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1 Informativo da Província-Edição Especial

Informativo especial comunidade 2014

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Usamos o título da primeira matéria deste número, preparada pelo Pe. Gilberto Paiva, para iniciar este texto que introduz mais um Informativo Especial, produzido como parte do momento Celebrativo e de recuperação da história dos 120 anos de presença redentorista no Brasil e dos 70 anos de instalação da Província de São Paulo.

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Sumário.

2. Palavra do Editor

4. 120 anos: O missionário se cansa quando não caminha – Pe. Gilberto Paiva, C.Ss.R.

12. O primeiro convento redentorista de Aparecida– Ir. José Mauro Maciel, C.Ss.R.

16. Riqueza simbólica do Santuário Nacional – Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.

18. Comunidade São Geraldo – Sorocaba

20. Comunidade Pe. Agenor – Cidade Tiradentes

22. Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Jardim Paulistano

24. Comunidade Santíssimo Redentor – Santa Bárbara D’Oeste

26. Comunidade Menino Jesus – Diadema

27. Comunidade Santa Terezinha – Tietê

29. Comunidade Perpétuo Socorro – São João da Boa Vista

32. Comunidades que não mais existem e datade seu funcionamento

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1. Palavra do Editor

Usamos o título da primeira matéria deste número, preparada pelo Pe. Gilberto Paiva, para iniciar este texto que introduz mais um Informativo Especial, produzido como parte do momento Celebrativo e de recuperação da história dos 120 anos de presença redentorista no Brasil e dos 70 anos de instalação da Província de São Paulo.

Parece um contrassenso, mas não é. Quem não caminha, se cansa facilmente, tomado pelo comodismo e pelo esmorecimento. Foi exatamente isso que nossos bravos pioneiros bávaros nos ensinaram e que a província procura levar adiante, mesmo em meio a difi culdades. Por isso nossa história é marcada pela coragem, pelo arrojo e pelo idealismo, que nos fez rasgar os sertões e desbravar chapadas e espigões.

A partir deste idealismo, as comunidades redentoristas foram sendo criadas nos mais diferentes ambientes. Hoje, os chapadões não tem mais conotação geográfi ca, mas os limites são humanos; barreiras quase intransponíveis como as que separam as periferias dos centros urbanos, uma população sofrida e marginalizada separada de outra mais abastada e favorecida.

Neste informativo recuperamos um pouco a história de algumas de nossas casas e comunidades, a começar pelo nosso vetusto convento situado na Praça Nossa Senhora Aparecida, o mais antigo de todos. Do Santuário Nacional, com um texto do Pe. Domingos Sávio, falamos de suas capelas e riquezas simbólicas.

Se falamos do velho, falamos também do novo, pois a Comunidade São Geraldo de

Sorocaba é a Benjamin de todas as que integram nossa província e se espalham pelo seu território.

Na verdade, fazemos uma viagem neste Informativo, passando pela Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo; por Diadema, no grande ABCD; passamos pelos Jardins, chegando ao Jardim Paulistano e vamos para o interior onde temos o Seminário Santíssimo Redentor de Santa Barbara D’Oeste, a Comunidade Santa Terezinha, casa do noviciado e de uma de nossas equipes missionárias e chegamos até “O Perpétuo”, em São João da Boa Vista.

Por fi m, fazemos um elenco, ainda incompleto, daquelas comunidades que não mais existem, mas que deixaram marcas profundas e saudades, especialmente naqueles que as conheceram ou que nelas viveram: Sacramento, Garça, Panorama, Campininhas, Angélica, Jardim Oratório, Penha, Bom Jesus dos Perdões e tantos outros nomes, são como que um rosário a desfi ar em nossos olhos, mentes e corações.

Ao mesmo tempo é preciso coragem e desinstalação. Coragem para rever a missão específi ca de cada comunidade, ver se estão ou não cumprindo sua vocação e, se preciso for, saber dizer adeus se esta hora se aproximar.

Como todo Informativo, estas matérias e informações precisam ser completadas e corrigidas. Façam isso, por favor.

Bom proveito e boa leitura.

Pe. Inácio Medeiros, C.Ss.R.Redator

[email protected]

O Missionário secansa quando não caminha

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5Informativo da Província-Edição Especial

Expediente.Capa.iNfORMATiVO DA PROVíNCiA - EDiçãO ESPECiAl – COMuNiDADESÓrgão da Província Redentorista de São Paulo

Superior ProvincialPe. Luís Rodrigues Batista, C.Ss.R.

Coordenador EditorialPe. José Uilson Inácio Soares Junior, C.Ss.R.

RedatorPe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.

RevisãoAna Lúcia de Castro LeiteLuana Galvão

Design e DiagramaçãoHenrique Baltazar

Leia as últimas ediçõesdo Informativo da Província.

Acesse: www.a12.com/redentoristas

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2. 120 anos

O missionário se cansa quando não caminha

É tempo de recordar... Dar ao coração, mais uma vez, a ação primacial e fundante da Província Redentorista de São Paulo. São cento e vinte anos de atuação missionária e setenta de ereção canônica como unidade autônoma da Congregação do Santíssimo Redentor. Nela, quantos homens empenhados gastaram seus dias, suas vidas em prol da Redenção...

Era o fi m do século XIX. O Brasil vivia momentos intensos de mudanças políticas, sociais e religiosas. A Igreja há pouco deixara de ser um departamento do Estado. Conquistara liberdade e responsabilidade. Mas estava frágil. Estivera, por muitos anos, amarrada ao Padroado. Era preciso renovar. Renovar internamente, investindo na formação presbiteral e na escolha dos bispos. Renovar externamente, pregando Missões Populares e celebrando os sacramentos nos santuários e nos locais de romarias. Onde arregimentar forças?

Os bispos de Goiás e São Paulo, estando em Roma para a visita ad limina, no ano de 1894, bateram à porta do superior-geral dos

VENTOS DE MuDANçA

Missionários Redentoristas e imploraram ajuda na forma de fundações em suas dioceses. O pedido aceito foi encaminhado para a Província Redentorista da Alemanha Superior, na Baviera. Ali, a Congregação ia, aos poucos, superando as difi culdades advindas das perseguições sofridas após a unifi cação alemã e o Kulturkampf. Havia trabalhado no santuário de Altötting e, embora não mais pregasse Missões devido às proibições, guardava experiências desses apostolados missionários; e, por isso, julgava-se apta a atender o desafi o de uma fundação no exterior. Curiosamente, a imagem de Nossa Senhora venerada no Santuário de Altötting tem a cor negra...

Escolha feita daqueles que se tornariam os pioneiros em longa viagem marítima, em ferrovia e em lombo de cavalo. Chegaram em outubro à cidade de Aparecida, em São Paulo, e em dezembro,

120 anos da Congregação no Brasil

De presençano BRASILCongregação do Santíssimo Redentor

anos18942014

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7Informativo da Província-Edição Especial 7Informativo da Província-Edição Especial

à antiga vila de Campininhas das Flores, em Goiás. Um santuário dedicado a Nossa Senhora Aparecida e outro ao Divino Pai Eterno, em Barro Preto, futura Trindade (GO). Começava a Vice-Província Redentorista Bávaro-Brasileira, composta por seis padres e sete irmãos. A cada ano, a chegada de reforço humano e de recursos fi nanceiros para que a fundação pudesse ir avante.

Sem estrutura que facilitasse a grande empreitada, sem aprendizado prévio da língua para que compreendessem melhor o país totalmente desconhecido, lançaram as redes em águas mais profundas. O desafi o, sentido na concretude do cotidiano, era o que hoje se chama de inculturação. Era preciso entender, compreender o jeito de ser do povo brasileiro. Os bispos do Brasil tinham o objetivo claro de reformar a Igreja romanizando-a. Mas, para quem chegava de longe, era preciso ir devagar. Obstáculos não faltavam... Em Aparecida, um cônego difi cultou sobremaneira o trabalho apostólico. Em Trindade, os tesoureiros do santuário não aceitavam as orientações dos padres e o bispo chegou a interditar o santuário e suspender a romaria que acontecia sempre no primeiro domingo de julho de cada ano.

Altoetting - Alemanha - Santuário Mariano

Santuário de Altötting - Alemanha

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Três anos após a fundação, foi pregada a primeira Missão Popular em Areias, no Vale do Paraíba. Os pregadores sentiram que o método missionário precisava ser repensado, renovado ou mesmo inovado. As vocações nativas seriam um caminho – e um trabalhoso empreendimento – a ser buscado e cumprido. No ano seguinte começou a funcionar o Seminário Redentorista Santo Afonso, em Aparecida. Os pioneiros, sabiamente, acreditaram que vocações brasileiras seriam a melhor resposta a tantos desafios.

