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LEIA NO PANORAMA GERAL Atuar pelo agricultor familiar LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: Período de boa evolução da colheita N.º 1.330 29 de janeiro de 2015 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Atuar pelo agricultor familiar É com grande satisfação, orgulho e comprometimento que assumo a Diretoria Técnica da Emater/RS para o período 2015- 2018. A responsabilidade do cargo é grande, tendo em vista a credibilidade obtida pela Emater/RS-Ascar ao longo de seus quase 60 anos de história e as mais de 250 mil famílias rurais atendidas hoje pela Instituição. Com o apoio e a dedicação dos colegas extensionistas, queremos enfrentar os obstáculos e desafios que atualmente se colocam diante das famílias que vivem no meio rural, promovendo assim melhores condições de vida e a permanência do homem, da mulher e do jovem no campo. Para tanto, vamos trabalhar fortemente no estímulo à agroindustrialização da produção agrícola, visando à agregação de renda às atividades desenvolvidas nas propriedades. Para ampliar a competitividade da produção orgânica e ecológica, desenvolveremos formas de facilitar o acesso destes produtos aos mercados e aumentar a produção em escala, sem se esquecer da modernização tecnológica das cadeias produtivas com base nas inovações geradas pela pesquisa e que a Extensão Rural precisa fazer chegar às famílias rurais. A irrigação e o armazenamento de água, fundamentais hoje em dia para agricultura, também receberão especial atenção, visando dar segurança àqueles que dependem da terra para tirar seu sustento. Através do monitoramento dos resultados obtidos pelos extensionistas a campo, medidos por meio de indicadores específicos, queremos demonstrar a toda sociedade a importância do serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social prestado pela Emater/RS-Ascar, atuação esta que vem, ao longo de quase seis décadas, mudando a realidade de comunidades rurais e auxiliando no desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul. São ações que vão além das orientações técnicas para aumentar a produtividade e a produção das lavouras. Questões como preservação ambiental, geração de emprego e renda, melhoria da qualidade dos alimentos e segurança e soberania alimentar também permeiam a atuação extensionista, e são estas ações que também precisam ser reconhecidas pela sociedade, principalmente por aqueles que não possuem ligações com o meio rural, mas que, invariavelmente, dele dependem. Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Atuar pelo agricultor familiar LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: Período de boa evolução da colheita

N.º 1.330 29 de janeiro de 2015

Aqui você encontra:

� Panorama Geral

� Condições Meteorológicas

� Grãos

� Hortigranjeiros

� Criações

� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Atuar pelo agricultor familiar É com grande satisfação, orgulho e comprometimento que assumo a Diretoria Técnica da Emater/RS para o período 2015-2018. A responsabilidade do cargo é grande, tendo em vista a credibilidade obtida pela Emater/RS-Ascar ao longo de seus quase 60 anos de história e as mais de 250 mil famílias rurais atendidas hoje pela Instituição. Com o apoio e a dedicação dos colegas extensionistas, queremos enfrentar os obstáculos e desafios que atualmente se colocam diante das famílias que vivem no meio rural, promovendo assim melhores condições de vida e a permanência do homem, da mulher e do jovem no campo. Para tanto, vamos trabalhar fortemente no estímulo à agroindustrialização da produção agrícola, visando à agregação de renda às atividades desenvolvidas nas propriedades. Para ampliar a competitividade da produção orgânica e ecológica, desenvolveremos formas de facilitar o acesso destes produtos aos mercados e aumentar a produção em escala, sem se esquecer da modernização tecnológica das cadeias produtivas com base nas inovações geradas pela pesquisa e que a Extensão Rural precisa fazer chegar às famílias rurais. A irrigação e o armazenamento de água, fundamentais hoje em dia para agricultura, também receberão especial atenção, visando dar segurança àqueles que dependem da terra para tirar seu sustento. Através do monitoramento dos resultados obtidos pelos extensionistas a campo, medidos por meio de indicadores específicos, queremos demonstrar a toda sociedade a importância do serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social prestado pela Emater/RS-Ascar, atuação esta que vem, ao longo de quase seis décadas, mudando a realidade de comunidades rurais e auxiliando no desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul. São ações que vão além das orientações técnicas para aumentar a produtividade e a produção das lavouras. Questões como preservação ambiental, geração de emprego e renda, melhoria da qualidade dos alimentos e segurança e soberania alimentar também permeiam a atuação extensionista, e são estas ações que também precisam ser reconhecidas pela sociedade, principalmente por aqueles que não possuem ligações com o meio rural, mas que, invariavelmente, dele dependem.

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e

superintendente técnico da Ascar

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CRESCIMENTO PARA OS SETORES DE AVES E SUÍNOS EM 2015

A perspectiva da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que representa os setores de avicultura e suinocultura no País, é de otimismo com expectativa de expansão de vendas no mercado externo e de aumento do consumo doméstico em substituição à carne bovina. A previsão de alta das exportações de frango é de 3% a 4%, um incremento de 4,839 milhões de toneladas. Para a carne suína, embora a perspectiva seja de estabilidade, a instituição vislumbra um potencial de crescimento das exportações em até 559 mil toneladas. Com o aumento da receita das exportações de aves e suínos, puxada pela demanda russa, o setor de proteína animal volta suas atenções para a China. Nesse sentido, cita-se a habilitação brasileira de cinco novas plantas de frango e a previsão de mais oito em 2015, totalizando 36 plantas no país asiático, cada uma representando, potencialmente, oito a dez toneladas exportadas. Além do Camboja e Taiwan, que podem evoluir para a abertura de mercado, acena-se para uma possível retomada do comércio com a Indonésia. Olhando-se a avicultura no mundo, vê-se o Brasil abrindo caminhos, com as empresas brasileiras ganhando espaço. Não se tem certeza sobre a manutenção do volume das importações russas nos mesmos patamares de 2014; assim trabalha-se pela reabertura de negociações com os mercados da África do Sul e Coreia do Sul, na expansão da China e do Japão, e na abertura do comércio com Austrália e Canadá, além de se continuar apostando nos Estados Unidos. Fonte: Agrolink

