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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE KEILA DE OLIVEIRA DINIZ São Cristóvão 2015

ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PROacute-REITORIA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO E PESQUISA

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA MESTRADO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM

UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE

KEILA DE OLIVEIRA DINIZ

Satildeo Cristoacutevatildeo 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PROacute-REITORIA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO E PESQUISA

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA MESTRADO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM

UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE

KEILA DE OLIVEIRA DINIZ

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Orientador ProfDr Antonio Cesar Cabral de Oliveira

Satildeo Cristoacutevatildeo

2015

iii

DINIZKEILA DE OLIVEIRA

Iacutendices Antropomeacutetricos como Preditores de Hipertensatildeo

Arterial em Idosos Residentes em uma Cidade de Pequeno Porte

2015

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FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

D585i

Diniz Keila de Oliveira Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos residentes em uma cidade de pequeno porte Keila de Oliveira Diniz orientador Antonio Cesar Cabral de Oliveira ndash Satildeo Cristoacutevatildeo 2015

71 f

Dissertaccedilatildeo (mestrado em Educaccedilatildeo Fiacutesica) ndash Universidade Federal de Sergipe 2015

1 Hipertensatildeo 2 Antropometria 3 Obesidade 4 Idosos ndash Doenccedilas - Diagnoacutestico I Oliveira Antonio Cesar Cabral de orient II Tiacutetulo

CDU 61612-0713

v

KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM

UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em ____________

_________________________________________

Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)

________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)

_________________________________________

Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)

PARECER

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DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida

vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida

A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas

vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta

Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional

Vocecirc eacute essencial em minha vida

vii

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me

garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas

Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo

proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito

obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse

trabalho

Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela

disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo

o processo

Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da

Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO

e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees

Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram

essenciais

Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de

Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem

fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo

Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por

livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho

A CAPES pela bolsa de estudo concedida

viii

ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 2: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

ii

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PROacute-REITORIA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO E PESQUISA

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA MESTRADO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM

UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE

KEILA DE OLIVEIRA DINIZ

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Orientador ProfDr Antonio Cesar Cabral de Oliveira

Satildeo Cristoacutevatildeo

2015

iii

DINIZKEILA DE OLIVEIRA

Iacutendices Antropomeacutetricos como Preditores de Hipertensatildeo

Arterial em Idosos Residentes em uma Cidade de Pequeno Porte

2015

iv

FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

D585i

Diniz Keila de Oliveira Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos residentes em uma cidade de pequeno porte Keila de Oliveira Diniz orientador Antonio Cesar Cabral de Oliveira ndash Satildeo Cristoacutevatildeo 2015

71 f

Dissertaccedilatildeo (mestrado em Educaccedilatildeo Fiacutesica) ndash Universidade Federal de Sergipe 2015

1 Hipertensatildeo 2 Antropometria 3 Obesidade 4 Idosos ndash Doenccedilas - Diagnoacutestico I Oliveira Antonio Cesar Cabral de orient II Tiacutetulo

CDU 61612-0713

v

KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM

UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em ____________

_________________________________________

Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)

________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)

_________________________________________

Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)

PARECER

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

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vi

DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida

vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida

A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas

vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta

Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional

Vocecirc eacute essencial em minha vida

vii

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me

garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas

Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo

proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito

obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse

trabalho

Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela

disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo

o processo

Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da

Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO

e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees

Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram

essenciais

Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de

Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem

fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo

Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por

livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho

A CAPES pela bolsa de estudo concedida

viii

ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

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37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

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42

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84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

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86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

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43

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90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

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92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

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93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

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94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 3: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

iii

DINIZKEILA DE OLIVEIRA

Iacutendices Antropomeacutetricos como Preditores de Hipertensatildeo

Arterial em Idosos Residentes em uma Cidade de Pequeno Porte

2015

iv

FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

D585i

Diniz Keila de Oliveira Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos residentes em uma cidade de pequeno porte Keila de Oliveira Diniz orientador Antonio Cesar Cabral de Oliveira ndash Satildeo Cristoacutevatildeo 2015

71 f

Dissertaccedilatildeo (mestrado em Educaccedilatildeo Fiacutesica) ndash Universidade Federal de Sergipe 2015

