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ATUALIDADES CONCURSO POLÍCIA FEDERAL 1 ÍNDICE SEGURANÇA ....................................................................................................... 2 TRANSPORTES .................................................................................................... 11 POLÍTICA ............................................................................................................ 22 ECONOMIA ........................................................................................................ 32 SOCIEDADE ........................................................................................................ 43 EDUCAÇÃO ........................................................................................................ 54 SAÚDE ............................................................................................................... 59 CULTURA ........................................................................................................... 67 TECNOLOGIA ..................................................................................................... 75 ENERGIA ............................................................................................................ 83 RELAÇÕES INTERNACIONAIS .............................................................................. 92 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ECOLOGIA ................................................ 116

ÍNDICE SEGURANÇA 2 TRANSPORTES 11 POLÍTICA 22 … · ATUALIDADES CONCURSO POLÍCIA FEDERAL 4 Alagoas, Maranhão, Espírito Santo, Pará e Bahia são os estados com os piores índices

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ATUALIDADES CONCURSO POLÍCIA FEDERAL

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ÍNDICE SEGURANÇA ....................................................................................................... 2 TRANSPORTES .................................................................................................... 11 POLÍTICA ............................................................................................................ 22 ECONOMIA ........................................................................................................ 32 SOCIEDADE ........................................................................................................ 43 EDUCAÇÃO ........................................................................................................ 54 SAÚDE ............................................................................................................... 59 CULTURA ........................................................................................................... 67 TECNOLOGIA ..................................................................................................... 75 ENERGIA ............................................................................................................ 83 RELAÇÕES INTERNACIONAIS .............................................................................. 92 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ECOLOGIA ................................................ 116

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SEGURANÇA ENTENDA O TÓPICO Três anos de UPPs no Rio: Entenda os avanços e desafios do programa Júlia Dias Carneiro 19/12/2011 BBC (http://migre.me/gGoQI) Iniciado há três anos, programa ainda enfrenta problemas e desafios O programa que leva Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) para favelas cariocas completa três anos nesta segunda-feira e, embora tenha tido avanços importantes em 2011, ainda enfrenta problemas e desafios. Este último ano foi marcado pela entrada do programa na Rocinha e na Mangueira, duas comunidades que eram importantes centros de distribuição de drogas na cidade. Apesar dos avanços, os complexos do Alemão e da Penha permanecem ocupados pelo Exército, uma situação provisória que já se estende há mais de um ano. O ano também foi marcado por denúncias de corrupção entre policiais da UPP do Morro dos Prazeres e do Escondidinho, em Santa Teresa. As UPPs viraram a principal bandeira do governo de Sérgio Cabral (PMDB) e são um item-chave de sua política de segurança pública. A primeira foi implantada no Morro Santa Marta, em Botafogo, bairro da zona sul, em 19 de dezembro de 2008. Fazendo um balanço dos três anos de projeto, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, diz que ainda há muito trabalho para se fazer, mas considera os resultados "animadores". "Podemos destacar a queda dos índices de violência em todas as comunidades que contam com Unidades de Polícia Pacificadora. Com as UPPs, 1 milhão de pessoas voltaram a ter o direito de dormir em paz", diz Beltrame em declaração enviada à BBC Brasil por sua assessoria. Saiba mais sobre o funcionamento do programa: O que são as UPPs? São unidades de policiamento comunitário permanentes, instaladas em favelas do Rio para acabar com o domínio do tráfico armado sobre esses territórios. Elas são construídas após a

