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Influência da participação dos companheiros na autoestima de puérperas cadastradas na Estratégia de Saúde da Família do bairro Vila Nova no município de Nanuque (MG) Danielly Oliveira Gomes Graduanda em Fisioterapia Centro Universitário de Caratinga Campus UNEC Nanuque MG[email protected] Patricia Brandão Amorim Graduada em FisioterapiaMestre em meio Ambiente e Sustentabilidade Doutora em Saúde Pública - Coordenadora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Caratinga Campus UNEC de Nanuque [email protected]. Karla de Jesus Sena Graduanda em Fisioterapia Centro Universitário de Caratinga Campus UNEC Nanuque MG[email protected] Abílio Vicente Machado Queiroz Graduado em Fonoaudilogia - Graduando em Fisioterapia Centro Universitário de Caratinga Campus UNEC Nanuque MG[email protected] Winy Lemos de Brito Graduanda em Fisioterapia Centro Universitário de Caratinga Campus UNEC Nanuque MG[email protected] Resumo: INTRODUÇÃO: Para a mulher vivenciar uma maternidade de forma plena deve encontrar um ponto de equilíbrio entre as suas necessidades e as do recém-nascido. Embora, numa fase inicial possa ser uma tarefa difícil, frustrante, angustiante e desencadeadora de uma enorme ansiedade. O cuidador deve ser capaz de entender as necessidades do outro. Nessa discussão, a interação entre os seres merece ser refletida no sentido de identificar as repercussões desse processo na vida do pai. OBJETIVO: Analisar os efeitos da participação do companheiro/esposo na autoestima de puérperas cadastradas na Estratégia de Saúde da Família (ESF) do bairro Vila Nova no município de Nanuque (MG). METODOLOGIA:

Influência da participação dos companheiros na autoestima ... · forma física e emocional, onde foram analisados nas puérperas os sentimentos positivos ou negativos, vivenciados

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Page 1: Influência da participação dos companheiros na autoestima ... · forma física e emocional, onde foram analisados nas puérperas os sentimentos positivos ou negativos, vivenciados

Influência da participação dos companheiros na autoestima de

puérperas cadastradas na Estratégia de Saúde da Família do

bairro Vila Nova no município de Nanuque (MG)

Danielly Oliveira Gomes – Graduanda em Fisioterapia – Centro Universitário de Caratinga

Campus UNEC Nanuque – MG– [email protected]

Patricia Brandão Amorim – Graduada em Fisioterapia–Mestre em meio Ambiente e

Sustentabilidade – Doutora em Saúde Pública –- Coordenadora do curso de Fisioterapia do

Centro Universitário de Caratinga – Campus UNEC de Nanuque –

[email protected].

Karla de Jesus Sena – Graduanda em Fisioterapia – Centro Universitário de Caratinga

Campus UNEC Nanuque – MG– [email protected]

Abílio Vicente Machado Queiroz – Graduado em Fonoaudilogia - Graduando em

Fisioterapia – Centro Universitário de Caratinga Campus UNEC Nanuque – MG–

[email protected]

Winy Lemos de Brito – Graduanda em Fisioterapia – Centro Universitário de Caratinga

Campus UNEC Nanuque – MG– [email protected]

Resumo:

INTRODUÇÃO: Para a mulher vivenciar uma maternidade de forma plena deve encontrar

um ponto de equilíbrio entre as suas necessidades e as do recém-nascido. Embora, numa fase

inicial possa ser uma tarefa difícil, frustrante, angustiante e desencadeadora de uma enorme

ansiedade. O cuidador deve ser capaz de entender as necessidades do outro. Nessa discussão,

a interação entre os seres merece ser refletida no sentido de identificar as repercussões desse

processo na vida do pai. OBJETIVO: Analisar os efeitos da participação do

companheiro/esposo na autoestima de puérperas cadastradas na Estratégia de Saúde da

Família (ESF) do bairro Vila Nova no município de Nanuque (MG). METODOLOGIA:

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Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória e descritiva, realizada com as puérperas

no bairro Vila Nova no município de Nanuque (MG). Esse questionário foi aplicado em 30

puérperas com faixa etária de 14 a 28 anos. O questionário sobre a autoestima viabiliza sua

forma física e emocional, onde foram analisados nas puérperas os sentimentos positivos ou

negativos, vivenciados por elas no pós-parto (45 dias). RESULTADOS: observou-se que as

puérperas geralmente são casadas, com mais de 1 filho tendo uma boa aceitação da gravidez,

com participação e apoio financeiro dos pais. A autoestima das mulheres tem uma boa

relevância com pontos altos e positivos sobre a convivência do seu dia a dia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se com o estudo desta pesquisa, que a autoestima das

puérperas devido a participação dos pais no auxílio à esposa e aos cuidados com o filho, faz

com que a mulher se sinta mais confiante e consequentemente, melhora sua autoestima.

Palavras chaves: Autoestima, Puérpera, cuidador e participação paterna.

1. Introdução

Os estudos realizados no âmbito do aconselhamento no puerpério têm demonstrado

que a prestação de informação e apoio eficazes às recém-mães tende a aumentar o seu bem-

estar e autoestima (HUQ e TASMIN, 2007).

A saúde da mulher tem sido um campode grande preocupação e discussões

ao longode várias décadas. A vivência gestacional é umperíodo muito peculiar na vida de

uma mulher, e o nascimento do filho é uma experiência única, portanto, merecem ser tratados

de forma singular especial por profissionais qualificados, pela equipemultiprofissional, por

gestores e pelo governo.

A puérpera, ao retornar as funções da casa encontram dificuldades físicas e

emocionais, necessitando de auxilio dos familiares e profissionais de saúde onde as puérperas

devem continuar com os cuidados pós-parto.

Após o parto, geralmente as puérperas retornam 40 dias após o parto nos serviços de

saúde onde as mesmas deveriam tirar dúvidas sobre o dia a dia. A grande maioria das

puérperas sente um desconforto em relatar sua vida conjugal assim como ocorrem nas

mudanças após o parto, podendo gerar pontos negativos, propiciando problemas e disfunções

na saúde física e psicológica da mulher e do companheiro (ADAMCHESK et. al.; 2013).

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Após o nascimento de um filho a mulher sofre um choque emocional e psicológico

vivenciando um turbilhão de sentimentos que passam pela felicidade intensa, o orgulho de ter

dado à luz um bebê e por vezes de tristeza e angústia difusa. Sendo os dias que se seguem ao

parto momento de hipersensibilidade e fragilidade, podendo a mulher sentir um abandono

profundo mesmo quando está acompanhada por familiares.

Para a mulher vivenciar uma maternidade de forma plena deve encontrar um ponto de

equilíbrio entre as suas necessidades e as do recém-nascido. Embora, numa fase inicial possa

ser uma tarefa difícil, frustrante, angustiante e desencadeadora de uma enorme ansiedade

(ESTEVES, 2015).

A participação e o apoio afetivo oferecido pelo pai do bebê auxilia a mulher a tolerar

com maior facilidade as dores e a ansiedade do trabalho de parto, trazendo vantagens como:

diminuição de analgésicos e medicações que induzem a dilatação, o tempo do trabalho de

parto, reduz a sensação de dor. Dessa forma, ela consegue demonstrar um maior

contentamento com a experiência do nascimento.

O período do pós-parto é caracterizado pela dúvida aumento do compromisso,

diminuição do tempo de descanso (sono), os homens se preocupam com a falta de atenção por

parte da mulher quanto ao casamento. O homem se sente frustrado por não ter pela mulher o

reconhecimento do seu desejo em participar nos cuidados com o bebê, pois o mesmo tem o

período de tempo pequeno para consolidar relação com o filho, causando desarmonia entre o

casal (PETITO et. al.; 2015).

O auxílio paterno nos cuidados com a criança proporciona uma interação precoce e

mais intensa entre pai-bebê, o que favorece o crescimento saudável da criança, além de

transmitir segurança à mulher, pois a ajuda, indiretamente, a sentir-se mais amorosa e

dedicada ao seu filho. Assim, em paralelo ao lado racional e objetivo, podemos constatar o

surgimento de um novo homem emocional e solícito na criação e educação dos filhos, nas

tarefas domésticas e no companheirismo com sua esposa (GUIMARÃES et al., 2007).

