12
INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XIII - Nº 212 - NOVEMBRO/2009 PÁGINAS 6 e 7 Foto: Divulgação PÁGINA 3 Mulheres aprendem sobre alcoolismo Comunicação/Faes Divulgação CNA Pimenta-rosa desponta para a exportação no Espírito Santo PÁGINA 11 Faes e CNA visitam Estados Unidos PÁGINA 9 Senar capacita produtores de frangos Capixabas também produzem um dos mais sofisticados condimentos da cozinha internacional

InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

  • Upload
    vongoc

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do estado do esPírIto santo e servIço nacIonal de aPrendIzagem rural - ano XIII - nº 212 - novemBro/2009

Páginas 6 e 7

Foto: Divulgação

Página 3

Mulheres aprendem sobre

alcoolismoComunicação/Faes Divulgação CNA

Pimenta-rosa desponta para a exportação no Espírito Santo

Página 11

Faes e CNA visitam Estados

Unidos

Página 9

Senar capacita produtores de

frangos

Capixabas também produzem um dos mais sofisticados condimentos da cozinha internacional

Page 2: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

2

EDITORIAL

Café: sim às parcerias, não à im-portação e ao desemprego

faes: dIretores: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo Gomes (3º Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva (1º Secretário), Altanôr Lôbo Diniz (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). suPlentes da dIretorIa: Armando Luiz Fernandes, Antônio Roberte Bourguignon, Jairo Bastianello, Nilton Falcão, Fábio Gomes e Gama, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José Baratela, José Pedro da Silva, José de Assis Alves, Francisco Tristão Neto. conselHo fIscal: efetivos: Leomar Bartels, Jacintho Pereira das Posses, José Manoel Monteiro de Castro – suplentes: Gilda Domingues, Luciano Henriques, Nelson Broetto. conselHo rePresentatIvo da cna: Júlio da Silva Rocha Júnior e João Calmon Soeiro.Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - Torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - Tel: (27) 3185-9200 - Fax: (27) 3185-9201 - e-mail: [email protected] | [email protected]

Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 - ([email protected]) - Jornalista responsável: Eustáquio Palhares ([email protected]) - edição: Priscila Norbim - textos: Priscila Norbim, Marcelle Desteffani e Lisandra Barbiero - colaboradores: Neuzedino Assis, Ivanete Freitas, Maria Tereza Zaggo, Rodrigo José Gonçalves Monteiro, José Umbelino Lemos, Fabrício Gobbo, Rosimeire Santos. editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27) 3222-2908.

O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Adminis-tração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES).

eXPe

dIen

teCAMPO LEgAL

Contribuição previdenciária não incide sobre o terço

de fériasO regime de parceria permite ao cidadão vocacionado ser dono de fato da terra no meio em que vive, onde se inicia uma relação ganha/ganha, que deveria se estender por todos os elos da cadeia, até chegar ao consumidor.

Nessa caminhada, todos os en-volvidos têm importância relevante: produtores, proprietários, meeiros ou trabalhadores, cooperativas, Sin-dicatos, beneficiadores da produção, envolvendo a rede de distribuição, exportadores e consumidores.

Propositalmente, deixamos para citar os organismos financeiros em separado. Da eficiência de suas ações depende o sucesso ou o fracasso da atividade. O crédito tem que ser oportuno, suficiente, e a custo com-patível com a atividade, permitindo que o produtor não seja subjugado por preço aviltante, para quitar a dívida contraída.

Especulações espúrias, sem qual-quer respeito à laboriosa classe dos cafeicultores, como o alarme fabricado da necessidade de importação, devem ser rechaçadas com veemência. O preço do café, que já não vinha bem, baixou mais de 30% de março para cá.

Poucos ganham muito, milhares perdem, desencadeando desemprego, insegurança e prejuízos irreparáveis a socioeconomia. A pergunta que não quer calar: a acentuada queda de pre-ços pagos ao produtor veio favorecer os consumidores?

Voltemos aos parceiros, para citar os guardiões que devem proteger esse vital sistema, que emprega 350.000 pessoas em nosso Estado, que são os nossos representantes políticos.

O Governo do Estado tem envida-do todos os esforços para promover o ajustamento dos preços, primeiro, solidarizando-se com os produtores contra a importação, vale lembrar que no Vietnã, nosso principal concorrente, o trabalhador ganha de U$ 2,00 a U$ 3,00/dia; segundo, ouvindo-nos e en-caminhando propostas que envolvem: pagamento de dívidas com o produto café; dinamização do AGF para paga-mento de empréstimos de pré-comer-cialização e estocagem. Por último, a renegociação de débitos pendentes, junto aos agentes financeiros.

Reconhecemos e agradecemos por tudo isso que depende da atitude do Governo Federal, carecendo, por-tanto, da atuação de todos os nossos representantes políticos, em quem depositamos nossas esperanças e a nossa confiança, principalmente para garantir o Direito de Propriedade.

As incursões do INCRA para expro-priar terras, particularmente aquelas ditas “quilombolas”, com titularidade e produtividade, arremete-nos ao total risco de chegarmos ao ponto de nem termos produção para defender preço, tampouco empregos garantidos.

Júlio da silva rocha Jr.Presidente da Faes

O Superior Tribunal de Justiça - STJ adequou sua jurisprudência ao entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal - STF para declarar que a contribuição previdenciária não incide sobre o terço de férias constitucional.

A Jurisprudência do STF pela não incidência da contribuição foi firmada a partir de 2005, ao fundamen-to de que a referida verba tem natureza compensatória / indenizatória e que, nos termos do artigo 201, § 11, da Constituição de 1988, somente as parcelas incor-poráveis ao salário para fins de aposentadoria sofrem a incidência da contribuição previdenciária. Para o STF, o adicional de férias é um reforço financeiro para que o trabalhador possa usufruir de forma plena o direito constitucional do descanso remunerado.

