28
INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE ISSN 1518-3858 MINISTÉRIO DA SAÚDE VOLUME 27 – N.º 1, jan./mar. 2007 MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

ISSN 1518-3858

MINISTÉRIO DA SAÚDE

VOLUME 27 – N.º 1, jan./mar. 2007

MSMSMSMSMSMSMSMSMSSMSMSMSMSMSMSMSMSMMSMSMSMSMSMSMSMSMSSMSMSMSMSMSMSMSMSMMSMSMSMSMSMSMSMSMSSMSMSMSMSMSMSMSMSMMSMSMSMSMSMSMSMSMSSMSMSMSMSMSMSMSMSMMSMSMSMSMSMSMSMSMSSMSMSMSMSMSMSMSMSMMSMSMSMSMSMSMSMSMSSMSMSMSMSMSMSMSMSMMSMSMSMSMSMSMSMSMSSMSMSMSMSMSMSMSMSMMSMSMSMSMSMSMSMSMSSMSMSMSMSMSMSMSMSM

07_0336_M.indd 107_0336_M.indd 1 3/4/2007 16:11:543/4/2007 16:11:54

Page 2: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

Informação para a Saúde

Volume 27, n.º 1, jan./mar. 2007

Publicação trimestral da Biblioteca do Ministério da Saúde destinada à divulgação de artigos publicados em periódicos incorporados ao acervo institucional.

ISSN 1518-3858Periodicidade: trimestralTiragem: 3.800 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria-ExecutivaSubsecretaria de Assuntos AdministrativosCoordenação-Geral de Documentação e InformaçãoCoordenação de BibliotecaEsplanada dos Ministérios, bloco G, térreoCEP: 70058-900, Brasília – DFTels.: (61) 3315-2344/3315-2347/3315-2280/3315-3218Fax: (61) 3315-2563E-mail: [email protected]

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfi ca

Informação para a Saúde / Ministério da Saúde. Coordenação-Geral de Documentação e Informação. Coordenação de Biblioteca. – Brasília: Ministério da Saúde, 1980.

v. 27, n. 1, jan./mar. 2007Trimestral

ISSN 1518-3858

1. Serviços de informação. 2. Disseminação da informação. 3. Informação – saúde – periódico. I. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação-Geral de Documentação e Informação. Coordenação de Biblioteca. II. Título.

NLM ZA 3150-3159

Catalogação na fonte – Editora MS – OS 0336/2007

Jornalista responsável: Paulo Henrique de Castro – Reg MTb 4136/13/99/DF

07_0336_M.indd 207_0336_M.indd 2 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 3: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

Apresentação 5

Resumos/Bibliografi as 7

SUMÁRIO

07_0336_M.indd 307_0336_M.indd 3 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 4: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

07_0336_M.indd 407_0336_M.indd 4 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 5: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

5

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

5

APRESENTAÇÃO

Informação para a Saúde é um boletim trimestral dirigido a profi ssionais do setor Saúde e destinado à divulgação de artigos publicados em periódicos recém-incorporados ao acervo da Biblioteca do Ministério da Saúde, uni-dade vinculada à Coordenação-Geral de Documentação e Informação, da Subsecretaria de Assuntos Administrativos, Secretaria-Executiva. São divulga-dos, principalmente, artigos que tratam de planejamento e administração em saúde, prestação de serviços de saúde, epidemiologia, prevenção e controle das grandes endemias e doenças transmissíveis, aspectos sociais e econômicos da saúde, educação em saúde, saúde materno-infantil, saúde mental, ecologia humana, recursos humanos em saúde, medicina comunitária, qualidade dos serviços de saúde e outros temas relevantes.

Edições EstaduaisA Coordenação-Geral de Documentação e Informação (CGDI) incentiva as Secretarias Estaduais de Saúde e outros órgãos ligados à saúde pública a promover a publicação de boletins como o Informação para a Saúde em âm-bito estadual.Iniciativas como essa já foram tomadas em alguns estados, pois divulgam o acervo local e podem abordar temas de interesse específi co, aumentando a difusão de informações ao mesmo tempo em que acrescentam qualidade aos dados divulgados.Os órgãos de outros estados que desejarem promover a publicação de seus boletins poderão entrar em contato com a CGDI.

07_0336_M.indd 507_0336_M.indd 5 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 6: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

07_0336_M.indd 607_0336_M.indd 6 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 7: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

7

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

7

ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE001CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa; DOMITTI, Ana Carla. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisci-plinar em saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399-407, fev. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n2/16.pdf

Os autores apresentam uma reconstrução teórico-conceitual da metodolo-gia de gestão do trabalho em saúde baseada em equipes de referência e apoio matricial. Equipe de referência é um rearranjo organizacional que procura coincidir o poder de gestão com a equipe interdisciplinar. O apoio matricial sugere modifi cações entre as relações dos níveis hierárquicos em sistemas de saúde; nesse caso, o especialista integra-se organicamente a várias equipes que necessitam do seu trabalho especializado. Além da retaguarda assistencial, ob-jetiva-se produzir um espaço em que ocorra intercâmbio sistemático de con-hecimentos entre as várias especialidades e profi ssões. São apontados obstácu-los estruturais, éticos, políticos, culturais, epistemológicos e subjetivos ao de-senvolvimento desse tipo de trabalho integrado em saúde.

ALEITAMENTO MATERNO002FALEIROS, Francisca Teresa Veneziano; TREZZA, Ercília Maria Carone; CARANDINA, Luana. Aleitamento materno: fatores de infl uência na sua decisão e duração. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 5, p. 623-630, set./out. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rn/v19n5/a10v19n5.pdf

Os autores analisaram diferentes fatores que podem infl uenciar na decisão das mães de amamentar, na duração da amamentação e as principais razões do desmame. Foram selecionados artigos publicados entre 1990 e 2004 das bases de dados Lilacs, Medline, Scielo, Bireme, utilizando as palavras-chave: desmame e fatores de risco, bem como suas versões em inglês. Alguns fatores, como maternidade precoce, baixo nível educacional e socioeconômico ma-ternos, paridade, atenção do profi ssional de saúde nas consultas de pré-natal, necessidade de trabalhar fora do lar, são freqüentemente considerados como

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 707_0336_M.indd 7 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 8: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

88

determinantes do desmame precoce. Contudo, outros, como o apoio fami-liar, condições adequadas no local de trabalho e uma experiência prévia posi-tiva, parecem ser parâmetros favoráveis à decisão materna pela amamentação. Apesar da relevância dos fatores mencionados acima, os aspectos culturais e a história de vida da mãe foram os mais importantes na decisão materna pelo aleitamento e pelo momento do desmame.

