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Informativo do SINDIPETRO AL/SE - Nº 736 - 01/06 a 09/06/2015 Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe O Brasil vive um momento importante na reorganização da classe trabalhadora. Nos últimos anos, amplos seto- res de base, com peso no movimento operário, foram a luta contra a patronal e os governos. É com base nesse contexto que a CSP-Conlu- tas está construindo o seu 2º Congresso Nacional, do dia 04 a 07 de junho em Suma- ré-SP. A delegação do Sindi- petro AL/SE já está de malas prontas para viajar e repre- sentar os químicos e petro- leiros de Sergipe e Alagoas. Uma nova vanguarda surge das lutas As recentes greves da Volks e Mercedes em São Bernar- do e da GM em São José dos Campos, demonstram uma disposição de luta maior dos operários contra as demis- sões. Já a greve dos operários da Volks em Taubaté ocorreu por fora da direção sindical, que procurou a CSP-Conlutas para apoiar a mobilização. Foi esse também o caso dos trabalhadores do transporte em várias capitais, dos garis do Rio de Janeiro, dos ope- rários das grandes obras do PAC, em Girau, Belo Monte, no Comperj e no monotrilho de São Paulo. São exemplos de lutas que ultrapassaram a barreira colocada pelas di- reções sindicais burocráticas, patronais e governistas. A partir daí, começaram a sur- gir organizações de base que assumiram a direção das lutas e que têm buscado na CSP- Conlutas apoio e referência. Leia mais em: sindipetroalse.org.br facebook.com/sindipetro.alse Em muitos casos, a CUT e o PT não são mais as referên- cias desses novos setores, que entram em movimento depois de 10, 11, 12 anos do gover- no de frente popular do PT. Isso significa que novas pos- sibilidades estão abertas para a construção de uma alterna- tiva de massas que organize amplamente os trabalhadores brasileiros para lutar. Retomada das lutas sindicais Desde 2003, quando Lula assumiu o governo, até pou- co tempo, as lutas da classe trabalhadora em nosso país recuaram. O apoio da maioria da classe ao governo de fren- te popular e o papel das dire- ções governistas como freio das mobilizações, determina- vam um ritmo muito lento na construção das lutas. No entanto, nos últimos anos essa realidade come- çou a mudar. É possível ve- rificar um salto no patamar das greves em nosso país. Exemplo disso são as jorna- das de junho\julho de 2013. A explosão de massas que tomou as ruas do Bra- sil, a maioria trabalhadores e jovens, colocou milhões de pessoas em movimento por fora de aparatos tradi- cionais, como sindicatos, centrais sindicais e a UNE (União Nacional dos Estu- dantes). Naquele momento, as manifestações de rua fo- ram a expressão mais im- portante do novo momento vivenciado pelas massas, fa- zendo política nas ruas. Características das novas mobilizações A partir daí, percebemos al- gumas características impor- tantes que começaram a se desenvolver. Primeiro, a reto- mada de mobilizações e gre- ves em empresas que não se mobilizavam há muito tempo. Segundo, a ocorrência de gre- ves longas de operários. Ter- ceiro, a mobilização dos seto- res mais explorados da classe, como na construção civil, os trabalhadores dos call centers, trabalhadores contratados e precarizados da educação, e também entre trabalhadores das empresas terceirizadas, nas refinarias, portos e obras de infraestrutura. Outro elemento que come- ça a ganhar corpo é a maior politização de algumas gre- ves e movimentos. A greve dos petroleiros contra o lei- lão de Libra, em outubro de 2013, é um exemplo. Teve um eixo claro contra a polí- tica de privatização da Petro- brás aplicada pelo governo Dilma. Se esse processo se amplia e se massifica, pode colocar a construção de uma nova direção do movimento ope- rário e sindical, pela base, num outro patamar, a partir das lutas concretas que es- tão acontecendo. Logo após o Congresso da CSP-Conlutas, parte da de- legação do Sindipetro AL/SE participará da 2ª Reunião da Rede Internacional Sindical de Solidariedade e Lutas. A CSP-Conlutas é a entidade anfitriã desse encontro que acon- tecerá nos dias 8 e 9 de junho, na cidade de Campinas-SP. Até o momento estão confirmados cerca de 100 participan- tes internacionais de países como África do Sul, Alemanha, Argentina, Benin, Canadá, Chile, Colômbia, Egito, El Salvador, Espanha, EUA, França, Haiti, Inglaterra, Itália, México, Pales- tina, Paquistão, Paraguai, Peru, Portugal, República Domini- cana, Saara Ocidental, Síria, Tunísia, Turquia e Venezuela. São trabalhadores de diversas categorias que estarão se encontrando para debater a organização internacional de nossa classe. Rede Internacional Sindical de Solidariedade e Lutas