Em seu voto, a ministra relatora Eliana Calmon reconheceu que o entendimento do STJ está em divergência com o posicionamento reafirmado pelo STF em diversos julgados. “Embora não se tenha decisão do Pleno, os precedentes demonstram que as duas Turmas da Corte Maior consignam o mesmo entendimento, o que me leva a propor o realinhamento da posição jurisprudencial desta Corte, adequando-se o STJ à jurisprudência do STF, no sentido de que a contribuição previdenciária não incide sobre o terço de constitucional de férias, verba que detém natureza indenizatória por não se incorporar à remuneração do servidor para fins de aposentadoria”.

Assim, por unanimidade, a Primeira Seção do STJ, que até então considerava a incidência da contribui-ção legítima, acolheu o incidente de uniformização suscitado pela Fazenda Nacional e modificou seu entendimento sobre a questão.

valdirene ornela da silva BarrosAssessora Jurídica Coordenadora-Faes

Page 3: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

3

Alcoolismo: um problema mais comum do que se imagina

O vício é caracterizado pelo consumo excessivo e prolongado do álcool

O alcoolismo no Brasil é um problema de saúde pública. Uma em cada

quatro crianças no país com menos de nove anos de ida-de já exper imentou bebidas alcoólicas. O problema é uma real idade presente tanto no meio rural quanto nos grandes centros urbanos e em todas as camadas sociais. Na última reunião das mulheres, realizada no dia 26 de outubro, na Faes, a professora da Ufes e assistente social Maria Lucia Teixeira, que ministrou uma palestra sobre o assunto, onde retratou o que leva a pessoa a desenvolver um quadro de dependência e os perigos existentes no consumo exagerado do álcool.

Segundo Mar ia Luc ia , o álcool leva a pessoa a expe-rimentar fantasias e alegrias, fazendo com que a mente hu-mana tenha um prazer inigua-lável. “Existe um fator genético que incentiva a pessoa a beber cada vez mais e experimentar menos sensações. O álcool se torna o incentivador para a di-versão e o amigo companheiro para todas as horas. Assim, o prazer que temos em conversar com outras pessoas, sair e re-alizar um encontro familiar não é estar próximo das pessoas queridas. A diversão está em

se encontrar para beber, pois o prazer de um alcoólatra é consumir álcool”.

O alcoólatra é aquela pes-s o a q u e c o n s o m e b e b i d a s alcoólicas, mas não consegue es tabe lece r o momen to de parar. Não é a quantidade ou a frequência de quanto tempo a pessoa bebe que irá dizer se ela tem o vício de beber ou não, mas sim a sua tolerância ao álcool. A tolerância é a ne-cessidade de doses maiores de álcool para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Se a pes-soa ingere bebidas alcoólicas e não consegue ter auto-controle sobre o desejo de começar e parar de beber e passa do seu limite, ela desenvolve um quadro de alcoolismo, explicou Maria Lucia.

A ps iqu ia t r i a denominou como “ fo rmação reat iva” , o alcoólatra que não admite seu problema. Ele constró i uma auto-defesa, dizendo que não precisa de ajuda, pois não se vê como um dependente químico. O tratamento para quem dese-ja se livrar do álcool tem que começar de forma espontânea. É necessário que o alcoólatra tenha o desejo de se livrar do vício e entenda o seu problema como uma doença crônica que

Serviço

No Estado há vários Centros de Apoio de referência e tratamento do álcool. Somente a Irmandade Alcoól icos Anônimos possuem três unidades e tem mais de 150 gru-pos de apoio espalhados em vários municípios do Espírito Santo. Ligue para a unidade de apoio mais próxima e saiba como conseguir ajuda e tratamento gratuito com médicos psiquiatras e psicólogos.

Irmandade alcoólicos anônimos de vitóriaAv. Jerônimo Monteiro, 490,Centro, Salas 410 e 413,Ed. Ouro Verde - (27) 3223-4000

Irmandade alcoólicos anônimos de cachoeiro de ItapemirimRua Moreira, 25,Bairro Independência - (28) 3522-0648

Irmandade alcoólicos anônimos de colatinaAv. Ângelo Giuberti, 109,Centro - (27) 3722-5612

centro de Prevenção e tratamento de toxicômanos da capital (cPtt) Rua Álvaro Sarlo, s/n, Ilha de SantaMaria, Vitória.(27) 3132-5104

centro de atenção Psicossocial de álcool e drogas - caPs/ad Rua Castelo Branco, 1841, Jaburuna, Vila Velha.(27) 3239-9846

deve ser tratada.

em Busca de aJuda

A família que tem um caso de a lcoo l i smo deve buscar ajuda em serviços de apoio a dependentes químicos, como a Irmandade Alcoólicos Anônimos (AA), que propõe uma dinâmica familiar e presta o apoio neces-sário para que o alcoólatra tome a coragem de deixar o vício.

Segundo A.C.F., coordena-dor do Comitê Trabalhos com os Outros da Irmandade Alcoólicos Anônimos (que não deseja ser

identificado) a busca de ajuda em centros de apoio é a melhor opção. “Sozinho é muito difícil sair do vício, só quem já foi ou ainda é alcoólatra sabe o quanto é complicado sair desse buraco negro sozinho. Partilhar as nossas experiências com outras pessoas que viveram ou vivenciam as mesmas situações que a sua é um incentivo para que você saia dessa vida de solidão e bebedeiras, pois você se espelha na vida do outro e vê como o álcool te faz mal e destrói toda a sua família”, explica.

Divulgação

Page 4: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

4

As novidades da produ-ção de pinhão manso e ser ingue i ra ganharam

destaque no Programa Pro-priedade Ativa realizado no dia 20 de novembro em Itarana. O evento que reuniu cerca de 180 pessoas orientou e capa-citou o trabalhador rural para garantir o cumprimento social de suas propriedades, aliando produtividade e preservação da natureza.

O Programa é uma realiza-ção da Faes, do Senar/ES e do Sindicato Rural do município, e tem como objetivo agregar valor às atividades realizadas no campo.

I tarana é conhecida como grande produtora de café, milho, feijão, arroz, tomate e hortali-ças. Com o cultivo de pinhão manso e seringueira o município irá potencializar a base econô-mica de seu agronegócio. Para falar sobre o cultivo de pinhão manso, foi convidado o técnico do Instituto Capixaba de Pes-quisa, Assistência Técnica e

No dia 23 de novembro, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Bra-sil (CNA), em Brasília, a Co-missão Nacional da Pequena Propriedade promoveu curso sobre crédito rural e renego-ciação de dívidas. O objetivo foi facilitar o entendimento de técnicos e auxiliares das Federações de Agricultura e Pecuária no atendimento aos produtores rurais para a repactuação dos débitos.

