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Informativo sacarolhas nº 6 curvas - ibravin.org.br · que elaboram suco de uva 100% pronto para beber no Brasil. Atu- ... versos elementos em 3D, o trabalho destaca os benefícios

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responsável por 85% da pro-dução de suco no Brasil. A campanha tem versão em por-tuguês e inglês e será divulgada em eventos, escolas, pontos de vendas e Internet.

O Programa de Desenvolvi-mento Setorial do Suco de Uva 100% do Brasil tem por obje-tivo realizar ações de pro-moção, divulgação e inte-gração do setor, tanto no mercado interno quanto no externo, capacitando produtores e adequando pro-cessos e produtos para fortale-cer a imagem dos sucos de uva 100%.

responsável por 85% da pro-dução de suco no Brasil. A campanha tem versão em por-tuguês e inglês e será divulgada em eventos, escolas, pontos de vendas e Internet.

O Programa de Desenvolvi-mento Setorial do Suco de Uva 100% do Brasil tem por obje-tivo realizar ações de pro-moção, divulgação e inte-gração do setor, tanto no mercado interno quanto no externo, capacitando produtores e adequando pro-cessos e produtos para fortale-cer a imagem dos sucos de uva 100%.

O néctar de uva produzido no Brasil terá de conter, no mínimo, 50% de fruta. Esta é a percentagem determinada no Codex Alimenta-rius (FAO) para este tipo de bebida não alcoólica (no caso, a base de uva). A determinação foi publicada dia 31 de agosto no Diário Ofi cial da União, na Instrução Normativa nº 24, assinada pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Fi-lho. Para os produtos já registrados o prazo é de 180 dias para adequa-ção à norma.

A nova regra atinge os pro-dutores de “néctar”, produto que hoje contém 30% de suco de uva, acrescido de água, açúcar e outros ingredientes. Esta bebida se difere substancialmente do suco de uva. “O suco de uva integral é feito de 100% de fruta, não podendo con-ter adição de água nem açúcar”, explicou o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Alceu Dalle Molle. Já o suco de uva natural tem as mesmas características do suco integral e ainda é livre de conser-

Como dizia uma antiga pro-paganda de tevê, nem tudo que parece é. Para ser mais exato, a frase era “Denorex - parece re-médio, mas não é”, que propa-gava o diferencial de um xampu anticaspa. A frase poderia ser repetida para comunicar as di-ferenças entre os vários tipos de suco de uva encontrados no mercado.

O consumidor desavisado é conduzido ao erro ao encon-trar sucos chamados de “néc-tar”. Se é “néctar”, é o que há de melhor, pensa ele. Ledo engano. No caso dos sucos, os do tipo “néctar” possuem so-mente 30% da fruta – seja ela uva, laranja ou outra qualquer. Agora, o Ministério da Agri-cultura acaba de editar uma lei obrigando a presença de pelo menos 50% de fruta em qual-quer bebida de uva. É um avan-

ço e tanto, que será bom para os produtores de uva do Brasil, como para a saúde das pesso-as, que irão consumir sucos com maior percentual de uva.

Mas o verdadeiro suco é com 100% de uva, elaborado por empresas que têm no DNA a produção de uva e deriva-dos. Estes produtos, que levam de 1,5Kg a 2Kg de uva para cada litro de suco, acabam de ganhar um aliado simpático e divertido – o Vavu. O mascote nasceu para comunicar o sabor e as vantagens para a saúde do suco de uva 100%, que pode ser incluído na dieta de crianças e pessoas idosas, sem contraindi-cações.

Faça como o Vavu, alimen-te-se com o verdadeiro suco de uva 100%, que não tem adição de água nem açúcar.

Boa leitura e saúde!

O suco de uva 100% do Bra-sil agora tem mascote – o Vavu. O pássaro que só se alimenta de suco de uva 100% foi criado para a divulgação dos benefícios da bebida focada no público infan-til, de uma maneira descontraída e inovadora. A ideia é renovar a imagem do suco de uva junto aos consumidores. A iniciativa é do Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva 100% do Brasil, realizado em parceria en-tre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e o Instituto Brasilei-ro de Frutas (Ibraf), em conjunto com a Agência Brasileira de Pro-moção das Exportações e Investi-mentos (Apex-Brasil). O progra-ma abrange os estabelecimentos que elaboram suco de uva 100% pronto para beber no Brasil. Atu-

MAIS uva no suco signifi ca maiores benefícios para a saúde dos consumidores

VÍDEO de apresentação do Vavu pode ser

visto no site sucodeuvadobrasil.com.br

vantes.“Esta medida atende a um pe-

dido do setor vitivinícola, que será benefi ciado com a maior possibi-lidade de colocação da produção de uva”, afi rmou Dalle Molle. Ele ainda destacou as vantagens para a saúde dos consumidores. “Um suco com mais uva é um produ-to que traz mais benefícios às pessoas”, observou. Isso porque um suco com mais uva trará uma maior carga de resveratrol, subs-tância que combate a produção de toxinas e radicais livres e evita a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, diminuindo os níveis do mau colesterol (LDL) no sangue, prevenindo infartos e aci-dente vascular cerebral. A pressão arterial também tende a fi car sob controle com o uso diário do suco de uva.

Dalle Molle ainda aguarda duas outras medidas do governo fe-deral: a concessão de um crédito presumido para as empresas ex-portadoras de suco e a retomada da redução de 50% do Imposto sobre

Foto: Arquivo

almente, 14 empresas integram o projeto (Casa Madeira, Coopera-tiva Monte Vêneto, Cooperativa Vinícola Aurora, Cooperativa Ga-ribaldi, Cooperativa Nova Alian-ça, Vinícola Perini, Irmãos Mo-lon, Natural Products, Vinícola Salton S/A, Vinícola Campestre, Vinícola Galiotto, Vinhos Mura-ro, Hugo Pietro e Di Creazzo).

A idealização do Vavu foi da agência Escala, que atende o Ibra-vin. A criação do vídeo de anima-ção foi da empresa Dr. Smith. “Ele é colorido, divertido e educativo”, disse o coordenador do projeto, Ed-gar Sinigaglia. Realizado com di-versos elementos em 3D, o trabalho destaca os benefícios que o suco de uva 100% traz ao organismo, sa-lientando a qualidade dos produtos vindos sobretudo da Serra Gaúcha,

Produtos Industrializados (IPI) aos fabricantes de refrigerante, refres-co e extrato concentrado para ela-boração de refrigerante que conte-nham suco de frutas ou extrato de sementes de guaraná em sua com-posição. Este benefício caiu há al-guns meses e está prejudicando a indústria de suco de uva, que sofre com altos estoques armazenados.

O suco de uva 100% esteve presente no Socergs 2012 (Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul), de 2 a 4 de agosto, em Gramado, na Serra Gaúcha. A degustação para os 2,3 mil profi ssionais de saúde reunidos no evento teve suco de uva 100% de seis empresas – Aurora, Casa Bariletto, Casa Madeira, Cooperativa Vinícola Garibaldi, Perini e Suvalan – integrantes do Progra-ma de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, desenvolvido pelo Ibravin e o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), em parceria com a Apex-Brasil.

O objetivo da ação, realizada em conjunto com a Sociedade de Cardiologia do RS, foi divulgar os be-nefícios para a saúde do suco de uva 100%, elaborado sem adição de água nem açúcar. Estes produtos são ricos em resveratrol, uma importante arma natural de combate à produção de toxinas e radicais livres. “O Ibravin é um aliado importante para a promoção de um estilo de vida saudável”, disse o médico Justo

Leivas, eleito para o biênio 2012-2013, que atuou pela primeira vez no congresso como presidente da Socergs. “Nada melhor do que um congresso mé-dico para disseminar os benefícios do suco de uva 100% para a saúde”, salientou o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani.

DEGUSTAÇÃO de suco de uva tinto e branco, 100% natural e inte-gral, foi feita por 2 mil profi ssionais de saúde em Gramado

Foto: Arlindo Menoncin

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Os quatro países integrantes do Mercosul estão desenvolvendo um Plano Estratégico Vitivinícola Re-gional (Pevir) para o crescimento e fortalecimento da vitivinicultura no mercado regional e de tercei-ros países. A realização conjun-ta do Pevir por Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia foi aprovada no dia 29 de junho, em Mendoza, na Argentina, durante a XLIII Cúpu-la dos Chefes de Estado do Mer-cosul e Estados Associados, que teve a presença da presidenta Dil-ma Rousseff. “Queremos construir juntos uma identidade vitivinícola do Mercosul, fortalecida pela am-pla diversidade regional produti-va”, afi rmou o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Pavia-ni. Segundo ele, a Coviar (Corpo-ración Vitivinícola Argentina) é a executora. A primeira presidência do Conselho Diretor é do Brasil.

A cooperação foi sugerida aos governos dos quatro países após três encontros de representantes dos setores vitivinícolas do Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia este

ano. A intenção é elaborar um pla-no conjunto, que deve contemplar ações de cooperação, inovação tecnológica, promoção do enotu-rismo e dos produtos vitivinícolas nos quatro países do Mercosul e, principalmente, em outros merca-dos. A primeira etapa do projeto consiste na elaboração de um do-cumento único, contendo os ante-

OBJETIVO é elaborar um plano conjunto, que contemple inovação tecnológica, promoção do enoturismo e dos produtos vitivinícolas nos quatro países do Mercosul e em terceiros mercados

Foto: Jane Prado

LIDERANÇAS do setor vitivinícola reunidas com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em Brasília

Os vinhos brasileiros ganharam um reforço decisivo para o projeto de divulgação na Copa do Mundo Fifa 2014. A pedido do deputado federal Jerônimo Goergen (PP--RS), o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, recebeu no dia 19 de ju-nho, em Brasília, uma comitiva formada por representantes do se-tor vitivinícola nacional, liderados pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). As lideranças entrega-ram ao ministro o pedido formal de apoio para que o vinho brasileiro seja o patrocinador ofi cial da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Ao fi nal do encontro, Rebelo garantiu que apoiará a proposta por entender que o evento esportivo será uma importante janela para o Brasil di-vulgar seus melhores produtos. “A Copa do Mundo não é somente o maior evento do esporte mundial, mas uma grande oportunidade para o nosso desenvolvimento, para mostrarmos nossas virtudes. Daí o interesse em apoiar a vitivinicultu-ra nacional”, destacou Rebelo.

