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PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA e SÃO LOURENÇO “Em obediência à vossa palavra, lançarei as redes” (Lc 5,5b) Pça. Pe. Marcelo Almeida Pernambuco, 25 – 06890-000 – Centro São Lourenço da Serra – SP – Brasil Tel/Fax: 55 (11) 4686-1235 www.paroquiasls.com.br / [email protected] CNPJ: 61.378.766/0031-14 ÍNDICE GERAL PRIMEIRO MÓDULO - SAGRADA LITURGIA INTRODUÇÃO À SAGRADA LITURGIA 01 PRINCÍPIOS E DIMENSÕES DA LITURGIA 03 ANO LITÚRGICO 05 ANO LITÚRGICO (RESUMO) 12 PASTORAL LITÚRGICA 14 COMUNICAÇÃO LITÚRGICA 16 ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA 18 A MISSA PARTE POR PARTE 19 SEGUNDO MÓDULO - SACRAMENTOS INTRODUÇÃO AOS SACRAMENTOS 32 BATISMO 36 EUCARISTIA 40 CRISMA (CONFIRMAÇÃO) 47 MATRIMÔNIO 48 ORDEM 48 RECONCILIAÇÃO 49 UNÇÃO DOS ENFERMOS 51 RESUMO GERAL DOS SACRAMENTOS 52 TERCEIRO MÓDULO - SAGRADAS ESCRITURAS A FORMAÇÃO DAS CIDADES 53 INTRODUÇÃO À SAGRADA ESCRITURA 56 PENTATEUCO 60 LIVROS HISTÓRICOS 63 LIVROS SAPIENCIAIS (POÉTICOS) 64 LIVROS PROFÉTICOS 71 EVANGELHOS 74 ATOS DOS APÓSTOLOS 79 CARTAS (EPISTOLAS) 81 APOCALIPSE 92

ÍNDICE GERAL PRIMEIRO MÓDULO - SAGRADA …¡tica, atividade, ação. Em documentos de liturgia, é traduzida, com acerto, como ação sagrada ou ação simbólica. O conceito de

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ÍNDICE GERAL

PRIMEIRO MÓDULO - SAGRADA LITURGIA INTRODUÇÃO À SAGRADA LITURGIA 01

PRINCÍPIOS E DIMENSÕES DA LITURGIA 03

ANO LITÚRGICO 05

ANO LITÚRGICO (RESUMO) 12

PASTORAL LITÚRGICA 14

COMUNICAÇÃO LITÚRGICA 16

ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA 18

A MISSA PARTE POR PARTE 19

SEGUNDO MÓDULO - SACRAMENTOS INTRODUÇÃO AOS SACRAMENTOS 32

BATISMO 36

EUCARISTIA 40

CRISMA (CONFIRMAÇÃO) 47

MATRIMÔNIO 48

ORDEM 48

RECONCILIAÇÃO 49

UNÇÃO DOS ENFERMOS 51

RESUMO GERAL DOS SACRAMENTOS 52

TERCEIRO MÓDULO - SAGRADAS ESCRITURAS A FORMAÇÃO DAS CIDADES 53

INTRODUÇÃO À SAGRADA ESCRITURA 56

PENTATEUCO 60

LIVROS HISTÓRICOS 63

LIVROS SAPIENCIAIS (POÉTICOS) 64

LIVROS PROFÉTICOS 71

EVANGELHOS 74

ATOS DOS APÓSTOLOS 79

CARTAS (EPISTOLAS) 81

APOCALIPSE 92

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PRIMEIRO MÓDULO - SAGRADA LITURGIA

INTRODUÇÃO À SAGRADA LITURGIA

Liturgia não é somente a “Festa do Rei Jesus...” Um dos nossos maiores pecados hoje em dia é reduzirmos o assunto liturgia à

celebração da missa e defini-la apenas como um conjunto de rituais e orações que nos levam ao céu. E tudo isso fruto de uma crescente automação religiosa, que podemos perceber a cada domingo em nossas assembléias litúrgicas. As pessoas vão à missa sem saber o porque de estarem ali e nem o que está acontecendo perante elas. São meros espectadores do preceito dominical ensinado por seus pais. Talvez seja por isso que nós católicos sejamos tão criticados.

Destinados àqueles que querem assumir em plenitude o mistério que Cristo confiou à sua Igreja, e romper com “tradicionalismos”, este manual, de maneira simples e objetiva, abordará de um modo geral a liturgia em si, dedicando, a seguir, uma atenção especial ao rito da missa, que é muito mais que “a festa do Rei Jesus...”

Uma breve palavra sobre história da salvação . . .

O gráfico acima é uma representação do plano de salvação de Deus para a

humanidade. Vale aqui recordar que o sentido da palavra “salvar” em Teologia significa “unir com Deus”. O gráfico mostra como Deus, após a queda original, age na história da humanidade, até que esta assuma sua plenitude, conforme os planos originais do Pai (I Jo 3,2).

E como se dá a ação do Pai na história? Ela é essencialmente Cristológica. Cristo é o nosso intercessor ao longo de toda história (Ef 1), por ele somos salvos. De fato, Cristo

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esteve presente no início da história, pois todas as coisas foram criadas nele (Jo 1,3). Está presente junto ao povo da antiga aliança, através da promessa, manifestada através dos patriarcas e profetas. Encarna-se na plenitude dos tempos, salvando-nos definitivamente através de sua paixão, morte e ressurreição. Ascende aos céus, prometendo permanecer conosco até o fim dos tempos (Mt 28,20). Presença essa mística, manifesta em sua Igreja e em seus sacramentos - a liturgia. No final dos tempos Cristo retornará para levar toda criação à plenitude.

Definição

Após considerarmos estes aspectos, podemos apropriar-nos da definição que a Igreja faz da liturgia:

“Liturgia é uma ação sagrada, através da qual, com ritos, na Igreja e pela Igreja, se exerce e prolonga a obra sacerdotal de Cristo, que tem por objetivos a santificação dos homens e a glorificação de Deus” (SC 7).

Em outras palavras, a liturgia é a continuidade do plano de salvação do Pai, através da presença mística de Cristo nos sacramentos, que são administrados e perpetuados pela Igreja. Note-se, à Igreja cabe a missão de continuar a obra de Cristo, que se dá, sobretudo, através da liturgia. Sem liturgia, não há Igreja e sem Igreja não há liturgia. E sem liturgia não há continuidade no mistério da salvação da humanidade.

Mesmo com todo o empenho dos liturgistas brasileiros, muitos desafios continuam nos convidando a não descuidarmos da liturgia, continuam lembrando que a implantação da reforma entre nós permanece em aberto, interpelando nossa coragem, nosso esforço, nosso estudo, formação, ação, dedicação, etc. . . Entre alguns desafios, destaco:

- A participação ativa do povo (parece que só o Padre participa da celebração); - A formação Litúrgica de modo geral (a maioria dos fiéis desconhecem os ritos,

os símbolos, etc. . . ); - A linguagem Litúrgica, desconhecida pelos fiéis; - O Canto e a música litúrgica (muitas vezes a Missa acaba sendo um show, com

baterias, etc. . , menos a celebração do mistério); - A Adaptação da liturgia às culturas, aos lugares e às pessoas (creio ser o maior

desafio com relação à inculturação);

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PRINCÍPIOS E DIMENSÕES DA LITURGIA

“Lex orandi, lex credendi”

Para uma profunda consciência de liturgia, numa visão geral e num aprendizado

sério, assimilando o ensinamento tradicional da Igreja sobre o mistério litúrgico, devemos inicialmente dizer que a norma da oração é a norma da fé, ou seja, aquilo que rezamos é aquilo que cremos. Daí, o adágio litúrgico: “Lex orandi, lex credendi”. Portanto, não rezamos e cantamos na liturgia, mas rezamos e cantamos a liturgia. Este princípio fundamental está a exigir profunda mudança na nossa pastoral litúrgica, em sentido amplo, o que, às vezes, não tem sido objeto de reflexão.

A LITURGIA COMO “AÇÃO SIMBÓLICA”

A palavra liturgia (do grego “laos”, que significa povo, e “ergon”, que significa obra,

trabalho,) é algo que se faz. Etimologicamente, e em sentido primitivo, liturgia significa, pois, serviço do povo, e no vocabulário teológico da Igreja, mesmo com as reformulações mais atuais e expressivas, significa, sempre, celebração do povo, enquanto assembléia por Deus convocada. Não é portanto a liturgia discurso, mas prática, atividade, ação. Em documentos de liturgia, é traduzida, com acerto, como ação sagrada ou ação simbólica. O conceito de ação é, pois, empregado com frequência pelos textos do Concílio Vaticano II, unido aos adjetivos “eclesial”, “sagrada”, “pastoral” ou “apostólica”, destacando-se a ênfase dada à liturgia como ação sagrada por excelência, onde nenhuma outra ação da Igreja se encontra no mesmo nível (Cf. SC 7d). Toda a liturgia é, portanto, ação simbólica, que, servindo-se de sinais sensíveis e visíveis, aponta para o mistério insondável de Deus.

A LITURGIA COMO EXERCÍCIO DO SACERDÓCIO DE CRISTO

A liturgia, como se vê, não é mera devoção, catequese ou simplesmente ocasião de

culto. É ação de Cristo no projeto redentor de Deus, que se faz visível na Igreja. Aqui, o grande liturgo é, verdadeiramente, Cristo, no exercício de seu sacerdócio real, ao qual, pelo batismo, ele incorpora todos os fiéis. Esta ação, sagrada por excelência, volta a dizer, aponta para o compromisso libertador e missionário de todo o povo de Deus. Focalizando ainda outros princípios e dimensões da liturgia, podemos dizer que ela é:

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TRINITÁRIA: Nesta dimensão, o Pai é fonte da liturgia; o Filho, sua centralidade, e o Espírito Santo, sua alma, seu sopro vitalizante. Sendo, pois, Cristo o centro da liturgia, a Igreja ensina que o coração desta, isto é, o seu núcleo vital, é o Mistério Pascal, com toda a sua eficácia redentora. Daí, a ênfase litúrgica, sempre, mas principalmente na grande doxologia: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo...”.

MISTÉRICA: A liturgia contém o mistério de Deus, que a Igreja anuncia, celebra e procura viver na dinâmica e na espiritualidade do Evangelho. E como a liturgia abarca o mistério divino, ela é também, como consequência, mistério, e, como tal, escapa ao conhecimento simplesmente racional. De fato a liturgia não se limita ao espaço temporal, mas é celebrada eternamente no céu, e do céu é trazida por Cristo, como o cântico de louvor que ressoa vivamente nas moradas celestes. Também não é - diga-se - função da liturgia discursar sobre o mistério, mas celebrá-lo e vivê-lo na simplicidade dos símbolos. Na liturgia, o mistério não é, pois, racionalizado, como nos estudos teológicos, mas vivido e celebrado, mesmo então por gente simples, uma vez que o sujeito primeiro da liturgia é a assembléia celebrante, na sua diversidade cultural e de ministérios.

COMUNITÁRIA: Na catequese litúrgica deve-se enfatizar que a liturgia não é individual, subjetiva, mas ação da Igreja, portanto ação comunitária, centrada, como já se falou, no Mistério Pascal de Cristo, que se celebra sobretudo na Eucaristia. Na liturgia, o “eu” individual, psicológico, cede lugar ao “nós” comunitário e litúrgico, em verdadeira participação, sem perder, porém, a sua identidade pessoal.

BÍBLICA: Nesta dimensão, a Palavra de Deus se faz, sacramentalmente, palavra de salvação, e o sacrifício redentor de Cristo dá às celebrações eficácia redentora. Por isso, na liturgia, a Palavra de Deus não é simplesmente lida, mas proclamada, celebrada, para ser devidamente ouvida e vivida.

HIERÁRQUICA: Quando se diz que a liturgia é hierárquica, diz-se que ela se identifica com a natureza da Igreja. Portanto, é exercida em graus diversos, mas na unidade da assembléia celebrante. Na hierarquia, tanto da Igreja como da liturgia, tudo é serviço que se presta ao povo de Deus e a Deus. A dimensão hierárquica da liturgia é, pois, de longo alcance: diz respeito ao tempo litúrgico, às próprias celebrações, aos ritos, aos cantos etc..

ESCATOLÓGICA: Com esta dimensão, o Concílio Vaticano II ensina que a liturgia antecipa, no tempo, a glória futura dos filhos de Deus, e a ela se ordena. “Na liturgia

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terrena, antegozando, participamos da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos” (Cf. SC nº 8).

LAUDATÓRIA: A liturgia é puro louvor de Deus, na linguagem de um povo orante, que Cristo inaugurou nesta terra de exílio, e que a Igreja repete pelos séculos, na maravilhosa variedade de suas formas (Cf. Constituição Apostólica “Cântico de Louvor”, de Paulo VI). É, pois, a mais viva expressão da Igreja e verdadeira epifania da comunhão sobrenatural, tornando-se, na verdade, manifestação visível da comunhão invisível.

ANO LITÚRGICO

Nos inícios da Igreja, todo Domingo era dia de Páscoa. Os cristãos se reuniam para celebrar a ressurreição de Jesus. Aos poucos, os cristãos foram percebendo que o Mistério Pascal de Jesus está presente no mistério da vida de todos os dias. Cristo continua nascendo, vivendo, morrendo e ressuscitando na vida da Igreja. Não era mais possível recordar tudo isso num só Domingo. Foi por isso que surgiu o que hoje conhecemos por ANO LITÚRGICO.

A Igreja percebeu que era melhor celebrar os mistério da vida de Cristo ao longo do ano. Este ano não coincide com o ano civil, que começa no dia primeiro de janeiro e termina em trinta e um de dezembro.

O ano litúrgico começa no advento, passa pelo Natal e pela Epifania, continua na Quaresma, Semana Santa e Páscoa, atravessa a Ascensão e Pentecostes e termina com o tempo comum, na festa de Cristo Rei. Ao longo deste ano são recordados os principais fatos e ensinamentos da vida de Cristo.

A equipe de Liturgia precisa estar muito atenta ao Ano Litúrgico. Cada época tem a sua mensagem própria. Os comentários, cartazes e canções precisam estar em sintonia com esta mensagem.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

01 - Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra todos os feitos salvíficos operados por Deus em Jesus Cristo. "Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor" (NUALC nº 43 e SC nº 102).

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02 - Ano Litúrgico é, pois, um tempo repleto de sentido e de simbolismo religioso, de essência pascal, marcando, de maneira solene, o ingresso definitivo de Deus na história humana. É o momento de Deus no tempo, o "kairós" divino na realidade do mundo criado. Tempo, pois, aqui entendido como tempo favorável, "tempo de graça e de salvação", como nos revela o pensamento bíblico (Cf. 2Cor 6,2; Is 49,8a).

03 - As celebrações do Ano Litúrgico não olham apenas para o passado, comemorando-o. Olham também para o futuro, na perspectiva do eterno, e fazem do passado e do futuro um eterno presente, o "hoje" de Deus, pela sacramentabilidade da liturgia (Cf. Sl 2,7; 94(95)7; Lc 4,21; 23,43). Aqui, enfatiza-se então a dimensão escatológica do Ano Litúrgico.

04 - O Ano Litúrgico tem como coração o Mistério Pascal de Cristo, centro vital de todo o seu organismo. Nele palpitam as pulsações do coração de Cristo, enchendo da vitalidade de Deus o corpo da Igreja e a vida dos cristãos.

TEMPO CÓSMICO E VIDA HUMANA

05 - Como sabemos, a comunidade humana vive no tempo, sempre em harmonia com o ano natural ou cósmico, com as mudanças básicas e salutares das quatro estações climáticas. Estas como que dinamizam a vida humana, quebrando-lhe toda possível rotina existencial. A pessoa é, pois, chamada a viver toda a riqueza natural da própria estação cósmica. Na organização da sociedade humana, o ano cósmico é chamado ano calendário ou ano civil. Nele, as pessoas, em consenso universal, desenvolvem as tarefas da atividade humana.

ANO LITÚRGICO E PROJETO DE DEUS

06 - Como a vida humana, no seu aspecto natural, se desenvolve no clima salutar do ano cósmico, assim também a vida cristã, na plena comunhão com Deus, vai viver o projeto do Senhor numa dinâmica litúrgica própria de um ano específico, chamado, como vimos, Ano Litúrgico.

07 - O Ano Litúrgico não deve, porém, ser visto como um concorrente do ano civil, porque, mesmo este, é um dom do Criador. Deus, inserindo-se no tempo, através de Cristo, pela Encarnação, santificou ainda mais o tempo. Por isso, todo o tempo se torna também tempo de salvação.

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SIMBOLISMO DO ANO LITÚRGICO

08 - O Ano Litúrgico tem no círculo a sua simbologia mais expressiva, pois o círculo é imagem do eterno, do infinito. Notamos isso, olhando uma circunferência. Ela não tem começo nem fim, pois, nela, o fim é um retorno ao começo. Não, porém, um retorno exaustivo, rotineiro, mas verdadeiramente um começo sempre novo, de vitalidade essencial.

09 - O círculo é, pois, imagem da vida eterna, e a vida eterna, como sabemos, não clama por progresso, visto não existir na eternidade carência, de forma alguma. A vida eterna - podemos afirmar - permanece em constante plenitude.

10 - Cada ano litúrgico, que celebramos e vivemos, deve ser um degrau que subimos rumo à eternidade do Pai. Em outras palavras, deve ser um crescendo cada vez mais vivo rumo à pátria celeste. Celebrar o Ano Litúrgico é como subir a montanha de Deus, não de maneira esportiva, como alpinista, mas como peregrino do Reino, onde, a cada subida, sente-se mais perto de Deus.

RITMO CÓSMICO DO ANO LITÚRGICO

11 - Como se sabe, o ano civil está inteiramente identificado com o ciclo solar, regendo-se pelos ditames das quatro estações, mas marcado também pelo movimento lunar, onde se contam as semanas. Ano, mês e dia, como frações do tempo, aqui se harmonizam, no desenvolvimento da vida humana.

12 - Na datação cósmica do Ano Litúrgico, seguindo a tradição judaica, os cristãos, no Hemisfério Norte, vão escolher, para a celebração anual da Páscoa, o equinócio da primavera, por este ser ponto de equilíbrio, de harmonia, de duração igual da noite e do dia, de equiparação, pois, entre horas de luz e horas de escuridão, momento de surgimento de vida nova na natureza e de renascimento da vida. Além da estação das flores, no Hemisfério Norte há ainda o simbolismo suplementar da lua cheia, dando a entender que, na ressurreição de Cristo, o dia tem vinte e quatro horas de luz.

13 - No Hemisfério Sul, onde vivemos, não estaremos contudo celebrando a Páscoa na primavera, mas no outono, dada a inversão do equinócio nos dois hemisférios. Daí, a polêmica entre estudiosos da liturgia, os quais reclamam uma data universal, fixa, para a Páscoa, não levando em conta a situação lunar, mas a solar. A Igreja está estudando essa problemática que, ao que tudo indica, virá no futuro.

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14 - Nota explicativa: A Igreja, hoje, celebra a Páscoa não no dia quatorze do mês de Nisã, isto é, na data da páscoa judaica, como celebravam os cristãos da Ásia Menor e da Síria, mas no domingo seguinte, acabando assim com a controvérsia pascal do século segundo, por determinação do Concílio de Nicéia.

15 - Para a celebração do Natal, a evolução litúrgica vai escolher outro núcleo do ano. Este outro momento é o solstício de inverno, o "dies natalis solis invictus", ou seja, o "dia de nascimento do sol invicto". Isto também no Hemisfério Norte, pois, no Hemisfério Sul, nós nos encontramos em pleno verão. Neste tempo, os dias começam a crescer, e o sol, parecendo exausto e exangue, depois de uma longa marcha anual, renasce vivo e surpreendente. É neste contexto, do "Sol Invicto", solsticial, que vai aparecer na face da Terra "o verdadeiro Sol Nascente" (Cf. Lc 1,78), isto é, Cristo Jesus Nosso Senhor. Também a antífona da Liturgia das Horas, do dia 24 de dezembro, inspirando-se no Sl 19,5-6, na sua realidade cósmico-histórico-salvífica, vai cantar belamente: "Quando o sol sair, vereis o Rei dos reis que vem do Pai, como o esposo sai da sua câmara nupcial".

QUANDO SE INICIA O ANO LITÚRGICO?

16 - Diferente do ano civil, mas, como foi dito, não contrário a ele, o Ano Litúrgico não tem data fixa de início e de término. Sempre se inicia no primeiro Domingo do Advento, encerrando-se no sábado da 34ª semana do Tempo Comum, antes das vésperas do domingo, após a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Esta última solenidade do Ano Litúrgico marca e simboliza a realeza absoluta de Cristo no fim dos tempos. Daí, sua celebração no fim do Ano Litúrgico, lembrando, porém, que a principal celebração litúrgica da realeza de Cristo se dá sobretudo no Domingo da Paixão e de Ramos.

17 - Mesmo sem uma data fixa de início, qualquer pessoa pode saber quando vai ter início o Ano Litúrgico, pois ele se inicia sempre no domingo mais próximo de 30 de novembro. Na prática, o domingo que cai entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro. A data de 30 de novembro é colocada também como referencial, porque nela a Igreja celebra a festa de Santo André, apóstolo, irmão de São Pedro, e Santo André foi, ao que tudo indica, um dos primeiros discípulos a seguir Cristo (Cf. Jo 1,40).

ANO LITÚRGICO E DINÂMICA DA SALVAÇÃO

18 - Tendo como centro o Mistério Pascal de Cristo, todo o Ano Litúrgico é dinamismo de salvação, onde a redenção operada por Deus, através de Jesus Cristo, no Espírito Santo, deve ser viva realidade em nossas vidas, pois o Ano Litúrgico nos propicia uma

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experiência mais viva do amor de Deus, enquanto nos mergulha no mistério de Cristo e de seu amor sem limites.

O DOMINGO, FUNDAMENTO DO ANO LITÚRGICO

19 - O Concílio Vaticano II (SC nº 6), fiel à tradição cristã e apostólica, afirma que o domingo, "Dia do Senhor", é o fundamento do Ano Litúrgico, pois nele a Igreja celebra o mistério central de nossa fé, na páscoa semanal que, devido à tradição apostólica, se celebra a cada oitavo dia.

20 - O domingo é justamente o primeiro dia da semana, dia da ressurreição do Senhor, que nos lembra o primeiro dia da criação, no qual Deus criou a luz (Cf. Gn 1,3-5). Aqui, o Cristo ressuscitado aparece então como a verdadeira luz, dos homens e das nações. Todo o Novo Testamento está impregnado dessa verdade substancial, quando enfatiza a ressurreição no primeiro dia da semana (Cf. Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1; Jo 20,1; como também At 20,7 e Ap 1,10).

21 - Como o Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor derrama para todo o Ano Litúrgico a eficácia redentora de Cristo, assim também, igualmente, o domingo derrama para toda a semana a mesma vitalidade do Cristo Ressuscitado. O domingo é, na tradição da Igreja, na prática cristã e na liturgia, o "dia que o Senhor fez para nós" (Cf. Sl 117(118),24), dia, pois, da jubilosa alegria pascal.

AS DIVISÕES DO ANO LITÚRGICO

22 - Os mistérios sublimes de nossa fé, como vimos, são celebrados no Ano Litúrgico, e este se divide em dois grandes ciclos: o ciclo do Natal, em que se celebra o mistério da Encarnação do Filho de Deus, e o ciclo da Páscoa, em que celebramos o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, como também sua ascensão ao céu e a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja, na solenidade de Pentecostes.

23 - O ciclo do Natal se inicia no primeiro domingo do Advento e se encerra na Festa do Batismo do Senhor, tendo seu centro, isto é, sua culminância, na solenidade do Natal. Já o ciclo da Páscoa tem início na Quarta-Feira de Cinzas, início também da Quaresma, tendo o seu centro no Tríduo Pascal, encerrando-se no Domingo de Pentecostes. A solenidade de Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa.

24 - Entremeando os dois ciclos do Ano Litúrgico, encontra-se um longo período, chamado "Tempo Comum". É o tempo verde da vida litúrgica. Após o Natal, exprime a

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floração das alegrias natalinas, aí aparecendo o início da vida pública de Jesus, com suas primeiras pregações. Após o ciclo da Páscoa, este tempo verde anuncia vivamente a floração das alegrias pascais. Os dois ciclos litúrgicos, com suas duas irradiações vivas do Tempo Comum, são como que as quatro estações do Ano Litúrgico.

25 - Mais adiante estudaremos cada parte do Ano Litúrgico, com sua expressividade própria, suas celebrações, sua dinâmica e seu mistério.

O "SANTORAL" OU "PRÓPRIO DOS SANTOS"

26 - Em todo o Ano Litúrgico, exceto nos chamados tempos privilegiados (segunda parte do Advento, Oitava do Natal, Quaresma, Semana Santa e Oitava da Páscoa), a Igreja celebra a memória dos santos. Se no Natal e na Páscoa, Deus apresenta à Igreja o seu projeto de amor em Cristo Jesus, para a salvação de toda a humanidade, no Santoral a Igreja apresenta a Deus os copiosos frutos da redenção, colhidos na plantação de esperança do próprio Filho de Deus. São os filhos da Igreja, que seguiram fielmente o Cristo Senhor na estrada salvífica do Evangelho. Em outras palavras, o Santoral é a resposta solene da Igreja ao convite de Deus para a santidade.

AS CORES DO ANO LITÚRGICO

27 - Como a liturgia é ação simbólica, também as cores nela exercem um papel de vital importância, respeitada a cultura de nosso povo, os costumes e a tradição. Assim, é conveniente que se dê aqui a cor dos tempos litúrgicos e das festas. A cor diz respeito aos paramentos do celebrante, à toalha do altar e do ambão e a outros símbolos litúrgicos da celebração. Pode-se, pois, assim descrevê-la:

� Cor roxa - Usa-se: No Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até Quinta-Feira Santa de manhã), e na celebração de Finados, como também nas exéquias.

� Cor branca - Usa-se: Na solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta-Feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, nas festas do Senhor e na celebração dos santos. Também no Tempo Pascal é predominante a cor branca.

� Cor vermelha - Usa-se: No Domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes e na celebração dos mártires, apóstolos e evangelistas.

� Cor rosa - Pode-se usar: No terceiro Domingo do Advento (chamado "Gaudete") e no quarto Domingo da Quaresma chamado "Laetare"). Esses dois domingos são classificados, na liturgia, de "domingos da alegria", por causa do tom jubiloso de seus textos.

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� Cor preta - Pode-se usar na celebração de Finados � Cor verde - Usa-se: Em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor nele

celebradas, quando a cor litúrgica é o branco.

Nota explicativa: Se uma festa ou solenidade tomar o lugar da celebração do tempo litúrgico, usa-se então a cor litúrgica da festa ou solenidade. Exemplo: em 8 de dezembro, celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição. Neste caso, a cor litúrgica é então o branco, e não o roxo do Advento. Este mesmo critério é aplicável para a celebração dos dias de semana.

