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INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XII - Nº 166 - JANEIRO/2006 alta do preço do café verde foi o tema da reunião que aconteceu no dia 27 de janeiro, na sede da Findes, entre representantes capixabas do setor e o dire- tor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkiwicz – que veio a Vitória exclusivamente para tratar do assunto. O objetivo do encontro foi estudar um plano de emergência para aumentar a produção de café nos próximos anos. “Hoje, o Brasil precisa produzir cerca de 16 milhões de sacas de café por ano para abastecer o mercado interno e 25 milhões de sacas tem que ser produzidas para cum- prir compromissos de exportação. Somando as duas o país precisaria produzir de 40 a 42 milhões de sacas para cumprir as metas. Entretanto, a expectativa de produção para esse ano é de 36 milhões de sacas, ou seja, a safra não será suficiente”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria do Café (Sincafé), Egídio Malanquini. A PÁGINA 7 Entidades discutem plano emergencial para aumentar produção de café Produtores reclamam do atraso na vacinação contra brucelose PÁGINA 3 Fotos: Divulgação Sindicato Rural de São Mateus quer ampliar atendimento de saúde PÁGINA 4 Cobrança de ITR pode passar para municípios PÁGINA 5 Fotos: Incaper

INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E … _janeiro_2006_final.pdf · Um fato, porém, causou a aflição de toda a classe produtora do Estado: os pro-jetos de lei encaminhados

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INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XII - Nº 166 - JANEIRO/2006

alta do preço do café verde foi o tema da reunião que aconteceu no dia 27 dejaneiro, na sede da Findes, entre representantes capixabas do setor e o dire-tor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan

Herszkiwicz – que veio a Vitória exclusivamente para tratar do assunto. O objetivo doencontro foi estudar um plano de emergência para aumentar a produção de café nospróximos anos.

“Hoje, o Brasil precisa produzir cerca de 16 milhões de sacas de café por ano paraabastecer o mercado interno e 25 milhões de sacas tem que ser produzidas para cum-prir compromissos de exportação. Somando as duas o país precisaria produzir de 40 a42 milhões de sacas para cumprir as metas. Entretanto, a expectativa de produção paraesse ano é de 36 milhões de sacas, ou seja, a safra não será suficiente”, afirmou opresidente do Sindicato da Indústria do Café (Sincafé), Egídio Malanquini.

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Entidades discutemplano emergencial

para aumentarprodução de café

Produtoresreclamam do

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Fotos: Divulgação

Sindicato Ruralde São Mateusquer ampliaratendimento

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pode passarpara

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Fotos: Incaper

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O ano de 2005 marcou um bommomento da agricultura capixaba, ape-sar de ter enfrentado aftosa no gado deESTADOS vizinhos, real valorizado fren-te ao dólar, aumento dos custos de pro-dução e dificuldade das negociações dedívidas dos produtores. A credibilidadedo governo foi essencial neste período.

O Governo do Estado mostrou queestá trabalhando em favor do agricultor,que comemora diversas ações desen-volvidas pelo governo, em especial al-guns empreendimentos desenvolvidospela Secretaria de Agricultura e Pecuáriado Espírito Santo (Seag), através de seuSecretário Ricardo Ferraço. Uma dasações desenvolvidas pela Seag foi a cri-ação do Plano Estratégico da AgriculturaCapixaba (Pedeag), que contribuiu paranortear tanto a Seag quanto a própria Faes,que usou o Pedeag para diagnosticar osprincipais problemas enfrentados pelos pro-dutores e com isso formular junto ao Se-brae e Banco do Brasil ações voltadasaos agricultores de norte a sul do Estado.

Outro importante empreendimentodesenvolvido pela Seag e Governo doEstado foi o término da primeira fase doprograma de eletrificação rural ”Luz ParaTodos”, que beneficiou mais de 12 mil do-micílios em todo o Estado. Outro fator deci-sivo para a competitividade da agriculturacapixaba foi a redução do ICMS do leite,onde as cooperativas e laticínios passa-ram a ter isenção de 7% do ICMS nasvendas para atacadistas e varejistas. E aisenção da cobrança de ICMS para ope-rações internas de carne e seus deriva-dos e redução de 12% para 1,2% da alí-