Para Ana Paula Kleinowski, subgerente do Wines of Brasil, pro-jeto de exportação dos vinhos fi nos brasileiros realizado pelo Ibravin e pela Apex-Brasil, além de mostrar o produto brasileiro ao mundo, “a vitrine da Copa do Mundo será im-portante para impulsionarmos as vendas no mercado interno”. Já o vice-líder do PP na Câmara, depu-tado Jerônimo Goergen, lembrou que o apoio ofi cial de Aldo sepulta de uma vez por todas a possibilida-de do vinho estrangeiro ser o pa-trocinador do evento. “A Concha y Toro estava encaminhando todas as tratativas. Nós entendemos que o palco da Copa do Mundo não pode ser usado para fazer propa-ganda aos produtos de fora”, pon-derou. O parlamentar ressaltou que o objetivo é reproduzir o que ou-tras sedes já fi zeram anteriormente ao defenderem o interesse de seus produtos, como foi o caso da cer-

Foto: Glauber Queiroz/Ministério do Esporte

veja na Alemanha e do próprio vi-nho na África do Sul.

Rebelo pediu que as entidades representativas da indústria do vinho se mobilizem desde já. O ministro do Esporte se colocou à disposição do setor para estar pre-sente nos próximos eventos de di-vulgação da bebida. A ideia é fazer com que o vinho e o espumante na-cionais também possam estar pre-sentes na Copa das Confederações de 2013 e nas Olimpíadas de 2016. A partir de agora as tratativas serão aprofundadas junto aos represen-tantes da Fifa.

A área de produção vitivinícola no Brasil soma 83,7 mil hectares,

O Brasil vitivinícola para no dia 29 de setembro para conhecer a re-presentatividade da safra 2012. É a 20ª Avaliação Nacional de Vinhos, que chega como a maior de todas as edições por reunir 387 amostras de 70 vinícolas de sete estados brasileiros. O evento, que já reuniu 11.217 apreciadores da bebida desde 1993, completa 20 safras tendo forte infl uência na evolução da qualidade da produção nacional, hoje reconhecida mundialmente. No evento serão reveladas as 16 amostras selecionadas entre as 30% mais representativas da safra 2012.

O resultado que será apresentado no dia 29 de setembro refl ete a análise feita por 120 enólogos brasileiros, que degustaram as amos-tras no período de 10 a 31 de agosto, no Laboratório de Análise Sen-sorial da Embrapa Uva e Vinho, instituição parceira da ABE e que presta todo apoio técnico ao evento. Seguindo normas internacionais, as degustações foram realizadas às cegas em cinco categorias: Bran-co Fino Seco Não Aromático, Branco Fino Seco Aromático, Tinto Fino Seco, Tinto Fino Seco Jovem e Vinho Base para Espumante.

Mais informações no site www.enologia.org.br.

Até novembro, todos os viti-cultores gaúchos deverão realizar o recadastro vitícola nos Sindi-catos Rurais, na internet ou na sede da Emater, informando as áreas de cultivo, a quantidade de uva produzida de cada varie-dade, o destino da produção de uvas, entre outros dados da sa-fra 2012. A novidade deste ano é que os viticultores também irão responder a uma pesquisa sobre mão-de-obra nas propriedades. “É importante termos informa-ções precisas sobre a sucessão familiar para dar continuidade à produção de uva. Os dados in-dividuais são sigilosos e serão

usados apenas para estudos, de uma forma global, por municí-pio”, esclarece a coordenadora do Cadastro Vitícola, Loiva Ma-ria Ribeiro de Mello.

O Cadastro Vitícola é realiza-do no Rio Grande do Sul, com metodologia desenvolvida pela Embrapa Uva e Vinho e suporte do Ibravin, contendo informa-ções desde 1995. O Cadastro é uma ferramenta estratégica para o diagnóstico da produção de uvas para processamento, defi -nição de políticas de interesse setorial, estudos de zoneamento vitícola e para o controle de qua-lidade pela fi scalização.

cedentes, justifi cativas e objetivos que estabelecerão as bases de um programa estratégico que satisfaça aos quatro países. A etapa seguinte será a defi nição dos investimentos e apresentação do projeto para cap-tação de recursos em fundos e ins-tituições internacionais.

O Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Ex-terior (MDIC) é a instituição re-presentativa do setor público que acompanhará este processo de planejamento. A secretária de Co-mércio Exterior, Tatiana Prazeres, participou do evento em Mendoza. “A tarefa não e simples, mas re-presenta uma contribuição efetiva deste setor para o desenvolvimento do Mercosul”, destacou o diretor--executivo da Fecovinho, Hélio Marchioro. A deliberação do Bra-sil em participar deste projeto se deu no ano passado, primeiro no âmbito do Conselho Deliberativo do Ibravin e, em novembro, na Câ-mara Setorial da Vitivinicultura, Vinhos e Derivados. Ocorreram ainda reuniões entre os países na época da Vindima na Argentina e mais recentemente na Bolívia.

divididos em seis regiões: Serra Gaúcha, Campanha, Serra do Su-deste e Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul; Planalto Catarinense, em Santa Catarina; e Vale do São Francisco, no Nordes-te. São mais de 1,1 mil vinícolas espalhadas pelo país, a maioria ins-talada em pequenas propriedades (média de 2 hectares por família). “O vinho brasileiro vem conquis-tado reconhecimento mundo afora. São milhares de medalhas recebi-das nos últimos anos nos mais im-portantes concursos de vinhos do planeta”, lembrou o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Henrique Benedetti.

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Em reunião da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados realizada no dia 16 de maio, no Ministério da Agricultura (Mapa), em Brasília, o Ibravin apresentou a proposta de criação de um Fundo Nacional para Promoção e Orde-namento do Mercado Vitivinícola Brasileiro. A proposta está basea-da na experiência desenvolvida no Rio Grande do Sul com o Fundovi-tis (Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura), e pretende obter recursos para a promoção dos pro-dutos vinícolas. O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Alceu Dalle Molle, explicou que hoje o Brasil vem consolidando a produção de sucos e vinhos em mais de uma dezena de Estados brasileiros e a constituição de um fundo nacional torna-se “um ins-trumento importante de integração e desenvolvimento do setor”.

A proposta do Ibravin foi apro-vada na reunião da Câmara Seto-rial, que determinou a formação de um Grupo de Trabalho, com a par-ticipação de produtores e importa-dores. A primeira reunião será em setembro na sede da Abrabe (As-sociação Brasileira de Bebidas), em São Paulo. “Se for criado, o

Fundo dará suporte para o Ibravin ter abrangência nacional”, falou Dalle Molle. A ideia inicial é arre-cadar um percentual sobre o fatu-ramento das indústrias vinícolas, engarrafadores e importadores. O diretor-executivo do Ibravin, Car-los Paviani, disse que “a proposta exclui as empresas que vendem vi-nho a granel, pois a incidência da contribuição recairia apenas sobre os vinhos e produtos vitivinícolas engarrafados, nacionais ou impor-tados”.

A Câmara Setorial também discutiu as formas de gestão des-te fundo que teria participação de produtores, engarrafadores e im-

A legalização da produção arte-sanal de vinho está mais próxima. Uma proposta consensual irá gerar um projeto de lei substitutivo, reu-nindo o entendimento obtido entre as lideranças do setor vitivinícola brasileiro e os deputados Onyx Lo-renzoni (DEM-RS) e Pepe Vargas (PT-RS), hoje ministro do Desen-volvimento Agrário, autores de dois projetos sobre o assunto. A decisão foi tomada no dia 6 de julho, em audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputa-dos, no auditório da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS), sob a coordenação do deputado fe-deral Alceu Moreira (PMDB-RS), relator dos dois projetos de lei (PL 3183/2012, de Onyx Lorenzoni; e o PL 2693/2011, de Pepe Vargas).

O caminho escolhido para legali-zar a produção artesanal de vinho é enquadrar os pequenos viticultores nas regras da agricultura familiar. Assim, estariam isentos de impos-tos, como o ICMS, os produtores de uva, vinho e derivados, com produ-ção limitada às regras da agricultura familiar, uso de 100% de matéria--prima própria, área de até quatro módulos rurais e faturamento bruto anual de 15 mil UPFs (cerca de R$ 196 mil, pelo UPF-RS) com toda a atividade produtiva rural.

“Estas são as regras que regem os agricultores familiares de todos os setores agropecuários”, disse Alexandre Hoffmann, chefe-ad-junto de transferência de tecnolo-gia da Embrapa Uva e Vinho, que relatou os resultados do seminário

sobre o assunto realizado no dia 18 de maio, numa promoção do Ibra-vin, em parceria com a Embrapa, Emater-RS, Superintendência Fe-deral do Ministério da Agricultura no RS, IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul), UFRGS (Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul) e Secretaria de Agricultura do Estado.

“Os limites compreendem toda a atividade econômica dos produ-tores, não apenas a produção de uva, vinho e derivados, que deve-rão estar inseridos no contexto ge-ral das propriedades rurais”, aler-tou José Fernando Werlang, fi scal federal agropecuário do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuá-rios (Sipag/SAF-RS) do Ministério da Agricultura no RS. “As regras da agricultura familiar são o ca-minho para a regularização do vi-nho artesanal e colonial no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, onde esta atividade é histórica entre os produtores”, observou o fi scal. “Com a legalização, o pro-dutor terá mais uma alternativa de renda na propriedade rural”.

ComercializaçãoQuem estiver enquadrado nestas

Foto: Viviane Zanela

PROPOSTA para aumentar a cultura do vinho no Brasil está sendo debatida na Câmara Setorial da Viticultura

Foto: Orestes de Andrade Jr.

portadores. A meta é elevar o con-sumo per capita de dois para cinco litros em cinco ou seis anos. “Para tanto, precisamos de mais recursos para difundir a cultura do consumo de vinho junto às refeições em todo o país, assim como já se faz no sul e nas regiões produtoras do mun-do e promover de forma massiva o produto vinho”, observou Paviani.

A criação de um Fundo Nacio-nal pode ser feita através de le-gislação específi ca, prevista pela Constituição Federal, caracteri-zando-se como um fundo setorial ou como uma contribuição de in-tervenção de domínio econômico (Cide).