ESTRUTURA CELEBRATIVA E PEDAGÓGICA DO ANO LITÚRGICO

28 - Como se vê pelo gráfico, e como já foi referido neste trabalho, o Ano Litúrgico se divide em dois grandes ciclos: Natal e Páscoa. Entre eles situa-se o Tempo Comum, não os separando, mas os unindo, na unidade pascal e litúrgica.

29 - Em cada ciclo há três momentos, de grande importância para a compreensão mais exata da liturgia. São eles: um, de preparação para a festa principal; outro, de celebração solene, constituindo assim o seu centro; e outro ainda, de prolongamento da festa celebrada.

30 - No centro do Ano Litúrgico encontra-se Cristo, no seu Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição). É o memorial do Senhor, que celebramos na Eucaristia. O Mistério Pascal é, portanto, o coração do Ano Litúrgico, isto é, o seu centro vital.

31 - O círculo é um símbolo expressivo da eternidade, e o Mistério Pascal de Cristo, no seu centro, constitui o eixo fundamental sobre o qual gira toda a liturgia.

GRAUS DAS CELEBRAÇÕES E PRECEDÊNCIA DOS DIAS LITÚRGICOS

Um dado importante vamos ver agora: é que o aspecto hierárquico da Igreja estende-se também à liturgia. Assim, entende-se que, na liturgia, não só os ritos têm grau de importância diferente, como também as próprias celebrações divergem quanto à sua importância litúrgica.

Podemos afirmar então que existem graus e precedência nas celebrações, e se dizemos genericamente "festas", três na verdade são os graus da celebração: "solenidade", "festa" e "memória", podendo esta última ser ainda obrigatória ou

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facultativa. Neste subsídio, a palavra "festa" sempre é usada no conceito aqui ora exposto, a fim de evitar mal-entendidos. Vejamos então:

Solenidade

É o grau máximo da celebração litúrgica, isto é, aquele que admite, como o próprio nome sugere, todos os aspectos solenes e próprios da liturgia. Na "solenidade", então, três são as leituras bíblicas, canta-se o "Glória" e faz-se a profissão de fé. Para a maioria das solenidades existe também prefácio próprio. Embora no mesmo grau, as "solenidades" distinguem-se ainda, entre si, quanto à precedência. Somente o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e ressurreição do Senhor está na liturgia em posição única. As demais solenidades portanto se acham na tabela oficial distinguindo-se apenas quanto ao lugar que ocupam no mesmo nível. Assim, depois do Tríduo Pascal, temos: Natal, Epifania, Ascensão e Pentecostes, o que equivale a dizer que estas quatro solenidades são as mais importantes depois do Tríduo Pascal, mas Natal vem em primeiro lugar, na ordem descrita.

Festa

"Festa" é a celebração um pouco inferior à "solenidade". Identifica-se, inicialmente, com as do dia comum, mas nela canta-se o "Glória" e pode ter prefácio próprio, dependendo de sua importância. Com referência a "festa" e "solenidade", na Liturgia das Horas (Ofício das Leituras), canta-se ainda o "Te Deum", fora, porém, da Quaresma. Como já se falou , as "festas" do Santoral são omitidas quando caem em domingo.

Memória

"Memória" é, sempre, celebração de santos, um pouco ainda inferior ao grau de "festa". Na celebração da "memória", não se canta o "Glória". A "memória" é obrigatória quando o santo goza de veneração universal. Isto quer dizer que em toda a Igreja se celebra a sua memória. É, porém, facultativa quando se dá o contrário, ou seja, quando somente em alguns países ou regiões ele é cultuado.

As "memórias" não são celebradas nos chamados tempos privilegiados, a não ser como facultativas, e dentro das normas litúrgicas para a missa e Liturgia das Horas, conforme já se falou neste trabalho. Quando caem em domingo, são também omitidas, repetindo-se aqui o que já foi explanado.

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A "memória" pode tornar-se "festa", ou mesmo "solenidade", quando celebração própria, ou seja, quando o santo festejado for padroeiro principal de um lugar ou cidade, titular de uma catedral, como também quando for titular, fundador ou padroeiro principal de uma Ordem ou Congregação. Também a "festa" pode tornar-se "solenidade" nas circunstâncias litúrgicas aqui descritas, estendendo-se esse entendimento às celebrações de aniversário de dedicação ou consagração de igrejas.

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ANO LITÚRGICO - RESUMO

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PASTORAL LITÚRGICA

A Pastoral Litúrgica é tão importante quanto as outras pastorais. Muita gente atua em alguma pastoral ou movimento e nas horas vagas faz papel de “quebra-galho” em alguma celebração. É fundamental que se forme a consciência de que a liturgia também é Pastoral.

Podemos dizer até que todas as pastorais brotam da liturgia e para ela convergem. A liturgia deveria dinamizar todas as pastorais. Ela é fonte de vida para a comunidade. Não basta que existam equipes de celebração. É preciso que haja também uma equipe de liturgia.

EQUIPE DE CELEBRAÇÃO

É um grupo de pessoas encarregado de preparar uma celebração específica. Por exemplo, a missa da dez no Domingo. Esta equipe é formada por leitores, músicos e comentaristas e hoje já se falta até mesmo em alguém que esteja preparado para cantar o Salmo Responsorial. É o salmista. A Equipe de Celebração é uma verdadeira equipe. As celebrações são preparadas com antecedência. Não é uma equipe em gavetas. Os mistérios e serviços vão surgindo de acordo com as necessidades da comunidade reunida para celebrar.

EQUIPE DE LITURGIA

Este grupo é diferente. Ele não está encarregado de nenhuma celebração específica. É formado por membros das diversas equipes de celebração de uma Paróquia. Reúne-se periodicamente para estudar, rezar, avaliar e programar a liturgia de toda a Paróquia.

Esta equipe promove cursos e encontros. Sua principal função é animar a atividade das equipes de celebração. É muito importante que esta equipe seja assessorada pelo sacerdote. Nesta equipe acontecerá o diálogo.

O Documento 43 da CNBB diz que esta equipe é o coração e o cérebro da pastoral litúrgica (nº 187).

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ESTA ORGANIZAÇÃO É O QUE CHAMAMOS DE PASTORAL LITÚRGICA

A equipe de Pastoral litúrgica não precisa ser muito grande. Seu coordenador geral normalmente o Pároco ou um seu cooperador. Deverá Ter um coordenador que tenha uma boa formação litúrgica e alguém que entenda de canto litúrgico. Se houver alguém que domine um instrumento musical é muito bom.

As principais funções de uma Equipe de Pastoral litúrgica são:

� A auto-formação litúrgica (Funções nas Celebrações; Cores Litúrgicas; Vestes Litúrgicas; Ano Litúrgico; Objetos Litúrgicos e sua utilização; Cantos Litúrgicos; Espaço Celebrativo; etc. . . )

� Preparar as equipes de Celebração; � Preparar pessoas para diversos ministérios; � Preparar os objetos litúrgicos necessários para uma liturgia rica na Paróquia; � Garantir que na catequese esteja presente a dimensão celebrativa; � Outras mais . . . .

PASSOS PARA ORGANIZAR/PREPARAR UMA CELEBRAÇÃO

� Situar a celebração no tempo litúrgico e na realidade da comunidade;

� Aprofundar as Leituras

� Exercício da criatividade

� Elaborar o roteiro da celebração

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COMUNICAÇÃO LITÚRGICA

A Comunicação se dá principalmente através de realidades sensíveis que nos atingem: gemido, palavra, olhar, carta, desenho, escultura, silêncio, etc. . .

Fico sabendo o que meu amigo pensa, quando ele o expressa, exterioriza, comunica. Ele o faz com seu próprio corpo (expressão corporal e verbal) ou lançando mão de recursos externos: instrumento musical, caneta, pincel, argila, etc.

Também na liturgia, não só as pessoas comunicam o que trazem em seu íntimo. Cada elemento que nos rodeia nos põe em relação com o que eles representam. Assim, o espaço celebrativo, a ornamentação, o cuidado com os objetos litúrgicos, as atitudes dos membros da assembléia, tudo nos fala de como é nossa fé, nossa teologia, nosso respeito em relação aos mistérios que celebramos.

Muitas sãos as realidades que tocam nossos sentidos, nos comunicam algo e de certo modo provocam em nós algum tipo de reação. Enumero, a seguir, algumas dessas realidades, canalizando-as para o campo da liturgia:

PALAVRA – é o meio mais comum da comunicação entre pessoas (a fonte de

mais mal-entendidos também); ESPAÇO CELEBRATIVO – é o espaço onde se desenrola a ação litúrgica. O estilo

da construção, a disposição do altar, dos bancos, cada vez mais devem mostrar o rosto de uma comunidade de irmãos;

ORNAMENTAÇÃO – refere-se aos objetos artísticos, pinturas, imagens e arranjos que revelam o bom gosto da comunidade e comunicam Deus e sua mensagem;

VESTIMENTAS – não servem apenas para cobrir e proteger. Elas informam se é dia de festa ou de trabalho, se temos papel preciso a desempenhar na sociedade ou não. Na liturgia as vestes indicam também a função de cada ministro. As vestes dos ministros chamam-se paramentos – por isso é preciso que estejam dignamente paramentados (vestes limpas e não amarrotadas);

OBJETOS LITÚRGICOS - não são apenas coisas concretas, são sinais (símbolos), por isso transmitem mensagem, não só pela presença deles, mas pelo modo como são utilizados ou conservados. A beleza da patena, do cálice e âmbulas, o formato e acabamento das velas, as flores naturais e sua conservação, tudo isso deve concorrer para uma proveitosa celebração do memorial da páscoa de Cristo;

SÍMBOLOS – é a expressão, a manifestação de uma realidade invisível, de uma experiência profunda. Com efeito, não podemos atingir Deus diretamente, mas pelas realidades por ele criadas. Aí encontramos a marca do Criador.

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Na liturgia cristã, o pão e o vinho, unidos à palavra de Cristo na celebração eucarística, tornam o Cristo presente no seio da sua comunidade. Neste caso, o símbolo torna-se sacramento.

EXPRESSÃO CORPORAL – é a comunicação do corpo. Nosso modo de olhar, gesticular, entrar na igreja, tudo revela nosso interior:

� Gestos (abrir os braços, etc. . . ); � Posturas:

� De pé – posição de Cristo Ressuscitado; � Sentados – posição de quem ouve (aprende); � Ajoelhados – espírito de humildade e reconhecimento dos próprios erros;

ato de profunda adoração a Deus; � Prostrados – é o ato de deitar de bruços no chão. É realizada no início da

ação litúrgica da sexta-feira santa – entregar-se, pedir intercessão; � Genuflexão – exprime a fé na presença de Cristo Ressuscitado;

� Movimentos: procissões, danças, encenações, etc. . . (desde que não perturbe a

celebração); � Silêncio – Não somente a ausência de palavras ou ruídos. O silêncio é, acima de

tudo, atitude que envolve a pessoa toda: nas suas dimensões corporal e espiritual. Ele:

� É atitude de fé e reverência da assembléia litúrgica diante de Deus; � Oferece condições para que a pessoa penetre mais profundamente o

mistério que celebra; � É meio para que ressoe no íntimo dos participantes a palavra de Deus,

que os conforta e alimenta-lhes a esperança; � Leva a pessoa a reconhecer suas potencialidades e seus limites, por isso

ela admite que tem muito a aprender de Deus e dos irmãos;

� Ruídos na Comunicação - os obstáculos, atrapalhões, incômodos que prejudicam o bom andamento de qualquer comunicação:

� Andar de lá para cá; � Conversar/afinar instrumentos musicais na hora da consagração; � O chio do microfone; � Outros mais . . .

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ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA

Bem sabemos que a Pastoral Litúrgica visa a participação consciente, ativa e frutuosa de todos os fiéis, sendo, conforme o n.º 14 da SC, a primeira e necessária fonte, da qual os fiéis podem haurir o espírito genuinamente cristão, razão a qual deve levar os pastores de almas, em toda a sua atividade pastoral, a procurarem-na com o máximo de empenho, através da devida formação.

Se por um lado, a liturgia, em particular a eucaristia, “é a fonte e o cume de toda a vida da Igreja, por outro lado, ela não esgota a ação da Igreja . . . e a vida espiritual não se limita à participação da sagrada liturgia” (SC 9;12). A oração litúrgica não esgota todas as possibilidades da vida espiritual.

Portanto, a Oração e a Religiosidade popular, embora não sejam liturgia no sentido estrito, merecem valorização e atenção por parte da Pastoral Litúrgica, para uma pastoral harmônica da dimensão celebrativa e espiritual da vida em Cristo e no Espírito. Como nos diz o Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Vicesimus quintus annus n.º 18: “Uma autêntica Pastoral Litúrgica saberá apoiar-se nas riquezas da piedade popular e orientá-las para a Liturgia, como oferenda dos povos.”

Liturgismo é fazer das celebrações um mero cumprimento de normas e ritos prescritos em livros ou folhetos. No liturgismo a liturgia fica sendo o canto dos anjos ou de quem quer que seja, menos da comunidade reunida em assembléia.

A liturgia é uma semente plantada por Deus em nossa terra. Esta semente é a salvação. Isso lembra o fato de Deus Ter se encarnado para nos redimir. Deus tomou a forma de gente como a gente. Ele assumiu as nossas limitações, redimiu a natureza humana. Na liturgia, Deus toma as cores da nossa cultura, fala com as palavras que usamos todo dia, canta com as melodias e ritmos do nosso povo.

Por isso, a liturgia deve ser encarnada. Deve valorizar as expressões de nossa gente, os símbolos que realmente são significativos. Isto sugere uma espiritualidade.

Na liturgia falamos com Deus, e Deus fala conosco. Somos o seu povo. Isto só é possível porque Jesus deixou alguém que fala por meio da nossa voz: é o Espírito Santo.

Todo leitor, comentarista, músico, animador, sacerdote, etc. . , todo cristão deve se preparar ao realizar um gesto / celebração litúrgica. Para isso, a equipe de liturgia precisa refletir, aprofundar e rezar.

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Sem espiritualidade litúrgica nosso serviço acaba perdendo o rumo e as motivações. Em vez de humildes servos nos tornamos prepotentes e arrogantes ”funcionários do culto”. Tomamos posse da sacristia, dos microfones, das missas, do padre . . . isso é terrível, mas, infelizmente, é o que acontece em muitas comunidades.

Além disso, a liturgia é fonte de vida para o cristão. Assim, podemos dizer que nascemos juntos das mesmas águas. Bebemos da mesma fonte. A Eucaristia é novamente a suprema fonte de vida.

Tudo vem da liturgia, Tudo vai para ela. . . A liturgia é ponto de chegada e de saída. Isso dá novo sentido às pastorais. A liturgia é ponto de encontro, de partilha e de

sustento das pastorais.

A MISSA PARTE POR PARTE Certa ocasião, numa cidade do interior, o bispo da diocese fora visitar as obras de

construção de uma Igreja. Ele então, viu vários operários carregando tijolos de um lado para outro e resolveu conversar com alguns deles:

- O que você está fazendo? E o primeiro responde-lhe: - Carrego tijolos. O segundo, feita a mesma pergunta, responde: - Estou garantindo o leite de meus filhos. Fazendo a mesma pergunta a um terceiro operário, este responde ao bispo: - Estou ajudando a construir uma igreja, aonde as pessoas virão agradecer a Deus

por tudo que ele faz em suas vidas. Três pessoas, a mesma ação. E para cada uma delas a ação tinha um sentido

diferente. É o mesmo que ocorre com a missa. Para alguns, não há sentido, pois fazem seus atos sem ter consciência deles. Outros têm uma visão muito individualista do que fazem, e por fim há os que enxergam o todo da realidade em que participam, fazendo seus atos terem um sentido total. E nós, em qual grupo nos encaixamos?

Antes de respondermos, analisemos o sentido da missa. A missa é uma celebração. E celebrar, “é tornar presente uma realidade através de um rito”. Na celebração, temos sempre presentes o passado, o presente e o futuro, que em breves momentos unem-se num tempo só, a eternidade. E qual a finalidade de uma celebração? Nenhuma. A celebração possui valor. Aliás, as coisas mais importantes do homem como o lazer, o amor, a arte, a oração não tem uma finalidade produtiva, mas sim valor. E o valor da missa é tornarmos presente a paixão-morte-ressurreição de Cristo através da celebração, e assim participarmos mais ainda do mistério de salvação da humanidade.

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Vale a pena ainda lembrar que, ao tornarmos presente o sacrifício de Cristo não quer dizer que estejamos novamente sacrificando o Cristo. Partindo do princípio que a salvação de Cristo não se prende à nossa visão de presente, passado e futuro, mas coloca-se no nível da eternidade, podemos afirmar que Cristo ao morrer na cruz salva todos os homens em todos os tempos, e a cada instante. É como se em cada missa, você estivesse aos pés da cruz contemplando o mistério da redenção da humanidade. E é o que acontece em cada missa, em cada eucaristia celebrada. E aí está o amor de Cristo ao dar-se na Eucaristia, em forma de alimento.

Para realizarmos uma missa precisamos de alguns “ingredientes”: a) A palavra de Deus b) Altar (a missa é uma ceia, precisamos de uma mesa); c) Assembléia (no mínimo uma pessoa); d) Intenção do que se faz, tanto da parte da assembléia quanto do ministro; e) Ministro ordenado (padre ou bispo); f) Pão, água e vinho. Estes são os “ingredientes indispensáveis” a qualquer celebração eucarística. Sobre

cada um deles, explicaremos no decorrer de cada parte da missa. Outrora, a missa não possuía este nome, mas era chamada de ceia do Senhor ou

eucaristia. De fato, a missa é uma ceia onde nos encontramos com os irmãos para juntos alimentarmo-nos do próprio Deus, que se dá em alimento por sua Palavra e pelo pão e o vinho. E a missa também é eucaristia. O que vem a ser isso?

Eucaristia significa ação de graças. No capítulo 24 do livro do Gênesis, vemos

um exemplo de ação de graças. Após a morte de sua esposa Sara, Abraão pede ao seu servo mais antigo que procure uma esposa para seu filho Isaac. O servo parte em busca desta mulher, mas como iria reconhecê-la? Pede a Deus um sinal e o servo a reconhece quando uma bela jovem dá de beber de seu cântaro ao servo e seus camelos. E qual sua reação após este fato? “O servo inclinou-se diante do Senhor. Bendito seja, exclamou ele, o Deus de Abraão, meu senhor, que não faltou à sua bondade e à sua fidelidade. Ele conduziu-me diretamente à casa dos parentes de meu Senhor” (Gn 24,26-27). Eis aqui uma ação de graças.

Quais os seus elementos? Temos antes de tudo um fato maravilhoso, uma bênção, um benefício, uma graça alcançada, manifestação da bondade de Deus. Depois, a admiração. O servo inclina-se diante do Senhor. Esta admiração manifesta-se pela exclamação e aclamação. Ele não faltou à sua bondade e à sua fidelidade. Proclama, então, o fato, narra

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o acontecimento, o benefício, a Bênção recebida. Todos estes elementos encontram-se no contexto da missa, como veremos adiante.

E por que então a missa possui este nome? Por enquanto acompanhemos a missa parte por parte e as respostas serão dadas.

Ritos Iniciais

Instrução Geral ao Missal Romano, n.º 24:

“Os ritos iniciais ou as partes que precedem a liturgia da palavra, isto é, cântico de entrada, saudação, ato penitencial, Senhor, Glória e oração da coleta, têm o caráter de exórdio, introdução e preparação. Estes ritos têm por finalidade fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”.

Comentário Inicial

Este tem por fim introduzir os fiéis ao mistério celebrado. Sua posição correta seria após a saudação do padre, pois ao nos encontrarmos com uma pessoa primeiro a saudamos para depois iniciarmos qualquer atividade com ela.

Canto de Entrada

“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros”(IGMR n.25)

Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:

a) O canto Durante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da

música participamos da missa cantando. A música não é simplesmente acompanhamento ou trilha musical da celebração: a música é também nossa forma de louvarmos a Deus. Daí a importância da participação de toda assembléia durante os cantos.

b) A procissão O povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas

as procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar.

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c) O beijo no altar Durante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar que

ocorre o mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija o altar em sinal de carinho e reverência por tão sublime lugar.

Por incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja é o altar, pois ao contrário do que muita gente pensa, as hóstias guardadas no sacrário nunca poderiam estar ali se não houvesse um altar para consagrá-las.

Saudação

a) Sinal da Cruz O presidente da celebração e a assembléia recordam-se por que estão celebrando a

missa. É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade.

b) Saudação Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a

assembléia se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus, mas também é encontro com os irmãos.

Ato Penitencial

Após saudar a assembléia presente, o sacerdote convida toda assembléia a, em um momento de silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da necessidade da misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: Confesso a Deus todo-poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de nós... Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar... Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela aspersão da água, que nos convida a rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do simbolismo da água pedirmos para sermos purificados.

Cabe aqui dizer, que o “Senhor, tende piedade” não pertence necessariamente ao ato penitencial. Este se dá após a absolvição do padre e é um canto que clama pela piedade de Deus. Daí ser um erro omiti-lo após o ato penitencial quando este é cantando. O “Senhor, tende piedade” poderá fazer parte do ato penitencial, mas para isso é necessário a inserção de uma característica de Deus. Ainda com relação ao texto do “Senhor...”, os vocativos presentes em cada frase referem-se a Jesus Cristo, aquele que intercede ao Pai por nossos pecados.

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Hino de Louvor

Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a assembléia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. é proclamado nos domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento - e em celebrações especiais, de caráter mais solene.

Oração da Coleta

Encerra o rito de entrada e introduz a assembléia na celebração do dia. “Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes,

tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembléia dá o seu assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR 32).

Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e finalidade.

Liturgia da Palavra

Não existe celebração na liturgia cristã em que não se proclame a Palavra de Deus.

Isto porque a Igreja antes de tornar presente os mistérios de Cristo ela os contempla. Pela palavra, Deus convoca e recria o seu povo, através de uma resposta de conversão da parte de quem a ouve.

“A parte principal da Palavra de Deus é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos Cânticos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída pela homilia, a profissão de fé e a oração universal ou dos fiéis. Pois nas leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu povo, revela o mistério da redenção e da salvação, e oferece alimento espiritual.; e o próprio Cristo, por sua palavra, se acha presente no meio dos fiéis. Pelos cânticos, o povo se apropria dessa palavra de Deus e a ele adere pela profissão de fé. Alimentado por esta palavra, reza na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro”(IGMR 33).

1ª, 2ª Leituras e Salmo

Para compreendermos melhor a liturgia da Palavra é necessário distinguir entre a liturgia dominical e a liturgia dos dias da semana. A primeira é dividida em três anos, nos quais a Igreja procura ler toda a Bíblia. Nos dias de domingo e festas o esquema das

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leituras é o seguinte: Primeira leitura, salmo, segunda leitura, aclamação ao Evangelho e Evangelho. A primeira leitura e o evangelho tratam geralmente do mesmo assunto, para mostrar Jesus como aquele que leva à plenitude a antiga aliança; o salmo, é uma meditação da leitura, uma espécie de comentário cantado - daí ser insubstituível; a segunda leitura é feita de forma semi-contínua, sempre extraída da carta do apóstolo. Já a liturgia dos dias da semana não apresenta a segunda leitura, e toda a Bíblia é lida todos os anos.

Evangelho

É o ponto alto da liturgia da Palavra. Cristo torna-se presente através de sua Palavra e da pessoa do sacerdote. Tal momento é revestido de cerimônia, devido sua importância. Todos ficam de pé e aclamam o Cristo que fala. O diácono ou o padre dirigem-se à mesa da palavra para proclamá-la. O que proclama a Palavra do evangelho menciona a presença do Cristo vivo entre nós. Faz o sinal da cruz na testa, na boca e no coração para que todo o ser fique impregnado da mensagem do Evangelho: a mente a acolha, a boca a proclame e o coração a sinta e a viva.

Homilia

A homilia faz a transição entre a palavra de Deus e sua resposta. É feita exclusivamente por um ministro ordenado, pois este recebeu, através da imposição das mãos o dom especial para pregar o Evangelho. A função da homilia é confrontar o mistério celebrado com a vida da comunidade. Na homilia, o sacerdote anima o povo, exorta-o e se for preciso o denuncia, mostrando a distância entre o ideal proposto e a vida concreta do povo.

Profissão de fé

“O símbolo ou profissão de fé, na celebração da missa, tem por objetivo levar o povo a dar seu assentimento e resposta à palavra de Deus ouvida nas leituras e homilia, bem como lhe recordar a regra da fé antes de iniciar a celebração da eucaristia”(IGMR 43).

A profissão de fé consiste na primeira resposta dada à Palavra de Deus. Nela cremos e aderimos, manifestando também nossa fé naquela que possui a incumbência de perpetuar esta palavra: a Igreja Católica. Possui duas formas, sendo a mais extensa proclamada em solenidades especiais, como o Natal, Anunciação etc.

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Preces da comunidade

“Na oração dos fiéis ou oração universal, a assembléia dos fiéis, iluminada pela graça de Deus, à qual de certo modo responde, pede normalmente pelas necessidades da Igreja universal e da comunidade local, pela salvação do mundo, pelos que se encontram em qualquer necessidade e por grupos determinados de pessoas” (IGMR 30).

O povo de Deus ouve a Palavra de Deus, a acolhe e dá a sua resposta. Esta pode ser em forma de louvor, de súplica, adoração ou intercessão. Pede a Deus a graça de poder realizar a sua vontade; porém ele não é egoísta: pede por todos para que também possam realizar esta palavra e assim encontrar o sentido para suas vidas. Pede pela Igreja, para que esta tenha coragem de continuar proclamando esta palavra. Pede por aqueles que sofrem e pelas autoridades locais, para que concretizem o Reino de Deus entre nós. Finalmente faz seus pedidos pela comunidade local.

Talvez seria de imensa riqueza para a liturgia se as preces fossem feitas de modo espontâneo, mas para isso seria necessário ordem e instrução por parte da assembléia. Seria necessário lembrar que a resposta à Palavra de Deus nunca se dá de modo egoísta.

Liturgia Eucarística

Na liturgia eucarística atingimos o ponto alto da celebração. Durante ela a Igreja irá

tornar presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata de outro sacrifício, mas sim de trazer à nossa realidade a salvação que Deus nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai, por Cristo, sua oferta e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para nossas vidas.

“Cristo na verdade, tomou o pão e o cálice em suas mãos, deu graças, partiu o pão e deu-os aos seus discípulos dizendo: ‘Tomai, comei, isto é o meu Corpo, este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de mim’. Por isso, a Igreja dispôs toda a celebração da liturgia eucarística em partes que correspondam às palavras e gestos de Cristo: 1) no ofertório leva-se o pão e o vinho com água, isto é, os elementos que Cristo tomou em suas mãos; 2) na oração eucarística rendem-se graças a Deus por toda obra salvífica e o pão e vinho tornam-se o Corpo e o Sangue de Cristo; 3) pela fração do mesmo pão manifesta-se a unidade dos fiéis, e pela comunhão recebem o Corpo e o Sangue do Senhor como os discípulos o receberam das mãos do próprio Cristo” (IGMR 48).

