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Ana Margarida Matos Biologia e Geologia 11º ano

Biologia e Geologia 11º ano

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Page 1: Biologia e Geologia 11º ano

Ana Margarida Matos

Biologia e Geologia – 11º ano

Page 2: Biologia e Geologia 11º ano

A mobilidade da litosfera e o peso das camadas

suprajacentes provocam tensões nas rochas ao longo dos

tempos.

1- Deformações

Tensão – força aplicada por unidade de área.

Page 3: Biologia e Geologia 11º ano

As deformações

podem

corresponder a:

Na maior parte dos casos, as

deformações correspondem a

alterações de forma e de

volume, simultaneamente.

Alterações de volume

ou

alterações na forma

Page 4: Biologia e Geologia 11º ano

1.1- Tipos de tensões

Page 5: Biologia e Geologia 11º ano

As tensões de compressão conduzem

à redução do volume da rocha na

direção paralela à atuação das forças,

e ao seu alongamento na direção

perpendicular.

Podem provocar a sua fratura.

Tensões compressivas

Page 6: Biologia e Geologia 11º ano

Tensões distensivas

As tensões de distensão

conduzem ao alongamento da

rocha, na direção paralela à

atuação das forças, ou à sua

fratura.

Page 7: Biologia e Geologia 11º ano

Tensões de cisalhamento

As tensões de cisalhamento causam a

deformação da rocha por

movimentos paralelos em sentidos

opostos.

Page 8: Biologia e Geologia 11º ano

Tensões de

cisalhamento -

associadas a limites

transformantes.

Tensões distensivas -

associadas a limites

divergentes de placas.

Tensões compressivas -

associadas a limites

convergentes de placas.

Page 9: Biologia e Geologia 11º ano

Variação da deformação em função da tensão suportada

1.2- Como respondem as rochas às tensões?

Comportamento elástico

• a deformação é reversível, e proporcional

ao estado de tensão aplicado;

• quando cessa o estado de tensão, o

material recupera a sua forma/volume

iniciais;

• verifica-se quando a força aplicada sobre a

rocha não ultrapassou o seu limite de

elasticidade.

Comportamento plástico

• a deformação é permanente e o

material fica deformado sem

rutura;

• verifica-se quando a força

aplicada sobre a rocha é superior

ao seu limite de elasticidade e

inferior ao limite de plasticidade;

• associado à formação de dobras.

Page 10: Biologia e Geologia 11º ano

Comportamento das rochas sob a ação

de tensões

Deformação em regime dúctil Deformação em regime frágil

A rocha altera-se, sofre deformações

permanentes mas não fratura, mesmo

em condições elevadas de pressão e

temperatura

A rocha fratura facilmente em

condições de baixa pressão e baixa

temperatura

Dobras Falhas

Page 11: Biologia e Geologia 11º ano

1.3- Fatores que condicionam a deformação

das rochas

Tensão e temperatura

Tensão confinante ou litostática

resulta do peso das camadas suprajacentes.;

aumenta a ductilidade da rocha, aumentando o campo

de plasticidade e, consequentemente, a resistência à

rutura;

as forças aplicadas são iguais em todas as direções e

aumentam com a profundidade;

um aumento da pressão litostática provoca uma

diminuição do volume das rochas e um aumento de

densidade.

Tensão não litostática ou dirigida – ocorre quando um

corpo está sujeito a forças de intensidade diferente nas

diversas direções.

Page 12: Biologia e Geologia 11º ano

A rutura ocorre,

principalmente, quando as

rochas estão próximas

da superfície.

Embora à superfície a

maioria das rochas

apresente um limite de

plasticidade baixo,

existem, contudo, muitas

séries de rochas

estratificadas com

deformações do tipo

plástico.

Page 13: Biologia e Geologia 11º ano

A profundidades elevadas e sob a ação de grandes tensões e

temperaturas, as rochas entram em rutura mais dificilmente, revelando

um comportamento plástico. A deformação ocorre em regime dúctil.

Em certas condições extremas de pressão e de temperatura, as

rochas podem ter mesmo um comportamento semelhante a fluidos

extremamente viscosos.

Os conceitos de ductilidade e de fragilidade, nas rochas, são algo

relativos, porque o seu comportamento mecânico é influenciado por uma

série de fatores ambientais.