A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), referência nacional em ensino nas áreas de comunicação, negócios e marketing, está iniciando um programa de Pós-Graduação dirigido aos exe-cutivos e empresários ligados ao setor do vinho, em parceria com o Ibravin. O programa de formação em Gestão de Negócios e Marketing do Vinho iniciou no fi nal de agosto. As aulas ocorrerão na sede do Ibravin, nas vinícolas, restaurantes e hotéis da Ser-ra Gaúcha. “Queremos que os alunos vivenciem o mundo do vinho em toda sua plenitude, tanto no as-pecto teórico de gestão de negócios, quanto através de experiências de mercado”, afi rma o coordenador

do curso, professor Flávio Martins.A área de marketing e de gestão de vinícolas e

empresas ligadas ao setor de vinhos é o foco desse programa. Esta será a terceira turma de Pós-Gradu-ação desenvolvida na ESPM para os profi ssionais do setor do vinho, que conta com professores com bagagem acadêmica e experiência de mercado. O curso, que terá dois anos de duração, acontece quinzenalmente com sede itinerante nas cidades da Serra Gaúcha. Os alunos receberão diploma Latu Sensu com certifi cação do MEC. Mais informa-ções podem ser obtidas pelo email [email protected] ou pelo fone (51) 3218.1300.

AUTORIDADES como o deputado federal Alceu Moreira (no microfone) presentes no evento da Embrapa

PRODUTORES de vinhos colonial e artesanal participaram ativamente da construção da proposta

regras poderá comercializar o vinho artesanal ou colonial exclusivamen-te na sua propriedade ou então em feiras de agricultores familiares realizadas dentro do seu Estado. “O que queremos é regulamentar uma questão que já existe hoje, a produção de vinho artesanal e co-lonial, feita por produtores que atu-almente estão na informalidade”, alertou o fi scal. As limitações a este produtor – que não precisa registrar empresa para não perder a condição de segurado especial do INSS – será não vender seus produtos a estabele-cimentos comercias como armazéns e restaurantes. Sua venda deverá ser exclusivamente ao consumidor fi nal. “Esta será uma decisão histórica, que benefi ciará milhares de peque-nos produtores de uva em todo o país”, comentou a assessora jurídica do Ibravin, Kelly Bruch.

Além do enquadramento legal dos produtores de vinhos artesa-nais, fi cou evidente a necessidade de estabelecer um padrão mínimo de qualidade. Se ele é artesanal, colonial ou orgânico, por exemplo, são qualifi cações que podem ser usadas comercialmente.

“As regras mínimas para os pro-dutos de origem agropecuária são as mesmas e devem ser seguidas por todos”, apontou. Werlang sa-lientou que qualquer produtor pre-cisa ter um registro formal (CNPJ ou, no caso, o bloco de produtor rural), ter um técnico responsável e seguir as Boas Práticas de Fabrica-ção em suas instalações e no uso de equipamentos.

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O vinho de mesa pode ser a porta de entrada para o novo consumidor da bebida de Baco. Esta é conclu-são a que chegaram os mais de 100 participantes do seminário “Viabi-lidade Econômica da Produção de Vinhos de Uvas Americanas”, rea-lizado no dia 28 de junho, no bairro Forqueta, em Caxias do Sul (RS). Fácil de beber e acessível a todos os bolsos, o vinho de mesa poderia atrair consumidores de outras be-bidas no Brasil, cujo consumo está hoje ao redor de apenas 2 litros por pessoa ao ano. “À medida que o consumidor desenvolver o seu pa-ladar, naturalmente haverá a migra-ção para outros vinhos, benefi cian-do todo o setor”, opinou o vice-pre-sidente da Associação Gaúcha dos Vinicultores (Agavi) e diretor de agronegócio da Câmara da Indús-tria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), Evandro Lovatel.

Os participantes do seminário entendem que, atualmente, o vinho de mesa é visto com certo desprezo. “Muitas vezes, quem vende e quem consome tem vergonha de assumir”, disse Lovatel. “Temos é que defi nir um nicho de mercado para este pro-duto, valorizar as suas característi-cas, buscar uma identidade para o vinho de mesa”, sugeriu Mauro Cir-ne, da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Encosta Superior do Nordeste (Aeane). “Hoje não há marketing para este produto, que é visto como patinho feio do setor, mas que, ao mesmo tempo, sustenta os produtores e grande parte da in-dústria”, argumentou. O seminário integrou a programação da Festa do Vinho Novo 2012, realizada de 30 de junho a 5 de julho, sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, com shows e desfi les temáticos.

O delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) Nilton Pinho DeBem, indicou cinco caminhos para dar maior competi-tividade à categoria vinho de mesa:

Foto: Orestes de Andrade Jr.

NILTON Pinho DeBem, indicou cinco caminhos para dar maior competitividade à categoria vinho de mesa

microzoneamento (identifi cando as melhores áreas para cada tipo de uva), produção orientada para o mercado, mais assistência técnica e práticas de economia solidária e em rede. O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schia-

venin, concordou e sugeriu que os produtores se organizem em asso-ciações ou cooperativas para redu-zir custos. “Nós só vamos ter visi-bilidade se estivermos organizados. Individualmente, não vamos a lugar nenhum”, comentou.

O Workshop de Mídias Sociais, 2ª edição, voltou a movimentar a Serra Gaúcha, atraindo 150 pessoas no dia 29 de junho, em Farrou-pilha. Numa parceria entre o Ibravin e o Sebrae, o evento abordou a importância da experiência emocional na fi delização de uma marca. “O foco foi o relacionamento e experiência de consumo, em específi co na cadeia do vinho brasileiro. Hoje, o setor vitivinícola ainda é muito focado na produção. Só que, para se promover este produto, é preciso estratégias criativas, que permitam se sobressair no mercado do vinho extremamente competitivo”, explicou o gerente de marketing do Ibra-vin, Diego Bertolini.

A pauta da ofi cina deste ano teve uma evolução natural da anterior. Se em 2011 foram trabalhados conceitos básicos do marketing em re-des sociais, comércio eletrônico e gestão de conteúdo, em 2012 foram trazidos exemplos concretos de como as ferramentas digitais podem dinamizar as vendas, principalmente pela internet. “Depois do ano pas-sado, a mudança nas redes de algumas vinícolas foi nítida. Em termos de gestão de conteúdo, de ações paralelas, deu muito certo”, avaliou o gerente. Como destaque da programação realizada, a presença do nor-te-americano Gregory Dal Piaz [foto], editor da Snooth, a maior rede social exclusivamente voltada ao vinho dos Estados Unidos.

Foto: Gilmar Gomes

150 pessoas participaram do evento no Farina Park Hotel em Farroupilha

A produção de uvas comuns – americanas e híbridas – está em transição. Segundo o diretor-técni-co do Ibravin, Leocir Bottega, mui-tos produtos substitutos – como sangrias, coquetéis e até vinagres de outras fontes – tiraram merca-do que antes era reservado às uvas comuns. “Felizmente surgiu uma alternativa, a produção de suco de uva, sucesso de mercado nos últi-mos anos”, falou. Paralelamente, as pesquisas proporcionaram o de-senvolvimento de novas varieda-des de uvas, que reduziram o espa-ço de cultivo de cepas tradicionais como a Isabel, mas benefi ciaram os agricultores com a redução de custos de produção dos vinhos de mesa e de suco de uva. “As mu-danças no cultivo e as difi culda-des na comercialização de vinho de mesa formam um cenário novo na produção das uvas americanas e híbridas”, pontuou Bottega.

A Embrapa Uva e Vinho desen-volveu uma série de uvas híbridas após diversos cruzamentos de es-pécies. Entre elas estão os tipos Carmem, Violeta, Lorena, Cora e Rúbea, que já estão alterando para melhor o mercado. A primeira mu-dança verifi cada nos últimos três anos é o aumento do volume de uvas comuns destinadas à elabo-ração de suco de uva. Nesta safra, 56% da uva comum colhida foi en-caminhada para produção de suco. No ano passado foi 49%. Em 2004, apenas 24% da uva comum virou suco. “Esta é uma nova realidade do setor, que tem encontrado no suco de uva uma alternativa viável para o maior equilíbrio econômico e uma saída para enfrentar os altos estoques de vinhos de mesa”, ex-plicou Bottega.

O volume maior de uva comum à elaboração de suco tem provo-cado uma mudança nas varieda-des cultivadas. A tradicional Isa-bel, que em 2004 era responsável

por 47,5% da uva comum produzida no Rio Grande do Sul, teve sua represen-tatividade diminuída para 29% em 2011. A Bordô, que dá mais aroma e estru-tura ao suco de uva, pulou de 13,7% em 2004 para 22,3% no ano passado. As-sim, o suco de uva integral tem experimentado taxas de crescimento ao redor de 40% nos últimos anos.

No entanto, essa mu-dança para melhor no cul-tivo de uvas comuns con-trasta com a queda abrupta das vendas do suco de uva integral. De 2004 a 2011, segundo o diretor-técnico do Ibravin, esse mercado registrou uma média de crescimento de 35% a 40% ao ano. Entretanto, no pri-meiro semestre de 2012, a média de crescimento fi -cou abaixo de 10%. “Não sabemos se já foi atingido um equilíbrio entre oferta e procura ou algum outro fenômeno de mercado. Porém, observamos que há uma difi culdade na amplia-ção das vendas este ano”, alertou.

Valor agregadoBottega ainda destacou que a

comercialização do vinho a granel (não engarrafado), o carro-chefe dos produtores artesanais da bebi-da, também obteve queda. “O ano de 2012 é o pior para o segmento das vendas a granel dos últimos tempos. A maior parte da produção de vinhos de mesa escoava com essa comercialização e a queda das vendas é preocupante”, descreveu. Em contrapartida, cresceu a comer-cialização de vinho de mesa engar-rafado, passando de 67,2 milhões de litros em 2010 para 81,7 milhões de litros em 2011. “Isso é resulta-do do investimento dos produtores

em promoção e agregação de valor, ações incentivados pelas entidades do setor”, salientou Bottega.

Conforme o diretor-técnico do Ibravin, essas ambiguidades con-tribuem para que o desequilíbrio do segmento de vinhos de mesa, que pretende encontrar sua esta-bilidade e um caminho para o seu desenvolvimento. “Queremos ini-ciar um novo ciclo para o vinho de mesa no Brasil, por isso estamos debatendo a realidade do setor”, comentou. Atualmente, 16 mil fa-mílias trabalham com o cultivo da uva no RS. Elas amargam perdas com a cultura de uvas fi nas, pois o aumento das importações está es-tancando a produção nacional de vinhos fi nos, e com o plantio das uvas para vinhos de mesa, com as oscilações do mercado. “Uma du-pla desvantagem”, concluiu.

