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Informativo licenciatura uninorte_#2

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prova de uma determinada unidade de ensino e obtém uma nota 2,0 (dois), nós professores lhe aconse-lhamos estudar um pouco mais e submeter-se a uma nova prova. Então, o aluno faz isso e, nesta segunda oportunidade, obtém nota 10,0 (dez). Qual será a nota final dele? Certamente será 6,0 (seis), que é a média entre o dois inicial e o dez posterior. Mas, por que não 10,0 (dez), se foi essa a qualidade que ele manifestou na segunda oportunidade? Antes, ele não sabi-a, porém, agora, sabe. Não atribuí-mos o dez a ele, devido ao fato de ter obtido dois antes. Esse dois era definitivo, de tal forma que não nos possibilitou atribuir-lhe o dez, ape-sar de ter manifestado essa quali-dade plenamente satisfatória em sua aprendizagem.

Em conseqüência dessa terceira característica emerge a quarta. Os exames são seletivos ou excluden-tes. Porque classificatórios, os exames excluem uma grande parte dos educandos. Muitos ficam de fora. A pirâmide educacional brasi-leira é perversa; o aproveitamento de nossos educandos é estatistica-mente muito baixa. Evidentemente que para essa perda estão com-prometidos fatores tais como a distribuição de renda no país, nos-sas políticas públicas e as determi-nações socioculturais.

Instituto Paulo Montenegro

ESCOLA DAS LICENCIATURAS

I Torneio Interno de Futsal da Escola das Licenciat uras - TIFEL

BOLETIM INFORMATIVO

ESCOLA DAS LICENCIATURAS

Adaptado da entrevista concedi-da ao Jornalista Paulo Camargo. www.luckesi.com.br

Um ponto que se ressalta em suas palestras é a diferença en t re “examinação” e “avaliação”. Como podemos definir essa diferença.

Infelizmente, tenho que dizer que genericamente falando, ou seja, sem mencionar esta ou aquela escola, este ou aquele professor, a escola hoje ainda não avalia a aprendizagem do educando, mas sim o examina, ou seja, denominamos nossa prática de avaliação, mas, de fato, o que praticamos são exa-mes. Historicamente, mudamos o nome, porém não modificamos a prática. Portanto, vivenciamos alguma coisa equívoca: leva o nome, mas não realiza a prática. Para compreender esse ponto de vista, basta verificarmos as características básicas, de um lado, do ato de examinar e, de outro, do ato de avaliar.

Iniciemos pelos exames escola-res. Em primeiro lugar, eles ope-ram com desempenho final. Ao processo de exame não interes-sa como o respondente chegou a essa resposta, importa somen-te a resposta.

Em conseqüência dessa primei-

ra característica, vem a segunda: os exames são pontuais, o que significa que não interessa o que estava acontecendo com o edu-cando antes da prova, nem inte-ressa o que poderá acontecer depois. Só interessa o aqui e ago-ra. Tanto é assim que se um alu-no, num dia de prova, após entre-gar a sua prova respondida ao professor, der-se conta de que não respondeu adequadamente a questão 3, por exemplo, e solicitar ao mesmo a possibilidade de refazê-la, nenhum dos nossos professores, hoje atuantes em nossas escolas, permitirá que isso seja feito; mesmo que o aluno nem tenha ainda saído da sala de aula. Os exames são cortantes, na medida em que só vale o aqui e o agora, nem o antes nem o depois.

Em terceiro lugar, os exames são classificatórios, ou seja, eles clas-sificam os educandos em aprova-dos ou reprovados, ou coisa se-melhante, estabelecendo uma escala classificatória com notas que vão de zero a dez. São classi-ficações definitivas sobre a vida do educando. Elas são registradas em cadernetas e documentos escolares, “para sempre”. As mé-dias obtidas a partir de duas ou mais notas revelam isso. Por e-xemplo, quando um aluno tem um desempenho insatisfatório na

As inscrições ocorreram nas coor-denações dos cursos, tendo como participantes desse primeiro Tor-neio os cursos de Geografia, Histó-ria, Química, Pedagogia, Matemáti-ca e Educação Física, perfazendo um total de 14 equipes inscritas.

Leia mais na página 2.

Núcleo de Comunicação do Projeto Qualidade de Ensino realiza o I TIFEL

O I Torneio de Futsal da Escola das Licenciaturas aconteceu nos dias 18 e 25 de Maio na unidade XIII do Uninorte/Laureate envol-vendo acadêmicos e professores da Escola das Licenciaturas.

O objetivo do torneio de futsal foi integrar os cursos da Escola das Licenciaturas como forma de divulgar a prática desportiva, mas também de promover o lazer e a confraternização entre

os cursos. O projeto foi uma iniciativa do Núcleo de Comunicação do Projeto Qualidade de Ensino (PQE) da Escola das Licenciatu-ras.