ocupação das comunidades por forças de segurança. As UPPs são uma espécie de batalhão com sede fixa dentro da comunidade. O modelo dá preferência ao emprego de policiais militares (PMs) recém-formados, contando serem policiais "sem vícios", como afirmou o secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame. Segundo o governo fluminense, o modelo de policiamento promove a aproximação entre a população e a polícia e o fortalecimento de políticas sociais nas comunidades. Qual é a extensão das UPPs na cidade do Rio? De dezembro de 2008 para cá, 18 UPPs foram instaladas em favelas do município do Rio. Algumas abrangem mais de uma favela. Hoje, segundo a Secretaria de Segurança Pública (Seseg-RJ), as unidades contemplam 68 comunidades e beneficiam 315 mil moradores diretamente, e mais 1 milhão de moradores de bairros vizinhos. Qual é o cronograma para os próximos anos? De acordo com a Seseg-RJ, a meta é instalar 40 UPPs no Rio até 2014, ano de realização da Copa do Mundo. Com este número, 165 comunidades estarão cobertas pelo programa, nas quais moram 1,5 milhão de pessoas. Quais foram os principais avanços promovidos neste ano? A ocupação mais emblemática neste ano foi a da Rocinha, no início de novembro, dias após a prisão do chefe do tráfico local, Antônio Bonfim Lopes, o Nem. A operação era cercada de expectativa, já que a Rocinha era o principal centro distribuidor de drogas e o maior território controlado pelo tráfico na zona sul do Rio. A favela tem 70 mil habitantes estimados pelo IBGE, mas mais de 180 mil estimados pela associação de moradores local. Na mesma ocasião, a polícia ocupou o Vidigal e a Chácara do Céu, também em São Conrado. As três comunidades estão ainda na fase de estabilização e só receberão UPPs no ano que vem. De acordo com Seseg, o Vidigal deve ser o primeiro a receber a sede permanente, no início de janeiro. A unidade mais recente instalada no Rio foi a da Mangueira, na zona norte, no início de novembro.

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Quais foram os principais desafios enfrentados neste ano? Apesar de terem sido ocupados por forças de segurança em novembro de 2010, os complexos do Alemão e da Penha, na zona norte, ainda não receberam UPPs e permanecem ocupados por cerca de 1,6 mil soldados do Exército. Há relatos de conflitos com a população por causa da presença prolongada dos militares. Inicialmente, a permanência era prevista até outubro deste ano, mas foi prorrogada até junho de 2012 em um acordo do governo estadual com o Ministério da Defesa. A Seseg-RJ está formando novas turmas de policiais e deve instalar UPPs com 2,2 mil homens no local até junho de 2012. Além do desgaste relatado por moradores, a Força de Pacificação do Exército enfrentou um contra-ataque do tráfico na véspera do feriado de 7 de setembro, quando bandidos dispararam tiros em direção a postos militares, levando a segurança a ser reforçada. O programa enfrentou outro baque na cidade em meados de setembro, quando um jornal denunciou um esquema de pagamento de propina por traficantes a policiais da UPP dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa. Os policiais foram afastados. Quais os principais argumentos a favor do modelo? Defensores do modelo dizem que ele permitiu que as comunidades pacificadas deixassem de ser subjugadas por narcotraficantes e contassem com um policiamento menos agressivo e mais próximo da população. Comunidades onde já existem UPPs - Santa Marta (Botafogo – zona sul) - Cidade de Deus (Jacarepaguá – zona oeste) - Jardim Batam (Realengo – zona oeste) - Babilônia e Chapéu Mangueira (Leme – zona sul) - Pavão-Pavãozinho e Cantagalo (Copacabana e Ipanema – zona sul) - Tabajaras e Cabritos (Copacabana – zona sul) - Providência (Centro) - Borel (Tijuca – zona norte) - Andaraí (Tijuca) - Formiga (Tijuca) - Salgueiro (Tijuca) - Turano (Tijuca) - Macacos (Vila Isabel)