Foto: Cassius André Fanti

A Bordô pulou de 13,7% em 2004 para 22,3% em 2011, enquanto a Isabel, que em 2004 era responsável por 47,5% da uva comum produzida no RS, caiu para 29% no ano passado

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Os problemas enfrentados pelo setor vitivinícola gaúcho foram debatidos, no dia 9 de agosto, em audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuá-ria e Cooperativismo da Assem-bleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Representantes do setor pediram medidas governamen-tais urgentes para superar a crise. Mais de 300 pessoas estiveram presentes, a maioria produtores de uva e vinho.

Em documento entregue aos deputados gaúchos foram solici-tadas ações políticas de natureza conjuntural – como a redução dos estoques, a adoção imediata da Salvaguarda aos vinhos brasilei-ros, maior controle e fi scalização dos produtos comercializados no país e a revogação do dispositi-vo legal que eliminou o benefício fi scal concedido às empresas de refrigerantes, que ao utilizarem na formulação dos refrigerantes 10% de suco concentrado de uva tinham uma redução de 50% do IPI. Também foram encaminha-das ações políticas de natureza estrutural, como a implementação de Programa de Modernização da Vitivinicultura, a adoção do Sim-ples Nacional e a legalização do vinho artesanal. Os pleitos tam-bém foram levados à Secretaria Estadual da Fazenda e aos minis-tério da Agricultura (Mapa), De-senvolvimento Agrário (MDA) e Desenvolvimento e Indústria e Comércio (Mdic) para que sejam criadas políticas públicas que pos-sibilitem maior competitividade do produto no mercado nacional.

O presidente do Conselho da Ibravin, Alceu Dalle Molle, des-tacou que a crise que atinge o setor vitivinícola brasileiro não é recente e defendeu uma série de medidas conjunturais para o setor. “Precisamos do apoio dos poderes Executivo e Legislativo do nosso

Estado para que as nossas deman-das sejam atendidas rapidamen-te”, sublinhou. O representante da Embrapa, José Fernando Protas, salientou que o problema vivido pelo setor vitivinícola é estrutural, mas que existe um programa de reestruturação e reajuste. “Com a implementação de um progra-ma de modernização do setor é possível vencer as difi culdades e ganhar competitividade”, assegu-rou. Para o presidente da Associa-ção Brasileira de Vitivinicultura, Henrique Benedetti, a atual crise vivida pelo setor vitivinícola é a maior já verifi cada. Para supe-rar as difi culdades, ele defendeu maior mobilização dos produtores junto às instâncias governamen-tais para que implementem políti-cas de médio e longo prazo a toda cadeia vitivinícola.

O presidente do Parlamento gaúcho, deputado Alexandre Pos-tal (PMDB), participou da aber-tura do encontro e se colocou à disposição do setor vitivinícola para interceder junto aos gover-nos estadual e federal na busca de soluções rápidas para a superação da crise. “Não podemos admitir que continue a situação de impos-tos e o nacionalismo abaixo de zero com este setor”, disse Pos-tal. “Não existe defesa do nosso mercado produtor. Continuamos importando muito, com impostos

muito baixos, enquanto os nossos produtores continuam pagando os maiores impostos possíveis”, ar-gumentou Postal ao defender di-minuição de tributos e salvaguar-das para os vinhos produzidos no Brasil. As importações de vinhos estrangeiros cresceram além dos 34% no primeiro semestre deste ano.

Para o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Ernani Polo (PP), o encontro solicitado pelo setor vitivinícola gaúcho foi muito positivo por expor a reali-dade difícil vivida pelo setor. “Va-mos marcar uma audiência com a Secretaria da Fazenda estadual para que seja intensifi cada a fi s-calização do selo do vinho, pois assim poderemos identifi car in-dícios de sonegação de impostos nos produtos que não possuam o selo”, adiantou.

Lembrando todo o trabalho realizado pelos colonizadores italianos na Serra gaúcha, Alceu Barbosa (PDT) lamentou que a importação de vinhos esteja co-locando em risco a continuidade desta história de desenvolvimen-to. O parlamentar defendeu uma grande mobilização dos setores envolvidos para conseguir junto aos governos estadual e federal medidas capazes de estabilizar economicamente a situação do se-tor vitivinícola gaúcho.

ALCEU Dalle Molle pediu apoio dos deputados estaduais para superar as difi culdades do setor vitivinícola

Foto: Vinicius Reis / AL-RS

Diminuir a carga tributária, incluir as pequenas cantinas no Simples Nacional, aumentar a fi s-calização e o controle dos vinhos e derivados, regulamentar o vinho artesanal, escoar o excedente de estoques de vinhos e aplicar me-didas de salvaguarda para a produ-ção nacional. Estas foram as seis reivindicações feitas ao governo federal no dia 15 de junho, na 13ª Jornada da Viticultura Gaúcha, em Garibaldi (RS), pelo coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin.

Representando os 800 viticul-tores presentes, Schiavenin, que também preside o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, entregou o documento a Marcos Carlos Rege-lin, assessor de gabinete do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que foi convocado pela pre-sidenta Dilma Rousseff e não pode estar presente na jornada. “O setor e os produtores estão trabalhando pela qualifi cação da uva e dos pro-dutores derivados dela, sempre com o apoio do governo, mas precisa-mos avançar mais”, disse ele.

Assistência técnicaEntre os avanços conquista-

dos no ano passado, Schiavenin destacou o Projeto de Assistência Técnica as Unidades Agrícolas Familiares (UAF), realizado pela Fecovinho (Federação das Coope-rativas Vinícolas do Rio Grande do Sul). O relato do trabalho realiza-do foi feito pelo diretor-executivo da Fecovinho, Hélio Marchioro. Ele destacou a diminuição no uso de agrotóxicos e adubos químicos, melhora na correção do solo e no manejo e uma adesão signifi cativa de viticultores às práticas ecológi-cas como os principais resultados do projeto. Foram investidos R$ 700 mil em assistência técnica a 600 propriedades vitícolas da Ser-ra Gaúcha, benefi ciando mais de

Foto: Orestes de Andrade Jr.

COORDENADOR da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin falou em nome dos 800 viticultores presentes

1.000 produtores de uva. Os recur-sos vieram do Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA) e da Caixa Econômica Federal, com mais R$ 77 mil de contrapartida da Fecovinho.

Além de 3.000 visitas técnico--agronômicas realizadas, foram feitas mais 1.200 visitas de Ges-tão Rural, que contribuíram para o conhecimento e domínio de novas tecnologias por parte dos viticul-tores. “Estamos muito satisfeitos com os resultados alcançados, o que nos permite buscar a renova-ção deste convênio, com o objetivo de aprimorar o assessoramento di-reto e sistemático aos viticultores familiares”, disse Marchioro. “Um benefício extra foi verifi car os jo-vens produtores estimulados com o aprendizado e as melhorias im-plementadas”, acrescentou o dire-tor-executivo da Fecovinho.

O secretário-adjunto da Agri-cultura, Claudio Fioreze, falou so-bre as “Políticas Estaduais para a Vitivinicultura”. Marcos Botton, engenheiro agrônomo, entomolo-gia e pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, discorreu sobre o uso res-ponsável de agrotóxicos. O diretor--executivo do Ibravin, Carlos Rai-mundo Paviani, relatou os projetos

e ações do Instituto em favor do setor vitivinícola brasileiro. Entre os temas discutidos, destaque para o projeto de legalização do vinho artesanal/caseiro, o planejamento tributário/Simples Nacional, o pro-grama de modernização da vitivi-nicultura e a promoção dos vinhos brasileiros, por meio da democra-tização do consumo, via ações no Carnaval de 2012 e 2013. O pro-cesso de salvaguarda também es-teve entre os temas debatidos pelo diretor-executivo do Ibravin.

Na parte da tarde, foram reali-zadas visitas técnicas na Coopera-tiva Vinícola Garibaldi, Coopera-tiva dos Produtores Ecológicos de Garibaldi (Coopeg), na Vinícola Peterlongo e na Chandon. Com o tema “Unir para despertar – ava-liando o presente e projetando o futuro da viticultura”, a 13ª Jor-nada foi promovida pela Comis-são Interestadual da Uva (CIU), Ibravin, Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Sindicato Rural dos Trabalhadores Rurais de Garibaldi, Prefeitura de Garibaldi e Cooperativa Vinícola Garibaldi. O apoio foi da Emater--RS e da Fetag-RS, entre outras entidades e instituições.

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“Samba fi no tipo exportação. Sa-fra 2013.” É assim que a Vai-Vai anunciou, no dia 2 de agosto, em sua quadra, no bairro do Bixiga, o samba--enredo do próximo Carnaval de São Paulo, que terá os Vinhos do Brasil como tema. “A combinação entre os vinhos brasileiros e a alma sambista da comunidade da Vai-Vai nos tor-nará campeões”, disse o presidente da escola, Darly Silva, o Neguitão, acrescentando seu tradicional bordão: “Doa a quem doer”.

“Sangue da terra, videira da vida: um brinde de amor em plena aveni-da – Vinhos do Brasil” é o título do tema-enredo que será defendido pela Vai-Vai, a quarta escola a entrar na avenida na sexta-feira (dia 8 de fe-vereiro), primeira noite do desfi le do grupo especial paulistano. “A parceria

com o Ibravin possibilitará um desfi le que promete ser um divisor de águas no Carnaval paulistano”, promete Ne-guitão. “É com muito orgulho que va-mos contar a história e a evolução dos vinhos do Brasil.”

O lançamento ofi cial do enredo so-bre os vinhos brasileiros reuniu 400 convidados da escola e do patrocina-dor, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Os recursos à escola virão de fornecedores do setor, através da Lei Rouanet. “Demoramos muito tempo pra perceber a harmonia e o potencial que há entre a maior festa popular do mundo, que é o Carnaval, e o vinho, uma bebida tradicionalmente ligada à cultura e à celebração”, disse o presidente do Conselho Deliberati-vo do Ibravin, Alceu Dalle Molle. “Os vinhos e os espumantes são bebidas democráticas, que podem e devem ser consumidas em todas as ocasiões. É isso que pretendemos com a parceria estabelecida junto à Vai-Vai. O suces-so desta ação terminará com um gran-de espetáculo na avenida”, salientou o presidente do Ibravin. Nesse sentido, acima do bar da quadra da escola es-tava estampada a frase: “O Carnaval é pra sair da rotina. Inclusive na hora de beber.”