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Informativo do SINDIPETRO AL/SE - Nº 736 - 01/06 a 09/06/2015 Sindicato Unifi cado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe

O Brasil vive um momento importante na reorganização da classe trabalhadora. Nos últimos anos, amplos seto-res de base, com peso no movimento operário, foram a luta contra a patronal e os governos. É com base nesse contexto que a CSP-Conlu-tas está construindo o seu 2º Congresso Nacional, do dia 04 a 07 de junho em Suma-ré-SP. A delegação do Sindi-petro AL/SE já está de malas prontas para viajar e repre-sentar os químicos e petro-leiros de Sergipe e Alagoas.

Uma nova vanguarda surge das lutas

As recentes greves da Volks e Mercedes em São Bernar-do e da GM em São José dos Campos, demonstram uma disposição de luta maior dos operários contra as demis-sões. Já a greve dos operários da Volks em Taubaté ocorreu por fora da direção sindical, que procurou a CSP-Conlutas para apoiar a mobilização.

Foi esse também o caso dos trabalhadores do transporte em várias capitais, dos garis do Rio de Janeiro, dos ope-rários das grandes obras do PAC, em Girau, Belo Monte, no Comperj e no monotrilho de São Paulo. São exemplos de lutas que ultrapassaram a barreira colocada pelas di-reções sindicais burocráticas, patronais e governistas. A partir daí, começaram a sur-gir organizações de base que assumiram a direção das lutas e que têm buscado na CSP-Conlutas apoio e referência.

Leia mais em: sindipetroalse.org.br facebook.com/sindipetro.alse

Em muitos casos, a CUT e o PT não são mais as referên-cias desses novos setores, que entram em movimento depois de 10, 11, 12 anos do gover-no de frente popular do PT. Isso signifi ca que novas pos-sibilidades estão abertas para a construção de uma alterna-tiva de massas que organize amplamente os trabalhadores brasileiros para lutar.

Retomada das lutas sindicais

Desde 2003, quando Lula assumiu o governo, até pou-co tempo, as lutas da classe trabalhadora em nosso país recuaram. O apoio da maioria da classe ao governo de fren-te popular e o papel das dire-ções governistas como freio das mobilizações, determina-vam um ritmo muito lento na construção das lutas.

No entanto, nos últimos anos essa realidade come-çou a mudar. É possível ve-rifi car um salto no patamar das greves em nosso país. Exemplo disso são as jorna-das de junho\julho de 2013.

A explosão de massas que tomou as ruas do Bra-sil, a maioria trabalhadores e jovens, colocou milhões de pessoas em movimento por fora de aparatos tradi-cionais, como sindicatos, centrais sindicais e a UNE (União Nacional dos Estu-dantes). Naquele momento, as manifestações de rua fo-ram a expressão mais im-portante do novo momento vivenciado pelas massas, fa-zendo política nas ruas.

