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INFRAESTRUTURA PARA A COPA DO MUNDO NO BRASIL E OS EFEITOS SOCIAIS BRITO, Thabata Regina de Souza Mestranda em Design pela Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, Área de concentração do PPGD/UEMG: Design, Inovação e Sustentabilidade. [email protected] RESUMO A Copa do Mundo no Brasil esta modificando o cenário físico das doze cidades sedes brasileiras e seus arredores. Como consequência desse megaevento, milhares de cidadãos brasileiros estiveram ou estão convivendo com o processo de desapropriação da sua residência e/ou terreno. Grande parte dessas desocupações foram realizadas de forma injusta e duvidosa, fomentando um problema recorrente no cotidiano brasileiro: a exclusão social. Como forma de apontar soluções para esse problema o presente artigo exemplifica um possível caminho no qual o reassentamento das famílias desapropriadas em conjuntos habitacionais poderia promover a valorização local a partir do atrativo turístico. Palavras-chave: Copa do Mundo no Brasil, Desapropriações, Reurbanização. ABSTRACT The World Cup in Brazil is changing the physical setting of the twelve Brazilian host cities and their surroundings. As a consequence of this mega-event, thousands of Brazilian citizens have been or are living with the process of expropriation of their residence and/or land. Most of these evictions were carried out in an unfair and dubious manner, fostering a recurring problem in Brazilian daily life: social exclusion. As a way to identify solutions to this problem, this paper illustrates one possible way in which the resettlement of the evicted families to social housing could promote local rise in value given the attractiveness of tourism. Keywords: World Cup in Brazil, Expropriations, Re-urbanization.

INFRAESTRUTURA PARA A COPA DO MUNDO NO … pasta/brito... · INTRODUÇÃO Esse artigo tem como foco a analise da vinda da Copa do Mundo para o Brasil em 2014 e seus impactos no processo

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INFRAESTRUTURA PARA A COPA DO MUNDO NO

BRASIL E OS EFEITOS SOCIAIS BRITO, Thabata Regina de Souza Mestranda em Design pela Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, Área de concentração do PPGD/UEMG: Design, Inovação e Sustentabilidade. [email protected]

RESUMO

A Copa do Mundo no Brasil esta modificando o cenário físico das doze cidades

sedes brasileiras e seus arredores. Como consequência desse megaevento,

milhares de cidadãos brasileiros estiveram ou estão convivendo com o

processo de desapropriação da sua residência e/ou terreno. Grande parte

dessas desocupações foram realizadas de forma injusta e duvidosa,

fomentando um problema recorrente no cotidiano brasileiro: a exclusão social.

Como forma de apontar soluções para esse problema o presente artigo

exemplifica um possível caminho no qual o reassentamento das famílias

desapropriadas em conjuntos habitacionais poderia promover a valorização

local a partir do atrativo turístico.

Palavras-chave: Copa do Mundo no Brasil, Desapropriações, Reurbanização.

ABSTRACT

The World Cup in Brazil is changing the physical setting of the twelve Brazilian

host cities and their surroundings. As a consequence of this mega-event,

thousands of Brazilian citizens have been or are living with the process of

expropriation of their residence and/or land. Most of these evictions were

carried out in an unfair and dubious manner, fostering a recurring problem in

Brazilian daily life: social exclusion. As a way to identify solutions to this

problem, this paper illustrates one possible way in which the resettlement of the

evicted families to social housing could promote local rise in value given the

attractiveness of tourism.

Keywords: World Cup in Brazil, Expropriations, Re-urbanization.

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INTRODUÇÃO

Esse artigo tem como foco a analise da vinda da Copa do Mundo para o

Brasil em 2014 e seus impactos no processo de desapropriações de terrenos.

Há uma disputa entre países para sediar a Copa do Mundo, a

argumentação para promover esse megaevento é o legado que este deixará no

país sede, em especial a herança das obras físicas, por serem estas as

justificativas de maiores gastos com os recursos públicos.

Para receber a copa do mundo o Brasil esta reformulando os cenários

físicos das cidades sedes envolvidas e promovendo inúmeras desapropriações

e retirada de famílias de território destinado a construção e reurbanização para

elementos desse mega evento. É importante analisar a conseqüência dessas

retiradas, pois, elas intensificam a exclusão territorial, a degradação ambiental

e a segregação espacial, que traz consigo uma lista interminável de problemas

sociais e econômicos, tendo como conseqüência a exclusão e a desigualdade

social que propicia a discriminação, o que gera menores oportunidades de

emprego, dentre outros problemas, ocasionando assim uma perpetuação da

pobreza e a ausência do exercício da cidadania. (HOLZ, MONTEIRO, 2008)

Dessa forma, se faz necessária uma constante avaliação, no sentido de

entender qual o legado que as cidades e a sociedade brasileira terão com a

Copa do Mundo de 2014.