Page 14: Biologia e Geologia 11º ano

Conteúdo em fluidos

- Nas zonas mais superficiais, a porosidade dos materiais é

mais elevada e os espaços podem estar ocupados por

fluidos, nomeadamente, a água.

- Esta situação favorece e existência de deformação em

regime frágil e, portanto, uma maior tendência para a

rutura dos materiais geológicos.

Tempo de atuação das forças

Composição e estrutura da rocha

Page 15: Biologia e Geologia 11º ano

Resumindo:

- Diferentes parâmetros, como a composição

química/mineralógica, a tensão, a temperatura e os fluidos

intersticiais variam com a profundidade, criando diferentes

condições que afetam o comportamento dos materiais geológicos.

Page 16: Biologia e Geologia 11º ano

2- Estruturas geológicas originadas por

deformação: dobras e falhas

Page 17: Biologia e Geologia 11º ano

deformações que se caracterizam pelo arqueamento das camadas;

podem existir a nível macroscópico ou a nível microscópico;

resultam da atuação de tensões de compressão em rochas com

comportamento dúctil.

2.1- Dobras

Page 18: Biologia e Geologia 11º ano

Dobra suave - Estrada

da Beira-cruzamento

para Ribas (Grupo das

Beiras - Formação de

Caneiro) - Coimbra

Page 19: Biologia e Geologia 11º ano

2.1.1- Elementos de uma dobra

Charneira – zona de

convergência das camadas

de cada flanco, isto é, zona

de curvatura máxima da

dobra, havendo uma

charneira para cada camada.

Flancos – vertentes da

dobra, isto é, partes da dobra

de um e do outro lado da

charneira.

Superfície ou Plano axial – plano de simetria da dobra que a divide em duas partes

(flancos) aproximadamente iguais.

Eixo – interceção do plano axial com a charneira.

Núcleo – conjunto das camadas mais internas da dobra.

Page 20: Biologia e Geologia 11º ano

Dobra em caixa – dobra

com duas charneiras.

Camadas finas de xistos

intercalam com

grauvaques (Formação de

Boque- Serpins).

Page 21: Biologia e Geologia 11º ano

Dobra apertada em

quartzitos do Ordovícico –

Fragas de S. Simão

(Figueiró dos Vinhos).

Page 22: Biologia e Geologia 11º ano

2.1.2- Tipos de dobras

Classificação quanto:

À posição espacial À idade relativa dos

estratos

Sinforma

Antiforma

Dobra

neutra

Anticlinal Sinclinal

Page 23: Biologia e Geologia 11º ano
Page 24: Biologia e Geologia 11º ano

Quais são os tipos de dobras (disposição no espaço)?

Antiforma Sinforma

Page 25: Biologia e Geologia 11º ano

Quais são os tipos de dobras (disposição no espaço)?

Antiforma Sinforma

Page 26: Biologia e Geologia 11º ano

Quais são os tipos de dobras (idade relativa)?

Anticlinal Sinclinal

Page 27: Biologia e Geologia 11º ano

Quais são os tipos de dobras (idade relativa)?

Anticlinal

Sinclinal

Page 28: Biologia e Geologia 11º ano

Quais são os tipos de dobras (idade relativa)?

Anticlinal

Page 29: Biologia e Geologia 11º ano

Quais são os tipos de dobras (idade relativa)?

Sinclinal

Page 30: Biologia e Geologia 11º ano

2.1.3- Atitude das camadas de uma dobra A posição das camadas de rochas no espaço, isto é, a atitude dessas

camadas pode ser definida pela direção e pela inclinação/pendor

das referidas camadas.

Direção da camada –

ângulo formado pela

diretriz com a direção N-S

geográfica.

Diretriz – linha horizontal

resultante da interseção

do plano da camada com

um plano horizontal.

Inclinação ou pendor dos estratos - ângulo formado pela pendente (linha de

maior declive) com o plano horizontal.

Page 31: Biologia e Geologia 11º ano

2.2- Falhas

deformações descontínuas em que se verifica a fratura das rochas

acompanhada do deslocamento dos blocos fraturados, um em

relação ao outro;

ocorrem quando é ultrapassado o limite de plasticidade dos materiais

rochosos;

podem resultar da atuação de qualquer tipo de tensão (compressiva,

distensiva ou cisalhante) em rochas com comportamento frágil.

Page 32: Biologia e Geologia 11º ano

2.2.1- Elementos de uma falha

Plano de falha – superfície de fratura ao

longo da qual ocorreu o movimento dos

blocos.

