepatite A, Leptospirose, Ascaridíase e Tricuríase)
2 Relacionada com a higiene a) Infecções da pele e dos olhos
b) Outras
Doenças infecciosas da pele Doenças infecciosas dos olhos Tifo transmitido por pulgas Febre recorrente transmitida por pulgas
3 Baseada na água a) Por penetração na pele
b) Por ingestão
Esquistossomose Difilobotríase, Verme da Guine e outras infecções por helmintos
4 Transmissão por inseto vetor a) Picadura próxima à água
b) Procriam na água
Doença do sono Filariose, Malária e Arboviroses (Febre amarela, Dengue e Leishmaniose *)
(*) introduzida pelo autor
dos países são afetadas pela diarréia e pela ascaridíase, sendo que as outras quatro
doenças estão mais restritas em dois ou mais continentes.
8 15
Tabela 3.4 – Incidência e efeitos de doenças selecionadas em países em desenvolvimento (excluindo a China) ( Esrey et al., 1990)
Doença Nº casos estimados por ano (milhões)
Nº mortes estimados por ano
Diarréia 875 4.600.000 Ascaridíase 900 20.000 Verme de Guiné 4 * Esquistosomíasis 200 * Ancilostomíase 800 * Tracoma 500 ** (*) a debilidade é mais usual que a morte (**) debilidade é desconhecida
Da Tabela 3.4 observa-se que as doenças diarréicas são consideradas as principais causas
de morte no mundo.
Esse quadro torna-se mais preocupante ainda quando se verifica que, para cada 100
crianças abaixo de cinco anos há, em média, 220 episódios de diarréia por ano segundo
Esrey et al. (1990).
3.1.6 Estudos epidemiológicos como instrumento de avaliação dos impactos provocados pelas melhorias do abastecimento de água e do esgotamento sanitário na saúde
Até o ano de 1975, não era consenso o uso de estudos epidemiológicos para a
comprovação da relação entre o saneamento e saúde. Existiam posições contrárias até
então. Um painel realizado naquele ano, com especialistas, convocado pelo Banco Mundial,
concluiu ser necessário longo tempo e dispendiosos recursos para a conclusão de estudos
longitudinais. Por outro lado, o workshop internacional de Bangladesh - 1983, definiu-se
favorável à possibilidade de se estabelecer uma metodologia para estudos de avaliação de
impacto sobre a saúde a partir de medidas de saneamento (Heller, 1997).
Heller (1997) apresenta uma revisão sobre estudos epidemiológicos disponíveis na literatura
associando saneamento e saúde. Basicamente identifica duas classes de trabalhos.
1. Artigos publicados a partir de 1985, tendo como principal base de dados o Índex
Medicus, além de periódicos e outras fontes brasileiras. Esta pesquisa possibilitou a
obtenção de 86 artigos.
2. Trabalhos de revisão de literatura, onde são referenciados estudos epidemiológicos.
Nessa fonte, dez importantes referências permitiram contribuições significativas
9 16
sobre a relação entre a saúde e o saneamento. Foram reunidos estudos que
abordam, dentre vários, a análise metodológica recorrente de estudos
epidemiológicos relacionados ao abastecimento de água e esgotamento sanitário; a
associação de ações de saneamento e indicadores de saúde; o efeito da higiene
sobre a diarréia.
Considerando a compilação das informações disponíveis nos dez trabalhos de revisão
referidos, cobrindo trabalhos publicados entre 1929 e 1989, e somando-se os artigos
pesquisados, identificou-se 256 estudos (Heller, 1997).
A Figura 3.4 permite visualizar a distribuição desses estudos por variável de saneamento
empregada e pelo resultado verificado (associação positiva ou negativa). Segundo Heller
(1997), não há diferença estatisticamente significativa dos resultados em função da variável
de saneamento avaliada, entretanto, quando se comparam as variáveis de saneamento
“duas a duas”, verifica-se uma superioridade de resultados positivos para higiene/educação
sanitária, quando comparada com abastecimento de água, esgotamento sanitário e
qualidade da água consumida.
Figura 3.4 – Associação entre saneamento e saúde. Distribuição dos estudos segundo a variável de saneamento e o resultado (Heller, 1997)
Esrey et al. (1990), por sua vez, concluíram que os resultados da revisão por eles realizada
(ver Tabela 3.5) apontam que a melhoria em um ou mais componentes do abastecimento de
água e esgotamento sanitário podem reduzir substancialmente as taxas de morbidade por
doenças diarréicas, ascaridíase, Verme da Guiné, esquistosomíase e tracoma. Com
exceção da Ancilostomíase a redução média, nos melhores estudos, da morbidade varia de
118
2621
72
43
4
44
13
5
28
6 310
0 0
13
2 20
20
40
60
80
100
120
140
Abast. Água Qual. Água Quant. Água Esg. Sanitário Higiene/Educ.Sanit.
Lixo
Núm
ero
Est
udos
Positivo Negativo Não identificado
10 17
26% para diarréia e 78% para Verme da Guiné. A redução média da mortalidade geral, em
todos os estudos foi de 65% e da mortalidade infantil foi de 55% para os melhores estudos.
Segundo os autores, esses últimos mostram o importante papel que a água e o
esgotamento sanitário têm na sobrevivência infantil.
Tabela 3.5 – Expectativa de redução na morbi-mortalidade proveniente de melhorias no abastecimento de água e esgotamento sanitário (Esrey et al., 1990)
Todos estudos Melhores estudos Doença
Núm.Média
(%) Variação (%) Núm.
Média (%)
Variação (%)
Morbidade por doenças diarréicas 49 22 0-100 19 26 0-68 Mortalidade por doenças diarréicas 3 65 43-79 - - - Ascaridíase 11 28 0-83 4 29 15-83 Verme da Guiné 7 76 37-98 2 78 75-81 Ancilostomíase 9 4 0-100 - - - Esquistosomíase 4 73 59-87 3 77 59-87 Tracoma 13 50 0-91 7 27 0-79 Impacto total na mortalidade infantil 9 60 0-82 6 55 20-82
Merecem destaque também, alguns trabalhos apresentados no livro Saneamento e Saúde
nos Países em Desenvolvimento, com a contribuição de diversos autores, nos quais são
citados na presente revisão, aspectos importantes relacionados à associação entre a saúde
e o saneamento, tanto em estudos epidemiológicos, quanto em estudos avaliando o impacto
na qualidade de vida das pessoas a partir de ações de saneamento.
Cairncross (1997) analisando dois estudos realizados no Brasil, reforça uma tendência por
ele defendida, de que a quantidade de água disponível para consumo é preponderante em
relação à qualidade, quanto ao impacto na saúde das pessoas. O primeiro desses estudos
(Kirchoff et al., 1982, apud Cainrcross, 1997) foi realizado nos arredores de Fortaleza, onde
a equipe pressupôs que a transmissão das diarréias pela qualidade da água era mais
importante que pela a quantidade, e concluiu, num estudo do tipo “caso-controle”, que a
incidência de diarréia foi praticamente idêntica nos dois grupos. O segundo (Victora et al.,
1988, apud Cainrcross, 1997), também baseado num estudo epidemiológico “caso-controle”,
buscou analisar fatores de risco para a mortalidade infantil na cidade de Pelotas. Foi
avaliado separadamente, o impacto na saúde relativo à qualidade da água e ao nível de
acesso à água (quantidade preponderante). Não se encontrou relação significativa entre a
qualidade da água e a saúde, mas constatou-se que a mortalidade infantil pela diarréia nas
famílias usuárias de soluções alternativas de abastecimento de água era de quatro a cinco
vezes maior que nas famílias ligadas à água encanada.
11 18
Roberts (1997) explicita três conclusões, sendo todas elas baseadas em estudos
epidemiológicos: 1) acesso a instalações de disposição de excretas é geralmente mais
protetora da diarréia que o acesso a mais água ou à água tratada; 2) quantidade adequada
de água parece ser mais benéfica na redução de taxas de diarréia que o acesso à água com
alta qualidade; 3) melhorias de qualidade da água podem ser vulneráveis por outros fatores
ambientais e comportamentais.
3.2. INDICADORES DE SAÚDE AMBIENTAL 3.2.1. Conceituação Os impactos decorrentes das mudanças ambientais na saúde humana vem sendo bastante
discutidos atualmente em um movimento mundial que é o da saúde ambiental.
Os Indicadores de saúde ambiental podem ser definidos como:
Uma expressão da vinculação entre a saúde e o ambiente, no que concerne ao
gerenciamento e à política de um tema específico, apresentado de uma forma na
qual haja facilidade de interpretação, para a efetiva tomada de decisão. Um
indicador de saúde ambiental é um indicador ambiental ou um indicador de saúde,
acrescido do conhecimento da relação entre a exposição ambiental e efeitos à saúde
(OMS, 1996).
Ou ainda como:
...engloba aspectos da saúde humana, que são determinados ou influenciados por
fatores do meio ambiente. Isto inclui o estudo não só dos efeitos patológicos diretos
de diferentes agentes químicos, físicos e biológicos, mas dos efeitos (geralmente
indiretos) sobre a saúde e o bem-estar do ambiente físico e social mais amplo (OMS,
1989, apud Von Schirnding, 1998).
Os indicadores sanitários, além de serem parte integrante, constituem-se indicadores
ambientais relevantes para a análise de questões relacionadas à saúde ambiental.
De acordo com dicionário Michaellis (2002), o termo sanitário quer dizer relativo ou
pertencente à saúde; e condições sanitárias associam-se à conservação ou restauração da
saúde, à higiene, às ações destinadas a livrar ou preservar a saúde pública ou particular de
12 19
tudo quanto pode prejudicá-la, principalmente no que diz respeito a doenças endêmicas ou
contagiosas. Os Indicadores sanitários, portanto compreendem as expressões das
condições sanitárias, ou das ações empreendidas para alterar tais condições sanitárias
adversas à saúde pública ou individual.
Uma vez caracterizadas as relações entre o abastecimento de água e a saúde, é preciso,
portanto, discutir a mensuração dos impactos das ações, ou a falta delas, na saúde humana.
Desde o Programa para a Promoção de Saúde Ambiental da OMS, estabelecido há
aproximadamente 50 anos atrás, o desenvolvimento de métodos e aplicações práticas de
medida do status de saúde ambiental vem tendo importante ênfase. A prioridade inicial foi
prover informações em temas básicos como água para consumo humano e esgotamento
sanitário, e hoje, dois dos indicadores mais usados na avaliação do status de saúde
ambiental em uma comunidade, são a cobertura da população com acesso à água
encanada e com esgotamento sanitário (OMS, 1996). 3.2.2. Antecedentes Desde o início dos anos 60 e 70 iniciou-se um esforço para incorporar a variável ambiental
no movimento dos indicadores sociais, formando-se grupos nacionais e internacionais
preocupados com essa questão (Borja e Moraes, 2000).
Ao se avaliar o movimento internacional vinculando saúde ao meio ambiente e ao
desenvolvimento, desde a Rio 92 até Istambul 96, fica evidente que a saúde ambiental
tornou-se um item importante da agenda do meio ambiente e do desenvolvimento, e que as
questões ambientais receberam maior destaque na agenda da saúde pública. A Tabela 3.6
demonstra os esforços internacionais para tornar a saúde ambiental um item importante da
agenda do meio ambiente, do desenvolvimento e da saúde pública.
Um dos mais importantes estímulos para o uso de indicadores de desenvolvimento na área
da saúde e ambiente foi o surgimento do desenvolvimento sustentável, como princípio guia
para a política e a adoção da Agenda 21, construída em 1992 na Conferência Ambiental e
Desenvolvimento das Nações Unidas.
O Princípio 1 da declaração do Rio/92 diz que:
O “fator humano” é de importância fundamental para o conceito de sustentabilidade. Isto foi
enfatizado no preâmbulo da Declaração do Rio, mais precisamente em que “os seres
13 20
humanos estão no centro da preocupação com o desenvolvimento sustentável. Eles têm
direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza” (ONU, 1993).
Tabela 3.6 - Cronologia de eventos internacionais envolvendo discussões sobre saúde
ambiental e desenvolvimento (Von Shirnding, 1998 – adaptada)
Ano Local Evento Discussões
1986 Otawa Otawa Charter on Health Promotion
Lançamento da “Carta de Otawa sobre Promoção da Saúde”, alertando para a importância de desenvolver-se ambientes saudáveis e enfatizando a necessidade de se observar a saúde por uma perspectiva mais ampla de desenvolvimento.
1987 Sem informação
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento
Associou a questão de proteção do meio ambiente ao crescimento econômico e desenvolvimento global
1991 Suécia Conferência de Sundsvall sobre
Ambientes Saudáveis
Observância do papel de vários setores na influência das condições ambientais e de saúde e seus vínculos, verificando como as considerações ambientais e de saúde poderiam ser melhor incorporadas ao planejamento setorial
1992 Sem informação
Reunião da Comissão de Saúde e Meio
Ambiente da OMS
Forneceu insumo chave para a subseqüente “Conferência de Cúpula” de 1992.
1992 RJ/Brasil
Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento
Adoção da “Agenda 21” – Plano global de ação para tomada de medidas necessárias para se conseguir um desenvolvimento ambientalmente sustentável no século XXI. A Agenda 21 enfatiza a necessidade de se levar em conta considerações sobre a saúde quando do planejamento do desenvolvimento sustentável
1994
Manches-ter/
Reino Unido
Fórum Global
Atenção voltada para a importância do meio ambiente urbano e desenvolvimento sustentável
1996 Istambul/ Turquia HABIT II
Focalizou a atenção nas cidades, destacando sua importância à luz da tendência de rápida urbanização que está ocorrendo em todo o mundo.
O Capítulo 40 da Agenda 21 – Informação para a Tomada de Decisão (ONU, 1993), por
exemplo, estabelece que:
Indicadores de desenvolvimento sustentável precisam ser desenvolvidos para prover
bases sólidas na tomada de decisão em todos os níveis e para contribuir para a
regulação própria da sustentabilidade do ambiente, integrado a outros sistemas de
desenvolvimento (ONU, 1993).
Conforme já reportado, um grande trabalho vem sendo realizado para o desenvolvimento de
indicadores relativos ao meio ambiente, principalmente por organizações como a
Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento – (Organisation for
Economic Cooperation and Development – OECD), o Comitê Científico para Problemas do
14 21
Meio Ambiente (Scientific Committee on Problems of the Environment – SCOPE), a
Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (United Nations
Comission on Sutainable Development – CSD), a Organização Mundial de Saúde – OMS, o
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (United Nations Environment Programe
– UNEP), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, o Centro das
Nações Unidas para Assentamentos Humanos (United Nations Centre for Human
Settlements – UNCHS), o Instituto de Recursos Mundiais (World Resources Institute – WRI),
o Banco Mundial, a Comissão Européia e outras organizações, bem como vários países,
como os Estados Unidos da América, o Canadá, o Reino Unido, a Holanda e outros (Von
Shirnding, 1998).
Considera-se que ainda é preciso avançar muito para se obter um indicador para a saúde
ambiental, assim como o PIB e o IDH são para a economia, e que, em função da
diversidade de problemas de saúde ambiental verificados em cada país, os indicadores
deverão igualmente diferir em cada nível de decisão.
3.2.3. Objetivos, a natureza e o uso de indicadores O termo “indicador” é derivado do latin “indicare”, que significa anunciar, apontar ou indicar.
Eles propiciam um meio de dar aos dados um valor para convertê-los em informação, de
uso direto na tomada de decisão. As medidas produzem dados brutos; os dados são
agregados e sistematizados para o processamento estatístico; as estatísticas são
analisadas e re-expressas em forma de indicadores; e por fim os indicadores são as fontes
alimentadoras dos processos de tomada de decisão (OMS, 1996).
Indicadores de saúde ambiental podem ser vistos como uma medida que transforma, em
termos facilmente assimiláveis, alguns aspectos da relação saúde e ambiente. É uma
maneira de expressar conhecimentos científicos sobre a conexão entre saúde e ambiente
de forma a ajudar a tomada de decisão para propiciar a escolha de medidas mais
apropriadas (OMS, 1996).
Os indicadores tornaram-se amplamente usados em diferentes campos, inclusive naqueles
de meio ambiente e saúde. Para serem realmente úteis, os indicadores devem ser
direcionados aos usuários e relevantes para as políticas; eles devem ser apropriados para
diferentes usuários e devem estar baseados no reconhecimento de que diferentes decisões
e questões requerem diferentes tipos e níveis de indicadores. A escolha de indicadores
15 22
dependerá do propósito para o qual serão utilizados e o público-alvo que deles serão
usuários. Eles podem ser usados em diferentes níveis como, por exemplo, o nível nacional,
regional, local, ou o nível de vizinhança e o nível setorial (Von Shirnding, 1998).
A seguir são listados alguns critérios aos quais os indicadores de saúde ambiental devem
obedecer (OMS, 1996):
• ser baseado em um conhecido vínculo entre saúde e ambiente;
• ser sensível a mudanças nas condições de interesse;
• ser diretamente relacionado à questão específica concernente à saúde ambiental;
• ser relacionados às condições ambientais e/ou de saúde cuja ação é significativa;
• ser consistente e comparável no tempo e no espaço;
• ser forte e não afetado por mínimas mudanças na metodologia/escala utilizada para a
sua construção;
• não ser influenciado e ser representativo das condições de interesse;
• ser cientificamente sólidos, de forma que eles não possam ser facilmente questionáveis
em termos da sua confiabilidade e validade;
• ser facilmente compreendido e aplicável por potenciais usuários;
• ser disponível logo depois do evento ou período ao qual ele esteja relacionado;
• ser baseado em dados que sejam disponíveis a um custo-benefício aceitável;
• ser baseado em dados de qualidade conhecida e aceitável;
• ser seletivos ao ponto de ajudar a priorizar informações chave para as ações; e
• ser aceitável para ser considerado.
Forge (1994, apud Borja e Moraes, 2000), estabelece algumas indagações que devem ser
respondidas antes de se iniciar um sistema de indicadores ambientais urbanos:
• Quais o objetivos dos indicadores? Alertar, definir tendências ou avaliar impactos?
• Qual o tipo? Avaliação do estado do ambiente, verificação das pressões sobre ele
incidentes ou avaliação das respostas dadas pelo poder público e sociedade quanto à
melhoria do meio ambiente urbano?
• Qual a escala da avaliação? Global, regional, nacional ou local?
• Quais os usuários das informações? Tomadores de decisão, políticos, economistas,
público em geral ou técnicos?
16 23
Os indicadores terão como foco prioritário os gestores locais, responsáveis pela vigilância e
controle da qualidade da água para consumo humano; os responsáveis pela prestação dos
serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário; e os tomadores de decisão
envolvidos com a formulação de políticas, do planejamento e da alocação de recursos de
saúde, saneamento e meio ambiente; e finalmente ao público alvo das situações de risco.
Quanto aos objetivos dos indicadores, Will e Brigg (1995, apud Borja e Moraes, 2000)
apresentam os indicadores como sendo um meio de prover as políticas com informações, de
demonstrar seu desempenho ao longo do tempo e de realizar previsões, podendo ser
utilizados para a promoção de políticas específicas e monitorização de variações espaciais e
temporais das ações públicas.
3.2.4. A proposta da OMS para a construção de indicadores de saúde ambiental
Do primeiro encontro de especialistas realizado em agosto de 1994, resultou o projeto
HEADLAMP – Health Environment Analysis for Decision Making (Análise de Saúde
Ambiental para a Tomada de Decisão), fruto da constatação de que a análise de dados em
saúde e ambiente, como base para estimar o impacto da poluição e prioridades de ação, era
uma necessidade urgente em muitas partes do mundo (OMS, 1996). O encontro surgiu a
partir das preocupações da OMS com as doenças e agravos relacionados à saúde
decorrentes de questões ambientais.
Um dos principais propósitos do projeto HEADLAMP era o de prover a capacitação,
contribuindo para um contínuo processo de monitoramento, e criticar políticas nas quais a
avaliação do status de saúde e ambiente são usados sistematicamente.
No projeto HEADLAMP é previsto o desenvolvimento de indicadores apropriados de saúde e
ambiente. No escopo desse projeto, priorizar a identificação de indicadores ajuda a
estabelecer a agenda de estudos que necessitam serem realizados, aprofundando a análise
de dados e métodos necessários.
Nos últimos anos, um número significativo de tentativas tem sido feitas para definir uma
estrutura conceitual de indicador de desenvolvimento. Dessas, uma que tem sido
freqüentemente adotada é a seqüência Pressão-Estado-Resposta (PSR), inicialmente
aplicada pela OECD como uma estrutura para relatar o estado do meio ambiente (OMS,
1996).
17 24
Em muitos casos, entretanto, o PSR mostrou-se limitado. Recentemente têm sido
incorporadas a ele as forças motrizes (driving forces) responsáveis pela pressão no
ambiente, e os efeitos que freqüentemente precedem a resposta política (USEPA, 1994
apud OMS, 1996).
Com a inclusão dessas novas diretrizes pela OMS, surgiu a estrutura conceitual para
indicadores de saúde ambiental conhecida como “FPEEEA” – Forças Motrizes, Pressão,
Estado, Exposição, Efeitos e Ação.
A cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde e as “ações de resposta” são o modelo
através do qual as forças motrizes geram pressões, que modificam a situação do ambiente,
e, em última análise, a saúde humana, por meio das diversas formas de exposição, onde as
pessoas entram em contato com o meio ambiente, causando os efeitos na saúde. A Figura
3.5 mostra, a partir de exemplo, o que pode ocorrer em cada ponto de determinada cadeia
Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde.
Figura 3.5 Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde (Von Shirnding, 1998 - Modificado)
Assim, por exemplo, as forças motrizes do desenvolvimento, representadas pela
urbanização e a industrialização, geram pressões sobre o meio ambiente que deterioram o
seu estado e expõem populações a riscos, que podem gerar efeitos negativos para a saúde
humana, elevando as taxas de morbi-mortalidade.
Uma vez identificadas as causas, dentro desta estrutura, podem-se definir os indicadores,
correspondentes aos diferentes componentes, sendo igualmente importantes os indicadores
relacionados às ações.
Força Tecnologia Motriz
Pressões Disposição de resíduos
Situação Níveis de Poluição
Exposição Dose orgânica Alvo
Efeito Mortalidade
Ação
18 25
Para melhorar a compreensão do modelo, é essencial apresentar os conceitos básicos
relacionados a cada um dos níveis de decisão da cadeia, que segundo OMS (1996) são:
Força motriz Refere-se aos fatores que motivam e impulsionam os processos ambientais envolvidos. Um
dos mais importantes desses, é o crescimento populacional. Um extenso espectro de outras
importantes forças motrizes que se destacam: desenvolvimento tecnológico,
desenvolvimento econômico e política de intervenção.
Pressões As forças motrizes resultam na geração de pressões no ambiente. As pressões são
normalmente expressas através da ocupação humana ou exploração do meio ambiente. As
pressões são geradas por todos os setores da atividade econômica. Um dos mais
importantes componentes dessas pressões no contexto da saúde humana é claramente o
lançamento de poluentes no meio ambiente.
Estado Em resposta a essas pressões, o estado do ambiente é freqüentemente modificado. As
mudanças envolvidas podem ser complexas e amplas, afetando todo o meio ambiente.
Como exemplo pode-se citar os níveis de poluição ambiental. Outros exemplos: qualidade
do ar e da água.
Exposição
O risco ambiental somente põe em risco o bem-estar humano quando a população está
envolvida. Exposição então refere-se à interseção entre pessoas e riscos inerentes ao
ambiente, e é raramente uma conseqüência automática da existência do risco. Requer que
a pessoa esteja presente em ambos, lugar e tempo que ocorre o risco. Pode ocorrer a
contaminação pela inalação, ingestão ou absorção da pele, e pode envolver grande
diversidade de órgãos.
19 26
Efeitos Os efeitos sobre a saúde podem se manifestar quando alguém se submete a uma
exposição. Podem variar em função do tipo, magnitude e intensidade, dependendo do nível
de risco, do nível de exposição, da situação de saúde da pessoa, idade, formação genética,
etc. Também podem ser agudos ou crônicos. Podem ocorrer diferentes relações de
efeito/exposição para diferentes subconjuntos da população; podem ser pequenos e devem
ser diferenciados dos efeitos de outros fatores. Exemplos de efeitos: intoxicação,
envenenamento, bem-estar, morbidade, mortalidade.
Ações As ações podem ser de curto prazo e de caráter reparador, outras em longo prazo e
preventivas.
Diversas ações podem ser tomadas, baseadas na natureza dos riscos, sua receptividade ao
controle e da percepção pública dos riscos. As ações podem ser implementadas em
diferentes níveis de gestão, como por exemplo, em nível das forças motrizes, das pressões,
do estado, de exposição ou dos verdadeiros efeitos sobre a saúde.
3.2.5. A experiência brasileira na construção de indicadores de saúde ambiental Já vem sendo sentida a necessidade de se estruturar no Brasil um sistema de indicadores
de saúde ambiental. Não só pela fragilidade dos existentes, mas principalmente pela
necessidade de se ter um instrumento permanente e confiável que respalde o planejamento,
a alocação de recursos e a avaliação das ações de saúde pública (Borja e Moraes, 2000).
O Plano Nacional de Saúde e Ambiente no Desenvolvimento Sustentável, apresentado à
Conferência Pan-Americana sobre Saúde e Ambiente no Desenvolvimento Humano
Sustentável - COPASAD em 1995, refere-se por diversas vezes, à importância de se
estruturar um Sistema de Informação com um enfoque quantitativo e qualitativo, capaz de
aferir, por meio de indicadores, as condições de saúde e ambientais com vistas ao
estabelecimento de necessidades e definir intervenções apropriadas (Brasil, 1995).
Seguindo a agenda sugerida pela COPASAD, a Fundação Nacional de Saúde – FUNASA
em conjunto com a OPAS, vem debatendo desde agosto/1998, a estruturação de
20 27
indicadores de saúde ambiental, a partir da estrutura FPEEEA adaptada pela OMS. A partir
da estruturação da Vigilância em Saúde, a FUNASA vem discutindo com especialistas a
cadeia de desenvolvimento-ambiente e saúde, já apresentada anteriormente, com vistas à
definição de indicadores para compor o Sistema de Informação em Vigilância Ambiental em
Saúde. Para tanto, ocorreram três encontros importantes: o primeiro no IV Congresso
Brasileiro de Epidemiologia (1998), onde se discutiu a metodologia e os conceitos dos
indicadores de saúde ambiental; o segundo, no XX Congresso Brasileiro de Engenharia
Sanitária e Ambiental (1999), que discutiu indicadores de Vigilância da Qualidade da Água
para Consumo Humano; e o terceiro, em reunião na própria FUNASA, no qual foram
discutidos indicadores sanitários para priorização de ações de saneamento a partir de
indicadores epidemiológicos.
Do encontro realizado em 1998, se destacam os seguintes indicadores sugeridos para
avaliar a qualidade da água para consumo humano (Galvão et al., 1998):
• Cobertura dos serviços coletivos de abastecimento de água;
• Qualidade da água distribuída através dos teores de cloro residual, índices de
contaminação por coliformes, intermitência do serviço e formas de armazenamento da
água;
• Quantidade de água consumida por habitante;
• Pressões no sistema distribuidor; e
• Avaliação quantitativa e qualitativa dos mananciais.
Os dados disponíveis para avaliar as condições sanitárias originam-se das Companhias
Estaduais e Municipais e dos Serviços Autônomos de Água e Esgotos, e são coletados na
primeira Pesquisa Nacional sobre Saneamento Básico do IBGE em 1989, no Primeiro
Diagnóstico sobre a Situação do Saneamento nos Municípios Autônomos da
ASSEMAE/FUNASA de 1995, nas Pesquisas Nacionais de Amostras por Domicílios (PNAD)
do IBGE, ou ainda nos Censos Decenais do IBGE. Parte dessas bases são estaduais e
municipais e outra parte tem bases em setores censitários. Esses dados têm validade
questionável, não só pela forma como são levantados como também pela não
especificidade para avaliar o pretendido (Borja e Moraes, 2000).
O SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, elaborado pela Secretaria
Especial de Desenvolvimento Urbano – SEDU, por intermédio do Programa de
Modernização do Setor de Saneamento – PMSS, vem desenvolvendo, desde o ano de
1995, indicadores de desempenho operacional, administrativo, financeiro e na última versão,
21 28
incorporou o componente de qualidade da prestação do serviço (PMSS, 1999). O sistema
cobre 27 unidades federadas e vários serviços autônomos de porte mais significativo no
país.
Ainda na linha de indicadores de desempenho dos serviços de saneamento, devem ser
destacadas as ações que alguns prestadores de serviços de saneamento começam a
empreender, no sentido de implementar no país, a metodologia proposta pelo Grupo de
Trabalho da IWA “Indicadores de desempenho” (Performance Indicators for Water Supply
Services). Essa metodologia vem sendo discutida entre profissionais de vários países. Um
dos objetivos desse grupo de trabalho é uniformizar os indicadores de desempenho de
recursos hídricos, recursos humanos, infra-estruturais, operacionais, qualidade dos serviços
e financeiros para propiciar a implementação de rotinas de comparação com instituições de
referência (benchmarking), quer internamente, comparando o desempenho obtido em áreas
geográficas ou sistemas diferentes, quer exteriormente, comparando-se com outras
entidades gestoras semelhantes, promovendo melhorias de desempenho (Alegre, 2000).
Dentre os indicadores de desempenho relacionados nesse esforço conjunto, encontram-se
vários relacionados ao tema da qualidade da água para consumo humano, como por
exemplo, a qualidade bacteriológica da água, a cobertura por serviços de abastecimento de
água, além de outros. Esse movimento pode favorecer, no futuro, o desenvolvimento de
indicadores de saúde ambiental.
A FUNASA, através da Coordenação da Vigilância Ambiental em Saúde, com o apoio da
OPAS, implantou, desde o ano 2000 o SISAGUA – Sistema de Informação de Vigilância da
Qualidade da Água para Consumo Humano, a partir da definição de indicadores de
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano. Esse sistema é descrito no item
3.3.
Outros esforços de instituições ou de pesquisadores foram e estão sendo feitos no país com
vistas ao desenvolvimento de indicadores ambientais. A seguir são sintetizadas as
iniciativas citadas por Borja e Moraes (2000) que mais se destacam:
• Piza e Gregori (1999) propuseram um indicador de salubridade ambiental – ISA,
calculado pela média ponderada de indicadores relacionados a abastecimento de água,
esgotamento sanitário, resíduos sólidos, controle de vetores, indicador regional de cada
bacia e sócio-econômicos;
22 29
• Sarmento et al. (1999) estabeleceram indicadores de desempenho para os setores de
abastecimento de água e esgotamento sanitário que abrangem os sistemas de
produção de água, distribuição de água, esgotamento sanitário, atendimento ao usuário
e impacto ambiental;
• o BNDES elaborou documento que visou propor indicadores para avaliar a adequação
dos serviços prestados pelas concessionárias estaduais de saneamento, visando
atender ao que estabelece a Lei de Concessão de Serviços Públicos nº 8987/95,
BNDES (1999);
• Almeida et al., (1999) definiram um Índice Geral composto pelos índices de
desenvolvimento econômico, de desenvolvimento social, de saneamento e de saúde,
para realizar uma avaliação sanitária e de saúde no estado da Bahia;
• o Ministério da Saúde, para a construção do IDB, Indicadores de Dados Básicos para a
saúde, elegeu três indicadores de saneamento: população urbana atendida com rede
geral de abastecimento de água; de esgotamento sanitário; e atendida por coleta de lixo
(Ministério da Saúde, 1999);
• a Universidade Federal da Bahia vem realizando pesquisas sobre indicadores em
diversas áreas da cidade de Salvador, identificando impactos das medidas de
saneamento na saúde da população e identificando variáveis relevantes na relação
saúde e ambiente (Borja e Moraes, 2000).
3.2.6. Indicadores sanitários
Inicialmente é importante destacar que no âmbito da saúde ambiental, o setor saúde atribuiu
papéis específicos à vigilância ambiental (Maciel Filho et al., 1999), que são:
• monitorar as condições de saúde e ambiente, assegurando a descentralização das
ações e as prioridades locais;
• utilizar indicadores que relacionem saúde e condições de vida, produzindo estimativas
da contribuição de diferentes fatores ambientais e sócio-econômicos para problemas de
saúde;
• analisar as necessidades e exigências para a saúde nos vários setores do
desenvolvimento, tais como habitação, agricultura, ocupação urbana, mineração,
transporte e indústria;
• formular políticas de vigilância ambiental em parceria com setores afins;
23 30
• promover a ênfase nas questões de saúde e ambiente, junto às agências, organizações
públicas e privadas, e comunidades, em todos os níveis, para inclusão nos seus
trabalhos, planos e programas das questões referentes a vigilância ambiental;
• apoiar as iniciativas locais e regionais de estruturação da vigilância ambiental nos
serviços de saúde;
• apoiar a execução de pesquisas visando a melhor compreensão, avaliação e
gerenciamento de riscos ambientais;
• subsidiar as políticas e o planejamento, a avaliação e o desenvolvimento de recursos
humanos e institucionais; na área de vigilância ambiental, nos diferentes níveis de
gestão.
Para que o setor saúde assuma essas responsabilidades, impõe-se a necessidade da
informação, tanto para os gestores, quanto para a população. Ela tem importância para a
identificação e priorização dos problemas existentes, para o desenvolvimento e avaliação
das políticas e ações a serem implementadas; para o estabelecimento e avaliação de
parâmetros e diretrizes; e para o direcionamento das pesquisas e desenvolvimento de novas
iniciativas.
A FUNASA, órgão da estrutura do Ministério da Saúde, criou em 1999, como parte da
estrutura do Centro Nacional de Epidemiologia - CENEPI, a Coordenação de Vigilância
Ambiental - CGVAM, com a finalidade de coordenar, implementar e acompanhar o
desenvolvimento das ações de vigilância ambiental.
Existem no setor saúde, programas institucionais sendo desenvolvidos no sentido de
integrar as Vigilâncias Sanitária, Epidemiológica e Ambiental em Saúde, buscando construir
a Vigilância em Saúde. A Vigilância Sanitária a Epidemiológicas são devidamente
conhecidas pelos profissionais dos setores saúde, saneamento e meio ambiente. A primeira
incumbe-se de cuidar dos produtos e serviços relacionados à saúde, enquanto a segunda é
responsável por detectar e investigar doenças à saúde humana. A Vigilância Ambiental em
Saúde, tem como objetivo detectar os fatores ambientais (físicos, químicos e biológicos)
que colocam em risco a saúde humana, e demandar ações de prevenção e controle.
A Vigilância Ambiental em Saúde engloba as áreas de vigilância da qualidade da água para
consumo humano, vigilância e controle de fatores biológicos, contaminantes ambientais e as
questões de saúde relacionadas aos desastres e acidentes com produtos perigosos. Seu
Sistema de Informação deve possibilitar a esta vigilância a coleta de dados e a agregação
dos mesmos em informações complexas que formarão os indicadores.
24 31
Do Sistema de Informação de Vigilância Ambiental, em função da importância das doenças
e agravos decorrentes da ingestão de água inadequada, o Centro Nacional de
Epidemiologia – CENEPI/FUNASA, priorizou o Sistema de Informação de Vigilância da
Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA, elaborado no ano de 2000.
Antes da concepção do SISAGUA, foram discutidos com profissionais que atuam no setor
saneamento, saúde e meio ambiente, à luz da metodologia recomendada pela OMS
(FPEEEA), anteriormente mencionada, os indicadores que deveriam ser utilizados na
vigilância. Foram discutidas as matrizes da cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde
e ações de resposta para as seguintes doenças: intoxicações por agrotóxicos, intoxicações
por mercúrio, doenças diarréicas e hepatites A e E. No presente trabalho é abordado
somente o desenvolvimento da metodologia para as doenças diarréicas e as hepatites A e
E.
As Figuras 3.6 e 3.7 apresentam as matrizes da cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-
Saúde elaboradas para as doenças anteriormente mencionados (FUNASA, 1999).
A Tabela 3.7 mostra os indicadores sanitários selecionados para representar os diversos
níveis da cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde apresentados nas Figuras 3.6 e
3.7.
Outros países da América têm, também, adotado indicadores sanitários para a vigilância
ambiental em saúde. Na Tabela 3.8 são apresentados os principais indicadores que vêm
sendo adotados no Brasil e em outros países da América.
Pode-se depreender dessa comparação que os indicadores em fase de utilização no Brasil
seguem certa analogia com os demais países que vêm utilizando indicadores de saúde
ambiental. Percebem-se, porém, divergências quanto à disposição desses indicadores nos
níveis de decisão em que aparecem dentro da Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-
Saúde.
A justificativa quanto ao fato de que no Brasil alguns indicadores estão em níveis de decisão
diferentes dos outros, pode ser atribuída a um certo grau de subjetividade existente nas
discussões onde se constrói tal cadeia. Há uma maior concentração de coincidência de
indicadores nos níveis de pressão e de ação e de divergência em estado e exposição. No
entanto, essas divergências parecem não constituir preocupação e prejuízo ao uso da
25 32
metodologia, na medida em que o importante é considerar o indicador na prática da
vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano.
Tabela 3.7 – Indicadores de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano. Efeito: Doenças Diarréicas Agudas e Hepatite A e E (FUNASA, 1999)
Efeito Indicador Fonte 1. Qualidade bacteriológica da água (consumida e
distribuída) Prestador do serviço
2. Turbidez da água Prestador do serviço 3. Níveis de cloro residual Prestador do serviço
4. Tratamento domiciliar da água Secretarias Municipais de Saúde
5. Atendimento da legislação de controle da qualidade da água de consumo humano Prestador do serviço
6. Atendimento da legislação de vigilância da qualidade da água de consumo humano
Secretarias Municipais de Saúde
7. Instalações intradomiciliares IBGE 8. Cobertura da população em abastecimento de água IBGE 9. Cobertura da população em esgotamento sanitário IBGE 10. Cobertura da população em limpeza pública IBGE 11. Tratamento da água Prestador do serviço 12. Desinfecção da água Prestador do serviço 13. Consumo per capita de água Prestador do serviço 14. Regularidade do serviço de abastecimento de água Prestador do serviço
Doenças diarréicas
15. Intermitência do serviço de abastecimento de água Prestador do serviço itens de 1 a 6; de 8 a 10; e de 13 a 15 iguais à DDA Hepatite
A e E 16. Certificação dos operadores de SAS Prestador do serviço
3.2.7 Indicadores epidemiológicos
A finalidade dos indicadores de saúde é a de resumir, em poucos números, uma série de
dados que de outra forma se tornariam confusos e de difícil interpretação. Os indicadores de
saúde tentam expressar uma idéia acerca da doença (no caso da morbidade) ou da morte
(mortalidade), numa dada população, espacial e temporariamente definidas (Câmara et al.,
2000).
Os dois tipos mais utilizados de indicadores de saúde são a Incidência e a Prevalência.
A incidência é a expressão do número de casos novos de uma doença (ou grupo de
doenças), numa população definida, durante um intervalo de tempo especificado; dividido
pelo número de indivíduos desta mesma população, para o meio do intervalo de tempo
especificado. O resultado dessa divisão deve ser multiplicado por uma base de 10, para
evitar trabalhar com números muito pequenos e fracionários.
26 33
Força Motriz
Sistema habitacional inadequado
Modelo Institucional Legal
Saneamento inadequado
Crescimento urbano
desordenado
Sistema educacional inadequado
Modelo econômico inadequado
Pressão Instalações
intradomiciliares precárias
Fonte de água contaminada: Esgoto, lixo,
efluentes industriais,
poluentes agro-pecuários e drenagem
Inexistência ou inadequação do
tratamento de água
Fornecimento descontínuo de
água (Quantidade insuficiente de
água para consumo humano
Baixo nível
educacional e cultural
Baixo nível de
renda da população
Sistema
distribuidor precário
Estado Acondicionamento da água de
consumo humano de forma
inadequada
Água de consumo
humano contaminada
Higiene corporal
inadequada
Hábito higiênico
inadequado
Exposição População
consumindo água contaminada
População ingerindo alimentos
contaminados
População exposta a microrganismos
através da pele
População exposta a vetores
Efeito Doenças diarréicas Agudas
(*) Metodologia proposta pela OMS para análise de Causa e Efeito nas relações entre Saúde e Ambiente
Figura 3.6– Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde para Doenças Diarréicas visando a Vigilância da Qualidade da Água de
Consumo Humano (*) – (FUNASA, 1999)
33
35
Força Motriz
Produção Agrícola
Déficit de saneamento
Desenvolvimento urbano
Déficit habitacional
Déficit educacional
Pressão Uso de água contaminada para
irrigação
Demanda de água de consumo humano não
atendida
Lançamento de esgoto não tratado-
lixo não tratado
Condições de moradia insalubre
Baixo grau de instrução
Estado Alimento contaminado
Água de consumo humano
contaminada
Escassez de água para consumo
humano
Esgoto “a céu aberto”
Coleções hídricas contaminadas
Acondicionamento de água para
consumo humano inadequado
Falta de higiene e manipulação
inadequada de alimentos
Exposição População consumindo
alimentos contaminados
População consumindo água
contaminada
População em contato direto com
dejetos / lixo
População em contato direto com
mananciais contaminados
Efeito Hepatite A e E
(*)Metodologia proposta pela OMS para análise de Causa e Efeito nas relações entre saúde e ambiente
Figura 3.7 – Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde para Hepatite A e E visando a Vigilância da Qualidade da Água de Consumo Humano (*) – (FUNASA – 1999)
34
35
Tabela 3.8 – Indicadores sanitários utilizados em Vigilância da Qualidade da Água de Consumo Humano no Brasil e em outros países da América ( OPAS, 1999 b) Níveis Decisão Brasil Outros países da América 1
Pressão
• Regularidade: percentual da população sujeita a intermitência; • Desinfecção: percentual da população atendida com desinfecção; • Tratamento: percentual da população atendida com tratamento; • Cobertura esgotamento sanitário: percentual da população ligada à rede coletora de esgotos ou à fossa séptica; • Instalações intradomiciliares: percentual da população com instalações sanitárias; • Cobertura resíduos sólidos: percentual de moradias com coleta regular, sem aterramento ou sem incineração de lixo
• Percentual da população conectada ao sistema de abastecimento de água; • Valor médio de consumo de água per capita em litros por habitante por dia; • Percentual da população provida por serviço de coleta de esgotos; • Percentual do esgoto coletado que é tratado; • Percentual de volume de água de beber que é desinfetada antes da entrega.
Estado
• Cobertura de abastecimento de água: percentual de moradias ligadas à rede de distribuição de água;
• Percentual das amostras com concentração superior que o padrão para E. Coli; • Percentual das amostras sem alteração padrão físico-químico; • Percentual da população que é servida por água potável
Exposição
• Qualidade Bacteriológica: percentual das amostras fora dos padrões bacteriológicos (Coli Total e Fecal); • Cloro Residual Livre: Percentual das amostras fora dos padrões para cloro residual livre; • Turbidez: percentual das amostras fora dos padrões para turbidez.
• Percentual de população em áreas sem acesso a sistemas de abastecimento de água
Ação
• Quantidade de água per capita média consumida; • Atendimento à legislação de controle da qualidade de água (s/n); • Atendimento à legislação de Vigilância da Qualidade da Água (s/n)
• Percentual de municípios com sistema de vigilância ambiental; • Percentual de municipalidades com programa de educação de saúde.
(1) Apresentação dos países na Oficina de Trabalho sobre Indicadores de Saúde Ambiental realizada
em Washington em Setembro/1999, promovida pela OPS-OMS. Participaram os seguintes países: Brasil, México, Chile, Peru e Fronteira USA/México.
