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INFORMATIVO Nº 80 - aic-brasil.comaic-brasil.com/wp-content/uploads/2017/06/Informativo-AIC-2017-80.pdf · muito bem tirar dos ricos para dar aos Po-bres, sem usar só as forças

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INFORMATIVO Nº 80

EXPEDIENTE ÍNDICE

Editorial A Redação ......................................... 02

400 anos nos encorajam a olhar para o futuro!Marleide Fernandes ......................... . 03

Ano JubilarPe. Tomaž Mavrič, CM .................... 04-05

Oração AIC para o Ano Jubilar....................... 06

Celebrando 400 anos do Carisma Vicen-tinoA Redação .................................... 07-09

Notícias em FlashNacionais ..................................... 10-15Internacionais .................................... 16Família Vicentina .......................... 17-18

FormaçãoManual completo AIC 2017 ......... 19-40

Janeiro/Junho - 2017

REDAÇÃO SEDE:Associação Regional da Caridade

de SVP do Ceará(Da Associação Internacional

de Caridades - AIC)CNPJ: 07.356.793/0001-25

R. Antônio Augusto, 2346 - Joaquim TávoraCEP: 60110-371 - Fortaleza - Ceará

CONSELHO EDITORIAL:Marleide Barros Fernandes

Presidente Nacional da AIC Brasil

Sumaia Sahade de AraújoComitê Diretivo Internacional

Iranete Balbino Guimarães e SilvaCoordenadora da 1ª Região

Tesoureira do Regional Ceará

Padre Mizaél Donizetti PoggioliAssessor Espiritual da AIC-Brasil

Ana Celsa de Magalhães BarrosoMT Reg 475/03/1980

Serviço Nacional de Relações Públicas-RP Serviço Nacional de Boletim

TESOUREIRAIranete Balbino Guimarã[email protected]

TIRAGEM400 exemplares

FALE [email protected]

DIAGRAMAÇÃO-IMPRESSÃOGráfica Tiprogresso

www.tiprogresso.com.br

Os artigos publicados nesta Edição foram editados na íntegra e são de inteira res-ponsabilidade dos seus autores e/ou co-laboradores. E, em caso de serem trans-critos, a AIC deve ser citada como fonte.

NR: A numeração deste ifnromativo dá sequência ao último Boletim Nacional editado em 2011 com nº 77.

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Li isso em algum lugar e esses dias es-tava me dando conta de como a aco-modação em fazer as coisas para Deus

nos prejudica... Primeiro, que se não nos prepararmos e nos revestirmos sempre das “armaduras de Deus”, podemos ser pegos de surpresa pelos dias de desafios e tenta-ções.

Segundo, que Deus não se conforma com a mesmice JAMAIS, constantemente “Ele sacode a figueira” para ver quem está firme e quem está vacilante.

E em meio a um turbilhão de sentimen-tos, a reunião “virtual” do Conselho Edito-rial para decisão da pauta desta edição teve unanimidade por lançarmos uma EDIÇÃO ESPECIAL DO BOLETIM, como fonte de informação e divulgação dos dois eventos que registrarão nossa história: Assembleia e peregrinação na França e a Assembleia Nacional e o Fórum da Caridade, em Sal-vador/Brasil.

Eis-nos aqui, convocados a fazer o ca-minho com Jesus, a escutar o clamor dos excluídos. E isso implica em abandonar as estreitezas dos nossos caminhos e deixar o nosso coração bater no ritmo do Espírito.

Como padre, Vicente de Paulo sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos Po-bres, sem usar só as forças dos braços, mas a força do coração. E celebrar a origem do Carisma Vicentino nos coloca em dois lu-gares onde Vicente de Paulo viu os traços de Deus na sua vida e iniciou as obras de caridade: Folleville e Châtillon!

Era janeiro de 1617. Em Follevil-le, Vicente de Paulo começa em A EVANGELIZAÇÃO DOS POBRES, com os padres, organizando-os em missões. Em agosto, começa em Châtillon O SERVIÇO AOS POBRES, com as Damas e, para organizar, fundou as Confrarias da

Caridade, hoje AIC, reconhecida pela San-ta Sé, em dezembro daquele mesmo ano.

400 anos do Carisma Vicentino! Desde o dia 25.01, pela primeira vez

nesses 400 anos, o Relicário com o CORA-ÇÃO DE SÃO VICENTE percorre o chão, nas estradas da França, passando por to-dos os locais em que ele nasceu, viveu e morreu. Podemos acompanhar tudo pela TV Ozanam, da SSVP - www.ozanam.tv

“Eu era estrangeiro e vocês me acolhe-ram…” Foi o tema escolhido para nossas reflexões e ações este ano, fundamentado nas palavras de Jesus em Mateus 25, 31-46. O Ano da Acolhida ao Estrangeiro. O lan-çamento oficial deve ser feito no próximo dia 15 de maio, na Festa de Pentecostes.

Portanto, o Senhor, do alto do céu, “sa-code a figueira” e nos coloca na linha de frente dessa missão pelos Pobres.

Aprendemos a lição! Não podemos nos acomodar quando optamos por servir a Deus!

Nesta Edição trazemos a palavra de nossa presidente, Marleide Fernandes; a Carta-circular do Superior Geral e Coorde-nador Internacional da FAMVIN, Pe Tomaz Mavrič; notícias nacionais, internacionais e da FAMVIN. Informações sobre as Assem-bleias (Châtillon/França e Salvador/Brasil) e o caderno completo de Formação para 2017.

Que nessa caminhada rumo aos 400 anos do Carisma Vicentino, possamos ge-

rar, cada vez mais, frutos de amor, fraternidade e

caridade entre nós e com os Pobres,

p r o m o v e n d o M U D A N Ç A S S I S T Ê M I C A S

e reescrevendo uma nova história!

Porque Deus é bom, nos deixa plantar o que quisermos...Porque Deus é justo, nós colhemos o que plantamos!

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É interessante como todos os ramos da Família Vicentina

estão voltados para a comemoração dos 400 anos do evento de Châtillon onde nasce o Carisma Vicentino. Evento esse, que mesmo com todas as dificuldades enfrentadas não perderam a coragem de continuar na luta contra todas as formas de pobreza. Somos privilegiados! Fomos chamados a Servir a Deus na pessoa dos pobres, vivendo a solidariedade e amor fraterno.

É necessário reascender a chama da caridade vivida pelo nosso Fundador São Vicente de Paulo que viveu esse amor fraterno junto aos mais esquecidos da sociedade. Hoje as pobrezas são outras, são os imigrantes e refugiados fugindo da guerra e das perseguições, os idosos abandonados em sua solidão, os dependentes químicos, os desempregados e tantos outros. Como disse o atual Superior Geral da Congregação da Missão e Coordenador Internacional da FAMVIN, Pe Tomaz Mavrič, CM: nosso “coração está pleno de gratidão e de alegria por este dom do Céu, ocasião para toda a Família Vicentina de celebrar, ao longo de 2017, o 400º aniversário do Carisma Vicentino que deixou durante estes 400 anos e continua deixando hoje marcas profundas do amor incondicional de Jesus pelos pobres do mundo”.

Ele também nos lembra, que o

400 anos nos encorajam a olhar para o futuro!

evento de Châtillon tem mudado o mundo neste 400 anos. O evento de Châtillon dá vida a um trecho do Evangelho no coração de nosso chamado vicentino. Em Mateus 25,35 “Eu era estrangeiro e me acolheste” Com a busca aos estrangeiros do nosso tempo mostramos solidariedade ao evento de Châtillon.

Quem são os estrangeiros de nosso tempo? São muitos: os refugiados que fogem da opressão e pobreza,

os migrantes que buscam vida nova, os desabrigados em suas cidades devido às guerras, os sem teto, os idosos em sua solidão e abandono, os dependentes químicos e tantos outros.

Muitas dessas pessoas já conhecem o trabalho dos membros da FAMVIN.

Como vimos, as pobrezas continuam e nos desafiam a olhar para o futuro.

Estamos terminando um ciclo e dando início a outro, mas não podemos esquecer de que também éramos estrangeiros e Vicente nos acolheu em sua obra, nos alimentando com a constante frase “O amor é inventivo até o infinito”, portanto sejamos inventivos no novo século que se abre à nossa FAMVIN, como foi o visionário Vicente de Paulo.

Marleide Fernandes

Presidente Nacional AIC Brasil

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Prezados membros da Família Vicentina, a graça e a paz de Jesus estejam sempre conosco!

Meu coração está pleno de gratidão e de alegria por este “dom do céu”, ocasião para toda Família Vicentina de celebrar, ao longo de 2017, o 400º aniversário do carisma vicentino que deixou, durante os últimos 400 anos e continua deixando ainda hoje, marcas profundas do amor incondicional de Jesus no mundo!

No decorrer deste ano, a Família Vicentina escolherá diferentes datas para o início das celebrações. Alguns ramos já começaram, outros começarão mais tarde. No entanto, há uma data que é a fonte, a origem desta celebração, o início do “caminho de São Vicente de Paulo”, o começo do carisma vicentino: 25 de janeiro de 1617 no vilarejo de Folleville, na França.

Foi neste pequeno vilarejo que Vicente foi tocado pela imensa pobreza espiritual dos camponeses. Alguns meses mais tarde, na cidade de Châtillon, ele fez a experiência da enorme pobreza material que deu origem às Damas da Caridade, conhecidas atualmente pelo nome de AIC, que dão um belo testemunho do carisma vicentino através do mundo. Vicente começou por incentivar as pessoas a mudar de vida interiormente, para ir ao encontro dos que estavam ao seu redor e passavam por necessidades materiais. Ele fez ao mesmo tempo a experiência de sua própria conversão, consagrando-se totalmente aos que eram pobres de espírito e materialmente e, suscitando a colaboração de tantas pessoas que seguiram os seus passos, para fazer do Evangelho uma realidade “aqui e agora” para milhões e milhões de pessoas durante os 400 anos, percorridos desde esta época. Esta missão não terminará até que a Caridade seja globalizada, até que a Caridade tenha abraçado todos os recantos do mundo e tocado o coração de cada pessoa!

O tema do ano Jubilar, que nos acompanhará ao longo dos doze meses é: “Era estrangeiro e me acolhestes…”. Numerosas e incríveis iniciativas já existem dentro da Família Vicentina para celebrar o aniversário dos 400 anos do carisma vicentino em todos os recônditos do mundo em âmbito local, nacional e internacional e, há outras ainda por vir. Todas estas iniciativas fundamentam-se nas palavras de Jesus retiradas de Mateus 25, 31- 46, tão estimadas pelos Vicentinos e por todos os que abraçam o carisma de Vicente de Paulo: “Era estrangeiro e me acolhestes...”.

Atentos exteriormente ao grito dos pobres, não devemos esquecer de olhar para o interior, para o grito do pobre em nós, para a pobreza que há em nós e que clama por ajuda, suplicando a liberdade, a redenção. Foi o reconhecimento e a admissão feita por Vicente de sua própria pobreza que o levaram a purificar seu coração, esse coração que batia bem forte pelas pessoas marginalizadas da sociedade! A abordagem de Vicente sobre a pessoa não consistia em uma teologia “do alto”, mas sim, na pessoa

Ano jubilar 400º aniversário do Carisma Vicentino

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a partir de sua própria pobreza, a abordagem de uma teologia “de baixo”. Acolher o estrangeiro que está em nós, que vive em cada um de nós, abraçar este estrangeiro, aceitá-lo, em seguida entregar tudo a Jesus para curar nossas feridas, entregarmo-nos totalmente a Ele e confiarmos inteiramente em sua Providência: este era o caminho de Vicente. Que assim seja também para cada um de nós!

Os duradouros frutos destes 400 anos são visíveis através dos milhares e milhares de membros dos numerosos ramos da Família Vicentina que nos precederam e viveram, o melhor possível, à maneira de Vicente, de acordo com o carisma vicentino. Agora é a nossa vez.

Além das numerosas iniciativas que iremos implementar ao longo do ano 2017 para celebrar o aniversário dos 400 anos do carisma vicentino, gostaria de incentivar e desafiar cada membro da Família Vicentina, cada um de nós, com uma outra iniciativa comum, que não é nova. Muitos se aplicarão para realizá-la em diferentes âmbitos, nas diferentes partes do mundo, de uma maneira especial durante este ano jubilar. De um lado, a iniciativa é antiga, antiguíssima, de outra parte, ela é sempre nova, constantemente nova, como o Evangelho!