ANEMIASDIAGNÓSTICO PRECOCE003MELO-REIS, Paulo R.; ARAÚJO, Luiz M. M.; DIAS-PENNA, Karlla G. B. et al. A importância do diagnóstico precoce na prevenção das anemias hereditárias. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, São José do Rio Preto, v. 28, n. 2, p. 149-152, abr./jun. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v28n2/v28n2a17.pdf

As anemias hereditárias, que englobam as hemoglobinopatias e talassemias são doenças determinadas geneticamente. Na maioria dos casos os hetero-zigotos são assintomáticos e desconhecem o defeito genético do qual são por-tadores. De uma forma geral existe uma defi ciência no diagnóstico clínico e laboratorial para a investigação destas doenças que acometem uma parcela signifi cativa da população brasileira. A comunicação deste caso à comuni-dade científi ca tem como objetivo destacar a importância de um diagnósti-co clínico-laboratorial realizado o mais precocemente. Entretanto, este diag-nóstico só é possível se for realizado por um profi ssional capacitado através de metodologias específi cas para a elucidação das mais diferentes interações genéticas. Faz parte também deste diagnóstico o estudo familiar que é estrita-mente necessário no caso de um possível aconselhamento genético com o in-tuito de evitar a transmissão genética e conseqüentemente a geração de indi-víduos doentes ou com uma sobrevida pequena.

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 807_0336_M.indd 8 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 9: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

9

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

9

ATENÇÃO BÁSICA004GERVAS, Juan; FERNANDEZ, Mercedes Pérez. Atención primaria fuerte: fundamento clínico, epidemiológico y social en los países desarrollados y en de-sarrollo. Revista Brasileira de Epidemiologia, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 389-400, set. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v9n3/13.pdf

BIOÉTICAMEDICAMENTOS005FAGUNDES, Maria José Delgado; SOARES, Magnely Gomes Alves; DI-NIZ, Nilza Maria et al. Análise bioética da propaganda e publicidade de medicamentos. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 221-229, jan./mar. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n1/21.pdf

Sob a perspectiva da “ética da proteção” e da “bioética de intervenção”, a pesquisa analisa a infl uência das peças publicitárias de medicamentos veicu-ladas à classe médica na prescrição de medicamentos. Estuda, ainda, a quali-dade das informações nas propagandas de medicamentos de venda sob pres-crição, antes e depois da Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa - RDC 102/2000, que regulamenta a propaganda de medicamentos no país, bem como discute o papel regulador do Estado na área. Primeiramente, foram en-trevistados 50 médicos de Brasília, a fi m de examinar como percebem os efei-tos da propaganda sobre sua atividade profi ssional. Em seguida, foram avalia-das 10 peças publicitárias, 5 veiculadas antes e 5 depois da RDC 102/2000. Os resultados permitiram concluir que: a) 98% dos médicos recebem visi-tas regulares de representantes comerciais; b) 86% recebem brindes; c) 68% crêem na infl uência direta da propaganda sobre a prescrição; d) 14% dis-seram prescrever medicamentos em função do recebimento de prêmios; e) 68% acreditam existir inverdades nas informações das peças publici-tárias; f ) antes da RDC, as informações (contra-indicações, indicações, pre-cauções, cuidados e advertência) nas propagandas representavam 28% dos ca-sos; após a RDC, foram encontradas informações em 79% dos casos.

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 907_0336_M.indd 9 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 10: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

1010

CIÊNCIA E TECNOLOGIAAMAZÔNIA006BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ciência e Tecnologia. Secre-taria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos et al. Ações de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde para a Amazônia Legal. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 158-162, fev. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n1/23.pdf

COMUNICAÇÃO EM SAÚDEATENÇÃO À SAÚDE007PITTA, Áurea Maria da Rocha; RIVERA, Francisco Javier Uribe. Sobre pon-tos de partida: planejamento em comunicação e integralidade da atenção em saúde. Interface, Botucatu, v. 10, n. 20, p. 395-410, jul./dez. 2006. Disponí-vel em: http://www.scielo.br/pdf/icse/v10n20/09.pdf

O texto propõe, como ponto de partida do planejamento em comunicação, o momento explicativo do Planejamento Estratégico Situacional o PES, larga-mente difundido no campo da saúde coletiva. Tece relações entre noções que permeiam o PES e uma economia política do signifi cante. Possui como base diferentes momentos da produção e ausculta dos autores a dinâmicas institu-cionais e relações serviços de saúde-população em âmbito local.

CUIDADO PRÉ-NATALEDUCAÇÃO EM SAÚDE008RIOS, Claudia Teresa Frias; VIEIRA, Neiva Francenely Cunha. Ações edu-cativas no pré-natal: refl exão sobre a consulta de enfermagem como um es-paço para educação em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 477-486, mar./abr. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n2/a24v12n2.pdf

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1007_0336_M.indd 10 3/4/2007 16:12:143/4/2007 16:12:14

Page 11: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

11

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

11

Na busca de novos caminhos que melhor refl etissem sobre a consulta de enfer-magem como um espaço para a educação em saúde no pré-natal, realizamos um estudo refl exivo através de uma avaliação qualitativa, onde a participação dos su-jeitos envolvidos foi um fator preponderante. Para tanto, lançamos mão de um novo paradigma como referencial metodológico, a avaliação emancipatória, que norteou esta pesquisa e trouxe a descrição da realidade. Além da observação não participante, utilizamos para a coleta de dados a entrevista com as cinco enfer-meiras que atuam no ambulatório do Hospital Universitário, local escolhido para a pesquisa. Frente aos resultados encontrados, a ação educativa realizada pela en-fermeira durante a consulta do pré-natal caracteriza-se como uma ação rotineira, pouco participativa, com predominância informativa apesar da existência do bom propósito de educar, por meio da qual questões relacionadas ao modelo assisten-cial, estrutural e organizacional da Instituição emergiram como obstáculos para a realização da educação em saúde, como tendência libertadora, crítico-social e transformadora. A pesquisa aponta para a reorientação do serviço de enfermagem na atenção à gestante; a criação de um ambiente físico adequado para o atendi-mento da consulta de enfermagem e a participação da gestante em grupos.