- São João, Matriz e Quieto (Engenho Novo, Sampaio e Riachuelo) - Coroa, Fallet e Fogueteiro (Rio Comprido – zona norte) - Escondidinho e Prazeres (Santa Teresa) - São Carlos (Estácio – zona norte) - Mangueira (zona norte) Os índices de criminalidade nas comunidades e nos bairros vizinhos apresentaram queda após a implantação das UPPs. Elas vêm sendo acompanhadas de valorização imobiliária tanto nas favelas quanto nas edificações a seu redor. A entrada das UPPs também favorece a melhoria de serviços básicos nas comunidades, como sistemas de abastecimento de água, redes de esgoto e coleta de lixo, bem como a regularização da rede elétrica, de TV e de telefonia, reduzindo a adoção de “gatos”. As UPPs também atraíram projetos sócio-culturais e de capacitação profissional para a população local. Quais são as críticas mais comuns feitas ao programa? Críticos do modelo dizem que ele simplesmente força o deslocamento dos traficantes para outras favelas, que podem se tornar novos bastiões do tráfico e da violência. Teme-se que isso agrave as diferenças entre as regiões mais ricas do Rio e as periferias, concentrando o crime nas regiões mais afastadas do Centro e da zona sul. O cinturão de segurança composto pelas UPPs até agora privilegia bairros da zona sul, onde estão as principais atrações turísticas do Rio, e as regiões onde serão realizados os jogos da Copa de 2014 e 2016. Também se questiona se as UPPs serão sustentáveis em grande escala. Embora se preveja a implantação de 40 UPPs até 2014, o Rio tem mais de 600 favelas, de acordo com o Instituto Pereira Passos (IPP). Teme-se ainda que a ausência de narcotraficantes nas favelas possa abrir espaço para a formação de milícias nestes locais. Por fim, críticos dizem que o modelo de policiamento cerceia, em alguns casos, a vida comunitária das favelas pacificadas, restringindo, por exemplo, festas e bailes funk. Mapa da Violência 2013: Brasil mantém taxa de 20,4 homicídios por 100 mil habitantes

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Alagoas, Maranhão, Espírito Santo, Pará e Bahia são os estados com os piores índices de violência Jailton Carvalho 6/03/13 GLOBO (http://migre.me/gOxUF)

O Mapa da Violência 2013 - Mortes Matadas por Armas de Fogo, divulgado nesta quarta-feira, informa que 36.792 pessoas foram assassinadas a tiros em 2010. O número é superior aos 36.624 assassinatos anotados em 2009 e mantém o país com uma taxa de 20,4 homicídios por 100 mil habitantes, a oitava pior marca entre 100 nações com estatísticas consideradas relativamente confiáveis sobre o assunto. Entre os estados que apresentaram as mais altas taxas de homicídios estão Alagoas com 55,3, Espírito Santo com 39,4, Pará com 34,6, Bahia com 34,4 e Paraíba com 32,8. Pará, Alagoas, Bahia e a Paraíba estão entre os cinco estados também que mais sofreram com o aumento da violência na década. No Pará, o número de assassinatos aumentou 307,2%, Alagoas 215%, Bahia 195% e Paraíba 184,2%. Neste grupo está ainda o Maranhão com a disparada da matança em 282,2% entre o ano 2000 e 2010. O Rio de Janeiro aparece em 8º lugar no ranking dos estados mais violentos com uma taxa de 26,4. O estudo mostra, no entanto, que o número de mortes por armas de fogo está em declínio. De 2000 a 2010, os assassinatos a tiros no Rio caíram 43,8%. Em São Paulo a queda foi ainda maior, 67,5%, e o estado viu a taxa de homicídio baixar 9,3%. O estado, que no início da década passada estava entre os seis mais violentos, aparece desta vez na 24º posição, atrás apenas de Santa Catarina, Roraima e Piauí.

