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Informativo sacarolhas nº 3 curvas - ibravin.org.br · 1º a 5 de junho - Projeto Imagem Blogueiros 2 de junho - Workshop de Mídias Sociais 2 a 5 de junho - Feira do Dia do Vinho

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Mal começou o ano e os vi-nhos brasileiros já atravessa-ram o mundo. O projeto Wines of Brasil já aterrissou na China, em Hong Kong e Pequim, assim como esteve presente promoven-do os vinhos do Brasil nos Esta-dos Unidos, Alemanha, Holanda, Espanha, Croácia e Polônia. Tão importante quanto rodar o mun-do, contudo, é marcar presença neste imenso solo brasileiro. Por isso o Ibravin se prepara para sua participação na Expovinis 2011, a maior feira de vinhos da Améri-ca Latina e uma das dez mais im-portantes do mundo. Antes, esta-rá no Encontro de Vinhos Off, um evento com mesas de degustação como é praxe pelo mundo afora.

Mas um assunto merece amplo destaque. A divulgação dos diag-nósticos do Programa de Desen-volvimento da Cadeia Produtiva

Presidente: Júlio Gilberto Fante

Vice-presidente: Denis Debiasi

Diretor-executivo: Carlos Raimundo Paviani

Conselho Deliberativo formado pelas seguintes associações: Associação Gaúcha de Viticultores (Aga-vi), Federação das Cooperativas de Vinho do Estado do RS (Fecovinho), Associação Brasileira de Enologia (ABE), Comissão Interestadual da Uva, Secretaria da Agri-cultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa), Sindicato da Indústria do Vi-nho do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Sindicato Rural de Caxias do Sul (Sindirural-Caxias), Associação Nacional dos Engarrafadores de Vinho (ANEV), As-sociação Catarinense de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis) e União Brasileira da Vitivinicultura (Uvibra).

Edição e textos: Orestes de Andrade Jr. Planejamento Gráfi co: Alvo Global Publicidade e Propaganda

IBRAVINCNPJ: 02.728.155/0001-74. Alameda Fenavinho, 481. Edifi cação 29Bento Gonçalves - RS Telefone e fax: + 55 54 3455.1800E-mail: [email protected]

de Vinhos, Espumantes e Sucos de Uva, realizado em parceria entre o Sebrae e o Ibravin. Além do Raio-X sobre a produção vi-tivinícola nacional, foi revelado um inédito mapa do enoturismo no Brasil.

No mundo inteiro, pessoas que trabalham com o vinho têm o per-fi l de bem receber. Vinho e turis-mo sempre andaram juntos. Mas será que isso ocorre no Brasil, com sua gente acolhedora e rica em tradições familiares? Será que o enoturismo já é uma indústria capaz de gerar postos de trabalho diretos nas vinícolas e indiretos em hotéis, restaurantes, presta-dores de serviços, sendo o centro de desenvolvimento de muitas re-giões?

As respostas estão nas páginas seguintes. Não perca. Boa leitura e saúde!

O presidente da Câmara Seto-rial da Viticultura, Vinhos e Deri-vados, Arnaldo Passarin, entregou, no dia 1º de março, a Agenda Es-tratégica 2011-2015 do setor vi-tivinícola brasileiro ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, na reunião com os presidentes das 32 cadeias produtivas, em Brasília. Ele esteve acompanhado do dire-tor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani. Rossi destacou a importância do trabalho desen-volvido pelas Câmaras Setoriais e Temáticas para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, dizendo que elas “são essenciais para a for-mulação das políticas públicas”. “Muitas das questões tratadas pe-los setores acabam repercutindo

O MINISTRO da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wag-ner Rossi, se reúne com os presidentes das câmaras setoriais

em ações concretas do governo”, disse.

O ministro salientou que as agendas estratégicas estabelecem um canal de priorização das ne-cessidades das cadeias produtivas. Nesse sentido, o setor vitiviníco-la defi niu duas ações primordiais – o Programa de Modernização da Vitivinicultura e a Política de Controle dos Estoques de Vinhos. Além destas duas demandas priori-tárias, o setor pede a realização do Cadastro Vinícola e do Cadastro Vitícola em nível nacional e apoio para ações de promoção no merca-do interno e externo.

No encontro, Rossi desafi ou os setores a ajudarem o governo a for-mularem um livro, até o fi m deste

ano, com artigos do ministro, dos representantes das câmaras seto-riais e temáticas e dos secretários da pasta. A publicação levará à so-ciedade uma visão da agricultura brasileira atual, com perspectivas para os próximos anos, e será dis-tribuída em universidades, institui-ções e casas legislativas.

Foto: Elza Fiúza/Abr

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3ENIO QUEIJADA no Seminário do Setor Vitivinícola: Diagnóstico, Perspectivas e Desafi os foi realizado em Brasília

A produção de vinhos, sucos de uva e espumantes é uma atividade econômica com potencial de desen-volvimento e expansão no Brasil, inclusive para exportação. Também há gargalos a serem enfrentados e solucionados, entre eles o custo da mão de obra nas regiões produtoras de uva. Para cuidar destas questões, Sebrae e Ibravin realizam o Progra-ma de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Vinhos, Espumantes e Sucos de Uva. As duas instituições acabam de lançar o Diagnóstico Qualitativo da Vitivinicultura Brasi-leira, que mapeia a atividade no país.

O estudo foi elaborado por José Fernando da Silva Protas e Umber-to Almeida Camargo, pesquisado-res da Embrapa Uva e Vinho. Nove regiões no País produzem uvas e derivados. Os estados onde se cul-tiva a fruta são RS, SC, PR, SP, ES, MG, GO e PE. Neles há polos tradi-cionais, novos e em fase de resgate, conforme explica Protas. “Fizemos um perfi l das diferentes regiões produtoras, sem nos preocuparmos com o tamanho da área”, explica o pesquisador.

Custos A vocação cultural e histórica

da Região Sul para a vitivinicultura é um dos principais motivos de sua alta competitividade no setor, espe-cialmente no Rio Grande do Sul. Já outras áreas produtoras enfrentam difi culdades pelos custos de contra-tação da mão de obra, segundo Pro-tas.

Nos municípios de Andradas e Caldas, que fazem parte de uma re-gião tradicional do setor vitivinícola no sul de Minas Gerais, alguns em-presários preferem importar a fruta do Rio Grande do Sul a arcar com as despesas de seu cultivo e colheita. “Eles compram as melhores espécies de uvas gaúchas e processam o vi-nho em suas propriedades”, informa Protas.

Foto: Bernardo Rebello

Desenvolvimento territorial Uma das novidades mostradas no

diagnóstico do Sebrae e Ibravin vem de Goiás, onde há projetos importan-tes em andamento nos municípios de Santa Helena, Paraúna e Itaberaí. Nessas cidades, a produção de uva, vinho e sucos é uma alternativa para o desenvolvimento territorial e gera-ção de empregos e renda em lugar do algodão. O vinho produzido em Goi-

ás é em sua maioria (70%) envasado no Rio de Janeiro.

Os resultados do estudo foram apresentados no Seminário do Setor Vitivinícola: Diagnóstico, Perspecti-vas e Desafi os, realizado no dia 24 de março, em Brasília, com a presen-ça de representantes do Sebrae, setor vitivinicultor, de órgãos do governo federal e de instituições públicas e privadas.

No Brasil29 de abril a 8 de maio - Fenavinho Brasil (Bento Gonçalves)4 de maio - Quality Wine - Workshop de qualifi cação com o tema: A Sustentabilidade e seus Impactos no Setor Vitivinícola Brasileiro.3 a 8 de maio - Projeto Imagem Nacional 9 a 12 de maio - APAS27 de maio a 5 de junho - Dia do Vinho – Projeto Integrado1º a 5 de junho - Projeto Imagem Blogueiros2 de junho - Workshop de Mídias Sociais2 a 5 de junho - Feira do Dia do Vinho em Porto Alegre2 a 13 de junho - Cursos de Degustação na Expobento 201115 a 19 de junho - Projeto Imagem Senac11 a 15 de julho - Circuito Brasileiro de Degustação

No exterior11 a 13 de maio - Sial Canadá (Toronto)14 de maio - Decanter New World Encounter, em Londres12 de maio - Evento de degustação em Zurique na Suiça11 a 14 de maio - Hofex em Hong Kong17 a 19 de maio - London International Wine Fair20 de maio - Evento de degustação em Estocolmo na Suécia29 de maio - Indy Car Race Indianápolis11 de junho - Indy Car Race Texas15 a 17 de junho - Missão Técnica a Borgonha16 a 20 de maio - Missão EUA do Programa do Suco de Uva para a região de Nova Iorque19 a 23 de junho - Vinexpo (França)

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O mais com-pleto diagnósti-co do enoturis-mo brasileiro. Este é o traba-lho realizado pela consultora Maria Amélia Duarte Flores de julho de 2010 a feve-reiro de 2011, fruto do Pro-grama de De-senvolvimento da Cadeia Produtiva de Vinhos, Espumantes e Sucos de Uva, reali-zado em parceria entre o Sebrae e o Ibravin. O resultado do diagnóstico é um mapa completo da atividade no País, com suas características e, sobretudo, potencialidades. A pri-meira conclusão é “o Brasil é um dos destinos de vinhos mais belos e diversifi cados do mundo. O mar de oportunidades, paisagens, sa-bores é tão grande, que nem sem-pre o enoturismo é visto de uma maneira profi ssional, pela maioria das empresas, no Brasil. É uma parte do mercado que o setor acaba se importando quando há crise ou quando o vizinho investe e acredi-ta”, afi rma Maria Amélia. Há bons exemplos a seguir.

Por um lado, existem roteiros variados, diversifi cados, para to-das as classes sociais. Há atrativos consagrados e simples - como os roteiros da vinícola Aurora, que re-cebe mais de 150 mil visitantes ao ano, ou as vinícolas de São Roque, em São Paulo, cuja cidade recebe cerca de 700 mil visitantes por ano. Também há opções sofi sticadas, como o SPA do Vinho, no coração do Vale dos Vinhedos, ou mais sin-gelos, mas não menos prazerosas, como ir aos porões da Família Bet-tu, em Garibaldi, onde o visitante chega a passar o dia conversando e “fi losofando” com os proprietários.

Por outro lado, o vinho cresce no Brasil, há muita gente queren-do conhecer e explorar estas novas regiões. Os brasileiros, aliás, são o principal público visitante de Men-doza, na Argentina. Nenhum outro País no mundo possui tanta diver-sidade em um só território. No Rio Grande do Sul (Serra Gaúcha, Cam-panha, Serra do Sudeste e Campos de Cima da Serra) e Sudeste (São Paulo, Espírito Santo e Minas Ge-rais), a produção é semelhante às clássicas regiões vitivinícolas euro-péias, com uma colheita por ano (no verão) e um período de repouso dos vinhedos (no inverno).

No Nordeste, na semi-árida re-gião do Vale do São Francisco, nos estados da Bahia e Pernambuco, surgiu uma novidade, as colhei-

tas em meses sucessivos (até duas e meia) durante o ano. Em Santa Catarina, ainda há os vinhos de al-titude, desenvolvida em ambiente com temperaturas extremamente baixas, e a possibilidade de colher uvas no gelo. Tudo isso num só lu-gar. Tudo isso no Brasil. Em um só País, vários sabores, aromas e di-ferentes peculiaridades podem ser encontradas, dependendo da região onde a uva é produzida e o vinho é elaborado. “Não há lugar mais divertido para se fazer enoturismo no mundo”, declara Maria Amélia, enóloga e consultora em Marketing e Turismo do Vinho. Basta explorar esta potencialidade.

