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272 O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXIII Dezembro/2017 ESCRITORES Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] DEZESSETE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO Cadeira 039- Andrés Luciano Guerra Tumang- Patrono: Vincent Carmel Porsella-Flores ACADEMICUS PRAECLARUS INICIAMOS O VIGÉSIMO-NONO ANO DE VIDA

INICIAMOS O VIGÉSIMO-NONO ANO DE VIDAO escritor Antonio Celso Rizzi, de São Paulo/SP, Cadeira Lino Vitti, da Área de Letras, da Galeria dos Academicus Praeclarus do Clube dos Escritores

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272

O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXIII Dezembro/2017

ESCRITORES

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]

DEZESSETE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

Cadeira 039- Andrés Luciano Guerra Tumang- Patrono: Vincent Carmel Porsella-Flores

ACADEMICUSPRAECLARUS

INICIAMOS O VIGÉSIMO-NONO ANO DE VIDA

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Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e ArteFinal, Administração,Publicidade e Correspondência: Coopia Digitação e ServiçosEditoriais, Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP.Não fornecemos números atrasados. Matérias assinadas são de exclusiva responsa-bilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03. Fonefax: (0xx19) 3426-8568. EditorResponsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail: [email protected] Site:www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Bancodo Brasil.

REVISTA “ESCRITORES”

--------------------2 3 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

----------------EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

Carlos Moraes JúniorPraeclarus/Piracicaba/SP

[email protected]

Vamos iniciar o grande desafio de transitar pelo nosso 29º. ano deexistência, com o pé no freio e o olhar crítico na realidade que nos engessa e nos molda aaceitar cortes e sacrifícios. A revista de 60 páginas que tanto perseguimos parece mesmoser um sonho distante, porque nem mesmo nossos escritores estão interessados emescrever tanto assim. A tendência vai ser ela diminuir de tamanho, à medida que o materialdisponível no Clube for rareando e se continuar a falta de cooperação dos amigosAcadêmicos, que desejam ver seu trabalho publicado, mas não enviam o material parapublicação. Então como querem que seja publicado algo que não está aqui para ser impresso?Como sempre, os amigos Acadêmicos se esquecem, que são a peça mais importante detodo esse processo, pois é para eles que tudo é feito, que tudo é planejado e tudo é levadoa efeito. Mas é preciso, antes de tudo, que haja participação, interesse!

Ainda estamos em guerra com os inadimplentes e ninguém paga,então o Clube para. A Revista não consegue ser publicada todos os meses. O cotidiano doClube é um trabalho árduo e de paciência, que se resume na luta para receber anuidadesatrasadas e para tentar garantir que ninguém mais abandone a Academia sem pagar.

Mas, enquanto isso, existe muita coisa que precisa ser paga, todosos meses e que são urgentes e inadiáveis. Então, se o Clube não recolher as anuidadesatrasadas, ficará tudo só na vontade de fazer. Porque temos só uma fonte de renda: aanuidade que você paga. Se você não paga por demonstração de desinteresse e de falta deconsideração, acabou, morreu. Não podemos fazer nada! Dependemos da boa vontade devocês. E nós fazemos o que?Não fazemos mais nada porque tudo custa, tudo tem valor,tudo é caríssimo. A Revista custa. E quase nunca temos dinheiro para fazer nada.

Eu preciso de amigos que me deem a mão porque se as pessoascontinuarem sem pagar a anuidade e sem respondem nada, nem por educação ou por faltade educação, não dá para continuar. Não quero mais fazer papel de otário!Ora: me xingue,mas não faça de conta que eu não existo. Isso é muito desconfortável.

Algo pelo que ninguém gostaria de passar. Como não adianta remarcontra a maré, quem não pagar até 30 de dezembro corre o risco de perder a Cadeira porqueo último prazo para pagamento de todas as categorias foi 30 de junho. Prestem atenção efaçam um esforço paras ficar em dia com o Clube dos Escritores porque senão o número de

Cadeiras perdidas continuará muito alta. Porque não vamos parar de mandargente embora por Justa causa!

A morte de pessoas próximas leva à dor e a muitas reflexões.Inevitável pensar, pois já estou mais pra lá do que pra cá!

Por maiores que sejam os cuidados com a saúde e a boa forma,quanto tempo efetivamente me resta de vida produtiva? Se eu viver mais dez do quetenho, chegarei aos... , mas pra que? E como?

As limitações de toda ordem haverão de chegar um dia, aliás, jáestão chegando... A possibilidade de vida começa seguindo outro ritmo entremeado demuitas impossibilidades, que já estou descobrindo.

E surge a análise necessária: o que estou fazendo da vida? Não, nãome sinto depressiva, nem melancólica, estou apenas sendo realista. Avaliar nossos passose aonde eles nos conduzem é importante.

Às vezes vivemos o hoje, sem nenhum plano. Vamos fazendo tudoque queremos e nunca traçamos diretrizes para chegar a determinado lugar. Aspossibilidades surgem para nosso proveito e eu as aproveitei, ou não, livre de grandesdramas. Muitas vezes percebemos que erramos e nos arrependemos, mas daí já é tarde!

Comecei e recomecei muitas vezes, aulas de teclado; porque comotoquei piano o teclado me parecia mais viável, mas serviu só para tocar Noite Feliz noNatal, com minha família. Como todo mundo, embora alguns não admitam, me arrependode certas decisões... Mas tudo faz parte do nosso caminhar, talvez tenha sido um acerto,ou um aprendizado: “Quem não vai pelo amor vai pela dor”.

O que de mais certo posso dizer é que, não somos os mesmos dosvinte, nem dos trinta, nem dos setenta, porque aprendemos, mudamos nos reinventamos.Passei a pintar e conseguí muitos prêmios, depois comecei a escrever e a publicar emjornais e lancei até dois livros Estou traçando outro plano: tricotar para entidadesfilantrópicas. Mas não é uma boa ideia, porque deixo de me movimentar e isso não é bompara a saúde. Já dançar, é uma coisa que me atrai.

Certeza mesmo é que deixarei muita coisa pelo caminho. Abandonareibagagens desnecessárias, pesos sem valor, para investir na felicidade diária! Aqui eagora! Viver intensamente, sem esperar a morte chegar!

Aliás, se pudesse morrer, só como experiência e voltar, gostariamuito! Não tenho pressa, só curiosidade! Nossa vida, mesmo nessa incerteza de governo,de democracia, violência, preconceito, se comparada com outras, vividas em outros paises,nos dá a certeza que vivemos ainda num país abençoado. Ninguém está fugindo e morrendono mar ou nas fronteiras, sujeitos a todo tipo de má sorte.

O que nos falta é ser mais incisivos em pleitear uma liderança degoverno capaz quando formos votar; e para isso, precisamos ter consciência, informaçãoe saber distinguir o joio do trigo para não cair duas vezes no mesmo. “A liberdade que se

deve dar a um povo é a cultura.” Caminhemos ligados com os anseios docoletivo para ver os resultados da vitória...

CAMINHADAINICIAMOS O VIGÉSIMO-NONO ANO DE VIDA

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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL---------------- CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

Adélia de Lourdes Klaus ElnsfeldtPraeclarus/Porto Alegre/ES

[email protected]

Alais Monteiro PickersgillPraeclarus/Rio Grande/[email protected]

Alberto SlompPraeclarus/São [email protected]

FAXINA NO COURO.

Sábado! Trabalho não muda! Só a faxina. Dia de catucar cantinhos;jogar água com fartura; esfregar com força, para que brilhe por inteiro. Faxina doméstica?Engana-se! É no corpo! Menina no riacho de molho, para amolecer o macuco. Lavar cabelocom sabão feito em casa. Esfrega e lava, repetidas vezes, na água corrente! Cabelo brilha!

Nunca se ouviu falar em xampu. Condicionador ou creme é banha deporco guardada em vidrinhos pendurados à janela, ao sol, para se manter derretida. Unta-se o cabelo, penteia em caracóis. Unhas aparadas e esfregadas.

A mãe diz que sujeira fica sob as unhas. No domingo tem que estarcheirosa. Na segunda, maravilhosa. Na terça, um brinco. Na quarta, ...

Criança não usa esmalte, porque faz mal à saúde. Só existe o vermelhopara moças e senhoras. Não se usa o processo de tirar cutícula. Passa-se esmalte, limpa epronto! Cada moça cuida de sua própria unha. Salão de beleza só nascapitais para grã-finas.

Elza Pinto AlemãoPraeclarus/Curvelo/[email protected]

SEM VERSO Como verso não vindo descortina a manhão dia veste cinza roupa de viagem coragem de seguir o céu em prantosme põe de joelhosmúsica e poesia cânticos no ar acordo o dia no verso escorrego por fim m entrego

o sol nascerá.

INESQUECÍVEL

Pelas portas entreabertasSaudades ainda passamEmpurrando os retalhosque restaram do amorQue um dia vivemos...Hoje, ainda choroSoluçando com as lembrançasEm fiapos.Triste, saio pela noiteEm busca dos pedaços...Mas as lágrimas são tantasQue embaralham meus olhosE não consigo encontrar,Nem mesmo vestígiosDos nossos passos!

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Campinas/[email protected]

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/DF

[email protected]

PEQUENAS FLUTUAÇÕES

nada bóiadensidade

peso pé sófunda água

azul

sol e sómar

onde ondaschocam

e nascem

luzes lusosdescobrem

o nada

ESCOLHAS CERTAS

As escolhas certasLevam às estrelasQue espalhamBrilho e luzPelo ambienteE rumamPara alcançarOutras constelaçõesPara brilharAinda mais.A escolha certaÉ o segredoPara o sonhoDe menino ouAdulto alcançar.Reflita antes da escolhaPorque no tempoNão podemos retornar.