Entre as capitais mais violentas estão Maceió, a primeira da lista com 94,5 homicídios por 100 mil habitantes. Logo depois vêm João Pessoa com taxa de 71,6, Vitória com 60,7, Salvador com 59,6 e Recife com 47,8. São taxas bem acima da média nacional, 20,4, e dos níveis considerados toleráveis pela ONU, que giram em torno de 10 homicídios por 100 mil. Com uma taxa de 23,5, o Rio aparece em 19º lugar na lista. A cidade de São Paulo apresentou taxa de 10,4 e está na 25ª colocação. Para Júlio Jacobo Waiselfisz, coordenador do Mapa da Violência 2013, a declarada priorização da segurança pública por governadores e iniciativas do governo federal tais como a campanha do desarmamento não foram suficientes para forçar a queda dos índices de violência na primeira década do século XXI. Do ano 2.000, segunda metade do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, até o fim do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 2010, foi registrada uma taxa de aproximadamente 20 homicídios com armas de fogo por 100 mil habitantes. — Não tenho elementos para julgar (a correção) das políticas de segurança. Mas se está havendo alto índice de violência, nossas políticas não são suficientes — comenta Jacobo. O estudo confirma ainda a "nacionalização" dos homicídios e duas diferentes tendências da violência. O número de assassinatos a tiros tem aumentado em áreas tradicionalmente hospitaleiras do Norte e do Nordeste e diminuído no Sudeste, a partir de avanços registrados em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dos cinco estados mais violentos do país em 2010, três estão na região Nordeste: Alagoas, Bahia e Paraíba. Quatro das cinco cidades com os piores dados estão no litoral da região: Maceió, João Pessoa, Salvador e Recife. Para Jacobo, a escalada da violência em cidades e estados do Nordeste não significa que está havendo uma "nordestinização" da matança. Para ele, o que está havendo é a expansão em âmbito nacional da criminalidade. As mortes violentas, que antes de concentravam em grandes centros urbanos como São Paulo e Rio, estão se espalhando pelo país. O movimento acompanharia a desconcentração industrial e os deslocamentos populacionais ligados às atividades econômicas.

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— Não dá para dizer que está havendo uma nordestinização da violência. A violência tem crescido também no Paraná, em Santa Catarina e no entorno de Brasília — disse Jacobo. Santa Catarina sofreu aumento de homicídios de 44,5% na década, embora ainda permanece com taxa de 8,5 homicídios por grupos de 100 mil. O Distrito Federal, com uma taxa de 25,3 por 100 mil, está em 9º lugar no ranking de assassinatos com armas de fogo. O Mapa da Violência apresenta o ranking de homicídios das cidades com mais de 20 mil habitantes. Entre as cinco cidades mais perigosas do país estão: Simões Filho, na Bahia, com taxa de 141,5 homicídios por 100 mil habitantes; Campina Grande do Sul, no Paraná, com 107,0, Lauro de Freitas (BA) com 106,6, Guaíra com 103,9, e Maceió com 91,6. São números piores que o de Medellin e Bogotá, na Colômbia, no auge do poder do narcotráfico de Pablo Escobar. Para Jacomo, a onda de violência em algumas cidades e estados brasileiros também estaria ligada ao narcotráfico, ao crime organizado e a grande quantidade de armas em circulação. Pelo estudo, 70% dos homicídios no país são cometidos com armas de fogo. Uma explicação seria a disseminação da cultura da violência. Segundo o pesquisador, muitos homicídios resultam dos chamados conflitos de proximidade. São desentendimentos em que uma das partes, ao invés de tentar eliminar o conflito, mata o oponente. Homicídios de jovens crescem 326,1% no Brasil, mostra Mapa da Violência Carolina Sarres 18/07/2013 AGÊNCIA BRASIL (http://migre.me/gOy12) A violência contra os jovens brasileiros aumentou nas últimas três décadas de acordo com o Mapa da Violência 2013: Homicídio e Juventude no Brasil, publicado hoje (18) pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), com dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Entre 1980 e 2011, as mortes não naturais e violentas de jovens – como acidentes, homicídio ou suicídio – cresceram 207,9%. Se forem considerados só os homicídios, o aumento chega a 326,1%. Do total de 46.920 mortes na faixa etária de 14 a 25 anos, em 2011, 63,4% tiveram causas violentas