Uma das principais vantagens da incidência é a de permitir visualizar o desenvolvimento de
uma epidemia (número de casos acima do esperado para o lugar em determinado tempo)
ao longo de um intervalo temporal qualquer; e pode também servir para comparar duas ou
mais populações distintas desde que apresentem padrões semelhantes por sexo, idade, etc
(Câmara et al., 2000).
Um dos fatores que mais influencia na escolha do indicador de saúde é a forma de evolução
da doença; se crônica (câncer ocupacional, hipertensão, diabetes, pneumoconioses, etc.),
ou se aguda (gripe, intoxicação, apendicite, diarréia, etc) (Câmara et al. 2000).
36
Já a prevalência é constituída pelo total de casos novos acrescidos aos casos antigos da
doença em questão (todos os casos), sendo o denominador e a base de multiplicação as
mesmas utilizadas para a incidência.
É importante distinguir as circunstâncias em que se deve usar tais indicadores. A Tabela 3.9
apresenta as situações em que os indicadores diferem ou se tornam praticamente idênticos.
Tabela 3.9 – Características dos estudos descritivos (Câmara et al. 2000) Estudos de incidência Estudos de prevalência
Refletem o fluxo do estado de saúde para o de doença na população
Representam a proporção da população que em determinado momento apresenta a doença (depende da incidência e da duração da doença)
Referem-se a período Referem-se a determinado momento ou período Casos novos Casos existentes (novos e antigos) Doenças agudas (ex.: infarto do miocárdio)
Doenças crônicas (ex.: diabetes)
Fundamental utilização em: • Investigação causal • Avaliação de medidas
preventivas
Muita utilidade em: • Estudos de planejamento de serviço • Estimativa de necessidades essenciais
As infecções de origem feco-oral, como por exemplo as diarréias, vinculam-se ao grupo das
doenças às quais a evolução se dá de forma aguda e, portanto, normalmente são
encontrados indicadores relacionados à incidência, em determinada base espacial e
temporal.
Indicadores de mortalidade e morbidade específica
A morbi-mortalidade específica é uma das maneiras pelas quais a epidemiologia trata a
comparação de doenças específicas entre duas comunidades. Esses coeficientes estão
sempre presentes nos dados de saúde dos diversos setores que podem ser analisados pela
epidemiologia.
A fórmula para se calcular a morbi-mortalidade específica é:
Nº óbitos ou casos, por causa específica, no período e no município
Nº pessoas do município
x 10 ou potência de 10
37
Os projetos de abastecimento de água e esgotamento sanitário podem influenciar um
número amplo variedade de variáveis relativas a doenças (Briscoe et al., 1986), dentre as
quais destacam-se:
• morbi-mortalidade devido à diarréia;
• estado nutricional;
• nematóides intestinais;
• infecção dos olhos; e
• infecção da pele.
A maioria dos estudos que avaliam o impacto da melhoria do abastecimento de água e
esgotamento sanitário na saúde de crianças estão focados em um ou mais de três
indicadores: taxa de diarréia, estado nutricional ou mortalidade. Todos esses indicadores
foram considerados em uma revisão de 67 estudos em 28 países (Esrey et al., 1985).
A escolha de uma variável ou de um indicador, que reflita o estado de saúde de um grupo
populacional, deve conciliar o compromisso entre a necessidade de efetivamente expressar
a condição da saúde coletiva, por um lado, e a sua adequação à pesquisa em questão, por
outro. Segundo Briscoe et al. (1986), essa escolha será influenciada pela sua importância
para a saúde pública; pela sua validade e confiabilidade nos instrumentos para medir a
variável; e, por último, pela sua capacidade de resposta às alterações das condições de
abastecimento de água e esgotamento sanitário.
A seguir são analisadas as variáveis sugeridas por Briscoe et al. (1986), quanto à
potencialidade para o uso como indicadores epidemiológicos em estudos de impacto do
abastecimento de água na saúde.
Morbidade por doenças diarréicas O emprego do indicador morbidade por doenças diarréicas tem sido referendado por
trabalhos que estabelecem roteiros metodológicos para os estudos de impacto de
saneamento (Heller, 1997). A adoção dessa variável tem sido defendida em função de: 1)
sua importância sobre a saúde pública; 2) a validade e a confiabilidade dos instrumentos
empregados na sua determinação; 3) a sua capacidade de resposta a alterações nas
condições de saneamento e 4) o custo e a exeqüibilidade demonstrados na sua
determinação.
38
Ademais, todos os pontos destacados por Heller (1997) são corroborados pelas evidências
descritas nos itens anteriores.
Destacada a referência desse indicador por diversos autores, e ainda que soe contraditório
é preciso reconhecer sua relativa vulnerabilidade. A dificuldade reside na obtenção da
informação sobre o episódio da diarréia, em função, por exemplo da “má-vontade” das mães
na resposta a questionamentos sobre esses episódios em seus filhos (Briscoe et al., 1986).
Mortalidade por doenças diarréicas
Além do indicador morbidade por doenças diarréicas, guarda também pertinência a variável
mortalidade por doenças diarréicas, a despeito de algumas limitações assinaladas por
Briscoe et al. (1986), que consideram esse indicador ”uma variável de indiscutível
importância para a saúde pública, porém com limitações na confiabilidade e na validade dos
dados obtidos quer nas estatísticas oficiais, quer em inquéritos domiciliares”.
Estado nutricional
O estado nutricional é provavelmente o indicador individual mais informativo da saúde global
de uma população. Muitos têm sustentado sua importância e propriedade em medir o
resultado de projetos de abastecimento de água e esgotamento sanitário em doenças
diarréicas (Briscoe et al., 1986).
Segundo Briscoe et al. (1986) os indicadores do estado nutricional normalmente utilizados
baseiam-se na comparação de medidas antropométricas como peso por idade, peso por
altura e altura por idade.
Apesar das medidas serem objetivas, a idade é um problema, em função da má informação
repassada pelas mães e pode resultar em resultados questionáveis. O indicador peso por
altura, portanto configura-se como o mais apropriado, por não apresentar tal vulnerabilidade.
A Tabela 3.10 mostra os efeitos da melhoria do abastecimento de água e esgotamento
sanitário nas doenças diarréicas e no estado nutricional em St. Lucia / Caribe.
Percebe-se que o impacto da melhoria no abastecimento de água na incidência de diarréias
foi como esperado. O limitado impacto de melhorias ambientais na prevalência de baixa
altura por idade é justificado pelo fato de que a altura não sofre mudanças rápidas e é
39
geralmente considerado como um indicador confiável para intervenções em projetos de
longo termo (Henry, 1983, apud Briscoe et al., 1986).
Tabela 3.10 – Efeitos da melhoria do abastecimento de água e esgotamento sanitário na diarréia e no estado nutricional (Henry, 1981,1983, apud Briscoe et al., 1986)
Efeito Impacto do abastecimento de água
Impacto adicional de latrinas
Incidência de diarréias Moderada redução Moderada redução
Prevalência de baixa Altura por idade
Pequena redução Nenhuma
Prevalência de baixo Peso por idade
Grande redução Grande aumento
Briscoe et al. (1986) concluem que mais pesquisas no uso de indicadores antropométricos,
como instrumento de análise do impacto de projetos de abastecimento de água e esgotos
sanitários, são justificadas pela significância da má nutrição e porque tais indicadores
oferecem a perspectiva de apresentarem validade e confiabilidade.
A variável apresenta, portanto, um potencial para adoção na avaliação epidemiológica de
ações de saneamento.
Nematóides intestinais
A partir da análise de diversos estudos epidemiológicos, pode-se Segundo os autores a
análise do impacto de intervenções de esgotamento sanitário pode se dar pela análise da
prevalência da infecção, ou ainda pela medida do número de ovos nas fezes caso se deseje
categorizar grupos diferenciados de indivíduos, da intensidade da infecção.constatar que
essa doença está mais vinculada à disposição de excretas (Briscoe et al., 1986).
Doenças oculares
O Tracoma é uma doença infecciosa da conjuntiva e da córnea, de significativa importância
para a saúde pública e associada à higiene inadequada. Constitui, portanto, potencial
indicador do efeito do acréscimo da quantidade da água e da melhoria de hábitos higiênicos,
em áreas endêmicas (Heller, 1997).
40
Doenças dermatológicas
São associadas especialmente ao abastecimento de água, na medida em que hábitos
higiênicos são fatores preventivos de algumas enfermidades, notadamente a escabiose,
mas também outras piodermites (doenças da pele com pus) causadas por bactérias, fungos,
vírus ou parasitas. Há um conhecimento ainda imperfeito da epidemiologia dessas doenças,
o que dificulta seu emprego nos estudos (Heller, 1977).
A importância da estratificação dos indicadores epidemiológicos em faixas etárias
Algumas populações são especialmente sensíveis às diversas patologias. As crianças até
um ano de idade são susceptíveis a muitas doenças, inclusive aquelas causadas por fatores
ambientais. Idosos sofrem não só as conseqüências de toda uma exposição a uma série de
fatores químicos, exposições profissionais, etc., bem como são mais suscetíveis, pela
diminuição da resistência orgânica, para uma série de doenças (respiratórias, fraturas,
acidentes e outras) (Câmara et al., 2000).
Particularmente em relação às crianças, Câmara et al. (2000) argumentam que crianças
menores de um ano (com algumas exceções), devem sobreviver sem maiores problemas, a
não ser que acidentes ambientais ou hospitalares venham a se interpor no curso natural do
desenvolvimento destas crianças; neste caso, a mortalidade infantil pode chegar a níveis
elevadíssimos, refletindo um ambiente extremamente hostil (desnutrição, vacinação
incompleta ou ausente, saneamento parcial ou inexistente, atendimento médico hospitalar
ineficaz durante a gestação, parto ou ambos, etc.).
Segundo Esrey et al. (1990), a maioria dos estudos avaliam os impactos do abastecimento
de água e esgotamento sanitário na saúde de crianças.
Ratificando a conclusão de Esrey et al. (1990), nas referências bibliográficas consultadas
para avaliação do impacto do abastecimento de água e do esgotamento sanitário na saúde,
a maioria se refere à morbi-mortalidade de enfermidade em crianças até os cinco anos.
3.2.8 Variáveis intervenientes
Avaliar os impactos das ações de abastecimento de água e de esgotamento sanitário na
saúde humana, sem, contudo considerar outras questões intervenientes, pode resultar em
41
conclusões dissociadas da complexa realidade que envolve a relação entre o saneamento e
a saúde.
Vários estudos mostram a importância da educação sanitária, dos hábitos higiênicos, das
condições das instalações intradomiciliares (como por exemplo o acondicionamento de água
para consumo humano, as instalações sanitárias internas, dentre outras) para a redução de
doenças feco-orais (Briscoe, 1987; Briscoe, 1984; Cainrcross et al., 1996; e Heller, 1999).
Briscoe (1987) cita uma análise de orientação política elaborada por Shuval et al. (1981),
que comparou a esperança de vida ao nascer em países com bons serviços de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, a outros em que a cobertura era baixa.
Neste estudo percebeu-se que a diferença entre a esperança de vida ao nascer das
crianças, dos países de baixo e de alto desenvolvimento econômico, em relação aos que
tinham boa e nenhuma cobertura por serviços de água e esgotos, era pequena. Entretanto,
a diferença da esperança de vida ao nascer, nos países de boa cobertura por serviços de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário comparada aos de baixa cobertura, era
mais expressiva em países de médio nível de desenvolvimento econômico. (ver Figura 3.8)
Figura 3.8 – Relações entre o nível de desenvolvimento sócio-econômico, o nível de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e a esperança de vida ao nascer.(Shuval
et al., 1981, apud Briscoe, 1987)
Ademais, existe a possibilidade de que a melhoria nas condições de abastecimento de água
e de esgotamento sanitário pode ser uma condição necessária, porém não suficiente para
beneficiar a saúde das pessoas. Para que uma melhora no abastecimento de água produza
um efeito sobre as enfermidades de transmissão feco-oral (como as diarréias), é necessário
que se reduza o número de organismos ingeridos e também, que esta redução se traduza
em uma menor incidência da enfermidade (Briscoe, 1987).
baixo alto
Desenvolvimento
Efeito ao alterar a cobertura de baixa para alta
Boa cobertura de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário
Cobertura baixa de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário
Esp
eran
ça d
e vi
da a
o na
scer
42
O raciocínio elaborado por Briscoe (1987) e apresentado na Figura 3.9 e Tabela 3.11, ajuda
a compreender a complexidade que envolve as relações de saneamento e saúde.
Tabela 3.11 – Exemplo do efeito que produz a eliminação de diferentes vias de transmissão sobre a incidência de uma enfermidade (Briscoe, 1987)
Vias de exposição % organismos que continuam sendo transmitidos
% casos da enfermidade que continuam sendo apresentados
Vias A+B+C 100 100
Eliminação da via A somente 30 74
Eliminação da via B sem eliminar a via A 72 93
Eliminação da via B depois de eliminar a via A 2 15
Figura 3.9 – Múltiplas vias para a transmissão feco-oral de agentes patogênicos (Briscoe,
1987)
Analisando a figura e a tabela anteriores, verifica-se que o tipo mais comum de dose-
resposta (logarítmica linear, para doenças diarréicas), pode comprovar que a eliminação da
via de transmissão mais importante (via A), não reduz na mesma proporção que a redução
dos organismos transmitidos, a incidência da doença. E mais, quando se elimina a via B
depois que se eliminou a via A, a redução da incidência da doença foi extremamente eficaz,
ao passo que somente a eliminação da via B, solitariamente, a redução da incidência é
insignificante (Briscoe, 1987).
Segundo Briscoe (1987):
Em muitas partes do mundo onde existem várias vias simultâneas de transmissão feco-
oral de agentes patogênicos, é muito possível que as melhoras no abastecimento de
Infectados Susceptíveis
Via A
Via B
Via C
Organismos Transmitidos
(%) 70
28
2
43
água, por exemplo, tenham um efeito direto muito limitado sobre a saúde, porém, não
obstante, constituíram-se intervenções importantes. Deve-se dizer, portanto que nestas
condições, tais melhoras são uma condição necessária, porém não suficiente para
conseguir-se uma redução apreciável de tais enfermidades.
Em síntese, pode acontecer, por exemplo, que um determinado município conte com uma
população cujo percentual de abastecimento, por sistema de água potável, seja próximo a
100%, entretanto com baixo nível de escolaridade, que resulte, em hábitos higiênicos
inadequados. Tal município pode apresentar, segundo essa teoria, incidências elevadas de
morbidade por doenças infecciosas intestinais.
É importante, portanto, contextualizar o cruzamento de indicadores sanitários com
indicadores epidemiológicos, e, sobretudo considerar situações que podem influenciar a
exposição das pessoas aos fatores que ocasionam as doenças relacionados à veiculação
hídrica.
Em consonância com a teoria epidemiológica apresentada por Briscoe (1987), na
metodologia que considera a estrutura de causa e efeito relacionado à saúde ambiental, as
matrizes que representam a cadeia desenvolvimento-meio ambiente-saúde, elaboradas para
Doenças Diarréicas e Hepatites A e E, apresentadas nas Figuras 3.6 e 3.7, consideram que
o baixo nível educacional, cultural e de renda da população (pressão) podem contribuir para
a higiene corporal e hábito higiênico inadequados (Estado) e como conseqüência,
população exposta a microrganismos, ingerindo alimentos e água contaminados.
Para efeito de representação de outros fatores intervenientes no impacto das condições de
abastecimento de água e esgotamento sanitário na saúde da população, procurou-se
identificar um indicador que melhor refletisse as condições sócio-econômicas, que possam
ser consideradas em um estudo que tente estabelecer a relação entre indicadores sanitários
e epidemiológicos.
Um indicador que pode representar adequadamente o nível sócio-econômico-cultural de
determinada população é o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, que é um índice
composto por três outros índices: esperança de vida, escolaridade e nível de renda (PNUD e
IPEA, 1996).
Em 1996, o PNUD apresentou seu primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano, que
introduziu uma nova conceituação de desenvolvimento e um novo indicador, o Índice de
44
Desenvolvimento Humano (IDH), com o objetivo de medir a qualidade de vida e o progresso
humano em âmbito mundial. O relatório sintetiza o objetivo do IDH:
“Em outras palavras, trata-se de colocar o ser humano no centro do processo de
desenvolvimento, criando políticas mais eqüitativas dos benefícios do crescimento
econômico”.
As variáveis que exprimem esses três componentes do IDH sofreram algumas alterações
desde 1990. O Relatório de 1996 adotou a metodologia estabelecida no Relatório de
Desenvolvimento Humano de 1995, que define:
• como indicador de longevidade, a esperança de vida ao nascer;
• como indicadores de nível educacional, a taxa de alfabetização dos adultos e a taxa
combinada de matrícula nos ensinos fundamental, médio e superior; estas taxas são
reunidas em um indicador único através de média ponderada, com pesos dois e um,
respectivamente; e
• como indicador de acesso a recursos, a renda per capita.
A título de ilustração apresenta-se na Tabela 3.12 a classificação dos estados brasileiros
segundo o IDH.
A organização desses resultados, segundo cinco regiões do país, indica que os valores
referentes às regiões Sul (0,844), Sudeste (0,838) e Centro Oeste (0,826) são muito
próximos, mas significativamente superiores ao resultado relativo ao Norte (0,706), por sua
vez bastante distante do índice associado ao Nordeste (0,548).
Foi feita uma divisão do país em três níveis de IDH. O primeiro, superior a 0,8, constituído
por sete estados mais ao sul do país, incluindo o DF; o segundo com IDH situando-se entre
0,7 e 0,8, compreendendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas,
Roraima e Amapá; e por fim o terceiro composto pelos estados com IDH inferior a 0,7,
reunindo o Pará, os estados da região Nordeste e o Acre.
O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA, tem o IDH disponível por município
e desagregado para cada indicador (escolaridade, renda e longevidade). Essas informações
serão essenciais para o controle do confundimento, na associação entre os indicadores
sanitários e os epidemiológicos.
45
Tabela 3.12 – Classificação dos estados brasileiros segundo o IDH (PNUD e IPEA, 1996 – modificado)
Classificação segundo Estado Valor IDH IDH PIB per capita Esperança de vida Escolaridade
RS 0,871 1 4 2 3 DF 0,858 2 1 6 1 SP 0,850 3 2 11 2 SC 0,842 4 6 5 5 RJ 0,838 5 3 12 4 PR 0,827 6 5 10 6 MS 0,826 7 8 7 7 ES 0,816 8 9 4 8 AM 0,797 9 7 9 15 AP 0,781 10 13 3 10 MG 0,779 11 10 13 11 MT 0,769 12 11 8 12 GO 0,76 13 12 15 9 RO 0,749 14 16 1 14 RR 0,715 15 14 17 13 PA 0,688 16 18 14 16 AC 0,665 17 17 16 20 SE 0,663 18 15 20 19 BA 0,609 19 20 19 21 PE 0,577 20 21 23 17 RN 0,574 21 19 25 18 MA 0,512 22 25 21 22 CE 0,506 23 23 22 24 PI 0,502 24 26 18 23 AL 0,5 25 22 24 26 PB 0,466 26 24 26 25
Nota: O IDH de Tocantins não foi calculado, por não se dispor de informações relativas à esperança de vida no estado; situa-se, no entanto, no intervalo 0,5 – 0,6 3.3. O SISTEMA DE INFORMAÇÃO SISAGUA O Sistema de Informação de Vigilância e Controle da Qualidade da Água para Consumo
Humano – SISAGUA, foi concebido a partir dos indicadores sanitários selecionados (ver
Tabela 3.7) e conta com três módulos:
46
Módulo 1 - Cadastro dos Sistemas de Abastecimento de Água – SAA1 e de Soluções Alternativas – SA2
Este módulo é constituído de dados obtidos junto aos prestadores de serviços de
saneamento, no caso dos sistemas de abastecimento de água. Alguns dados que constam
deste módulo: tipo de tratamento, existência ou não de desinfecção, número de domicílios
atendidos pelo SAA, consumo per capita médio, tipo e nome de manancial, instituição
responsável pelo sistema, além de outras. No caso de SA os dados mais importantes são:
tipo de suprimento e o número de domicílios atendidos por tipo de suprimento. Os dados
são atualizados anualmente e coletada por sistema e por município.
Módulo 2 - Controle de Qualidade da Água para Consumo Humano Este módulo é constituído de dados obtidos junto aos prestadores de serviços de
saneamento para todos os sistemas de abastecimento de água. Alguns dados que constam
deste módulo: qualidade da água da entrada do SAA e na rede de distribuição (número de
amostras coletadas e número de amostras fora dos padrões para os seguintes parâmetros:
Turbidez, Cloro Residual, Coliforme Total, Coliforme Fecal, Agrotóxicos e Mercúrio). Os
dados são fornecidos mensalmente e para todos os municípios.
Módulo 3 - Vigilância da Qualidade da água para Consumo Humano
Este módulo é de responsabilidade do setor saúde, especificamente da área responsável
pela vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano nos estados e
municípios. Além de registrar dados importantes sobre a amostra coletada (endereço, data
da coleta, além de outras), informa também os resultados de tais análises relativos a
Turbidez, Cloro Residual Livre, Coliforme Total e Fecal. Inclui ainda os resultados de coleta
e análise da qualidade da água das soluções alternativas. O número de amostras a serem
coletadas para a vigilância da qualidade da água é pactuado anualmente entre as estruturas
formais do SUS através da Programação Pactuada Integrada para Endemias e Controle de
1 Sistema de abastecimento de água – é a parte física do Serviço de Abastecimento de Água, público ou privado, constituído de instalações e equipamentos destinados a fornecer água potável em quantidade a uma comunidade. De forma geral este sistema dispões das seguintes unidades: captação, adução, tratamento, reservação e rede de distribuição (FUNASA, 2000b). 2 Soluções Alternativas – são aquelas que se dão diretamente nos mananciais (rios, fontes, poços, açudes, etc.) ou através de caminhões pipa e carroças. Neste caso as águas são coletadas através de baldes, porrões e outros de forma manual ou através de algum equipamento (roldana para coleta em poço raso ou bombas que vão alimentar um reservatório domiciliar/predial). Pode ainda ser captada através do telhado da residência (FUNASA, 2000b).
47
Doenças -PPI/ECD. O SISAGUA é alimentado por esse dado no momento da sua
disponibilidade.
No momento da realização deste trabalho, a implementação do SISAGUA encontrava-se em
fase piloto em cinco estados, de acordo com a seguinte cronologia:
• Pernambuco: Haviam sido treinadas nove Regionais de Saúde dos Estados, no período
de 10 a 18 de agosto/2000. A Secretaria Estadual de Saúde encontra-se alimentando
os dados do SISAGUA desde o mês de outubro/2000;
• São Paulo: Haviam sido treinadas oito Regionais de Saúde dos Estados, no período de
21 a 25 de agosto/2000. A Secretaria Estadual de Saúde encontram-se alimentando os
dados do SISAGUA desde o mês de novembro/2000;
• Bahia: Haviam sido treinadas nove Regionais de Saúde dos Estados, no período de 11
a 15 de setembro/2000. A Secretaria Estadual de Saúde encontra-se alimentando os
dados do SISAGUA desde o mês de novembro/2000;
• Rio Grande do Sul: Haviam sido treinadas nove Regionais de Saúde dos Estados, no
período de 25 a 29 de setembro/2000. A Secretaria Estadual de Saúde encontra-se
alimentando os dados do SISAGUA desde o mês de dezembro/2000.
• Paraná: Haviam sido treinadas 16 Regionais de Saúde dos Estados, no período de 16 a
20 de outubro/2000. A Secretaria Estadual de Saúde encontra-se alimentando os dados
do SISAGUA desde o mês de janeiro/2001.
Posteriormente, no ano de 2001 o SISAGUA já havia sido implementado em mais oito
estados brasileiros. O estágio de implantação do SISAGUA em 2002 encontra-se
sistematizado na Tabela 3.13.
Conforme citado, o SISAGUA é composto por três módulos (cadastro, controle da qualidade
da água e vigilância da qualidade da água), sendo que cada módulo contém as dados e
informações necessários para a construção de indicadores sanitários específicos, de acordo
com o apresentado a seguir:
módulo Cadastro contém as informações referentes aos indicadores: Tratamento de
água - ITAS, Desinfecção de água - IDS, Consumo per capita - ICPS e Regularidade -
IRAS .
48
Tabela 3.13 – Estágio de implementação do SISAGUA em dezembro de 2001 - (Araújo, 2002)
• O módulo Controle de Qualidade da Água contém as informações referentes aos
indicadores: Qualidade bacteriológica da água – IB, Turbidez da água – IT, Nível de
Cloro Residual – ICR, Atendimento da legislação de controle da qualidade da água de
consumo humano – ALC.
• O módulo Vigilância da Qualidade da Água possui as informações referentes aos
indicadores: Qualidade bacteriológica da água – IB, Turbidez da água – IT, Nível de
Cloro Residual – ICR, Atendimento da legislação de vigilância da qualidade da água de
consumo humano – ALV.
Nas Figuras de 3.10 a 3.14 apresenta-se o estágio dos dados de controle e vigilância da
qualidade da água alimentados no SISAGUA até o mês de Dezembo/2001 (Araújo, 2002).
No APÊNDICE A são apresentadas as principais telas do SISAGUA.
Estados Total de Municípios Informando Informando(%)
PR 399 371 93BA 415 369 88,9PE 185 130 70,3RS 497 292 58,8SP 645 78 12,1ES 77 18 23,4MG 853 184 21,6PB 223 43 19,3RR 15 1 6,7SE 75 1 1,3CE 184 2 1,1RN 166 1 0,6
49
Figura 3.10 – Situação da alimentação de dados de controle de qualidade da água do
SISAGUA no estado do Pernambuco em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)
Figura 3.11 – Situação da alimentação de dados de controle de qualidade da água do
SISAGUA no estado de São Paulo em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)
Figura 3.12 – Situação da alimentação de dados de controle de qualidade da água do
SISAGUA no estado da Bahia em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)
0
10
20
30
40
50
60
70
% m
unic
ípio
s al
imen
tand
o
Col. tot. no ControleCol. tot. na VigilânciaCloro no ControleCloro na VigilânciaTurbidez no ControleTurbidez na Vig.
4,4
4,6
4,8
5
5,2
5,4
% m
unic
ípio
s al
imen
tand
o
Coliforme Total noControleColiforme Total naVigilânciaCloro no Controle
Cloro na Vigilância
Turbidez no Controle
Turbidez na Vig. doSistema
05
1015202530354045
1
% d
e m
unic
ípio
s
Col. tot. no Controle
Col. tot. na Vigilância
Cloro no Controle
Cloro na Vigilância
Turbidez no Controle
Turbidez na Vig. doSistema
50
Figura 3.13 – Situação da alimentação de dados de controle de qualidade da água do
SISAGUA no estado do Rio Grande do Sul em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)
Figura 3.14 – Situação da alimentação de dados de controle de qualidade da água do SISAGUA no estado do Paraná em Dezembro/2001 – (Araújo, 2002)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
% m
unic
ípio
s al
imen
tand
o Coliforme Total noControleColiforme Total naVigilânciaCloro no Controle
Cloro na Vigilância
Turbidez no Controle
Turbidez na Vig. doSistema
0
20
40
60
80
100
% m
unic
ípio
s al
imen
tand
o Coliforme Total noControleColiforme Total naVigilânciaCloro no Controle
Cloro na Vigilância
Turbidez no Controle
Turbidez na Vig. doSistema
51
4 METODOLOGIA
4.1 ESTADOS E MUNICÍPIOS ANALISADOS Para o presente estudo foram escolhidos inicialmente cinco estados brasileiros -
Pernambuco, Bahia, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A escolha se deu em função
do estágio mais avançado da vigilância da qualidade da água para consumo humano nas
respectivas Secretarias Estaduais de Saúde, comparados às demais. Exatamente nesses
estados foi implantado, experimentalmente, o SISAGUA, Sistema de Informação em
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano.
Os municípios sobre os quais os estados devem manter dados e informações atualizados no
SISAGUA foram selecionados a partir do critério definido pela Programação Pactuada
Integrada de Epidemia e Controle de Doenças - PPI/ECD/2000, do CENEPI/FUNASA/MS. A
PPI/ECD prevê que, no âmbito da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano,
são obrigados a cadastrar as fontes de abastecimento de água e a implementar a coleta e
análise da água, os municípios que tivessem, à época da publicação da PPI/ECD, registrado
no ano de 1997, pelo menos um óbito por cólera, diarréia, gastroenterite de origem
infecciosa presumível, febre tifóide e paratifóide ou outras doenças diarréicas e infecciosas
intestinais. A PPI/ECD prevê também que os municípios com população superior a 100.000
habitantes são obrigados a cadastrar as fontes de abastecimento de água e proceder a
coleta e análise da qualidade da água (FUNASA, 2000a).
Portanto, os municípios objeto do presente estudo foram aqueles em que os respectivos
estados alimentaram com dados e informações ao SISAGUA até o mês de junho de 2001.
Alguns estados alimentaram, com dados, em mais municípios que exigia a PPI/ECD,
enquanto outros alimentaram em menos municípios.
A Tabela 4.1 apresenta a quantidade de municípios dos estados que participaram do piloto
do SISAGUA que eram obrigados a alimentar com dados sobre o abastecimento de água e
a quantidade de municípios que realmente apresentavam dados.
A Tabela 4.2 apresenta as principais características dos municípios que compõem o banco
de dados.
52
Tabela 4.1 – Quantidade de municípios obrigados a cadastrar dados sobre o abastecimento de água por estado, de acordo com a PPI/ECD/2000 versus quantidade de municípios que alimentaram com dados o SISAGUA até junho/2001.
Estado Número de municípios obrigados a ter dados
sobre abastecimento de água por estado (a)
Número de municípios com dados sobre
abastecimento de água no SISAGUA por estado
(b)
b / a
(%)
Pernambuco 97 86 89 Bahia 120 116 97 São Paulo 184 49* 27 Paraná 101 194 193 Rio Grande do Sul 50 104 200 Total 552 549 99
(*) número de municípios alimentando dados de cadastro
Tabela 4.2 – Principais características dos municípios adotados no estudo Número municípios Porte dos muncípios
(número de domicílios) Número de domicílios Estado
Estudo (a)
Total estado (b)
(b/a)%
Mínimo(c)
Máximo(d)
Média(e)
Estudo (f)
Total estado (g)
(f/g)%
PE 86 185 46,5 1.652 376.022 16.519 1.519.741 1.968.761 77,2BA 116 416 27,9 1.076 651.293 14.995 1.844.417 3.170.403 58,2PR 194 401 48,4 369 471.163 9.805 2.029.713 2.664.276 76,2RS 104 467 22,3 579 440.557 17.216 1.910.993 3.042.039 62,8Total 549 1469 34,0 - - - 7.304.864 10.845.479 67,4
4.2 INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS, SANITÁRIOS E SOCIAIS ADOTADOS 4.2.1 Definição
Com base na revisão da literatura apresentada no Capítulo 3, itens 3.2.6, 3.2.7 e 3.2.8,
foram selecionados os indicadores epidemiológicos, sanitários e sociais analisados na
presente dissertação.
Todos os indicadores adotados foram selecionados tendo como pressuposto a possibilidade
de sua obtenção em base territorial municipal e sua agregação mínima pelo período de um
ano.
A seguir são apresentados os indicadores selecionados.
53
Indicadores epidemiológicos Com base na discussão apresentada no item 3.2.7 - Capítulo 3, dos indicadores
considerados para avaliar a influência da melhoria do abastecimento de água e do
esgotamento sanitário na saúde: morbi-mortalidade por doenças diarréicas (cólera, diarréia,
gastroenterite de origem infecciosa presumível, e outras doenças diarréicas de origem
infecciosa presumível), estado nutricional, nematóides intestinais, infecção dos olhos e
infecção da pele, foram adotados os indicadores de morbi-mortalidade por doenças
diarréicas e para todas as causas.
Quanto à faixa etária, os indicadores epidemiológicos foram analisados para crianças
menores de um ano e menores de cinco anos, em função das diversas citações mostrando
que as ações de melhoria das condições de saneamento refletem-se mais especificamente
na saúde das crianças.
Os indicadores relativos à mortalidade foram calculados para mil nascidos vivos, enquanto
que os de morbidade foram adotados para 100.000 nascidos vivos.
Inicialmente os indicadores epidemiológicos, representativos dos efeitos da cadeia
“Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde” (Figuras 3.6 e 3.7), utilizados para a análise
foram:
• Mortalidade
o mortalidade por doenças diarréicas para crianças menores de cinco anos por
mil nascidos vivos (MORTDD5N);
o mortalidade por todas as causas para crianças menores de cinco anos por mil
nascidos vivos (MORTTC5N);
o mortalidade infantil – menores de um ano e por mil nascidos vivos (MINF);
• Morbidade
o Morbidade por doenças diarréicas para crianças menores de cinco anos e por
100.000 nascidos vivos. Para esse indicador foram considerados dados
extraídos do Sistema de Internações Hospitalares SIH/SUS (MORBDD5S) e
da Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas – MDDA/SES
(MORBDD5M).
54
Após a análise do histograma de distribuição de freqüências dos indicadores, apresentados
no Capítulo 5, item 5.4, ao se perceber que os indicadores de mortalidade por doenças
diarréicas (MORTDD5N) e de morbidade por doenças diarréicas (MORBDD5S) não
apresentavam distribuição de freqüência normal, em função da quantidade de “zeros”,
mostrando assim que o comportamento delas se aproximava mais de variáveis dicotômicas,
procedeu-se à conversão dessas variáveis. Após a transformação as variáveis passaram a
ser denominadas: MTDD5DIC (mortalidade por doenças diarréicas) e MBDD5DIC
(morbidade por doenças diarréicas extraídas do SIH/SUS). A seguir são detalhados os
procedimentos de transformação dessas variáveis.
Assim, os indicadores epidemiológicos ficaram assim sintetizados:
• Mortalidade
o mortalidade por doenças diarréicas para crianças menores de cinco anos por
mil nascidos vivos (MORTDD5N);
o mortalidade por todas as causas para crianças menores de cinco anos por mil
nascidos vivos (MTTC5DIC);
o mortalidade infantil – menores de um ano e por mil nascidos vivos (MINF);
• Morbidade
o Morbidade por doenças diarréicas para crianças menores de cinco anos e por
100.000 nascidos vivos. Para esse indicador foram considerados dados
extraídos do Sistema de Internações Hospitalares SIH/SUS (MBDD5DIC) e
da Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas – MDDA/SES
(MORBDD5M).
Indicadores sanitários
Tomando por base toda a discussão apresentada nos itens 3.2.4, 3.2.5 e 3.2.6, foram
adotados os indicadores sanitários que compuseram o elenco de indicadores apontados
pela metodologia adaptada pela OMS (FPEEEA), conforme apresentado na Tabela 3.7.
Na medida em que o SISAGUA encontra-se fundamentado em tal metodologia e que já
apresentava vários dos indicadores em seu relatório de saída, foram adotados os
indicadores disponíveis na atual fase do SISAGUA, além de outros encontrados no Censo
do IBGE de 2000.
55
São apresentados na Tabela 4.3 os indicadores adotados, por níveis da cadeia de
“Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde” (Figuras 3.6 e 3.7).
Tabela 4.3 – Indicadores sanitários, por nível da cadeia “Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde” Nível da cadeia “Desenvolvimento-
Meio Ambiente-Saúde” Indicador
Pressão Intermitência, desinfecção, tratamento de água, cobertura por rede coletora de esgotos, por coleta de lixo e por banheiros
Estado Cobertura por abastecimento de água
Exposição Qualidade bacteriológica da água, cloro residual livre na água, turbidez da água
Ação Quantidade per capita de água consumida
O SISAGUA apresenta uma série de indicadores sanitários em função das suas
especificidades. Esses indicadores são referentes à qualidade da água ou ao cadastro; a
sistemas de abastecimento ou a soluções alternativas; à vigilância ou ao controle da
qualidade da água; à posição da coleta da água (na entrada do sistema de abastecimento
ou na rede de distribuição).
Ao todo, o SISAGUA tem a possibilidade de apresentar 43 indicadores sanitários. Entretanto
seria praticamente impossível e um tanto confuso trabalhar com tal quantidade de
indicadores. Assim, foi feito um agrupamento de indicadores sanitários com o objetivo de
manter a representatividade, reduzindo a quantidade.
Os indicadores sanitários foram selecionados procurando retratar a situação dos sistemas
de abastecimento de água e do controle da qualidade da água, além da coleta de esgotos,
de lixo e da existência de banheiros.
Portanto foram selecionados 13 indicadores sanitários, os quais encontram-se discriminados
na Tabela 4.4.
Os indicadores de cadastro de água, cobertura por sistemas de abastecimento de água
(IAS), por tratamento de água (ITAS) e por desinfecção (IDS), originários do SISAGUA,
tiveram o parâmetro (número de habitantes por domicílios) corrigido na presente
dissertação, pelos motivos e critérios expostos no item 5.3, do Capítulo 5, e passaram a ser
denominados de IASC, ITASC e IDSC, respectivamente.
56
Tabela 4.4 – Indicadores Sanitários selecionados, antes das correções Grupo de Indicadores Indicadores selecionados
Qualidade bacteriológica da água - IB
1. IBTCRS - Percentual das amostras com ausência de Coliformes Totais na rede de distribuição (SISAGUA);
2. IBFCRS - Percentual das amostras com ausência de Coliformes Fecais na rede de distribuição (SISAGUA);
Turbidez da água - IT 3. Turbidez da água – ITCRS - Percentual das amostras com Turbidez dentro dos padrões em relação à Portaria 36/90 (< 5 UT) na rede de distribuição (SISAGUA);
Nível de Cloro Residual - ICR
4. ICRCRS – Percentual das amostras com Cloro residual livre dentro dos padrões em relação à Portaria 36/90 (> 0,2 mg/l) na rede de distribuição(SISAGUA);
Cobertura de abastecimento de água - IAS
5. IAS – Percentual da população do município atendida com sistemas de abastecimento de água (SISAGUA).
6. IASIBGE - Percentual da população do município conectada à rede geral de abastecimento de água CENSO (IBGE,2000).
Cobertura de esgotamento sanitário - IES
7. IESIBGE – Percentual da população do município atendida com sistemas de coleta de esgotos CENSO (IBGE, 2000).
Cobertura de limpeza urbana - ILS
8. ILSIBGE – Percentual da população do município atendida coleta regular CENSO (IBGE, 2000).
Cobertura por banheiros ou sanitários - BAN
9. BANIBGE – Percentual da população servida por banheiros CENSO (IBGE, 2000).
Tratamento de água - ITAS
10. ITAS – Percentual da população do município atendida com sistemas de abastecimento de água com tratamento (SISAGUA);
Desinfecção de água - IDS
11. IDS – Percentual da população do município atendida com sistemas de abastecimento de água com desinfecção (SISAGUA).
Consumo per capita - ICPS
12. ICPS – Consumo médio per capita da população atendida por sistemas de abastecimento de água no município (SISAGUA).
Regularidade - IRAS 13. IRAS – Percentual da população do município atendida com sistemas de abastecimento de água com intermitência(SISAGUA).
Da mesma forma que para os indicadores epidemiológicos, a análise do histograma de
distribuição de freqüências dos indicadores sanitários mostrou que a cobertura por coleta de
esgotos (IESIBGE), o percentual de amostras dentro do padrão para Coli Total (IBTCRS),
Coli Fecal (IBFCRS), Turbidez (ITCRS) e Cloro Residual (ICRCRS) também apresentavam
comportamento de variáveis dicotômicas, sendo, portanto, transformadas e passando a se
denominar IESDIC, IBTDIC, IBFDIC, ITDIC e ICRDIC, respectivamente.
Finalmente, os indicadores sanitários utilizados no estudo foram os que se encontram
apresentados na Tabela 4.5.
57
Indicadores Sociais
A partir da discussão apresentada no item 3.8 da revisão da literatura foram consideradas
algumas variáveis sociais que podem atuar como variáveis intervenientes na análise da
influência das variáveis sanitárias na saúde das crianças.
Tabela 4.5 – Indicadores Sanitários selecionados, após correções e transformações. Grupo de Indicadores Indicadores selecionados
Qualidade bacteriológica da água - IB
1. IBTDIC - Percentual das amostras com ausência de Coliformes Totais na rede de distribuição (SISAGUA - transformado);
2. IBFDIC - Percentual das amostras com ausência de Coliformes Fecais na rede de distribuição (SISAGUA - transformado);
Turbidez da água - IT 3. Turbidez da água – ITDIC - Percentual das amostras com Turbidez dentro dos padrões em relação à Portaria 36/90 (< 5 UT) na rede de distribuição (SISAGUA - transformado);
Nível de Cloro Residual - ICR
4. ICRDIC – Percentual das amostras com Cloro residual livre dentro dos padrões em relação à Portaria 36/90 (> 0,2 mg/l) na rede de distribuição (SISAGUA - transformado);
Cobertura de abastecimento de água - IAS
5. IASC – Percentual da população do município atendida com sistemas de abastecimento de água (SISAGUA - corrigido).
6. IASIBGE - Percentual da população do município conectada à rede geral de abastecimento de água (CENSO IBGE-2000).
Cobertura esgotamento sanitário - IES
7. IESDIC – Percentual da população do município atendida com sistemas de coleta de esgotos CENSO (IBGE, 2000).
Cobertura de limpeza urbana - ILS
8. ILSIBGE – Percentual da população do município atendida coleta regular CENSO (IBGE, 2000).
Cobertura por banheiros ou sanitários - BAN
9. BANIBGE – Percentual da população servida por banheiros CENSO (IBGE, 2000 - transformado).
Tratamento de água - ITAS
10. ITASC – Percentual da população do município atendida com sistemas de abastecimento de água com tratamento (SISAGUA - corrigido);
Desinfecção de água - IDS
11. IDSC – Percentual da população do município atendida com sistemas de abastecimento de água com desinfecção (SISAGUA - corrigido).
Consumo per capita - ICPS
12. ICPS – Consumo médio per capita da população atendida por sistemas de abastecimento de água no município (SISAGUA).
Regularidade - IRAS 13. IRAS – Percentual da população do município atendida com sistemas de abastecimento de água com intermitência (SISAGUA).
Os principais indicadores sociais utilizados foram o IDHM-Educação e o IDHM-Renda. Foi
desconsiderado o componente IDHM-Longevidade, que junto aos dois primeiros compõe o
IDHM, na medida em que os indicadores de efeito adotados são indicadores de saúde e,
portanto, já o representa.
Ressalte-se que na cadeia “Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde” esses indicadores
representam o nível das Forças Motrizes. O IDHM-Educação e o IDHM-Renda podem
58
caracterizar o sistema educacional inadequado e o modelo econômico inadequado,
respectivamente ( Figura 3.6 e 3.7).
O banco de dados completo contendo os indicadores epidemiológicos, sanitários e sócio-
econômicos utilizados no presente estudo encontra-se apresentado no APÊNDICE B.
4.2.2 Fórmula de cálculo
Nas Tabelas 4.6 a e b são apresentadas as fórmulas de cálculo dos indicadores
epidemiológicos, enquanto que as Tabelas 4.7 de a a k apresentam as fórmulas de cálculo
dos indicadores sanitários utilizados no presente estudo.
Tabela 4.6 – Fórmula de cálculo dos Indicadores epidemiológicos a) Mortalidade
Indicadores Fórmula de cálculo MORTDD5N (Mortalidade por doenças diarréicas (cólera, diarréia, gastroenterite de origem infecciosa presumível, e outras doenças diarréicas de origem infecciosa presumível) em crianças menores de cinco anos por mil)
Por município: {[(óbitos por doenças diarréicas (SIM-1999)/ nascidos vivos menores de um ano (SINASC-1999)]*1000)}.