Confi ra, nas próximas três pági-nas, as características dos principais destinos de enoturismo do Brasil.

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Textos e fotos: Maria Amélia Duarte Flores

ESPÍRITO SANTO: paisagem serrana no centro do País atrai turistas do Brasil inteiro

PAISAGEM tropical, com árvores frutíferas (manga) e bodes em meio ao vinhedo chamam a atenção dos visitantes

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Há apenas 40 minutos de São Paulo está a “Estância Turística de São Roque”, já famosa por seus vinhos há mais de 50 anos. Além de uma infi nidade de vinícolas de todos os portes - pequenas, médias e grandes - organizadas em rotei-ro, há estrutura de atrativos para as famílias. Chocolate, gastronomia portuguesa (diferente de outras regiões, aqui o vinho foi trazido por portugueses e não italianos), e um grande parque temático, o Ski Mountain Park são as diversões do paulista, que costuma passar o dia

A beleza dos cânions, da vas-tidão do planalto catarinense, pintada de branco no inverno, começa a ganhar novos compo-nentes na sua paisagem: vinhe-dos e vinícolas únicas. Futuro destino de luxo, a Serra Catari-nense atraiu olhares de grandes empresários apaixonados por vinho, que através de proje-tos ambiciosos, alta tecnologia, consultorias internacionais, tem transformado a região. São inú-meros produtores, dispostos a elaborar o melhor que a região puder oferecer. Os vinhos bran-cos já estão entre os melhores da América Latina. Considerando o clima único, a neve de inverno, o

Em outro estado em pleno de-senvolvimento no Brasil, com óti-ma infra-estrutura hoteleira, aero-portos, estão inúmeras rotas de vi-nhos. Todas baseadas em empresas

por semana, com o maior restau-rante do mundo e pequenas, porém equipadíssimas, vinícolas. Ali pró-ximo também está Colombo, outra tradicional região produtora, repleta de restaurantes e casas coloniais. Já Bituruna, próximo a Santa Catari-na, começa a se desenvolver como pólo de produção e engarrafamento, já sendo economicamente impor-tante para o município o vinho e o turismo associado. Além destas, no Norte do Paraná, na região de Tole-do, produtores artesanais começam a dividir espaço com projetos mais ambiciosos, transformando o vinho também em atrativo e diferencial.

Além de praias, Santa Catarina passa a ser referencia: turismo para todas as classes, com gera-ção de muitos novos empregos.

e retornar para sua casa. O des-taque é para a vinícola Góes, que além de um grande prédio, possui um com-plexo com res-taurante, lago, lojas, sorveteria, para agradar to-dos os públicos. Já os destinos de Jundiaí e Lou-veira reúnem famílias em turismo rural, através de roteiros de expe-

riência nas pequenas propriedades, baseado em produtos coloniais, vi-nho, cachaça, paisagem e bem estar.

familiares. O Caminho do Vinho – Colônia Mergulhão, que está no interior de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, uma das que mais consome vinho

no Brasil, reúne pequenos produ-tores, cafés colo-niais, paisagem e ateliers de arte. Também em Curitiba, o tra-dicional bairro italiano de Santa Felicidade rece-be cerca de 4 a 5 mil visitantes

sabor do pinhão, a preservação do meio ambiente e os cenários, é uma das maiores potenciali-dades do enoturismo brasilei-ro. Além da serra, há também um trabalho de resgate de vinhos arte-sanais com q u a l i d a d e na região de Urussan-ga, com in-dicação de procedência através da uva Goethe.

Foto: Divulgação

PARQUE temático em São Roque é um dos atrativos para as crianças

PÓRTICO de entrada da cidade de Bituruna no Paraná

SERRA Catarinense tem potencial para ser um destino de luxo do enoturismo brasileiro

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A Serra Gaúcha é hoje refe-rência mundial em enoturismo. Depois do Napa Valley, o Vale dos Vinhedos é a região mais or-ganizada em turismo do vinho no mundo. São hotéis de todos os níveis, restaurantes de vários es-tilos, vinícolas de portas abertas e pessoal qualifi cadíssimo. Paisa-gens únicas cobertas de vinhedos mudam as cores conforme cada estação do ano. A infraestrutura de cidades como Bento Gonçalves

Vinho e turismo sempre andaram juntos. No mundo inteiro, pessoas que trabalham com o vinho têm o perfi l de bem receber. Gostam de sua casa cheia, uma mesa farta, compartilhar ideias. Preservam a terra, sabem o va-lor do meio ambiente, têm valores fa-miliares e tradições.

Considerando também que entre vinhedos e vinícola gera-se um núme-ro de postos de trabalho, ao implantar o turismo surgem vagas incontáveis: é uma atividade que demanda muitas pessoas, além de empregos indiretos em hotéis, restaurantes, prestadores de serviços. Desenvolve toda uma região.

Quando falamos de Brasil, um povo conhecido pela alegria, acolhedor, emo-tivo e muito criativo, o turismo relacio-nado ao vinho vai a outra dimensão. Mais do que beber, degustar, apreciar a paisagem, o enoturismo brasileiro é repleto de experiências afetivas, que remetem à infância, “a um passado

onde tudo era melhor, mais verdadeiro, mais saboroso”.

Provar o pão, o gosto do queijo, o sa-bor do vinho, conversar com os vinhatei-ros, ver os animais nas propriedades, re-mete a vida simples já perdida por muitos na correria das cidades grandes. Assim, grupos de famílias, com crianças, pais, avós, amigos, entram em seus carros e se deslocam semanalmente, seja para passar um dia ou desfrutar de uma semana, nos diferentes caminhos do vinho que o Brasil proporciona.

Porém, há também um choque: ao se deparar com alta tecnologia, capricho e cuidado na elaboração, há uma mudança imediata da imagem do vinho brasileiro. O consumidor percebe que mesmo preser-vando tradições, terroir, há uma preocu-pação séria em não parar no tempo, for-talecendo e melhorando a passos largos a qualidade do vinho. Segundo Adriano Miolo, “o enoturismo é uma das formas mais efi cazes de construção de imagem

do vinho brasileiro, acabando com pre-conceitos, proporcionando experiências. Além de gerar empregos e faturamento, é um marketing imensurável.”

Em um país onde o índice de migra-ção preocupa e incha os grandes cen-tros, o turismo é uma das mais efi cientes ferramentas de fi xação de homem no campo. Além do complemento (ou nova fonte) de renda, valoriza o ser humano. Ao ver o diferencial de sua propriedade, receber e conviver com outras pessoas, idiomas, culturas, a autoestima se forta-lece, a família se une. Ele se orgulha de fi car na sua comunidade, se sente prote-gido. O jovem não se sente excluído, se orgulha de ser “colono”, mas um colono que acessa a internet, tem celular, fre-quenta bons lugares, viaja, se especiali-za. E se o diferencial for o vinho, melhor ainda: há o toque de charme, cultura e personalidade.

Maria Amélia Duarte FloresEnóloga e consultora em Marketing e Turismo do Vinho

e Caxias do Sul, que mesmo grandes preservam a essência do viver do interior, junto aos parques de eventos, gastrono-mia, indústrias metalúrgicas e moveleiras mostram o poten-cial em turismo de negócios. Sem contar as inúmeras rotas paralelas: Maria Fumaça, Rota dos Espumantes, Caminhos de Pedra, Caminhos da Colônia, Flores da Cunha, são atrativos para retornar muitas vezes.

Uma região com menos de 30 anos de existência, mas um poten-

cial ilimitado. Terroir de gaúcho, de homem a cavalo, churrasco,

rusticidade. Talvez a promessa em qualidade de vinhos tintos. A pai-sagem confunde o Uruguai com o Brasil. O pampa ainda possui seu bioma preservado, com animais nativos, fl ora, geografi a. Cidades como Santana do Livramento, Bagé e Dom Pedrito começam a se destacar. Além de vinhos, estân-cias, o viver campeiro, turismo de compras nos free shops. Mais uma opção de renda em uma das re-giões que mais sofre com o êxodo rural, uma alternativa para fi xar este povo nos pampas.

Textos e fotos: Maria Amélia Duarte Flores

Foto: Divulgação

VINÍCOLA Aurora recebe mais de 150 mil visitantes por ano

PAMPA GAÚCHO: paisagem natural, com cordeiros nos vinhedos da Campos de Cima em Itaqui

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Depois dos diagnósticos, chega a hora da ação prática. O Ibravin, em parceria com o Sebrae, está com inscrições abertas para as vinícolas brasileiras participarem do Progra-ma de Qualifi cação da Produção Vinícola, cujo objetivo é alavan-car a competitividade do setor no mercado nacional e internacional. A programação do programa de qualidade contempla capacitação em BPA (Boas Práticas Agrícolas), BPE (Boas Práticas de Elabora-ção) e APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), re-quisitos fundamentais para enfren-tar com desenvoltura o disputado mercado local e global de vinhos. “Estes programas garantem a segu-rança alimentar dos produtos”, afi r-ma a coordenadora de projetos do Ibravin, Raquel Rohden.

Ela cita três razões básicas que respondem a pergunta das empre-sas: por que implantar estes proces-sos? “Para ter controle da produção, reduzir custos e aumentar a produ-tividade”, responde Raquel. A fór-mula BPA + BPE + APPCC resulta na elaboração de produtos sadios e

Foto: Arquivo

PROGRAMAS de qualidade garantem segurança alimentar dos produtos, como na Vinícola Salton

de maior qualidade para melhorar a nutrição e alimentação das pessoas. “É a garantia de organização e con-trole das empresas e propriedades, que traz benefícios como trabalha-dores mais saudáveis, sustentabili-dade e acesso a novos mercados, in-clusive no exterior”, destaca Raquel Rohden.

O prazo de implantação da con-sultoria de implantação dos con-ceitos de BPA, BPE e APPCC tem duração de um ano. O Sebrae e o Ibravin subsidiam a metade dos custos para as empresas que se ins-creverem no programa. Mais infor-mações pelo e-mail [email protected]

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O Ibravin e demais entidades do setor vitivinícola brasileiro vol-taram a solicitar ao governo brasi-leiro a permanência da proibição de importação de suco de uva con-centrado a granel, destinado à in-dustrialização, vindo da Argentina. O pedido enviado ofi cialmente às autoridades brasileiras foi motiva-do pela perspectiva de uma nova investida da presidente argentina Cristina Kirchner sobre a presiden-ta brasileira Dilma Rousseff pedin-do a liberação deste produto da Ar-gentina para o Brasil.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde, informou ao Ibravin que o assessor para Assun-tos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que, após debater o tema, o governo manteve posição contrária ao pleito argentino. Se-gundo ele, a posição do governo é que “é legítimo que o governo argentino traga o tema para pauta das reuniões, mas que o governo brasileiro já tem posição contrária a este pleito e pretende continuar apoiando o setor produtor de uvas, sucos e vinhos do Brasil.”

Em almoço com lideranças do setor, no dia 25 de março, o secretário-executivo do Ministé-rio de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Alessandro Teixeira, confi rmou a posição do governo federal de apoiar a decisão do setor de não permitir o comércio de produtos derivados da uva e do vinho a granel, conforme estabele-ce o Regulamento Vitivinícola do Mercosul, construído entre as par-tes e aprovado ainda em 1996.

