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Boletim Informativo da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto - Número 100 - Março de 2018 sindicato rural de ribeirão preto ASSOCIAÇÃO RURAL DE RIBEIRÃO PRETO Informe Rural PÁGINA 4 PÁGINA 3 PÁGINA 2 PÁGINA 3 Secretário da Agricultura visita ARRP e SRRP A “caixa-preta” do STF *presidente da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto O Supremo Tribunal Federal (STF) vem se especializando em tomar decisões esdrúxulas e equivocadas. Tal procedimento vem ocasionando danos à sociedade como um todo e, em especial, à classe produtora rural. Preliminarmente, há cerca de 10 anos ele decidiu pela inconstitucionalidade do Funrural. Em conseqüência, a grande maioria deixou de recolher tal contribuição, tendo em vista a sentença prolatada. Entretanto, uma década depois , em março de 2017, apreciando o mérito da questão, voltou atrás e julgou constitucional sua cobrança. Este injustificável atraso para resolver assunto de tamanha importância jogou, sobre os ombros da classe produtora rural, uma suposta e enorme dívida, a qual não existiria se o tribunal se manifestado pela inconstitucionalidade. E o pior é que, ao invés de exigir o recolhimento da contribuição a partir da sentença havida em março do ano passado, como seria de se esperar, o fez a partir do primeiro julgamento, o que levou à cobrança de valores sobre a comercialização de produtos agrícolas dos últimos cinco anos. Em outras palavras: a morosidade, a lerdeza do STF que, se fosse mais ágil e conseqüente, resolveria o assunto no máximo em alguns poucos meses, o que poderia ter evitado tanta atribulação e angústia no meio rural. Outra questão causadora de constrangimentos à classe produtora rural foi a excessiva demora para decidir sobre a constitucionalidade do Código Florestal Brasileiro. Após seis anos do protocolo de ações diretas de inconstitucionalidade – propostas por partido político e pela Procuradoria Geral da República – é que o STF veio apreciar a matéria, a qual, diga-se de passagem, foi objeto de mais de duzentas audiências públicas e inúmeros debates no Congresso Nacional, até se chegar ao consenso possível representado no atual Código Florestal. E, enquanto os ministros do STF não se dignaram a se debruçar sobre o assunto, inúmeros produtores rurais foram vitimados por ações civis públicas injustas, muitas delas impetradas por representantes do ministério público que, a seus exclusivos critérios, legislaram indevidamente sobre o que já dispunha o Código Florestal, numa tentativa de penalizar os produtores. Uma lástima! Já a reforma trabalhista desobrigou o pagamento da contribuição sindical, inclusive do setor rural. Entretanto, é sabido que a contribuição sindical possui natureza jurídica tributária e seu recolhimento é obrigatório, conforme previsto na constituição federal. Juízes de primeira instância já decidiram pela obrigatoriedade de recolhimento, declarando a necessidade de lei complementar para sua alteração. Em vista disto, já existem ações diretas de inconstitucionalidade no próprio STF questionando a desobrigação do pagamento das referidas contribuições sindicais. Pergunta-se: em quanto tempo os senhores ministros do STF, guardião da republica e da constituição, vão se pronunciar sobre a matéria? Vão esperar a instalação do caos no sistema sindical ou o que? Como se observa, esse ritual do STF, leniente, moroso e atrasado, além de, muitas vezes, incoerente por conta de sua dubiedade e desencontros, é um fato gerador de notória insegurança jurídica que atrapalha e penaliza quem trabalha honestamente neste país. Joaquim Augusto S.S. Azevedo Souza* STF decide pela constitucionalidade da maioria dos artigos do Código Florestal Secretaria Agricultura faz um balanço das ações e anuncia medidas de fomento ao setor O Programa Paulista de Regularização Ambiental (PRA-SP) e sua suspensão por liminar judicial

Informe Rural Março 2018 - srrp.com.br · Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio. ... Santo Antônio da Alegria, São Simão ... Paulo Maximiano Junqueira

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Boletim Informativo da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto - Número 100 - Março de 2018

sindicato rural de ribeirão pretoASSOCIAÇÃO RURAL DE RIBEIRÃO PRETO

InformeRural

PÁGINA 4

PÁGINA 3

PÁGINA 2

PÁGINA 3

Secretário da Agricultura visita

ARRP e SRRP

A “caixa-preta” do STF

*presidente da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto

O Supremo Tribunal Federal (STF) vem se especializando em tomar decisões esdrúxulas e equivocadas. Tal procedimento vem ocasionando danos à sociedade como um todo e, em especial, à classe produtora rural.