Refiro-me às novas vocações para a vida consagrada nas diferentes Congregações existentes dentro da Família Vicentina e aos novos membros nos ramos leigos. É evidente que a iniciativa vem sempre de Jesus, mas devemos cooperar e ajudar a pessoa que Jesus chama à vida consagrada ou a tornar-se membro de um ramo leigo da Família Vicentina, de forma mais integral possível, para que este chamado se torne realidade.

A iniciativa é a seguinte: cada um de nós, de maneira coletiva, em grupo ou individualmente, durante este ano jubilar, estabelecerá concretamente este objetivo: rezar, estar atento, buscar, encorajar e convidar um novo candidato à vida consagrada, numa das Congregações da Família Vicentina ou para se associar como membro em um dos ramos leigos. Seria isto algo utópico? Uma quimera? Com Jesus tudo é possível!

Graças a esta iniciativa, esperamos que novas vocações e novos voluntários se apresentem abundantemente durante o ano do Jubileu. No futuro, outros poderão se unir a nós, como fruto do aniversário dos 400 anos. Nada é impossível para Jesus e somos convidados a fazer o possível para colaborar com Ele, a Providência fará o resto.

A iniciativa e o nosso desafio são claros. Cada membro de uma Congregação dentro da Família Vicentina fixará para si mesmo este objetivo: eu me ofereço como um instrumento a Jesus para levar um novo candidato à Congregação a que pertenço. Os membros dos ramos leigos da Família Vicentina agirão do mesmo modo, a fim de conquistar um novo voluntário para o seu próprio ramo, durante este ano jubilar. Nada mais, nada menos!

Prossigamos neste ano de graça com as palavras de São Vicente de Paulo:“Desejo-vos um novo coração e um amor todo renovado por aquele que nos ama

incessantemente e com tal ternura como se começasse agora a nos amar. O prazer de Deus é sempre novo e cheio de variedade, embora não mude jamais” (SV. I, Carta 288, pág. 470).

Que a intercessão de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, de São Vicente de Paulo e de todos os outros bem-aventurados e santos da Família Vicentina nos acompanhe durante este ano do Jubileu! Seu irmão em São Vicente,

Tomaž Mavrič, CM Superior geral

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Para celebrar a data, foi lançada a logomarca oficial (ao lado), criada pelo Pe. Alexis Cerquera Trujillo, sacerdote misionário da Congregação da Missão, da Provincia de Paris. Diplomado em Arte Sacra pelo Instituto Catolico de Paris.

A imagem é composta por um círculo (que representa o mundo, a história, a vida) formado por várias linhas coloridas (simbolizando os Ramos da Família Vicentina). “Estas linhas ou raios simbolizam as Congregações, grupos, associações fundadas a partir do carisma vicentino. Eles também simbolizam a sociedade, com suas imperfeições e alegrias, esperanças e fraquezas”, explicou o padre Alexis, que apresentou a arte no site internacional da Família Vicentina.

Ainda de acordo com a explicação do padre, as estrelas da logomarca remetem aos dois lugares teológicos onde Vicente de Paulo viu os traços de Deus na vida dele e que iniciou as obras de caridade: Gannes-Folleville e Châtillon-les-Dombes, ambas na França. Já a cruz que corta o desenho representa a ressurreição de Cristo e a festa de Pentecostes. “A cruz nos lembra que é sempre um sinal de um novo espírito que vive dentro de nós e nos convida a viver como Família Vicentina em nosso mundo”, completa o padre.PROGRAMAÇÃO GERAL

A partir de 15 de maio deste ano, os líderes da Família Vicentina terão a responsabilidade de desenvolver um processo de reflexão e consulta no respectivo Ramo, trabalhando estreitamente com as equipes nacionais e regionais, sobre as seguintes perguntas: 1) Quem são os estrangeiros ao nosso redor? 2) Como estamos dando nosso apoio atualmente? 3) Quais as novas necessidades que estão surgindo? 4) Como podemos responder a estas necessidades? 5) Somos nós os estrangeiros necessitados de acolhida?

As respostas a estas perguntas serão compiladas em outubro de 2017 e o resultado delas transformado em um plano de trabalho ao ano seguinte. Padre Gregory Gay dá pistas que podem orientar os trabalhos das pessoas que se dedicarão ao projeto, principalmente, elucidando o público-alvo da iniciativa. “São muitos: os refugiados que fogem da opressão e da pobreza; os desabrigados em suas cidades devido a guerras civis; os migrantes que buscam uma vida nova; os sem-teto; os enfermos físicos ou mentais; aqueles que sofrem discriminação por sua fé, raça ou cor; o jovem ou o ancião solitário e vulnerável. Muitas destas pessoas e situações já estão familiarizadas com o trabalho dos membros da Família Vicentina em nível global”.

celebrando 400 anos docarisma Vicentino

ORAÇÃO DA AIC PARA O ANO JUBILAR POR OCASIÃO DO

400º ANIVERSÁRIO DE NOSSA FUNDAÇÃO

Te agradecemos profundamente Senhor, Pai misericordioso, por nos ter escolhido

para fazer parte da AIC que continua a missão das Cofrarias da Caridade

fundadas por São Vicente de Paulo há 400 anos.Concede-nos as graças que necessitamos para continuar

colaborando com esta maravilhosa obraem favor das pessoas que vivem em situação de pobreza -

na construção de um mundo mais justo e igualitário;Ajuda-nos a transmitir teu imenso amor a nossos irmãos,

levando o entusiasmo e a esperançapara que sejam parte ativa de seu próprio desenvolvimento;

Ensina-nos a ser dóceis à tua vontade;Dá-nos a fortaleza que necessitamos para ser na Igreja verdadeiros obreiros que trabalhempara ser força transformadora na sociedade;

Suscita vocações para que tenhamos a cada dia mais voluntárias AIC no mundo,

plenamente convencidas de que:“Tudo que fizerem a algum destes mais pequeninos que são meus

irmãos, é a mim que o fizeram” (Mt 25,40).Te pedimos por nosso Senhor Jesus Cristo Teu Filho,

que vive e reina contigo na unidade do Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.O

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Como a AIC vai celebrar o 400º aniversário do Carisma Vicentino

Na FrançaO mundo Vicentino se mobiliza para

comemorar os 400 anos de instituição do Carisma Vicentino, fundado e/ou inspirado em São Vicente de Paulo, o Santo que, em 1617, nesses dois locais, transformou a realidade local na França daquela época, tão cheia de guerras e doenças.

Folleville - Comuna francesa (unidade básica de organização territorial da França) na região administrativa da Picardia, no departamento de Somme. Estende-se por uma áre a de 6,09 km². No censo mais recente, a comuna tinha 148 habitantes.Châtillon-sur-Chalaronne é tam-bém uma comuna francesa na re-gião administrativa de Ródano-Al-pes, no departamento de Ain. No último censo, tinha uma popula-

ção total de 4.922 habitantes.A programação começa dia 08.03, com a Celebração de Abertura, ao

meio dia, na Catedral de Notre Dame seguida de uma peregrinação que inclui vários locais, como Dax, Lyon, Folleville e Châtillon, onde de 11 a 16.03, haverá a Assembleia Internacional da AIC.

Do Brasil, uma delegação de 8 (oito) volutárias dos Regionais Paraíba(2), Ceará(4), Belém(1) e Rio de Janeiro(1) estará presente, vivenciando as emoções dessas Celebrações e comemorações junto com Associações do mundo inteiro, representando a nossa AIC Brasil!

No Brasil

Eis a logomarca do XXVII Encontro Nacional da AI-C-Brasil!

Mãos erguidas, desse povo brasileiro acolhedor e sofrido, alegre e cheio de esperanças! E assim estamos todos nós: unidos à Bahia, ao Brasil e à França, com a AIC Internacional, para comemorar o 400º aniversário do Carisma Vicentino!

E assim, vamos conferir nesta edição mais algumas informações e “dicas” sobre o evento, que a Comissão

de Organização nos enviou, pois, segundo a voluntária Acácia Sacramento (Coor-denadora Geral das 11 Comissões), “logo que estejam confirmadas algumas pre-senças e mais detalhes, serão enviados a todos (por e-mail) juntamente com a PRO-GRAMAÇÃO OFICIAL, aguardem”!

A Assembleia começa com o Check-in das voluntárias e participantes a partir das 14h, do dia 16, com a chegada no hotel. Que belezas naturais e conforto! Nes-sa mesma noite, teremos a Celebração Eucarística de abertura que será presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Salvador, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger e concelebrada pelos demais Padres convidados. No dia seguinte (17) será a aber-tura do Fórum Vicentino da Caridade, com palestras e oficinas, além da Missa festiva em Comemoração aos 400 Anos do Carisma Vicentino. No dia 20, haverá a “Noite de Brilho da AIC”, onde juntas faremos nossa confraternização e as despe-didas. O Encontro termina na manhã do dia 21, com o check-out e as despedidas antes do almoço.

Aproveitamos a oportunidade para informar, mais uma vez, que o valor total desse momento inesquecível para nossa caminhada é de R$ 1.980,00 por pessoa, para quarto duplo, incluindo café, almoço, jantar e os dois coffe-breaks (lanches), além dos transferes aeroporto-hotel-aeroporto. Esse valor deverá estar pago até o dia 30.05. Confiram as instalações do Grand Hotel Stella Maris Resort e confirmem suas presenças! Vale a pena um esforço a mais para tão forte data e celebrações!

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O núcleo Praia de Leste fica no litoral do Paraná, e tem 15 voluntárias. É um Núcleo bem jovem, foi fundado em 2008. Mas tem um trabalho atuante junto a população carente. E, conta com o apoio das Filhas da Caridade que moram na cidade. Visitamos uma escola municipal que tem um projeto de aulas de Taekwondo para crianças da comunidade. A AIC apoia diretamente 10 crianças. Também possuem um espaço onde fazem suas reuniões e tem um Bazar que funciona todos os dias, com revezamento das voluntárias. O que sustenta a associação e suas necessidades. Fomos um grupo de 26 voluntárias de Curitiba.

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PraIa dE lEstE-Pr 02.05.2016

AIC Mafra possui 12 voluntárias. Tem sede própria, e existe há mais de 60 anos. É uma referência na cidade. Trabalha diretamente com mulheres da co-munidade. Fazem acolchoados de lã de carneiro. E elas participam de todo o processo, lavagem, separação, cardação, e confecção dos acolchoados. Também tem uma forte parceria com o Lar dos idosos Francisco de Assis. Nos-sa reunião foi muito proveitosa, pois participaram 2 padres da Congregação da Missão, Padre Geraldo Valenga e Padre Clóvis, da Pastoral Vo-cacional, e tive-mos também um casal da Confe-rência da SSVP local. Fomos um grupo de 15 vo-luntárias.

MaFra - sc 08.08.2016

REGIONAL PARANÁ

Nesses tempos tão modernos apesar de toda a tecnologia de smartphones, whatsApp e tantos outros meios de comunicação, na AIC ain-da não é assim. E o Regional Paraná arriscou uma maneira de conversar mais de perto com um número maior de voluntárias. E deu certo! Vamos saber como elas fize-ram e os resultados obtidos.Durante anos a reunião mensal de di-retoria e presidentes de núcleos é reali-zada na sede da AIC- Regional Paraná. Ano passado, num lampejo de ousadia, assim podemos dizer, a Presidente do Regional, Myrian Dossi e sua Diretoria, resolveram fazer as reuniões mensais

itinerantes, isto é, fora da sede. O Regional tem 15 (quinze) Nú-cleos, sendo 9 (nove) em Curitiba

e 6 (seis) espalhados pelo inte-rior. A maioria não conhece o

trabalho de outros Núcleos, muitas voluntárias entram

e saem sem saber o que re-almente é a Associação. As

voluntárias que tem mais tempo de AIC, nem motivação têm, pois

tudo é sempre do mesmo jeito. Diante da constatação de que, nos Encontros do Regional, nem sempre TODAS as volun-tárias conseguiam estar presente e nas reuniões, idem. Com essas reuniões elas ousaram propondo mudança.

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rEUnIÕEs ItInErantEs UMa IdEIa InoVadora!