A festa foi regada a vinhos e es-pumantes de vinícolas das principais regiões produtoras de vinhos do país (Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

São Paulo e Vale do São Francisco). “A comunidade da Vai-Vai aderiu ao vinho e ao espumante, amplamente consumidos de maneira absolutamen-te natural”, comentou o gerente de Marketing do Ibravin, Diego Bertoli-ni. O que se viu durante a noite foram vinhos sendo apreciados em taças de espumantes e borbulhas degustadas em taças de vinho. “O mundo do vi-nho é democrático e deve ser o mais simples possível, afi nal, o que impor-ta é o conteúdo”, falou Bertolini.

Projeto audaciosoMaior detentora de títulos do

Carnaval de São Paulo, com 14 campeonatos, a Vai-Vai preparou um lançamento digno de uma escola cam-peã. A apresentação da cerimônia foi da atriz e destaque da Vai-Vai, Adria-na Lessa. Estiveram presentes tam-bém presidentes e diretores de outras agremiações do Carnaval paulistano, além do diretor de ações estratégicas e comunicação da SPTuris, Luis Sales, do deputado federal Arnaldo Faria de Sá, do vereador Celso Jatene e do ex-

-ministro do Esporte, Orlando Silva. Cahê Rodrigues, carnavalesco que

fará a sua estreia no Carnaval de São Paulo, leu a sinopse do enredo para o público. “Estou muito empolgado. O enredo é muito bom, o tema é perfeito, o que torna o projeto audacioso. Com

a força da comunidade e a qualidade dos Vinhos do Brasil vamos buscar o título”, disse. Em seguida, Neguitão subiu ao palco e selou a união com o Ibravin fazendo um sabrage.

O intérprete Wander Pires condu-ziu o encerramento da festa ao lado

da ala das baianas, da Velha Guarda e das passistas da escola do Bixiga, na batida ritmada da bateria nota 10 do mestre Tadeu. Nesse momento a quadra da “Saracura”, como é conhe-cida a agremiação, virou palco de um grande show de Carnaval. A rainha da bateria Camila Silva encantou a todos com sua beleza e muito samba no pé, orgulhando a todos do “Pavilhão alvi--negro”. “É só o começo de uma festa que será histórica”, disse ela.

Fotos: Jane Prado

BAIANAS, Velha Guarda e passistas da Vai-Vai já entraram no clima da festa regada a vinho brasileiro CAMILA Silva, rainha da bateria da Vai-Vai

LANÇAMENTO reuniu personalidades, representantes de vinícolas e comunida-de do Bixiga na sede da Vai-Vai

ALCEU Dalle Molle brinda com a atriz e destaque da Vai-Vai Adriana Lessa NEGUITÃO, presidente da Vai-Vai, fez o sabrage no palco da festa

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O primeiro Diagnóstico do Eno-turismo Brasileiro foi lançado no dia 30 de agosto, durante a abertura do 2º Congresso Latino-Americano de Enoturismo, no Dall'Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves. O es-tudo inédito, realizado a pedido do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vi-nho), com o patrocínio do Sebrae, pela enóloga e consultora em Ma-rketing e Turismo do Vinho, Ma-ria Amélia Duarte Flores, aponta o diferencial e os principais atrativos de cada polo produtor de vinhos em quatro regiões diferentes do país, avaliadas de julho de 2010 a feve-reiro de 2011. O livro teve a co--autoria de Andiara Flores, Mestre em Direito Ambiental, abrangendo também a análise da paisagem e a

preservação da cultura e do meio ambiente.

Para obter os dados foram visitados cada um dos “destinos turísticos” que têm a vitivinicultura como atrativo. A conclu-são é que existem roteiros variados e para todas as classes sociais. Entre os destinos de enoturismo do Brasil, Maria Amélia destacou sete roteiros, em especial o Vale dos Vinhedos, no Rio Grande

do Sul. “A Serra Gaúcha é hoje re-ferência em enoturismo. Depois do Napa Valley, o Vale dos Vinhedos é uma das regiões mais organiza-das em turismo do vinho no mun-do”, registrou a pesquisadora. Ela apontou que a infraestrutura turísti-ca das cidades da região oferece a preservação da essência do viver do interior, além de ter “hotéis de to-dos os níveis, restaurantes de vários estilos, vinícolas de portas abertas e pessoal qualificado”.

O estudo ainda revelou como grandes destinos para a prática de enoturismo a cidade São Roque, em

São Paulo; o Caminho do Vinho – Colônia do Mergulhão, no Paraná; e o Pampa Gaúcho. “Uma região com menos de 30 anos de existên-cia, mas um potencial ilimitado”, assim descreveu a enóloga sobre as terras produtoras de vinho no Sul do RS. Ela igualmente relatou que o Pampa Gaúcho oferece aos visi-tantes estâncias, o viver campeiro, vinculado ao turismo de compras já consolidado nos free shops.

Os Vilarejos de Venda Nova do Imigrante e Santa Teresa, nas serras do Espírito Santo; os oásis criados na região de Petrolina e Juazeiro (entre Pernambuco e a Bahia), e a Serra Catarinense, com seus câ-nions e que apresenta até neve no inverno, também são áreas que re-ceberam um olhar aprofundado de Maria Amélia no Diagnóstico do Enoturismo Brasileiro. E surpreen-deram a pesquisadora por seu alto potencial produtivo e atrativo turís-tico, o que a fez registrar o quanto a associação da produção vitivinícola com o turismo pode se transformar em um bom negócio. “O enoturis-mo é uma das formas mais eficazes de construção de imagem do vinho

brasileiro, acabando com precon-ceitos, proporcionando experiên-cias. Além de gerar empregos e faturamento, é um marketing imen-surável”, ressaltou a consultora, acrescentando que “as dimensões do Brasil, novos empreendimentos e dinamismo da atividade do vinho superaram as expectativas, sendo que ainda há muitas descobertas a serem registradas”.

Abordagem internacional O evento também teve espaço

para o panorama externo do setor. Com o painel “Enoturismo no Ve-lho Mundo” e “Mercocidades”, fo-ram expostas as estratégias usadas para incentivar o crescimento do se-tor em nível internacional, apresen-tadas por dirigentes políticos e de entidades representativas do setor vitivinícola. “Acho que consegui-mos realizar um evento inspirador, mostrando as grandes conquistas e rol de oportunidades que estão abertas ao setor e oportunizar a tro-ca de experiências com quem já tem know-how em enoturismo”, regis-trou o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani.

MARIA Amélia Duarte Flores com o livro em mãos

Fotos: Ana Cristina Paulus

EXPERIÊNCIA de enoturismo na Vinícola Cristófoli foi um dos destaques do evento

As exportações de vinhos bra-sileiros aumentaram 86% no pri-meiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. As empresas inte-grantes do projeto setorial integra-do Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e a Agência Brasileira de Promoção de Expor-tações e Investimentos (Apex-Bra-sil), somaram US$ 1,85 milhão na venda de vinhos ao exterior de janeiro a junho, ante US$ 996 mil nos primeiros seis meses de 2011.

“É um resultado signifi cativo, que merece ser comemorado”, afi rmou a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. O valor representa 34% da meta de expor-tações em valor de 2012. Os va-lores de exportação são em FOB (Free on Board, ou seja, no porto, sem frete e sem impostos que inci-dem nos produtos comercializados no Brasil). O volume exportado cresceu 142%, passando de 313,9 mil litros no primeiro semestre de 2011 para 760,3 mil litros de janei-ro a junho de 2012.

A China, que surpreendeu ter-minando 2011 em 2º lugar no ranking dos maiores compradores de vinhos brasileiros, encerrou o 1º semestre do ano na liderança. O país asiático comprou US$ 405 mil de janeiro a junho, 492% a mais do que os US$ 68,4 mil do mesmo período de 2011. O valor já supe-ra o total exportado para a China em todo o ano passado, que somou US$ 390,3 mil de cinco empresas – Casa Valduga, Cooperativa Vi-nícola Garibaldi, Miolo, Pizzato e Salton. “Tudo acontece muito rápi-do na China, que é um país enor-me com uma população gigante e um interesse crescente em vinho”, comentou Andreia. As exportações de vinhos para o gigante asiático iniciaram em 2010, quando foram

vendidos US$ 4 mil, por meio de Hong Kong. “Ba-sicamente envia-mos amostras. Os negócios começa-ram pra valer ape-nas no ano pas-sado”, comentou Andreia.

Conforme ela, os vinhos brasi-leiros não eram vendidos antes na China porque não havia investimen-to neste mercado. “Participamos das primeiras feiras e eventos na China em 2011 e já estamos colhendo resultados posi-tivos”, observou. Os chineses têm demonstrado um interesse grande por vinhos e procuram produtos que deem status. “Há boas oportu-nidades para os vinhos brasileiros na China, principalmente porque o nosso país tem uma boa imagem junto aos consumidores”, anali-sou Andreia. O volume de vinho colocado na China pulou de 18,4 mil litros para 41 mil litros – um incremento de 123%. O preço mé-dio cresceu 140%, o maior preço médio entre os oito mercados prio-ritários do Wines of Brasil.

O ranking de maiores compra-dores de vinhos brasileiros tem na segunda colocação o Reino Unido. Em seguida vem Rússia, Holanda, França, Estados Unidos, Polônia, Suíça, Finlândia e Bélgica. An-dreia destacou ainda o acréscimo no número de empresas do projeto, de 35 no início do ano para 38 no fi nal do primeiro semestre. Nove empresas exportaram até junho para 24 países diferentes.

ContextoAs exportações do Wines of

Brasil representaram 74% do to-tal geral de exportações brasileiras

Foto: Hong Cheung

PELA primeira vez, o Wines of Brasil promoveu uma Master Class e uma degusta-ção com oito vinícolas na Vinexpo-Ásia em Hong Kong

de vinho. Em sete dos oito países--alvo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, China/Hong Kong, Paí-ses Baixos, Polônia, Reino Unido e Suécia), as exportações do Wob representam 100% do total expor-tado de vinhos pelo Brasil (China/Hong-Kong, Reino Unido, Polô-nia, Suécia, Holanda, Canadá e Alemanha). Dos oito países-alvo do Wines of Brasil, seis países au-mentaram as importações de ró-tulos verde-amarelos. O Wines of Brasil tem o objetivo de posicionar o produto brasileiro no mercado internacional por meio da promo-ção do vinho fi no engarrafado.