BELAS MULHERES

Iés lindateu corpo é bem modeladoteu andar é leve e insinuanteteus olhos, teus lábiossão um convite ao amor(mas é pena que seja isso tudo o que tens a me dar)

IImeu Deus!, que mulher feia!seu andar é de uma levezatão docesuas nádegas se agitam maciasseu porte, ah, que beleza!que corpo, que formas!os cabelos... longos, sedososao ventoque coisa!ah, seus lábios... úmidosgostososo rosto... fotográficosorriso ensaiadoos olhos... são grandes

(só grandesnão me dizem nada)

OS ENCANTOS

A vida é feita de encantos,de desencantos, também:os encantos são teus cantos,pois cantas, como ninguém!

Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/[email protected]

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O escritor Antonio Celso Rizzi, de São Paulo/SP, Cadeira Lino Vitti, da Áreade Letras, da Galeria dos Academicus Praeclarus do Clube dos EscritoresPiracicaba, lança seu livro “ O Chorinho através dos Tempos”, E-book quepode ser adquirido nas livrarias virtuais: Amazon, Apple, Cultura, Google,Kobo book e Saraiva. Preço: R$ 10,00.

CELSO RIZZI FALA SOBRE O CHORINHO

Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP

Ana Maria OsórioTitular Enperito/Pelotas/RS

[email protected]

Antonio Araújo LoiolaPraeclarus/Campo Maior/PI

O IDOSO E O VELHO

O idoso é aquela pessoa que viveuIluminado pela luz divina.

O velho viveu e sofreuVoltado para o horizonte que se finda.

O idoso é faceiro e cheio de vidaCom projetos de esperança.O velho teve vida sofrida

Nem recorda quando fora criança.

O idoso é sempre felizViveu a vida que Deus quis.

O velho, cheio de rugas fincadas,Desse mundo não espera mais nada.

O idoso curte a vida que lhe resta,Também tem rugas na testa.

O velho apesar de viver sempre cansado,Ambos esperam por Deus ser abençoados.

FOZ DO IGUAÇU

Andar lentosobre pedrasportal nas mataságuas despencamassombro, encanto,deslumbramento.Indizível.

INACABADA

Porque foges? Será que de mim tens medo?Eu que te quero tanto e tanto te cortejo,

que busco desesperadamente o teu segredoE me negas o amor, o calor e o desejo.

Porque te afastas assim? Seria o teu repúdioum disfarce, uma defesa, uma cisma doente?

Eu que por ti faço da vida um interlúdioQuero te querer, te ver feliz e contente.

Porque dizes palavras tão cruéis, ora?só pra se defender do meu assédio,

ou na condição de dama e de senhora,queres te curar, mas não me vês como remédio?

Relaxe. O que tiver que ser será amiga,Por mais que fujas não sairás vencedora,

Porque a briga é profissional e antigaE estás lutando como uma amadora.

Sossegue. Eu te procuro e procurareiSempre que o desejo aflorar em mim,Há de vir um dia em que conseguirei

Tomar-te nos braços e fazer assim.

Antonio Benedito GalloConselho/Ribeirão Preto/SP

[email protected]

Amália Gerda BomheimDecana/Caxias do Sul/RS

Quebrando o silenciocantando ressurge um pássarona bruma cinzenta

MINHAS FILHAS

São raios de luzCom brilho de ouroQue o bondoso JesusDeu-me, meu tesouro

São quatro tesourosSão dadivas divinasSão glorias, são lourosSão eternas meninas

Nancy Nay, a doce NaynhaPrimogênita, culta, competênciaTem ares de poder, rainhaE bela, sua existênciaSua vida é como a minha

Socorro D’Paula, a corrinhaDoçura, amor de pessoaTambém, com ares de rainhaPura bondade meiga boaUma bela filha minhaPela vida se doa, é boa

Conceição de Maria, a ConcitaElegante desenvolta, belaCulta, inteligente e bonitaO prazer de educar esta nelaMinha filha, benditoO dia que Deus me deu ela.

A Cleópatra Tessa LoianaMinha princesa, a caçulaDela a inteligência emanaEu, seu pai, tanto a aduloEsperança de grandeza e famaA felicidade em sua alma ondula

Ainda tem a RobertaRoberta Sâmia a RobertinhaMimosa culta e espertaCom ares de princesinhaÉ bom tê-la por pertoE a satisfação é minha

O POETA E SUA VERSÃO

Não sou poeta.Tenho, porém,Um flerte,Ao que me parece fértil,Muito forte,Com a Arte- Imitadora ilustre-Da vidaE seus vieses,Sua lida.Integro o teatro ocultoE até lutoA sombra do culto.Por existência útil...Da moça que nos persegueDesde priscas eras,Que vive e sobrevive.É um ser invisível,Sua inércia é aparente,Ininteligível,Fruto do mistério,Do ócio,Tudo a provocarA seguinte indagação:Com temor de sua ação...Na “Moça” não há inanição.Há, sim, Razão e Emoção:Sobretudo a primeira!...

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio de Janeiro/RJ

Sol poente... o entardecer,desce n’alma nostalgia; um sino ao longe a tanger,a plangente Ave-Maria...

Terezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG

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8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

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Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]

LÍRIOS DO CAMPO

Onde estão?Na antiguidadeNos provérbiosde Salomão?No mundo atualPoucos esparsos,cabisbaixosQuase esquecidosse esvaem...AmanhãDependerá de suaatitude ecológica!Plante um lírio...No jardimSimbolizando a pazExistente em você.A natureza resplandeceráE o perfume inebriaráo coração do mundo!

ANTES NUNCA VIVI

De repente acordeido meu mundo de fantasia.Encarando a realidade, emum mu8ndo que antes não conhecia

Para mim, seria eu semprejovem e nunca envelheceria...Não havia tempo de fixar-meao espelho, hoje, foi este dia...

Transpus-me ao passado,vi o replay de minha vida...Dos amores que tive, nãome restou a quem chamar querida...

O cansaço tomou meu corpo,a culpa tomou minha consciência...Fiquei a mercê do destino,clamei a Deus por clemência...

Cego, vivi a procurar asorte e o destino...Hoje, me cobra a matéria,desde as travessuras de menino...

Nunca imaginei ser tão tristea velhice ou o fim desta vida...Que hoje ficaria muito felizcom o amor daquela que me foi fingida

O tempo passou a minha volta,estava cego e não vi...Acordando deste pesadelo, sinto que antes nunca vivi...

Areoaldo de PaulaTitular Emérito/Brasília/DF

[email protected]

Arlete Mari RaminaColegiado/Curitiba/[email protected]

DISCERNÍVEL

Preciso me apresentarHumildade é meu nomeMinha tarefa é contarQue hoje fiquei triste

A Prepotência a exalarQue sou insignificanteQue nem deveria tentarExpor opinião maçante

A Educação veio atuarMinha amiga e confidenteDizendo sem duvidarSer uma falta insolente

A Sabedoria a evidenciarSer o engano desdenhiceSó podendo lamentarTroca do nobre por tolice

Neste fator de realizarComo cúmplice sempre terHumildade e Paixão a brindarPara num todo valer

Existe fator a burlarNesta psicologia do poderEm ocasiões demonstrar

Quero me posicionarNa Prepotência pacto fazerÀ Educação e Paixão agradecerA Sabedoria reverenciarHumildade gosto de ser

JUVENTUDE

Juventude... terna recordação.Posso vê-la nos sonhos com ternura,Despindo toda glória e amargura,Libando o sabor doce do perdão.

E vendo o áureo tempo se evolar,Hei de trocar a dor pela saudadeQual acipitrino em total vaidade,Livre pelo céu no seu divagar.

E envelhecendo serei como as flores,Gotejando saudades sem rancoresRoseiral com destino de florir...

Lembrando, penitente, meus amores,Esquecendo sorrindo minhas dores,Juventude que o tempo fez delir...

Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]

UM DEUS FALÍVEL

Deus deve estar muito triste,contemplando a multidão.Triste pelo homem que existe:sua melhor criação.

Carlos Eduardo PompeuConselho/Limeira/SP

[email protected]

Benedito Carceles TavaresTitular Emérito/Mogi das Cruzes/SP

[email protected]

MULHER – SAUDADE

Mulher-saudade,Saudade-mulher,Eu a quero muitoE você também me quer.Mulher-saudadeMulher-canção,Dona do meu coraçãoSenhora do meu viver,

Do meu serDo meu querer,Dos meus sonhos,Dos meus dias risonhos,Da minha esperançaDo meu mundo,De tudo de mim.Mulher-saudade,Mulher de verdade,Quer ser minha namorada?VenhaPois o meu coraçãoAinda é seu

E de mais ninguém.

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10 11-----------------CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------MOSTRAR O QUE É IMPORTANTE

Pela visão retrógrada de nós mesmos como autores, as carreiras deescritor, poeta, dramaturgo e congêneres ainda não são consideradas profissões nesteBrasil, que teve, entre tantos ícones, Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa,Castro Alves, Olavo Bilac, Álvares de Azevedo, Nicolau Fagundes Varela, Cruz e Souza,Augusto dos Anjos, Menotti del Picchia, Mário de Andrade, Graciliano Ramos, MárioQuintana, José de Alencar, Machado de Assis, Visconde de Taunay, José Lins do Rego,José Mauro de Vasconcelos, Euclides da Cunha, José do Patrocínio, Cecília Meireles,Raquel de Queiróz, apenas puxando eu simplesmente pela memória cansada e, portanto,não muito prodigiosa neste desgastante dia que tive.