A reunião foi comandada pelo presidente da Comissão Nacional da Pequena Pro-priedade, Júlio Rocha, que também preside a Federação

Extensão Rural (Incaper), José Carlos Loss. Já o agronegócio da ser ingueira fo i abordado na palestra do técnico Rodrigo Maurício Rodrigues.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Itarana, Jacintho Pereira das Posses, as informações levadas pelo Propriedade Ativa serviram para orientar os produtores sobre as oportunidades de desenvolver as duas culturas no município.

de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes) e é vice-presidente executivo da Confederação. O curso foi ministrado pela coordenadora de Assuntos Econômicos da CNA, Rosemeire Santos, que aproveitou a oportunidade para apresentar o software AGRICALC, um moderno simulador de saldo, que tem como objetivo fazer a avaliação de crédito rural de acordo com a lei 11.775, além de facilitar os cálculos de dívidas e sua respectiva repactuação.

Durante o encontro na capi-tal federal, Rosemeire também falou do histórico da polít ica agrícola no Brasil e do sistema

Itarana recebe Propriedade AtivaCerca de 180 pessoas interessadas em tornar suas atividades no campo mais rentáveis participaram do evento

Comunicação/Faes

CNA

Presidentes de federações têm curso de renegociação de dívidas

“Os produtores f icaram bem animados, tenho certeza de que irão investir na produção da cultura de pinhão manso e seringueira e isso vai expandir rapidamente o agronegócio em toda a região norte”, diz.

conscIentIzação

amBIental Temas relacionados à adequa-

ção ambiental, como: reserva

legal, outorga de água, preser-vação de nascentes, construção de barragens, l icenciamento para construção de novas bar-ragens e área de preservação permanente, também ganharam destaque durante o evento. O coordenador do Conselho de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Faes e engenheiro agrônomo Murilo Antônio Pedro-ni, ressaltou a importância dos produtores rurais produzirem com qualidade, respeitando as normais ambientais.

No fim das palestras, os par-ticipantes puderam tirar dúvidas com os palestrantes sobre os assuntos abordados. O coorde-nador do Projeto Propriedade Ativa, Altanôr Lôbo Diniz, de-clarou que o evento é uma ação que fortifica a promoção social no meio rural. “Além de fornecer informações de utilidade para o produtor, o projeto proporciona capacitação para que o homem do campo possa tornar suas atividades agrícolas mais ren-táveis”, explica.

financeiro nacional. De acordo com a palestrante, reuniões como essas enriquecem e for-talecem o setor rural em todo o país. “Os representantes das federações que estiveram pre-sentes no encontro, puderam obter mais informações sobre a problemática gerada em torno do crédito rural no Brasil. Esses

conhecimentos serão levados aos produtores rurais de vários Estados, através de seus res-pectivos representantes. Uma vantagem para o produtor, que com informação poderá anali-sar melhor as oportunidades de crédito e renegociação de dívidas rurais que os bancos brasileiros oferecem.

Page 5: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

5

No mês de outubro, o Senar/ES formou 23 novos instrutores de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS), 25 novos mob i l i zadores e 24 ins t ru to res para o projeto Apoena, que atende deficientes físicos. O objetivo das capacitações é elevar a qualidade dos treinamentos oferecidos ao homem do campo.

Nos treinamentos de FPR e PS os participantes aprenderam fun-damentos do processo de ensino

e aprendizagem, além do planeja-mento, execução e avaliação da ação do FPR. Já na capacitação de mobilizadores, foi ensinado o processo de organização das ações de formação profissional rural e das atividades da promoção social. Para trabalhar no projeto Apoena, os ins-trutores aprenderam a lidar com as necessidades especiais na hora de ensinar atividades como fruticultura, jardinagem, produção caseira de pães e biscoitos e artesanato.

Cidadania leva maissolidariedade ao campo

Mutirão ofereceu vários serviços ao meio rural de Alfredo Chaves

R ealizado pelo Sindicato Rural de Alfredo Cha-ves, Prefeitura Munici-

pal, Faes e Senar/ES o Projeto Cidadania em Campo promoveu mais cidadania para as classes menos assistidas do meio rural. Um mutirão formado por mais de 226 pessoas - entre profis-sionais e voluntários, no dia 07 de novembro, no Parque de Exposição de Alfredo Chaves, ofereceu à população rural do município 24 tipos de serviços de utilidade pública, como aten-dimento médico e jurídico, além de atividades culturais. Segundo o presidente do Sin-dicato Rural de Alfredo Chaves, Sinval Rosa da Silva, o Projeto Cidadania em Campo permitiu o fortalecimento da cidadania no meio rural e intensificou a ações sociais que o sistema Faes/Senar/ES promovem para a melhoria da condição de vida do trabalhador rural e de sua família. “É importante para nós que vivemos no campo, que muitas vezes temos dificuldade em adquirir serviços básicos de saúde e documentação, contar-mos com projetos como esse. O

evento foi um sucesso e veio para acentuar a importância da federação e do Senar/ES que lutam para oferecer benefícios materiais e sociais a nós pro-dutores”, destacou.

servIços

e BenefícIos

Durante a programação os par t i c ipantes t i veram aces-so gratui to a serviços como emissão de documentos, (CPF e carteira de trabalho), con-

sultas médicas nas áreas de dermato logia e g inecologia, a t e n d i m e n t o o d o n t o l ó g i c o , f is io terap ia, or ientações ju -rídicas e tributárias, além de campanha de vacinação.

Serviços odontológicos fo-ram os mais procurados pelos par t i c ipan tes . Os den t i s tas prestaram 345 atendimentos no loca l . A emissão de do-cumen tos , t ambém merece des taque ent re os serv iços requisitados pelos moradores de Alfredo Chaves. Ao todo 334

pessoas atualizaram e emiti-ram novas documentações.