MTDD5DIC (Mortalidade por doenças diarréicas (cólera, diarréia, gastroenterite de origem infecciosa presumível, e outras doenças diarréicas de origem infecciosa presumível) em crianças menores de cinco anos por mil – variável dicotômica)
Por município: MTDD5DIC = 0, se MORTDD5N = 0. MTDD5DIC = 1, se MORTDD5N >0.
MORTTC5N (Mortalidade por todas as causas em crianças menores de cinco anos por mil)
Por município: {[(óbitos por todas as causas (SIM-1999)/ nascidos vivos menores de um ano (SINASC-1999)]*1000)}.
MINF (Mortalidade infantil em crianças menores de um ano por mil)
Por município: Indicador obtido diretamente do site do DATASUS/MS, sendo que metodologia de cálculo foi proposta por Simões (1999)
b) Morbidade
Indicadores Fórmula de cálculo MORBDD5S (Morbidade por doenças diarréicas (cólera, diarréia, gastroenterite de origem infecciosa presumível, e outras doenças diarréicas de origem infecciosa presumível) em crianças menores de cinco anos por 100 mil)
Por município: {[(Σ do número de internações por doenças diarréicas dos meses de abril/2000 a março/2001 por município (SIH/DATASUS)/ nascidos vivos menores de um ano (SINASC-1999)]*100.000}.
MBDD5DIC ((Morbidade por doenças diarréicas (cólera, diarréia, gastroenterite de origem infecciosa presumível, e outras doenças diarréicas de origem infecciosa presumível) em crianças menores de cinco anos – variável dicotômica)).
Por município: MBDD5DIC = 0, se MORBDD5S = 0. MBDD5DIC = 1, se MORBDD5S >0,
59
MORBDD5M (Morbidade por doenças diarréicas (cólera, diarréia, gastroenterite de origem infecciosa presumível, e outras doenças diarréicas de origem infecciosa presumível) em crianças menores de cinco anos por 100 mil MDDA)
Por município: {[(Σ do número de casos registrados por unidade de saúde por município por doenças diarréicas dos meses do ano 2000 (SES)/ nascidos vivos menores de um ano (SINASC-1999)]*100.000}.
Tabela 4.7 – Fórmula de cálculo dos Indicadores sanitários a) Bacteriológicos
Indicadores Fórmula de cálculo IBTCRS (Coli Total, Controle, Sistema e Rede)
Por sistema: {[1-(Σ do nº amostras com presença de Coli Total na rede do sistema i, nos meses disponíveis) / (Σ do nº amostras realizadas no sistema i, nos meses disponíveis)] * 100} Indicador composto do município: {[Σ(IBTCRS dos sistemas variando de um a n * Pop sistemas variando de um a n)] / (Σ da Pop de todos os sistemas)}
IBTDIC(Coli Total, Controle, Sistema e Rede – variável dicotômica)
Por município: IBTDIC = 0, se IBTCRS < 100%, IBTDIC = 1, se IBTCRS = 100%,
IBFCRS (Coli Fecal, Controle, Sistema e Rede)
Por sistema: {[1-(Σ do nº amostras com presença de Coli Fecal na rede do sistema i, nos meses disponíveis) / (Σ do nº amostras realizadas no sistema i, nos meses disponíveis)] * 100} Indicador composto do município: {[Σ(IBFCRS dos sistemas variando de um a n * Pop sistemas variando de um a n)] / (Σ Pop de todos os sistemas)}
IBFDIC(Coli Fecal, Controle, Sistema e Rede – variável dicotômica)
Por município: IBFDIC = 0, se IBFCRS < 100%. IBFDIC = 1, se IBFCRS = 100%.
b) Turbidez
Indicadores Fórmula de cálculo ITCRS (Turbidez, Controle, Sistema e Rede)
Por sistema: {[1-(Σ do nº amostras com Turbidez > 5 UT na rede do sistema i, nos meses disponíveis) / (Σ do nº amostras realizadas no sistema i, nos meses disponíveis)] * 100} Indicador composto do município: {[Σ (ITCSR dos sistemas variando de um a n * Pop sistemas variando de um a n)] / (Σ Pop de todos os sistemas)}
ITDIC (Turbidez, Controle, Sistema e Rede – variável dicotômica)
Por município: ITDIC = 0, se ITCRS < 100%. ITDIC = 1, se ITCRS = 100%.
60
c) Cloro residual livre Indicadores Fórmula de cálculo
ICRCRS (Cloro Residual, Controle, Sistema e Rede)
Por sistema: {[1-(Σ do nº amostras com Cloro Residual < 0,2 mg/l na rede do sistema i, nos meses disponíveis) / (Σ do nº amostras realizadas no sistema i, nos meses disponíveis)] * 100} Indicador composto do município: {[Σ (ICRCRS dos sistemas variando de um a n * Pop sistemas variando de um a n)] / (Σ Pop de todos os sistemas)}
ICRDIC (Cloro Residual, Controle, Sistema e Rede – variável dicotômica)
Por município: ICRDIC = 0, se ICRCRS < 100%. ICRDIC = 1, se ICRCRS = 100%.
d) Cobertura por sistemas de abastecimento de água
Indicadores Fórmula de cálculo IASC – Cobertura por sistema de abastecimento de água (SISAGUA – corrigido)
Por sistema: {[(Σ (nºdomicílios atendidos do sistema (variando de um a n) * nº hab/dom1)/Pop. total do município (IBGE -2000)] * 100} Indicador composto do município: [Σ(IASC dos sistemas variando de um a n)]
IASIBGE – Cobertura por sistema de abastecimento de água (CENSO IBGE 2000)
Por município: {[(nºdomicílios conectados à rede geral de abastecimento de água/número domicílios totais do município)]*100}
1 - adotado o número de habitantes por município do estado como média para todos os municípios extraídos do IBGE
e) Cobertura por rede coletora de esgotos
Indicadores Fórmula de cálculo IESIBGE (cobertura por rede coletora de esgotos)
Por município: {[(nºdomicílios conectados à rede geral de coleta de esgotos/número total de domicílios do município)]*100}
IESDIC (Cobertura por rede coletora de esgotos – variável dicotômica)
Por município: IESDIC = 0, se IESIBGE <=1%. IESDIC = 1, se IESIBGE > 1%.
f) Cobertura por coleta domiciliar de lixo
Indicadores Fórmula de cálculo ILSIBGE – Cobertura por coleta domiciliar de lixo (CENSO IBGE – 2000)
Por município: {[(nºdomicílios com coleta do lixo/número total de domicílios do município)]*100}
g) Cobertura por tratamento de água
Indicadores Fórmula de cálculo ITASC – Cobertura por tratamento de água (SISAGUA – corrigido)
Por sistema: {[Σ (nºdomicílios atendidos do sistema com tratamento (variando de um a n) * nº hab/dom1)/Pop. total do município (IBGE - 2000)] * 100} Indicador composto do município: [Σ(ITASC dos sistemas com tratamento variando de um a n)]
1 - adotado o número de habitantes por município do estado como média para todos os municípios extraídos do IBGE
61
h) Cobertura por desinfecção de água Indicadores Fórmula de cálculo
IDSC – Cobertura por desinfecção de água (SISAGUA – corrigido)
Por sistema: {[(nºdomicílios atendidos do sistema com desinfecção (variando de um a n) * nº hab/dom1)/Pop. total do município (IBGE)] * 100}
Indicador composto do município: [Σ(IDSC dos sistemas com desinfecção variando de um a n)]
1 - adotado o número de habitantes por município do estado como média para todos os municípios extraídos do IBGE
i) Regularidade do abastecimento de água
Indicadores Fórmula de cálculo IRA – Regularidade (SISAGUA)
Por sistema: {[Σ(nºdomicílios atendidos do sistema com intermitência (variando de um a n) * nº hab/dom)/Pop. total do município (IBGE - 2000)] * 100} Indicador composto do município: [Σ(IRA dos sistemas com desinfecção variando de um a n)]
j) Cobertura por banheiros ou sanitários
Indicadores Fórmula de cálculo BANIBGE – Cobertura por banheiros ou sanitários (CENSO IBGE - 2000)
Por município: [(nºdomicílios com banheiros ou sanitários/número total de domicílios do município)*100]
k) consumo per capita médio
Indicadores Fórmula de cálculo IPCS – Consumo per capita médio
Por sistema: Dado direto do SISAGUA Indicador composto do município: [(Σ do per capita médio do sistema (variando de um a n) * nºdomicílios atendidos do respectivo sistema) / (Σ do número de domicílios no município)]
4.2.3 Coleta de dados para a construção dos indicadores e as fontes de obtenção
dos dados utilizados
Os dados utilizados para a construção dos indicadores foram extraídos de diversos bancos
de dados.
Procurou-se obter os dados mais recentes possíveis. Entretanto a diversidade de fontes de
obtenção dos dados resultou em períodos divergentes entre indicadores de naturezas
diferentes.
As Tabelas 4.8, 4.9 e 4.10 sintetizam as principais características dos dados utilizados, em
função da fonte de obtenção, do período de referência e do seu espaço territorial.
62
4.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA 4.3.1 Concepção geral
A análise dos dados, informações e indicadores teve na estatística a base fundamental.
Inicialmente foi construído um banco de dados composto por todos os indicadores
epidemiológicos, sanitários e sociais por município. A partir do banco de dados partiu-se
para as análises dos indicadores para todos os municípios.
Tabela 4.8 – Fonte dos dados utilizados para compor os indicadores epidemiológicos
Indicador Dados Fonte Período Espaço territorial
Óbitos por doenças diarréicas
Sistema de Informação de Mortalidade – SIM (CENEPI/FUNASA/MS) (FUNASA, 2001 a)
1999 Município Mortalidade doenças diarréicas
Nascidos vivos
Sistema de Informação de Nascidos Vivos – SINASC (CENEPI/FUNASA/MS) (FUNASA, 2001 b)
1999 Município
Óbitos por todas as causas
Sistema de Informação de Mortalidade – SIM (CENEPI/FUNASA/MS) (FUNASA, 2001 a)
1999 Município Mortalidade por todas as causas
Nascidos vivos
Sistema de Informação de Nascidos Vivos – SINASC (CENEPI/FUNASA/MS)
1999 Município
Mortalidade infantil
Indicador agregado
DATASUS/MS (Ministério da Saúde, 2001 a)
1998 Município
Internações por doenças diarréicas
Sistema de Internações Hospitalares – SIH (DATASUS/MS) (Ministério da Saúde, 2001 b)
Abr/00a mar/2001
Município Morbidade por doenças diarréicas – Internações Hospitalares
Nascidos vivos
Sistema de Informação de Nascidos Vivos – SINASC (CENEPI/FUNASA/MS)
1999 Município
Registros de casos de diarréia em unidades de saúde
Dados fornecidos diretamente pela Secretaria Estadual de Saúde dos estados via CENEPI/FUNASA/MS (SES, 2001)
2000 Município Morbidade por doenças diarréicas – MDDA
Nascidos vivos
Sistema de Informação de Nascidos Vivos – SINASC (CENEPI/FUNASA/MS)
1999 Município
Tabela 4.9 – Fonte dos dados utilizados para compor os indicadores sanitários
Indicador Dados Fonte Período Espaço territorial
Bacteriológicos Indicadores extraídos diretamente do SISAGUA
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA (CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS) (FUNASA, 2000b)
Dez/2000 a jun/2001
sistemas
Turbidez Indicadores extraídos diretamente do SISAGUA
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA (CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS)
Dez/2000 a jun/2001
sistemas
63
Tabela 4.9 – Fonte dos dados utilizados para compor os indicadores sanitários - continuação Indicador Dados Fonte Período Espaço
territorial Cloro residual livre
Indicadores extraídos diretamente do SISAGUA
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA (CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS)
Dez/2000 a jun/2001
sistemas
Cobertura por sistema de abastecimento de água
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA (CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS)
Dez/2000 município Cobertura por sistema de abasteci-mento de água - IASC
Número de habitantes por domicílio por estado
IBGE – Dado obtido Censo IBGE 2000 (IBGE, 2000)
2000 município
Cobertura por rede de abasteci-mento de água
Número de domicílios conectados à rede geral de abastecimento de água e número total de domicílios
Censo IBGE – 2000 (IBGE, 2000) 2000 Município
Cobertura por desinfecção de água
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA (CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS) (FUNASA, 2000)
Dez/00 município Cobertura por desinfec-ção de água
Número de habitantes por domicílio por estado
IBGE – Dado obtido Censo IBGE 2000 (IBGE, 2000)
2000 município
Cobertura por tratamento de água
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA (CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS)
Dez/00 município Cobertura por tratamento de água
Número de habitantes por domicílio por estado
IBGE – Dado obtido Censo IBGE 2000 (IBGE, 2000)
2000 município
Cobertura por rede coletora de esgotos
Número de domicílios conectados à rede geral de coleta de esgotos e número total de domicílios
Censo IBGE – 2000 2000 Município
Cobertura por coleta domiciliar de lixo
Número de domicílios com coleta de lixo e número total de domicílios
Censo IBGE – 2000 2000 Município
Cobertura por banheiros ou sanitários
Número de domicílios com banheiros ou sanitários e número total de domicílios
Censo IBGE – 2000 2000 Município
Consumo per capita médio
Indicadores extraídos diretamente do SISAGUA
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA (CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS)
Dez/00 sistemas
Regularidade
Indicadores extraídos diretamente do SISAGUA
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA (CGVAM/CENEPI/FUNASA/MS)
Dez/00 sistemas
64
Tabela 4.10 – Fonte dos dados utilizados para compor os indicadores sócio-econômicos Indicador Dados Fonte Período Espaço
territorial IDHM - Educação
Indicador extraído diretamente do banco de dados do IPEA/FGV/PNUD a partir de dados do Censo IBGE/1991
IPEA/ PNUD (PNUD e IPEA, 1996) 1996 Município
IDHM - Renda
Indicador extraído diretamente do banco de dados do IPEA/FGV/PNUD a partir de dados do Censo IBGE/1991
IPEA/ PNUD (PNUD e IPEA, 1996) 1996 Município
Considerando-se os objetivos apresentados no Capítulo 2, a análise foi desenvolvida em
quatro etapas: (1) inicialmente procedeu-se à análise descritiva dos indicadores para todos
os municípios, avaliando as principais características de cada indicador; (2) análise de
regressão simples entre indicadores de mesma natureza, epidemiológicos, sanitários e
sociais, entre si, e entre indicadores de natureza diferente; (3) análise da regressão simples
de indicadores epidemiológicos versus sanitários e sociais, “um a um”, com o objetivo de
avaliar as relações entre esses indicadores e pré selecionar os indicadores utilizados na
análise de regressão multivariada; e por fim (4) análise da regressão multivariada onde se
procurou analisar as variáveis pré selecionadas na fase anterior.
Para as análises estatísticas, o pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences –
SPSS/PC – versão 8.0 de 21 de dezembro de 1997 foi empregado em virtude do seu uso
bastante difundido em análises de natureza similar, da sua facilidade de manuseio e da
disponibilidade de obtenção.
A seguir descreve-se, sucintamente, a metodologia utilizada nas análises estatísticas
realizadas, cuja seqüência encontra-se sistematizada na Figura 4.1.
4.3.2 Análise descritiva dos indicadores
Inicialmente foi feita uma análise da distribuição de freqüência de todos os indicadores com
vistas, basicamente, a subsidiar as análises de regressão.
Passou-se então à análise descritiva a partir dos seguintes parâmetros:
• número de dados;
• média;
65
ANÁLISE DESCRITIVA DOS INDICADORES
ANÁLISE ENTRE INDICADORES DE MESMA NATUREZA regressão simples (linear e logísitica)
ANÁLISE ENTRE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS VERSUS SANITÁRIOS E SÓCIO-ECONÔMICOS
(seleção de indicadores com p-valor <= 0,20) regressão simples “um a um” (linear e logísitica)
ANÁLISE DE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS VERSUS SANITÁRIOS E SÓCIO-ECONÔMICOS PRÉ-SELECIONADOS NA REGRESSÃO SIMPLES
regressão multivariada linear (stepwise-foward, seleção de variáveis independentes com p-valor <=0,05) e logística (backward-stepwise, seleção de variáveis independentes
com p-valor <=0,05))
Figura 4.1 – Metodologia utilizada na análise estatística dos indicadores epidemiológicos, sanitários e sócio-econômicos
• variância;
• desvio padrão;
• variação (mínimo e máximo).
Adicionalmente, foram construídos gráficos de dispersão, procurando associar as variáveis
“uma a uma”, visualmente. Os gráficos das variáveis que apresentaram melhor associação,
encontram-se apresentados no APÊNDICE C.
4.3.3 Análise de regressão simples
A análise de regressão simples foi utilizada para analisar, de forma preliminar, o
comportamento das variáveis de mesma natureza (indicadores epidemiológicos, sanitários e
sociais entre si) e de natureza diferente (indicadores epidemiológicos versus sanitários e
sociais).
A análise de regressão foi também importante para auxiliar na avaliação da consistência dos
indicadores do SISAGUA, a partir da comparação com os indicadores recentes do Censo do
IBGE -2000.
66
As variáveis epidemiológicas foram classificadas como variáveis dependentes, enquanto as
variáveis sanitárias e sociais foram tratadas como independentes.
Para a análise de regressão simples foram utilizados dois tipos de regressão. A regressão
linear e a logística. A escolha do tipo de análise se deu em função da distribuição de
freqüência das variáveis dependentes.
Regressão linear simples
Como pode ser verificado nos histogramas de distribuição de freqüência apresentados no
item 5.4, Capítulo 5, os indicadores de mortalidade por todas as causas, mortalidade infantil
e morbidade por doenças diarréicas do MDDA apresentaram-se com distribuição normal e,
portanto caracterizadas como variáveis contínuas.
A análise de regressão desses indicadores seguiu a equação (Nascimento et al., 1996):
y = a + bx + erro (1)
onde:
y = variável dependente
x = variável independente
a = coeficiente linear (interseção da reta com o eixo dos y);
b = coeficiente angular (inclinação da reta)
erro = valor observado – valor estimado (componente aleatório)
Para a análise da importância de uma variável sobre a outra foram avaliados os seguintes
parâmetros:
• R múltiplo ou r de pearson (variando de -1 a 1)
• R quadrado (variando de 0 a 1)
• Significância ou p valor
• Sinal do coeficiente angular (b)
Parra a classificação da correlação entre as variáveis procurou-se adotar o recomendado
por Câmara et al. (2000), que sugere a seguinte classificação:
• r de 0 a 0,25 R quadrado de 0 a 0,0625 correlação muito fraca
• r de 0,26 a 0,35 R quadrado de 0,0626 a 0,1225 correlação fraca
67
• r de 0,36 a 0,55 R quadrado de 0,1226 a 0,3025 correlação moderada
• r de 0,56 a 0,9 R quadrado de 0,3026 a 0,81 correlação alta
• r de 0,9 a 1 R quadrado de 0,81 a 1 correlação muito alta
Quanto à análise de significância foram selecionados para integrar a análise de regressão
múltipla os indicadores sanitários que apresentaram p valor igual ou inferior a 0,20, ou seja
20% de probabilidade de que o coeficiente b seja diferente de zero. Deve-se destacar que
foi adotado um p valor superior a 0,05, normalmente utilizado para seleção de variáveis em
análises de regressão, com o intuito de trabalhar com um universo maior de variáveis
independentes na regressão multivariada.
O sinal do coeficiente b define o sentido da relação entre as variáveis dependentes e
independentes, se direta ou inversamente proporcional.
Regressão logística simples Conforme abordado anteriormente, verifica-se que os indicadores morbidade por doenças
diarréicas referentes às internações hospitalares e mortalidade por doenças diarréicas,
ambos em menores de 5 anos, têm distribuição de variáveis dicotômicas, em função da
quantidade de zeros que os dois indicadores contêm. O comportamento dessas variáveis é
do tipo existência ou não de doente; existência ou não de óbitos nos municípios,
respectivamente.
A análise de regressão desses indicadores foi feita como regressão logística, cuja equação
é:
y = aebx (Hald,1952) (2)
onde:
y = variável dependente
x = variável independente
a = coeficiente linear (interseção da reta com o eixo dos y);
eb = odds ratio (OR) (razão de possibilidades de ocorrência)
Para a análise da importância de uma variável sobre a outra foram avaliados os mesmos
parâmetros adotados na regressão linear, acrescendo o Odds ratio.
68
Para a variável dependente foi adotado o valor 1 para municípios com doentes ou com
óbitos e 0 para municípios sem doentes ou sem óbitos. Nas variáveis independentes
considerou-se 1 aos municípios sem exposição às condições adversas de saneamento ou
sócio-econômicos e 0 aos municípios com exposição. Neste caso, os valores de OR
inferiores a 1 indicam que a exposição pode ser fator de risco para a doença , sendo que
valores superiores a 1 indicam proteção da exposição.
4.3.4 Análise de regressão multivariada
Nas análises multivariadas também foram utilizadas as regressões linear e logística, para as
mesmas variáveis.
Após a seleção das variáveis com significância na regressão simples (variáveis com p valor
<= 0,20), foram feitas as regressões multivariadas para avaliar o impacto das variáveis entre
si, considerando a influência das variáveis sociais intervenientes.
Regressão multivariada linear
A equação empregada foi:
y = a0 + a1x1 + a2x2 +. + anxn + erro (Nascimento et al., 1986) (3)
O significado das variáveis da regressão simples vale também para a multivariada, sendo
cada termo uma variável independente.
Para a inclusão ou exclusão de variáveis na equação final da regressão multivariada,
utilizou-se a simulação automática do Pacote Estatístico adotado, que considerou para a
regressão multivariada linear o modelo “Stepwise-Forward”. Esse modelo simula
automaticamente a análise de regressão entre a variável dependente e apenas uma variável
independente inicialmente e faz a regressão incluindo outras variáveis independentes “uma
a uma”, até o momento da análise de todas as variáveis independentes. Ao final são
apresentadas as variáveis que permaneceram na equação, cujo critério é a seleção de
variáveis cujo p valor seja inferior a 0,05.
69
Regressão multivariada logística
Para a regressão multivariada logística o modelo adotado foi o “Backward-Stepwise”, que
utiliza a mesma metodologia da regressão multivariada linear ao contrário, iniciando a
regressão com todas as variáveis independentes e a simulação vai excluindo as variáveis
independentes cujo p valor seja superior a 0,05.
A equação utilizada na regressão logística foi:
y = a1eb1x1 + a2eb2x2 +...+ anebnxn (4)
Onde as variáveis dependentes e independentes são as mesmas da regressão logística
simples, sendo cada termo uma variável independente.
70
5 APRESENTAÇÀO DOS RESULTADOS
5.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A partir da metodologia apresentada no Capítulo 4, são apresentados neste capítulo os
principais resultados da análise do banco de dados construído a partir dos indicadores
anteriormente apresentados.
Inicialmente são apresentados resultados que permitem avaliar quantitativamente os
indicadores sanitários, epidemiológicos e sociais; em seguida são apresentados alguns
resultados que subsidiam a análise da consistência de alguns dos indicadores utilizados
pelo SISAGUA, comparados a indicadores recentes do Censo IBGE-2000. Posteriormente
são mostrados os parâmetros da análise descritiva dos indicadores; são apresentados os
resultados da análise de regressão simples; e finalmente são detalhados os resultados da
análise de regressão múltipla.
O banco de dados construído para o presente estudo encontra-se apresentado
integralmente no APÊNDICE B.
5.2 BANCO DE DADOS CONSTRUÍDO 5.2.1 Indicadores sanitários
A seguir são apresentadas as Tabelas 5.1 e 5.2 contendo a quantidade e o percentual de
municípios com dados disponíveis no SISAGUA para a construção dos indicadores
sanitários.
Tabela 5.1 – Avaliação do banco de dados dos indicadores sanitários SISAGUA – Módulo Cadastro
Municípios com informação de cadastro CoberturaTratamentoDesinfecçãoPer Cápita
Estado Total municípios
total % total % total % total % Bahia 116 87 75 84 72 87 75 96 83 Paraná 194 177 91 177 91 176 91 184 95 Pernambuco 86 82 95 78 91 66 77 68 79 R G Sul 104 103 99 101 97 69 66 99 95 São Paulo 169 49 29 49 29 49 29 21 12 Total 669 498 74 489 73 447 67 468 70 Total exceto SP 500 449 90 440 88 398 80 447 89
71
Tabela 5.2 – Avaliação do banco de dados dos indicadores sanitários SISAGUA – Módulo Qualidade da água
Municípios com informação de cadastro Coli Total Coli Fecal Turbidez Cloro Residual
Estado Totais municípios
total % total % total % total % Bahia 116 92 79 92 79 79 68 94 81 Paraná 194 189 97 187 96 187 96 187 96 Pernambuco 86 59 69 57 66 57 66 54 63 R G Sul 104 58 56 56 54 48 46 51 49 São Paulo 169 17 10 3 2 23 14 23 14 Total 669 415 62 395 59 394 59 409 61 Total exceto SP 500 398 80 392 78 371 74 386 77
Os indicadores extraídos do Censo IBGE-2000, estavam disponíveis para 100% dos
municípios.
Em virtude de problemas na alimentação do SISAGUA, conforme evidenciado nas Tabelas
5.1 e 5.2, o estado de São Paulo foi excluído do presente estudo, na medida em que as
poucas informações ali contidas impossibilitaram a construção de quantidade expressiva de
indicadores sanitários.
5.2.2 Indicadores epidemiológicos
À exceção da morbidade por doenças diarréicas, com notificação de casos pelas unidades
de saúde nos municípios com monitorização de doenças diarréicas agudas – MDDA, onde
se conseguiu obter indicadores apenas no estado de Pernambuco e poucos municípios dos
estados da Bahia e do Rio Grande do Sul, foi possível reunir dados para a construção dos
indicadores epidemiológicos para a maioria dos municípios.
A Tabela 5.3 sintetiza a quantidade de municípios com indicadores epidemiológicos obtidos
para cada estado.
Tabela 5.3 - Quantidade de municípios com indicadores epidemiológicos identificados para cada estado
Número de municípios do SISAGUA com indicadores identificados
Estado Número municípios por estado
Número municípios SISAGUA MORTTC5N MTDD5DIC MINF MBDD5DIC MORBDD5M
BA 424 116 116 116 116 116 22 PR 409 194 193 194 194 193 0 PE 193 86 85 86 86 86 85 RS 475 104 104 104 104 104 5
72
5.2.3 Indicadores sociais
Para a maioria dos municípios foram obtidos os indicadores sociais, IDHMEDU e IDHMREN,
à exceção dos municípios criados de 1991 até hoje.
5.3 DADOS SOBRE A CONSISTÊNCIA DO SISAGUA
A análise de consistência dos indicadores extraídos do SISAGUA baseou-se exclusivamente
nos indicadores de cadastro, na medida em que os dados de qualidade da água fornecidos
pelos prestadores de serviços não encontram outras fontes com base municipal, para efeito
de comparações.
Quanto aos indicadores de cadastro, a primeira análise concentrou-se em avaliar o
percentual dos municípios que apresentou indicadores de cobertura, tratamento e
desinfecção de água superior a 100%.
Conforme mostra a Tabela 5.4, numa primeira análise verificou-se um percentual elevado de
indicadores superiores a 100% (aproximadamente 39% dos municípios). A partir dessa
constatação, observou-se que no SISAGUA foi adotada uma taxa de 4 habitantes por
domicílio para o cálculo dos indicadores de cobertura para todos os municípios,
independente do estado.
Tabela 5.4 – Análise de consistência de indicadores de cadastro do SISAGUA. Percentual de municípios com indicadores de cobertura, tratamento e desinfecção superiores a 100%, antes e depois da correção do número de habitantes por domicílio.
Municípios com indicadores superiores a 100% antes da
correção
Municípios com indicadores superiores a 100% depois da
correção
Estado Total municípios do SISAGUA
total % total % BA 116 30 26 12 10 PE 86 17 20 2 2 PR 194 54 28 6 3 RS 104 95 91 40 34 SP 49 21 43 10 21 Total 549 217 40 70 13 Total exceto SP
500 196 39 60 12
Ao se recalcular esses indicadores, adotando a taxa média de cada estado, o percentual de
municípios com indicadores de cadastro superior a 100% reduziu para 12%. A Tabela 5.5
73
apresenta a taxa adotada para recalcular os indicadores sanitários de cadastro, com dados
extraídos do último Censo de IBGE.
Tabela 5.5 - População, número de domicílios por estado e número de habitantes por domicílio por estado – Censo IBGE - 2000
Descrição Bahia Pernambuco São Paulo Paraná Rio G Sul População 2000 13.066.910 7.911.937 36.969.4769.558.47610.181.749Número domicílios 3.947.589 2.382.738 12.664.9083.126.912 3.573.399 hab/dom 3,31 3,32 2,92 3,06 2,85
Foi feita também uma avaliação entre o indicador de cobertura de abastecimento de água
do SISAGUA (IASC) com o indicador semelhante do Censo IBGE –2000 (IASIBGE).
O objetivo da análise foi avaliar a correlação entre esses indicadores por estado e para
todos os estados. Espera-se que o percentual da população conectada à rede de água do
Censo IBGE-2000 seja próximo do percentual da população atendida por sistemas de
abastecimento de água do SISAGUA.
Para tanto, foi feita uma análise gráfica para todos os estados, apresentada na Figura 5.1, e
uma análise da correlação entre os indicadores por estado, cujos resultados encontram-se
apresentados na Tabela 5.6.
00
20
40
60
80
100
120
00 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
IASC (%)
IASI
BG
E (%
)
Figura 5.1 – Gráfico de dispersão comparando a cobertura por abastecimento de água
calculada pelo IBGE (IASIBGE) versus SISAGUA (IASC)
74
Tabela 5.6 – Análise da correlação entre a cobertura por abastecimento de água calculada pelo SISAGUA e pelo Censo IBGE-200
Média (%) Estado SISAGUA
(IASC) CENSO IBGE
IASIBGE)
Correlação Pearson ( r ) Classificação
BA 48 60 0,6824 Alta PE 52 55 0,3167 Fraca PR 60 68 0,8629 Alta RS 65 65 0,5890 Alta Todos os estados 58 64 0,6698 alta
Conforme descrito anteriormente, os outros indicadores sanitários (cobertura da população
com tratamento e desinfecção de água, consumo per capita, intermitência e todos
relacionados à qualidade da água) cuja fonte de obtenção foi o SISAGUA, tiveram a análise
da consistência prejudicada, em função da inexistência de banco de dados com a mesma
base espacial e temporal. A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB,
recentemente divulgada pelo IBGE, poderá ser um futuro referencial para avaliar a
consistência dos outros indicadores.
5.4 ANÁLISE DESCRITIVA DOS INDICADORES Conforme referido no Capítulo 4, para todos os indicadores foi elaborado um histograma de
distribuição de freqüência e análise descritiva contendo um perfil do número de informações,
da média, da variância, do desvio padrão e da variação de cada indicador.
5.4.1 Indicadores epidemiológicos
São apresentados nas Figuras de 5.2 a 5.8 os histogramas de distribuição de freqüência dos
indicadores epidemiológicos.
MORTDD5N
13,0012,00
11,0010,00
9,008,00
7,006,00
5,004,00
3,002,00
1,000,00
400
300
200
100
0
Std. Dev = 2,29 Mean = 1,05
N = 494,00
Figura 5.2 –Histograma de distribuição de freqüência: mortalidade por doenças diarréicas
em crianças menores de 5 anos
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
Num de óbitos por mil nascidos vivos
75
MTDD5DIC
1,00,500,00
400
300
200
100
0
Std. Dev = ,47 Mean = ,32
N = 494,00
Figura 5.3 – Histograma de distribuição de freqüência: mortalidade por doenças diarréicas
em crianças menores de 5 anos variável dicotômica
MORTTC5N
120,0110,0
100,090,0
80,070,0
60,050,0
40,030,0
20,010,0
0,0
80
60
40
20
0
Std. Dev = 19,49 Mean = 28,6
N = 492,00
Figura 5.4 – Histograma de distribuição de freqüência: mortalidade por todas as causas em
crianças menores de 5 anos
MORBDD5S
48000,0
44000,0
40000,0
36000,0
32000,0
28000,0
24000,0
20000,0
16000,0
12000,0
8000,0
4000,0
0,0
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Std. Dev = 10201,05 Mean = 9058,3
N = 488,00
Figura 5.5 – Histograma de distribuição de freqüência: morbidade por doenças diarréicas em
crianças menores de 5 anos – internações hospitalares
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
Variável dicotômica
Num de óbitos por mil nascidos vivos
Núm
ero
de m
unic
ípio
s N
úmer
o de
mun
icíp
ios
Num de internações por cem mil nascidos vivos
76
MBDD5DIC
1,00,500,00
400
300
200
100
0
Std. Dev = ,42 Mean = ,77
N = 488,00
Figura 5.6 – Histograma de distribuição de freqüência: morbidade por doenças diarréicas em
crianças menores de 5 anos – internações hospitalares – variável dicotômica
MINF
100,095,0
90,085,0
80,075,0
70,065,0
60,055,0
50,045,0
40,035,0
30,025,0
20,015,0
10,0
100
80
60
40
20
0
Std. Dev = 22,66 Mean = 40,7
N = 500,00
Figura 5.7–Histograma distribuição de freqüência: mortalidade infantil menores de 1 ano.
MORBDD5M
260000,0
240000,0
220000,0
200000,0
180000,0
160000,0
140000,0
120000,0
100000,0
80000,0
60000,0
40000,0
20000,0
0,0
20
10
0
Std. Dev = 43429,04 Mean = 42011,7
N = 112,00
Figura 5.8 – Histograma de freqüência morbidade: por doenças diarréicas em crianças
menores de 5 anos – número casos notificados MDDA
Núm
ero
de m
unic
ípio
s N
úmer
o de
mun
icíp
ios
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
Variável dicotômica
Num de óbitos por mil nascidos vivos
Num de notificações por mil nascidos vivos
77
Tabela 5.7 – Estatística descritiva dos indicadores epidemiológicos Número de informações Valores mínimos Valores máximos Valores médios Indicador unidade
BA PR PE RS BA PR PE RS BA PR PE RS BA PR PE RS
MORTDD5N óbitos por mil nascidos vivos
116 194 86 104 0 0 0 0 21 32 48 2 1,77 0,5 4,7 ,08
MORTTC5N óbitos por mil nascidos vivos
116 193 85 104 0 0 0 0 423 305 270 71 37 26 53 18
MORBDD5S
internações por cem mil nascidos vivos
116 193 86 104 0 0 0 0 91.082 52.941 55.234 42.105 16.680 6.905 7.786 10.893
MINF óbitos por mil nascidos vivos
116 194 86 104 28 19 37 8 83 43 99 32 54 29 77 19
MORBDD5M
casos por cem mil nascidos vivos
22 0 85 5 2.921 - 0 564 264.706 - 151.564 40.181 73.103 - 35.482 16.203
Tabela 5.7 - Estatística descritiva dos indicadores epidemiológicos - continuação
Desvio padrão Variância Indicador unidade
BA PR PE RS BA PR PE RS
MORTDD5N óbitos por mil nascidos vivos 2,68 2,46 7,99 0,33 7,2 6,06 63,84 0,11
MORTTC5N óbitos por mil nascidos vivos 52 25 33 13 2.686 608 1.092 158
MORBDD5S internações por cem mil nascidos vivos
17.732 9.125 11.738 8.594 314.412.785 83.277.903 137.788.422 73.859.592
MINF óbitos por mil nascidos vivos 12 7 16 4 132 47 254 19
MORBDD5M casos por cem mil nascidos vivos 68.610 - 31.065 17.414 470.743.890 - 965.059.414 303.251.841
77
78
5.4.2 Indicadores sanitários
Nas Figuras de 5.9 a 5.25 apresentam-se os histogramas de distribuição de freqüência dos
indicadores sanitários.
ITASC
170,0160,0
150,0140,0
130,0120,0
110,0100,0
90,080,0
70,060,0
50,040,0
30,020,0
10,00,0
40
30
20
10
0
Std. Dev = 26,36 Mean = 57,3
N = 430,00
Figura 5.9 – Histograma de freqüência: cobertura por tratamento de água
IASC
170,0160,0
150,0140,0
130,0120,0
110,0100,0
90,080,0
70,060,0
50,040,0
30,020,0
10,00,0
50
40
30
20
10
0
Std. Dev = 26,60 Mean = 57,8
N = 439,00
Figura 5.10 – Histograma de freqüência: cobertura por sistema de abastecimento de água -
SISAGUA
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
cobertura por tratamento de água (%)
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
cobertura por sistemas de abastecimento de água (%)
79
IDSC
100,090,0
80,070,0
60,050,0
40,030,0
20,010,0
0,0
40
30
20
10
0
Std. Dev = 23,50 Mean = 51,5
N = 394,00
Figura 5.11– Histograma de freqüência: cobertura por desinfecção de água
IPCS
600,0550,0
500,0450,0
400,0350,0
300,0250,0
200,0150,0
100,050,0
0,0
120
100
80
60
40
20
0
Std. Dev = 80,76 Mean = 130,0
N = 447,00
Figura 5.12 – Histograma de freqüência: consumo per capita médio
IASIBGE
100,090,0
80,070,0
60,050,0
40,030,0
20,010,0
0,0
50
40
30
20
10
0
Std. Dev = 21,42 Mean = 62,6
N = 499,00
Figura 5.13 – Histograma de freqüência cobertura: sistema de água – Censo IBGE-2000
Núm
ero
de m
unic
ípio
s N
úmer
o de
mun
icíp
ios
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
cobertura por abastecimento de água com desinfecção (%)
Consumo pércapita médio (litros por habitante por dia)
cobertura por sistemas de abastecimento de água (%)
80
BANIBGE
97,592,5
87,582,5
77,572,5
67,562,5
57,552,5
47,542,5
37,5
140
120
100
80
60
40
20
0
Std. Dev = 15,41 Mean = 86,3
N = 496,00
Figura 5.14 – Histograma de freqüência: cobertura por banheiros – Censo IBGE-2000
IESIBGE
80,075,0
70,065,0
60,055,0
50,045,0
40,035,0
30,025,0
20,015,0
10,05,00,0
200
100
0
Std. Dev = 20,30 Mean = 18,7
N = 497,00
Figura 5.15 – Histograma de freqüência: cobertura coletora de esgotos–Censo IBGE-2000
IESDIC
1,00,500,00
400
300
200
100
0
Std. Dev = ,45 Mean = ,72
N = 497,00
Figura 5.16 – Histograma de freqüência: cobertura coleta de esgotos – var. dicotômica
Núm
ero
de m
unic
ípio
s N
úmer
o de
mun
icíp
ios
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
cobertura por banheriros ou sanitários (%)
cobertura por rede coletora de esgotos (%)
cobertura por rede coletora de esgotos – variável dicotômica
81
ILSIBGE
100,095,0
90,085,0
80,075,0
70,065,0
60,055,0
50,045,0
40,035,0
30,025,0
20,015,0
10,05,0
50
40
30
20
10
0
Std. Dev = 22,25 Mean = 59,1
N = 499,00
Figura 5.17 – Histograma de freqüência: cobertura coleta de lixo–Censo IBGE-2000
IBTCRS
100,098,0
96,094,0
92,090,0
88,086,0
84,082,0
80,078,0
76,074,0
300
200
100
0
Std. Dev = 4,59 Mean = 97,2
N = 391,00
Figura 5.18 – Histograma de freqüência: % amostras nos padrões Coli Total
IBTDIC
1,00,500,00
300
200
100
0
Std. Dev = ,50 Mean = ,55
N = 391,00
Figura 5.19 – Histograma de freqüência: % amostras nos padrões Coli Total – variável dicotômica
Núm
ero
de m
unic
ípio
s N
úmer
o de
mun
icíp
ios
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
cobertura por coleta de lixo (%)
Percentual das amostras dentro dos padrões para Coli Total (%)
Variável dicotômica
82
IBFCRS
100,098,0
96,094,0
92,090,0
88,086,0
84,082,0
80,078,0
76,0
400
300
200
100
0
Std. Dev = 2,42 Mean = 99,2
N = 386,00
Figura 5.20 – Histograma de freqüência: % amostras nos padrões Coli Fecal
IBFDIC
1,00,500,00
400
300
200
100
0
Std. Dev = ,42 Mean = ,78
N = 386,00
Figura 5.21 – Histograma de freqüência: % amostras nos padrões Coli Fecal – variável
dicotômica
ITCRS
100,097,5
95,092,5
90,087,5
85,082,5
80,077,5
75,072,5
70,067,5
65,062,5
60,057,5
55,052,5
300
200
100
0
Std. Dev = 7,98 Mean = 97,0
N = 357,00
Figura 5.22 – Histograma de freqüência: % amostras nos padrões Turbidez
Núm
ero
de m
unic
ípio
s N
úmer
o de
mun
icíp
ios
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
Percentual das amostras dentro dos padrões para Coli Fecal (%)
Variáve dicotômica
Percentual das amostras dentro dos padrões para Turbidez (%)
83
ITDIC 1,00,500,00
300
200
100
0
Figura 5.23 – Histograma de freqüência: % amostras nos padrões Turbidez – var. dicotômica
ICRCRS
100,098,0
96,094,0
92,090,0
88,086,0
84,082,0
80,078,0
76,0
400
300
200
100
0
Std. Dev = 3,73 Mean = 98,6
N = 377,00
Figura 5.24 – Histograma de freqüência: % amostras nos padrões Cloro Residual Livre
ICRDIC
1,00,500,00
400
300
200
100
0
Std. Dev = ,41 Mean = ,79
N = 377,00
Figura 5.25 – Histograma de freqüência: % amostras nos padrões Cloro Residual Livre –
variável dicotômica
Já na Tabela 5.8 são apresentadas as principais características da estatística descritiva dos
indicadores sanitários.
Percentual das amostras dentro dos padrões para Cloro Residual (%)
Variável dicotômica
Núm
ero
de m
unic
ípio
s N
úmer
o de
mun
icíp
ios
84
Tabela 5.8 – Estatística descritiva dos indicadores sanitários Indicador Número de
informações Valores mínimos Valores máximos Valores médios
Unidade
BA PR PE RS BA PR PE RS BA PR PE RS BA PR PE RSITASC % 84 177 78 101 1 3 5 1 332 149 214 387 57 60 51 77IASC % 84 177 82 103 0,4 8 2 1 332 142 212 387 56 60 52 77IDSC % 86 176 65 70 4 2 2 2 212 194 259 544 57 75 57 80IPCS l/hab*dia 96 184 68 99 0 5 0,5 0,2 265 416 405 600 112 121 130 163IASIBGE % 116 194 85 104 21 20 4 0 97 99 94 98 62 68 55 60BANIBGE % 116 194 85 104 38 65 34 77 98 100 98 100 71 96 72 96IESIBGE % 116 194 85 104 0 0 0,5 0 87 79 83 74 27 13 27 15ILSIBGE % 116 194 85 104 5 14 17 14 93 100 93 99 55 63 50 64IBTCRS % 92 189 59 58 60 79 84 74 100 100 100 100 98 97 99 90IBFCRS % 92 187 57 56 75 0,5 87,2 86 100 100 100 100 99 99 99 95ITCRS % 79 187 57 48 27 98 12 53 100 100 100 100 90 100 81 98ICRCRS % 94 187 54 51 51 91 45 77 100 100 100 100 98 100 97 90
Tabela 5.8 - Estatística descritiva dos indicadores sanitários - continuação Desvio padrão Variância Indicador Unidade
BA PR PE RS BA PR PE RS
ITASC % 50 22 28 55 2481 484 767 2976 IASC % 50 22 28 54 2477 476 801 2880 IDSC % 28 23 30 47 800 512 905 2215 IPCS l/hab*dia 43 87 83 86 1846 7654 6795 7389 IASIBGE % 17 18 19 29 295 329 361 867 BANIBGE % 15 5 16 5 213 28 252 27 IESIBGE % 23 18 19 19 520 334 367 344 ILSIBGE % 21 20 18 27 426 404 309 751 IBTCRS % 6 5 3 21 33 21 8 425 IBFCRS % 3 7 3 16 11 55 7 269 ITCRS % 19 0,4 25 8 347 0,2 622 58 ICRCRS % 8 1 9 17 0,5 0,4 0,6 0,7
5.4.3 Indicadores sociais
Nas Figuras 5.26 e 5.27 são apresentados os histogramas com a distribuição de freqüência
dos indicadores sociais.