Agropecuária e credibilidade

FAESDIRETORES: Nyder Barboza de Menezes (Presidente); Júlio da Silva RochaJúnior (1º Vice-Presidente); Waldir Magewski (2º Vice-Presidente); Danilo EdisonDuarte (3º Vice-Presidente); José Umbelino L. Monteiro de Castro (4º Vice-Presidente); Francisco Vervloet Sampaio Silva (1º Secretário); Altanôr LôboDiniz (2º Secretário); Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro); EmersonSoares Júnior (2º Tesoureiro)Suplentes: David Martinho Zanotti; Erineu Pinto Barcelos; Tolentino Ferreira de Freitas,José Pedro da Silva; Armando Luiz Fernandes; Argeo João Uliana; Fredolino Lahas;João Calmon Soeiro; Vanderlei Ceolin.CONSELHO FISCAL: Francisco Valani da Cruz; Walase Pinto Sant’ana; RenaWalace CremaSuplentes: Júlio Magevski; Ernesto Chiabay; Otto HerzogDIRETORES NATOS: Guilherme Pimentel Filho; Haroldo Brunow Fontenneleda Silveira; Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Filho; Pedro de Faria Burni-er; Valdemar Borges da Silva; Vinícius AlvesEndereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - bloco A - Sala 1101- Bairro SantaLúcia - Vitória/ES - Telefax: (27) 3235-9031 - e-mail: [email protected] por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909([email protected])

Jornalista responsável: Eustáquio Palhares([email protected])Edição: Bruna Lage ([email protected])

Textos: Bruna Lage e Simone Sandre ([email protected])Colaboradores: Andressa Nathanailidis, Maria Tereza Prates Zaggo, Júlio da SilvaRocha Júnior, Waldeque Garcia da Silva, Welingtonglei Alexandre de Carvalho eFabrício Gobbo FerreiraProdução gráfica: Comunicação Interativa ([email protected])

O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuáriado Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural –Administração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES).

EXPE

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NTE

EDITORIAL

quota para as operações interestaduais.Essas e outras ações desenvolvidas

pelo governo de Paulo Hartung estão mu-dando para muito melhor a vida de quemmora no interior do Estado, principalmen-te dos agricultores e produtores rurais.Também podem ser vistas ações paramelhoria da assistência técnica com acontratação de novos técnicos e adoçãode novas tecnologias, além da abertura erecuperação de cerca de 500 km de es-tradas vicinais, que permitem ao produtorescoar sua produção a tempo.

Um fato, porém, causou a aflição detoda a classe produtora do Estado: os pro-jetos de lei encaminhados pelo Governodo Estado, objetivando a doação de áreasde terras devolutas para o INCRA. Taisprojetos receberam votação contrária naAssembléia Legislativa, garantindo os di-reitos de propriedade a seus ocupantes.

A FAES espera, que no caso dedoação de terras devolutas para a Re-forma Agrária, que estes projetos de as-sentamento sejam conduzidos pelo pró-prio Estado, priorizando quem já residenestas áreas possibilitando a eles a re-gularização da situação fundiária de seusimóveis, evitando possíveis conflitos edispêndios financeiros com brigas judi-ciais para o direito de defesa de suaspropriedades.

Estaremos também promovendoseminários técnicos de conscientizaçãopara que os produtores que possuem“áreas devolutas”, regularizem tal situa-ção diante do Estado,em conformidadecom o que a Legislação Permite: o re-querimento de até 100 ha por pessoa.

Nos dias 14 a 16 defevereiro acontece a Fei-ra Mundial da Agricultura(World Agriculture Expo),que será realizada na ci-dade de Tulare, na Cali-fornia. Esta é a maior fei-ra do mundo do setor agrí-cola. A sua primeira edição foi realizada em 1968, e agora está sendorealizada pela 39ª vez. Em 2005, ela teve mais de 100 mil visitantes, de60 países, e 1,6 mil expositores de todo o mundo. O evento é ideal paraempresários com o objetivo de realizar compra e/ou venda de produ-tos, equipamentos e serviços, procura de parcerias de representação,distribuição e alianças de todos os tipos com empresas internacionais.Mais detalhes podem ser obtidos com o Serviço Comercial dos EUA,em Belo Horizonte, com Vania Resende, tel. (31) 3213.1583.

Fim de Semana do ProdutorA 3ª edição do Fim de Semana

do Produtor acontece entre os dias10 e 12 de fevereiro, no Parque deExposição de Carapina, na Serra. Aprincipal novidade da edição defevereiro será a Feira da Catira,onde os produtores poderão trocarentre si qualquer produto rural quenão estejam utilizando. Tambémhaverá exposição de avestruzes eo XIII Leilão Balde de Ouro, com

Tendo em vista o bom desempenho do Brasil na produção eexportação de carne, a Câmara Italiana de Minas Gerais vaiorganizar uma delegação de empresários a um dos eventosinternacionais mais importantes da indústria da carne – a Euro-carne, que será realizado em Verona, na Itália, de 11 a 14 demaio de 2006. Esta será a 23ª edição do salão que vai expor

tecnologias para abate, conservação, refrigeração e distribuição de carne,aves e peixes. Dessa forma, a Câmara visa contribuir para a internacionaliza-ção de empresas brasileiras, além de fazer com que o produto brasileiroconquiste maior valor agregado.