De acordo com a coordena-dora do Programa Cidadania em Campo, Denise Bolell i , o projeto visa auxiliar o produtor rural, fazendo com que ele e toda a sua família possam ad-quirir serviços com facilidade e qualidade. “O evento permitiu o acesso da população rural de Alfredo Chaves a um rol de serviços gratuitos, sem ter a necessidade de se deslocar para o grande centro e assim poupar eventuais gastos”, en-fatiza Denise

Para faci l i tar o acesso da população de Alfredo Chaves e ad jacênc ias aos serv iços oferecidos pelo Cidadania em Campo, um ônibus foi dispo-nibilizado para levar e buscar as pessoas da zona rural pela manhã, no horário de almoço e no final do evento.

Stands com serviços do Cidadania em Campo em Alfredo Chaves

Turma de novos Instrutores do Senar/ES

SR Alfredo Chaves

Senar/ES

Expandindo horizontes

Comunicação/Faes

Page 6: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

6

Pimenta-rosa: uma nova opção agrícola para os capixabasAinda novidade no Espírito Santo, a cultura já desponta para a exportação

A r o e i r a , a r o e i r a - v e r -m e l h a , a r o e i r a - p i -men te i ra , p imen ta do

B ras i l , a roe i r i nha , p imen ta b r a s i l e i r a . S ã o m u i t o s o s nomes para a p imenta- rosa , uma espéc ie p ione i ra e na -t i va do B ras i l , que não tem q u a l q u e r p a r e n t e s c o c o m a f amí l i a das p imen tas . Na v e r d a d e , e l a é p a r e n t e d o ca ju , da manga e do ca já -mi r im. Seu p lan t io desponta como uma das a l t e rna t i vas pa ra a d i ve rs i f i cação ag r í -co la , po r se r um dos ma is sof is t icados condimentos da coz inha i n te rnac iona l e po r seu sabor suave , adoc icado e l evemen te ap imen tado .

S ã o M a t e u s , L i n h a r e s , J a g u a r é e N o v a Ve n é c i a s ã o o s m u n i c í p i o s c a p i x a -b a s o n d e a p r o d u ç ã o d a p i m e n t a - r o s a g a n h a d e s -t a q u e . A r e g i ã o l i t o r â n e a

é a m a i s p r o p í c i a p a r a a cu l t u ra , e , dev ido ao c l ima e t i po de so lo a “p imen ta ” v e g e t a n a t u r a l m e n t e . O me rcado i n t e rno b ras i l e i r o desse produto é a inda mui to r e d u z i d o , m a s t e m g r a n d e e x p r e s s i v i d a d e i n t e r n a c i o -na lmen te .

O c u l t i v o d e p i m e n t a -r o s a n o E s p í r i t o S a n t o é a inda uma nov idade , sendo g r a n d e p a r t e d e l e e x t r a t i -v i s ta . “Nós não temos a inda os p ro toco los de p rodução , não desenvolvemos tecnolo-g ias pa ra i sso , mas a lguns p r o d u t o r e s j á e n x e r g a m v a l o r c o m e r c i a l n o p r o d u -to , vend ido em sua ma io r i a pa ra o ex te r i o r ” , dec la ra o c h e f e r e g i o n a l d o I n c a p e r em L inhares , Antôn io Car los Benass i .

O p reço do qu i l o da p i -m e n t a - r o s a n o E s t a d o é

Divulgação

A região norte do Espírito Santo é a maior produtora capixaba de pimenta-rosa, um dos produtos nativos do Brasil.

d e a p r o x i m a d a m e n t e R $ 3 , va r i ando de aco rdo com a q u a l i d a d e d a s a f r a . O p reço pa ra expo r tação g i ra e m t o r n o d e 1 3 d ó l a r e s po r qu i l o . Es tados Un idos , H o l a n d a , A l e m a n h a , I t á l i a e F rança são os p r i nc ipa i s p a í s e s i m p o r t a d o r e s d a p imen ta - rosa b ras i l e i r a .

técnIca

Fáb io Merçon é um dos p r o d u t o r e s d o c o n d i m e n t o do mun ic íp io da Se r ra . E le des taca que pa ra consegu i r uma boa p rodução deve -se u t i l i za r a muda co r re ta . “O p r o d u t o r t e m q u e s e l e c i o -n a r a s p l a n t a s p r o d u t i v a s e p l a n t a r p o r e s t a c a . O cu l t i vo com semen tes , nes -s e c a s o , n ã o d á c e r t o ” . Segundo Fáb io , e l e p roduz c e r c a d e s e i s q u i l o s d e

p imen ta - rosa po r á r vo re . A p r e v i s ã o p a r a 2 0 1 0 é q u e s e j a m p r o d u z i d o s 5 0 m i l qu i l os de p imen ta - rosa em sua p rop r i edade , na Se r ra , en t re ma io e j unho , meses da sa f ra da p imen ta - rosa .

Mar l i Ro ld i p roduz o con-d i m e n t o h á s e t e a n o s e possu i cerca de 5 mi l pés de a roe i ra na sua p ropr iedade , em Fundão. E la enfa t iza que a e x c e l ê n c i a d a p r o d u ç ã o depende da apanha cor re ta . “É p rec i so consc ien t i zação dos apanhadores no sent ido d e n ã o q u e b r a r a a r o e i r a , que é mu i to de l i cada . E les t ambém não devem pe rm i -t i r que e la f i que aba fada e me lada ” .

