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Indiciarismo e História Oral

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História e Indiciarismo

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    Indiciarismo e Histria Oral: ferramentas metodolgicas interdisciplinares entre a Histria e o Jornalismo1

    Renato Heitor Santoro MOREIRA2

    Universidade Federal do Esprito Santo, Esprito Santo, ES

    RESUMO

    A Histria se utiliza de vrias metodologias de pesquisa, dentre elas o indiciarismo e a histria oral. Tais ferramentas mostram-se perfeitamente utilizveis tambm no mbito da Comunicao Social, especificamente no exerccio do Jornalismo que, ao fazer uso das tcnicas de apurao, busca suas fontes para legitimar as informaes obtidas seja por meio de relatos orais oriundos de testemunhos, seja em fontes descobertas pelos jornalistas por meio de processos investigativos nos quais analisa pistas, indcios que podero lev-los a concluses e fatos no observveis anteriormente, unindo razo e sensibilidade.

    PALAVRAS-CHAVE: Indiciarismo, Histria oral, Jornalismo. INTRODUO O artigo que ora se apresenta fruto da observao do autor sobre as metodologias de

    trabalho utilizadas durante a produo de sua dissertao de mestrado, produzida entre

    os anos de 2006 e 2008, no Programa de Ps-graduao em Histria Social das

    Relaes Polticas, da Universidade Federal do Esprito Santo, sob a orientao da

    professora doutora Mrcia Barros Ferreira Rodrigues. O trabalho em questo tratou de

    resgatar a gnese do que mais tarde veio a se constituir como um grupo poltico

    hegemnico na poltica institucional do Esprito Santo.

    Utilizando a histria oral e o indiciarismo, tentou-se reconstruir, na referida dissertao,

    o movimento estudantil na Universidade Federal do Esprito Santo, no perodo entre

    1976 e 1981, quando o Diretrio Central dos Estudantes foi reaberto, tendo como

    primeiro presidente, nessa nova fase, o ento estudante de Economia Paulo Csar

    Hartung Gomes. Devido falta de registros, a proposta foi, a partir de uma perspectiva

    1 Trabalho apresentado no DT 8 Estudos Interdisciplinares do XV Congresso de Cincias da Comunicao na Regio Sudeste, realizado de 13 a 15 de maio de 2010. 2 Mestre em Histria Social das Relaes Polticas pela Universidade Federal do Esprito Santo, e-mail: [email protected].

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    scio-historiogrfica, reconstituir e entender uma poca utilizando-se de fragmentos de

    informao, buscando o passado histrico do objeto de estudo, tentando verificar suas

    implicaes na contemporaneidade.

    O trabalho apresentou o cenrio poltico da poca e como o debate da diviso das

    esquerdas no Brasil refletiu diretamente na academia, englobando tambm as discusses

    no mbito do movimento estudantil.

    Mais do que isso, no entanto, a pesquisa pretendeu contar a histria do movimento

    estudantil capixaba por intermdio de seus prprios atores sociais, utilizando-se,

    inicialmente, de entrevistas cujas tcnicas foram aprendidas no curso de Jornalismo3,

    tendo, na sequncia, sido utilizadas as tcnicas da histria oral.

    Por fim, o trabalho tentou revelar tambm, utilizando-se da busca por indcios nas

    entrevistas, se o grupo em questo, apesar de pregar uma ideologia socialista, Marxista e

    Leninista, no adotava prticas centralistas e, s vezes, pouco democrticas.

    INDICIARISMO E HISTRIA ORAL: CONCEITOS

    Para tentar explicar o paralelo das metodologias utilizadas na dissertao anteriormente

    citada e a prtica do Jornalismo, preciso, antes de mais nada, que se entenda os

    conceitos referentes ao mtodo indicirio e histria oral.

    O indiciarismo remonta ao incio da civilizao, ressurge a partir do final do sculo

    XIX, no mbito das cincias humanas. Atualmente, seu maior cone o historiador

    italiano, Carlo Ginzburg.

    Tem (o mtodo ou paradigma4) como caracterstica principal trabalhar a pesquisa

    cientfica a partir de sinais, indcios e fragmentos de informao que, numa perspectiva

    positivista, seriam deixados margem pelos pesquisadores.

    Por milnios o homem foi caador. Durante inmeras perseguies, ele aprendeu a reconstruir as formas e movimentos das presas invisveis pelas pegadas da lama, ramos quebrados, bolotas de esterco, tufos de plos, plumas emaranhadas, odores estagnados. Aprendeu a fazer operaes mentais complexas com rapidez fulminante, no interior de um denso bosque ou numa clareira cheia de ciladas. (GINZBURG, 1989, p. 151)

    3 O autor bacharel em Comunicao Social habilitao em Jornalismo pela Universidade Federal do Esprito Santo (1985) 4 Pelo fato de no ser teorizado, o indiciarismo no considerado um mtodo por alguns autores.