1 Hipertensatildeo 2 Antropometria 3 Obesidade 4 Idosos ndash Doenccedilas - Diagnoacutestico I Oliveira Antonio Cesar Cabral de orient II Tiacutetulo

CDU 61612-0713

v

KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM

UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em ____________

_________________________________________

Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)

________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)

_________________________________________

Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)

PARECER

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vi

DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida

vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida

A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas

vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta

Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional

Vocecirc eacute essencial em minha vida

vii

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me

garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas

Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo

proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito

obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse

trabalho

Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela

disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo

o processo

Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da

Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO

e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees

Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram

essenciais

Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de

Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem

fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo

Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por

livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho

A CAPES pela bolsa de estudo concedida

viii

ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 4: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

iv

FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

D585i

Diniz Keila de Oliveira Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos residentes em uma cidade de pequeno porte Keila de Oliveira Diniz orientador Antonio Cesar Cabral de Oliveira ndash Satildeo Cristoacutevatildeo 2015

71 f

Dissertaccedilatildeo (mestrado em Educaccedilatildeo Fiacutesica) ndash Universidade Federal de Sergipe 2015

1 Hipertensatildeo 2 Antropometria 3 Obesidade 4 Idosos ndash Doenccedilas - Diagnoacutestico I Oliveira Antonio Cesar Cabral de orient II Tiacutetulo

CDU 61612-0713

v

KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM

UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em ____________

_________________________________________

Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)

________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)

_________________________________________

Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)

PARECER

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

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vi

DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida

vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida

A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas

vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta

Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional

Vocecirc eacute essencial em minha vida

vii

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me

garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas

Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo

proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito

obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse

trabalho

Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela

disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo

o processo

Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da

Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO

e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees

Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram

essenciais

Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de

Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem

fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo

Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por

livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho

A CAPES pela bolsa de estudo concedida

viii

ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

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37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

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22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

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42

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91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

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92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

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93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

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94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 5: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

v

KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM

UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em ____________

_________________________________________

Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)

________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)

_________________________________________

Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)

PARECER

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vi

DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida

vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida

A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas

vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta

Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional

Vocecirc eacute essencial em minha vida

vii

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me

garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas

Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo

proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito

obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse

trabalho

Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela

disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo

o processo

Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da

Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO

e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees

Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram

essenciais

Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de

Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem

fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo

Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por

livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho

A CAPES pela bolsa de estudo concedida

viii

ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 6: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

vi

DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida

vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida

A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas

vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta

Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional

Vocecirc eacute essencial em minha vida

vii

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me

garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas

Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo

proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito

obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse

trabalho

Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela

disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo

o processo

Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da

Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO

e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees

Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram

essenciais

Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de

Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem

fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo

Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por

livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho

A CAPES pela bolsa de estudo concedida

viii

ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60

7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 7: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

vii

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me

garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas

Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo

proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito

obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse

trabalho

Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela

disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo

o processo

Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da

Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO

e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees

Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram

essenciais

Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de

Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem

fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo

Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por

livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho

A CAPES pela bolsa de estudo concedida

viii

ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 8: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

viii

ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 9: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

ix

RESUMO

A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos

Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

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8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

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19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

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21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

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82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 10: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

x

ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 11: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5

24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7

3 OBJETIVOS 10

4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11

41 Tipos de estudo 11

42 Cenaacuterios do estudo 11

43 Populaccedilatildeo e amostra 12

44 Equipes de coleta de dados 13

45 Procedimentos para coleta de dados 14

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14

452 Instrumentos de coleta 14

453 Pressatildeo Arterial 14

454 Antropometria 15

46 Anaacutelise dos dados 16

47 Aspectos Eacuteticos 17

5 RESULTADOS 18

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20

53 Anaacutelise da curva ROC 21

6 DISCUSSAtildeO 28

61 Aacutereas sob a Curva ROC 28

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30

7 CONCLUSAtildeO 35

8 REFEREcircNCIAS 36

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 12: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

xii

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)

CC ndash circunferecircncia da cintura 24

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial

(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 13: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e

hipertensatildeo arterial em idosos 22

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices

antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

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39

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42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

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40

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53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

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59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