HistóricoNo dia 27 de julho do ano pas-

sado, uma comitiva do setor viti-vinícola gaúcho esteve em Brasí-

Foto: Gilmar Gomes / Arquivo

IBRAVIN age para proteger os produtores de suco de uva no Brasil contra as investidas dos argentinos

lia em audiência com os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Desenvolvi-mento Agrário, Guilherme Cas-sel, para solicitar a permanência da proibição de im-portação de suco de uva concentra-do a granel vin-do da Argentina. Carlos Raimundo Paviani (diretor-executivo do Ibravin), Arnaldo Passarin (presi-dente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viti-cultura, Vinhos e Derivados), Beni-to Panizzon (pre-sidente da Agavi), Raimundo Bampi (Comissão Inte-restadual da Uva) e José Carlos Es-tefenon (conse-lheiro da União da Brasileira de Vitivinicultura) representaram os interesses de 20 mil famílias de viticultores gaúchos e de mais de 700 vinícolas familiares de micro e pequeno porte, responsáveis por mais de 100 mil pessoas.

“Estamos alarmados e an-gustiados com esta possibilida-de, que, se confi rmada, será um desastre para a cadeia produtiva vitivinícola gaúcha e brasileira”, disse, na época, o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Pro-dutiva da Viticultura, Vinhos e Derivados, Arnaldo Passarin. “Não se trata de uma discrimi-nação e sim de uma necessária

preocupação de proteger um setor frágil e ainda em formação”, ar-gumentou o presidente da Agavi, Benito Panizzon.

Nos documentos entregues no ano passado aos ministros da Agri-cultura e Desenvolvimento Agrá-rio foram citados quatro argumen-tos principais contra a importação a granel do mosto concentrado ar-gentino pelo Brasil. São eles: 1) fa-tores de ordem jurídica: a vedação legal; 2) fatores de ordem sócio-econômica; 3) fatores relativos à concorrência desleal: subsídios aos produtores argentinos; e 4) fatores relativos ao abastecimento do mer-cado interno.

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10OLIR SCHIAVENIN: “Foi uma decisão sábia e sensível do ministro”

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou que sucos de uva pro-duzidos pelo tradicional sistema a vapor continuem sendo registrados como bebidas integrais. A medida benefi cia mais de 500 produtores familiares do Brasil. O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, integrante do Con-selho Deliberativo do Ibravin, que esteve em Brasília participando de audiência com o ministro Wagner Rossi, diz que foi defi nido um prazo de três anos para que sejam estabe-lecidas as novas normas técnicas de produção e classifi cação deste pro-duto pelas pequenas agroindústrias de suco de uva. “Foi uma decisão sábia e sensível do ministro”, reco-nhece Schiavenin.

A produção de suco pelo sistema a vapor - ou “a panela” - é típica dos viticultores brasileiros. O resultado sempre foi considerado suco inte-gral, com 100% da fruta, sem adi-ção de água nem açúcar. Entratanto, uma nova interpretação dos técni-cos do Ministério pretendia rever esta classifi cação. Isso obrigaria os produtores a vender a bebida como néctar ou refresco, uma vez que o processo a vapor leva ao risco de in-

corporação de água ao produto. “O ministro foi claro, dizendo para os técnicos deixarem os produtores fa-zerem o que sempre fi zeram”, afi r-ma Schiavenin.

“A norma afeta centenas de fa-mílias que produzem o suco há anos. Temos que dar um prazo para que adaptem suas tecnologias”, ex-plica o ministro. O sistema - que, grosso modo, consiste em ferver água em uma panela com os cachos de uva em um compartimento aci-ma – é utilizado, principalmente,

por agricultores familiares que pro-duzem suco em menor escala. Olir Schiavenin estima que a produção de suco por este método alcance 8 milhões de litros.

O ministro da Agricultura for-mou um grupo de trabalho para re-alizar um estudo com vistas à cria-ção de regulamento específi co para a produção de suco pelo sistema de arraste a vapor. “Com o tempo, deve surgir uma classifi cação espe-cífi ca para este tipo de suco”, obser-va Schiavenin.

Foto: Orestes de Andrade Jr. / Arquivo

A legislação brasileira define suco integral como a bebida que não tem adição de água, não é fermentada e nem concentrada. Na fabricação do néctar, a fruta é diluída em água potável, com adi-ção de açúcares. O refresco tam-bém não é fermentado e é obtido pela mistura em água. O teor de suco nos néctares e refrescos va-ria conforme a fruta, sendo que a porcentagem de suco no néctar nunca poderá ser inferior ao teor do suco encontrado no refresco.

Como aproveitar melhor as oportunidades de mercado de um produto que só faz bem à saúde? Esta foi a proposta do 1º Seminário do Suco de Uva, realizado no dia 19 de abril, no CIC (Centro da In-dústria e Comércio) de Bento Gon-çalves, com patrocínio do Sebrae, e promoção do Ibravin e do Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), em parceria com a Apex-Brasil. Estas entidades desenvolvem, juntas, o Programa de Desenvolvimento Se-torial do Suco de Uva, criado em agosto de 2009.

Além de tratar da produção de

uva em panela extratora, orientan-do os produtores presentes, o semi-nário abordou as novas tendências no mercado nacional e mundial de sucos. “Na teoria, é fácil promover uma bebida sem álcool, pura, natu-ral e integral, sem adição de água nem açúcar. Mas na prática a dis-puta entre os concorrentes e simi-lares é bastante complexa”, disse a coordenadora do programa, Raquel Rohden. O evento ainda abordou a promoção do suco de uva 100% natural pronto para beber entre os consumidores, analisando estraté-gias de marketing e comunicação.

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PROMOÇÃO do suco de uva 100% natural pronto para beber destaca que é um produto puro, sem adição de água, açúcar nem conservantes

A segunda participação con-secutiva das empresas brasileiras produtoras de suco de uva 100% natural pronto para beber na Gul-food, maior feira de alimenta-ção do Oriente Médio, ocorreu de 27 de fevereiro a 2 de março, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Aurora, Catafesta, Ga-liotto e Irmãos Molon ocuparam o espaço do Ibravin no estande do Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), em parceria com a Apex-Brasil.

No ano passado, ocorreu a es-treia do projeto “Grape Juice of Brazil” na Gulfood com a presen-ça de produtos de quatro empre-sas (Casa de Madeira, Sinuelo, Panizzon e Natural Products), mais a Aurora, que além de seus sucos enviou representante para a feira. “A Gulfood é estratégi-ca para o suco de uva 100% na-tural brasileiro por ser realizada nos Emirados Árabes Unidos, em uma região com alto poder aqui-sitivo e onde a venda e o con-sumo de bebidas alcoolicas são proibidos por questões religiosas aos muçulmanos”, afi rma a coor-denadora do Programa de Desen-volvimento Setorial do Suco de Uva, Raquel Rohden, que estave em Dubai acompanhando a feira.

Três empresas – Catafesta, Galiotto e Irmãos Molon – fi ze-ram a sua primeira participação na Gulfoof 2011. “Este ano nos-sa participação na feira teve mais força, porque contamos com a presença dos representantes de todas as empresas para nego-ciar”, afi rma Raquel. Segundo ela, o Sebrae Nacional patroci-nou a participação das empresas na Gulfood, pagando a metade dos custos de deslocamento e hospedagem.

Fotos: Aline Schenatto

COMO há a proibição de consumo de bebidas alcoólicas por questões religiosas, o suco de uva tem tido uma demanda crescente no Oriente Médio

Mercados-alvo O Programa de Desenvolvi-

mento Setorial do Suco de Uva, criado em agosto de 2009, já conta com a adesão de 12 em-presas – Casa de Madeira, Cata-festa, Cooperativa Aurora, Co-operativa Aliança, Cooperativa Garibaldi, Cooperativa Monte Vêneto, Irmãos Molon, Natural Products (Suvalan), Vinícola Muraro, Vinícola Galiotto, Vi-nícola Menakaho e Terragnolo. Conforme Raquel Rohden, o Brasil é conhecido no mercado externo pelo suco concentrado. “O objetivo do programa é di-

vulgar o suco de uva 100% natu-ral, que tem maior valor agrega-do”, esclarece.

Ao lado de Estados Unidos, Canadá e Angola, os Emirados Árabes Unidos estão entre os quatro mercados-alvo para a pro-moção brasileira do suco de uva 100% natural no mundo este ano. Para os próximos anos, também serão trabalhados países como Chile, Colômbia, Guatemala e Venezuela. “A diversidade de uvas existentes no Brasil, que deixa o suco mais saboroso, é um dos maiores diferenciais do nos-so suco de uva”, salienta Raquel.

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Está confi rmado o cronograma de destruição de bebidas apreendi-das nas operações de combate ao descaminho da Receita Federal este ano. Com início nos dias 27 e 28 de abril, a inutilização de vinhos, es-pumantes, destilados, entre outros produtos contrabandeados pelas fronteiras do Brasil com o Paraguai, a Argentina e o Uruguai, terá uma programação mensal até dezembro.

Ao todo, serão 15 eventos de destruição das bebidas ilegais, in-forma Joseane Araujo, chefe da Seção de Gestão de Mercadorias Apreendidas da 10ª Região Fiscal da Receita. As ações servirão para abrir espaço nos depósitos da Re-ceita, que intensifi cará a fi scaliza-ção, principalmente sobre os vinhos e espumantes sem Selo de Controle Fiscal, obrigatório para rótulos na-cionais e importados desde o dia 1º de janeiro.

O descarte das mercadorias será feito por meio do Sistema de Trata-mento de Efl uentes de uma vinícola gaúcha, envolvendo uma parceria entre o Ibravin e a Receita Fede-ral. Os vidros, plásticos e papel das embalagens dos produtos serão en-caminhados para reciclagem pelo Ibravin.

A programação foi acertada pela Receita Federal depois da destrui-ção, no dia 25 de janeiro, de cerca de 6.000 garrafas de bebidas con-trabandeadas apreendidas em San-tana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Em torno da meta-de dos itens recolhidos eram de vi-nhos e espumantes importados, que entraram de forma ilegal no Brasil. A outra metade era composta por destilados e cerveja.

VolumeSegundo o chefe da Divisão de

Programação e Logística da Recei-

ta Federal em Porto Alegre, André Luís Souza da Silva, o volume de bebidas destruído em janeiro é ape-nas 10% do total de itens guardados nos oito depósitos existentes no Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Ca-xias do Sul, São Leopoldo, Passo Fundo, Santa Maria, Santo Ângelo, Santana do Livramento e Uruguaia-na).

O valor dos produtos ilegais ar-mazenados soma em torno de R$ 6 milhões. “Nossos depósitos estão abarrotados”, informa. Por isso, a Receita Federal propôs ao Ibravin esta parceria para abrir espaço a no-vas apreensões. “Queremos inutili-zar pelo menos uma carga de pro-

Foto: Orestes de Andrade Jr. / Arquivo

Cerca de 10 mil litros de vinho foram apreendidos pelos técnicos do Depar-tamento de Produção Vegetal (DPV), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), em ação de fi scalização que vem sendo realizada em estabelecimentos comerciais em todo o Estado. As equipes da Divisão de Eno-logia fi zeram 60 apreensões do produto, cuja inutilização ocorreu no dia 11 de janeiro. A mercadoria apreendida foi recolhida ao depósito localizado no muni-cípio de Bento Gonçalves, mantido em parceria com o Ibravin. Segundo Plínio Manosso, da Regional de Caxias do Sul, o vinho foi jogado fora no sistema de efl uentes de uma vinícola gaúcha, sem causar nenhum dano ao meio ambiente.

dutos apreendidos com aproxima-damente 6 mil garrafas por mês”, revela.

