Infoexame Biologia-geologia 03(II) Esnovo

1. INTRODUÇÃO

O exame desta disciplina enquadra-se no âmbito do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março,tendo em atenção as alterações introduzidas pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de25 de Maio, e o estipulado na Portaria n.º 550 (A-E)/2004, de 21 de Maio, no que se refere àavaliação sumativa externa.

Esta informação vem complementar a Informação n.º 03/05, de 18 de Janeiro, e apresentaelementos relativos à estrutura da prova, critérios gerais de classificação, exemplos de itens ecritérios específicos de classificação.

Os exemplos de itens apresentados, assim como os critérios específicos de classificação,não constituem um modelo de prova. Em alguns dos exemplos, são mencionadas asrespectivas cotações. Isto não significa que, nas futuras provas de exame, os tipos de itens aquiexemplificados venham a ser cotados com as pontuações mencionadas neste documento.

Reitera-se a ideia de que a avaliação sumativa externa, realizada através de uma prova escritade duração limitada, só permite avaliar parte das aprendizagens e das competências enunciadasno programa. A resolução da prova pode, no entanto, implicar a mobilização de outrasaprendizagens e competências incluídas no programa e não expressas no objecto de avaliaçãoenunciado no ponto 2. da Informação n.º 03/05, de 18 de Janeiro.

As informações sobre o exame apresentadas neste documento não dispensam a consulta dalegislação referida, do programa da disciplina, bem como da Informação n.º 03/05, de 18 deJaneiro.

04.03/II/1

Para:

– Direcção-Geral de Inovação e deDesenvolvimento Curricular

– Inspecção Geral de Educação

– Direcções Regionais de Educação

– Secretaria Regional Ed. da Madeira

– Secretaria Regional Ed. dos Açores

– Escolas EB 2/3 com Ensino Secundário

– Escolas Secundárias

– Estabelecimentos de Ensino Particulare Cooperativo com Paralelismo e comEnsino Secundário

– CIREP

– FERLAP

– CONFAP

INFORMAÇÃO N.º 03(II)/05

Data: 31.05.05

Número do Processo: SE.04.03(II)/2005

PROVA DE EXAME FINALDE ÂMBITO NACIONAL DE

BIOLOGIAE GEOLOGIA

200611.º Ano de Escolaridade

–•–

200711.º ou 12.º Ano de Escolaridade

(Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março)

2. ELEMENTOS RELATIVOS À ESTRUTURA DA PROVA

Tal como foi referido na Informação n.º 03/05, de 18 de Janeiro, o exame consta de váriosconjuntos de itens que têm como suporte informações a serem fornecidas sob a forma de textos(artigos de jornal, textos científicos, descrição de experiências, entrevistas, etc.), figuras, tabelas,gráficos, etc.

Cada conjunto apresenta itens que podem ser de diferentes tipos e em número variável, relativosàs duas componentes (Biologia e Geologia).

A título de exemplo, são apresentados, no ponto 4. desta Informação, três conjuntos de itensque, como foi referido, não constituem um modelo de prova de exame.

Os exemplos apresentados, bem como os respectivos critérios de classificação, têm comoreferência os objectivos gerais do programa e incidem sobre um conjunto de competênciasadquiridas ao longo dos 10.º e 11.º anos, passíveis de serem avaliadas por meio de uma provaescrita.

3. CRITÉRIOS GERAIS DE CLASSIFICAÇÃO DA PROVA

Apresentam-se, em seguida, critérios gerais relativos à prova de exame nacional desta

disciplina:

• As cotações a atribuir às respostas dos examinandos são expressas obrigatoriamente em

números inteiros.

• Todas as respostas dadas pelos examinandos devem estar legíveis e devidamente

referenciadas de uma forma que permita a sua identificação inequívoca. Caso contrário, é

atribuída a cotação de zero pontos à(s) resposta(s) em causa.

• Se o examinando responder ao mesmo item mais do que uma vez, deve eliminar, clara e

inequivocamente, a(s) resposta(s) que considerar incorrecta(s). No caso de tal não acontecer,

é cotada a resposta que surge em primeiro lugar.