Nesses tempos tão modernos apesar de toda a tecnologia de smartphones, whatsApp e tantos outros meios de comunicação, na AIC ain-da não é assim. E o Regional Paraná arriscou uma maneira de conversar mais de perto com um número maior de voluntárias. E deu certo! Vamos saber como elas fize-

itinerantes,O Regional tem 15 (quinze) Nú-cleos, sendo 9 (nove) em Curitiba

e 6 (seis) espalhados pelo inte-rior. A maioria não conhece o

trabalho de outros Núcleos, muitas voluntárias entram

e saem sem saber o que re-almente é a Associação. As

voluntárias que tem mais tempo

O Núcleo de Imbituva fica a 181 Km de Curitiba, tem 11 voluntárias que fazem um trabalho belíssimo na cidade e nos interiores. Onde só se entra de carroça.Exemplo: Encontraram 4 famílias com hanseníase, sem nenhum tratamento, foi tanta a surpresa do estado da família e sem recursos para atendê-los naquele momento , tiveram que desinfetar as mãos com água sanitária. E depois, puderam encaminhá-los para atendimento adequado. De Curitiba fomos 22 voluntárias de 9 núcleos. A acolhida pelo grupo local foi maravilhosa. Ficaram responsáveis pela espiritualidade, leitura do Livro Um olhar de Caridade (Pe. Mizaél) e reflexão com todas. Contaram o que fazem, como fazem, qual o trabalho realizado junto às pastorais da Igreja, o apoio da comunidade. As anfitriãs nos brindaram com um delicioso almoço e, após, um city tour pela cidade e um café, antes do retorno à Curitiba.

IMBItUVa-Pr. 1ª. VIsIta - 04.04.2016

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REGIONAL PIAUÍ

XI Encontro da 1ª rEgIão da aIc - BrasIl

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O Regional Piauí, em sua acolhedora capital Teresina, recebeu os três Estados do Nordeste que formam a 1ª Região da AIC-Brasil (Ceará, Piauí e Maranhão) para o XI Encontro da 1ª Região da AIC - Brasil que aconteceu de 25 a 28 de agosto de 2016. Tudo foi organizado com muito carinho pelas voluntárias locais juntamente com a Presidente Nacional, Marleide Fernandes e a Coordenadora da Região, Iranete Balbino. O Encontro foi no agradável Hotel, o Blue Tree Towers Rio Poty, com hospedagens confortáveis, no sistema “all inclused”.Éramos cerca de 80 voluntárias dos Núcleos e das sedes dos Regionais do Ceará, Ipú, Piauí e Maranhão. A programação teve como tema central: “Ancorados no Evangelho, com São Vicente revitalizamos a missão” e foi abordado através palestras de formação e informação, apresentações das atividades e ações dos Regionais e seus Núcleos, além de partilha, convivência e noites culturais, cada uma ilustrada pelos folclores dos respectivos Regionais. Parabéns à Diretoria do Regional anfitrião, que teve à frente as voluntárias, Graça Davis, Mara Lobão e Vera Macedo. Foi maravilhoso!

Delegação do Regional Maranhão

Delegação do Regional Piauí

Delegações dos Regionais Ceará e Ipú, com a presidente Nacional,

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cUrIÚVa-Pr 05.09.2016 Curiúva fica a 280 Km de Curitiba. Tivemos que sair muito cedo para dar tempo de fazer a reunião e retornar. A Associação nesse Município tem 12 voluntárias que contam com a colaboração de toda a cidade. As voluntárias são um exemplo de ação aguerrida pelo projeto de São Vicente. Tem salas de atividades, como costura, alfabe-tização, convivência. E um Centro de Convivência construído com recursos gerados pela administração dos bens. Tudo voltado para a comunida-de carente. Ajudam idosos, tem atividades com as mulheres, e apoiam projetos com crianças e jovens. Fomos um grupo de 14 voluntárias.

PrUdEntÓPolIs - 23.09.2016Grupo que foi resgatado pelo Padre Marco Aurélio Costa, CM. Encontrou o grupo totalmente fora de vivência do carisma, com pessoas que deturpavam as atividades e não privilegiavam quem mais precisava. Fomos, apenas, 4 voluntárias, Regina, Maria Glaci, Marli e Myrian, para conhecer, reavivar o Carisma e participar do início da Semana Vicentina. Foi uma experiência bem proveitosa. Ouvíamos muitos comentários, que nunca imaginaram como era, que foi muito bom ter visitado os grupos. Ao todo atingimos 141 voluntárias. Segundo Myrian Dossi, presidente do Regional Paraná, “a pretensão dessas Reuniões Itinerantes é sair do comodismo, mudar o olhar do que estamos fazendo, nos dar a conhecer e conhecermos outras realidades onde estão. Outra intenção é incentivar o trabalho colaborativo da família vicentina. Onde houver mais de um ramo, convidá-los a interagir conosco na vivência do Carisma. Sem fronteiras institucionais. Somente sendo filhos e filhas de São Vicente”.

Myrian dossi é reeleita Presidente do

regional Paraná!Relizou-se na Pousada Villa Ra-mos, um Centro de Retiros próxi-mo à Cerro Azul (54 Km de Curi-tiba), de 02 a 04 de dezembro passado, a XIV Assembleia AIC Paraná com o tema: "O sonho da rede AIC Rumo aos 400 Anos. A Presidente Nacional, Marleide Fernandes, prestigiou o evento em que foram trabalhados temas como: pertença, virtudes, plane-jamento, ética e projeto. Durante a Assembleia, Myrian Dossi (foto) e sua Diretoria fo-ram reeleitas para mais um mandato e desejamos que Deus as ilumine e São Vicente in-terceda por todas, diante de cada de-safio!

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rEgIonal cEarÁ da ProVÍncIa VIcEntIna EM FortalEZaaBrE as coMEMoraÇÕEs dE 400 anos do carIsMa VIcEntIno

coM cElEBraÇão EUcarÍstIca

Alguns ramos já começaram, outros começarão mais tarde. No entanto, há uma data que é a fonte, é origem dessa celebração, pois é o início do “caminho de São Vicente de Paulo”, o começo do Carisma Vicentino: 1617, em CHÂTILLON, vilarejo a nordeste de Lyon.

No Brasil alguns Ramos da Família Vicentina já realizaram alguns eventos. Em Fortaleza, sede do Regional Ceará/AIC Brasil e, também, da Província Vicentina no Estado, temos sete Ramos da Família Vicentina: AIC, CM, FC, JMV, AMM, SSVP e SC (Servas da Caridade). Unidos e reunidos, organizamos a programação local, que começou no dia 28.01.2017 com uma significativa Celebração Eucarística de abertura das atividades da FAMVIN e envio das missões em nosso Estado.

A Santa Missa foi na Igreja dos Remédios (Av. da Universidade, 2974 - Benfica), às 18h30, presidida pelo visitador da Província, Padre Silvio Mitozo, CM e concelebrada pelos demais padres da CM.

Em seguida houve uma confraternização entre os Ramos presentes no salão Paroquial. Lamentamos a ausência de um dos Ramos, as Servas da Caridade, que por compromissos já agendados, ficaram impossibilitadas de comprarecer.

Vamos conferir nas fotos a alegria da FAMVIN nesse dia!

REGIONAL CEARÁ

Padre Silvio Mitozo, demais padres e seminaristas da CM

Ir. Ana Amélia e Ir. Vilaneide, FC e o bolo doado pela querida voluntária, Consuelo Dias Branco, homenageando SV nesses 400 anos.

Procissão de entrada

Filhas da Caridade; SSVP e JMV

Sentadas esq.-dir.: Iranete Balbino, (Coord. 1ª Região e tesoureira do Regional), Albanisa Gondim, ex pres

Regional e mãe de Ana Lúcia e Beatriz Philomeno Gomes (Cons. vitalícia e ex-pres. Nacional).

De pé: Ana Lúcia Gondim, pres Regional Ceará.Ir. Vilaneide Ferreira, FC

leu o texto de envio.

Esq.-dir.: SSVP - Confrade Aldo Alencar e a Consórcia Yacira Barbosa, pres. e vice-pres. do CMFFC - Ir. Vilaneide, Coord. da FAMVIN no Regional

AIC - Ana Celsa, voluntária resp SNRP, Formação e BoletimBeatriz Philomeno, conselheira vitalícia e ex-pres nacional

Representantes locais dos Ramos da FAMVIN no Regional Ceará:Frente: JMV (Catarina Érika; AIC (Ana Lúcia Gondim; SSVP (Marcelo Chaves e Aldo Alencar);

AMM (José Cláudio Oliveira). Atrás: CM (Pe Silvio Mitozo, quarto da esq-dir) FC (Ir. Ana Amélia Guedes, Visitadora da Província), demais padres e seminaristas da CM.

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ProJEto BrasIlEIro “costrUIndo a PaZ”É aPrEsEntado no FÓrUM IntErnacIonal da UnEsco

(Querétaro, México)

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Transcrevemos a alegria das queridas Alícia e Maria Eugenia ao comunicar à Marleide a emoção desse momento.

“Queridas amigas:Saúdo a todas com muito carinho e também suas famílias. Com grande

prazer informo que nos dias 4 e 5 de novembro, Maru e eu, assistimos ao FÓRUM INTERNACIONAL organizado pela UNESCO em Querétaro, no México. O tema central foi "promoção para a construção da paz" com o ONG´s.

Foi uma experiência muito agradável assistir a esse evento, onde fomos convidados, cada um dos representantes das ONGs, a apresentar um projeto onde tivéssemos ajudado a construir a paz. Como era difícil escolher apenas um, tomamos a iniciativa (junto com as meninas da Secretaria) para apresentar quatro Projetos que têm muitos elementos em comum. E foi assim como tivemos a oportunidade de compartilhar o projeto brasileiro que Marleide coordena, que tem uma relação com o tema "Paz e crianças". Como a apresentação tinha que ser rápida (para dar oportunidade de apresentar todas as ONGS), fizemos um resumo, que compartilhamos com vocês. E incluímos algumas fotos para que se sintam orgulhosas desse trabalho.

Nossa apresentação foi muito boa e tivemos excelentes comentários. Da mesma forma, encheu-nos de esperança, vendo que assim muitos grupos tem iniciativas nesse sentido, agora estamos mais seguras de que, com todos unidos, conseguiremos alcançar a paz que desejamos.

Despeço-me, mas uma vez, parabenizando-as pelo excelente trabalho em seus grupos, desejando que Cristo e são Vicente nos acompanhem sempre”,

Alicia Duhne y María Eugenia Magallanes

confrade renato lima de oliveira é o novo presidente geral da ssVP e divulga carta circular 2017

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Com o lema de gestão “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9, 35b), tomou

posse em setembro passado (09.09.2016 - data litúrgica do Bem-aventurado Antônio Frederico Ozanam), o novo Presidente Geral Internacio-nal da Sociedade de São Vicente de Paulo, con-frade RENATO LIMA DE OLIVEIRA.

O confrade Renato é de Brasília (DF), mem-bro das Conferências São Francisco de Assis Re-nato é casado, jornalista da Anatel, autor de livros e membro da SSVP há 30 anos.

A missa de posse foi celebrada pelo superior-geral da Congregação da Missão, Pe Tomaz Mavrič, CM e concelebrada por vários outros sacerdotes vicentinos.

O seu mandato é de seis anos, começando agora, em 09.09.2016, indo até 2022. O planejamento estratégico do novo presidente geral é composto por 20 projetos, que serão implementados ao longo do mandato. Na foto Renato com os 11 membros da Diretoria, escolhidos por ele, representantes dos cinco continentes: Índia, Canadá, Botsuana, Argentina, França, Irlanda e Austrália.

Uma das novidades de sua gestão é a criação dos “anos temáticos”, sendo 2017 declarado como “Ano Temático de Bailly”. Emmanuel Joseph Bailly foi o primeiro presidente geral da SSVP e escreveu a primeira Carta, em 1841, onde o Conselho Geral emitiu inúmeras recomendações sobre a fidelidade à Regra, a organização e hierarquia da Sociedade de São Vicente de Paulo, a visita aos Pobres e as relações cordiais com outras instituições beneméritas. Dia 31.01.2017, o Confrade Renato Lima retomou essa iniciativa com o objetivo de estimular o estudo sobre a biografia

e obra deste homem memo-rável, que criou as condições adequadas para que aqueles jovens franceses, em 1833, pudessem organizar e criar as “Conferências da Caridade”. Oremos pelo êxito desse seu mandato, e especialmente para que o confrade Renato Lima e sua Diretoria possam fazer um excelente trabalho à frente do Conselho Geral Internacional - CGI da SSVP.