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41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

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65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

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71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 14: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

xiv

LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA

ASC - Aacuterea Sob a Curva

AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico

CC - Circunferecircncia da Cintura

CNS - Conselho Nacional de Sauacutede

DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis

ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia

ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de

Pequeno Porte

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos

IC95 - Intervalo de Confianccedila 95

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal

Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila

NSI - Nutricion Screening Initiative

PA ndash Pressatildeo Arterial

PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica

PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica

RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura

ROC - Receive Operator Caracteristic

SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 15: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

xv

SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido

USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia

WHO - World Health Organization

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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37

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20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 16: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um

perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os

oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas

consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica

tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e

fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente

cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2

As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com

consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da

populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave

morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam

a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as

doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo

arterial4

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em

acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes

desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial

elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de

risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana

insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7

Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios

cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente

diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda

da autonomia8910

Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a

pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade

de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos

haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados

com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado

nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a

hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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37

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17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 17: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

2

o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua

simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices

antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17

A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices

antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como

instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo

arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo

de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que

apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19

propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede

sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura

(CC) como medidas de triagem

Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja

valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em

idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de

risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo

foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos

que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices

antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de

triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

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82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 18: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

3

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional

Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da

populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20

estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares

representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada

provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila

arterial coronariana21

Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no

ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e

diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22

O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um

raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um

correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo

transmissiacuteveis

Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da

populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de

envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam

expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a

sauacutede puacuteblica

A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas

psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem

pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados

(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular

entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um

envelhecimento saudaacutevel

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 19: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

4

22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa

A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo

arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando

a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo

arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526

No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas

sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de

200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de

brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham

idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se

observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial

cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829

O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013

estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de

60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a

idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de

Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em

2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30

Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm

hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas

pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada

e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram

registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro

de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash

BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi

de 643 idosos33

A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de

pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se

frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo

enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser

classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 20: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

5

sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila

subjacente36

No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o

risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o

oacutebito aumenta consideravelmente37

Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos

de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um

balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta

toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o

principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38

Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela

queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento

da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos

dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38

Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo

arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao

longo da vida39

As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo

Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis

reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono

do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa

corporal

23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade

Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para

avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo

com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais

podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos

que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer

a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

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11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

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21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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38

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26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

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40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

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52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

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cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

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82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

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94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 21: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

6

Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos

apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular

encefaacutelico e morte prematura

O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela

estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional

Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em

idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente

por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios

estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42

434445

No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia

do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela

Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o

mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte

associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48

A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos

eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de

gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta

correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem

mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas

cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950

Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por

imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi

verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido

adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa

associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52

A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia

da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar

alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade

preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653

tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em

diferentes populaccedilotildees15

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

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39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

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42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 22: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

7

O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da

circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute

com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns

estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco

coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos

associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos

Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com

populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e

analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm

demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador

tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser

utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como

estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas

Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar

vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares

distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua

associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos

Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a

hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as

alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos

24 A importacircncia da validaccedilatildeo

Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio

debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais

para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e

acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os

criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o

registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de

fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566

A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que

consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 23: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

8

essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade

e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768

A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que

se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a

respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo

sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo

ouro67

A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio

no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em

determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se

corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada

por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a

validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade

especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo

incorreta67

A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados

corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros

positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A

especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a

capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67

Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou

seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha

realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo

ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a

hipertensatildeo arterial67

Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado

falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se

a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em

paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o

maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator

Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando

a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 24: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

9

Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de

campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute

esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

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11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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38

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26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

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33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

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39

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41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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40

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52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

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82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

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94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 25: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

10

3 OBJETIVOS

Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em

mulheres e homens idosos

Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a

hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

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66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 26: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

11

4 MATERIAL E MEacuteTODOS

41 Tipos de estudo

Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de

Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO

MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute

seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais

adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais

devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as

observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69

42 Cenaacuterios do estudo

O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista

(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea

territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de

idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados

nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

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7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