A maioria dos autores citados, todos de nosso pleno conhecimento,estava longe de ter nascido em berço de ouro, mas teve o mérito de tirar da gaveta ou dofundo do baú criações que, dada a humildade que os distinguia, temiam caírem nodesagrado dos leitores. Digna de nota nesse sentido é a exemplificação do sucedido aRaul Pompéia, autor de “O Ateneu”, obra que, pelo sucesso estrondoso que fez já em seulançamento, levou seu criador a temer não conseguir superar sua obra prima.

Fraquejando ante ao desafio da auto superação, preferiu o autor,mesmo face ao enorme sucesso que faziam autor e obra, optar pelo suicídio.Na estrada daliteratura e do jornalismo já há vinte e um anos, hoje pertenço ao todo a 16 Clubes,Agremiações e Academias de Ciências, Letras e Artes, dos quais um sediado emMontevidéu, Capital da República Oriental do Uruguai, e outro na cidade de Toledo,pertencente ao estado norte-americano de Ohio. Em Roma Antiga o dinheiro já eraconhecido por vil pecúnia. Há quem diga – e não são poucos – que o dinheiro é um malnecessário. Os legionários romanos eram pagos com sal, se bem que a essa época aChina já se adiantara trazendo ao mundo a concepção do papel moeda.Imagine se nãotivéssemos na sociedade contemporânea o dinheiro tal qual o conhecemos e vocêpretendesse, então, editar um livro pagando-o pelo meio de compensação financeira queantecedeu a invenção do dinheiro – a política de trocas.

Imagine qual não seriam seus aborrecimentos se a editoracontratada cobrasse de você pelos seus serviços não em sal, mas em algo ainda maisesdrúxulo e que foi igualmente moeda de troca – pelos extraídos da derme de elefantes!Fui convidado pelo nosso presidente a assumir, em novembro do ano vindouro, umavaga na Galeria de Acadêmicos Praeclarus. Não fui persuadido de maneira alguma porimposição ou chantagem a desembolsar R$ 150,00 (o custo total que o Clube dos EscritoresPiracicaba terá com a chancela do título), mas tão somente orientado a fazê-lo medianteconvite prévio que muito me honrou. O Sr. Carlos Moraes Júnior não é, como houvequem tentasse me fazer crer nessa balela, um mercenário, mas, na verdade, um idealista,completamente isento de censura se já viveu de seu ideal, pois a ele devota sua força detrabalho e até relógio (que não faz greve, piquete ou operação tartaruga) precisa de

quando em quando, que seja trocada sua bateria para que sirva ao seupropósito.

Fernando CatelanPraeclarus/Mogi das Cruzes/SP

[email protected]

A FÉ REMOVE MONTANHAS

Nas redondezas da cidade, vive Mimi, gato SRD de pelagem tigrada.Regula de idade há dois meses no máximo. Em certa feita, ele num pulo só, subiu nasuperfície de murada do poço onde centra uma pequena abertura destinada à passagemdo balde. Pula daqui pula dali, rabinho em pé a dar tapinhas em tudo que via pela frentecomo exemplo: balde, recipientes e arranjos florais.

Ali ele corria riscos e desta vez se deu mal. A passagem do baldeestava aberta e a brincadeira de maus gosto se reverteu.

Momento infeliz falseou uma das patinhas, fugindo-lhe a firmeza.Perdeu o equilíbrio e desandou em queda livre direto ao fundo do poço, tal qual pesadapedra cai no solo. O estrondo foi alarmante. Sendo a água o elemento mais repudiado pelogato, pode se imaginar a gravidade do ocorrido.

Apavorado, sucessivamente, miou, e, ainda, mais o fez e mail altoainda, quando emergiu em pânico, com a cabeça fora da água.

Debateu-se, tentativa de praticar natação, mesmo que não seja esseo seu esporte favorito. Olhos estralados, viu ao alto apenas o céu que lhe aprecia de formacircular exatamente pela abertura por onde ele havia recém desabado. Viu água e muradapor todos os lados. Sem saber por onde safar-se dali, já que a água é excluída dasespecialidades do gato.

Meri a sua proprietária, naquela hora estava ocupada em afazeres,dentro de casa. Ouviu aquele alarido todo, anteviu o desastre e acorreu ao insistentereclamo. Viu diante de si a terrível cena. Institivamente e sem requintes ou aparatos que sefazem a disposição de socorro, Meri pôs-se a chamá-lo, insistindo a que subisse até ela,repetia o chamado sucessivamente, inclinada sobre a borda do poço.

Assim, instigou-o de um modo tão simples e direto e o gato acirrouânimos. Tentou na única saída plausível que lhe oportunizara Meri.

Animal higiênico por excelência, o gato costuma lavar-se várias vezesao dia, mas nunca, nunc a com uso de água.Atendendo à sugestão de Meri,

Mimi tomou-se de coragem e investiu na escalada da parede internado poço a arriscar um difícil “rapel” – esporte este muito peculiar dos gatos. Dura realidade,ante a impotência e insignificância de seu porte.

Cautelosamente, foi subindo como deu e como pode, até que, enfim,a investida logrou efeito. Com muita habilidade e confiança ele se agarrou a parede, olhosfixos em Meri até que atingiu a proximidade da borda, justo ao alcance da borda, justo aoalcance da mão, de onde pode ser facilmente alçado para fora pelas mãos de Meri que

salvou seu querido pet.

Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/[email protected]

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12 13POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Carmelinda Rodrigues da CunhaPraeclarus/Campinas/SP

[email protected]

Carmen Maria F. PilottoTitular Emérita/Piracicaba/[email protected]

Cecília Rodrigues de SouzaConselho/Manaus/[email protected]

Cecy Barbosa CamposPraeclarus/Juiz de Fora/[email protected]

Carmen Elza Straub de AbreuConselho/Itapetininga/SP

Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/[email protected]

Carlos de MoraisPraeclarus/Ribeirão Preto/SP

[email protected]

SUICÍDIO

Atrás da porta tem um copo de venenoEntra mal, estou à sua esperasó um susto; um susto bem pequenoe já não seremos os mesmosPorque o mal vem do copo no copohá venenoe no venenohá desejode morte...

MADRUGADA

Antes que amanheça,a noite mal dormidase cobre do aroma do corpo.Mas o sol não sossegae a tristeza invadeum coração adormecido.

A primavera joga florespelas frestas da janelae invadiu meu quartode perfume de rosas,enquanto há lampejos de aurora.

O vento embala os ipês desfolhadose derrama flores pela calçada,silhuetas se vislumbramnas réstias de solbeirando os muros coloridos.

A FELICIDADE

A felicidade está na belezaDo céu enluarado e estreladoDo canto do sabiáDa flor coloridaDo sorriso de uma criançaDo sonho de amor e seu perfumeDo encanto de dar amorE ajudar o outroDe ler uma poesiaE da singeleza de criar um poemaDe estar com vocêE do seu jeito denso e alegre de ser.

ERA VERDE O SILÊNCIO...

A rotina urbânica de coresturbilhão e desalentoassola o homemna cinza garoa asfálticano vermelho de sangrentas lutasno amarelo esmaecido das facesno roxo da guerra biológica

Saudades dos quintais vaziosentrecortados de árvores,pássaros e infânciaonde tudo era multicoloridoe não havia agressão à alma

Torna-se necessário redescobrira luz das nuanças do mundoonde a Paz condecore a Vidao Homem reencontre a Verdadee o Universo atinja o Equilíbrio

QUIMERAS

Quimeras na juventudePovoam o coraçãoSonhos voam, correm soltosNão ouvem a voz da razão.Para coroar os sonhosViajamos às estrelasEm busca do amor sublimeAh! Se pudéssemos tê-las!Galopando em corcéisAté um reino encantadoVamos pela vida aforaBuscar o prêmio guardado.Até que sem percebermosOs sonhos, um a um,se acabaram.Sombras da realidadeAo coração não voltaram.

PRECISO AMAR

Parece impossível que eu esteja amando,Pois o amor, para mim,Resumia-se em um sonho e uma saudade.Vivia de lembranças,Ilusões, dúvidas e esperanças.O que seria meu dia de amanhã?Garanto que não sabia!

Pensei amar uma vez e fui feliz!Por essa razão, busquei, lutei,Confundi e insisti com obsessão.Afinal, eu precisava e ainda preciso amar,Dar a outrem um pouquinho de mim,Doar-me a alguém com a intensidadeQue eu sou capaz,Ofuscar o desamor e ser feliz.

Um pedido vou fazer: não fique zangado,Mas se já amou ou ama alguém,Ajude-me a transformar nosso idílio em saudade!

DESESPERO

Minha alma em frangalhos,despedaçada.Pedaços dispersos,imersos na dor.Um corpo em pedaçosdisjuntos, perdidos,flutuam, levitam,sem direção.

LAMPEJOS

Olho ao redor e sóencontro despachos,pedaços de mim.Cuidadosamente,entrelaçados, montados,destroços, sim.Amarrações,mandingas, benzeções,contradições em cachos.Coisas assim.Nada mais que embaraços,Lampejos, desejos, armações,vindos das profundezas.de um mar sem fim.

Daniel PresotoColegiado/Piracicaba/[email protected]

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José Vicente CamposPraeclarus/Jaguariúna/SP

[email protected]

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Célia GevartoskiPraeclarus/Piracicaba/SP

[email protected]

PERDÃO E DIVINA INDIFERENÇA

A busca da felicidade está implícita em todos os seres. Mas a buscarequer paciência e perseverança, principalmente quando a procura é árdua e deixa afelicidade mais distante. Para encontrá-la precisamos primeiramente nos conhecer epraticarmos uma reforma interior, renovando cotidianamente nossas atitudes.