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rEUnIão das coMIssÕEs IntErnacIonaIs

da FaMVIn EM roMa

Com o objetivo de reavaliar as ações até aqui e planejar as próximas, reuniram-se na casa Maria Immacolata, em Roma, de 19 a 22 de janeiro passado, os líderes das Comissões Vicentinas Internacionais. Pe Tomaz Mavrič, CM Superior Geral da Familia Vicentina, prestigiou o evento! Confiram nas fotos o registro dos trabalhos e das Comissões presentes, reunindo cerca de 30 Vicentinos, entre religiosos e leigos. - Comissão de Colaboração da Família Vicentina (VFCC)- Comissão de Mudança Sistêmica- Comissão Escritório da FAMVIN (Filadélfia, USA)- Comissão Internacional da FAMVIN- Comissão para a Iniciativa do Haiti

Grupo de religiosos e leigos membros das Comissões Internacionais da Família Vicenti na

Representantes das Comissões Internacionais

VFCC e Mudança Sistêmica

Representantes Brasileiros das ComissõesVFCC e Mudança Sistêmica com Pe Tomaž Mavrič, CM

Superior Geral da Família Vicenti na.

Manual AIC 2017

Com São Vicente

Construindo juntospara dar vida à espernça

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Conteúdo

Introdução

Capítulo 1 - Identidade da AIC:Nossas OrigensAs Motivações das nossas AçõesO Perfil de nossos VoluntáriosTrabalhando em EquipeA Organização da Rede AIC

Capítulo 2 - Missão da AIC:Visão e Missão da AICAs Fundações da nossa MissãoA Jornada da AIC

Capítulo 3 - A AIC Hoje:Projetos e GeminaçõesAções PolíticasTreinamentoComunicação e VisibilidadeFinançasSistema Legal

Conclusão - O Futuro da AIC

Manual AICIntrodução

AIC - Associação Internacional de Carida-de, (International Association of Charities) é uma ONG. É uma rede internacional que reúne gru-pos de voluntaries cristãos, motivados pelo carisma de São Vicente de Paulo, seu fundador. O objetivo dessa rede, basicamente for-mada por mulheres, é o de combater as formas de pobreza localmente. E tam-bém o de envolver as autoridades públi-cas nessa luta contra a pobreza. Os grupos da AIC possuem duas caracte-rísticas legais: • Uma identidade civil como uma ONG,

reconhecida em seu próprio país. • Uma identidade canônica que está su-

jeita à lei canônica. Todo grupo local

da AIC é, de acordo com a lei canônica, uma “associação de pessoas leigas”. Isso significa que a sua constituição é oficial-mente “aprovada” pela autoridade ecle-siástica competente.

A AIC Internacional é constituída como “pes-soa jurídica”, de acordo com a lei Belga: A Constituição (1985) determina a manei-ra como a AIC trabalha. Essa forma pode ser consultada em nosso site: www.aic-international.orgO Estatuto (1985) determina os princípios e éticas de colaboração, assim como os di-reitos e deveres de seus associados. Os Estatutos Canônicos (2007) confirmam a nossa organização como sendo um mo-vimento fidedigno de pessoas leigas. São Vicente e seus sucessores receberam da Santa Sé, através de Privilégio Apostó-lico (C312§2), a permissão de estabelecer Confraternidades de Caridade baseadas nas paróquias ou inter-relacionadas com as mesmas. Posteriormente, organizaram-se grupos locais em associações nacionais e internacionais (AIC), com diferentes no-mes de acordo com seus países. A AIC pertence à Família Vicentina, que é formada por todas as Associações fun-dadas pelo próprio São Vicente de Paulo, ou as instituições que se inspiram em seu trabalho. A Família Vicentina possui apro-ximadamente dois (02) milhões de asso-ciados em todo o mundo.

Capítulo 1:A IDENTIDADE DA AIC

- Nossas Origens - A Motivação para o Nosso Trabalho - Perfil de Nossos Voluntários - Trabalhando em Equipe - A Organização da Rede AIC

NOSSAS ORIGENS

Fundada em 1617 como meio de tornar a grande onda de generosidade mais eficaz. Em 20 de Agosto de 1617, em Châtillon-les-Dombes (França), Vicente de Paulo, o padre da paróquia, pediu ajuda aos seus fiéis, para uma família necessitada. O pa-dre rapidamente percebeu a onda cres-cente de generosidade que resultou de seu pedido, mas também percebeu que essa ação precisava ser organizada para se tornar eficaz, e, assim ele formou o pri-meiro grupo de “Caridades”. Em 08 de Dezembro de 1617, o Bispo de Lyons, Monsenhor Denis Simon de Mar-quemont, entregou a Vicente de Paulo o decreto que reconhecia a nova Associação de Caridade, e os regulamentos da mes-ma.

Objetivo duplo: evangelizar e sentir-se responsável por minimizar a pobreza das outras pessoas.A escolha de Vicente de Paulo foi: Evangeli-zação dos pobres e ações em favor dos me-nos favorecidos: esses foram os dois prin-cipais propósitos da vida de São Vicente. A caridade, para ele, era a vocação para ser-vir aos mais humildes, aos abandonados, os que sofriam física e espiritualmente. Amar significa ser responsável por. Assim sendo, São Vicente tomou todas as inicia-tivas possíveis para minimizar e aliviar as dores das pessoas.

As Senhoras de Caridade trabalham lado a lado com as Filhas da Caridade.O movimento das Caridades se espalhou e em 1629, São Vicente pediu a Luísa de Marilda para que coordenasse e visitasse esses grupos. São Vicente sabia das difi-culdades que as Senhoras de Caridade en-contrariam, dado o crescente número de pessoas carentes. Com o propósito de oferecer apoio, São Vicente criou uma nova associação de

mulheres, com Luísa de Marillac, vivendo sob uma nova Lei, fora do convento, a ser-viço dos pobres: As Filhas da Caridade. As “Filhas da Caridade” foram criadas como uma” Companhia” em 1633, guiada por Luisa de Marillac. Sendo assim, “as Senho-ras e as Filhas” de Caridade complemen-tavam umas às outras em suas vocações e serviços, seguindo o espírito de seu Fun-dador.

1970 - Criação da AICApós o Vaticano II, a associação interna-cional criou maior força com a criação de uma associação internacional na Bélgica.

Perguntas para refletir em grupo:

1. Pertencer a uma Associação Interna-cional estabelecida em 53 países e com quase 400 anos de fundação. A que te convida? Como te motivas em teu tra-balho como voluntária?

2. Consideras que as mesmas circunstan-cias que despertaram a inspiração a São Vicente em fundar as Caridades conti-nuam vigentes hoje em dia?

3. Tens uma nova proposta para mudar as situações injustas que oprimem as pes-soas que vivem em situação de pobreza?

Capítulo 1:IDENTIDADE DA AIC

- Nossas Origens - As Motivações das nossas Ações - O Perfil de nossos Voluntários - Trabalhando em Equipe - A Organização da Rede AIC

As Motivações das nossas AçõesComprometimento como Cidadãos: Comprometimento para com os Pobres

Pobreza: uma injustiça Tornando visível uma falta de fraternidade. Fo

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A pobreza afeta o direito fundamental do cidadão que é o de participar de seu pró-prio destino: “A insegurança é a ausência de uma ou mais necessidades básicas, que permita que os indivíduos e suas famílias assumam suas responsabilidades básicas e possam usufruir de seus direitos funda-mentais”. Fonte: ONU, Comitê Econômico e Social, 2006. 70% das pessoas pobres são mulheres.

Comprometimento Cristão: Assim como todos os batizados, um com-prometimento para seguir Cristo. Seguin-do Cristo: a Igreja: uma boas vindas para os marginalizados.

‘O programa do Cristão é “um coração que vê”’ DCE (N. 31) “O que quer que seja que você faça para com os pobres, você o está fazendo para mim”. A Igreja vive o amor preferencial pelos pobres. A Igreja é o local para to-dos os que sofrem – sejam os pobres, os destituídos, os infelizes, os enfermos, os prisioneiros, os famintos – devem encon-trar a paz. A missão da Igreja é a de dizer a todas essas pessoas: “Venham a mim…” (Mateus 11, 28). A pobreza não é apenas material. Bento XVI falava de “marginalização, pobreza afetiva, moral e espiritual” daqueles cujas vidas interiores estão desorientadas” (Bento XVI, Dia da Confraternização Uni-versal, 01 de Janeiro de 2009).

Um Comprometimento para Seguir São Vicente:

São Vicente diria: “O que Cristo faria se estivesse no meu lugar?”.1. Servindo aos pobres assim como Cristo o fez Cristo é o Senhor, um ensinamento- Ele é o exemplo: o Filho nos guia para o Pai.

Cristo, primeiramente e acima de tudo, cria pontes para os relacionamentos, nos leva ao Pai e nos convida a sermos trans-formados ante a presença do Espírito San-to entre nós. São Vicente era tocado pela espiritualidade de Pierre de Bérulle. Para quem, Os cristãos são aqueles que expe-rienciam um relacionamento com Cristo, e, logo, que permitem que Cristo habite em seus corpos e aja neles.

Para São Vicente, servir aos pobres era o fruto de uma vida espiritual intensa.Para tal, existem três (03) dimensões: Fé: Confiança em uma pessoa, Cristo. Oração: Uma relação íntima com Cristo, que determina a ação. Ação: Vida ativa.

2. Servindo a Cristo através dos Pobres Acompanhar as pessoas pobres espiritual e materialmente.Uma pessoa pobre permite que descu-bramos o primeiro dos sofredores, Jesus Cristo - “Os pobres são nossos senhores e nossos reis”. A pirâmide está reversa, os ri-cos e poderosos nesse mundo são aqueles convidados a servir.

Esteja pronto a ouvir. Isso nos permite que: • Esteja preparado para ouvir aos outros,

tanto quando trabalhando em equi-pe, quanto em relação às suas próprias ações.

• Reconheçamos a nossa própria vulne-rabilidade e nossos limites, para reco-nhecermos os dos outros.

• Vivenciando, de certa forma, a pobre-za: Vivendo austeramente de maneira Vicentina, mostra que esse estilo de vida é possível.

Um comprometimento que dá às mulhe-res um lugar na sociedade: É um movimento essencialmente feminino.

O trabalho dos associados da AIC, com 20.000 mulheres em posições de responsa-bilidade, demonstra que em todas as cultu-ras as mulheres podem assumir responsa-bilidades. Esse é um testemunho que João Paulo II denominou de “a genialidade das mulheres”. (Carta às Mulheres, N. 10, 1995)

“Vocês são as mães dos pobres” - São Vi-cente de Paulo.Não é uma questão de clamar que homens e mulheres são independentes e autossufi-cientes. Correr-se-ia o risco de os prendê-los a uma auto realização utópica e até mesmo agressiva. It Nada seria maior que a fé de um Cristão. “Um movimento essencialmente fe-minino” é um modo de se explicar o traba-lho que oferecemos: Dada a marginalização das mulheres pela pobreza e violência, uma primeira resposta pelas próprias mulheres pode ser mais fácil de aceitar.

Um comprometimento que dá às mulhe-res um lugar na Igreja: ...e vejam agora como a Providência fala com algumas de vocês”.A Igreja é fiel ao Evangelho e não vê as mu-lheres como seguidoras da sucessão apostó-lica. Elas possuem outro papel, como teste-munhado por mulheres como Madre Teresa, Elisabeth Seton, Luisa de Marillac e Hildegard de Bingen, como também por tantas outras mulheres trabalhando nas sombras, disse São Vicente às primeiras Senhoras de Cari-dade: “Por cerca de 800 anos, as mulheres não possuíam um papel público na Igreja...

Perguntas para refletir em grupo: 1.Como a consciência de tanta injustiça

social à sua volta, a faz desejar trabalhar mais como voluntária?

2.Segundo os ensinamentos de Cristo e de São Vicente de Paulo, como você tentar ser consistente com ambos em sua vida pessoal?