O Torneio foi organizado pelos professores do PQE Dra. Miner-va Amorim e Esp. Odivaldo de Souza Marques também profes-sores do curso de Educação Física e teve arbitragem dos professores Agnelo Rocha e Rogério Marchioretto.

Nesta edição:

“A Avaliação da Aprendi-zagem” por Luckesi

1

I Torneio Interno de Futsal da Escola das Licenciaturas

2

A prática desportiva como fator de Inclusão Social na Escola

2

Interdisciplinaridade 3

Projeto Atividades Integra-doras

3

Cultura: O que é Pixurum? 3

Dicas de estudo e aprendi-zagem

4

Interesses especiais:

• A Avaliação da Aprendizagem por Cipriano Luckesi

• I Torneio de Futsal da Escola das Licenciaturas

• Inclusão Social através das Práticas Desportivas

• O que é interdisciplinaridade?

• Projeto Atividades Integradoras

• Dicas de estudo e aprendizagem

CARREIRA

A Avaliação da Aprendizagem

ANO I , Edição 2 Junho/2012

O r g a n i z a ç ã o

Page 2: Informativo  licenciatura uninorte_#2

A prática despor tiva como fator de inclusão social na educação

Os organizadores do I Torneio Interno de Futsal (TIFEL) da Escola das Licenciaturas, Dra. Minerva Amorim e Esp. Odivaldo de Souza Marques, professores do cursos de Educação Física do Uninorte, iniciaram no semestre 2012/1 o que esperamos, se torne uma tradição na Escola das Licenciaturas: a integração dos cursos da Escola através da prática desportiva.

O TIFEL foi uma iniciativa do Núcleo de Co-municação ligado ao Projeto Qualidade de Ensino (PQE) que visa desenvolver ações efetivas para a melhoria da qualidade de ensino na Escola das Licenciaturas do Unin-orte/Laureate através dos Núcleos de Refor-ma Pedagógica, de Atividades Integradoras e de Comunicação.

Dessa primeira edição participaram os cursos de História, Geografia, Pedagogia, Química, Matemática e Educação Física.

O conceito de esporte-educação ou es-porte educacional surge a partir da Carta Internacional da Educação Física, elabo-rada pela Unesco, que renovou os con-ceitos do esporte em função da reação mundial pelo uso político do esporte durante a Guerra Fria.

Desenvolvido nos sistemas de educação formal e não-formal de maneira desinsti-tucionalizada (não segue padrões das federações internacionais das modalida-des esportivas), adaptando regras, estru-tura, espaços, materiais e gestos moto-res de acordo com as condições sociais e pessoais, o esporte educacional procu-ra transcender a visão do esporte como

performance e como busca por resulta-do. Está fundamentado em valores como co-educação, emancipação, participação e cooperação. Os princípios do esporte educacional são: totalidade, co-educação, emancipação, cooperação, participação e regionalismo.

“É uma irresponsabilidade pedagógica trabalhar o esporte na escola que tem por conseqüências provocar vivências de sucesso para uma minoria e vivências de insucesso ou de fracasso para a maiori-a.” (Eleonor Kunz).

Adaptado de www.infojovem.org.br

EDUCAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL

I Torneio Interno de Futsal da Escola das Licenciaturas - TIFEL

Os Jogos

cação Física I e Educação Física II que termi-naram o tempo regulamentar de jogo empata-das. O jogo foi decidido através da disputa de pênaltis, com a equipe de Educação Física II vencendo a partida com um gol de diferença. As atividades foram finalizadas com a entrega de medalhas a todos os participantes que chegaram à 2a, fase e de troféus às equipes vencedoras.

Os organizadores, profa. Minerva Amorim e prof. Odivaldo Marques já apontam para a 2a. edição do TIFEL, no segundo semestre e prometem ampla divulgação do evento.

No dia 18 de Maio, às 9:00h, na Unidade XIII do Uninorte/Laureate tivemos a abertura do Torneio de Futsal e a realização da 1a. Fase, a classificatória, com a participação de todas as equipes inscritas. A composição das cha-pas para a competição foi decidida através de sorteio das equipes.

No dia 25 de Maio (sexta-feira) a partir das 20:00h foram realizados os jogos referentes à 2a. Fase, a final do I Torneio Interno de Fut-sal da Escola das Licenciaturas.

O primeiro jogo da noite foi realizado entre as equipes dos cursos de Geografia e Educação

Física I, com a vitória da equipe de Educação Física I.

No segundo jogo, enfrentaram-se as equipes dos cursos de Química e Educação Física II, com a equipe de Educação Física II se con-sagrando vitoriosa nesta partida.