DESENVOLVIMENTO

O Brasil foi nomeado pelo Comitê Executivo da Federação Internacional

de Futebol Associado - FIFA, em outubro de 2007, como anfitrião da Copa do

Mundo de 2014. Doze cidades1 foram escolhidas para sediar a copa, com

preceitos de adequar as capitais as inúmeras exigências do padrão

estabelecido pela FIFA.

Para atender as determinações da FIFA o Brasil deve adequar e

melhorar o sistema energético, reestruturar o transporte das rodovias e

aeroportos, aprimorar a infraestrutura dos estádios existentes, criar estádios,

1 Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA).

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International Media Centers - IMCs2, International Broadcast Center - IBC3 e

Fan Parks4, ampliar as acomodações do setor hoteleiro, aperfeiçoar a

segurança, reorganizar o planejamento urbano considerando os serviços de

utilidade pública, qualidade das vias urbanas e transporte público e por fim

melhorar os serviços auxiliares como alimentação, taxi, comunicações, saúde e

comercio.

Milhões de reais estão sendo investidos, tanto do setor público como do

setor privado, para as mudanças na infraestrutura das cidades sedes. Ernst &

Young 5 realizou uma pesquisa, em 2010, na qual apresenta uma estimativa do

investimento, por categoria, para esse megaevento.

Quadro 1: Estimativa de investimento para a Copa do Mundo no Brasil.

Fonte: Ernst & Young auditoria, 2010

A primeira vista os gastos com mídia parecem ser exagerados, mas

nessa categoria está toda a parte de comunicação. “Os investimentos em mídia

são, feitos principalmente pelo setor privado e concentrados majoritariamente

no ano de 2014.” (ERNST & YOUNG, 2010).

2 IMCs (International Media Centers) são centros localizados em cada cidade cede, que transmite informações durante a copa para o IBC. 3 IBC (International Broadcast Center) Central que repassa para o mundo as informações recebidas pelos IMCs. 4 Fan Parks: área de convivência para torcedores, com instalação de telas para a projeção dos jogos. Esse espaço possui estrutura física contendo sanitários, posto de saúde e local para alimentação. 5 Ernst & Young é uma empresa especializada na prestação de serviços de auditoria, impostos, transações e assessoria. Foi contratada pelo governo brasileiro para quantificar os investimentos com a Copa do Mundo de 2014.

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Ao analisar as categorias verificamos que os investimentos em

infraestrutura e planejamento urbano são os maiores, a soma deles (estádio,

parque hoteleiro, reurbanização, rodovias, aeroporto e fan parks) somam uma

montante de 10.320.340.000 bilhões de reais.

Todas essas categorias abarcam o setor da construção. No

levantamento feito pelo Ernst & Young, dos setores beneficiados com a copa

em primeiro lugar encontra-se a construção civil, com geração de renda em

torno de R$ 8,14 bilhões de reais, no período de 2010 a 2014.

No Brasil a falta de investimento em mobilidade urbana ultrapassa

décadas de negligência. O Núcleo de Transporte da Associação Nacional das

Empresas de Transportes Urbanos – NTU afirma que a melhora na mobilidade

aconteceu apenas como decorrência da copa. “Depois de duas décadas

praticamente ausente dos investimentos em infraestrutura urbana para os

transportes coletivos por ônibus, o Governo Federal reaparece em cena,

motivado pelos eventos esportivos que serão realizados no Brasil”.

Como consequência da copa as doze capitais sedes estão passando por

um processo de “embelezamento”. Devido ao elevado investimento no setor

civil, as calçadas e vias estão sendo pavimentadas, as iluminações públicas

melhoradas, o mobiliário urbano (ponto de ônibus, praças, bancos, etc.)

renovado e áreas de lazer estão sendo construídas.