A p rodutora vende o con-d i m e n t o j á s e c o p a r a S ã o P a u l o , q u e f a z a e x p o r -t a ç ã o . S e g u n d o M a r l y , a s e c a g e m r e d u z o p e s o d a

Page 7: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

7

Pimenta-rosa: uma nova opção agrícola para os capixabasAinda novidade no Espírito Santo, a cultura já desponta para a exportação

Aplicações da pimenta-rosa

nome cIentíf Ico

Sch inus te reb in th i fo l i us

utIl Idade culInárIa

A p i m e n t a - r o s a p o d e s e r u t i l i -zada em uma g rande va r iedade de p ra tos , de f rango a vege ta i s e pe i -xes. Mis turada às p imentas do re ino p r e t a , b r a n c a e v e r d e , d e c o r a e con fe re sabor de l i cado às sa ladas , mo lhos , g re lhados e f ru tos do mar. D e v e s e r u s a d a c o m m o d e r a ç ã o , p o i s s e u s a b o r p r e d o m i n a s o b r e o s a b o r d e o u t r o s t e m p e r o s . S e u pr inc ipa l uso é de decoração. Como não t em ca rac te r í s t i cas p i can tes , s u a c o r m e l h o r a a a p a r ê n c i a d o s p reparados .

utIl Idade medIcInal

A s c a s c a s e f o l h a s s e c a s d a aroei ra são ut i l izadas cont ra febres, prob lemas ur inár ios, cont ra c is t i tes , u r e t r i t e s , d i a r r é i a s , b l e n o r r a g i a ,

tosse e bronqu i te , p rob lemas mens-t rua is com excesso de sangramen-t o , g r ipes e in f l amações em gera l .

S u a r e s i n a é i n d i c a d a p a r a o t ra tamento de reumat ismo e ínguas, a l é m d e s e r v i r c o m o p u r g a t i v o e combate r doenças resp i ra tó r ias .

Seu ó leo res ina é usado ex te r -namente como c i ca t r i zan te e pa ra do r de den te .

A p lan ta in te i ra é u t i l i zada ex ter -namente como an t i - sép t i co no caso de f ra tu ras e fe r idas expos tas .

curIosIdades

D e v i d o a o a l t o t e o r d e t a n i n o , a p i m e n t a - r o s a é e m p r e g a d a n o s cur tumes para cur t i r pe les e couros. No Peru , a a roe i ra é u t i l i zada após fe rmen tação pa ra se faze r v inagre e beb ida a l coó l i ca .

S e u s f r u t o s s ã o u t i l i z a d o s n a F ló r ida pa ra decoração de Na ta l , o que lhe con fe r iu a denominação de C h r i s t m a s - b e r r y, a l g o c o m o f r u t o do na ta l .

Divulgação

A região norte do Espírito Santo é a maior produtora capixaba de pimenta-rosa, um dos produtos nativos do Brasil.

produção, mas o va lo r agre-gado aumen ta . E e la de i xa um a le r t a : “Deve -se t omar c u i d a d o s p o r q u e o m e r c a -d o d e p i m e n t a - r o s a n ã o é e l á s t i c o , e l e n ã o a u m e n t a rap idamente com o aumento da p rodução ” .

A ma io r ia dos p rodu to res de p imenta - rosa do Esp í r i to San to vende o p rodu to i n -na tu ra pa ra empr esas t e r -c e i r i z a d a s q u e r e a l i z a m o bene f i c i amen to , a secagem e expo r tam.

PImenta-rosa

A p i m e n t a - r o s a o r i g i n a -se de uma p lan ta chamada a roe i ra . O f ru to é a t i vado r da p rodução de sangue na m e d u l a ó s s e a , p r e v e n i n d o o raqu i t i smo e os ve rmes , é an t i - i n f l ama tó r i o e a tua na depu ração e pu r i f i cação do o rgan i smo .

Da casca das semen tes da p imen ta - rosa é ex t ra ído um ó leo , mu i t o u t i l i zado na med ic i na popu la r, e f i c i en te n o t r a t a m e n t o d e f e b r e s , tumores, doenças da córnea e d a s v i a s r e s p i r a t ó r i a s e u r i ná r i as .

O s ó l e o s e s s e n c i a i s , c o m o s ã o c h a m a d o s , s ã o t a m b é m u s a d o s c o m o e s -sênc ia pa ra pe r fumes ou na indúst r ia de f lavor ização em ca rnes e l i ngü i ças . O Pe ru é o p a í s q u e m a i s p r o d u z e s s e t i p o d e ó l e o p a r a a comerc ia l i zação .

A lém do uso gas t ronômi -co e med ic i na l , a p imen ta -r o s a t a m b é m é u s a d a e m beb idas , como ca ip i r inha de l a ran ja , l imão e ho r te l ã .

Page 8: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

8

Sindicato de Mucurici promove eventos para unir produtores

Situado ao norte do Es-píri to Santo, Mucurici tem na produção agro-

pecuária a base da sua eco-nomia. A criação de gado de leite e a produção da cana, eucalipto e mandioca são as principais fontes de renda do município. Para expandir o potencial do agronegócio na região, o Sindicato Rural de Mucurici, que tem sua exten-são de base em Ponto Belo, trabalha fortemente junto ao homem do campo a f im de al-cançar melhores resultados na produção agrícola e ofere-cer produtos com qualidade.

O Sindicato tem realizado novos projetos, com o intuito de atrair mais investimentos para o município e divulgar e fortalecer o agronegócio local. O lei lão de gado que será realizado no dia 19 de dezembro, no Parque de Lei-

lões Antônio Francisco Pra-tes é uma dessas ações. O evento visa fortalecer a clas-se produtora, apresentar o potencial pecuário da região aos visitantes e arrecadar fundos para manter o funcio-

Unir os produtores rurais de Mucurici e Ponto Belo é um dos objetivos de Gilberto Mendes Couto, presidente do Sindicato.

SR Mucurici

sindicato rural de mucuriciRodovia Mucurici x Ponto Belo,

Km 02 - Tel: (27) 3751-1265E-mail: [email protected]

namento do Sindicato.“Com o nosso trabalho em

prol do serviço rural e com a diretoria ativa, resgatamos a atividades festivas para movi-mentar o setor agropecuário da região norte e promover

a união entre os produtores rurais”, destaca o presidente do Sindicato Rural de Mucuri-ci, Gilberto Mendes Couto.

O Sindicato acredita que a união promove a força. Por isso, conquistar a confiança dos produtores trabalhando com transparência junto aos sócios é a sua proposta. A entidade, que luta para de-fender os interesses da clas-se produtora, busca também fortalecer a parceria entre a Faes e o Senar/ES, levando formação e capacitação pro-f issional aos produtores da região, por meio de treina-mentos gratuitos. Outra meta da instituição é construir uma agenda participativa.