Feira Mundial da Agricultura

Eurocarne 2006

120 vacas e novilhas Girolandas,paridas ou almojando dos melho-res criatórios de Minas Gerais e doEspírito Santo. O evento é uma rea-lização da Extrema Eventos e Parti-cipações, com promoção do Go-verno do Estado, Seag, e apoio daFaes. Para fomentar a geração denegócios, o Banco do Brasil e oBanestes estarão liberando créditopara os participantes da feria.

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pesar do avanço nocombate à brucelosee à tuberculose, asenfermidades ainda

requerem atenção por parte doprodutor capixaba, que deve pro-curar junto aos escritórios do Ins-tituto de Defesa Agropecuária eFlorestal do Espírito Santo (Idaf-ES) de seus respectivos municí-pios os profissionais credencia-dos para a aplicação da vacina.

No Estado existem dois labo-ratórios atuando no diagnósticodas enfermidades: o laboratóriooficial do Instituto Biológico doEspírito Santo (IBEES), perten-cente ao Idaf e instalado no mu-nicípio de Cariacica, e o labo-ratório do Centro UniversitárioVila Velha (UVV), em Vila Velha.Ambos realizam os teste de roti-na e o teste confirmatório parabrucelose.

O diretor da Federação daAgricultura e Pecuária do Espíri-to Santo (Faes), Neuzedino AlvesVictor de Assis, relata a necessi-

dade de atenção especial do Idafno atendimento das solicitaçõesdos produtores para vacinaçãodas bezerras contra brucelose.“Tem ocorrido muitas reclama-ções dos produtores em relaçãoao Idaf por atraso no atendimen-to das solicitações para a vaci-nação”, afirma.

O Idaf, através da médicaveterinária do setor de DefesaSanitária Animal, Daniele daCosta, informa que até o mo-mento não chegou ao institutonenhuma formalização de pro-dutor reclamando do atraso noatendimento. “O Idaf possui 55veterinários, sendo que 37 de-les estão no campo, além dos52 médicos veterinários cadas-trados pelo instituto que estãoaptos a aplicar a vacina contrabrucelose. Acredito que estenúmero vem atendendo ade-quadamente as sol ic i taçõesdos produtores”, afirma.

Barreira comercialPara o presidente em exercí-

Produtores reclamam do atraso navacinação de bezerras contra brucelose

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MÉDICOS VETERINÁRIOS CADASTRADOS NO IDAF PARA REALIZAREM VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE

Pedro Elias Vargas Lobato GuaçuíMarcela Proença Durão LinharesAntonio Carlos Lievore Junior ColatinaDalvair Barbosa dos Santo EcoporangaCarlos Zanata Reisen Vila VelhaMárcio Sérgio Bissoli Vargas Conceição do CasteloJoão Ferreira da Fonseca São Gabriel da PalhaMario José Xavier SerraRenato Travassos Beltrame Vila VelhaJuraci Jacobina de Aragão São MateusJosé Alberto Gomes da Rocha ColatinaMarcelo Carvalho dos Santos LinharesLuiz Renato Fraga Paes Cachoeiro de ItapemirimJosé Francisco Ribeiro Rodrigues Cachoeiro de ItapemirimSérgio Machado Mendes Cachoeiro de ItapemirimMauricio Gomes Favoreto Muniz FreireSandra Manhães de Andrade Guedes LinharesJoelson Ferreira Schwab CariacicaLeandro Abreu da Fonseca VitóriaLincoln José Henriques Matosinhos CasteloMatheus Luiz Martins Bertolini Vila VelhaAndré Luiz Passamani CasteloSherrine Queiroz Fermo ColatinaClaudionor Gusmão Guimarães Nanuque-MGWerner Binda Wruch Itaguaçú

cio da Faes, Júlio da Silva RochaJúnior, além dos problemas eco-nômicos e sociais causados, asenfermidades podem ser utiliza-das como barreira comercial ascommodities brasileiras, comoacontece hoje com a febre afto-sa. “O Espírito Santo precisamanter um sistema de defesa sa-nitária animal eficiente para po-der atuar em novos mercados,por isso, o cuidado com a sani-dade do rebanho deve ser refor-çado constantemente, com a in-tensificação das vacinas contraas doenças mais importantes”,