85
IDHMEDU
,825,775
,725,675
,625,575
,525,475
,425,375
,325,275
,225
50
40
30
20
10
0
Std. Dev = ,13 Mean = ,547
N = 441,00
Figura 5.26 – Histograma de freqüência Índice de Desenvolvimento Humano que mede
Educação
IDHMREN
,95,90
,85,80
,75,70
,65,60
,55,50
,45,40
,35,30
,25,20
,15,10
60
50
40
30
20
10
0
Std. Dev = ,25 Mean = ,49
N = 441,00
Figura 5.27 – Histograma de freqüência Índice de Desenvolvimento Humano que mede
Renda Na Tabela 5.9 são apresentadas as principais características da estatística descritiva dos
indicadores sociais.
Tabela 5.9 – Estatística descritiva dos indicadores sócio-econômicos Valores mínimos Valores máximos Valores médios Indicador
BA PR PE RS BA PR PE RS BA PR PE RS IDHMEDU 0,245 0,501 0,224 0,55 0,758 0,796 0,726 0,814 0,434 0,622 0,413 0,687IDHMREN 0,12 0,235 0,161 0,267 0,952 0,965 0,903 0,972 0,3013 0,582 0,3127 0,740
Tabela 5.9 Estatística descritiva dos indicadores sócio-econômicos - continuação Desvio padrão Variância Indicador
BA PR PE RS BA PR PE RS
IDHMEDU 0,096 0,055 0,09698 0,05235 0,009 0,003 0,0094 0,0027 IDHMREN 0,15 0,194 0,146 0,203 0,022 0,037 0,021 0,0413
Núm
ero
de m
unic
ípio
s N
úmer
o de
mun
icíp
ios
86
5.5 ANÁLISE DE REGRESSÃO SIMPLES Conforme abordado no item 4.3.2 do Capítulo 4, foram feitas análises de regressão simples
entre variáveis epidemiológicas, sanitárias e sociais.
Na primeira análise foram associados os indicadores de mesma natureza entre si, enquanto
que na segunda foram feitas análises de regressão dos indicadores epidemiológicos versus
os sanitários e sociais.
As matrizes apresentadas nas Tabelas 5.10, 5.11 e 5.12 mostram o coeficiente de pearson
(r) resultante da correlação dos indicadores entre si.
Nas Tabelas 5.13 e 5.14 são apresentados os principais resultados da análise de regressão
simples linear e logística, respectivamente, dos indicadores epidemiológicos versus cada
indicador sanitário ou social. Deve-se observar que foram selecionadas para a regressão
multivariada apenas as variáveis independentes que na regressão simples apresentaram p-
valor igual ou inferior a 0,20.
Tabela 5.10 – Matriz de correlação entre indicadores epidemiológicos – coeficiente de Pearson (r)
MORTTC5N MINF MORBDD5M MTDD5DIC MBDD5DIC MORTTC5N 1 0,52 0,09 0,39 0,04 MINF 1 0,04 0,51 0,06 MORBDD5M 1 0,23 0,33 MTDD5DIC 1 0,09 MBDD5DIC 1
Tabela 5.11 – Matriz de correlação entre indicadores sanitários – coeficiente de Pearson (r)
IPC
S
IAS
C
ITA
SC
IDS
C
IES
DIC
ILSI
BGE
BA
NIB
GE
IASI
BGE
IBTD
IC
IBFD
IC
ITD
IC
ICR
DIC
IPCS 1 0,10 0,20 0,04 0,06 0,10 0,11 0,09 0,02 0,16 0,02 0,11 IASC 1 0,98 0,80 0,06 0,52 0,45 0,51 0,11 0,02 0,03 0,14 ITASC 1 0,83 0,07 0,56 0,38 0,67 0,10 0,03 0,06 0,12 IDSC 1 0,09 0,62 0,39 0,64 0,05 0,07 0,16 0,08 IESDIC 1 0,34 0,14 0,29 0,11 0,11 0,23 0,13 ILSIBGE 1 0,56 0,80 0,13 0,01 0,05 0,11 BANIBGE 1 0,43 0,11 0,08 0,32 0,04 IASIBGE 1 0,12 0,05 0,01 0,07 IBTDIC 1 0,31 0,06 0,14 IBFDIC 1 0,11 0,15 ITDIC 1 0,29 ICRDIC 1
87
Tabela 5.12 – Matriz de correlação entre indicadores sociais – coeficiente de Pearson ( r ) IDHMEDU IDHMRENIDHMEDU 1 0,84 IDHMREN 1
Tabela 5.13.a – Regressão linear simples entre indicadores epidemiológicos, sanitários e sociais (MORTTC5N e MINF). Variáveis independentes com p valor <= 0,20
Variável epidemiológica Variável sanitária ou social R2 F P valor sinal ITAS 0,031 13,36 0,000 - IASC 0,036 16,23 0,000 - IDSC 0,023 9,29 0,002 - IPCS 0,011 4,906 0,027 - IASIBGE 0,011 5,411 0,02 - BANIBGE 0,07 36,54 0,000 - ILSIBGE 0,018 8,76 0,003 - IDHMEDUC 0,146 74,42 0,000 - IDHMREN 0,099 47,54 0,000 - IESDIC 0,034 16,94 0,000 + IBTDIC 0,013 5,11 0,024 + ITDIC 0,004 1,44 0,23 -
MORTTC5N
ICRDIC 0,005 1,82 0,178 + ITASC 0,076 35,07 0,000 - IASC 0,069 32,34 0,000 - IDSC 0,05 20,62 0,000 - IPCS 0,02 9,17 0,003 - IASIBGE 0,019 9,37 0,002 - BAN 0,41 342,88 0,000 - ILSIBGE 0,061 32,51 0,000 - IDHMEDUC 0,642 788,95 0,000 - IDHREN 0,398 289,97 0,000 - IESDIC 0,067 35,31 0,000 + IBTDIC 0,018 7,08 0,008 + IBFDIC 0,007 2,696 0,101 +
MINF
ITDIC 0,093 36,25 0,000 - Tabela 5.13.b – Regressão linear simples entre indicadores epidemiológicos, sanitários e sociais (MORBDD5M). Variáveis independentes com p valor <= 0,20
Variável epidemiológica Variável sanitária ou social R2 F P valor sinal IDSC 0,08 7,01 0,01 - BANIBGE 0,019 2,09 0,151 - IDHMEDU 0,049 5,41 0,022 -
MORBDD5M
IDHMREN 0,076 8,68 0,004 -
88
Tabela 5.14.a – Regressão logística simples entre indicadores epidemiológicos, sanitários e sociais (MBDD5DIC). Variáveis independentes com p valor <= 0,20
Variável epidemiológica Variável sanitária ou social R2 (Cox & Snell) Odds ratio P valor sinalITAS 0,024 1,015 0,0019 + IASC 0,023 1,0144 0,0024 + IDSC 0,016 1,0128 0,0149 + IPCS 0,009 1,0031 0,0542 + IASIBGE 0,015 1,0136 0,0058 + BANIBGE 0,011 1,0158 0,0821 + ILSIBGE 0,030 1,0192 0,0001 + IDHMEDUC 0,029 22,2746 0,0004 + IDHMREN 0,044 10,1396 0,0000 + IESDIC 0,015 1,8695 0,0061 + ITDIC 0,021 0,4654 0,0093 -
MBDD5DIC
ICRDIC 0,028 0,3543 0,0029 - Tabela 5.14.b – Regressão logística simples entre indicadores epidemiológicos, sanitários e sociais (MTDD5DIC). Variáveis independentes com p valor <= 0,20 Variável epidemiológica Variável sanitária ou social R2 (Cox & Snell) Odds ratio P valor sinal
IASIBGE 0,011 1,0108 0,0231 + BAN 0,074 0,9626 0,0000 - ILSIBGE 0,009 1,0092 0,0380 + IDHMEDUC 0,072 0,0129 0,0000 - IDHMREN 0,029 0,2205 0,0005 - IESDIC 0,106 7,2410 0,0000 + IBTDIC 0,004 1,3225 0,2065 + IBFDIC 0,039 0,9492 0,0004 -
MTDD5DIC
ITDIC 0,016 0,5283 0,0145 - 5.6 ANÁLISE DE REGRESSÃO MÚLTIPLA
A partir da metodologia estabelecida no item 4.3.4 do Capítulo 4, são apresentados os
principais resultados da análise de regressão multivariada entre as variáveis
epidemiológicas e as variáveis sanitárias e sociais selecionadas.
Foram efetuadas várias simulações, sendo que as que obtiveram maior R2 encontram-se
apresentadas a seguir.
As Tabelas 5.15 a 5.19 reúnem os resultados da regressão múltipla dos indicadores
epidemiológicos versus os sanitários e sociais.
89
Tabela 5.15 – Regressão multivariada linear entre a mortalidade infantil (MINF) e indicadores sanitários e sociais de maior significância
Variáveis que permaneceram na equaçãoVariáveis que entraram na simulação R2 R múltiplovariável Coeficiente b P valor sinal
IDHMEDU IDHMEDU -139,56 0,000 - BANIBGE IESDIC 6,494 0,002 + IDHMREN IASIBGE 0,362 0,001 + ITDIC ITDIC -5,551 0,006 - IESDIC ILSIBGE -0,231 0,015 - ITASC ILSIBGE IASC IDSC IASIBGE IPCS IBTDIC IBFDIC
0,675 0,821
Tabela 5.16 – Regressão multivariada linear entre a mortalidade por todas as causas (MORTTC5N) e indicadores sanitários e sociais de maior significância *
Variáveis que permaneceram na equaçãoVariáveis que entraram na simulação R2 R múltiplovariável Coeficiente b P valor sinal
IDHMEDU IDHMEDU -81,048 0,000 - BANIBGE BANIBGE 0,449 0,001 + IDHMREN IESDIC 7,818 0,004 + ITDIC ILSIBGE -0,157 0,030 - IESDIC ITASC ILSIBGE IASIBGE IPCS IBTDIC
0,196 0,443
(*) Nessa regressão multivariada linear foram desconsideradas as variáveis sanitárias de mesma natureza (IASC e IDSC), pois o valor de R2 final dessa simulação foi superior ao da regressão em que essas variáveis foram incluídas.
Tabela 5.17 – Regressão multivariada linear entre a morbidade por doenças diarréicas notificadas em unidades de saúde (MORBDD5M) e indicadores sanitários e sociais de maior significância
Variáveis que permaneceram na equaçãoVariáveis que entraram na simulação R2 R múltiplovariável Coeficiente b P valor sinal
IDHMEDU IDSC -416,05 0,044 - BANIBGE IDHMEDU -94.553,07 0,023 - IDHMREN ITDIC IDSC ITASC ILSIBGE IASIBGE ICRDIC IASC IBTDIC
0,221 0,47
90
Tabela 5.18 – Regressão multivariada logística entre a mortalidade por doenças diarréicas (MTDD5DIC) e indicadores sanitários e sociais de maior significância
Variáveis que permaneceram na equação Variáveis que entraram na simulação
R2 R múltiplo variável Coeficiente
b P valor Exp (b)
Odds ratio
IDHMEDU IESDIC 0,9812 0,0108 2,668 IDHMREN ILSIBGE 0,0352 0,0117 1,0358 ILSIBGE ICRDIC -0,8192 0,0111 0,4408 IASIBGE IDHMEDU -7,2332 0,0003 0,0007 ICRDIC IBTDIC IESDIC
0,194 0,441
Tabela 5.19 – Regressão multivariada logística entre a morbidade por doenças diarréicas com internações hospitalares (MBDD5DIC) e indicadores sanitários e sociais de maior significância
Variáveis que permaneceram na equaçãoVariáveis que entraram na sumulação R2 R múltiplovariável Coeficiente b P valor Exp (b)
Odds ratioIDHMEDU ICRDIC -1,572 0,0518 0,2070 IDHMREN IESDIC ILSIBGE BANIBGE ITASC IASC IASIBGE IDSC IPCS ITDIC ICRDIC
0,107 0,332
91
6 DISCUSSÃO
6.1 PRELIMINARES
Os resultados apresentados no Capítulo 5 permitem ampla discussão, que se pretende
explorar no presente capítulo.
São analisados os indicadores epidemiológicos, quanto à consistência, disponibilidade e
viabilidade de serem utilizados como indicadores de saúde ambiental para expressar os
efeitos na saúde humana causados pela má prestação ou inexistência dos serviços de
saneamento.
Discute-se o SISAGUA, a partir dos dados disponíveis no momento da coleta (junho/2001),
enquanto instrumento de informação fundamental para a Vigilância da Qualidade da Água
para Consumo Humano, no auxílio às ações para a promoção da saúde, prevenção e
controle de doenças e agravos relacionados aos serviços de saneamento. Nesse sentido é
discutida a consistência dos dados contidos no SISAGUA, procurando responder aos
seguintes questionamentos: (1) Os dados têm abrangência, ou seja, há disponibilidade de
dados por municípios? (2) São confiáveis? (3) São suficientes para construir os indicadores
idealizados inicialmente?
São discutidas também as relações entre alguns indicadores sanitários entre si e deles com
os indicadores sócio-econômicos.
Posteriormente é analisada a relação entre indicadores epidemiológicos, enquanto variáveis
dependentes, e os indicadores sanitários e sociais como variáveis independentes e,
portanto, explicativas dos efeitos adversos à saúde.
A seguir é feita uma seleção dos indicadores sanitários e sócio-econômicos que melhor se
configuraram como sentinelas na prevenção e controle de doenças e agravos relacionados
ao saneamento, a partir dos resultados do presente estudo. Ao final são feitas críticas aos
indicadores epidemiológicos utilizados, assinalando os mais recomendáveis para
representar os efeitos decorrentes da má prestação ou inexistência de serviços de
saneamento.
92
À luz dos atuais resultados, adicionalmente é analisado o emprego do modelo teórico da
OECD, adaptado pela OMS (FPEEEA), na seleção dos indicadores sanitários e sócio-
econômicos que nortearam a concepção e construção do SISAGUA.
Para facilitar o entendimento deste capítulo repetimos na Tabela 6.1 o significados dos
indicadores utilizados.
Tabela 6.1 – Significado das abreviaturas utilizadas para denominar os indicadores. Abreviações/ Indicadores
Significado do indicador
BANIBGE Percentual da população do município que conta com banheiros IASC Percentual da população do município com sistemas de abastecimento de água –
disponível pelo SISAGUA IASIBGE Percentual da população do município atendida com rede de água – CENSO IBGE -
2000 IBFCRS Percentual das amostras do município dentro dos padrões para Coli Fecal em
determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição - SISAGUA
IBFDIC Variável dicotômica que representa o percentual das amostras do município dentro dos padrões para Coli Fecal em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição - SISAGUA
IBTCRS Percentual das amostras do município dentro dos padrões para Coli Total em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição - SISAGUA
IBTDIC Variável dicotômica que representa o percentual das amostras do município dentro dos padrões para Coli Total em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição - SISAGUA
ICRCRS Percentual das amostras do município dentro dos padrões para Cloro Residual Livre em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição - SISAGUA
ICRDIC Variável dicotômica que representa o percentual das amostras do município dentro dos padrões para Cloro Residual Livre em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição - SISAGUA
IDHM-EDUCAÇÃO
Índice de Desenvolvimento Humano que mede a educação
IDHM-RENDA Índice de Desenvolvimento Humano que mede a renda IDSC Percentual da população do município com sistemas de abastecimento de água com
desinfecção – SISAGUA IESDIC Variável dicotômica que representa o percentual da população do município atendida
com rede coletora de esgotos – CENSO IBGE - 2000 IESIBGE Percentual da população do município atendida com rede coletora de esgotos –
CENSO IBGE - 2000 ILSIBGE Percentual da população do município atendida com coleta regular de lixo – CENSO
IBGE - 2000 IPCS Consumo médio per capita de água consumida pela população no município IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IRAS Índice de regularidade abastecimento de água em sistemas de distribuição ITASC Percentual da população do município com sistemas de abastecimento de água com
tratamento – SISAGUA ITCRS Percentual das amostras do município dentro dos padrões para Turbidez em
determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição - SISAGUA
93
Tabela 6.1 – Significado das abreviaturas utilizadas para denominar os indicadores - continuação Abreviações/ Indicadores
Significado do indicador
ITDIC Variável dicotômica que representa o percentual das amostras do município dentro dos padrões para Turbidez em determinado tempo para sistemas de abastecimento de água e coletado na rede de distribuição - SISAGUA
MBDD5DIC Variável dicotômica que representa a Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos – Internações Hospitalares
MINF Mortalidade Infantil MORBDD5M Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos – MDDA MORBDD5S Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos – Internações
Hospitalares MORTDD5N Mortalidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos MORTTC5N Mortalidade por todas as causas em crianças menores de 5 anos MTDD5DIC Variável dicotômica que representa a Mortalidade por doenças diarréicas em
crianças menores de 5 anos
6.2 ANÁLISE DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS
6.2.1 O problema da sub-notificação
Destaca-se inicialmente uma vulnerabilidade presente na maioria dos indicadores de morbi-
mortalidade. Trata-se da sub-notificação, tanto do número de óbitos ou internações de
doenças e agravos, quanto no número de nascimentos oficiais.
Sobre essa questão, Simões (1999) aponta que a existência de omissões decorrentes do
sub-registro de óbitos, principalmente daqueles menores de um ano, tem inviabilizado, em
muitos casos, a utilização deste instrumento de coleta no cálculo direto da mortalidade,
necessitando-se recorrer a procedimentos técnicos para corrigir essas distorções.
O problema é mais grave naqueles estados e regiões social e economicamente menos
desenvolvidos, onde o componente rural é ainda importante, como é o caso das regiões
Norte, Nordeste e Centro Oeste. Nas regiões centro-sul do país os problemas de cobertura
não são tão problemáticos (Simões, 1999).
Sub-registro de nascimento
De acordo com Simões (1999), apresenta-se na Tabela 6.2 os sub-registros relativos ao
nascimento nos estados objeto do presente estudo.
94
Tabela 6.2 – Comparação entre o sub-registro de nascimento entre o Civil e SINASC (Simões, 1999)
Sub-Registro Nascimento(%) Estado Registro Civil - 1995 SINASC 1996
Bahia 36,60 31,44 Pernambuco 47,64 6,29 Paraná 20,56 -1,83 Rio Grande do Sul 10,22 -3,63
A melhor qualidade de registros de nascimento ocorre nos estados da Região Sudeste e nos
estados da Região Sul (RS com valores de sub-notificação de registro civil de nascimento
da ordem de 10%).
Existe uma tendência em se adotar dados do Sistema Nacional de Nascidos Vivos -
SINASC em detrimento dos dados estatísticos e registro civil. No país como um todo, 18%
dos nascimentos deixam de ser computados pelo SINASC, contra 31% pelo Registro Civil.
(Destaque para os avanços em estados como PE, SE e RN, onde a não cobertura pelo
SINASC é inferior a 10%)
Nos estados do RJ, SP, PR, RS e GO, onde o SINASC está implantado em todos os
municípios, é possível afirmar que os valores observados no número de nascimentos
coletados pelo Sistema sejam mais corretos. Destaca-se que dos indicadores
epidemiológicos, à exceção da MINF, foram utilizados dados de nascidos vivos do SINASC
nos seus denominadores.
A metodologia empregada para estimar o sub-registro de nascimento consiste em estimar, a
partir de quesitos sobre total de filhos nascidos vivos e nascidos nos últimos 12 meses, a
taxa de fecundidade por idade da mãe, com a qual se estima o número total de
nascimentos. Esses comparados com os registrados nos sistemas de coleta do Registro
Civil e/ou SINASC, permite determinar os níveis de sub-registro de nascidos vivos em um
determinado calendário (Simões, 1999).
Sub-registro de óbitos
Na Tabela 6.3 são mostrados os sub-registros referentes a óbitos infantis de acordo com
Simões (1999).
95
Tabela 6.3 – Sub-registro de óbitos infantis (menores de um ano) (Simões, 1999)
Verifica-se que o problema é maior que o relativo ao nascimento, sendo que no país como
um todo o sub-registro do total de óbitos é de 19,11%.
Similarmente ao sub-registro de nascidos vivos, a metodologia utilizada parte dos quesitos
total de filhos nascidos vivos e filhos sobreviventes para calcular as probabilidades de óbitos
em idades específicas, num determinado tempo. Essa probabilidade, ao ser multiplicada
pelo número de nascimentos estimados, fornecerá uma estimativa do total de óbitos de
menores de um ano, que, da mesma forma, ao serem comparados com os óbitos
registrados nos fornecem os níveis de sub-registro para essa variável (Simões, 1999).
6.2.2 Mortalidade Infantil (MINF) Os indicadores de cada município foram obtidos do site do Ministério da Saúde, cujo cálculo
adotou a metodologia proposta por Simões (1999), baseada em técnicas demográficas
utilizando informações sobre sobrevivência de filhos nascidos vivos nos Censos
Demográficos e nas Pesquisas Nacionais de Amostragem Domiciliar. A metodologia foi
desenvolvida a partir da constatação das dificuldades de obtenção de informações dos
chamados “sistemas de estatísticas vitais: registros e óbitos infantis, sobretudo nas regiões
Norte, Nordeste e Centro Oeste”. Portanto, os problemas referentes às sub-notificações,
apontados na revisão da literatura e no presente capítulo, foram atenuados pela
metodologia proposta.
A mortalidade infantil, apesar de não considerar uma parte significativa de crianças
passíveis de serem afetadas pelas questões do saneamento – as maiores de uma ano -,
mostra-se como um importante indicador epidemiológico para analisar o impacto das
intervenções do saneamento na saúde humana. Trata-se de um indicador universal,
padronizado há muitos anos e utilizado em todo o mundo para aferir o nível de
desenvolvimento da sociedade.
Sub-Registro Óbitos(%) Estado Registro Civil - 1995 CENEPI/MS –
SIM/1996 Bahia 61,25 66,01 Pernambuco 39,00 43,32 Paraná 25,21 24,26 Rio Grande do Sul 2,41 5,13
96
Mesmo que os indicadores refiram-se ao ano de 1998 e os indicadores sanitários serem
relativos ao ano 2000, é possível constatar que das variações observadas na evolução da
mortalidade infantil (avaliando o período de 1989 a 1998) não é freqüente observar elevadas
variações diferenciais entre municípios, para pequenos períodos de defasagem.
A Tabela 6.4 mostra as médias da mortalidade infantil dos estados e a média do Brasil e das
regiões, apresentadas para compreensão da situação do indicador regionalmente.
Tabela 6.4 – Média da mortalidade infantil, no ano de 1998, para os estados de interesse, para o Brasil e para as regiões (por mil nascidos vivos)
Bahia Pernambuco Paraná Rio Grande do Sul Brasil
Municípios considerados 54 77 29 19 Estado 51 62 28 19 Região 58 58 22 22
36,10
Analisando as médias apresentadas na Tabela 6.4, percebe-se que as médias da
mortalidade infantil dos municípios considerados no estudo encontram-se próximas da
média do estado como um todo, o que indica a possível representatividade em relação ao
estado.
A ordem de classificação (da maior para a menor) da mortalidade infantil guarda proporção
com o nível educacional dos estados, sendo maior no estado de Pernambuco (77 óbitos por
mil nascidos vivos), seguida pela Bahia (54 óbitos por mil nascidos vivos), Paraná (29 óbitos
por mil nascidos vivos) e por fim do Rio Grande do Sul (19 óbitos por mil nascidos vivos).
A mortalidade infantil média dos estados do Nordeste, Pernambuco e Bahia, são bem
superior à média do país, enquanto que dos estados do Sul é bastante inferior.
Avaliando os valores máximos e mínimos da mortalidade infantil nos quatro estados
analisados, fica ainda mais evidente a inferioridade dos estados do Nordeste em relação aos
do Sul. O número de óbitos mínimo por mil nascidos vivos nos estados da Bahia e
Pernambuco, 28 e 37 (respectivamente), são próximos à mortalidade infantil máxima dos
estados do Paraná e Rio Grande do Sul, 43 e 32 óbitos por mil nascidos vivos
(respectivamente). Comparando os estados de mesma região não se verifica diferença
significativa entre a mortalidade infantil mínima desses estados, acontecendo o mesmo com
a mortalidade infantil máxima.
97
Percebe-se também uma variação bastante significativa entre a mortalidade infantil mínima
e máxima nos estados do Nordeste, enquanto que nos estados do Sul essa variação é bem
inferior. Tal constatação indica que nos estados do Nordeste existe também diferenças entre
os próprios municípios.
Quanto à abrangência pode-se dizer que a mortalidade infantil está disponível para todos os
municípios que fizeram parte do estudo.
6.2.3 Mortalidade até cinco anos por todas as causas (MORTTC5N)
Este indicador é também vulnerável à sub-notificação, tanto em relação aos óbitos quanto
em relação aos registros de nascidos.
Dos estados que fazem parte do presente estudo, os estados de Pernambuco e Bahia
mostram-se mais sujeitos a essa sub-notificação.
De acordo com a Tabela 6.2, em relação ao SINASC o estado de Pernambuco apresenta
uma sub-notificação de 6,29% e a Bahia 31,44%. Já os estados do Paraná e Rio Grande do
Sul apresentam sub-notificação negativa em relação às estimativas estatísticas, mostrando
que a qualidade do SINASC nesses estados é melhor que os registros oficiais (Simões,
1999).
Quanto às informações relativas a óbitos, utilizadas no numerador do indicador, as
informações do Sistema de Informação do CENEPI/FUNASA/MS apresentam sub-
notificações mais preocupantes. Pernambuco apresenta 43,32% de sub-notificação,
enquanto na Bahia esse percentual é de 66,01% (Simões, 1999). Os estados do Sul
apresentam sub-notificações menores, 24,26% no Paraná e 5,13% no Rio Grande do Sul.
A mortalidade por todas as causas em crianças menores de cinco anos é um indicador
complementar à mortalidade infantil, na medida em que considera também o número de
óbitos em crianças entre um e quatro anos. De acordo com a revisão da literatura essa faixa
etária é afetada pelas inadequações ou falta de serviços de saneamento.
Por outro lado no indicador mortalidade por todas as causas vários outros fatores de risco
são também considerados, não só aqueles decorrentes das condições sanitárias adversas.
98
Chama a atenção a quantidade de municípios que não apresentaram óbitos por mil nascidos
vivos: dos 500 municípios estudados, aproximadamente 30 (6%). Esse número pode estar
mais ou menos influenciado pela sub-notificação referida anteriormente. Essa constatação
fica mais evidenciada quando se analisa a Tabela 6.5. A diferença entre a mortalidade
infantil e a mortalidade por todas as causas, em que pese a diferença da metodologia de
cálculo e das faixas etárias, é muito menor nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, que
nos estados da Bahia e Pernambuco.
A ordem de classificação da mortalidade infantil, conforme mostra a Tabela 6.5, também se
mantém em relação à mortalidade por todas as causas.
Tabela 6.5 – Média da mortalidade por todas as causas (1999) comparadas com a média da mortalidade infantil (1998) para os estados de interesse, para o Brasil e para as regiões (por mil nascidos vivos)
Bahia Pernambuco Paraná Rio Grande do Sul
MINF MORTTC5N MINF MORTTC5N MINF MORTTC5N MINF MORTTC5NBrasilMINF
Municípios considera-dos
54 37 77 53 29 26 19 18
Estado 51 - 77 - 28 - 19 - Região 58 - 58 - 22 - 25 -
36,10
Esses indicadores contaram com informações do ano de 1999, sendo mais compatíveis com
o período das informações dos indicadores sanitários, cuja base é do ano 2000/2001.
A despeito da quantidade de municípios que apresentou zero óbitos por mil nascidos vivos,
a correlação entre a mortalidade por todas as causas em crianças menores de cinco anos
com a mortalidade infantil poderia ser classificada como moderada (r = 0,52). Por um lado,
essa correlação pode ser influenciada pela qualidade das notificações de óbitos e de
registros dos municípios da região Sul, cuja sub-notificação é bem menor que nos estados
do Nordeste, e por outro, pelo fato de ter sido considerado na mortalidade por todas as
causas os óbitos de crianças entre um e quatro anos, o que faz aumentar a mortalidade e
compensar a sub-notificação já referida.
6.2.4 Mortalidade por doenças diarréicas (MTDD5DIC)
Para esse indicador valem as mesmas observações feitas para a mortalidade por todas as
causas em relação às sub-notificações, o que poderia explicar a quantidade significativa de
municípios que não apresentaram óbitos por doenças diarréicas. Dos 500 municípios
99
apenas 150 (30%) apresentaram óbitos. Essa constatação levou a considerar a variável
como dicotômica (municípios com ou sem óbitos por doenças diarréicas).
Um inconveniente verificado nas variáveis dicotômicas, e que cabe também para as
variáveis dependentes consideradas no presente estudo, é que são colocados na mesma
categoria os municípios que tiveram taxa de morbi-mortalidade muito pequena e outros com
taxa elevada, o que faz com que haja relativa perda de sensibilidade da variável.
Além da sub-notificação dos óbitos e dos nascidos vivos que podem ter levado à alta
proporção de zeros em relação a esse indicador, um outro fator a ser considerado é a
dificuldade em se diagnosticar a diarréia ou a sua notificação em outro grupo de causas.
A média da mortalidade por doenças diarréicas calculada por estado, conforme apresentado
na Tabela 6.6, foi certamente influenciada pelos zeros dos 350 municípios. Mesmo assim, a
classificação da mortalidade por doenças diarréicas segue a mesma ordem dos dois
indicadores de mortalidade anteriores.
Tabela 6.6 – Média da mortalidade por doenças diarréicas (1999) comparada com a média da mortalidade por todas as causas (1999) para os estados de interesse.
Estado Indicador Bahia Pernambuco Paraná Rio Grande do Sul
MORTTC5N 37 53 26 18 MORTDD5N 1,77 4,7 0,5 0,08 % de municípios com óbitos 46 72 12 11
Mesmo considerando a quantidade de municípios que apresentou zero óbitos por mil
nascidos vivos, as correlações entre a mortalidade por doenças diarréicas em crianças
menores de cinco anos com a mortalidade infantil e com a mortalidade por todas as causas
(r = 0,51 e 0,39; respectivamente) poderiam ser classificadas como moderada (ver Tabela
5.10).
São dignos de comentários os valores máximos da mortalidade por todas as causas
registrados nos estados de Pernambuco, Bahia e Paraná, chegando a ser da ordem de dez
vezes superiores aos valores médios dos estados.
Vale ressaltar também o alto percentual de municípios nos estados do Nordeste que
apresentaram óbitos por doenças diarréicas. Em Pernambuco e na Bahia, 46% e 72% dos
municípios apresentaram óbitos por doenças diarréicas, respectivamente, enquanto que
nos estados da região Sul, apenas 10% dos municípios, aproximadamente, apresentaram
óbitos.
100
A despeito da fragilidade do indicador, motivada pela quantidade de municípios que não
apresentaram óbitos por doenças diarréicas, mas considerando sua boa correlação com a
mortalidade infantil e com a mortalidade por todas as causas, por um lado, e a forte relação
apontada na revisão da literatura entre a mortalidade por doenças diarréicas e ações de
saneamento, por outro, impõem que esse indicador deva ser considerado como um
indicador importante para representar os efeitos da má prestação de serviços de
saneamento ou até mesmo da inexistência deles. Em vista disso, o setor saúde deveria
atuar fortemente para melhorar a qualidade dessas informações.
6.2.5 Morbidade por doenças diarréicas decorrentes das internações hospitalares (MBDD5DIC)
Os problemas de sub-notificação identificados para os indicadores de mortalidade se
repetem para os indicadores de morbidade, particularmente aqueles referentes à dificuldade
de diagnóstico, já destacados para a mortalidade por doenças diarréicas.
Ainda que em quantidade inferior à mortalidade por doenças diarréicas, a morbidade por
doenças diarréicas apresentou um número significativo de municípios sem internação
hospitalar por doenças diarréicas: 141 (28,2%) dos 500 municípios considerados. Esse fator
levou a tratar a variável como dicotômica (municípios com ou sem internações por doenças
diarréicas).
Conforme apontado na Tabela 6.7 a morbidade média do estado do Rio Grande do Sul,
apresentou-se superior à dos estados de Pernambuco e Paraná. Considerando que a
mortalidade do estado do Rio Grande do Sul, nos três indicadores adotados, foi a menor de
todas, e sabendo-se que essa quadro parece não refletir a realidade, deve-se ressaltar aqui
os problemas apontados nos itens anteriores relativos aos sub-registros. Tal fato torna
vulnerável o indicador de morbidade por internações hospitalares. Alguns estados podem ter
melhor qualidade no registro das internações hospitalares, o que resulta em valores mais
elevados para a morbidade; entretanto, isto não significa que nos outros estados o número
de internações seja, na realidade, inferior.
Tabela 6.7 – Média da morbidade por doenças diarréicas decorrentes de internações hospitalares (2000 a 2001) para os estados de interesse (por 100.000 mil nascidos vivos)
Bahia Pernambuco Paraná Rio Grande do Sul
Municípios considerados 16.680 7.786 6.905 10.893
101
Outro aspecto que chama a atenção é a baixa correlação entre a morbidade por doenças
diarréicas, a partir das internações hospitalares, e as mortalidades por todas as causas, por
doenças diarréicas e infantil. Em todos os casos a correlação entre esses indicadores foi
considerada como muito fraca (Tabela 5.10). Nem sempre, aliás, na maioria dos casos, as
internações acabam não evoluindo a óbito, mas mesmo assim, seria de se esperar uma
associação entre a morbidade e a mortalidade por causa; por outro lado é sabido que a
qualidade do atendimento hospitalar influencia a taxa de óbitos por determinada causa.
A perda de sensibilidade da variável, pela sua natureza dicotômica, analogamente à
mortalidade por doenças diarréicas, deve ser também registrada.
6.2.6 Morbidade por doenças diarréicas decorrentes das notificações em unidades de saúde - MDDA (MORBDD5M)
Os dados utilizados para compor esse indicador foram fornecidos pelas Secretarias de
Saúde dos Estados, por intermédio da FUNASA/MS.
A Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas – MDDA é um programa do Centro
Nacional de Epidemiologia – CENEPI/FUNASA/MS, em que as unidades de saúde dos
municípios monitoram as diarréias, por semana epidemiológica, permitindo assim o
acompanhamento de eventuais surtos de diarréia, por qualquer motivo.
Apesar de se trabalhar insistentemente na obtenção de dados dos diversos estados que
compõem o Piloto do SISAGUA, conforme pode ser avaliado pela Tabela 5.7 o estado de
Pernambuco foi o estado que maior quantidade de dados apresentou (85 municípios). Dos
estados que compõem o SISAGUA, o estado da Bahia apresentou dados de 22 municípios
e o estado do Rio Grande do Sul apresentou dados de apenas cinco municípios. O estado
do Paraná, apesar de ter a monitorização em vários municípios do estado, não conseguiu
preparar os dados por faixa etária a tempo do encerramento do presente trabalho, o que
comprometeu a utilização dos seus dados.
A Tabela 6.8 apresenta a média da morbidade por doenças diarréicas decorrentes da
monitorização por doenças diarréicas por estado. Apesar da escassez de dados no estado
do Rio Grande do Sul e da Bahia, as médias guardam certa coerência com a realidade dos
estados.
102
Tabela 6.8 – Média da morbidade por doenças diarréicas decorrentes da MDDA (2000) para os estados de interesse (por 100.000 nascidos vivos)
Bahia Pernambuco Paraná Rio Grande do Sul
Municípios considerados 73.103 35.483 (1) 16.204 (1) Dados não disponíveis
Um aspecto interessante da análise da morbidade decorrente da monitorização de doenças
diarréicas agudas é que a sua correlação com as mortalidades infantil e por todas as causas
mostrou-se baixíssima, enquanto a correlação com a mortalidade por doenças diarréicas, ao
contrário da morbidade por doenças diarréicas decorrentes das internações hospitalares,
mesmo sendo baixa (r = 0,228), é bem mais elevada a correlação entre a morbidade por
doenças diarréicas decorrentes das internações hospitalares e a mortalidade por doenças
diarréicas - 0,09 (ver Tabela 5.10). Isto sugere, mais uma vez, que esse indicador parece
ser mais consistente que a morbidade relativa às internações hospitalares.
Os aspectos analisados nos parágrafos anteriores, adicionados ao fato de que os dados da
monitorização por doenças diarréicas são obtidos de fontes primárias, sinalizam para que o
indicador morbidade por doenças diarréicas decorrente da MDDA seja considerado como
potencial indicador epidemiológico, representativo das morbidades nas análises com
indicadores sanitários e sociais.
6.3 ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES E INDICADORES DISPONIBILIZADAS NO PILOTO DO SISAGUA
Conforme mencionado anteriormente é preciso discutir o SISAGUA, em sua fase piloto,
tentando responder algumas indagações.
(1) O SISAGUA apresenta dados disponíveis com representatividade por municípios e por estado?
O que se pretende saber com a resposta a essa questão é se os dados alimentados no
SISAGUA, na fase piloto, são suficientes do ponto de vista da quantidade, por municípios e
por estado, de forma a constituir uma amostra significativa de indicadores.
Inicialmente deve-se destacar que até o momento da conclusão do banco de dados do
SISAGUA utilizado como base para o presente estudo, o estado de São Paulo, tinha
alimentado dados de poucos municípios. De acordo com a Tabela 5.1 e 5.2, dos 169
municípios pactuados entre a FUNASA/CENEPI/MS e a SES/SP, apenas 29% dos
103
municípios haviam alimentado o sistema com dados relativos à cobertura, tratamento,
desinfecção e per capita, enquanto que apenas um percentual entre 2% e 23% dos
indicadores de qualidade havia sido alimentado no SISAGUA.
Quanto aos municípios dos outros estados, alimentação do SISAGUA foi considerada
bastante satisfatória. De 80% a 90% dos municípios pactuados com a FUNASA/CENEPI/MS
haviam alimentado o SISAGUA com dados sobre cadastro (cobertura, tratamento,
desinfecção e per capita - ver Tabela 5.1).
Um percentual pouco inferior, entre 74% e 80% dos municípios pactuados, havia alimentado
o SISAGUA com dados sobre a qualidade da água (Coli Total, Fecal, Turbidez e Cloro
Residual) (ver Tabela 5.2).
Infelizmente, um número muito pequeno de municípios alimentou o sistema com dados
referentes ao indicador intermitência do abastecimento. Não foi possível detectar o motivo
pelo qual os prestadores dos serviços, que constituem os responsáveis pelas informações
repassadas às Vigilâncias Sanitária e Ambiental dos estados, não repassaram essas
informações. Suspeita-se de que essa informação não esteja devidamente apropriada pelos
serviços de saneamento.
(2) Os dados são confiáveis? A análise de consistência das informações do SISAGUA, cujos resultados foram
apresentados no item 5.2, contemplou, num primeiro momento, a avaliação do percentual de
municípios que apresentavam indicadores de cadastro (cobertura de água, tratamento e
desinfecção) superiores a 100%; e posteriormente a comparação entre o indicador de
cobertura por sistema de abastecimento de água fornecido pelo SISAGUA (IASC) e a
cobertura por domicílio conectado à rede geral de água obtido do CENSO IBGE-2000.
Quanto à primeira análise, percebeu-se que o valor adotado pelo SISAGUA, para o cálculo
da cobertura por sistemas de abastecimento de água e dos outros indicadores de cadastro,
de 4 habitantes por domicílio, não era apropriado. Analisando a Tabela 5.5, percebe-se que
esse valor varia muito de estado para estado. Especificamente nos estados que compõem o
piloto, varia de 2,85 no Rio Grande do Sul a 3,32 em Pernambuco.
A adoção do valor de 4 habitantes por domicílio conduziu a um percentual elevado de
municípios com indicadores superiores a 100%. Segundo a Tabela 5.4, 39% dos municípios
104
apresentaram indicadores de cadastro superiores a 100%. Após corrigir o indicador
adotando-se o número médio de habitantes por domicílio de cada estado, esse percentual
foi reduzido a 12%.
Os 12% de municípios que ainda mantiveram percentual do indicador superior a 100% ainda
pode ser considerado elevado. O mais indicado seria adotar o valor específico de cada
município, valor esse já disponível pelo IBGE, a partir do último Censo.
Rigorosamente, dados de cobertura superior a 100% seriam aceitáveis apenas em
municípios com população flutuante. Nesses municípios, cuja população aumenta
significativamente em períodos específicos (verão/inverno, festividades, além de outros) o
número de domicílios é superior aos que são efetivamente ocupados pelos moradores
permanentes da cidade. Ao multiplicar o número de domicílios do município pela taxa de
habitantes por domicílio, implica num percentual de cobertura superior a 100%. Cabe aos
responsáveis pelo SISAGUA nos estados fazer a avaliação dessa questão nos municípios
com diferenças significativas dos percentuais de cobertura.
No que tange à comparação entre o indicador de cobertura por sistemas de abastecimento
do SISAGUA e do CENSO IBGE-2000, os resultados podem ser considerados satisfatórios.
A Figura 5.1 mostra o gráfico de dispersão entre os dois indicadores. O gráfico apresenta
uma certa concentração de pontos em torno de uma reta que passa pela origem, o que
indica certa correspondência entre ambos.
Já na Tabela 5.6 são apresentadas as médias dos dois indicadores, por estado, bem como
o coeficiente de correlação de Pearson, seguido pela sua classificação. Nessa Tabela, em
que pese a utilização do parâmetro médio do número de habitantes por domicílio do estado
para o cálculo da cobertura para cada município, as médias são próximas para os estados
de Pernambuco, Rio Grande do Sul e para todos os estados ao mesmo tempo. As
correlações são consideradas altas para todos os estados, à exceção de Pernambuco.
Os indicadores de cadastro deverão ser mais bem analisados, quanto à sua consistência, a
partir dos resultados da PNSB do IBGE, referente ao ano 2000, que foram recentemente
divulgados.
Os indicadores de qualidade, por serem informados pelos prestadores de serviços só podem
ser verificados pelas ações da própria vigilância da qualidade da água para o consumo
105
humano em cada estado. Até o momento da conclusão do banco de dados do SISAGUA,
existiam poucos dados sobre o resultado de amostras realizadas para a vigilância em cada
município, entretanto os indicadores de qualidade calculados a partir dos resultados da
vigilância poderão ser fundamentais para analisar a qualidade dos dados fornecidos pelos
prestadores de serviços no controle de qualidade da água.
(3) Os dados são suficientes para construir os indicadores sanitários pré-definidos na metodologia FPEEEA para a Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano? A partir dos dados alimentados no SISAGUA, foi possível construir oito indicadores
sanitários com bastante representatividade por estados e por municípios, o que pode ser
considerado uma importante contribuição para a prática da vigilância e controle da qualidade
da água nos estados e municípios.