Preliminarmente, há cerca de 10 anos ele decidiu pela inconstitucionalidade do Funrural. Em conseqüência, a grande maioria deixou de recolher tal contribuição, tendo em vista a sentença prolatada. Entretanto, uma década depois , em março de 2017, apreciando o mérito da questão, voltou atrás e julgou constitucional sua cobrança. Este injustifi cável atraso para resolver assunto de tamanha importância jogou, sobre os ombros da classe produtora rural, uma suposta e enorme dívida, a qual não existiria se o tribunal se manifestado pela inconstitucionalidade. E o pior é que, ao invés de exigir o recolhimento da contribuição a partir da sentença havida em março do ano passado, como seria de se esperar, o fez a partir do primeiro julgamento, o que levou à cobrança de valores sobre a comercialização de produtos agrícolas dos últimos cinco anos. Em outras palavras: a morosidade, a lerdeza do STF que, se fosse mais ágil e conseqüente, resolveria o assunto no máximo em alguns poucos meses, o que poderia ter evitado tanta atribulação e angústia no meio rural.

Outra questão causadora de constrangimentos à classe produtora rural foi a excessiva demora para decidir sobre a constitucionalidade do Código Florestal Brasileiro.

Após seis anos do protocolo de ações diretas de inconstitucionalidade – propostas por partido político e pela Procuradoria Geral da República – é que o STF veio apreciar a matéria, a qual, diga-se de passagem, foi objeto de mais de duzentas audiências públicas e inúmeros debates no Congresso Nacional, até se chegar ao consenso possível representado no atual Código Florestal.

E, enquanto os ministros do STF não se dignaram a se debruçar sobre o assunto, inúmeros produtores rurais foram vitimados por ações civis públicas injustas, muitas delas impetradas por representantes do ministério público que, a seus exclusivos critérios, legislaram indevidamente sobre o que já dispunha o Código Florestal, numa tentativa de penalizar os produtores. Uma lástima!

Já a reforma trabalhista desobrigou o pagamento da contribuição sindical, inclusive do setor rural. Entretanto, é sabido que a contribuição sindical possui natureza jurídica tributária e seu recolhimento é obrigatório, conforme previsto na constituição federal. Juízes de primeira instância já decidiram pela obrigatoriedade de recolhimento, declarando a necessidade de lei complementar para sua alteração. Em vista disto, já existem ações diretas de inconstitucionalidade no próprio STF questionando a desobrigação do pagamento das referidas contribuições sindicais.

Pergunta-se: em quanto tempo os senhores ministros do STF, guardião da republica e da constituição, vão se pronunciar sobre a matéria? Vão esperar a instalação do caos no sistema sindical ou o que?

Como se observa, esse ritual do STF, leniente, moroso e atrasado, além de, muitas vezes, incoerente por conta de sua dubiedade e desencontros, é um fato gerador de notória insegurança jurídica que atrapalha e penaliza quem trabalha honestamente neste país.

Joaquim Augusto S.S. Azevedo Souza*

STF decide pela constitucionalidade

da maioria dos artigos do Código

Florestal

Secretaria Agricultura faz um balanço das ações e anuncia medidas de fomento ao setor

O Programa Paulista de Regularização

Ambiental (PRA-SP) e sua suspensão por

liminar judicial

2 Informe Rural - Março 2018

Alerta Jurídico

RESPONSABILIDADE OBJETIVA

O Tribunal Superior do Trabalho – TST - reconheceu a responsabilidade de empresa de engenharia gaucha pelos danos morais, material e estético sofridos por um motorista de caminhão que fi cou incapacitado em acidente de trânsito provocado por terceiro. A decisão da 5ª Turma segue a juris-prudência do tribunal, que enquadra a atividade de motorista na teoria da responsabilidade objetiva ( que independe de provas), por atividade de risco. O empregado relatou que o acidente ocorreu no lugar conhecido como “curva da morte”, na Rodovia RS 122 no Estado do Rio Grande do Sul. Seu ca-minhão foi colhido na traseira por uma caçamba que perdeu os freios. O acidente causou diversas fraturas nas pernas e no pé, deixando-o incapacitado parcial e permanentemente para exercer a atividade de motorista. O TST reformou deci-são do Tribunal Regional de Santa Catarina que havia inde-ferido as indenizações, entendendo que a responsabilidade por acidente de trabalho ou doença profi ssional é subjetiva (depende da existência de provas de dolo ou culpa).