DESIGUALDADES EM SAÚDEGÊNERORAÇA009BARATA, Rita Barradas; ALMEIDA, Márcia Furquim de; MONTERO, Cláudia Valencia et al. Desigualdades de saúde segundo cor em pessoas de 15 a 64 anos de idade no Brasil, 1998. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 305-313, fev. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n2/06.pdf

O objetivo foi analisar desigualdades no estado de saúde, uso de consultas médi-cas e internações hospitalares na população de jovens e adultos brasileiros segundo cor utilizando dados do suplemento saúde da PNAD 1998, inquérito domiciliar em amostra representativa da população brasileira de 15 a 64 anos, exceto aqueles residentes na Amazônia rural. A prevalência de estado de saúde regular ou ruim foi mais alta entre homens e mulheres negros e mulheres brancas. A infl uência do gênero e da cor permanece signifi cante após ajustamento por idade e condições so-

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1107_0336_M.indd 11 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 12: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

1212

cioeconômicas. As diferenças entre brancos e negros diminuem com a idade e au-mentam com o nível socioeconômico. A freqüência de consultas médicas foi 10% maior entre os brancos. As diferenças são mais notáveis entre os jovens que referem bom estado de saúde. Não há diferença signifi cante nas taxas de hospitalização. Em relação ao estado de saúde, as diferenças entre brancos e negros são marcantes. En-tretanto, o mesmo não se observa para a utilização dos serviços de saúde.

DISFUNÇÃO ERÉTIL010ABDO, Carmita Helena Najjar; OLIVEIRA JR, Waldemar Mendes de; SCANAVINO, Marco de Tubino et al. Disfunção erétil: resultados do es-tudo da vida sexual do brasileiro. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 52, n. 6, p. 424-429, nov./dez. 2006. Disponível em: http://www.sci-elo.br/pdf/ramb/v52n6/a23v52n6.pdf

OBJETIVO: Estimar a prevalência da disfunção erétil (DE) e fatores de risco associados em amostra da população brasileira. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de conveniência de 2.862 homens, maiores de 18 anos, por meio de questionário anônimo e auto-responsivo. A prevalência de DE na amostra foi obtida mediante questão global derivada diretamente da defi nição de DE. Os dados foram submetidos a testes Qui-quadrado e t de Student. Foram utilizadas análises de regressão logística para cálculos dos riscos. RESULTADOS: A prevalência encontrada de DE foi 45,1% (31,2% mínima, 12,2% moderada e 1,7% completa). Indivíduos com DE apresen-taram comprometimento da auto-estima, dos relacionamentos interpessoais, menos relações sexuais por semana, mais relações extraconjugais, queixas de falta de desejo sexual e ejaculação rápida. Comparados aos homens com idades entre 18 e 39 anos, aqueles com 60 a 69 têm 2,2 (95% IC; 1,4-3,4; p < 0,01) mais risco para DE, enquanto para aqueles com 70 anos ou mais, a chance triplica (95% IC; 1,4-6,3; p < 0,01). Houve associação inversa en-tre nível educacional e risco para DE. Raça amarela, desemprego, alguma afi -liação religiosa, história de tumor de próstata, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e depressão aumentaram a chance para DE. CONCLUSÃO: A pre-valência de DE é alta e comparável à prevalência de outros estudos. Homens

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1207_0336_M.indd 12 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 13: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

13

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

13

com DE apresentam menos atividade sexual e prejuízo da qualidade de vida. Idade e condição socioeconômica precária agravam o risco para DE. Ações terapêuticas e preventivas devem ser implementadas para minimizar o impac-to negativo desta condição, particularmente em países em desenvolvimento.

ECONOMIA DA SAÚDEALCOOLISMO011MORAES, Edilaine; CAMPOS, Geraldo M.; FIGLIE, Neliana B. et al. Con-ceitos introdutórios de economia da saúde e o impacto social do abuso de álcool. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 28, n. 4, p. 321-325, dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v28n4/11.pdf

A sociedade brasileira arca, atualmente, com um elevado custo econômico fre n-te aos problemas decorrentes do uso abusivo de álcool. No Brasil, estudos econômicos relacionados ao abuso e/ou dependência química são escassos ou inexistentes, embora exista uma grande limitação de recursos e enormes problemas de saúde decorrentes. Este artigo tem como objetivo introduzir aos profi ssionais da saúde conceitos fundamentais da Economia da Saúde, tais como: avaliação econômica completa e incompleta, custo da doença, comparação de custos, tipos de avaliação (custo-minimização, custo-efetivi-dade, custo-utility e custo-benefício), pontos de vista da análise (do paciente, da Instituição de Saúde, do Ministério da Saúde ou da sociedade), tipos de custos (diretos, indiretos e intangíveis) e outros. Além disso, serão descritos alguns dados de pesquisas sobre o impacto do consumo de álcool na socie-dade brasileira. Não pretendemos esgotar os assuntos tratados, mas sim, en-fatizar a necessidade de pesquisas nacionais que aliem a avaliação econômica à dependência alcoólica, tendo por fi nalidade propiciar o maior ganho de saúde possível, com a menor utilização dos escassos recursos destinados ao sistema saúde, na busca de maior efi ciência.