SR Nova Venécia

Sindicato de Nova Venéciaempossa diretoria

No dia 23 de outubro to-mou posse a nova diretoria do Sindicato Rural de Nova Venécia. Judas Tadeu Co-lombi é o novo presidente da ent idade, que e legeu também novo conselho fis-cal. Na solenidade de pos-se estiveram presentes 51 assoc iados ao S ind ica to

Presidente: Judas Tadeu ColombiSecretária: Maria Rosália Zottele PagungTesoureiro: Jacomo Braz Bergamin

e algumas autor idades da região, como o prefeito de Nova Venécia, Wilson Luiz Venturim, o deputado estadu-al José Eustáquio de Freitas, o presidente da cooperativa Veneza João Marcarini Filho, o tenente Antônio Ednis de Freitas, além do presidente da Faes, Júlio Rocha.

Nova Diretoria do Sindicato Rural de Nova Venécia

Suplentes da diretoria: Jairo Bastianello / Flaminio Grillo / Mateus Merlin LourençoConselho Fiscal (efetivos): José Carlos Taglia-ferre / Luiz Fernando Rodrigues / Mário Sérgio Lubiana.Conselho Fiscal (suplentes): Arlindo Bolsanello / João Machado Sarmento / Marta Soares de Souza Lima.

conHeça os comPonentes danova dIretorIa:

Page 9: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

9

Senar/ES oferecenovo treinamento a avicultores

“Produção de Frangos e Ovos Caipiras” é o enfoque da nova capacitação que ensinará o manejo correto dascriações para que o avicultor obtenha mais lucro

ças que acontecem dentro do local durante o crescimento dos frangos”.

cuIdados com a crIação

Com investimentos relativa-mente baixos e instalações de fácil construção, a criação em sistema caipira tem se mos-trado lucrativa, principalmen-te para pequenos produtores. Mas para obter uma produção realmente vantajosa são ne-cessários alguns cuidados bá-sicos.

Conforme conta a instruto-ra do treinamento, logo quan-do chegam os pintinhos, os animais doentes devem ser descartados e os demais va-cinados ainda no incubatório. É necessário que o local de criação esteja sempre limpo e o trânsito de pessoas nos galpões deve ser impedido para evitar a proliferação de doenças. Além disso, o criador precisa observar a tempera-tura, evitando o frio para os pintinhos e o calor para fran-gos. Comedouros e bebedou-ros têm que ser higienizados e abastecidos constantemente.

Para a produção de ovos os ninhos devem ser usados exclusivamente na fase adulta das aves em postura, o que é muito importante para garantir ovos de boa qualidade, mais limpos e com menores riscos de contaminação.

setor avIcultor caPIXaBa

A representatividade no ce-nário nacional da avicultura de postura comercial do Espírito Santo é de 11,48%, segundo dados da Associação dos Avi-cultores do Estado do Espíri-to Santo - AVES. Por mês são

Ensinar práticas corretas de criação de frangos para a obtenção de pro-

dutos com alta qualidade é o principal objetivo do novo trei-namento “Produção de Fran-gos e Ovos Caipiras”, ofereci-do pelo Senar/ES em parceria com os Sindicatos Rurais. A ca-pacitação aconteceu pela pri-meira vez em Linhares e duas turmas de jovens aprendizes, cada uma com 12 integrantes, aprenderam a produção de frango de corte, atividade que posteriormente pode se tornar uma fonte de renda para os jo-vens.

“O treinamento é importan-te para os produtores rurais aprenderem a lidar com suas criações de forma mais corre-ta, evitando erros de produção que podem prejudicá-los, prin-cipalmente financeiramente”, destaca a instrutora Núbia Broeto.

Os principais temas ensina-dos na capacitação são: a situ-ação do mercado econômico; o histórico do frango de corte; as principais raças e linhagens; o manejo da criação, desde a chegada dos pintinhos até a saída do frango para o abate; a ração correta; o manejo da água; as principais enfermi-dades que podem acometer o frango de corte, o pré-abate e a apanha das aves.

A instrutora conta que o treinamento não é só teoria. Nas aulas práticas ela ensina a utilização e a disposição certa de equipamentos que auxiliam na criação dos frangos. “Quem participa pratica a limpeza de bebedouros, aprende a colocar a ração nos comedouros infan-tis de forma correta e a lidar com o silo. Além disso, apren-de a montar o galpão aviário para receber os pintinhos e conhece as principais mudan-

produzidas cerca de 480 cai-xas de ovos de mesa, com 30 dúzias cada, e quatro milhões de frangos vivos. A atividade avicultora gera anualmente 12,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos, e em 2008 ob-teve um faturamento bruto de aproximadamente de R$ 500 milhões.

Santa Maria de Jetibá é o maior município avicultor do Espírito Santo, respondendo por 93% da produção capixaba de postura comercial. A ativi-dade é a maior fonte de renda da região que possui pouco

mais de 200 avicultores. Já Alfredo Chaves é responsável pela produção de 35% de fran-gos de corte.

A caixa do ovo com 30 dú-zias é vendida pelo produtor a uma média de R$ 30 na gran-ja. O quilo do frango vivo vale R$1,70. “O segmento avicul-tor é um bom investimento no Espírito Santo. Ele apresenta significativos crescimentos no Estado, que se destaca na-cionalmente devido à sua efi-ciência produtiva”, destaca o secretário executivo da AVES, Nélio Hand.

Divu

lgaçã

o

municípioBarra de São FranciscoIúna Afonso Cláudio

Jaguaré

LinharesAlfredo Chaves Afonso CláudioSão Gabriel da PalhaDistrito Alto Mutum PretoCaxixe Quente

Início01/1202/1203/1203/1207/1210/1204/1207/1208/1209/12 10/1212/12

Confira os principais treinamentos de dezembro*:

Renovar ArábicaTrabalhador na Ovinocultura

Trabalhador na Piscicultura

Inseminação Artificial de Bovinos

Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos

Cultivo de Eucalipto

Artesanato em Fibra de Bananeira

13/12 Afonso Cláudio

Pedro Canário

ação/ atividadeViveirista

Renovar Arábica

MotosserristaEletricista RuralProdução Artesanal de Pães e BiscoitosAdministração de Recursos da Família 16/12 Pacotuba

22/12A agenda de treinamentos pode sofrer alterações durante o mês. Para conferir a agenda completa de treinamentos acesse: www.faes.org.br

Page 10: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

10

O bservando a si tuação dos cafe icul tores ca-p ixabas, a Comissão

T é c n i c a d e C a f é d a F a e s , es tá o rgan i zando reun iões para discut ir questões como a redução constante do preço do café, desde março de 2009, a p r o p o s t a d a A s s o c i a ç ã o Brasileira da Indústria do Café – Abic de importar o produto d e p a í s e s e s t r a n g e i r o s , a nova rotulagem do café, entre outras.