Conforme André Silva, o acordo com o Ibravin possibilitará um pro-cesso contínuo de descarte de pro-dutos apreendidos pela fi scalização, criando espaço para novas ações de combate à entrada de bebidas por descaminho e de vinhos nacionais e importados sem o Selo de Con-trole Fiscal. “Estamos atuando em defesa do mercado e dos produtos nacionais”, destaca. “Criamos nú-cleos de repressão ao descaminho, contrabando e outras fraudes em várias cidades da fronteira do Esta-do e também no interior”, anuncia.

BEBIDAS contrabandeadas apreendidas, sendo metade vinhos e espumantes, foram destruídas em janeiro

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Quem consome vinho tem mui-to mais razão em gritar “saúde!”. É isto que a campanha de fi nal de ano do Instituto Brasileiro do Vi-nho (Ibravin) procurou informar com uma ação de marketing di-recionada aos pontos de venda da bebida de Baco no Rio Grande do Sul, principal estado produtor no Brasil e o segundo em consumo. A campanha “Saúde, em 2011, viva melhor, beba vinhos, espumantes e suco de uva do Brasil”, desenvol-vida pela agência Escala, esteve presente em 70 supermercados das seis principais redes varejistas ins-taladas em 25 municípios do RS.

Segundo o gerente de Promo-ção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini, no fi nal do ano passado a mídia deu um destaque ainda maior para os conhecidos benefí-cios do vinho para a saúde. “Sur-giram novidades apontadas por pesquisadores brasileiros, como o potencial do vinho no combate a diabetes, hipertensão e excesso de colesterol”, aponta. “Nossa inten-ção é estimular o consumo de vi-nhos e espumantes do Brasil como um hábito saudável, sempre com moderação”, destaca.

A campanha utilizada para am-bientar os pontos de venda com

mensagem de vinho e saúde utilizou car-tazes, take one (ma-terial volante que am-plia as informações sobre os benefícios da saúde para as pesso-as) e tags (colocadas nas garrafas de vinhos e espumantes brasi-leiros). Pela internet, o Ibravin disparou e-mail marketing de-monstrando a impor-tância do consumo de vinhos e espumantes para uma vida me-lhor. Todo o material permanece disponível para as vinícolas inte-ressadas.

Os supermerca-dos que receberam a ambientação do Ibra-vin foram Carrefour, Zaffari, Big/Nacio-nal, Apolo, Peruzzo e Asun nos municípios de Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta, Carazinho, Ijuí, Lagoa Vermelha, Santa Cruz do Sul, Marau, Bento Gonçalves, Alvorada, Viamão, Cachoeirinha,

ZAFFARI: 13 lojas em Passo Fundo, Cruz Alta, Carazinho, Porto Alegre, Ijuí, La-goa Vermelha, Santa Cruz do Sul e Marau.

BIG/NACIONAL: 12 lojas em Porto Alegre, Bento Gonçalves, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha.

PERUZZO: 18 lojas em Bagé, Candiota, Pelotas, Caçapava, Canguçu, Dom Pedrito Santa Maria e Alegrete.

APOLO: 8 lojas em Bento Gonçalves e Garibaldi.

CARREFOUR: 8 lojas em Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo Santa Maria e Caxias do Sul.

ASUN: 11 lojas na Grande Porto Alegre e em Estância Velha.

Bagé, Candiota, Pelotas, Caçapava, Canguçu, Dom Pedrito, Alegrete, Garibaldi e Estância Velha.

Globo RepórterConforme o programa Globo

Repórter dedicado exclusivamente ao assunto, no dia 17 de dezem-bro, o vinho pode evitar a morte de células cerebrais, o resveratrol presentes na casca da uva auxilia no combate ao câncer associado à quimioterapia e o vinho diminui o risco de doenças do coração. Além disso, pesquisadores aconselham as pessoas a tomarem uma taça de vinho por dia nas refeições como forma de prevenirem diversas do-enças. O suco de uva, segundo pes-quisas recentes, também previne enfermidades e aumenta a expec-tativa de vida.

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Um dos mais famosos críticos de vinhos do mundo – o britânico Oz Clarke – esteve no Brasil pela segunda vez para conhecer melhor da produção vitivinícola verde-amarela. Ele participou do Projeto Imagem do Wines of Brasil, projeto de promoção comercial dos vinhos fi nos brasileiros no mercado ex-terno, realizado em parceria entre o Ibravin e a Apex-Brasil, ao lado de mais quatro jornalistas interna-cionais, especializados no setor: Michael Desimme e Jeffrey Joseph Jenssen, dos Estados Unidos; Antti Uusitalo, da Finlândia; e Frank Ka-emmer, da Alemanha.

O grupo visitou 11 vinícolas na Serra Gaúcha – Miolo, Pizzato, Casa Valduga, Don Laurindo, Au-rora, Don Giovani, Geisse, Lidio Carraro, Boscato, Perini e Salton – todas integrantes do Wines of Bra-sil. Ainda participaram de degusta-ções de vinhos das vinícolas Irmãos Basso, Piagentini, Adega Cavalleri, Campos de Cima e Courmayeur e das cantinas do Planalto Catarinen-se (Santo Emílio e Sanjo), além de fazerem uma visita à Escola de Gastronomia UCS-ICIF, situada em Flores da Cunha, e na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves. Confi ra, a seguir, as opiniões de Oz Clarke sobre os vinhos do Brasil.

A íntegra de seu depoimento, transformado na entrevista abaixo, pode ser vista no site Youtube, no endereço http://www.youtube.com/watch?v=eItCl7UxWeQ.

O sr. encontrou a tradição ita-liana nos produtores imigrantes da Serra Gaúcha?

Oz Clarke: Menos do que deve-ria. Esse é provavelmente um dos paradoxos da Serra Gaúcha. Eu vejo a história, a cultura, tudo da cultura italiana. Todavia, os produ-tores estão um pouco presos a uma abordagem francesa nos vinhos que elaboram. A raiz dessas pesso-

as, o sangue dessas pessoas é basi-camente italiano. E há todas essas uvas, Merlot, Cabernet, Cabernet Franc, Tannat, Chardonnay, todas do tipo francês.

Como o sr. acha que deveriam ser os vinhos da Serra Gaúcha?

Oz Clarke: O que eu gostaria de ver aqui nestas maravilhosas colinas é mais o lugar de onde os produtores vieram e as uvas que trouxeram consigo. Gostaria de voltar ao norte da Itália e encon-trar uvas como Corvina, Molinara, Rondinella, Lagrien. Eu sei que tem Lagrien aqui, degustei um vi-nho maravilhoso. Refosco do norte do Vêneto. Degustei dois Refos-cos. Teroldego, sabemos que tem Teroldego, degustei dois ou três. Gostaria de ver mais disso.

E os vinhos brancos?Oz Clarke: Sempre que bebe-

mos vinho branco é Chardonnay. Tenho degustado Chardonnays por anos e, por isso, preciso de um bom Chardonnay para me animar. Eu tive contato com alguns do Bra-sil, um sem carvalho, muito bom, e um de Santa Catarina, muitíssi-mo bom, com carvalho. Mas, no geral, acredito que a região deva encontrar mais uvas brancas para cultivar. Se olharem em dez anos o mundo não estará correndo para as suas portas pedindo mais Char-donnay. O mundo não correrá para pedir mais Merlot. Porque o mun-do já produz muitos Chardonnays, Merlots e Cabernets excelentes.

Quais seriam as opções?Oz Clarke: Que tal voltar à Itá-

lia e procurar variedades brancas que são difíceis de cultivar e que, mesmo assim, são cultivadas por lá. Talvez elas se adaptem as suas condições da Serra Gaúcha. Que tal uvas como Falengina, Fiano, Avalino, Pecorino, Catarata, que

tal essas? Vale a pena tentar? Acho que sim.

Os espumantes brasileiros são muito elogiados. O sr. gostou do que experimentou?

Oz Clarke: Vocês têm os mais fantásticos espumantes moscatéis do mundo. Eles são puro prazer. De alto padrão. Vocês têm essa lin-da versão de vinho branco moscato exclusiva, só de vocês, com aci-dez alta e lindo perfume de fruta. E fazem ótimo uso disso. Conti-nuem fazendo isso, o mais fresco possível, mais brilhante possível, não elevem muito o açúcar, não tem necessidade. Eu gostaria que tivessem uma versão mais seca junta com a sua normal. O espu-

OZ CLARKE ganhou da Vinícola Salton uma camiseta da Seleção Brasileira personalizada com o seu nome

MARCA regisClarke fecha para degusta

CRÍTICO britonze vinícolaGaúcha

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Fotos: Gilmar Gomes

mante moscatel é uma bebida ma-ravilhosa. Não pensem só como vi-nho, não pensem com que comida combina. É um vinho de sobreme-sa? Sim, se quiser. É uma bebida, é como uma caipirinha, um bom gin-tônica, uma bebida, isso que o espumante moscatel é. E assim de-veria ser vendido.

E os outros espumantes?Oz Clarke: Os seus Charmats

elaborados de Chardonnay e Pinot Noir são fantásticos. A qualidade no nariz a baixo custo é incrível! No mundo inteiro encontramos Charmats que quase sempre são um lixo. Os seus são realmente bons. Vocês também têm espu-mantes elaborados pelo método tradicional, que são até melhores. Todos os seus espumantes são muito bons.

Na sua opinião, o vinho brasi-leiro pertence ao Novo ou ao Ve-lho Mundo do vinho?

Oz Clarke: A cultura de vinhos no Brasil é ainda jovem. Não há nada errado com isso, é ótimo ser jovem! Ser velho muitas vezes atrapalha. A Nova Zelândia tem cultura jovem no vinho, o Chile é

jovem, a Argentina é bem jovem, a Austrália tem 30 ou 40 anos, a África do Sul, a verdadeira África do Sul, que faz vinhos maravilho-sos, tem 5 ou 10 anos. Então juven-tude é ótimo, pois permite fazer o que quiser. Tentem de tudo.

Quais regiões produtoras mais lhe chamaram a atenção no Bra-sil?

Oz Clarke: Tenho grandes es-peranças na Serra do Sudeste e na Campanha Gaúcha. Essas regiões, para mim, parecem ser um novo mundo para o Brasil. Tenho gran-des esperanças em Santa Catarina. Tenho esperança que aquela alti-tude e boa insolação, noites frias e dias quentes, possam produzir muito bem.