O futsal feminino marcou presença com a participação de duas equipes de Educação Física e uma do curso de Pedagogia. Consa-grou-se campeã, honrando o nome das mu-lheres desportistas, a equipe “As Femini-nas” (ver foto abaixo) do curso de Educação Física. Para a próxima edição, os organizado-res esperam incentivar a participação femini-na, não só como torcedoras, mas como parti-cipantes.

O quarto jogo da noite foi a disputa entre as equipes de Química (3o. lugar) e História (4o. lugar).

A final foi realizada entre as equipes de Edu-

“ A prática desportiva promove a

integração, o lazer e a solidariedade

entre os acadêmicos”

Profa. Minerva Amorim

Página 2 BOLETIM INFORMATIVO ESCOLA DAS LICENCIATURAS

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CULTURA Puxirum Amazônico

Projeto Atividades Integradoras: “Realizando um Puxirum acadêmico”

Adaptado da Revista Brasileira de Educação vol.13 no.39 Rio de Janeiro Set./Dez. 2008

A Interdisciplinaridade surgiu como respos-ta à fragmentação e especialização do co-nhecimento na Modernidade. Vale conhecer melhor o conceito.

A interdisciplinaridade, como um enfoque teóri-co-metodológico ou gnosiológico, como a de-nomina Gadotti (2004), surge na segunda metade do século passado, em resposta a uma necessidade verificada principalmente nos campos das ciências humanas e da edu-cação: superar a fragmentação e o caráter de especialização do conhecimento, causados por uma epistemologia de tendência positivista em cujas raízes estão o empirismo, o naturalis-mo e o mecanicismo científico do início da modernidade.

Para Paulo Freire (1987), a interdisciplinari-dade é o processo metodológico de constru-ção do conhecimento pelo sujeito com base em sua relação com o contexto, com a reali-dade, com sua cultura. Busca-se a expres-são dessa interdisciplinaridade pela caracte-rização de dois movimentos dialéticos: a problematização da situação, pela qual se desvela a realidade, e a sistematização dos conhecimentos de forma integrada.

De todo modo, o professor precisa tornar-se um profissional com visão integrada da reali-dade, compreender que um entendimento mais profundo de sua área de formação não é suficiente para dar conta de todo o proces-so de ensino. Ele precisa apropriar-se tam-bém das múltiplas relações conceituais que sua área de formação estabelece com as outras ciências.

çar objetivos comuns e satisfação de todos.

Atividades Integradoras são um programa articulador de um conjunto de ações didático-metodológicas visando garantir a qualidade no ensino por meio da unidade estabelecida entre as ações pedagógicas e as matrizes curriculares dos cursos. A professora Alde-cir Mesquita, membro do PQE, nos escreve sobre a proposta: “ A implementação das atividades integrado-ras no mês de maio em todos os cursos da Escola de licenciaturas pôs em prática o desenvolvimento do planejamento institucio-nal de qualidade no ensino, conferindo um processo estratégico de integração das matri-zes dos cursos de Licenciaturas articuladas em objetivos comuns e materializadas no desenvolvimento programático de cada pro-fessor em seu processo de ensino/

aprendizagem. Seu norteamento são os obje-tivos e metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Uninorte/Laureate na implementação da “promoção e integração das diferentes áreas de conhecimento no desenvolvimento dos cursos de graduação”, bem como da “promoção e integração entre os membros do colegiado do curso visando a unidade de trabalho, a partir da identificação de objetivos comuns”, além do “incentivo ao trabalho interdisciplinar” e da “melhoria do processo de avaliação escolar”.

A motivação, além da consubstanciação científica pertinente a todos os cursos, tam-bém recebe a inspiração regional do milenar puxirum amazônico em seu caráter agregador de pertencimento existencial ao que se está produzindo, no qual todos agem para alcan-

Outro fator importante a ser destacado a respeito do saber-fazer farinha é a possibilidade de produção final diversificada, oferecendo vários tipos farinha: amarela, farinha d’água, farinha de tapioca, farinha ova etc. Realizando uma analogia, as atividades integrado-ras unificam várias áreas de conhecimento articulando objetivos comuns e gerando uma identidade entre as matrizes curriculares das Licenciaturas, ao mesmo tempo em que produzem resultados diferenciados conforme a especificidade de cada curso envolvido.

Portanto, o Puxirum pedagógico enseja a realização da construção simbólica da farinhada no desenvolvimento da formação acadêmica como meio de reproduzir relações sociais de aprendizagem, de pertencimento ao espaço de ensino/aprendizagem e produção pro-fissional, no encaminhamento integrado da qualidade no ensino, articulando a motivação milenar aos anseios pertinentes ao presente e ao futuro dos cidadãos brasileiros.