afirma Júlio da Silva Rocha.Para a médica veterinária do

Serviço de Sanidade Agropecuá-ria do Espírito Santo (Sedesa/DT-ES), Alba Said, é importante a aju-da do consumidor, que deve so-mente adquirir carne de estabe-lecimentos que comercializemprodutos com inspeção federal,estadual ou municipal. Alba co-menta ainda que é obrigatório queo produtor tenha o certificado devacinação contra Brucelose debovinos e bubalinos - emitida pormédico veterinário habilitado jun-to ao Ministério da Agricultura Pe-cuária e Abastecimento (Mapa) -para comercializá-las.

A veterinária lembra aindaque para o ingresso de bovinos ebubalinos em eventos pecuários,além do atestado negativo con-tra brucelose é também exigidocontra tuberculose e a Guia deTrânsito Animal (GTA), acusan-do a vacinação contra Febre Af-tosa emitido por Órgão Oficialde Defesa Sanitária Animal.

Breno Dalla Maestri Vila VelhaFernando Prucoli Paiva Mimoso do SulAntonio Carlos Faber da Silva Bom Jesus do NorteDarcy de Vargas Ferreira VitóriaMarcelo Vivácqua Cachoeiro de ItapemirimAdelbio José Gomes Bom Jesus do ItabapoanaFernando Luiz Tobias Vila VelhaAlessandro Mendes Gomes Conceição da BarraJosé Carlos Bambini Ayres LinharesRonaldo Barbeitos Junior VianaGeraldo Lucio de Lazzari Teixeira LinharesLuciano Carrareto Barreto LinharesRodrigo Otavio de Melo Nogueira EcoporangaGustavo Roque Colnago Santa Maria de JetibáRenato Codevilla de Moura IconhaGuanair Gonçalves Filho CasteloRicardo Venturini Brêda LinharesPéricles Coelho LinharesGiuliano de Pollo Menezes MontanhaRômulo Sobrosa Rodrigues Cachoeiro de ItapemirimWagner Martinelli Machado Cachoeiro de ItapemirimOnofre Souza Câmara LinharesRenato Caiado Casotti GuaçuíRodrigo Vidigal de Faria AracruzKarla Roksanny Bayerl Leite Marataizes

Nome Município Nome Município

Incaper

Julio da Silva Rocha Júnior:“o cuidado com a sanidade dorebanho deve ser reforçado”

Fonte: Idaf

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em só de comemora-ções é feito o final deano. Para os produto-res rurais, além das

festas, o término de 2005 contoucom muitos motivos que enseja-ram a reflexão. No dia 12 de de-

Futuro do Agronegócio édiscutido em seminário na Findes

Nzembro, por exemplo, o Futuro doAgronegócio foi tema discutido noseminário “O Futuro do Trabalho noES”, realizado na sede da Findes.

Durante o evento foram realizadosdebates e mesas redondas com aparticipação de grandes nomes do

O debate contou com a participação de grandes nomes do setor

Fonte: Departamento deComunicação da CNA

e com o Paraguai; a região doChaco, que envolve áreas da Ar-gentina, Bolívia e Paraguai,além do Equador e da Venezue-la. “Aftosa é um problema queenvolve cooperação regional”,afirmou Sebastião Costa Gue-des, presidente do Giefa.

Os Estados Unidos, que sãoo maior produtor de carnes domundo, têm interesse em traba-lhar em conjunto com o Brasilna melhoria da sanidade animala fim de ampliar as oportunida-des de negócios nos mercadoasiático. Na avaliação de No-gueira, o Brasil só tem a ganharcom o trabalho de eliminaçãoda doença e controle viral nocontinente.

“Ninguém tem a preocupa-ção com a sanidade animaligual a do produtor brasileiro,em virtude do tamanho do reba-nho nacional. Temos sofrido, na

carne, embargos comerci-ais, muitas vezes provoca-dos por problemas sanitári-os de países vizinhos ou deproblemas internos em re-giões que ainda não avan-çaram no combate à afto-sa”, disse o presidente doFórum de Pecuária de Cor-te da CNA. No ano passa-do, o registro de casos deaftosa no Mato Grosso doSul e Paraná resultou emembargos internacionaisde clientes tradicionais dacarne bovina brasi leira,como União Européia, Rús-sia, Chile, Argélia, Israel, ge-rando perda de renda parao produtor brasileiro. Porisso, o Brasil tem interesseem eliminar a doença emtoda a América do Sul.