É durante a liturgia eucarística que podemos entender a missa como uma ceia, pois afinal de contas nela podemos enxergar todos os elementos que compõem uma: temos a mesa - mais propriamente a mesa da Palavra e a mesa do pão. Temos o pão e o vinho, ou seja o alimento sólido e líquido presentes em qualquer ceia. Tudo conforme o espírito da ceia pascal judaica, em que Cristo instituiu a eucaristia.

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E de fato, a Eucaristia no início da Igreja era celebrada em uma ceia fraterna. Porém foram ocorrendo alguns abusos, como Paulo os sinaliza na Primeira Carta aos Coríntios. Aos poucos foi sendo inserida a celebração da palavra de Deus antes da ceia fraterna e da consagração. Já no século II a liturgia da Missa apresentava o esquema que possui hoje em dia.

Após essa lembrança de que a Missa também é uma ceia, podemos nos questionar sobre o sentido de uma ceia, desde o cafezinho oferecido ao visitante até o mais requintado jantar diplomático. Uma ceia significa, entre outros: festa, encontro, união, amor, comunhão, comemoração, homenagem, amizade, presença, confraternização, diálogo, ou seja, vida. Aplicando esses aspectos a Missa, entenderemos o seu significado, principalmente quando vemos que é o próprio Deus que se dá em alimento. Vemos que a Missa também é um convívio no Senhor.

A liturgia eucarística divide-se em: apresentação das oferendas, oração eucarística e rito da comunhão.

Apresentação das Oferendas

Apesar de conhecida como ofertório, esta parte da Missa é apenas uma apresentação dos dons que serão ofertados junto com o Cristo durante a consagração. Devido ao fato de maioria das Missas essa parte ser cantada não podemos ver o que acontece durante esse momento. Conhecendo esses aspectos poderemos dar mais sentido à celebração.

Analisemos inicialmente os elementos do ofertório: o pão o vinho e a água. O que significam? De fato foram os elementos utilizados por Cristo na última ceia, mas eles possuem todo um significado especial:

1) o pão e o vinho representam a vida do homem, o que ele é, uma vez que ninguém vive sem comer nem beber;

2) representam também o que o homem faz, pois ninguém vai na roça colher pão nem na fonte buscar vinho;

3) em Cristo o pão e o vinho adquirem um novo significado, tornando-se o Corpo e o Sangue de Cristo. Como podemos ver, o que o homem é, e o que o homem faz adquirem um novo sentido em Jesus Cristo.

E a água? Durante a apresentação das oferendas, o sacerdote mergulha algumas gotas de água no vinho. E o porquê disso? Sabemos que no tempo de Jesus os judeus bebiam vinho diluído em um pouco de água, e certamente Cristo também devia fazê-lo pois era verdadeiramente homem. Por outro lado, a água quando misturada ao vinho adquire a cor e o sabor deste. Ora, as gotas de água representam a humanidade que se transforma quando diluída em Cristo.

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Os tempos da preparação das oferendas:

a) Preparação do altar “Em primeiro lugar prepara-se o altar ou a mesa do Senhor, que é o centro de toda liturgia

eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o cálice e o missal , a não ser que se prepare na credência”(IGMR 49).

b) Procissão das oferendas Neste momento, trazem-se os dons em forma de procissão. Lembrando que o pão e

o vinho representam o que é o homem e o que ele faz, esta procissão deve revestir-se do sentimento de doação, ao invés de ser apenas uma entrega da água e do vinho ao sacerdote.

c) Apresentação das oferendas a Deus O sacerdote apresenta a Deus as oferendas através da fórmula: Bendito sejais... e o

povo aclama: Bendito seja Deus para sempre! Este momento passa despercebido da maioria das pessoas devido ao canto do ofertório. O ideal seria que todo o povo participasse desse momento, sendo o canto usado apenas durante a procissão e a coleta fosse feita sem as pessoas saírem de seus locais. O canto não é proibido, mas deve procurar durar exatamente o tempo da apresentação das oferendas, para que o sacerdote não fique esperando para dar prosseguimento à celebração.

d) A coleta do ofertório Já nas sinagogas hebraicas, após a celebração da Palavra de Deus, as pessoas

costumavam deixar alguma oferta para auxiliar as pessoas pobres. E de fato, este momento do ofertório só tem sentido se reflete nossa atitude interior de dispormos os nossos dons em favor do próximo. Aqui, o que importa não é a quantidade, mas sim o nosso desejo de assim como Cristo, nos darmos pelo próximo. Representa o nosso desejo de aos poucos, deixarmos de celebrar a eucaristia para nos tornarmos eucaristia.

e) O lavar as mãos Após o sacerdote apresentar as oferendas ele lava suas mãos. Antigamente, quando

as pessoas traziam os elementos da celebração de suas casas, este gesto tinha caráter utilitário, pois após pegar os produtos do campo era necessário que lavasse as mãos. Hoje em dia este gesto representa a atitude, por parte do sacerdote, de tornar-se puro para celebrar dignamente a eucaristia.

f) O Orai Irmãos...

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Agora o sacerdote convida toda assembléia à unir suas orações à ação de graças do sacerdote.

g) Oração sobre as Oferendas Esta oração coleta os motivos da ação de graças e lança no que segue, ou seja, a

oração eucarística. Sempre muito rica, deve ser acompanhada com muita atenção e confirmada com o nosso amém!

A Oração Eucarística

É na oração eucarística em que atingimos o ponto alto da celebração. Nela, através

de Cristo que se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima Trindade, mistério da nossa salvação:

“A oração eucarística é o centro e ápice de toda celebração, é prece de ação de graças e santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e na ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai por Jesus Cristo em nome de toda comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembléia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício” (IGMR 54).

Para melhor compreendermos a oração eucarística é necessário que tenhamos em mente as palavras: ação de graças, sacrifício e páscoa.

A missa é ação de graças

Como já foi referida anteriormente, a missa também pode ser chamada de

eucaristia, ou seja, ação de graças. E a partir da passagem do servo de Abraão pudemos ter uma noção do que é uma oração eucarística ou de ação de graças. Pois bem, esta atitude de ação de graças recebe o nome de berakah em hebraico, que se traduzindo para o grego originou três outras palavras: euloguia, que se traduz por bendizer; eucharistia, que significa gratidão pelo dom recebido de graça; e exomologuia, que significa reconhecimento ou confissão.

Diante da riqueza desses significados podemos nos perguntar: quem dá graças a quem? Ou melhor dizendo, quem dá dons, quem dá bênçãos a quem? Diante dessa pergunta podemos perceber que Deus dá graças a sim mesmo, uma vez que sendo uma comunidade perfeita o Pai ama o Filho e se dá por ele e o Filho também se dá ao Pai, e deste amor surge o Espírito Santo. Por sua vez, Deus dá graças ao homem, uma vez que não se poupou nem de dar a si mesmo por nós e em resposta o homem dá graças a Deus,

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reconhecendo-se criatura e entregando-se ao amor de Deus. Ora, o homem também dá graças ao homem, através da doação ao próximo a exemplo de Deus. Também o homem dá graças a natureza, respeitando-a e tratando-a como criatura do mesmo Criador. O problema ecológico que atravessamos é, sobretudo, um problema eucarístico. A natureza também dá graças ao homem, se respeitada e amada. A natureza dá graças a Deus estando à serviço de seu criador a todo instante.

A partir desta visão da ação de graças começamos a perceber que a Missa não se reduz apenas a uma cerimônia realizada nas Igrejas, ao contrário, a celebração da Eucaristia é a vivência da ação de Deus em nós, sobretudo através da libertação que Ele nos trouxe em seu Filho Jesus. Cristo é a verdadeira e definitiva libertação e aliança, levando à plenitude a libertação do povo judeu do Egito e a aliança realizada aos pés do monte Sinai.

A missa é sacrifício

Sacrifício é uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdócio, que do latim temos sacer-dos, o dom sagrado. O dom sagrado do homem é a vida, pois esta vem de Deus. Por natureza o homem é um sacerdote. Perdeu esta condição por causa do pecado. Sacrifício, então, significa o que é feito sagrado. O homem torna sua vida sagrada quando reconhece que esta é dom de Deus. Jesus Cristo faz justamente isso: na condição de homem reconhece-se como criatura e se entrega totalmente ao Pai, não poupando nem sua própria vida. Jesus nesse momento está representando toda a humanidade. Através de sua morte na cruz dá a chance aos homens e às mulheres de novamente orientarem suas vidas ao Pai assumindo assim sua condição de sacerdotes e sacerdotisas.

Com isso queremos tirar aquela visão negativa de que sacrifício é algo que representa a morte e a dor. Estas coisas são necessárias dentro do mistério da salvação pois só assim o homem pode reconhecer sua fraqueza e sua condição de criatura.

A Missa também é Páscoa

A Páscoa foi a passagem da escravidão do Egito para a liberdade, bem como a aliança selada no monte Sinai entre Deus e o povo hebreu. E diante desses fatos o povo hebreu sempre celebrou essa passagem, através da Páscoa anual, das celebrações da Palavra aos sábados, na sinagoga e diariamente, antes de levantar-se e deitar-se, reconhecendo a experiência de Deus em suas vidas e louvando a Deus pelas

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experiências pascais vividas ao longo do dia. O povo judeu vivia em atitude de ação de graças, vivendo a todo instante a Páscoa em suas vidas.

E é dentro da celebração da Páscoa anual dos judeus que Jesus Cristo institui o sacramento da Eucaristia, dando o seu corpo como sinal de libertação definitiva e dando seu sangue para selar a nova e eterna aliança. Em Cristo dá-se a verdadeira páscoa, o encontro definitivo do homem com Deus.

Fazei isto em memória de mim

Cristo ao instituir a Páscoa-rito para os cristãos deixa uma ordem ao final dela: “Fazei isto em memória de mim”. Mas o que pode significar esta ordem? Pode significar o fato de que, todas as vezes que quisermos celebrar a Páscoa devemos dar graças, consagrar o pão e reparti-lo com os irmãos. Mas será que apenas foi isto que Cristo mencionou na última ceia? Durante as palavras da consagração é muito forte a idéia de doação: “Tomou o pão e o deu a seus discípulos”, “Isto é o meu corpo, isto é o meu sangue dados por vós”. A meu ver, Cristo nos chama a ser pão e vinho dado aos irmãos. Cristo nos chama a darmos o nosso corpo e o nosso sangue para, desse modo, fazermos memória a ele.

O esquema da oração eucarística segue aquele esquema referente a berakah dos judeus. Em resumo temos o seguinte:

1) O fato maravilhoso - Expresso no prefácio, relembra os benefícios, as bênçãos de Deus em nossas vidas.

2) Admiração - Sentimento que atravessa toda oração. 3) Exclamações e aclamações da assembléia ao longo da oração eucarística. 4) Proclamação ou a memória dos benefícios, através da consagração das espécies. 5) Pedidos e intercessões 6) Louvor final - Por Cristo, com Cristo, em Cristo... Após essas breves considerações vejamos agora como se esquematiza a oração

eucarística: a) Definição “Trata-se de uma ação de graças ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. A Igreja rende

graças a Deus Pai pelas maravilhas operadas por Cristo, no Espírito Santo. Ela louva, bendiz e agradece ao Pai. Comemora o Filho. Invoca o Espírito Santo”.

b) Prefácio

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Após o diálogo introdutório, o prefácio possui a função de introduzir a assembléia na grande ação de graças que se dá a partir deste ponto. Existem inúmeros prefácios, abordando sobre os mais diversos temas: a vida dos santos, Nossa Senhora, Páscoa etc.

c) O Santo É a primeira grande aclamação da assembléia a Deus Pai em Jesus Cristo. O correto

é que seja sempre cantado. d) A invocação do Espírito Santo Através dele Cristo realizou sua ação quando presente na história e a realiza nos

tempos atuais. A Igreja nasce do espírito Santo, que transforma o pão e o vinho. A Igreja tem sua força na Eucaristia.

e) A consagração Deve ser toda acompanhada por nós. É reprovável o hábito de permanecer-se de

cabeça baixa durante esse momento. Reprovável ainda é qualquer tipo de manifestação quando o sacerdote ergue a hóstia, pois este é um momento sublime e de profunda adoração. Nesse momento o mistério do amor do Pai é renovado em nós. Cristo dá-se por nós ao Pai trazendo graças para nossos corações. Daí ser esse um momento de profundo silêncio.

f) Preces e intercessões Reconhecendo a ação de Cristo pelo Espírito Santo em nós, a Igreja pede a graça de

abrir-se a ela, tornando-se uma só unidade. Pede para que o papa e seus auxiliares sejam capazes de levar o Espírito Santo a todos. Pede pelos fiéis que já se foram e pede a graça de, a exemplo de Nossa Senhora e dos santos, os fiéis possam chegar ao Reino para todos preparados pelo Pai.

g) Doxologia Final É uma espécie de resumo de toda a oração eucarística, em que o sacerdote tendo o

Corpo e Sangue de Cristo em suas mãos louva ao Pai e toda assembléia responde com um grande “amém”, que confirma tudo aquilo que ela viveu.

Rito da Comunhão

A oração eucarística representa a dimensão vertical da Missa, em que nos unimos

plenamente a Deus em Cristo. Após alcançarmos a comunhão com Deus Pai, o desencadeamento natural dos fatos é o encontro com os irmãos, uma vez que Cristo é único e é tudo em todos. Este é o momento horizontal da Missa. Tem também esse momento o intuito de preparar-nos ao banquete eucarístico.

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a) O Pai-Nosso É o desfecho natural da oração eucarística. Uma vez que unidos a Cristo e por ele

reconciliados com Deus, nada mais oportuno do que dizer: Pai nosso... Esta oração deve ser rezada em grande exaltação, se possível cantada. Após o Pai Nosso segue o seu embolismo, ou seja, a continuação do último pensamento da oração. Segue aqui uma observação: o único local em que não dizemos “amém” ao final do Pai Nosso é na Missa, dada a continuidade da oração expressa no embolismo.

b) Oração pela paz Uma vez reconciliados em Cristo, pedimos que a paz se estenda a todas as pessoas,

presentes ou não, para que possam viver em plenitude o mistério de Cristo. Pede-se também a Paz para a Igreja, para que, desse modo, possa continuar sua missão.

c) O cumprimento da Paz É um gesto simbólico, representando nosso bem-querer ao próximo. Por ser um

gesto simbólico não há a necessidade em sair do local para cumprimentar a todos na Igreja. Se todos tivessem em mente o simbolismo expresso nesse momento não seria necessária a dispersão que o caracteriza na maioria dos casos. Também não é conveniente que se cante durante esse momento, uma vez que deveria durar pouco tempo. A música pode ficar para Missas celebradas em pequenos grupos.

d) O Cordeiro de Deus O sacerdote e a assembléia se preparam em silêncio para a comunhão. Neste

momento o padre mergulha um pedaço do pão no vinho, representando a união de Cristo presente por inteiro nas duas espécies. A seguir todos reconhecem sua pequenez diante de Cristo e como o Centurião exclamam: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo. Cristo não nos dá apenas sua palavra, mas dá-se por amor a cada um de nós.

e) A comunhão Durante esse momento a assembléia dirige-se à mesa eucarística. O canto deve

procurar ser um canto de louvor moderado, salientando a doação de Cristo por nós. A comunhão pode ser recebida nas mãos ou na boca, tendo o cuidado de, no primeiro caso, a mão que recebe a hóstia não ser a mesma que a leva a boca. Aqueles que por um motivo ou outro não comungam é importante que façam desse momento também um momento de encontro com o Cristo. Após a comunhão segue-se a ação de graças, que pode ser feita em forma de um canto de meditação ou pelo silêncio, que dentro da liturgia possui sua linguagem. O que não pode é esse momento ser esquecido ou utilizado para conversar com que está ao nosso lado.

f) Oração após a comunhão

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Infelizmente criou-se o mau costume em nossas assembléias de se fazer essa oração após os avisos, como uma espécie de convite apressado para se ir embora. Esta oração liga-se ainda a liturgia eucarística, e é o seu fechamento, pedindo a Deus as graças necessárias para se viver no dia-a-dia tudo que se manifestou perante a assembléia durante a celebração.

Ritos Finais

“O rito de encerramento da Missa consta fundamentalmente de três elementos: a saudação

do sacerdote, a bênção, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre o povo, ou por outra forma mais solene, e a própria despedida, em que se despede a assembléia, afim de que todos voltem ás suas atividades louvando e bendizendo o Senhor com suas boas obras” (IGMR 57).

Para muitos, este momento é um alívio, está cumprido o preceito dominical. Mas para outros, esta parte é o envio, é o início da transformação do compromisso assumido na Missa em gestos e atitudes concretas. Ouvimos a Palavra de Deus e a aceitamos em nossas vidas. Revivemos a Páscoa de Cristo, assumindo também nós esta passagem da morte para a vida e unimo-nos ao sacrifício de Cristo ao reconhecer nossa vida como dom de Deus e orientando-a em sua direção.

Sem demais delongas, este momento é o oportuno para dar-se avisos à comunidade, bem como para as últimas orientações do presidente da celebração. Após, segue-se a bênção do sacerdote e a despedida. Para alguns liturgistas, esse momento é um momento de envio, pois o sacerdote abençoa os fiéis para que estes saiam pelo mundo louvando a Deus com palavras e gestos, contribuindo assim para sua transformação. Vejamos o porquê disso.

Passando a despedida para o latim ela soa da seguinte forma: “Ite, Missa est”. Traduzindo-se para o português, soa algo como “Ide, tendes uma bênção e uma missão a cumprir”, pois em latim, missa significa missão ou demissão, como também pode significar bênção. Nesse sentido, eucaristia significa bênção, o que não deixa de ser uma realidade, já que através da doação de seu Filho, Deus abençoa toda a humanidade. De posse desta boa-graça dada pelo Pai, os cristãos são re-enviados ao mundo para que se tornem eucaristia, fonte de bênçãos para o próximo. Desse modo a Missa reassume todo seu significado.

Conclusão

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O intuito maior é mostrar a Missa como algo dinâmico, que não se reduz a apenas uma série de ritos realizados no interior da nossa Igreja; pelo contrário, através da Missa tornamos presentes em nós Cristo, e por nós tornamos Cristo presente no mundo. Daí ser a eucaristia fonte da Igreja.

Não poderíamos também deixar de procurar despertar a consciência para o mistério celebrado, bem como atentar com relações a gestos e posturas durante a Missa que possuem todo um significado e que enriquecem ainda mais as nossas celebrações. Que todos aqueles que tiveram a oportunidade de ler o conteúdo destas páginas possam, cada vez mais, entender o significado do “Ite, Missa est!”, e dessa forma contribuírem na concretização do Reino de Deus.

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SEGUNDO MÓDULO - SACRAMENTOS

INTRODUÇÃO AOS SACRAMENTOS

1 – IDÉIA BÁSICA – DEUS NÃO QUER VIVER LONGE DO HOMEM; AO CONTRÁRIO, QUER FICAR UNIDO A ELE ATRAVÉS DE SUA PRESENÇA CONSTANTE. DE UM MODO GERAL, É ESTA PRESENÇA DE DEUS QUE NÓS CHAMAMOS DE GRAÇA. PODE-SE AFIRMAR, ENTÃO, QUE DEUS QUER PARTICIPAR DA NOSSA VIDA, COMUNICANDO-NOS A SUA VIDA. 2 – DE QUE FORMA DEUS COMUNICA SUA VIDA ? DEUS COMUNICA A SUA VIDA POR MEIO DE ALGUNS SINAIS SENSÍVEIS, OU SEJA, POR MEIO DE SINAIS QUE O PRÓPRIO HOMEM USA NA SUA VIDA PRÁTICA.

“SACRAMENTO É SINAL SENSÍVEL E EFICAZ DA GRAÇA”. ELES SÃO SINAIS SENSÍVEIS EMITIDOS POR DEUS, PARA NOSSA

SALVAÇÃO E SANTIFICAÇÃO.

3 – SINAL SENSÍVEL – QUANDO QUERO ME COMUNICAR COM OUTRA

PESSOA, USO SEMPRE ALGUM SINAL QUE PODE SER CAPTADO AO MENOS POR UM DOS CINCO SENTIDOS: VISÃO, AUDIÇÃO, TATO, OLFATO E PALADAR. QUANDO DEUS QUER NOS COMUNICAR A SUA VIDA, A SUA GRAÇA, TAMBÉM O FAZ ATRAVÉS DE SINAIS QUE POSSAMOS PERCEBER PELOS NOSSOS SENTIDOS.

4 – SINAL EFICAZ – DIZEMOS QUE UM REMÉDIO É EFICAZ QUANDO ELE

CURA DE FATO UMA DOENÇA. FOI FEITO PARA CURAR, E CURA REALMENTE. OS SACRAMENTOS SÃO EFICAZES DE FATO, ISTO É, ELES REALIZAM A SUA

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MISSÃO E A FINALIDADE PARA A QUAL FORAM DESTINADOS. POR MEIO DOS SINAIS SACRAMENTAIS, A GRAÇA DE DEUS VEM A NÓS, REALMENTE.

5 – POR QUÊ PRECISAMOS DE SACRAMENTOS? PORQUE PRECISAMOS DE CRISTO! E O CRISTO, DEPOIS DE VOLTAR A SEU

PAI, TORNOU-SE INVISÍVEL PARA NÓS. MAS NÓS PODEMOS CONTINUAR A SENTÍ-LO E A VÊ-LO ATRAVÉS DESTES SINAIS SENSÍVEIS. SÃO ATRAVÉS DOS SACRAMENTOS QUE DEUS SE MANIFESTA A NÓS, EMBORA NÃO POSSAMOS VÊ-LO COM NOSSOS OLHOS.

O SACRAMENTO TORNA SENSÍVEL ALGUÉM OU ALGUMA COISA QUE NÃO SE VÊ. POR EXEMPLO: UMA CARTA TORNA VISÍVEL E PRESENTE ALGUÉM QUE ESTÁ LONGE. NÃO SE MANDAM CARTAS QUANDO A GENTE ESTÁ PRÓXIMO E VISÍVEL. � Jesus Cristo → Sacramento Primordial de Deus. Ele é a revelação plena do Pai. O que o Pai é (tudo o que nós não conseguimos detectar) nos é revelado por Jesus. → Uma dessas principais revelações e a misericórdia e o perdão, ou seja, atos sacramentais de Jesus revela o Pai. → Jesus foi tão humano que não havia nele pecado algum. O homem (natureza humana) não tem pecado. O pecado está na obra da criação. � A Igreja → é como sacramento de Cristo, ou seja, deve fazer resplandecer a figura de Cristo. Ela é o sacramento fundamental de Cristo.

� Finalidade do Sacramento segundo a Sacrosanctum Concilium, 59:

a) Santificação dos Homens → esta é a vocação original e universal do Ser Humano, ou seja, o Homem deve expressar sua santidade no mundo;

b) Edificação do Corpo de Cristo → o sacramento, sinais eficazes de graça instituídos por Jesus na sua Igreja, a edifica, a realiza;

c) Prestar culto a Deus → “é nosso dever e nossa salvação”. Sacramento é memória → Ele é memória das maravilhas de Deus entre nós e nos faz participantes do mistério. Por isso, os sacramentos que celebramos depende muito do que somos, melhor dizendo, a participação do celebrante é fundamental. É dever do sacerdote levar os fiéis à plena participação da celebração que preside.

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Sacramento é mistério (tudo quanto a razão não pode explicar ou compreender)→ Quando falamos de sacramento, falamos de mistério, que não deve ser banalizado, que deve ter sua mística, por isso, dispensa aeróbica e outros movimentos mais para descontração ou animação. Sacramento é unidade e compromisso → Os sacramentos nos são dados para a unificação. Ele nos une com Deus e com os homens e nos incute um (ou alguns) compromisso (s). Por isso, o fulcro do sacramento é o compromisso, principalmente o da caridade. É, pois, pela caridade que manifestamos a nossa fé, conseqüentemente, edifico a Igreja. Sacramento alimenta a fé → Os sacramentos não só supõem a fé como a alimenta, exprime-a. Isto exige de nós uma “certa” dignidade, ou seja, um decoro para participarmos com dignidade dos sacramentos: por isso são denominados “sacramentos da fé”. � Sacramentalidade segundo Puebla 920-923: → Sacramentos são gestos de Cristo na Igreja que tem como finalidade a santificação do povo de Deus. Assim, toda a criação tem a vocação para a santidade. Quando celebramos os sacramentos, estamos realizando os gestos de Cristo para a santificação da criatura, ou seja, de toda a criação (não somente o ser humano). � O grande gesto sacramental da semana santa é o Lava-pés, onde, toda a Igreja realiza a sua vocação. Neste gesto sacramental, Papa, Cardeais, Bispos, Padres, lavam os pés dos preferidos de Cristo. Este gesto quer lembrar Cristo que, antes da Eucaristia, institui o sacramento do serviço, lavando os pés dos seus discípulos: a missão da Igreja. � Puebla 920 → O homem é um ser sacramental, ou seja, ele é um lugar de encontro com Deus. Assim, a pessoa humana (lugar de encontro) é sagrada, é um ser, uma criatura de Deus, criada para manifestar o próprio Deus. � Gaudium et Spes 22 → O mistério do homem só se torna claro no mistério do Verbo Encarnado, pois, a encarnação, na verdade, é o encontro do “humano com o divino” hispostaticamente. Toda nossa existência deveria se voltar para o mistério da encarnação.

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� Toda criação é sacramento de Deus, pois ela o revela. O ser humano exprime-se através de sinais e símbolos (sacramentos), nos quais buscamos o Criador. É, portanto, dever da Igreja atualizar os gestos salvíficos (sinais) do próprio Cristo: amando, partilhando. . . E é função do sacerdote amar o humano e ser humano em todos os detalhes, exceto no pecado. O grande perigo que o sacerdote pode correr é o de se tornar administrador de “empresa”, “máquina de distribuir hóstia”, “homem eficiente” e se esquecer de ser sinal de Jesus Cristo, ou seja, sacramento. →→→→ Os sete sacramentos desdobram e sublimam os momentos-chave da vida São os ritos essenciais da fé, pelos quais se realiza a própria essência da Igreja, como sinal da salvação do mundo. a) Nascimento: momento da vida em que o ser humano se mostra mais frágil que nunca, sendo, portanto, dependente da família para sua sobrevivência. Este momento equivale-se ao Batismo, onde esta dependência desdobra como dependência de Deus e a sublima como participação na vida de Cristo. b) Amadurecimento: momento da vida em que o ser humano, crescido, é livre, independente, ocupa posição profissional e sua vida toma certos rumos. Este momento equivale-se à Confirmação, onde o homem está maduro espiritualmente e cristãmente e assume, por si só, a sua fé e o serviço à sociedade. c) Alimentação: sem o alimento a vida não se mantém. Este momento equivale-se à Eucaristia, onde o homem está maduro espiritualmente e cristãmente e assume, por si só, a sua fé e o serviço à sociedade. d) Amor: nós vivemos de mútua gratuidade do amor. Nele fazemos experiência da fidelidade (a Deus ou a outrem). Este momento equivale-se ao Matrimônio, onde há a plena explicitação da presença de Deus no amor. e) Doença: ela ameaça constantemente a vida humana. Com ela o homem sente seu limite. Neste momento o homem é chamado à Unção dos Enfermos, sacramento que expressa o Poder salvífico de Deus. f) Ruptura culposa: esta faz o homem sentir-se dividido e perdido. Ele se afasta dos seus irmãos e de Deus. Daí é chamado à Reconciliação, onde experiência o perdão e o encontro com o Pai bondoso. g) Reconciliação: o homem quer estar plenamente em comunhão com os seus e Deus. O sacramento da Ordem expressa este serviço comunitário para a construção da reconciliação.

