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Informativo Edição: XI - Março/2012 - Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego de Minas Gerais MULHERES ROMPEM BARREIRAS E VÃO À LUTA NO MERCADO DE TRABALHO A luta das mulheres por igualdade vem de longa data. Trabalho, estudo, qualificação, melhores salários e oportunidades, bem como o respeito profissional, são pontos primordiais para o gênero. Mas mesmo com as grandes conquistas e independência já alcançadas pelo chamado “sexo frágil”, elas ainda representam mais da metade da população desempregada e, quando ocupada, apresentam menores rendimentos do que os homens. Em Minas Gerais, no último ano, 27.649, mulheres foram colocadas no mercado de trabalho, por meio das unidades de atendimento ao trabalhador do Sistema Nacional de Emprego (Sine), o equivalente a 33,25% do total de colocados. Um número ainda modesto se comparado aos 56.138 homens na mesma situação. Segundo o Boletim Especial sobre Mulheres da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PED-RMBH), embora a taxa de desemprego entre as mulheres, entre 2010 e 2011, tenha caído de 10,7% para 8,6% da População Economicamente Ativa (PEA), esses números continuam piores que entre os homens (redução de 6,4% para 5,5%). No mesmo período, a taxa de desemprego total caiu de 8,4% para 7,0%, a menor da série histórica, que teve início em 1996. Apesar da queda maior entre as desempregadas em relação aos homens, as mulheres seguem como minoria entre os ocupados (45,2%) e representam 57,1% do número de desempregados. A pesquisa apontou também que o rendimento real médio mensal diminuiu para os homens e aumentou para as mulheres em 2011, mas continua bastante desigual. Entre as mulheres, o valor passou de R$ 1.172 para R$ 1.182. Já entre os homens, a variação foi de -5,4%, passando de R$ 1.708 para R$ 1.616. Para aumentar suas chances de inserção no mercado, com qualidade, elas têm buscado, cada vez mais, a qualificação profissional. Em 2011, a SETE qualificou 4.290 trabalhadores em cursos como o de motorista de caminhão, operador de carregadeira, pedreiro em alvenaria, pintor, eletricista e bombeiro hidráulico. Desse total de educandos, prevaleceu a participação do sexo feminino, com 2.415 educandas, correspondendo a 56,29% do número total. Para Maria Aparecida de Paula, 51 anos, as mulheres estão na busca por oportunidades e não deve haver diferenciação entre os gêneros na hora da conquista do emprego. “O que importa é a capacidade de exercer as atividades”, afirma. “Fiquei sabendo que as unidades dos Sines encaminhavam trabalhadores para cursos de qualificação quando fui fazer meu cadastro para ver se tinha alguma vaga com o meu perfil. Não encontrei a vaga, mas tive conhecimento dos cursos e realizei logo dois, pois conhecimento nunca é demais”, comemora Maria Aparecida que concluiu, no final do ano passado, os cursos de motorista de caminhão e operadora de escavadeira. “Ambos os cursos são taxados por serem de homens, mas encarei numa boa, pois tinha outras companheiras”, pontua. O secretário da SETE, Carlos Pimenta, destaca que dentro da meta do governador Antonio Anastasia de tornar Minas o melhor estado para se viver e para trabalhar, é uma prioridade tratar a questão trabalhista das mulheres. “Nas cinco conferências regionais do Emprego e Trabalho Decente, tivemos participação expressiva do público feminino, que esteve também em grande número na estadual. Na etapa nacional, que vai acontecer ainda este ano, vamos levar as discussões sobre a maior participação da mulher no mercado de trabalho e a equidade salarial”, afirma. Em 2012, a SETE vai qualificar 30 mil trabalhadores nas mais diversas áreas profissionais. As inscrições estarão abertas a partir do mês de abril.

Informativo Março - Sete

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InformativoEdição: XI - Março/2012 - Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego de Minas Gerais

MULHERES ROMPEM BARREIRAS E VÃO À LUTA NO MERCADO DE TRABALHO

A luta das mulheres por igualdade vem de longa data. Trabalho, estudo, qualificação, melhores salários e

oportunidades, bem como o respeito profissional, são pontos primordiais para o gênero. Mas mesmo com as grandes

conquistas e independência já alcançadas pelo chamado “sexo frágil”, elas ainda representam mais da metade da

população desempregada e, quando ocupada, apresentam menores rendimentos do que os homens.Em Minas Gerais, no último ano, 27.649, mulheres foram colocadas no mercado de trabalho, por meio das

unidades de atendimento ao trabalhador do Sistema Nacional de Emprego (Sine), o equivalente a 33,25% do total de

colocados. Um número ainda modesto se comparado aos 56.138 homens na mesma situação.Segundo o Boletim Especial sobre Mulheres da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana

de Belo Horizonte (PED-RMBH), embora a taxa de desemprego entre as mulheres, entre 2010 e 2011, tenha caído de

10,7% para 8,6% da População Economicamente Ativa (PEA), esses números continuam piores que entre os homens

(redução de 6,4% para 5,5%). No mesmo período, a taxa de desemprego total caiu de 8,4% para 7,0%, a menor da

série histórica, que teve início em 1996. Apesar da queda maior entre as desempregadas em relação aos homens, as

mulheres seguem como minoria entre os ocupados (45,2%) e representam 57,1% do número de desempregados.A pesquisa apontou também que o rendimento real médio mensal diminuiu para os homens e aumentou para

as mulheres em 2011, mas continua bastante desigual. Entre as mulheres, o valor passou de R$ 1.172 para R$ 1.182.