A principal ação que nos leva à felicidade é a prática diária do perdão,que é uma das maiores virtudes, porque abriga em seu meio a Paz.O perdão é algofundamentado no amor e se sustenta sobre a caridade, e nunca está contra a justiça.

Existem correntes de pensamentos que dizem que perdoar é coisa degente fraca e medrosa. Perdoar será uma demonstração de fraqueza de caráter? Eu creioque não. Muitas vezes os fatos vigentes nos mostram que não existem razões plausíveispara exercer o perdão, porém existem diversas razões para se “exercitar” o perdão. Vejamos:Exercer o perdão está na razão direta de que todos somos imperfeitos.

No atual estágio deste planeta, não existe ninguém que tenha atingidoa perfeição, por isso os erros fazem parte de nossas vidas. O Universo está em constanteevolução e nós que fazemos parte integral desta caminhada, estamos em constanteaprendizado. Porém, ressalto que cada um de nós iniciou seu trajeto evolutivo em épocasdiferentes dos demais. Assim sendo, cada um está em uma faixa de evolução com algunsaprendizados fundamentados e outros a serem aprendidos.

Se alguém nos ofende, está nos dando algo inerente à sua faixa deevolução, ainda não aprendeu a lição a respeito. Devemos aceitar as pessoas como elassão; cheias de virtudes e defeitos. Temos que retirar de nós a ilusão de que os outros têmde ser perfeitos, principalmente quando agem conosco. Sem aceitação não há perdão! Senós aceitarmos nossos semelhantes como eles são, nossos relacionamentos ficarãomelhores porque não haverá tanta cobrança e tanta expectativa.

Um grande motivo para esquecermos as ofensas está na constataçãode que o perdão traz grande alívio para quem perdoa. Nem sempre aquele que é perdoadoconsegue se livrar da sua consciência, mas também precisa aprender a se perdoar e mudarde vida. O autoperdão é importante, porque começaremos a compreender nossos erros,onde encontraremos forças para reformular nossas atitudes e iniciar uma nova vida. Caso não nos perdoemos ou não perdoemos alguém, carregaremos o sentimento demágoa, e este lixo tóxico produzirá em nosso organismo doença de difícil tratamento.

A alimentação de ódio e vingança nos leva à mesma sintonia deagressão, onde sobrecarregamos nossos centros energéticos, desarmonizando nossoorganismo, desencadeando um mundo de distúrbios, fazendo com que soframos asconseqüências da nova ação. Uma das ferramentas básicas para se exercer o perdão, énos mantermos a uma certa “distância psíquica” da pessoa, dos problemas ou dasdiscussões que nos incomodam. Ao promovermos este distanciamento psicológico (DivinaIndiferença), teremos mais habilidade e disponibilidade para percebermos o processo quehá por traz dos comportamentos agressivos, permitindo-nos não reagir da mesma maneiraque fazíamos.Uma das mais eficientes técnicas de perdoar é retornarmos ao vital contatoconosco, deixando-nos de ser vítimas de forças fora de nosso controle para transformarmo-nos em seres que criam sua própria realidade de vida.

Lembre-se: “O perdão é sempre para quem perdoa”. Por isso, nãonos contaminemos pela raiva, pela cólera e pela mágoa. Vivamos em paz e com a nossa

consciência tranquila pronta para merecermos o perdão das pessoas queprejudicamos com nossos atos, palavras e pensamentos, pois somenteserá perdoado aquele que perdoa. Essa é a Lei.

ARTE DE COZINHAR

Esta arte de cozinhar, onde “sonhamos os nossos sonhos nãosonhados e, liberamos os nossos gritos interrompidos” não se trata apenas de cortar osalimentos e cozinha-los. Muito mais do que isto! Além de colocar amor no ato de cozinhar,o que deixa o alimento mais saboroso, com um condimento muito especial, que se nãovende nos mercados e supermercados. Saber fazer uma comida, cheia de nutrientes evitaminas, com um bom aspecto e de preferência não engordante, uma alimentação sadia.

Saber fazer várias comidas diferentes com um mesmo alimento,gerando um custo benefício interessante nos dias de hoje, de economia e variedades desabores. Lembrar que precisamos numa mesma refeição, de fibras, proteínas, nutrientese vitaminas, com um mínimo de carboidratos. Não podemos nos esquecer, de que:“Comemos com o olhos, portanto o alimento, o prato, tem que ser bonito, bem decorado”.Uma mesa bem posta, mesmo que com simplicidade, valoriza o alimento que será servido.Não podemos nos esquecer que os cozidos, assados e grelhados estão em alta; friturasdevemos evitar, para preservarmos a nossa saúde.

Elaboramos os nossos conteúdos! Quando estamos cozinhando,“sonhamos os nossos sonhos não sonhados; e, liberamos os nossos gritosinterrompidos”.Porque sonhar nossas próprias experiências é adquirir a posse delas noprocesso de sonhá-las, pensa-las e senti-las, elaborando-as. Partindo da ideia de quenosso Inconsciente é organizado em graus significativos em torno de nossas RelaçõesObjetais Internas estáveis entre partes dissociadas pareadas do nosso Ego; a noção deque podemos nos defender da dor psíquica por meio de uma substituição de umrelacionamento Objetal Externo por um Interno fantasiado inconscientemente. A ideia deque os nossos laços patológicos de amor misturado com o ódio, estão entre os maisfortes vínculos que ligam os Objetos Internos entre si em um estado de mútuoaprisionamento. Segundo Thomas H. Ogden, Psicanalista Americano.

Portanto, quando ouvimos alguém leigo dizer: “Cozinhar para mimé uma Terapia”. Realmente o é, porque ao manusearmos os alimentos damos vazão aonosso Inconsciente, de maneira Terapêutica. Como por exemplo: Ao limpar e cortar umacarne sangrenta, simbolicamente, metaforicamente, podemos estar cortando o outro, dequem necessitávamos nos livrar. Seria como se estivéssemos matando alguém nosimbolismo, de maneira metafórica.

A mesma coisa, quando estamos matando uma ave, uma galinha,um pato. Até quando compramos congelado e limpo, vamos lidar com um cadáver. PorIsto que, precisamos colocar amor no ato de cozinhar, o que deixa o alimento maissaboroso, com um condimento muito especial, que não vende nos mercados esupermercados; contrabalançando, com as nossas raivas, nossas culpas, inconscientes,que vão se agregando ao alimento que está sendo preparado.

Normalmente, a Nível Consciente, evitamos nossas emoções e aNível Inconsciente, vivemos plenamente as nossa emoções. Segundo Antonino Ferro,Psicanalista Italiano, Contemporâneo. Ele parte da premissa de BION, Psicanalista Inglês,de que o Sofrimento Psíquico é derivado de um excesso provocado por uma insuficiênciana Relação Continente-Contido que determina a persistência de mais estímulos sensóriase proto emocionais do que se possa digerir (o “percebido evacuado”, em nossas palavras).Daí, ao estarmos sendo Psicanalisados ou, ao estarmos Cozinhando, Pintando, Criando,conseguimos tal fato. Podemos perceber bem isto, no Pensar o Impensável, da CozinhaPsicanalítica e as Receitas do Vovô, do próprio autor. Portanto, recomendoa todos: cozinhar..

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Cosme Custódio da SilvaConselho/Salvador/BA

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Vitaminas, minerais e Linha Sidney Oliveira.Quem se interessar entre em contato:

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Cuidar da saúde é a coisa mais importante,porque a longevidade depende de uma

vida saudável. Pense nisso quando fizer reposiçãode vitaminas e sais minerais

Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Célia Lamounier de AraújoPraeclarus/Itapecerica/[email protected]

FALA-ME VIDA Ensina-me o que é importantede tudo o que temosquem é o mandantenosso Pai Protetorque disse: Para viver bemAmai-vos uns aos outrosnão se apegando à terrapois na hora da viagemcerto é que tudo se encerra. Ensina-me em seus atalhoso caminho da luz, do nascer e cresceragradecendo todos os diasa beleza do tempo que se renova,a beleza do ar, da água da vidapresentes de nosso Pai Criador. Fala-me vida e me ensinaA ser humilde e a ser heróiVivendo em busca do saber e do bemBuscando a perfeição no amorE pelo amor crescendo tambémTrabalhando sempre por um mundo melhor.

A BIENAL DO LIVRO

Os mais diversos eventosTêm sido realizadosDe com acordo com o calendário,Que é onde estão anotados,Por isso na data certaTodos são comemorados.

Eventos é que não faltamPara se comemorar,E com o passar do tempoOutros irão se criar,Pois os acontecimentosSurgem pra se registrar.

Há eventos culturais,Eventos religiosos,Eventos de pouco nome,Eventos que são famosos,Eventos bastante simplesE os eventos pomposos.

Os eventos em geralTêm significação.Não existem sem motivo,Representando algo estão,E o que eles representamConhecimento nos dão.

Muitos eventos resultamEm lucros comerciaisE muitos são divulgadosPor anúncio nos jornais,Para que bastante genteVá prestigiar os tais.

Vejo a bienal do livro,Evento muito importante,Como grande diversão,Mas também edificante,Pra todo aquele que lê,Mesmo não sendo estudante.

É FOGO!

Mais uma favela que ardeMorre um a cada baldeTodos viram, muitos sentiram

Mas, de nada se sabeTerá sido fogo de falso amigoA favor do capitalismo?Ais não ouvidosEsperança em forma de cinzas.

Mais um abrigo de refugiadosEm chamas consumidoCorpos e almas queimados

Se já não tinham nadaAgora perderam tudoVidas que ficamVida que segueE o mundo mudo.