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    Pelo fato de trabalhar essencialmente com a sensibilidade, a subjetividade, o acaso, a

    intuio e a deduo, o paradigma indicirio rompe com o rigor inflexvel do

    Positivismo, dando margem a abordagens mais apropriadas em casos nos quais no h

    registros formais.

    Corroborando o raciocnio metodolgico acima, Coelho5 (2006, p.9) afirma que este

    mtodo est fundamentado na investigao de fatos ou dados pequenos, isto ,

    pormenores geralmente menosprezados pelos pesquisadores de diversas reas do

    conhecimento.

    Tendo em vista o exposto, cabvel trabalhar com a definio de paradigma indicirio

    feita pela professora doutora em Histria, Mrcia Barros Ferreira Rodrigues (2005,

    p.213)6, como sendo um conjunto de princpios e procedimentos que contm a

    proposta de um mtodo heurstico centrado no detalhe, nos dados marginais, nos

    resduos tomados enquanto pistas, indcios, sinais, vestgios [...].

    O mtodo trabalha com aquilo que j foi vivido na prtica historiogrfica, permitindo, a

    partir de fragmentos, compreender toda uma rede de relaes sociais dentro de uma

    temporalidade especfica. Permite ainda trabalhar de forma conjectural e interpretativa,

    sem, no entanto, abrir mo da cientificidade, estabelecendo um ponto de equilbrio entre

    o rigor cientfico e a flexibilidade necessria utilizao da sensibilidade do

    pesquisador no desenvolvimento da pesquisa.

    Nesse sentido, Ginzburg (1989) atribui o paradigma indicirio s mais diversas reas do

    conhecimento humano, tais como a medicina, a psicanlise, as artes, a arqueologia, a

    literatura, a criminalstica, dentre outras.

    Trata-se, de fato, de disciplinas eminentemente qualitativas, que tm por objeto casos, situaes e documentos individuais, enquanto individuais, e justamente por isso alcanam resultados que tm uma margem ineliminvel de casualidade: basta pensar no peso das conjeturas (o prprio termo de origem divinatria) na medicina ou na filologia, alm da arte mntica. (GINZBURG, 1989, p. 156)

    A partir de tal pressuposto, percebe-se que as tcnicas de apurao para a produo de

    material jornalstico sobretudo em se tratando de jornalismo investigativo se

    utilizam do mtodo indicirio.

    5 RODRIGUES, Marcia B. F. (Org.). Exerccios de indiciarismo. Vitria : Universidade Federal do Esprito Santo, Programa de Ps-graduao em Histria Social das Relaes Polticas, 2006, 93 p., Rumos da histria; v. 6 6 RODRIGUES, Marcia B. F.. Razo e sensibilidade: reflexes em torno do paradigma indicirio. In: Dimenses revista de Histria da Ufes: Estado, sociedade e poder. Vitria : Universidade Federal do Esprito Santo, 298p, 2005.

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    A produo de quaisquer notcias por si s parte de um processo investigativo.

    Certamente que entre os tipos de matrias e gneros jornalsticos existentes, o grau de

    investigao tambm varivel. E a partir desse processo investigatrio que, por

    deduo lgica com base em pistas e fragmentos de informaes aliados a informaes

    obtidas junto a fontes concretas, o profissional de Jornalismo chega a concluses que a

    racionalidade dos dados no nos permite visualizar numa primeira anlise superficial

    dos fatos. O jornalista, assim como o historiador, lana mo da razo e da sensibilidade

    de forma consistente e com todo o rigor exigido seja pelo Jornalismo, seja pela cincia.

    [...] O pesquisador ter que lanar mo da conjugao razo e sensibilidade para que as fontes sejam ouvidas e argidas com criatividade, inteligncia e consistncia, considerando os atos falhos, as metforas, as metonmias, os deslocamentos na anlise documental. (RODRIGUES, 2006, p.6)

    Assim, sem se dar conta, o Jornalismo adota, sobretudo na contemporaneidade, mtodo

    similar de trabalho atualmente utilizado e teorizado pela histria e pelas cincias sociais

    de uma forma geral, vez que encontram-se em estreita relao.

    A histria oral, por sua vez, uma poderosa aliada na obteno de informaes junto s

    fontes investigadas. So vrios os tipos de pesquisa em que se pode utilizar a histria

    oral como mtodo, tcnica ou fonte de informao. Alberti (2004) destaca, entre esses

    tipos, a histria do cotidiano, histria poltica, padres de socializao e de trajetrias,

    histria de comunidades, histria de instituies, biografias, histria de experincias,

    registro de tradies culturais e histria de memrias. Verena Alberti (2004, p.18)

    define a histria oral da seguinte maneira:

    [...] um mtodo de pesquisa (histrica, antropolgica, sociolgica etc.) que privilegia a realizao de entrevistas com pessoas que participaram de, ou testemunharam, acontecimentos, conjunturas, vises de mundo, como forma de se aproximar do objeto de estudo. Como conseqncia, o mtodo da histria oral produz fontes de consulta (as entrevistas) para outros estudos, podendo ser reunidas em um acervo aberto a pesquisadores. Trata-se de estudar acontecimentos histricos, instituies, grupos sociais, categorias profissionais, movimentos, conjunturas etc. luz de depoimentos de pessoas que deles participaram ou os testemunharam.