Teto – bloco que se sobrepõe ao plano de

falha .

Muro – bloco que se situa abaixo do plano

de falha.

Rejeto ou Rejeito – menor distância entre dois pontos que estavam juntos antes da

fratura e do respetivo deslocamento.

Escarpa de falha – ressalto topográfico produzido pela falha.

Page 33: Biologia e Geologia 11º ano

2.2.2- Tipos de falhas

Falhas normais

O movimento relativo dos dois blocos da falha está na base

da sua classificação.

Falhas inversas

Falhas de

desligamento

Page 34: Biologia e Geologia 11º ano

Falha normal

O teto desce em relação ao

muro.

Resulta, geralmente, da

atuação de tensões de

distensão em rochas com

comportamento frágil.

Teto Muro

Page 35: Biologia e Geologia 11º ano

Lima, Perú EUA

Falha normal

EUA

Page 36: Biologia e Geologia 11º ano

Falha normal

Arenitos ferruginosos

(Grés de Silves) afetados

por uma falha normal –

Quinta da Portela

(Coimbra)

Page 37: Biologia e Geologia 11º ano

Falha inversa

O teto sobe em relação ao

muro.

Resulta, geralmente, da

atuação de tensões de

compressão em rochas

com comportamento frágil. Muro

Teto

Muitas vezes, especificam-se estas falhas de acordo com o seu pendor:

- Falha inversa – pendor igual a 45º

- Cavalgamento - 30º < pendor < 45º

- Carreamento – pendor < 30º

Page 38: Biologia e Geologia 11º ano

Cavalgamento – Salgueiro da Lomba (Figueiró dos Vinhos).

Page 39: Biologia e Geologia 11º ano

Falha inversa

EUA

EUA EUA

Page 40: Biologia e Geologia 11º ano

Falha de desligamento

Os movimentos dos blocos

são essencialmente

horizontais e paralelos à

direção do plano de falha.

Resulta, geralmente, da

atuação de tensões de

cisalhamento em rochas

com comportamento frágil.

Page 41: Biologia e Geologia 11º ano

Desligamento direito próximo de Las Vegas, Nevada (vista aérea) .

Falha de desligamento

Page 42: Biologia e Geologia 11º ano

A Falha de Santo André é uma falha

geológica tangencial que se prolonga

por cerca de 1290 km através da

Califórnia, marcando o encontro entre a

Placa do Pacífico e a Placa Norte-

Americana.

Falha de desligamento – Falha de Santo André

Page 43: Biologia e Geologia 11º ano

2.2.3- Atitude de uma falha

Direção – ângulo formado por uma linha horizontal do plano de falha com

a linha N-S geográfica.

Inclinação ou pendor – ângulo formado pelo plano de falha com um

plano horizontal que interseta o plano de falha.

1- Plano de falha

2- Teto

3- Muro

4- Direção

α - Inclinação

Page 44: Biologia e Geologia 11º ano

2.2.4- Associação de falhas – horsts e grabens

Horst – bloco elevado em relação aos territórios vizinhos por ação de

movimentos tectónicos associados a falhas. Tendem a ser faixas

alongadas de terreno, que podem ter centenas de quilómetros de

comprimento, separados do território vizinho por escarpas de falhas

normais.

Graben – depressão de origem tectónica formada quando um bloco fica

afundado em resultado de movimentos combinados de falhas tectónicas.

Page 45: Biologia e Geologia 11º ano

Associação de falhas – horsts e grabens

Montanha da Mesa (África do Sul)

Page 46: Biologia e Geologia 11º ano

Associação de falhas – horsts e grabens

Page 47: Biologia e Geologia 11º ano

Bibliografia:

• DIAS, Guerner et al. (2008). Geologia 11. Areal Editores. Porto.

• SILVA, Amparo Dias et al. (2011). Terra, Universo de Vida. 2º Parte, Geologia – 11º

ano. Porto Editora. Porto.

• SILVA, João Carlos et al. (2008). Desafios. Volume 2 – 11º ano. Edições ASA. Porto.

Webgrafia:

• https://www.terra-online.blogspot.com/2010/05/estruturas-geologicas-originadas-

por.html

• https://www.wikipedia.org

• https://www.youtube.com/watch?v=ypZeEK7L9po

• http://www.cientic.com/portal/docs/deformacoes.pdf