NOSSOS PARCEIROS

para o Brasil”, afirmou.A missão, que visitou a CNA, in-

tegrada por técnicos e empresári-os norte-americanos, foi organiza-da pelo Grupo Interamericanopara Erradicação da Febre Aftosa(Giefa), com apoio do Centro Pan-americano de Febre Aftosa (Opas/OMS) e do Departamento de Agri-cultura dos Estados Unidos. O gru-po veio ao Brasil para conhecerprogramas de combate à doençae discutir formas de cooperaçãoe fortalecimento de ações de con-trole da aftosa nos países da Amé-rica do Sul.

O Giefa contabiliza hoje US$49 milhões, arrecadados junto aosetor privado, para serem aplica-dos em ações para erradicaçãoda doença, como controle de ani-mais, cadastramento e movimen-tação de rebanho, em regiõesconsideradas críticas como asfronteiras do Brasil com a Bolívia

Brasília (25.01.06) – Otrabalho de erradicação dafebre aftosa na América doSul, especialmente naque-les que têm fronteira com oBrasil é tarefa indispensá-vel para eliminar a ocorrên-cia da doença no territórionacional. A avaliação é dopresidente do Fórum Naci-onal Permanente da Pecu-ária de Corte, da Confede-ração da Agricultura e Pe-cuária do Brasil, (CNA), An-tenor Nogueira, que estevereunido hoje na sede daentidade com uma delega-ção de dirigentes do agro-negócio norte-americano.“Se não eliminarmos a do-ença em toda a América doSul, teremos permanente-mente notícias sobre aocorrência de aftosa noPaís. E isso é muito ruim

CNA efende parceria para erradicar aftosa em toda América do Sul

Fotos: Divulgação

setor de agronegócio, como porexemplo o presidente da Associa-ção Brasileira das Industrias Exporta-doras de Carne (ABIEC), Pratini deMorais, o diretor Comercial da Cali-man Agrícola, Francisco Faleiro, e opresidente da Associação de Produ-

tores e Criadores de Gado do ES,Marcos Corteletti. O presidente emexercício da Federação da Agricultu-ra e Pecuária do Espírito Santo (Faes),Júlio da Silva Rocha Júnior, e o diretorNeuzedino Alves Victor de Assis mar-caram presença no encontro.

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efensivos Agrícolas, Ele-tricista, Associativismo,Conservas de Vegetais,

Viveirista, Merendeira,Tratorista e muitos outros. Estessão alguns dos temas dos treina-mentos que foram realizadospelo Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar-ES), enti-dade ligada à Federação da Agri-cultura e Pecuária do EspíritoSanto (Faes), nos meses de de-zembro e janeiro.

Os cursos são realizados deNorte a Sul do Estado. De acordocom a técnica de Atividades deFormação Profissional Rural doSenar-AR/ES, Tereza Zaggo, oobjetivo dos treinamentos é ofere-cer conhecimento e atualizaçãoem relação às exigências do mer-cado de trabalho e serviços. “Asações desenvolvidas, contribuempara elevar os ganhos econômi-cos da família rural, promovendouma melhor qualidade de vida,colaborando para manter o ho-mem no campo”, destaca.

Famílias rurais recebemcursos profissionalizantes

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Os trabalhadores rurais de Guarapari recebramcertificados ao final do treimamento

O município de Linhares foi contempladocom treinamento sobre defensivos agrícolas

Itaguaçu também recebeu treinamentosobre defensivos agrícolas

Os trabalhadores de Cachoeiro de Itapemirim receberam treinamentos de eletricistas

Fotos: Senar-ES

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Recadastramentodos sindicatosrurais no MTE

CAMPO LEGAL

De acordo com o dispostono Ofício Circular/CNRTPS/CNA/Nº 001/2006, datado de26 de janeiro de 2006, que tema seguinte redação: “Diante denovos fatos como a edição peloMinistério do Trabalho e Empre-go da Portaria Nº 500, de 22 dedezembro de 2005, que apro-va instruções para declaraçãoanual da RAIS 2005, que trazem um dos seus campos a obri-gação da declaração do paga-mento da contribuição sindical,pleito reivindicado pelas Con-federações Patronais, vimosmodificar nosso posiciona-mento externado nos ofíciosanteriores quanto ao recadas-tramento sindical, em virtudeda ADIN 3503 em tramitação noSupremo Tribunal Federal, ori-entando esta Federação paraque efetive o seu recadastra-mento até a data de 13 de mar-ço próximo, conforme determi-nação do Despacho do Secre-tário de Relações do Trabalho,publicada no diário oficial daunião do dia 12 de janeiro últi-mo, devendo também, por con-seqüência, orientar e assesso-rar os sindicatos filiados a estaFederação, para procederemda mesma maneira.”

