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INFECÇÕES POR PROTOZOÁRIOS Vânia Guimarães

Infecções por protozoários

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Page 1: Infecções por protozoários

INFECÇÕES POR PROTOZOÁRIOSVânia Guimarães

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Ciclo de vida

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LEISHMANIOSE

A leishmaniose aflige cerca de 12 milhões de pessoas em 90 países.

Principais fármacos usados na leishmaniose viceral são compostos antimoniais pentavalentes, taiscomo estibogliconato de sódio e o antiminiato de meglumina (alta resistencia e muita toxidade). Anfotericina, isetionato de pentamidina e miltefosina.

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ESTIBOGLICONATO DE SODIO

Administrado por via intravenosa ou intramuscular.

Rapidamente eliminado na urina – 70% em 6 horas

Efeitos adversos – vômito, anorexia, bradicardia e hipotensão

Mecanismo de ação – o fármaco pode aumentar a produção de radicais livres de oxigênio, que são tóxicos para o parasita

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MILTEFOSINA (HEXADECILFOSFOCOLINA) Efetiva no tratamento da leishmaniose

visceral e cutânea. Bem tolerado na administração oral Efeitos colaterais – náusea, vômito.

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ANFOTERICINA

Pertence a família de antibióticos macrolíticos. Age formando uma ligação com um o ergosterol

presente na membrana no protozoário, formando poros, que aumentam a permeabilidade da membrana.

Não se encontrou resistência ao fármaco 1977 – Aprovação da anfotericina B lipossômica

para o tratamento da leishmaniose viceral. Altamente eficaz contra a leishmania viceral– cura

em quase 100% dos casos. Não foi útil nos outros casos

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USO TERAPEUTICO DA ANFOTERICINA 3mg/Kg/dia por via intravenosa – dias

de 1 a 5, 14 e 21 Imunossuprimidos – dose é elevada

para 4mg/Kg e administração estendida aos dias 1 a 5, 10, 17, 24, 31 e 38

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INFESTAÇÕES POR PROTOZOÁRIOS EM SERES HUMANOS

AMEBÍASE Afeta cerca de 10% da população

mundial. Causa doença invasiva em 50 milhões

de pessoas a cada ano – 100 mil morrem

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AMEBÍASE E OS FARMACOS AMEBICIDASMETRONIDAZOL

Metronidazol – destroi os trofozoitos d E. histolitica

Farmaco de escolha para tratamento da amebíase invasiva – não muito efetivo para parasitas da luz intestinal.

Age danificando o DNA parasitário, provocando a apoptose parasitária.

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METRONIDAZOL

Uso oral – pico de concentração de 1-3hs, T1/2= 7 horas

Efeitos adversos – pouco efeito adverso em dose terapeutica, deixa sabor metálico na boca. Relatos de disturbios gastrointestinais, tonturas,cefaleia, neuropatias sensitivas).

Interfere no metabolismo do alcool Não deve ser usado na gravidez.

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CLOROQUINA

Efeito tóxico direto sobre os trofozoítos de E. histolítica – concentra-se no fígado – eficaz também nos tratamento de abcesso hepático amebiano.

Não é tão eficaz quanto o metronidazol e deve ser utilizada apenas quando o metronidazol ou nitroimidazólicos está contra indicado ou indisponível.

Baixa eficácia contra amebíase intestinal – é absorvido no ID

Em tratamento de abcesso hepático deve-se utilizar tambéw um agente luminal (paromomicina ou iodoquinol) para eliminar os parasitos do ID

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CLOROQUINA

Doses Amebíase extra intestinal – adultos

1g/dia – 2 dias seguidos de 500mg/dia, por pelo menos 2 a 3 semanas

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DILOXANIDA

Diloxanida e furoato de diloxanida – fármacos de escolha para o paciente infectado assintomático e frequentemente utilizados preventivamente.