O termo Puxirum é um termo da língua indígena Nheengatu que designa mutirão, cooperação e união de pessoas para planejar e realizar ações. Expressa a reunião de esforços em prol de um objetivo comum.

O exemplo de expressão máxima do Puxirum é a “Farinhada”.

Conta a tradição indígena e cabocla, que a “Farinhada” reúne as comuni-dades tradicionais e caboclas num ritual do saber-fazer a manipulação da mandioca (raiz do caule da Maniva) para produzir farinha (além de muitos dos seus derivados: tucupi, bejus, farinha de tapioca etc.) - elemento culi-nário essencial aos povos amazônicos. Em cujo processo se observa um primor de organização e solidariedade, por meio do trabalho coletivo, no qual intercalam trabalho, cânticos e brincadeiras, imprimindo ao fazer essencial uma produção prazerosa entre os partícipes. E por ser realizada por todos os elementos humanos da comunidade efetiva uma aprendiza-gem fundamental para a sobrevivência da mesma.

CARREIRA Interdisciplinaridade: compreendendo o conceito.

“O Puxirum pedagógico enseja a

realização da construção simbólica

da farinhada no desenvolvimento

da formação acadêmica”

Página 3 ANO I , Edição 2

Page 4: Informativo  licenciatura uninorte_#2

Selecionar trechos do texto para estudar facilita o acesso às informações. Mas como eleger essas informações? O que é sublinhar Procedimento de leitura que consiste em grifar (marcar, sublinhar) um número reduzido de pas-sagens do texto com o objetivo de res-saltar as informações que melhor sinteti-zam seu conteúdo. Como trabalhar Além de ser uma es-tratégia de estudo por si só, eleger as informações principais em um texto muitas vezes é a primeira fase para estu-dar utilizando outros procedimentos, como elaborar resumos e esquemas. Sublinhar pressupõe saber selecionar e suprimir informações. O leitor deve res-saltar os dados essenciais para a compre-ensão do texto e omitir os secundários ou irrelevantes. (...) Um procedimento interessante é anotar nas laterais do tex-to, apontando idéias relacionadas ao que foi grifado. Dessa forma, fica mais fácil estudar o conteúdo depois. Identificação do assunto Deve ser i-dentificado, no título, o trecho que evi-dencia o tema tratado pelo texto. Na hora de grifar, termos acessórios como adjetivos, podem ser deixados de lado, pois não interferem na compreensão. Conceitos repetidos e exemplos também não são essenciais. Trechos longos Marcar parágrafos intei-ros dificulta a recuperação das idéias principais na hora de estudar. Palavras isoladas Às vezes, são selecio-nados termos que parecem não fazer

sentido sozinhos. Como a construção sintática nem sempre é linear deve-se buscar a relação entre as partes grifadas. Se a ligação não é evidente deve-se fa-zer anotações laterais para explicá-la. Falta de critério Nem todos os pará-grafos apresentam informações que pre-cisam ser ressaltadas. Antes de sair sub-linhando, é importante ler o material todo para ter uma noção geral do assun-to. Omissão de dados relevantes Procure não ignorar informações importantes. Para corrigir essa falha, anote o que con-siderou essencial sobre o tema Veja se todos os dados relevantes aparecem. Informações descontextualizadas Fo-ram marcados dados soltos somente porque são difíceis de entender ou lem-brar. Faça anotações para contextualizar ou explicar o termo. Adaptado da revista Nova Escola www.revistaescola.abril.com.br

Dicas de estudo e aprendizagem

A Escola das Licenciaturas tem como objetivo a formação para

o exercício da docência em nível fundamental, médio e superior.

Possui cursos específicos para a formação de licenciados em

Geografia, História, Biologia, Computação, Química, Matemá-

tica, Letras Língua Inglesa e Letras Língua Portuguesa.

Todos os cursos são reconhecidos pelo MEC e oferecem certifi-

cação reconhecida em todo o país.

ENTRE EM CONTATO... Opiniões, dúvidas ou sugestões ? Entre em contato conosco do Programa Qualidade de Ensino da Escola das Licenciaturas (PQE) ESCOLA DAS LICENCIATURAS Rua Huáscar de Figueiredo, n. 1730 Telefone: 3212—5067 Diretora: Maria Izolda Barreto Edição: Helenice Ricardo E-mail: [email protected]

Conheça a Es co la das L i cenc ia tu r as

TIRA-DÚVIDAS Profa. Adriana Antony

INFORMES

Realização da 3a. ARE (Provão) No próximo dia 25/06 A Escola das Li-cenciaturas realizará a 3a. ARE.

Não esqueça que o prazo máximo para solicitação de segunda chamada, pelo calendário acadêmico é dia 28/06 e para a realização da segunda chamada, dia 04/07.

Finalizamos o período, desejando boas férias a todos.