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Que significa o número sete? →→→→ Ele é o resultado simbólico de 3+4. O número 4 é o símbolo do cosmos (os quatro elementos: terra, água, fogo e ar). O número 3 é símbolo do absoluto (Santíssima Trindade). Estes dois números somados totalizam 7, que significa a união do imanente (4) com o transcendente (3), a síntese entre o movimento e descanso e o encontro entre Deus e o homem.

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SACRAMENTO DO BATISMO

Sacramento que faz com que o homem se torne discípulo de Cristo e renasça para a vida de Deus. Mediante a água o homem se purifica do mal e começa a participar da mesma igreja fundada por Jesus Cristo – Deus se faz presente por meio de um sinal sensível: a água. Por meio da água nós começamos a participar da vida divina.

O QUE É BATISMO?

Batismo é o primeiro dos sacramentos que, junto com a confirmação e a eucaristia, formam os chamados sacramentos da iniciação cristã. É o primeiro dos sacramentos porque abre o diálogo amoroso de Deus com os homens.

A iniciativa de amar parte sempre de Deus: ele ama por primeiro. O batismo se torna um presente divino que o homem recebe. É o apelo amoroso de Deus, dirigido ao homem no batismo e, deve encontrar eco no ser humano: aquele que é batizado responde sim a Deus, comprometendo-se com o bem, a verdade e a justiça.

O batismo é a nova criação que Deus produz em nós. Com ele nos tornamos filhos de Deus (Jo 3,1-5). Por meio dele, nascemos do alto, ou seja, recebemos a filiação divina. Graças a ele podemos, no espírito, chamar Deus de Pai (Rm 8,15).

No batismo nós fomos marcados com o selo de Deus. A partir daquele momento, pertencemos somente a ele, como criaturas novas (2cor 5,17). Pelo batismo selamos nosso contrato de amor com aquele que nos criou e entramos a fazer parte da nova aliança, realizada na morte-ressurreição de Cristo.

É o sacramento da fé. “aquele que crer e for batizado será salvo”(Mc 16,16). Resumindo . . .

Batismo é: ♦ Ser marcado pelo Espírito Santo; ♦ Passar pela água purificadora.

♦ O batizando se une à morte e à ressurreição de Cristo. Morre ao pecado e renasce para a vida nova da graça, adquirida pela morte e ressurreição do próprio Jesus Cristo.

♦ Sacramento que Cristo instituiu, para tirar-nos do pecado original, dar-nos a amizade de Deus (graça santificante), fazendo-nos filhos dele e da Igreja. ♦ Um novo nascimento: começo de uma nova vida – a vida de filhos de Deus; ♦ Um encontro com Cristo: para segui-lo e viver como ele viveu; ♦ Uma entrada na Igreja: comunidade de fé, de culto e de amor; ♦ Uma aliança de Deus com os homens.

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QUEM INSTITUIU O BATISMO?

O batismo tem origem no batismo de Jesus, em sua morte e ressurreição. Em seu batismo, Jesus assumiu publicamente a missão de servidores de IAHWEH (Deus) e de cordeiro que tira o pecado do mundo (Jo 1, 29-34).

Colocou, assim, sua existência a serviço do povo e da salvação da humanidade. O próprio contexto de seu batismo mostra a solidariedade e compromisso de Jesus para com o povo. São Lucas diz: “quando todo o povo ia sendo batizado, também Jesus o foi” (Lc 3,21).

Jesus ao ser batizado por João Batista no rio Jordão, instituiu o batismo para todos os que desejassem ser cristãos, ou seja, seguidores seus. O batismo provém, também, da ordem clara de cristo: “Toda a autoridade sobre o céu e a terra me foi entregue. Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28, 18-20).

O BATISMO DE JESUS

Naquele tempo, Jesus foi ao Jordão à procura de João, a fim de ser batizado por ele. Mas João tentava convencê-lo do contrário: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?” Jesus porém, respondeu-lhe: “Deixa que se cumpra o que é justo”. E João concordou.

Batizado, Jesus saiu logo da água e o céu se abriu. Ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e pousando sobre ele. Ao mesmo tempo, uma voz vinda do céu dizia: “Este é meu Filho amado, no qual sinto toda alegria” (Mt 3, 13-17).

Embora não tendo pecado, Jesus quis submeter-se ao batismo de João, pois é vontade de Deus. Com isso, ele se prepara a fim de ser o Messias Salvador, cumprindo toda a justiça do Pai. Qual é essa justiça? Que todos se salvem!

Ao ser batizado, Jesus recebe a plenitude do Espírito Santo. Ele agora está pronto para assumir seu papel diante dos homens: cumprir sempre a vontade do Pai, anunciar o reino de Deus presente entre nós e salvar todos os homens.

Sobre Jesus está o Espírito Santo: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim” (Lc 4,18). E esse mesmo Espírito lhe dá uma missão: “Ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a liberdade aos presos, e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos, e para anunciar um ano de graça do Senhor” (Lc 4, 18-19). O BATIZADO NA IGREJA – COMUNIDADE.

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O batismo introduz o homem na comunidade dos fiéis. Por meio dele fazemos parte

da igreja. Aquele que foi batizado faz parte da família de Deus, e como tal tem suas

obrigações. A Igreja é o povo da aliança que Jesus inaugurou com sua morte e

ressurreição. O batizado tem obrigação de ser fiel ao compromisso de amor entre ele e

o criador. Deve viver como filho de Deus e irmão dos homens.

O batismo é o sacramento que congrega as pessoas em comunidade (igreja) para que, instruídas pela palavra de Deus, fortalecidos pela eucaristia e estimuladas pelo apoio dos irmãos na fé (prática da caridade), tornem-se cristãos conscientes e participantes. Cristão participante e consciente é aquele que assume e continua a missão histórica de cristo. O batismo une os que são convocados pela palavra de deus. (At 2,41)

DEVERES DOS PAIS E PADRINHOS.

Deus chama à vida através do amor concreto entre marido e mulher. A criança nasce. A criação é perfeita. Como gesto, Deus está recriando o mundo, servindo-se dos pais. E o projeto do criador continua sendo bom: “Deus viu que tudo estava muito bem feito” (Gn 1,25).

Aos pais, portanto, em primeiro lugar, é confiada a continuação do projeto de bondade divina. Dele, dos padrinhos e da comunidade-igreja vai depender o crescimento físico, intelectual e espiritual do novo ser.

O que se pede a eles é que, primeiramente, sejam os que vivam anunciando a bondade de Deus. Muito cuidado, portanto, na escolha dos padrinhos: devem ser pessoas de bem, de fé. O que se exige deles é que renunciem ao pecado e a todas as formas de mal, anunciando a fé na trindade, em nome da qual o novo ser é batizado. A fórmula: “renunciais ao pecado?” É seguida pela profissão de fé: “credes em Deus Pai, em Deus Filho, em Deus Espírito Santo?”

Não queremos excluir a possibilidade de escolher padrinhos com a capacidade de ajudar economicamente a criança. Mas esse não deve ser o motivo. A motivação principal deve ser a de escolher pessoas de fé, que dêem um testemunho verdadeiro na família e na Igreja, dizendo não ao pecado e professando publicamente a fé-vida.

Os padrinhos devem ser pessoas amadurecidas na fé, que testemunhem o próprio batismo. Assim estarão habilitados a guiar a nova criança na coerência de filhos de Deus. Vamos fazer um exemplo: para dirigir um automóvel, você precisa saber guiar;

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precisa ser habilitado. Os padrinhos devem ser pessoas capazes de ajudar os pais na formação cristã da criança. Diante disso, que sentido tem escolher padrinhos ricos ou pobres? O que é mais importante? O que é verdadeiramente cristão?

Resumindo. . . Os pais – são os principais responsáveis pelo batismo de seus filhos. São eles que pedem à Igreja o batismo e respondem pelo filho. São os fiadores da reta intenção e garantia de que o filho viverá na fé cristã. São eles os principais responsáveis da educação cristã do filho.

Os padrinhos – devem ser verdadeiros colaboradores dos pais na educação do afilhado. No batismo devem ocupar o lugar que lhes pertence.

Os pais e padrinhos devem ser: ♦ Cristãos autênticos que vivam e praticam a sua fé; ♦ Conscientes e preocupados pela educação humana e religiosa da criança; ♦ Exemplos de autêntica vida cristã; ♦ Engajados na comunidade cristã, e cristãos que assumem as realidades da vida à luz

do Evangelho de Cristo.

OS SÍMBOLOS DO BATISMO

A ÁGUA →→→→ Não é por acaso que se batiza com água. O próprio Cristo foi assim batizado no rio Jordão. A água simboliza a vida. O batismo é a vida nova. Por meio da água – símbolo da vida humana - Deus nos transmite, no batismo, a vida divina. A água simboliza o dom do Espírito de Deus, a plenitude dos dons de Deus e o progresso espiritual que resulta do nosso compromisso com as promessas batismais.

A VELA →→→→ Os primeiros cristãos chamavam o batismo de iluminação , porque o batizado recebe a luz de Cristo; ou melhor, Cristo será a única luz para ele, assim como as plantas e os animais precisam da luz do sol para sobreviver, o cristão precisa da luz de Cristo para ser verdadeiro cristão.

O nosso século foi chamado de “século das luzes” por causa das maravilhas das invenções da ciência e dos progressos da técnica. Hoje, o homem não só é capaz de transformar em dia noites, mas também até utilizar a luz do sol para transformá-la em energia. Porém, vivemos ainda cercados de misérias, injustiças de toda espécie e pecados. Tudo isso é trevas. É escuridão que precisa da luz do cristão e da luz de Cristo.

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E parece até que o mal se torna sempre mais forte. Qual deve ser a reação do batizado diante de tudo isso? Não será por causa do esquecimento e da rejeição daquela luz, pois quem nasceu da luz, é luz.

O ÓLEO →→→→ A Bíblia nos apresenta pessoas ungidas com a finalidade de governar o povo de Israel (reis), oferecer sacrifícios (sacerdotes) e falar em nome de Deus (profetas). A unção do batismo (que se repetirá na crisma) , tem esse sentido: quer mostrar que o batizado recebeu a mesma missão do messias, ou seja, de Jesus. Ninguém treina só por treinar. Treinamos para competir e vencer. O óleo do batismo é um convite para que o batizando se exercite na graça de Deus e seja um vencedor, alguém que “proclame o ano da graça do senhor” (Lc 4,19). O óleo é sinal de compromisso na missão de tornar o mundo melhor.

A VESTE BRANCA →→→→ Depois de ungir o peito da criança com o óleo do crisma. O sacerdote põe sobre a criança um pano branco, que chamamos a veste branca. Na missa o branco é sinal de vitória. Pelo batismo vencemos o mal, o pecado e a morte. Ressuscitamos com Cristo para a vida nova. Renascemos para viver a paz e a fraternidade. A cor branca é sinal de pureza. O batizado é purificado. Costumamos dizer que o batizado está de alma limpa, sem mancha. O batizado é um anunciador da vitória sobre o pecado, alguém que deve promover a paz: “bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).

QUEM PODE BATIZAR

a) Nas circunstâncias normais: é o padre , ou diácono ou o ministro ordenado; b) Em perigo de morte: qualquer pessoa que tenha o uso da razão. Basta que queira

fazer o que a Igreja deseja e que derrame água natural na cabeça da pessoa, dizendo ao mesmo tempo: “ N. , eu te batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

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SACRAMENTO DA EUCARISTIA (PROCURAREMOS ANEXAR A CARTA ENCÍCLICA DO PAPA JOÃO PAULO II)

Sacramento pelo qual Deus se faz presente no pão e no vinho, de modo que se tornem corpo e sangue de Cristo, seu Filho. Mas, antes do pão e do vinho serem dados como alimento, ou melhor, antes do Corpo e Sangue de Cristo contidos no pão e no vinho, serem dados como alimento, o mesmo Corpo e Sangue são oferecidos a Deus, como sacrifício mais excelente que o homem pode fazer. Então, pelo pão e pelo vinho, Cristo se torna presente na Eucaristia, como sacrifício e ao mesmo tempo, como refeição. EUCARISTIA – Eucaristia significa ação de graças

A EUCARISTIA E A UNIDADE DA IGREJA

→ A Eucaristia expressa a unidade da Igreja. “Já que há um só pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão” (1 Cor 10,17). Este corpo, de que fala Paulo, é a Igreja. Deste ensinamento, a encíclica tira diversas conseqüências de natureza pastoral, inclusive no campo do ecumenismo. A Eucaristia não pode ser concelebrada por aqueles que não comungam a mesma fé no mistério eucarístico professado pela Igreja. Neste caso, a celebração não seria uma linguagem autêntica. Daria margem a ambigüidades sobre a própria natureza da Eucaristia. Simplesmente ocultaria a divisão. Assim, em vez de ajudar, acabaria prejudicando a construção da unidade, a qual não pode prescindir da verdade (cf. n.44). → A Eucaristia alimenta a vida e unidade da Igreja. Por isso, a encíclica insiste sobre a celebração dominical da Eucaristia. Ela não pode ser substituída por celebrações ecumênicas da Palavra. Creio que, sem a celebração dominical da Eucaristia, nos esqueceríamos de que existe a Igreja ou, pelo menos, que somos os seus membros. Finalmente, a Eucaristia tem um aspecto pedagógico: educa para a unidade. “A Eucaristia, como suprema manifestação sacramental da comunhão da Igreja, exige para ser celebrada um contexto de integridade dos laços, inclusive externos, de comunhão” (n. 38). Comunhão na mesma fé, na celebração dos mesmos sacramentos, na obediência aos legítimos pastores, sucessores dos Apóstolos. Oportunamente, a encíclica recorda as admoestações de São Paulo com relação às divisões na comunidade de Corinto (cf. 1 Cor 11, 17-34). Elas estavam em contraste com a Ceia do Senhor que celebrava. Recorda ainda a admoestação de Agostinho: “quem recebe o sacramento da unidade, sem conservar o vínculo da paz, não recebe um sacramento para seu benefício, mas antes uma condenação” (n. 40)

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→ todos aqueles que participam da Eucaristia devem assumir um tríplice compromisso. Antes de tudo, compromisso com o amor. A Eucaristia condensa e expressa o amor de Cristo levado ao extremo. Participar, pois, da Eucaristia implica o compromisso de gastar a própria vida no serviço e na dedicação aos irmãos. A Eucaristia é também o sacramento do Pão dividido, compartilhado. Implica o compromisso com a construção de uma sociedade, onde o “pão”, isto é, tudo aquilo que é fundamental para a vida – alimento, veste, saúde, educação, habitação – não falte a ninguém. Por fim, a Eucaristia é a celebração da páscoa de Cristo, da vida em plenitude. Quem participa da Eucaristia deve assumir a responsabilidade para com a vida humana desde sua origem, no ventre materno, até o seu fim natural. Seja a vida que nasce plena e forte, seja a vida que nasce frágil e pobre. Na exortação apostólica Christifideles Laici, o Papa recorda que não passa de hipocrisia defender condições de vida digna para todos, como o direito à habitação, à saúde, à educação, e , ao mesmo tempo, não respeitar a vida que surge no seio materno, mesmo que pobre e fraca. Com a instituição da Eucaristia, Cristo inaugurou um novo modo de estar presente na Igreja, no mundo e em cada um de nós. Como recorda a encíclica, a Eucaristia é uma realização concreta e plena de sua palavra: “Eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. (Mt 28, 20).

APOSTOLICIDADE: DA IGREJA E DA EUCARISTIA

O sentido de “apostolicidade”, referência na compreensão da Eucaristia e da Igreja, assunto no terceiro capítulo da Carta Encíclica “ A Igreja Vive da Eucaristia”, do Papa João Paulo II, evoca questões de raiz e de fundamentação. Apostolicidade é, pois, raiz de identidade enquanto referência a Jesus Cristo e aos apóstolos. O conceito de apostolicidade evoca aquelas “circunstâncias dramáticas em que nasceu a Eucaristia”: Jesus, tendo os apóstolos ao seu redor, está diante do mistério de sua paixão e morte. Naquela ceia derradeira está situado o sacrifício da cruz, por antecipação ao seu acontecimento; e, ao mesmo tempo, cada vez em que é celebrado, pela força da “presença sacramental”, este sacrifício se perpetua pelos séculos. A Eucaristia é, por isso, “ o dom por excelência”, “ porque é dom d’Ele mesmo, Jesus Cristo, da sua pessoa, na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação” (EE 11).

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Este “dom por excelência” , o Santíssimo Sacramento, nasce da oferta das ofertas, a oferta redentora de Cristo Jesus, em obediência amorosa ao Pai, pela força do Espírito Santo, e é colocado nas mãos dos apóstolos, como ministério. O mistério eucarístico se alicerça na oferta sacrifical de Cristo Jesus. A Igreja nasce do coração desta oferta, no símbolo do lado aberto do seu Senhor e Salvador, de onde correm sangue e água. Por isso, a Eucaristia, mistério da fé, memorial e banquete, edifica a Igreja dando a esta a mesma seiva que a alimenta e a sustenta, com aquela mesma qualidade que a originou. Por sua vez, a Igreja faz a Eucaristia na medida em que, obedientes, os apóstolos, tendo recebido o mandato, “Fazei isto em memória de mim”, realizam e atualizam o sacrifício redentor de Cristo pela salvação de toda a humanidade. Este mandato e esta obediência se inscrevem como constitutivas e definitórias da identidade e da missão dos sucessores dos apóstolos até hoje. A apostolicidade, portanto, se compreende neste cenário da oferta salvífica de Jesus, na presença dos apóstolos e na possibilidade do que humanamente são, mas investidos do que se tornam, pelo desejo e mandato de Jesus, fazendo deles os dispensadores deste grande mistério. Esta compreensão fundamental revela o sentido apostólico da Eucaristia e da Igreja: da Eucaristia enquanto origem e fonte da Igreja, na medida em que Jesus se faz DOM e o entrega aos apóstolos; da Igreja enquanto edificada sobre o “alicerce dos apóstolos” (Ef 2,20), e nela se celebra a Eucaristia. Apostolicidade revelada enquanto se celebra de acordo com a fé dos Apóstolos, na integridade de sua compreensão doutrinal, pelo ministério dos seus sucessores no ofício pastoral, o colégio dos bispos, e assistidos pelos presbíteros, no serviço do ensino, da santificação e da condução. Esta apostolicidade é, pois, uma compreensão que situa a compreensão do sacerdócio ministerial como ação que, no sacrifício eucarístico, não só faz as vezes de Cristo, mas age pela força da “ específica e sacramental identidade com o Sumo e Eterno Sacerdote, que é o Autor e o principal Sujeito deste seu próprio sacrifício, no que verdadeiramente não pode ser substituído por ninguém” (EE 29), pois supõe o sacramento da Ordem, graças à ininterrupta sucessão apostólica desde as origens, gerando a condição necessária para a constituição do presbítero, com a conferência do poder de consagrar a Eucaristia. Esta apostolicidade, elemento substantivo da Eucaristia e da Igreja, põe perspectivas concretas para os fiéis católicos: fidelidade ao sentido da verdade doutrinal da Eucaristia; atenção a práticas de “hospitalidade eucarística”, para “ não dar aval a ambigüidades sobre a natureza da eucaristia” (EE 30); a obrigação e empenho pela Missa dominical. Mais ainda, compreender a Eucaristia como centro e vértice da vida da

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Igreja, e igualmente o ministério sacerdotal, reforçando a necessidade do empenho da promoção vocacional. A apostolicidade inclui, deste modo, a compreensão, o empenho e a vivência do horizonte aberto pelo Concílio Vaticano II: “nenhuma comunidade cristã se edifica sem ter a sua raiz e o seu centro na celebração eucarística” (PO 6). Por isso, “ a Igreja vive da Eucaristia”(EE 1).

+ Walmor Oliveira de Azevedo

O CULTO PRESTADO À EUCARISTIA FORA DA MISSA

“A Eucaristia é um tesouro inestimável: não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça. Uma comunidade cristã que queira contemplar melhor o rosto de Cristo, segundo o espírito que sugeri nas cartas apostólicas Novo millennio ineunte e Rosarium Virginis Mariae, não pode deixar de desenvolver também este aspecto do culto eucarístico, no qual perduram e se multiplicam os frutos da comunhão do corpo e sangue do Senhor” (João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia n.25). A celebração da Santa Missa não esgota o culto de adoração e ação de graça, ainda que seja o centro do próprio culto, mas se prolonga no culto eucarístico fora da missa. O dom que recebemos do Senhor é precioso testamento que nos deixou para permanentemente dele usufruirmos. Quando Jesus, na quinta feira santa, celebrou a primeira Missa para perpetuar, através da Igreja, a oferta do seu sacrifício, antecipou a promessa que nos deixou antes da Ascensão: “Eu estarei convosco sempre até o fim do mundo” (Mt 28, 20). Ele permanece conosco, caminha conosco através de sinais sensíveis, no Sacramento do altar, sob os quais a nossa fé encontra a sua presença real. Temos a reserva do Santíssimo Sacramento, que permanece após a celebração da Missa, nos relaciona sempre com o próprio sacrifício da cruz celebrado na comunidade cristã em cada missa. A celebração da Eucaristia é o centro, portanto, da Igreja, dos demais sacramentos e de sua atividade apostólica. A Igreja cresce e vive pela Eucaristia. Na catequese e na pastoral deve se insistir no apreço e valorização da centralidade da missa acima de todas as demais formas de culto eucarístico. O fim primeiro e originário da reserva das sagradas espécies é a administração do viático ao doente moribundo. Em conseqüência pode-se distribuir a comunhão fora da missa para os que não puderam dela participar e para os enfermos.

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A adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo presente no Santíssimo Sacramento é dever de toda a Igreja pública e privadamente. Importante é pois que o local e o tabernáculo, onde se conservam as espécies do Santíssimo Sacramento, sejam visíveis aos fiéis, dispostos com dignidade e com segurança, e que também os fiéis conheçam bem outros gestos de adoração que são devidos, como a genuflexão e outros cuidados. As procissões são formas de expressar a fé, culto e veneração ao Santíssimo Sacramento; é manifestação pública do amor e respeito do povo de Deus a Cristo Eucarístico. Entre todas, ocupa lugar proeminente a que se faz todos os anos na solenidade do Corpo e do Sangue, Corpus Christi. Desde séculos adquiriu direito de cidadania e se converteu em manifestação popular de fé e de adoração na maioria dos povos católicos. É conveniente que a procissão se faça imediatamente depois da missa, na qual se consagra a hóstia sagrada para a procissão. A procissão sempre terminará com a bênção com o Santíssimo Sacramento ao povo presente. Os Congressos eucarísticos internacionais, nacionais e diocesanos têm como fim promover o culto eucarístico no povo cristão. São acontecimentos especiais de aprofundamento e renovação, de vivência e compromisso eucarístico. São manifestação externa de uma Igreja orante e expressão viva de fé na presença sacramental de Cristo. Os Congressos tem uma preparação, celebração e prolongamento. A exposição do Santíssimo Sacramento pode ser ocasião para recitação de uma parte da Liturgia das Horas, especialmente nas casas religiosas. Durante a exposição, as preces, cantos, leituras e silêncio devem se organizar de maneira que os fieis, atentos à oração, de dediquem a Cristo, o Senhor, presente no Sacramento, concentrando sua mente e sentimentos no mistério eucarístico. O costume da visita ao Santíssimo Sacramento há muito é observado. Paulo VI, em 3 de setembro de 1965, publicou a encíclica Mysterium Fidei. Nela fala expressamente da visita ao Santíssimo Sacramento quando exorta a promoção do culto eucarístico. E o Concílio Vaticano II, na Presbyterorum Ordinis, dispõe que se cumpra com fidelidade o ministério sacerdotal, e se tenha com gosto de coração o colóquio cotidiano com Cristo na visita e culto à Santíssima Eucaristia. Na visita ao Senhor Sacramentado, e em todas as demais formas de culto à Eucaristia, o fiel, como afirma João Paulo II, na Dominicae Coenae, n. 3, mostra ao Senhor o que a mesma palavra eucaristia significa: “o agradecimento, o louvor por nos ter redimidos com sua morte, e feito participes de sua vida imortal, mediante sua ressurreição”.

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Dom Geraldo M. Agnelo

Cardeal Arcebispo de Salvador

Presidente da CNBB

MARIA E A EUCARISTIA

Na introdução de sua carta encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Papa João Paulo II explicita sua intenção de despertar o enlevo eucarístico, dando continuidade à herança jubilar e ao programa que propõe à Igreja para a aurora do novo milênio: “Contemplar o rosto de Cristo e contemplá-lo com Maria” (EE 6). Desse modo, o Papa relaciona a Ecclesia de Eucharistia com as cartas apostólicas Novo millennio ineunte e Rosarium Virginis Mariae. Nesses três documentos papais, sobressai uma íntima relação entre o mistério de Cristo e o mistério de Maria. O eixo que os relaciona está no verbo contemplar. O mistério de Cristo nos mostra o objeto de nossa contemplação. O mistério de Maria nos revela o modo como devemos contemplar o rosto de Cristo. Em Novo millennio ineunte somos colocados diante de um rosto a contemplar: o rosto do Filho encarnado, crucificado e ressuscitado (NMI 24-28). Em Rosarium Virginis Mariae, é-nos apresentada a proposta de vida: contemplar Cristo com Maria, modelo de contemplação (RVM 9-17). Em Ecclesia de Eucaristia, somos convidados a contemplar, com Maria, o Cristo eucarístico. Não apenas, portanto, o Cristo que encontramos nos Evangelhos, encarnado, crucificado e ressuscitado, mas o Cristo que encontramos, vivo e atual, no sacramento da Eucaristia. Também para a contemplação do Cristo eucarístico, temos “a Virgem Santíssima como Mestra da contemplação”, porque ela “tem uma profunda ligação com ele” (EE 53). Tão significante é a relação entre Maria e a Eucaristia que o papa reserva ao tema um capítulo inteiro: Na escola de Maria, mulher eucarística (cap. VI). A fundamentação que o papa apresenta para a contemplação que Maria faz de Cristo encontra-se, evidentemente, nas Escrituras. Fazendo uma leitura espiritual e imaginativa da Sagrada Escritura, na linha do exemplo deixado pelos Santos Padres, o papa enriquece o depósito da fé. De modo criativo, ele retoma todas as referências evangélicas a Maria e as relaciona com o mistério eucarístico. Inicia, lembrando a presença de Maria no seio das primeiras comunidades cristãs, “onde não podia certamente deixar de estar presente”, especialmente “nas celebrações eucarísticas, no meio dos fiéis da primeira geração cristã, que eram assíduos à fração do pão” (EE 53).