Já entre os homens, a variação foi de -5,4%, passando de R$ 1.708 para R$ 1.616. Para aumentar suas chances de inserção no mercado, com qualidade, elas têm buscado, cada vez mais, a

qualificação profissional. Em 2011, a SETE qualificou 4.290 trabalhadores em cursos como o de motorista de

caminhão, operador de carregadeira, pedreiro em alvenaria, pintor, eletricista e bombeiro hidráulico. Desse total de

educandos, prevaleceu a participação do sexo feminino, com 2.415 educandas, correspondendo a 56,29% do número

total.Para Maria Aparecida de Paula, 51 anos, as mulheres estão na busca por oportunidades e não deve haver

diferenciação entre os gêneros na hora da conquista do emprego. “O que importa é a capacidade de exercer as

atividades”, afirma. “Fiquei sabendo que as unidades dos Sines encaminhavam trabalhadores para cursos de

qualificação quando fui fazer meu cadastro para ver se tinha alguma vaga com o meu perfil. Não encontrei a vaga, mas

tive conhecimento dos cursos e realizei logo dois, pois conhecimento nunca é demais”, comemora Maria Aparecida

que concluiu, no final do ano passado, os cursos de motorista de caminhão e operadora de

escavadeira. “Ambos os cursos são taxados por serem de homens, mas encarei numa boa,

pois tinha outras companheiras”, pontua. O secretário da SETE, Carlos Pimenta, destaca que dentro da meta do

governador Antonio Anastasia de tornar Minas o melhor estado para se viver e para

trabalhar, é uma prioridade tratar a questão trabalhista das mulheres. “Nas cinco

conferências regionais do Emprego e Trabalho Decente, tivemos participação

expressiva do público feminino, que esteve também em grande número na

estadual. Na etapa nacional, que vai acontecer ainda este ano, vamos levar

as discussões sobre a maior participação da mulher no mercado de

trabalho e a equidade salarial”, afirma.Em 2012, a SETE vai qualificar 30 mil trabalhadores nas mais

diversas áreas profissionais. As inscrições estarão abertas a partir do

mês de abril.

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MERCADO DE PANIFICAÇÃO GANHARÁ NOVOS PROFISSIONAIS NA RMBH

Assessoria de Comunicação da SETE - Rod. Pref. Américo Gianetti, s/n, Edifício Minas, 8º andar, bairro Serra Verde, Belo Horizonte - MG. Telefone (31) 3916-9061

“Em 2011 tivemos grande dificuldade em colocar profissionais qualificados no setor de

panificação no mercado de trabalho, por meio das nossas unidades do Sine. A ideia da Padaria

Escola surgiu exatamente dessa escassez.

Vamos qualificar trabalhadores para

atuarem no mercado de trabalho com

eficácia e dedicação, pois é isso que está

em falta. 2012 será diferente”, afirmou o

secretário de Estado Trabalho e Emprego,

Carlos Pimenta, durante solenidade de

inauguração da Padaria Escola, no Sine

Gameleira, em Belo Horizonte.

O evento de inauguração da Padaria Escola é fruto de uma parceria entre o Governo de

Minas, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (SETE), Serviço Nacional de

Aprendizagem Comercial (Senac Minas) e Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros

Alimentícios (Sincovaga), e irá ofertar curso de Padeiro Confeiteiro, por meio do Programa Senac

de Gratuidade (PSG).

A primeira turma do curso, com início no dia 26 de março, terá 20 alunos e carga horária de

230 horas/aula, sendo 4 horas por dia. As aulas serão realizadas no Sine Gameleira, localizado à

rua Cândido de Souza, 510, bairro Nova Cintra.

As inscrições para o curso de Padeiro Confeiteiro deverão ser feitas, até 16 de março, por meio do

site . Os interessados devem ser alunos que

estejam cursando ou já tenham concluído a educação básica e para trabalhadores empregados

ou desempregados com renda per capita de até 2 salários mínimos.

Números do Setor de panificaçãoDe acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),

durante o ano de 2011, o setor de panificação admitiu 6.880 trabalhadores, em Minas Gerais.

Comparando os anos de 2010 e 2011, o setor apontou crescimento no número de admitidos de

11,06%, uma vez que 6.195 trabalhadores foram inseridos no mercado de trabalho em 2010.

www.mg.senac.br/programasenacdegratuidade

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Secretário Carlos Pimenta, e representantes do Senac Minas e Sincovaga durante inauguração da Padaria Escola.