Além disso, no dia 09 docorrente mês recebemos e-mail da CNA com o seguinteteor: “Negada ação contraatualização sindical – STFconsidera legítima Campa-nha de Atualização das Infor-mações Sindicais do TEM.Mais de dez mil entidades jáatualizaram os dados cadas-trais. Brasília, 08/02/06 – OSupremo Tribunal Federal(STF) NEGOU A Ação Diretade Inconsti tucional idade

Exportações do agronegóciobatem recorde em janeiro

As exportações do agronegócio brasileiro chegaram a US$ 2,9 bi-lhões em janeiro, recorde para um primeiro mês do ano. O superávit dabalança do setor ficou em US$ 2,4 bilhões, de acordo com dados doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os produtos quemais contribuíram para o desempenho foram o açúcar, o álcool, ascarnes e a soja. Apesar do embargo imposto por 56 países em funçãodo foco de febre aftosa, as vendas de carnes aumentaram 28% emjaneiro e ficaram em US$ 608 milhões. No acumulado dos últimos dozemeses, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 43,9 bilhões,11,9% acima do valor exportado entre fevereiro de 2004 e janeiro de2005. O superávit acumulado foi de US$ 38,6 bilhões (Fonte: MAPA)

Café: Chuvas no BrasilAs fortes chuvas que caíram sobre as regiõesprodutoras em Minas Gerais e São Paulo deter-minaram a queda dos preços futuros do café ne-gociados ontem em Nova York. Segundo a Reu-ters, produtores venderam e fundos liquidaram

as posições de março durante a sessão. Os contratos de março caíram565 pontos, para US$ 1,0945 por libra-peso. Mesmo recuo tiveram ospapéis de maio, que fecharam a US$ 1,1255 por libra-peso. Em Lon-dres, os preços caíram com vendas especulativas e de produtores. Ospapéis de maio fecharam a US$ 1.196 por tonelada, queda de US$ 38.No mercado interno, a saca de 60 quilos ficou em R$ 269,37, baixa de2,98%, em São Paulo, segundo o Cepea/Esalq. A agência Somar prevêmais chuvas no sul de Minas Gerais. Fonte: Valor Econômico

Exportação de carnedeve crescer 20% em 2006

Apesar do cenário de crise no setor, asexportações de carne bovina devem cres-cer mais de 20% neste ano em relação aos embarques de 2,197milhão de toneladas registrados em 2005, no conceito de “equiva-lência em carcaça”, ou seja, com osso. A estimativa é do presiden-te do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor No-gueira. Fonte: O Popular.

Preço de ave despenca no atacadoGraças a uma forte queda nos preços dos

alimentos, a inflação medida pelo Índice Geralde Preços-10 (IGP-10) subiu apenas 0,17% emfevereiro, quase um quinto da taxa registrada em

janeiro, que ficou em 0,84%. O setor de alimentação está sendobeneficiado por deflações importantes em produtos de peso, comono segmento de aves - cuja queda pode estar relacionada ao atualsurto de gripe aviária. Fonte: Diário Catarinense.

Waldeque Garcia da Silva,Chefe da Assessoria

Jurídica da FAES

(ADI) requerida por nove con-federações de trabalhadoresque questionavam a Campa-nha de Atualização Sindical,promovida pelo Ministério doTrabalho e Emprego (TEM),no ano passado.

Segundo o relator do pro-cesso, ministro Gilmar Mendes,o questionamento é improce-dente pelo fato de a campanhaser uma ação regulamentar doTEM. Apesar da tentativa deconsiderar ilegítima a campa-nha, as confederações foram asprimeiras entidades a atualizarseus dados no ministério.

Até o momento, 10.414 en-tidades sindicais de trabalha-dores e de empregadores atu-alizaram seus dados, sendo9.937 sindicatos, 28 confede-rações e 449 federações. Noentanto, o sistema ainda conti-nua acessível para quem ain-da não fez a atualização.”

Diante disso, orientamos osnossos Sindicatos Rurais no sen-tido de atualizarem seus dadoscadastrais junto ao Ministério doTrabalho e Emprego até o dia13 de março vindouro.

Em caso de dúvida, podembuscar orientação junto aFAES, no Setor Jurídico.