Para essas revitalizações acontecerem, milhares de cidadãos brasileiros

tiveram seus terrenos desapropriados pelo governo. Esse megaevento

compeliu “Milhões de pessoas a margem da existência em nome do progresso

alheio” (THACKARA, 2008, p. 240)

A desapropriação foi justificada pela obrigatoriedade na melhora da

mobilidade urbana, contudo essa ação, pseudo democrática, amplifica os

problemas da exclusão e marginalização social. Os comitês populares

realizaram um dossiê que apresenta como a mobilidade urbana está ligada a

democracia. Sabe-se que tanto mais democrática será a cidade quanto mais democrático for o acesso à mobilidade, sinônimo de acesso aos diferentes segmentos do espaço urbano. Ora, é justamente o direito democrático á mobilidade que vem sendo colocado em risco. De um lado, assiste-se à expulsão sistemática de populações menos favorecidas das áreas centrais e de áreas valorizadas tem significado sua segregação em espaços periféricos, distantes e inacessíveis, desprovidas de serviços e infraestrutura. De outro lado, o próprio

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planejamento do transporte urbano e metropolitano privilegia certos corredores que atendem ou atenderão a determinados parcelas já privilegiadas da população, negando a outras amplas parcelas o direito de mobilidade, principalmente em seu trajeto casa-trabalho-casa. (Dossiê da articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa. 2012, p. 70-71)

A exclusão social é uma problemática recorrente em todas as cidades

sede e a forma como o poder público promoveu as desapropriações, para a

construção de estádios, fan parks, alargamento de vias para as obras do Bus

Rapid Transit - BRT6 é desonesta. Em todo o Brasil aproximadamente 250 mil

pessoas passaram ou estão passando pelo processo de desapropriação por

causa da copa. (SALOMÃO, 2013)

Moradores do Recreio dos Bandeirantes na cidade do Rio de Janeiro

fizeram denúncias no Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas questionando a

forma como ocorreu a desapropriação para a construção da via Transoeste

pelo BRT. Eles alegam a falta de necessidade da retirada das famílias, já que

depois das obras concluída 90% do terreno não é utilizado. Outra indagação

apontada foi o baixo valor da indenização e a falta de assistência e informação

oferecida pela prefeitura. Os moradores suspeitam que a remoção está

relacionada à especulação imobiliária, já que esta é uma área de expansão do

mercado imobiliário. (NITAHARA, 2013)

A comissão da Organização das Nações Unidas – ONU obrigou o país a

interromper algumas obras como forma de manter os direitos dos cidadãos. No

Relatório feito em 2011 integrantes da comissão apontaram as cidades do Rio

de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Natal e

Fortaleza como as capitais que realizaram desapropriações ilegais ligadas a

projetos dos eventos esportivos. O relatório apontou a falta de transparência,

de diálogo e negociação injusta com os moradores como também os baixos

valores de indenizações. (FONSECA, 2011)

Essa adversidade brasileira é anterior a copa, há exemplo, de fraude na

desapropriação do espaço concedido para o evento Panamericano no Rio de

Janeiro, que teve denuncias de remoções mesmo depois do fim das atividades

esportivas. (ALENCAR, 2012)

6 Bus Rapid Transit - BRT é um sistema de transporte público de alta capacidade que provê um serviço rápido, confiável e eficiente.

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Todo o processo de desapropriação evidencia a omissão do governo

brasileiro com a população local. O desejo para adequar as exigências da

FIFA, fez com que o Brasil expandisse a marginalização social.

Durante a Copa do Mundo na África, em 2010, milhões de africanos

conviveram com o processo de desapropriação. A Cidade do Cabo, uma das

cidades sedes, propôs a criação da região de Blikkiesdorp, como solução para

o reposicionamento dos cidadãos que tiveram seu terreno apossado. Esse

território foi concebido como área de realocação temporária, contudo, após três

anos desse megaevento, ainda existem famílias residindo na região.

(ALENCAR, 2012)

Atualmente, essas famílias moram em, aproximadamente, 1.600

containers, muitas dessas famílias desocuparam o terreno onde hoje existe

Cape Town Stadium, um dos estádios construído para a copa e que,

atualmente, não é utilizado, pois a cidade não tem time de futebol que consiga

arcar com os gastos da manutenção para uma partida.

A experiência na copa da África é um exemplo dos cuidados que o

governo precisa ter para os problemas temporários não se tornarem uma

adversidade permanente.

O Governo tem o direito de remanejar a população como garante a

Constituição Brasileira de 1988, no Art. 5º, XXII que estabelece a previsão

constitucional de desapropriação por necessidade ou utilidade pública interesse

social, mediante prévia e justa indenização, entretanto a forma como ele tem

agido não está sendo justificada de forma apropriada.