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1307_0336_M.indd 13 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 14: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

1414

EDUCAÇÃO MÉDICAÉTICA E BIOÉTICA012GOMES, Annatália Meneses de Amorim; MOURA, Escolástica Rejane Fer-reira; AMORIM, Rosendo Freitas. O lugar da ética e bioética nos currícu-los de formação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janei-ro, v. 30, n. 2, p. 56-65, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v30n2/v30n2a08.pdf

Estudo documental que teve por objetivos verifi car semestres de oferta, horas-aula e porcentagem com que disciplinas específi cas voltadas para o saber da Ética e Bioé-tica se apresentam no currículo da Medicina; averiguar o caráter da transversalidade do conteúdo de Ética e Bioética nas demais disciplinas; identifi car as linhas temáti-cas que sobressaem nos conteúdos das disciplinas específi cas; e analisar o aspecto da multiprofi ssionalidade no corpo docente da Medicina. Os conteúdos de Ética e Bioética no currículo de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) têm espaço nas disciplinas específi cas no 1º, 5º e 8º semestres, totalizando uma carga horária de 196 horas e, transversalmente, está inserido em boa parte das demais dis-ciplinas do currículo, aspecto que merece ser incorporado ao currículo da Universi-dade Estadual do Ceará (UECE). As linhas temáticas incorporadas nas duas univer-sidades mostram uma ampliação na percepção da própria Deontologia, não só foca-da em deveres, mas também incluindo novas exigências dos fenômenos sociocultu-rais envolvidos. A diversidade profi ssional do corpo docente da UECE mostrou-se mais ampla do que na UFC. Propõe-se que as mudanças defendidas nas universi-dades em termos de reforma curricular sejam acompanhadas e avaliadas por seus benefi ciários, para que o processo de formação médica possa, de fato, proporcionar o aprender a ser, a fazer, a conviver e a conhecer.

EDUCAÇÃO MÉDICASAÚDE PÚBLICA013CARVALHO, Sérgio Resende; GARCIA, Rosana Aparecida; ROCHA, Dani-el Carvalho. O ensino da Saúde Coletiva no curso médico da Unicamp:

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1407_0336_M.indd 14 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 15: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

15

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

15

experiências inovadoras junto a unidades básicas de saúde. Interface, Botuca-tu, v. 10, n. 20, p. 457-472, jul./dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/icse/v10n20/13.pdf

Este artigo descreve e analisa cenários de ensino/aprendizagem vivenciados por alunos do primeiro ano do curso médico da Unicamp. Realizou-se, para tanto, investigação sobre o ensino em Saúde Coletiva em uma unidade básica de saúde (UBS) de Campinas (SP), entre 2002 e 2004. A partir de vivências concretas e parcerias com os trabalhadores, os alunos tiveram a oportunidade de vincular-se, desde o início da graduação, aos serviços de saúde. A aborda-gem problematizadora utilizada contribuiu para a parceria entre a academia e o serviço de saúde. Ela possibilitou que os alunos atendessem às demandas da UBS e, por outro lado, induziu a criação de uma “rede docente” – cons-tituída pelo gestor, pelos profi ssionais e docentes da Unicamp – que deu in-estimável contribuição à formação discente, fortalecendo, no processo, a ca-pacidade de gestão dos serviços por parte dos profi ssionais envolvidos.

ENFERMAGEMPROCESSOS DE TRABALHO014TAKEMOTO, Maíra Libertad Soligo; SILVA, Eliete Maria. Acolhimento e transformações no processo de trabalho de enfermagem em unidades básicas de saúde de Campinas, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Públi-ca, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 331-340, fev. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n2/09.pdf

O presente artigo relata as transformações no trabalho da enfermagem com a incorporação do acolhimento no processo de implementação do Projeto Pai-déia de Saúde da Família na Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, São Paulo, Brasil, a partir de 2001. Apresenta os dados obtidos por intermédio da realização de observação participante e entrevistas semi-estruturadas na investigação do processo de trabalho de enfermagem por referência ao acol-himento. Baseia suas análises na existência de dois modos diferentes de pen-sar e operacionalizar o acolhimento: como postura diante dos usuários e suas

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1507_0336_M.indd 15 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 16: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

1616

necessidades e como um dispositivo capaz de reorganizar o processo de traba-lho. Além disso, analisa o acolhimento com base nas seguintes questões: orga-nização do processo de trabalho, garantia de acesso, ampliação da demanda, transformações no trabalho de enfermagem, humanização e vínculo.

ÉTICA MÉDICA015VIANNA, Jayme Augusto Rocha; ROCHA, Lys Esther. Comparação do có-digo de ética médica do Brasil e de 11 países. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 52, n. 6, p. 435-440, nov./dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v52n6/a25v52n6.pdf

OBJETIVO: Comparar o Código de Ética Médica do Conselho Federal de Me-dicina do Brasil com códigos de diferentes países com o objetivo de melhorar a compreensão da sua estrutura, contribuindo para o cumprimento de seus objeti-vos. MÉTODOS: Foram estudados 11 países dos cinco continentes: Argentina, Chile, Canadá, Estados Unidos, Portugal, Reino Unido, África do Sul, Egito, China, Índia e Austrália. As informações foram obtidas na internet, pelo aces-so a sites de agências reguladoras e associações médicas. Os códigos foram des-critos e comparados segundo informações sobre sua organização elaboradora, abrangência espacial, obrigatoriedade, data de elaboração, organização das ori-entações, e documentos auxiliares. RESULTADOS: Os códigos de ética médi-ca estudados eram: 59% elaborados pela agência reguladora da medicina de seu país, 92% com abrangência nacional, 67% obrigatórios para todos os médicos e 73% tiveram sua última reelaboração após o ano 2000. Foi observada relação en-tre a organização elaboradora e a obrigatoriedade e abrangência espacial dos có-digos. Foi evidenciada a necessidade de atualização sistemática dos códigos, o que freqüentemente é realizado por meio de documentos auxiliares, entretanto, pode haver difi culdade de conhecimento desse conteúdo. Foi observada a possibilidade de organizar as orientações por tópicos, na forma de pequenos textos para cada tema. CONCLUSÃO: Este estudo apresentou sugestões quanto ao Código de Ética Médica do Brasil: realizar uma revisão e atualização do código; organizar suas orientações de modo a incluir explicações e justifi cativas; e separar as reso-luções de caráter ético, melhorando sua divulgação.