Para auxiliar na evangelização, compraram oficinas gráficas e fundaram o jornal “Santuário de Aparecida”, em 1900. Em 1902, levaram a imagem fac-símile de Nossa Senhora Aparecida para as Missões na cidade de Queluz. Antes se levava a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, mas eles tiveram coragem de ousar e mudar. Com a esperança posta nos frutos colhidos, novas turmas continuavam chegando da Alemanha para continuar aqui a semeadura. Padres e Irmãos para o labor missionário...

MiSSõES, SANTuáRiO E COMuNiCAçãO

Em 1905, os missionários redentoristas assumiram o santuário de Nossa Senhora da Penha, na capital paulista. Em 1913, o santuário de Bom Jesus, na cidade de Bom Jesus dos Perdões. Logo os padres alemães perceberam que precisavam de, pelo menos, mais duas fundações, pois, das quatro comunidades existentes, três estavam sob o mesmo báculo na Arquidiocese de São Paulo. Contudo, os homens de zelo ardente tinham também visão política e, em política, mesmo em política eclesiástica, há que se ter precauções.

Em 1912, três brasileiros foram ordenados sacerdotes e, com isso, a Vice-Província recebeu o primeiro reforço nativo. Era preciso alçar voos... Ir além-fronteiras... O sonho era o sul do Brasil, tendo em vista as vocações teutônicas, que, por certo, não haviam ainda perdido a germanicidade enraizada em suas veias. No Rio Grande do Sul, um padre que fora discípulo espiritual de um

ChEGAM OS BRASilEiROS. A fORMAçãO COMEçA A DAR fRuTOS

Santuário da Penha

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dos redentoristas pioneiros tornara-se o primeiro bispo de Pelotas e pedia, com insistência, uma fundação redentorista em sua diocese. A fundação, em 1920, coincidiu com a transferência do bispo para Campinas (SP). Os redentoristas mudaram-se então para Cachoeira do Sul no ano seguinte. Para assegurar confiança e estabilidade ao apostolado missionário, ainda no ano de 1920, foi criada uma casa missionária em Araraquara com o intuito de expandir a pregação de Missões para o Oeste Paulista.

Fundações estáveis, ordenações acontecendo com regularidade, o valioso trabalho de apoio realizado pelos Irmãos asseguravam certa tranquilidade à vida doméstica. O desafio era atualizar a pregação das Missões e o atendimento pastoral nos santuários, desafio respondido com paciência e encorajadores progressos. Mas faltava estrutura para a formação de novos missionários. Na cidade de Tietê foi concretizado o sonho: um estudantado, equiparado à faculdade, com os cursos de filosofia e teologia. Era o Seminário Maior da Vice-Província. Para sustentar esse estudantado com a recepção de novas vocações, foram abertos vários seminários menores ou pré- -seminários. Em terras paulistas, Guaratinguetá − Bairro da Pedrinha − e Pindamonhangaba. Em terras gaúchas, Cachoeira, Carazinho, Ijuí, Pinheiro Marcado e Passo Fundo. Em 1944, o Seminário São José, em Goiânia.

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No começo da década de 1940, com as dificuldades ocasionadas pela Segunda Guerra Mundial, inclusive a precariedade na comunicação, o Vice-Provincial – o primeiro brasileiro e na função desde 1937 –, em negociações com Roma, conseguiu a emancipação da Vice-Província e a consequente elevação à categoria de Província. Era o dia quinze de outubro de 1944. O cabograma com o comunicado permaneceu junto à imagem de Nossa Senhora Aparecida até ser feito o anúncio. Nascia a Província sob o olhar e as bênçãos da Mãe, Nossa Senhora Aparecida! E já são setenta anos caminhando com as próprias pernas, guiada por um Provincial e pela proteção amorosa da Padroeira do Brasil.

Os Estados de São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul formavam o espaço geográfico da Província. Na década de 1950, as fundações alcançaram Santa Catarina e Minas Gerais. Era o auge das atividades apostólicas na Congregação Redentorista. Seminários superlotados com abundantes vocações; número altíssimo de ordenações e profissões; comunidades religiosas constituídas como indicava a Regra: Domus (doze padres – um reitor – e sete irmãos), Collegium (cinco padres – um superior – e irmãos) e Hospitium (mínimo de dois religiosos); disponibilidade de seus próprios meios de comunicação social (jornal e rádio); transferência da casa provincial da Penha para o Paulistano; Missões Populares em grandes cidades e capitais; uma casa de formação específica para os Irmãos, o Geraldinato; envio de padres para estudos superiores na Europa; igrejas e prédios sendo construídos para abrigar seminários e conventos, com poucos recursos financeiros, e sem terceirização; Provincial distinguido com a nomeação para bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Foi a década de ouro da Província.

DE ViCE-PROVíNCiA A PROVíNCiA – ESTABiliDADE

Em 1955 as casas do Sul formaram a Vice-Província de Porto Alegre, elevada à Província em 1964. As casas de Goiás tornaram-se Vice-Província de Brasília também em 1964 e Província de Goiás em 1994. Concomitante às mudanças internas, aconteceu o Vaticano II (1962-1965). Novos ares e o aggiornamento eclesial desinstalaram e aprimoraram a opção fundamental de cada congregado. Todos foram chamados a rever a caminhada. Para construir o futuro, foram chamados a olhar para trás e resgatar a inspiração do fundador. Tempos novos, audaciosos, que deixaram marcas, quase sempre positivas. A Província soube percorrer esse caminho novo. Era questão de vida ou morte. Quem resistiu se isolou, enfraqueceu ou morreu.

Se o espaço geográfico da Província fora reduzido, as exigências, notadamente quanto à pastoral urbana, haviam crescido. A Conferência Missionária na cidade de Tietê, em 1964, escancarou esse desafio. A Missão não podia ser apenas renovada, mas teria de tocar e transformar o método. Houve resistência. De lá para cá, as Missões continuaram sendo pregadas por laboriosos

AGGiORNAMENTO – VENTOS RENOVADORES

Alfonsianun na rod. Raposo Tavares - 1968

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missionários, porém não mais alcançaram seus dias de glória nem resultados eclesiais como os de antes.

A formação para a vida religiosa em grande estilo e em grandes seminários começava a ser questionada. A Província mudou o Seminário Maior (cursos de filosofia e teologia) de endereço, mas não mudou o método. Antes de completar dez anos na rodovia Raposo Tavares, o sistema já dava sinais de esgotamento. Partiu-se para parcerias. Cursos em outras instituições, professores leigos, valorização da ação pastoral do estudante, pedagogia em constantes mudanças e buscas. Em meio a tudo isso, começavam a escassear as vocações.

AS MuDANçAS SE fAzEM uRGENTES

A década de 1970, sobretudo depois da III Conferência do Celam, em Puebla, no México, influenciou os rumos da formação, de modo especial a formação presbiteral. O sonho de comunidades inseridas na periferia, casas menores e abertas para o povo, participação ativa na vida eclesial e nos movimentos sociais ganharam vida nos anseios da Igreja... Nasciam as Comunidades Eclesiais de Base... Surgia a Renovação Carismática Católica... A Teologia da Libertação ganhava forma didática e científica, para ser aplicada como útil e necessária à Igreja. As vocações, ainda que escassas, apresentavam--se como frutos dessas correntes e movimentos vividos em sua realidade de Igreja e de família.

Um pontificado longo se iniciava... Em 1980 João Paulo II veio ao Brasil. Brotava a consciência de que a sangria precisava ser estancada. Evangélicos e neopentecostais arrebanhavam multidões. O investimento maciço em pregação televisiva, além do alcance das inúmeras emissoras de rádio por eles controladas mudariam o mapa do catolicismo no Brasil. A pobreza crescente e a corrupção institucionalizada galopavam; famílias com menos filhos e em crescente desajustamento; concentração populacional nas cidades; secularismo, individualismo... Todos esses “ismos” apontados pela sociologia, pela antropologia e até pela teologia, fizeram acontecer

Fundação Worcester, EUA

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Nos últimos anos, a Província assumiu uma frente de trabalho na região leste da capital paulista, no Jardim Sinhá. E na diocese de Registro, paróquia na cidade de Miracatu. O Seminário São Geraldo foi transferido da cidade de Potim para Sorocaba, onde uma igreja foi construída pela Província e assumida como paróquia. O Seminário do Santíssimo Redentor foi transferido de Aparecida para a cidade de Santa Bárbara d’Oeste, onde também foi assumida uma paróquia. Uma área pastoral em Campinas também se tornou paróquia redentorista. Contudo, talvez, ainda seja prematuro falar em “paroquialização” da Província. Mas é de se pensar...