O DESMATAMENTO TROPICAL AMEAÇA A PRODUÇÃO MUNDIAL DE ALIMENTOS

Um estudo publicado no periódico Nature Climate Change informa que o desmatamento de florestas tropicais no hemisfério Sul está acelerando o aquecimento global e ameaçando a produção mundial de alimentos ao distorcer os padrões de chuva na Europa, na China e no meio-Oeste dos Estados Unidos. Prevê-se que até 2050, o desflorestamento pode levar a uma queda de 15% na chuva em regiões tropicais, incluindo a Amazônia, o sudeste da Ásia e a África Central. Grande parte do desmatamento tem como objetivo liberar terra para agricultura. Isso pode causar um ciclo vicioso, aumentando o aquecimento global e reduzindo a produção de alimentos em fazendas, o que, em contrapartida, leva os produtores a

cortarem mais árvores para dar espaço para cultivo. Remover árvores e plantar colheitas libera dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. Ao mesmo tempo, áreas desmatadas também são menos capazes de reter umidade, imediatamente alterando os padrões locais de clima. O desmatamento dos trópicos leva estas regiões a passar por um aquecimento significante e maiores secas, segundo a Universidade da Virginia, que realizou este trabalho para a Thomson Reuters Foundation. O estudo disse que se as atuais taxas de desflorestamento na floresta Amazônica persistirem, a produção de soja na região pode cair em 25% até 2050. O desmatamento na República Democrática do Congo e na Tailândia também pode ter consequências em outras partes do mundo, levando a mais chuvas para a Grã-Bretanha e ao Havaí, e a menos chuvas ao Sul da França e à região dos EUA, segundo o estudo. Globalmente, os níveis de desflorestamento estão crescendo vagarosamente mas diferentemente. O Brasil conseguiu conter suas taxas de desmatamento, ao passo que a situação na Indonésia piorou. Florestas tropicais são frequentemente atribuídas como sendo o ‘pulmão do mundo’, mas elas são mais parecidas com as glândulas sudoríparas, pois cedem muita umidade, o que ajuda a manter o planeta refrescado. Essa função crucial estará prejudicada – assim como a produção de alimentos – caso as florestas sigam ameaçadas. Fonte: Reuters OS SOLOS, A ONU, O PAPA E A AGROECOLOGIA.

Neste ano em que ONU, FAO e diversos governos se mobilizam em defesa do solo1, vale lembrar as dificuldades envolvidas quando se trata da saúde do solo. O problema é a forma de enfrentá-lo. De um lado está a agricultura industrial, com suas pressões por ganhos de produtividade, culturas dependentes dos mercados de transgênicos e agrotóxicos; de outro, há os 7 bilhões de humanos, que se alimentam de centenas de plantas e animais, empurrados em direção a rações padronizados distribuídas em redes integradas de comercialização. No meio, uma pequena camada de solo superficial, onde incontáveis espécies de insetos, fungos, bactérias, liquens, plantas e pequenos animais realizam as transações indispensáveis ao ciclo da vida. A ciência tem respostas, como se perceberá nas recomendações da ONU, da FAO, e dos diversos governos: precisamos recuperar e manter a saúde do solo, pois a partir dali se dão os fluxos

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indispensáveis à retenção do C02 que aquece o planeta. Ali é filtrada a água que segue para os aquíferos e alimenta os rios; ali são reciclados os minerais e é produzida a massa verde que purifica o oxigênio. Precisamos de medidas que ampliem o teor de matéria orgânica e a retenção de águas, estimulando a proliferação de formas de vida, impedindo a erosão, compactação e a esterilização pelo sol e por agroquímicos. Daí a complexidade, pois as múltiplas funções do solo são esquecidas quando, na obsessão de ganhos econômicos de curto prazo, os agricultores adotam práticas de manejo que dependem de agressão àquela fina camada superficial de solo. Em estudo interessante, publicado há mais de uma década, Doran2 (2002) alertava que as civilizações dependem daqueles escassos centímetros de solo superficial. Ele mostrava que a relação direta entre a saúde do solo e a sustentabilidade dos povos seria melhor entendida e trabalhada quando a sociedade dispusesse de indicadores capazes de mapear avanços ou retrocessos da saúde do solo, atendendo pressupostos da ciência, da prática laboral e dos interesses socioeconômicos vigentes. Apontava sugestões neste sentido, afirmando que o sucesso da humanidade dependeria da oferta de alimentação sadia, assegurando ganhos econômicos aos agricultores, desde que sejam respeitadas as limitações e as necessidades do solo superficial e dos seres que ali vivem. O estudo afirma também que os agricultores adotariam práticas de manejo com implicações de longo prazo sobre a saúde do solo, desde que percebessem que elas não comprometem resultados econômicos de curto prazo e, além disso, garantem melhorias nas condições do solo e portando nos ganhos econômicos de longo prazo. Doran (2002) refere a necessidade de grande articulação entre políticos, acadêmicos, religiosos, governos e associações de produtores, com vistas à recuperação da saúde dos solos, e este parece ser o sentido por onde evoluiremos neste Ano Internacional do Solo. Percebe-se coerência entre a observação de Doran (2002) e as manifestações do Papa Francisco sobre a necessidade de apoio à agroecologia3 bem como em nosso Plano Nacional de Agroecologia4 em fase de implantação pelo Governo Federal. Todas estas referências apontam avanços possíveis de obter, respeitando leis simples, capazes de estimular processos naturais de resiliência, recuperando a saúde dos solos e suas múltiplas contribuições à vida. Como se lê em

Machado e Machado Filho (2014)5: não existem regras gerais, cada caso exigirá medidas específicas, mas em todos eles os solos devem permanecer cobertos, os cultivos devem ser diretos sobre a palha, em rotação, prevendo períodos de pousio e áreas de reserva ambiental, os agrotóxicos devem ser evitados, o teor de matéria orgânica deve ser expandido de maneira a ampliar a capacidade de absorção e retenção de água, entre outros. 1 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. Fao divulga logomarca para ano internacional do solo. Disponível em: <http://www.sbcs.org.br/?post_type=noticia_geral&p=3166>. Acesso em: 29 jan. 2015. 2 DORAN, J.W. Soil health and global sustainability: translating science into practice. Agriculture, Ecosystems and Environment, n. 88, p. 119-127, 2002. Disponível em:<http://digitalcommons.unl.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1190&context=usdaarsfacpub>. Acesso em: 29 jan. 2015 3 SASSATELLI, Marcos. Discurso de Francisco aos movimentos populares, em defesa da paz e da ecologia. Brasil de Fato, [S.l.: s.n.], jan. 2015. Disponível em: <http://www.brasildefato.com.br/node/30946>. Acesso em: 29 jan. 2015. 4 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Disponível em: http://www.mda.gov.br/portalmda/sites/default/files/ceazinepdf/cartilha-lt_PLANO_NACIONAL_DE_AGR-379811.pdf. Acesso em: 29 jan. 2015. 5 MACHADO, L.C.P.; MACHADO FILHO, L.C.P. Dialética da agroecologia. São Paulo: Expressão Popular, 2014. 360 p. Fonte: Engº Agrº Leonardo Melgarejo – GPL - EMATER /RS - ASCAR

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 23/01/2015 A 29/01/2015

No período compreendido entre os dias 23 a 29 de janeiro os maiores volume de chuva se concentraram na Metade Norte do Estado. Na sexta-feira (23/01), o céu com pouca nebulosidade contribuiu para o forte aquecimento da superfície, a maior temperatura foi registrada em São Borja (33,5 °C). O sábado (24/01) começou com céu claro, porém à tarde áreas de instabilidade atmosférica cresceram principalmente na Metade Norte do Estado. São Luiz Gonzaga teve o maior volume registrado (66,7 mm). No domingo (25/01), durante a madrugada as pancadas de chuva ainda permaneceram na Metade Norte. Ao longo do dia, a nebulosidade diminuiu e as temperaturas subiram em todo o Estado, Campo Bom teve a maior temperatura (34,6 °C). A segunda-feira (26/01) começou com predomínio de sol, porém entre a tarde e a noite a nebulosidade aumentou e choveu em todas as regiões, principalmente na