A figura do pai contemporâneo é construída, sobretudo, levando-se em consideração a

capacidade do homem de perceber e de reconhecer suas necessidades afetivas, estimulando o

desabrochar do cuidado em família, ainda que encoberto por preconceitos machistas.

O cuidador deve ser capaz de entender as necessidades do outro e responder a elas de

forma adequada, em uma relação que fortaleça o “self” do outro. Nessa discussão, a interação

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entre os seres merece ser refletida no sentido de identificar as repercussões desse processo na

vida do pai (FERNANDES, 2009).

A importância da fisioterapia atua de todos os meios como a prevenção e o tratamento,

proporcionando uma melhor qualidade de vida e também orientando para os cuidados diários

consigo mesma, com o seu filho e com os pais. O fisioterapeuta tem a função de tratar a

puérpera com os seguintes cuidados como: manobras manipulativas, relaxamento, posturas

globais, posicionamentos para cuidados com seus filhos e com seu corpo.

2. Referencial Téorico

2.1 - Gestação

A gestação é um momento marcante na vida da mãe e do pai do bebê. Os

acontecimentos decorrentes do período gestacional, influência de forma vasta na gestante,

desde a concepção até o nascimento do bebê.

Na descoberta da gravidez, as variações de humor são diferencias por cada mãe,

estando intimamente ligado à sua personalidade física e emocional, influenciando no seu

desenvolvimento gestacional saudável.

2. 2 - Parto e Pós-parto

O trabalho de parto é seguido pelo final da gestação, sendo de suma importância para

o início da vida do bebê e a família que o recebe pela primeira vez.

Durante o parto, a ansiedade e emoção tomam conta de todo estado psíquico e

fisiológico dos pais. O parto é feito de cultura para cultura, tendo várias formas e conceitos

diferentes de ser realizado, primeiro é conversado com a mãe sobre a preferência de como ser

feito, porém o médico dirá a melhor opção para a mãe, se a sua vontade bate de acordo com

seu corpo em realizar o devido parto escolhido por ela.

2.3 - Puérperio

No puerpério, a mulher se encontra em uma diversidade de alterações, tendo que se

adpatar a novas fases de sua vida psíquica, fisiológica e emocional. Os pontos de vista da

sociedade afeta de forma constante, deixando a puérpera vulnerável e um pouco insegura

consigo mesma. Essas alterações, podem ser seguidos de um grau positivo ou negativo e,

elevado ou abaixo do esperado. Assim, a avaliação fisioterápica torna-se fundamental e

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essencial para identificar o risco que a puérpera desenvolveu ou pode desenvolver.

(COELHO, 2015)

2.4 - Maternidade

Refere-se ao período de longo prazo em que a mãe se apresenta com o bebê. Nessa

fase, os cuidados prestados á criança, torna-se grandiosa e harmoniosa promovendo um

crescimento saudável para o bebê. A maternidade vem acompanhada de novas experiências

em que a mãe vai se adaptando periodicamente, com isso, o nível de conhecimento para

cuidado no crescimento do bebê vem sendo acompanhada de padrões culturais que cada

família recebe no dia-a-dia.

2.5 - Presença do Pai no nascimento do filho

A presença paterna auxilia no nascimento do bebê, ofertando uma maior segurança

para a mãe, tranqüilizando-a durante o trabalho de parto. O momento do parto junto com a

presença do mesmo gera um emaranhado de sentimentos tanto no pai como na mãe do bebê

(PERDOMINI et al 2011).

Torna-se de suma importância a presença dos pais no nascimento do filho, pois o estado

emocional e de saúde da mulher se mantém equilibrada e, a autoconfiança elevada.

2.6 - Autoestima das Puérperas

A autoestima das puérperas tem uma significância relevante, sendo demonstrada na sua

forma diária de viver, como: no tratamento e apoio do pai com a mãe e o filho; as críticas

sociais em sua forma de cuidar de si mesma e do bebê; sua personalidade física, etc.

2 Objetivo

Analisar como os companheiros/esposos influenciam na autoestima de puérperas

cadastradas na Estratégia de Saúde da Família do bairro Vila Nova no município de Nanuque

(MG).