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A Agência Brasileira de Pro-moção de Exportações e Investi-mentos (Apex-Brasil) e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) assi-naram, no dia 24 de maio, durante a ExpoVinis 2012, em São Paulo, o novo convênio do Projeto Setorial Wines of Brasil, que tem o objeti-vo de posicionar o produto brasi-leiro no mercado internacional por meio da promoção do vinho fi no engarrafado. Nos próximos dois anos serão investidos no Projeto R$ 3,9 milhões – 32% a mais do que no convênio anterior.

As novas metas do projeto para o período visam atingir uma ex-portação de US$ 5,5 milhões este ano e US$ 7,5 milhões em 2013. Das 38 vinícolas associadas, 20 já são exportadoras, sendo que 14 efetuaram vendas ao exterior no ano passado e seis exportaram pela primeira vez nos dois últimos anos. As outras 12 vinícolas estão em processo de capacitação para exportar. A intenção é alcançar 25 vinícolas exportadoras este ano e 30 em 2013.

“Desde o primeiro projeto com o Ibravin, a proposta tem sido a de atuarmos no segmento de vinhos fi nos, de forma a agregar valor ao produto exportado e contribuir para divulgar a imagem do vinho brasileiro no exterior”, explicou o diretor de negócios da Apex-Bra-sil, Rogério Bellini. A parceria da Apex-Brasil com o Ibravin come-çou em 2004, com o primeiro Pro-jeto Setorial que envolveu apenas as seis empresas melhor estrutu-radas. “Atualmente, 38 empresas participam do projeto, sendo que a maioria são vinícolas de peque-no porte, muitas dessas de gestão familiar, cuja principal caracterís-tica é o cuidado com a qualidade no cultivo da uva e na produção do vinho”, disse o gestor da Apex--Brasil, Marcos Soares.

Em 2011, o vinho brasileiro

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estão cada vez mais próximos. Nos dias 22 e 23 de junho, os dirigentes da Abrasel, 45 donos de restauran-tes de todo o Brasil, conheceram e degustaram produtos de cinco vi-nícolas: Casa Valduga, Dal Pizzol, Don Guerino, Perini e Miolo. O jantar de encerramento do Projeto Imagem realizado nas vinícolas da Serra Gaúcha pelo Ibravin ocorreu no Hotel e Spa do Vinho Caudalie, em Bento Gonçalves (RS). “Foi um sucesso. O interesse pelos ró-tulos do Brasil é cada vez maior, especialmente nos restaurantes que estão se preparando para a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, ressaltou o gerente de Marketing do Ibravin, Diego Bertolini.

Nos 19 a 21, 23 de junho, 22 vi-nícolas brasileiras participaram do Encontro da Abrasel em Gramado. Participaram as seguintes empre-sas: Antônio Dias, Aurora, Cam-ponogara, Casa Valduga, Dal Pi-zzol, Don Guerino, Don Giovanni, Dunamis, Jolimont, Larentis, Luiz Argenta, Miolo, Nova Aliança, Pe-ricó, Perini, Peterlongo, Pizzato, Routhier & Derricarrère, Salton, Santa Augusta, Vallontano e Villa Francioni. O sommelier contratado pelo Ibravin, Arlindo Menoncin, promoveu diversas palestras sobre os vinhos brasileiros.

O evento, que reuniu 1.500 par-ticipantes, colocou em pauta ques-tões políticas, como o repasse de gorjeta, mão de obra qualifi cada e trabalho eventual, presente na maioria dos países, especialmente na Europa e América do Norte. Já na noite de abertura, o tema girou em torno da capacidade de geração de empregos que o setor oferece, comparável somente ao setor de construção civil no país. “Temos a obrigação de apontar ferramentas de gestão e treinamento na arte de

ganhou mercado pelo mundo. Os destinos dos rótulos verde-amare-los somaram 31 países no ano pas-sado, com destaque para os seguin-tes mercados prioritários defi nidos no Planejamento Estratégico do Projeto: Reino Unido, Alemanha, Holanda, Polônia, Suécia, Esta-dos Unidos, Canadá e China. As empresas participantes do projeto exportaram US$ 3,06 milhões em 2011, 33,6% a mais do que os US$ 2,29 milhões de 2010. “Foi uma grande vitória e um importante avanço nas vendas de vinhos brasi-leiros, porque enfrentamos no ano passado a forte crise que abalou a economia europeia e ainda tivemos como obstáculo um câmbio desfa-vorável às exportações”, avaliou o presidente do Conselho Deliberati-vo do Ibravin, Alceu Dalle Molle.

Ações previstasCom o objetivo de consolidar as

ações promocionais desenvolvidas no Projeto anterior, na nova etapa do convênio foram mantidos os oito mercados-alvo – Alemanha, Holanda, Estados Unidos, Cana-

bem servir”, declarou a presidente da Abrasel RS, Fernanda Etchepa-re, explicando em seu discurso a importância de um setor que gera mais de um milhão de empregos no país.

Para o presidente executivo na-cional da entidade, Paulo Solmuc-ci, a gastronomia é um diferencial competitivo para o turismo de várias regiões do Brasil. Mas, se-gundo ele, só poderá crescer mais quando o próprio segmento der importância a qualidade no aten-dimento que, de acordo com ele, vai melhorar se os jovens da classe média trabalharem no setor e apli-carem seus conhecimentos. “Te-mos que trazer esse tema a roda de discussão”, frisou.

CapacitaçãoO presidente do Conselho de

Administração Nacional da Abra-sel, Pedro Hoffmann, disse que a entidade e o Ibravin trabalham em um projeto para capacitar profi s-sionais de bares e restaurantes das 12 cidades-sede da Copa do Mun-do de 2012 no Brasil. A proposta agora será apresentada ao Sebrae. Se aprovada, a parceria permiti-

rá que garçons e sommeliers dos principais bares e restaurantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus e Cuiabá sejam treinados com foco nos vinhos bra-sileiros. “Com esta união vamos atender ainda melhor os nossos clientes, tanto os turistas como os próprios brasileiros”, disse Hoff-mann. “O turista que vier ao Bra-sil vai procurar preferencialmente a culinária e as bebidas daqui. Por isso precisamos estar bem prepara-dos”, afi rmou.

No próximo ano, Ibravin e Abrasel pretendem promover uma promoção inédita no evento Bra-sil Sabor, que valoriza a culinária brasileira. “A proposta é dar um vinho brasileiro a cada cliente que comprar no restaurante um rótulo verde-amarelo durante os 30 dias de realização do Brasil Sabor”, revelou o gerente de Marketing do Ibravin. “A qualidade do vinho brasileiro é percebida por todos que degustam nossos rótulos. Esta promoção incentiva os consumido-res a conhecerem mais os vinhos brasileiros”, completou.

Foto: Cleiton ThieleFoto: Orestes de Andrade Jr.

VINTE e duas vinícolas brasileiras participaram do encontro da Abrasel em Gramado

dá, Reino Unido, China, Polônia e Suécia. Nesses países, serão reali-zadas ações promocionais especí-fi cas, como degustações e rodadas de negócios. Estão garantidas tam-bém participações em pelo menos quatro feiras internacionais de vi-nhos: London Wine Fair (Inglater-ra), Vinexpo Asia (Hong Kong), ProWein (Alemanha) e Vinexpo França.

Uma consultoria especializada em Inteligência Comercial será contratada para auxiliar as empre-sas não exportadoras no início de sua trajetória internacional. Foi efetivada ainda uma parceria para as mídias sociais com o site Snoo-th, principal ferramenta de rede so-cial do mundo do vinho nos Esta-dos Unidos. As ações do Wines of Brasil para os próximos dois anos incluem também a elaboração de material promocional, bem como a realização de Projeto Imagem (vinda de formadores de opinião para conhecer o setor produtivo vinícola brasileiro) e do Projeto Comprador (vinda de potenciais importadores estrangeiros).

ALCEU Dalle Molle (presidente do Ibravin) e Rogério Bellini (diretor de negócios da Apex-Brasil) se cumprimen-tam após assinatura do convênio na ExpoVinis, em maio, em São Paulo

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Mais de 30 vinícolas brasilei-ras participaram, nos dias 15 e 16 de agosto, da 5º edição da Vinum Brasilis, em Brasília. O maior en-contro exclusivo de vinhos bra-sileiros ocorreu paralelamente ao 24º Congresso Nacional da Abra-sel (Associação Brasileira de Ba-res e Restaurantes), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com parceria do Instituto Brasilei-ro do Vinho (Ibravin). As vinícolas participantes selecionaram mais de 300 rótulos – muitos deles com premiações nacionais e internacio-nais – para mostrar a qualidade dos produtos verde-amarelos as 2 mil pessoas que participaram do even-to. Estiveram presentes empresas das principais regiões produtoras do Brasil – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Vale do São Francisco. Seis empresas fi ze-ram a sua estreia: Kranz, Dezem, Perini, Hermann, Irmãos Campo-nogara e Fabian. Além de vinhos

e espumantes, os visitantes puderam pro-var também o suco de uva 100% natural e integral, que cresce cerca de 40% ao ano no Brasil.

“É muito g r a t i f i c a n t e ver como as vinícolas bra-sileiras estão se interessan-do pelo evento e participando cada vez mais conosco”, disse Petrus Elesbão, organizador do Vinum Brasilis. Em 2011, o Vinum Bra-silis recebeu 30 vinícolas expon-do 254 rótulos, sendo 111 tintos, 92 espumantes, 39 brancos, 8 rosés e 4 de sobremesas. O even-to é realizado pelo enófi lo Petrus Elesbão desde 2007, partindo

O Projeto de Promoção Comer-cial e Acesso a Mercado do Ibravin possibilitou a presença das viníco-las brasileiras em quatro grandes feiras no país no primeiro semes-tre do ano. Na ExpoVinis, em São Paulo, 23 vinícolas das diversas re-giões produtoras do Rio Grande do Sul participaram do estande Vinhos do Brasil na maior feira de vinhos da América Latina, de 24 a 26 de abril. De 7 a 10 de maio, três em-presas – Cooperativa Vinícola Ga-ribaldi, Nova Aliança e Peterlon-go – estiveram na Apas 2012 (28º Congresso de Gestão e Feira Inter-nacional de Negócios em Super-mercados), também em São Paulo.