E já alcançaram resultados p o s i t i v o s : o s c a f e i c u l t o r e s cap ixabas estão isentos do ICMS na primeira movimenta-ção do café, quando o produto f ica à disposição do Governo. A l é m d i s s o , o s a r m a z é n s da Companh ia Nac iona l de Abas tec imen to – Conab j á

estão l iberados para receber as sacas de café do Progra-ma de Aquisição do Governo Federal – AGF e do Programa de Emprést imo do Governo Federal – EGF.

Uma questão ainda preo-cupa o cafeicultor capixaba:

Divulgação

Divulgação

Faes monitora questões dos cafeicultores

Pecuaristas capixabas querem redução do ICMS do leite

Frente às diferenças tribu-tárias vigentes entre Estados brasileiros, o leite produzido no Espír i to Santo vem per-dendo mercado. Essa situa-ção provoca prejuízos ao bol-so do pecuarista, que tem que reduzir o preço do produto para se manter competit ivo. Segundo a Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Faes, atualmente o principal vi lão do baixo valor no mercado é o ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).

A Comissão e a Organiza-ção das Cooperat ivas Bra-si le i ras – OCB já anal isam uma proposta a ser enviada à S e c r e t a r i a E s t a d u a l d a F a z e n d a , r e i v i n d i c a n d o a e q u i p a r a ç ã o d o v a l o r d o ICMS do leite ao de outros Es tados b ras i l e i r os . A lém disso, eles têm a intenção de fazer com que os benefícios

da redução do imposto che-guem ao pequeno produtor, que é quem mais produz no Espírito Santo.

A diminuição do ICMS sig-nificaria uma concorrência ni-

a n o v a r o t u l a g e m d o c a f é proposta pe lo Min is tér io da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento – Mapa e pela Abic. As ins t i tu ições querem que nos ró tu los es te ja exp l íc i ta a q u a n t i d a d e d e c a f é d a s var iedades Aráb ica e Coni -

l o n , u s a d a n a c o m p o s i ç ã o do produto moído. A Faes se pos ic iona con t ra r iamente à medida, pois acredita que a nova rotulagem poderá gerar discriminação contra algumas variedades, especialmente o Conilon, considerado de me-nor qualidade.

A lém d i sso , a Ab ic es tá pressionando o Governo para que seja permitido o Drawback do café, ou seja, a importação do produto de outros países. A Faes faz oposição a essa me-dida, porque acredita que ela fará com que o preço do café, que já está baixo, caia ainda mais. De olho nas ameaças, a Comissão Técnica do Café da Faes já está ar t icu lando medidas para auxíl io ao pro-dutor rural.

velada com Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, que possuem polít icas tributárias de proteção ao seu mercado i n te rno l e i t e i r o . O R io de Janeiro, por exemplo, já deu

isenção de ICMS aos produ-tores de leite de sua região. Porém, os que produzem lá, mas possuem indústrias em outros Estados, não partici-pam do benefício.

Page 11: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

11

Faes e CNA visitam os departamentos de agricultura dos Estados Unidos

Entre os dias 31 de outu-bro e 07 de novembro, o presidente da Faes, Júlio

Rocha, representando a Comis-são de Pequenas Propriedades da Con fede ração Nac iona l da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esteve em via-gem internacional, realizando uma visita técnica à sede do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no Jaime L. Whitten Building, em Washington, para conhecer os instrumentos utilizados na política agrícola americana.

A presidente da CNA, sena-dora Kátia Abreu e a comitiva de l ideranças rura is , fo ram recebidos por Michael Miche-ner, coordenador do Serviço de Promoção In te rnac iona l da Agr icul tura. Em seguida, eles assistiram uma palestra da che fe do Depar tamen to de Economia, Carol Goodloe, que falou sobre os diversos programas desenvolvidos pelo Departamento de Agricultura, que v isam oferecer supor te aos produtores rurais norte-americanos.

Na sequência de palestras abordadas no USDA, o tema logís t ica de escoamento da produção agrícola nos Estados Unidos chamou a atenção da comitiva brasileira. O palestran-te e economista sênior Delmy Salin, do Serviço Agropecuário de Marketing, Programas de Transporte e Marketing, expli-cou que as maiores dificulda-des encontradas na atividade logís t ica amer icana é obter informações sobre a eficiência no transporte das safras, inter-na e externa, principalmente em países que competem com os Estados Unidos, como o Brasil, que é o principal concorrente amer i cano no comérc io de produtos agropecuários.

O grupo conheceu os instrumentos da política agrícola americana, participou de palestras e visitou uma das organizações mais influentes da agropecuária mundial

De acordo com Júlio Rocha, o sistema logístico dos Estados Unidos é impressionante e os transportes de cargas e qual-quer tipo de obra são realizados com responsab i l i dade . “Os trabalhos desenvolvidos pelos americanos são realizados com convicção. Os pesquisadores fazem simulações com todo o transporte e ações que tenham a lgum v íncu lo com o me io ambiente, a fim de analisar os impactos prováveis que aquela ação poderia causar na natu-reza. Essa responsabi l idade ambiental é o que a CNA prega no Brasil”, destaca.