Fonte: Valor – Legislação e Tributos.

ALERTAJURÍDICO

Claudio Urenha Gomes*O Novo Código Florestal trouxe dois instrumentos

básicos voltados à regularização ambiental das proprie-dades rurais no país: o Cadastro Ambiental Rural e o Programa de Regularização Ambiental, sendo que para esse último encarregou-se a União de traçar diretrizes gerais e incumbir aos Estados, dentro de prazo estabe-lecido, o detalhamento da sua regulamentação por meio da edição de normas de caráter específi co, em razão de suas peculiaridades territoriais, climáticas, históricas, culturais, econômicas e sociais.

E o Governo do Estado de São Paulo tratou de cum-prir, a tempo e modo, através de sua Assembleia Legis-lativa, onde o deputado Barros Munhoz apresentou o Projeto de Lei nº 219/14 que se transformou na Lei nº 15.674, de 14 de janeiro de 2015.

Mal entrou em vigor e foi alvo do ativismo ambientalis-ta exercido pela Procuradoria Geral da Justiça do Esta-do que, a exemplo da Procuradoria Geral da República, ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo e obteve decisão liminar suspendendo a vigência e efi cácia dessa lei estadual.

Por seu turno, ao julgar as ações da Procuradoria Geral da República e do partido político PSOL, que questionavam dispositivos do Novo Código Florestal, o Supremo Tribunal Federal reconheceu válido e constitu-cional, em sua totalidade, praticamente, o diploma legal

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no último dia 28 de fevereiro que a maioria dos artigos do Código Flores-tal é constitucional. Os pontos haviam sido questionados por meio de ações diretas de inconstitucionalidade protocoladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo PSOL no início de 2013.

saiba maisUma das normas mais contestadas pelos ambientalistas,

que interpretaram que a nova legislação promove anistia dos crimes ambientais, foi julgado constitucional pela maio-ria dos ministros. O artigo 60 do Código prevê a suspensão da punibilidade por crime ambiental cometido antes de de 22 de julho de 2008 para os proprietários de imóveis rurais que assinaram termo de compromisso com órgãos ambien-tais para regularizar áreas desmatadas.

A decisão pela constitucionalidade do artigo questiona-do foi dos ministros Carmem Lucia, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello; acompanharam o voto do relator, Luiz Fux, pela derrubada da anistia, os ministros Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio.

STF decide pela constitucionalidade da maioria dos artigos do Código Florestal

O Programa Paulista de Regularização Ambiental (PRA-SP) e sua suspensão por liminar judicial

que trouxe segurança jurídica para a agropecuária bra-sileira.

O que se tem agora é que a liminar em âmbito esta-dual permanece, de modo a não permitir a adesão ao PRA, que segundo o Novo Código Florestal suspende as autuações e cobranças de multas por infrações co-metidas antes de 22 de julho de 2008, durante a regula-rização ambiental da propriedade.

Assim, como desdobramento da decisão do Colendo STF, afastando a inconstitucionalidade e conferindo se-gurança jurídica aos empreendedores rurais, urgente se faz a revisão de referida decisão liminar no Tribunal de Justiça para se permitir a aplicação das regras neces-sárias à regularização preconizada pela nova legislação fl orestal e proceder-se à normalização das áreas de pre-servação permanente e de reserva legal.

Foi nesse sentido que, aproveitando a presença do senhor Secretário da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento recentemente realizado na sede do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, dia 16 de março, ao mesmo foi solicitada a necessária articulação junto à Procurado-ria Geral da Justiça para que o Tribunal proceda, com a urgência que se faz necessária, a revisão da liminar, cancelando-a, e assim vigorar plenamente a lei que dis-põe sobre a regularização ambiental em nosso Estado.

*advogado da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto.

3Informe Rural - Março 2018

Na tarde do último dia 16, perante uma plateia que su-perlotou o auditório “Sérgio Cardoso de Almeida”, da Asso-ciação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, o deputado federal Arnaldo Jardim, secretário estadual da Agricultura e Abastecimento – atendendo convite de Joaquim Augusto Azevedo Souza, presidente das referidas entidades – teve oportunidade de relatar o seu trabalho à frente daquela pasta.