• Nos itens de resposta aberta, os critérios de classificação estão organizados por níveis de

desempenho.

O enquadramento das respostas num determinado nível de desempenho contempla aspectosrelativos aos conteúdos, à organização lógico-temática e à utilização de terminologiacientífica. A descrição dos níveis referentes à organização lógico-temática e à terminologiacientífica é a que se apresenta.

Organização lógico-temática e utilização de terminologia científica

Nível 3 Redacção coerente no plano lógico-temático (encadeamento lógico do discurso, de acordo com o solicitado no item). Utilização de terminologia científica adequada e correcta.

Nível 2

Redacção coerente no plano lógico-temático (encadeamento lógico do discurso, de acordo com o solicitado no item). Utilização, ocasional, de terminologia científica não adequada e/ou com incorrecções.

Nível 1 Redacção com falhas no plano lógico-temático, mesmo que com correcta utilização de terminologia científica.

04.03/II/2

• Nos itens de resposta aberta com cotação igual ou superior a 15 pontos, para além das

competências específicas, são avaliadas competências de comunicação escrita em língua

portuguesa.

A valorização a atribuir neste domínio faz-se de acordo com níveis de desempenho, a que

correspondem os seguintes descritores.

A um desempenho de Nível 3 corresponde uma pontuação de cerca de 10% da cotação total

atribuída ao item. A uma composição que se enquadre no perfil descrito para o Nível 1 não é

atribuída qualquer valorização no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa,

sendo apenas classificado o desempenho inerente às competências específicas.

Não é atribuída qualquer pontuação relativa ao desempenho no domínio da comunicação

escrita em língua portuguesa se a cotação atribuída ao desempenho inerente às

competências específicas for de zero pontos.

• Nos itens de escolha múltipla, é atribuída a cotação total à resposta correcta, sendo as

respostas incorrectas cotadas com zero pontos.

• Nos itens de verdadeiro/falso, de associação e de correspondência, a classificação a

atribuir tem em conta o nível de desempenho revelado na resposta.

• Nos itens de ordenamento, só é atribuída cotação se a sequência estiver integralmente

correcta.

• Nos itens fechados de resposta curta, caso a resposta contenha elementos que excedam

o solicitado, só são considerados para efeito da classificação os elementos que satisfaçam o

que é pedido, segundo a ordem pela qual são apresentados na resposta.

Porém, se os elementos referidos revelarem uma contradição entre si, a cotação a atribuir é

zero pontos.

Valorização das competências de comunicação escrita em língua portuguesa

Nível 3 Composição bem estruturada, sem erros de sintaxe, de pontuação e/ou de

ortografia.

Nível 2

Composição razoavelmente estruturada, com alguns erros de sintaxe, de

pontuação e/ou de ortografia, cuja gravidade não implique a perda de

inteligibilidade e/ou de sentido.

Nível 1

Composição sem estruturação aparente, com a presença de erros graves de

sintaxe, de pontuação e/ou de ortografia, com perda frequente de

inteligibilidade e/ou de sentido.

04.03/II/3

4. EXEMPLOS DE ITENS E DE CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO

Conjunto A

A origem dos eucariontes

Em 1967, Lynn Margulis propôs uma hipótese explicativa da origem dos eucariontes – a hipótese

endossimbiótica. Margulis foi criticada, entre outras razões, porque a sua hipótese desafiava

uma das ideias centrais do neodarwinismo, e o seu trabalho científico, rejeitado durante largos

anos, só recentemente foi reconhecido e aclamado pela comunidade científica.

Uma das evidências que apoiam a hipótese endossimbiótica é a existência de organismos como

Pelomyxa palustris. Esta amiba, de grandes dimensões, possui vários núcleos individualizados.

No seu citoplasma, não existe retículo endoplasmático, nem aparelho de Golgi, mitocôndrias ou

centríolos. Embora não possua mitocôndrias, Pelomyxa palustris necessita de viver em

ambientes aeróbios, se bem que com uma pressão parcial de oxigénio relativamente reduzida.