Características das novas mobilizações

A partir daí, percebemos al-gumas características impor-tantes que começaram a se desenvolver. Primeiro, a reto-mada de mobilizações e gre-ves em empresas que não se mobilizavam há muito tempo. Segundo, a ocorrência de gre-ves longas de operários. Ter-ceiro, a mobilização dos seto-res mais explorados da classe, como na construção civil, os trabalhadores dos call centers, trabalhadores contratados e precarizados da educação, e também entre trabalhadores das empresas terceirizadas, nas refi narias, portos e obras

de infraestrutura. Outro elemento que come-

ça a ganhar corpo é a maior politização de algumas gre-ves e movimentos. A greve dos petroleiros contra o lei-lão de Libra, em outubro de 2013, é um exemplo. Teve um eixo claro contra a polí-tica de privatização da Petro-brás aplicada pelo governo Dilma.

Se esse processo se amplia e se massifi ca, pode colocar a construção de uma nova direção do movimento ope-rário e sindical, pela base, num outro patamar, a partir das lutas concretas que es-tão acontecendo.

Logo após o Congresso da CSP-Conlutas, parte da de-legação do Sindipetro AL/SE participará da 2ª Reunião da Rede Internacional Sindical de Solidariedade e Lutas. A CSP-Conlutas é a entidade anfi triã desse encontro que acon-tecerá nos dias 8 e 9 de junho, na cidade de Campinas-SP.

Até o momento estão confi rmados cerca de 100 participan-tes internacionais de países como África do Sul, Alemanha, Argentina, Benin, Canadá, Chile, Colômbia, Egito, El Salvador, Espanha, EUA, França, Haiti, Inglaterra, Itália, México, Pales-tina, Paquistão, Paraguai, Peru, Portugal, República Domini-cana, Saara Ocidental, Síria, Tunísia, Turquia e Venezuela.

São trabalhadores de diversas categorias que estarão se encontrando para debater a organização internacional de nossa classe.

num outro patamar, a partir das lutas concretas que es-tão acontecendo.

Logo após o Congresso da

da Rede Internacional Sindical de Solidariedade e Lutas. A CSP-Conlutas é a entidade anfi triã desse encontro que acon-tecerá nos dias 8 e 9 de junho, na cidade de Campinas-SP.

Até o momento estão confi rmados cerca de 100 participan-tes internacionais de países como África do Sul, Alemanha,

Até o momento estão confi rmados cerca de 100 participan-tes internacionais de países como África do Sul, Alemanha,

Até o momento estão confi rmados cerca de 100 participan-

Rede Internacional Sindical de Solidariedade e Lutas

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Dia nacional de paralisação avança rumo a greve geralPetroleiros participam em peso do 29 de maio

SERGIPEEm Assembleia com mais de 500 trabalhadores, a categoria (petroleiros diretos e terceirizados) decidiu parar por 24 horas na FAFEN. Em Carmópolis, petroleiros atrasaram o início do expediente em duas horas.

ALAGOASNa Braskem, em Maceió, a unidade amanheceu com os trabalhadores parados. A paralisação seguiu até as 10h e, na sequência, a força de trabalho foi dispensada.

CEARÁNo Ceará, foram paralisados três terminais da Transpetro (Mucuripe, Macaranaú e Pecém), além da unidade Termo-CE.

AMAZONASFoi realizado ato em frente ao prédio da UO-AM (Unidade de Operações do Amazonas), organizado pelo Sindipetro-PA/AM/MA/AP – fi liado à CSP-Conlultas. Os petroleiros se uniram aos operários da construção civil e construíram um grande ato numa via movimentada de Manaus. Além da defesa dos direitos dos trabalhadores, a manifestação no Amazonas também foi em protesto à morte de dois trabalhadores da construção civil somente nesta semana.

RIO DE JANEIRONo Norte Fluminense, houve trancaço nas bases de Imbetiba e Praia Campista, ambos em Macaé. Na Refi naria Duque de Caxias houve paralisação do turno e trancaço na entrada dos trabalhadores do regime administrativo, com atraso de três horas. Em Cabiúnas, equipes de pelegos assumiram as funções e o adm não entrou. Em alto mar, 15 plataformas aprovaram suspensão da emissão de PT (permissão para trabalho). Trabalhadores da Usina Termelétrica-BLS/BF, em Seropédica, realizaram pela manhã atraso na entrada do turno. No TABG (Terminal Aquaviário da Baia de Guanabara), petroleiros aprovaram paralisação de oito horas. Ainda houve atos nos prédios administrativos da capital fl uminense (EDISE e EDISEN).