(acidentes de trânsito, homicídio ou suicídio). Na década de 1980, o percentual era 30,2%. “Hoje, com grande pesar, vemos que os motivos ainda existem e subsistem, apesar de reconhecer os avanços realizados em diversas áreas. Contudo, são avanços ainda insuficientes diante da magnitude do problema”, conclui o estudo. O homicídio é a principal causa de mortes não naturais e violentas entre os jovens. A cada 100 mil jovens, 53,4 assassinados, em 2011. Os crimes foram praticados contra pessoas entre 14 e 25 anos. Os acidentes com algum tipo de meio de transporte, como carros ou motos, foram responsáveis por 27,7 mortes no mesmo ano. Segundo o mapa, o aumento da violência entre pessoas dessa faixa etária demonstra a omissão da sociedade e do Poder Público em relação aos jovens, especialmente os que moram nos chamados polos de concentração de mortes, no interior de estados mais desenvolvidos; em zonas periféricas, de fronteira e de turismo predatório; em áreas com domínio territorial de quadrilhas, milícias ou de tráfico de drogas; e no arco do desmatamento na Amazônia que envolve os estados do Acre, Amazonas, de Rondônia, Mato Grosso, do Pará, Tocantins e Maranhão. De acordo com o estudo, a partir “do esquecimento e da omissão passa-se, de forma fácil, à condenação” o que representa “só um pequeno passo para a repressão e punição”. O autor do mapa, Julio Jacobo Waiselfisz, explicou à Agência Brasil que a transição da década de 1980 para a de 1990 causou mudanças no modelo de crescimento nacional, com uma descentralização econômica que não foi acompanhada pelo aparato estatal, especialmente o de segurança pública. O deslocamento dos interesses econômicos das grandes cidades para outros centros gerou a interiorização e a periferização da violência, áreas não preparadas para lidar com os problemas. “O malandro não é otário, não vai atacar um banco bem protegido, no centro da cidade. Ele vai aonde a segurança está atrasada e deficiente, gerando um novo desenho da violência. Não foi uma migração meramente física, mas de estruturas”, destacou Waiselfisz. Nos estados e capitais em que eram registrados os índices mais altos de homicídios, como em São Paulo e no Rio de Janeiro, houve redução significativa de casos, devido aos investimentos na

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área. São Paulo, atualmente, é a capital com a maior queda nos índices de homicídios de jovens nos últimos 15 anos (-86,3%). A Região Sudeste é a que tem o menor percentual de morte de jovens por causas não naturais e violentas (57%). Em contraponto, Natal (RN), considerado um novo polo de violência, é a capital que registrou o maior crescimento de homicídios de pessoas entre 15 e 24 anos – 267,3%. A região com os piores índices é a Centro-Oeste, com 69,8% das pessoas nessa faixa etária mortas por homicídio. O percentual de mortes de jovens por causas violentas registrado em 2011 é 63,4%, de um total de 46.920 óbitos, e não 73,2%, de um total de 34,5 milhões, como o texto informava. Na versão anterior da matéria, o percentual de 52,9% se referia a mortes por causas externas (não naturais) na década de 80, não especificamente provocadas por fatores relacionados à violência, que representam 30,2%. Além disso, São Paulo é a capital com a maior queda nos índices de homicídios de jovens nos últimos 15 anos, e não o estado. Focos de conflitos no mundo Eduardo de Freitas MUNDO EDUCAÇÃO (http://migre.me/gOydZ) No mundo existem regiões que vivem intensos conflitos oriundos de vários motivos, como luta por territórios, pela independência, por questões religiosas, recursos minerais, entre outros. Em todos os continentes é possível identificar focos de tensão que colocam em risco a paz daqueles que vivem nos locais que estão envolvidos em uma das questões acima. Europa No continente europeu, um dos principais motivos de conflitos é a questão do povo basco. O povo basco está distribuído no nordeste da Espanha e sudoeste da França. Essa etnia luta pela independência política e territorial há pelo menos 40 anos. Os bascos correspondem a um grupo social de origem não identificada e que provavelmente teria chegado à península Ibérica há 2000 anos. Em todo esse tempo, as nações que estão subordinadas preservaram seus principais elementos culturais, como a língua (euskara ou vasconço), costumes e tradições. A partir desse fato, no ano de 1959, foi criado um movimento com ideias socialistas e separatistas denominado de ETA (Euskadi ta Askatsuna ou