O roteiro ainda incluiu Santa Catarina, onde o Ibravin fez sua estreia na SC Gourmet – Mostra Brasileira de Delikatessen, Quei-jos, Vinhos e Gastronomia, em Blumenau, de 18 a 21 de julho. Sete empresas de suco de uva, vinhos e espumantes estiveram presentes: Dicreazzo Sucos, Cour-

EXPOVINIS teve a participação de 23 vinícolas no estande Vinhos do Brasil

ESTANDE coletivo do Ibravin na Abad 2012 no Rio de Janeiro

mayeur, Cristófoli, Del Vale, Don Guerino, Pizzato e Salton. Por fi m, o estande coletivo das vinícolas

MAIS de 30 vinícolas brasileiras estiveram em Brasília

Fotos: Orestes de Andrade Jr. Foto: Jane Prado

de uma iniciativa de privilegiar os vinhos brasileiros e promover sua qualidade na Capital Federal. “Esta feira cresce a cada ano e traz muito retorno para as vinícolas, que têm a presença dos principais donos de bares e restaurantes do Brasil ao lado”, destacou o geren-te de Marketing do Ibravin, Diego Bertolini.

O Vinum Brasilis também foi sede de uma de-gustação de 26 lançamentos de espumantes e vinhos brasileiros deste ano. A promoção foi da revista Pra-zeres da Mesa, em parceria com o Ibravin. “A ideia é dar visibilidade para as novidades que entraram no mercado este ano no mercado nacional, fruto do investimento das vinícolas brasileiras”, explicou o gerente de Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. Os rótulos foram avaliados por 15 especialistas convidados pelo Ibravin e pela Prazeres da Mesa que participam do Vinum Brasilis, especialmente críticos, sommeliers, chefs de cozinha e donos de bares e restaurantes de Brasília. “Esta é a primeira vez que realizamos este tipo de degustação”, lem-brou Bertolini. A prova ocorreu na “Sala de Degus-tação Vinhos do Brasil”, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães. O resultado da prova pode ser conferido na edição de setembro da Prazeres da Mesa.

As vinícolas Dal Pizzol, Don Giovanni e Perini apresentaram seus projetos aos jurados presentes. Outra degustação exclusiva de vinhos brasileiros

promovida pela Prazeres da Mesa ocorreu no dia 27 de agosto, em São Paulo. Participaram 10 vinhos tin-tos da Campanha Gaúcha. Na ocasião, Casa Valduga, Cordilheira de Santanna e Miolo apresentaram seus projetos aos degustadores, ao meio-dia, na Churras-caria Vento Haragano. À noite, no Senac Aclimação, as empresas fi zeram uma degustação de seus produ-tos a 35 alunos do Cursos de Sommelier da entidade.

LANÇAMENTOS de 2012 foram degustados às cegas por convidados da revista e do Ibravin

brasileiras ainda marcou presen-ça, de 6 a 9 de agosto, no Rio de Janeiro, da maior feira atacadista da América Latina – a Abad 2012 – 32ª Convenção Anual do Ata-cadista Distribuidor e 15ª Sweet Brasil International Expo. Foram expostos, na ocasião, vinhos, es-pumantes e suco de uva 100% das empresas Canção, Domno do Brasil, Miolo Wine Group, Perini e Peterlongo. A participação do Ibravin em todas as feiras contou com apoio da Oxford Crystal e da Scholle Packaging.

Conforme o gerente de Marke-ting do Ibravin, Diego Bertolini, o Projeto de Promoção Comercial e Acesso a Mercado ainda contem-pla o Circuito Brasileiro de Degus-tação em sete capitais (Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo, Recife e Fortaleza). “A intenção é dar vi-sibilidade e força para os vinhos brasileiros nas feiras dos princi-pais canais compradores e também junto ao consumidor”, disse.

Foto: Orestes de Andrade Jr.

Saca-rolhasinformativo

Ano 3 | Nº 6 | Setembro de 2012

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A cidade capixaba de Santa Te-resa foi sede do Seminário de Viti-cultura do Espírito Santo, no dia 24 de agosto, no Hotel do Solar dos Colibris. Dirigentes do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas do Estado do Espírito Santo (Sebrae-ES) e do Instituto Brasi-leiro do Vinho (Ibravin) falaram ao público sobre vinho artesanal e le-gislação de produtos derivados da uva ao lado de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento (Mapa).

Além desses tópicos, o evento também promoveu uma avaliação sobre o cenário atual da vitivini-cultura brasileira, a análise das normas de segurança alimentar na elaboração de vinhos e abordou os resultados de novos estudos sobre a qualidade das uvas cultivadas na região Sudeste do país, entre ou-tros assuntos de vital interesse para os produtores que participam da Cadeia Produtiva de Vinhos, Sucos e Espumantes capixaba.

Consultores que estão traba-lhando na implantação do PAS (Programa Alimento Seguro) Uva para Processamento junto a um grupo piloto de vinícolas e viti-cultores em diferentes regiões do país estiveram reunidos nos dias 3, 4 e 5 de setembro para trocar experiências. O encontro foi rea-lizado na sede da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves. Es-tiveram presentes neste encontro profi ssionais da Embrapa, Servi-ço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial (Senai) para avaliação do an-damento das ações dos consulto-res e defi nições sobre auditorias. Atualmente, 42 empresas e 60 produtores do Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Pernambuco são atendi-dos pelo PAS Uva para Processa-mento.

O PAS é um projeto desenvol-vido pelo Sistema S (Senac, Sesc, Senai, Sesi, Sebrae, Senar e Senat) e tem o objetivo de reduzir os ris-cos de contaminação de alimentos para os consumidores, reduzir os custos, aumentar a segurança e a qualidade dos alimentos produ-zidos pelas empresas ampliando sua competitividade e orientar empresariado sobre a responsabi-lidade do seu negócio. Para alcan-çar essa meta, o programa oferece capacitação e consultoria para as empresas urbanas e rurais, que identifi cam os perigos à seguran-ça do alimento desde a obtenção da matéria-prima até o consumo, estabelecendo medidas de contro-le e monitoramento para obtenção de um alimento de qualidade. “A novidade para a vitivinicultura é o lançamento da metodologia PAS aplicada especifi camente para a setor”, explica a consultora do Ibravin que acompanha o progra-ma, Janine Basso Lisboa.

Desde 2010, o Ibravin e o Se-

brae desenvolvem o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produ-tiva de Vinhos, Espumantes e Su-cos de Uva, onde uma das ações realizadas foi o desenvolvimento do Programa PAS Uva para Pro-cessamento, que compreende Boas Práticas Agríco-las (BPA), Boas Práticas Enólogi-cas (BPE) e Ava-liação de Perigos e Pontos Críti-cos do Controle (APPCC). Após o desenvolvimento de material e metodologia, foram capacitados consultores e agora o programa encontra-se na fase de implementação prática em um grupo piloto de vinícolas.

Experiência“O consultor tem a missão de

conscientizar o produtor rural, re-velar a importância de seu papel na cadeia produtiva e incentivar a sua autoestima.” Com essa frase a consultora do Sebrae no Paraná, Fabíula Melissa Stella, resumiu as opiniões de seus colegas durante o Encontro de Consultores do PAS Uva. Segundo Fabíula, que orien-tou o trabalho de 12 agricultores em quatro vinícolas na cidade de Bituruna (PR), famosa por sua rota do vinho, o maior desafi o e a maior vitória conquistada em seu trabalho foi implantar a cultura do Caderno de Campo. “Os produto-res têm resistência e difi culdade em registrar todas as atividades que desenvolvem no campo, des-de o uso de fertilizantes, até o uso consciente de agroquímicos, um

obstáculo para a produção de uvas de qualidade superior”, descre-veu. “Esses agricultores produ-zem de 100 mil a 150 mil litros de vinho por safra e, apesar da pro-dução modesta, têm que se preo-cupar com a sanidade do produto fi nal, reconhecer sua responsabili-dade dentro da cadeia produtiva”, sustentou.

Conforme a consultora, que começou a atuar no projeto em dezembro de 2011 com o BPA nas propriedades rurais e agora estará iniciando a etapa de BPE e APPCC, cujo encerramento está previsto para março de 2013, os resultados de todo o trabalho são positivos. Para as empresas e pro-dutores que ingressaram no pro-jeto em 2011, as auditorias estão programadas para outubro e no-vembro. Para os demais que ini-ciaram as atividades nos últimos dois meses, as auditorias serão realizadas em fevereiro de 2013. Está previsto também um último encontro com os consultores em março do ano que vem.

Desde 2010, o Sebrae Nacional, em parceria com o Ibravin, desen-volve o Programa de Desenvolvi-mento da Cadeia Produtiva de Vi-nhos, Espumantes e Sucos de Uva. A iniciativa busca aumentar a com-

LEOCIR Bottega, diretor-técnico do Ibravin, falou sobre vinho artesanal e legislação de produtos derivados da uva

Foto: Maria Amélia Duarte FloresFotos: Divulgação

BITURUNA, no Paraná, é uma das cidades que têm vinícolas atendidas pelo PAS Uvapetitividade do vinho brasileiro e do suco de uva 100%. Participam dessa ação produtores do Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Bahia.

Dois seminários sobre o PAS (Programa Alimen-to Seguro) Uva para Processamento foram realiza-dos em duas das três principais regiões vitivinícolas brasileiras – Santa Catarina e Pernambuco – com o objetivo de sensibilizar vinícolas a aderirem ao programa.

Dentro do Programa de Desenvolvimento da Ca-deia Produtiva de Vinhos, Espumantes e Sucos de Uva, Ibravin e o Sebrae, em parceria com o Sindivi-nho-SC, realizaram um seminário para divulgação do PAS em Videira (SC). Como resultado do en-contro, seis empresas ingressaram no programa: Vi-nícola Leone di Venzia, em São Joaquim; Vinícola Santa Augusta, em Videira; Vinícola Kranz, em Tre-ze Tílias; Vinicampos, em Campos Novos; Cooper-vil, em Videira; e Vinícola Mazon, em Urussanga.

No dia 9 de agosto, o Ibravin e o Sebrae, em par-ceria com a Vinhovasf, realizaram o mesmo evento em Petrolina, com a adesão de uma empresa (Coo-perativa Agrícola Nova Aliança) ao programa.

SEIS empresas entraram no programa depois do seminário em Videira

PROGRAMA de qualifi cação ganhou uma nova vinícola em Petrolina

Saca-rolhasinformativo

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Em três edições no ano, Ibravin trouxe 52 potenciais comprado-res de vinhos brasileiros de vários estados, como Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goi-ás, Distrito Federal, Ceará e Per-nambuco.