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Depressão Central e Serra do Nordeste. Entre a terça-feira (27/01) e a quarta-feira (28/01), a atmosfera manteve-se muito instável devido à entrada de ar quente e úmido vindo do interior do continente e pela aproximação de uma frente fria na noite de quarta-feira (28/01), as temperaturas altas também contribuíram para o aumento de instabilidade onde a máxima de 36,1 °C foi registrada em Porto Alegre na terça-feira (27/01). Durante este período a chuva ocorreu em todo Estado, principalmente na noite da quarta-feira (28/01) com o avanço da frente fria. Os maiores volumes ocorreram em Bagé (51 mm), Santiago (47,4 mm) e Ibirubá (47 mm). Em todo o período os maiores volumes ficaram entre 65 e 80 mm no Chuí, São Luiz Gonzaga e Ibirubá. PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA DE A

30/01/2015 A 05/02/2015 A previsão meteorológica para o período de 30 de janeiro a 05 de fevereiro indica maior volume de chuva na região Norte do RS. Na sexta-feira (30/01), com o afastamento da frente fria e o estabelecimento da alta pressão atmosférica, a nebulosidade diminui e o sol volta a brilhar forte no RS, porém ainda podem ocorrer chuvas isoladas no Norte e Nordeste do Estado. No sábado (31/01), a massa de ar seco predomina e garante a presença do sol que manterá uma ligeira elevação da temperatura, especialmente na faixa Oeste e Norte do RS. Nas localidades próximas a Santa Catarina ainda há possibilidades de chuva fraca. No domingo (01/02), o sol predominará em todas as regiões, exceto na faixa leste onde deverão ocorrer pancadas de chuva à tarde. Entre a segunda-feira (02/02) e a quarta-feira (04/02) a atmosfera estará muito instável e as pancadas de

chuva ocorrem principalmente na Metade Norte do Estado. Durante todo o período as temperaturas estarão altas com a máxima passando dos 30°C na maioria das regiões e os maiores volumes de chuva ficarão entre 65 e 80 mm no Noroeste do RS. Fonte: CEMETRS - FEPAGRO

GRÃOS Arroz – As temperaturas mais elevadas e a boa radiação na maior parte do último período beneficiaram a cultura do arroz em todo o Estado, fato que fez com que as lavouras retomassem sua evolução em ritmo satisfatório. Apesar do bom momento, em alguns casos pontuais a instabilidade climática ocorrida recentemente ainda traz pequenos contratempos aos orizicultores. O excesso de umidade e a pouca insolação, além de variações bruscas de temperatura em alguns momentos, dificultam o manejo da cultura. De maneira geral, entretanto, a maioria das áreas se encontram em bom estado e apresentam possibilidade de produtividades dentro do esperado. No momento não há registros de maiores infestações de pragas ou mesmo moléstias, sendo que os casos pontuais são controlados sem maiores prejuízos. Entretanto, o quadro de aparente normalidade não esconde o fato, preocupante, do significativo atraso na evolução da atual safra. A observação dos dados da tabela abaixo dá uma ideia da defasagem em relação aos anos anteriores. Esse atraso pode levar a colheita a ser realizada em períodos mais chuvosos durante o outono.

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Arroz: fases da cultura

no RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 29/01

Em 22/01

Em 29/01

Em 29/01

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 76% 85% 25% 26%

Floração 21% 15% 35% 34% Enchimento de grãos

03% 0% 35% 30%

Maduro por colher 0% 0% 05% 09% Colhido 0% 0% 0% 01%

Enquanto esperam pela colheita da safra nova, os produtores seguem negociando estoques antigos, sem dificuldades. Os preços se mantêm em patamares considerados satisfatórios, situando-se, inclusive, acima das médias dos últimos anos. Na última semana, a saca de 50 kg teve um aumento médio de 0,79% em relação à semana passada, ficando em R$ 37,06 pagos ao produtor. Feijão – A lavoura da primeira safra do RS se encontra em colheita; no entanto, esta última fase foi atrasada pelo farto volume e pela frequência de precipitações nos períodos anteriores, que deixou o solo muito úmido, dificultando a evolução da retirada dos grãos. Há boa perspectiva de produtividade final e de produto com boa qualidade comercial.

Feijão 1ª safra:

fases da cultura no

RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 29/01

Em 22/01

Em 29/01

Em 29/01

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 2% 5% 2% 1%

Floração 5% 8% 3% 4% Enchimento de grãos 16% 19% 10% 9%

Maduro e por colher 26% 29% 25% 22%

Colhido 51% 39% 60% 64% Nesse momento, a cultura ainda instalada apresenta bom desenvolvimento em função da umidade nos solos (agora mais adequada) e da temperatura elevada. Na região da Serra, nas áreas de clima mais quente, as plantações encontram-se em formação de grãos e início de colheita. Não há registros de perdas em função da umidade excessiva que havia nos solos. Na região

mais alta (Campos de Cima da Serra), a cultura está em estádio final de florescimento e formação de grãos. A segunda safra segue sendo implantada, com pequena tendência de aumento de área em algumas regiões. Nas pequenas áreas de cultivo familiar da grande região Metropolitana, o plantio da segunda safa já está concretizado em aproximadamente 50% da área esperada (130 hectares). Seguem-se as atividades de plantio paralelamente à colheita do fumo. Nessa região, também as boas condições de umidade do solo e as temperaturas elevadas são favoráveis à cultura. O produto da safrinha da agricultura familiar é destinado principalmente ao autoconsumo da propriedade. Mantendo a tendência de alta no RS, o preço médio da saca de 60 kg do feijão preto chegou muito próximo do patamar dos 130 reais, em R$ 129,90, com aumento em relação à semana anterior de 2,77%, estando 25% acima do valor da média histórica geral de cinco anos, mas 9% abaixo da média de preço do ano passado neste mesmo período. Milho – O processo de colheita tomou impulso neste último período, tendo em vista o tempo seco e sem chuvas, alcançando 17% da área total plantada neste ano. Nesse sentido, o processo de maturação também ocorre de forma mais acelerada, tendo 25% das áreas prontas para a ceifa. Os rendimentos obtidos até aqui, tanto em grão como em silagem, têm agradado em muito os produtores, que vêm colhendo quantidades bem acima do esperado. São lavouras que foram plantadas mais cedo e se encontravam fora das fases de floração e enchimento de grão quando da estiagem ocorrida em início de dezembro e, portanto, não sofreram prejuízos. O que preocupa parte dos produtores no momento é a situação das áreas que ainda se encontram em desenvolvimento vegetativo e floração (fases de risco). Essas lavouras podem ter seu potencial de produção reduzido, caso as chuvas não consigam manter a umidade do solo em níveis satisfatórios. Por ora, as informações dão conta que não há, de forma significativa, maiores reduções nas expectativas, afora as situações pontuais já relatadas nas edições anteriores.