Pátria Basca e Liberdade). Com o surgimento desse grupo tiveram início os atentados, sobretudo, às autoridades. A Irlanda do Norte (Ulster) integra o Reino Unido e por esse motivo as decisões são geradas em Londres. No caso da Irlanda do Norte, o que acontece é a luta entre católicos e protestantes. Os católicos lutam há pelo menos 30 anos em busca da unificação com a República da Irlanda e se opõem aos protestantes, que são a maioria e querem permanecer subordinados ao Reino Unido. O grupo responsável pelas ações é formado pela parte católica que criou o Ira (Exército Republicano Irlandês). Esse exército realiza diversos atos terroristas, pois existe uma grande intolerância por parte dos grupos religiosos. Outro caso de focos de conflitos no continente europeu tem relação com a península balcânica. O desconforto ou descontentamento nesse caso diz respeito às questões étnicas, uma vez que estão inseridas na região diversas origens de povos, como os sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos, macedônios, bósnios e albaneses. As divergências contidas entre esses povos são desenvolvidas ao longo de muito tempo. O que provoca tensão nessa região é a temática nacionalista e étnica. África No continente africano, o que motiva os conflitos é o modo pelo qual o continente foi dividido. Antes da chegada dos europeus, os africanos viviam em harmonia, pois os grupos rivais se respeitavam e isso não gerava instabilidade. No processo de colonização, os países europeus se reuniram em Berlim, em uma Conferência, para definir a divisão do espaço africano para que esse fosse administrado e explorado pelas nações envolvidas na reunião. Mas as fronteiras impostas pelos europeus não levaram em conta as disparidades étnicas existentes no continente. Esse ato equívoco provocou a separação de grupos aliados, “união” de grupos rivais e assim por diante. Ao serem agrupados de forma desordenada e sem analisar a estrutura social, cultural e religiosa, promoveu-se uma grande instabilidade em vários pontos da África. Ásia Na Ásia, o principal ponto de conflito está localizado no Oriente Médio, mais precisamente no confronto entre árabes e israelenses. É comum

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observar nas páginas de jornal, revistas e meios de comunicação em massa os conflitos armados entre palestinos e israelenses. Geralmente são desenvolvidos por meio de ataques terroristas, atentados, homens-bomba, entre outros ? eventos sempre marcados por um elevado nível de violência. No Iraque, as divergências estão ligadas às questões religiosas, econômicas, territoriais e étnicas. O país é protagonista de confrontos com o Irã e o Kuwait, além da divergência eterna com os Estados Unidos. Outra questão territorial e com ideais separatistas é a respeito do povo curdo, que corresponde a uma nação sem pátria. Sua população é de aproximadamente 25 milhões de pessoas que estão distribuídas em grande parte da Turquia, Iraque, Irã, Armênia e Síria ? esses últimos em grupos menores. A partir dos anos 1980 teve início o movimento separatista curdo na Turquia ? a luta entre os rebeldes curdos e as autoridades gerou um saldo de pelo menos 40.000 mortes. Em território afegão, a instabilidade política está presente há décadas e é promovida pela religião: 20% da população é xiita e 80% sunita. Além disso, existem as divergências e rivalidades entre as tribos nativas, promovendo um elevado número de refugiados (aproximadamente 3,5 milhões de pessoas). Existe ainda no continente asiático um grande confronto entre Índia e Paquistão, foco de tensão impulsionado pela intolerância entre mulçumanos e hindus, na região da caxemira, no norte da Índia e nordeste do Paquistão, área que integra o território indiano e que não é aprovado pelos paquistaneses. A Chechênia é um pequeno território de religião mulçumana que se tornou independente da Rússia, no ano de 1991. O governo russo não aceitou essa iniciativa e tal fato derivou grandes confrontos. Existe também a questão entre a China e o Tibet. Conflito que teve início quando a China se tornou socialista, no ano de 1949 e quando, no ano seguinte, esse país integrou ao seu território o Tibet, que possui uma restrita autonomia. Na busca por uma independência total, os monges budistas, sempre liderados pelo líder espiritual Dalai Lama, se rebelaram contra os chineses. No entanto, essa iniciativa foi reprimida pelo exército chinês.