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A partir desta última referência à história de Maria, o papa relê todos os acontecimentos marianos. Assim, “de certo modo, Maria praticou a fé eucarística ainda antes de ser instituída a Eucaristia, quando ofereceu o seu ventre virginal para a encarnação do Verbo de Deus” (EE 54). O fiat de Maria ao anjo antecede o amém dos fiéis ao receberem a comunhão. Na visitação, “de certo modo ela serve de sacrário – o primeiro sacrário da história – para o Filho de Deus” (EE 55). Desse modo, desde o início até o final de sua vida, “Maria viveu a dimensão sacrificial da Eucaristia” (EE 56). Por ter ouvido que uma espada de dor lhe transpassaria a alma, Maria preparou-se durante toda a vida para o dia do Calvário, vivendo, assim, uma espécie de Eucaristia antecipada, haja vista que “aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies eucarísticas sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre” (EE 56). Essa relação entre Maria e a Eucaristia é sugerida, na interpretação do papa, pelo próprio Cristo, quando entrega sua Mãe ao discípulo, para que ele a leve consigo para sua casa e para a comunidade de fé. Desde então, Maria “está presente em cada uma das celebrações eucarísticas” (EE 57). Como a Eucaristia foi o centro da vida de Maria, de modo implícito no decorrer da vida terrena de Cristo, de modo explícito após a Páscoa, também para a Igreja o centro deve ser sempre a Eucaristia. Agora, a Igreja tem o Cristo “na pobreza dos sinais sacramentais”, como “germe da nova história”, como “antecipação e em certa medida síntese”, até encontrá-lo na glória, na realização definitiva da Igreja e do mundo (EE 58). A verdadeira “atitude eucarística” de Maria fora antecipada no Magnificat: louvar e agradecer ao Pai “por” Jesus, “em” Jesus e “com” Jesus”. “No Magnificat está presente a tensão escatológica da Eucaristia” (EE 58). As profecias de Maria, confirmadas por seu Filho Jesus e hoje anunciadas pela Igreja, se cumprirão no novo céu e na nova terra, onde serão derrubados os poderosos e exaltados os humildes. Maria, mulher profética do Magnificat é também mulher contemplativa da Eucaristia. Ela nos ensina que somente através da contemplação e da comunhão eucarística, os sonhos da Igreja ativa, profética, militante, tornam-se mais concretos e visíveis e, de certo modo, antecipados, no horizonte de sua história e na história do mundo.

Dom Murilo S.R. Krieger, scj Arcebispo de Florianópolis

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“Eucaristia e Vocação Sacerdotal : realização da obra da nossa redenção”

Irmãos e Irmãs diletos do Pai,

Ao comemorarmos a Solenidade do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, somos chamados a refletir este “dom por excelência”1 como a realização da obra da nossa redenção e “fonte e centro de toda a vida cristã”2. A Eucaristia constitui o momento culminante no qual Jesus, no seu Corpo doado e no seu Sangue derramado pela nossa salvação, desvela o mistério da sua identidade e indica o sentido da vocação de toda pessoa de fé. De fato, todo o significado da vida humana reside no Corpo e no Sangue de Cristo, porque deles nos vieram a vida e a salvação. De qualquer modo, deve identificar-se com eles a existência mesma da pessoa, que se realiza na medida em que, por sua vez, sabe fazer-se dom para os outros. No mistério da nossa salvação escolhida por Cristo, está uma específica reciprocidade entre a Eucaristia e o ministério dos sacerdotes, os quais receberam o sacramento da Ordem – sacramentos estes que nasceram juntos no Cenáculo -, o qual manifesta que a Eucaristia, por eles celebrada, é um dom que nos congrega, pela convocação do Espírito Santo e da Palavra do Deus vivo, enunciada pelos lábios do sacerdote, para louvar o Senhor, alimentar a fé e celebrar a vida, ou seja, “a Eucaristia edifica a Igreja – povo de Deus reunido – e a Igreja – pela graça do ministério ordenado – faz a Eucaristia”3. A nós cristãos, cabe-nos render graças a Deus pelo dom da Eucaristia e do sacerdócio e sentirmo-nos os primeiros responsáveis a ajudar a todos os que desejam associar-se ao sacerdócio de Cristo, a fim de que respondam generosamente ao seu convite: “Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens”4. É rezando e trabalhando pelas vocações que se aprende a olhar com sabedoria evangélica o mundo e as necessidades da vida e de salvação de todo ser humano; além disso, vive-se a caridade e a compaixão de Cristo para a humanidade. Por fim, aludindo às palavras do Santo Padre o Papa João Paulo II, em sua carta aos sacerdotes por ocasião da quinta-feira Santa, reiteramos o seu pedido de cooperação às famílias e aos catequistas, à uma solícita atenção àqueles que se dedicam ao serviço do altar – os acólitos – a fim de que eles aprendam a amar cada vez mais o Senhor Jesus com alegria e entusiasmo, oferecendo um testemunho eloqüente da importância e da beleza da Eucaristia, . . . . “e com o exemplo dos sacerdotes e dos colegas mais velhos, também os miúdos possam crescer na fé e apaixonar-se pelas realidades espirituais.” 1 João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, 11 2 Lumen Gentium,11

3 João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, 26

4 Mc 1,17a

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A todos, desejo ardentemente, que os frutos recebidos do Sacrifício Eucarístico, pela Graça de Deus, suscite em cada um de nós muitos e diversos talentos!

Seminarista Fausto dos Santos Oliveira

SACRAMENTO DA CRISMA (CONFIRMAÇÃO)

É o Sacramento da maturidade cristã, por meio da qual o homem se torna responsável pela própria fé. O sinal sensível é o óleo, no qual Deus se faz presente para que o homem tenha a força de defender e proclamar a fé, como verdadeiro soldado de Jesus Cristo.

� Através deste sacramento, o ungido tem a tríplice missão de Cristo: Profeta, Pastor (sacerdote) e Rei;

� Somente o Bispo pode ministrá-lo, ou o Padre, desde que seja delegado a permissão pelo Bispo;

� Os sinais são: a Palavra de Deus; a imposição das mãos; o óleo do crisma e o Ósculo Santo (o beijo da paz);

� Padrinhos: exercem o papel de testemunha religiosa; apresenta o candidato à comunidade e à Igreja, garantindo que o confirmado é capaz de assumir a vida no Espírito Santo.

O Novo Testamento mostra claramente como o Espírito Santo assistia o Cristo na realização de sua obra messiânica. Depois de Ter recebido o batismo de João, Jesus viu o Espírito descer sobre si (cf. Mc 1,10) e assim permanecer (Cf. Jo 1,32). Foi impelido pelo mesmo Espírito a iniciar publicamente o ministério messiânico, fortalecido por sua presença e seu auxílio. Quando anunciava a salvação ao povo de Nazaré, deu a entender que se referia a ele o oráculo de Isaías : “O Espírito do Senhor está sobre mim”(cf. Lc 4,17-21).

Prometeu ao discípulos que o Espírito Santo viria também ajudá-los, para que fossem capazes de testemunhar corajosamente a fé, mesmo diante dos perseguidores (cf. Lc 12,12).

Realmente, no dia da Festa de Pentecostes, o Espírito Santo desceu de modo maravilhoso sobre os apóstolos reunidos com Maria, Mãe de Jesus, e o grupo dos discípulos; ficaram de tal modo repletos desse Espírito (At 2,4), que, inspirados pelo sopro divino, começaram a anunciar as maravilhas de Deus.

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A partir desse momento, os apóstolos, cumprindo a vontade de Cristo, comunicavam aos neófitos, pela imposição das mãos, “o Dom do Espírito”, que completaria a graça do Batismo (cf. At 8,15-17;19,5ss).

→→→→ Pelo Sacramento da Confirmação, aqueles que nasceram no Batismo recebem o Dom inefável, o próprio Espírito Santo. São enriquecidos por ele com uma força especial e, marcados pelo caráter desse sacramento, “ficam mais perfeitamente unidos à Igreja e mais estritamente obrigados a difundir e defender a fé por palavras e atos, como verdadeiras testemunhas de Cristo.

Finalmente, a confirmação está de tal modo ligada à sagrada Eucaristia, que os fiéis, já marcados com o sinal do Batismo e o da Confirmação, são inseridos plenamente no Corpo de Cristo pela participação na Eucaristia.

O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO É CONFERIDO PELA UNÇÃO DO CRISMA NA FRONTE, FEITA COM A IMPOSIÇÃO DA MÃO, E PELAS PALAVRAS: ________, RECEBE

POR ESTE SINAL, O ESPÍRITO SANTO, O DOM DE DEUS.

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SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO Quando duas pessoas se unem pelo casamento, não querem simplesmente manifestar

um amor humano. Deus quer estar presente nesta união, e portanto a consagra. Os noivos vivem, não o próprio amor, mas o amor de Deus neles. Através do compromisso do amor e da aliança, marido e mulher serão instrumentos de Deus um par o outro, e depois ambos o serão par os filhos. Neste caso, o amor é dar-se pior completo, seja no plano espiritual, como no plano físico.

SACRAMENTO DA ORDEM ORDEM – No Antigo Testamento, a tribo de Levi foi escolhida para exercer o sacerdócio; havia muitos sacerdotes e muitos sacrifícios, regidos por minuciosa legislação - Nm 3,11-13; Lv 1,1-27,34.

Jesus Cristo aboliu o sacerdócio levítico e fez-se Ele o único Sacerdote da nova e definitiva Aliança, de acordo com o modelo de Melquisedeque, Rei e Sacerdote. Cristo Sacerdote oferece um único sacrifício, que é o holocausto da sua vontade e de sua vida entregues ao Pai; desta maneira Ele diz um SIM inspirado pelo amor, apagando o NÃO dito pelo primeiro homem (Adão) em desamor ao Pai. Cristo quer continuar o seu sacerdócio aplicando os frutos da Redenção aos homens, mediante ministros que ELE ESCOLHE. Estes não são sacerdotes ao lado de Jesus Sacerdote, mas são participantes do único sacerdócio de Cristo e oferecem o único sacrifício de Cristo na Cruz como se fossem a mão estendida do Senhor através dos séculos.

Jesus Cristo instituiu os apóstolos para que estes continuassem a pregar a sua doutrina, e fossem sinais de sua presença a todos os demais discípulos. Assim, por meio da imposição das mãos, são instituídos os sucessores dos apóstolos, os quais continuam a mesma obra que Cristo já quando do início da Igreja. Deus quer estar presente na pessoa destes ministros consagrados a Ele, para que, assim como o fez Cristo, o Evangelho continue sendo anunciado aos homens, e todos se façam discípulos Dele pelo Batismo.

a) o sacerdote atua in persona Christi (na pessoa de Cristo); b) tríplice poder (múnus):

- Ensinar - anúncio do Evangelho - Santificar - administrar os sacramentos - Reger - dirigir as almas para a santidade

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� Os três graus da Ordem: DIACONAL - imposição das mãos apenas o bispo, PRESBITERAL- imposição das mãos do bispo e demais presbíteros (presbýteroi - anciãos) E EPISCOPAL - (epískopoi - superintendentes, guardas, vigilantes, etc. . . ) pela imposição das mãos de três ou mais bispos . . . Deus revela através de Jesus Cristo o seu amor para todo o povo. O sacerdote é o ESCOLHIDO para lembrar este povo escolhido do amor do PAI. Etapas da Formação - Diocese de Campo Limpo

- Encontros Vocacionais - discernimento do chamado - Propedêutico - 1 ano - experiência mais profunda (estudos/base para a

formação) - 1º escrutínio. - Seminário de Filosofia - 3 anos no mínimo - 2º escrutínio

- Faculdade / Seminário/ Pastoral/ Etc. . . - Seminário de Teologia - 4 anos

- Geralmente: - No 4º ano - ministérios de leitor e acólito - 3º escrutínio - Após os estudos teológicos concluídos - Diaconato - 4º escrutínio - Um ano após o diaconato - Presbiterado - 5º escrutínio

SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO (PENITÊNCIA)

Sacramento que, mediante o perdão concedido pelo ministro, pela nossa contrição, nos reconcilia com Deus e com os irmãos a quem ofendemos. Seu sinal sensível é a própria palavra do ministro (padre), pronunciada preferentemente com as mãos impostas sobre o penitente. Mas podemos dizer que o próprio ministro (padre/sacerdote) é sinal do amor misericordioso de Deus. “Todos os que se aproximam do sacramento da penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações” (LG 11).

Chama-se: - Sacramento da Conversão – pois realiza o convite de Jesus à conversão,

o caminho de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado. - Sacramento da Penitência – porque consagra um esforço pessoal e

eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação do cristão pecador.

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- Sacramento da Confissão – porque a declaração, a confissão dos pecados diante do sacerdote é um elemento essencial desse sacramento.

- Sacramento do Perdão – porque pela absolvição do sacerdote Deus concede o perdão e a paz.

- Sacramento da Reconciliação – porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: “Reconciliai-vos com Deus” (2Cor 5,20). Quem vive do amor misericordioso de Deus está pronto a responder ao apelo do Senhor: “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão”(Mt 5,24).

O PECADO

Sendo Deus o Amor e se fomos criados por amor, significa que nossa herança maior é o amor. Nisso somos semelhantes ao Pai, e todas as vezes que nos afastamos do amor, nos afastamos de Deus.

Pecado consiste em todo ato de desamor, pois nos afasta do Pai. É importante conhecer os mandamentos de Deus e da Igreja para não agirmos por

ignorância e sempre que houver dúvidas, procurar esclarecê-las com pessoas capacitadas ou com o sacerdote. O pecado nos afasta da Graça Divina e bloqueia nosso crescimento espiritual. Deus é Santo e nos quer santos. Os santos não são somente aqueles que vemos nos altares. Eles são reconhecidos pela Igreja e modelos de vida perseverante para nós. Toda alma justa é santa. Santo é todo aquele que busca a santidade. Deus, na Sua misericórdia, não vê quantas vezes falhamos, mas sim o quanto procuramos retornar ao caminho de santidade.

Infelizmente tem-se uma idéia bastante errônea do que significa pecado e ser santo, por isso é necessário confessar-se com freqüência buscando sempre a orientação espiritual.

Jesus criou o Sacramento da Confissão, porque sabe o quanto somos fracos. Recebe também o nome de Sacramento da Reconciliação, pois como o próprio nome diz, nos reconcilia com Deus.

Sem o perdão sacerdotal, não há absolvição, e se fosse possível nos confessarmos diretamente com Deus, não seria necessário o Sacramento. Todo Sacramento é fonte de bênçãos e os Sacramentos mais freqüentes na vida do cristão são a Reconciliação e a Eucaristia. Esses devem caminhar juntos.

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Além do Sacramento da Reconciliação ou Confissão, a Igreja nos confere outra fonte de graças, que são as indulgências. As indulgências complementam em nós a graça divina recebida por intermédio do Sacramento da Reconciliação. Quem peca (todos nós!) fere a honra de Deus e seu amor, sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus e a saúde espiritual da Igreja, da qual cada cristão é pedra viva.

� Pecado Grave – priva-nos da comunhão com Deus (nos torna incapazes da vida eterna – esta privação chama-se “pena eterna”)

� Pecado Venial – acarreta um apego que exige purificação, quer na terra, quer depois da morte (purgatório). Essa purificação liberta da chamada “pena temporal”

� Na comunhão dos Santos:

� Todos os que procuram purificar-se do seu pecado e santificar-se com o auxílio da graça de Deus não está só. Na comunhão dos Santos “existe certamente entre os fiéis já admitidos na pátria celeste, os que expiam as faltas no purgatório e os que ainda peregrinam na terra, um laço de caridade e um amplo intercâmbio de todos os bens. Neste, cada um se beneficia da santidade dos outros. Isso permite ao pecador contrito ser purificado, mais cedo e mais eficazmente, das penas do pecado.

Este sacramento exige:

� A conversão dos batizados (já renovados pelo Batismo); � A contrição – consiste, “numa dor da alma e detestação do pecado cometido,

com a resolução de não mais pecar no futuro (arrependimento); � A confissão dos pecados – ato de humildade, libertação; o homem assume a

responsabilidade dos seus pecados. � A penitência – fazer o possível para reparar o mal cometido. Isso nos traz uma

satisfação de termos pagado pelos nossos pecados. � A penitência interior – reorientação radical de toda a vida, um retorno, em

expressões bem variadas< porém, principalmente de três formas: o Jejum, a oração, e a esmola.

Os efeitos Espirituais deste sacramento são:

� a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recobra a graça; � a reconciliação com a Igreja; � a remissão da pensa terna devida aos pecados mortais;

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� a remissão, pelo menos em parte, das penas temporais, seqüelas do pecado; � a paz e a serenidade da consciência, e a consolação espiritual; � o acréscimo de forças espirituais para o combate cristão.

SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

Jesus Cristo se apresentou como o Restaurador do homem e da natureza, feridos

pelo pecado, de acordo com o anúncio dos profetas. Ele mesmo quis compartilhar o sofrimento físico e moral dos homens, experimentando cansaço, fome, sede, a agonia e a morte, a fim de transfigurar a dor humana. Quis ensinar-nos que o sofrimento, aceito com fé e confiança em Deus, vem a ser salvífico; é participação da Cruz redentora de Cristo.

� Este sacramento foi instituído por Jesus , insinuado por Mc 6,13 e promulgado

por Tiago 5,14. A doença não é um castigo, e Deus quer manifestar a sua presença na vida e nas

dores dos enfermos. Para isso, através do óleo abençoado, solidariza-se e dá forças para a plena recuperação do sofredor. O sacramento da unção dos enfermos quer ser garantia da presença de Deus e alívio para o doente. Por esta razão, todos os que são acometidos de qualquer doença, mesmo que não envolva risco de vida, devem procurar o ministro. Sua saúde será recuperada, e se tiver pecados, mediante a confissão, estes serão perdoados.

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TERCEIRO MÓDULO - SAGRADAS ESCRITURAS

CONSIDERAÇÕES - A FORMAÇÃO DAS CIDADES →→→→ a importância dos modos de produção na investigação histórica do período chamado ‘ciclo dos Patriarcas’.

Os modos de produção e, consequentemente a economia, é de fundamental importância para desvendarmos a organização tribal deste período (organização social; o culto à divindade; as regras de conduta moral, etc. . ), e também, com sua evolução, a formação das cidades.

Ao analisarmos este período, devemos trazer em nossa mente que nesta época este povo morava nas montanhas, o que dificultava a produção (lugares íngremes, falta d’água, etc.), além da baixa tecnologia no uso das plantações (obviamente não tinham máquinas ,etc.), onde o trabalho era braçal.

Desse modo, com este tipo de produção, notamos que a economia era a de uso, ou seja, basicamente para a subsistência (não havia produção excedente para estoque, para se precaver de uma intempérie), o que acabava tornando precário o modo de vida, pois deste modo, bastava uma estiagem, uma chuva forte, etc.. . e tudo entrava em colapso. Essas intempéries faziam com que o povo sempre estivesse procurando um lugar produtivo, caracterizando-se assim um povo nômade (assim, para cada lugar que migravam, construíam um altar de terra para o culto à divindade).

A organização da casa era a seguinte (cada casa possuía de 50 a 80 pessoas): tudo o que era produzido, era para a economia da casa (para o consumo da família). Por isso, era preciso um bom administrador (PAI – o mais velho da casa – com a morte deste ocupava o cargo o mais velho, desde que nascido naquela casa ), que fosse justo (que desse a cada um o necessário para sobreviver).

A justiça empregada pelo administrador (PAI) na distribuição é conscientizada (ideologia) pela Mãe (a mais velha da casa). Era ela quem administrava a educação. Ela educava e passava os ensinamentos e fazia a cabeça de todos. Era a mãe quem conscientizava os filhos para o trabalho e subsistência justa de todos. Convém lembrar que nesta época não havia classes sociais “ricos e pobres” assim denominados . . .

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Os responsáveis pela produção eram os filhos (todos os demais moradores da casa). Aí notamos a importância da mulher e a criação de algumas regras de conduta moral: é função dela gerar filhos ( ela só tem valor na casa pelo número de filhos que gerou ou está gerando).; o homem que deita com outro homem, que tem coito com animal, que deita sêmen a terra, é amaldiçoado, pois não está cumprindo a sua função de gerar filhos, ou seja, a questão moral é outra . . ., mas tudo o que impede a vida é amaldiçoado por Deus.

Porém, o povo vai crescendo, se desenvolvendo cada vez mais e vão habitando nas partes mais baixas da montanha, até chegarem às planícies. Nas planícies, o cultivo é mais fácil que na montanha, sem contar com a ajuda do boi (o boi é de fundamental importância para entendermos o salto da economia da época). Com uma maior produção, a economia passa a ser de troca, ou seja, o excedente é trocado entre as casas e, quanto maior o meu estoque, maior será as especiarias e maior a minha riqueza (começa aí o estabelecimento das classes sociais: ricos e pobres).

Com a alta produção, originária pela advento do boi e com o desenvolvimento

das técnicas de produção, etc. . . , o povo se torna sedentário (fixo) e não mudam mais

de lugares no inverno devido à tecnologia do plantio (agora eles já plantam o próprio

pasto, etc.). Agora não há mais o “porque” de se fazer um altar de terra – já que não

são mais nômades - , ao contrário, já que se fixaram, fazem um altar de pedra, um

ponto fixo para os sacrifícios e holocausto. É aí que surge o “SANTUÁRIO” (o lugar

para a divindade) e, em consequência, a formação das cidades.

→→→→ a influência dos Santuários na História de Israel.

Como vimos, com a produção excedente (em virtude de chegarem às planícies, de terem como técnica de produção auxílio do boi e de ferramentas apropriadas), a economia deste povo passou a ser de troca, originando o acúmulo de alguns, e o

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interesse na comercialização (troca) – quanto maior for a produção, maior será a riqueza, as especiarias, etc. .

O lugar que esse povo tem em comum é o lugar do culto à divindade, ou seja, o Santuário – lugar onde se encontram relíquias. Este se torna um ponto de referência comercial. Ele faz surgir a cidade. O santuário aglutina as pessoas, propicia o encontro de todas elas através dos cultos oferecidos (além também de ser o lugar das diversas tradições orais da manifestação de Deus – cada um contava os feitos grandiosos que seu deus tinha realizado) e com isso propicia também a troca de produtos – o excedente da produção era levado para lá e trocado / vendido.

Aos poucos, devido a dificuldade do transporte (retorno) dos produtos não comercializados, surge a necessidade de se armazenar esses produtos: nascem aí os armazéns. Automaticamente, para a guarda do armazém, cria-se o exército. Com isso, começam a surgir outros tipos de trabalhos. É evidente que quem guarda o armazém, pela impossibilidade de estar cultivando na roça, recebe um salário para se sustentar. Para pagar estes salários ao exército, é necessário criar um tributo aplicado a todos quanto utilizassem do armazém.

A partir daí, vemos a cidade se estruturando . . . para esta troca de mercadorias, assim como foi necessário o seu armazenamento, é necessário também um hotel, médicos, transportes, etc. . . a CIDADE torna-se o lugar do COMÉRCIO e a ROÇA o lugar da PRODUÇÃO, do plantio.

Na cidade, o lugar que era ocupado pelo Pai na administração é ocupado pelo Rei; o da Mãe é ocupado pelo Templo, pelo Santuário. O Santuário é quem detém o controle político e religioso (detém o controle da reprodução dos bois (banco de sêmen) – pelo fato de todo o primogênito macho, sem defeito (boi) ter de ser entregue ao seu deus (na verdade ao sacerdote).

Então, como os problemas começam a crescer (diversos armazéns brigando, etc. . ) e ainda não se tem um administração única, os baals (homens da cidade – boiadeiros detentores da economia) pedem um Rei, um administrador, um ministro que faça o papel de comercializador, que escoe seus produtos . . . Evidentemente, a administração custa . . e o rei passa a cobrar taxas diversas para tal administração, manutenção do exército, etc. .

Concluindo, é o Santuário quem detém o poder político (econômico) e religioso, quem propicia o surgimento das cidades e é o sacerdote quem vai escolher e ungir os reis (vemos o exemplo de Samuel e Saul).

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INTRODUÇÃO ÀS SAGRADAS ESCRITURAS

Os cristãos colocaram o fundamento de sua fé na revelação de Deus ao antigo Povo hebraico. Esta revelação teve a sua plenitude em Jesus Cristo.

Esta grande experiência histórico-religiosa se encontra no Livro da Bíblia. Mas, a Bíblia é mais do que um Livro: é uma coleção de livros.

Bíblia é uma palavra grega (BÍBLIA = βιβλοζ), é um substantivo plural que quer dizer: livros. Ela contém 73 livros.

Todas as grandes religiões têm seu Livro Sagrado.

� Judeus = TORÁ (A Lei). � Muçulmano = AL CORÃO. � Cristãos = A BÍBLIA A Palavra de Deus tem duas grandes partes:

ANTIGO (PRIMEIRO) TESTAMENTO = 46 livros (Aliança)

Fala da História do Povo que Deus escolheu para fazer com Ele uma Aliança,

antes do nascimento de Jesus.

O Antigo Testamento mostra como surgiu esse povo, como viveu na escravidão

no Egito, como possuiu uma terra, como foi governado, quais as relações que teve com

os outros povos e nações, como organizou as suas leis e como viveu a sua religião.

Apresenta seus costumes, sua cultura, seus conflitos, derrotas e esperanças.

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O Antigo Testamento mostra, também, como esse povo se comportou em

relação à Aliança com Javé, o seu Deus, e qual foi o Projeto que Deus quis realizar no

meio da humanidade através desse povo.

Israel foi um povo escolhido, porque foi escolhido para realizar o Projeto de

Deus.

O Antigo Testamento é para os cristãos como um documento de fé para

conhecer melhor a Deus e tudo aquilo que Ele falou e fez pela humanidade. O Antigo

Testamento é um documento antigo – uma Antiga Aliança.

NOVO (SEGUNDO) TESTAMENTO = 27 livros (Cumprimento da Aliança)

Foi escrito depois da Ressurreição de Jesus.

Para compreender o Novo Testamento é necessário saber se Israel foi fiel ou não

ao Projeto de Deus e como Deus agiu no meio dele. O Novo Testamento apresenta a

Encarnação de Jesus na terra concreta do povo de Israel. Jesus assumiu sua história,

suas tradições, sua cultura e sua religião e o compromisso de realizar o Projeto do Pai.

O Novo Testamento apresenta, também, a experiência e a reflexão religiosa de

Jesus e dos primeiros cristãos.

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Com a vinda de Jesus realiza-se um Testamento Novo, uma Nova Aliança, um

encontro definitivo com Deus. Por isso, tudo o que Jesus disse e fez e tudo o que foi

proclamado sobre Jesus pelos seus apóstolos e discípulos, constitui o documento de

nossa fé – o Novo Testamento.