E a Serra Gaúcha?Oz Clarke: A Serra Gaúcha, se

continuar com as uvas que tem, será uma região de Velho Mundo, e nada há nada de errado nisso. Há uma atmosfera de Velho Mundo em Bento Gonçalves, uma sensa-ção de Velho Mundo sobre as coli-nas, os vales, tudo aqui é lindo! É o Velho Mundo de Piemonte, Trento, do norte do Vêneto, isso é absolu-tamente fantástico. Se quiserem fi car com os seus Merlots e Char-donnays etc, tudo bem. Só façam o melhor possível. Vocês fazem vi-nho muito bem aqui na Serra Gaú-cha, com baixo teor alcoólico, que é uma habilidade especial. Conse-guem textura, sabor e equilíbrio nos vinhos tintos com 12%, 12.5% de álcool, e isso é raro. Aliás, a ten-dência no mundo é de se consumir mais vinho com menos álcool. Se conseguirem sabor e personalidade com 12%, 12.5% de álcool, é uma conquista fantástica, uma habilida-de fantástica. Isso é Velho Mundo ou novo mundo? É Velho Mundo beber vinho nesse teor. Costuma-vam fazer isso, bebiam vinho a 11%, 10%. Querem elaborar vinho

com 11%? Tentem! Mas 12 no mo-mento serve, para começar.

O que mais pode ser o diferen-cial do Brasil?

Oz Clarke: Sou curioso para saber o que os produtores brasilei-ros conseguiriam fazer se tivessem uma abordagem diferente, ao invés de insistir nessas formas francesas, nesses exemplos franceses. Que tal se aventurar para ver o que pode funcionar? Adoraria voltar em al-guns anos e ouvir as pessoas di-zerem, “cultivamos essa uvas que encontramos na Áustria, na Re-pública Checa, no norte da Itália, em Portugal”. Sabe que as uvas de Portugal talvez se adaptem melhor à Serra do Sudeste e à Campanha. Gostaria de voltar e encontrar pes-soas dizendo, “estamos cultivando mais variedades”.

Qual a sua avaliação geral so-bre a qualidade dos vinhos brasi-leiros?

Oz Clarke: A enologia aqui é muito correta, até melhor do que era dois anos atrás. Os vinhos que não tinham expressão, agora têm. Eles são muito corretos, com essa forma certinha. Mas eles vestem terno e gravata, eles não tiram as roupas e vestem um camisetão de praia e dizem: “ei olhem para nós!” Esse não é o Brasil... Não é o que vocês fazem! Vocês vão a praia, tiram a roupa, querem se divertir. Tudo isso pode estar nos seus vi-nhos. Tem muita gente séria por aí. Querem ser sérios, vão para Bour-deaux por uma semana, Champag-ne... Querem ser sérios? Vão lá, vão para Chianti, lugares assim para ver se alguém está se divertin-do. Deveria haver exuberância nos seus vinhos. Nada muito sério, ti-rem a gravata, joguem fora, tirem o terno, coloque a camiseta de praia vão para a piscina com o melhor vinho que conseguirem produzir.

“Vocês fazem vinho muito bem aqui na Serra Gaúcha, com baixo teor alcoólico, que é uma habilidade especial. Conseguem textu-ra, sabor e equilíbrio nos vinhos tintos com 12%, 12.5% de álcool, e isso é raro”.

“Vocês têm os mais fantásticos espu-mantes moscatéis do mundo. Eles são puro prazer. De alto padrão. É uma bebida ma-ravilhosa”.

“Os seus Charmats elaborados de Char-donnay e Pinot Noir são fantásticos. A quali-dade no nariz a baixo custo é incrível! Todos os seus espumantes são muito bons”.

“A enologia aqui é muito correta. Os vi-nhos que não tinham expressão, agora têm. Eles são muito corretos, mas eles vestem terno e gravata. Tirem a gravata, o terno, coloquem a camiseta de praia, e vão para a piscina com o melhor vinho que conseguirem produzir”.

strada: Oz os olhos

ar cada vinho

ânico visitou as na Serra

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O crescente conhecimento dos vinhos brasileiros no mundo – respaldados por mais de 2,3 mil premiações internacionais desde 2005 – despertou o interesse de dois importantes especialistas em vinhos pela produção vitiviníco-la nacional. A inglesa Julia Har-ding, Master of Wine que escreve e edita livros com a famosa crítica Jancis Robinson, e o norte-ameri-cano Theodore Michael Luongo, jornalista independente da revis-ta Wine Enthusiast, uma das mais importantes dos Estados Unidos, estiveram de 1º a 4 de março na Serra Gaúcha, a convite do Proje-to Imagem Internacional do Wines of Brasil, realizado pelo Ibravin e pela Apex-Brasil.

Julia Harding e Theodore Mi-chael Luongo visitaram nove vi-nícolas (Miolo, Pizzato, Casa Val-duga, Geisse, Perini, Aurora, Lidio Carraro, Don Guerino e Salton) e degustaram produtos de outras sete empresas – Dunamis, Don Lau-rindo, Don Giovanni, Peterlongo, Piagentini, além de Sanjo e Santo Emílio, do Planalto Catarinense. Nos dias 6 e 7 de março, eles as-sistiram aos desfi les da escolas de samba do Rio de Janeiro no cama-rote da Apex-Brasil na Marquês de Sapucaí, que foi abastecido por vi-nhos e espumantes brasileiros.

Conforme a gerente de Promo-ção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, esta foi a primeira vez que Julia Harding veio ao Brasil. “O interesse de uma das mais importantes conhecedoras de vinhos do Brasil é um reconheci-mento sobre o estágio avançado de qualidade que os vinhos brasileiros alcançaram”, afi rma. Andreia lem-bra que entre os livros escritos e editados por Jancis Robinson e Ju-lia Harding está o conhecido Atlas

do Mundo do Vinho, que cita os vinhos brasileiros.

O norte-americano Theodore Michael Luongo veio com uma missão especial: produzir um suplemento exclusivo sobre os

Foto: Orestes de Andrade Jr.

JULIA Harding e Theodore Michael Luongodegustando vinhos e espumantes na sede do Ibravin

vinhos brasileiros para a revis-ta Wine Enthusiast, que será pu-blicado em setembro. Confi ra, na próxima página, as impressões de Júlia Harding sobre os vinhos bra-sileiros.

Theodore Michael Luongo, da revista Wine Enthusiast, focou a sua avaliação sobre o enoturismo brasileiro, especialmente da Serra Gaúcha, onde ele esteve. “É um diferencial poder visitar a região e falar direto com os proprietários, em um ambiente familiar, carac-terística que não se vê há muito tempo no Napa Valley e que desa-pareceu em Mendoza nos últimos anos”, afi rma.

O norte-americano revela que, até novembro de 2010, quando esteve no Festival de Gramado, desconhecia que o Brasil produ-zia vinhos. Isso que ele escreve sobre turismo e enoturismo na

América do Sul há 12 anos, tendo morado na Argentina durante um bom tempo. Para ele, é importante promover o vinho também como um produto do turismo do Brasil, a exemplo do que outros países fazem.

“Os produtos que são a for-ça do Brasil no mercado interno também o serão em nível inter-nacional”, opina. Sobre a ideia de o Brasil ter uma uva emblemáti-ca, Michael diz que isso tem suas vantagens e desvantagens. “Na Argentina, por exemplo, todos só querem saber do Malbec, o que di-fi culta a venda de vinhos de outras variedades de uvas”, pondera.

Saca-rolhasinformativo

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Julia Harding, braço direito da mais famosa crítica de vinhos do mundo, Jancis Robinson, acaba de divulgar suas opiniões sobre os vi-nhos brasileiros no site www.jan-cisrobinson.com. Ela fez questão se ressaltar a qualidade crescente dos vinhos brasileiros. No site, ela pu-blica notas de degustação de mais de 120 produtos que ela provou no Brasil. A última vez que Julia de-gustou os produtos verde-amarelos foi há seis anos, quando estava sele-cionando rótulos de produtores para a 6ª edição do Atlas Mundial do Vinho. “Não tenho dúvida dos pro-gressos que têm sido conquistados desde então, não apenas nos vinhos mais ambiciosos, mas também nos baratos vinhos varietais”, escreveu.

Como já virou rotina os espe-cialistas estrangeiros e nacionais elogiarem a alta qualidade dos es-pumantes brasileiros, Julia Harding fez um comentário original. “Vejo mais potencial nos vinhos brasilei-ros do que nos espumantes, que, a meu ver, estão no ápice, enquanto os tintos ainda têm muito a ser ex-plorado”, vaticina.

Sobre os vinhos tintos do Brasil, a britânica verifi cou diferentes esti-los dentre os rótulos degustados. Ela gostou bastante do estilo geral, que mantém o frescor da fruta, a pureza e o álcool moderado. “O vinho bra-sileiro é leve e prazeroso, pode ser bebido mais de uma taça”, obser-va. “A qualidade me impressionou, especialmente porque não provei nenhum vinho ruim ou defeituoso. Ao contrário, todos estavam bem balanceados, desde os mais baratos aos mais caros”, elogia.

PreferênciasAs variedades mais apreciadas

por Julia nos vinhos brasileiros foram Cabernet Franc, Tannat, Ca-

bernet Sauvignon e a Merlot. Mas ela fez uma ressalva importante. “Há muito Merlot no mercado”, alerta. Julia fi cou surpresa com a jovialidade dos vinhos brasileiros. “Mesmo após quatro, cinco anos, eles mantém muita fruta e frescor. Por isso os vinhos do Brasil não são exóticos, são sim frescos e pu-ros”, sentencia.

Sobre os espumantes, Julia diz que os elaborados pelo método Charmat se destacaram, até porque ela esperava mais complexidade nos do método tradicional. “Devo abrir uma exceção para os espu-mantes feitos pelo método tradi-cional da Vinícola Geisse”, salien-ta.

Segundo Julia, os espumantes brasileiros têm mais fruta e são bem mais interessantes do que os Prossecos e as Cavas com preços até 6 libras. Acerca dos espuman-tes moscatéis, que na Inglaterra concorrem com os Astis, ela acha

Foto: Gilmar Gomes

JULIA Harding e seu inseparável notebook: “Vejo mais potencial nos vinhos do Brasil do que nos espumantes”

as borbulhas brasileiras mais deli-cadas e com mais qualidade.

A respeito dos vinhos brancos, a britânica diz que não degustou amostras sufi cientes para ter um parecer. Julia recomenda que seria um erro focar em uma variedade emblemática para representar o Brasil. “É melhor trabalhar algu-mas que sejam fortes, mas também não procurem centenas de varieda-des”, sugere.

Uma crítica feita por Julia é a infl uência demasiada de sabor doce de carvalho americano, mesmo quando usado com moderação, que contrastava com o frescor da fruta e a acidez brilhante. Para encerrar, ela aposta em um bom futuro para os vinhos e espumantes brasileiros, desde que se mantenha boa quali-dade por um bom preço, mantendo os frescos e bem equilibrados es-tilos, com álcool moderado e indo além das variedades tradicionais, como Merlot e Chardonnay.

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Os espumantes brasileiros bri-lharam no São Paulo Fashion Week e no Fashion Rio deste ano. O casting de cinco vinícolas verde-amarelas que desfi laram em São Paulo, de 28 de janeiro a 2 de fe-vereiro, no maior evento de moda do País, foi formado por Aurora, Pizzato, Antônio Dias, Domno, Miolo e Casa Valduga, todas reuni-das pelo Ibravin, em parceria com a Abest (Associação Brasileira de Estilistas) e a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções).

No Rio de Janeiro, as borbu-lhas verde-amarelas estiveram presentes no Fashion Rio Outono/Inverno 2011, ocorrido de 11 a 15 de janeiro, com a participação das vinícolas Casa Valduga, Domno, Geisse, Pizzato e Cooperativa Vi-nícola Garibaldi. Como em São Paulo, os produtos foram servidos no lounge da Abest e da Abit.