De facto, esta amiba é encontrada em fundos lodosos de lagoas de água doce, alimentando-se

de algas e de bactérias. Ela possui três tipos de bactérias endossimbióticas, que apresentam um

metabolismo análogo ao das mitocôndrias. Pelomyxa palustris morre se for tratada com

antibióticos aos quais apenas as referidas bactérias são sensíveis, acumulando-se no seu

citoplasma ácido láctico e outros metabolitos. Pensa-se que, quando vivas, as bactérias

endossimbióticas metabolizam o ácido láctico existente no citoplasma da amiba.

Existem outras evidências a favor da hipótese endossimbiótica. No entanto, apesar de se

encontrarem os primeiros fósseis de eucariontes em rochas com 2100 milhões de anos, não se

conhecem argumentos paleontológicos que apoiem esta hipótese.

A figura 1 ilustra esquematicamente uma amiba da espécie Pelomyxa palustris, observada ao

microscópio óptico.

Figura 1

04.03/II/4

1. Transcreva a letra correspondente à opção que contém os termos que permitem preencher

correctamente os espaços.

De acordo com os dados do texto, as amibas da espécie Pelomyxa palustris são

__________, pois __________.

A – eucariontes […] possuem ribossomas

B – procariontes […] não possuem retículo endoplasmático

C – eucariontes […] possuem invólucro nuclear

D – procariontes […] não possuem aparelho de Golgi



Pelomyxa palustris é um organismo com nutrição por __________, em que a __________.

A – absorção […] eliminação de materiais não digeridos ocorre por endocitose

B – ingestão […] endocitose contribui para a formação de vacúolos digestivos

C – absorção […] eliminação de materiais não digeridos ocorre por exocitose

D – ingestão […] exocitose contribui para a formação de vacúolos digestivos



A via catabólica que potencialmente poderá apresentar maior rendimento energético é a que

ocorre __________, onde a produção de ATP ocorre maioritariamente durante a

__________.

A – no citoplasma de Pelomyxa palustris […] cadeia respiratória

B – nas bactérias simbióticas […] cadeia respiratória

C – no citoplasma de Pelomyxa palustris […] glicólise

D – nas bactérias simbióticas […] glicólise



A hipótese defendida por Lynn Margulis, contrariando o neodarwinismo, propôs que a

variabilidade genética, com origem __________, originou organismos que foram favorecidos

pela selecção natural, uma vez que o oxigénio existente na atmosfera, em percentagens

cada vez mais elevadas, era tóxico para os seres __________.

A – em mutações ocorridas ao acaso no genoma […] aeróbios

B – na integração de genomas de organismos simbiontes […] aeróbios

C – em mutações ocorridas ao acaso no genoma […] anaeróbios

D – na integração de genomas de organismos simbiontes […] anaeróbios

04.03/II/5

5. As afirmações que se seguem (I a IV) são relativas à hipótese endossimbiótica.

III – Pensa-se que os cloroplastos descendem de seres procariontes fotossintéticos que

estabeleceram relações de simbiose com células heterotróficas.

III – As mitocôndrias possuem uma molécula de ADN circular, não associada de forma

permanente a histonas.

III – A maioria das proteínas dos cloroplastos é sintetizada em ribossomas citoplasmáticos,

por tradução do ARNm transcrito a partir de genes nucleares.

IV – O cloranfenicol inibe a síntese proteica em bactérias e mitocôndrias, mas não no

citoplasma de células eucarióticas.

Transcreva a letra correspondente à opção que completa correctamente a frase.

As duas afirmações que constituem evidências a favor da hipótese endossimbiótica estão

assinaladas com os números…

A – I e II.

B – I e IIiI.

C – III e IV.

D – II e IV.

6. Explique de que modo a existência de organismos como Pelomyxa palustris constitui uma

evidência a favor da hipótese endossimbiótica.