SÃO PAULONo Litoral Norte, petroleiros diretos e terceirizados atrasaram o início do expediente em três horas na Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA). No Terminal Almirante Barroso (Tebar), houve corte de rendição no grupo de turno da meia-noite. Na Baixada Santista foram realizados três trancaços: na divisa entre Santos e São Vicente, na divisa entre Santos e Cubatão e na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, por onde passam os ônibus que transportam os trabalhadores do pólo industrial de Cubatão. Na Replan em Paulínia, os petroleiros não fi zeram a troca de turno. No Terminal Barueri, da Transpetro, houve atraso até as 10h, assim como na Refi naria de Capuava (RECAP). Também houve paralisação nos Terminais de Guararema e Três Lagoas. Em todas as unidades, petroleiros da CSP-Conlutas ajudaram a construir os protestos.

BAHIATrabalhadores do setor petroquímico paralisaram atividades em várias fábricas do Pólo de Camaçari desde a zero hora. As principais vias de acesso ao complexo petroquímico foram fechadas.

RIO GRANDE DO NORTEOs petroleiros do Alto Rodrigues iniciaram a paralisação das suas atividades na última quinta-feira, 28, pelo fi m do Regime Administrativo no Campo e no dia 29 eles deram continuidade ao movimento.

RIO GRANDE DO SULOs petroleiros gaúchos paralisaram as atividades por 3h no início da manhã de hoje, na refi naria e nos terminais.

Petroleiros, metalurgicos, bancários, motoboys, moto-ristas e cobradores de ôni-bus paralisaram em diversos estados. Estradas e avenidas bloqueadas, montadoras e fá-bricas foram fechadas, agên-cias bancárias interromperam atendimento, além de mani-festações em várias cidades.

Trabalhadores de braços cru-zados, greves de professores e manifestantes reprimidos em vários cantos do país. Em resumo, muita luta. Assim começou, ainda de madruga-da, a última sexta-feira, 29 de maio, Dia Nacional de Pa-ralisação e Manifestações.

O dia 29 mostrou que a

greve geral não é só neces-sária, ela é possível. Só as-sim podemos barrar todos os ataques dos governos na for-ma de ajuste fi scal, como as medidas 664 e 665 do gover-no Dilma (PT), que atacam direitos como seguro-de-semprego, pensão por morte e abono salarial. É nas ruas

que vamos derrotar o projeto de lei da terceirização e que podemos salvar a Petrobrás das garras da privatização.

Nossa categoria , inclu-sive, mostrou que está com muita disposição para lutar. Veja abaixo o quadro das mobilizações em petroleiros por todo o país.

Petroleiros, metalurgicos, bancários, motoboys, moto-ristas e cobradores de ôni-bus paralisaram em diversos estados. Estradas e avenidas bloqueadas, montadoras e fá-bricas foram fechadas, agên-cias bancárias interromperam atendimento, além de mani-festações em várias cidades.

Trabalhadores de braços cru-zados, greves de professores e manifestantes reprimidos em vários cantos do país. Em resumo, muita luta. Assim começou, ainda de madruga-da, a última sexta-feira, 29 de maio, Dia Nacional de Pa-ralisação e Manifestações.

O dia 29 mostrou que a

greve geral não é só neces-sária, ela é possível. Só as-sim podemos barrar todos os ataques dos governos na for-ma de ajuste fi scal, como as medidas 664 e 665 do gover-no Dilma (PT), que atacam direitos como seguro-de-semprego, pensão por morte e abono salarial. É nas ruas semprego, pensão por morte e abono salarial. É nas ruas semprego, pensão por morte

que vamos derrotar o projeto de lei da terceirização e que podemos salvar a Petrobrás das garras da privatização.

