Inicial de alimentos

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ESTADO DO ACRE

DEFENSORIA PBLICA

ESTADO DO ACRE

DEFENSORIA PBLICA

EXCELENTSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ______ VARA DE FAMLIA DA COMARCA DE RIO BRANCO ACRE

CLARICE ARAJO MONTEIRO e KATRINY ARAJO MONTEIRO, menores impberes, neste ato representado(a)s por sua genitora, MARIA CLEUNICE DA SILVA ARAJO, brasileiro(a), solteira, do lar, portador(a) da Cdula de Identidade n 418.653 SSP/AC, e CPF/MF n 802.316.912-20, residentes e domiciliados na Travessa Beija-Flor, n. 322, Bairro Areal, neste Municpio, pela Defensora Pblica infra assinada, integrante da Assistncia Judiciria Gratuita no Estado do Acre, com endereo profissional na Av. Getlio Vargas, n 2.852, Bosque, nesta cidade, onde recebe intimaes em geral, vm, respeitosamente, digna presena de V. Ex., com fundamento no art. 227 da Constituio Federal, na Lei n 5.478/68, e nas normas pertinente dos Cdigos Civil e Processual Civil em vigor, propor a presente

AO DE ALIMENTOS

em face de GENSIO MONTEIRO JNIOR, brasileiro(a), solteiro, capataz de fazenda (Fazenda Daniela), empregado do proprietrio da imobiliria Fortaleza, na Av. Cear, n. 2.121 (fone 224-5989), pelos fatos e fundamentos que passa a aduzir.

I PRELIMINARMENTE

Requer(em) lhe(s) sejam concedidos os benefcios da Assistncia Judiciria Gratuita, por no ter condies de arcar com as custas processuais e honorrios de advogado, por ser(em) juridicamente pobre(s) nos termos da(s) declarao(es) acostada(s) (doc. 01).

II DOS FATOS

O alimentante pai biolgico do(s) alimentando(s) CLARICE ARAJO MONTEIRO e KATRINY ARAJO MONTEIRO, conforme faz(em) prova a(s) certido(es) de registro de nascimento anexada(s) (DOC. 02/03), fruto do relacionamento de mais de cinco anos havido entre a me do requerente e o requerido.

O requerido no vem contribuindo regularmente para a manuteno das necessidades dos filhos.

DA NECESSIDADE

As necessidades de uma criana so evidentes, principalmente no caso do(s) alimentando(s), que ainda encontra(m)-se em tenra idade, necessitando, alm de uma alimentao especfica equilibrada indispensvel para seu crescimento fsico e intelectual, de fraldas, alm das despesas ordinrias com roupas e remdios (quando necessrio), lazer, transporte, entre outras.

DA POSSIBILIDADE

O pai do alimentando capataz de fazenda (Fazenda Daniela), empregado do proprietrio da imobiliria Fortaleza, e percebe mensalmente quantia superior a R$500,00, demonstrando desta maneira, ter plenas condies de contribuir na manuteno das necessidades dos filhos.

Por sua vez, a me do alimentando encontra-se desempregada, no tendo condio de continuar arcando sozinha com as despesas do filho.

Requer, portanto, seja o requerido condenado a contribuir para o sustento do filho com a importncia mensal equivalente a 01 (um) salrio mnimo mensal, que dever ser descontado diretamente na seu pagamento junto ao empregador (Imobiliria Fortaleza), para onde requer seja oficiado, e depositado em conta poupana a ser aberta em nome da representante dos menores, para o que se requer autorizao deste Juzo.

III DO DIREITO

Os alimentos, na nova sistemtica apresentada pelo Novo Cdigo Civil, continuam sendo fixados atendendo-se aos critrios de necessidade do alimentando e real condio econmica do alimentante, atendendo sempre ao princpio da proporcionalidade. Neste sentido, a disposio da lei civil:

Art. 1694 Podem os parentes, os cnjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitam para viver de modo compatvel com a sua condio social, inclusive para atender s necessidades de sua educao.

1. Os alimentos devem ser fixados na proporo das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

Ora, a prestao de alimentos, ora requerida, advm da relao parental existente entre as partes, consoante faz prova a Certido de Registro de Nascimento acostada. Em razo deste vnculo familiar, portanto, que surge o dever dos pais de criar, assistir e educar os filhos menores, situao esta consolidada pelo art. 229, da Carta Magna e pela Lei 5.478/68, bem como pelos arts. 1630 e 1634 do Cdigo Civil vigente.

Antes de ser um dever legal, a prestao alimentcia aos filhos constitui um dever moral, no podendo os pais, se eximir da obrigao de proporcionar aos filhos um desenvolvimento compatvel com as exigncias primordiais vida do ser humano, estando o requerente apenas cumprindo o seu dever paternal de contribuir nas despesas advindas das necessidades bsicas dos filhos.

Alm disso, a despeito de no ser casado com a me do requerente e com ele no ter convvio dirio, acima disto resta o dever paternal de acompanhar o desenvolvimento das crianas, prestando-lhes, na medida do possvel, assistncia no mbito educacional, mdico, emocional e outros.

IV. DO PEDIDO

Em face de todo o exposto, requer a Vossa Excelncia:

a) a concesso da Assistncia Judiciria, bem como a gratuidade da Justia, conforme a Lei 1.060/50, para o que afirma ser juridicamente pobre nos termos da declarao em anexo (doc. 01).

b) em face das urgentes necessidades dos filhos, requer a fixao, desde logo, dos alimentos provisrios, no valor mensal equivalente a 01 (um) salrio mnimo mensal, que dever ser descontado diretamente na seu pagamento junto ao empregador (Imobiliria Fortaleza), para onde requer seja oficiado, e depositado em conta poupana a ser aberta em nome da representante dos menores, para o que se requer autorizao deste Juzo;

c) A citao do alimentante GENSIO MONTEIRO JNIOR, no endereo j declinado inicialmente, para querendo, contestar a presente ao, sob pena de revelia e confisso, bem como sua intimao para comparecer audincia a ser designada por esse r. Juzo, para o fim de fixao dos alimentos a que est obrigado o ora alimentante;

d) a intimao do Ministrio Pblico para acompanhar o feito, na forma do artigo 82, I do Cdigo de processo Civil e da norma regente de alimentos;

e) finalmente, requer a Vossa Excelncia sejam julgados procedentes os pedidos da inicial para fixar em definitivo os alimentos requeridos provisoriamente, na forma requerida.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, inclusive o depoimento pessoal das partes e oitiva das testemunhas que oportunamente sero arroladas e comparecero independentemente de intimao.

D-se causa o valor de R$2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais) art. 259, VI, CPC.

o que espera ver deferido por ser de justia.

Rio Branco, 13 de fevereiro de 2003.

Clia da Cruz Barros Cabral Ferreira

Defensora Pblica

Avenida Getlio Vargas, 2.852. Bosque. Fone 228-1312 / 228 1314

CEP 69.900-000 Rio Branco Acre

Inicial - Alimentos - NC - Claunice - fl. 5

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