Vitória, de fevereiro de 2006

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Entidades discutem planopara aumentar produção de café

alta do preço do café ver-de para as indústrias de tor-refação e moagem é o

tema da reunião que aconteceu naúltima sexta-feira, dia 27, às 10 ho-ras, na sede da Findes, entre repre-sentantes do setor.

O presidente em exercício daFederação da Agricultura e Pecuáriado ES (Faes), Júlio da Silva RochaJúnior, esteve presente juntamentecom o presidente do Sindicato da In-dústria do Café (Sincafé), Egídio Ma-lanquini, o diretor executivo da Asso-ciação Brasileira da Indústria de Café(Abic), Nathan Herszkiwicz – que veioa Vitória exclusivamente para tratar doassunto -, o presidente do Centro deComercio de Café de Vitória (CCCV),Otacílio José Coser Filho, e represen-tantes da Associação Capixaba deSupermercados (Acaps).

O objetivo do encontro é estudarum plano de emergência para aumen-tar a produção de café nos próximosanos. “Hoje, o Brasil precisa produzircerca de 16 milhões de sacas de cafépor ano para abastecer o mercado in-terno e 25 milhões de sacas tem queser produzidas para cumprir compro-missos de exportação. Somando asduas o país precisaria produzir de 40 a42 milhões de sacas para cumprir as

metas. Entretanto a expectativa de pro-dução para esse ano é de 36 milhõesde sacas, ou seja, a safra não será su-ficiente”, afirmou o presidente do Sin-dicato da Indústria do Café (Sincafé),Egídio Malanquini.

Para o presidente em exercícioda Federação da Agricultura e Pecu-ária do Espírito Santo (Faes), Júlio daSilva Rocha Júnior, os investimentosem diversas tecnologias para melho-rar a qualidade do café foi um dosfatores que contribuiu para a eleva-ção dos preços do café verde.

“Tecnologias avançadas vêemcontribuindo para o aumento da pro-dutividade e a melhoria na qualidadedo café que só foi possível devido aosinvestimentos dos órgãos técnicos

como o Centro de Comercio de Caféde Vitória (CCCV), Centro Tecnológi-co de Café de Vitória (Cetcaf), Inca-per e da Seag”, afirma.

A elevação dos preços do café foibastante favorável aos produtores decafé capixaba que investiram mais nostratos culturais. Mas, com consumomaior do que a produção pode acar-retar o chamado choque de oferta, quenesse caso não é interessante ao con-sumidor, pois com a correção dos pre-ços por parte da indústria de torrefa-ção e moagem os preços repassa-dos ao consumidor tendem a subir.

Alta nos preçosA alta nos preços do café verde

apresentada neste começo de anoassustou tanto consumidores quan-

O crescimento do consumo mundial deve subir de 105 para 112 milhões de sacas, o que está contribuindo, entre outrosfatores, para o aumento nos preços. Com isso, as metas de produção nacional – que aliam consumo interno

e externo - devem atingir cerca de 50 milhões no próximo ano

A cochonilha da roseta, praga játradicional do café, pode causar per-das importantes na produção do ro-busta conilon do Espírito Santo, o mai-or produtor dessa variedade no país.O Governo do Estado, no entanto,descarta totalmente um prejuízo degrandes dimensões.

Segundo Antonio Joaquim deSouza Neto, presidente da cooperati-va Cooabriel, em São Gabriel da Pa-lha, no norte do Estado, o nível de in-festação subiu muito em relação aoano passado. A cooperativa é a maiordo Espírito Santo. Segundo ele, algu-

Praga pode gerar perda de café conilon

to a indústria do café. Dados da Bol-sa de Nova York confirmam que ospreços subiram cerca de 12%, emdólar, atingindo os maiores níveis doúltimo semestre.

Segundo Egídio Malanquini essaalta nos preços do café se devem aoconsumo mundial que vem crescen-do assustadoramente nos últimosanos e por isso a indústria do cafénão vem conseguindo manter as ta-xas de crescimento da produção cor-respondentes às taxas de consumo.

Egídio Malanquini também aler-tou para as futuras metas de produ-ção. “O nosso maior problema, ape-sar da atual alta do café não deveaparecer este ano, mas sim em2007, pois o consumo interno deve-rá subir gradativamente”, disse. Se-gundo ele o crescimento do consu-mo mundial também deve subir de105 para 112 milhões de sacas.Com isso as metas de produçãonacional – que aliam consumo in-terno e externo -, devem atingir cer-ca de 50 milhões no próximo ano.

“O problema é que a produ-ção deve cair no ano que vem,devido a bi-anualidade do café,pois em anos ímpares a safra émenor que em anos pares“, expli-ca o presidente do Sincafé.

mas fazendas poderão perder até metadeda produção.