COMO FOI ESCRITA A BÍBLIA

Ela não foi escrita de um dia para outro. Alguns fatos foram escritos 100 anos

depois que as coisas aconteceram, outros 200 anos, e outros até mais de 500 anos. A

bíblia levou 11 séculos (1100 anos) para ser escrita.

A bíblia saiu da memória do povo. Nasceu da preocupação de não esquecer o

passado, o que eles viveram, as maravilhas de Deus. A Bíblia começou a ser escrita em

torno do ano 1250 a.C., e o ponto final foi colocado 100 anos depois do nascimento de

Jesus.

Quando os livros da bíblia foram escritos, não eram divididos em capítulos e

versículos como estão divididos hoje.

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���� A divisão em capítulos aconteceu pelo ano 1214, feita pelo inglês Estêvão

Langton, arcebispo de Cantuária, e a divisão em versículos foi feita em 1527, pelo

dominicano Pagnini.

���� A bíblia foi impressa pela primeira vez, em latim, no ano 1450 depois de

cristo

���� Ela foi escrita em lugares diferentes. A maior parte dela foi escrita na

Palestina, onde o Povo vivia, por onde Jesus andou e onde nasceu a Igreja.

Algumas partes do Antigo Testamento foram escritas na Babilônia, onde o povo

viveu no cativeiro, 600 anos a.C. Outras partes foram escritas no Egito para onde o

povo emigrou depois do cativeiro.

���� O Novo Testamento foi escrito na Síria, na Ásia Menor, na Grécia e na Itália,

onde havia muitas comunidades, fundadas pelo Apóstolo Paulo.

���� Não foi uma única pessoa que escreveu a Bíblia. Deus se serviu de diversos

tipos de pessoas para escrever a Bíblia: homens e mulheres, jovens e velhos, mães de

família, reis, doutores e pastores, operários de várias profissões.

Eles escreveram por inspiração de Deus. Isto não quer dizer que Deus foi

ditando, lá do céu e eles foram escrevendo.

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���� A bíblia foi escrita em 3 línguas diferentes: hebraico, aramaico e grego. O

hebraico foi sempre a língua sagrada. Todo menino israelita devia estudá-la. A língua

que falava Abraão era aramaico. Esta língua foi falada por eles até à entrada na Terra

de Canaã. Em Canaã o povo teve que aprender o hebraico.

Quando a Palestina foi invadida pelos gregos, pelo ano 333 a.C., o povo foi

obrigado a falar a língua grega.

���� A bíblia foi traduzida para ser compreendida. Como o hebraico era muito

difícil e não era língua falada pelo povo, surgiram as traduções gregas.

A tradução para o latim foi feita por São Jerônimo, no século III d. C., e esta

tradução se chama “Vulgata” ou popular.

���� O modo de falar da bíblia é o mesmo modo de falar da época em que cada

Livro foi escrito. Isto é importante conhecer e considerar para que não fiquemos

presos aos símbolos e aos sinais que são usados na bíblia.

���� “Para descobrir a intenção dos autores sagrados, é preciso ter em conta as

condições do seu tempo e da sua cultura, os gêneros literários em uso naquela época.

Porque a verdade é proposta e expressa de modos diversos, quando de trata de

gêneros históricos, proféticos, poéticos ou outros” (Dei Verbum 12,2).

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OS LIVROS QUE COMPÕEM A BÍBLIA

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COMO LER AS CITAÇÕES BÍBLICAS

���� As citações são encontradas na Bíblia:

Ex. 1: Mt 4,1-5.

Isto quer dizer: Evangelho de São Mateus, capítulo 4, versículos de 1 a 5.

Portanto:

⇒⇒⇒⇒ a vírgula (,) separa o capítulo dos versículos;

⇒⇒⇒⇒ o traço (-) liga os versículos intermediários, não necessitando escrever todos

os versículos.

Ex. 2: Mc 6,7-10;13,3-8

⇒⇒⇒⇒ o ponto e vírgula (;) separa capítulos do mesmo Livro e de outros Livros.

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Ex. 3: Jo 2,3.8

⇒⇒⇒⇒ neste exemplo foi usado o ponto (.) depois do versículo 3. O ponto separa

versículos de versículos não seguidos. Neste exemplo devemos ler: Evangelho de São

João, capítulo 2 versículos 3 e 8.

Ex. 4: At 2, 4 s

⇒⇒⇒⇒ neste exemplo foi usado um “s” após um número, indicando a continuação

imediata apenas do próximo versículo.

Ex. 5: At 2, 4ss

⇒⇒⇒⇒ neste exemplo foi usado dois “s” após um número, indicando a continuação

imediata dos próximos versículos.

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Ex. 6: 2 Cor 7,8a

⇒⇒⇒⇒ as letras “a, b, c “ junto ao número de um versículo significam o seguinte: a

letra a = a primeira parte do versículo; a letra b = a segunda parte do versículo; a letra

c = a terceira parte do versículo.

PENTATEUCO

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No Antigo Testamento (A . T) temos o Pentateuco (5 primeiros livros escritos por Moisés) = para os judeus – a Torá (A Lei).

→ Gênesis (do grego = origens, começo) → Êxodo (do grego = saída) → Levítico (sobre as leis/ normas sacerdotais e suas funções) → Números ( se destina as listas de recenseamentos do Povo de Israel) → Deuteronômio (do grego = Segunda lei)

Nesses livros encontramos os grandes personagens para o Povo de Israel – como Abraão, Isaac, Jacó e Moisés. Por isso, falamos: O Deus de Abraão, , Isaac e de Jacó (Iahweh)- por serem os alicerces desse povo que depois vai se chamar o Povo de Deus (povo eleito) = JUDEUS.

Abreviações da TORÁ (PENTATEUCO) ( a Lei – para os Judeus)

1. Gn. (Gênesis) 2. Ex. (Êxodo) Para os Cristãos = Pentateuco 3. Lv. (Levítico) (5 primeiros livros da Bíblia) 4. Nm. (Números) 5. Dt. (Deuteronômio)

Em Gênesis, começa pelas origens do Mundo � A obra-prima de Deus é o Homem (aquele que possui espírito – Dom de Deus = sinal

de vida), por isso somos chamados Filhos de Deus. Homem – PESSOA ( O EU )

� Matéria e Espírito � Animada pela alma - movimento

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O pecado é a ofensa a essa pessoa (EU) e a assistência de Deus ( a causa primeira

dessa existência é o próprio Jesus Cristo). Jesus fala diretamente dos desígnios e

planos de Deus (através de sua epifania, ou seja, suas manifestações).

� Mesmo o Homem pecando, Deus não o abandonou, para tal, o Homem tem que consolidar a sua fraqueza ao patrocínio de Deus.

� Aqueles que são batizados são denominados Filhos de Deus, aqueles que não são batizados denominam-se pagãos (criaturas de Deus).

� A origem do Povo de Deus é o Patriarca (Pai) Abraão (Pai da fé, Pai da obediência) – ao qual Deus prometeu uma terra (Terra Prometida)

� Porém, pela desobediência a essa promessa feita à Abraão, o povo foi exilado no Egito (por ir contra os planos de Deus).

O Homem é a Imagem e Semelhança de Deus

♦ Perfeição da Criação de Deus; ♦ Perde esta perfeição através do pecado. A criação partiu de Adão; e de Adão vivo, Deus tira uma parte, a qual sopra

espírito e gera Eva ( mãe de todos os viventes). “Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e

tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher e trouxe-a a Adão” (Gn. 2,21-22).

Deus falava com Moisés, na sarça ardente, no Monte Sinai – isto porque Deus sempre está no alto, e Moisés transmitia ao povo, tudo aquilo que Deus o inspirava.

“E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia(...) e, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.” (Ex. 3,2 – 4)

*observação:

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Judéia – era cidade onde estava o Templo de Jerusalém, onde localizava o Santo dos

Santos- representado pela Arca da Aliança. Por isso, no relato da Paixão de Cristo,

mostra-nos a ruptura do Véu do Santuário, onde estava o Santo dos Santos

demonstrando-nos que Deus Iahweh não estava mais no santuário, mas no próprio

Cristo, é que Deus que está (Ele em nosso meio e pregado na Cruz).

“Mas Jesus, lançando um grito, expirou. O véu do templo se rasgou em dois de cima a

baixo. O centurião, que estava em frente, ao ver como expirou, disse:

- Realmente este homem era filho de Deus” (Mc. 15,37-39) Esse ato de Jesus expressa profundo AMOR

A + MOR vem da palavra mors (tis) - morte

� ( antes de uma palavra (prefixo) tem o sentido de negação, e por conseqüência tudo que se segue após tem também um significado negativo);

AMOR – é o sentimento que deve produzir VIDA, ( por isso, é um

sentimento de pessoa para pessoa, nunca pode ser algo individual/ solitário)

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LIVROS HISTÓRICOS Na bíblia hebraica, os livros de Josué, dos Juízes, de Samuel e dos Reis são

chamados “profetas anteriores”, em contraposição aos “profetas posteriores”: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores. Essa designação se explica por uma tradição, segundo o qual esses livros foram compostos por “profetas”: Josué seria o autor do livro que leva o seu nome; Samuel teria escrito Juízes e Samuel, e Jeremias seria o autor de Reis. Ela se justifica pelo caráter religioso que lhes é comum: esses livros, que chamamos “históricos”, têm por tema principal as relações de Israel com Iahweh, sua fidelidade ou infidelidade, sobretudo infidelidade, à palavra de Deus., cujos porta-vozes são os profetas. De fato, os profetas intervêm com frequência: Samuel, Gad, Natã, Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias, sem contar outras figuras de menor destaque.

Os livros dos Reis apresentam o quadro em que se exerceu o ministério dos profetas escritores antes do Exílio.

EXERCÍCIO Fazer um pequeno relato sobre as características de cada livro (escritor / época / o que salienta, etc. . . ) que compõem o Pentateuco e os históricos.

(no máximo 5 linhas de cada livro)

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LIVROS SAPIENCIAIS (POÉTICOS) “SAPIENCIAIS” é o nome dado a cinco livros do Antigo Testamento: Provérbios,

Jó, Eclesiastes, Eclesiástico e Sabedoria. A esses são acrescentados dois livros poéticos: Salmos e Cântico dos Cânticos. Esses livros apresentam a sabedoria e a espiritualidade de Israel. Os livros sapienciais não abordam os grandes temas do Antigo Testamento: a Lei, a Aliança, a Eleição, a Salvação. Os Sábios de Israel não se preocupam com a história ou com o futuro do seu povo; eles pesquisam qual o destino dos indivíduos. O problema da retribuição tinha para eles uma importância capital, o justo receberia a felicidade e o injusto seria levado a sua própria ruína. Esta doutrina é então a base do ensinamento de sabedoria e se deduz do fato de o mundo ser governado por um Deus sábio e justo. Ela pretende apelar para a experiência, porém a experiência a miúdo a contradiz. É o que expõe de maneira dramática o livro de Jó, no qual os três amigos defendem a tese tradicional. Mas, para a questão do justo infeliz não há resposta que satisfaça o espírito se nos limitarmos às retribuições terrenas; não há outra saída senão aderir a Deus na fé, apesar de tudo. Por mais divergente que seja o seu tom, o Eclesiastes não apresenta outra solução; sublinha também a insuficiência das respostas correntes, nega que se possa pedir contas a Deus e exigir a felicidade como algo devido. O Eclesiástico permanece fiel a mesma doutrina: exalta a felicidade do sábio (14,20-15,10), mas a idéia da morte o atormenta e ele sabe que tudo depende desta última hora. Diz que “é fácil para o Senhor, no dia da morte, retribuir a cada um segundo suas obras”(11,26;cf.1,13;7,36;28.6;41,9). Em Israel, a sabedoria não é cultura conseguida graças à acumulação de conhecimentos, mas o bom senso e o discernimento das situações, adquiridos através da meditação e reflexão sobre a experiência concreta da vida.

Trata-se de algo que se aprende na prática e que leva à arte de viver bem. Diante disto, existe uma visão bastante humanística entre os escritos sapienciais da época. É somente nos escritos pós-exílicos que se dirá que somente Deus é sábio, possuindo uma sabedoria transcendente, que o homem vê atuando na criação, mas que é incapaz de perscrutar (Jó 28;38-39; Eclo 1,1-10; 16,24s;39,12;42,15-43,33). O PROVÉRBIO

No livro dos Provérbios, a sabedoria fala como uma pessoa, está ao mesmo tempo presente em Deus desde a eternidade e agindo com Ele na criação (Pr8,22-32). Em Jó 28, ela aparece como distinta de Deus, que é o único que conhecer onde ela se esconde. Em Eclesiástico 24, a própria sabedoria se declara saída da boca do Altíssimo,

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habitando nos céus e enviada a Israel por Deus. Em Sabedoria 7,22-8,1 ela é uma efusão da glória do todo-poderoso, uma imagem de sua excelência. Assim a Sabedoria, atributo de Deus, se destaca dele e torna-se uma pessoa. O livro dos Provérbios é o melhor retrato bíblico da sabedoria popular. Todavia , o povo não escreve. Ele vive, enfrenta problemas e situações, faz inúmeras experiências, e intui um sentido que vai orientando o discernimento do seu caminho na vida e na história. Quem escreveu o livro foram os sábios profissionais, que se debruçaram sobre a sabedoria popular, trabalharam sobre ela e, com muito refinamento, deram-lhe a forma pela qual hoje a conhecemos. Esses sábios eram os intelectuais orgânicos daquele tempo. A quem serviam eles? Só podemos saber isso analisando profundamente o que ficou por escrito, tentando descobrir a quem este ou aquele texto se dirigia e beneficiava. O livro levou aproximadamente seiscentos anos para chegar à forma em que o conhecemos hoje. Tempo suficiente para comprovar a sua respeitabilidade e atrair a nossa atenção. Salomão é o patrono da Sabedoria em Israel, o que não quer dizer que ele tenha escrito pessoalmente os provérbios. O ECLESIASTES

REINO DOS PTOLOMEUS (301-198 a C.)

Controle Econômico-Financeiro

REI (encarnação do deus Amon Rá:

proprietário de tudo: terras, produtos e até das pessoas)

Administração das Finanças

PROVÍNCIA DA JUDÉIA

TOBÍADAS NA AMANNÍTIDA SUMO SACERDOTE

'O interesse do país deve ser

considerado no conjunto, e até o rei depende da agricultura'

(Ecl 5,8).

'De fato, a palavra do rei é soberana, e ninguém pode

perguntar a ele: O que é que

você está fazendo?'(Ecl 8,4)

(Em ALEXANDRIA)

HIPARQUIAS NA

"Quando você for ao Templo esteja bem atento

a si mesmo..."(Ecl 4,17)

TOPARQUIAS NO EGITO Vigias do rei departamento financeiro

"...quem está no alto

tem sempre outro mais alto que o

vigia"(Ec 5,7)

"Aí está o choro dos oprimidos e não há

quem os console;

ninguém os apoia contra a violência dos

seus opressores"

(Ecl4,1)

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EM JERUSALÉM (TEMPLO)

CIDADES ALDEIAS Arrecadadores de impostos CAMPO

Dependência encaminhamento dos impostos e riquezas do país relação com interesses mútuos

CIDADES ALDEIAS CAMPO

Vigias do rei Departamento financeiro

(comércio)

(agricultura)

Vigias do rei

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O LIVRO DA SABEDORIA Considerado em linha cronológica, o livro da Sabedoria é o último escrito do

Antigo Testamento na Bíblia católica. Foi redigido originalmente em grego, e isso faz supor data bastante tardia. O livro é atribuído ao rei Salomão, mas o verdadeiro autor é sem dúvida um judeu que escreve em ambiente grego, provavelmente um membro da diáspora ou dispersão judaica no estrangeiro. Muito provavelmente se encontrava na cidade de Alexandria, no Egito, pois ele insiste muito em fazer uma critica ao Egito bíblico do êxodo, certamente com vistas ao Egito do tempo em que ele vivia, agora dominado pelo espírito grego, isto + 50 a C.

O ECLESIÁSTICO

O "Eclesiástico" recebeu tradicionalmente esse nome por causa do largo uso que a

Igreja (=Ecclesia) fazia desse livro, principalmente nos primeiros séculos da era cristão. Enquanto o judaísmo não o aceitou entre os livros inspirados, ele não só foi bem acolhido pelos cristãos, mas também oficialmente confirmado no sínodo de Hipona (393) e canonizado como parte integrante da Sagrada Escritura cristã no concílio de Trento (1546). O livro recebe hoje o nome de "Sirácida" ou "Siracides". É o único livro do Antigo Testamento do qual sabemos com certeza o nome do autor: em 50,27 ele se identifica como "Jesus, filho de Sirac, filho de Eleazar, de Jerusalém". Situa-se a redação final do livro entre 190 e 180 a C., numa época de total helenização imposta pelos Selêucidas. Com o escrito o autor queria assegurar a identidade judaica, ameaçada pela fascinante cultura grega que invadia a Palestina, e fazia com que os judeus se envergonhassem de sua própria cultura e se convertessem para a grega. No seu escrito, Jesus, procura reerguer o orgulho do povo judeu, mostrando a riqueza de sua identidade, espelhada em suas tradições, cultura, religião e história. O CÂNTICO DOS CÂNTICOS

O Cântico trata, do começo ao fim, do amor humano. Curiosamente, porém, em

nenhum lugar explica ou define o amor. Isso é compreensível, porque afinal o amor é uma experiência indizível e inefável. Somente quem ama é capaz de, a partir da própria experiência, dizer alguma coisa sobre o amor e, assim mesmo, por alusão ou comparação.

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É por isso que o livro é permeado de imagens, metáforas e comparações que abarcam praticamente todos os campos da natureza e da produção humana. Temos aí comparações com as montanhas, árvores, animais, aromas, sabores, cheiros naturais e perfumes fabricados pelo homem. Temos os sabores de frutos e principalmente do vinho. Encontramos também comparações com a beleza produzida pelo homem: jóias, taças, colunas e torres. Tudo o que a natureza e o homem produzem torna-se aceno e símbolo da experiência mais profunda que o ser humano faz em sua vida. É como se o amor precisasse do universo inteiro para exprimir aquele mistério que pode ser experimentado e vivido, mas jamais compreendido. Ou poderíamos dizer o contrário: que o universo necessita do amor humano para se explicar a si mesmo e nele encontrar sua identidade última. Poder-se-ia ousar mais ainda: já que o amor é "uma faísca de Javé", o próprio Deus parece necessitar do amor humano como de um espelho em que ele próprio veja a sua imagem. Na experiência do amor humano, os próprios amantes se revelam a si mesmos, revelam um ao outro o universo e, juntos, fazem a experiência do mistério do próprio Deus. O SALTÉRIO

(ou os salmos ou o Livro dos Salmos) é uma coleção de 150 cânticos sacros do Povo de Deus. Muitos deles trazem o título hebraico (mizmôr), que traduziram por “salmo”, palavra de origem grega que significa: cântico sacro, acompanhado de certo instrumento musical, chamado saltério. Nascidos do culto e para o culto, os salmos celebram a obra da salvação divina, conhecida pela religiosidade bíblica e por experiência interior, mediante a oração e reflexão teológica sobre a história do Povo Eleito e do desígnio salvífico de Deus a respeito de toda a humanidade. � Os salmos surgiram em épocas diversas. Alguns, mais antigos, foram reformulados

de acordo com novas circunstâncias históricas de Israel. Os salmos, esparsos ou agrupados em pequenas coleções, foram recolhidos por duas grandes escolas, javista (de Javé = Senhor) e eloísta (de Elohim = Deus), em três coleções maiores: coleção javista (Sl 3-41), coleção eloísta (Sl 42-83) e nova coleção javista (Sl 90-150), e finalmente, talvez no século III a.C., reunidos em uma única coleção.

� Os salmos expressam o conteúdo da oração em estilo dialogal, centrados ou em Deus ou na situação humana orientada para Deus. Ocorre também o estilo sapiencial que se usa para exprimir o reconhecimento da ação de Deus no mundo e na história. A forma usada nos salmos é a da poesia. Trazem exemplos que ensinam o orante a haurir da oração força para assumir sua missão na vida como meio de colaboração no desígnio salvífico de Deus.

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� A oração dos salmos é um meio de que o homem necessita para expressar seu amor a Deus no contexto da história da salvação. O objetivo é mostrar que tanto o pecador inveterado quanto o homem encanecido numa vida de indiferentismo e de mediocridade podem, contrariando toda previsão humana possível, converter-se, de um momento para outro, sob o influxo da graça divina e começar a viver de modo fervoroso sua união com Deus e sua solicitude pelo próximo.

� São meios de expressão da comunidade, cujos membros se serviam de determinado tipo de linguagem para estabelecer a comunicação entre si sobre todas as dimensões da existência da coletividade.

� O salmista, mesmo que exponha diante de Deus uma situação particular, sempre fala como membro de uma comunidade de fiéis, e seu hino ou súplica, como celebração de um momento específico da história da salvação, passa assim à liturgia do Templo, como oração comunitária.

� Das festas religiosas de Israel, em virtude da promoção social e intercomunhão entre as pessoas, há incentivo às peregrinações (salmos de peregrinação), embora sujeita muitas vezes a tribulações (salmos de súplicas), se preparavam para o encontro alegre da comunidade e da comunhão com Deus mediante os ritos de vigília (salmos de vigília). Além disso, a celebração da epifania de Deus na criação e na história foi fator que contribuiu para explicitar nos salmos o louvor cósmico, histórico e teológico (hinos e salmos de louvor).

CLASSIFICAÇÃO DOS SALMOS 1. Hinos (Sl 8; 148; etc.) e Salmos de Louvor (Sl 19; 111; etc.) – esses salmos expressam a

oração de louvor para despertar nosso amor para com Deus. a) Hinos ao reinado de Deus – poemas religiosos compostos para a liturgia da

transladação da Arca da Aliança (Sl 93;96;132, etc.). b) Cânticos de Sião – hinos de louvor em honra da cidade santa, que é, para o Povo

de Deus, sinal da eleição divina. (Sl 46; 48; etc.) c) Salmos de louvor – poemas religiosos, que constam no saltério, e se distinguem

dos hinos ou pelo estilo e/ ou pela temática: salmos históricos (Sl 105; 106; etc.) d) Salmos da Realeza – composições poéticas em honra da realeza davídica. (Sl 2; 110;

etc.) e) Salmos litúrgicos – são cânticos sacros, compostos para determinados ritos litúrgicos, acompanhados de oração comunitária. (Sl 15; 24; etc.)

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2. Salmos de ação de graças – são cânticos sacros, compostos para expressar a gratidão a Deus, mediante a oração, acompanhada do ritual de sacrifício (dois tipos: individual (Sl 30; 34; etc.) e coletiva( Sl 107; 124; etc.). 3. Salmos de súplica – são os mais representados no saltério. São centrados no indivíduo (Sl 3; 5; etc.) ou na coletividade (Sl 12; 44; etc.) que suplica por auxílio divino (apelo contra os inimigos; imprecações contra os ímpios)

a) Salmos de confiança – expressam a firmeza inabalável concedida aos que se apóiam na presença atuante de Deus para a vivência da fé no meio das adversidades e provocações desta vida. (Sl 23; 121; 125; etc.)

b) Salmos penitenciais (Sl 143; 51, etc.)– foram compostos para a liturgia da conversão e da reconciliação do pecador com Deus e com a comunidade dos fiéis. Seus elementos característicos são:

♦ exame de consciência - sobre os atos culposos cometidos com gravidade. ♦ Revisão de vida – de quem, no passado, estava sob a proteção divina. ♦ Lamento – pela experiência do pecador, cujo estado reflete a situação da

ausência de Deus. ♦ Contrição – é a detestação do mal cometido e o consequente propósito de evitar

no futuro. ♦ Compunção – exprime a dor interior do pecador por Ter ofendido a Deus. ♦ Prece de perdão – do pecado por um ato da graça de Deus. ♦ Expressão de confiança inabalável na ajuda de Deus sem receio de o não obter

não obstante as fraquezas. ♦ Confissão – do pecado, acompanhada de sentimentos de profunda dor e

insegurança. ♦ Testemunha de inocência – as faltas que tocam o âmbito privado costumam ser

menos sentidas do que as transgressões que têm influência no âmbito social público.

♦ Súplica de salvação, contém o pedido para um vida em segurança, na presença de Deus.

♦ Propósitos para a vida – rejeição do mal e de toda a cumplicidade pessoal e a busca da relação com Deus, baseada na Sua confiança.

c) Salmos de Vigília (Sl 30; 63; etc.) – são orações litúrgica, que apresentam à espiritualidade comunitária a experiência religiosa por que passa a pessoa no momento de sua preparação para a celebração de uma solenidade.

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4. Salmo de Lamentação (apenas o 137) - lamenta coletivamente a nostalgia de Jerusalém e imprecações contra Edom e contra Babilônia.

5. Salmos Sapienciais – são cânticos sacros que expressam a fé do orante, enquanto

avalia, no diálogo com Deus, sua situação existencial, as motivações e a adesão

pessoal a Ele (Sl 1; 119; etc.). Eram recitados na liturgia da palavra, por ocasião da

leitura de textos legislativos do Pentateuco.

6. Salmos proféticos – são orações impetratórias que, nos pedidos pela intervenção de

Deus em favor da comunidade dos fiéis, ameaçada em sua sobrevivência, atualizam

os oráculos de vituperação profética contra os ímpios. São semelhantes às denúncias

proféticas contra os israelitas que romperam com a aliança sagrada (Sl 58; 75; etc.).

7. Salmos heterogêneos – são composições resultantes da justaposição de unidades poéticas de diversos gêneros literários, com características particulares e alteração de estilo no mesmo salmo (Sl 9-10; 40; etc.).

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RESUMINDO . . .

18, 23, 32, 44, 47, 64, 66, 86, 88, 91, 107, 110, 116, 133, 134, 137, 146, 147,

13, 18, 96, 17, 28, 138, 120, 124,

23, 118, 49, 14, 25, 35, 48, 72, 74, 127, 132, 111, 83,

17, 29, 33, 39, 65, 84, 106, 117, 125, 145, 146, 77, 94, 104.

15, 41, 63, 83, 111, 121, 122, 142.

50, 6, 16, 27, 31, 40, 73, 129, 142, 89,

144, 7, 9, 10, 31, 93, 102, 137.

50, 6, 16, 27, 31, 37, 40, 73, 129, 142, 112, 114,

Louvor

Presença de Deus

Santidade

Ação de Graças

Fonte de todo bem

Pequenez do homem

Deus justo e misericórdia

Penitencial

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LIVROS PROFÉTICOS

Chamam-se comumente “profetas escritores” aqueles aos quais se atribui um livro no cânon da Bíblia. O que foi dito do ministério profético mostra que esta denominação é inexata: o profeta não é escritor, ele é antes de tudo orador; pregador: A mensagem profética, em sua origem, é falada, mas resta explicar como, desta palavra pronunciada passou-se ao livro escrito.