Cônscia de seu carisma missionário, a Província se desdobra em outros relevantes serviços ao povo de Deus. Na missão viva e

A REAliDADE DA PROVíNCiA hOJE

mudanças rápidas. E a Província não ficou imune às transformações, visto ter esconjurado o isolamento e suas redomas.

Já na década de 80, a Província contava com duas comunidades apostólicas e um seminário em Aparecida; o Seminário São Geraldo em Potim; três casas missionárias com igrejas não paroquiais: Araraquara, São João da Boa Vista (também noviciado) e Tietê (também seminário); paróquias em Aparecida, Garça, Potim, Sacramento e no Jardim Paulistano – bairro da cidade de São Paulo. Ainda na Pauliceia, as comunidades provinciais na Avenida Angélica, no Jardim Paulistano e no Ipiranga, neste bairro com duas casas: uma para estudantes de teologia e outra para professores. Em Campinas, uma casa para estudantes de filosofia.

Em 1982, a Província assumiu uma frente de inserção na periferia da cidade de Mauá. Uma experiência pioneira, mas que acabou migrando, em 1999, para a Paróquia de Diadema. Em 1988 foi criada outra frente de inserção popular na Cohab Tiradentes, Diocese de São Miguel Paulista, na grande São Paulo. Na década seguinte, em 1995, os redentoristas deixando a cidade de Garça, assumiram cinco paróquias no Pontal do Paranapanema. Esta estação missionária foi fechada em 2006, a pedido do próprio bispo daquela diocese. Em 1996 a congregação entregava à Diocese a paróquia de Sacramento.

Antes de o Governo-Geral da Congregação discutir em Capítulo a necessidade de reestruturação para o bem e salvação de algumas unidades (Províncias / Vice-Províncias / Região), a Província de São Paulo já oferecia um bom testemunho no que concerne a esta questão: na tentativa de intercâmbio entre Províncias, recebeu membros da Província do Rio de Janeiro, da Holanda, do Japão e da Bélgica; aceitou e enviou membros para a Província de Porto Alegre; permutou confrades com a Província de Goiás; enviou membros para Angola, Manaus, Recife, Fortaleza, Suriname e fundação nos Estados Unidos da América (Worcester). E por iniciativa da URB – União dos Redentoristas do Brasil −,

em 1988, três unidades puseram em andamento a interajuda à Vice-Província de Recife. Finalmente, em 1996, a Província de Amsterdã – à qual a Vice--Província de Recife era subordinada – transferiu todas as responsabilidades referentes à unidade para a Província de São Paulo.

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constante na Basílica Nacional, no apostolado através da Rádio Aparecida (1951) e da Rede Aparecida de TV (2005); na centenária Editora Santuário (1900) e sua associada, Ideias & Letras (2003); expansão da rede de livrarias; na atividade assistencial, suprindo a dolorosa ineficiência do Estado... Trabalhos e esforços que convergem, todos eles, para um único objetivo e um único sonho: anunciar o Cristo Jesus e sua proposta do Reino...

Não se trata aqui de tecer loas a uma instituição que sabe a que veio: anunciar o Evangelho de forma nova e criativa através de seus membros reunidos em Congregação, vivendo em comum, tendo seu próprio carisma dentro dos incontáveis serviços da Igreja. Trata--se de reconhecer seus avanços, fazer avaliação enquanto elabora projetos, faz planos, cria sonhos... Afirmar a escuta fraterna de seus integrantes e de todos os que a ela se associaram no desejo de beber da fonte deixada pelo fundador, fonte que orienta os caminheiros do Redentor... Distinguir e escolher a assessoria que ajuda a construir caminhos novos e possíveis nos tortuosos meandros da burocracia palaciana e governamental do Estado. Reconhecer o esforço

Depois de percorrermos as estradas da história destes 70 anos de sonhos, de lutas e de conquistas, queremos mostrar um pouco, em largas pinceladas, a atual realidade da Província de São Paulo, mostrando o contexto de algumas de suas 18 comunidades, começando pela mais vetusta que se abriga atualmente no centenário convento velho, passando pela mais jovem, a Comunidade São Geraldo de Sorocaba, e abarcando as outras comunidades que hoje formam a nossa querida SP 2300, cada uma com suas peculiaridades. No fim deste desfile de comunidades, mostraremos uma cronologia daquelas comunidades e fundações que floresceram por certo tempo e agora têm seus registros apenas nas páginas da história.

Pe. Gilberto Paiva, C.Ss.R.Jardim Paulistano – São Paulo

ingente e diuturno para tornar viva e presente a Profecia capaz de iluminar e fazer caminhar uma Congregação Missionária, que busca caminhos novos mediante uma teologia centrada em Jesus Cristo. Ele, o Redentor, razão da sempre renovada esperança dos filhos de Afonso de que se pode construir uma Igreja capaz de fazer um anúncio claro e libertador da redenção a todos os homens e mulheres de todos os lugares do mundo.

E Deus está vendo que isso é bom. Diria Gamaliel: “Se não for obra de Deus...” São cento e vinte anos de caminhada! Caminhada de Missionários... História vivida e doada neste lugar abraçado pelas dimensões da concretude e do mistério, lugar chamado Província de São Paulo. História que não cita heróis, ainda que cite datas e lugares. Nomes? Seus nomes são: Padres, Irmãos, Redentoristas, Missionários... Os que chegaram e ficaram, os que chegaram e se foram... Parabéns, Província! Que venham outras datas e festas! A Grande Beleza inspirará aqueles que souberem ler os sinais dos tempos... Avance para águas mais profundas... Ad multos annos!

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3. Primogênito

O primeiro convento redentorista de Aparecida

No Brasil, nos primeiros anos da República, 75% da população era camponesa e 25% residiam nas cidades. Mais de 90% dos brasileiros eram analfabetos e pobres. Somente 6% eram eleitores. Nossos políticos eram constituídos da elite produtora rural (barões e coronéis) e com mentalidade escravagista. A Igreja Católica ainda se recuperava de uma “anemia profunda”, pois foi alquebrada durante o Império.

Em 28 de outubro de 1894, quando os primeiros redentoristas (padres e irmãos) chegaram a Aparecida, foi este o cenário sociocultural que eles encontraram no Brasil. Não obstante as ditas dificuldades, os missionários se instalaram em “dois chalés e meio” próximos da Basílica, os quais não atendiam nem o básico para a Comunidade Religiosa. E como aumentavam as pastorais, as atividades no Santuário e automaticamente o número de missionários, urgia cada vez mais a necessidade de uma casa adequada.

Depois de muitas negociações chegaram a um acordo. A Província Redentorista de Munique concedeu um cortês empréstimo sem juros à Arquidiocese de São Paulo, que seria destinado à construção do Convento, no lugar da “velha casa do tesoureiro”, e de uma hospedaria. A planta foi composição do Irmão Gregório, C.Ss.R. (1859-1929), famoso arquiteto holandês, da Unidade Redentorista do Rio de Janeiro. A direção das obras foi confiada ao Pe. Antônio de Lisboa, C.Ss.R. (1868-1937), arquiteto, missionário residente em Aparecida.

No fim do mês de maio de 1911, relatam nossas Crônicas: “A construção segue devagar, mas continuamente, com bom tempo. Os alicerces de uma parte (no terreno da velha casa do tesoureiro) estão sendo cavados e feitos”. Com mãos e materiais brasileiros daquele tempo, laçavam os primeiros fundamentos da construção, utilizando-se de barras de pedras cortadas, os “tijolos queimados”, que compõem as espessas

Convento Padre Gebardo ou Convento Velho

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paredes, poucos foram os trilhos de ferro e tijolos especiais, muitos são os barrotes de madeira de lei. Não fizeram uso de vergalhões nem de cimento. Mas o trabalho bem-feito e os materiais utilizados foram devidamente arranjados para resistirem ao tempo. Por razões de normas eclesiásticas da época, a casa foi feita sob medida e o acabamento manteve a sobriedade do estilo conventual. O pé-direito elevado, à moda tropical, amplos corredores internos, escadarias internas de madeira torneadas, portas e janelas bem seguras, que vetam chuvas, ventos e barulhos, com ferrolhos e adereços de presilhas para mantê-las abertas ou fechadas.