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11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 27: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

12

Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil

Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos

Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230

43 Populaccedilatildeo e amostra

A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade

igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA

no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da

zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede

Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de

Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia

ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das

informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou

outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio

terminal

Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral

seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

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37

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44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 28: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

13

predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5

(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem

de 25

O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos

Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e

recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram

selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo

por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia

Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas

dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo

compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por

meio de sorteio

44 Equipes de coleta de dados

A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica

(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A

equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi

realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o

processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A

coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 29: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

14

45 Procedimentos para coleta de dados

451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados

Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de

escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem

medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e

circunferecircncia da cintura

452 Instrumentos de coleta

Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da

Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem

caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e

tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial

Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg

modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e

um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita

antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)

453 Pressatildeo Arterial

A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito

adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura

do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes

o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois

minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia

das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 30: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

15

Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)

Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)

Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)

Oacutetima Normal Limiacutetrofe

lt 120 lt 130 130-139

lt 80 lt 85 85-80

Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada

ge 140 lt 90

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7

454 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a

meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro

intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos

conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados

roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc

Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel

no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a

cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para

desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES

gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal

(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2

Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal

IMC Classificaccedilatildeo

Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2

Lohman et al (1988)75

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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37

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20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 31: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

16

A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e

Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por

meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-

se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a

seguir

46 Anaacutelise dos dados

Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a

digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a

consistecircncia das informaccedilotildees

Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva

expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das

variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada

pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis

apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as

proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino

O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices

antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado

para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem

A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador

para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute

considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade

preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 32: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

17

Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em

determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar

determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76

Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis

investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em

seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no

Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram

efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5

47 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo

1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de

2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60

7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 33: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

18

5 RESULTADOS

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada

De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi

encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final

foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas

foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo

Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As

idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres

e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens

A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice

de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos

eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um

salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

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7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 34: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

19

Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos

Mulheres (n=175) Taxa de Resposta

Homens (n=135) Taxa de Resposta

n n P

Raccedilacor 9861 991

Branco 47 2686 43 3209

Preto 73 4171 26 1940 0001

Pardo 49 2800 55 4074

Natildeo sabe 4 229 10 741

Escolaridade 9918 1000

Analfabeto 95 5429 84 6222

Baacutesica 72 4114 46 3408 0001

Secundaacuteria 5 286 5 370

Superior 2 114 - -

Estado Civil 9789 991

Casadouniatildeo estaacutevel

74 4229 78 5777

Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001

Viuacuteva 63 3600 20 1481

Renda Mensal 9918 1000

le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111

11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001

21 a salaacuterio 1 057 2 148

Alcoolismo 9989 1000

Sim 4 229 9 667 0001

Natildeo 170 9714 126 9333

Tabagismo 9597 1000

Sim 15 857 21 1556 0001

Natildeo 152 8686 114 8444

Teste Qui-quadrado

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

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7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

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11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 35: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

20

52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas

Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram

excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise

Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas

Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores

miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor

nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve

diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres

(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria

das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico

(Tabela 5)

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

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39

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47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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40

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53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

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59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

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41

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64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

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71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

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82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 36: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

21

Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas

Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p

Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)

7259 plusmn 786 (60-93)

0055

Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)

6384 plusmn 1250 (4010-11840)

0012

Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)

16080 plusmn 782 (135-183)

lt00001

IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)

2458 plusmn 390 (1475-3544)

lt00001

CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)

8894 plusmn 1010 (66-115)

0208

RCEst 057 plusmn 011 (000-087)

055 plusmn 006 (042-073)

0086

Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)

129 plusmn 006 (117-150)

0001

PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)

13735 plusmn 2251 (98-209)

0166

PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)

7697 plusmn 1179 (49-110)

0846

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes

Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas

Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p

Pressatildeo Arterial (n) (n)

Normal 557 (93) 594 (79) 0011

Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)

Estado nutricional (n) (n)

Baixo peso 144 (24) 301 (40)

Normal 353 (59) 436 (58) lt00001

Sobrepeso 503 (84) 263 (35)

Teste Qui-quadrado

53 Anaacutelise da curva ROC

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 37: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