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Milho:

fases da cultura no

RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 29/01

Em 22/01

Em 29/01

Em 29/01

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 18% 20% 19% 20%

Floração 12% 17% 13% 14% Enchimento de grãos 28% 35% 30% 30%

Maduro e por colher 25% 17% 15% 19%

Colhido 17% 11% 23% 17% Se em relação à produção os produtores não enfrentam dificuldades, se dá o contrário em relação à comercialização. Com o mercado dando sinais de uma boa oferta com a entrada da safra nova, os preços praticados para o cereal seguem mantendo a tendência de estabilidade, quando não de baixa. Nesta última semana, a saca de 60 kg foi negociada pelo produtor a um preço médio, em âmbito estadual, de R$ 23,37, marcando uma diferença de -2,05% em relação ao preço da semana passada. Soja – A cultura da soja apresentou, em algumas áreas, crescimento um pouco mais lento em virtude das altas temperaturas; em determinados momentos, ultrapassaram os 40°C ao sol. Ao mesmo tempo, em virtude do bom período ocorrido anteriormente, tanto em umidade como em temperatura, o desenvolvimento das lavouras, de maneira geral, pode ser considerado muito bom. Os produtores no momento estão monitorando pragas e doenças, principalmente lagartas, que ultimamente têm trazido preocupações, por vezes exageradas, aos agricultores. Tendo em vista o alto percentual de lavouras nas fases de floração e enchimento de grãos (60% do total), o regime de chuva daqui para frente será determinante na fixação da produtividade. Longos períodos sem chuvas, durante estas fases, tendem a diminuir o potencial de produção das lavouras. Embora a cultura não enfrente, no momento, maiores empecilhos, a atual safra se encontra em defasagem em relação aos anos anteriores, consequência dos problemas causados pelas chuvas excessivas ocorridas no período de plantio.

Soja:

fases da cultura no

RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 29/01

Em 22/01

Em 29/01

Em 29/01

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 40% 56% 34% 39%

Floração 45% 38% 35% 34% Enchimento de grãos 15% 6% 31% 27%

Durante a semana os preços recuaram, segundo analistas de mercado, em virtude da fraca demanda, da desvalorização do dólar diante do real e da previsão de safra abundante na América Latina. Diante desse quadro, o mercado se mostrou mais lento, com os sojicultores adotando uma postura conservadora, não realizando negócios até o cenário ter um melhor direcionamento. A saca de 60 kg ficou em R$ 53,13 (-4,92%). Sorgo – As lavouras plantadas de maneira geral estão com bom desenvolvimento, sem ocorrência de pragas ou doenças. Em alguns locais a cultura já se encontra na fase de reprodução, com plantas bem padronizadas, mas com pequenas falhas nas áreas onde houve acúmulo de água pelo excesso de chuvas. A cultura do sorgo é restrita aos municípios do entorno de Bagé. Em alguns locais, a área plantada será menor em função do aumento das áreas de soja e consequente redução das áreas disponíveis para o sorgo. O valor médio da saca de sorgo está em R$ 20,25.

HORTIGRANJEIROS

Frutícolas Na região de Santa Rosa, a aplicação intensa de herbicida à base de 2,4-D para controle de buva tem causado muitos prejuízos nas frutíferas, principalmente na uva e no pêssego, que são atingidas pela deriva do produto levada pelo vento. Banana – No Litoral Norte, as condições climáticas com boa precipitação pluviométrica foram favoráveis ao desenvolvimento da cultura. O grande volume de produção tem causado redução nos preços praticados na região: R$ 10/caixa de 20 kg da banana caturra de primeira, R$ 20/caixa de 20 kg da banana prata de primeira e R$ 3/kg da banana ecológica.

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Citros – Na região da Campanha, a cultura se encontra em fase de frutificação, com frutos ainda em desenvolvimento; continuam os tratos culturais e o controle de plantas invasoras e doenças. Na região do Vale do Caí, maior produtora de citros do Rio Grande do Sul, o período é de entressafra, e a principal atividade nos pomares neste momento é o raleio nas bergamoteiras. O raleio – retirada de parte das frutas em desenvolvimento nas plantas – é necessário para que as frutas remanescentes tenham um crescimento maior. Como o número de frutas gerado é muito grande, se não houver esta retirada as frutas maduras serão pequenas, o que não é desejável à comercialização de frutas para o consumo ao natural. As frutas retiradas no raleio são adquiridas por empresas da região, que retiram um óleo da casca das bergamotinhas verdes. O óleo extraído tem diversas utilidades, como por exemplo, na indústria de perfumes, produtos de higiene e limpeza e em indústrias de alimentos e refrigerantes. O óleo essencial extraído da bergamota é um produto único no mundo, exclusivo da região do Vale do Caí. O preço recebido pela bergamotinha verde tem sido valorizado de forma crescente nos últimos anos. Pelas primeiras bergamotas verdes comercializadas nesta safra, os citricultores estão recebendo em média R$ 7/caixa de 25 kg. A lima ácida tahiti (limão da caipirinha) continua sendo colhida, já que tem floração todo o ano e portanto colheita o ano todo. Os citricultores estão recebendo em média R$ 15 por caixa de 25 kg. Atualmente no mercado há uma grande oferta desta lima, em grande parte produzida nos pomares do Vale do Caí. Além disto, o forte calor deste verão acelera a maturação dos frutos, o que força os citricultores a colher o mais rápido possível, pois o mercado exige frutas de coloração verde. Esta situação e a entrada da lima tahiti de São Paulo derrubaram o preço médio, que no início de dezembro estava em R$ 80/caixa de 25 kg. As plantas ainda apresentam boa carga de frutos em diversas fases, inclusive muita floração. Assim sendo, persiste o quadro em que teremos boa oferta desta lima nos próximos quatro meses. Figo – A região do Vale do Caí é uma das maiores áreas de cultivo de figueiras do Rio Grande do Sul, com destaque para o município de Feliz, onde são cultivados 120 hectares desta fruta. A variedade mais cultivada é a roxo de valinhos, e a forma de colheita e a comercialização do figo ocorrem fundamentalmente segundo dois critérios: o figo verde é destinado ao processamento pelas