O prédio ficou simples, porém, simpático e majestoso. Imponente para a época e sua construção se deu num tempo recorde. Depois de um ano e meio de trabalhos, do alicerce às últimas fases de acabamento, em 12 de dezembro de 1912, os redentoristas já estavam instalados no novo Convento. E como de práxis, três dias depois, em 15 de dezembro, o arcebispo de São Paulo, D. Duarte Leopoldo e Silva (1867-1938), abençoou festivamente a nova residência

dos missionários. O cardeal Joaquim Arcoverde (1850-1930) enviou telegrama com “felicitações e congratulações” aos redentoristas.

Além dos redentoristas residentes, a Comunidade começou a receber os cardeais, arcebispos, bispos, padres e religiosos visitantes, inclusive, para fazer retiros espirituais. Nela também se hospedavam os núncios apostólicos, que com muita frequência vinham a Aparecida. Além desses, muitas pessoas ilustres e estadistas estiveram de passagem nessa casa. Dentre eles, podemos mencionar os presidentes da República: Rodrigues Alves (1848-1919), Epitácio Pessoa (1865-1942), Wenceslau Brás (1868-1966) e outros.

Nos fundos dessa casa, há um velho chalé, onde iniciou o Seminário Santo Afonso, em 3 de outubro de 1898. Este, posteriormente, por diversos períodos, funcionou como casa de formação aos estudantes maiores, além de ter sido também casa de noviciado

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redentorista. Ainda no pátio há uma capela, construída em 1919, onde por muito tempo ficaram as urnas com os restos mortais dos missionários falecidos.

Desde sua inauguração até o ano de 1936, este Convento de Aparecida foi a sede do governo Vice-Provincial dos redentoristas de São Paulo. Também residiam nele os missionários que atuavam no Santuário e na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, aqueles que trabalhavam nas Oficinas Gráficas (atual Editora) e na Rádio Aparecida. Nessa casa também residiram e se hospedaram, por muitas vezes, dois personagens importantes: o Pe. Pelágio Sauter, C.Ss.R. (1878--1961), famoso missionário no Estado de Goiás, e o Pe. Vítor Coelho de Almeida, C.Ss.R. (1899--1987).

As muitas iniciativas e projetos saíram de reuniões realizadas nessa casa. Dentre elas, lembramos aquela conclusiva de 12 de junho de 1946, quando o Cardeal Carlos Carmelo Mota (1890-1982), o interventor federal Dr. José Carlos de Macedo Soares (1883-1968), o procurador do Estado, o prefeito Américo Alves e o reitor do Santuário Pe. Antônio Pinto de Andrade, C.Ss.R. (1894-1968), decidiram sobre a construção da Basílica Nova de Aparecida. Lembrando que as autoridades políticas presentes definiram a criação de uma “Prefeitura Sanitária” e um “Horto Florestal”, em Aparecida, obras estas jamais consumadas. Posteriormente, nessa casa, também aconteceram outros diálogos, reuniões e definições que se consumaram em obras, tais como a Rádio (1951) e a TV Aparecida (2005).

No dia 2 de outubro de 1982, a Comunidade redentorista, residente no “Convento Velho”, mudou-se para o “Convento Novo”, ao lado da “Basílica Nova”. Então, o casarão passou a abrigar a Comunidade das Comunicações. E, a partir de 2008, na histórica e significativa casa reside a Comunidade “Padre Gebardo”.

Em 1994, por ocasião das celebrações do Centenário dos Redentoristas em Aparecida, o arcebispo de Aparecida, D. Fr. Aloísio Lorscheider, OFM (1924-2007), doou o “Convento Velho”

aos redentoristas da Província de São Paulo. O cardeal pediu confirmação pela dita doação e esta foi concedida pela Sagrada Congregação do Clero, em 1998.

Em outubro de 1998, foi inaugurado o “Memorial Redentorista” nos fundos do “Convento Velho”. O chalé, antiga casa de formação, foi

Construção Convento Redentorista na Praça Nossa Senhora Aparecida

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Ir. José Mauro Maciel, C.Ss.R.Comunidade Pe. Gebardo

transformado em capela, onde estão os restos mortais dos missionários que nos antecederam. E a capela antiga foi reformada e tornou-se abrigo especial dos restos mortais do Pe. Vítor Coelho de Almeida, C.Ss.R.

As sucessivas gerações de missionários que passaram por essa casa, ao longo destes mais de cem anos, compuseram e traçaram o perfil real desta Unidade Redentorista de São Paulo. Muitas são as recordações, incontáveis são os episódios, grandes foram as expectativas e feitos que marcaram a vida de centenas desses discípulos de Santo Afonso de Ligório, C.Ss.R. (1696-1787), que nela residiram e gastaram os dias em prol da Redenção.

Inclusive, o Ir. Lucas, C.Ss.R. (1871-1953), que foi seu gentil porteiro por vinte e oito anos.

Por conseguinte, muitos redentoristas experientes na vida, outros de meia idade e diversos dos jovens missionários anseiam por uma finalidade plausível para esta centenária casa, isto é, o “Convento Velho”. Sonham e projetam em transformá-la num “Espaço

Cultural Redentorista”, onde poderão expor e apresentar os agigantados passos daqueles que nos precederam. Assim, dada sua importância, significado histórico, valor cultural e religioso, ela nos faz olhar para um passado que nos convence no presente e nos impulsiona para o futuro.

Portanto, havemos de perceber as muitas e diversas obras boas realizadas no passado, que se sintetizam no presente, que se abrem em perspectivas apontando para o futuro, mostrando-nos direções de outras possíveis modalidades de missão.

Os redentoristas gastaram, gastam e hão de gastar seus dias e talentos em favor dos redimidos. E o “Convento Velho” continua sendo o testemunho histórico, cultural e simbólico de tudo isso!

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18 Informativo da Província-Edição Especial

4. Esse é seu nome

Riqueza simbólica do Santuário Nacional

Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida!

Esse é seu nome. E a partir de critérios bíblicos, quando o nome revela a essência, a missão do nomeado, temos que confi rmar: esse é seu nome! “Senhora” lembra grandeza. E grande, aos olhos de Deus, está na contramão dos critérios apenas humanos: “quem quiser ser o maior entre vós, seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja o escravo de todos” (Mc 10,43b-44).

O Santuário leva Seu nome, mas Ela, em Sua imagem tão pequena, está praticamente em último lugar em sua casa, incrustada num vãozinho da parede, quase fora do recinto; está a serviço, então é grande! O centro, o coração de seu Santuário, é Aquele do qual Ela se declarou serva: “eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38). É Jesus, seu Filho, mas muitíssimo mais, seu Salvador, seu Deus!

E não bastando isso, ainda realça a primazia absoluta de Jesus, a grande cruz metálica vazada de 800 quilos, suspensa sobre o altar. Sim, Maria nos traz a si, para diante de sua imagem. Mas, bem entendida em sua missão, Ela leva-nos a seu Filho e Salvador Jesus, leva-nos à Eucaristia!

Sim, “quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho, não tem a vida” (1Jo 5,12). Não ter a vida é nada ter! Todavia, o oposto não é inteiramente verdadeiro: ter a vida, porque tem o Filho, não é ainda ter tudo. E o Santuário lembra--nos isso: a cruz vazada está pendente do alto, do centro da grande cúpula, de seu cume que se constitui numa abertura para o alto. Assim, ela como que desce do céu, de junto do Pai.

E igualmente sobe até o céu: a mensagem do Santuário não culmina plenamente em Jesus. Aliás, Ele mesmo nos declara com todas as letras: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14,6). O Pai é meta de Jesus e nossa: “Eu saí do Pai e vim ao mundo.

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19Informativo da Província-Edição Especial

DENTRE AS ONzE CAPElAS quE POSSui, A DO SANTíSSiMO SACRAMENTO REAlçA A PRiMAziA ABSOluTA DElE NO SANTuáRiO

AS TRêS CAPElAS DA RECONCiliAçãO, A SEu MODO, SOMAM BASTANTE NA RiquEzA SiMBóliCA DO SANTuáRiO

A CAPElA DE SãO JOSé PASSA-NOS ESTA MENSAGEM ESPECífiCA: ENquANTO MãE fíSiCA DO SAlVADOR, MARiA é úNiCA E ExCluSiVA

De novo, deixo o mundo e vou para o Pai” (Jo 16,28), eis o definitivo lugar de Jesus e nosso!