Nossa categoria , inclu-sive, mostrou que está com muita disposição para lutar. Veja abaixo o quadro das mobilizações em petroleiros por todo o país.

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A Justiça do Trabalho de Ser-gipe, através da Vara do Tra-balho de Maruim, em decisão liminar no dia 19/05, deter-minou no processo 0000382-56.2015.5.20.0011, ajuizado pelo Sindipetro AL/SE, que fosse liberado para os 103 ex-trabalhadores da Lupate-ch, Prest e Sotep, o valor de R$ 2.068.238,86 bloqueado do crédito das terceirizadas junto à Petrobras.

A juíza deferiu a liberação dos valores em medida de ur-gência, visto que as empresas terceirizadas demitiram os tra-balhadores no mês de abril de 2015, e não efetuaram o pa-gamento dos valores trabalhis-tas, rescisórios, assim como a multa de 40% do FGTS.

Em razão dessa liberação, o SINDIPETRO AL/SE, ime-diatamente repassou o alva-rá judicial com a relação no-

A Tec Sub, empresa res-ponsável pelo serviço de mergulho na área marítima, descumpriu acordo, homolo-gado no Ministério Público do Trabalho, feito com os traba-lhadores, junto ao Sindipetro.

Além de não pagar a dívida com os salários dos mergu-lhadores, no dia 25/05, a Tec SUB não passou ao Sindipe-

minal (nomes e valores dos créditos) para o Banco e ato solicitou que os valores fos-sem creditados nas contas correntes dos ex-trabalhado-res com urgência. O pedido foi atendido e os valores fo-ram creditos a partir de desta segunda, 01/06.

Entenda o caso:O pagamento dos valores

rescisórios ocorreu através de intervenção judicial por-que o desejo das empresas terceirizadas era em efetu-ar o pagamento dos valores rescisórios em 18 parcelas iguais e sucessivas, contudo o grupo de trabalhadores em decisão soberana na assem-bleia, decidiu não concordar, e autorizou o SINDIPETRO AL/SE a ajuizar ação coleti-va para bloqueio dos creditos junto à Petrobras.

tro toda a documentação. E o pior, como fazem todas as gatas, concedeu férias a um trabalhador sem o pagamen-to do adiantamento do sa-lário, do fechamento, nem das férias. O Sindipetro AL/SE notifi cou a empresa nesta segunda, 01/06 e aguardará até sexta, 05/06. Caso não se resolva, vai ter greve.

Sindipetro consegue liberação das rescisões dos 103 demitidos da Lupatecht

Tec Sub descumpre acordo. Trabalhadores poderão defl agrar nova greve

PSG assina acordo coletivo

Algumas refl exões sobre o pagamen-to da PLR 2014 e o regramento

Vitória

Mergulhadores

Errata – Zé do óleo

Atenção, você está sendo mais uma vez lesado

Nesta segunda, 01/06, o Sindipetro AL/SE assi-nou o recebimento da PLR 2014/2015. Assim como to-das as demais bases, a cate-goria em Sergipe e Alagoas vai receber o pagamento no dia 10 de junho. Mas, inde-pendente do alívio com a di-vulgação do pagamento da PLR, não devemos evitar uma refl exão sobre o processo. Um futuro turbulento pode estar pela frente. Mas, de imediato, precisamos atentar para mais uma possível ma-nobra contábil em marcha.

Cálculo questionávelA cláusula do acordo assi-

nado que garante que ganhe-mos uma PLR este ano diz o seguinte: “O valor a ser pago individualmente de PLR, caso a empresa não tenha Lucro e todas as metas sejam al-cançadas, será de metade da remuneração do empregado acrescido de metade do menor valor pago da PLR no exercício anterior” (veja abaixo).

Mas o informe do dia 27/05/2015 dá a seguinte in-terpretação: Remuneração é diferente de RMNR, mais ATS como está no simulador. A in-terpretação jurídica em voga sobre remuneração inclui as horas extras, por exemplo. Essa interpretação pode ser consultada nas SUMULAS 291 e 264, e no artigo 59 da CLT.