As borbulhas brasileiras fo-ram servidas, pelo segundo ano consecutivo, no lounge da ABIT e da Abest na Fundação Bienal, no Parque do Ibirapuera, sede dos lançamentos do inverno 2011 da 30ª edição do São Paulo Fashion Week, que este ano recebeu estre-las como o ator Ashton Kutcher, a atriz Demi Moore e a socialite Pa-ris Hilton. O local recebeu diaria-mente cerca de 250 pessoas, entre estilistas, jornalistas, formadores de opinião e convidados vip das associações organizadoras.

“Fizemos a nossa estreia no Fashion Week de São Paulo em 2010 e, como deu certo, repeti-mos este ano”, afi rma o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. “Espumante e moda tem tudo a ver, porque am-bos têm glamour e são consumi-dos por pessoas de bom gosto”,

destaca. No ano passado, o Ibravin colocou os espumantes de quatro vinícolas (Aurora, Irmãos Bas-

so, Miolo e Salton) no São Paulo Fashion Week, que ocorreu de 8 a 14 de junho.

ESPUMANTES brasileiros foram apreciados por formadores de opinião do setor da moda

Fotos: Iassanã dos Santos

Saca-rolhasinformativo

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A segunda etapa do trabalho de inserção de calçados brasileiros no mercado asiático contou com a pre-sença dos vinhos verde-amarelos e do suco 100% natural pronto para beber. Os eventos realizados por oito marcas de calçados nacionais por três cidades da Ásia – Hong Kong, Beijing e Xangai – tiveram como companhia os vinhos brasi-leiros, graças a uma parceria entre a Associação Brasileira das Indús-trias de Calçados (Abicalçados) e o Ibravin, através do projeto Wines of Brasil (Wof), realizado com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimen-tos (Apex-Brasil), e o Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, desenvolvido junto com Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf) e a Apex-Brasil.

Em Hong Kong e Xangai, os vi-nhos e espumantes verde-amarelos foram as estrelas dos coqueteis servidos para jornalistas, editores de moda e formadores de opinião após os desfi les dos calçados bra-sileiros. No dia 1º de março, no desfi le em Xangai, foram servidos vinhos e espumantes da Aurora (Aurora Pequenas Partilhas Car-menère e Aurora Espumante Mos-catel), Dom Cândido (Vinho Tinto DC Merlot) e Galiotto (Vinho Tin-to Merlot Casa Galiotto), além do suco 100% natural da Catafesta.

O primeiro desfi le dos calça-dos brasileiro na Ásia foi em Hong Kong, no dia 21 de fevereiro, com a presença de produtos da Miolo Wine Group. Cerca de 40 convi-dados, entre eles imprensa, auto-ridades e principais compradores, prestigiaram o desfi le, que contou com a participação de celebridades locais e modelos internacionais.

O objetivo da ação é potencia-lizar a promoção dos vinhos brasi-leiros no mercado asiático, já que

Já a coordenadora de projetos do Ibravin, Raquel Rohden, diz que a participação do suco de uva 100% natural nestes eventos de moda contribui para disseminar a imagem de saudabilidade do pro-duto. “Foi uma boa oportunidade de divulgarmos o nosso suco de uva 100% natural, que não tem adição de água nem de açúcar”, comenta.

TAÇAS dos chineses foram servidas com vinhos, espumantes e suco de uva do Brasil

Hong Kong faz parte dos oito pa-íses-alvo do projeto Wines of Bra-sil. “Como a intenção da Abicalça-dos é levar um pouco do Brasil e do estilo de vida do brasileiro para os asiáticos, nada mais apropriado do que termos os vinhos e espumantes verde-amarelos servidos nas taças dos convidados”, afi rma a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.

Foto: Carlinhos Rodrigues / Arquivo

O Ibravin participou das reuniões de experts da Or-ganização da Uva e do Vi-nho (OIV), que ocorreu de 7 a 19 de março, em Paris, na França. A consultora jurídica do Ibravin, Kelly Bruch, e a professora Regina Vanderlin-de, coordenadora técnica do Laren (Laboratório de Refe-rência Enológica), represen-taram o Brasil nos encontros que reuniram participantes de 40 países. Nas reuniões na OIV foram tratados temas como as novas tecnologias para produção de vinho, a análise econômica do mercado internacional, passando pelo uso da biotecnologia na elaboração dos produtos e os efeitos do aqueci-mento global sobre a produção vinífera.

REGINA Vanderlinde, vice-presidente da OIV e ex-presidente, Peter Heis, Kelly Bruch, e o representante da Comissão Europeia, Denis de Froidmont

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FRANCINE Kaga, da trading Suriana, representou as vinícolas Dom Cândido, Geisse, Sanjo e Santo Emilio

A segunda participação dos vi-nhos brasileiros na New York Wine Expo, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, teve a presença de oito vi-nícolas, quase o triplo da estreia no ano passado. A comitiva brasileira ocupou quatro mesas – com o patro-cínio do Ministério das Relações Ex-teriores (MRE) –, de 25 a 27 de feve-reiro, na NY Wine Expo, uma feira voltada ao trade e também aberta ao consumidor norte-americano.

O time do Wines of Brasil, pro-jeto realizado pelo Ibravin e pela Apex-Brasil com o objetivo de po-sicionar o vinho brasileiro fi no no mercado internacional, esteve es-calado com Aurora, Lidio Carraro, Casa Valduga , Miolo e a trading Suriana, que representou as viníco-las Geisse, Sanjo, Santo Emílio e Dom Cândido. A ação contou com o planejamento e acompanhamento da representante dos vinhos brasi-leiros em Nova Iorque, a consultora

Fotos: Divulgação

Nora Fave-lukes, presi-dente da QW Wine Experts, radicada há mais de 20 anos nos EUA, e que desde o ano passado trabalha para o Wines of Bra-sil. “Intensifi -camos no ano passado a pro-moção dos pro-dutos brasilei-ros nos Estados Unidos, que é o segundo país importador de vi-nhos no mundo”, afi rma a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.

Dentro da programação da feira de vinhos nova-iorquina, ocorreu um seminário sobre vinhos brasilei-

ros para cerca de 40 convidados no dia 27 de fevereiro. “Este seminário buscou ampliar o conhecimento dos produtos brasileiros entre os impor-tadores e, depois, entre os consumi-dores norte-americanos”, comenta Andreia.

dor”, realizado no dia 30 de setembro do ano pas-sado, também em Nova Iorque. “A ação foi extre-mamente positiva, pois conseguimos avançar nas negociações entre importadores e vinícolas brasi-leiras interessadas no mercado norte-americano”, relata. Os compradores, alguns com distribuição nacional, foram selecionados conforme o perfi l dos participantes.

Para potencializar a participação na New York Wine Expo e atender um pedido das vinícolas, o Wines of Brasil, em conjunto com o MRE, realizou, no dia 24 de fevereiro, uma Rodada de Negócios na Embaixada do Brasil em Nova Iorque com a presença das vinícolas que estiveram presentes na feira, exceto Casa Valduga e Miolo, que já contam com importadores nos EUA. O encontro reuniu oito importadores para encontros com as vinícolas Aurora, Lidio Carraro, Dom Cândido, Geisse, Sanjo e San-to Emilio (estas quatro últimas re-presentadas pela Suriana Trading). Foram realizadas 24 reuniões.

Segundo a gerente de Promo-ção Comercial do Wines of Bra-sil, Andreia Gentilini Milan, o evento deu seguimento aos con-tatos realizados pelas vinícolas no evento “Buscando Importa-

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Os vinhos brasileiros foram apresentados com sucesso na Ho-landa no dia 21 de março. Como ocorreu nos últimos anos e por duas vezes em 2010, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria com o projeto Wines of Brasil, realizado pelo Ibravin e pela Apex-Brasil, promoveu uma degustação para um Clube de Sommeliers da Holanda no NH Barbizon Palace Hotel, em Ams-terdã. Onze (11) vinícolas – Auro-ra, Boscato, Casa Valduga, Cordi-lheira de Santana, Irmãos Basso, Lidio Carraro, Miolo, Piagentini, Pizzato, Salton e Santo Emilio – estiveram presentes mostrando seus vinhos e espumantes a 17 sommeliers convidados pela Em-baixada Brasileira nos Países Bai-xos.

Eventos de degustação têm se mostrado bastante efi cazes para as vinícolas verde-amarelas. No ano passado, as exportações de vinhos brasileiros para a Holanda cresce-ram 150%, na comparação com o ano anterior. Foram US$ 250,5 mil no ano passado, ante US$ 101 mil em 2009. Assim, o país dos moinhos passou da 6ª posição, em 2009, para o 3º lugar no ranking dos principais destinos dos produ-tos vinícolas nacionais em 2010. “No evento deste ano, os som-meliers disseram ter notado uma evolução nos vinhos brasileiros degustados”, afi rma a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, acrescentando que, segundo eles, provavelmente este acréscimo de qualidade se deve à maior idade das videiras plantadas no Brasil.

Os espumantes continuam sen-do uma unanimidade, tanto por sua excelente qualidade como pela boa relação custo-benefício. Os

Foto: Ana Paula Kleinowski

vinhos tintos de variedades mais exóticas – como Cabernet Franc, Ancellotta e Teroldego, entre ou-tros – foram os mais elogiados. Mas também sobraram elogios a rótulos tradicionais elaborados a partir das cepas Merlot, Cabernet Sauvignon e Tannat. Houve a su-gestão de que o espumante rosé poderia ser um atrativo para as comemorações do Dia dos Namo-rados.

Depois da palestra, ocorreu uma degustação aberta para 70 pessoas, entre importadores, jor-nalistas e formadores de opinião escolhidos pela Embaixada do Brasil nos Países Baixos. Para encerrar o dia, um jantar harmo-nizado com vinhos brasileiros ce-lebrou a parceria entre o MRE e o Ibravin, além da crescente presen-

ça dos produtos verde-amarelos na Holanda. Entre as autorida-des presentes estavam o ministro Carlos Alberto Asfora, o cônsul honorário Reiner W. L. Russel, o gestor de projetos da Apex-Brasil, Marcos Soares, além do diretor de Comércio e Turismo da Embaixa-da do Brasil em Haia, Ivens Sig-norini.

Saiba maisEmpresas como Casa Valduga,

Lidio Carraro e Miolo, sempre presentes nos eventos promovidos na Holanda, aumentaram signi-fi cativamente suas vendas para a Holanda. As exportações da Lidio Carraro para o país dobraram em 2010; as da Casa Valduga cresce-ram quatro vezes; e as da Miolo mais de cinco vezes.

A DEGUSTAÇÃO acompanhada de palestra sobre os vinhos brasileiros foi feita pelo professor e jornalista holandês, Chris Ablas, que esteve no Brasil no ano passado

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O investimento dos vinhos bra-sileiros no mercado alemão che-gou a um marco importante. O projeto Wines of Brasil fez a sua melhor e mais preparada partici-pação na ProWein 2011, de 27 a 29 de março, em Düsseldorf, na Alemanha. Antes de enfrentar a prova de degustadores e compra-dores do mundo todo pela sétima vez consecutiva na principal feira de vinhos alemã e uma das mais importantes da Europa, as viníco-las brasileiras fi zeram o seu dever de casa.