Ao saudá-lo, Joaquim Augusto destacou “os relevantes serviços” por ele prestados à agricultura paulista, bem como a atenção às reivindicações do setor que lhe foram formuladas.

Também o deputado Welson Gasparini e o vereador Mau-ricio Gasparini participaram do evento, ambos ressaltando a amizade e o respeito existente entre as famílias Gasparini e Jardim. Gasparini aproveitou para focalizar a admiração por ele dedicada ao agronegócio brasileiro, lembrando sua importância na geração de empregos e de divisas para o país. De igual teor, foi a manifestação do vereador Mauricio.

Já o secretário Jardim aproveitou a visita para ressaltar

1O secretário de Agricultura e Abastecimento do Es-tado de São Paulo, Arnaldo Jardim, entregou na manhã do último dia 22, em Ribeirão Preto, Patrulhas Agríco-las, conjuntos de máquinas agrícolas, a 18 municípios desta região. A entrega foi realizada por meio de convê-nio entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa) e a Pasta estadual. Cada Patrulha Agrícola, com o valor de R$ 130.016,10, é formada por um trator, uma semeadeira, um pulverizador e um distri-buidor de calcário com o objetivo de atender aos produ-tores sem condições de ter os equipamentos próprios. Foram beneficiadas 18 cidades: Aramina, Cássia dos Coqueiros, Descalvado, Guaíra, Guariba, Ibitinga, Ituve-rava, Miguelópolis, Monte Alto, Morro Agudo, Pedregu-lho, Pitangueiras, Pradópolis, Santa Cruz da Conceição, Santa Ernestina, Santo Antônio da Alegria, São Simão e Serra Azul. Também participou do evento o vereador Mauricio Gasparini, inclusive levando os cumprimentos de seu pai, o deputado Welson Gasparini, ao secretário Jardim.

18 municípios da região recebem Patrulhas Agrícolas

Secretário da Agricultura visita ARRP e SRRPo apoio que sempre recebeu do governador Geraldo Alck-min para implementar políticas em benefício da produção e do produtor rural centrada em quatro diretrizes: 1)Agricul-tura harmônica com o meio ambiente; 2) Apoio ao pequeno produtor e agricultor familiar; 3) Conhecimento próximo da produção e, 4) Saudabilidade dos alimentos. O secretário também elogiou a competência e dedicação dos técnicos e funcionários daquela secretaria, “todos – segundo ele - empenhados em dar o melhor de si em prol do setor” e sua alegria por conviver com eles nos últimos três anos.

Manifestaram-se, ainda, advogado Cláudio Urenha Go-mes (assessor jurídico do Sindicato Rural), a propósito do Código Florestal e de recente julgamento pelo STF; o diretor Paulo Maximiano Junqueira (convidando para evento mar-cado para o próximo dia 4 de abril, em Brasília, em favor da securitização e contra o Funrural); o prefeito de Santa Cruz da Esperança, Dimar de Brito e o prefeito de Guaíra, José Eduardo Coscrato Leilis.

Jardim, Joaquim Augusto e Welson GaspariniJoaquim Augusto apresenta Arnaldo Jardim destacando seu trabalho à frente da secretaria da agricultura

Um dos maiores eventos do setor sucroenergético do Brasil acontecerá em abril e será palco do lançamento de uma inédita plataforma colaborativa.A quinta edição do AgroEncontro já tem data marcada e está com uma programação diversa para os profissionais agrícolas. Entre 10 e 13 de abril, em Guatapará (SP), na Fazenda Experimental da Ourofino, o evento terá como tema O futuro do produtor de cana-de-açúcar e apresentará novidades tecnológicas por meio de palestras e dinâmicas de campo. Ao longo de todos os dias, a expetativa é que o encontro receba 1.600 pessoas.

A discussão sobre a cultura da cana será fomentada por parceiros e expositores por meio de apresentações de defensivos agrícolas, maquinários e variedades de cana. O evento ainda terá, no período da manhã, um painel mediado por Celso Albano, Gestor Executivo da ORPLANA (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), que discutirá maneiras de garantir um futuro seguro e rentável para os produtores de cana-de-açúcar, com foco na excelência da produção e coordenação da cadeia sucroenergética.