indústrias de compota; o figo maduro, para as indústrias de doce tipo schmier e para o consumo ao natural. Nos municípios de Feliz, Bom Princípio, São José do Hortêncio e São Sebastião do Caí, a maior parte dos figos são colhidos maduros e vendidos para o mercado ao natural, para as Ceasas de Porto Alegre e Caxias do Sul, ou vendidos para as indústrias de doces. Nesta safra o clima está propício ao desenvolvimento da figueira, pois tem chovido com regularidade. Além da colheita, os ficicultores realizam tratamentos para o controle da ferrugem da figueira, principal doença. O tratamento com a utilização de calda bordalesa é o mais utilizado, sendo um tratamento comum na agricultura orgânica. A colheita nesta safra está bastante adiantada em função das altas temperaturas que apressam a maturação do figo. O preço médio recebido pelos ficicultores para o figo maduro para indústria está em R$ 1,30/kg, enquanto que para o figo maduro para o consumo ao natural está em média R$ 3,50/kg. Nos municípios de Brochier, Maratá, Poço das Antas e São Pedro da Serra, os figos, na sua maioria, são colhidos verdes e vendidos para as indústrias de compotas, tanto para as da região como para as indústrias do município de Pelotas. Nestes municípios já foram colhidos 40% dos figos verdes desta safra. O preço pago aos ficicultores pelo figo verde está em média a R$ 3/kg. Maçã – Na Serra Gaúcha, até o momento os pomares apresentam um bom desenvolvimento e ótima qualidade dos frutos, com tendência a excelentes calibre e coloração ao final da safra. O clima está favorável à coloração dos frutos, com dias quentes e noites amenas, e a boa distribuição de chuvas ao longo das semanas contribui para o crescimento da maçã. São feitas aplicações quinzenais de cloreto de cálcio, desde 30 dias após a plena floração, para evitar distúrbios fisiológicos nos frutos, além de retardar o processo de maturação e senescência, por diminuir a síntese de etileno e a atividade respiratória durante seu armazenamento. As maçãs da variedade gala estão em processo de maturação dos frutos, embora já tenhamos registros de colheita em diversos pomares, os quais apresentam frutos com bom calibre e excelente coloração. A tendência é de uma safra com a mesma produção que a do ano passado, no entanto com frutos de melhor qualidade e bons preços pagos aos produtores.

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A variedade fuji está ainda em fase de crescimento, com colheita prevista a partir de meados de março a início de abril. Nestes pomares, tem se verificado uma queda na produção. Na maioria, a redução é estimada em 15 a 20%; porém, onde ocorreram ventos fortes e frios na época da florada, a queda pode chegar a 80%, segundo avaliações realizadas nos laudos de perícias para o Proagro. Atividades como a poda verde para retirada dos ramos ladrões, o controle de plantas invasoras com herbicida e a roçada nas entrelinhas vêm sendo realizadas pelos produtores, bem como a aplicação de fungicidas para evitar doenças, principalmente a sarna da macieira. Melancia – Na região da Campanha, a cultura da melancia está em plena colheita com expectativas de bom rendimento e qualidade. Porém, devido ao excesso de chuvas em alguns locais, algumas plantas começam a morrer por ataque de doenças fúngicas; nos demais, encontra-se em maturação. Morango – Na Serra Gaúcha, a maioria dos produtores relata infestação de Drosophila suzukii nas plantações, sendo necessárias eventuais aplicações de inseticidas para reduzir os danos causados pela praga. Alguns produtores estão realizando a "poda drástica" nos plantios mais velhos e que serão substituídos este ano. A finalidade é induzir a planta a emitir uma nova floração com maior vigor. A colheita está sendo realizada de duas a três vezes por semana. O preço está variando entre R$ 8 e R$ 10/kg na Ceasa de Porto Alegre, conforme tamanho e qualidade. Já o morango produzido no sistema orgânico está sendo comercializado por cerca de R$ 6 a R$ 7/bandeja de 250 gramas nas feiras de produtos orgânicos. A Mais Frutas, de Antônio Prado, está pagando R$ 2,30/kg pela fruta tipo indústria “suja” (frutos com folhas) e R$ 3,30/kg para o morango "limpo". Já a Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, vem adquirindo morango indústria por R$ 2,30/kg, aceitando inclusive frutas congeladas. Os produtores estão iniciando a construção de novas estufas e procedendo encomenda das mudas importadas, principalmente da Argentina. Apesar do aumento da oferta, o mercado está absorvendo a produção. Pêssego – Na região Sul, a colheita está praticamente concluída. Em Pelotas e Morro Redondo, restam pequenos pomares de cultivares mais tardias.

Na região do Planalto Médio, também está praticamente encerrada a colheita do pêssego. Já foram colhidas as variedades quinze de novembro e chimarrita e ainda estão sendo colhidas as variedades chiripá e iragil. O preço de venda está entre R$ 2/kg e R$ 3/kg. Uva – Na região da Campanha, as vinícolas estão realizando a colheita das variedades destinadas a fabricação de espumantes, este processo antecipado, evita a incidência de doenças causadas por fungos nas uvas. Também ocorre o início do amadurecimento das uvas americanas bordô, niágara e concord. Na Serra Gaúcha, seguem os trabalhos de colheita das variedades precoces bordô e BRS violeta. Embora nos últimos dias tenha havido melhora nas condições climáticas com diminuição da umidade, ainda se observam diversos parreirais com alta incidência de podridões, depreciando o produto comercializado. As variedades de ciclo normal seguem com boas expectativa de produção. A niágara rosada, principal variedade que atende o mercado de consumo in natura, está em plena colheita, apresentando bons volumes. Porém, na comercialização, os preços recebidos pelos produtores não estão muito estimulantes, em torno de R$ 1,20/kg. Já os preços para a indústria giram em torno R$ 0,96 a R$ 1/kg para a variedade bordô; de uma maneira geral, é uma boa remuneração. Na região do Vale do Taquari está a pleno a colheita de uva das variedades americanas, ou do grupo das comuns, como concord, bordô, niágaras branca e rosada. Em função das chuvas frequentes, houve bom desenvolvimento de folhas, ramos e bagas, mas trouxe consequências desfavoráveis à produção, como maior incidência de doenças fúngicas e redução do grau glucométrico, que corresponde à quantidade de açúcar na uva. No período de maturação, houve excesso de umidade em decorrência das chuvas que se prolongaram por vários dias, proporcionando perdas na quantidade da fruta. Estima-se uma quebra de 10% da produção por doenças fúngicas – principalmente o míldio, ocorrido na floração e pós-florada – e por podridões na maturação, como a glomerela. O excesso de chuva está prejudicando também a qualidade, pois a maioria está com grau babo entre 11o e 12o. Em cultivos de alguns produtores, tem ficado abaixo disso. No entanto, essa perda na produção é em relação à safra prevista para este ano. Em relação à safra passada, a tendência é de uma maior produção.