No ano passado, o Wines of Brasil contratou a consultoria técnica de dois especialistas em vinhos da Alemanha, o jornalis-ta Jürgen Mathäss e o consultor Peer Holm. Depois de uma se-mana conhecendo as principais cantinas brasileiras, eles fi zeram uma série de recomendações aos produtores que querem ter suces-so no mercado alemão. “Depois deste brand analysis, as vinícolas levaram para a feira as suas novi-dades, com produtos devidamente adequados ao gosto do consumi-dor alemão”, afi rma a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.

ProWein Goes CityA grande novidade da partici-

pação do Wines of Brasil na Ale-manha este ano foi a presença, pela primeira vez, no ProWein Goes City, um programa organi-zado com o objetivo de propor-cionar aos enófi los a oportunidade de degustar os produtos que esta-vam sendo apresentados na feira, aberta somente para profi ssionais especializados. O evento de de-gustação dos vinhos brasileiros foi realizado no hotel cinco es-trelas Van der Valk, reunindo 150 pessoas, entre jornalistas, impor-tadores, sommeliers e público em geral.

EVENTO de degustação dos vinhos brasileiros foi realizado no hotel cinco estrelas Van der Valk

BELEZA das mulheres brasileiras - Patrícia, Elisa, Ana e Rosana - atraiu a atenção de 150 pes-soas para os produtos verde-amarelos

Fotos: Gunter Dreibi

A TAM Airlines, por meio do diretor José Soares, ofereceu duas passagens de ida e volta ao Bra-sil, que foram sorteadas entre os presentes no evento. Dos 35 res-taurantes que integraram o pro-grama ProWein Goes City, o que acolheu os vinhos do Brasil foi o mais visitado e com maior núme-ro de jornalistas presentes. “Esta parceria com a TAM ajudou muito a atrair público ao nosso evento”, reconhece Andreia. “No próximo ano, queremos realizar este mes-mo evento em outros restaurantes da cidade”, revela.

Andreia acertou na ProWein a vinda de seis jornalistas alemães em novembro, quando eles visi-tarão cantinas da Serra Gaúcha e o Festival de Turismo de Grama-do. O Wines of Brasil ainda pla-neja realizar duas degustações de vinhos brasileiros na Alemanha em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE). As cidades de Frankfurt e Hamburgo devem receber os eventos no se-gundo semestre. “A ideia é obter uma maior aproximação com o trade em busca da consolidação da marca dos vinhos brasileiros neste mercado tão importante”, explica Andreia.

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As 11 vinícolas integrantes do projeto Wines of Brasil, realiza-do em parceria entre o Ibravin e a Apex-Brasil, prospectaram US$ 900 mil em negócios para os pró-ximos 12 meses na 18ª edição da ProWein, uma das mais impor-tantes feiras de vinhos da Europa, realizada de 27 a 29 de março, em Düsseldorf, na Alemanha. Duas empresas – Miolo e Casa Valdu-ga – fecharam negócios na própria feira, mas não revelaram valores.

Segundo a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, An-dreia Gentilini Milan, foram feitos 249 contatos com compradores de toda a Europa, o que dá uma média de 22 contatos por empresa parti-cipante da feira. “Este ano a feira teve menos movimento, porém, os contatos foram mais qualifi cados, mais profi ssionais”, conta Andreia. As vinícolas participantes da feira e das atividades na Alemanha fo-ram Aurora, Boscato, Casa Valdu-ga, Irmãos Basso, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato e Vinibrasil, além da trading Suriana, que represen-tou três vinícolas butique (Cor-dilheira de Santana, Piagentini e Santo Emilio).

O jornalista alemão Jürgen Ma-thäss, que esteve no Brasil no ano passado, conduziu, pela segunda vez consecutiva, uma degustação de vinhos brasileiros das empresas presentes na feira para sommeliers e jornalistas da Alemanha. Ele ainda levou os representantes das vinícolas para uma missão técnica pelos pontos de venda referenciais de vinho em Düsseldorf, com pa-trocínio do MRE. “Esta incursão pelo que o consumidor alemão tem

ESTANDE do Wines of Brasil na ProWein 2011 teve a presença de 11 vinícolas verde-amarelas

DEGUSTAÇÃO de vinhos brasileiros para especialistas foi conduzida pelo jornalista alemão Jürgen Mathäss, que esteve na Serra Gaúcha no ano passado

Fotos: Gunter Dreibi

a sua disposição nos ajuda a com-preender melhor o estilo de vinhos que o Brasil deve oferecer neste mercado”, comenta Andreia. Outra ação inédita este ano na ProWein foi a presença dos vinhos brasilei-ros no Press Center, onde os jor-nalistas de todo o mundo fazem as suas refeições e trabalham.

BalançoA persistência tem mostrado

resultados práticos. Em 2006, as empresas integrantes do Wines of Brasil venderam US$ 160 mil à Alemanha. No ano seguinte, o va-lor passou para US$ 237 mil. Em 2008, ocorreu um salto para US$ 355 mil e em 2009 a Alemanha comprou US$ 368 mil em vinhos e espumantes brasileiros. Em 2010, houve um recuo, para US$ 226 mil, mas o preço médio por litro passou de US$ 2,58 (em 2009) para US$ 3,44 (no ano passado). Aurora, Boscato, Casa Valduga, Lidio Car-raro, Miolo e Salton foram as viní-colas integrantes do projeto Wines of Brasil que exportaram para a Alemanha em 2010.

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A parceira entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o projeto Wines of Brasil (Wof), realizado pelo Ibravin e pela Apex-Brasil, continua ativa no mundo todo. Desta vez, a promoção dos vinhos brasileiros chegou até a Croácia, em um jantar na capi-tal Zagreb, na noite do dia 25 de fevereiro, e na Polônia, no dia 23 de março, com palestra e degus-tação, dirigidas a 30 convidados na Mmaison Hotel La Régina, em Varsóvia.

CroáciaA convite da Embaixada Brasi-

leira na Croácia, os vinhos e espu-mantes das vinícolas Aurora, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo e Salton harmonizaram com um car-dápio tipicamente brasileiro servi-do no salão Cristal do Hotel Wes-tin, um dos principais cinco estre-las da cidade.

Entre os 200 convidados esta-vam importadores, chefs, somme-liers, donos de restaurantes, for-madores de opinião e jornalistas que participam do “Zagreb Wine Gourmet Festival”, um evento de vinhos e gastronomia que reuniu produtores de 140 países nos dias

25 e 26 de fevereiro. “Foi mais uma oportunidade de mostrar a qualida-de do vinho brasileiro”, comenta a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gen-tilini Milan.

PolôniaA Polônia, país da vodka, é um

dos mais novos mercados-alvo dos vinhos do Brasil. Os primeiros

TIME das vinícolas do Wines of Brasil na Polônia

DEGUSTAÇÃO de vinhos brasileiros na Croácia

Fotos: Ana Paula Kleinowski

eventos de degustação, além de uma missão técnica para conhecer o mercado polonês, foram orga-nizados pelo MRE, por meio da Embaixada do Brasil em Varsóvia, para 11 vinícolas verde-amarelas integrantes do projeto Wines of Brasil.

As vinícolas receberam cerca de 150 convidados, entre com-pradores e jornalistas, para uma degustação de vinhos e espuman-tes das vinícolas Aurora, Boscato, Casa Valduga, Cordilheira de San-tana, Irmãos Basso, Lidio Carraro, Miolo, Piagentini, Pizzato, Salton e Santo Emilio.

A palestra com degustação de vinhos brasileiros foi conduzida pelo jornalista Tomasz Prange-Barczyński, que esteve no Brasil no ano passado conhecendo as can-tinas gaúchas. No público estavam também distribuidores, donos de lojas especializadas e sommeliers, ávidos por conhecer mais sobre o vinho brasileiro, que no ano passa-do teve as suas exportações aumen-tadas em 146% para a Polônia.

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EVENTO realizado em Ribeirão Preto em 2010 teve participação de três empresas

ESTANDE Vinhos do Brasil na FIMMA em Bento Gonçalves

Foto: Orestes de Andrade Jr.

O Ibravin incentivou as viní-colas brasileiras a participarem do Encontro de Vinhos Off, que será realizado dia 25 de abril, em São Paulo, um dia antes do início da Expovinis 2011. O conceito uti-lizado é o mesmo que ocorre nos eventos como a Vinexpo Borde-aux, Vinitaly e outros, que têm também a sua feira off acontecendo em paralelo. Na segunda edição, o evento será realizado no charmoso espaço da Pizzaria Bendita Hora de Perdizes (Rua Wanderley, 795), conhecido como Pomar.

Cinco vinícolas brasileiras aceita-ram a convocação do Ibravin – Casa Valduga, Casa Pedrucci, Domno, Li-dio Carraro e Villaggio Grando – e estarão presentes na feira, que têm o formato dos eventos realizados nos Estados Unidos e na Europa, ou seja, mesas de degustação do mesmo ta-manho para todos os expositores. No ano passado, só a Lidio Carraro par-ticipou. Na extensão do evento reali-zado em Ribeirão Preto, também no ano passado, Casa Valduga, Rastros

O Ibravin participou da FIMMA Brasil 2011 (Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Aces-

do Pampa e Lidio Carraro estiveram presentes, assim como um represen-tante do Ibravin.

“A meta para 2012 é atingir pelo menos um número de 20 vinícolas brasileiras participando do nosso evento”, afi rma Daniel Perches (do blog Vinhos de Corte), um dos or-ganizadores do evento, ao lado de Beto Duarte (do blog Papo de Vi-nho). “O Encontro de Vinhos sem-pre apoiou e incentivou a partici-pação de vinícolas brasileiras nos eventos para que o vinho produzido

aqui seja melhor divulgado no cen-tro do País”, destaca Beto Duarte.

Uma palestra, em primeira mão, da Aprovale, trará as regras da primeira D.O. brasileira, a do Vale dos Vinhedos. O Encontro de Vinhos ainda promoverá a eleição dos Top5, uma degustação às ce-gas, com jornalistas e sommeliers convidados. A entrada para o even-to, que ocorre das 12h às 22h, custa R$ 60 e dá direito a provar todos os vinhos e a degustar as pizzas (ser-vidas em formato de coquetel).

Foto: Iassanã dos Santos

sórios para a Indústria Moveleira), de 25 a 29 de março, em Bento Gonçalves (RS). O estande cole-

tivo de 50m² dos Vinhos do Brasil reuniu seis vinícolas – Aurora, Casa Valduga, Dal Pizzol, Miolo, Peter-longo e Salton.

“Estivemos pela primeira vez presentes na feira para aproveitar a presença de expositores de todo o Brasil e também do exterior, além dos milhares de visitantes que vem até Bento Gonçalves”, afi rma o ge-rente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. Segundo ele, a feira recebeu mais de 40 mil visitantes que lotaram os hotéis da serra gaúcha. A 10ª edição da FIM-MA Brasil contou com 675 expo-sitores, sendo 468 nacionais e 207 estrangeiros.

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O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) ocupará o maior estande da Expovinis 2011 com área de 557 m² para uma participação coleti-va de 31 vinícolas verde-amarelas. No espaço Vinhos do Brasil estarão presentes outras 16 cantinas, totali-zando uma participação recorde de 47 empresas nacionais na 15ª edição do Salão Internacional do Vinho, a maior feira do setor da América La-tina e uma das dez mais importantes do mundo.