3.Que ações práticas você poderia realizar, sozinho ou em grupo, para buscar um lu-gar para as mulheres na sociedade?

Capítulo 1:IDENTIDADE DA AIC

- Nossas Origens - As Motivações das nossas Ações - O Perfil de nossas Voluntárias - O Trabalha em Equipe - A Organização da Rede AIC

O PERFIL DAS VOLUNTÁRIAS AICQualquer que seja o tipo da voluntária, associada de pleno direito, ou amigo, o voluntariado possui certos requerimentos. Nem todos os associados são cristãos, mas todos são comprometidos.

UM COMPROMISSO PARA A CONTINUI-DADE E EFICÁCIA. Voluntárias comprometidas: O compro-metimento surge naturalmente, leva em conta as capacidades, habilidades e moti-vações de cada pessoa, no que se refere à saúde e tempo. Isso significa que a conti-nuidade e a eficácia da ação tomada, po-dem ser asseguradas.

DESINTERESSADA Voluntárias generosas: O voluntariado não é pago e não busca gratificação afetiva ou moral (a ajuda prestada livremente não impede o reembolso de despesas pessoais incorridas na ação voluntária).

RESPONSÁVEL Voluntárias responsáveis: A responsabili-dade é uma obrigação para realizar o que se prometeu fazer. Leva diretamente à confiança entre os membros de nosso gru-po, as pessoas que estão sendo ajudadas e as organizações parceiras.

BEM FORMADAS Voluntárias competentes: As voluntárias Fo

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da AIC aceitam um treinamento contínuo adaptado às suas ações. O amadorismo é o que há de mais perigoso, visto que o trabalho é realizado junto às pessoas vul-neráveis. Ações individuais ou privadas, ou até mesmo envolvimento emocional, podem reduzir os problemas apenas par-cialmente.

INSPIRADAS NA ESPIRITUALIDADE VICEN-TINA. Voluntárias ancoradas no Projeto de São Vicente: A AIC é o local onde à luz do Evangelho, as voluntárias trabalham para mudar o estado de pobreza: elas seguem os passos do fundador da Associação, São Vicente de Paulo: “assistir as pessoas mais pobres, espiritual e materialmente”.

O TRABALHO EM EQUIPEEquipes, comunidades de fé, comunhão, compartilhamento e amizade. “Eles ficarão unidos entre eles mesmos, como irmãos que o nosso Senhor uniu através de seu amor”. São Vicente de Paulo “Que faria Cristo em meu lugar”?

Significado e Método O grupo une as suas forças em volta de um projeto comum, e o momento chave desse processo é a reunião da equipe. São Vicente uniu a boa vontade de muitos para ajudar uma família pobre. Ele sabia que apenas uma pessoa não o seria sufi-ciente. Trabalho em equipe: - Multiplica as forças: todos contribuem com seu tempo, sua energia e qualidades pessoais. - Garante a continuidade do projeto no tempo determinado

Trabalhar em equipe requer: - Respeito: Cada ponto de vista é legítimo e completa o dos demais. - Coordenação: Todos tem um papel clara-

mente definido. - Comunicação: Na confiança - Compromisso de todos conforme foi acordado.

As reuniões em equipe são: - O momento ideal para a comunicação: Um lugar para todos se informarem e onde todos podem expressar-se. As solu-ções são encontradas para as dificuldades que enfrentamos, e onde se organizam as atividades futuras. - Um local para revitalização e o progres-so: Juntos, analisamos nossas ações passa-das e futuras de acordo com a espirituali-dade vicentina. Isso nos faz entrar em um processo de conversão contínuo através de pequenas coisas, é também uma aber-tura para mudanças de atitude.

A ORGANIZAÇÃO DA REDE AICLista dos países membros em: www.aic-international.org Trabalhar na base dá à AIC autoridade

LOCAL - Grupos Locais: Mais de 5100 grupos locais da AIC pos-suem identidade jurídica, são regidos por seus estatutos, são conduzidos por uma presidente e um Conselho Diretivo. Eles : • Trabalham em uma área geográfica

determinada: distrito, bairro, cidade, paróquia;

• Atende a chamados angustiados daque-les em situação de perigo em sua proxi-midade, com ações apropriadas.

NACIONAL - Associações Nacionais: 53 associações nacionais da AIC, reúnem os grupos locais em um mesmo país, ele-gem um novo presidente e comitê executi-vo. Cada associação é responsável pela co-ordenação entre os grupos, a formação de seus membros, levantamento de fundos e de políticas públicas em seu país.

MUNDIAL - Internacional: A AIC Internacional reúne as 53 associa-ções nacionais. Presidentes da AIC Nacio-nal elegem a presidente da AIC Internacio-nal e os membros do Conselho Diretivo. A AIC Internacional: • Anima as associações nacionais e coor-

dena suas ações e reflexões. • Representa seus membros nos órgãos

internacionais; participam nas ações de luta contra a pobreza e contra a injus-tiça.

• Promove o contato entre as associações locais e / ou nacionais, para promover amplamente a solidariedade.

Perguntas para refletir em grupo:

1.Como Voluntária AIC, qual das 5 qua-lidades que foram mencionadas seria mais importante a desenvolver? Que poderias fazer concretamente para re-alizá-lo?

2.Depois de analisar detidamente com teu grupo todos os pontos que se refe-rem ao Trabalho em Equipe, estás con-vencida das vantagens de trabalhar des-ta maneira? Poderias dar exemplos con-cretos de cada um dos pontos tratados no teu trabalho vicentino que realizas?

3.Achas que o teu grupo local se beneficia por pertencer a uma Associação Nacio-nal e Internacional?

Capítulo IIMissão da AIC

- Visão e missão da AIC - A base da nossa missão • O Evangelho • Os valores de São Vicente • A Doutrina Social da Igreja - A trajetória da AIC

VISÃO E MISSÃO DA AIC

VISÃO AIC pretende ser uma força transformado-ra cristã na sociedade, priorizando o envol-vimento com as mulheres de todo o mun-do, através de projetos e atividades que incluam a participação de beneficiários. A AIC realiza atividades locais, colabora na esfera local e mundial, participa de ne-tworks e está engajada em programas de políticas públicas ou da sociedade civil.

MISSÃO Seguindo o exemplo de São Vicente e os ensinamentos da Igreja: • Lutar contra todas as formas de pobreza

e exclusão, através de iniciativas e pro-jetos transformadores;

• Trabalhar com nossos irmãos e irmãs que vivem em situação de pobreza, promovendo a descoberta dos pontos fortes de cada um, apoiando atividades educativas que levem à uma vida digna.

• Denunciar a injustiça, pressionar as es-truturas da sociedade civil e sobre os tomadores de decisões a fim de lutar contra as causas da pobreza.

OS FUNDAMENTOS DA MISSÃO DA AIC

A AIC se articula sobre três vertentes:• Ο Εvangelho • Οs valores de São Vicente• A doutrina social da Igreja

PRIMEIRO EIXO: O EVANGELHO Nós queremos manter a mensagem de Cristo viva nos dias atuais: segui-Lo para encontrá-Lo e com Ele permanecer. As-sim como outras ONGs seculares, vivemos a solidariedade em um mundo globaliza-do, mas para AIC, esta solidariedade está enraizada no amor pelo nosso semelhan-te, recebido de Cristo, e sempre segue além do que a nossa mera força humana poderia alcançar. Ao ensinar seus primeiros voluntários, São Fo

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Vicente baseou-se em Cristo, lhes pergun-tando “O que Cristo teria feito se ele esti-vesse em meu lugar?”. Nos dias de hoje, isso significa: Seguir Cristo (Mateus 25,40): “E, respon-dendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Je-sus Cristo se identificava preferencialmen-te com os pobres. Ir ao encontro do Cristo (João 3,16): “Por-que Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” Cristo deu sua vida por nós. E nós devemos igualmente oferecer nossas vidas a nossos irmãos. Permanecer em Cristo (João 15,10): “Se guardardes os meus mandamentos, per-manecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.”

SEGUNDO EIXO: OS VALORES DE SÃO VICENTE Virtudes características da evangelização: São Vicente propagou muitos valores atra-vés dos quais encorajou as mulheres dos primeiros grupos que criou. Como volun-tárias da AIC somos convidadas a viver em:

SIMPLICIDADE; SINCERIDADE NAS AÇÕESSimplicidade: (Eclesiastes 7,29) “Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.” São Vicente nos diz: “Da minha parte, posso dizer que uma fé verdadeira e prá-tica e um verdadeiro espírito religioso são geralmente encontrados entre as pesso-as simples e os pobres... todos se sentem atraídos pelas pessoas mais simples e que falam com sinceridade” (SV:XI:462).

HUMILDADE EM NOSSOS ENCONTROS COM OS OUTROS

Humildade: (Mateus 11,29) “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encon-trareis descanso para as vossas almas” São Vicente nos diz: “Se eles nos dizem:” Quem está aí? “Humildade! Que ela seja a nos-sa palavra Mestre.” (CCD XII, 203). “Deixar Deus para Deus.

“O POBRE NÓS DÁ A SUA CAPACIDADE DE RECEBER “ Os pobres nos evangelizam pela sua sim-ples presença e como nossos senhores (SV:IXA:120) a quem devemos amar com ternura e respeitar profundamente”. “Apa-rentemente, os pobres recebem apenas porque ele está em situação precária. No entanto, ele nos dá a sua capacidade de receber”.

CARIDADE: AMAR O NOSSO PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOSCaridade: São Vicente nos diz: “A caridade, quando ela vive em uma alma, ocupa inteiramen-te de todas as seus forças: sem descanso, é um fogo que atua incessantemente” (SV:XI:132). “A caridade não pode perma-necer ociosa, ele deve empurrar-nos para proporcionar ao próximo conforto e salva-ção” (SV:XII:265). Aqui encontramos uma dimensão inter-pessoal traduzida pelo respeito pelo ou-tros, uma dimensão comunitária e políti-ca: o ser humano se realiza através da sua integração em uma organização humana. Igualmente, expressa-se a dimensão reli-giosa: o amor universal sem medida (Ma-teus 5,43), desinteressado (Lucas 14,12-14) e de fato solícito (Mt 20,25-28).

Perguntas para refletir em grupo: 1. Como você vive a missão da AIC em sua equipe? Você tem a impressão de que não está colocando em prática alguns de seus

aspectos? Em caso afirmativo, quais? 2. Como você dá vida ao desejo de bus-car Cristo em seu serviço, com as outras pessoas (ou na sua missão Vicentina) para segui-Lo, encontrá-Lo?3. Dê exemplos concretos de como cada uma de vocês vive através dos valores Vi-centinos (simplicidade, humildade e cari-dade) em seu grupo e na sua vida pessoal.

Capítulo IIMissão da AIC

• Visão e Missão da AIC • Os Fundamentos da Missão da AIC • O Evangelho • Os Valores de São Vicente de Paulo • A Doutrina Social da Igreja • A Jornada da AIC

OS FUNDAMENTOS DA MISSÃO DA AICA Doutrina Social da Igreja 3ª Fonte: São Vicente amou a Igreja.

São Vicente realmente amou a Igreja, embora reconhecesse algumas prováveis falhas e omissões. Ele sempre acreditou que a comunidade de fiéis era chamada à santidade e a perfeição na vida cristã. Para ele essa perfeição baseia-se na caridade e “santidade prática, sempre e em tudo al-mejando os desígnios de Deus” (Coste XII, p. 150, n. 199).

A Doutrina Social da Igreja: tornar atual a mensagem de Cristo. O que agora denominamos de Doutrina Social da Igreja está em processo de de-senvolvimento desde o século XIX. A Encí-clica Octogésima Adveniens (escrita para o 80° aniversário da primeira encíclica social Rerum Novarum, do Papa Leão XIII) diz:

Experiências reais alimentam a reflexão da Igreja. “É às comunidades cristãs que cabe anali-

sar, com objetividade, a situação própria do seu país e procurar iluminá-la, com a luz das palavras inalteráveis do Evange-lho... e em diálogo com os outros irmãos cristãos e com todos os homens de boa vontade - as opções e os compromissos que convém tomar, para realizar as trans-forma- ações sociais, políticas e econômi-cas que se apresentam como necessárias e urgentes” (Oct. Adv 3-4). A Doutrina Social da Igreja proclama a verdade do amor de Cristo, que é sempre renovado. A Encíclica Deus Caritas (Deus é amor), hoje expressa os elementos essen-ciais da caridade cristã: • Necessidade imediata (O Bom Samari-

tano) através da competência profissio-nal e senso de dedicação;

• Independentemente de partidos e ide-ologias:

• A caridade não pode ser utilizada a ser-viço do que é agora denominado prose-litismo. O amor é livre (DC 31).