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A maior parte da uva colhida é utilizada pelos produtores ou comercializada com consumidores dos municípios, que produzem vinho artesanal para consumo. Produtores de alguns municípios como Dois Lajeados, Relvado, Roca Sales e Vespasiano Corrêa, vendem a produção também para indústrias da Serra Gaúcha que elaboram suco de uva. No município de Relvado a produção está sendo comercializada com agroindústrias da região da Serra. Para a atual safra, o preço recebido pela uva concord está em média a R$ 0,90/kg; para uva bordô, chega a R$ 1,05/kg em média. No município de Roca Sales, alguns produtores estão colhendo as niágaras, concord e clone 30 para fazer praça, feira e venda para consumidor final a um valor que varia entre R$ 1,20 e R$ 1,50/kg. A produção maior será comercializada para indústrias e cantinas da Serra Gaúcha. No município de Vale Real, no Vale do Caí, onde o mesoclima mais quente propicia antecipação na maturação das uvas, a colheita das variedades niágara branca, niágara rosada e bordô já está bastante adiantada. Já está encerrada a colheita da vênus e da isabel precoce. Neste município são cultivados 275 ha de uvas niágara, sendo 190 de niágara rosada e 85 da niágara branca. A produção é comercializada na Ceasa de Porto Alegre e Caxias do Sul, em Flores da Cunha, Santa Catarina e outros estados do país. Os preços médios recebidos pelos viticultores são os seguintes: para niágara branca e rosada, R$ 1,20/kg; para a uva destas variedades comercializada em caixas de 700 gramas para Curitiba, o valor recebido é de R$ 1,50/kg; para uva bordô para suco o valor recebido é de R$ 0,90/kg; para a niágara branca e rosada para indústrias, o valor é de R$ 0,70/kg. Na região Central, a produção foi prejudicada ao longo do ciclo da cultura, principalmente pelas altas precipitações pluviométricas; consequentemente há perdas por falta de controle das principais doenças. Além disso, na primavera houve deficiência de floradas, favorecendo o ataque de insetos – principalmente abelhas – em frutas que estavam amadurecendo nos pomares domésticos. A uva está sendo comercializada em média a R$ 2,50/kg na região, sendo que em São João do Polêsine a uva de mesa está sendo comercializada a R$ 4/kg. Na região Centro-Serra, estão em plena colheita as variedades americanas bordô, concord, BRS, violeta, entre outras. O clima quente e úmido tem favorecido o desenvolvimento de podridões nas bagas, associado às podridões, e há ataque de

mariposas e de outros insetos. O teor de açúcar e o sabor da uva foram prejudicados pelo excesso de chuvas. Estima-se uma perda de 25% da produção em função dos fatores citados. Os preços recebidos pela uva nas propriedades variam de R$ 2,50/kg para uva niágara e concord, R$ 3/kg para uva bordô e R$ 5/kg para uva benitaca e rubi.

Olerícolas Na região Noroeste Colonial, o calor intenso, acompanhado de chuvas de verão, tem requerido maior atenção para o manejo das estufas para evitar o superaquecimento que causa danos às plantas. As altas umidades estão causando doenças foliares em várias hortaliças. Os agricultores continuam os tratos culturais normais como plantio, transplantio, manejos e colheita. Na região da Campanha, a alta umidade e o clima quente são favoráveis ao cultivo das olerícolas; porém, as tempestades e as fortes chuvas danificaram as plantações de folhosas. Os fortes ventos destruíram estufas, causando sérios prejuízos. O controle de doenças na cultura do tomate está intensificado também em decorrência do clima. Está elevada a oferta de vários tipos de abóboras, o mesmo ocorrendo com a melancia e o melão. A alta umidade tem prejudicado os tratos culturais da mandioca, principalmente a limpeza destas áreas. A cultura do repolho está em colheita e início de novo plantio. Na região do Planalto Médio, continua o alto regime de chuvas prejudicando a horticultura, que já atinge uma quebra de 50% na produção de hortaliças folhosas. Na região há uma produção considerável de tomate cereja, por conta de dois produtores que implantaram estufas para este fim. Estima-se que a produção esteja em torno de 500 t/ano. Embora o excesso de chuvas, os preços continuam estáveis na Feira do Produtor de Passo Fundo.

• Alface lisa e crespa: R$ 1/pé • Alface americana: R$ 1/pé • Almeirão: R$ 1/pé • Rúcula: R$ 1/pé • Brócolis: R$ 2/molho • Chicória: R$ 1/pé • Couve-flor: R$ 2/cabeça • Couve-folha: R$ 1,50/molho • Tempero verde: R$ 1,25/molho • Cenoura: R$ 2/kg • Beterraba: R$ 2/molho

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• Aipim: R$ 3/pacote com 750 gr • Repolho roxo: R$ 2/cabeça • Repolho verde: R$ 1,50/cabeça • Rabanete: R$ 2/molho • Abóbora cabotiá: R$ 1,80/kg • Tomate: R$ 3,99/kg • Tomate cereja: R$ 9,90/kg • Milho verde: R$ 2,50/pacote - 5 espigas

Na região Metropolitana de Porto Alegre, em geral os produtores de hortaliças reduzem a área de plantio no verão; entretanto, neste ano, e apesar das temperaturas elevadas, em Gravataí as folhosas estão em bom desenvolvimento, favorecido pelas pancadas de chuva periódicas. Este município tem tradição e expressão em produção de folhosas. Quanto à comercialização, em relação à semana anterior houve aumento de 25% para alface e radite e queda de 20% para couve-flor. O preço dos outros produtos manteve-se estável. Abóbora japonesa – Na região Sul, a cultura apresenta ótimo desenvolvimento, a maior parte das lavouras se encontra em floração e apresenta bom pegamento de frutos. Na região produtora de Herval, a colheita está começando em algumas áreas semeadas mais no cedo; a qualidade do produto é boa, e a expectativa dos produtores é de uma boa safra. O preço do produto caiu nos últimos dias e se encontra na faixa entre R$ 0,50 e R$ 0,70/kg na lavoura, considerado bom pelos agricultores. Alho – Na Serra Gaúcha, continuam os trabalhos de preparo do alho para comercialização. Os produtores também aproveitam o momento para a seleção da semente que será plantada na próxima safra. Tal seleção é feita nas propriedades para evitar contaminação da semente por podridão branca, doença que vem causando grandes prejuízos aos produtores. Os preços permanecem inalterados:para alho calibre 6-7, R$ 5,50/kg; alho calibre 5, R$ 4,50/kg; alho calibre 4, R$ 3/kg; para alho calibre 3, R$ 2/kg e o preço do alho indústria é de R$ 1/kg. Já foi comercializado cerca de 9% do total produzido. Batata – Na região de Passo Fundo cultiva-se 1.708 ha de batata, entre safra e safrinha. Em relação à primeira safra, a colheita está praticamente encerrada. Os preços estão entre R$ 90/sc. da batata com película rosa e R$ 120/sc. da batata com película branca. A procura é muito maior que a oferta. Em relação à segunda safra,