A Indonésia é um país constituído por um enorme arquipélago integrado por cerca de 17.000 ilhas e abriga uma população estimada de 215 milhões de habitantes, desse total muito são de etnias e religiões distintas, o que gera uma intolerância entre os grupos rivais e automaticamente confrontos armados. América do Sul O ponto da América do Sul com maior instabilidade é a Colômbia, uma vez que nesse país existe um movimento de guerrilheiros denominados de FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), além do Exército de Libertação Nacional (ELN). Ambas têm forte ligação com a produção de cocaína e com o narcotráfico. Esses grupos atuam exercendo influência de um estado paralelo, cometem assassinatos, atentados, sequestros, etc. PARA SABER MAIS SOBRE SEGURANÇA Mapa da violência: www.mapadaviolencia.org.br Os números da violência nos estados (GLOBO): http://migre.me/gOy9R QUESTÕES SOBRE SEGURANÇA TRT 10ª 2013 - CESPE Primeiro vieram as ONGs. Depois, as unidades de polícia pacificadora. Agora é a hora de as agências de comunicação digital chegarem às favelas do Rio de Janeiro. E a primeira delas está funcionando a pleno vapor no Complexo da Maré. Fundada há dois anos, a agência emprega o conhecimento tecnológico e social dos jovens dos morros e ajuda na formação profissional deles. O Estado de S.Paulo, caderno Link, 7/1/2013, p. L6 (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele focalizado, julgue os itens subsequentes. 1. O texto enfatiza a solitária intervenção do poder público em favelas cariocas, por meio de uma força policial especialmente preparada para pacificar áreas convulsionadas pela violência e pela ação do crime organizado, já que setores da sociedade civil ainda se encontram desprovidos de meios para também atuar nessas regiões. ( ) Certo ( ) Errado 2. Embora estejam disseminadas em áreas urbanas mais carentes, as escolas públicas de tempo integral fracassaram no intento de atrair

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jovens para o sistema regular de ensino. Sem maiores perspectivas profissionais e pessoais, esses jovens tornam-se presa fácil para os grupos criminosos, que os contratam a peso de ouro. ( ) Certo ( ) Errado 3. Nas últimas décadas, ampliou-se consideravelmente o quadro de violência em áreas periféricas dos grandes centros urbanos. Esse fenômeno, presente em muitos países, adquiriu especial relevância no Brasil e, em geral, caracteriza-se pela ausência ou pela presença excessivamente tímida do poder público nas comunidades, o que contribui para o fortalecimento da ação de grupos criminosos nelas instalados. ( ) Certo ( ) Errado 4. DPE-SP 2013 - FCC Diariamente, os meios de comunicação nos informam sobre assaltos, assassinatos e chacinas nas cidades brasileiras. Estes fatos que, antes eram encontrados apenas nas grandes cidades, hoje ocorrem também nas pequenas e médias cidades. Sobre a violência urbana no Brasil são feitas as seguintes afirmações: I. A partir da década de 2000, a falta de planejamento urbano e o tráfico de drogas fizeram eclodir “guerras” nas periferias das cidades aumentando a violência. II. A redução dos índices de pobreza e a estabilidade econômica do país não foram acompanhadas da queda nos índices de criminalidade. III. Na última década, os setores policiais que atuam nas áreas urbanas aumentaram. Apesar disso, as estatísticas mostram que houve crescimento nos índices de violência. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) I e III. d) II. e) II e III. MJ 2013 - CESPE Nos últimos dez anos, o narcotráfico prospera, a impunidade corre solta e, apesar da repressão, o problema se insinua pela região com o vigor dos evangelistas e a disciplina de um conglomerado multinacional. Vender drogas não é novo.