3 Procedimentos metodológicos

Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória e descritiva, realizada com as

puérperas no bairro Vila Nova no município de Nanuque (MG). Esse questionário foi

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aplicado em 30 puérperas com faixa etária de 14 a 28 anos, com etnia de brancos, negros,

pardos relacionados á participação dos pais durante o pós-parto de suas companheiras. Sendo

que o questionário sobre a participação dos pais visa analisar os cuidados com bebê e

companheirismo com a mãe. E o questionário sobre a autoestima viabiliza sua forma física e

emocional, onde foram analisados nas puérperas os sentimentos positivos ou negativos,

vivenciados por elas no pós-parto (45 dias). Após a aplicação do questionário, os mesmos

foram tabulados, e os escores obtidos com análise da pontuação entre 01 a 04 dividido em 04

grupos de 5 questões, sendo que a pontuação menor, indica baixo autoestima, e a pontuação

intermediária indica uma pontuação mediana e a pontuação maior indica maiores resultados

em relação a autoestima das puérperas.

4 Resultados e discussões

A primeira análise baseou-se nos sentimentos de agitação, nervosismo e satisfação

consigo mesmas. Observou-se que 30 mães 50% obtiveram uma pontuação alta; 23,33%

uma pontuação baixa; 26,66% pontuação mediana nos quesitos sinto-me nervosa e

agitada, sinto-me satisfeita comigo mesma, gostaria de ser tão feliz como os outros

parecem ser e sinto-me falha.

50

%

26

,66

%

23

,33

%

P O N T U A Ç ÃO A L T A P O N T U A Ç ÃO M E D IA NA P O N T U A Ç ÃO B A IX A

1 2 3

Gráfico 1 –Sentimentos de agitação, nervosismo e satisfação que as puérperas apresentam.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

A segunda análise baseou-se nas pesquisas sobre nível de perturbação, autoconfiança,

tranquilidade e concentração das puérperas. Observou-se que 46,66% obtiveram uma alta

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pontuação, 30% uma pontuação média, 23,33% uma pontuação baixa, nos quesitos: estou

feliz, tenho pensamentos que me perturbam, falta-me auto confiança, sinto-me tranquila,

estou calma, fresca e concentrada, sinto que as dificuldades se acumulam de tal forma, que

não consigo ultrapassar.

47%

30%

23%

Pontuação alta

Pontuação mediana

Pontuação baixa

Gráfico 2 –Nível de perturbação, autoconfiança, tranquilidade, concentração das puérperas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

A terceira análise foi baseado sobre segurança, preocupação e facilidade em tomar

decisões. Observou-se que 26,66% obtiveram uma pontuação baixa, 46,66% uma

pontuação alta, 26,66% mediana nos quesitos falta-me alto confiança, sinto-me segura,

tomo decisões facilmente e preocupo-me demais com as coisas.

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8

1

2

3

Pontuação alta Pontuação mediana

Pontuação baixa

46,66%26,66%

26,66%

1 2 3

Gráfico 3 –Nível segurança, preocupação e facilidade em tomar decisões das puérperas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

A quarta análise foi baseado no questionamento sobre contentação, contrariedades e

tensões no dia-a-dia. Observou-se que 40% obteve uma pontuação alta, 30% uma pontuação

baixa e 30% uma pontuação mediana nos quesitos sinto-me inadequada, estou contente,

passam-me pela cabeça sem importância, as contrariedades afetam-me de modo intenso, sou

uma pessoa firme e fica tensa e preocupada.

1

2

3

Pontuação alta Pontuação mediana

Pontuação Baixa

40% 30%

30%

1 2 3

Gráfico 4- Questionamento sobre contentação, contrariedades e tensões no dia-a-dia .

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Durante a pesquisa observou-se que 16,6% das puérperas são casadas; 33,3% são

solteiras e 50% estão morando juntos em sua residência.

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9

16

,66

%

33

,33

%

50

%

C A S A D O S S O L T E I R OS M O R A N D O J UN T O

1 2 3

Gráfico 5- Estado Civil das puérperas

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Quanto à primeira gravidez 33,3% obtiveram a participação dos pais em relação ao seu

filho e 66,6% não obtiveram essa participação.