continuam o preparo do solo e o plantio, um pouco prejudicados pelo clima muito chuvoso, que inclusive tem ocasionado danos em algumas lavouras pela erosão do solo. Ainda assim, não há atrasos, visto que estamos dentro da época de plantio. Batata-doce – Na região da Costa Doce, as lavouras estão produzindo em média 14,0 t/ha e produto de boa qualidade. Os preços mantêm-se atrativos durante a semana; por exemplo, as batatas-doces de cascas branca e roxa estão sendo negociadas na lavoura a R$ 20/caixa com 20 kg; porém, a batata-doce de casca rosa recebe um preço diferenciado de R$ 25/caixa com 20 kg. A produção é comercializada na Ceasa de Porto Alegre e nas redes de supermercados, minimercados, fruteiras da região. Cebola – Na Serra Gaúcha, a comercialização da cebola ainda é tímida; os preços pagos aos produtores variam de R$ 1,05/kg chegando até R$ 1,30/kg, dependendo da qualidade do produto. De modo geral, o preço compensa um pouco a quebra na produtividade. Na região Sul, a colheita da cebola foi concluída. Grande parte da produção já foi comercializada a preços que variaram entre R$ 0,40/kg e R$ 1/kg, com média de R$ 0,70/kg. Há ainda uma pequena parte da produção, cerca de 5%, armazenada à espera de preços melhores. Mandioca – Na região de Santa Rosa a cultura desenvolve-se normalmente, os produtores realizam tratos culturais, especialmente capinas para o controle de invasoras. A mandioca que está sendo vendida neste momento tem bom preço de comercialização, sendo que em alguns municípios os produtores estão vendendo mandioca descascada e pronta para mesa, para conseguirem preços melhores junto aos consumidores. Tomate – Na região Central, está em pleno andamento a colheita nas lavouras cultivadas no sistema protegido, com o preço pago ao produtor de R$ 3,50/kg. No município de Santa Maria, a maior parte do abastecimento é com produto da Ceasa de Porto Alegre, sendo que a caixa de 20 kg está sendo comercializada a R$ 40, sem variação em relação à semana passada.

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Comercialização de hortigranjeiros comparativo semanal

Na Ceasa/RS de Porto Alegre, dos 35 principais produtos analisados em relação a preços pela sua Gerência Técnica, no período entre os dias 20/01/2015 e 27/01/2015, 19 mantiveram-se estáveis, 09 com majoração e 07 em baixa: PRODUTO EM ALTA

20/01 (R$)

27/01 (R$)

Aumento (%)

Agrião - molho 0,58 0,67 15,52 Alface - pé 0,83 1,00 20,48 Brócolis- un 1,50 1,67 11,33 Espinafre- molho 1,25 1,67 33,60 Vagem - kg 3,00 3,50 16,67 Batata Rosa - kg 2,40 2,50 4,17 Beterraba - kg 1,25 1,50 20,00 Mandioca(Aipim)- kg

1,40 1,50 7,14

Ovo branco - dz 2,00 2,16 8,00 PRODUTO EM BAIXA

20/01 (R$)

27/01 (R$) Baixa (%)

Abacate-kg 3,25 2,75 15,38 Limão Taiti- kg 2,25 2,00 11,11 Maçã Red Delicius- kg

5,00 4,50 10,00

Melão Espanhol- kg

1,92 1,77 7,81

Repolho Verde- kg 0,45 0,39 13,33 Batata Branca - kg 2,40 2,20 8,33 Cenoura - kg 2,00 1,75 12,50

CRIAÇÕES Forrageiras – O verão gaúcho tem apresentado condições climáticas caracterizadas pela elevada umidade e temperatura, em todos os municípios. Foram registradas grandes oscilações térmicas, com picos de temperatura acima dos 40°C e a temperatura mínima próxima de 10°C. Na semana que passou, houve precipitações em quase todos os municípios. Essas condições climáticas favorecem o desenvolvimento das pastagens nativas e cultivadas de maneira geral, assim como das lavouras de milho e sorgo destinadas à produção de silagem. No entanto, ainda que o quadro climático seja favorável, os técnicos alertam que será um ano de elevada ocorrência de doenças e pragas nas lavouras e pastagens, devido às altas umidades e temperaturas; da mesma forma, aumentará a ocorrência de parasitas nos rebanhos, causando maiores dificuldades para o desenvolvimento das

atividades de criação animal. No campo nativo, existe boa condição de rebrote das plantas forrageiras e observa-se boa disponibilidade de forragem para os animais nesta época. Alguns produtores realizam roçadas em determinadas áreas de campo nativo para o controle de plantas espontâneas, pois algumas são tóxicas para os animais. As pastagens cultivadas, anuais e perenes, apresentam boa condição de produção, com acentuado desenvolvimento vegetativo; porém, em alguns locais há áreas de pastagens que apresentam folhas amareladas indicando a carência de nutrientes, principalmente nitrogênio, o que torna necessárias as adubações nitrogenadas orgânicas e/ou a química de cobertura. Em algumas regiões, as pastagens anuais de verão apresentam boas condições de suporte animal, com destaque para os sorgos forrageiros, milheto e capim sudão, assim como as gramíneas perenes, especialmente o tifton. Bovinocultura de corte – Em geral o rebanho bovino de corte apresenta boas condições nutricionais e sanitárias. Mesmo os rebanhos que permanecem apenas no campo nativo apresentam boas condições de alimentação, haja vista ser observado o rebrote satisfatório das plantas forrageiras naturais, o que melhora a qualidade do pasto. Além disso, as pastagens anuais e perenes de verão também apresentam boa produção de massa verde, pois houve grande volume e boa distribuição das chuvas no período, favorecendo o desenvolvimento vegetativo destas espécies. O maior cuidado e a preocupação dos criadores no momento são direcionados aos ecto e endoparasitas, especialmente verminoses, cuja proliferação é favorecida pela umidade excessiva e pela temperatura elevada. No interior do município de Jaguari, na região de Santa Maria, a inspetoria veterinária detectou um foco de raiva bovina na localidade de Caixa D’água, sendo registrada a morte de mais de 20 animais. No município, já começou a vacinação contra esta moléstia e foi dado o alerta para os municípios vizinhos iniciarem as medidas de precaução. Os preços do boi e da vaca gorda permaneceram estáveis na maioria das regiões produtoras do Estado. Os preços pagos aos agricultores e pecuaristas no período, na região Sul do Estado, são apresentados abaixo.