Encontram-se nos livros proféticos três espécies de elementos: 1) ditos proféticos – que são oráculos onde, umas vezes, é o próprio Deus quem fala, e outras, é o profeta quem fala em nome de Deus, ou peças poéticas que contém ensinamento, anúncio, ameaça ou promessa; 2) relatos na primeira pessoas, em que o profeta narra a sua experiência, em particular sua vocação; 3) relatos na terceira pessoa, que descrevem acontecimentos da vida do profeta ou as circunstâncias do seu ministério. Estes três gêneros podem combinar-se e acontece, com frequência, que os relatos incluem oráculos ou discursos.

EXERCÍCIO Fazer um pequeno relato sobre as características de cada livro (escritor / época / o que salienta, etc. . . ) que compõem os proféticos.

(no máximo 5 linhas de cada livro)

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Novo Testamento ou Nova Aliança: � do Criador e suas criaturas – Aliança nova de Deus(Iahweh) com o seu povo

resgatado pela Cruz de seu Filho Unigênito – Jesus Cristo. � No Novo Testamento o próprio Deus fala diretamente através de seu Filho

(Verbum Dei).

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� Verbum Dei é a própria Palavra de Deus, que agora é encarnada em Jesus Cristo, Verbo encarnado.

O Novo Testamento são palavras inspiradas por Deus (ilumina o indivíduo para escrever o que Ele já falou)

Jesus Cristo ensinou (falou) e Deus move alguém no seu todo para que ele escreva tudo acerca das realidades dos acontecimentos realizados pelo Cristo. →→→→ Evangelho é Boa Notícia! O que isto implica?

A palavra "Evangelho" vem do grego "evangélion", o que significa "Boa Notícia".

Ele é a Boa Notícia porque nos traz o alegre anúncio da salvação, suscitando a nossa fé e fortalecendo-a. Para nós cristãos, é Boa Notícia porque se identifica com a própria pessoa de Cristo, seus atos e os exemplos de sua vida, em particular os fatos salvíficos de sua morte, ressurreição e ascensão, abrindo-nos novos horizontes que nos conduz à plenitude.

Esta Boa Notícia implica a superação da alienação, ou seja, uma boa notícia que traz a libertação, que pede compromisso na proclamação da fé, que é reveladora, pois através dela se conhece a natureza, o amor, a justiça e a vontade de Deus numa proximidade de Jesus com a humanidade: a encarnação.

A primeira redação do Evangelho deu-se por obra de Mateus na terra de Israel e, por

isto, em aramaico. Esta redação serviu de modelo para Marcos e Lucas, que utilizaram

o esquema mateano, acrescentando-lhe características pessoais. O texto de Mateus foi

traduzido para o grego, visto que o aramaico entrou em desuso quando Jerusalém

caiu em 70. Daí, o tradutor, desconhecido a nós, retocou e ampliou o texto aramaico

servindo-se de Marcos. Isto quer dizer que o texto grego de Mateus (único existente

porque o aramaico se perdeu) é, segundo alguns aspectos, o mais antigo, e, segundo

outros aspectos, o mais recente dentre os sinóticos.

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� S. Mateus (Mt.) este evangelho é representado pelo homem, por dar início ao seu Evangelho a partir da Genealogia de Jesus;

� S. Marcos (Mc.) este evangelho é representado pelo leão, por tratar sobre João Batista, aquele que clama no deserto, lugar de habitação dos leões.

� S. Lucas (Lc.) a figura deste evangelho é o touro, por tratar por primeiro o anúncio do nascimento de João Batista e do sacrifício de seu pai Zacarias.

� S. João (Jo.) começa o seu evangelho com um verdadeiro tratado de teologia, por isso, sua figura representativa será a águia, por encontrar em Jesus o Verbo encarnado (descido de junto do Pai).

Não existem somente esses quatros evangelhos, porém, a Igreja, após um estudo aprofundado os declarou Livros Canônicos. Os demais evangelhos são chamados de Livros Apócrifos (ou não reconhecidos oficialmente pela Igreja como sendo inspirados). Depois dos Evangelhos encontramos o Livro dos Atos dos Apóstolos (ou o segundo evangelho de S. Lucas).

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EVANGELHO DE S. MATEUS →→→→ Contexto histórico do Evangelho de Mateus ( 70-90 d.C)

Em nenhum outro evangelho a comunidade dos discípulos se acha tão envolvida na relação Jesus-Israel como no evangelho segundo Mateus.

Dos diversos contrastes (social, ético e político) surgem duas comunidades que se opõem entre si: uma se prende à lei de Moisés e à tradição dos pais (o judaísmo formativo que logo após a destruição do Templo – ano 70 – busca reconstruir a sociedade judaica com base no que foi dito), a outra se prende a Jesus e afirma que, em Jesus, o Messias, chegam ao seu pleno cumprimento a lei de Moisés e todo o ensinamento dos profetas.

Surge aqui a comunidade judaico-cristã, que tem de aceitar ser marginalizada pelo seu próprio povo e abrir-se ao universalismo para ser fiel a Cristo. Foi, talvez, o principal objetivo que levou o autor a escrever o seu evangelho refletindo a própria experiência de Jesus.

→→→→ o Evangelho Mateus apresenta-nos Jesus como o Messias, o Salvador que Deus havia prometido enviar ao mundo. O evangelho começa com a lista dos antepassados de Jesus, ligando-o assim à história do povo de Deus. Jesus é aquele em quem se cumprem as promessas feitas ao rei Davi e Abraão, o Pai do povo escolhido. Em seguida o autor conta a história do nascimento de Jesus, citando, passo a passo, textos do Antigo Testamento a fim de provar que Jesus é de fato o Messias que Deus enviou.

Neste evangelho os fatos da vida de Jesus aparecem na mesma ordem seguida no Evangelho de Marcos. Depois de ser batizado no rio Jordão por João Batista, Jesus é tentado no deserto e em seguida vai para a Galiléia, onde ensina multidões, cura doentes e expulsa demônios. Mateus dá muita importância aos ensinamentos de Jesus e os junta em cinco grandes discursos (ou sermões):

1) O sermão do monte, em que Jesus fala a respeito do caráter, dos deveres, dos privilégios e do destino daqueles que pertencem ao Reino dos céus (Mt 5-7);

2) Instruções dadas aos doze apóstolos para a missão de anunciar a vinda do Reino do céu e de curar os doentes (Mt 8-10) – os missionários do Reino;

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3) Os segredos do Reino do céu, apresentados em forma de comparações (Mt 13) – sete parábolas do Reino;

4) Ensinamentos a respeito da Igreja, a nova comunidade composta dos seguidores de Jesus (Mt 18) – o sermão comunitário do Reino;

5) Ensinamentos sobre o fim do mundo e a vinda do Reino do céu (Mt 24s.)

→ Pontos principais do Evangelho segundo Mateus:

� Reino de Deus e Igreja (ekklesia – ocorre somente no texto de Mateus); � O Jesus de Mateus:

♦ Descendente de Abraão e de Davi (1,1; 1,6;22,42) ♦ Jesus Pastor (9,36); ♦ Jesus Servo de Deus (humildade e grandeza); ♦ Jesus, Filho do homem (24,30; 26,64);

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EVANGELHO DE S. MARCOS

O Evangelho de Marcos, considerado o mais antigo de todos os Evangelhos, dá a Boa-Notícia a respeito de Jesus Cristo, fazendo notar principalmente a sua atividade constante e a sua autoridade. Jesus vai de um lugar para outro, anunciando a vinda do Reino de Deus, ensinando multidões, fazendo milagres e curando doentes. Para ajudá-lo, ele escolhe doze homens, em quem põe o nome de “apóstolos”. Estes acompanham Jesus por toda parte, aprendem o mistério do Reino de Deus e depois saem para anunciarem a mensagem da salvação e curarem pessoas.

A autoridade de Jesus vem de Deus. Ele é o Filho do Homem, aquele que Deus escolheu e enviou para ser o Salvador de todos. Portanto, ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e perdoar pecados.

EVANGELHO DE S. LUCAS

O Evangelho de Lucas apresenta Jesus não somente como o Messias prometido por Deus ao povo de Israel, mas também como Salvador de toda a humanidade. Por isso a lista dos antepassados de Jesus vai até Adão, “ filho de Deus”. Logo no começo o autor diz por que motivo escreveu a história das coisas que aconteceram entre nós. Por essa razão ele dá importância ao nascimento e infância não só de Jesus como também de João Batista, aquele que veio antes de Jesus para anunciar a sua chegada.

Seguindo a mesma ordem em que os fatos aparecem no Evangelho de Marcos, o autor conta o trabalho de João Batista e o batismo e a tentação de Jesus. Em seguida, vem o trabalho de Jesus na Galiléia, onde ele ensina multidões, faz milagres, cura doentes e expulsa demônios. Este evangelho salienta o amor de Jesus pelos pobres e oprimidos, a gente humilde e desprezada. Na casa de oração de Nazaré, no começo do seu trabalho na Galiléia, Jesus lê o texto de Isaías, que fala do Servo que Deus enviou para cuidar dos pobres, dos presos, dos cegos, dos maltratados. Por isso neste evangelho aparecem os samaritanos, que eram desprezados pelos judeus; aparecem também cobradores de impostos, mulheres, crianças, viúvas, prostitutas. Aqui se encontram também algumas comparações feitas por Jesus que não aparecem nos outros evangelhos, como por exemplo, a do filho perdido, a do bom samaritano, a do rico tolo, a do rico e Lázaro. E há belas canções e orações de louvor, como as de Maria, de Zacarias e de Simeão, que enfeitam este evangelho e lhe dão uma beleza fora do comum.

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EVANGELHO DE S. JOÃO

→→→→ Do autor

JOÃO É CONHECIDO COMO O DISCÍPULO AMADO DE JESUS. Comemoramos a sua festa dia 27 de Dezembro.

Filho de Zebedeu, irmão de Tiago (o maior - Lc 5,10), discípulo de João Batista. Foi um dos primeiros a passar o seguimento de Jesus. É o discípulo predileto que, na última ceia, reclinou a cabeça no peito de Jesus (Jo 13, 23-25). Testemunha da transfiguração (Mt 17,1) e da agonia do Senhor (Mc 14,33). Está presente ao pé da cruz onde Jesus lhe confia a Mãe (Jo 19, 26-27). Exilado na ilha de Patmos foi arrebatado em êxtase no dia do Senhor (Ap 1,9-10) e teve as visões que descreveu no Apocalipse.

���� EVANGELHO DE JOÃO

O evangelista ao escrever essa doutrina, tinha em mira fortalecer na fé os leitores, agitados pelas falsas idéias de Cerinto e Ebion (negavam a divindade de Jesus: falavam que o Espírito Santo descera sobre Jesus no Batismo e se afastara na Paixão). (Jo 20,30s) � S. João (Jo.) começa o seu evangelho com um verdadeiro tratado de teologia, por isso,

sua figura representativa será a águia, por encontrar em Jesus o Verbo encarnado (descido de junto do Pai).

O Evangelho é composto de 21 capítulos, mostrando docilidade em suas palavras . Escreveu a 1ª a 2ª e a 3ª epístolas (cartas) , onde chama de "filhinhos", "caríssimos", etc. . .

a) foi escrito entre 95 e 100 d.C., em Éfeso, onde S. João residia b) são escritos diferentes dos Evangelhos sinóticos (comparativos) - coloca logo o

povo em atividade c) Evangelho é profundamente teológico e meditado, acrescentou discursos de

Jesus, que expõem a transcendência de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), o valor do Batismo (c.3), da Eucaristia (c.6), da graça (c.4) da fé (c.9) . . .

→→→→ Principais traços da mensagem teológica

a) a figura de Cristo é muito elaborada: traços divinos e humanos de Jesus - Jesus é reconhecido como Messias e Deus. Ele mesmo afirma ser o Filho de

Deus (1,51; 3,11-13; 4,26, etc. . . )

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- Jesus aparece cheio de majestade. Por trinta e oito vezes ocorre nos lábios de Jesus (em João) a expressão "Eu sou , , , ", que lembra o Santo nome de Deus (Javé, Eu sou aquele que é; Ex 3,14)

- A sua natureza humana aparece por ocasião do episódio de Lázaro, quando Ele revela o seu coração (11,5.11.33-38); quando cansado e sedento, se senta junto ao poço de Jacó (4,6-8.31).

- Jesus é profundo conhecedor da psicologia humana (4,7-9.16-18.29; 9,7.35-38) b) Apresenta seus episódios de modo que se percebam através deles alusões aos

sacramentos da Igreja: Batismo: 3,1-12; 4,1-26 . . . / Eucaristia: Jo 2,1-11; 6,25-58; 19,31-37 . . . c) Faz a ligação entre o Antigo e o Novo Testamento: - O maná: Jo 6,3248s.58 - Ex 16,2-36 - Água que jorra da pedra: Jo 7,37-39 - Ex 17,1-7 - Cordeiro de Páscoa: Jo 19,36 - Ex 12,46 - Maria, a nova Eva: Jo 19,26; 2,4 - Gn 3,15

- Conforme Jo 1,19.29.35.43; 2,1, Jesus realiza o primeiro sinal no sétimo dia da sua vida pública. Ora, segundo Gn 2,2s, o Criador terminou sua obra precisamente no sétimo dia; Jesus aparece então como o novo Criador ou o Re-Criador do mundo e do homem.

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ATOS DOS APÓSTOLOS Este livro relata os feitos dos Apóstolos e das primeiras comunidades. Atos dos

Apóstolos é o livro que continua a história de Jesus e da Boa-Notícia do Evangelho, história esta que começa no Evangelho de Lucas. O autor conta como a mensagem de Cristo foi anunciada “em Jerusalém como em toda a região da Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra. Começando na terra dos judeus, o evangelho chega até Roma, a capital do império romano, tornando-se uma religião para o mundo inteiro, pois Jesus Cristo é o Salvador e Senhor de todos.

Neste livro destacam-se duas pessoas: os apóstolos Pedro e Paulo. Pedro dirige o trabalho cristão em Jerusalém e na Samaria e também em Lida, Jope e Cesaréia. Do capítulo 13 em diante o livro fala especialmente de Paulo e das suas muitas viagens pelo império romano. Outros líderes são Estêvão, o primeiro mártir cristão; Filipe, que anunciou a Boa-Notícia ao oficial etíope; Barnabé, Timóteo e Silas, companheiros de Paulo; e Lídia, da cidade de Filipos.

Mas o papel principal é do Espírito Santo, pois é ele quem guia e fortalece os seguidores de Cristo nos trabalhos das igrejas e no serviço de anunciar a Boa-Notícia do Evangelho pelo mundo inteiro.

→→→→ Comunidade cristã 1 - Os atos dos Apóstolos são a história da primeira Igreja e a primeira história da Igreja. “Recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e até os confins da terra” (At 1,8). Estas palavras exprimem o programa que Jesus legou aos seus discípulos e ainda a nós hoje. A evangelização não terminou. Ela continua, e vai acompanhada do empenho em constituir comunidades que por sua própria vida sejam testemunhas e exemplos daquilo que a atividade evangelizadora propõe. Novo ânimo dentro da comunidade eclesial e nova coragem para realizar sua missão transformadora na sociedade e no mundo, ao exemplo das primeiras gerações (comunidades) cristãs, eis o que se espera hoje. 2- O envio: “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” (Jo 20,21b) 3 - A missão é testemunhar o que Jesus fez e anunciou. O perdão e o anúncio da grande alegria da salvação estão no centro da missão a que Jesus chamou aqueles discípulos. Vale para nós também. Somos anunciadores de salvação, ou vivemos mal humorados, lamentando que “este mundo está perdido”?

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4 - Receberam os dons - Pentecostes Novas foram as ações/atitudes nos discípulos: a franqueza, a coragem, a ousadia, a decisão de anunciar a todos, sem medo, o Evangelho.

O Espírito Santo, derramado sobre os discípulos e depois sobre o povo (que entende a mensagem na sua língua, isto é, como coisa sua), vem mostrar que o crucificado não ficou derrotado: Deus o glorificou e, com isso, confirmou tudo que ele ensinou e viveu... É o que aqueles que estavam presentes em Pentecostes viram e ouviram. Para nós hoje, novos tipos de comunicação para que todos, em suas casas, possam conhecer a mensagem de Jesus. 5 - Vida das primeiras comunidades (At 2, 42-47) - Perseverantes - Possuíam em comum (renúncia) - Partilha (pão/oração) - Respeitavam a necessidade (caridade) - Temor - Frequência ao templo (perseverança) - Realizavam prodígios - Alegria - Viviam unidos - Simplicidade de coração - Louvavam a Deus - Arrebanhamento (evangelização) - Caridade - Amor ( “Vejam como se amam “)

Nós podemos examinar hoje se, como aqueles primeiros cristãos, damos também

bom exemplo a cada instante, a ponto de arrastarmos os outros para Cristo: na temperança, nos gastos, na alegria, no trabalho bem feito, no cumprimento fiel da palavra dada, no modo de vivermos as exigências da justiça, com os colegas, na prática das obras de misericórdia, na firmeza com que nunca falamos mal de ninguém...

É importante ressaltar que o testemunho vale por mil palavras, e que, não só evangelizavam, mas viviam profundamente, na radicalidade a vida cristã. 6 - Dificuldades (At 5, 17-21) - Eram presos - Perseguidos - Mortos Nem as murmurações e calúnias, nem o próprio martírio, conseguiram que os cristãos se fechassem em si mesmos, se isolassem do seus concidadãos e se sentisses exilados no seu próprio meio social.

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AS DIVERSAS CARTAS (EPÍSTOLAS)

ESCRITOS PAULINOS →→→→ a pessoa e a obra de Paulo ♦ Nasceu em Tarso na Cilícia (Ásia Menor) no limiar da era cristã. De família israelita,

muito fiel às tradições religiosas; seu pai comprara a cidadania romana, de modo que Saulo nasceu como cidadão romano (porém era herdeiro das culturas: hebraica – religiosa; helenista – filosófica e artística; romana – jurídica.

♦ (Cf. At 22,3; 26,4) Foi iniciado na arte rabínica de interpretar a S. Escritura (+/- com 15 anos de idade - na escola de Gamaliel);

♦ De perseguidor de Cristãos passa a ser perseguido (Conversão de Saulo - +/- no ano 36 d.C. - cf. At 9,1-18; 22,4-21; 26,11-18);

♦ Tenta por inúmeras vezes pregar aos judeus, em Damasco, em Jerusalém, mas não foi acolhido (cf. Gl 1,18s.), retornando à sua cidade natal, bastante acabrunhado pelos fracassos de sua missão apostólica (cf. At 9,26-30);

♦ Porém, Barnabé, consciente da capacidade apostólica de Paulo, resolveu ir buscá-lo em Tarso, pois Antioquia da Síria se tornara importante centro missionário, e aí foi bem sucedido (cf. At 11,27-30; 12,25)

♦ Em 45 (aproximadamente), juntamente com João Marcos e Barnabé, Paulo vai para o apostolado em terras distantes (cf. At 13,1-3). Inicia aí a sua primeira viagem missionária, que durou cerca de três anos, percorrendo a ilha de Chipre e parte da Ásia Menor;

♦ Em 49, ocorre o 1º Concílio: o de Jerusalém. Paulo e Barnabé, reuniram-se com Pedro, Tiago e seus imediatos colaboradores. Aí, os apóstolos reconheceram a liberdade dos cristãos (se isto não tivesse acontecido, possivelmente o cristianismo teria se tornado uma outra seita judaica do início da era crista) em relação às observâncias judaicas. Apenas recomendaram às comunidades da Cilícia e da Síria algumas observâncias:

1 – abster-se dos ídolos e das carnes imoladas à eles; 2 – abster-se de carne portadora de sangue; 3 – abster-se de tomar sangue, pois os judeus julgavam que o sangue é a própria vida, que só a Deus pertence; 4 – não ceder às paixões impuras (cf. At 15,1-35);

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♦ De 50 a 53, seguiu sua segunda viagem missionária, durante a qual escreveu, em Corinto, a primeira e a segunda carta aos Tessalonicenses ;

♦ De 53 a 58, seguiu sua terceira viagem (cf. At 18,23-21,17) . Essa deu ocasião a mais quatro cartas (as grandes epístolas): Gálatas e 1ª aos Coríntios, em Éfeso; 2ª aos Coríntios em Filipos; Carta aos Romanos em Corinto.

♦ O êxito dessas viagens levou-o à prisão, sendo enviado para Cesaréia, onde aguardou por dois anos o seu julgamento. Vendo que o caso não se resolveria em breve, Paulo apelou para o tribunal de César em Roma.

♦ A caminho de Roma (outubro de 60), o navio naufragou junto à ilha de Malta (cf. At 27,1-28,15). Paulo chegou em Roma em 61, onde ficou até 63 em prisão domiciliar. Em Cativeiro, Paulo escreve quatro cartas: Aos Colossenses; aos Filipenses; aos Efésios; a de Filemon.

♦ É de crer que tenha passado de Roma para a Espanha; da Espanha voltou para o Oriente, onde julga ter escrito mais duas cartas (as pastorais): a de Timóteo e a de Tito, entre 64 e 66 (esta trajetória nos é um pouco incerta);

♦ Terminou sua missão com a sua segunda prisão (em 66). Acredita-se Ter sido condenado à morte e proferida a execução em 67.

♦ O Apóstolo deixou-nos treze cartas: Aos Romanos; a 1ª e a 2ª aos Coríntios; aos Gálatas; aos Efésios; aos Filipenses; aos Colossenses; a 1ª e a 2ª aos Tessalonicenses; a 1ª e a 2ª a Timóteo; a de Tito; a de Filemon;

♦ A epístola aos Hebreus é agregada ao epistolário paulino, mas certamente não é de autoria de Paulo;

→→→→ a redação das cartas

♦ Paulo não escrevia diretamente, mas recorria a escribas peritos (cf. Gl 6,11; 1Cor 16,21; Cl 4,18, etc.). O texto era ditado durante a noite. A escrita era difícil e lenta, pois se usava papiro ou pergaminho, a que se aplicavam estiletes de plantas ou penas de ganso. Em tais circunstâncias escrevia-se 3 sílabas por minuto, 72 palavras (apenas) por hora.

♦ Na Carta aos Romanos, que tem 16 capítulos e 1701 palavras, deve ter exigido 98 horas de escrita e 50 folhas de papiro; isto equivale a 32 dias com 3 horas de trabalho ou 49 dias com 2 horas;

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→→→→ o estilo de Paulo

♦ O próprio Apóstolo reconhecia que não fazia caso da sabedoria da linguagem (1 Cor 1,17). Interessavam-lhe, acima de tudo, o conteúdo dos vocábulos e a doutrina a ser transmitida (2 Cor 11,6);

♦ Paulo vibrava com todas as fibras do seu ser ao tratar do Evangelho. Sua palavra era rica de vigor e vida;

♦ Alguns críticos reconhecem, nas suas cartas, passagens de admirável eloquência, que merecem para São Paulo um lugar de destaque entre os grandes escritores da literatura mundial (Rm 8,31-39; 1Cor 13,1-13; 1Cor 1,18-30, etc. . . )

A 1ª e a 2ª carta aos Tessalonicenses

♦ Tem como tema central a segunda vinda de Cristo; ♦ A cidade de Tessalônica era porto marítimo muito florescente na Grécia. A

prosperidade material contribuía para baixar o nível moral da população (não podemos perder a visão que aqui se encontra a declinação do império de Calígula);

♦ Diante de luxúrias, roubos, perseguições, e também dúvidas pertinentes à morte. Etc. . . . Paulo escreve aos fiéis (51/52 d.C)

♦ Conteúdo da 1ª a Tessalonicenses: - Carta Pastoral em que o coração do pastor e pai se dirige aos filhos para

reconfortá-los (2,7-11); - A epístola foi escrita na - perspectiva da segunda vinda de Cristo (parusia);

- A morte é comparada ao sono (4,13); - Atitude de vigilância permanente (5,1-11);

♦ Conteúdo da 2ª a Tessalonicenses: - A comunidade dissipou as dúvidas a respeito dos irmãos falecidos. A questão

agora é o dia e a hora da segunda vinda de Cristo. - São Paulo tranquiliza os fiéis e exorta-os a trabalhar, pois a parusia do Senhor

ainda estava distante, então, indica os sinais precursores que caracterizam esta carta: - a) 1,1-12 – elogio aos fiéis que perseveram na prática do bem; - b) 2,1-17 – sinais precursores da parusia - é a passagem principal; - c) 3,1-16 – exortações morais;

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A carta aos Gálatas

♦ Tem como tema central a questão da vigência ou não da Lei de Moisés depois da vinda de Cristo. É chamada a “Magna Carta da liberdade cristã”.

♦ Pouco se sabe a respeito da fundação das comunidades da Galácia; Sabe-se apenas que os judaizantes extremados perturbavam as comunidades declarando que sem a circuncisão e a Lei de Moisés não haveria salvação.

♦ Para enfraquecer a autoridade de Paulo, diziam também que este não era apóstolo, pois não seguira Cristo na terra como Pedro e Tiago (que era oportunista e pregava um cristianismo mutilado);

♦ Impor a Lei de Moisés aos cristãos significava esvaziar a obra salvífica de Cristo (dizer que Cristo não foi o suficiente Salvador).

♦ Mediante esses desafios, Paulo escreve em 54, em Éfeso, - onde estava pregando. ♦ Conteúdo da Carta:

- A epístola compreende três partes: a) (1,1-2,14) Apologética, pessoal, autobiográfica;

- Paulo afirma não ser Apóstolo escolhido pelos homens, mas por Deus; - A salvação nos vem mediante a morte de Jesus Cristo e não pela Lei de Moisés; - O Evangelho é fruto de revelação divina; - Discernimento (motivo de escândalo) - “Tudo me é permitido, mas nem tudo me

convém”.

b) (2,15-5,12) Teológica; - Desenvolve o tema da justificação pela fé e não pelas obras; - Mostra a caducidade da Lei de Moisés após a vinda de Cristo;

c) (5,13-6,10) Exortatória;

- Exorta a viver no espírito com renúncia às paixões da carne e incita a aproveitar o tempo dado por Deus para a prática das boas obras.

A 1ª e a 2ª carta aos Coríntios

♦ Corinto ficava na Acaia, com o porto de Lequem no mar Adriático. Essa posição geográfica assegurava a Corinto prosperidade material crescente, pois pra lá fluíam viajantes;

♦ A fundação dessa comunidade deu-se por ocasião da 2ª viagem de Paulo, depois de Ter sido expulso de Filipos; Paulo chega a Corinto e se hospeda na casa do casal Aquila e Priscila (já cristãos);

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♦ Os cultos pagãos praticados na cidade concorriam para promover a devassidão moral – Vênus: deusa em cujo templo se abrigavam mais de mil mulheres prostituídas (luxúria);

♦ Em 55 Paulo escreve a 1ª carta (que se perde), proibindo aos fiéis a comunhão com os cristãos impudicos, mas não foi suficiente;

♦ Paulo envia Apolo, em seguida Timóteo até Corinto, porém, tencionando fortalecer a autoridade do mesmo, houve por bem escrever pessoalmente aos coríntios (a 2ª carta; sendo considerada a 1ª carta canônica);

♦ Timóteo retorna com más notícias. Paulo resolve ir pessoalmente até Corinto. Lá é publicamente injuriado (2Cor 2,5-10;7,12) e, para não punir logo, deixa Corinto, prometendo voltar em breve – e foi acusado de leviano, covarde, etc. . . (2Cor 1,15s.23).