Conclusão: o valor que a empresa quer pagar a título de PLR este ano é uma inter-pretação particular do acordo de regramento da PLR FUTU-RA. Esse cálculo exclui valores signifi cativos, que correspon-dem ao auxílio almoço para alguns, média de horas extras e refl exos sobre o repouso re-munerado para outros, dentre os valores que fazem parte da nossa remuneração.

Um operador, com pouco tempo de empresa, da Reduc, já fez seus cálculos e concluiu que está perdendo cerca de R$3.000,00! Faça as contas você também.

Sobre o regramento, algumas considerações

É a segunda vez que a em-presa rompe o regramento, a primeira foi quando não pagou o adiantamento em 10 de janeiro. O regramento não impediu que tivéssemos a pior PLR em anos. PLR sig-nifi ca participação nos LU-CROS e RESULTADOS. Se o lucro foi ruim, a responsabi-lidade não é nossa.

Mas o resultado, que se refere ao cumprimento das metas e à produtividade, medido pelo lucro operacio-nal, foi 15% maior! Portan-to, não é nenhum favor que a empresa nos faz pagando o valor mínimo, pois a nossa parte fi zemos, e melhor que no ano anterior.

A responsabilidade pelo balanço ruim não é nossa - Comperj, Rnest, corrupção, dentre outros foram os moti-vos pelo prejuízo, não temos gestão nem cumplicidade!

O aumento do lucro ope-racional foi importante, e expressa a força de trabalho (nós) da empresa. O regra-mento não garante distribui-ção igualitária. Ao contrário, os responsáveis pelos pre-juízos ganharão mais que a maioria da empresa. Por isso, seguimos defendendo PLR máxima e igual para todos.

Por fi m, lembremos que o que garantiu essa proposta de pagamento foi a força da categoria, o fato de a em-presa saber que haveria re-sistência caso o acordo fos-se quebrado, e não o papel assinado. Já cansamos de ver acordos serem rasgados quando a patronal se sente forte para isso. Da mesma forma, nossa unidade e mo-bilização é que pode e deve garantir agora o pagamento correto e, num futuro breve, superar o atual regramento e inclusive nossa dependên-cia crônica de remuneração variável, que tanto prejudica toda a categoria, tanto ati-vos, como aposentados.

Na edição anterior do Ouro Negro, 735, publicamos uma nota errada na coluna Zé do Óleo. A nota, intitulada “O pulo da gata” denunciava o fato da empresa PSG fugir do Sindipetro para não assinar o acordo coletivo dos trabalhadores. Acontece que, oproblema que vinha se arrastando já por algum tempo, havia sido resolvido na última sexta-feira antes do fechamento da edição do nosso boletim semanal. A PSG DO BRASIL LTDA já havia assinado o acordo coletivo no dia 22/05. Pedimos des-culpa pelo mal entendido

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DIRETORIA COLEGIADA - Sergipe: Alberto Saraiva, Alealdo Hilário, Antonio D. Guedes, Arnaldo Pereira da Silva, Bruno Dantas, Clarckson Messias, Dalmar Costa Varjão Soares, Dalton Francisco dos Santos, Décio Esteves Ribeiro Barbosa, Edielson “Miudinho”, Edivaldo Leandro, Eduardo Amaro, Enilde Maria, Fernando Borges da Silva, Gildo Francisco, Gilvani Alves dos Santos, João Carlos “Lata Veia”, João de Deus, Jomar Nascimento, José Givaldo, Josiane dos Santos, Macia Leitão, Pedro Messias “Pedrão”, Robert Deyvis, Roberto Monteiro, Ronaldo Aragão, Stoessel Chagas “TOETA”, Tânia Maria, Vagner Tavares dos Santos, Vando Santos Gomes. Alagoas: Adauri Amaro “Dario”, Antônio Freitas, Antonyiel Accioly, Atacizo José, Graciene Maria, Jamison Gonçalves, Jardiran “Irmão Iran”, José de Assis Neto, Manoel Moisés “Zé do Bode”, Mário Cezar “Mario Rato”, Pedro Daniel “Pedão”, Robson Correia “Robinho”, Ronaldo de Souza, Victor Bello. CONSELHO FISCAL: Antonia Rosa, Domingos (Tico), Ivan Calasans, Marivaldo, Wilson Santos. TIRAGEM: 8.500