Darcy Reis RossiColegiado/São Paulo/[email protected]

Edielson José GroppoTitular Emérito /Iguape/[email protected]

VENDETA

Quando outros olhos negros te encontrarem,Meu feitiço do olhar neles verás,E a paixão fogo dos meus lembrarás.Seja qual for o encanto que expressarem!

Quando outros seios doces te afagarem,Tatuando a fome lasciva qu’em mim jaz,Serei vingada porque sentirásNo outro pulsar os seios meus pulsarem!

Quando outra boca faminta te oscularE,em frenesi,teus lábios macerarTu sentirás meus lábios sobre os teus!

Quando outras carnes virgens penetraresOuvirás risos a gargalhar nos aresE saberás que são os risos meus!

FIASCO

De ontem, desdeNa sala de prata, esteUm pote sem ouro fez-te

A chama que me chama, clamaA planta na varanda, santaPara a fama que se assanha, manha

Morno um querido olho tortoSonho do cozido de um fornoQue se tampa, choco, insosso

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Eloísa Antunes MacielConselho/Santa Maria/RS

[email protected]

Denivaldo PiaiaConselho/Campinas/[email protected]

MERCADORIA EXPOSTA

Seu universo tem duas calçadasQue se encontram numa esquinaOnde todos vão pegá-laTravestida de meninaBasta um toque na buzina

Seu universo tem um poste tortoQue mal ilumina sua noiteQuando o dia já vai mortoA única rima é o açoiteMas às vezes tem pernoite

Seu universo tem carros do anoMais confortáveis que sua camaTipos bizarros, sentimento insanoPagam pra dizer que os amaHabituados à lama

Seu universo tem roupas curtasPernas de fora, seios à mostraParedes nuas, retinas turvasBancos de couro onde se prostraMercadoria exposta

Seu universo é mais que issoTambém tem medos, choro que embargaRanger de dentes, reza e feitiçoSuor azedo, saliva amargaÉ pesada sua carga

BOCAS FECHADAS.

As bocas se calam, novamente...Qualquer palavra seriaQual afiada adaga,Penetrando fundoO corpo da gente!E as nossas sensibilidadesJá tão abaladas!O novo silêncio,Não é benfazejo!Parece que o teu desejo,E de uma contenda,Que não levará a nada!E prolongar o silêncio,E escancarar ainda maisUma ferida que sangra!As bocas se abrem porInstantes, novamente,Mas agora entre a gente,Nem há palavra que baste!E nossas bocas passamUma rente a outra,Com seus silêncios latentes...E emudecidas dizemO que nem dizem,Que padece o amor da gente!Que silenciar o queTazemos dentro da gente,Não se presta comoBalsamo, como alento!Tendemos a nos apegarÀs palavras ásperas,As afiadas, às agudas...Penetrando fundoO corpo da gente,As nossas almasEstamos matando o restoDe amor entre a gente!E nossas almas se ressentem...E nossas bocas,Não fazem nada!

Edvaldo RosaConselho/São Paulo/[email protected]

Eliana Wissmann AlyanakConselho/São Paulo/[email protected]

O QUE TE PREOCUPA?

Tua aparência,teu carro novo,tua roupa cara?...

Ou estar prontopara enfrentara luta cotidiana,pela sobrevivência,por trabalho,por dignidade?...

O respeitoa ti mesmoe ao outro,o ser valiosopara ti e paratua comunidade?...

Passar tua experiênciapara alguémcompartilhar teu sentimento,dividir responsabilidades,assumir compromissos...

Ou jogar tua chance fora,desperdiçando teu talento?...Tudo depende de ti...Escolher...Decidir... Agir...

CASTIÇO

Um vulto mortiço,Num pobre cortiço,Chamava a atenção...Morria Castiço,Um nobre mestiço,Herói do sertão?

E todos rezavam:O vulto velavamAo som de orações...Castiço expirava,A vida deixavaSem glória ou menções...

E assim, no cortiço,Morrera CastiçoSem ser abatido...Sua vida de lutas,De esforço e labuta,Fizera sentido...

Enfim, no cortiço,O velho CastiçoSe fez tradição:E à sua memóriaEvoca-se a históriaDe Herói do Sertão

O livro “Efemérides Fervedourenses” e-book em três volumes a respeitoda história de Fervedouro/MG, de autoria de Celso Ricardo de Almeida,Cadeira Germano Benencase, da Área de Letras, da Galeria dosAcademicus Praeclarus do Clube dos Escritores Piracicaba, que tevemuita sensibilidade ao descrever detalhadamente a trajetória da suacidade, por um período de tempo, através das notícias.

NOTÍCIAS DE FERVEDOURO EM LIVRO NA INTERNET

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20 21 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA---------------- CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

Juliani Gomes dos SantosPraeclarus/Alegrete/RS

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REC REPETE Parar de colecionar figurinhas repetidas e aposentar os mapas e rotastraçadas. Aliar-se a leveza das borboletas, e ao carisma do desconhecido! Tornar o“diferente” que pode vir a nos acontecer no dia a dia, uma busca por um novo encantamento,e não algo que nos desestabilize!

Tendo isso em mente, da próxima vez que me deparar com um desviobem na hora que estou indo pro trabalho, antes de pensar em mim, vou conseguir olharpara o outro! E aí identificar, quem nessa história está realmente em apuros! Afinal, eu sótive que desviar, enquanto alguém foi atingido em cheio! E ao entender isso, cá pra nós,

agora percebo, que naquele momento, não perdi cinco minutos, mas ganheio dia!

Dia desses estava indo para o trabalho e de longe avistei umaaglomeração de pessoas. Logo percebi cones bloqueando a passagem, e um guarda detransito desviando os carros. Havia acontecido um acidente.

Sem nem me preocupar com as pessoas envolvidas, logo já fiqueiirritada por ter que desviar da minha costumeira rota para o trabalho. Isso me roubaria nomínimo cinco minutos, sem falar que as ruas que teria que percorrer não eram asfaltadas.Muito pelo contrario, eram cheias de pedras irregulares, o que me faria sacolejar feitobatida de liquidificador, naquela hora da manhã.

Depois que percorri o tal desvio, voltei à costumeira avenida que meconduzia até ao trabalho, e segui viagem. Mas trocando em miúdos, esse meu atraso, decinco minutos, trouxe-me aborrecimentos indesejáveis.

O mau-humor me arrastou durante a manhã inteira, pois me ocupeicom essa irritação até a hora do meio dia. No intervalo, ainda encasquetada com o talatraso, comecei a me questionar:

-- Afinal, porque tomo sempre a mesma rota pra vir para o trabalho?Seria porque é a menor? Ou a com menos transito? Ou, de repente, porque foi o primeirocaminho que fiz, desde o primeiro dia de trabalho na empresa?

E isso, me levou a questionar também, sobre meus vários“movimentos repetitivos”, e a insegurança e irritabilidade que sinto quando algo impedeque consiga executá-los. E não é assim? Vemos as pessoas fazendo coisas iguais todos osdias. É praticamente como ter uma rotina, da rotina.

Escolhemos os mesmos sabores de pizza e sorvete. Vamos ao mesmosupermercado, por já termos decorado a disposição das prateleiras, e quando a gente vaia outro, encontrar uma lâmpada fica quase impossível, não sabemos o lugar de nada.

Acordamos no mesmo horário, e, ai, do despertador, se adiantar ummilésimo de segundo. Vamos ao mesmo bar porque o garçom já nos conhece e então nãotemos que nos dar o trabalho de dizer qual bebida queremos afinal ele já sabe de cor.

Abastecemos no mesmo posto de gasolina. Compramos roupas nosmesmos tons. Almoçamos por décadas no mesmo restaurante quando saímos com a família.E um dia nos pegamos fazendo coisas que nem sabemos o motivo de estarmos fazendo. Jáé tão automático que nem racionalizamos.

É como dobrar na mesma esquina, pegar a mesma marca de margarina,pedir um refrigerante com gelo e limão. Seguimos um script que não permite improvisos, ouespontaneidade. Seguimos ao pé da letra apenas o que consta no roteiro, e com isso noslimitamos a sermos meros coadjuvantes vida a fora.

E com toda essa repetitividade ainda sonhamos que nossa carreiradeslanche, que nos peçam autógrafos, e que um dia pousemos em Hollywood. E apósenxergar tudo isso que tantas vezes passa batido nas entrelinhas, percebi que, é precisoabandonar o “rec repete”! E começar a desenvolver um olhar generoso, para assim,conseguir enxergar que existe um mundo ao redor do nosso “mundinho”.

ESCRITOR NA ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL/MS

O escritor carioca radicado em Salvador/BA, Marcelo de OliveiraSouza,IWA; organizador do concurso literário Poesias sem Fronteiras edo Prêmio Literário Escritor Marcelo de Oliveira Souza, iwa; autor doslivros A Sala de Aula; Conto e Reconto; Confissões Poéticas; Sobrevivendo; tem o prazer de comunicar a sua entrada na Academia deLetras do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul; Ao destacado osnossos parabéns,

VICE DO CLUBE É HOMENAGEADO NO CLUBE DE CAMPO

O escritor Clemente Nelson de Moura, Cadeira Iolanda Evangelista deMoura, da Área de Letras, do Conselho Acadêmico do Clube dos Escri-tores Piracicaba, Vice-Presidente desta Academia, foi homenageado peloCentro Internacional de Estudos Farmascológicos “Prof. Dr. AntonioCarlos Neder”, com a Comenda Prof. Dr. Armando Octávio Ramos. Aentrega aconteceu no Home Theater do Clube de Campo de Piracicabano último dia 7 de outubro de 2017. Ao destacado os nossos parabéns.