Uma possível solução para esse problema seria remanejar as famílias

para locais bem estruturados e fazer desse espaço um atrativo turístico, a

exemplo atual é o passeio de teleférico no complexo do alemão.

O complexo do alemão é uma região localizada na zona norte da cidade

do Rio de Janeiro. Ele possuía uma má reputação devido ao seu alto índice de

violência. A partir da ocupação policial no complexo houve o aumento da

segurança que possibilitou a criação das novas redes de teleféricos neste vasto

complexo de várias favelas, trazendo benefícios para os moradores bem como

os visitantes.

No complexo, os turistas passeiam no teleférico tem contato com a

comunidade. A visita tem seu inicio na estação Bonsucesso, e passa por seis

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estações como a estação Gastão Vieira e a última Palmeiras que, atualmente

possui uma Unidade de Policia Pacificadora – UPP. “De um extremo a outro, os

vagões suspensos percorrem pouco mais de cinco quilômetros sobre 23

comunidades, num total de 400 mil habitantes” (ASCOM, 2013).

Imagem 1: Sistema de teleférico no Complexo do Alemão

Fonte: Ruy Barbosa Pinto

As cabines tem capacidade máxima de 8 pessoas cada. O passeio

proporciona a vista da Baía de Guanabara, o Cristo Redentor, o Pão de

Açúcar, a Igreja da Penha e o estádio do Engenhão. Nas cabines é possível

visualizar o interior das favelas com seus becos sinuosos e labirínticos, as

famosas lajes dos barracos e a vivencia dos moradores.

Ao passar pelas 6 paradas, ao ponto final, Palmeiras, é preciso descer e

comprar o bilhete de volta. Nesta parada há murais com grafite feito por artistas

locais. Nela é possível andar pela favela e conviver com o cotidiano do morador

da favela. Na estação Bonsucesso há mosaicos apresentando a história do

complexo, mostrando a trajetória de inúmeros nordestinos que migraram para

essas comunidades nos subúrbios do Rio de Janeiro.

Imagem 2: Grafite desenvolvida por artistas locais

Fonte: desconhecida

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Imagem 3: Mosaico

Fonte: Thabata Regina

Dessa forma os turistas tem contato com a realidade dos aglomerados

brasileiros e vivenciam essa cultura.

Aceitando que as desapropriações são um mal necessário, as

realocações das famílias podem trazer benefícios a cidade, da mesma forma

como o ponto turístico do complexo do alemão. O governo brasileiro tem

recursos e capacidades de construir conjuntos habitacionais para a população

remanejada que possam ser também um atrativo turístico.

CONCLUSÃO

O problema da ocupação e desapropriações das terras no Brasil é

anterior a Copa, no entanto, a vinda desse megaevento ampliou essa

adversidade. As cidades sedes careciam e ainda demandam de um processo

de infraestrutura, contudo a forma como ele vem sendo desenvolvido não

abrange a população nativa das cidades, mas somente o visitante que irá

percorrer determinados locais.

O uso do espaço com a participação da comunidade é um exemplo que

poderia ser utilizado para outras áreas e setores no planejamento urbano. Cita-

se o uso do teleférico no Aglomerado do Alemão, que visa inclusive o turismo

local.

São direitos irrenunciáveis de qualquer cidadão, independe de haver um

megaevento na cidade dele, acesso a vias pavimentadas, a área de lazer, a

mobilidade e principalmente moradia com qualidade.

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Antes de iniciar um processo de desocupação a população afetada

deveria ser consultada e suas ideias incorporadas de forma a facilitar a

aceitação das mudanças e fortalecer o exercício da cidadania.

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Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-05/familias-tiveram-casas-desapropriadas-sem-necessidade-para-obras-da-copa-no-rio-denuncia-comite Acesso em: 03 de dezembro de 2013 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Esclarecimentos sobre investimentos federais para a Copa de 2014. Disponível em: http://www.pac.gov.br/noticia/988b9e41 Acesso em: 08 de dezembro de 2013 SALOMÃO, L. Brasileiros são despejados de seus lares por causa da Copa do Mundo da FIFA 2014. Agência de Notícias do UniCEUB. 17 de junho de 2013 Disponível em http://www.agenciadenoticias.uniceub.br/index.php/06/2013/brasileiros-sao-despejados-de-seus-lares-por-causa-da-copa-do-mundo-da-fifa-2014/ Acesso em: 08 de dezembro de 2013 THACKARA, J. Plano B: O design e as alternativas viáveis em um mundo complexo. Tradução: Cristiana Yamagami. São Paulo: Saraiva, 2008.