33%

67%

Participação do pai

Não Obitiveram participação

Gráfico 6- Participação paterna durante a gestação.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Com relação a quantidade de filhos 70% das mães tiveram dois filhos, 26,6% tiveram

três filhos; 3,3% tiveram quatro filhos.

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10

70

%

26

,66

%

3,3

3%

2 F I L H O S 3 F I L H O S 4 F I L H O S

1 2 3

Gráfico 7- Quantidade de filhos dessas puérperas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Associando ao planejamento para gravidez 40% das mães planejaram a gestação e

60% não foi uma gestação planejada.

Planejou o filho Não foi Planejado

40%

60%

1 2

Gráfico 8- Planejamento para gravidez. Fonte: Dados da pesquisa, 2018

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Durante o questionário foi relatado que 100% dos pais tiveram uma boa aceitação da

gravidez; 50% dos pais acompanham as mães no pré-natal e 50% não acompanharam.

50%50%Acompanha a Mãe

Não Acompanha a Mãe

Gráfico 9 -Acompanhamento paterno no pré-natal Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Aos cuidados da higiene dos bebês 93,3% dos pais ajudam e 6,6% não realiza esse

tipo de cuidado.

1

2

Pias que ajudam no cuidado e higiene do babê

Pais que não ajudam

93,33

6,66

1 2

Gráfico 10 –Ajuda paterna no cuidados de higiene com o bêbê.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

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Questionadas ainda sobre a ajuda dos pais 26,6% é participativo na alimentação de

seus filhos e 73,3% não tem essa participação.

26

,66

7,3

3

É P A R T I C I P A N T E N A A L I M E N T A Ç Ã O D O F I L H O N Ã O T E M E S S A P A R T I C I P A Ç Ã O

1 2

Gráfico 11 –Ajuda paterna na alimentação do bêbê. Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Foi questionado também sobre o auxilio paterno de colocar o bêbê pra dormir durante

a noite 83,3% dos pais coloca seus filhos para dormir durante a noite e 16,6% não consegue

colocar seus filhos para dormir durante a noite.

83%

17%Pais que colocam seu filho para dormir durante a noite

Pais que não consegue colocar o filho para dormir

Gráfico 11 – Pais que colocam seu filho para domir durante a noite.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

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Sobre o apoio financeiro que os pais contribuem, 90% contribui e 10% não contribuem

com apoio financeiro para os cuidados necessários do bebê.

90

%

10

%

P A I S Q U E C O M T R I B U E M N O A P O I O F I N A N C E I R O

P A I S Q U E N Ã O C O N T R I B U E M

1 2

Gráfico 11 – Apoio financeiro dos pais com relação aos filhos.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Segundo Turaça et al. (2012), a ajuda familiar, destacam-se como entes mais

próximos: a mãe da puérpera e o pai do recém-nascido. O apoio paterno é um importante

aliado do aleitamento materno. O homem, enquanto pai e companheiro devem participar da

saúde integral da mulher e da criança.

O puerpério é um período muito importante no ciclo gravídico puerperal, pois durante

ele, tudo o que foi planejado em relação aos cuidados com recém-nascido são colocados em

prática, o pai, neste momento o intermediário das relações entre a mãe e o filho. O

companheiro deve-se se mostrar acessível para cuidar tanto da criança, como das tarefas

domésticas, evitando assim, o desgaste emocional da mulher, desenvolvendo vínculo e a

prática da paternidade.

5 Considerações finais:

Conclui-se com o estudo desta pesquisa, que a autoestima das puérperas tem uma alta

relevância nos quesitos do bem-estar e comportamento pessoal, obtendo um auxilio na

compreensão dosresultados em pontos positivos sobre o seu dia-a-dia.

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Com os fatos analisados do estudo pesquisados, obteve-se um resultado satisfatório em

relação à participação dos pais com as puérperas para com os bebês, sendo que, nos dias

atuais encontra-se uma grande dificuldade dos mesmos nos cuidados com seus filhos recém-

nascidos, tais como: alimentação, higiene e auxílio financeiro.

6 Referências Bibliográficas

ADAMCHESK, Jucélia; WIECZORKIEVICZ, Adriana Mouro. Conhecimentos das mulheres

relacionadas ao período do puerpério. Saúde e meio ambiente: Revista Interdisciplinar,

V.2,n.1,p.69-83, 2013.