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TRIPANOSSOMÍASE

Trypanossoma cruzi – doença de chagas Principais fármacos usados – nifurtimox e benzinodazol. O nifurtimox e o benzonidazol são igualmente

tripanossomicida contra formas tripomastigotas e amastigotas

O nifurtimox atova-se pela redução parcial a um nitro-radical aniônico. A transferência de eletrons desde o farmaco ativado regenera então o nitrofurano nativo e forma radicais aniônicos superóxidos e outras espécies reativas de oxigênio, como o peróxido de hidrogênio e outras espécies reativas de oxigênio, como o H2O2 e o radical OH.

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NIFURTIMOX

Reações dos radicais livres com macromoléculas resulrta em lesões celulares que incluem a peroxidação dos lipídios, lesão da mebrana, inativação enzimática e lesão do DNA.

O nirfurtimox pode produzir lesões nos tecidos dos mamíferos.

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BENZONIDAZOL

Ocorre por transferência de elétron único. Nitro-radicais aniônicos gerados formam então ligações covalentes com as macromoléculas, dando origem a lesões celulares.

Por questões de toxicidade o benzonidazol é o fármaco preferido.

Ambos diminuem significativamente parasitemia, a gravidade e a letalidade da doença de chagas aguda, obtendo curas parasitologicas em 80% dos casos.

Os dois não tem efeito nas lesões orgânicas irreversíveis .

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TRATAMENTO

BENZONIDAZOL (Efeito apenas contra as formas sanguíneas)

Adultos 5 mg/kg/dia, durante 60 dias. Crianças 7-10 mg/kg/dia, durante 60 dias A quantidade diária deve ser

tomada em 2 ou 3 ocasiões, com intervalos de oito ou doze horas. Efeitos colaterais cefaléias, tonturas, anorexia, perda de peso, dermatites, deplação das células da série vermelha.

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TRATAMENTOS

NIFURTIMOX (Age contra as formas sanguíneas e parcialmente

formas teciduais até 90 dias)

Adultos 8-10 mg/kg/dia, durante 60 a 90 dias. Crianças 15 mg/kg/dia, durante 60 a 90 dias. A quantidade diária deve ser tomada em três ocasiões, com intervalo de 8 horas (no momento está fora do mercado) Efeitos colatarais anorexia, emagrecimento depressão medular.

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GIARDÍASE

Forma trofozoítica coloniza o trato gastrointestinal superior, cistos saem nas fezes.

Infecção é feira pala ingestão de alimentos e água contaminada com material fecal contendo os cistos.

Metronidazol é o fármaco de escolha.

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Tratamento

- Metronidazol 3x 250 mg por dia, 5 dias- Existe tratamento de dose única: Secnidazol (2 g em dose única) “Deprozol”- Outros possíveis tratamentos são com Mebendazol e Albendazol (Benzimidazóis)

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TRICOMONAS

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TRATAMENTO

Metronidazol: 10 dias 250 mg 3x por dia

OU

Dose única de 2 g Secnidazol

Casos de resistência são frequentemente descritos!

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TOXOPLASMA GONDII

Taquisoítos cistos no tecido do cérebro

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CICLO DE VIDA

Presença de gatos no ambiente esta necessariamente ligada a excreção de oocistos em 1% dos casos.

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Toxoplasmose

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TRATAMENTO

Piremitamina-sulfadiazina (evitar em mulher grávida)

Trimetoprima-sulfametaxonazol ou a pentamidina.

Azitromicina (mais recente)

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Causas Tratamento

toxoplasmose ganglionar sulfadiazina 1 g 6/6h + pirimetamina 25 mg 24/24h + ácido folínico 10 mg

toxoplasmose ocular sulfadiazina 1 g 6/6h + pirimetamina 25 mg 24/24h + ácido folínico 10 mg + prednisona 1 mg/kg/dia

toxoplasmose em gestantes (não confirmado)

Espiramicina 1 g 8/8h

toxoplasmose em gestantes (confirmado)

Espiramicina 1 g 8/8 h até 20 semanas de gestação. sulfadiazina 1 g 6/6h + pirimetamina 50 mg 24/24h + ácido folínico 15 mg a partir da semana 21 de gestação

toxoplasmose em pacientes com Aids

sulfadiazina 1 g a 1,5 g 6/6h + pirimetamina 50 mg 24/24h + ácido folínico 15 mg. Após seis semanas, é recomendado manter 50% das doses até níveis adequados de CD4