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2322 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Emiliana Souza TeixeiraTitular Emérita/Itapipoca/CE

[email protected]

Francisco de Assis F. MelloColegiado/Botucatu/[email protected]

Eliseu OroConselho/Descanso/SC

O POR QUE

Há tanto por quenas coisas e na vidasem resposta quetorna a vida aturdida...

Por que “muitosganham poucoe só poucosrecebem muito?”

Por que há tanta genteindigente passando fomee pessoa que consomeem demasia no presente?

Por que tanto excessoque não satisfaz em nada...Se a vida continua amarguradatendo outrem até insucesso?

Por que existe o infelizencontrado em toda a parteque nos argumentos se contradize o bem-estar ele descarte?

Por que o feto não pôde nascer,o jovem morrer na flor da idadesem a existência compreenderante a dura e a crua realidade?

Por que é tão dificultosopara se encontrar soluçõesde forma que o porquê duvidosocontinua gerando desilusões?

SOU O QUE SOU

Sou uma gotaDo oceanoQue veio paraInundar tua praia.

Sou o que sou...Não sou nadaApenas amor!

Me sinto perambulandoNa estrada da vidaDriblando o imprevisívelExpulsando a solidãoQue ora insisteMorar comigo.

Por isso,Sou o que sou;Posso não ser nadaE ao mesmo tempoSer tudo.Nada para o mundo,Mas tudo para Deus,Para mim,E quem sabe...Para você.

Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS

[email protected]

Gabriele Loureiro BruschiPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]

GUERRAS

Há tanta modernidade,inovações que até nosdão medo, tal é o avanço.O homem continuasuperando impossíveissem precedentes.De outra forma pareceque não consegue serhumano, sábio,diplomata.

Agredido vira fera,exemplo são asguerras cada vez maisferozes, mísseis, tanques,foguete, homens bombas,total barbáries, quenos deixam tristes,consternados.

Destruição malditaem troca de que?De poder.Será que um diahaverá paz, harmoniaentre os seres e ohomem se tornarámais compreensivodo que impulsivo?E a paz deixará de seruma utopia.Será?

ÁTILA

Passou como um tufão devastadorPelos campos incultos, cultivados,Pelas cidades e pelos povoadosDeixando atrás de sí a fome e a dor.

Ei-lo, outra vez, o grande vencedor!Majestático, d vista dos soldados,E seu troféu - os corpos mutiladosEspalhados no chão, ao seu redor.

Agora é noite, silenciosa, densa.Envolto pela escuridão imensa,Colado ao seu esplêndido corcel,

Passa o vulto feroz de mil batalhas,Pisando entulhos, corpos sem mortalhas,Como um demônio pérfido, cruel.

MARULHAR

O que é marulhar?É ouvir o barulho das ondas,sentindo a brisatocar em meu rosto.Quando olho o mar,sinto que ali é o meu lugare que nunca deveria ter saído dali.

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24 25POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Geraldo Gabriel BossiniColegiado/São José do Rio Preto/SP

[email protected]

Geraldo José Sant’AnnaColegiado/São José Rio Preto/SP

[email protected]

Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP

Maria de Lourdes S. Rossi MachadoPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]

FILHO MEU

Meus olhos não se fartam de te olharOh! Filho meu, neste berço dormitandoTocante cena que a vida pode ofertarQuanta inocência de ti está emanando

Neste teu descanso, como és formosoA débil infância a humana fraquezaBela fronte de um resplendor pomposoDa minh’alma és delícia e fortaleza

Transborda meu coração de amor e meiguiceComo beija-flores na florida campinaOu as rolas cônscias, em sua beaticeAssim minh’alma e mente por ti fascina

Ei-lo puro como os anjos do empíreoPrecioso penhor de minha felicidadeTens a alma meiga como delicado lírioQue sejas um manancial de bondade!

SOU DEMAIS

Talvez a arte de rir de mim mesmoSeja a terapia mais importanteQue encontrei a esmoPara dominar minha ansiedade sibilante.

FORÇA INTERIOR

Em mim um turbilhão se evocaVivo no olho do furacão,Nele habitoDanço nas corredeirasCanto no berço das estrelasAgito! Bebo as lágrimasDe minh´alma que choraE um sorriso impúbere nela afloraComo a gargalhada dos temporaisE de repente me afundoNa lama do lago serenoMe modelo emOutras tantas formasPara saudar as intempériesRenasço límpidoE beijo a vida que se renovaCântico dos cânticosNa odisseia dos diasLuz e sombrasOnde descanso e me refaçoDanço nu à luz do luarCom roupas de solSem me dar conta de tudo isso.

escolhaconscientecaminhosinsegurosmãoshábeis.

Hazel de São FranciscoPraeclarus/São Paulo/SP

[email protected]

Gilberto Peter Caramão Titular/São Sepé/[email protected]

CAMPEIRO

E então...Os caminhosSe descortinaram,Claros, translúcidos,À luzDe uma auroraRadiante ...Viu, o campeiro,Sua vidaSe abrindo toda,Trazendo-lheÀ memóriaAs imagens,Fulgurantes figurasQue o destino lhe premiou --viver sua vidano campo.

PAZ

SilencioO Tempo parouNada se ouveOs Animais se aquietamOs Passarinhos não gorjeiamNão se escuta o murmúrio do RioNem o farfalhar das FolhasNem o rumor das ondas do MarO Vento se torna quietoNem uma Folha caiNem uma Pedra rolaNem o Regato murmuraNem se escuta a musica da FonteO Mundo parouTudo e Paz HarmoniaSilencio

Momento de Grande PazO Rei do Mundo abençoaA Vida na TerraTudo se renova

Paz na Terra...

A CADA DIA...

Pensar a vida faz-se necessário.A cada dia, surpreendemo-noscom atitudes mesquinhas, ultrajosase hostis, assim como com gestoscoléricos, insultuosos e competitivos.

Francisco Evandro de OliveiraColegiado/Belford Roxo/RJ

[email protected]

Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

MEU SONHO MAIOR

Nasci e quando menino,Busquei o meu sonho maior.Era criançaE ansiava meu sonho maior

Passei minha juventudeSermprer pensandoem enconbtrar meu sonho maior.

Ao longo de minha vida,buscava meu sonho maior.

De repente, a par, meu paraíso,Só então, encontrei meu sonho meior!

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26 27 ARTIGO ARTIGO ARTIGO ARTIGO ARTIGO-------------

José Otávio Machado MentenPraeclarus/Piracicaba/SP

[email protected]

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IMPORTÂNCIA DA FISCALIZAÇÃO

Esta frase famosa de Bismarck não tem mais sentido nos dias dehoje. A sociedade tem que saber os processos que resultam em produtos que afetamnossas vidas. As mídias sociais, nos últimos dias, trouxeram vídeos e manifestações quecausam repulsa, relacionadas ao preparo de embutidos e carnes deterioradas, comirregularidades. Neste universo “turvo” são criados monstros.

A transparência é fundamental em todos os procedimentos dasociedade. A operação Carne Fraca mostrou irregularidades graves, em alguns elos daprodução de carnes no país e virou manchete nos veículos de comunicação do Brasil eexterior. Pode contribuir para o aprimoramento dos processos, mas também comprometera imagem e reputação do agro brasileiro. E, como consequência, prejudicar nossa economia.

Aparentemente tudo começou com uma denuncia de um AuditorFiscal Federal Agropecuário do Paraná. Foram dois anos de investigações. Foram citadoscasos pontuais de carnes vencidas, “maquiadas” e contaminadas. Das 4837 unidadesfrigoríficas do Brasil, 21 apresentaram irregularidades e três foram interditadas. De 11.000fiscais e agentes de inspeção agropecuários, 33 foram afastados por possível envolvimentocom propinas e corrupção. Para segurança dos consumidores, a apuração destes casosdeve ser rápida, rigorosa e transparente.

Só assim vai haver menos danos à imagem, reputação e credibilidadenos alimentos produzidos no Brasil, em especial nas carnes bovinas, de frango e suína.As boas práticas de produção e industrialização são fundamentais. Para isto são preparadosprofissionais competentes e éticos. Entretanto, a fiscalização deve atuar de forma a garantira qualidade dos produtos colocados à disposição dos consumidores.

Entre as diversas ações de fiscalização e inspeção, o Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), executa o Plano Nacional de Controle deResíduos e Contaminantes (PNCRC) através da Secretaria de Defesa Agropecuária. Nosprodutos de origem animal são analisadas, periodicamente, amostras representativas decarnes (bovina, ave, suína, caprina, ovina, equina, coelho, leite, pescado, mel e ovos). Asanálises são realizadas em laboratórios oficiais e credenciados.

São pesquisadas diversas substâncias, microrganismos e toxinas:antimicrobianos, sedativos/tranquilizantes, antiparasitários, anticoccidianos, micotoxinas,contaminantes inorgânicos, substâncias de ação anabolizante hormonais, betagonistas,anti-inflamatórios, organoclorados, dioxinas, furanos, organofosforados, piretróides,pirazóis e carbamatos.

É fundamental que a fiscalização seja cada vez mais aprimorada ereconhecida. Há necessidade constante de atualizações das regulamentações eprocedimentos. As instituições de ensino devem valorizar estes conteúdos em seuscurrículos e os profissionais que atuam em pesquisa, ensino, extensão e produção podemcontribuir com o aperfeiçoamento e eficiência da fiscalização. Medidas firmes e rápidas

devem ser tomadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS) doMAPA, demonstrando seu comprometimento com a segurança alimentar ena punição dos culpados.