Capponi, i. &Horbacz, c.Tornar-se mãe: ansiedade e temporalidade do suporte. Pratiques

psicológico, 14, 389-404, 2008.

COELHO, Catarina Alexandra Toipa. Determinantes das alterações psicoemocionais do

puerpério: efeitos da autoestima. 2015. Tese de Doutorado.

DE, OLIVEIRA, Eteniger Marcela Fernandes; DE BRITO, Rosineide Santana. Ações de

cuidado desempenhadas pelo pai no puerpério. Escola annanery revista de enfermagem, v.

13, n. 3, p. 595-601, 2009.

ESTEVES, Sara Alexandra Figueiredo. Determinantes do ajustamento conjugal da

puérpera: efeitos da autoestima. 2015. Tese de Doutorado.

Huq, s. M. &Gabii, T.Materna educação saúde infantil em Bangladesh. Revista de saúde

materna e infantil, 51,43-51, 2007.

PERIN GUIMARÃES, Gisele; MONTICELLI, Marisa. A formação do apego pais/recém-

nascido pré-termo e/ou de baixo peso no método mãe-canguru: uma contribuição da

enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, v. 16, n. 4, 2007.

Page 15: Influência da participação dos companheiros na autoestima ... · forma física e emocional, onde foram analisados nas puérperas os sentimentos positivos ou negativos, vivenciados

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PETITO, Ana Maria Donato Castro et. al.; A importância da participação do pai no ciclo

gravídico puerperal: Uma revisão bibliográfica. REFACER-Revista Eletrônica da

Faculdade de Ceres, v.4, n.1, 2015.

PERDOMINI, Fernanda Rosa Indriunas; BONILHA, Ana Lúcia de Lourenzi. A participação

do pai como acompanhante da mulher no parto. Texto & contexto enfermagem.

Florianópolis. Vol. 20, n. 3 (jul./set. 2011), p. 245-252, 2011.

SILVA, Bruna Turaça; SANTIAGO, Luciano Borges; LAMONIER, Joel Alves. Apoio

paterno ao aleitamento materno: uma revisão integrativa. Revista Paulista de Pediatria, v.

30, n. 1, p. 122-130, 2012.

Stevens, D.G.Gradientes no estado de saúde e riscos no desenvolvimento das crianças: as

influências combinadas de múltiplos fatores de risco sociais. Materna e infantil saúde

Jornal, 10 (2), 187-199, 2006.

7 Anexos

8.1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Titulo da pesquisa: Efeitos na autoestima e participação dos pais em recém puérperas na

estratégia de saúde da família do bairro vila nova no município de nanuque (MG)

Pesquisador(a)Responsável: Patrícia Brandão Amorim.

Telefone(s) de contato: (33)99198-9969

Email: [email protected] .

Período total de duração da pesquisa: ____/____/____ a ____/____/____

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16

Eu, ______________________________________________________, estou sendo

convidado (a) a participar de uma pesquisa coordenada pelo pesquisador acima

mencionado;

O objetivo é analisar os efeitos na autoestima e a participação dos pais das recém puérperas

na Estratégia de Saúde da Família (ESF) do bairro Vila Nova no município de Nanuque

(MG).

Ao concordar em participar da pesquisa, você não correrá riscos;

Ao concordar em participar da pesquisa, você poderá desfrutar dos seguintes benefícios:

Recuperação da autonomia e independência, através do ganho da força muscular,

equilíbrio e coordenação motora;

Sua participação na pesquisa não está relacionada a nenhum tipo de preconceito,

discriminação ou desigualdade social;

Você que participa da pesquisa, autoriza os pesquisadores utilizarem os resultados do

estudo para publicações diversas, mas seu nome ou identificação não serão revelados;

Não haverá remuneração ou ajuda de custo para sua participação na pesquisa;

Quaisquer dúvidas que você tiver em relação à pesquisa ou à sua participação, antes ou

depois do consentimento, serão respondidas pelo (s) pesquisador(es) acima mencionados;

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em pesquisa em Seres Humanos do

Centro Universitário de Caratinga – UNEC, sediado à Av. Moacyr de Mators, 271 –

Centro – Caratinga-MG;

Este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) está de acordo com a

Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que objetiva proteger os direitos dos

seres humanos em pesquisas.