JUSTIÇA E CARIDADE: O ESTADO É RES-PONSÁVEL PELA JUSTIÇA. Para o Papa Bento XVI, a justiça e a cari-dade pertencem a duas esferas diferentes que, entretanto, estão relacionadas: - Justiça é a tarefa primária do Estado: a construção de uma ordem justa na socie-dade e do estado, através da qual cada pessoa recebe a sua tarefa, isto é, uma tarefa fundamental, que cada geração deverá confrontar, por sua vez. A carida-de não poderá substituir a justiça.

- A atividade organizada de caridade, é o verdadeiro humanismo, que reconhece a imagem de Deus nos seres humanos e de-seja que os mesmos vivam uma vida que esteja em conformidade com essa digni-dade (DC 30b).

Todos são semelhantes em suas dignida-des e todos são amados por Deus. Fo

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A justiça e a caridade subjacentes são dois princípios básicos: respeito incondicional pela vida humana e a dignidade de cada ser humano. Através desses dois princí-pios básicos, surgem propostas para uma sociedade mais justa.

OS CINCO PILARES: Cinco pilares são citados dentre aqueles do Compêndio da Doutrina Social da igre-ja (Libreria Editrice Vaticana, 2004, Cap. 04). Esses pilares são necessários para se organizar uma sociedade que esteja a ser-viço do indivíduo: O bem comum: “O bem comum significa o grupo de condições sociais que permite que grupos sociais e seus membros indivi-duais um acesso completo e peremptório para sua própria realização” (GS 26 §1; cf GS 74 § 1) A destinação universal de bens: Ao final, tudo pertence a Deus. Somos meros des-penseiros. Subsidiariedade: A Igreja considera que as decisões, na medida do possível, devam ser tomadas por pessoas que irão vivenciar suas prováveis consequências. Esse princípio é também chamado de “o princípio da ajuda”, que afirma ser um erro, que navega contra a caridade e a moralidade, deixar que algo aconteça em um nível muito alto, quando poderia ser realizado a um nível não tão alto. Participação: Como consequência do prin-cípio anterior, cada pessoa deverá estar apta a participar do processo de tomada de decisões. Esse é um princípio profunda-mente enraizado na definição do ser huma-no que é pessoalmente amado por Deus; Solidariedade: É uma consequência dos quatro pilares anteriores. Os seres huma-nos são convocados a estarem com ou-trem, para que possam ajudar os mais ne-cessitados. Todos estão a serviço uns dos

outros, mas principalmente das pessoas mais necessitadas. Quando estamos com as pessoas mais ne-cessitadas, assim como Cristo o faz, cria-mos uma sociedade Cristã.

Perguntas para refletir em grupo: 1.Como a Doutrina Social da Igreja afeta

o nosso comprometimento como volun-tárias?

2.Quais elementos da caridade cristã fo-ram expressos pelo Papa Bento XVI? Como essas definições as ajudam no trabalho da AIC?

3.Reflita sobre os cinco pilares da Doutri-na Social da Igreja e tome nota de seus comentários.

Capítulo IIMissão da AIC

- Visão e Missão da AIC - As Fundações da Missão da AIC • O Evangelho • Os Valores de São Vicente • A Doutrina Social da Igreja - A Jornada da AIC

A JORNADA DA AIC

A ação social e pastoral da AIC é guiada pelo ensinamento social da Igreja e pela filosofia de São Vicente.

DA ASSISTÊNCIA À PARTICIPAÇÃO E AU-TOAJUDA

Participação (1976): A AIC se comprome-te para com a participação de todos na solução de seus problemas e na vida da comunidade.

1981: Publicação do Documento Básico da AIC.

Solidariedade (1985): A solidariedade for-ma uma parcela explícita da reflexão da

AIC. A solidariedade significa o partilhar de responsabilidade, fraternidade e partici-pação dentre os voluntários e dentre as pessoas que vivem em estado de pobreza. Autoajuda (1990): Primeiras Diretrizes Operacionais: autoajuda, solidariedade, treinamento e comunicação. Esse con-ceito de autoajuda veio das voluntárias da América Latina que testemunharam suas experiências e a convicção de que as pessoas que vivem em estado de pobre-za têm o direito de participar de seu auto progresso.

Força da transformação (1998): “Seja a força transformadora da associação, em face à pobreza e na sociedade”. A força transformadora é o guia da ação pessoal para as pessoas da sociedade que vivem em estado de pobreza.

CO-RESPONSABILIDADE E EMPODERA-MENTOCo-responsabilidade (2002): Co-respon-sabilidade social para a Paz: O nosso modo específico de trabalhar para a paz é o de lutar contra a pobreza e as injustiças, que sempre são fontes de conflito. O conceito de Empoderamento foi criado para reduzir a pobreza e para instigar o de-senvolvimento sustentável. É o reconheci-mento da capacidade e do direito dos em-poderados, de assumir a responsabilidade de criar seu próprio futuro. O nosso dever de voluntários, o de apoia-los, desenvol-ver seu potencial e trabalho para que pos-sam buscar suas próprias soluções.

MUDANÇA SISTÊMICA, UM NOVO JEITO DE SE OLHAR PARA ENTENDER AS SITUA-ÇÕES DE POBREZA.

Mudança Sistêmica (2007): esse méto-do, sugerido pela Família Vicentina nos convida a ver cada pessoa, não como um indivíduo isolado, mas como um indivíduo

cercado por toda a família e relaciona-mentos sociais e profissionais. Isso envol-ve a mudança de pontos de vista, a defi-nição do “sonho” que desejam alcançar e também, juntamente com eles, ver o que pode e deve ser mudado. Nesse momen-to, o todo de um “sistema” onde a pessoa vive irá mudar.

Em cada uma dessas etapas, a AIC tem um firme comprometimento

USANDO O PRESENTE COMO UMA ALA-VANCA PARA O FUTURO. - Melhorar a situação das mulheres: Des-de 1980 a AIC vem realizando um traba-lho significante para denunciar a injustiça contra as mulheres, para defender seus direitos e para lutar contra todas as for-mas de violência das quais são vítimas. Em 2001 em Fortaleza (Brasil), a AIC criou e distribuiu um “Manifesto contra a Violên-cia às Mulheres”.

CRIANDO A CONSCIÊNCIA E PREVENIN-DO A INJUSTIÇA CONTRA AS MULHERES.

- Reduzindo a pobreza das mulheres em várias culturas (2007): Nossas ações e projetos estão enraizados nas várias cul-turas que formam o perfil internacional da AIC, e parecem ser vitais para se entender como os valores culturais e as tradições de uma sociedade influenciam o papel das mulheres e dos homens, e para criar ou agravar a pobreza das mulheres.

AS MULHERES E A POBREZA EM DIVER-SAS CULTURAS. Estamos convencidos de que cada mulher possui a capacidade de melhorar a sua cultura a fim de crescer e encontrar os re-cursos para construir um projeto de vida. Como?

CONSCIENTIZAR AS MULHERES SOBRE A DIGNIDADE E OS DIREITOS DAS MESMAS. Fo

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Acima de tudo criando locais para as mu-lheres falarem, através da educação para melhor equilíbrio dos papéis dos homens e mulheres, através do treinamento dos direitos humanos - especialmente os das mulheres e, trabalhando em uma rede de projetos para melhorar a situação das mu-lheres.

“QUANTO MAIS AS MULHERES FOREM EDUCADAS E SEUS DIREITOS FOREM RE-CONHECIDOS, MENOR O NÚMERO DE CRIANÇAS COM FOME” O. DE SCHUTTER, ONU

- Educação (2011-2015) como um meio de se prevenir a pobreza. São Vicente dis-se que a educação é uma das ferramentas mais valiosas para se alcançar a “digni-dade dos pobres”. A pessoa que vive em situação de pobreza é um jogador social em seu próprio direito. Se lhes for dada a oportunidade de desenvolver suas pró-prias habilidades, eles podem assumir a posição e o papel que pertence a cada ser humano.

O projeto educacional não consiste em uma transmissão de conhecimento ver-tical e passiva. Trata-se muito mais de aprender com os outros e permitir que os outros aprendam. “O professor aprende enquanto ensina, o aprendiz ensina en-quanto aprende” (Paulo Freire).

UMA TROCA MÚTUA “POSSUI UM CORA-ÇÃO QUE VÊ COM OS OLHOS DE DEUS” PAPA BENTO XVI.

Precisamos uns dos outros para construir uma sociedade mais justa, juntos. Eis o porquê de a educação necessitar estar presente e ser uma força propulsora em qualquer ato caridoso da AIC, a fim de pro-mover o estabelecimento de uma socieda-de justa e interdependente.

AIC está na Estrada em uma jornada sem fim …. Seguindo São Vicente, que sejamos fasci-nados e cativados • Pelo amor de Cristo para com as pessoas

mais necessitadas; • Pela forma como coloca “os pequenos”

no centro: “O que vocês querem que eu faça por você?”

Apenas a força nascida na convicção de que Deus é amor, comunhão e justiça, pode construir “um outro mundo possí-vel” de paz, solidariedade, justiça e liber-dade.

Perguntas para refletir em grupo: 1. Quais os elementos essenciais da par-

ticipação da AIC no melhoramento da situação das mulheres?

2. Como a AIC se compromete a melhorar a situação das mulheres?

3. Que papel tem a educação na preven-ção da pobreza?

Capítulo III A AIC Hoje

- As Ações Fundamentais da AIC - Promoção - Treinamento de Voluntárias - Comunicação - Finanças e Código de Conduta (Ética) - Estrutura Legal

Ações Fundamentais da AIC

Mais de 13.000 ações contra a pobreza estão, no momento, sendo conduzidas por voluntárias de todas as redes AIC. O prin-cipal objetivo é o de apoiar as pessoas que vivem em estado de pobreza, em busca de maior independência e dignidade. Nossos pontos fortes e nossas priorida-des:

LOCALMENTE• Voluntárias locais que estabelecem os

projetos e os grupos de trabalho;

MULHERES • Atenção especial para a pobreza den-

tre as mulheres e crianças. São eles os maiores afetados pela pobreza e repre-sentam 80% de nossos beneficiários;

SER HUMANO COMO O CENTRO DE TUDO • Oferecer apoio holístico; • Criar laços sociais para evitar o isola-

mento;

RECRIAÇÃO DE LAÇOS SOCIAIS • Prioridade para a educação, ferramen-

ta essencial na luta contra a pobreza, especialmente a das mulheres. Para adultos, poderia ser programas de al-fabetização, treinamento professional em busca da reintegração no mercado de trabalho através da geração de ren-da ou workshops educacionais. Para as crianças temos creches, pré-escolas, cursos de aperfeiçoamento, bolsas de estudos e clubes da “tarefa de casa”.

PARTICIPAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS A participação dos beneficiários é ele-mento essencial no desenvolvimento de projetos de empoderamento. Como essa participação é conduzida?

TORNAR-SE UM “FACILITADOR” Valorizando os pontos fortes das pessoas e suas próprias capacidades para respon-der aos desafios que encontram, como também a capacidade de sonhar e de agir juntos para mudar esse estado de pobre-za, adotando o papel de “facilitadora”.

COOPERAÇÃOGraças à AIC, a cooperação conjunta de todos os grupos da AIC, em todo o mun-do, permite que relações especiais sejam

criadas, em uma atmosfera de solidarie-dade: apoio financeiro, troca de experiên-cias, treinamentos e co-gerenciamento de projetos.

PROMOÇÃODANDO ÀS PESSOAS NECESSITADAS O PO-DER DE FALAR, INTERNACIONALMENTE.

Como organização de uma sociedade civil, a AIC participa de redes mundiais, onde os esforços de corpos públicos e privados se juntam e interagem. Através da sua pre-sença dentre essas instituições, a AIC está em um processo de reflexão internacional e recebe informações que contribuem para o seu crescimento.