5ª. Edição do AgroEncontro acontecerá em Guatapará de

10 a 13 de abril

4 Informe Rural - Março 2018

Mensalidades são reajustadas em reunião

das diretorias da ARRP e do SRRP

Em reunião das diretorias da Associação Rural e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, realizada no último dia 13 – sob a presidência de Joaquim Augusto S. S. Azevedo e secretaria de Genésio Abadio de Paula e Silva – foi aprovada proposta para o reajuste das mensalidades cobradas dos associados das referidas entidades durante o ano em curso. Em seguida, o presidente passou a palavra ao advogado Cláudio Urenha Gomes que discorreu sobre o julgamento de ação de incons-titucionalidade do Código Florestal Brasileiro pelo Supremo Tribunal Federal, cuja sentença reafi r-mou a constitucionalidade do referido código, pro-movendo pequenas mudanças em alguns de seus artigos. Em seguida, coube ao advogado Ansel-mo Ferreira de Lima discorrer sobre o decidido pelo Supremo Tribunal Federal a respeito do Fun-rural, ora com nova modalidade de cobrança do passivo dos últimos 5 anos, através de Refi s, cujo vencimento da primeira parcela está previsto para 30 de abril vindouro “inobstante exista alguma possibilidade jurídica de transformar a cobrança do Funrural apenas a partir da sentença prolata-da, eliminando-se a retroatividade da cobrança.” Ao encerrar a reunião, Joaquim Augusto agrade-ceu a presença de todos e mandou lavrar a ata que deverá ser aprovada na próxima reunião das citadas diretorias.

Produtores rurais, representantes dos poderes exe-cutivo e legislativo, membros dos conselhos de segu-rança alimentar e da agricultura familiar, pesquisadores, técnicos, estudantes e dirigentes das entidades ligadas ao agronegócio, reuniram-se na tarde do último dia 19, no auditório Ulysses Guimarães do Palácio dos Bandei-rantes, na Capital, para avaliar as ações do Governo do Estado de São Paulo para o setor.

Na abertura do evento, Geraldo Alckmin lembrou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro superou as expectativas em 2017 graças ao agronegócio, que res-pondeu por 70% dessa conquista. O Brasil é exemplo para o mundo, afi rmou, destacando os avanços na área de pesquisa científi ca, preservação do meio ambiente, apoio ao pequeno produtor e controle sanitário, que ga-rante um alimento saudável na mesa dos consumidores. Observando a presença de várias associações e coope-rativas de produtores rurais, Alckmin ressaltou a impor-tância do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentá-vel – Microbacias II – Acesso ao Mercado, desenvolvido em parceria com o Banco Mundial, que contribuiu para a organização do trabalho no campo. “O cooperativismo permite ao pequeno ser grande”, concluiu o governador.

O vice-governador, Márcio França, destacou os docu-mentos que seriam assinados durante o evento, entre os quais: a cessão de imóveis de propriedade da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo para órgãos municipais e entidades ligadas ao ensino e pesquisa; a unifi cação das linhas de fi nanciamento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), ór-gão vinculado à Pasta, que oferece crédito ao produtor rural paulista a juros baixos e longos prazos de reembol-so; e a modernização da legislação para a agroindústria de pequeno e porte e para o uso de defensivos químicos na agricultura.

Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura, agrade-ceu o apoio do Governo do Estado à Pasta, permitindo que os programas da Secretaria fossem desenvolvidos e ampliados. Entre estes, o aumento de 50% do valor referente às compras da agricultura familiar por meio do Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS) e o Projeto Nascentes de Holambra, criado no âmbito do Programa Nascentes – que envolve 11 secretarias es-taduais –, que recuperou estradas rurais, preservou a área das nascentes e transformou Holambra no primeiro município paulista a ter 100% do esgoto rural tratado.

Para reforçar o atendimento aos produtores rurais, o governador Geraldo Alckmin assinou decreto autorizan-do a nomeação imediata de 156 assistentes agropecuá-rios aprovados no Concurso Público realizado em 2017.

Dados preliminares do Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (Lupa), em proces-so de fi nalização pela Pasta, também foram apresenta-dos. “Atualmente, 84% das propriedades rurais paulista têm até quatro módulos fi scais, dando a ideia da dinâmi-ca econômica que garante a diversidade de culturas no Estado”, disse o secretário.

Secretaria Agricultura faz um balanço das ações e anuncia medidas de fomento ao setor

Diretoria reúne-se para discutir temas de interesse da classe