♦ Em vez de tornar, Paulo escreveu a “epístola das lágrimas” (3ª carta) que também se perdeu. Paulo vai embora e deixa Tito como responsável;

♦ Tito comunica a Paulo notícias satisfatórias da comunidade: estavam dispostos até em colaborar na coleta em favor dos pobres de Jerusalém (2Cor 9,1-15);

♦ Ciente das boas disposições da comunidade, Paulo retorna (3ª visita) e para preparar esse novo encontro com os fiéis escreve a 4ª Carta, porém, canonicamente a 2ª.

♦ Conteúdo da 1ª aos Coríntios: ♦ Esta carta tem caráter doutrinário, aborda diversos temas teológicos como a unidade

da Igreja, etc. . - A epístola apresenta duas partes bem distintas:

a) Repreensão dos defeitos (1,10-6, 20) - Os partidos na comunidade (1,10-4,21) – A unidade da Igreja - Os abusos a reprimir (5,1-6,20) – Excomunhão do pecador; A fornicação, etc.

. b) Respostas às questões (7,1-15,58) - Matrimônio e Virgindade (7,1-40); - Indissolubilidade. - Os Idolotitos (8,1-11,1) – É licito comer carnes imoladas, sem causar

escândalo; - As assembléias de culto (11,2-34) – O véu das mulheres; a Ceia Eucarística; - Os Carismas (12,1-14,40) – Necessidade de diversos carismas (maior é a

caridade); - A ressurreição dos mortos (15,1-58) – A ressurreição dos homens, já que a

de Cristo é fato. - Normas e providências práticas (16,1-24)

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♦ Conteúdo da 2ª aos Coríntios: ♦ Esta carta, ao contrário da 1ª , trata das relações de S. Paulo com a comunidade,

desfaz mal-entendidos, expõe os sentimentos e alma do Apóstolo . . . ♦ Em suma, a mensagem da 2Cor se compendia nas palavras de 12,9s: “É na fraqueza

(do homem) que a força (de Deus) manifesta o seu poder . . . “ ♦ Paulo via-se caluniado pelos judaizantes, colocando em xeque a própria causa do

Evangelho. Com isso, desenvolveu perspectivas teológicas muitos vastas e belas: a) Apologia de Paulo diante dos Coríntios (1,12-7,16) - As relações de Paulo após a 1Cor – justifica a sua não ida a Corinto,

conforme prometera. - A dignidade do ministério apostólico – Maior dignidade da Nova Aliança; - O restabelecimento das relações; b) A Coleta em favor da Comunidade de Jerusalém (8,1-9,15) - Recomenda os encarregados da coleta e agradece a generosidade. c) Apologia polêmica diante dos adversários (10,1-13,10) - Refutação das Calúnias – Não procede segundo a paixão, mas por espírito

de fé; - A justa glória de Paulo – Apostolo por excelência (recusa ajuda financeira

da comunidade); - Paulo indica novos sinais da autenticidade da sua missão; - Preparação para a próxima visita;

A carta aos Romanos

♦ A comunidade romana era formada por uma colônia judaica de prisioneiros (levada para Roma pelo general Pompeu em 63 a.C.). Se fixassem residência em Roma, conseguiam liberdade. É de crer que, por ocasião do primeiro Pentecostes cristão, muitos judeus de Roma se achavam na cidade santa. Convertidos ao Evangelho, regressaram a Roma, onde deram origem a um núcleo de cristãos provenientes do judaísmo.

♦ Essa comunidade deve ter sido confirmada na fé pela pregação do Apóstolo S. Pedro. Roma era a capital do império pagão. Consciente de anunciar a fé entre os gentios, Paulo julgava chegar até Roma. Nutrido de tal desejo, quis preparar sua visita aos cristãos de Roma mediante uma carta. Esta foi escrita no fim da terceira viagem

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missionária, quando Paulo passava os três meses de inverno de 57/58 em Corinto, à espera de uma nave que o levasse à Palestina;

♦ Romanos é fruto maduro das reflexões de Paulo. Sem dúvida, é o ponto mais elevado da elaboração teológica do Apóstolo. É considerada a mais importante carta paulina pela sua profundidade;

♦ O ponto culminante da epístola é o capítulo 8, pois descreve a nobreza da vida cristã (batismo, ressurreição para uma nova vida;

♦ Conteúdo da Carta: - Não tendo problemas particulares a tratar, Paulo quis abordar o tema geral “vida

cristã”. A tese de São Paulo é desenvolvida em suas diversas facetas: a) Introdução – saudação – o tema da epístola é anunciado em 1,16s; b) Parte Teológica: a justificação pela fé (1,18-11,36) - Necessidade da justificação. Ela é necessária: (1,18-3,20)

- Aos gentios, mergulhados nos vícios; - Aos judeus, também pecadores; - Ao mundo inteiro que se reconhece réu diante de Deus.

- Todos somos justificados pela fé em Cristo, não pela observância da Lei de Moisés .

- Os frutos da justificação são: (5,1-8,39) - A reconciliação com Deus e a esperança da salvação; - A libertação da servidão do pecado pelo batismo; - A libertação da servidão da Lei; - A filiação divina

- Os judeus e a justificação (9,1-11,36) – rejeição pela incredulidade c) Parte Moral: Os deveres dos fiéis (12,1-15,13) - Deveres de ordem geral (12,1-13,14); - As relações entre os fortes e os fracos (14,1-15,13)

As cartas do Cativeiro: Filemon, Colossenses, Efésios, Filipenses

♦ Levam este nome pois cada qual apresenta Paulo prisioneiro (na verdade parece que foi Paulo que fundou a pastoral carcerária, pois teve por inúmeras vezes em cativeiro). Contam-se cinco cativeiros na vida de S. Paulo: Filipos; Jerusalém; Cesaréia; Roma 2 vezes;

♦ A ordem de origem de Filemon, Colossenses e Efésios provavelmente se deu devido Paulo, detido em Roma, ter sido procurado por Onésimo, escravo fugitivo da cidade

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de Colossos. Paulo o devolve ao patrão Filemon com uma carta para este e com outra carta para a comunidade de Colossos.

♦ Conteúdo das Cartas:

1) Filemon – Primeira declaração dos direitos humanos no Cristianismo. O Apóstolo não quis pregar uma violenta revolta dos escravos contra os patrões nem a eliminação do regime de escravidão ( na época os escravos eram mais numerosos que os homens livres e garantiam a indústria e a agricultura da época). Paulo procura transformar as relações entre escravos e patrões;

2) Filipenses – Paulo, prisioneiro em Roma, teve assistência da comunidade de

Filipos através de Epafródito. Este foi ter com Paulo e lhe levou algumas ofertas que a comunidade enviara (a única comunidade que Paulo aceitou auxílio em dinheiro). Ao regressar, Epafródito levou consigo uma carta de Paulo, que teria como principal objetivo agradecer aos fiéis os socorros materiais, dando notícias suas (e do apostolado) e exortando os fiéis à unidade e concórdia fraternas.

♦ É tida como a carta da “alegria cristã”. O vocábulo “alegria” e seus sinônimos constituem a trama desse documento por 24 vezes;

♦ Fala da vida cristã com tom exortatório semelhante ao de 1ª e 2ª aos Tessalonicenses; a seção cristológica de Fl 2,5-11 é ocasionada por problemas da comunidade;

3) Colossenses

♦ A cidade de Colossos ficava na Frígia, região montanhosa. Era um notável centro comercial, que foi ofuscado por Laodicéia. A maioria do povo de propensão filosófica; entregavam-se a indagações sobre o mundo e a natureza, assim como ao estudo da religião.

♦ A comunidade enfrentava problemas graves com pregadores de doutrinas aberrantes que disseminavam um sincretismo religioso (chamado por Paulo de filosofia segundo a tradição dos homens); Esse estilo de filosofia (pre-gnose: o espírito é bom santo e a matéria pecaminosa), favorecia o abusivo culto ao anjos, como intermediários entre Deus e a matéria. Esse anjos eram chamados e eons (emanações do Ser Supremo).

♦ Mediante tais problemas, Paulo escreve (em 61-63) aos Colossenses pondo em relevo o primado absoluto de Jesus Cristo (e para isso recorre ao vocábulo de linguagem pré-gnóstica – Cristo imagem de Deus, Plenitude de Deus; e judaica – criação, salvação, etc. . . ). Em suma, utiliza 35 palavras que não ocorrem nos outros escritos paulinos.

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♦ Ponto mais alto é 1,15-20 (hino cristológico);

4) Efésios ♦ Era a capital da Ásia proconsular, cidade famosa, na qual se cultuava a deusa

Artemis. Com a problemática de Colossos, Paulo resolveu alertar do perigo às outras comunidades. Então, desenvolve uma versão ampliada da carta aos colossenses, sem caráter polêmico, mas contemplativa.

♦ O jóia do epistolário paulino e do Novo Testamento, ocorre no prólogo de Ef1,3-14 (hino de ação de graças – eucharistia);

♦ É considerada a carta que possui rico alimento para a vida espiritual; ♦ Esta carta se difere muito dos escritos paulinos e é por isso que se levanta a questão

se ela foi realmente enviada aos Efésios (traz tom impessoal; faltam habituais saudações, etc. . )

As cartas Pastorais: 1ª e 2ª a Timóteo e Tito

♦ Chamam-se “Pastorais” pois se dirigem a pastores de comunidades, aos quais propõem normas administrativas; 1ª e 2ª a Timóteo - Timóteo era originário de Listra, na Licaônia. Foi batizado em 45

(na 1ª viagem de Paulo – provavelmente) e assumiu o auxílio de apostolado a Paulo na sua 2ª viagem missionária. Desde então se tornou fiel companheiro de Paulo, dócil ao Apóstolo e plenamente identificado com o mestre. Timóteo morreu em 97, como mártir (segundo a tradição).

Tito – Tito pertencia à comunidade cristã de Antioquia. Aparece pela primeira vez

como companheiro de Paulo no Concílio de Jerusalém. Foi ele quem, após o fracasso de Timóteo, conduziu a “carta das lágrimas” e também 2Cor à comunidade de Corinto. Morreu em 93 como bispo de Creta; ♦ Traços importantes:

- Vida Cristã e Beleza – a beleza parece se tornar, ao olhos de Paulo, uma nota característica da vida cristã ou uma expressão da vida de fé;

- Toda a vida cristã é bela (o termo Kalós – belo e bom) aparecem nestas cartas 24 vezes;

- A vida Cristã como treinamento atlético – ascese:

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- A vida Cristã depende do treinamento espiritual: exercício da piedade, etc. . .

- Solidariedade e não solidariedade com Cristo (2Tm 2,11-13); - Afirmam a solidariedade com Cristo; - Se o cristão é então encontrado avesso a Cristo, a sua opção negativa é

respeitada; - Ainda que pequemos (sejamos infiéis com Cristo), Ele não é infiel

conosco (nos perdoa); - Somente Deus é perfeito – essa é a nossa esperança;

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A CARTA AOS HEBREUS

♦ Antigamente era considerada de autoria paulina, porém, alguns traços característicos

internos do texto nos revelam: a) a falta de introdução que é habitual nas cartas paulinas; b) que o autor dos hebreus inclui-se entre os discípulos, coisa que São Paulo nunca

fez; c) São Paulo sempre se refere a Jesus como Cristo Jesus, coisa que em hebreus

encontramos apenas Jesus, Cristo, Jesus Cristo, mas não Cristo Jesus; d) Outros mais . . .

♦ A Carta supõe um escritor de origem judaica e de formação helenista, capaz de escrever de modo original (conhecia muito bem o vocabulário e a sintaxe gregos, passo que as cartas paulinas são menos buriladas), entre outros elementos. Tais requisitos parece satisfazer Apolo, judeu nascido e educado em Alexandria (nada comprovado);

♦ A carta se dirige a judeus convertidos ao Cristianismo: os destinatários eram sacerdotes judeus que haviam abraçado a fé cristã, julgando estar aderindo ao Messias; deixaram o solene culto do templo de Jerusalém para abraçar a simplicidade das celebrações cristãs.

♦ Hebreus é uma palavra de exortação que tenciona reavivar a fé dos leitores e, para

tal, o autor se detém, de ponta-a-ponta da epístola, na comparação mútua da antiga e da nova Lei, mostrando que a antiga Aliança era apenas uma imagem e um prenúncio da Aliança travada por meio de Jesus Cristo: - Antiga e nova Aliança: mostra a superioridade da dispensação cristã da graça,

comparada com a dispensação judaica: - O filho é superior aos anjos, a Moisés; - O sacerdócio de Cristo é mais agradável a Deus e mais útil aos homens do

que o sacerdócio levítico; - O sacrifício de Cristo é muito mais nobre do que os sacrifícios da antiga

Aliança; - A figura de Cristo:

- A cristologia é bem elaborada; Cristo aí aparece nitidamente como Deus e homem.

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CARTAS CATÓLICAS:

CARTA DE S. TIAGO (Tg.)

Antes de tudo o autor quer ministrar um ensinamento moral, um fato característico é a pureza, a elegância do grego no qual o autor se exprime Tiago – do hebraico é uma palavra derivada de Jacó, Filho de Zebedeu e irmão de João: os dois irmãos são pescadores quando Jesus os chama. Herodes Agripa o manda matar em 44 d.C.

1ª CARTA DE S. PEDRO (I Pd.)

Dirigida às Igrejas da Ásia, pôr um autor que redigi em Roma, antes do ano 67, data do martírio de S. Pedro, a epístola inclui uma homilia sobre a vocação cristã, depois uma longa reflexão sobre o comportamento diante das perseguições, também dá alguns conselhos sobre a vida comunitária.

2ª CARTA DE S. PEDRO (II Pd.)

O autor é um cristão de origem judia , diferente do autor de I Pedro, discípulo ou não de Pedro, transmite os ensinamentos ligado a Pedro. Com exortação a crer na fé recebida , enfocando o Reino eterno, as práticas das virtudes, a aceitação da esperança e recusar acreditar nos cristãos imorais, para se chegar ao conhecimento de Deus e do Salvador Jesus Cristo. Pedro – nome primitivo deste apóstolo era Simeão (Simão – grego) o sobrenome Pedro faz com que este apóstolo se apresente como “rochedo”. Filho de João (também chamado de Jonas), mora em Betsaida na Galiléia, é pescador. Sua mulher é viva na época da Primeira Epístola aos Coríntios.

1ª CARTA DE S. JOÃO (I Jo.)

O assunto principal da Primeira Carta de João é o amor: o amor de Deus para conosco e o amor que devemos Ter uns para com os outros. “Deus é amor. Quem vive no amor vive unido com Deus, e Deus vive unido com ele”(4.16). Deus também é luz e nós devemos sempre viver na luz e assim estaremos unidos uns com os outros; Cristo não se tornou homem realmente, mas tinha somente a aparência de homem. Essa falsa doutrina, diz o autor, vem do espírito do inimigo, o espírito do erro. Nem nesta carta nem nas duas seguintes aparece o nome do autor. Por causa dos assuntos tratados e por causa da maneira de escrever do autor, as três cartas logo

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começaram a ser chamadas de “Cartas de João”, querendo-se dizer com isso que foram escritas pelo autor do Evangelho de João. 2ª CARTA DE S. JOÃO (II Jo.)

Destinada à “Senhora Eleita”- provavelmente à Igreja da Ásia, a qual está sendo perturbada por falsos doutores, o qual convida a comunidade à fé, ao amor a repelir os falsos doutores. 3ª CARTA DE S. JOÃO (III Jo.)

Dirige-se a um certo Gaio, que está em conflito com um certo Diótrefes, alta

personalidade da comunidade. Gaio é louvado pôr sua fé e lealdade. Talvez vá ocupar o lugar de Diótrefes. A carta reflete um certo conflito de hierarquia, mas escapa-nos o motivo real do conflito. João (hebraico- Javé fez graça). Filho de Zebedeu e irmão de Tiago, João é um dos doze. Recebeu de Jesus o apelido de “Boanerges” (Filho do trovão), o que poderia Ter relação com o apelido formulado em Lc. 9,54. Pescava com seu irmão, na empresa de pesca do pai, quando Jesus os chama, a ele e a Tiago. No quarto evangelho nunca cita o nome de João, provavelmente alude a João sobre o título do “discípulo que Jesus amava”. CARTA DE S. JUDAS (Jd.)

O único capítulo desta epístola contém os seguintes pontos: ação de graças,

motivo da carta, o aparecimento de falsos doutores, a punição desses falsos doutores, o comportamento dos fiéis diante de uma doutrina mentirosa, conclusão. Judas Um membro do colégio dos Doze é chamado Judas, em outras listas(Mt, Mc) registra-se o nome de um certo Tadeu, mencionado em seu lugar. Um dos “irmãos” do Senhor se chama também Judas, é dele que se trata no título da epístola atribuída a Judas, irmão de Tiago. É uma pessoa diferente do apóstolo (v. 17-18)

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APOCALIPSE O livro é escrito no final do reinado de Domiciano (81 a 96), quando João esteve exilado na ilha de Patmos. O Termo Apocalipse vem do grego - Apokálypsis Ioánnou -. Ele ocorre dezoito vezes no Novo Testamento com o sentido geral de revelação - tirar o véu - , mas é empregado em alguns casos como palavra consagrada para designar a revelação de verdade evangélica até então envolta em véu - ou seja, revelação de Deus aos homens -, principalmente a grande realidade de Jesus Cristo como Senhor e Juiz Supremo. SETE CHAVES PARA LER O APOCALIPSE 1ª - Apocalipse, livro da resistência: Ele usa imagens à primeira vista alienantes. Todavia, quer abrir os olhos das pessoas, torná-las conscientes da opressão e exploração a que são submetidas, estimulando-as à resistência. O livro do apocalipse é, pois, um livro de resistência. Sem essa chave (que quer dar ânimo e apoiar contra os a aguda opressão política e extrema exploração econômica), ele se torna um livro estranho e alienado. Quem possui a chave da resistência encontra nele a utopia dos explorados que se organizam e, confiando no Deus da liberdade e da vida, lutam para reconquistar o que lhes pertence por direito: a liberdade e a vida. 2ª - Apocalipse, livro da denúncia A denúncia era a ferramenta mais importante dos profetas. A denúncia das injustiças sociais foi absorvida pelas preocupações dos sacerdotes em relação ao culto - na podemos esquecer a nossa época de ditadura -. Na maioria das vezes, os profetas olhavam para dentro do próprio país, denunciando os desmandos das autoridades políticas que levavam o povo à idolatria. O Apocalipse é então um livro de denúncia profética que leva à resistência. 3ª - Apocalipse, livro de celebração O Apocalipse não fala do fim do mundo, mas do modo como Deus quer que seja a nossa sociedade. Isso dá muita esperança e garra aos grupos comprometidos com lutas populares. Esse fato deve ser celebrado a cada passo, a cada pequena vitória. Esta é a

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razão pela qual o Apocalipse é um livro de celebração: Jesus venceu e, com ele, nós também já vencemos. Portanto, a comunidade é o melhor lugar para se ler o Apocalipse. O próprio livro (cf. 1,3) nos sugere como fazê-lo: ler, escutar (assimilar e discernir), denunciar (profetizar) e praticar (resistir) juntos, movidos pela vitória do Ressuscitado. - No parâmetro da CNBB é ver, julgar e agir. 4ª - Apocalipse, livro do testemunho O Apocalipse pode ser chamado, com razão, de livro do testemunho: "João testemunha que tudo quanto viu é Palavra de Deus e Testemunho de Jesus Cristo" (1,2). Testemunho é martírio, é o tronco do qual nasceram os três ramos: resistência, denúncia e celebração. Quando o Apocalipse foi escrito, a maior parte do mundo estava sob a dominação do império romano. O império controlava todas as pessoas sob todos os pontos de vista: político, econômico, religiosos . . Para manter a pirâmide da dominação, fortaleceu-se o culto ao imperador, obrigando todos os povos a adorar o chefe supremo do império. Nas principais cidades do império havia templos para o culto ao imperador. Quem não se submetesse ao regime era denunciado e morto. No dizer do próprio Apocalipse, deviam morrer todos os que não recebessem a marca da Besta na mão direita ou na fronte; e quem não tivesse a marca, o nome da Besta ou o número do seu nome, não podia comprar nem vender, ou seja, não podia fazer nada (Cf. 13,16-17). 5ª - Apocalipse, livro da felicidade O escritor espalhou sete bem-aventuranças ao longo do livro (1,3;14,13; 16,15; 19,9; 20,6; 22,7; 22,14). No Apocalipse, o número 7 é sinônimo de perfeição. A felicidade verdadeira é, mediante a resistência, a denúncia, a celebração e a martiria, participar do banquete de casamento do Cordeiro tornando-se esposa dele, ou seja, criando uma sociedade justa e fraterna. 6ª - Apocalipse, livro urgente O escritor não pensava no fim do mundo. O tempo de que fala é a resistência, a denúncia a celebração e o testemunho (martírio). Sem isto, a Nova Jerusalém não irá acontecer . . . Nesse sentido, ele continua sendo livro urgente também para nós.

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7ª - Apocalipse, livro da esperança O Apocalipse não incute medo. Ele devolve esperança às comunidades que lutam por um mundo novo. Essa esperança vêm: 1 - Cap. 4 - visão do trono: Deus é o Senhor da história e a governa segundo o seu projeto. 2 - Cap. 5 - O cordeiro (Jesus Ressuscitado) venceu para sempre a morte. 3 - Caps. 21-22 -: A Nova Jerusalém, símbolo da sociedade plenamente fraterna, desce do céu para a terra, para o meio da nossa história e caminha.

O Paraíso não está às nossas costas, e sim à nossa frente, no horizonte de nossa história.

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PLANO DA OBRA O Apocalipse é um livro cuidadosamente elaborado e estruturado. Sua espinha dorsal é esta: 1 - Prólogo - 1, 1-3 2 - 1ª Parte (1,4-3,22)

a) 1,4-8: Saudação às comunidades em forma de diálogo b) 1,9-20: Experiência de Jesus ressuscitado c) 2,1-3,22: 7 cartas às 7 comunidades

1 - Éfeso - Capital da província romana da Ásia Menor. Para lá convergiam todas as religiões da Ásia e da Europa - deusa nacional Diana - sensual 2 - Esmirna - Cidade importante intitulada pelos judeus de "sinagoga de Deus", interpretada como sinagoga de Satanás 3 - Pérgamo - Cidade onde se prestava o culto aos imperadores - trono de Satanás 4 - Tiatira - Cidade situada na estrada de Pérgamo para Sardes 5 - Sardes - situada ao norte de Éfeso 6 - Filadélfia - Cidade sem importância 7 - Laodicéia - Cidade destruída por um terremoto no ano 60, à qual Paulo escreve uma carta (Col 4,16)

3 - 2ª Parte (4,1-22,5)

a) 1ª seção (4,1-5,14) - introdutória - Pontos importantes:

- o trono: símbolo do poderio - reis e monarcas - o Cordeiro: frisa a missão de Cristo, vítima por excelência para a expiação

dos pecados, que João Batista já apresentara ao mundo: "Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1,29)

b) 2ª seção (6,1-7,17) - seção dos selos - Pontos importantes:

- Abertura dos 4 primeiros selos: - 1º Leão/cavalo (puxam os carros - força) branco - símbolo da vitória - 2º cavalo vermelho - cor do sangue derramado ou a derramar - tirar a

paz da terra (guerra) - 3º cavalo preto - símbolo da fome, - 4º cavalo amarelado - símbolo da corrupção e da morte (peste, doenças,

etc. . )

PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA e SÃO LOURENÇO “Em obediência à vossa palavra, lançarei as redes” (Lc 5,5b)

Pça. Pe. Marcelo Almeida Pernambuco, 25 – 06890-000 – Centro

São Lourenço da Serra – SP – Brasil Tel/Fax: 55 (11) 4686-1235

www.paroquiasls.com.br / [email protected]

CNPJ: 61.378.766/0031-14

- 5ª selo - clamor dos mártires: Os imolados pelo amor do Cordeiro - 6ª selo - resposta de Deus ao clamor: o castigo - terremoto - ordem natural

está transformada. - 7º selo - os sete dons do Espírito Santo

7,4 - cento e quarenta e quatro mil assinalados - composto de 12 x 12 - salvação a todos os povos

c) 3ª seção (8,1-11,14) - seção das trombetas - o toque das trombetas anuncia o julgamento de Deus d) 4ª seção (11,15-16,16) - seção dos três sinais - Pontos importantes:

- 1º sinal : Mulher (12,1) - Todo o Israel ou a Igreja como reino de Deus, a figura da mulher significando a coletividade de sua prole. Maria Santíssima, a mãe de Cristo, está inclusa nesta mulher.

- 2º sinal: Dragão (12,3) - figura mitológica - Monstro feroz, de grande vitalidade (7 cabeças); chifre: a força ; diadema: o império)

- 3º sinal: os 7 anjos com as 7 pragas (15,1) - designados como executores dos castigos divinos em forma de flagelos. Estas são as penas definitivas, que não visam mais atemorizar e prevenir.

e) 5ª seção (16,17-22,5) - seção conclusiva - Ponto importante:

- Armagedon - Sinal de grandes tribulações e desgraças. Montanha de Magedo, local onde foram travadas muitas batalhas, entre as quais aquela em que Josias perdeu a vida (2Rs 23,29)

- Castigo da Babilônia: a divisão - Satanás (o divisor) - Cristo julga e vence as forças do mal e prepara a vitória das comunidades-

esposa do Cordeiro

4 - Epílogo (22,6-21) - A história que o Apocalipse mostra é cheia de conflitos e contradições. Mas

Deus é seu Senhor, e o Cordeiro venceu a morte para sempre. Com eles - e lendo em comunidade o Apocalipse - nós também vamos vencendo. O mundo novo já nasceu. Cabe a nós dar-lhe continuidade.

"E o Espírito e a Esposa dizem: "Vem!" E aquele que ouvir também diga "Vem!" Que aquele que em sede, venha; e aquele que vier, receba gratuitamente, a água da vida!

O Espírito e a Esposa dizem pelas comunicações do Espírito Santo.

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“Agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes” (cf. Sl 137, 2b)

Queridos Amigos, Nesta caminhada rumo ao Sacerdócio - já finalizando os estudos teológicos -, gostaria de poder contar com as vossas orações para a consolidação da minha vocação e a de meus irmãos:

Oração Vocacional

Senhor da Messe e Pastor do rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: "Vem e Segue-me"!

Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.

Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que desejam dedicar-se ao Reino na diversidade dos

ministérios e carismas. Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas

e ministros leigos e leigas. Dá perseverança a todos os vocacionados. Desperta o coração de nossos jovens para o

ministério pastoral da Igreja. Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço

do teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-

nos a responder sim. Amém!

Que Deus derrame graças abundantes sobre vós e vossos familiares. Um abraço!

Fausto dos Santos Oliveira