Entretanto, deve-se trabalhar na construção de indicadores relativos à qualidade da água
para consumo humano a partir dos resultados das análises da qualidade da água realizados
pela vigilância e não apenas pelas informações de controle da qualidade da água fornecidos
pelos prestadores de serviços de saneamento.
Outra questão importante é que devem ser agregados em algum sistema de informação de
vigilância ambiental, com periodicidade de alimentação anual, os dados necessários à
construção dos indicadores de cobertura de coleta de esgotos, de coleta de lixo e de
cobertura por banheiros. Nesse trabalho tais dados foram oriundos do Censo de 2000, e, ao
longo dos anos ficarão defasados, enquanto os dados de cadastro do SISAGUA serão
atualizados anualmente.
6.4 ANÁLISE DOS INDICADORES SANITÁRIOS E SÓCIO-ECONÔMICOS
Além da discussão sobre os indicadores sanitários apresentada no item 6.3, os seguintes
aspectos são pertinentes.
6.4.1 Indicadores sanitários
A maioria dos indicadores sanitários de cadastro (cobertura por abastecimento, por
tratamento e por desinfecção de água; por coleta de esgotos e de lixo; por banheiros ou
sanitários; e consumo per capita) nos histogramas de distribuição de freqüência
106
comportaram-se como variáveis contínuas, à exceção da cobertura por coleta de esgotos
que, pelo fato de apresentar muitos municípios sem coleta de esgotos, tiveram
comportamento de variável dicotômica - do tipo município com ou sem coleta de esgotos
(ver histogramas de distribuição de freqüência - figuras de 5.9 a 5.17).
As variáveis de qualidade da água (Coli Total, Fecal, Turbidez e Cloro Residual Livre)
tiveram comportamento de variáveis dicotômicas (do tipo municípios com 100% das
amostras dentro dos padrões ou municípios com menos de 100% das amostras dentro dos
padrões).
É importante lembrar que a transformação das variáveis contínuas em dicotômicas, com a
categorização necessária para o estabelecimento em um ponto de corte, no qual se definem
as variáveis que se enquadram em uma ou outra categoria, resulta em certa perda de
sensibilidade da variável contínua.
Deve-se registrar particular explicação para o indicador bacteriológico que representa o
percentual das amostras dentro dos padrões para Coliforme Total (IBTDIC) na rede de
distribuição de água. Acontece que ao definir na categoria da variável dicotômica igual a
zero (IBTDIC=0), todos os municípios cuja média do percentual de amostras dentro dos
padrões apresentassem valores inferiores a 100% (IBTCRS<100%), também foram
considerados os municípios com valores superiores a 95% (IBTCRS>=95%); entretanto,
deve-se esclarecer, que foi feita a análise de regressão considerando o ponto de corte
conforme recomenda a Portaria 36/GM/90 (95% das amostras de Coliforme Total dentro dos
padrões) e que tal mudança não importou em alteração dos resultados finais. Por este
motivo, e na medida que apenas para essa variável o ponto de corte para a variável
contínua seria diferente de zero, é que se manteve o ponto de corte adotado
(IBTCRS<100%).
Para efeito de comparação, nas Figuras 6.1, 6.2 e 6.3 apresentam-se as médias dos
indicadores por estado.
107
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Perc
entu
al (%
)
BA 57 56 57 112 62
PR 60 60 75 121 68
PE 51 52 57 130 55
RS 77 77 80 163 60
ITASC IASC IDSC IPCS IASIBGE
(*) Consumo per capita em litros por habitante dia
Figura 6.1 – Média dos indicadores de cobertura de abastecimento de água por estado
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Perc
entu
al (%
)
BANIBGE 71 96 72 96
IESIBGE 27 13 27 15
ILSIBGE 55 63 50 64
BA PR PE RS
Figura 6.2 – Média dos indicadores sanitários relativos à coleta de esgotos, de lixo e
existência de banheiro por estado.
Com
sum
o pe
rcap
ita/h
abxd
ia) o
u
*
108
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Perc
entu
al (%
)
IBTCRS 98 97 99 90
IBFCRS 99 99 99 95
ITCRS 90 100 81 98
ICRCRS 98 100 97 90
BA PR PE RS
Figura 6.3 –Média dos indicadores sanitários relativos à qualidade da água por estado
(percentual das amostras dentro dos padrões para cada parâmetro).
Chamam a atenção os baixos percentuais da população com sistemas de abastecimento de
água, com tratamento e com desinfecção de água nos estados do Nordeste, variando de
50% a 60%, para Pernambuco e Bahia respectivamente. Até mesmo os municípios dos
estados do Sul têm cobertura média baixa, sendo de 60% para o Paraná e 80% para o Rio
Grande do Sul.
O consumo per capita médio não apresenta valores muito diferenciados de estado para
estado, embora seja um pouco superior nos estados do Sul. Varia de 112 litros por habitante
por dia na Bahia a 163 litros por habitante por dia no Rio Grande do Sul. Os valores mínimos
apresentados (em torno de 0 litros por habitante por dia) muito provavelmente devem se
referir a municípios cujos dados estejam alimentados de forma equivocada, são muito
discrepantes dos demais dados.
Os indicadores de cobertura por banheiros ou sanitários também se dividem em dois
patamares. Nos estados do Nordeste apresentam um percentual na casa dos 70%,
enquanto que nos estados do Sul, essa cobertura sobe para o patamar de 96%.
A cobertura por rede coletora de esgotos em todos os estados encontra-se em patamares
muito baixos, variando de 13% a 27%, enquanto a cobertura por coleta de lixo apresenta
médias variando de 50% a 64%.
109
Quanto aos indicadores de qualidade da água, a média dos indicadores relativa ao
percentual dentro dos padrões para Coli Total e Fecal apresentou pouca variação, na faixa
de 97% a 99% nos estados de Pernambuco, Bahia e Paraná, enquanto que no estado do
Rio Grande do Sul esse percentual situou-se em torno de 90% e 95% para Coli Total e
Fecal, respectivamente. Segundo informação dos responsáveis pela alimentação do
SISAGUA no estado do Rio Grande do Sul, a explicação do problema está na qualidade dos
dados disponibilizados pela CORSAN (companhia estadual responsável pela prestação dos
serviços na maioria dos municípios com dados alimentados no sistema).
Quanto à Turbidez o estado de Pernambuco apresentou o menor percentual de amostras
dentro dos padrões, da ordem de 81%, seguido pela Bahia (90%), Rio Grande do Sul (98%)
e Paraná (100%).
No que tange ao Cloro Residual Livre há pouca variação entre os estados de Pernambuco,
Paraná e Bahia (variando de 97% a 100%), sendo que no estado do Rio Grande do Sul esse
percentual reduz-se para 90%. A explicação para esse fato é a mesma apresentada para os
indicadores de qualidade bacteriológica.
Destaca-se, nos indicadores de qualidade, os percentuais de amostra dentro dos padrões
para os quatro parâmetros de qualidade, em média, do estado do Paraná. Neste estado a
quantidade de municípios com dados de controle de qualidade da água foi bastante superior
em relação aos demais, da ordem de 96%, enquanto a média do percentual de municípios
com dados de qualidade foi 74% a 80% nos outros estados.
Quanto à relação entre indicadores sanitários entre si, depreende-se que a grande maioria
da população que tem cobertura por sistema de abastecimento de água tem a sua água
tratada (r = 0,98) (Tabela 5.11).
Altas correlações também foram encontradas entre a cobertura por sistemas de
abastecimento de água e a desinfecção; entre o tratamento de água e a desinfecção. Isso
mostra que boa parte da população que tem abastecimento também tem desinfecção e que
boa parte da população que tem tratamento tem também desinfecção.
110
6.4.2 Indicadores sócio-econômicos
Os indicadores sociais são relativos ao Censo do IBGE de 1991, estando, portanto, dez
anos desatualizados. O IBGE/IPEA ainda não produziu esses indicadores baseados no novo
Censo do ano 2000.
É possível que a defasagem desse indicador influencie na análise multivariada entre todos
os indicadores. Entretanto, no momento, não se conta com indicadores sociais que possam
substituir os utilizados no trabalho.
Os indicadores de renda e educacional revelaram-se altamente correlacionados (r = 0,84)
Tabela 5.12.
6.5 ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS E INDICADORES SANITÁRIOS E SOCIAIS
São discutidos a seguir os indicadores sanitários e sociais que mais se destacaram nas
análises de regressão simples e multivariada, linear e logística, cujos resultados encontram-
se apresentados nos itens 5.4, 5.5 e 5.6.
Para facilitar a compreensão a análise é feita por variável dependente (indicador
epidemiológico).
6.5.1 Mortalidade infantil (MINF)
Da regressão linear simples, vários indicadores foram selecionados, pelo critério
estabelecido na metodologia, qual seja selecionar variáveis com p-valor igual ou inferior a
0,20.
Apresentaram significância estatística os seguintes indicadores em ordem de importância
de significância (F): IDH – educação, IDH-renda, banheiro, turbidez, coleta de esgotos,
tratamento de água, cobertura de água (SISAGUA), coleta de lixo, desinfecção de água,
cobertura de água (IBGE), consumo per capita, Coli Total e Coli Fecal.
Os indicadores com maior correlação foram os indicadores sociais de educação e de renda,
sendo r = 0,80 e 0,62, respectivamente.
111
A maioria dos indicadores sanitários e sociais apresentaram relação inversa com o indicador
epidemiológico, com exceção da coleta de esgotos e do percentual de amostras dentro dos
padrões para Coli Total e Fecal.
Ao se processar a análise de regressão multivariada, encontrou-se um coeficiente de
Pearson r = 0,821, sendo que as variáveis que permaneceram na equação foram IDH-
educação, coleta de esgotos, cobertura de água (IBGE), turbidez e coleta de lixo.
Os indicadores de educação, turbidez e coleta de lixo apresentaram coeficiente b negativo,
mostrando relação inversa com a mortalidade infantil, enquanto a cobertura por coleta de
esgotos e por sistema de abastecimento de água surpreendentemente apresentaram
relação direta com a mortalidade infantil.
Os três primeiros indicadores seguiram a lógica esperada e o que preconiza a revisão da
literatura, entretanto os dois últimos não.
É interessante observar que a cobertura por coleta de esgotos já se apresentava
diretamente relacionada com a mortalidade infantil na regressão simples, porém com R2
muito baixo. Mais importante ainda é observar que se tratam de indicadores obtidos pelo
próprio Censo do IBGE de 2000, sendo, portanto, indicadores de boa confiabilidade.
Quanto à coleta de esgotos, a explicação pode residir no fato de que apenas coleta de
esgotos, sem os coletores troncos, a interceptação, o tratamento e o destino final adequado,
e ainda com baixo nível de atendimento, não exime a população da exposição aos riscos
sanitários, pelo contrário. A coleta transporta os esgotos, lançando-os de forma concentrada
nos cursos d’água, que normalmente são utilizados pelas pessoas para banho, lazer,
lavagem de roupas e utensílios.
Poder-se-ia questionar o critério de dicotomização da cobertura por coleta de esgotos, onde
se categorizou como “zero” os municípios com cobertura de coleta de esgotos inferior a 1%,
e como “um”, os municípios com cobertura de esgotos igual ou superior a 1%. Buscando
elucidar tal dúvida, foram feitas várias simulações analizando-se duas outras alternativas.
Na primeira adotando como ponto de corte o percentual de 10% e na segunda de 20%. A
análise de regressão dessas duas outras alternativas em nada alterou a relação direta
anteriormente encontrada entre a cobertura de esgotos e as mortalidades por todas as
causas e por doenças diarréicas.
112
A cobertura por sistemas de abastecimento de água, que na regressão linear simples
apresentou relação inversa com a mortalidade infantil, na análise de regressão multivariada
teve o seu sinal invertido. Diferentemente da cobertura por coleta de esgotos, os resultados
da análise de regressão da cobertura por sistemas de abastecimento de água devem ser
relativizados. Isto porque a variável cobertura por sistemas de abastecimento de água
permaneceu como variável independente apenas na equação final de explicação da
mortalidade infantil, e em mais nenhum outro indicador epidemiológico, conforme pode-se
verificar adiante. Mesmo assim algumas hipóteses explicativas da relação direta entre a
cobertura por sistemas de abastecimento de água e a mortalidade infantil podem ser
aventadas.
Pelo fato da mortalidade infantil apresentar relação direta com a coleta de esgotos, na
medida em que se aumenta a cobertura por sistemas de abastecimento de água tem-se
mais esgoto produzido e, portanto, tende-se a aumentar a exposição aos esgotos. Um outro
complemento do raciocínio, que pode contribuir para a maior exposição, diz respeito ao fato
de que nas localidades onde não há rede coletora de esgotos, quanto mais água disponível,
mais esgoto é gerado, implicando em menor autonomia das fossas existentes e maior
exposição da população.
Em recente estudo Rissoli (2001), analisando as condições de saúde da população da
cidade de São Sebastião, Distrito Federal, concluiu que, apesar da implantação do sistema
de abastecimento de água há cinco anos e do sistema de coleta de esgotos há quatro, os
resultados dos exames parasitológicos indicaram a presença de parasitas intestinais em
57% das amostras coletadas em humanos.
Nesse estudo Rissoli (2001) constata que, das 662 residências pesquisadas, 15% ainda não
haviam sido conectado à rede de esgoto e que 13% dos domicílios não haviam realizado a
ligação de água do cavalete às instalações hidráulicas da casa. Adicionalmente, avaliando a
qualidade bacteriológica da água dos poços freáticos utilizados pela população, a maioria
(89%) apresentou certo grau de contaminação, sendo que 70% indicaram a presença de
Escherichia coli, significando, portanto, risco à saúde das pessoas que consomem a água.
O autor constata ainda que uma parcela não desprezível da população faz opção pelo
consumo da água dos poços, apesar de terem disponível água encanada da Companhia
Estadual. O motivo apresentado na maioria das vezes estava relacionado à qualidade da
água. A equipe avaliou que a opção pelo uso dos poços tenha uma forte componente
cultural, já que há muitos anos a população utiliza da água desses poços.
113
As questões abordadas por Briscoe (1987) e por Rissoli (2001) ajudam a entender os
motivos que podem ter contribuído para que o sinal da regressão entre a cobertura por
sistemas de abastecimento de água e a mortalidade infantil tenha se alterado passando de
inversa na regressão simples para direta na multivariada. Ajudam também a explicar a
relação direta entre a mortalidade infantil e a cobertura por coleta de esgotos.
Deve-se ressaltar que neste estudo, a unidade de análise é município e não indivíduo. Neste
tipo de estudo (ecológico) pode acontecer que o aumento da cobertura por abastecimento
de água acarrete o aumento da mortalidade infantil, mas que o indivíduo ligado à rede não é
o mesmo que morre, pois os dados são agregados. O fato dos dados não serem individuais,
podem surgir resultados falsos, o que é denominado de falácia ecológica.
Analisando a importância das variáveis independentes, como fatores explicativos da
mortalidade infantil, e considerando que o coeficiente b dita essa importância, a relação se
dá na seguinte proporção: mantendo-se todas as variáveis fixas, aumentando-se em uma
unidade determinada variável, ter-se-ia aumentado ou reduzido, em função do sinal, em b
unidades a variável dependente.
Por exemplo, aumentando em 0,1 unidade o IDHM-Educação reduzir-se-ia em torno de 14
mortes de crianças com menos de um ano. Da mesma forma, se toda água do município for
entregue 100% dentro dos padrões para turbidez, ter-se-ia reduzido em aproximadamente
seis mortes. Analogamente, seriam reduzidos dois óbitos se a coleta de lixo fosse
incrementada em 10%. Por outro lado, se a população do município contasse com coleta de
esgotos ter-se-ia aumentado seis óbitos de crianças com menos de um ano. Pelo mesmo
reciocínio, a cada 10% de aumento na cobertura por sistemas de abastecimento de água
esperar-se-ia um acréscimo de aproximadamente 4 óbitos de crianças menores de um ano.
É óbvio que as conjecturas elaboradas anteriormente seriam verdadeiras, se houvesse
apenas a alteração de uma variável de cada vez, o que na prática não ocorre.
Vale aqui relembrar o que diz a revisão da literatura a respeito desses resultados, por
exemplo, na análise elaborada por Shuval et al.,1981, apud Briscoe, 1987, que comparam a
esperança de vida ao nascer em países com bons serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário com a de outros em que a cobertura era baixa. Neste estudo
percebeu-se que a diferença entre a esperança de vida ao nascer das crianças, dos países
de baixo e de alto desenvolvimento econômico, em relação aos que tinham boa e nenhuma
114
cobertura por serviços de água e esgotos, era pequena. Entretanto, a diferença da
esperança de vida ao nascer, nos países de boa cobertura por serviços de abastecimento
de água e de esgotamento sanitário comparada aos de baixa cobertura, era mais expressiva
em países de médio nível de desenvolvimento econômico (ver Figura 3.8). Essa análise
mostra que a cobertura por serviços de saneamento, por si só, não é suficiente para
influenciar nas condições de saúde de uma comunidade. Se isto não for acompanhado de
melhorias nas condições sócio-econômicas gerais, o impacto desses serviços pode influir
pouco nas condições de saúde.
Fica evidente que o nível educacional e o de renda são preponderantes na influência sobre
os indicadores epidemiológicos, sobretudo sobre a mortalidade infantil.
Vale também repetir a postulação de Briscoe (1987):
Em muitas partes do mundo onde existem várias vias simultâneas de transmissão
feco-oral de agentes patogênicos, é muito possível que as melhoras no
abastecimento de água, por exemplo, tenham um efeito direto muito limitado sobre a
saúde, não obstante, constituírem-se intervenções importantes. Deve-se dizer,
portanto, que nestas condições, tais melhoras são uma condição necessária, porém
não suficiente para conseguir-se uma redução apreciável de tais enfermidades.
Quanto à turbidez, a sua importância em relação à mortalidade infantil também pode ser
explicada por dois fatores. As pessoas, por questões culturais, tendem a rejeitar uma água
com aspecto visual desagradável e recorrem a uma água de qualidade insegura.
O segundo motivo, que já vem sendo bastante discutido na comunidade científica, é a baixa
capacidade de ação de desinfetantes sobre enterovirus e principalmente protozoários (ex.:
Giárdia e Cryptosporidium), sendo a turbidez considerada um indicador precursor de uma
inativação eficiente de vírus por meio da cloração, bem como fiador da remoção de
protozoários por meio da filtração.
Esses fatores corroboram a tendência apontada pela nova Portaria do Ministério da Saúde,
que define os padrões de potabilidade da água. A Portaria 1469/GM-MS/2000 passou a
valorizar a turbidez como parâmetro sanitário e não apenas como estético (Ministério da
Saúde, 2000b).
115
6.5.2 Mortalidade por todas as causas em crianças menores de 5 anos (MORTTC5N)
Da regressão linear simples, vários indicadores foram selecionados, pelo critério
estabelecido na metodologia: variáveis independentes com p-valor igual ou inferior a 0,20.
Na regressão linear simples apresentaram significância estatística os seguintes indicadores,
em ordem de importância de significância (F): IDHM-educação, IDHM-renda, banheiro,
coleta de esgotos, cobertura de água (SISAGUA), tratamento de água, desinfecção de água,
coleta de lixo, cobertura de água (IBGE), Coli total, consumo per capita, cloro residual e
turbidez.
Os indicadores com maior correlação foram os indicadores sociais de educação e renda,
sendo r = 0,38 e 0,32, respectivamente, porém com correlação bem mais baixa que na
mortalidade infantil.
A maioria dos indicadores sanitários e sociais apresentou correlação negativa com o
indicador epidemiológico, com exceção da coleta de esgotos e do percentual de amostras
dentro dos padrões para Coli Total e para Cloro Residual.
Ao processar a análise de regressão multivariada, encontrou-se um coeficiente de Pearson
de 0,443, também inferior ao encontrado na mortalidade infantil (r=0,821), sendo que as
variáveis que permaneceram na equação foram IDHM-educação, banheiros, coleta de
esgotos e coleta de lixo. Deve-se ressaltar que tal correlação foi inferior à correlação
encontrada na análise da mortalidade infantil.
Os indicadores de educação e coleta de lixo apresentaram coeficiente b negativo,
mostrando relação inversa com a mortalidade por todas as causas, enquanto a cobertura
por coleta de esgotos, como na mortalidade infantil, apresentou relação direta com a
mortalidade por todas as causas. A cobertura por banheiros apresentou também relação
direta com a mortalidade por todas as causas.
Para os indicadores relativos à educação, à coleta de lixo e à coleta de esgotos valem as
mesmas discussões apresentadas para a mortalidade infantil. O indicador de cobertura por
banheiros ou por sanitários tem comportamento similar à cobertura por sistemas de
abastecimento de água no caso da mortalidade infantil, que também apresentava relação
negativa na regressão linear simples e invertida na multivariada. É bem provável que a boa
116
correlação entre a cobertura por banheiros e a cobertura por sistemas de abastecimento de
água tenha feito com que a regressão multivariada indicasse a cobertura por banheiros
como representativa de serviços de mesma natureza.
Se se aumentasse em 0,1 unidades o IDHM-Educação estar-se-ia reduzindo em torno de 8
mortes de crianças com cinco anos. Analogamente, seriam reduzidos dois óbitos se se
aumentasse a coleta de lixo em 10%. Por outro lado se a população do município contasse
com coleta de esgotos, seriam aumentados oito óbitos. Da mesma forma, a cada 10% que
se aumentasse na cobertura por banheiros ou sanitários se estaria aumentando em
aproximadamente quatro óbitos em crianças menores cinco anos.
Os embasamentos apresentados na mortalidade infantil cabem também para explicar as
relações diretas entre a mortalidade por todas as causas e a cobertura por banheiros e por
coleta de esgotos, como também as ressalvas.
6.5.3 Mortalidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos (MTDD5DIC)
Para essa variável dependente, foram selecionadas na regressão logística simples, em
ordem decrescente, as seguintes variáveis independentes: IDHM-educação, coleta de
esgotos, IDHM-renda, turbidez, Coli Total, cobertura de abastecimento de água, banheiro,
coleta de lixo e Coli Fecal.
Ao simular a análise de regressão multivariada, encontrou-se um coeficiente de Pearson r =
0,441, sendo que as variáveis que permaneceram na equação foram IDH-educação, coleta
de esgotos, coleta de lixo e percentual das amostras dentro dos padrões para cloro residual.
Os indicadores de educação e cloro residual apresentaram coeficiente b negativo,
mostrando relação inversa com a mortalidade por doenças diarréicas, enquanto as
coberturas por coleta de esgotos e por coleta de lixo, surpreendentemente, apresentaram
relação direta com a mortalidade por doenças diarréicas.
Os indicadores relativos à educação e à cobertura de esgotos já foram discutidos nos
indicadores epidemiológicos anteriores, não devendo aqui ser repetidos os embasamentos e
as ressalvas apresentados.
117
A novidade na análise de regressão da mortalidade por doenças diarréicas é o
aparecimento do indicador relativo à desinfecção: o percentual das amostras dentro dos
padrões para cloro residual. Deve-se notar que ele aparece com Odds Ratio de 0,44,
significando que, caso seja fornecida água dentro dos padrões para cloro residual no
município, a mortalidade por doenças diarréicas tende a ser reduzida em torno de duas
vezes.
A coleta de lixo, nesse indicador especificamente, apareceu com o sinal positivo, mostrando
relação direta com a mortalidade por doenças diarréicas. Entretanto, o baixo valor do Odds
Ratio para esse indicador (1,034) não confere importância em relação às explicações da
variável dependente.
6.5.4 Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos decorrente de internações hospitalares ( MBDD5DIC)
Apesar de vários indicadores sanitários e sociais terem sido selecionados na análise de
regressão logística simples, na análise multivariada o único indicador que permaneceu na
equação foi novamente o percentual das amostras dentro dos padrões para cloro residual.
O coeficiente de correlação (r) e o R2 de 0,332 e 0,117, respectivamente, são valores muito
baixos comparados aos outros indicadores epidemiológicos, indicando que a morbidade por
doenças diarréicas resultante das notificações por internações hospitalares deve ser
utilizado com ressalvas.
O Odds Ratio da regressão de 0,20 indica que caso a água fornecida à população esteja
100% dentro dos padrões para cloro residual, a morbidade por doenças diarréicas pode ser
reduzida em cinco vezes.
6.5.5 Morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de 5 anos decorrente de notificações em unidades de saúde ( MORBDD5M)
Feita a seleção de variáveis independentes na regressão linear simples e simulada a
regressão linear multivariada da morbidade por doenças diarréicas decorrente da MDDA
com os indicadores selecionados na regressão linear simples, permaneceu na equação um
indicador sócio-econômico, o IDHM-Educação, e um sanitário, cobertura por desinfecção em
sistemas de abastecimento de água.
118
Destaca-se que o coeficiente de Pearson para a regressão entre a morbidade por doenças
diarréicas decorrente das notificações da MDDA e os indicadores sanitários e sócio-
econômicos foi superior à mesma regressão da morbidade das doenças diarréicas
decorrente das internações hospitalares (r = 0,472 versus 0,332). Essa constatação
somada ao fato de que a morbidade decorrente de internações hospitalares tem as
fragilidades apontadas no item 6.1.4, leva a indicar que a morbidade decorrente da MDDA
parece realmente ser um indicador mais adequado para representar a morbidade por
doenças diarréicas nas análises da relação com as variáveis sanitárias e sócio-econômicas.
Outra constatação que se faz é que o indicador epidemiológico que representa a morbidade
por doenças diarréicas parece estar mais estreitamente associado ao indicador sanitário que
relaciona-se ao abastecimento de água.
6.6 INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS MAIS APROPRIADOS PARA USO EM ESTUDOS RELACIONADOS A INDICADORES SANITÁRIOS
Pelas discussões dos itens anteriores e a partir dos resultados do presente estudo, parece
razoável assinalar como indicadores epidemiológicos mais apropriados para analisar as
relações com o saneamento em estudos ecológicos com informações agregadas por
municípios:
• mortalidade infantil;
• mortalidade por todas as causas para crianças menores de cinco anos;
• mortalidade por doenças diarréicas para crianças menores de cinco anos;
• morbidade por doenças diarréias para crianças menores de cinco anos decorrentes
da MDDA.
Dos indicadores analisados, o único excluído para estudos dessa natureza foi o que
expressa a morbidade por doenças diarréicas decorrente das internações hospitalares, pois
além das sub-notificações, comum a todos os outros indicadores epidemiológicos (exceto a
mortalidade infantil), apresenta fragilidades explicitadas nos itens anteriores.
De todos, os que devem ser priorizados para expressar os efeitos de serviços de
saneamento em estudos da natureza desse são a mortalidade infantil, a mortalidade por
todas as causas, e a morbidade por doenças diarréicas decorrentes da monitorização de
doenças diarréicas agudas.
119
O primeiro, em função de que a metodologia empregada para o seu cálculo exclui a
vulnerabilidade da sub-notificação de registros de óbitos e nascimentos e por ter
apresentado coeficiente de Pearson de 0,82 na regressão multivariada com os indicadores
sanitários e sócio-econômicos. O segundo, similar ao primeiro, entretanto representa uma
faixa etária de crianças mais ampla (de zero a cinco anos). No entanto, para a sua utilização,
recomenda-se analisar a sub-notificação dos registros de óbitos e nascidos vivos, conforme
já bastante discutido anteriormente. O terceiro por três motivos: porque trabalha com dados
primários; porque apresentou consistência com outros indicadores epidemiológicos; e
porque apresentou coeficiente de Pearson de 0,47 considerável na regressão multivariada
com os indicadores sanitários e sócio-econômicos, mostrando assim sua especificidade em
relação ao saneamento.
6.7 INDICADORES SANITÁRIOS E SÓCIO-ECONÔMICOS SELECIONADOS COMO SENTINELAS NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS RELACIONADOS AO SANEAMENTO
Dos resultados do presente estudo e das discussões anteriores destacaram-se alguns
indicadores que podem ser apontados como sentinelas para a vigilância da qualidade da
água para consumo humano e vigilância epidemiológica, com vistas à promoção da saúde,
prevenção e controle de doenças e agravos relacionados ao saneamento.
Foram definidas duas categorias de indicadores sentinelas.
Na primeira categoria foram selecionados os indicadores sanitários que apresentaram
relação inversa com os indicadores epidemiológicos, que são:
• turbidez;
• coleta de lixo;
• percentual das amostras dentro dos padrões para cloro residual;
• cobertura por desinfecção da água.
Deve-se relembrar que a cobertura por coleta de lixo teve relação direta com a mortalidade
por doenças diarréicas em crianças menores de cinco anos, porém com OR baixíssimo.
Com a mortalidade por todas as causas e infantil apresentou relação inversa e coeficiente b,
que confere maior representatividade à variável. Por esse motivo a cobertura por coleta de
lixo foi mantida na categoria anterior.
120
Na segunda categoria devem ser comentados os indicadores com relação direta com os
indicadores epidemiológicos, quais sejam:
• cobertura por sistemas de abastecimento de água;
• cobertura por coleta de esgotos; e
• cobertura por banheiros ou sanitários.
A utilização desses indicadores em relação a doenças e agravos deve ser mais bem
analisada em estudos de abrangência espacial inferior ao município. Tais indicadores não
foram, portanto considerados como sentinelas no presente estudo, entretanto podem vir a
ser considerados em outros estudos posteriores.
Para melhor compreensão e assimilação dos indicadores sentinelas selecionados elaborou-
se a Tabela 6.9 com a síntese dos indicadores sanitários e sócio-econômicos explicativos
das variáveis dependentes analisadas.
Tabela 6.9 – Síntese dos indicadores sanitários selecionados como sentinelas para a vigilância da qualidade da água para consumo humano Variável MINF MORTTC5N MTDD5DIC MBDD5DIC MORBDD5M Cobertura Lixo (-) Lixo (-) Lixo (+) --- --- Qualidade/trata-mento de água
Turbidez (-)
--- Cloro residual (-)
Cloro residual (-)
Desinfecção (-)
Deve-se destacar que os indicadores sócio-econômicos, apesar de apresentarem relação
inversa muito significante com a maioria dos indicadores epidemiológicos, a exceção da
morbidade por doenças diarréicas decorrentes das internações hospitalares, não foram
enquadrados como indicadores sentinelas. Ocorre que as mudanças destes indicadores são
de longo prazo, envolvendo transformações estruturais, o que não é próprio do termo
sentinela empregado em analogia às chamadas fontes sentinelas e aos sistemas de
vigilância sentinela utilizados na epidemiologia. A idéia dos indicadores sentinelas é de
servirem como alerta precoce de situações de riscos em relação à água consumida ou
mesmo dos outros serviços de saneamento.
Entretanto, a necessidade de melhoria das condições sócio-econômicas (educação e renda)
são fundamentais. Sem elas as ações de saneamento se mostram relativamente inócuas.
O IDHM-Renda, apesar de não aparecer nas equações das regressões multivariadas, muito
provavelmente pela grande correlação e similaridade com o IDHM-Educação, no entanto
deve também ser destacado como importante indicador sócio-econômico.
121
É importante destacar que educação não é apenas uma variável sócio-econômica mas
relaciona-se também com a higiene, o que lhe confere maior importância enquanto indicador
de explicação para as doenças e agravos considerados.
6.8 ANÁLISE DO EMPREGO DO MODELO TEÓRICO UTILIZADO NA SELEÇÃO DOS INDICADORES DO SISAGUA À LUZ DOS RESULTADOS
O modelo teórico utilizado para definir os indicadores sanitários que nortearam a construção
do SISAGUA deve ser testado de forma mais aprofundada em estudos que analisem a
realidade sanitária, epidemiológica e sócio-econômica de localidades com dimensões
inferiores à unidade municipal (bairros, distritos e outros). Nesses estudos seria interessante
trabalhar com dados primários para todas as variáveis.
O presente estudo trabalhou a unidade municipal e, portanto, alguns indicadores são
inadequados. O consumo per capita é um exemplo dessa inadequação. Consumos per
capita médios não exprimem a realidade de determinadas áreas peri-urbanas de municípios
em que pese a qualidade de vida das pessoas que nelas residem. O consumo per capita
não apresentou correlação significativa com nenhum indicador epidemiológico, nem nas
regressões simples nem nas multivariadas. Entretanto, a revisão da literatura indica que a
quantidade de água disponível para consumo pode ser preponderante em relação à
qualidade (Cairncross, 1997; Kirchoff et al., 1982, apud Cairncross, 1997; Victora et al.,
1988, apud Cairncross, 1997; Roberts, 1997).
A Tabela 3.8, apresenta a classificação dos indicadores sanitários utilizados em Vigilância
da Qualidade da Água no Brasil e em outros países da América, de acordo com os níveis de
decisão indicados pela metodologia Forças Motrizes-Pressão-Estado-Exposição- Efeitos e
Ação (FPEEEA), adaptada pela OMS da metodologia Pressão-Estado-Resposta (PSR),
inicialmente aplicada pela OECD.
Da Tabela 3.8 depreende-se que existe certa diferença no enquadramento de alguns
indicadores na metodologia FPEEEA, por parte de profissionais do Brasil e dos outros
países. Entretanto é marcante a coincidência entre os indicadores selecionados,
independentemente do nível em que se encontram. Isso mostra que os indicadores
utilizados no Brasil são praticamente os mesmo dos outros países da América.
Comparando os resultados apresentados no capítulo 5 e a discussão do presente capítulo,
especificamente no item 6.7, no qual foram selecionados os indicadores para serem
122
utilizados como sentinelas na promoção da saúde, na prevenção e controle de doenças e
agravos relacionados ao saneamento, pode-se considerar que a metodologia permitiu
analisar vários indicadores sanitários, sócio-econômicos em relação a vários indicadores de
“efeito” ou “resposta”.
Nesse sentido, a metodologia confirma-se como um importante como ponto de partida para
compreender as relações entre os efeitos adversos à saúde e os fatores ambientais e
sanitários de contorno permitindo a identificação de uma gama de indicadores factíveis de
serem obtidos, confiáveis, consistentes e compreensíveis.
A Tabela 6.10 apresenta um resumo dos indicadores sanitários e sócio-econômicos
selecionados no presente estudo de acordo com o nível da cadeia Desenvolvimento-Meio
Ambiente-Saúde.
Considerando que estando atento ao nível educacional e de renda estará sendo avaliada a
evolução do sistema educacional e o modelo econômico, pode-se afirmar que os
indicadores identificados como sentinelas estão distribuídos por todos os níveis da cadeia
Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde, faltando apenas indicadores que permitem avaliar
as ações de melhoria das condições sanitárias e ambientais.
Fica caracterizado que os indicadores que pretendem representar as exposições seriam
mais apropriados para representar o estado. Na falta de indicadores de exposição, como por
exemplo a população consumindo água contaminada, optou-se por escolher indicadores
que refletem a contaminação da água por diversos fatores, pressupondo que essa água
será ingerida pela população.
Pode-se afirmar que a metodologia colaborou significativamente para a seleção de
indicadores para a construção do SISAGUA; que é uma contribuição importante para a
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo humano; e que houve comprovação
estatística da hipótese previamente formulada de que alguns indicadores inicialmente
selecionados seriam preditores de doenças e agravos relacionados ao saneamento.
123
Tabela 6.10 – Classificação dos indicadores sanitários, sócio-econômicos e epidemiológicos significativos apontados pelo estudo, segundo níveis da Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde
Nível Nó causal Indicadores Baixo nível educacional e cultural; IDHM-Educação
Baixo nível de renda da população IDHM-Renda Fonte de água contaminada por esgotos Percentual da população conectada à
rede de esgotos * Lixo não tratado Percentual da população com coleta
de lixo Fonte de água contaminada Percentual da população antendida
com água com desinfecção Instalações intradomiciliares precárias Percentual da população com
banheiros ou sanitários *
Pressão
Sistema distribuidor precário Percentual da população atendida por água encanada *
Estado Água contaminada Percentual da população atendida por água encanada *
Exposição População consumindo água contaminada
• Percentual dentro dos padrões para turbidez;
• percentual dentro dos padrões para cloro residual
Doenças diarréicas • Mortalidade por doenças diarréicas em crianças menores de cinco anos;
• morbidade por doençasdiarréicas do MDDA em crianças menores de cinco anos.
Efeito
Outros agravos • Mortalidade infantil; • mortalidade por todas as causas
em crianças menores de cinco anos.
(*) esses indicadores sanitários devem ser mais bem investigados em estudos epidemiológicos com espaço territorial menor que o município. Os resultados apresentados no presente estudo mostram relação direta dos indicadores sanitários com os indicadores epidemiológicos, indicando que ter acesso aos serviços significaria estar exposto ao risco.
124
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
As conclusões e recomendações são abordadas na seguinte seqüência: 1) O Piloto do
SISAGUA - Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo
Humano pelo setor saúde; 2) os indicadores epidemiológicos selecionados no presente
estudo passíveis de utilização para análise da relação com indicadores sanitários em
estudos de natureza similar; 3) indicadores sanitários e sócio-econômicos a serem utilizados
como sentinelas na promoção da saúde, prevenção e controle de doenças e agravos; 4) a
relação entre o saneamento e a saúde pública a partir dos resultados do presente estudo; 5)
as possíveis utilizações dos indicadores sentinelas pelas vigilâncias sanitária, ambiental e
epidemiológica para a promoção da saúde, prevenção e controle de doenças e agravos
relacionados ao saneamento; e finalmente 6) a utilidade da metodologia adaptada pela OMS
para escolha de indicadores de saúde ambiental à luz da experiência do SISAGUA e dos
resultados atuais.
7.1 O PILOTO DO SISAGUA - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO PELO SETOR SAÚDE
Inicialmente deve ser esclarecido que as conclusões e recomendações aqui desenvolvidas
são pertinentes aos indicadores selecionados para o presente estudo. Outro esclarecimento
importante é que os dados de cadastro são relativos aos sistemas de abastecimento de
água e não às soluções alternativas. Quanto à qualidade da água, os dados referem-se ao
controle da qualidade da água e não à vigilância da qualidade da água.
A fase piloto do SISAGUA permitiu avaliar: (1) a facilidade de obtenção dos dados; (2) a
abrangência e representatividade dos dados disponíveis por município e por estado; (3) a
consistência dos dados alimentados; (4) os indicadores que ainda precisam ser
desenvolvidos; e por fim (5) os novos dados que poderiam ser introduzidos no SISAGUA.
(1) Facilidade de obtenção dos dados
Pelos dados disponíveis na fase piloto do SISAGUA até junho/2001, percebeu-se que os
dados e informações relativos à intermitência do abastecimento de água foram os que
contaram com menor nível de alimentação, o que pressupõe a sua indisponibilidade para a
maioria dos serviços de abastecimento de água.
125
Os dados de cadastro dos sistemas de abastecimento de água, ao contrário da
intermitência, foram alimentados com freqüência elevada (de 80% a 90% dos municípios). O
consumo per capita médio dos sistemas, surpreendentemente foi alimentado em mais de
90% dos municípios.
Os dados referentes à qualidade da água contaram também com boa alimentação no
SISAGUA (de 74% a 80%), sendo que o percentual de alimentação do estado do Paraná foi
excepcional, chegando a dados sobre qualidade da água em 97% dos municípios.
(2) A abrangência e representatividade dos dados disponíveis por município e por estado Exceto o estado de São Paulo, que foi excluído do estudo pela baixa quantidade de
municípios que havia alimentado o SISAGUA (29% dos municípios pactuados com a
FUNASA/CENEPI/MS), os outros estados alimentaram dados em uma quantidade
significativa de municípios, superior mesmo à quantidade de municípios pactuados. Nos
quatro outros estados foram 368 os municípios pactuados pelas Secretarias Estaduais de
Saúde (Vigilâncias Ambiental ou Sanitária) e 500 alimentaram dados no SISAGUA.
Dos 1501 municípios que compõem os quatro estados que fazem parte do SISAGUA, o
SISAGUA teve alimentação de um terço (500 municípios) deles, assim distribuídos: Bahia,
27%; Pernambuco, 45%; Paraná, 48%; e Rio Grande do Sul, 22%.
Pode-se considerar que os estados acabaram bem representados pelos municípios
participantes.
(3) A consistência dos dados alimentados Na análise de consistência do SISAGUA discutida no item 6.3, constata-se que os
indicadores de cadastro devem ter a fórmula de cálculo alterada no SISAGUA, na medida
em que utiliza 4 habitantes por domicílios em média para todos os municípios de todos os
estados, o não representa a realidade.
No presente estudo os indicadores foram recalculados e houve grande redução de
municípios com indicadores superiores acima de 100% (de 39% para 12% dos municípios).
126
A boa correlação entre o indicador que representa a cobertura por sistemas de
abastecimento de água do SISAGUA e do Censo IBGE-2000 indica que esse indicador tem
consistência, apesar de ter utilizado o parâmetro médio do número de habitantes por
domicílio do estado para todos os municípios. Se recalculado o indicador utilizando o
parâmetro específico de cada município, espera-se que a correlação seja ainda melhor. Por
tudo isso, recomenda-se que seja utilizado o número de habitantes por domicílio específico
de cada município, já disponível no Censo do IBGE de 2000.
Os outros indicadores de cadastro devem ser verificados a partir da disponibilização dos
indicadores resultantes da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB/2000, em
fase de conclusão pelo IBGE.
Quanto aos indicadores de qualidade da água, esses devem ser verificados em relação aos
indicadores resultantes dos resultados da análise da qualidade da água elaboradas para a
vigilância da qualidade da água. Essa verificação não foi possível no presente estudo, na
medida em que até a conclusão do banco de dados contava-se com poucos dados sobre
vigilância alimentadas no SISAGUA.
Em virtude de que os dados de qualidade são de responsabilidade dos prestadores dos
serviços de saneamento e que a forma com que os dados devem ser repassados aos
responsáveis pela vigilância da qualidade da água dos municípios e dos estado é regulada
por uma portaria do Ministério da Saúde, parece razoável considerar que esses dados
guardam relativa confiabilidade.
(4) Indicadores que ainda precisam ser desenvolvidos
O SISAGUA ainda não tem desenvolvido e disponível nos relatórios de saída, os
indicadores de qualidade da água referentes aos resultados das análises de vigilância da
qualidade da água para consumo humano, realizadas pelas secretarias de saúde dos
estados ou dos municípios.
Estes indicadores poderão ser úteis para verificar a consistência dos indicadores de
qualidade da água, calculados a partir do controle da qualidade da água, cuja fonte principal
são os prestadores de serviços.
127
Além disso, estes indicadores poderão avaliar a qualidade da água das soluções
alternativas de abastecimento de água e ensejar a tomada de providências por parte do
setor saúde dos estados e municípios.
(5) Novos dados que devem ser introduzidas ao SISAGUA
Pela constatação da importância das informações relativas à coleta de esgotos, à coleta de
lixo e à cobertura da população por banheiros ou sanitários, e considerando que essas
informações só estão disponíveis, no nível municipal, nos Censos, que são decenais,
recomenda-se que a FUNASA desenvolva um sistema de informação de contaminantes
ambientais, similar ao SISAGUA, e que esse sistema seja alimentado pelos seguintes dados
cadastrais, com periodicidade anual:
• número de domicílios com coleta de esgotos por rede coletora;
• numero de domicílios com coleta regular de lixo;
• número de domicílios com banheiros ou sanitários.
7.2 INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS SELECIONADOS NO PRESENTE ESTUDO PASSÍVEIS DE UTILIZAÇÃO PARA ANÁLISE DA RELAÇÃO COM INDICADORES SANITÁRIOS EM ESTUDOS DE NATUREZA SIMILAR
O indicador epidemiológico relativo à mortalidade que demonstrou maior confiabilidade e
consistência foi a mortalidade infantil, pois a metodologia de cálculo foi desenvolvida
exatamente para absorver as vulnerabilidades do sub-registro de nascimento e óbito das
fontes oficiais.