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1607_0336_M.indd 16 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 17: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

17

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

17

FISIOTERAPIAOSTEOPOROSE016AVEIRO, M. C.; GRANITO, R. N. ; NAVEGA, M. T. et al. Infl uência de um programa de treinamento físico na força muscular, no equilíbrio e na velocidade da marcha de mulheres portadoras de osteoporose. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 10, n. 4, p. 441-448, out./dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbfi s/v10n4/12.pdf

OBJETIVOS: A tendência de aumento na expectativa de vida certamente representará incrementos na morbidade e na mortalidade em eventos relacio-nados a osteoporose. Devido à falta de protocolos bem defi nidos na intensi-dade e freqüência de exercícios físicos, que sejam fáceis de se realizarem, para mulheres brasileiras, neste estudo se propôs analisar os efeitos de um pro-grama de treinamento na força muscular do tornozelo, no equilíbrio funcio-nal e na velocidade da marcha de mulheres com diagnóstico densitométrico de osteoporose. MÉTODOS: Doze mulheres voluntárias (idade 68,7 ± 2,7) foram submetidas à avaliação física e, posteriormente, reavaliadas após doze semanas. O programa de atividade física foi orientado por um fi sioterapeuta, que trabalhou 60 minutos, 3 vezes por semana, por doze semanas. Cada ses-são de treinamento incluiu alguns exercícios de alongamento, fortalecimento muscular dos músculos fl exores plantares e dorsifl exores do tornozelo, com 50% de 10-repetições máximas (10-RM) e treino de equilíbrio. RESULTA-DOS: As variáveis relacionadas ao índice de equilíbrio, à velocidade da mar-cha e à força muscular apresentaram melhora signifi cativa (p < 0,05), analisa-das por meio do teste não paramétrico de Wilcoxon. CONCLUSÃO: Após as doze semanas de treinamento, foram observados benefícios no condicio-namento das voluntárias. Os resultados demonstram que o treinamento pro-posto, teve infl uência na melhora desse grupo de pacientes, sugerindo que o programa foi efetivo, fácil e seguro para mulheres brasileiras portadoras de os-teoporose. Portanto, programas de atividade física são efi cientes para melho-rar o equilíbrio funcional, a velocidade da marcha e a força muscular do tor-nozelo de mulheres idosas portadoras de osteoporose.

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1707_0336_M.indd 17 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 18: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

1818

PESTICIDASSISTEMAS DE INFORMAÇÃO017FARIA, Neice Müller Xavier; FASSA, Anaclaudia Gastal; FACCHINI, Luiz Augusto. Intoxicação por agrotóxicos no Brasil: os sistemas ofi ciais de in-formação e desafi os para realização de estudos epidemiológicos. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 25-38, jan./mar. 2007. Dis-ponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n1/04.pdf

O Brasil é um dos líderes mundiais em consumo de agrotóxicos e os trabalha-dores expostos são numerosos e diversifi cados. As intoxicações agudas são a face mais visível do impacto destes produtos na saúde. A avaliação dos vários siste-mas ofi ciais de informação que notifi cam os casos de intoxicações concluiu que nenhum deles responde adequadamente ao papel de sistema de vigilância. Na prática, só se registram os casos agudos e mais graves. Uma importante lacuna é a informação de exposição a agrotóxicos: a avaliação da única fonte ofi cial (os receituários agronômicos) revelou muitas limitações. A revisão das publicações brasileiras aponta um crescimento quantitativo e qualitativo dos estudos nesta área, com vários tipos de abordagens. O impacto da intensa carga química e o enorme contingente de trabalhadores expostos são duas importantes razões para o desenvolvimento da pesquisa epidemiológica sobre intoxicações por agrotóxi-cos, que no Brasil ainda tem um vasto campo para se desenvolver.

018BOCHNER, Rosany. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farma-cológicas SINITOX e as intoxicações humanas por agrotóxicos no Bra-sil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 73-89, jan./mar. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n1/08.pdf

Este trabalho apresenta o perfi l das intoxicações por agrotóxicos, estes separa-dos por agrotóxicos de uso agrícola, agrotóxicos de uso doméstico, produtos veterinários e raticidas, a partir da análise da base de dados do Sistema Na-cional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), para o período de 1999 a 2003. Os resultados encontrados apontam perfi s diferentes para as

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1807_0336_M.indd 18 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 19: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

19

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

19

intoxicações causadas por estes quatro produtos. Enquanto intoxicações por agrotóxicos de uso agrícola e por produtos veterinários são mais freqüentes em adultos e em indivíduos do sexo masculino, intoxicações por agrotóxicos de uso doméstico e por raticidas são mais freqüentes em crianças e em indi-víduos do sexo feminino. As letalidades também são muito diferentes, varian-do de 0,44% para os agrotóxicos de uso doméstico a 2,80% para os agrotóxi-cos de uso agrícola. Conclui-se que a análise conjunta das intoxicações por agrotóxicos, sem fazer distinção ao tipo de agrotóxico envolvido, é um erro, pois distorce os resultados encontrados, chegando a ocultar reais riscos. Faz-se necessário, assim, o cuidado de disponibilizar, de modo diferenciado, infor-mações acerca de tais intoxicações.

PROMOÇÃO DA SAÚDE019RIOS, Ediara Rabello Girão; FRANCHI, Kristiane Mesquita Barros; SILVA, Raimunda Magalhães da et al. Senso comum, ciência e fi losofi a: elo dos sa-beres necessários à promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Ja-neiro, v. 12, n. 2, p. 501-509, mar./abr. 2007. Disponível em: http://www.sci-elo.br/pdf/csc/v12n2/a26v12n2.pdf

No processo de evolução, a humanidade acumulou saberes que foram sistematiza-dos como conhecimentos. A Filosofi a nos auxilia nas funções teóricas e práticas a chegar a uma concepção do universo por meio da auto-refl exão. O senso comum contribui para que a ciência progrida. A partir de problemas do cotidiano das pes-soas, surge a necessidade de pesquisar, de aprofundar interpretações dos achados e propor soluções para superar as difi culdades enfrentadas pela população. A ciência existe para esclarecer aspectos problemáticos do senso comum, fornecer respaldo aos questionamentos e fundamentar cada conhecimento produzido em resposta às demandas. Assim, os conhecimentos envolvidos nesta refl exão pretendem benefi -ciar uma articulação entre as formas básicas de conhecimento e desenvolver uma compreensão satisfatória da promoção da saúde, numa visão compartilhada e cons-cientizadora da mudança de paradigmas no sistema de saúde. Compreendemos que a promoção da saúde constitui um componente indispensável neste processo, tendo como foco central de suas intervenções o indivíduo pertencente a uma comunidade

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 1907_0336_M.indd 19 3/4/2007 16:12:153/4/2007 16:12:15

Page 20: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

2020

nas suas múltiplas relações, especialmente entre o contexto comunitário e a dimen-são subjetiva, propiciando-lhe um resgate da cidadania.