7. Refira o tipo de datação que permitiu atribuir a idade de 2100 milhões de anos às rochas onde

foram encontrados os primeiros fósseis de eucariontes.

8. Faça corresponder V (afirmação verdadeira) ou F (afirmação falsa) a cada uma das letras que

identificam as afirmações seguintes, relativas a processos de datação.

A – A existência de isótopos com diferentes semividas permite datar rochas de diferentesidades.

B – É possível determinar a idade absoluta de qualquer rocha.C – A datação absoluta baseia-se na abundância relativa de um isótopo-pai e de um isótopo-

-filho numa determinada rocha.D – Isótopos cujos períodos de semivida são muito longos permitem datar com maior

precisão rochas do Cenozóico.E – A determinação da idade de um estrato, a partir do seu conteúdo fossilífero, constitui um

processo de datação absoluta.F – A presença de fósseis da mesma espécie em estratos afastados espacialmente permite

afirmar que a sua formação foi contemporânea. G – Um bom fóssil de idade apresenta uma distribuição temporal curta e uma larga

distribuição espacial.

H – O princípio da sobreposição dos estratos não pode ser aplicado em séries invertidas.

9. Explique a afirmação seguinte.

“O conhecimento das características estruturais da amiba Pelomyxa palustris e o

conhecimento do seu habitat, expressos no texto, fornecem informações contraditórias sobre

a probabilidade de formação de fósseis desta espécie.”

04.03/II/6

Conjunto A

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

1. Opção C

2. Opção B

3. Opção B

4. Opção D

5. Opção D

6. A resposta deve conter os seguintes elementos:

• relação entre a existência de um ser vivo actual, onde existe uma associação simbiótica

entre um ser unicelular anaeróbio e uma bactéria aeróbia, e a possibilidade de existência

no passado de tais associações simbióticas;

• relação entre a possibilidade de existência, no passado, de tais associações simbióticas e

a origem de mitocôndrias proposta pela hipótese endossimbiótica.

A classificação deste item é feita de acordo com a tabela seguinte, em que 1, 2 e 3 são os

níveis de desempenho relativamente à organização lógico-temática e à terminologia científica

descritos no ponto 3. desta Informação.

7. Datação absoluta ou radiométrica.

8. A – VB – FC – VD – FE – FF – FG – VH – V

A classificação deste item é feita de acordo com a tabela seguinte.

N.º de afirmações assinaladas

correctamente

% da cotação total do item a atribuir

7 ou 8 100,0 %

5 ou 6 66,6 %

3 ou 4 33,3 %

0, 1 ou 2 0,0 %

Organização

Conteúdo Nível 3 Nível 2 Nível 1

A resposta contempla os 2 elementos.

Cotação máxima * *

A resposta contempla apenas 1 elemento. * *

Cotação mínima

* cotação intermédia

04.03/II/7


• relação entre a inexistência de partes duras em Pelomyxa palustris e a elevada

probabilidade de uma rápida decomposição após a morte;

• relação entre as características físico-químicas do meio em que esta espécie vive e a

existência de condições propícias à preservação de restos destes seres vivos;

• confronto entre a baixa probabilidade de fossilização inerente às características estruturais

de Pelomyxa palustris e a maior probabilidade de fossilização conferida pelo seu habitat.

A classificação deste item é feita de acordo com a tabela seguinte, em que 1, 2 e 3 são os

níveis de desempenho relativamente à organização lógico-temática e à terminologia científica


Organização




A resposta contempla 2 elementos. * * *

A resposta apenas contempla 1 elemento. * *

Cotação mínima


04.03/II/8

Conjunto B

Laboratório de Biologia Vegetal

Considere o seguinte procedimento experimental:

1.º Monte, entre lâmina e lamela, um fragmento de epiderme da folha de Tradescantia,

utilizando como meio de montagem uma solução isotónica relativamente aos fluidos

intracelulares – preparação 1.

2.º Repita este procedimento com mais dois fragmentos da mesma epiderme, utilizando outras

duas soluções, obtendo, respectivamente, as preparações 2 e 3.