Aracaju-Se, Rua Siriri, 629, Centro, CEP: 49010-450. Cel: (79) 8102-7095, Tel (79) 4009-1866/ Carmópolis-SE, Rua Aristides Ferreira Leite, 40, Tel: (79) 3277-1068/ Maceió-AL, Rua do Imperador, 389, Centro, CEP: 57020-670, Tel: 82 9653-2112/3221-0735/ E-mail: [email protected]; Imprensa: Aracaju – Leonardo Maia (Jornalista e editoração eletrônica)/ Alagoas - Pedro Roberto (Jornalista).

EXPEDIENTE

Zé do Óleomande suas denúncias

CAMPANHA SALARIAL 2015/2016Estamos em campanha rei-vindicatória permanente com todos os trabalhadores terceirizados. ESTRE PE-TROLEO, CONTERP, PER-BRAS, BRASERV, SUPERIOR ENERGY,BOREST, ACF, ELF, SCHLUMBREGER, HALIBUR-TON, BJ BEK. Nossa luta é bem maior que as questões fi nanceiras salariais para avançar nos acordos coletivos e evitar os calotes contínuos nos terceirizados, que são aplicados de várias formas, desde no atraso do FGTS, Fé-rias, 13º, Salário e as verbas rescisórias.

CONTERP Mesmo com o ACT 2014/2015 assinado com o Sindipetro, a Conterp não tem garantido a isonomia do valor da refei-ção. Paga R$ 16,50 para uns e R$ 26 para outros. Ainda pratica dupla função, de ope-rador, mantedor e motorista nas sondas cipó. Os platafor-mistas estão como auxiliar de operação e também dirigem os veículos. A Cornterp não cumpre nada que promete. Prometeu um bônus de R$ 200 reais por sonda quando ultrapasse as metas de 70% do BAD. Em março e abril as metas ultrapassaram mui-to mais e até agora nada de bônus. Isso nada mais é que uma PLR mascarada. É bom que os trabalhadores da Con-terp fi quem atentos para não tomar bola nas costas.

Vai um cafezinho?Nem o cafezinho escapou das garras do desinvesti-mento. A máquina de café que tinha na sede da Rua Acre foi retirada como for-ma de contenção de gas-tos. Começa assim... não dizemos nada, “até que um dia, o mais frágil deles en-tra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhe-cendo nosso medo, arran-ca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada”.

As consequências de um contingente reduzido come-çam a aparecer e aumentar a insatisfação de todos os tra-balhadores do Pólo Atalaia.

Apesar do Narcisismo Ge-rencial, os atropelos aos direi-tos dos trabalhadores descem ladeira abaixo. Diretor sindi-cal com liberação suspensa, cipista sem poder participar de reunião, Férias condiciona-das a um operador por mês, Operadores com dias acumu-lados sem poder folgar, Folga brigadista sem poder ser tira-da, dobras de meio turno es-camoteando o tempo interjor-nadas , dobras de todo turno, operador sem turma defi nida vivendo como eterno tampão, sem direito a horas extras e por aí vai...

É assim o pomposo Geren-ciamento do Pólo Atalaia. Até um simulado de comunicação detectou que o operador não tinha condições de efetuar as manobras de emergência no quantitativo estipulado.

Para variar os incidentes in-sistem em avisar que o pior pode acontecer. Dessa vez um circuito de 440v “assombrou” durante uma semana o corpo

operacional, gerando clarão na região do propano, que depois foi identifi cado como circuito nas instalações da ponte rolan-te. Por isso no jargão popular das esquinas da “Bastos Coe-lho” o cerco está apertando e o trabalhador está olhando de “restrevela”.