Representação Institucional: ECOSOC, UNESCO, Conselho da Europa

• À nivel público, a AIC é uma ONG (Or-ganização Internacional Não Governa-mental) e possui representantes em corpos Europeus e internacionais.

São eles : - Status Especial Consultivo junto à ECO-SOC – Conselho Econômico e Social das Nações Unidas; - Status Operacional junto à UNESCO – Conselho das Nações Unidas para Educa-ção, Ciências, Cultura e Comunicação; - Status Consultivo com o Conselho da Eu-ropa.

Representação dentre as redes: Centros Católicos, EAPN, WURN A AIC é membro de redes internacionais: - Participa de Centros Católicos de agên-cias internacionais; - EAPN – European Anti-Poverty Network (Rede Europeia Contra a Pobreza); - WURN (Women’s United Nations Report Program & Network) (Programa de Rela-tos das Mulheres das Nações Unidas & Redes Associadas). Fo

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Dentro da Igreja: Conselho Pontífice para a Laicidade, Cor Unum, Crescendo, OIC• Na Igreja Mundial, a AIC é uma Asso-

ciação do Leigo Fiel que: - É reconhecida pelo Conselho Pontífice para a Laicidade; - É membro do Conselho Pontífice Cor Unum (para o desenvolvimento Humano e Cristão); - É membro do Crescendo - Rede para o envelhecimento humano e cristão; - É uma das Organizações Católicas Inter-nacionais e participa de suas conferências.

Perguntas para refletir em grupo: 1.Dentre os pontos fortes e as prioridades

mencionadas anteriormente, quais po-dem ser encontradas nas ações funda-mentais em seus grupos locais?

2.Em sua opinião, quais as vantagens de cooperação dentre os grupos da AIC? (Vocês podem responder baseadas na possibilidade de se criar junções com outros grupos da AIC. Nesse caso, não hesite em pedir por maiores informa-ções à Secretaria Internacional).

3.Por que a presença da AIC em redes in-ternacionais e dentro da Igreja são tão importantes?

4.Como uma Associação Internacional Não Governamental, a AIC é parte da rede da sociedade civil. Como a AIC em nome de todas as pessoas necessitadas, nessa rede, trabalhar?

Capítulo III AIC Hoje

- Atividades da AIC - Advocacia - Treinamento de Voluntários - Comunicação - Finanças

- Estrutura Legal

Treinando Voluntárias

Seguindo o exemplo de São Vicente, que desde a idade mais tenra se preocupava sobre a educação (preocupação essa que sempre o acompanhou em toda a sua vida), a AIC vê o treinamento contínuo de cada voluntária como requisite indispen-sável para que possamos acompanhar nossos irmãos e irmãs menos afortunados “…é uma questão de justiça para com as pessoas que vivem em estado de pobreza e as quais queremos ajudar” (P. Celestino, CM, Vicente de Paúl: un corazón sin medi-da, [São Vicente de Paula: um coração sem medidas] p. 242).

TREINAMENTO CONTÍNUOA AIC oferece às voluntárias um treina-mento contínuo (técnico, humano e espi-ritual). O treinamento é realizado através de: • Documentos enviados eletronicamente

às voluntárias, que são convidadas a re-fletir juntas, como uma equipe, sobre o conteúdo dos documentos;

• Seminários estaduais, nacionais e inter-nacionais;

• Visitas às associações nacionais e aos grupos locais pelos coordenadores es-taduais, membros do Comitê Executivo e pelos responsáveis pelos projetos do Secretariado Executivo.

A cada dois ou quatro dias, quando da As-sembleia Internacional, focamos em dire-trizes específicas, que são denominadas Linhas Prioritárias de Ação, e que nor-teiam o trabalho de todas as voluntárias da rede AIC. Recentemente, a AIC iniciou um curso on-line, que possui os seguintes objetivos: • Oferecer às voluntárias as ferramentas

e o conhecimento para embasar os con-

ceitos fundamentais sobre o que é SER parte da AIC;

• Desenvolver competências específicas fazer REALIZAR melhor o trabalho e, as-sim oferecer às voluntárias ferramentas suficientes para que realize um trabalho organizado dentro de seus grupos;

• Aumentar o conhecimento e a habilida-de das voluntárias no que se refere ao desenvolvimento de projetos, levanta-mento de fundos, comunicação social e planejamento estratégico;

• Desenvolvimento de liderança e profis-sionalismo dentre as voluntárias.

COMUNICAÇÃO

Comunicação e Visibilidade A imagem da AIC é construída através do trabalho no qual a Associação está enga-jada, através de sua missão de curar fe-ridas sociais (aqui, a perspectiva Cristã é essencial). Essa imagem deverá ser cons-tantemente renovada de forma que possa atrair doações e novas voluntárias.

VALORES - Credibilidade - Transparência

A Credibilidade apenas é possível através da constante promoção de atividades da Associação e através dos projetos que desejam cumprir. Logo, com uma com-pleta transparência, somos capazes de demonstrar as ações que estão sendo realizadas e com total claridade, explicar onde e como utilizamos as doações que recebemos para que possamos apoiar a comunidade. Para reforçar e continuarmos com essa missão social e Cristã, a AIC deve atrair novos membros e precisa do apoio dos vários setores da sociedade. Assim sendo, acima de tudo, o nome da AIC deverá es-tar associado à credibilidade.

A AIC realça a importância da comunica-ção interna e externa para desenvolver os programas e as atividades da Associação. A comunicação interna é um instrumento fundamental para: • Oferecer treinamento às voluntárias; • Trocar experiências e conhecimento; • Transmitir a mensagem e a ideia da AIC

tanto dentro quanto fora da Associação.

SITE PÁGINA DO FACEBOOK

Meios concretos para se conseguir a vi-sibilidade: Os meios atuais tais como o website e a página da rede social Facebook nos aju-dam a comunicarmo-nos uns com os ou-tros e falar às outras pessoas sobre o que estamos realizando. Essas ferramentas são utilizadas pela AIC Internacional como também por muitos grupos locais e nacio-nais. - Site: www.aic-international.org - Página do Facebook: www.facebook.com/AIC-International-713564958772833/

Perguntas para refletir em grupo: 1.Por que razão o treinamento contínuo

pé importante para você no seu traba-lho Vicentino diário?

2.O que você levou recentemente com você do treinamento junto à AIC Inter-nacional?

3.3. Liste algumas das atividades que seu grupo utiliza para melhorar não apenas a comunicação interna, mas também a externa.

Capítulo III A AIC Hoje

- As Ações de Base da AIC - Promoção - Treinamento de Voluntárias Fo

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- Comunicação - Finanças - Estrutura Legal - Código de Ética

FINANÇAS

As atividades de grupos locais são finan-ciadas pelo pagamento de anuidades por parte de seus membros e pelas doações que os grupos buscam através de doado-res privados ou entidades públicas nas vi-zinhanças. As voluntárias, membros da AIC, também colaboram com o trabalho, ao oferecer à associação seu tempo e seu trabalho. A AIC Internacional é financiada pelas anuidades de seus associados, como tam-bém através de doações individuais ou de diferentes organizações. Entretanto, esses recursos financeiros são de extrema im-portância para as ações de base.

ANUIDADES: UM SÍMBOLO DE PERTENÇA E DE COM-PROMETIMENTO.

Pagar as anuidades tem grande valor: é o sinal de que desejamos contribuir, através de um gesto de solidariedade, para com a associação. É também um comprome-timento para com a responsabilidade co-letiva e, acima de tudo é um símbolo de pertença. Por essa razão, pagar as anuida-des não é apenas “dar” dinheiro – tem um significado diferente. Uma doação, mesmo que necessária para a sobrevivência da associação, pode ser um sinal de apreciação pelo trabalho desenvolvido e não significa apenas um comprometimento pessoal. As anuidades expressam a decisão de pertencer à asso-ciação e a de ter responsabilidade para com esse comprometimento.

ESTRUTURA LEGAL

Os grupos da AIC possuem identidades le-gais duplas:

IDENTIDADE DUPLA: - CIVIL - ECLESIÁSTICA

• Uma identidade civil, como uma ONG reconhecida em seu próprio país.

• Uma identidade eclesiástica, sujeita às leis canônicas. A AIC é regida pela Lei Canônica, uma “associação dos fiéis”. Isso significa que a sua Constituição é oficialmente aprovada por autoridades eclesiásticas competentes.

• A AIC é “pessoa jurídica”: é uma asso-ciação internacional sem fins lucrativos.

CONSTITUIÇÃO

A Constituição (1985) e suas subsequen-tes modificações, define: • Os objetivos que estão sendo buscados

e as atividades implementadas para al-cançá-las;

• O funcionamento da associação e a hie-rarquia entre os poderes;

• Os direitos e deveres dos associados. (Que podem ser consultados em nosso “site”)

REGULAMENTOS Os regulamentos (1985) completam a Constituição e podem apenas ser aplica-dos aos membros. Eles estabelecem a éti-ca de colaboração.

STATUS CANÔNICOO Status Canônico (2007) confirma que a AIC é um movimento de fiéis laicos. São Vicente e seus sucessores receberam o poder de erguer Associações de Carida-des, paroquiais ou de outras paróquias da Santa Sé, através do Núncio Apostólico (C312 §2). Posteriormente, grupos locais foram organizados em associações na-cionais com diferentes nomes, de acordo

com o país e de uma associação interna-cional (AIC).

CÓDIGO DE ÉTICA

TOTAL TRANSPARÊNCIA NA ADMINIS-TRAÇÃO DOS “BENS” DAS PESSOAS ME-NOS FAVORECIDAS.

A Governança de acordo com São Vicente implica na promoção de valores de rigoro-sidade, justiça, integridade, transparência e eficácia; Uma estrutura legal clara e um equilíbrio de poder permite a transparência e ade-quada gestão do dinheiro, que pertence às pessoas menos favorecidas. As leis da associação, seus valores evan-gélicos, a visão e o método de São Vicen-te, direcionam o nosso comportamento como parceiras à serviço das pessoas me-nos favorecidas, respeitosos para com do-adores e menos favorecidos.

Perguntas para refletir em grupo: 1.Vocês acham que o pagamento de anui-

dades é um gesto de solidariedade e um sinal de pertença à AIC? Sabendo-se como essa verba é utilizada, você as paga “com prazer”?

2.O que os membros do seu grupo acham da “estrutura legal”? O que você acha de os mandatos terem um limite de du-ração?

3.Por que você acha que é importante que os voluntários da AIC ajam em con-formidade com valores evangélicos e os ensinamentos de São Vicente?

Capítulo IV: O Futuro da AIC

Nossos Sonhos Uma AIC profética e comprometida onde seus membros vivam em solidariedade uns com os outros e com aquelas pessoas

menos favorecidas e, também, em har-monia de acordo com os ensinamentos de São Vicente de Paulo.

O FUTURO DA AIC Estamos em vias de concluir esse docu-mento que nos identifica como voluntá-rias da AIC que nos foram confiadas com uma missão muito especial, ou seja, a de seguir a Jesus Cristo, servir as pessoas me-nos favorecidas (assim como o fez São Vi-cente de Paula). Nós estabelecemos há quatrocentos anos e continuamos a jornada pelo caminho que foi primeiramente trilhado para nós por nosso Fundador. Assim sendo, deve-mos nos perguntar o que desejamos para o futuro da nossa Associação para que possamos continuar a ser mensageiros de esperança para os nossos irmãos e irmãs. Há quatrocentos anos, quando da existên-cia de São Vicente de Paula, havia outras formas de pobreza, distintas das dos dias atuais. Entretanto, assim como há idos quatrocentos anos como nos dias atuais, que nossa presença é essencial. Sim, to-dos os nossos esforços são muito signifi-cantes para a construção de um mundo melhor! Recentemente, Vossa Santidade, o Papa Francisco, solicitou que focássemos no que ele denominou de ecologia ambien-tal, econômica e social. A migração hu-mana, a forma com a qual utilizamos re-cursos naturais, o desejo pelo poder, as pandemias... tudo isso são sinais de que a nossa sociedade clama por mudança.

UMA AIC COMPROMETIDASomos conscientes de todas as grandes injustiças que existem em nosso mundo e, assim sendo, reforçamos a importância de focar nossa atenção na preservação da AIC como uma organização profética e compromissada, onde seus membros vi- Fo

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vam em solidariedade uns com os outros e com aquelas pessoas menos favoreci-das. É dessa forma que podemos nos en-gajar em atividades que promovam uma vida mais digna para cada ser humano.