Irenilda Paranhos de CastroConselho/S. José do Norte/[email protected]

Inês Tafarelo TuonPraeclarus/Piracicaba/[email protected]

DELÍRIO DA ÁRVORE(Homenagem à árvore da Rua São João,esquina da Rua Voluntários de Piracicaba)

O sol brilhandonesta tarde linda,o eixo mestredo cérebro tilinta.Como um radar,numa expressão vagueia,sobre o círculoe, deixa-se abandonar

O tremer das folhas entreabrindo,deixa passar a luz a cintilar,junto ao vento chacoalhando,as folhas verdespõem-se a dançar.

Transborda da árvorea seiva da vidasob a tarde aveludada,que se completa numa harmoniaeste brilho a brincar,revive o cérebro,humilde da poetavendo a árvoreverde a delirar.

OUTRA VEZ O MAR

Sonhando vejo o marOs lobos marinhos nasPedras a descansandoOs albatrozes voando e grasnandoE as gaivotas ali pousandoE o molhe leste, embelezandoVocê e eu observandoUm navio que vêm chegando!Mar, de sofrimentos, realidades e ilusõesTransformando os corações para...Um novo dia que irá chegar trazendo a...Felicidade por tanto amar.

Lindo despertarObservando o molhe LesteApaixonei-me pelo mar!Em sonhos viajei em suas ondas...Que rolavam redondas e sentiEstas me abraçar cantando chuva,chuaDespertei deste com os albatrozesem bandos a grasnar.Na Praia do Mar Grosso,foi lindo o despertar.

Meu amor por Ribeirãotem razão, tem seu motivoComo exulta o coraçãoem ser seu filho adotivo!

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP

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28 29POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Iva da SilvaColegiado/Francisco de Paula/RS

[email protected]

APÓS ACORDAR

Será queo grande segredo,É encontrar,Sem haver procurado?Ou esse encontro,Já estava,Previamente,planejado?

Será queo grande segredo,É achar,Sem haver perdido?Ou esse achado,Apenas estava,Despercebido?

Será queo grande segredo,É deparar-se,Com algo inusitado?Ou esse algo,A algum tempo,Já estavaa nosso lado?

Será queo grande segredo,É uma constante busca,De forma desenfreada?Ou essa busca,Paulatinamente,Pode ser realizada?

Será queo grande segredo,É buscar a tudo,E nada encontrar?Ou esse nada,É o tudo,Que só conhecemos,após acordar?

José AraújoPraeclarus/São Paulo/SP

[email protected]

Marco Maurer Dalla VecchiaPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

João Riél Nunes de Oliveira BritoPraeclarus/Tunas/ES

[email protected]

José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG

[email protected]

José Airton MellegaConselho/Piracicaba/[email protected]

FANTASIA DE UMA CRIANÇA. Quando criança a fantasia mistura-secom o pensamento.O sonho até faz parte da vidanuma constante frequência.E por muitas vezes ainda criaa enorme e vil consequênciaDe crer que todos nossos objetivossejam de contentamento. E no começo de nossa infância,desperta-se a purainocência Onde a fantasia de se imaginar,torna-se um grande evento.Uma criança progride passandopor estágios e momentos,Elaborando as façanhas e planejandoa sua futura vivência. A fantasia sempre nos alimentae acompanha no dia a dia,Às vezes com surpresas nãoagradáveis,porém sadias,Quando criança, devemos pensarno futuro e no presente. É assim que descobrimos qualé o segredo da pura felicidadeQue reside numa simplesmais muito importante faculdade:De imaginar, de sonhar, de construire de nunca deixar de olhar em frente.

PRECISO DE SUA AJUDA

As sombras do meu passado,atormentam meu presente;me deixando tão estressado,que me sinto sempre ausente.

Me torna um ser malcriado,sem pudor, literalmente.desprezível namorado,prepotente, infelizmente.

Por isso peço compaixão,me ajude nesse dilema,mostre toda sua paixão.

Somos fortes e valente,resolvendo esses problemas,felizes seremos sempre.

DESATINO

Não me fale sobre dor,Se dor você me causa,Com sua distancia e sua ausência semfim.Não me fale de preconceito,De incertezas,Apenas dá-me,A felicidade de teu beijo.Não me fale do que é certo,Do que é errado,Apenas cometa,O desatino de me amar!

Quero você!

BALANÇO

Por que todo amor vai embora?Por que ele não ficaE a vida melhora?

Sempre que o amor vem,Traz em seu seio um bem.Sempre que o amor vai,A vida num abismo cai.

Nesse vaivém,Nesse abrir e fechar,Nesse ser e não ser,O tempo passa,O tempo acaba,E, com ele, acaba a vida,Às vezes, antes mesmo que se viva.

NUVENS SOB O SOL

Nem sempre o que desejamosdá certo.Algumas vezes tem muitas nuvens,mas não podemos desistir.Temos que buscar o solsempre vendo o lado bom das coisas.Desencontros e tristezasnão podem nos abalarnem tornar-nos perdedores.Desistir, nunca.

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30 31POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

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José Paulo Castro SouzaConselho/Blumenau/[email protected]

José Donizetti Nicolini GonçalesColegiado/Osasco/[email protected]

José Roberto PanaiaPraeclarus/Piracicaba/SP

SEU PERDÃO É DIVINO

Seu perdão é preciosoPara este coração em chamasE de todo desejosoPor seu perdão divinoPara que eu me transformeNum meninoDe coração puro e esperançosoDe resgatar todo o seu carinhoE retomar ao seu ladoO meu caminhoAparar a roseira eRetirar todo espinhoQue por ventura possaMachucar-te a florE dedicar-lhe com todo fulgorTodo o meu ensejoTodo meu amor.

O MESTRE

Quando queremos saber algoprocuramos o professor.Quando queremos aprender algoProcuramos o professorSempre que queremos a ensinarProcuramos o professor!

Esta pessoa está sempreaprendendo, para nos ensinar.Na escola este personagemFaz parte do alicerce da cultura!

Quando sairmos da escolalevaremos conoscoo ensinamento de pessoaimportante que passouna nossa vida!

MEU PAI

Minha mãe me disseSeu pai chegouPreste atençãoCorri abri o portãoEle me abraçou

O tempo corria criançaMeu pai me viu crescerComo eu nada sabiaMuita coisa ele me ensinou

Quando fiquei adolescenteMais amigo meu paiDe mim ficouEu queria ser genteComo ele pensou

Hoje sou bom moçoDevo tudo a esse paiQue sempre me orientouFoi meu pai amigo

Apesar de estarSeparadoDe quem mais amou

CANTO

Eu canto a vida que passouE que ainda virá...Eu canto a esperançaDe um sonho lindo,A ternura de um dia encontrarUm canto igual ao meu.

Eu canto a tristezaQue é sempre minha amigaAs horas intermináveisDe um amanhecer,O calmo por do solCheio de adeus.

Eu canto a dorE a constante mágoaQue trago comigo,Eu canto a terraTão cheia de luar, sol,Sorrisos, mistérios.

Eu canto a tudoE a nadaPorque não consigoCantar a angústiaQue está comigo

Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/[email protected]

Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

[email protected]

O MUNDO QUE EU VI

Vi um amorNascer no peito de criançaE as ilusões ganharem vida.

Vi os sonhos de meninaBrotarem e desmoronaremEram ideais confusos.Encontrei um mundo diferente

Encontrei amigosVi o mundo cantandoAlegreAo som do carnavalVi o mundo sorrindo e chorandoDesconsolado.

Descobri vidas novasPaisagens novasCoisas especiais.

Vi o mundo beloEstranhoE cada diaA cada anoVi um mundo novo

Vi o futuroAparecer na almaAs idéias sempre vivas.

Vi um mundo encantandoE decepcionando.Vejo o mundo diferenteSempre renovando

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32 33 ------------------- CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

[email protected]

Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP

[email protected]

ANOSOGNOSIA E SUA RELAÇÃO COM O ALZHEIMER

Para quem esquece nomes, datas, acontecimentos, etc., eis uma grandenoticia. Recebi de um médico conceituado, muito consciente e bem intencionado essaexplicação que tem levado muito alívio às pessoas, sobretudo nos dias de hoje onde o agitoe a confusão de fatos em todos os setores que nos cercam transformam nossa vida numcirco de horrores e apreensão levando geralmente a supor e a conjecturar muito pessimismoe negativismo que estão tirando a alegria de viver de todo cidadão.

É muita solicitação, muita variedade de solicitações! E, esse climatambém que fala demais em violências de tipos nunca imagináveis, em doenças terríveisque matam de repente ou judiam, tristezas e tragédias a todo o momento...

Então, a população vai se retraindo, se escondendo, se amedrontandoficando cada vez mais introspectiva e reclusa, principalmente à noite quando as ruas ficamdesertas e todo mundo trancado em suas casas super gradeadas e lacradas.

Uma situação de castração e falta de liberdade de ir e vir, movidaspelo temor, ou melhor, pelo pavor de ataques monstruosos que não deixam as paginas dosjornais e dos meios de comunicação. E isso traz muito transtorno ao pensamento e aocomportamento do ser humano.

Anosognosia então é um termo médico que indica a situação de nãose recordar temporariamente de alguma coisa, e, pensamos movida por essas perturbações.O excesso de informações que existe atualmente leva metade dos maiores de cinquentaanos (e atentem para muitos jovens “esquecidos” também...), apresentarem falhas destetipo de esquecimento que tem mais a ver com o fato relacionado à idade do que com adoença. Falha de memória não tem nada a ver com Alzheimer, uma coisa é uma coisa, outracoisa é outra coisa... Não recordar de nomes próprios, não lembrar onde deixou algumascoisas, entrar num aposento da casa e não se lembrar do que ia fazer lá, esquecer o título deum filme, o nome de uma canção, de um ator, não se lembrar de onde esqueceu os óculos ouquando estava conversando interromper o pensamento e tiver dificuldade de continuarcom a conversa no ponto em que a tinha deixado nada disso tem a pensar que está com uminimigo na cabeça cujo nome começa por Alz...