O Ibravin realizou três edições do Projeto Comprador na Serra e na Campanha Gaúcha. Participa-ram 52 potenciais compradores de vinhos brasileiros de vários estados, como Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goi-ás, Distrito Federal, Ceará e Per-nambuco. Os encontros geraram a prospecção de mais de R$ 1,5 mi-lhão em negócios. A primeira ro-dada do ano ocorreu entre os dias 19 e 22 de março, em Farroupilha. Depois foram realizadas rodadas entre os dias 18 e 22 de junho, em Santana do Livramento, na Cam-panha Gaúcha, e de 9 e 13 de julho

novamente em Farroupilha. O últi-mo Projeto Comprador do ano está agendado para o fi nal de outubro (de 25 a 28), na Serra Gaúcha.

Paralelamente as rodadas de negócios são feitas visitas às viní-colas. “Colocar as empresas fren-te a frente com compradores dos principais mercados do país tem gerado resultados efetivos em ne-gócios, mas também tem ajudado a tirar os preconceitos existentes contra os vinhos brasileiros por parte do trade”, avaliou o gerente de Marketing do Ibravin, Diego Bertolini.

O Projeto Comprador do Ibravin conta com o patrocínio do Progra-ma Juntos Para Competir (Sebrae, Senar e Farsul). Em Livramento, a parceria foi da Associação dos Pro-dutores de Vinhos Finos da Cam-panha Gaúcha. “Os compradores fi caram surpreendidos com a qua-

COMPRADORES frente a frente com as vinícolas brasilei-ras na Campanha Gaúcha

Fotos: Divulgação

CIRCUITO atraiu celebridades no Rio de Janeiro, como a atriz Camila Rodrigues e o namorado Roberto Cos-ta, e o casal Alline Borges e Alex Nader (à direita)

DIEGO Bertolini entre os chefs franceses Frédéric Monnier e Roland Villard

Fotos: Orestes de Andrade Jr.

Quatro capitais brasileiras – Porto Alegre, São Paulo, Recife e Fortaleza – recebem o Circuito Brasileiro de Degustação em se-tembro. O início do roteiro, que in-clui 21 vinícolas, a grande maioria pequenas empresas, será por Por-to Alegre, no dia 13 de setembro, das 16h às 21h, no Salão Nobre da Catedral Metropolitana (Rua Duque de Caxias, 1047). O evento é gratuito, mas até as 19h é reser-vado a profi ssionais. Depois deste horário, o Circuito será aberto aos consumidores.

Estarão presentes as seguintes empresas: Antonio Dias, Aurora, Campestre, Casa Valduga, Casa Venturini , Cave Marson, Dal Pi-zzol, Dom Cândido, Domno do Brasil, Don Giovanni, Don Laurin-do, Dunamis, Lidio Carraro, Luiz Argenta, Miolo Wine Group, Peri-ni, Pizzato, Salton, Sozo, Viapiana e Vinibrasil. Ao todo, serão mais de 120 rótulos brasileiros de vinhos, espumantes e suco de uva 100%.

A segunda etapa do ano do Cir-cuito Brasileiro de Degustação terá seguimento no dia 17 de se-tembro, em São Paulo, no Espaço GAP (Av. Professor Fonseca Ro-drigues, 255, Pinheiros). Depois, no dia 19, o evento chega ao Nor-deste, em Recife, na Arcádia Paço Alfândega, bairro Recife. No dia

20, Fortaleza recebe o circuito no La Maison, Salão Mar (Av. Enge-nheiro Luiz Vieira, 555, Dunas). O evento, sempre das 16h às 21h, é realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), em parceria com a Abrasel (Associação Brasi-leira de Bares e Restaurantes), com patrocínio do Sebrae e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e apoio da Oxford Crystal.

Além de atrair enófi los, o cir-cuito procura colocar potenciais compradores frente a frente com os produtores. “Graças à parceria com a Abrasel, os proprietários dos melhores restaurantes de cada uma das capitais visitadas poderão conversar sem intermediários com as vinícolas, conhecendo seus lan-çamentos e buscando novas opor-

tunidades de negócios”, afi rmou o gerente de Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. “É uma oportuni-dade única que os profi ssionais e os consumidores têm para conferir as novidades da produção brasileira de vinhos e derivados”, salientou.

HistóricoO Circuito de Degustação foi

realizado pela primeira vez em 2004, quando passou por São Pau-lo, Rio de Janeiro e Belo Horizon-te. Na segunda edição, em abril e maio de 2005, o evento esteve nas cidades de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Brasília e Rio de Janei-ro. A terceira edição também foi realizada em 2005, em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Salvador. No ano passado, foi re-formulado e voltou com força total, recebendo 1.700 pessoas em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro.

O roteiro do circuito este ano começou no primeiro semestre, em maio, por Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Quase 2 mil pesso-as passaram pelas três capitais este ano. Bertolini disse que a amplia-ção do evento em 2012 se deve ao sucesso do circuito em 2011. “No próximo ano, pretendemos che-gar ás 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014”, anunciou.

O Senac São Paulo tem se consolidado como uma das melhores escolas do país para sommeliers. Em reconhecimento à excelência do trabalho desenvol-vido pelo Senac, o Ibravin fechou uma parceria com a instituição, possibilitando a vinda à Serra Gaúcha de alunos das turmas Curso de Sommelier do Senac São Paulo. O Projeto Imagem para Sommeliers do Senac iniciou no ano passado e já atraiu mais de 200 profi ssionais (121 só este ano) para conhecer as vinícolas brasileiras instaladas na principal região produtora de vinhos e derivados do país.

Com apoio do Sindicato de Hotéis, Restauran-tes, Bares e Similares da Região da Uva e do Vi-nho (SHRBS), os alunos do Curso de Sommelier do Senac/SP recebem descontos especiais na hos-pedagem e alimentação. “Estes profi ssionais se tor-nam multiplicadores das questões culturais e turís-ticas da região pelo Brasil afora”, disse o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Alceu Dalle Molle. Ele lembra que, no Senac-SP, é pré-requisito obrigatório para formação dos sommeliers uma vi-sita às vinícolas da Serra Gaúcha.

TEORIA e prática: alunos em visita à Vinícola Miolo

“O Senac tem um histórico de valorização dos vinhos brasileiros, que encontrou reforço com a co-laboração técnica do Ibravin para a melhoria do nos-so conteúdo acadêmico”, salientou a coordenadora dos cursos de bebidas do Senac São Paulo, Juliana Trombeta Reis. “O acordo com o Ibravin oportuniza aos alunos do Senac o acesso ao mundo do vinho e a aproximação com o mercado de trabalho”, concluiu.

lidade dos vinhos brasileiros apre-sentados. A hospitalidade das vi-nícolas é sempre um diferencial”, disse Janine Basso Lisboa, consul-tora da empresa Decide Projetos, contratada pelo Ibravin para or-ganizar o Projeto Comprador. “As vinícolas saem entusiasmadas das negociações. E muitas conseguem abrir mercado onde antes não atua-vam”, informou.

A realização do Dia do Vi-nho em 2013 já nasce cercada de grande expectativa. Conse-quência natural dos números resultantes da terceira edição do evento, encerrada no dia 3 de junho em 11 municípios do Interior do Rio Grande do Sul, além de Porto Alegre. O balanço registrou incremento de 20% nas vendas dos varejos das vinícolas e ocupação 15% maior na rede hoteleira, entre os participantes, especialmen-te na região da Uva e do Vinho.

“O evento superou as ex-pectativas. Não só das empre-sas e parceiros, mas principal-mente do consumidor, que des-frutou da vasta programação. O Dia do Vinho está no calen-dário de eventos do Estado e temos orgulho de fazer parte deste processo. O Sindicato e o Ibravin já passam a progra-mar agora as novidades com parceiros, hotéis, restaurantes, agências, comércio e vinícolas para 2013”, disse o presidente do Sindicato dos Hotéis, Res-taurantes, Bares e Similares (SHRBS – Uva e Vinho), João Antonio Leidens. O gerente de Marketing do Ibravin, Diego Bertolini, concordou. “Estão comprovados os benefícios diretos para quem se envolve com o evento. Sem falar no ga-nho em imagem que os turistas levam da Serra Gaúcha e dos vinhos brasileiros”, destacou.

Entre os últimos 25 de maio e 3 de junho, 168 atrações alusivas ao Dia do Vinho se espalharam por Antônio Pra-

do, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Monte Belo do Sul e São Marcos, na Serra Gaúcha, além de Dom Pedrito, Rosário do Sul e Santana do Livramento, na Campanha, e Porto Alegre. Ao todo, a mobi-lização envolveu 63 vinícolas e 105 estabelecimentos, entre 28 hotéis, 44 restaurantes, 4 agências de turismo, 5 super-mercados e 22 outros atrativos, divididos em passeios, degus-tações, palestras, além de ofer-tas e promoções de compras.

O engajamento no brinde coletivo ainda ganhou cor-po nas redes sociais. Além das informações disparadas via Twitter e Facebook, oito pessoas foram premiadas por meio deste último, postando fotos da celebração. Os ven-cedores faturaram diárias para casal e mais um kit do Dia do Vinho em municípios da Serra Gaúcha.

O Dia do Vinho, data que consta do calendário ofi cial de eventos do Rio Grande do Sul é resultado do Projeto Even-tos Integrados e Integradores, fomentado pelo Ministério do Turismo. A realização foi do Ibravin e do SHRBS, em par-ceria com as Secretarias de Tu-rismo dos municípios envolvi-dos, Conventions Bureau de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, Sindivinho-RS, Associa-ção dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha e da Phoenix Eventos, além de entidades parceiras.

UM dos destaques do Dia do Vinho foi a diplomação da primeira turma com 160 garçons que concluíram o curso de capacitação da Escola Vinhos do Brasil. Os profi ssionais integram as equipes de 40 restaurantes da região Uva e Vinho.

Fotos: Gilmar Gomes

O governador Tarso Genro, juntamente com o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mai-nardi, e representantes da diretoria do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), assinou o plano de trabalho para execução de diversos projetos que serão executados com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis). O ato ocorreu no dia 29 de junho durante a Interiorização do Governo do Estado em Bento Gonçalves. Os projetos, que totalizam R$ 5,115 milhões, prevêem investimentos em novas regiões vitivinícolas, bem como em áreas tradicionais. A iniciativa está sendo garantida após a aprovação, pela As-sembléia Legislativa, de projeto de lei elaborado pela Se-cretaria da Agricultura e encaminhado pelo governador, am-pliando de 25% para 50% o repasse de recursos ao Ibravin.

TARSO e Mainardi garantiram mais recursos ao Ibravin