3.º Observe ao microscópio óptico composto as três preparações.

Nota: à excepção das diferentes soluções utilizadas como meio de montagem, todas as outras condiçõespermaneceram idênticas nas três preparações.

Na figura 2, encontram-se os esquemas das três preparações observadas.

Figura 2

1. Transcreva a letra correspondente à opção que completa correctamente a frase.

O objectivo desta experiência é…

A – testar o controlo estomático da transpiração foliar.

B – verificar o estado de turgidez das células-guarda.

C – estudar os factores que regulam a abertura dos estomas.

D – observar o efeito da concentração salina na abertura estomática.


O factor deliberadamente alterado na actividade experimental descrita foi…

A – o sentido do movimento preferencial da água.

B – o grau de abertura do ostíolo.

C – o estado de turgescência das células.

D – a concentração do meio de montagem.

04.03/II/9



Na preparação 2, a coloração da maioria das células epidérmicas, imprimida pelos pigmentos

contidos nos vacúolos, altera-se.

A movimentação preferencial da água num dos sentidos provoca a __________ dos

pigmentos coloridos, apresentando-se a célula, na globalidade, __________ corada.

A – concentração [...] mais

B – diluição [...] mais

C – concentração [...] menos

D – diluição [...] menos

4. Transcreva a letra correspondente à opção correcta.

Na preparação 3, a velocidade de entrada de água no meio intracelular é superior à

velocidade de saída da mesma. O gráfico que traduz a velocidade de deslocamento da água

para o meio intracelular, em função da diferença de potencial hídrico nos dois meios, é:



Os espessamentos __________ das paredes celulares das células-guarda determinam a

__________ elasticidade da parede na região que rodeia o ostíolo, relativamente à região

que faz fronteira com as células de companhia.

A – uniformes [...] maior

B – diferenciais [...] maior

C – uniformes [...] menor

D – diferenciais [...] menor

6. Coloque por ordem as letras (de A a E), que identificam as afirmações seguintes, para

reconstituir a sequência temporal de alguns dos acontecimentos que podem determinar o

fecho dos estomas, segundo uma relação de causa-efeito.

A – Saída de água das células-guarda.

B – Aumento da pressão osmótica no meio extracelular.

C – Plasmólise das células-guarda.

D – A pressão de turgescência no interior das células-guarda atinge um valor mínimo.

E – Substituição do meio de montagem de um fragmento de epiderme por uma solução

hipertónica.

A B

C D

Diferença de potencial hídrico

Ve

loci

da

de

Ve

loci

da

de

V

elo

cid

ad

e

Ve

loci

da

de




04.03/II/10

7. Para estudar a relação entre a intensidade luminosa e a variação da taxa de transpiração na

Tradescantia, um grupo de alunos elaborou o seguinte protocolo experimental:

1.º Seleccione três plantas com idêntica dimensão e estado de desenvolvimento.

2.º Remova a raiz a cada uma das plantas e mergulhe o caule:

• da planta 1, em água destilada;

• da planta 2, numa solução saturada de NaCl;

• da planta 3, numa solução de Ringer.

3.º Adapte um potómetro a cada planta, de acordo com a montagem esquematizada na figura

3, mantendo as soluções referidas na segunda etapa.

4.º Coloque as três montagens em locais com as mesmas condições ambientais, fazendo

variar apenas a intensidade luminosa (usando para o efeito lâmpadas de 25 W, 40 W e

75 W, para as plantas 1, 2 e 3, respectivamente, mantendo a temperatura constante).

5.º Observe e registe, para cada caso, a velocidade de deslocamento da bolha de ar no

potómetro.

Figura 3

Discuta a adequação do protocolo experimental descrito, relativamente ao objectivo

proposto, considerando:

– a possibilidade de se poderem tirar conclusões;

– eventuais sugestões de alterações.