• Boi gordo - R$ 3,80 a R$ 5/kg/vivo • Vaca gorda - R$ 3,70 a R$ 4,70/kg/vivo

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• Terneiro - R$ 4 a R$ 5,20/kg/vivo Bovinocultura de leite – O rebanho leiteiro das diversas bacias leiteiras do Estado, em geral, apresenta boas condições nutricionais e sanitárias. Essas condições se evidenciam principalmente naquelas propriedades onde os criadores adotaram um sistema de produção baseado fundamentalmente no pastoreio rotativo direto. Neste sistema, o manejo das pastagens naturais e cultivadas, anuais e principalmente perenes é fundamental, para a sustentabilidade da atividade. O cenário atual da atividade leiteira no Estado indica aumento da produtividade, pois as condições climáticas do período favoreceram o desenvolvimento das pastagens anuais e perenes, assim como o das lavouras de milho e sorgo destinadas à produção de silagem. As forrageiras de verão, tanto anuais como perenes, estão recebendo adubações nitrogenadas de cobertura para aumentar a produção de pasto. Quanto à comercialização, o preço do leite pago aos produtores apresentou um leve decréscimo no período, devido ao aumento da oferta. Produtores com maior volume de produção e melhor estrutura de resfriamento têm recebido preços melhores e maior facilidade no comércio com as empresas e cooperativas, sendo que aqueles com pequenos volumes encontram maiores dificuldades para a comercialização. Na região de Santa Rosa, algumas famílias ainda não receberam o pagamento dos últimos três meses, devido à interdição nas empresas fraudadoras do leite. Houve reuniões em alguns municípios para discutir a situação e encaminhar a solução para o problema de muitos produtores que ainda não receberam o pagamento atrasado do leite e estão sem perspectivas de receber. Essa atividade é muito importante na região, pois tem importante função social, como renda mensal e ocupação da mão de obra familiar local. Na região de Caxias do Sul, também existe um clima de insatisfação dos produtores, em virtude do valor recebido pelo litro de leite, que varia entre R$ 0,85 e R$1,01, dependendo da indústria e da qualidade do produto entregue. Geralmente as bonificações são para produtores que têm resfriadores de leite a granel e que produzem grandes volumes de leite com qualidade. Sendo assim, a preocupação dos produtores é de aumentar a produtividade e reduzir o custo de produção. Outra medida é o preparo de silagem que está em andamento e deve se intensificar nos próximos dias, pois o milho destinado a este fim já está na sua maioria no ponto para corte.

Ovinocultura - O rebanho ovino de diversas regiões produtoras de carne e lã do Estado de maneira geral, apresentam boas condições corporais e sanitárias. A situação das pastagens nativas e cultivadas é satisfatória e estão melhorando gradativamente, em virtude das boas condições climáticas do período, refletindo na melhoria do estado corporal dos animais. No entanto, o excesso de umidade está causando problemas de podridão dos cascos e o aparecimento de alguns endoparasitas, especialmente verminoses. A criação está na fase de assinalação de cordeiros, vermifugação, casqueamento e finalizando o período de esquila da lã que apresentou boa produtividade. No município de Santana da Boa Vista, na região de pelotas a comercialização da lã está quase concluída. As lãs mais grossas têm sido as mais procuradas e por isso estão mantendo seu preço. Já as lãs mais finas estão perdendo preço pela menor procura. Os preços pagos aos ovinocultores no período, na região Sul do Estado, são apresentados abaixo.

o Ovelha - R$ 3,60 a R$ 4,50/kg/vivo o Cordeiro - R$ 4,40 a R$ 5/kg/vivo o Capão - R$ 3,80 a R$ 4,80/kg/vivo

• Ideal (Prima A) - R$ 10/kg • Lã Corriedale (Cruza 1) - RS 8,10/kg • Lã Corriedale (Cruza 2) - RS 7,50/kg

Pesca Artesanal – Em virtude do excesso de chuvas que ocorreu na área da Lagoa dos Patos no período, é possível que a água não salgue o suficientemente para uma boa produção de camarão. A expectativa é de uma safra frustrada. O período ainda é de defeso na Lagoa Mirim. Em Pelotas os pescadores também estão muito preocupados com a safra de camarão, pois o nível de salinização da água está muito baixo para o desenvolvimento das larvas de camarão. Pescadores pescaram somente um pouco de corvina na semana que passou. No estuário, a safra está aberta desde 1º de outubro para a pesca do bagre e da corvina. A partir de 1º de novembro, iniciou o período de defeso na área da Lagoa Mirim, nos municípios de Jaguarão, Rio Grande, Arroio Grande e Santa Vitória do Palmar. Até 1º de fevereiro, os pescadores receberão o “seguro-defeso” nesta bacia. Em 1º de fevereiro abre a safra do camarão na Lagoa dos Patos, já com uma expectativa de frustração.

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Preços praticados no período:

� Jundiá - R$ 1,50 a R$ 2,50/kg � Peixe-rei - R$ 3,20/kg � Traíra - R$ 3,50/kg � Pintado - R$ 1,20/kg � Tainha - R$ 3,20/kg � Camarão - R$ 35/kg

Apicultura – Nesta época do ano, os apicultores estão realizando manejo de suplementação da alimentação das colmeias, pois as chuvas constantes não proporcionam condições satisfatórias para produção de mel e geleia real, comprometendo a sustentabilidade e reprodução dos enxames. Com a tendência de manutenção deste quadro climático, os produtores pretendem seguir com esta prática para evitar perda de colmeias e enfraquecimento dos enxames. A expectativa de produção de mel está abaixo do normal nas diferentes regiões produtoras do Estado, pois o excesso de chuvas no período coincide com o período normal de produção. Em municípios onde ocorreram menores índices pluviométricos no período, alguns apicultores já realizaram as colheitas do verão, mas obtiveram produções de mel abaixo do esperado inicialmente. Na região de Santa Rosa, a produção de mel até o momento é a pior dos últimos anos, e a oferta do produto diminui a cada ano devido à mortalidade de abelhas causada pelos agrotóxicos, fazendo inclusive muitos produtores desistirem da atividade. Os municípios informam que os preços do mel reagiram no período; porém, falta produto.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTO RES

PRODUTOS

UNIDADE

SEMANA ATUAL

29.JAN.15

SEMANA ANTERIOR 22.JAN.15

MÊS ANTERIOR 01.JAN.15

ANO ANTERIOR 30.JAN.14

MÉDIAS DOS VALORES DA SÉRIE HISTÓRICA 2009-2013

GERAL JANEIRO

ARROZ 50 kg 37,06 36,77 36,46 36,41 33,02 34,58 FEIJÃO 60 kg 129,90 126,40 114,40 142,08 104,29 113,60 MILHO 60 kg 23,37 23,86 24,24 24,53 25,53 26,82 SOJA 60 kg 53,13 55,88 60,19 65,13 56,00 55,25 SORGO 60 kg 20,25 20,65 20,28 20,22 20,91 22,17 TRIGO 60 kg 25,42 25,21 25,00 34,11 29,54 29,47 BOI kg v 4,89 4,89 4,81 4,12 3,46 3,48 VACA kg v 4,43 4,43 4,29 3,69 3,10 3,14 SUÍNO kg v 3,48 3,48 3,65 3,23 2,67 2,89 CORDEIRO kg v 4,54 4,44 4,29 4,19 3,89 3,82 LEITE litro 0,80 0,80 0,87 0,93 0,76 0,73 P e r í o d o 26/01-30/01 19/01-23/01 29/12-02/01 27/01-31/01 - -

Fonte dos dados/elaboração : Emater/RS-Ascar, Gerência de Planejamento, Núcleo de Informações, Análises e Planejamento - NIP. Índice de correção: IGP-DI (FGV). NOTA: Semana atual, Semana anterior e Mês anterior são preços correntes. Ano anterior e Médias dos valores da série histórica são valores corrigidos. Média geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2009-2013 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais corrigidos, da série histórica 2009-2013. OBS.: 1) Bovinos e ovinos com prazo de pagamento de 20 e 30 dias. 2) Leite: preço bruto. 3) SI indica sem informação. ST indica sem transação.