InvestImentos que Preservam

Outro aspecto observado pe las l i de ranças ru ra i s do Brasil são os valores que os americanos investem a cada ano em diversas pesquisas. Em destaque está a empresa Monsanto, situada em St. Louis, que teve 50 milhões, dos 980 milhões de dólares investidos, destinados à produção de fer-tilizantes. O restante foi desig-nado a pesquisas. Segundo Julio Rocha, a diferença das

indústrias brasileiras para as americanas é que no Brasil as grandes empresas visam so-mente o lucro. Já nos Estados Unidos eles aliam a produtivi-dade a novos procedimentos pautados na responsabilidade e adequação ambiental. Com-putadorização gráfica, recursos de satélite e laser são usados em simulações para agilizar os investimentos que interferem no meio ambiente, de forma segura, e com custo benefício favorável .

Já em visita à sede da Ame-rican Farm Bureau Federation,

uma das organizações mais i n f l uen tes na ag ropecuár ia mundial, a delegação brasileira foi recebida pelo presidente da instituição, Bob Stallman. Na ocasião, Kátia Abreu sugeriu a Stallman que as duas entidades real izem uma proposta com pontos convergentes para le-varem à Conferência de Conpe-nhagen, que será rea l izada em dezembro, na Dinamarca, e tratará de assuntos ligados a mudanças c l imát icas. Em seguida, Cris Garza, diretora de política internacional, des-tacou a preocupação do setor agropecuário diante da política comerc ia l do a tua l governo americano, que tem como obje-tivo impor a redução de gases de estufa para as atividades agropecuárias.

Durante a viagem, os inte-grantes da missão técnica pu-deram observar, em especial, a utilização de novas tecnologias, o desenvolvimento do crédito agrícola, além de ter acesso às informações sobre qualifi-cação profissional, conhecer o funcionamento das pequenas propr iedades e os assuntos r e l ac i onados à p ro teção e saúde.

CNA

Comitiva brasileira que participou da visita técnica

CNA

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão, José Hilton Coelho, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amapá, Luiz Iraçú Guimarães e o

presidente da Faes, Júlio Rocha.

Page 12: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do ... · O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo

12

Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-901

MAIS

A Faes esteve em evidência no jornal A Gazeta. É que no dia 01 de novembro, foi publicada na coluna Ponto de Vista, a opinião do presidente Júlio da Silva Ro-cha Júnior sobre a insegurança no campo decorrente das invasões de terras pelo Movimento dos Sem Terra (MST). Ele apontou que concorda com a posição da CNA, defendendo a necessidade de identificação dos responsáveis pelos crimes e prejuízos causa-dos pelo movimento. Júlio ainda destaca que é uma atribuição do Estado impedir que o MST conti-nue agredindo os agropecuaristas brasileiros.

Faes na mídia

Habilitar jovens para o mercado de trabalho é uma das funções do Senar/ES. Para i sso desenvo lve o programa Jovem Aprendiz, ministrando capacitações de formação prof issional c o m o a q u e a c o n t e c e u em L inhares no mês de novembro. O treinamento foi solicitado pela empresa Proteinorte Alimentos S.A. Os part ic ipantes t iveram a chance de conhecer as t é c n i c a s d a a v i c u l t u r a , que envolvem a higieniza-ção das instalações e dos equipamentos, o manejo e a seleção das aves, o controle da sanidade dos

Programa Jovem Aprendiz forma primeira turma de avicultura

animais e a realização de controles administrativos e ambientais.

Duran te 360 horas de ensinamentos teóricos, os jovens aprenderam sobre avicultura básica, cálculo e fo rmu lação de rações para aves, meio ambiente e eco log ia , p rodução de euca l ip to , admin is t ração rural, além de discipl inas básicas como: ét ica e ci-dadania, português e ma-t e m á t i c a . N a s e q u ê n c i a eles passaram para a fase p r á t i c a , c o m 5 4 0 h o r a s ded icadas às a t i v idades supervisionadas dentro da Proteinorte.

Aconteceu em Pedro Canário, no último dia 14, o Leilão Beneficente do Sindi-cato Rural da cidade.

Noventa bezerros e car-neiros, doados por produto-res rurais da região, foram leiloados.

Cerca de 400 pessoas participaram do evento que teve, entre suas atrações, exposição de veículos, tra-tores e irrigadores.

O Senar/ES também es-teve presente oferecendo degustação de conservas vegetais produzidas em treinamento realizado no município.

Na ocasião, foram en-tregues certif icados aos participantes de sete ca-pacitações realizadas em Pedro Canário.

Leilão beneficente em Pedro CanárioDivulgação

O reconhecimento pelo Incra de uma portaria que declara 1.219.549 hectares de terra de São Mateus como pertencentes às Co-munidades Quilombolas de Serraria e de São Cristóvão gera insegurança e preocu-pação na região norte do Estado.

A população rural vive em constante instabilidade, temendo a invasão de ter-ras pelos quilombolas e a desapropriação, já que as terras estão escrituradas em nome de proprietários rurais da região.

A Faes está atenta à ques-tão e discutirá a implantação de territórios quilombolas no Espírito Santo para tomar as devidas providências.

Insegurança no norte

03/12 04/12 05/12

06/1212/1213/1216/1222/1223/1228/12

Luana Bondrini MoreiraEliana Almeida LimaLiliane Ferreira FundãoGenecy Sobral Barreto

Maria Elieti Petini AlvesLuiz Carlos da SilvaGuilherme Pimentel FilhoHelena Ribeiro Gomes AssariMaria da Penha Torres CruzFábio Gomes e Gama

Funcionária da FAESPresidente SR de IúnaFuncionária da FAESEsposa do Pres. SR de Bom Jesus do NorteEsposa do Pres. SR de MuquiPresidente SR de Mimoso do SulDiretor Nato da FAESEsposa do Pres. SR de Pedro CanárioEsposa do Pres. SR de CasteloPresidente SR de São Mateus

ANIVERSARIANTES DE DEZEMBRO

Os produtores rurais de Apia-cá foram às urnas, no dia 27 de novembro, e elegeram Emílio Bessa Valporto novo presidente do Sindicato Rural do município. O sindicato, que estava inativo, volta com força total para defen-der os interesses do produtor rural na região. Com a diretoria ativa, a comunidade rural de Apiacá poderá ter acessos a benefícios disponibilizados pelo Senar/ES, como treinamentos e cursos de capacitação, que promovem a va-lorização do trabalhador no cam-po. A sede do sindicato funcionará no prédio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper.

Nova diretoria reativa sindicato