04.03/II/11

Conjunto B


1. Opção D

2. Opção D

3. Opção A

4. Opção A

5. Opção D

6. E; B; A; C; D.


• relação entre a existência de duas variáveis e a impossibilidade de atribuição inequívoca

de uma causa específica a qualquer resultado observado;

• correcção da segunda etapa do procedimento, eliminando a variável concentração.

Em alternativa ao segundo elemento de resposta, o examinando pode propor um protocolo

em que se estude o efeito da intensidade luminosa na taxa de transpiração, para cada

concentração salina mencionada. Esta resposta deve incluir correcções na primeira, segunda

e quarta etapas, sem o que não poderá ser atribuída cotação a este elemento de resposta.

A classificação deste item é feita de acordo com a tabela seguinte, em que 1, 2 e 3 são níveis

de desempenho relativamente à organização lógico-temática e à terminologia científica


Organização




A resposta contempla apenas 1 elemento. * *

Cotação mínima


04.03/II/12

Conjunto C

A Arrábida

A Arrábida é uma região montanhosa situada na parte meridional da península de Setúbal.

Limitada a sul e a oeste pelo oceano, confina a norte e a este com as terras baixas e arenosas

que ocupam a maior parte dessa península.

É constituída por uma série de serras dispostas, em geral, de ENE para WSW. Segundo a Carta

Geológica de Portugal (folha 38-B Setúbal), encontram-se nesta região rochas que vão do

Jurássico ao Miocénico, enquanto nos terrenos aplanados a norte se encontram rochas

pliocénicas e quaternárias. Fortes movimentos orogénicos deram origem, durante o Terciário, a

este conjunto de serras, onde se podem observar vários antiformas, sinformas e grandes falhas.

A Arrábida apresenta uma vegetação própria de terrenos calcários, tendo conservado, em alguns

pontos, uma floresta espontânea, antiquíssima. Recentemente, um incêndio de grandes

dimensões na serra da Arrábida colocou em perigo esta floresta.

A propósito deste incêndio, foi publicado um artigo no jornal «O Público», de 13 de Março de

2005, do qual se transcrevem dois excertos:

«Por causa do incêndio que atingiu a serra em Agosto, [...] o risco iminente de queda de blocos

rochosos levou o Instituto de Estradas de Portugal (IEP) a encerrar o troço entre o Hospital do

Outão e o Portinho da Arrábida. Mas, até agora, nenhuma intervenção de consolidação foi

realizada e a estrada continua fechada, impossibilitando o acesso às praias [...]

Já em Dezembro de 2003, um estudo da Faculdade de Engenharia do Porto concluíra da

necessidade de se proceder a intervenções para sustentação das escarpas e colocação de

redes de protecção, obras que se tornaram ainda mais urgentes depois do incêndio que atingiu

a Arrábida.»

A figura 4 ilustra um corte de orientação aproximada NW-SE da serra da Arrábida.

Orlando Ribeiro, A Arrábida, 1986 (adaptado)

Figura 4

04.03/II/13



As formações mais antigas representadas na figura têm origem em sedimentos que

resultaram directamente da __________, em ambiente de __________ hidrodinamismo.

A – precipitação de substâncias em solução […] forte

B – meteorização de outras rochas […] forte

C – precipitação de substâncias em solução […] fraco

D – meteorização de outras rochas […] fraco



Os calcários terciários formaram-se durante um episódio de __________ marinha. Mais

recentemente, os agentes erosivos actuaram sobre as litologias daquela região, verificando-

se que os calcários terciários são __________ resistentes à sua acção do que as rochas do

conjunto detrítico.

A – transgressão […] mais

B – regressão […] mais

C – transgressão […] menos

D – regressão […] menos



A estrutura assinalada com a letra A denomina-se __________ e formou-se por acção de

forças compressivas que actuaram na direcção aproximada __________.

A – sinforma […] NW-SE

B – antiforma […] NW-SE

C – sinforma […] NE-SW

D – antiforma […] NE-SW



Aquando da formação das rochas do conjunto detrítico, os sedimentos constituintes

depositaram-se __________ relativamente aos calcários do Jurássico superior. Em

consequência, formou-se um contacto __________, assinalado na figura com a letra B.