PROMOÇÃO DA SAÚDEATIVIDADE FÍSICA020AZEVEDO, Mario Renato; ARAUJO, Cora Luiza; SILVA, Marcelo Cozzensa da et al. Continuidade na prática de atividade física da adolescência para a idade adulta: estudo de base populacional. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 69-75, fev. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n1/11.pdf

OBJECTIVE: To assess the association between regular physical activity in adolescence and leisure-time physical activity in adulthood, with empha-sis on gender diff erences. METHODS: A population-based cross-sectional study was carried out in Pelotas, Southern Brazil, in 2003. A representative sample of households was selected in multiple stages and subjects aged 20-59 years were interviewed. Leisure-time physical activity was evaluated using the International Physical Activity Questionnaire. Data on adolescent physical activity were based on subjects’ recall. RESULTS: Of 2,577 subjects inter-viewed, 27.5% were classifi ed as adequately active, and 54.9% reported reg-ular physical activity in adolescence. Subjects who engaged in regular physi-cal activity during adolescence were more likely to be adequately active in adulthood (adjusted prevalence ratio 1.42; 95% CI: 1.23; 1.65). Th is eff ect was stronger in women (adjusted prevalence ratio: 1.51; 95% CI: 1.22; 1.86) than men (adjusted prevalence ratio: 1.35; 95% CI: 1.10; 1.67). CONCLU-SIONS: Promoting physical activity in school age may be a successful inter-vention against the epidemic of adult inactivity. Although women were less likely to report regular physical activity in adolescence, the eff ect of this expe-rience on adult behavior was stronger than in men.

021MENA-BEJARANO, Beatriz. Experiences in promoting physical activity. Revista de Salud Pública, Colombia, v. 8, supl. 2, p. 42-56, nov. 2006. Dis-ponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsap/v8s2/v8s2a04.pdf

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 2007_0336_M.indd 20 3/4/2007 16:12:163/4/2007 16:12:16

Page 21: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

21

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

21

Objetivo: Este artículo presenta las fortalezas y debilidades de algunas experi-encias de Bogotá, de promoción de la salud, con énfasis en actividad física. Mé-todos: Como proceso inicial se realizó una revisión documental de los modelos teóricos de intervención y de los lineamientos propuestos en declaraciones Inter-nacionales y Nacionales relacionadas con la actividad física. El análisis se desar-rolló en tres fases: 1) Fase exploratoria. Se recolectó información general de los programas de actividad física existentes, encaminados a la prevención de enfer-medades crónicas no transmisibles (ECNT) y a la promoción de la salud y se re-alizó la revisión bibliográfi ca 2) Fase Descriptiva. Se caracterizaron los programas de promoción de la actividad física según sus objetivos, alcances, estrategias uti-lizadas y las metodologías inmersas en los procesos y 3) Fase Analítica. Se realizó el análisis crítico de los programas existentes a la luz de las categorías estableci-das por la autora para hacer una aproximación a las fortalezas y debilidades de los mismos. Resultados: El análisis permitió destacar aspectos favorables (efectivos) y desfavorables de los programas de actividad física para ser tenidos en cuenta en futuras propuestas de intervención basadas en actividad física. Los programas analizados promueven la autogestión y autonomía mediante la generación de re-des de apoyo y la capacitación a líderes para garantizar su sostenibilidad. Conclu-siones: En general, estos programas intervienen a la persona y a la comunidad a través de la realización de talleres tanto prácticos como teóricos pero no cubren todo el proceso vital humano, sino que se concentran en grupos poblacionales es-pecífi cos. Tienen defi ciencia de divulgación en medios masivos de comunicación pues aún no han implementado estrategias comunicativas masivas y no respon-den a políticas claras dentro de cada institución.

PROMOÇÃO DA SAÚDEHABITAÇÃO SAUDÁVEL022COHEN, Simone Cynamon; BODSTEIN, Regina; KLIGERMAN, Débora Cynamon et al. Habitação saudável e ambientes favoráveis à saúde como estratégia de promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janei-ro, v. 12, n. 1, p. 191-198, jan./mar. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n1/18.pdf

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 2107_0336_M.indd 21 3/4/2007 16:12:163/4/2007 16:12:16

Page 22: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

2222

Neste artigo, discute-se a Habitação Saudável enquanto campo potencial de conhe cimento e de práticas a serem aplicadas na estratégia de Promoção da Saúde, como instrumento de abordagem ampliada de discussão dos problemas relativos à saúde e à qualidade de vida. Apresenta-se o desenvolvimento e a consolidação da Promoção da Saúde, centrando a discussão em dois campos de ação: políti-cas públicas saudáveis e criação de ambientes favoráveis à saúde. Como caminho de refl exão e aproximação dos campos da Promoção da Saúde e da Habitação Saudável, são utilizados os conceitos de habitabilidade e de ambiência.