Novidades são a envergadura dos profissionais da droga, a escala de seus negócios e a violência que empregam para garantir a féria bilionária. Mac Margolis. O negócio das drogas. O Estado de São Paulo. 28 de julho de 2013 Tendo o texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas implicações do tema por ele abordado, julgue os itens seguintes. 5. A recente vitória das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARCs) sobre as forças militares do Estado deu novo impulso à produção e ao comércio de drogas na América do Sul, o que fez aumentar a vigilância norte-americana sobre a região. ( ) Certo ( ) Errado 6. Como expressão marcante do crime organizado internacional, o narcotráfico inseriu-se no processo de globalização da economia contemporânea, criando cadeias de fornecimento, empregando tecnologias digitais, integrando as redes de comércio mundial e dominando canais de financiamento. ( ) Certo ( ) Errado 7. Na atualidade, há consenso entre as lideranças latino-americanas, sobretudo políticas, de que o único caminho possível para o combate ao tráfico de drogas ilícitas é a repressão policial, dentro da ideia da ( ) Certo ( ) Errado TJ-AL 2012 - CESPE Primeiro vieram as ONGs. Depois, as unidades de polícia pacificadora. Agora é a hora de as agências de comunicação digital chegarem às favelas do Rio de Janeiro. E a primeira delas está funcionando a pleno vapor no Complexo da Maré. Fundada há dois anos, a agência emprega o conhecimento tecnológico e social dos jovens dos morros e ajuda na formação profissional deles. O Estado de S. Paulo, caderno Link, 7/1/2013, p. L6 (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele focalizado, julgue os itens subsequentes. 8. O texto enfatiza a solitária intervenção do poder público em favelas cariocas, por meio de

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uma força policial especialmente preparada para pacificar áreas convulsionadas pela violência e pela ação do crime organizado, já que setores da sociedade civil ainda se encontram desprovidos de meios para também atuar nessas regiões. ( ) Certo ( ) Errado 9. Nas últimas décadas, ampliou-se consideravelmente o quadro de violência em áreas periféricas dos grandes centros urbanos. Esse fenômeno, presente em muitos países, adquiriu especial relevância no Brasil e, em geral, caracteriza-se pela ausência ou pela presença excessivamente tímida do poder público nas comunidades, o que contribui para o fortalecimento da ação de grupos criminosos nelas instalados. ( ) Certo ( ) Errado 10. Embora estejam disseminadas em áreas urbanas mais carentes, as escolas públicas de tempo integral fracassaram no intento de atrair jovens para o sistema regular de ensino. Sem maiores perspectivas profissionais e pessoais, esses jovens tornam-se presa fácil para os grupos criminosos, que os contratam a peso de ouro. ( ) Certo ( ) Errado MJ 2013 - CESPE Com relação ao Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, julgue os itens a seguir. 11. Aos Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteira caberá propor ações integradas de fiscalização e segurança urbana, no âmbito dos municípios situados na faixa de fronteira. ( ) Certo ( ) Errado 12. O integrante do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (SINESP) que fornecer informações atualizadas ao sistema antes do término dos prazos do cronograma estabelecido pelo Ministério da Justiça, com vistas à adequação dos integrantes às normas e procedimentos de funcionamento do sistema, terá preferência no recebimento de recursos relacionados aos programas de segurança pública. ( ) Certo ( ) Errado

13. O fortalecimento das ações de enfrentamento ao uso de crack e outras drogas ilícitas envolve a estruturação, a integração, a articulação e a ampliação das ações voltadas à prevenção do uso e ao tratamento dos usuários, mas não contempla a ampliação das redes de atenção à saúde em benefício do usuário, haja vista o dever do poder público de dar tratamento igualitário a toda a comunidade. ( ) Certo ( ) Errado