    Segundo Alberti (2004, p.23), uma entrevista de histria oral permite reconstruir

    decursos cotidianos, que geralmente no esto registrados em outro tipo de fonte. O

    mtodo trabalha para tentar reconstruir situaes ocorridas no passado (s vezes muito

    recentes do ponto de vista histrico), contadas pelos prprios atores. Tem tambm como

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    caractersticas o fato de constituir-se em um documento oral e dar ao pesquisador um

    alto poder de anlise sobre o que foi e o que no foi dito. Nesse sentido, importante

    frisar o reconhecimento que se tem das possveis falhas e armadilhas do mtodo caso

    no seja aplicado da maneira correta. A esse respeito, Alberti (2004, p.15) nos diz que

    [...] a entrevista nos revela pedaos do passado, encadeados em um sentido no

    momento em que so contados e em que perguntamos a respeito. Atravs desses

    pedaos temos a sensao de que o passado est presente. A autora vai mais alm:

    Desse modo, ao solicitarmos do entrevistado que reconstitua seu cotidiano, h o risco de o resultado acabar sendo determinado pelas perguntas, que s conseguem trazer lembrana alguns aspectos da vida diria. Alm disso, preciso ter claro que a descrio do cotidiano sempre vem acompanhada de certa nostalgia, misturada a sentimentos de pesar ou de alvio, que acabam marcando o sentido da narrativa. (ALBERTI, 2004, p.24)

    Por isso, importante que se tenha o que a autora chama de compromisso com a

    complementaridade das entrevistas. Em outras palavras, para que o mtodo no fique

    merc das emoes de cada entrevistado e suas verses dos fatos, faz-se necessrio

    recorrer a outras fontes (tambm entrevistadas), de modo a confirmar ou no aquilo que

    foi dito anteriormente, garantindo, assim, a legitimidade da histria oral enquanto fonte.

    Nada disso, todavia, descredencia a histria oral enquanto mtodo, tcnica ou fonte. Os

    relatos coletados devero auxiliar a compreenso de um contexto maior daquilo que se

    quer reconstruir. Serviro como base para que o pesquisador entenda um fato passado,

    independentemente das fontes ouvidas terem ou no distorcido seus relatos de acordo

    com suas emoes.

    Assim, no mais fator negativo o depoente poder distorcer a realidade, ter falhas de memria ou errar em seu relato; o que importa agora incluir tais ocorrncias em uma reflexo mais ampla, perguntando-se por que razo o entrevistado concebe o passado de uma forma e no de outra e por que razo e em que medida sua concepo difere (ou no) das de outros depoentes. (ALBERTI, 2004, p. 19)

    Tudo o que foi tratado at aqui, em relao histria oral, mostra uma intensa relao

    entre o mtodo e a prtica do mesmo na produo jornalstica da atualidade.

    O tempo todo jornalistas trabalham com fontes na produo de suas matrias, sendo que

    a grande maioria das vezes as fontes utilizadas so aquelas em que as informaes so

    apuradas oralmente, por meio de entrevistas nas quais o jornalista dialoga com a fonte.

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    So as chamadas fontes diretas, indiretas e adicionais (ERBOLATO, 2002,p.184). As

    fontes ganham voz nas matrias, tal qual os pesquisadores que utilizam a histria oral o

    fazem em seus trabalhos. Esse modelo utilizado pelo Jornalismo, teoricamente, d maior

    credibilidade s matrias. Mas, para que isso acontea de fato, preciso fazer o mesmo

    que a histria oral: ouvir outras fontes e confrontar os depoimentos, analisar o contexto

    em que os fatos aconteceram e, quase sempre, buscar mais fontes para se chegar a um

    texto no qual se possa oferecer ao leitor uma oportunidade real de reflexo que venha a

    formar sua opinio acerca do que foi escrito.

    Da mesma forma que na histria oral, a produo jornalstica se transforma,

    invariavelmente, em documento. No so poucas as pesquisas realizadas seja na rea

    da comunicao social, seja nas demais reas de conhecimento que fazem uso da

    imprensa escrita, falada, televisiva e digital como objeto de estudo.