O principal estado produtor de vinhos do País – o Rio Grande do Sul – estará representado nas suas diferentes regiões – a Serra, o Vale dos Vinhedos e a Campanha Gaú-cha. O estande coletivo do Ibravin ainda terá uma vinícola do Paraná (a Dezem) e uma de Santa Catari-na (Santo Emílio). Veja no quadro ao lado a lista de todas as empresas presentes na feira.

“A Expovinis é a principal vi-trine de vinho da América Latina”, afi rma o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Ber-tolini. Ele lembra que a eleição dos dez melhores vinhos em exposição, o Top 10 Expovinis, tem uma for-ça comparável, guardadas as de-vidas proporções, ao Julgamento de Paris, que ocorreu em 1976, na França, rendendo fama aos vinhos californianos que venceram uma degustação às cegas com os fran-ceses. Como a seleção dos melho-res da Expovinis também é feita às cegas – sem o conhecimento dos rótulos e dos países de origem – os

vinhos brasileiros têm surpreendido os céticos nos últimos anos.

No ano passado, a Villagio Grando, de Santa Catarina, ganhou o prêmio de melhor Chardonnay da feira. Nesta mesma categoria, disputada por vinhos do mundo todo, a Cordilheira de Santana, da Campanha Gaúcha, já havia venci-do em 2008, surpreendendo o júri de especialistas e o público em ge-ral. Bertolini recorda, porém, que a maior surpresa na categoria custo-benefício foi em 2008, quando o vi-nho tinto Rio Sol Cabernet/Shirraz, que na época custava somente R$ 26, acabou fi cando em 1º lugar na categoria vinhos tintos nacionais, empatado com o Marson Gran Re-serva Cabernet Sauvignon.

É neste palco que as vinícolas brasileiras irão mostrar seus últi-mos lançamentos para um público superior a 16 mil pessoas, que terão

LANÇAMENTOS das vinícolas brasileiras estarão em destaque no estande Vinhos do Brasil

a sua disposição 300 expositores do mundo todo. O melhor caminho, contudo, estará logo na entrada do Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte pelos corredores verde-ama-relos do estande Vinhos do Brasil, dando as boas-vindas aos visitantes.

Foto: Orestes de Andrade Jr.

Aliprandini e Meyer Vinhos Finos, Antonio Dias Vinhos Finos, Boscato In-dústria Vinícola, Cave Marson Vinhos e Espumantes, Cooperativa Vinícola Auro-ra, Cooperativa Vinícola Garibaldi, Cordi-lheira de Santana, Don Bonifácio Vinhos Finos, Don Giovanni Vinhos Finos, Don Guerino Vinícola Casa Motter, Dunamis Vinhos e Vinhedos, Vinícola Armando Pe-terlongo, Vinícola Valmarino, Guatambu Ind. e Com. Alimentos, José Sozo Vinhos Finos, Pomar Arerunguá, Vinhos Don Laurindo, Vinícola Almaúnica, Vinícola Campos de Cima, Vinícola Dezem, Viní-cola Dom Cândido, Vinícola Galiotto, Vi-nícola Góes & Venturini, Vinícola Irmãos Basso, Vinícola Marco Luigi, Vinícola Monte Lemos, Vinícola Perini, Vinícola Peruzzo, Vinícola Santo Emílio, Vinícola Viapiana e Wine Park.

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O Ibravin preparou uma progra-mação especial e diferenciada para atender os profi ssionais e visitantes da Expovinis 2011. Em parceria com o Senac/SP, serão realizadas palestras e workshops sobre o mer-cado de trabalho no mundo do vi-nho, as regiões produtoras do Brasil e harmonizações de produtos brasi-leiros com sobremesas, entre outros temas. Estes cursos serão realizados nos dias 26 e 27, das 14h às 15h, das 16h às 17h e das 20h às 21h. No dia 28, serão dois horários, das 14h às 15h e das 16h às 17h. As inscri-ções serão feitas na hora, no local e por ordem de chegada.

Sucesso no ano passado, o proje-to “Para Saber o Sabor dos Vinhos do Brasil”, realizado entre o Ibravin com a Escola de Gastronomia UCS/ICIF e a FSI-Brasil (Federação dos Sommeliers Internacionais do Bra-sil), terá uma segunda edição este ano. Em 2010, o evento também foi realizado em três cidades gaúchas – Porto Alegre, Flores da Cunha e Gramado. Depois da Expovinis, deve chegar a outras capitais este ano.

O projeto consiste em harmo-nizar 21 vinhos selecionados por um grupo de especialistas [veja lis-ta completa no quadro acima] com cinco pratos elaborados por Mauro Cingolani, diretor técnico da Escola de Gastronomia. A condução da har-monização será feita por Jefferson Sancineto Nunes, presidente da FSI Brasil, nos dias 26, 27 e 28, sempre das 18h às 19h, na sala de degusta-ções Vinhos do Brasil na Expovinis. As inscrições serão feitas no próprio local, por ordem de chegada.

Os cinco pratos que serão harmo-nizados com sete vinhos por dia na Expovinis 2011 foram escolhidos por seis convidados, entre os quais sommeliers e chefs de cozinha. Os espumantes brut serão servidos com

o prato Filé de atum cozido a baixa temperatura em azeite de oliva com batata nature. Os vinhos brancos com Roast-beef de cordeiro em re-dução de tomate aromatizada com échalote. Já os rosés serão harmo-nizados com o prato Escondidinho

de pato confi t com purê de mandio-quinha ao toque de tomilho. Os vi-nhos tintos irão à mesa com Brasato clássico ao vinho tinto com stinco de cordeiro. Por fi m, o espumante moscatel será harmonizado com a sobremesa Panforte.

Espumantes brut: Nero Brut (Domno), Don Giovanni Espumante Brut 12 meses e Pizzato Espumante Tradicional Brut Branco 2009.

Espumantes moscatéis: Nero Moscatel (Domno), Santa Augusta Vinho Moscatel Espumante 2010 e Casa Moscatel Espumante Moscatel 2010.

Vinhos brancos: Reserva Boscato Chardonnay 2010, Casa Pisani Viognier 2010, Casa Valduga Gran Reserva Chardonnay 2010, Chardonnay Casa Venturini Reserva 2009, Dádivas Chardonnay 2010 e Viapiana Sauvignon Blanc 2010.

Vinhos rosé: Do Lugar Rosé 2010 (Dal Pizzol), Miolo Seleção Rosé 2010 e Taipa Vinho Fino Rosé 2010.

Vinhos tintos: Aracuri Collector Cabernet Sauvignon 2008, Rastros do Pampa Premium Cabernet Sauvignon 2009, Lídio Carraro Grande Vindima Merlot 2005, Pizzato DNA 99 Single Vineyard Merlot 2005, Antonio Dias Tannat 2008 e Reserva da Família 2005.

26/4/2011 - Terça-feira

Horário Projeto Tema Palestrante

14h00 - 15h00 Senac Empregabilidade e Gestão de Pessoas no Mundo do Vinho Rodrigo Rodrigues

16h00 - 17h00 Senac Degustação de Vinhos Brasileiros Maduros José Pagliari

18h00 - 19h00 UCS/ICIF/FSI/IBRAVIN Projeto Para Saber o Sabor dos Vinhos do Brasil Jefferson Nunes

20h00 - 21h00 Senac Regiões do Brasil e seus Vinhos Carac-terísticos Moises Lacerda

27/4/2011 - Quarta-feira

Horário Projeto Tema Palestrante

14h00 - 15h00 Senac Oportunidades e Desafi os no Mercado de Vinho na Atualidade Christian Wilkens

16h00 - 17h00 Senac Degustação de Espumantes Brasileiros Silvia Mascella Rosa

18h00 - 19h00 UCS/ICIF/FSI/IBRAVIN Projeto Para Saber o Sabor dos Vinhos do Brasil Jefferson Nunes

20h00 - 21h00 Senac Descobrindo as Regiões do Sul do Brasil Marcelo Souza

28/4/2011 - Quinta-feira

Horário Projeto Tema Palestrante

14h00 - 15h00 Senac Bar e Vinhos: Coquetéis para a Meia Estação Pedro Cardoso

16h00 - 17h00 Senac Harmonização de Vinhos Brasileiros com Sobremesas Vinicius Cassarotti

18h00 - 19h00 UCS/ICIF/FSI/IBRAVIN Projeto Para Saber o Sabor dos Vinhos do Brasil Jefferson Nunes

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RÓTULOS brasileiros foram servidos no mais importante evento mundial sobre sustentabilidade climática vitivinícola

O projeto Wines of Brasil, parceria entre o Ibravin e a Apex-Brasil, esteve presente no 3º Congresso Mundial so-bre Mudança Climática e Vinho, que ocorreu nos dias 13 e 14 de abril, em Marbella, na Espanha. A gerente de Promoção Comercial do projeto, An-dreia Gentilini Milan, foi moderadora do painel “A Mudança Climáticas e os Espumantes”. A participação no evento contou com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Quatro vinícolas integrantes do pro-jeto de exportação dos vinhos fi nos bra-sileiros estiveram presentes nesse que é o mais importante evento mundial sobre sustentabilidade climática relacionada à produção de vinhos. Eduardo Valdu-ga, da Casa Valduga, Ademir Brandelli, da Don Laurindo, Thiago Peterle e Jú-lio Cesar Kunz, da Dunamis, e Flavio Pizzato, da Pizzato, participaram do Congresso. Outras quatro vinícolas – Aurora, Garibaldi, Miolo e Salton – en-viaram produtos para serem degustados pelos participantes do evento.

A participação do Wines of Brasil contou com três mesas, onde foram ser-vidos vinhos e espumantes nos inter-valos das palestras. O almoço de aber-tura do Congresso também foi regado a vinhos das cantinas verde-amarelas. “Aproveitamos a presença dos princi-pais nomes da vitivinicultura mundial para mostrar o que o Brasil está produ-zindo de melhor em vinhos e espuman-tes”, destaca Andreia. Antes do Con-gresso, o Wines of Brasil realizou uma missão técnica na Região das Cavas, na Espanha, nos dias 11 e 12 de abril, pelas empresas Freixenet, Gramona e Torres.

Vinhos e espumantes brasileiros fo-ram servidos no almoço oferecido pela presidenta Dilma Rousseff para 800 convidados, entre empresários e autori-dades chinesas, no dia 12 de abril, em Pequim, na China. Para a ocasião, o chef Rodrigo Sanchez escolheu o vinho Lote 43 e o espumante Millésime, ícones da Miolo, uma das 37 vinícolas integrantes do consórcio de exportação de vinhos fi nos brasileiros Wines of Brasil.

Em Hong Kong, a gerente de Pro-moção Comercial do projeto, Andreia Gentilini Milan, fechou a participação das vinícolas brasileiras em dois even-tos na China em novembro, além da feira HOFEX, que será de 11 a 14 de maio, e terá a Miolo representada atra-

vés do seu importador local. O Wines of Brasil estará presente na Hong Kong Wine Expo, de 3 a 5 de novembro, com a participação de seis vinícolas verde-amarelas. Durante a semana da feira, será realizada uma Master Class (pa-lestra com degustação) para cerca de 50 VIPS locais (sommeliers, compra-dores e formadores de opinião), segui-da por um Walkaround Tasting, onde serão montadas mesas para as viníco-las participantes na feira. Logo depois, as cantinas brasileiras estarão na Wine Future Hong Kong, evento organizado pela Wine Academy of Spain, que terá as presenças de Robert Parker, Jancis Robinson e outros grandes nomes do mundo do vinho.

Foto: Divulgação