Entretanto, em função de que esse indicador não considera os óbitos de crianças maiores
de um e menores de cinco anos a mortalidade por todas as causas em crianças menores de
cinco anos, deve ser considerada, com a ressalva de que nos estados do Norte e Nordeste
as sub-notificações são superiores aos estados do Sul e Sudeste.
Ainda com a finalidade de se selecionar um indicador de mortalidade que representasse as
causas específicas do grupo das doenças diarréicas, pode-se sugerir que a mortalidade por
doenças diarréicas em crianças menores de cinco anos é um importante indicador
epidemiológico. As ressalvas relativas à sub-notificação cabem também para esse indicador,
cujo comportamento é típico de variável dicotômica, do tipo: municípios com óbitos ou sem
óbitos.
128
Quanto ao grupo da morbidade por doenças diarréicas, deve ser sugerida a adoção do
indicador morbidade por doenças diarréicas em crianças menores de cinco anos decorrente
da monitorização de doenças diarréicas agudas de unidades de saúde dos municípios. Os
motivos da escolha desse indicador são detalhadas no item 6.5, mas, resumidamente, pode-
se dizer que ele foi escolhido em detrimento da morbidade por doenças diarréicas
decorrente das internações hospitalares, em função de inconsistências desse último e da
melhor qualidade das correlações do primeiro com os indicadores sanitários.
Espera-se que as instituições responsáveis pela gestão das informações do setor saúde
resolvam as questões que comprometem a sub-notificação dos registros de nascimento e de
óbitos, sobretudo nas regiões do Norte e Nordeste do país, em curto espaço de tempo.
Resolvidos esses problemas será mais segura a definição dos indicadores de mortalidade.
Outra recomendação oportuna seria que a vigilância epidemiológica das três esferas de
governo continue prestigiando e agilize o sistema de informação do programa de
monitorização das doenças diarréicas agudas (MDDA), pois a princípio parece o programa,
ao trabalhar com dados primários em unidade inferior ao município (unidades de saúde),
que permitirá agir preventivamente contra tais doenças por intermédio da integração com o
setor saneamento com ações locais básicas como, por exemplo, a cloração intradomiciliar
ou a educação sanitária. Os resultados da regressão multivariada, ainda que em apenas
112 municípios com dados disponibilizadas, dos 500 do SISAGUA, mostraram superioridade
na qualidade da correlação da morbidade por essa fonte com os indicadores sanitários e
sócio-econômicos.
7.3 INDICADORES SANITÁRIOS A SEREM UTILIZADOS COMO SENTINELAS NAS AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS
Os indicadores selecionados para serem apontados como sentinelas nas ações de
promoção da saúde, prevenção e controle de doenças e agravos foram:
• Percentual das amostras dentro dos padrões para turbidez;
• coleta de lixo;
• percentual das amostras dentro dos padrões para cloro residual;
• cobertura por desinfecção da água.
129
Relembra-se que os indicadores sanitários relativos à qualidade da água (turbidez,
percentual das amostras dentro dos padrões para cloro residual) são oriundos do controle
da qualidade da água e não da vigilância e que os de cadastro (cobertura por desinfecção
de água) referem-se aos sistemas de abastecimento de água e não às soluções
alternativas.
Os indicadores foram selecionados por representarem risco ou proteção às doenças
diarréicas ou aos agravos representados pelos indicadores de morbi-mortalidade.
Vale relembrar que os indicadores sanitários (cobertura por sistemas de abastecimento de
água, cobertura por coleta de esgotos, e cobertura por banheiros ou sanitários) que
apresentaram na análise multivariada relação direta com os indicadores epidemiológicos,
devem ser mais bem investigados em outros estudos, quem sabe mudando o espaço
territorial para uma escala inferior ao município. Tais indicadores não foram, portanto
considerados como sentinelas no presente estudo, entretanto podem vir a ser considerados
em outros estudos posteriores.
Destaca-se que os indicadores sanitários eleitos devem ser testados em outros estudos,
com dados de mais municípios e quando o SISAGUA encontrar-se em estágio mais
adiantado de implementação. Sugere-se que outros estudos utilizem escalas menores que o
município. Estudos epidemiológicos poderão utilizar dados do SISAGUA tentando analisar,
por exemplo, as condições de saúde e saneamento de populações residentes em
localidades abrangidas por determinados sistemas de abastecimento de água, ou até
mesmo distritos ou localidades.
7.4 A RELAÇÃO ENTRE O SANEAMENTO E A SAÚDE PÚBLICA A PARTIR DOS RESULTADOS DO PRESENTE ESTUDO
Dos resultados encontrados no estudo, fica evidente que as condições de educação e renda
são fundamentais na determinação das condições de saúde da população. Inútil seria
trabalhar apenas as melhorias das ações de saneamento sem agir na mudança das
questões sócio-econômicas.
Os resultados permitem inferir que a morbi-mortalidade por doenças diarréicas é afetada por
questões relativas à qualidade da água, mais especificamente pelo cloro residual livre e pela
desinfecção. Tal relação pode ser confirmada a mortalidade por doenças diarréicas, cuja
regressão manteve como variável independente na equação, além de outros, o percentual
130
da população atendida com água dentro dos padrões para cloro residual livre e pela
morbidade por doenças diarréicas decorrentes das internações hospitalares, onde o único
indicador que permaneceu na equação da regressão multivariada logística foi também o
percentual da população atendida com água dentro dos padrões para cloro residual livre.
Finalmente, na regressão multivariada linear para a morbidade por doenças diarréicas
decorrentes da MDDA o único indicador sanitário que permaneceu na equação foi a
cobertura da população com abastecimento de água com desinfecção.
Outro aspecto importante foi a constatação da turbidez como indicador de ordem inversa
com a mortalidade infantil, sugerindo que não se trata apenas de um indicador estético e
elevando-o à condição de indicador sanitário, conforme aponta a literatura. Não é pouco
freqüente a situação em que as pessoas rejeitam uma água tratada, com teor de cloro
residual, mas com turbidez acima dos limites.
A coleta de lixo também aparece como um fator de risco para a saúde das pessoas. Tanto
as mortalidades por todas as causas, quanto a infantil são afetadas inversamente pela
cobertura por coleta de lixo. Não se pode deixar de lembrar que a coleta de lixo teve
relação direta com a mortalidade por doenças diarréicas, porém com OR próximo a um, o
que implica em pouca representatividade.
Surpreendentemente e ainda sujeito a melhores investigações em estudos posteriores, a
coleta de esgotos foi relacionada positivamente com a mortalidade infantil, a mortalidade por
todas as causas e a mortalidade por doenças diarréicas. A explicação encontrada identifica
a coleta de esgotos como indutora do afluxo dos esgotos aos cursos d’água. Na ausência de
sistema de coletores tronco e interceptação, ou até mesmo do tratamento, que é o caso de
mais de 94% da população brasileira (Ministério da Saúde, 2001 c), os esgotos são
lançados nos cursos d’água de forma bruta, expondo as pessoas a uma maior quantidade
de esgotos nesses corpos d’água, que elas utilizam para a recreação, para práticas
higiênicas e para outros fins. Essa constatação vem reforçar a importância de se afastar ou
tratar convenientemente os esgotos coletados. Vem também reforçar que as soluções
individuais de disposição individual de esgotos, desde que adequada do ponto de vista
sanitário, pode ser recomendada como fator de proteção à saúde humana, na medida em
que reduz o aporte de esgotos lançados “in natura” nos corpos d’água.
A inversão do sinal da relação entre a cobertura por sistemas de abastecimento de água
com a mortalidade infantil, passando de inversa na regressão simples para direta na
regressão multivariada, e a relação direta entre a cobertura por coleta de esgotos com três
131
indicadores epidemiológicos, devem não devem ser tomados como verdades absolutas,
mas como questões importantes a serem investigadas em estudos epidemiológicos do tipo
ecológico como esse e em outros tipo caso-controle em universo menor que o município.
7.5 POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÕES DOS INDICADORES SANITÁRIOS SENTINELAS PELAS VIGILÂNCIAS SANITÁRIA, AMBIENTAL E EPIDEMIOLÓGICA
São várias as possibilidades de utilizações dos indicadores sentinelas pelas vigilâncias
sanitária, ambiental e epidemiológica para promoção da saúde, prevenção e controle de
doenças e agravos relacionados ao saneamento.
a) O acompanhamento desses indicadores ao longo do tempo e a notificação dos
prestadores dos serviços de saneamento para correção dos problemas apontados
constituem, por si só, uma providência importante para eliminação dos riscos à saúde
das pessoas;
b) as ações dos serviços de saúde como do Programa de Saúde da Família – PSF, cuja
cobertura com agentes de saúde já é bastante difundida no País, a partir da identificação
da água fora dos padrões para cloro residual ou turbidez, por exemplo, podem
recomendar aos moradores a filtração doméstica seguida pela adição de hipoclorito de
sódio ou qualquer outro produto desinfetante;
c) os recursos que hoje são disponibilizados para a aplicação em saneamento, poderiam
ser direcionados para a melhorar a situação dos municípios que apresentem indicadores
sentinelas em condições insatisfatórias;
d) as vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental podem direcionar recursos para
monitorar os indicadores sentinelas em todos os municípios brasileiros de forma
integrada e em localidades onde os indicadores epidemiológicos selecionados se
mostrarem mais suscetíveis, com vistas a direcionar as ações sugeridas anteriormente;
e) as ações de educação sanitária e ambiental podem ser mais bem sucedidas se os
indicadores sentinelas estiverem disponíveis para as comunidades alvo;
132
f) enfim, vários outros usos podem ser feitos pelo setor saúde ou por outros, a partir dos
indicadores sentinelas identificados no presente estudo para a promoção da saúde,
prevenção e controle de doenças e agravos de doenças decorrentes do saneamento.
7.6 A UTILIDADE DA METODOLOGIA ADAPTADA PELA OMS PARA ESCOLHA DE INDICADORES DE SAÚDE AMBIENTAL À LUZ DA EXPERIÊNCIA DO SISAGUA E DOS RESULTADOS ATUAIS.
Parece ter sido acertada a metodologia escolhida pelo CENEPI/FUNASA/MS para
selecionar os indicadores de vigilância da qualidade da água para consumo humano, na
medida em que se conseguiu definir, concretamente, os indicadores e construir um banco
de dados para ser utilizado e testado. Essa tarefa, que aparentemente parece ser fácil, pode
resultar, muitas vezes, na construção de bancos de dados com pouca utilidade.
O Brasil, dentre os demais países da América Latina, parece estar mais adiantado nas
questões de vigilância da qualidade da água para consumo humano, e as evidências do
presente estudo apontam para essa constatação.
Nos indicadores selecionados conseguiu-se destacar indicadores representativos dos
diversos níveis da cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde, todos como explicação
dos efeitos adversos à saúde.
Outros estudos deverão ser desenvolvidos para aprofundar melhor as análises da relação
saúde-saneamento e avaliar outros indicadores que porventura não tenham sido
identificados neste ou até mesmo questioná-los.
139
APÊNDICE A – TELAS DO SISAGUA
140
Senha do Usuário
Usuário:
Senha:
Se você esqueceu ou não sabe sua identificação de usuário, clique aqui para pesquisar.
Tabelas Básicas Sistema de Abastecimento Solução Alternativa
Relatórios
Sistema de Abastecimento
Telas do SISAGUA – Entrada do Sistema
141
Cadastro Controle Vigilância
Sistema de Abastecimento
Telas do SISAGUA – Sistemas de Abastecimento de Água
142
Nome do Sistema de Abastecimento: UF: Município:
SAA ILHEUS
BA ILHEUS
Distrito/Povoado
Distrito/Povoado - Sist. Abastec.
ARITAGUABANCO CENTRALBANCO DA VITORIACASTELO NOVOCOUTOSINEMAJAPUOLIVENCA
BANCO DA VITORIASALOBRINHO
Localidade
Localidade - Sist. Abastec.
VILA CACHOEIRA
VILA CACHOEIRA
>> Informações - Sistema de Abastecimento
Regional Data do Cadastro Abastece a Sede
6ª DIRES 28/05/2001 Sim Não
Instituição Consumo Médio Per Capita Num. Domicílios Atendidos
37096
Tipo de Tratamento
Convencional Desinfecção Sem Tratamento
Filtração Fluoretação
Manancial
Manancial - Consulta Tipo de Manancial
ACUDEACUDE ANDORINHAACUDE CERAÍMAACUDE CHAMPRAOACUDE COCOROBOACUDE COLORADOACUDE DE ANGICOACUDE DO DNOCS
RIACHO DO SANTANARIO IGUADE
Telas do SISAGUA – Cadastro Sistema Abastecimento Água
143
trole de Qualidade - Entrada da Rede de Distribuição
UF: Município: Sistema:
BA ILHEUS SAA ILHEUS
Mês/Ano de Referência: Data da Entrada dos Dados: 03/2001 25/07/2001
>> Turbidez Realizada Não Realizada
Amostras Realizadas Turbidez Máxima
127
3,4(UT)
Turbidez Média Mensal Turbidez Fora dos Padrões
1(UT) 5
>> Cloro Residual Não se Aplica Realizada Não Realizada
Amostras Realizadas Cloro Residual Livre Mínimo
93
2,5(mg/l)
Cloro Residual Livre Médio Mensal Amostras com menos de 0.5 mg/l
3,1(mg/l) 0
>> Coliforme Realizada Não Realizada
Número de Amostras Realizadas Número de Amostras com Presença
1
0
>> Mércurio Não se Aplica Realizada Não Realizada
Número de Amostras Realizadas Número de Amostras Fora dos Padrões
>> Agrotóxico Não se Aplica Realizada Não Realizada
Agrotóxico Amostras Realizadas Amostras Fora do Padrão
ALDRIN E DIELDRIN
BENZENO
BENZENO[A]PIRENO
Telas do SISAGUA – Controle de Qualidade Sistema Abastecimento Água
144
CLORDANO
DDT P-P' DDT; O-P'DD
ENDRIN
HEPTACLORO E HEPTACL
HEXACLOROBENZENO
LINDANO (GAMA HCH)
METOXICLORO
PENTACLOROFENOL
TETRACLORETO DE CARB
TETRACLOROETANO
TOXAFENO
TRICLOROETANO
1.1 DICLOROETANO
1.2 DICLOROETANO
2.4D
2.4.6 TRICLOROFENOL
Telas SISAGUA – Controle Qualidade da Água - Continuação
145
Sistema de Abastecimento - Vigilância
UF: Municipio: Data da Entrada dos Dados:
PE PETROLINA 23/01/2002
Nome do Sistema: Instituição:
COMPESA PETROLINA COMPESA PETROLINA
>> Dados da Amostra
Número da Amostra: Data da Coleta:
14/01/02
18/01/2002
UF: Municipio: Distrito/Povoado:
PE PETROLINA Selecione o Distrito
Localidade: Endereço:
Selecione a Localidade
COMPESA
Complemento:
Abastecimento Intermitente:
Sim Não Não Informado
>> GPS
Longitude
Grau: Minuto: Segundo:
Latitude
Grau: Minuto: Segundo:
>> Dados Laboratoriais
Cloro Residual Livre:
0 (mg/l) Sem Informação
Turbidez:
UT Sem Informação
Mercúrio:
(mg/l Hg) Sem Informação
Flúor:
Telas SISAGUA – Relatório de Qualidade da Água - Vigilância
146
(mg/l) Sem Informação
Coliforme Total: Valor:
Não Detectado Presente
Coliforme Fecal:
Não Detectado Presente
>>> Agrotóxico
Agrotóxico: Valor:
ALDRIN E DIELDRIN (ug/l)
BENZENO (ug/l)
BENZENO[A]PIRENO (ug/l)
CLORDANO (ug/l)
DDT P-P' DDT; O-P'DD (ug/l)
ENDRIN (ug/l)
HEPTACLORO E HEPTACL (ug/l)
HEXACLOROBENZENO (ug/l)
LINDANO (GAMA HCH) (ug/l)
METOXICLORO (ug/l)
PENTACLOROFENOL (ug/l)
TETRACLORETO DE CARB (ug/l)
TETRACLOROETANO (ug/l)
TOXAFENO (ug/l)
TRICLOROETANO (ug/l)
1.1 DICLOROETANO (ug/l)
1.2 DICLOROETANO (ug/l)
2.4D (ug/l)
2.4.6 TRICLOROFENOL (ug/l)
Telas SISAGUA – Vigilância - continuação
147
Solução Alternativa
Nome da Solução Alternativa: UF: Município:
BEBEDOURO - VILA STO. ANTONIO
PE PETROLINA
Distrito/Povoado
Distrito/Povoado - Solução Alternativa
CRISTALIACURRAL QUEIMADOLAGOARAJADA
Localidade
Localidade - Solução Alternativa
AGROVILA MASSANGANOBEBEDOURO - VILA STO. ANTONIOCAATINGUINHACAITITUCAPIMCRISTÁLIACRUZ DE SALINASILHA DO MASSANGANO
BEBEDOURO - VILA STO. ANTONIO
>> Informações - Solução Alternativa
Regional Data do Cadastro Abastece a Sede
VIII DIRES 19/10/2000 Sim Não
>> Tipo de Suprimento
Tipo de Suprimento Descrição Número de Domicílios
CAMINHÕES PIPA E CARROÇAS
95
POÇO PROFUNDO E FONTES PROTEGIDAS POÇO RASO, CISTERNA, OLHOS D'ÁGUA E BICAS
RIOS, BARRAGENS E AÇUDES
Telas do SISAGUA – Cadastro – Soluções Alternativas
148
APÊNDICE B – BANCO DE DADOS DOS INDICADORES
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGEBahia Alagoinhas 03 41 06 712 62 #NULO! 90 75 90 75 90 75 100 85Bahia Amargosa 02 31 05 3.639 45 #NULO! 92 76 92 76 84 70 79 71Bahia Andaraí 00 12 00 00 60 #NULO! 24 20 24 20 05 04 65 43Bahia Angical 00 14 00 00 43 #NULO! 23 19 23 19 #NULO! #NULO! 161 29Bahia Aporá 00 14 00 29.961 72 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 30 24 90 51Bahia Aurelino Leal 00 57 00 14.835 61 #NULO! #NULO! #NULO! 11 09 06 05 121 61Bahia Barra 00 14 00 00 69 #NULO! 57 47 57 47 57 47 #NULO! 51Bahia Barreiras 01 19 07 18.790 48 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 14 11 208 87Bahia Boa Vista do Tupim 00 31 00 10.606 60 #NULO! 31 26 31 26 62 51 68 45Bahia Brejões 00 24 00 27.778 45 #NULO! 27 22 27 22 27 22 117 32Bahia Brumado 01 19 04 19.510 52 44.868 75 62 75 62 75 62 145 72Bahia Buerarema #NULO! 107 33 32.424 61 #NULO! #NULO! #NULO! 06 05 #NULO! #NULO! #NULO! 71Bahia Cachoeira 03 26 14 10.548 44 #NULO! 59 49 59 49 60 50 83 53Bahia Caculé 00 17 00 37.447 31 53.056 57 47 57 47 #NULO! #NULO! 115 67Bahia Camacan 05 96 06 #NULO! 61 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 95 78Bahia Camaçari 01 25 04 1.646 42 #NULO! 121 100 121 100 121 100 84 89Bahia Canavieiras 03 40 08 27.926 61 19.470 85 70 85 70 #NULO! #NULO! #NULO! 63Bahia Candeias 03 29 09 167 42 #NULO! 129 107 129 107 #NULO! #NULO! 265 83Bahia Canudos 04 27 33 6.195 83 70.270 30 25 30 25 30 25 150 53Bahia Capim Grosso 05 26 19 40.611 72 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 69 57 02 79Bahia Caravelas 00 24 00 18.156 61 #NULO! 63 53 63 53 73 61 92 56Bahia Castro Alves 02 12 20 15.568 44 50.121 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 60 50 68 62Bahia Coaraci 00 #NULO! 00 41.000 61 #NULO! 90 74 90 74 #NULO! #NULO! #NULO! 76Bahia Conceição de Feira 00 08 00 22.798 50 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 86 71 111 76Bahia Conceição do Coité 02 10 17 41.737 65 42.674 99 82 99 82 99 82 100 49Bahia Conde 00 12 00 00 64 #NULO! 50 41 50 41 04 04 165 48Bahia Cruz das Almas 04 42 11 1.941 44 2.921 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 88 73 66 70Bahia Dias D’avila 01 36 04 00 42 #NULO! 110 91 110 91 110 91 85 86Bahia Entre Rios 02 18 11 11.593 64 #NULO! 68 56 68 56 10 09 147 63Bahia Eunápolis 01 59 05 23.642 61 70.029 77 64 77 64 #NULO! #NULO! 113 78Bahia Fátima 00 12 00 00 72 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 67 55 123 44Bahia Firmino Alves 00 24 00 00 61 #NULO! 47 39 47 39 #NULO! #NULO! #NULO! 79Bahia Guanambi 00 30 00 27.584 31 #NULO! 87 72 87 72 05 04 120 77Bahia Heliópolis 00 03 00 00 72 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 100 83 123 60Bahia Iaçu 04 44 11 16.410 60 #NULO! 64 53 64 53 66 55 174 70Bahia Ibicarai 09 52 28 8.487 61 #NULO! 108 89 108 89 108 89 82 77Bahia Ibicuí 00 17 00 16.547 52 #NULO! 65 54 77 63 56 46 88 66Bahia Ibirataia 00 30 00 47.409 61 #NULO! 36 30 36 30 36 30 109 58Bahia Ibitiara 04 35 09 #NULO! 28 #NULO! 16 13 16 13 16 13 132 47Bahia Ibotirama 03 27 12 9.661 69 #NULO! 70 58 70 58 70 58 121 81Bahia Ilhéus 01 37 03 19.662 31 54.654 59 49 59 49 #NULO! #NULO! #NULO! 67Bahia Inhambupe 02 39 04 15.088 72 #NULO! 48 39 48 39 55 46 100 65Bahia Ipiaú 01 27 04 44.196 61 #NULO! 93 77 93 77 93 77 152 81Bahia Irajuba 00 14 00 #NULO! 45 #NULO! 43 36 43 36 43 36 101 48Bahia Itaberaba 00 30 00 25.954 60 #NULO! 08 07 08 07 90 75 205 78Bahia Itabuna 02 38 03 21.069 51 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 91Bahia Itaete 03 44 09 00 60 #NULO! 28 24 28 24 28 24 156 53Bahia Itagibá 00 23 00 46.442 61 #NULO! 37 30 37 30 37 30 118 51Bahia Itajuípe 03 #NULO! 05 7.251 61 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 135 73Bahia Itamarajú 04 48 08 18.764 61 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 02 128 75Bahia Itambé 01 45 04 20.149 48 #NULO! 56 46 66 54 56 46 99 72Bahia Itapé 00 #NULO! 00 00 61 #NULO! 55 46 55 46 #NULO! #NULO! #NULO! 55Bahia Itapetinga 04 28 11 39.286 48 #NULO! 110 91 110 91 102 84 193 94Bahia Itapicuru 02 26 07 27.950 72 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 24 20 164 37Bahia Itororó 00 18 00 22.594 48 #NULO! 113 93 124 103 89 74 #NULO! 82Bahia Ituberá 00 29 00 13.701 44 #NULO! 69 57 69 57 69 57 69 47Bahia Jaguaquara 00 16 00 12.388 45 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 88 72 135 68Bahia Jequié 02 11 21 18.065 55 #NULO! 56 47 56 47 56 47 166 83Bahia Jequiriça 03 33 17 3.939 45 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 144 31Bahia Jitauna 04 35 08 00 45 #NULO! 38 31 38 31 38 31 118 44Bahia Juazeiro 03 37 09 23.991 60 #NULO! 70 58 70 58 #NULO! #NULO! 150 81
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGEBahia Lafaete Coutinho 00 00 #NULO! 00 45 #NULO! 38 31 38 31 38 31 82 49Bahia Laje 00 24 00 5.263 45 #NULO! 22 18 22 18 22 18 88 33Bahia Lauro de Freitas 01 22 03 1.153 42 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 87Bahia Macaraní 00 23 00 00 48 #NULO! 64 53 64 53 64 53 #NULO! 77Bahia Mairi 03 22 14 539 60 27.640 11 09 97 80 11 09 114 45Bahia Malhada 00 04 00 00 31 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 150 58Bahia Maracás 01 25 08 28.937 45 #NULO! 22 19 22 19 22 19 98 35Bahia Maragogipe 00 49 00 3.952 44 50.000 79 65 79 65 79 65 70 54Bahia Marau 00 44 00 00 44 #NULO! 14 12 14 12 #NULO! #NULO! #NULO! 21Bahia Miguel Calmon 04 42 14 30.471 72 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 40 33 135 57Bahia Morro do Chapéu 04 36 10 #NULO! 72 #NULO! 60 49 60 49 60 49 120 60Bahia Mucuri 03 21 13 00 61 #NULO! 20 17 20 17 27 22 73 43Bahia Mundo Novo 02 45 06 23.789 60 121.728 67 56 67 56 67 56 68 56Bahia Mutuipe 00 31 00 3.236 45 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 61 51 #NULO! 48Bahia Nazaré 03 30 07 #NULO! 44 40.042 94 78 94 78 94 78 73 67Bahia Nova Itarana 06 38 25 00 45 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 48 39 68 37Bahia Nova Viçosa 03 27 12 18.435 61 #NULO! 10 08 10 08 42 35 75 45Bahia Paratinga 00 12 00 24.694 48 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 53Bahia Pindobaçu 00 00 #NULO! 19.612 70 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 57Bahia Planaltino 00 20 00 16.084 45 #NULO! 32 27 32 27 32 27 104 30Bahia Planalto 00 36 00 18.468 52 #NULO! 44 37 44 37 44 37 85 56Bahia Poções 03 30 07 816 52 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 86 71 121 70Bahia Pojuca 02 23 07 00 43 #NULO! 82 68 82 68 #NULO! #NULO! 171 76Bahia Porto Seguro 04 42 11 4.429 61 68.815 16 13 16 13 23 19 127 53Bahia Potiraguá 00 00 #NULO! 10.120 48 #NULO! 53 44 53 44 36 30 66 66Bahia Remanso 00 08 00 #NULO! 50 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 82 68 00 60Bahia Riachão do Jacuipe 03 22 14 22.273 65 #NULO! 139 115 139 115 89 73 58 62Bahia Rio de Contas 05 48 10 00 60 110.952 48 39 48 39 48 39 94 72Bahia Ruy Barbosa 04 61 05 #NULO! 60 #NULO! 21 17 21 17 21 17 114 60Bahia Salinas da Margarida 00 14 00 00 44 252.027 172 143 172 143 #NULO! #NULO! 120 86Bahia Salvador 01 33 03 4.139 31 #NULO! 212 176 212 176 #NULO! #NULO! 120 97Bahia Santa Brígida 00 03 00 00 66 34.132 34 28 34 28 #NULO! #NULO! 150 30Bahia Santa Inês 00 41 00 10.606 45 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 105 87 104 85Bahia Santa Luzia 00 118 00 00 61 264.706 58 48 58 48 #NULO! #NULO! #NULO! 50Bahia Santo Amaro 03 35 09 17.102 44 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 47 39 152 72Bahia Santo Antônio de Jesus 01 28 02 15.533 44 17.158 89 73 89 73 #NULO! #NULO! 69 73Bahia Santo Estevão 03 29 11 6.430 50 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 63 52 90 42Bahia São Félix 04 103 08 21.933 44 13.675 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 65 54 75 59Bahia São Francisco do Conde 00 15 00 00 42 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 72Bahia São Miguel das Matas 00 50 00 20.000 45 #NULO! 26 22 26 22 26 22 68 21Bahia Sapeaçu 00 26 00 00 44 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 40 33 66 36Bahia Sátiro Dias 00 26 00 25.183 72 #NULO! 21 18 21 18 21 18 151 47Bahia Seabra 00 14 00 28.447 60 #NULO! 30 25 30 25 31 26 218 75Bahia Serra do Ramalho 00 08 00 00 48 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 84Bahia Simões filho 02 35 05 112 42 #NULO! 75 62 75 62 75 62 98 84Bahia Sítio do Mato 00 00 #NULO! 697 48 132.961 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 57Bahia Sítio do Quito 00 11 00 00 66 #NULO! 49 40 49 40 69 57 104 40Bahia Tapiramutá 11 26 #NULO! 5.618 60 66.374 69 57 69 57 69 57 92 73Bahia Teixeira de Freitas 02 36 07 1.559 63 #NULO! #NULO! 02 02 02 06 05 113 61Bahia Terra Nova 03 53 07 00 43 #NULO! 63 52 63 52 63 52 112 70Bahia Uauá 03 36 06 21.106 83 #NULO! 43 35 43 35 43 35 157 40Bahia Ubaíra 00 32 00 26.975 45 #NULO! 02 01 02 01 26 21 118 48Bahia Ubaitaba 02 70 06 22.556 61 #NULO! 36 30 36 30 36 30 17 60Bahia Valença 01 27 02 40.517 44 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 #NULO! #NULO! #NULO! 68Bahia Vitória da Conquista 02 27 04 26.581 52 #NULO! 94 78 94 78 94 78 129 80Paraná Almirante Tamandaré 01 26 03 236 31 #NULO! 100 76 100 76 100 76 149 93Paraná Alto Piquiri 00 15 00 1.843 31 #NULO! 83 64 84 64 77 59 17 84Paraná Altônia 00 15 00 00 31 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 14 73Paraná Ampére 00 17 00 19.328 22 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 382 69Paraná Anahy 00 00 #NULO! 00 23 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 92 59Paraná Antônio Olinto 00 00 #NULO! 00 28 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 64 24
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGEParaná Apucarana 00 14 00 19.002 20 #NULO! 111 85 111 85 110 85 130 94Paraná Arapoti 04 38 11 00 43 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 06 77Paraná Arapuã 00 22 00 00 25 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 59 46Paraná Araruna 03 31 14 8.219 40 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 139 71Paraná Araucária 01 26 04 00 31 #NULO! 114 87 114 87 114 87 #NULO! 90Paraná Assis Chateaubriand 00 21 00 20.677 28 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 80Paraná Barbosa Ferraz 00 25 00 4.831 40 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 125 76Paraná Boa Esperança 00 14 00 6.015 42 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 20 74Paraná Boa Esperança do Iguaçu 00 17 00 8.772 19 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 100 30Paraná Boa Vista da Aparecida 00 06 00 5.957 23 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 89 57Paraná Bom Sucesso do Sul 00 00 #NULO! 00 24 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 73 39Paraná Braganey 00 00 #NULO! 14.815 23 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 08 61Paraná Brasilândia do Sul 00 32 00 00 31 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 113 78Paraná Cafelândia 00 05 00 12.734 23 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 05 80Paraná Cafezal do Sul 00 36 00 00 31 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 104 71Paraná Cambará 00 29 00 12.471 23 #NULO! 94 72 94 72 94 72 224 87Paraná Campina da Lagoa 00 37 00 8.861 42 #NULO! 85 65 85 65 85 65 15 74Paraná Campina Grande do Sul 00 18 00 698 31 #NULO! 73 56 75 57 73 56 143 78Paraná Campo Bonito 00 29 00 00 23 #NULO! 53 40 53 40 40 31 53 51Paraná Campo do Tenente 00 19 00 00 40 #NULO! 78 60 80 61 72 55 54 76Paraná Campo Largo 01 26 02 00 31 #NULO! 78 60 78 60 78 60 97 82Paraná Campo Magro 00 19 00 00 31 #NULO! 88 67 90 69 88 67 105 79Paraná Campo Mourão 00 17 00 58 27 #NULO! 110 84 110 84 110 84 #NULO! 92Paraná Candói 00 48 00 7.641 28 #NULO! 35 27 37 29 34 26 83 36Paraná Cantagalo 00 24 00 12.844 28 #NULO! 61 47 61 47 59 45 121 63Paraná Capanema 00 12 00 9.748 22 #NULO! 94 72 94 72 89 68 404 62Paraná Capitão Leônidas Marques 00 24 00 524 23 #NULO! 74 57 74 57 67 51 78 70Paraná Carambeí 00 31 00 00 38 #NULO! 77 59 77 59 77 59 104 71Paraná Cascavel 00 18 02 12.233 31 #NULO! 102 78 102 78 101 77 26 88Paraná Castro 01 17 07 12.929 38 #NULO! 70 53 70 53 70 53 104 68Paraná Catanduvas 00 41 00 20.455 23 #NULO! 53 41 53 41 50 38 104 57Paraná Céu Azul 05 28 20 15.979 24 #NULO! 86 66 88 67 83 63 101 74Paraná Chopinzinho 00 26 00 14.222 24 #NULO! 54 41 55 42 54 41 360 55Paraná Cidade Gaúcha 00 11 00 00 22 #NULO! 96 73 96 73 96 73 116 89Paraná Clevelândia 00 28 00 31.469 33 #NULO! 91 70 91 70 89 68 361 80Paraná Colombo 00 22 02 327 25 #NULO! 125 96 125 96 125 96 136 93Paraná Colorado 00 20 00 11.264 27 #NULO! 55 42 55 42 53 41 142 93Paraná Contenda 00 29 00 00 31 #NULO! 51 39 51 39 51 39 187 50Paraná Corbélia 00 38 00 11.526 23 #NULO! 94 72 94 72 92 70 12 79Paraná Coronel Vivida 00 37 00 10.996 24 #NULO! 69 52 69 52 65 50 364 63Paraná Corumbataí do Sul 00 14 00 00 40 #NULO! 52 40 52 40 52 40 109 49Paraná Cruz Machado 00 27 00 6.988 32 #NULO! 22 17 22 17 21 16 112 23Paraná Cruzeiro do Oeste 00 18 00 3.145 19 #NULO! 102 78 102 78 102 78 132 79Paraná Curitiba 00 17 02 1.988 22 #NULO! 137 104 137 104 137 104 139 99Paraná Curiúva 00 17 00 14.729 38 #NULO! 56 43 56 43 56 43 72 63Paraná Diamante do Sul 00 12 00 15.873 23 #NULO! 27 21 27 21 27 21 105 27Paraná Douradina 00 18 00 28.767 31 #NULO! 119 91 119 91 116 89 143 77Paraná Enéas Marques 00 20 00 00 19 #NULO! 44 33 46 35 30 23 77 29Paraná Engenheiro Beltrão 03 31 14 5.921 40 #NULO! 99 76 99 76 99 76 129 85Paraná Esperança Nova 00 32 00 00 31 #NULO! 72 55 72 55 67 51 110 58Paraná Espigão Alto do Iguaçu 00 26 00 00 28 #NULO! 23 18 23 18 23 18 90 28Paraná Farol 00 22 00 00 40 #NULO! 54 42 54 42 54 42 110 63Paraná Faxinal 00 18 00 5.089 27 #NULO! 93 71 93 71 89 68 100 79Paraná Fazenda Rio Grande 02 26 08 74 31 #NULO! 104 80 104 80 104 80 125 86Paraná Fênix 00 25 00 00 40 #NULO! 103 79 103 79 103 79 149 81Paraná Formosa do Oeste 00 10 00 23.387 28 #NULO! 72 55 72 55 72 55 #NULO! 60Paraná Foz do Iguaçu 01 28 03 2.399 36 #NULO! 105 80 105 80 104 80 106 95Paraná Francisco Alves 00 40 00 00 31 #NULO! 84 65 84 65 84 65 16 67Paraná Francisco Beltrão 01 24 03 14.129 19 #NULO! 88 67 88 67 87 67 406 81Paraná General Carneiro 02 39 07 4.276 32 #NULO! 64 49 65 49 62 48 89 70Paraná Goioerê 00 34 00 31.641 42 #NULO! 109 83 109 83 109 83 08 87
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGEParaná Guaíra 00 22 00 6.977 28 #NULO! 103 79 103 79 102 78 46 85Paraná Guaporema 00 00 #NULO! 00 22 #NULO! 76 58 76 58 76 58 162 62Paraná Guaraniaçu 03 57 05 16.449 23 #NULO! 47 36 47 36 47 36 87 48Paraná Guarapuava 02 35 08 9.145 30 #NULO! 93 71 93 71 93 71 118 90Paraná Guaratuba 02 35 05 607 36 #NULO! 194 149 196 150 #NULO! #NULO! 22 86Paraná Ibaiti 04 29 13 32.974 38 #NULO! 98 75 98 75 93 71 104 78Paraná Icaraíma 00 34 00 16.000 31 #NULO! 102 78 102 78 94 72 142 81Paraná Iguatu 00 33 00 11.905 23 #NULO! 76 58 76 58 70 54 90 67Paraná Imbituva 06 49 11 00 29 #NULO! 79 60 85 65 75 57 125 71Paraná Inácio Martins 00 43 00 00 28 #NULO! 62 47 63 48 53 41 79 56Paraná Inajá #NULO! 73 #NULO! 00 20 #NULO! 119 91 119 91 119 91 109 90Paraná Indianópolis 00 14 00 2.632 22 #NULO! 73 55 73 55 73 55 132 66Paraná Irati 02 33 06 6.916 21 #NULO! 84 64 84 64 80 61 94 76Paraná Iretama 00 19 00 00 40 #NULO! 82 62 82 62 74 57 92 63Paraná Ivaí 00 41 00 9.747 29 #NULO! 45 35 45 35 45 35 95 45Paraná Ivaté 00 37 00 00 31 #NULO! 104 79 104 79 93 71 138 72Paraná Jacarezinho 00 31 00 4.775 23 #NULO! 106 81 106 81 105 80 233 87Paraná Janiópolis 07 32 33 00 42 #NULO! 69 53 69 53 69 53 13 70Paraná Jardim Alegre 00 21 00 17.568 25 #NULO! 98 75 92 71 83 64 97 71Paraná Jardim Olinda 00 00 #NULO! 00 20 #NULO! 123 94 123 94 123 94 197 70Paraná Jesuítas 00 15 00 38.571 28 #NULO! 82 63 82 63 78 59 10 62Paraná Lapa 01 25 04 5.870 36 #NULO! 65 50 65 50 02 02 193 64Paraná Laranjal 00 32 00 00 36 #NULO! 21 16 21 16 19 14 77 27Paraná Laranjeiras do Sul 00 28 00 38.410 28 #NULO! 54 41 54 41 54 41 91 76Paraná Loanda 00 15 00 23.410 20 #NULO! 118 90 118 90 118 90 142 90Paraná Londrina 00 17 00 2.670 21 #NULO! 128 98 128 98 128 98 159 95Paraná Luiziana 00 22 00 00 40 #NULO! 77 59 78 59 75 57 112 61Paraná Lunardelli 00 11 00 943 25 #NULO! 73 56 73 56 73 56 116 62Paraná Mallet 00 26 00 00 21 #NULO! 59 45 59 45 57 44 13 56Paraná Mamborê 00 17 00 17.958 40 #NULO! 82 62 82 62 82 62 11 73Paraná Manoel Ribas 00 31 00 552 25 #NULO! 50 38 51 39 46 35 92 61Paraná Maria Helena 00 32 00 4.902 31 #NULO! 84 65 84 65 84 64 161 65Paraná Marialva 00 16 00 19.106 27 #NULO! 96 73 96 73 96 73 150 82Paraná Mariópolis 00 20 00 4.202 24 #NULO! 73 56 73 56 65 50 336 63Paraná Maripá 00 27 00 4.040 28 #NULO! 54 41 54 41 46 35 114 58Paraná Marquinho 00 31 00 00 28 #NULO! 17 13 17 13 15 12 90 21Paraná Matelândia 00 19 00 32.323 24 #NULO! 82 63 83 64 79 60 104 75Paraná Mauá da Serra 00 16 00 00 24 #NULO! 98 75 98 75 98 75 97 79Paraná Missal 00 13 00 00 24 #NULO! 102 78 102 78 102 78 69 81Paraná Moreira Sales 00 17 00 15.111 42 #NULO! 89 68 89 68 89 68 11 74Paraná Morretes 00 26 00 265 36 #NULO! 57 44 59 45 57 44 26 54Paraná Nova Aliança do Ivaí 00 00 #NULO! 00 20 #NULO! 99 75 99 75 99 75 110 76Paraná Nova Aurora 00 82 00 2.075 23 #NULO! 76 58 76 58 74 56 09 69Paraná Nova Cantu 00 19 00 18.966 42 #NULO! 55 42 55 42 55 42 12 50Paraná Nova Laranjeiras 00 36 00 6.276 28 #NULO! 10 08 10 08 08 06 80 20Paraná Nova Olímpia 00 22 00 10.448 31 #NULO! 118 90 118 90 113 86 147 87Paraná Nova Prata do Iguaçu 00 23 00 00 19 #NULO! 60 46 62 48 56 43 328 53Paraná Nova Santa Rosa 00 10 00 00 28 #NULO! 73 56 73 56 63 48 #NULO! 60Paraná Ouro Verde do Oeste 00 00 #NULO! 00 28 #NULO! 80 61 80 61 68 52 79 66Paraná Palmas 00 34 00 9.276 33 #NULO! 114 87 114 87 114 87 402 87Paraná Palmeira 00 30 00 11.522 38 #NULO! 74 56 74 56 74 56 94 71Paraná Palmital 00 47 00 00 36 #NULO! 48 37 48 37 48 37 88 50Paraná Palotina 00 26 00 13.008 28 #NULO! 106 81 106 81 104 80 08 82Paraná Paraíso do Norte 00 27 00 #NULO! 20 #NULO! 102 78 102 78 102 78 136 89Paraná Paranaguá 00 24 00 4.685 31 #NULO! 111 85 113 86 111 85 167 88Paraná Pato Branco 00 17 00 28.704 24 #NULO! 04 03 11 08 #NULO! #NULO! 416 89Paraná Paula Freitas 00 62 00 1.111 32 #NULO! 50 38 50 38 46 35 86 44Paraná Perobal 00 13 00 00 31 #NULO! 60 46 60 46 56 43 117 63Paraná Pérola 00 23 00 00 31 #NULO! 103 79 103 79 102 78 #NULO! 85Paraná Pérola D'Oeste 00 14 00 00 22 #NULO! 51 39 51 39 46 35 300 54Paraná Pinhais 00 21 00 1.432 31 #NULO! 119 91 119 91 119 91 133 98