Qualquer dúvida quanto aos seus direitos como participante em pesquisas, ou se sentir que

foi colocado em riscos não previstos, você poderá entrar em contato com Comitê de Ética

em Pesquisa do UNEC para esclarecimentos;

Declaro que recebi as devidas explicações sobre a pesquisa, inclusive que posso retirar o meu

consentimento e interromper minha participação a qualquer tempo.

Page 17: Influência da participação dos companheiros na autoestima ... · forma física e emocional, onde foram analisados nas puérperas os sentimentos positivos ou negativos, vivenciados

17

Assumo o compromisso de participar da pesquisa por livre e espontânea vontade.

_____/______/_______

______________________________________________________

Assinatura do participante da pesquisa

_____/______/_______

______________________________________________________

Assinatura da pesquisadora responsável

7.3 QUESTIONÁRIO SOBRE AUTO-ESTIMA EM PUÉRPERAS NA ESTRATEGIA DE

SAUDE DA FAMÍLIA BAIRRO VILA NOVA, DO MUNICÍPIO DE NANUQUE

Como se sente nas últimas semanas:

1-Quase nunca

2- Algumas vezes

3- Frequentemente

4-Quase sempre

Utilize a seguinte escala acima (1 ao 4), marcando X em UMA das alternativas nas perguntas

que te identifique, para responder ao questionário .

Quase Nunca Alguma Vezes Frequentemente Quase Sempre

1- Sinto-me bem

2- Sinto-me nervosa e agitada

3- Sinto-me satisfeita

comigo mesma

4- Gostava de ser tão

feliz como os outros parecem ser

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5- Sinto-me falhada

6- Sinto-me tranquila

7- Estou “calma, fresca e

concentrada”

8- Sinto que as

dificuldades se acumulam de tal

forma, que não as

consigo ultrapassar

9- Preocupo-me demais

com coisas que na

realidade não têm

importância

10- Estou feliz

11- Tenho pensamentos que me perturbam

12- Falta-me auto-confiança

13- Sinto-me segura

14- Tomo decisões facilmente

15- Sinto-me inadequada

16- Estou contente

17- Passam-me pela

cabeça pensamentos

sem importância que me

perturbam

18- As contrariedades

afectam-me de modo

tão intenso, que não consigo afasta-las da

minha mente

19- Sou uma pessoa firme

20- Fico tensa e

preocupada quando

penso nas minhas preocupações e

interesses actuais

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8.2 AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DE PAIS DURANTE O PÓS-PARTO DE

ACORDO COM A PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS

1 - Idade?

( ) Entre 14 e 16 anos

( ) Entre 17 e 18 anos

( ) Entre 19 e 23 anos

( ) Entre 24 e 28 anos

( ) Entre 29 e 33 anos

( ) Acima de 34 anos

2 - Sua etnia é:

( ) branco/caucasiano

( ) negro

( ) pardo

( ) indígena

3 – Qual seu estado Civil?

( ) Casada

( ) Solteira

( ) Viúva

( ) Divorciada

( ) Morando junto

4 – Primeira Gravidez?

( ) Sim ( ) Não

5 – Se já teve outras gravidezes, quantos filhos tem?

( ) Dois ( ) Três ( ) Quatro ( ) Cinco ( ) Seis ou mais

6 – Esta gestação foi planejada?

( ) Sim ( ) Não

7 – O pai de seu bebê teve boa aceitação com esta gravidez?

( ) Sim ( ) Não

8 – O pai da criança te acompanhou nas consultas de pré-natal?

( ) Sim ( ) Não

9 – O pai do bebê te ajuda nos cuidados com a higiene do bebê (troca de fraldas,

banho)?

( ) Sim ( ) Não

10 – Durante a alimentação (colocar o bebê no colo da mãe ou dar mamadeira), o pai é

participativo?

( ) Sim ( ) Não

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11 – Para colocar o bebê para dormir e durante a noite, o pai do bebê te ajuda?

( ) Sim ( ) Não

12 – Você tem auxílio financeiro do pai de seu bebê para os cuidados que a criança

necessita?

( ) Sim ( )