A – paralelamente […] concordante

B – obliquamente […] discordante

C – paralelamente […] discordante

D – obliquamente […] concordante

04.03/II/14

5. Coloque por ordem as letras (de A a E), que identificam as afirmações seguintes, para

reconstituir a sequência temporal de alguns dos acontecimentos que ocorreram na área cujo

corte está representado na figura 4.

A – Regressão marinha e erosão de rochas terciárias.

B – Formação dos calcários do Jurássico superior.

C – Formação dos calcários terciários.

D – Deposição das areias fluviais de cobertura.

E – Erosão de rochas de diferentes proveniências e formação das rochas do conjunto

detrítico.

6. A cada uma das letras (de A a E), que identificam afirmações relativas às características e/ou

utilizações de rochas existentes na Arrábida, faça corresponder um dos números (de I a VIII)

da chave.

Afirmações

A – Rocha detrítica utilizada na indústria vidreira como fonte de sílica.

B – Rocha utilizada na indústria do cimento como fonte de carbonato de cálcio.

C – Rocha ornamental formada por calhaus rolados cimentados.

D – Rocha detrítica utilizada na indústria da cerâmica devido à sua plasticidade quando

humedecida.

E – Rocha evaporítica utilizada na produção de estuque.

Chave

I – Argila

II – Areia

III – Calcário

IV – Lenhite (carvão)

V – Dolerito (microgabro)

VI – Gesso

VII – Conglomerado

VIII – Cascalheiras (balastros)


Antes da ocorrência do incêndio, no Verão de 2004, já era frequente, na serra, a queda de

blocos rochosos durante o Inverno. Um dos factores que terão contribuído para esses

movimentos em massa é…

A – a elevada permeabilidade das rochas calcárias.

B – o declive acentuado das encostas.

C – a fraca precipitação na zona.

D – a elevada densidade de cobertura vegetal.

8. Relacione o incêndio do Verão de 2004 com o aumento da probabilidade de ocorrência de

movimentos em massa na serra da Arrábida.

04.03/II/15

Conjunto C


1. Opção C

2. Opção A

3. Opção B

4. Opção B

5. B; E; C; A; D.

6. A – II

B – III

C – VII

D – I

E – VI

A classificação deste item é feita de acordo com a tabela seguinte.

7. Opção B

8. A classificação deste item tem em consideração aspectos de conteúdo, da organização

lógico-temática, da utilização da terminologia científica e da comunicação em língua

portuguesa. A título de exemplo, são apresentadas as ponderações para uma cotação do

item de 15 pontos.

Aspectos de conteúdo, organização lógico-temática e utilização de linguagem

científica (13 pontos)

A resposta deve conter os seguintes elementos:

• relação entre a existência de cobertura vegetal e a fixação dos solos;

• relação entre a ocorrência de incêndios e a destruição da cobertura vegetal;

• relação entre a facilidade de erosão dos solos a descoberto e o aumento da probabilidade

de ocorrência de movimentos em massa na serra da Arrábida.

N.º de correspondências

correctamente estabelecidas % da cotação total do item a atribuir

4 - 5 100 %

2 - 3 50 %

0 - 1 0 %

04.03/II/16

A tabela seguinte cruza os aspectos de conteúdo com os níveis de desempenho (1, 2 e 3)

definidos no ponto 3. desta Informação para a organização lógico-temática e utilização da

terminologia científica.

Valorização da comunicação em língua portuguesa (2 pontos)

A cotação a atribuir tem por base a seguinte tabela, em que os níveis 1, 2 e 3 são os definidos

no ponto 3. deste documento.

Valorização das competências de comunicação escrita em língua portuguesa

Nível 3 2 pontos

Nível 2 1 ponto

Nível 1 0 pontos

Organização




A resposta contempla 2 elementos. * * *

A resposta apenas contempla 1 elemento. * *

Cotação mínima


04.03/II/17

A Directora

(Glória Ramalho)

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