E quando estiver pronto, o mosaico da cúpula nos evidenciará outra riqueza bíblica fundamental: a ação do Espírito na vida e missão de Jesus e assim também nas nossas: Ele é nosso Irmão Primogênito, as Primícias de toda a criação (cf. Cl 1,15.18). Sim, o centro da cúpula estará tomado por uma pomba, símbolo do Espírito (cf. Mc 1,9-11; Jo 1,32-35). Vivemos, agimos, chegaremos ao Pai pelo Caminho (Jesus) na força do Espírito!

É o prolongamento do altar, do coração do Santuário, com esta diferença suprema: o altar é símbolo, sinal de Jesus. Na capela do Santíssimo, é Jesus, é o Salvador em corpo, alma, humanidade e divindade, é Ele!

Maria traz seus devotos a si, a seu Santuário, mas os encaminha à reconciliação, como a lhes dizer: se quiserdes mesmo me visitar, dar-me alegria, fazei de vossa visita a mim ocasião de acolherdes Quem unicamente me preenche e vos preenche a vida: o meu, o vosso, o nosso Deus!

Criados para Ele, só Ele nos plenifica! Sem Ele, Eu viveria e vós viveríeis no vazio absoluto!

Enquanto mãe-irmã-discípula de Jesus, porém, é modelo para todos e cada um de nós que nos sintamos chamados e queiramos seguir Jesus em seu caminho de vida e salvação, de santificação: “quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mc 3,35). Enquanto tal, Maria se fez santa pelos mesmos caminhos propostos a nós, também chamados a ser santos como é santo o nosso Deus. E São José, esposo da Virgem-mãe, pai adotivo de Jesus, chefe da Sagrada Família, aponta-nos que a vocação à santidade é para todos, como o foi para ele, o carpinteiro de Nazaré.

Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.Reitor – Santuário Nacional

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5. Comunidade

ComunidadeSão Geraldo – Sorocaba

A comunidade São Geraldo de Sorocaba é a mais nova da Província. Sua inauguração aconteceu no dia 15 de março de 2012. A comunidade continua a história da formação dos irmãos, a partir do Seminário São Geraldo, antes no bairro e/ou cidade do Potim, e agora num contexto urbano em constante mutação, com inúmeras possibilidades e opções formativas. A cidade de Sorocaba tem hoje uma população que se aproxima de 700 mil habitantes, por isso a mudança de Potim para Sorocaba não foi apenas geográfi ca, mas de mentalidade e atuação.

A comunidade formativa representa como que a concretização de um sonho, buscando um novo modo de se viver a vocação religiosa do irmão. Mas a mudança do lugar social trouxe alguns desafi os que precisam ser superados:

Na formação surgiu a necessidade de se trabalhar um pouco mais o individualismo natural que foi surgindo. Faz-se necessário trabalhar melhor a integração entre todos os

formandos. Aos poucos se busca a defi nição de um novo perfi l formativo do irmão com todos os seus desafi os.

O desafi o maior coloca-se na necessidade de defi nição de projetos bem claros, vendo o grau de comprometimento de todos nesses projetos.

O projeto de formação precisa ser reelaborado, com a colaboração e assessoria do Secretariado de Formação, não apenas como adaptação do que já existia, mas criando algo novo em relação ao novo contexto no qual se vive e se atua. Da parte do Secretariado Vocacional, é preciso trabalhar melhor e com mais clareza a vocação do irmão e a motivação dos vocacionados.

hiSTóRiA DA COMuNiDADE Igreja São Geraldo - Sorocaba

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21Informativo da Província-Edição Especial

A missão da comunidade religiosa alterou--se fundamentalmente com a abertura de uma nova e ampla possibilidade pastoral; o leque agora se ampliou ainda mais com a colocação de seis comunidades eclesiais sob nossa responsabilidade. Por isso, depois de dois anos de maturação e experimentação, já é possível perceber a solidificação de algumas iniciativas, com a definição de alguns elementos, até mesmo na área da espiritualidade alfonsiana.

As pastorais estão sendo organizadas e o bairro já percebe a existência de uma comunidade religiosa no local, além de um seminário específico para a formação dos irmãos. Para 2014 já se pensa num trabalho missionário mais amplo, mesmo de caráter popular, ao estilo das Santas Missões.

O fato de ser uma comunidade paroquial em processo de organização permite que ela seja organizada não apenas como paróquia de manutenção, mas como uma paróquia com uma real dimensão missionária, segundo as características redentoristas. No final do ano, já deve acontecer a primeira assembleia das comunidades.

Além do trabalho pastoral na área territorial da própria comunidade paroquial, os redentoristas já têm uma presença nos Meios de Comunicação, com um programa semanal na Cantate FM de Votorantim (104,5), às sextas-feiras, das 14 às 15h; temos uma novena transmitida nas quartas--feiras, às 15h, e a missa dominical às 19h pela mesma emissora. Fato de destaque também é a possibilidade de os irmãos atenderem o povo com aconselhamento e orientação.

Já está sendo buscada uma integração maior com a Igreja local, pela participação em reuniões, retiros e cursos. Alguns padres já solicitam ajuda para celebrações, e temos a aceitação e admiração do bispo diocesano. Através da URB, pela presença de confrades de outras unidades aqui e pela participação em eventos da Província, o projeto de formação e de pastoral já vai tornando-se mais conhecido.

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6. ComunidadeComunidade

ComunidadePe. Agenor – Cidade Tiradentes

A comunidade surgiu nos primeiros anos da década de 1980 a partir de um trabalho pioneiro das irmãs xaverianas, que depois deixaram a região. O pioneiro do trabalho redentorista na região foi o Pe. Rudolf Croon, assim que deixou a reitoria do Santuário Nacional. Depois dele, cerca de 20 confrades já passaram pela comunidade. Na origem estava o sonho de se ter uma comunidade inserida numa realidade de periferia e num meio popular. A comunidade de formação teve início em 1987.

Da área pastoral antes atendida, posteriormente foram criadas diversas paróquias entregues ao clero diocesano. Hoje são três realidades distintas, mas ao mesmo tempo confl uentes: Comunidade religiosa, de formação e de pastoral (Paróquia Senhor Santo Cristo).

O bairro da Cidade Tiradentes também vem passando, como parte de uma grande cidade, por um processo acentuado de mudanças. Mudou a realidade eclesial, passando da realidade de CEBs e Pastorais Sociais para um modo de ser Igreja mais espiritualizante; mudou também a realidade social e econômica da maioria de sua população,

Um grande avanço conseguido foi a atuação dos estudantes junioristas na pastoral e no acompanhamento das comunidades e pastorais que formam a paróquia. Neste sentido, o fato de a comunidade de formação estar situada numa periferia permite que os estudantes façam uma síntese entre aquilo que estudam e o que vivenciam na prática do dia a dia.

Do ponto de vista da atuação pastoral dos redentoristas, o desafi o maior da atualidade localiza-se na busca de conciliação do modo de ser Igreja mais engajado, baseado na nucleação de comunidades e setores em rede com o atual cenário de Igreja, dando uma marca genuinamente redentorista a esta realidade eclesial.

Hoje, a atuação da comunidade redentorista volta-se ao resgate de alguns valores importantes que se perderam nestes últimos anos por causa de alguns confl itos vividos. O fato de ter acontecido muitas mudanças, seja de pessoas, como de realidade de Igreja nestes últimos tempos, também

pois hoje o bairro já goza de uma situação social e estrutural bem melhor.VOCAçãO E MiSSãO DA COMuNiDADE

VOCAçãO E MiSSãO

Casa Redentorista - Cidade Tiradentes

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23Informativo da Província-Edição Especial

iNTEGRAçãO

PROJETO SOCiAlcontribuiu para acentuar essa problemática. Diversas comunidades perderam a identidade, pois se processou ainda uma centralização da vida da comunidade paroquial na matriz e nas mãos do pároco.

A saída encontrada está sendo a divisão de trabalhos e competências entre os membros da comunidade redentorista, resgatando muitas lideranças, dando novo vigor às comunidades.

A presença dos estudantes da VP do Recife na comunidade possibilita uma maior integração em todos os níveis, bem como o conhecimento e interação com outras comunidades e frentes pastorais da Província. A visão de congregação que aqui se vive é bem mais abrangente e a oportunidade de se aproveitar as diversas experiências é bem maior.

A teologia desenvolvida no ITESP tem tudo a ver com a realidade daqui, por ser bem “pé no chão”, e aqui se aprende não só a viver, mas a fazer a teologia prática da vida a partir dos conceitos aprendidos no instituto. Um dos limites, porém, é a limitação da reflexão teológica pela exiguidade de tempo. Ganha-se pelo lado da pastoral, mas perde-se no sentido do tempo para um maior aprofundamento.