PROPRIEDADE INTELECTUAL DE PRODUTOS E PROCESSOS FARMACÊUTICOSMEDICAMENTOS023

CHAVES, Gabriela Costa; OLIVEIRA, Maria Auxiliadora; HASENCLE-VER, Lia et al. A evolução do sistema internacional de propriedade in-telectual: proteção patentária para o setor farmacêutico e acesso a medica-mentos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 257-267, fev. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n2/02.pdf

O artigo discute a evolução do sistema internacional de direitos de propriedade in-telectual em três fases e as implicações para saúde pública, especialmente para a im-plementação de políticas de acesso a medicamentos. Durante a primeira fase, carac-terizada pelas Convenções de Paris e de Berna, os países signatários determinavam os campos tecnológicos que seriam protegidos ou não. Na segunda fase, com a imple-mentação do Acordo TRIPS pela OMC, os países são obrigados a garantir proteção patentária a todos os campos tecnológicos, inclusive para a indústria farmacêutica. Dentro das suas respectivas legislações nacionais, os países também têm a oportuni-dade de implementar o acesso às fl exibilidades do TRIPS para medicamentos. Com a terceira fase, caracterizada pela negociação e assinatura de acordos comerciais bilate-rais e regionais, os países terão que implementar medidas TRIPS-plus que podem ter implicações negativas para as fl exibilidades do TRIPS e para políticas de acesso a medicamentos. Os autores concluem que a proposta atual de sistema internacional de direitos de propriedade intelectual favorece os direitos dos detentores de patentes, que deveriam estar em equilíbrio com os direitos à saúde para a população.

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 2207_0336_M.indd 22 3/4/2007 16:12:163/4/2007 16:12:16

Page 23: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

23

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

23

QUALIDADE DOS CUIDADOS DE SAÚDE024BOSI, Maria Lúcia Magalhães; UCHIMURA, Kátia Yumi. Avaliação da qualidade ou avaliação qualitativa do cuidado em saúde? Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 150-153, fev. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n1/21.pdf

Ensaio teórico sobre avaliação da produção do cuidado em saúde, visando à demarcação de alguns conceitos. Inicialmente, assinalam-se a multidimen-sionalidade da qualidade em saúde, as diferenças entre avaliação da qualidade e avaliação qualitativa e as implicações decorrentes da não-distinção entre es-ses dois conceitos. Discute-se o cuidado em saúde como expressão material das relações interpessoais nesse campo de prática e como objeto de avaliação, explicitando sua intricada relação com a integralidade e com a humanização. Sustenta-se que avaliação de qualidade e avaliação qualitativa não são rótu-los intercambiáveis, mas opções políticas atreladas a projetos sociossanitá rios que não se justapõem. A compreensão dessa distância é necessária para a con-strução de propostas avaliativas que superem perspectivas tradicionais e ex-cludentes.

QUALIDADE DOS CUIDADOS DE SAÚDESATISFAÇÃO DO PACIENTE025OLIVEIRA, Denise Fornazari de; ARIETA, Carlos Eduardo Leite; TEMPO-RINI, Edméa Rita et al. Qualidade da assistência à saúde: satisfação de pa-cientes em um hospital universitário. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, São Paulo, v. 69, n. 5, p. 731-736, set./out. 2006. Disponível em: http://www.sci-elo.br/pdf/abo/v69n5/a21v69n5.pdf

OBJETIVO: Avaliar características e satisfação de pacientes do ambulatório de oftalmologia de um hospital universitário, com vistas a obter subsídios para a padronização de um sistema de avaliação de qualidade. MÉTODO: Realizou-se estudo transversal analítico. Foi selecionada amostra de pacientes atendidos no ambulatório de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Uni-

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 2307_0336_M.indd 23 3/4/2007 16:12:163/4/2007 16:12:16

Page 24: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

2424

versidade de Campinas (UNICAMP). Aplicou-se por entrevista, questioná-rio estruturado incluindo as variáveis: características pessoais (sexo, idade, es-colaridade, exercício de atividade remunerada), tempo de espera para obter a consulta, opinião em relação à facilidade de acesso ao serviço, atendimento da recepção, tempo despendido na sala de espera, qualidade do atendimento recebido e satisfação com o atendimento. RESULTADOS: A amostra cara-cteriza-se por pacientes com escolaridade e nível socioeconômico baixos, e 21,7% exercem atividade remunerada. A maioria considera fácil obter con-sulta nesse serviço oftalmológico. O tempo médio na sala de espera referido foi de 94,6 minutos e 45,3% dos pacientes afi rmam não terem recebido ori-entações na pós-consulta. Os pacientes encontram-se satisfeitos com o aten-dimento recebido e fazem avaliação positiva da qualidade do serviço presta-do. CONCLUSÕES: Embora seja observado alto grau de satisfação com os serviços, em geral, quando diferentes fatores que podem infl uenciar a satis-fação são abordados os pacientes apontam limitações à qualidade. A avalia-ção permitiu melhor conhecimento sobre os serviços oferecidos em hospital-escola e evidenciou a possibilidade de implantação de rotinas de revisão da qualidade desses serviços.

REFORMA SANITÁRIA026CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. Reforma política e sanitária: a sus-tentabilidade do SUS em questão? Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 301-306. mar./abr. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n2/a02v12n2.pdf

Este artigo apresenta sete estratégias consideradas relevantes para assegurar o prosseguimento da reforma sanitária brasileira e facilitar a consolidação do SUS.

SAÚDE DA FAMÍLIA027VANDERLEI, Maria Iêda Gomes; ALMEIDA, Maria Cecília Puntel de. A concepção e prática dos gestores e gerentes da estratégia de saúde da famí-

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 2407_0336_M.indd 24 3/4/2007 16:12:163/4/2007 16:12:16

Page 25: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

25

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

25

lia. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 443-453, mar./abr. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n2/a21v12n2.pdf

Este estudo analisa a gerência no âmbito municipal através da prática dos ges-tores e gerentes de unidades gestoras de Saúde da Família: secretarias de saúde e unidades básicas de saúde. O quadro teórico toma a gerência e as tecnolo-gias de relações sociais enquanto instrumentos do processo de trabalho em saúde, considerando-as ferramentas potentes de mudanças, na micropolítica do trabalho vivo em saúde. A abordagem metodológica é qualitativa e as téc-nicas de pesquisa foram a observação participante sistematizada e as entrevis-tas semi-estruturadas. Os sujeitos da pesquisa foram os secretários munici-pais de saúde, coordenadores de Saúde da Família e diretores de quatro mu-nicípios do Estado do Maranhão. Os resultados revelam que a gerência está pautada num estilo gerencial tradicional caracterizada por um núcleo buro-crático duro, porém com perspectiva de mudança porque, na prática, já exis-tem brechas que sinalizam o estabelecimento de relações de responsabilização e mais acolhedoras com os usuários e as famílias.