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGEParaná Pinhal de São Bento 00 28 00 00 19 #NULO! 33 25 33 25 22 17 80 34Paraná Pinhão 00 03 00 16.479 28 #NULO! 60 46 60 46 60 46 88 55Paraná Piraí do Sul 00 36 00 00 43 #NULO! 77 59 77 59 77 59 94 67Paraná Pitanga 00 39 00 381 36 #NULO! 54 41 54 41 53 40 92 53Paraná Planaltina do Paraná 00 34 00 4.762 20 #NULO! 116 89 116 89 100 77 150 84Paraná Ponta Grossa 00 28 00 71 35 #NULO! 113 87 114 87 113 87 159 96Paraná Porto Rico 00 23 00 5.085 20 #NULO! 119 91 119 91 109 84 169 77Paraná Pranchita 00 17 00 00 22 #NULO! 50 38 50 38 49 37 90 57Paraná Prudentópolis 00 20 00 4.736 29 #NULO! 52 39 53 41 44 34 78 48Paraná Quatro Barras 00 06 00 00 31 #NULO! 106 81 106 81 106 81 148 90Paraná Quedas do Iguaçu 00 01 00 19.772 28 #NULO! 87 67 87 67 87 67 88 80Paraná Querência do Norte 00 53 00 463 20 #NULO! 88 67 88 67 80 62 116 72Paraná Quinta do Sol 00 28 00 19.149 40 #NULO! 83 64 83 64 83 64 132 75Paraná Rancho Alegre D'Oeste 00 00 #NULO! 6.522 42 #NULO! 77 59 77 59 77 59 134 67Paraná Rebouças 00 40 00 3.134 21 #NULO! 65 50 72 55 50 38 74 66Paraná Reserva 00 17 00 00 43 #NULO! 54 42 56 43 50 38 97 54Paraná Ribeirão do Pinhal 00 44 00 00 23 #NULO! 80 61 87 67 80 61 101 79Paraná Rio Azul 00 20 00 00 21 #NULO! 45 34 45 34 35 27 #NULO! 42Paraná Rio Bonito do Iguaçu 00 26 00 00 28 #NULO! 20 15 22 17 20 15 126 20Paraná Rio Negro 00 15 00 00 40 #NULO! 87 66 87 66 05 03 255 81Paraná Roncador 00 40 00 2.632 40 #NULO! 65 50 65 50 65 50 06 55Paraná Rondon 00 07 00 7.042 22 #NULO! 85 65 85 65 85 65 135 73Paraná Salgado Filho 00 22 00 00 19 #NULO! 49 37 49 37 45 34 68 46Paraná Salto do Lontra 00 10 00 00 19 #NULO! 51 39 53 40 49 37 358 47Paraná Santa Helena 00 21 00 #NULO! 23 #NULO! 70 54 71 54 60 46 103 93Paraná Santa Isabel do Ivaí 00 07 00 6.849 28 #NULO! 95 73 95 73 94 72 123 78Paraná Santa Izabel do Oeste 00 16 00 17.722 22 #NULO! 54 42 54 42 52 40 386 52Paraná Santa Lúcia 00 63 00 6.809 23 #NULO! 66 50 66 50 66 50 95 55Paraná Santa Mônica 00 43 00 10.526 20 #NULO! 145 111 145 111 109 83 148 84Paraná Santa Terrezinha de Itaipú 00 18 00 00 24 #NULO! 94 72 94 72 94 72 109 87Paraná Santo Antônio da Platina 00 15 00 1.380 23 #NULO! 95 72 96 74 94 72 160 79Paraná São Carlos do Ivaí 00 11 00 7.438 20 #NULO! 112 86 112 86 112 86 158 91Paraná São João 00 45 00 4.545 24 #NULO! 47 36 51 39 47 36 355 49Paraná São João do Ivaí 00 14 00 1.456 25 #NULO! 98 75 99 75 96 73 95 74Paraná São João do Triunfo 00 21 00 19.788 28 #NULO! 29 22 29 22 29 22 #NULO! 34Paraná São Jorge do Patrocínio 00 10 00 7.292 31 #NULO! 68 52 68 52 64 49 #NULO! 82Paraná São José dos Pinhais 00 24 00 1.570 23 #NULO! 98 75 98 75 98 75 134 84Paraná São Manoel do Paraná 00 #NULO! 00 00 22 #NULO! 75 58 75 58 75 58 141 57Paraná São Mateus do Sul 00 19 00 00 28 #NULO! 64 49 64 49 62 48 #NULO! 56Paraná São Pedro do Iguaçu 00 17 00 4.464 28 #NULO! 53 40 53 40 44 34 86 59Paraná São Tomé 00 60 00 3.297 22 #NULO! 91 70 91 70 91 70 131 76Paraná Sapopema 00 27 00 4.520 38 #NULO! 48 37 54 42 48 37 55 59Paraná Sarandi 00 17 00 19.986 27 #NULO! 107 82 107 82 107 82 55 98Paraná Saudade do Iguaçu 00 40 00 14.063 24 #NULO! 76 58 76 58 58 45 63 54Paraná Serranópolis do Iguaçu 00 33 00 00 24 #NULO! 56 42 56 42 50 38 102 49Paraná Sulina 00 14 00 3.636 24 #NULO! 132 101 138 105 126 97 251 40Paraná Teixeira Soares 00 38 00 00 29 #NULO! 72 55 73 56 63 48 97 58Paraná Telêmaco Borba 00 23 00 13.692 43 #NULO! 119 91 119 91 119 91 121 97Paraná Terra Boa 00 39 00 2.098 40 #NULO! 102 78 102 78 102 78 134 86Paraná Terra Rica 00 26 00 8.879 31 #NULO! 97 74 97 74 92 71 180 88Paraná Terra Roxa 00 08 00 6.494 28 #NULO! 95 73 95 73 89 68 14 72Paraná Tibagi 00 18 00 1.227 43 #NULO! 58 45 59 45 55 42 110 59Paraná Tijucas do Sul 00 26 00 00 40 #NULO! 44 33 50 38 42 32 57 48Paraná Toledo 00 20 00 5.366 23 #NULO! 102 78 102 78 101 77 107 87Paraná Tunas do Paraná 00 21 00 12.500 31 #NULO! 43 33 43 33 43 33 89 50Paraná Tuneiras do Oeste 00 20 00 2.532 22 #NULO! 54 41 54 41 54 41 135 68Paraná Turvo 00 45 00 15.789 28 #NULO! 32 24 33 25 30 23 79 40Paraná Ubiratã 00 18 00 20.370 42 #NULO! 101 78 101 78 101 78 05 80Paraná Umuarama 00 18 00 16.732 31 #NULO! 121 93 121 93 121 93 166 91Paraná Vera Cruz do Oeste 00 45 00 2.326 24 #NULO! 89 68 89 68 85 65 88 71Paraná Verê 00 10 00 00 19 #NULO! 44 34 46 35 40 30 80 43
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGEParaná Vila Alta 00 17 00 00 31 #NULO! 71 54 71 54 71 54 109 70Paraná Virmond 00 30 00 00 28 #NULO! 34 26 34 26 34 26 102 33Paraná Vitorino 00 28 00 14.184 24 #NULO! 64 49 64 49 55 42 303 57Paraná Wenceslau Braz 00 #NULO! 00 00 33 #NULO! 91 69 91 69 91 69 127 77Paraná Xambrê 00 86 00 5.495 31 #NULO! 100 76 100 76 87 67 30 65Pernambuco Agrestina 02 59 03 5.563 99 36.078 77 64 77 64 77 64 190 67Pernambuco Águas Belas 00 24 00 00 63 114.133 36 30 44 36 36 30 134 54Pernambuco Aliança 12 51 23 645 85 4.413 64 53 64 53 46 38 96 65Pernambuco Amaraji 05 36 19 99 77 28.798 51 42 51 42 51 42 129 55Pernambuco Araçoiaba 10 50 17 4.488 67 00 56 47 56 47 50 41 88 57Pernambuco Arcoverde 04 39 09 16.845 91 151.565 38 31 38 31 38 31 197 83Pernambuco Belém de Maria 12 #NULO! 14 00 77 21.118 47 39 47 39 02 02 286 44Pernambuco Belo Jardim #NULO! 92 20 9.918 87 52.471 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 150 75Pernambuco Bezerros 11 42 20 6.829 87 8.534 87 72 109 91 87 72 133 72Pernambuco Bodocó 10 48 14 9.255 75 29.613 90 74 90 74 #NULO! #NULO! #NULO! 38Pernambuco Bom Conselho 08 85 11 4.317 97 28.924 36 30 45 37 36 30 117 51Pernambuco Brejão #NULO! 62 #NULO! 00 97 72.826 31 26 35 29 31 26 150 45Pernambuco Brejo da Madre de Deus 11 60 17 3.470 87 11.122 70 59 72 59 36 30 #NULO! 64Pernambuco Buíque 01 35 02 4.044 63 13.629 33 27 33 27 #NULO! #NULO! 09 28Pernambuco Cabo de Santo Agostinho 01 32 02 4.096 47 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 150 82Pernambuco Cabrobó 01 14 11 5.983 74 48.714 55 45 55 45 55 45 02 68Pernambuco Caetés 02 56 03 3.831 97 25.850 13 11 13 11 13 11 68 16Pernambuco Calçado 11 69 23 561 97 25.397 21 17 36 30 21 17 38 30Pernambuco Camocim de São Félix 06 15 33 00 99 23.291 78 65 87 72 76 63 136 51Pernambuco Canhotinho 02 74 03 2.380 97 4.771 39 32 44 36 39 32 135 49Pernambuco Capoeiras 11 41 31 2.237 87 89.119 19 16 26 21 19 16 62 29Pernambuco Carnaíba 05 55 15 1.134 64 19.068 38 31 38 31 #NULO! #NULO! 65 43Pernambuco Carpina 01 33 03 1.137 85 00 101 84 102 85 101 84 #NULO! 84Pernambuco Caruaru 00 35 01 2.920 62 3.698 93 78 101 83 93 77 317 84Pernambuco Catende 03 05 #NULO! 00 77 75.369 83 69 101 84 83 69 225 62Pernambuco Cedro 05 64 09 11.458 41 91.279 76 63 76 63 70 58 97 45Pernambuco Condado #NULO! 54 #NULO! 00 85 33.333 44 37 56 46 43 36 20 60Pernambuco Correntes 04 86 07 1.464 97 56.000 36 30 40 33 36 30 66 76Pernambuco Cortês 03 89 03 1.935 77 40.682 #NULO! #NULO! 05 04 #NULO! #NULO! #NULO! 04Pernambuco Cupira 06 43 13 3.876 99 940 87 72 91 76 87 72 93 55Pernambuco Dormentes 06 48 14 00 74 66.897 38 31 40 33 38 31 75 65Pernambuco Escada 01 64 02 11.444 77 10.545 50 42 62 52 50 41 387 35Pernambuco Exu 08 24 40 264 75 10.732 11 09 11 09 #NULO! 03 #NULO! 53Pernambuco Gameleira 05 64 08 00 77 36.174 64 53 64 53 64 53 60 82Pernambuco Garanhuns 02 59 03 33.765 90 17.762 70 58 70 58 70 58 134 47Pernambuco Gravatá 01 43 02 00 87 27.950 74 61 78 65 74 61 #NULO! 42Pernambuco Igarassu 01 30 02 00 67 00 #NULO! #NULO! 02 02 #NULO! #NULO! #NULO! 49Pernambuco Ipojuca 06 49 09 3.743 51 00 33 28 33 28 33 28 189 14Pernambuco Ipubi 03 34 11 3.109 75 22.562 #NULO! #NULO! 10 08 #NULO! #NULO! #NULO! 86Pernambuco Itambé 03 37 07 9.091 85 11.069 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 48Pernambuco Jaboatão dos Guararapes 00 27 00 3.056 41 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 52Pernambuco Jaqueira 07 81 05 00 77 52.015 #NULO! #NULO! 55 46 #NULO! #NULO! #NULO! 24Pernambuco João Alfredo 09 72 12 2.273 69 70.362 42 35 42 35 42 35 #NULO! 57Pernambuco Jupi 13 75 12 3.846 97 64.451 32 27 32 27 32 27 143 58Pernambuco Lagoa do Itaenga 02 60 04 4.641 85 33.256 65 54 65 54 65 54 78 62Pernambuco Lagoa do Ouro 04 52 08 5.364 97 100.806 34 28 46 38 34 28 64 50Pernambuco Lagoa dos Gatos 03 44 11 00 99 56.796 58 48 58 48 58 48 218 70Pernambuco Lagoa Grande 02 24 09 00 74 79.694 75 62 92 77 75 62 161 70Pernambuco Limoeiro 01 45 02 18.354 69 25.547 71 59 71 59 71 59 143 72Pernambuco Macaparana 12 73 15 4.319 85 27.143 83 69 86 72 63 53 63 63Pernambuco Nazaré da Mata 10 46 19 4.239 85 1.961 87 72 88 73 87 72 63 94Pernambuco Olinda 01 25 01 3.457 37 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 33Pernambuco Orocó 03 61 06 3.716 74 52.107 59 49 59 49 59 49 #NULO! 68Pernambuco Ouricuri #NULO! 18 #NULO! 28.307 75 21.094 49 40 49 40 #NULO! #NULO! #NULO! 78Pernambuco Palmares 04 68 05 #NULO! 77 35.220 88 73 89 74 88 73 239 49Pernambuco Palmeirina 12 93 15 00 97 12.037 61 51 69 57 61 51 60 43
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGEPernambuco Paranatama 03 68 06 00 97 20.301 07 05 27 22 07 05 43 44Pernambuco Passira 02 35 05 00 69 12.718 47 39 47 39 45 37 102 62Pernambuco Paudalho 01 37 04 25.644 85 1.791 66 55 66 55 66 55 93 92Pernambuco Paulista 01 27 03 97 38 00 102 85 104 86 102 85 79 45Pernambuco Pesqueira 01 68 01 10.513 87 29.563 74 61 74 61 72 60 #NULO! 84Pernambuco Petrolândia 02 41 04 7.407 58 66.258 70 58 70 58 #NULO! #NULO! 185 87Pernambuco Petrolina 00 28 01 12.767 60 56.529 81 67 89 74 03 02 192 30Pernambuco Ribeirão 00 70 00 #NULO! 77 24.760 80 66 85 70 80 66 182 44Pernambuco Salgueiro 00 49 00 #NULO! 41 81.172 83 69 89 74 06 05 215 35Pernambuco Saloá 00 54 00 3.343 97 74.359 20 16 30 25 20 16 67 58Pernambuco Santa Terezinha 00 53 00 2.415 64 100.000 43 35 43 35 #NULO! #NULO! 124 45Pernambuco São Benedito do Sul 00 52 00 00 77 65.428 36 30 40 33 36 30 337 57Pernambuco São Bento do Una 00 85 00 275 87 45.191 45 38 45 38 45 38 #NULO! 62Pernambuco São Caetano 00 86 00 5.315 87 55.724 64 53 72 60 64 53 179 50Pernambuco São João 00 60 00 4.701 97 17.256 34 28 33 27 31 25 101 60Pernambuco São José do Egito 00 28 00 39.442 64 30.924 71 59 71 59 #NULO! #NULO! 131 64Pernambuco São Lourenço da Mata 00 52 00 10.853 60 00 96 80 96 80 96 80 #NULO! 48Pernambuco São Vicente Ferrer 00 62 00 1.008 69 65.311 40 33 46 38 40 33 106 69Pernambuco Serra Talhada 00 36 00 31.851 64 46.326 68 57 68 57 #NULO! #NULO! 130 36Pernambuco Serrita 00 14 00 8.663 41 82.973 47 39 47 39 34 28 129 47Pernambuco Surubim 00 31 00 21.987 83 11.917 86 71 86 71 86 71 150 66Pernambuco Tabira 00 39 00 17.481 64 25.208 79 65 79 65 #NULO! #NULO! 109 38Pernambuco Timbaúba 00 44 00 1.130 85 11.373 68 56 71 59 68 56 113 75Pernambuco Toritama 00 71 00 8.087 83 40.000 91 76 91 76 91 76 405 67Pernambuco Tracunhaém 00 60 00 00 85 28.571 58 48 58 48 56 47 130 07Pernambuco Trindade 00 #NULO! 00 10.093 75 #NULO! 64 53 64 53 #NULO! #NULO! 01 35Pernambuco Triunfo 00 00 #NULO! 21.053 64 19.291 30 25 30 25 #NULO! #NULO! 130 34Pernambuco Tuparetama 00 20 00 10.191 64 14.865 133 110 133 110 #NULO! #NULO! 63 49Pernambuco Vicência 00 24 00 7.190 85 20.712 40 33 70 58 38 31 95 62Pernambuco Xexéu 00 #NULO! 00 1.563 77 20.579 48 40 48 40 48 40 54 #NULO!Rio G Sul ALVORADA 01 20 02 1.077 20 40.182 #NULO! 176 #NULO! 176 118 84 185 97Rio G Sul BAGE 00 25 00 24.368 18 #NULO! 113 80 113 80 113 80 270 92Rio G Sul BARRA FUNDA 00 34 00 18.519 18 #NULO! 93 66 93 66 #NULO! #NULO! 156 01Rio G Sul BARRACAO 00 19 00 15.730 19 #NULO! 77 55 77 55 66 47 140 52Rio G Sul BOA VISTA DAS MISSOES 00 48 00 6.452 18 #NULO! 124 88 124 88 #NULO! #NULO! 165 00Rio G Sul BRAGA 00 23 00 31.579 21 #NULO! 56 40 56 40 23 16 138 58Rio G Sul CACAPAVA DO SUL 00 20 00 7.380 19 #NULO! 105 75 105 75 105 75 00 70Rio G Sul CACEQUI 00 27 00 7.857 21 #NULO! 208 148 209 149 89 63 223 82Rio G Sul CAMPINAS DO SUL 00 23 00 6.087 17 #NULO! 84 60 84 60 69 49 119 57Rio G Sul CANDELARIA 00 29 00 24.573 25 #NULO! 62 44 62 44 #NULO! #NULO! 89 45Rio G Sul CANOAS 00 17 02 3.943 15 #NULO! 93 66 93 66 93 66 99 96Rio G Sul CAPIVARI DO SUL 00 00 #NULO! 5.556 15 #NULO! 70 50 70 50 70 50 159 46Rio G Sul CARAZINHO 00 12 00 4.365 18 #NULO! 124 88 124 88 124 88 187 90Rio G Sul CAXIAS DO SUL 00 16 00 893 19 #NULO! 123 88 124 88 03 02 #NULO! 93Rio G Sul CERRO GRANDE 00 18 00 24.000 18 #NULO! 67 48 67 48 #NULO! #NULO! 159 00Rio G Sul CHAPADA 00 08 00 7.895 18 #NULO! 46 33 46 33 #NULO! #NULO! 134 44Rio G Sul CONSTANTINA 00 34 00 15.823 22 #NULO! 106 76 108 77 44 31 125 83Rio G Sul CORONEL BICACO 00 29 00 28.221 21 #NULO! 159 113 159 113 #NULO! #NULO! 267 68Rio G Sul DOIS IRMAOS DAS MISSOES 00 00 #NULO! 00 22 #NULO! 69 49 69 49 02 #NULO! 126 02Rio G Sul DOM FELICIANO 00 33 00 5.597 26 #NULO! 27 19 27 19 24 17 27 20Rio G Sul ENCRUZILHADA DO SUL 00 22 00 13.384 19 #NULO! 78 55 78 55 78 55 153 59Rio G Sul ENTRE-IJUIS 00 13 00 10.303 16 #NULO! 87 62 87 62 #NULO! #NULO! 169 69Rio G Sul ERECHIM 00 15 00 14.723 17 #NULO! 02 01 02 01 #NULO! #NULO! #NULO! 90Rio G Sul FAGUNDES VARELA 00 71 00 11.111 14 #NULO! 107 76 107 76 67 48 133 52Rio G Sul FREDERICO WESTPHALEN 00 25 00 25.676 22 #NULO! 94 67 94 67 #NULO! #NULO! 205 74Rio G Sul GRAMADO 00 10 00 2.784 15 #NULO! 164 117 165 118 139 99 100 83Rio G Sul GRAMADO DOS LOUREIROS 00 00 #NULO! 12.195 22 #NULO! 69 49 69 49 #NULO! #NULO! 140 11Rio G Sul GRAMADO XAVIER 00 26 00 12.500 25 #NULO! 73 52 73 52 #NULO! #NULO! 67 16Rio G Sul GUAIBA 00 19 00 3.537 18 #NULO! 151 108 151 108 #NULO! #NULO! 60 95Rio G Sul GUAPORE 00 10 00 5.105 13 #NULO! 107 76 107 76 #NULO! #NULO! 87 90Rio G Sul HERVEIRAS 00 33 00 16.364 25 #NULO! 20 14 43 31 #NULO! #NULO! 80 23
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGERio G Sul HUMAITA 00 00 #NULO! 20.313 21 #NULO! 96 68 96 68 70 50 179 55Rio G Sul IBIRAIARAS 00 32 00 3.906 15 #NULO! 61 44 61 44 61 44 171 49Rio G Sul IPE 00 19 00 9.524 27 #NULO! 66 47 66 47 57 40 117 50Rio G Sul IRAI 00 20 00 20.755 22 #NULO! 76 54 76 54 #NULO! #NULO! 263 57Rio G Sul ITAARA 00 14 00 1.087 21 #NULO! 93 66 93 66 44 31 242 46Rio G Sul JABOTICABA 00 11 00 9.574 18 #NULO! 70 50 70 50 61 44 144 26Rio G Sul JAGUARAO 00 20 00 10.741 30 #NULO! 114 81 114 81 91 64 87 90Rio G Sul LAGOA VERMELHA 02 20 09 22.905 27 #NULO! 114 81 114 81 111 79 232 79Rio G Sul LAJEADO DO BUGRE 00 26 00 23.636 18 #NULO! 51 36 51 36 51 36 88 00Rio G Sul LINDOLFO COLLOR 00 00 #NULO! 2.778 15 #NULO! #NULO! #NULO! 92 66 #NULO! #NULO! 102 79Rio G Sul MATA 00 11 00 6.522 21 #NULO! 60 43 60 43 48 34 198 46Rio G Sul MATO LEITAO 00 33 00 2.439 25 #NULO! 107 77 107 77 107 77 100 01Rio G Sul MIRAGUAI 00 00 #NULO! 1.087 21 #NULO! 21 15 21 15 #NULO! #NULO! 120 43Rio G Sul MONTENEGRO 00 10 00 14.254 11 #NULO! 116 82 116 82 116 82 163 76Rio G Sul MOSTARDAS 00 05 00 15.000 15 #NULO! 61 43 61 43 61 43 115 32Rio G Sul MUITOS CAPOES 00 64 00 12.500 27 #NULO! 47 34 94 67 #NULO! #NULO! 149 31Rio G Sul NOVA ARACA 00 00 #NULO! 2.439 13 #NULO! 139 99 139 99 96 68 124 87Rio G Sul NOVA BASSANO 00 09 00 13.636 13 #NULO! 96 69 96 69 60 43 299 76Rio G Sul NOVA BOA VISTA 00 00 #NULO! 00 18 #NULO! 122 87 122 87 17 12 162 92Rio G Sul NOVO BARREIRO 00 13 00 28.889 18 #NULO! 85 60 85 60 #NULO! #NULO! 144 00Rio G Sul NOVO HAMBURGO 00 16 01 4.329 13 #NULO! 121 86 121 86 30 22 301 79Rio G Sul OSORIO 00 13 00 15.420 15 563 157 112 157 112 150 107 179 80Rio G Sul PANTANO GRANDE 00 11 00 10.995 18 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 258 88Rio G Sul PARAISO DO SUL 00 14 00 10.112 18 #NULO! 49 35 50 36 16 12 199 35Rio G Sul PAROBE 00 15 00 3.036 14 #NULO! 60 42 60 42 60 42 252 43Rio G Sul PASSO DO SOBRADO 00 00 #NULO! 4.615 18 #NULO! 37 26 57 40 30 21 226 28Rio G Sul PASSO FUNDO 00 19 00 6.509 16 #NULO! 130 93 130 93 #NULO! #NULO! 71 94Rio G Sul PELOTAS 01 23 03 6.804 17 7.459 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 97 69 199 91Rio G Sul PIRATINI 00 14 00 31.502 19 3.819 86 61 86 61 86 61 600 52Rio G Sul PORTO ALEGRE 00 14 01 2.748 21 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 96 69 442 98Rio G Sul PRESIDENTE LUCENA 00 00 #NULO! 2.632 15 #NULO! #NULO! #NULO! 97 69 #NULO! #NULO! 100 86Rio G Sul PROGRESSO 00 09 00 14.130 16 #NULO! 50 36 50 36 #NULO! #NULO! 158 36Rio G Sul REDENTORA 00 03 00 10.648 21 #NULO! 52 37 52 37 #NULO! #NULO! 127 50Rio G Sul RIO GRANDE 01 23 04 3.441 17 28.994 109 77 109 77 #NULO! #NULO! 179 93Rio G Sul RIO PARDO 00 23 00 21.340 18 #NULO! 93 67 100 71 100 71 92 67Rio G Sul RONDA ALTA 00 25 00 15.108 15 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 17 12 157 55Rio G Sul RONDINHA 00 00 #NULO! 7.955 22 #NULO! 120 85 120 85 #NULO! #NULO! 131 89Rio G Sul SAGRADA FAMILIA 00 00 #NULO! 1.613 18 #NULO! 110 78 110 78 #NULO! #NULO! 145 00Rio G Sul SANTA CRUZ DO SUL 00 20 00 11.608 20 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 30 84Rio G Sul SANTA MARIA 00 15 02 1.692 12 #NULO! 122 87 122 87 79 56 256 89Rio G Sul SANTA ROSA 00 17 00 13.160 19 #NULO! 111 79 111 79 95 67 279 87Rio G Sul SANTANA DA BOA VISTA 00 20 00 20.301 19 #NULO! 72 52 72 52 72 52 172 45Rio G Sul SANTANA DO LIVRAMENTO 00 25 00 23.107 22 #NULO! 96 69 96 69 96 69 152 89Rio G Sul SANTIAGO 00 19 00 22.993 08 #NULO! 109 78 109 78 86 62 185 85Rio G Sul SANTO ANTONIO DA PATRULHA 00 15 00 2.991 15 #NULO! 02 02 02 02 50 35 194 46Rio G Sul SANTO CRISTO 00 13 00 4.846 19 #NULO! 75 53 75 53 52 37 394 76Rio G Sul SAO BORJA 00 16 00 17.813 17 #NULO! 74 53 74 53 74 53 200 83Rio G Sul SAO GABRIEL 00 24 00 8.793 19 #NULO! 100 71 100 71 100 71 120 83Rio G Sul SAO JOAO DA URTIGA 00 17 00 3.947 19 #NULO! 120 85 158 113 51 37 169 36Rio G Sul SAO JOSE DAS MISSOES 00 00 #NULO! 5.769 18 #NULO! 108 77 108 77 #NULO! #NULO! 136 10Rio G Sul SAO JOSE DO NORTE 02 38 06 475 32 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 63 45 125 50Rio G Sul SAO LEOPOLDO 00 16 00 2.237 16 #NULO! 117 84 117 84 #NULO! #NULO! 200 96Rio G Sul SAO PEDRO DO SUL 00 08 00 9.091 21 #NULO! 104 74 104 74 #NULO! #NULO! 100 66Rio G Sul SAO SEBASTIAO DO CAI 00 00 #NULO! 4.156 11 #NULO! 85 60 85 60 78 56 90 67Rio G Sul SAPIRANGA 00 22 00 339 14 #NULO! 87 62 87 62 87 62 13 66Rio G Sul SAPUCAIA DO SUL 00 18 02 3.652 15 #NULO! 116 83 116 83 110 79 186 92Rio G Sul SARANDI 00 17 00 13.253 18 #NULO! 25 18 25 18 74 53 109 88Rio G Sul SINIMBU 00 26 00 15.068 25 #NULO! 24 17 24 17 24 17 #NULO! 22Rio G Sul SOLEDADE 00 23 00 28.518 21 #NULO! 115 82 115 82 109 77 209 78Rio G Sul TAQUARA 00 19 00 5.773 15 #NULO! 86 61 86 61 86 61 65 62Rio G Sul TORRES 00 24 00 5.714 15 #NULO! 126 90 127 90 126 90 07 80
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICI MORTDD5N MORTTC5N MTPPDD5N MORBDD5S MINF MORBDD5M ITAS ITASC IAS IASC IDS IDSC IPCS IASIBGERio G Sul TRES DE MAIO 00 11 00 13.568 19 #NULO! 107 76 108 77 94 67 275 76Rio G Sul TRES PALMEIRAS 00 00 #NULO! 4.878 22 #NULO! 212 151 212 151 #NULO! #NULO! 127 01Rio G Sul UNISTALDA 00 18 00 42.105 08 #NULO! 67 48 67 48 40 29 168 41Rio G Sul URUGUAIANA 01 31 02 14.228 20 #NULO! 106 75 106 75 95 68 180 89Rio G Sul VACARIA 00 20 00 20.629 27 #NULO! 130 92 130 93 128 91 203 90Rio G Sul VALE DO SOL 00 28 00 11.236 25 #NULO! 38 27 44 31 36 26 100 35Rio G Sul VERA CRUZ 00 16 00 4.043 25 #NULO! 98 70 108 77 09 06 170 83Rio G Sul VERANOPOLIS 00 20 00 6.615 14 #NULO! 133 95 133 95 129 92 197 84Rio G Sul VIAMAO 00 15 00 3.433 18 #NULO! 108 77 108 77 #NULO! #NULO! #NULO! 89Rio G Sul VICENTE DUTRA 00 45 00 10.526 22 #NULO! 36 25 36 25 36 25 #NULO! 31Rio G Sul VILA FLORES 00 00 #NULO! 9.756 14 #NULO! 90 64 90 64 #NULO! #NULO! 174 59Rio G Sul XANGRI-LA 00 17 00 4.061 15 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 190 89
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIBahia AlagoinhasBahia AmargosaBahia AndaraíBahia AngicalBahia AporáBahia Aurelino LealBahia BarraBahia BarreirasBahia Boa Vista do TupimBahia BrejõesBahia BrumadoBahia BueraremaBahia CachoeiraBahia CaculéBahia CamacanBahia CamaçariBahia CanavieirasBahia CandeiasBahia CanudosBahia Capim GrossoBahia CaravelasBahia Castro AlvesBahia CoaraciBahia Conceição de FeiraBahia Conceição do CoitéBahia CondeBahia Cruz das AlmasBahia Dias D’avilaBahia Entre RiosBahia EunápolisBahia FátimaBahia Firmino AlvesBahia GuanambiBahia HeliópolisBahia IaçuBahia IbicaraiBahia IbicuíBahia IbirataiaBahia IbitiaraBahia IbotiramaBahia IlhéusBahia InhambupeBahia IpiaúBahia IrajubaBahia ItaberabaBahia ItabunaBahia ItaeteBahia ItagibáBahia ItajuípeBahia ItamarajúBahia ItambéBahia ItapéBahia ItapetingaBahia ItapicuruBahia ItororóBahia ItuberáBahia JaguaquaraBahia JequiéBahia JequiriçaBahia JitaunaBahia Juazeiro
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC88 32 75 92 92 #NULO! 100 0,5890 0,6220 0,5790 01 01 01 00 00 #NULO! 0176 10 63 99 100 94 100 0,4560 0,4540 0,2990 01 01 01 00 01 00 0139 09 32 100 100 100 100 0,3820 0,3500 0,2870 00 00 01 01 01 01 0155 00 20 98 100 100 100 0,4140 0,3640 0,2310 00 00 00 00 01 01 0165 00 21 86 100 100 88 0,3700 0,3640 0,2090 00 01 00 00 01 01 0061 29 51 100 100 100 100 0,3870 0,3690 0,1880 00 01 01 01 01 01 0142 05 33 #NULO! #NULO! 98 100 0,3730 0,3960 0,1580 00 00 01 #NULO! #NULO! 00 0191 10 77 100 100 100 100 0,6220 0,5810 0,6740 01 01 01 01 01 01 0054 00 43 92 100 79 100 0,3520 0,3370 0,1350 00 01 00 00 01 00 0167 26 51 100 100 81 100 0,4300 0,3850 0,2270 00 01 01 01 01 00 0179 46 67 100 100 #NULO! 100 0,5150 0,5160 0,4130 01 01 01 01 01 #NULO! 0182 55 69 100 100 100 100 0,4220 0,4390 0,2500 #NULO! 01 01 01 01 01 0170 36 54 100 100 96 100 0,4710 0,5260 0,3240 01 01 01 01 01 00 0181 07 56 96 98 100 100 0,4670 0,4740 0,2510 00 01 01 00 00 01 0182 61 74 100 100 100 100 0,4060 0,4370 0,2260 01 #NULO! 01 01 01 01 0191 41 85 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5970 0,6400 0,5350 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!71 01 67 100 100 100 98 0,4250 0,4450 0,2550 01 01 00 01 01 01 0088 51 63 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5450 0,6050 0,4620 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!47 04 36 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3580 0,3640 0,1870 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!82 01 81 100 100 #NULO! 100 0,3970 0,4220 0,2400 01 01 01 01 01 #NULO! 0072 16 54 100 #NULO! 78 100 0,4040 0,3610 0,2720 00 01 01 01 #NULO! 00 0163 37 48 100 98 94 100 0,4400 0,4090 0,2540 01 01 01 01 00 00 0186 69 72 100 100 100 100 0,4570 0,4370 0,2530 00 01 01 01 01 01 0181 04 50 #NULO! 100 #NULO! #NULO! 0,4670 0,4820 0,3270 00 01 01 #NULO! 01 #NULO! #NULO!66 15 54 99 100 100 100 0,4130 0,4460 0,2570 01 01 01 00 01 01 0156 01 34 84 88 #NULO! 81 0,3570 0,3350 0,1760 00 00 00 00 00 #NULO! 0092 05 72 100 100 94 100 0,5530 0,5800 0,4380 01 01 01 01 01 00 0088 25 85 #NULO! #NULO! #NULO! 100 0,6100 0,6380 0,5640 01 00 01 #NULO! #NULO! #NULO! 0177 00 53 94 98 92 97 0,4160 0,4410 0,2630 01 01 00 00 00 00 0093 19 85 100 100 #NULO! 100 0,5250 0,5210 0,4880 01 01 01 01 01 #NULO! 0152 19 36 83 100 100 99 0,3130 0,2760 0,1550 00 00 01 00 01 01 0083 53 69 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4360 0,3870 0,2940 00 00 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!81 35 70 92 96 99 100 0,5370 0,5050 0,4250 00 01 01 00 00 00 0158 00 38 90 100 100 100 0,3330 0,2750 0,1640 00 00 00 00 01 01 0169 03 68 100 100 95 100 0,3800 0,3480 0,2150 01 01 01 01 01 00 0181 56 74 100 100 100 100 0,4350 0,4500 0,2770 01 01 01 01 01 01 0177 54 56 99 100 #NULO! 100 0,5010 0,3890 0,5310 00 01 01 00 01 #NULO! 0170 56 64 100 100 90 100 0,4400 0,4010 0,2790 00 01 01 01 01 00 0147 06 17 100 100 100 100 0,4110 0,4130 0,1690 01 #NULO! 01 01 01 01 0174 04 65 100 100 100 100 0,4560 0,4480 0,2960 01 01 01 01 01 01 0182 44 64 100 100 #NULO! 99 0,5340 0,5190 0,4190 01 01 01 01 01 #NULO! 0060 23 35 90 100 100 100 0,3740 0,3920 0,2090 01 01 01 00 01 01 0186 68 80 100 100 94 100 0,4970 0,4820 0,4190 01 01 01 01 01 00 0168 00 27 100 100 87 100 0,3670 0,3570 0,1530 00 #NULO! 00 01 01 00 0178 55 69 97 100 100 99 0,4630 0,4960 0,3180 00 01 01 00 01 01 0093 75 87 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6340 0,6220 0,6640 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!50 03 20 100 100 94 100 0,3290 0,2800 0,1450 01 00 01 01 01 00 0167 39 54 100 100 95 100 0,3960 0,3790 0,1980 00 01 01 01 01 00 0189 59 71 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4490 0,4530 0,2940 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!84 39 69 100 100 #NULO! 100 0,4920 0,4500 0,4520 01 01 01 01 01 #NULO! 0088 62 56 99 100 #NULO! 100 0,4150 0,4040 0,2680 01 01 01 00 01 #NULO! 0180 36 56 100 100 100 100 0,4010 0,4200 0,1370 00 00 01 01 01 01 0195 #NULO! 88 100 100 100 80 0,5530 0,5290 0,4920 01 01 #NULO! 01 01 01 0048 02 16 #NULO! 100 100 92 0,3300 0,2760 0,2090 01 01 01 #NULO! 01 01 0087 65 69 100 100 100 100 0,4110 0,3980 0,2670 00 01 01 01 01 01 0160 32 49 99 75 94 100 0,4060 0,4010 0,2150 00 01 01 00 00 00 0182 07 71 100 100 90 100 0,4360 0,3810 0,2950 00 01 01 01 01 00 0184 65 79 100 100 98 100 0,5090 0,5150 0,4070 01 01 01 01 01 00 0157 20 31 100 100 95 100 0,4000 0,3730 0,2170 01 01 01 01 01 00 0166 40 49 100 100 #NULO! 100 0,3930 0,3220 0,1890 01 00 01 01 01 #NULO! 0183 43 64 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5220 0,5670 0,4410 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIBahia Lafaete CoutinhoBahia LajeBahia Lauro de FreitasBahia MacaraníBahia MairiBahia MalhadaBahia MaracásBahia MaragogipeBahia MarauBahia Miguel CalmonBahia Morro do ChapéuBahia MucuriBahia Mundo NovoBahia MutuipeBahia NazaréBahia Nova ItaranaBahia Nova ViçosaBahia ParatingaBahia PindobaçuBahia PlanaltinoBahia PlanaltoBahia PoçõesBahia PojucaBahia Porto SeguroBahia PotiraguáBahia RemansoBahia Riachão do JacuipeBahia Rio de ContasBahia Ruy BarbosaBahia Salinas da MargaridaBahia SalvadorBahia Santa BrígidaBahia Santa InêsBahia Santa LuziaBahia Santo AmaroBahia Santo Antônio de JesusBahia Santo EstevãoBahia São FélixBahia São Francisco do CondeBahia São Miguel das MatasBahia SapeaçuBahia Sátiro DiasBahia SeabraBahia Serra do RamalhoBahia Simões filhoBahia Sítio do MatoBahia Sítio do QuitoBahia TapiramutáBahia Teixeira de FreitasBahia Terra NovaBahia UauáBahia UbaíraBahia UbaitabaBahia ValençaBahia Vitória da ConquistaParaná Almirante TamandaréParaná Alto PiquiriParaná AltôniaParaná AmpéreParaná AnahyParaná Antônio Olinto
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC64 27 43 100 100 89 100 0,3840 0,3500 0,1200 00 00 01 01 01 00 0151 17 21 100 100 91 100 0,4410 0,3820 0,3010 00 01 01 01 01 00 0195 40 89 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7380 0,6560 0,9130 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!87 64 70 100 100 100 100 0,4100 0,3610 0,2600 00 00 01 01 01 01 0159 27 43 91 99 #NULO! 89 0,4160 0,4640 0,2270 01 01 01 00 00 #NULO! 0048 01 36 86 93 83 100 0,3820 0,3380 0,1310 00 00 00 00 00 00 0171 00 58 100 100 92 100 0,3890 0,3760 0,2240 01 01 00 01 01 00 0160 26 35 98 100 100 100 0,4350 0,4030 0,2570 00 01 01 00 01 01 0146 07 11 100 100 100 100 0,3770 0,3200 0,1920 00 00 01 01 01 01 0157 26 47 98 98 #NULO! #NULO! 0,4000 0,4270 0,2470 01 01 01 00 00 #NULO! #NULO!60 00 38 97 97 100 99 0,4130 0,4370 0,2780 01 #NULO! 00 00 00 01 0086 26 77 100 100 58 100 0,4360 0,3420 0,4190 01 00 01 01 01 00 0172 16 53 94 98 96 93 0,3930 0,4140 0,2120 01 01 01 00 00 00 0065 38 46 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4200 0,4210 0,2280 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!75 40 66 100 100 100 100 0,4660 0,4690 0,3310 01 #NULO! 01 01 01 01 0174 01 39 100 100 100 100 0,3130 0,2770 0,1560 01 00 01 01 01 01 0185 13 67 100 100 58 100 0,4720 0,4220 0,4350 01 01 01 01 01 00 0139 00 25 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3990 0,3870 0,1330 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!72 07 49 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3650 0,3690 0,1560 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!59 00 09 100 100 81 100 0,3650 0,2920 0,1930 00 01 00 01 01 00 0177 01 58 100 100 #NULO! 100 0,3660 0,3070 0,2060 00 01 01 01 01 #NULO! 0175 36 70 100 100 #NULO! 100 0,4160 0,3970 0,2700 01 01 01 01 01 #NULO! 0181 60 77 100 100 100 97 0,5740 0,5910 0,5040 01 00 01 01 01 01 0086 24 80 100 100 #NULO! 100 0,5340 0,5210 0,4560 01 01 01 01 01 #NULO! 0171 55 65 98 99 #NULO! 99 0,3980 0,3950 0,2220 00 01 01 00 00 #NULO! 0057 45 43 100 100 100 100 0,3990 0,3810 0,2340 00 #NULO! 01 01 01 01 0164 32 54 100 99 98 100 0,4480 0,4770 0,2990 01 01 01 01 00 00 0175 00 30 100 100 #NULO! #NULO! 0,4380 0,4550 0,2420 01 00 00 01 01 #NULO! #NULO!66 38 54 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4170 0,4120 0,2630 01 #NULO! 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!85 01 81 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4450 0,5340 0,2360 00 00 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 75 93 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7930 0,7580 0,9520 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!43 16 28 100 100 95 88 0,3230 0,2450 0,1840 00 00 01 01 01 00 0079 41 79 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3910 0,3570 0,1800 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!58 32 42 100 100 100 100 0,3710 0,3750 0,2290 00 00 01 01 01 01 0178 40 75 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5150 0,5650 0,3930 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!87 51 79 99 99 95 94 0,5610 0,5630 0,4690 01 01 01 00 00 00 0063 00 36 100 100 99 100 0,4590 0,4430 0,3110 01 01 00 01 01 00 0166 50 63 100 100 100 100 0,4720 0,5060 0,3200 01 01 01 01 01 01 0172 35 57 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4920 0,5510 0,3100 00 00 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!62 08 28 91 95 67 100 0,4260 0,4060 0,2620 00 01 01 00 00 00 0178 01 39 100 100 100 100 0,4640 0,4640 0,2630 00 00 01 01 01 01 01
#NULO! 14 27 84 100 100 100 0,3310 0,3390 0,1680 00 01 01 00 01 01 0059 00 37 100 100 92 100 0,4570 0,4830 0,2760 00 01 00 01 01 00 0173 00 05 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3680 0,4100 0,1240 00 00 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!89 42 67 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5840 0,6470 0,4770 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!62 00 37 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3550 0,3720 0,1490 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!50 06 23 100 100 100 100 0,3600 0,2690 0,2700 00 00 01 01 01 01 0181 00 51 97 100 100 100 0,3680 0,3520 0,1830 01 01 00 00 01 01 0195 49 92 100 100 #NULO! 95 0,5510 0,5180 0,5860 01 01 01 01 01 #NULO! 0068 41 67 94 88 94 100 0,4590 0,5010 0,2100 01 00 01 00 00 00 0147 00 38 100 100 #NULO! 100 0,3900 0,3980 0,1840 01 01 00 01 01 #NULO! 0165 32 42 100 100 67 100 0,3960 0,4080 0,1760 00 01 01 01 01 00 0171 49 66 100 100 100 100 0,4340 0,4480 0,3310 01 01 01 01 01 01 0171 50 60 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4880 0,4790 0,3840 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!89 35 83 100 100 #NULO! 99 0,5740 0,5630 0,5820 01 01 01 00 01 #NULO! 0098 04 95 100 100 100 100 0,6400 0,6470 0,6410 01 01 01 01 00 01 0193 01 78 98 100 98 100 0,5310 0,5330 0,4130 00 01 00 00 01 00 0197 16 61 97 100 100 100 0,5860 0,6160 0,4980 00 00 01 00 01 01 0197 14 63 100 97 100 100 0,5690 0,6380 0,4320 00 01 01 01 00 01 0199 00 56 100 100 100 100 0,6320 0,6310 0,6150 00 00 00 01 01 01 0194 00 19 100 100 98 100 0,5120 0,5950 0,3240 00 00 00 01 01 00 01
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIParaná ApucaranaParaná ArapotiParaná ArapuãParaná ArarunaParaná AraucáriaParaná Assis ChateaubriandParaná Barbosa FerrazParaná Boa EsperançaParaná Boa Esperança do IguaçuParaná Boa Vista da AparecidaParaná Bom Sucesso do SulParaná BraganeyParaná Brasilândia do SulParaná CafelândiaParaná Cafezal do SulParaná CambaráParaná Campina da LagoaParaná Campina Grande do SulParaná Campo BonitoParaná Campo do TenenteParaná Campo LargoParaná Campo MagroParaná Campo MourãoParaná CandóiParaná CantagaloParaná CapanemaParaná Capitão Leônidas MarquesParaná CarambeíParaná CascavelParaná CastroParaná CatanduvasParaná Céu AzulParaná ChopinzinhoParaná Cidade GaúchaParaná ClevelândiaParaná ColomboParaná ColoradoParaná ContendaParaná CorbéliaParaná Coronel VividaParaná Corumbataí do SulParaná Cruz MachadoParaná Cruzeiro do OesteParaná CuritibaParaná CuriúvaParaná Diamante do SulParaná DouradinaParaná Enéas MarquesParaná Engenheiro BeltrãoParaná Esperança NovaParaná Espigão Alto do IguaçuParaná FarolParaná FaxinalParaná Fazenda Rio GrandeParaná FênixParaná Formosa do OesteParaná Foz do IguaçuParaná Francisco AlvesParaná Francisco BeltrãoParaná General CarneiroParaná Goioerê
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC100 22 92 95 100 100 100 0,7440 0,6850 0,8560 00 01 01 00 01 01 0197 05 78 99 100 100 100 0,7290 0,6280 0,9370 01 00 01 00 01 01 0196 00 31 96 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 00 01 01 0196 00 67 97 100 100 100 0,5610 0,6050 0,4450 01 01 00 00 01 01 0199 43 96 99 100 100 99 0,7300 0,6970 0,7910 01 00 01 00 01 01 0099 25 72 98 100 100 100 0,6620 0,6290 0,7170 00 01 01 00 01 01 0195 04 49 96 100 100 100 0,5340 0,5190 0,4180 00 01 01 00 01 01 0199 00 64 100 100 100 100 0,6340 0,5820 0,7220 00 01 00 01 01 01 0195 00 26 100 93 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 01 00 01 0195 02 49 90 97 100 100 0,4860 0,5590 0,2630 00 01 01 00 00 01 0197 00 39 100 97 100 100 0,5810 0,5730 0,5270 00 00 00 01 00 01 0196 00 55 98 100 100 100 0,5610 0,5740 0,4220 00 01 00 00 01 01 0184 00 75 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 01
100 47 79 100 100 100 100 0,7810 0,6660 0,9540 00 01 01 01 01 01 0199 01 56 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 01
100 79 88 100 100 100 96 0,7500 0,6530 0,9460 00 01 01 01 01 01 0097 01 58 100 100 100 100 0,5460 0,5630 0,4550 00 01 00 01 01 01 0198 42 83 100 100 100 100 0,6910 0,6450 0,7370 00 01 01 01 01 01 0198 00 43 100 100 100 100 0,5100 0,5290 0,3520 00 00 00 01 01 01 0197 02 68 96 100 100 100 0,5300 0,5800 0,3770 00 00 01 00 01 01 0198 28 89 96 100 100 100 0,7100 0,6790 0,7960 01 00 01 00 01 01 0194 06 88 100 100 100 94 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 01 01 01 01 00
100 29 93 85 100 100 100 0,7330 0,6670 0,8770 00 01 01 00 01 01 0190 01 36 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 01 01 01 0190 06 55 98 100 100 100 0,5110 0,6040 0,2860 00 01 01 00 01 01 0197 00 50 93 98 100 100 0,6360 0,6680 0,5510 00 01 00 00 00 01 0199 01 70 100 100 100 100 0,5660 0,6030 0,4230 00 01 01 01 01 01 0194 24 80 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 01 01 01 01 0199 37 93 92 99 98 100 0,7720 0,7170 0,9500 01 01 01 00 00 00 0197 39 71 100 100 100 100 0,6860 0,6240 0,8480 01 01 01 01 01 01 0191 01 46 98 98 100 100 0,6060 0,5740 0,5600 00 01 00 00 00 01 01
100 01 71 95 100 100 100 0,6630 0,6680 0,7130 01 01 00 00 01 01 0195 17 53 100 96 100 99 0,5840 0,6340 0,4250 00 01 01 01 00 01 00