É preciso que haja uma continuidade de projetos, para que as mudanças e transferências não se tornem um empecilho na construção de um modo de ser Igreja.

Na divisão dos serviços da casa e no encontro com os demais grupos de junioristas, percebe- -se um crescimento significativo. Há uma forte impressão de que os membros da comunidade se querem bem e um se preocupa com o outro. A comunidade é bem aberta, recebendo a presença de pessoas do povo e visitando as casas das famílias com assiduidade.

No sentido da reestruturação, sonha-se com a possibilidade de um maior intercâmbio de pessoas entre as duas unidades, e esta ideia precisa ser mais amadurecida para que se possam alargar os horizontes em um nível mais amplo do ser redentorista.

Sofreu também com a mesma instabilidade vivida pela comunidade pastoral. Foi preciso dispensar algumas pessoas, fazendo uma seleção de pessoas e famílias atendidas. O projeto está sendo reestruturado.

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7. Comunidade

ComunidadeNossa Senhora

do Perpétuo Socorro – Jardim Paulistano

Em 1951 fundou-se uma comunidade provisória situada à Rua Maria Carolina, bem próxima da atual localização; um ano depois surgiu a comunidade a partir da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que celebrou em 2012 seu 60º aniversário. Aos poucos a comunidade foi ganhando outras dimensões, já tendo abrigado membros da equipe missionária, formandos, noviços e o governo provincial em duas ocasiões, esta última desde 1994.

Com o passar dos tempos, especialmente nas últimas décadas, o bairro se esvaziou. Casas residenciais foram transformadas em escritório e, bem pertinho da comunidade, a Av. Faria Lima leva-nos ao coração financeiro e comercial da grande metrópole paulistana.

Antes, uma das principais motivações para a criação da paróquia e a existência da comunidade

hiSTóRiA

AçãO PASTORAl

religiosa foi a situação social da região, pois existia uma vargem onde o Rio Pinheiros transbordava na época das cheias; ainda existiam favelas bem próximas daqui que eram atendidas pelos redentoristas. Aos poucos a região foi se transformando, o bairro foi se esvaziando e hoje estamos no coração de uma grande cidade, bem próximos a um centro econômico-financeiro como a Avenida Faria Lima e adjacências. A maioria dos atuais frequentadores da igreja não é proveniente do bairro, vindo de bairros próximos e até de alguns bairros mais distantes.

Uma vez que dificilmente atingiremos uma maior participação popular no sentido quantitativo, precisamos configurar a paróquia dentro de uma sistemática diferenciada, vendo nela também uma fonte de sustentação de uma comunidade religiosa, pois é a única paróquia que temos na cidade de São Paulo, fora das demais comunidades das periferias.

Uma preocupação: Como vivenciar a dimensão de missionariedade nesta realidade?

1) Desenvolver algumas alternativas de divulgação da devoção ao Perpétuo Socorro,

Fachada - Igreja

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25Informativo da Província-Edição Especial

Hoje a comunidade envolve diversas realidades: Comunidade paroquial, casa provincial, casa de hóspedes e atendimento de saúde.

Para um futuro próximo há a previsão de uma tranquilidade maior na vivência religiosa, podendo a comunidade viver melhor uma de suas vocações, que é o acolhimento. Com a provável mudança do governo provincial, será possível organizar a comunidade de outra forma, prevendo um acolhimento mais qualificado, tanto para os que aqui se hospedam, como para os que procuram tratamento na área da saúde.

Esse atendimento qualificado faz-se urgente pelo fato do aumento da longevidade dos confrades.

A comunidade sente-se bem integrada no contexto da vida provincial e de congregação, percebendo-se que as pessoas que aqui vêm sentem-se bem acolhidas, pois há um clima de fraternidade e liberdade, sem maiores cobranças. Seria preciso, porém, crescer ainda mais no espírito de integração e participação, com mais abertura e espontaneidade nas celebrações e nos momentos comunitários.

As pessoas da paróquia que nos visitam sentem-se felizes em participar de nossa vida.

COMuNiDADE DE ACOlhiDA

COMuNiDADE ABERTAtornando nossa igreja mais conhecida, pois a maioria das pessoas que buscam a prática sacramental, como batizados e casamentos, é muito heterogênea. O forte de nosso público são as pessoas da terceira idade, moradores de outros bairros.

2) A comunidade ainda é bastante solicitada para atendimento de pessoas em hospitais, doentes em casa, encomendação, bênção de escritórios e casas.

3) Uma boa coisa é ter a igreja aberta o dia todo.

4) Algo que nos destaca em relação às demais paróquias da região é o conteúdo de nossa pregação. Temos um jeito próprio de falar, marcado pela forma de abordar as pessoas, a simplicidade e forma popular da pregação.

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26 Informativo da Província-Edição Especial

8. Comunidade

ComunidadeSantíssimo Redentor

Santa Bárbara D’Oeste

O curso propedêutico já existe a muitos anos, passando por diversas outras casas da Província (Tietê, Sacramento, Aparecida – SRSA e Comunidade Nossa Senhora Aparecida), mas em Santa Bárbara é uma realidade nova, a partir da instalação da comunidade nesta cidade no ano de 2008. E apesar de ser uma comunidade bastante nova na realidade da cidade da Província, pela casa já se passaram ao menos uns 12 confrades da província.

O fato de a casa ter sido construída num bairro mais afastado da cidade, a criação da paróquia foi um fato quase que natural. Dia 24 de maio de 2013 completou-se um ano da criação da paróquia.

Viver e crescer em fraternidade, abrangendo alguns níveis como formação (propedêutico)pastoral paroquial, ação de assistência social, administração e cuidado com a própria casa, esta é a proposta de vida e de caminhada feita pelo Plano de Vida Comunitário.

A mudança da casa de formação de Aparecida para Santa Bárbara veio a partir da necessidade de uma maior aproximação das casas de formação do nível inicial, integrando propedêutico, filosofia e noviciado. A isso veio completar a mudança do Seminário São Geraldo para Sorocaba. Além disso, todas as casas anteriores apresentavam muitas precariedades em sua instalação.

Houve um ganho também na atuação pastoral dos estudantes, que têm um campo de trabalho na paróquia, especialmente nas comunidades rurais.

O convênio com o sistema Anglo de ensino está sendo revisto não apenas pelo valor que se dispende, mas pelas atuais necessidades formativas. Busca-se, porém, que os estudantes cheguem mais preparados à etapa seguinte da formação, que é a filosofia. Há um desejo que o foco não fique apenas na área intelectual, para poder abranger outras áreas, até mesmo uma catequese

MiSSãO DA COMuNiDADE COMuNiDADE DE fORMAçãO

Capela - seminário

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27Informativo da Província-Edição Especial

A paróquia tem como padroeira Nossa Senhora Auxiliadora e é formada por três comunidades urbanas e outras seis rurais, além da capela do seminário, que também é aberta ao povo. A primeira preocupação é com a organização das comunidades, por isso as capelas estão sendo revitalizadas e em todas as comunidades acontecem celebrações com os ministros leigos e missas. Aos poucos estão sendo criados os conselhos comunitários e na mátria já existe o CPP. Nas comunidades rurais, onde predomina o cultivo da cana-de-açúcar, acontece a visita dos missionários carlistas, que fazem a Pastoral dos Migrantes.

Na área urbana existe uma área mais abandonada, quase um cortiço, formada por famílias que habitam o Conjunto Romano.

No seminário, cresce a procura por atendimento e confi ssão até mesmo de pessoas de outras paróquias da cidade. Outro ponto forte é a Novena Perpétua. Aos poucos o povo já nos distingue pelo acolhimento e alguns elementos característicos de nossa espiritualidade já são introduzidos e vivenciados.

COMuNiDADE PASTORAl – PAROquiAl

iNTEGRAçãO E COMuNiDADE ABERTA

básica. Há necessidade de um maior equilíbrio, levando os formandos a um conhecimento mais amplo até mesmo da espiritualidade redentorista, porque para a maioria é o primeiro contato com a vida de seminário. Já acontece um esforço de entrosamento

com a pastoral diocesana e de comunhão com as demais cidades e padres da cidade.

Com tudo isso, pela casa de formação e pela nossa atuação pastoral, os redentoristas se tornaram mais conhecidos numa outra realidade

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fora do centro de movimento maior da Província (São Paulo / Vale do Paraíba) e tornaram-se referência, passando a ser conhecidos como tal.

Apesar de a comunidade receber poucas visitas de confrades, seus membros procuram estar o máximo possível integrados nas atividades da Província, participando dos eventos de suas áreas e dos momentos celebrativos e formativos.