SAÚDE DO IDOSOQUALIDADE DE VIDA028JOIA, Luciane Cristina; RUIZ, Tânia; DONALISIO, Maria Rita. Condições associadas ao grau de satisfação com a vida entre a população de idosos. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 131-138, fev. 2007. Dis-ponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n1/19.pdf

OBJETIVO: Com o aumento geral da sobrevida da população, torna-se im-portante garantir aos idosos não apenas maior longevidade, mas felicidade e satis fação com a vida. O objetivo do estudo foi descrever os fatores associados ao grau de satisfação com a vida entre a população de idosos. MÉTODOS: Foram entrevistados 365 idosos no município de Botucatu, SP, em 2003, sele-cionados por meio de amostragem estratifi cada proporcional e aleatória. Uti-lizou-se uma composição dos questionários de Flanagan, de Nahas e o WHO-QOL-100. Para complementar o inquérito, foram acrescentadas questões so-

RESUMOS/BIBLIOGRAFIAS

07_0336_M.indd 2507_0336_M.indd 25 3/4/2007 16:12:163/4/2007 16:12:16

Page 26: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

26

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

26

bre atividade física do Questionário Internacional de Atividade Física; pergun-tas sobre morbidade referida e avaliação emocional, situação sociodemográ-fi ca, além de uma pergunta aberta. O grau de satisfação com a vida foi me-dido numa escala de um a sete, utilizando reconhecimento visual. Foi reali-zada análise de regressão logística hierarquizada, considerando como variável dependente a “satisfação com a vida” e variáveis independentes àquelas que compuseram o questionário fi nal, em blocos. RESULTADOS: A maioria dos idosos estava satisfeita com sua vida em geral e em aspectos específi cos. Asso-ciou-se com o grau de satisfação com a vida: conforto domiciliar (OR=11,82; IC 95%: 3,27; 42,63); valorizar o lazer como qualidade de vida (OR=3,82; IC 95%: 2,28; 6,39); acordar bem pela manhã (OR=2,80; IC 95%: 1,47; 5,36); não referir solidão (OR=2,68; IC 95%: 1,54; 4,65); fazer três ou mais refeições diárias (OR=2,63; IC 95%: 1,75; 5,90) e referência de não possuir Diabetes Mellitus (OR=2,63; IC 95%: 1,31; 5,27). CONCLUSÕES: Os idosos, em sua maioria, estavam satisfeitos com a vida e isso se associou a situações relaciona-das com o “bem-estar” e a não referência de Diabetes Mellitus.

SAÚDE MENTALDESINSTITUCIONALIZAÇÃO029LUCHMANN, Lígia Helena Hahn; RODRIGUES, Jeff erson. O movimen-to antimanicomial no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 399-407, mar./abr. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n2/a16v12n2.pdf

O presente trabalho visa resgatar a trajetória histórica do movimento nacio-nal da luta antimanicomial no Brasil, bem como analisar algumas de suas difi culdades, realizações e desafi os. A teoria dos movimentos sociais é aqui considerada como importante chave analítica para se compreender esta ação coletiva, na medida em que possibilita a avaliação deste tipo de ação social a partir de suas múltiplas confi gurações, atestando o grau de complexidade do mundo contemporâneo. O movimento antimanicomial constitui-se como um conjunto (plural) de atores, cujas lutas e confl itos vêm sendo travados a partir de diferentes dimensões sócio-político-institucionais. Trata-se de um

07_0336_M.indd 2607_0336_M.indd 26 3/4/2007 16:12:163/4/2007 16:12:16

Page 27: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

27

INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

EDITORA MSCoordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE

MINISTÉRIO DA SAÚDE(Normalização, revisão, editoração, impressão e acabamento)

SIA, trecho 4, lotes 540/610 – CEP: 71200-040Telefone: (61) 3233-2020 Fax: (61) 3233-9558

E-mail: [email protected] page: http://www.saude.gov.br/editora

Brasília – DF, abril de 2007OS 0336/2007

A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessadana Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:

http://www.saude.gov.br/bvs

O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúdepode ser acessado na página:

http://www.saude.gov.br/editora

movimento que articula, em diferentes momentos e graus, relações de soli-dariedade, confl ito e de denúncias sociais tendo em vista as transformações das relações e concepções pautadas na discriminação e no controle do “louco” e da “loucura” em nosso país.

030SOARES, Sandra Regina Rosolen; TOYOKO, Saeki. O Centro de Atenção Psicossocial sob a ótica dos usuários. Revista Latino-Americana de Enferma-gem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 6, p. 923-929, nov./dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n6/pt_v14n6a14.pdf

O presente estudo tem por objetivo descrever o funcionamento de um cen-tro de atenção psicossocial e apreender como os usuários atendidos por esse serviço percebem o processo terapêutico oferecido. Foram realizadas entrevis-tas semi-estruturadas, com onze usuários de um Centro de Atenção Psicos-social (CAPS), localizado no interior paulista. Os dados foram submetidos à Análise Temática, segundo Minayo. Os temas emergidos, a partir da análise dos dados, possibilitaram a confi guração de três temas. No primeiro deles, o usuário percebe o tratamento, sob um enfoque organicista do cuidado, relata-do por meio da valorização do profi ssional médico, na abordagem medica-mentosa e o controle dos sintomas. O segundo tema traz a percepção do es-paço do CAPS, enquanto cenário propiciador de trocas sociais. E o terceiro tema diz respeito ao processo terapêutico estar voltado à vida cotidiana dos usuários. Com base nesses dados, pôde-se refl etir sobre os rumos dos novos dispositivos em saúde mental, os CAPS.

07_0336_M.indd 2707_0336_M.indd 27 3/4/2007 16:12:163/4/2007 16:12:16

Page 28: INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0336_P.pdf · Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399- ... magem como

07_0336_M.indd 2807_0336_M.indd 28 3/4/2007 16:12:173/4/2007 16:12:17