    CONSIDERAES FINAIS

    Fazer esta correlao entre os mtodos de apurao utilizados pelo Jornalismo, a

    histria oral e o indiciarismo mostra como a prtica cotidiana de uma profisso pode se

    assemelhar, mantidas as devidas propores, s prticas da pesquisa cientfica.

    Evidentemente que os trabalhos de pesquisa exigem um rigor metodolgico bastante

    criterioso e prolongado, mas no menos necessrio do que qualquer profissional de

    Jornalismo devesse utilizar durante seu processo de produo. Da mesma forma que um

    trabalho de pesquisa cientfica com falhas metodolgicas pode gerar concluses

    equivocadas e prejudiciais a um grupo social, o trabalho do jornalista, se mal feito, pode

    causar danos ainda mais srios sociedade, j que tudo aquilo que a imprensa publica

    tende a ser visto pelos leitores como algo verdadeiro. Caso emblemtico na histria da

    imprensa brasileira foi o da Escola Base, em So Paulo (SP), quando por um erro de

    apurao publicou-se uma informao errada que, mais tarde, veio a causar no s o

    fechamento da instituio, mas tambm a destruio da vida particular dos proprietrios

    at os dias atuais.

    A apurao, segundo Erbolato (2002, p.185), consiste no levantamento completo dos

    dados e elementos de um acontecimento, para que se possa escrever uma notcia sobre o

    mesmo. Segundo Bonfim (1969), so cinco as formas de se apurar uma notcia:

    observao direta; coleta; levantamento; despistamento e anlise. Observao direta

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    nada mais do que a presena do jornalista no local onde o fato ocorreu para que possa

    relatar os fatos e entrevistar as pessoas que dele participaram. Coleta se baseia no

    recebimento de documentos e conversas com fontes. O levantamento tem por objetivo

    conseguir dados ainda no divulgados. O despistamento consiste em tentar fazer com

    que uma ou mais pessoas revelem fatos que no queiram divulgar. Por fim, a anlise o

    processo no qual o jornalista confronta todos os fatos e dados obtidos para oferecer ao

    leitor um contedo o panorama e a perspectiva de um acontecimento (ERBOLATO,

    2002, p.186).

    Se, a partir das etapas acima definidas por Octavio Bonfim, fizermos um paralelo da

    prtica do Jornalismo com a histria oral e o indiciarismo, teremos o seguinte contexto:

    observao direta no indiciarismo fundamental para a busca e obteno de pistas e

    fragmentos de informao no utilizados ou no percebidos; coleta necessria tanto no

    indiciarismo quanto na histria oral, destacando-se as diferenas metodolgicas7;

    levantamento da mesma forma, o levantamento de dados reservados realizado pelo

    mtodo indicirio, que busca corroborar ou no as hipteses a partir da anlise desses

    fragmentos deixados para trs. A histria oral, por sua vez, realiza o levantamento de

    dados reservados utilizando-se da confrontao entre vrios depoimentos sobre um

    mesmo fato; despistamento aqui, a histria oral age por meio de suas tcnicas de

    entrevista, tentando obter de seus entrevistados informaes que no gostariam de

    revelar; anlise obrigatoriamente utilizada no indiciarismo e na histria oral.

    caracterstica intrnseca de ambas as metodologias.

    No se quer, todavia, com este artigo, dizer que Jornalismo, indiciarismo e histria oral

    sejam partes integrantes uns dos outros. O que se pretendeu mostrar aqui no foi outra

    coisa seno que as prticas metodolgicas adotadas pelas cincias sociais (sobretudo

    pela Histria), so utilizadas em larga escala no processo produtivo do Jornalismo.

    Porm em graus e escalas diferentes e, ainda, sem que os jornalistas se dem conta

    disso. Isso, sem dvida, uma falha acadmica que se reflete no campo profissional e

    que as instituies de ensino superior precisam concentrar esforos.

    7 No indiciarismo a coleta existente a de pistas (materiais ou no) que levem a novas informaes. Na histria oral, a coleta se d por meio das entrevistas junto aos atores sociais.

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    REFERNCIAS ALBERTI, Verena. Manual de histria oral. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

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    ERBOLATO, Mario L. Tcnicas de codificao em jornalismo: redao, captao e

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    FORTES, Leandro. Jornalismo investigativo. So Paulo : Contexto, 2005.

    GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais morfologia e histria. So Paulo:

    Companhia das Letras, 1989

    RODRIGUES, Marcia B. F. (Org.). Exerccios de indiciarismo. Vitria : Universidade

    Federal do Esprito Santo, Programa de Ps-graduao em Histria Social das Relaes

    Polticas, 2006, 93 p., Rumos da histria; v. 6

    RODRIGUES, Marcia B. F.. Razo e sensibilidade: reflexes em torno do paradigma

    indicirio. In: Dimenses revista de Histria da Ufes: Estado, sociedade e poder.

    Vitria : Universidade Federal do Esprito Santo, 298p, 2005.