22

As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como

preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos

intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2

3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram

aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores

aacutereas com diferenccedila significativa para os homens

Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos

Aacuterea sob a curva ROC

PA elevada Mulheres

Homens

p

IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)

lt00001dagger

CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)

lt00001dagger

RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)

lt00001dagger

Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger

IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 38: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

23

Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal

Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

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8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

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10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

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15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

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42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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40

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53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

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59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

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61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

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64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

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71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

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82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 39: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

24

Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura

Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

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7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

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21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 40: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

25

Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura

Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 41: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

26

Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade

Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

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8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

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19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

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21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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40

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52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

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82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 42: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

27

Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores

de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais

adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre

os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de

especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens

Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos

Mulheres Homens PA elevada

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

Ponto de corte

Sensibilidade ()

Especificidade ()

IMC (kgm2)

2679 527 548 2420 527 548

CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456

IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

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37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 43: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

28

6 DISCUSSAtildeO

61 Aacutereas sob a Curva ROC

Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices

antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de

hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de

sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de

idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar

a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede

Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por

meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de

corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva

que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho

e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte

A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas

proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria

entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da

atenccedilatildeo primaacuteria

Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial

elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos

que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm

demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e

estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute

apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a

necessidade de um olhar diferenciado

A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283

Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes

criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas

prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

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37

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44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 44: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

29

optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada

considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas

Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi

443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia

pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da

morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que

a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84

Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar

e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo

arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o

RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo

poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade

corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar

hipertensatildeo arterial em idosos

De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos

indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo

arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586

Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com

bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores

sob a curva para esse desfecho

Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o

iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de

hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros

fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica

No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a

curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061

IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens

Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para

diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado

por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do

iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses

iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre

os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60

7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 45: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

30

hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute

determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo

Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no

qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-

0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador

significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667

IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo

de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter

sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos

Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa

etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita

a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo

62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial

Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos

de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres

e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na

ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial

Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de

sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente

estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China

(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst

053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e

aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante

ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a

RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091

Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido

inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram

mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

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37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

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23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

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53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

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56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

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41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

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72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

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76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

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77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

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83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

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86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

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94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 46: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

31

de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de

pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em

idosos com RCEst satildeo escassos na literatura

Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica

sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas

cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A

RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados

analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e

da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar

fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para

homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado

pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de

hipertensatildeo

Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para

RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor

mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315

Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC

independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2

e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os

sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial

Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo

arterial

O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de

indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos

sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no

presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente

trabalho para homens e mulheres respectivamente

Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de

45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as

mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2

em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres

respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

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11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

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13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

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17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

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19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

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21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

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25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

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38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

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48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

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53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

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41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

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68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 47: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

32

resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com

idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87

Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo

arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade

e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode

indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo

masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em

classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos

de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das

mulheres

Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al

(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem

hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos

pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e

especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a

idade foi menor ao proposto no presente estudo

Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi

o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o

niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse

estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco

coronariano elevado

Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126

nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens

(sensibilidade 574 e especificidade 456)

Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa

(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice

C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e

especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de

sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para

indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente

trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com

o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas

medidas antropomeacutetricas

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

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7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

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14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

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21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

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26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

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72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

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86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

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89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

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91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

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92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

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93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

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94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 48: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

33

Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de

corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor

ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e

especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-

092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte

sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a

curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder

discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64

Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres

de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do

iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de

corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres

nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores

antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos

satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que

apresentou o melhor poder discriminatoacuterio

As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de

corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre

essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como

uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de

se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo

O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas

cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte

para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia

permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos

de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de

grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na

pesquisa epidemioloacutegica

No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de

sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses

iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da

pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com

hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

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1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60

7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 49: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

34

de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e

que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de

instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira

tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos

programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

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7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

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16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

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21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

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38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

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46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

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50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

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52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

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82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 50: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