Souza Neto estimou uma perda mé-dia no Estado de 20 por cento da produçãodo conilon por causa da praga, um insetoque ataca as rosetas, locais onde brotam

os grãos. Outros produtores também rela-taram grandes perdas por conta da praga,como Moyses Covre, que produz 40 milsacas anuais de conilon em Pinheiro, nor-te do Estado. “Eu, mesmo tomando todosos cuidados, devo perder 5 por cento daprodução.”

A perda estimada por alguns produto-res, no entanto, é contestada por entidadesgovernamentais e outros setores da cafei-cultura. Frederico Daher, superintendentedo Cetcaf (Centro de Desenvolvimento Tec-nológico do Café) diz que a praga está sobcontrole. “Ainda é cedo para avaliar, masnão me parece que o quadro piorou em

relação a anos anteriores.”Já Enio Bergoli, presidente do In-

caper, órgão ligado ao governo do Es-tado, é categórico: “Mesmo com a co-chonilha, a produção de conilon baterárecorde no Estado e não será menordo que as 6,8 milhões de sacas esti-madas pela Conab”. Segundo Ber-goli, somente no final de fevereiro serápossível dimensionar as perdas comprecisão, “mas certamente não have-rá uma quebra de 20 por cento”. Eleadmitiu, no entanto, que o nível de in-festação pela praga é recorde.

Fonte: Último Segundo / Página Rural - 18/1/2006

A alta do preço do café verde foi tema do encontro

Fotos: Incaper

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Terras x QuilombolasAcontece no dia 30 de janeiro, a partir das 9 horas, na sede

da Faes, a reunião da diretoria da entidade com os sindicatosrurais afiliados. A pauta a ser discutida com os presidentes erepresentantes dos sindicatos será os projetos do GovernoEstadual visando repassar terras devolutas para fins de Refor-ma Agrária e as terras que possuem envolvimento dos Quilom-bolas, além da apresentação do resultado dos treinamentosdo Senar-ES e do Projeto Agrinho. Também será apresentadoo calendário anual de reuniões da diretoria.

Doação de terras parareforma agrária

Com pareceres verbais favoráveis, em plenário, das Co-missões de Justiça, de Agricultura e de Finanças, a Assem-bléia Legislativa (Ales) aprovou no dia 19 de janeiro o Projetode Lei 403/2005, de autoria do governador Paulo Hartung(PMDB), que autoriza o Executivo a efetuar a doação de áre-as de terras devolutas para fins de assentamentos rurais. Asáreas fazem parte da fazenda Santos Dumont, no municípiode Barra de São Francisco, originalmente de propriedade deAntônio Ferreira Matos, e deverão ser doadas pelo Governodo Estado ao Instituto Nacional de Colonização e ReformaAgrária (Incra). O projeto foi aprovado por unanimidade.

Preservação do extinto IBCAtendendo a reivindicação feita pelo Deputado Silas Brasileiro e que foi

aprovada, por unanimidade, no final de dezembro, na 40.ª reunião do ConselhoDeliberativo da Política do Café (CDPC), o Ministro da Agricultura Roberto Rodri-gues enviou em dezembro um Aviso Ministerial solicitando ao Ministro do Plane-jamento Paulo Bernardo da Silva, para que a Secretaria do Patrimônio da União(SPU), interrompa as ações em curso para cessão ou doação de imóveis per-tencentes ao extinto IBC, bem como solicitando a transferência dos referidosimóveis ao MAPA, que serão geridos pelo DECAF.

Preservação doextinto IBC II

No expediente do Ministro da Agricultura eledestaca que a decisão do CDPC vai de encontroa recomendação da Proposta de Fiscalização e

Controle n.º 09, de autoria do Deputado Silas Brasileiroque, em seu item b.1, solicitava “transferir para o

Ministério da Agricultura os bens imóveis oriundos do ex-tinto IBC, cuja destinação será definida pelo CDPCe sua gestão feita pelo DECAF, inclusive daquelesque estão sendo objeto de ações de reintegraçãode posse ou de transferência pela Secretaria do

Patrimônio da União, a fim de que sejamutilizados em prol do setor cafeeiro,

gerando receitas que devem ser revertidas para o Funcafé”.

Processo sucessórioda Faes

No dia 17 de janeiro aconteceu uma reuniãode diretoria da Faes para tratar do processo su-cessório da entidade. Além dos diretores, tam-bém estava presente o presidente da Faes, Ny-der Barboza de Menezes, que se encontra delicença.

Div

ulga

ção

Divulgação