Rezar não resolveA gestão da UO-SEAL hoje

vive em função da fé. Vivem rezando para que não aconte-ça mais um acidente grave. Até o gerente do Pólo Atalaia, apa-rentemente tão comprometido com a segurança, esqueceu que o efetivo próprio é fun-damental para a segurança e para a execução dos serviços.

Como foi feito em Carmó-polis e em Alagoas, a empre-sa contratou operadores ter-ceirizados para o mar e para o Pólo Atalaia. Recuperou as plataformas, ótimo. Mas, infe-lizmente, não está preocupado com a condição operacional do campo. Mesmo antes de ser aprovado pelo senado e san-cionado pela presidente Dilma, o gerente já aplica o PL 4330 da terceirização.

O último acidente ampliado

Abandono da gestão + efetivo próprio reduzido = insegurança e privatização

Orientações sobre o Benefício Farmácia

No limite

Cadastramento

Sergipe (79)8172-8285 – Alealdo9144-0063 – Arnaldo8176-9347 – Assis/Ass. Sindical9144-0037 – Bruno8839-4304, 8114-6992 – Clarckson8103-5135 – Décio8104-6463 – Fernando Borges8101-9511 – Gildo8114-5785 – Gilvani8161-1902 – Jomar8102-6415 – Leandro8103-7786 – Leonardo/Jornalista8107-2705 – Macia8102-4019 – Miudinho8172-8605 – Pedrão8134-2193 – Robert Deyvis8102-7095 – Secretaria8108-2349 – Toeta8129-8242 – Vando

Alagoas (82)9642-0438 - Antonio Freitas9981-7157, (79)8102-1849 - Eduardo 9642-0430 - Paulo Bob/Ass. Sindical9642-0354 – Victor Bello9642-0441 – Secretaria

FALE COM OS NOSSOS DIRETORES

na UO-SEAL, o vazamento de óleo na PCM-6, havia recomen-dações para o aumento do efe-tivo no setor de monitoração dos dutos subterrâneos e lim-peza dos dutos.

Já foi registrado pelo Sin-dipetro AL/SE na CIPA/Mar e será na CIPA/Atalaia essa situação de insegurança ope-racional. Não é diferente em nenhum outro setor da UO-SEAL. Alagoas tem os mes-mos problemas, Carmópolis, Sede e Fafen.

Não a privatizaçãoO Sindipetro não vai admi-

tir que o efetivo próprio seja desmontado, pois esta é uma das táticas para a privatiza-ção. Essa é a característica do processo de privatização de todas as empresas estatais – abandono da administração, folha de pagamento enxuta e se livrar dos aposentados. Foi assim com a Petromisa e com todas as outras.

Trabalhadores, acordem. A Petrobrás é nossa, é do povo brasileiro. Não podemos per-mitir que o governo a depende e entregue aos bancos e gran-des multinacionais do petróleo.

Quando o titular do Bene-fício Farmácia não conseguir cadastrar a senha é necessário solicitar o desbloqueio atra-vés do e-mail: [email protected] informando seu e-mail para receber a resposta.

Os companheiros que resi-dem no interior do Estado, ao fazerem o recadastramento, quando colocam o CPF do lo-cal onde moram, não é reco-nhecido. Recomendamos que utilizem o endereço do SINDI-PETRO AL/SE, Rua Siriri, 629, Centro, Cep - 49010-450. Quando fi nalizar o recadas-tramento, o interiorano deve informar o endereço atual de sua cidade de origem.

Existem duas maneiras de comprar seu medicamento de Uso Contínuo. Uma é no balcão da farmácia, com apresenta-ção da receita e documento de identidade. A outra é fazendo o pedido por Delivery (entrega á domicilio). Nesta modalidade, o medicamento será entregue na sua residência durante 06 meses ou 180 dias.

Na entrega á domicilio é ne-cessário preencher um formulá-rio informando endereço atual, telefone e ponto de referência da sua residência. Esse formu-lário juntamente com a receita, carteira da AMS e RG devem serem escaneados e enviados para: [email protected].