35

7 CONCLUSAtildeO

As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular

as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices

antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos

(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens

Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas

natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas

limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas

O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a

RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto

da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de

detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave

amostra deste estudo

Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em

uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A

indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da

Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando

materiais de faacutecil manejo e de baixo custo

Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo

da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o

envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses

indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios

Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de

corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de

outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades

de pequeno porte

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60

7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 51: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

36

8 REFEREcircNCIAS

1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538

2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006

3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011

4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377

5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60

6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60

7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51

8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300

9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238

10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220

11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 52: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

37

12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado

integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008

13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados

pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7

14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40

15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco

coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61

16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711

17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180

18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253

19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55

20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]

21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a

22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013

23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra

de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]

24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 53: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

38

25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993

26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48

27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]

28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006

29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]

30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]

31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]

32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]

33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]

34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73

35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996

36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999

37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 54: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

39

38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245

39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6

40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854

41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241

42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22

43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756

44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47

45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different

populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5

46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22

47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992

48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998

49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences

of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208

50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 55: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

40

51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468

52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470

53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8

54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6

55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69

56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31

57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5

58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380

59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400

60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35

61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22

62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

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89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 56: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

41

63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569

64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21

65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224

66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895

67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia

cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201

68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247

69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150

70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]

71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]

72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]

73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28

74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296

75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 57: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

42

76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos

[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009

77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012

78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62

79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42

80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485

81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286

82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630

83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548

84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010

85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367

86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9

87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66

88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 58: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

43

89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8

90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9

91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric

indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9

92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69

93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in

relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9

94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 59: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

44

APEcircNDICES

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 60: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

45

Apecircndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 61: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

46

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE

DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Jequieacute ____ ____ 201__

APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de

Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia

Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes

em comunidade

Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador

para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco

anos sendo posteriormente incinerado

Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos

participantes

Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como

o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo

suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo

4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo

seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da

dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

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TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 62: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

47

Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva

interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos

idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de

accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo

Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo

deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do

responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios

financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do

pesquisador

Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer

momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim

Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto

aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem

como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em

participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute

disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a

realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento

Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute

entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo

(NESP) (73) 3528-9721

Sendo assim eu ______________________________________________

aceito livremente participar do Projeto MONIDI

__________________________________ __________________________________

Assinatura do (a) participante

RG _________________________

Assinatura do (a) pesquisador

RG_________________________

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 63: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

48

Apecircndice 2

Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso

49

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 64: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

49

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE

SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE

Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|

Nome do Entrevistador ___________________________

Visita 1 2 3

Data Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Dia I___I___I

Mecircs I___I___I

Ano I___I___I___I

Hora de iniacutecio ________

Hora de teacutermino ________

I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS

1 Nome do entrevistado

2Sexo

0 ( ) Feminino

1 ( ) Masculino

3 Endereccedilo completotelefone

4 Idade ____ anos

41 Data de Nascimento

____________

50

5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

54

Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

55

56

Page 65: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

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5 Situaccedilatildeo conjugal atual

1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa

4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa

6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo

Nordm de vezes |___|___|

7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo

1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a

2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3

3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto

( )3 a ( )4 a

8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele

1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda

4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe

9 Cor da pele (entrevistador)

1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda

4( ) origem indiacutegena 5( ) preta

10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos

adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)

Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR

11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado

1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS

51

12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

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ANEXOS

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Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

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12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais

0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR

13 Qual eacute a sua religiatildeo

1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica

4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________

14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida

(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR

15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso

( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs

( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR

16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica

II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO

Uso de bebidas alcooacutelicas

1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C

0 ( )sim 1( ) natildeo

2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber

0 ( ) sim 1( ) natildeo

5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca

0 ( ) sim 1( ) natildeo

Haacutebito de fumar

1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo

52

2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

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ANEXOS

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Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

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2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco

III C

3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros

4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias

III ANTROPOMETRIA

MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS

ESTATURA

MASSA CORPORAL

CIRCUNFEREcircNCIA

DE CINTURA

IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL

MEDIDA 01 02 03

Pressatildeo arterial

sistoacutelica

Pressatildeo arterial

diastoacutelica

53

ANEXOS

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Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

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Page 68: ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE … · (homens). Índice C - índice de conicidade. ... ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com

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ANEXOS

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Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

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Anexo 1

Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos

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