DESCOBERTA DE DONS

Sonhamos… que todas as voluntárias des-cobrirão seus dons e, ao mesmo tempo ajudarão seus irmãos e irmãs a fazerem o mesmo.

SOLIDARIEDADESonhamos… que dia a dia nos tornare-mos mais criativos com o nosso trabalho Vicentino para que as nossas atividades promocionais sejam mais numerosas. Que possamos trabalhar juntos, como uma equipe, com todos os beneficiários do trabalho, com as outras voluntárias e com Deus.

SEMPRE ALEGRES Sonhamos… que nunca percamos nossa alegria e nosso otimismo e que sejamos sempre contagiados pelas pessoas à nos-sa volta. Que possamos sempre ver o as-pecto positivo de diferentes situações.

BUSCANDO TREINAMENTOS Sonhamos… que sempre seremos apai-xonados por nosso trabalho Vicentino e sempre teremos o desejo de aprender sempre mais para que possamos servir melhor às outras pessoas. Que sempre tenhamos orgulho em pertencer à AIC.

INTEGRIDADE Sonhamos… que como voluntárias seja-mos sempre íntegras e demos testemu-nhos sobre a vida Cristã.

FIEL À CRISTO E À IGREJA Sonhamos… que os ensinamentos de São Vicente de Paula e Santa Luísa, como também as Doutrinas Sociais da Igreja continuem a ser aqueles fortes pilares que continuamente se revelam à nós de forma que possamos ser melhores Vicen-tinas.

CORAJOSAS E ESPIRITUALISTAS Sonhamos… que a cada dia nós, voluntá-rias, possamos deixar de lado nossos me-dos e possamos desenvolver uma maior espiritualidade, e que possamos sempre ter em mente que estamos assim servin-do ao próprio Cristo e que é Ele que nos acompanha sempre.

CONTAR COM MAIS VOLUNTÁRIASSonhamos… que a cada dia possamos nos regozijar ao reunirmos um maior núme-ro de voluntárias em todo o mundo e que nosso carisma esteja enraizado nos cora-ções de mais e mais pessoas que, por sua vez, também ajudem seus irmãos e irmãs. Sonhamos com muitas coisas! Nossa lista não tem fim. Sonhamos que possuímos sonhos compartilhados.

Perguntas para refletir em grupo:

1.Quais são seus sonhos e os sonhos de suas colegas para o seu grupo e para a AIC como um todo?

2.Na sua opinião quais são as mais urgen-tes situações de pobreza com as quais devemos lutar?

3. Como vocês podem atrair mais volun-tárias para que juntas possamos realizar nossos sonhos e participar no trabalho que você faz?

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Família Vicentina, a mesma missão:

INTRODUÇÃO: Família Vicentina, uma força poderosa com uma longa história A Família Vicentina foi fundada por São Vicente de Paulo que descobriu o seu carisma para o trabalho e a evangelização em nome daqueles que vive em estado de pobreza , e , muito rapidamente , compartilhou esse carisma com outras pessoas. Logo surgiram as primeiras ramificações dessa árvore frondosa: as Confrarias de Caridade (1617), a Congregação da Missão (1625) e a Companhia das Filhas de Caridade (1633).

Dois séculos mais tarde, duas ramificações dessa existência surgiram: Associação de Jovens Marias Vicentinas (o evento que levou à criação dessa Associação, foram as aparições da Virgem Sagrada à Santa Catarina Labouré em Paris, França (1830) e a Sociedade São Vicente de Paulo (fundada por Frederic Ozanam em Paris (1833).

Em 1909 a Associação da Medalha Milagrosa (que também surgiu devido às aparições da Virgem à Santa Catarina) e em 1997, a mais nova ramificação, as Missionárias Vicentinas nasceu como o resultado do desejo dos membros do Associação de Jovens Marias Vicentinas de se engajar no trabalho das missões ad gentes por um período de tempo mais longo.

Essas são as sete “ramificações oficiais” da Família Vicentina Internacional (FAMVIN); em todo o mundo, entretanto, há mais de duzentos e cinquenta (250) grupos e movimentos que são inspirados por São Vicente de Paulo e/ou por sua espiritualidade. O que une todos esses grupos é uma missão comum de amor e trabalho em nome daqueles que vivem diferentes formas de pobreza e exclusão.

DESENVOLVIMENTO DO TEMA: O Carisma Vicentino é compartilhado por mais de 250 grupos ou, em outras palavras , mais do que dois milhões de pessoas

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•CARISMA É COMPARTILHADO No início de 1995, Padre Robert Maloney, CM o Superior da Congregação da Missão, encorajou todas as Associações que se inspiram em São Vicente, a viverem ao máximo sua espiritualidade e seu ministério. O seu sucessor, Superior Geral, Padre Gregory Gay, CM continuou esse trabalho e o atual Padre Tomaž Mavriž, CM está dando continuidade e muito apoio a essa iniciativa. Esse novo impulso busca criar laços de unidade e colaboração no nível de treinamento, como também no nível de serviço em nome daqueles que vivem em estado de pobreza.

Desde então, o Superior Geral da Congregação reuniu os Presidentes Internacionais das sete ramificações da Família Vicentina e também convidou os líderes de outros grupos internacionais que compartilham o Carisma Vicentino, a participar das reuniões. Esses grupos incluíram a Companhia das Filhas da Caridade, os Irmãos de Caridade, os Irmãos e Irmãs das Graças, os Religiosos de São Vicente, as Companhias Vicentinas, os Irmãos da Imaculada Conceição da Abençoada Virgem Maria, dentre outros.

• FAMVIN PREOCUPA-SE COM O TREINAMENTO DE SEUS MEMBROS São Vicente disse para continuarmos a missão de Jesus Cristo que veio para evangelizar as pessoas menos favorecidas. Essa também é a nossa missão... Na verdade não temos outra missão a não ser aquela de evangelizar os menos favorecidos. A tarefa de evangelização origina-se no nosso Batismo. Como Vicentinos devemos ser evangelizadores.

O tópico principal do pontificado do Papa Francisco é o da nova Evangelização. Fala-se em “nova evangelização” pois vivemos em novos tempos. Na verdade, o mundo virou uma página na história e precisa, mais uma vez, ser evangelizado. De acordo com essa linha de pensamento, a reunião de 2014 da Família Vicentina teve como lema: As Contribuições Vicentinas para a Nova Evangelização.

A Família Vicentina Internacional está envolvida em um importante Programa de Treinamento (O Programa de Ação Colaborativa-PAC) que almeja oferecer melhores condições de vida às pessoas que vivem em estado de pobreza. Esse programa é composto de cinco módulos que são: [1] o Vicentino como um visionário ; [2] o Vicentino como um contemplativo; [3] o Vicentino como um colaborador; [4] o Vicentino como catalisador; [5] o Vicentino como um servo. Em Maio de 2013 esse programa foi lançado e em Junho de 2014 aconteceu a segunda etapa. No Brasil já foram realizados vários repasses desse Curso em algumas Regiões e nesse primeiro semestre de 2017 (maio), realizaremos o PAC NORDESTE 1, contemplando através do Regional Ceará da Província Vicentina, a 1ª Região AIC (Ceará, Piauí e Maranhão).

• PROGRAMAS QUE AJUDAM AS PESSOAS NECESSITADAS As ramificações da Família Vicentina estão engajadas em ajudar as pessoas que se encontram em “novas formas de pobreza” tais como as pessoas com AIDS, os Fo

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oviciados em drogas, refugiados e migrantes. Como membros da Família Vicentina somos chamados não apenas a prover essas pessoas com alimentação, vestuário e medicamentos , mas , ainda mais importante , somos chamadas a lutar juntamente com essas pessoas que vivem em estado de pobreza por justiça, paz, educação e o desenvolvimento holístico de todas as pessoas.

Alguns anos atrás, a Família Vicentina iniciou a “mudança sistêmica”, uma iniciativa que, seguindo os passos de São Vicente de Paulo está direcionada às causas da pobreza. Logo, vimos a criação de alguns projetos importantes que transformaram de maneira radical a vida daqueles que viviam em situação de pobreza (como por exemplo em Madagascar, na República Dominicana, nas Filipinas e no Haiti).

• REPRESENTAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS Muitas ramificações da Família Vicentina, incluindo a nossa AIC, possui

representação como uma Organização Não Governamental nas Conferências da Organização Católica, no Conselho Europeu, no Conselho Pontifício para os Cristãos, nas Nações Unidas (e seus vários corpos, tais como UNESCO, UNICEF, etc.).

Muitos dos projetos das diferentes ramificações da Família Vicentina, são direcionados para a aquisição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que são: 1) erradicar a pobreza e a fome, 2) educação primária universal 3) promover igualdade de sexos e empoderar as mulheres 4) reduzir a mortalidade infantil 5) melhorar a saúde materna 6) combater HIV-AIDS, malária e outras doenças 7) assegurar a sustentabilidade ambiental 8) criar parcerias globais para desenvolvimento.

•A FAMVIN É CONVIDADA A CONSTRUIR UM MUNDO MAIS IGUALITÁRIO E JUSTO.

Como Vicentinos somos convidados a trabalhar pela justiça social . Quando vemos pessoas na rua pedindo comida, é porque não há justiça e, assim o sendo, precisamos agir.

A justiça social significa que as pessoas possuem o suficiente para comer, são livres, podem viver dignamente, tem acesso à empregabilidade e à educação e são capazes de crescer como indivíduos. Trabalhar pela justiça é algo concreto… É ação e não apenas teoria. Temos que estar engajados em uma luta continua contra a pobreza e a desigualdade e devemos tentar tornar o nosso sonho de igualdade uma realidade.

Mesmo assim, pode ser que não consigamos alcançar esse objetivo em sua totalidade, devemos continuar a lutar juntos para mudar essas estruturas que aprisionam tantos homens e mulheres; devemos continuar a lutar juntos para que aquelas pessoas que vivem em situação de pobreza sejam tratadas com dignidade e respeito.

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• COMO FAMVIN SOMOS CHAMADOS A SER “REVOLUCIONÁRIOS” COMO CRISTO

Revolucionários nunca usam de violência; são pessoas de integridade, ou seja, fazem o que dizem. Perseveram na ação e/ou atividade em que estão envolvidos …. estão comprometidos para a realização dessa missão. Cristo foi um revolucionário pois amava tanto as pessoas que deu a sua vida para que as outras pessoas vivessem em totalidade. É muito provável que não seremos totalmente capazes de mudar o mundo, mas podemos mudar a realidade em que algumas pessoas vivem , se podemos convencê-los com o nosso exemplo e o testemunho.

REFLEXÕES PESSOAIS E COMUNITÁRIAS:Reflitamos nas seguintes palavras de Frederic Ozanam, palavras que

refletem a luta por justiça: “A caridade não é o suficiente. Para sarar as feridas, mas não para cessar o que causa essas feridas... Caridade é o Samaritano que unge as feridas do viajante que foi atacado. O papel da justiça é o de evitar os ataques. O objetivo da Sociedade baseia-se em duas virtudes: justiça e caridade. Logo, justiça pressupõe um grande amor pois necessita-se de muito amor para respeitar os direitos de homens e mulheres”.

ATIVIDADES E QUESTÕES:•Na sua cidade ou vizinhança há outras ramificações da Família Vicentina ?

Vocês se reúnem como uma família? Com que frequência vocês interagem uns com os outros.

•Como voluntários da AIC vocês estão envolvidos com quaisquer projetos da Família Vicentina?

•No seu Núcleo, você está envolvida em algum Projeto que objetiva alcançar um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio? Descreva esse projeto.

ORAÇÃO: Senhor Jesus, Tu que te fizeste pobre, faze que tenhamos os olhos e o coração voltados para os pobres e que possamos reconhecer-Te neles; em sua sede, em sua fome, em sua solidão e em sua dor. Suscita em nossa Família Vicentina a unidade, a simplicidade, a humildade e a chama de caridade que inflamou o coração de São Vicente de Paulo. Dá-nos a força para que, fiéis à prática dessas virtudes, possamos contemplar-Te e servir-Te na pessoa dos pobres e um dia unirmo-nos a Ti e a eles no teu reino. Amém.

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ma

ção