100 32 86 92 100 100 100 0,6370 0,6110 0,6000 00 00 01 00 01 01 0195 31 78 96 99 100 100 0,6020 0,6740 0,5210 00 01 01 00 00 01 0199 44 98 100 100 100 100 0,6930 0,6790 0,7440 01 01 01 01 00 01 01
100 62 89 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6870 0,6280 0,7830 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!95 01 59 89 100 100 100 0,6760 0,6930 0,6920 00 00 00 00 01 01 0199 20 77 100 100 100 100 0,6130 0,6290 0,5360 00 01 01 01 01 01 0199 15 61 100 99 100 100 0,6500 0,6560 0,5940 00 01 01 00 00 01 0192 20 45 100 100 100 100 0,4580 0,5280 0,2350 00 00 01 01 01 01 0193 01 26 91 100 98 100 0,5580 0,6620 0,3680 00 01 00 00 01 00 0198 10 76 91 100 100 100 0,6150 0,5940 0,6050 00 01 01 00 01 01 01
100 77 100 92 100 100 99 0,8190 0,7960 0,9650 01 01 01 00 01 00 0093 01 57 99 100 100 100 0,5000 0,5550 0,3450 00 01 00 00 01 01 0171 00 24 93 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 00 01 01 0199 01 76 100 100 100 100 0,5760 0,5830 0,5390 00 01 01 01 01 01 0196 02 28 100 92 100 100 0,6080 0,6250 0,4970 00 00 01 01 00 01 01
100 08 82 100 100 100 100 0,6380 0,6320 0,5930 01 01 01 01 01 01 0198 00 50 86 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 00 01 01 0194 00 35 93 97 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 00 00 01 0199 00 53 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 0195 02 74 100 100 100 100 0,5970 0,5820 0,5850 00 01 01 01 01 01 0198 15 95 98 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 01 01 01 00 01 01 0198 00 79 92 100 100 100 0,5590 0,6060 0,4260 00 00 00 00 01 01 0199 00 57 100 100 100 100 0,6360 0,6130 0,6290 00 01 00 01 01 01 0199 34 97 100 100 100 100 0,7670 0,7120 0,9520 01 01 01 01 01 01 0198 00 59 99 100 100 100 0,5790 0,5870 0,4580 00 00 00 00 01 01 0199 29 80 89 99 100 100 0,7240 0,6850 0,8020 01 01 01 00 00 01 0197 09 72 100 100 100 100 0,6060 0,6380 0,5790 01 01 01 01 01 01 0199 14 85 100 100 100 100 0,6630 0,6170 0,7950 00 01 01 01 01 01 01
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIParaná GuaíraParaná GuaporemaParaná GuaraniaçuParaná GuarapuavaParaná GuaratubaParaná IbaitiParaná IcaraímaParaná IguatuParaná ImbituvaParaná Inácio MartinsParaná InajáParaná IndianópolisParaná IratiParaná IretamaParaná IvaíParaná IvatéParaná JacarezinhoParaná JaniópolisParaná Jardim AlegreParaná Jardim OlindaParaná JesuítasParaná LapaParaná LaranjalParaná Laranjeiras do SulParaná LoandaParaná LondrinaParaná LuizianaParaná LunardelliParaná MalletParaná MamborêParaná Manoel RibasParaná Maria HelenaParaná MarialvaParaná MariópolisParaná MaripáParaná MarquinhoParaná MatelândiaParaná Mauá da SerraParaná MissalParaná Moreira SalesParaná MorretesParaná Nova Aliança do IvaíParaná Nova AuroraParaná Nova CantuParaná Nova LaranjeirasParaná Nova OlímpiaParaná Nova Prata do IguaçuParaná Nova Santa RosaParaná Ouro Verde do OesteParaná PalmasParaná PalmeiraParaná PalmitalParaná PalotinaParaná Paraíso do NorteParaná ParanaguáParaná Pato BrancoParaná Paula FreitasParaná PerobalParaná PérolaParaná Pérola D'OesteParaná Pinhais
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC99 41 79 100 100 100 100 0,6920 0,6560 0,7740 00 01 01 01 01 01 0199 00 60 100 100 100 100 0,5630 0,5730 0,3910 00 00 00 00 01 01 0191 22 43 95 98 100 100 0,5460 0,5940 0,3740 01 01 01 00 00 01 0198 40 90 100 100 100 100 0,7010 0,6670 0,7760 01 01 01 01 01 01 0097 19 92 100 100 100 99 0,6990 0,6810 0,8090 01 01 01 01 01 01 0095 14 71 100 100 100 100 0,5950 0,5730 0,6030 01 01 01 01 01 01 0197 01 60 91 100 100 100 0,5560 0,5900 0,4310 00 01 00 00 01 01 0191 00 53 97 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 00 01 01 0198 12 58 100 100 100 100 0,6450 0,6720 0,5980 01 00 01 01 01 01 0193 07 45 94 100 100 100 0,5080 0,5870 0,2790 00 00 01 00 01 01 0199 01 87 100 100 100 100 0,5630 0,5010 0,4780 #NULO! 00 01 01 01 01 0199 00 62 83 100 100 100 0,5750 0,5870 0,3880 00 01 00 00 01 01 0197 42 72 88 100 100 100 0,6540 0,6990 0,5890 01 01 01 00 01 01 0185 00 52 100 100 98 100 0,5180 0,5510 0,3660 00 00 00 01 01 00 0191 14 37 100 100 100 100 0,5440 0,6410 0,3720 00 01 01 01 01 01 0198 01 61 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 0199 78 87 90 97 100 100 0,7130 0,6470 0,8410 00 01 01 00 00 01 0198 00 67 98 100 100 100 0,6210 0,5650 0,6710 01 00 00 00 01 01 0198 01 64 100 100 100 100 0,5570 0,5560 0,4090 00 01 00 01 01 01 01
100 00 68 100 100 #NULO! 98 0,5690 0,5980 0,4250 00 00 00 01 01 #NULO! 0098 00 60 89 100 100 100 0,5830 0,6270 0,4800 00 01 00 00 01 01 0193 44 60 98 99 99 100 0,6370 0,6720 0,5940 01 01 01 00 00 00 0166 00 21 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 0196 10 76 100 100 100 100 0,6050 0,6320 0,5250 00 01 01 01 01 01 0199 12 87 100 100 100 100 0,7060 0,6200 0,8060 00 01 01 01 01 01 0199 61 96 99 100 100 100 0,7920 0,7240 0,9560 00 01 01 00 01 00 0197 00 56 100 100 100 100 0,5600 0,5530 0,4720 00 00 00 01 01 01 0197 00 55 86 100 100 100 0,5340 0,5620 0,3790 00 01 00 00 01 01 0195 05 56 100 100 100 100 0,6320 0,7060 0,5070 00 00 01 01 01 01 0199 15 69 89 100 100 100 0,6710 0,6100 0,7980 00 01 01 00 01 01 0198 01 51 98 100 100 100 0,6020 0,5800 0,5330 00 01 00 00 01 01 0197 00 50 96 100 100 100 0,5370 0,5540 0,3950 00 01 00 00 01 01 0199 34 80 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7530 0,6590 0,9400 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 03 61 100 100 100 100 0,5960 0,6530 0,4540 00 01 01 01 01 01 01
100 01 59 99 97 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 00 00 01 0180 00 15 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 0199 07 71 100 93 100 100 0,6200 0,6390 0,5660 00 01 01 01 00 01 0196 00 82 90 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 00 01 01 0198 00 59 95 100 100 100 0,7240 0,7110 0,7510 00 00 00 00 01 01 0197 01 61 100 100 100 100 0,5610 0,5580 0,4850 00 01 00 01 01 01 0197 07 54 100 100 98 95 0,6450 0,6740 0,6590 00 01 01 01 01 00 0099 02 75 93 97 100 100 0,5290 0,5060 0,3970 00 00 01 00 00 01 0199 01 67 93 100 100 100 0,6320 0,6280 0,5680 00 01 00 00 01 01 0194 00 38 94 100 100 100 0,5690 0,5440 0,5380 00 01 00 00 01 01 0178 07 14 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 01 01 01 01 0199 01 79 96 100 100 100 0,6280 0,5620 0,6110 00 01 00 00 01 01 0197 02 51 100 95 100 100 0,5900 0,5770 0,5030 00 00 01 01 00 01 0199 01 56 99 100 100 100 0,7130 0,7200 0,7390 00 00 00 00 01 01 01
100 00 61 86 97 100 100 0,6050 0,6380 0,5490 00 00 00 00 00 01 0194 19 84 100 100 100 98 0,6540 0,6430 0,6630 00 01 01 01 01 01 0096 49 60 97 100 100 100 0,6940 0,7000 0,7310 00 01 01 00 01 01 0179 00 44 99 100 100 100 0,4920 0,5370 0,3040 00 00 00 00 01 01 01
100 13 80 100 99 98 100 0,7680 0,7040 0,9420 00 01 01 01 00 00 0198 00 89 94 100 100 100 0,6540 0,5970 0,6960 00 #NULO! 00 00 01 01 0198 69 96 83 100 99 91 0,7690 0,7330 0,9370 00 01 01 00 01 00 0099 46 90 100 99 100 100 0,7780 0,7220 0,9470 00 01 01 01 00 01 0194 00 30 100 100 100 100 0,5790 0,6790 0,3510 00 01 00 01 01 01 0198 01 58 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 0199 00 75 99 100 100 100 0,6010 0,6000 0,5220 00 00 00 00 01 01 0194 02 43 100 92 100 100 0,6390 0,6580 0,5350 00 00 01 01 00 01 0199 52 100 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 01 01 01 01 01
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIParaná Pinhal de São BentoParaná PinhãoParaná Piraí do SulParaná PitangaParaná Planaltina do ParanáParaná Ponta GrossaParaná Porto RicoParaná PranchitaParaná PrudentópolisParaná Quatro BarrasParaná Quedas do IguaçuParaná Querência do NorteParaná Quinta do SolParaná Rancho Alegre D'OesteParaná RebouçasParaná ReservaParaná Ribeirão do PinhalParaná Rio AzulParaná Rio Bonito do IguaçuParaná Rio NegroParaná RoncadorParaná RondonParaná Salgado FilhoParaná Salto do LontraParaná Santa HelenaParaná Santa Isabel do IvaíParaná Santa Izabel do OesteParaná Santa LúciaParaná Santa MônicaParaná Santa Terrezinha de ItaipúParaná Santo Antônio da PlatinaParaná São Carlos do IvaíParaná São JoãoParaná São João do IvaíParaná São João do TriunfoParaná São Jorge do PatrocínioParaná São José dos PinhaisParaná São Manoel do ParanáParaná São Mateus do SulParaná São Pedro do IguaçuParaná São ToméParaná SapopemaParaná SarandiParaná Saudade do IguaçuParaná Serranópolis do IguaçuParaná SulinaParaná Teixeira SoaresParaná Telêmaco BorbaParaná Terra BoaParaná Terra RicaParaná Terra RoxaParaná TibagiParaná Tijucas do SulParaná ToledoParaná Tunas do ParanáParaná Tuneiras do OesteParaná TurvoParaná UbiratãParaná UmuaramaParaná Vera Cruz do OesteParaná Verê
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC97 00 19 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 0185 12 54 100 100 100 100 0,6240 0,5850 0,5590 00 01 01 01 01 01 0195 43 67 97 98 100 100 0,6180 0,6560 0,5850 00 00 01 00 00 01 0191 07 50 100 100 100 100 0,5470 0,5840 0,4250 00 01 01 01 01 01 0198 00 65 100 100 100 100 0,6400 0,6100 0,6360 00 01 00 01 01 01 0199 50 95 97 100 100 100 0,7660 0,7350 0,9430 00 01 01 00 00 00 01
100 01 67 98 100 100 100 0,5490 0,5500 0,4370 00 01 00 00 01 01 0196 08 49 100 97 100 100 0,6360 0,6470 0,5400 00 00 01 01 00 01 0195 15 43 81 100 100 100 0,5770 0,6710 0,3730 00 01 01 00 01 01 0199 47 95 100 100 100 100 0,7330 0,6850 0,9120 00 00 01 01 01 01 0199 34 79 95 99 100 100 0,5680 0,6280 0,4200 00 01 01 00 00 01 0192 00 49 100 100 100 100 0,5870 0,5310 0,5660 00 01 00 01 01 01 0199 02 74 93 100 100 100 0,5870 0,5630 0,5480 00 01 01 00 01 01 0199 01 65 100 #NULO! 100 100 0,6130 0,6170 0,5590 00 01 00 01 #NULO! 01 0194 12 49 100 100 100 100 0,5600 0,6690 0,3580 00 01 01 01 01 01 0189 06 41 98 100 100 100 0,4810 0,5090 0,3250 00 00 01 00 01 01 0198 48 76 100 98 100 100 0,5620 0,5440 0,5030 00 00 01 01 00 01 0194 24 35 100 100 100 100 0,6100 0,6740 0,4370 00 00 01 01 01 01 0188 00 20 90 95 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 00 00 01 0198 29 76 88 100 98 100 0,7400 0,7280 0,8520 00 00 01 00 01 00 0192 00 47 79 100 100 100 0,5490 0,5810 0,4200 00 01 00 00 01 01 0199 16 71 91 100 100 100 0,6010 0,6130 0,5440 00 01 01 00 01 01 0191 01 42 100 100 100 100 0,5290 0,5910 0,3160 00 00 01 01 01 01 0193 00 46 93 97 100 100 0,5650 0,6190 0,3490 00 00 00 00 00 01 0199 24 67 98 98 100 100 0,7120 0,6830 0,7520 00 #NULO! 01 00 00 01 01
100 27 75 92 100 #NULO! 100 0,5720 0,5910 0,4580 00 01 01 00 01 #NULO! 0197 00 46 98 100 100 100 0,5730 0,6380 0,4100 00 01 00 00 01 01 0198 02 46 100 97 100 100 0,6250 0,5580 0,7100 00 01 01 01 00 01 0199 00 60 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!
100 03 89 100 99 100 100 0,6990 0,6630 0,7990 00 00 01 01 00 01 0198 66 83 100 100 100 100 0,6310 0,6120 0,6870 00 01 01 01 00 01 0199 01 89 100 100 100 100 0,7340 0,5800 0,9580 00 01 00 01 01 01 0198 13 42 100 100 100 100 0,5840 0,6570 0,3980 00 01 01 01 01 01 0198 01 67 100 100 100 100 0,5920 0,5420 0,6500 00 01 00 01 01 01 0191 01 27 100 100 100 100 0,5200 0,6360 0,3310 00 01 01 01 01 01 0197 02 55 83 100 100 100 0,5030 0,5870 0,2850 00 01 01 00 01 01 0199 52 95 89 100 100 100 0,7840 0,7180 0,9420 00 01 01 00 01 01 0188 00 51 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 01 01 01 0198 04 56 91 100 100 100 0,6610 0,6970 0,6010 00 00 01 00 01 01 0198 00 49 94 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 00 01 01 0199 01 76 96 100 100 100 0,6230 0,6310 0,5520 00 01 00 00 01 01 0184 13 48 91 100 100 100 0,5220 0,5150 0,3480 00 01 01 00 01 01 01
100 04 98 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6350 0,6320 0,5830 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 00 43 100 #NULO! 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 01 #NULO! 01 0199 00 71 100 97 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 00 00 01 0199 00 32 100 100 100 100 0,5480 0,6640 0,2900 00 01 00 01 01 01 0193 02 47 95 100 100 100 0,5980 0,6470 0,4890 00 00 01 00 01 01 0198 48 97 100 100 100 100 0,6990 0,6420 0,8360 00 01 01 01 01 01 01
100 06 84 100 100 100 100 0,5990 0,5990 0,5090 00 01 01 01 01 01 0199 00 81 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6980 0,5760 0,8350 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 01 72 100 #NULO! 100 100 0,5930 0,6250 0,4560 00 01 00 01 #NULO! 01 0195 23 60 100 100 100 100 0,5180 0,5480 0,3850 00 01 01 01 01 01 0197 00 34 100 100 99 100 0,5890 0,6220 0,5090 00 00 00 01 01 00 01
100 25 85 99 95 100 100 0,7820 0,6930 0,9410 00 01 01 00 00 01 0165 02 49 93 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 01 00 01 01 0196 00 55 100 100 100 100 0,5450 0,5610 0,3900 00 01 00 01 01 01 0194 07 35 100 100 100 100 0,5720 0,5860 0,4920 00 01 01 01 01 01 0198 01 77 96 100 100 100 0,6940 0,6300 0,7900 00 01 01 00 01 01 0199 36 91 100 100 98 100 0,7240 0,6510 0,8630 00 01 01 01 01 00 0197 15 69 89 100 100 #NULO! 0,6230 0,6160 0,6050 00 01 01 00 01 01 #NULO!95 01 40 100 98 100 100 0,5460 0,6130 0,3560 00 00 01 01 00 01 01
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIParaná Vila AltaParaná VirmondParaná VitorinoParaná Wenceslau BrazParaná XambrêPernambuco AgrestinaPernambuco Águas BelasPernambuco AliançaPernambuco AmarajiPernambuco AraçoiabaPernambuco ArcoverdePernambuco Belém de MariaPernambuco Belo JardimPernambuco BezerrosPernambuco BodocóPernambuco Bom ConselhoPernambuco BrejãoPernambuco Brejo da Madre de DeusPernambuco BuíquePernambuco Cabo de Santo AgostinhoPernambuco CabrobóPernambuco CaetésPernambuco CalçadoPernambuco Camocim de São FélixPernambuco CanhotinhoPernambuco CapoeirasPernambuco CarnaíbaPernambuco CarpinaPernambuco CaruaruPernambuco CatendePernambuco CedroPernambuco CondadoPernambuco CorrentesPernambuco CortêsPernambuco CupiraPernambuco DormentesPernambuco EscadaPernambuco ExuPernambuco GameleiraPernambuco GaranhunsPernambuco GravatáPernambuco IgarassuPernambuco IpojucaPernambuco IpubiPernambuco ItambéPernambuco Jaboatão dos GuararapesPernambuco JaqueiraPernambuco João AlfredoPernambuco JupiPernambuco Lagoa do ItaengaPernambuco Lagoa do OuroPernambuco Lagoa dos GatosPernambuco Lagoa GrandePernambuco LimoeiroPernambuco MacaparanaPernambuco Nazaré da MataPernambuco OlindaPernambuco OrocóPernambuco OuricuriPernambuco PalmaresPernambuco Palmeirina
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC94 00 61 96 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 00 01 01 0197 07 35 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 01 01 01 01 0199 00 59 96 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 00 01 01 0198 15 74 87 100 100 100 0,6210 0,6030 0,6140 00 00 01 00 01 01 0199 00 58 100 100 100 #NULO! 0,5290 0,5730 0,3670 00 01 00 01 01 01 #NULO!80 50 59 100 100 58 100 0,3800 0,3300 0,3130 01 01 01 01 01 00 0153 15 40 100 100 56 84 0,3270 0,2780 0,2120 00 00 01 01 01 00 0089 13 34 100 100 100 100 0,3770 0,3970 0,2090 01 01 01 01 01 01 0170 31 43 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3850 0,3430 0,2210 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!90 03 58 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!90 77 77 98 100 93 #NULO! 0,3710 0,3600 0,2020 01 01 01 00 01 00 #NULO!72 19 56 98 98 97 100 #NULO! #NULO! #NULO! 01 00 01 00 00 00 0183 56 63 98 98 92 88 0,4290 0,4120 0,3480 #NULO! 01 01 00 00 00 0087 57 75 100 100 94 100 0,4120 0,3860 0,3270 01 01 01 01 01 00 01
#NULO! 12 29 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3610 0,3790 0,2080 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!67 45 54 100 100 84 100 0,3960 0,3520 0,2910 01 01 01 01 01 00 0168 06 35 100 100 88 100 0,3350 0,3380 0,1750 #NULO! 00 01 01 01 00 0174 37 44 100 100 88 100 0,3960 0,3490 0,3330 01 01 01 01 01 00 0149 13 25 100 100 100 100 0,3540 0,2910 0,2060 01 01 01 01 01 01 0191 25 86 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5410 0,5750 0,3980 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!57 48 53 100 100 94 100 0,4610 0,4360 0,3500 01 01 01 01 01 00 01
#NULO! 08 24 100 100 #NULO! 100 0,3350 0,2780 0,2100 01 01 01 01 01 #NULO! 0174 25 31 84 87 #NULO! 100 0,3440 0,3750 0,1910 01 01 01 00 00 #NULO! 0193 36 74 100 100 #NULO! 100 0,4150 0,3740 0,4450 01 00 01 01 01 #NULO! 0178 37 44 97 97 80 97 0,3390 0,3150 0,2360 01 01 01 00 00 00 0044 25 28 100 100 #NULO! 100 0,3730 0,3440 0,2290 01 01 01 01 01 #NULO! 0152 17 32 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3790 0,3700 0,1970 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!97 01 76 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5110 0,5250 0,4110 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!93 70 79 100 100 #NULO! 100 0,6070 0,5600 0,6640 01 01 01 01 01 #NULO! 0166 44 38 100 100 100 100 0,4220 0,4320 0,2750 01 00 01 01 01 01 0184 05 48 98 98 98 100 0,4060 0,4320 0,1610 01 01 01 00 00 00 0168 19 51 100 100 #NULO! 100 0,4290 0,4220 0,3210 #NULO! 00 01 01 01 #NULO! 0182 38 42 100 100 69 100 0,3620 0,3490 0,2380 01 01 01 01 01 00 0177 09 25 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3730 0,3520 0,2080 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!63 45 33 95 95 100 100 0,3740 0,3620 0,2960 01 01 01 00 00 01 0186 25 67 97 97 80 84 0,3800 0,3960 0,2390 01 00 01 00 00 00 0047 03 32 98 99 97 #NULO! 0,4230 0,4600 0,2480 01 01 01 00 00 00 #NULO!88 06 54 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3820 0,3770 0,1950 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!91 23 86 96 100 100 100 0,3860 0,3950 0,2220 01 00 01 00 01 01 0174 31 51 98 98 97 98 0,5570 0,5460 0,5820 01 01 01 00 00 00 0048 15 34 96 96 #NULO! 82 0,4860 0,4380 0,4170 01 00 01 00 00 #NULO! 0061 09 39 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4740 0,5050 0,3170 01 00 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!54 03 45 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4280 0,4050 0,2390 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!83 07 74 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3560 0,2760 0,2220 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!63 26 45 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3570 0,3480 0,2360 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!65 07 43 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6900 0,6630 0,7440 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!52 33 36 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 01 00 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!79 23 53 100 100 96 100 0,3750 0,3270 0,2970 01 01 01 01 01 00 0174 53 55 100 100 73 97 0,3550 0,3600 0,1880 01 01 01 01 01 00 0062 20 35 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3830 0,3640 0,2220 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!69 29 40 97 100 86 94 0,3460 0,3470 0,1880 01 01 01 00 01 00 0061 04 55 99 100 67 #NULO! 0,3230 0,2480 0,2010 01 00 01 00 01 00 #NULO!86 53 73 100 100 93 100 #NULO! #NULO! #NULO! 01 00 01 01 01 00 0189 47 53 100 100 100 100 0,4740 0,5030 0,3620 01 01 01 01 01 01 0181 00 27 100 100 100 100 0,3990 0,3850 0,2520 01 01 00 01 01 01 0197 37 87 100 100 82 100 0,4950 0,5340 0,3970 01 01 01 01 01 00 0180 11 27 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7650 0,7180 0,9030 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!55 28 31 100 100 75 100 0,4380 0,3860 0,2970 01 01 01 01 01 00 0185 39 73 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3710 0,3500 0,1970 #NULO! 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!78 17 39 100 100 100 100 0,4790 0,4660 0,3800 01 #NULO! 01 01 01 01 0160 30 37 100 100 100 100 0,3750 0,3820 0,2090 01 00 01 01 01 01 01
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIPernambuco ParanatamaPernambuco PassiraPernambuco PaudalhoPernambuco PaulistaPernambuco PesqueiraPernambuco PetrolândiaPernambuco PetrolinaPernambuco RibeirãoPernambuco SalgueiroPernambuco SaloáPernambuco Santa TerezinhaPernambuco São Benedito do SulPernambuco São Bento do UnaPernambuco São CaetanoPernambuco São JoãoPernambuco São José do EgitoPernambuco São Lourenço da MataPernambuco São Vicente FerrerPernambuco Serra TalhadaPernambuco SerritaPernambuco SurubimPernambuco TabiraPernambuco TimbaúbaPernambuco ToritamaPernambuco TracunhaémPernambuco TrindadePernambuco TriunfoPernambuco TuparetamaPernambuco VicênciaPernambuco XexéuRio G Sul ALVORADARio G Sul BAGERio G Sul BARRA FUNDARio G Sul BARRACAORio G Sul BOA VISTA DAS MISSOESRio G Sul BRAGARio G Sul CACAPAVA DO SULRio G Sul CACEQUIRio G Sul CAMPINAS DO SULRio G Sul CANDELARIARio G Sul CANOASRio G Sul CAPIVARI DO SULRio G Sul CARAZINHORio G Sul CAXIAS DO SULRio G Sul CERRO GRANDERio G Sul CHAPADARio G Sul CONSTANTINARio G Sul CORONEL BICACORio G Sul DOIS IRMAOS DAS MISSOESRio G Sul DOM FELICIANORio G Sul ENCRUZILHADA DO SULRio G Sul ENTRE-IJUISRio G Sul ERECHIMRio G Sul FAGUNDES VARELARio G Sul FREDERICO WESTPHALENRio G Sul GRAMADORio G Sul GRAMADO DOS LOUREIROSRio G Sul GRAMADO XAVIERRio G Sul GUAIBARio G Sul GUAPORERio G Sul HERVEIRAS
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC43 32 28 97 #NULO! #NULO! 100 0,3400 0,2930 0,2360 01 00 01 00 #NULO! #NULO! 0190 07 53 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3680 0,3370 0,2100 01 00 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 48 80 100 100 100 100 0,4340 0,4550 0,2890 01 01 01 01 01 01 0160 27 35 100 95 95 91 0,7310 0,7260 0,7770 01 01 01 01 00 00 0090 39 72 100 100 66 98 0,4360 0,4390 0,3740 01 01 01 01 01 00 0089 63 73 #NULO! #NULO! 100 100 0,5280 0,5280 0,3920 01 01 01 #NULO! #NULO! 01 0161 19 43 100 100 #NULO! #NULO! 0,6000 0,5910 0,5900 01 01 01 01 01 #NULO! #NULO!69 00 40 100 100 100 100 0,4600 0,4190 0,3150 00 #NULO! 00 01 01 01 0159 22 39 94 92 78 93 0,5400 0,5290 0,4450 00 #NULO! 01 00 00 00 0080 19 47 100 100 97 100 0,3860 0,3480 0,3580 00 01 01 01 01 00 0156 01 47 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,3770 0,4220 0,1900 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!71 37 53 96 100 92 #NULO! 0,2960 0,2240 0,1790 00 00 01 00 01 00 #NULO!76 34 61 88 88 #NULO! #NULO! 0,4170 0,3640 0,3660 00 01 01 00 00 #NULO! #NULO!76 05 38 100 100 100 100 0,3790 0,3260 0,2760 00 01 01 01 01 01 0177 52 61 98 100 100 100 0,3410 0,3360 0,2230 00 01 01 00 01 01 0193 27 71 100 #NULO! #NULO! #NULO! 0,4690 0,4900 0,3640 00 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO!76 30 44 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5150 0,5470 0,3670 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!73 61 52 100 100 100 100 0,3970 0,3710 0,2680 00 01 01 01 01 01 0138 17 27 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5000 0,4630 0,3760 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!67 36 47 98 100 94 98 0,3900 0,3730 0,1850 00 01 01 00 01 00 0075 53 64 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4220 0,4080 0,3220 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!67 32 46 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4200 0,4910 0,2830 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!94 #NULO! 93 100 100 76 100 0,4550 0,4710 0,3520 00 01 #NULO! 01 01 00 0192 03 59 100 100 100 100 0,6060 0,5210 0,7250 00 01 01 01 01 01 0173 15 55 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4150 0,4010 0,2200 00 00 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!70 06 35 #NULO! #NULO! 100 #NULO! 0,4050 0,4080 0,2710 00 01 01 #NULO! #NULO! 01 #NULO!45 18 25 100 100 #NULO! 100 0,4570 0,4780 0,2350 00 01 01 01 01 #NULO! 0174 48 55 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,4420 0,4680 0,2790 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!44 20 17 98 98 54 88 0,4010 0,3850 0,2330 00 01 01 00 00 00 00
#NULO! #NULO! #NULO! 100 100 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 #NULO! 01 01 01 0198 30 97 89 100 100 92 0,6970 0,7100 0,7090 01 01 01 00 01 00 0098 44 92 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7750 0,7160 0,9180 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 01 58 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!92 03 40 100 100 100 96 0,5870 0,6230 0,4710 00 01 01 01 01 01 0098 00 44 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!96 00 47 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5340 0,5920 0,3110 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!95 36 70 96 99 99 95 0,6780 0,6710 0,6960 00 01 01 00 00 00 0096 01 70 100 100 100 100 0,6680 0,6820 0,6210 00 01 01 01 01 01 0199 23 55 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6840 0,6970 0,6940 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!95 10 50 100 100 75 95 0,6270 0,6360 0,5840 00 01 01 01 01 00 0099 30 99 96 100 99 90 0,7930 0,7480 0,9490 01 01 01 00 01 00 0099 02 86 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 14 91 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7640 0,7270 0,9170 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 74 95 87 100 99 78 0,8070 0,7660 0,9600 00 01 01 00 00 00 0093 00 26 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5340 0,6390 0,2670 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 00 48 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7410 0,7370 0,7180 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 01 47 100 #NULO! #NULO! #NULO! 0,6580 0,6800 0,5220 00 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO!98 00 52 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6010 0,6260 0,4880 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!95 00 42 #NULO! 100 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 #NULO! 01 #NULO! #NULO!80 01 19 100 100 100 88 0,5680 0,6040 0,5080 00 01 00 01 01 01 0089 01 58 100 100 100 100 0,6460 0,6200 0,6230 00 01 01 01 01 01 0198 02 44 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6530 0,6870 0,5500 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 39 90 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7880 0,7370 0,9510 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 10 51 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7820 0,6980 0,8580 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!97 49 77 98 100 99 92 0,7520 0,7200 0,8490 00 01 01 00 01 00 0099 01 95 99 95 99 94 0,8040 0,7240 0,9510 00 01 01 00 00 00 0087 00 19 #NULO! #NULO! #NULO! 93 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! 0084 00 16 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 02 97 97 100 100 #NULO! 0,7560 0,7190 0,8540 00 01 01 00 01 01 #NULO!99 36 87 100 100 100 99 0,7740 0,7170 0,9140 00 01 01 01 01 01 0085 00 14 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIRio G Sul HUMAITARio G Sul IBIRAIARASRio G Sul IPERio G Sul IRAIRio G Sul ITAARARio G Sul JABOTICABARio G Sul JAGUARAORio G Sul LAGOA VERMELHARio G Sul LAJEADO DO BUGRERio G Sul LINDOLFO COLLORRio G Sul MATARio G Sul MATO LEITAORio G Sul MIRAGUAIRio G Sul MONTENEGRORio G Sul MOSTARDASRio G Sul MUITOS CAPOESRio G Sul NOVA ARACARio G Sul NOVA BASSANORio G Sul NOVA BOA VISTARio G Sul NOVO BARREIRORio G Sul NOVO HAMBURGORio G Sul OSORIORio G Sul PANTANO GRANDERio G Sul PARAISO DO SULRio G Sul PAROBERio G Sul PASSO DO SOBRADORio G Sul PASSO FUNDORio G Sul PELOTASRio G Sul PIRATINIRio G Sul PORTO ALEGRERio G Sul PRESIDENTE LUCENARio G Sul PROGRESSORio G Sul REDENTORARio G Sul RIO GRANDERio G Sul RIO PARDORio G Sul RONDA ALTARio G Sul RONDINHARio G Sul SAGRADA FAMILIARio G Sul SANTA CRUZ DO SULRio G Sul SANTA MARIARio G Sul SANTA ROSARio G Sul SANTANA DA BOA VISTARio G Sul SANTANA DO LIVRAMENTORio G Sul SANTIAGORio G Sul SANTO ANTONIO DA PATRULHARio G Sul SANTO CRISTORio G Sul SAO BORJARio G Sul SAO GABRIELRio G Sul SAO JOAO DA URTIGARio G Sul SAO JOSE DAS MISSOESRio G Sul SAO JOSE DO NORTERio G Sul SAO LEOPOLDORio G Sul SAO PEDRO DO SULRio G Sul SAO SEBASTIAO DO CAIRio G Sul SAPIRANGARio G Sul SAPUCAIA DO SULRio G Sul SARANDIRio G Sul SINIMBURio G Sul SOLEDADERio G Sul TAQUARARio G Sul TORRES
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC98 00 58 81 100 100 77 0,6940 0,7330 0,6470 00 01 00 00 01 01 0098 35 47 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7300 0,6890 0,8020 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!97 01 57 93 100 100 93 0,7580 0,6500 0,9500 00 01 00 00 01 01 0095 14 53 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6430 0,6690 0,6260 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 01 81 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!97 00 30 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5540 0,6160 0,3530 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 37 89 100 100 99 97 0,7080 0,6920 0,8140 00 01 01 01 01 00 0097 65 75 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6570 0,6800 0,6740 01 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!80 00 15 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 04 95 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!91 00 49 100 100 100 100 0,6730 0,6360 0,6240 00 01 00 01 01 01 0199 00 48 92 92 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 00 00 #NULO! #NULO!86 00 38 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5720 0,6380 0,3790 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 41 92 99 100 100 100 0,8030 0,7280 0,9480 00 01 01 00 01 01 0199 22 61 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7270 0,6230 0,8750 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!86 00 14 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!
100 02 69 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7810 0,7280 0,9480 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 05 60 100 100 100 93 0,8150 0,7190 0,9430 00 01 01 01 01 01 0096 00 15 #NULO! 100 #NULO! 98 #NULO! #NULO! #NULO! 00 00 00 #NULO! 01 #NULO! 0093 00 23 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 10 99 96 98 97 #NULO! 0,8000 0,7440 0,9550 01 01 01 00 00 00 #NULO!99 18 96 98 100 100 #NULO! 0,8000 0,7070 0,9460 00 01 01 00 01 01 #NULO!97 07 83 #NULO! 86 96 91 0,6530 0,6220 0,6280 00 01 01 #NULO! 00 00 0095 01 18 #NULO! #NULO! #NULO! 97 0,6870 0,6620 0,7390 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! 0098 48 97 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7500 0,6930 0,8640 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!96 00 39 100 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 01 #NULO! #NULO! #NULO!99 31 97 99 100 99 #NULO! 0,7900 0,7520 0,9510 00 01 01 00 01 00 #NULO!97 42 93 74 98 53 #NULO! 0,7920 0,7390 0,9480 01 01 01 00 00 00 #NULO!84 04 51 100 100 100 100 0,6040 0,5840 0,4950 00 01 01 01 01 01 0199 48 99 97 100 99 #NULO! 0,8250 0,8140 0,9720 01 01 01 00 00 00 #NULO!98 05 86 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!89 00 29 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6460 0,6150 0,6230 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!77 00 30 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5290 0,5610 0,3270 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 28 95 98 100 100 89 0,7720 0,7190 0,9440 01 01 01 00 00 00 0096 05 68 97 98 100 100 0,7230 0,6640 0,8210 00 01 01 00 00 01 0199 01 55 #NULO! #NULO! 100 88 0,6200 0,6720 0,4830 00 01 00 #NULO! #NULO! 01 0099 07 38 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7470 0,7050 0,7490 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!87 00 21 100 100 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 01 01 #NULO! #NULO!98 11 93 86 92 94 89 0,7760 0,7280 0,9470 00 01 01 00 00 00 0099 56 95 97 100 99 95 0,8110 0,7640 0,9540 01 01 01 00 01 00 0099 27 85 100 100 100 100 0,7750 0,7500 0,9150 00 01 01 01 01 01 0179 21 45 100 100 100 97 0,5410 0,6020 0,3220 00 01 01 01 01 01 0098 36 88 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7840 0,7420 0,9250 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 35 84 92 100 99 92 0,7350 0,7180 0,7550 00 01 01 00 01 00 0097 07 73 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6890 0,6250 0,7350 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!97 01 48 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6960 0,7470 0,5710 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 28 87 100 100 100 99 0,7530 0,6940 0,8480 00 01 01 01 01 01 0097 18 84 96 100 100 #NULO! 0,7300 0,6620 0,8520 00 01 01 00 01 01 #NULO!96 23 37 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5980 0,6460 0,4100 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!97 00 20 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!92 20 66 88 100 100 95 0,5420 0,5500 0,4650 01 01 01 00 01 01 0099 18 98 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7900 0,7440 0,9510 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!98 31 70 100 100 100 100 0,6470 0,6890 0,5740 00 01 01 01 01 01 0199 11 92 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7840 0,7260 0,9480 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!
100 02 98 99 #NULO! 96 82 0,7570 0,7060 0,8830 00 01 01 00 #NULO! 00 0099 12 99 90 100 100 #NULO! 0,7530 0,7150 0,8310 01 01 01 00 01 00 #NULO!99 44 81 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,6700 0,6950 0,6290 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!81 02 41 80 97 #NULO! 89 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 01 00 00 #NULO! 0094 44 78 99 100 100 100 0,7110 0,6620 0,7560 00 01 01 00 01 01 0197 13 87 96 100 99 100 0,7950 0,7080 0,9510 00 01 01 00 00 00 0099 40 95 100 100 100 100 0,7420 0,6790 0,8600 00 01 01 01 01 01 01
Banco de Dados com Indicadores Epidemiológicos, Sanitários e Sociais
ESTADO MUNICIRio G Sul TRES DE MAIORio G Sul TRES PALMEIRASRio G Sul UNISTALDARio G Sul URUGUAIANARio G Sul VACARIARio G Sul VALE DO SOLRio G Sul VERA CRUZRio G Sul VERANOPOLISRio G Sul VIAMAORio G Sul VICENTE DUTRARio G Sul VILA FLORESRio G Sul XANGRI-LA
BANIBGE IESIBGE ILSIBGE IBTCRS IBFCRS ITCRS ICRCRS IDHM IDHMEDU IDHMREN MTDD5DICMBDD5DIC IESDIC IBTDIC IBFDIC ITDIC ICRDIC99 00 73 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7180 0,7190 0,6630 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!93 00 39 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5840 0,6340 0,4760 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!92 00 30 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!96 27 91 100 100 100 96 0,7700 0,7450 0,9440 01 01 01 01 01 00 0098 74 93 97 99 100 97 0,7480 0,6970 0,8260 00 01 01 00 00 00 0093 00 25 83 90 100 99 #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 00 00 00 01 0097 17 76 98 100 92 84 0,7080 0,6930 0,7150 00 01 01 00 01 00 00
100 41 85 100 100 100 99 0,8040 0,7410 0,9510 00 01 01 01 01 01 0098 25 95 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,7370 0,7040 0,8210 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!94 01 27 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 0,5490 0,6090 0,3420 00 01 00 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!99 00 41 100 #NULO! #NULO! 100 0,8040 0,7430 0,9520 00 01 00 01 #NULO! #NULO! 01
100 03 99 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! #NULO! 00 01 01 #NULO! #NULO! #NULO! #NULO!
167
APÊNDICE C – GRÁFICOS CORRELACIONANDO INDICADORES “UM A UM”
168
169