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28 Informativo da Província-Edição Especial

9. Comunidade

ComunidadeMenino Jesus – Diadema

Os redentoristas chegaram a Diadema em 7 de agosto de 1999. Vieram para assumir o trabalho de evangelização e animação das pastorais da Paróquia Menino Jesus, Diocese de Santo André, os padres Elias Guimarães e Tomé Hítalo Maciel, como também os estudantes de teologia: Rogério Cancian, Marlos Aurélio e Eduardo Ribeiro. E, depois, muitos foram os confrades que passaram por aqui e deixaram um pouco de si para tornar abundante a redenção neste território paroquial.

Toma posse na paróquia uma nova congregação religiosa, a Congregação do Santíssimo Redentor (redentoristas). Chegam no dia 6 de agosto e, com missa solene no dia 7, é feita a entrega da Paróquia Menino Jesus aos cuidados dos redentoristas. Constitui a comunidade: Pe. Elias Guimarães, Pe. Tomé, e os Fraters teólogos: Cancian, Marlos, Eduardo.

Composição da comunidade ao longo dos anos:

Padre Jerônimo, como pároco, tendo a colaboração dos Padres Belo, Matheo e os Fraters: Marlos, Eduardo, Edivaldo Arildo e Herivelto.

Pe. Jerônimo, Pe. Belo, Pe. Scudeiro, Pe. Beltrame e os Fraters: Herivelto, Edvaldo, Barreto, Luiz Rosa e Eduardo.

Pe. Jerônimo, Pe. Belo, Pe. Beltrame e os Fraters: Edvaldo, Barreto, Luiz Rosa, Evaldo e Vitório.

Pe. Jerônimo, Pe. José Milton, Pe. Gabriel e os Fraters: Adenilto, Vitório, Célio e Jorge.

Pe. Jerônimo, Pe. Gabriel, Pe. Adenilto e os Fraters: Vitório, Jorge, Célio e regressa o Júlio.

Pe. Jerônimo, Pe. Adenilto e os Fraters: Rogério Gomes, Júnior e Semeão.

Pe. Adenilto, Pe. Pereira (Pároco), Padre Carlos Vitor e os Fraters: Fábio, Ronaldo e Sebastião.

Pe. Adenilto, Pe. Pereira, Pe. Carlos Vítor e os Fraters: Ronaldo, Sebastião e Mário.

Pe. Adenilto, Pe. Pereira, Pe. Carlos Vítor e os Fraters: Sebastião, Edcarlos e Valdivino.

Pe. Pereira, Pe. Carlos Alberto e Pe. Baptistine e os Fraters: Edcarlos, Valdivino e Tiago.

Pe. Pereira (Pároco), Pe. Carlos Alberto (Superior), Pe. Baptistine e os junioristas Fr. Edcarlos, Fr. Daniel Antônio e Fr. Valdivino.

Pe. Vanin (Pároco), Pe. Carlos Alberto (Superior) e os estudantes: Fr. Daniel Antônio, Fr. Francisco, Fr. Luís Almir e Ir. Vanderlei.

Pe. Vanin, Pe. Carlos Alberto e os estudantes: Fr. Luís Almir, Fr. Denis e Ir. Daniel.

Pe. Carlos Alberto (Pároco), Pe. Arcanjo (Superior da Comunidade) e os estudantes: Fr. Denis Oliveira, Fr. Marcelo Magalhães, Fr. Geovânio e Ir. Daniel.

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29Informativo da Província-Edição Especial

Comunidade 10.

ComunidadeSanta Terezinha – Tietê

A presença redentorista em Tietê teve seu início em 1935. Ao longo da história, a casa abrigou primeiramente o seminário maior, com quase 80 estudantes de filosofia e teologia, até que esse se mudasse para São Paulo, próximo à Rodovia Raposo Tavares, em Cotia, no ano de 1967; depois foi seminário menor, com quase 120 seminaristas, a partir de 1967; aqui tivemos primeiro uma igreja não paroquial, que chegou a ser pensada como santuário, depois foi paróquia e agora igreja não paroquial, depois que a Paróquia Santíssima Trindade foi devolvida à diocese em 2012.

No passado o atendimento abrangia não apenas as comunidades e bairros da paróquia de Tietê, mas também as cidades e povoados da região. A casa abrigou anteriormente o noviciado, voltando a ser novamente casa de noviciado a partir de 1985.

Abrigou a Equipe Missionária quando o convento de Araraquara foi vendido e se aguardava a construção do novo convento. Depois disso, decidiu-se que aqui se estabeleceria também uma equipe missionária permanente. No passado foi famoso o coral do Seminário que chegou a gravar LPs.

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30 Informativo da Província-Edição Especial

A primeira opção de construção da casa não seria a cidade de Tietê, mas Laranjal Paulista, porém o apoio de algumas famílias da cidade e as motivações provinciais definiram a escolha de Tietê. Durante muito tempo Tietê foi celeiro de vocações, mas estas diminuíram substancialmente nos últimos tempos.

Um destaque que ainda hoje permanece e vai passando de geração em geração é o carinho do povo para conosco e a busca por atendimento das comunidades mais distantes, como também a busca por atendimento individual. Isso faz com que a maioria da população continue católica, mesmo com o avanço de outros grupos e movimentos religiosos que já é bem significativo em algumas cidades da região. Hoje nossa igreja se destaca na Pastoral da Catequese com a missa das crianças que é bem participada.

No âmbito da arquidiocese, além da presença nas paróquias e cidade de Tietê, busca- -se uma integração com a Igreja local e diocesana. A escalação das missas dos fins de semana é feita em conjunto com os padres das duas paróquias da cidade.

Um setor que poderia ser mais bem atendido é a opção pelos pobres, porque a cidade de Tietê é bem estruturada, mas ainda existem alguns bolsões de pobreza, localizados, sobretudo, em alguns bairros rurais e periféricos.

No âmbito do atendimento, um desafio é o forte clericalismo do povo, pois sempre foi bem servido por padres, não abrindo tanto espaço para os diáconos da diocese e para os próprios noviços. O grande desafio é romper com a dimensão sacramental, trabalhando um pouco mais a dimensão formativa e comunitária.

EquiPE MiSSiONáRiA

Assim como em outras áreas pastorais, sentem-se também os desafios da realidade moderna e a defasagem de nosso método missionário.

Assim como aconteceu em fins dos anos de 1960 e início dos anos de 1970, estamos numa fase

de transição. Uma das marcas de hoje, diante do atual cenário de Igreja, deve ser a mobilidade e o “jogo de cintura”, adaptando o método de acordo com a realidade. Passou-se da fase do trabalho com as grandes massas para focar mais o trabalho de formação de lideranças, aproveitando melhor, sobretudo, as duas primeiras fases da missão.

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31Informativo da Província-Edição Especial

Comunidade 11.

ComunidadePerpétuo Socorro

São João da Boa Vista

A finalidade da nova casa era dupla: sediar o Estudantado e ser uma casa missionária. Com a desistência de se construir o Estudantado, logo ficou em evidência a segunda finalidade: casa missionária.

Pe. Pires tinha em vista o plano de construir um novo Estudantado na cidade de São João da Boa Vista, mas, forçado pelas circunstâncias, ele o iniciou na ala sul do seminário de Tietê. A construção foi iniciada em abril de 1939 e concluída em setembro de 1940, quando os estudantes ocuparam os novos cômodos. Assim foi desfeito o plano do Estudantado em São João da Boa Vista.

Pe. Pires, no pedido ao Sr. Bispo de Ribeirão Preto, expunha seu plano de fundação: não queria paróquia e, para que o bispo não insistisse, ele dizia que seria um centro de missões para todo o oeste de São Paulo e Sul de Minas, também não queria igreja já existente, pois desejava construir uma igreja conventual própria sob o título de

DOCuMENTAçãO DA fuNDAçãO E DA fiNAliDADE DA CASA

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O bom clima e a ótima água, a infraestrutura médico/hospitalar, além do apoio de algumas senhoras de fazendeiros e, sobretudo, o apoio e auxílio incondicional do pároco Pe. Vinheta inclinaram o Pe. Pires a escolher aquela cidade para a nova fundação. Infelizmente, o Pe. Vinheta veio a falecer em 1939, mas seu auxiliar Pe. Antônio David, instruído pelo Pe. Vinheta, manteve a colaboração da paróquia para a fundação.

São João remonta ao ano de 1821, quando o Guarda-mor José Dias de Oliveira adquiriu a fazenda Campo Triste, surgindo, então, o povoado ao redor da capela de São João Batista, que ele construíra. O Cônego João Ramalho construiu outra melhor e mais espaçosa, em 1832, no lugar da atual Sé Catedral. Em 1838, o povoado foi elevado à categoria de freguesia e, em 1859, à de Vila sob o título São João Batista do (rio) Jaguari. Na época da fundação redentorista, em 1940, o município era construído por grandes fazendas de brasileiros e pequenas propriedades rurais de italianos e espanhóis.

A 17 de julho de 1939, Pe. Pires escrevia para o Conselheiro-Geral, Pe. Emílio Rouf,

Fachada da Igreja lateral do convento

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pedindo seus préstimos junto do padre-geral para aprovação da nova fundação: “E então meu caro padre, quando chegar o tempo dic verbum bonum pro nobis”, escrevia em seu linguajar característico.

Entre os diversos terrenos vistoriados, o mais favorável e bem situado era o do Sr. Antônio Cabral, com cerca de cinco alqueires; esse terreno foi adquirido e cuja escritura foi passada a 23 de outubro de 1940. A licença do Padre-Geral para a nova fundação foi dada e transmitida ao Pe. Pires a 17 de novembro de 1939. E a licença da Congregação dos Religiosos foi passada pelo Rescrito de 12 de dezembro de 1941 e executada pelo Padre-Geral no dia 17 de dezembro daquele mesmo ano.

A 6 de junho de 1939, o Pe. Henrique Barros e o Ir. Baltazar iniciavam a nova comunidade, residindo na casa de n. 77, situada no Largo do Rosário. A primeira missa celebrada pelo padre Barros naquela capela do Rosário aconteceu naquele dia 6 de junho.

O projeto da igreja e do seminário foi realizado pelo engenheiro-arquiteto Dr. Benedito Calixto. Nas Ânuas da Vice-Província, encontramos esta notícia: “Em dezembro de 1940, o Dr. Benedito Calixto de Jesus Neto visita o terreno e recolhe dados para elaborar a planta do Seminário e da Igreja”. Desde então nasceu uma amizade entre Pe. Pires e o Dr. Calixto e por isso ele foi indicado pelo Pe. Pires ao Cardeal Mota para projetar a nova Basílica, em 1944.

A pedra fundamental da igreja-santuário foi lançada a 19 de março de 1941. O plano previa, nesta primeira etapa da construção, a ala de ligação entre a igreja e o conjunto convento/seminário. Seria a parte destinada aos irmãos, daí serem pequenos os quartos. A ala de ligação que serviu por muito tempo e, depois de alguns acréscimos, serve até hoje como residência dos missionários foi inaugurada juntamente com o oratório (ala direita da igreja) a 23 de novembro de 1941.

NOVA CASA, NOVA iGREJA

A igreja do Perpétuo, como é conhecida em São João, é a primeira igreja dedicada, em nossa Província, a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e teve também sorte única entre nós de ser iniciada e concluída conforme a planta inicial aprovada, ficando pronta em tempo relativamente curto. A 7 de outubro de 1944 iniciava-se a abertura dos alicerces, que em janeiro de 1945 já estavam concretados. Em janeiro de 1946, celebrou-se a festa da cumeeira e, finalmente, após dois anos, a igreja estava pronta para ser inaugurada, faltando apenas algum revestimento, piso e altares. O belo e artístico forro de madeira foi lavrado e montado pelos nossos exímios irmãos marceneiros, Simão Veith e José Uchold. O Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, diz o Pe. Barros, fundador daquela comunidade e cronista, foi cedido pelas Irmãs Vicentinas da Penha e trazido para São João no dia 18 de janeiro de 1940 pelo Superior Vice-provincial, Pe. Geraldo Pires. Consta também da mesma crônica que foi erigido um altar na igreja matriz, no qual o quadro ficou exposto à veneração dos fiéis até ser trazido em concorrida e solene procissão para o oratório público, por ocasião de sua inauguração a 23 de novembro de 1941.

A dupla finalidade da casa, seminário e posto avançado de missões, consta claramente no início da crônica da Comunidade. As condições da fundação foram acertadas entre o bispo de Ribeirão Preto, Dom Alberto Gonçalves, e o Superior-Geral nestas linhas gerais:

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• Além da licença da doação de um terreno apto para a construção do convento e de uma igreja em honra de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ainda um terreno que possa servir de casa de formação para clérigos.

• A finalidade da fundação é a pregação de missões, de retiros e outros exercícios congêneres, não podendo por isso os padres serem obrigados a aceitar o encargo de vigário, coadjutor ou capelão.

• Entretanto, os padres prestarão à paróquia, quer na sede, quer nas capelas, mediante combinação com o vigário, os auxílios que lhes forem possíveis

e permitidos pelas Regras da Congregação, sendo esses serviços remunerados conforme combinação com o superior e o vigário, para ajudar na manutenção da casa. Oralmente foi combinado que, de início, um padre e um irmão ocupassem, em caráter provisório, uma casa na vizinhança de uma igreja até os padres terem casa e igreja próprias.

A licença do bispo foi dada a 23 de setembro de 1939.

Colocada em posição privilegiada, a cavaleio de uma suave encosta, e em posição lateral da Catedral, tendo como horizonte frontal a bela Serra da Mantiqueira, a igreja foi inaugurada a 28 de abril de 1946. A missa solene de inauguração foi celebrada pelo Pe. Geraldo Pires de Souza, seu fundador e superior provincial.

Pe. Roberto de Lima, C.Ss.R.São João da Boa Vista

Igreja - interno

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12. Comunidade

Comunidades quenão mais existem e data de seu funcionamento

NB. Algumas destas comunidades funcionaram em locais e até mesmo com nomes diferentes, como se verá abaixo.

1. Sacramento: Educandário do Santíssimo Redentor, em duas casas (1959 a 2002).2. Seminário Santo Afonso: Em suas várias etapas: – Chalé – Rua Oliveira Alves (1898). – Colégio Santo Afonso (Hotel Recreio) – Colegião (1952).3. instituto São Clemente de filosofia: Aparecida, antigas Oficinas Gráficas (1975-1977).4. Casa de filosofia (por tempos indeterminados): – Seminário Santo Afonso – Clausura. – Aparecida – Chalé. – Potim – Centro Paroquial. – Convento Novo – Santuário.5. Comunidade São Pedro de Garça: – Comunidade Redentorista e Paróquia São Pedro (1957-1995). – Instituto Filosófico (1986-1992).6. instituto filosófico São Judas: Bairro São Judas, São Paulo(1987-1993).7. instituto de filosofia: Bairro Santana.8. Panorama: Comunidade Pe. Leite e Estação Missionária (1995-2000).9. Sede Provincial: – Campininhas – Goiânia (1894-1905). – Sede Provincial – Aparecida (1905-1936). – Sede Provincial – Penha (1937-1967). – Sede Provincial – Jd. Paulistano (1967-1973). – Sede Provincial – Av. Angélica (1973-1993). – Sede Provincial – Jd. Paulistano (1993-2014).10. Jardim Oratório: Comunidade Rainha dos Anjos (1987-1999).11. Penha: Santuário, Seminário, Casa de Noviciado, Casa Provincial, Paróquia e Casa Missionária (1905-1967).12. Alfonsianum: Ires – Tietê (1935-1965). – Raposo Tavares – Cotia (1966-1973). – Ipiranga (1973-2014).13. filosofia: Campinas – Instituto Filosófico São Clemente. – Instituto Filosófico São Clemente – Taquaral, Campinas (1977). – Comunidade Pe. Vítor Coelho de Almeida – Jd. Campos Elíseos, Campinas (1994). – Instituto Beato Gaspar – Campinas (1984).14. Seminário São Geraldo: Potim (1956-2012).15 Bom Jesus dos Perdões: Seminário, Casa de Noviciado, Paróquia e Santuário (1913-1921).16. Seminário Nossa Senhora Aparecida: Propedêutico, Aparecida (2002-2008).17. Comunicações: – Rua Maestro Bendito Barreto (1973-1982). – Convento Velho: Praça Nossa Senhora Aparecida (1982-2007).18. instituto ir. Wilibaldo: Bairro Santana, São Paulo (1993).19. Noviciado: – Bom Jesus dos Perdões (1913-1921). – Penha (1921-1928). – Pindamonhangaba (1928-1966). – Tietê (1966-1968). – Sacramento, Aparecida, Jardim Paulistano (1968-1978). – São João da Boa Vista (1979-1985).20. Comunidade do Santuário: Convento Velho (1912-1982).21. Estados unidos: Worcester (1995-2012).

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