O doutor continua: “Hoje li um artigo que me deixou bem mais tranquilo,por isso passo a transcrever a parte mais interessante: “Se tens consciência dos teusproblemas de memória, então é porque ainda não tens problemas”.

“Quem tem consciência de ter esse tipo de esquecimento, não temproblemas sérios de memória” repete, porque os que têm Alzheimer não tem registro do queefetivamente se passa, e, cita um professor de neurologia de CHU Pitié-Salpêtrière, para aspessoas que estão preocupadas com seus esquecimentos, dizendo: “Quanto mais se queixamde problemas de memória, menos possibilidades têm de sofrer de uma doença de memória”.E termina: “Este documento é dedicado a todos os esquecidos dos quais me recordo”...

Daí a intenção desta cronista que preferiu ao invés de outro temaescrever única e exclusivamente este, que trará um alivio e um descanso mental àqueles queandam preocupados e atormentados com a possibilidade de ter essa doença terrível que

anda martirizando tanta gente nesta vida.

INCÔMODAS CONVENÇÕES

Tudo muda num ritmo alucinante, valores são descartados sem quese coloque outros no lugar, por outro lado certas coisas continuam enervantemente iguais,não se sabe porque.A cama de casal, por exemplo, foi criada por quem e para quê?

Ao que se sabe, os monarcas tinham seus próprios aposentos (onderecebiam a esposa e as concubinas) e as rainhas, igualmente, desfrutavam de aposentospróprios, cheios de aias e mucamas, onde até os filhos eram levados apenas paracumprimentá-las.Os jovens adoram dormir juntos, “de conchinha”, e alguns casais maisvelhos também, seja por acomodação, hábito ou pelo prazer de dormir e despertarconversando.Para transar qualquer cama serve (até de solteiro), portanto, não seria esta afinalidade principal da tal cama.

O que me conduziu a esta reflexão foi o fato de ouvir tantasreclamações, inclusive de casais que se querem bem, quanto à péssima qualidade do sonoem virtude de incompatibilidades, digamos, “noturnas”.

Já nem cito o ronco, porque este é o maior fantasma que assombraprincipalmente as mulheres. Homens acima do peso, apreciadores de uma gelada e umacarne gorda costumam condenar suas parceiras a noites insones e dias irritadiços.

Além deste conhecido problema, há os que sentem muito frioenquanto o companheiro morre de calor; os que preferem cobertor e os que só aceitamedredom; os que lêem na cama até dormir e os que só dormem se o quarto estiver escuro;os que dormem embalados pelo ruído da TV e os que não suportam barulho para dormir;os que bebem água e fazem xixi no meio da noite e os que se acordam com o menormovimento na cama e mil outras coisas que, por si sós, justificariam o hábito de camas ouquartos separados para casais num mundo cada vez mais independente e individualista.

Mulheres executivas ainda trocam o sobrenome de sua mãe pelo domarido. E depois se separam e passam um trabalho danado para refazer todos osdocumentos outra vez.

Por que será que certas convenções são mais duradouras? Foi bemmais fácil aceitar o casamento sem virgindade do que imaginar um casal dormindo emcamas separadas.

Vá a gente entender bem a cabeça das pessoas e asconvenções sociais!

Que Santo Expedito, Protetor dos Endividados, se apiede de todos aque-les que devem suas anuidades para o Clube dos Escritores e lhes façaaparecer recursos fiduciários, para que eles, enfim, após tanto e tantotempo discorrido, consigam colocar seus débitos em dia, para quecontinuem tudo dentro da normalidade como tem sido nestes últimosvinte e oito anos. Sabemso que sua missão será difícil, mas temos féem ti, ó Santo Guerreiro e valente, destemido e pertinaz. Que assimseja.

ORAÇÃO DE SANTO EXPEDITO A MINHA MANEIRA

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Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]

ADVERTÊNCIA

Vibro com a vida.Com a pujança da natureza,com o amor, a felicidade.E, porque te admiro,respeito e amo,em tudo te colococomo tu és.

Só te peço: não coloquesmais espinhos que belezanas rosas que me ofereces.Ao me ferires, meu gemido vai soarna tristeza do adeus.

ALMAS GÊMEAS

Num tempo passadoNum lugar distanteFizemos nossas jurasVivemos nosso momentoAmamos como amamosSonhamos acordadosMuitos planos foram traçadosSó eles ficaramPerdi-me no inconscienteNo tempo futuro,das desilusões presente...Mesmo assim,depois de todo este tempoSomos suor, sangue e lágrimasSomos feitos do mesmo barroDa mesma águaSomos feitos de paixão, da razãoFomos feitos um para o outro,Como almas gêmeasPorém efêmerasMas inesquecíveis partesDe um só tema, de um sóCoração...

Marcelo Astolphi MazzeiColegiado/Piracicaba/[email protected]

ALMA TATUADA

Só com muita doré que se apagamcertas tatuagens

São marcadas lentamentesem percepção

Aceitamos os riscosos círculos viciososfuros e promessas

Mentimos a nós mesmosnegamos a visão, a audição,todos os sentidos

Um dia, a tatuagemestá feita, impossível negarComo outdoor se mostra na alma

Só com muita doré que se apagamestas tatuagens negadas

Maria Angélica B. dos SantosPraeclarus/Belo Horizonte/[email protected]

Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/SP

[email protected]

PALAVRA É ARTE

Afirmam os entendidosQue o arco-íris é apenasDispersão de luz solarEm gotículas de águaSuspensas na atmosfera.Porém existe uma lendaE nela eu acreditoQue diz que no seu finalExiste um lugar encantadoOnde os nossos sonhosTornam-se realidade.Neste arco iluminadoVibrante e multicorO meu olhar de poetaVislumbra a esperançaDaqueles que sabem sonharEu vejo nas suas coresRefletidos muitos sonhosVejo amores perdidosE mil segredos de amorDaqueles que sabem amar.E toda vez que o vejoO meu pensamento libertoBusca encontrar o seu fimOnde num pote douradoEsconde-se grande tesouro.Assim vou seguir procurandoE um dia hei de encontrarO local onde ele ocultaTodos meus sonhos douradosE a minha felicidade.

Maria Gema MartinsConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Maria Gertrudes GrecoConselho/Guaratinguetá/SP

[email protected]

SOLIDÃO

Paredes brancassomente quatroparedes brancassolidãobrancas nuvensque fixaspermanecemem brancospensamentosem branca peleem alto brado

Brancas mãosbrancos espaçossem brancos laçosbrandos murmúriosferem o silêncioinfindoda branca solidão!

DIFERENTES SENTIMENTOS

Embora seja parecido, não é...Mas, ao contrário, são e muito diferentes,um incentiva no ser, o gosto de fé,o outro já o deixa mais e mais descrente.

São sentimentos que, conforme a maré,ajuda o ser, o atrapalham, somente...Doando à vida, esperança como é,incentivando o positivo a cada mente...

Se forem esse desamor alimentar,se forem dar asas à insatisfação,como então melhor poderá viver?...

Terão que sempre com o amor, saber amaralimentando com grande satisfação,de quem só quer por todo bem sobreviver!.

Raymundo Farias de Oliveira Colegiado/São Paulo/SP [email protected]

DESEPERO

Sou um náufrago,debatendo-medesesperadonos vagalhõesdo silêncio...E o dianão amanhece.

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3736 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE

[email protected]

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

Marcelo de Oliveira SouzaConselho/Salvador/BA

[email protected]

CAMINHANDO EM SOCIEDADE

Todos nós, independente de classe social, somos recebidos cheiode festas e expectativas, para adentrar nesse mundo cheio de oportunidades e opçõespositivas e negativas.Quando atingimos a nossa adolescência, uma etapa difícil na vidade muitos, pensamos em externar toda a nossa alegria de conhecer as novidades domundo, as inúmeras opções de um relacionamento com o próximo, com outros adolescentese todos que rodeiam o nosso caminho, muitos rotulam logo o outro como amigo, inimigo,chato, incompetente, mesmo sem saber direito o que é realmente isso.

Se nessa fase da adolescência ainda não nos conhecemos, comopodemos conhecer realmente o nosso amigo, colega, pais e outras tantas pessoas que porventura virão ao nosso encontro?

Essa etapa da vida é realmente muito confusa, mas tudo isso é umaprendizado para a próxima etapa, dia após dia, chato ou alegre, é um conhecimento queficará na nossa bagagem enquanto pessoa, e na lembrança dos nossos amigos, pais etodos que interagiram conosco.

É muito importante aprendermos a cada dia, tudo de bom que aspessoas nos proporcionam, mesmo que achemos antiquado ou até irritante, pois a vida éassim mesmo, cheia de regras e normas, temos que seguir sempre uma conduta.

Desde criancinha, quando os nossos pais que nos amam muito,dizem as primeiras palavras que vão de encontro aos nossos desejos e expectativas, elasaparecem, moldando assim a nossa personalidade, pois seguiremos instruções a nossavida inteira, dos pais, professores, chefes e até de amigos.

Quando seguimos para a vida adulta, já temos a nossa forma depensar consolidada, a nossa personalidade formada. A sonhada “liberdade” da vida adultafoi alcançada, mas quando vivemos em sociedade, ainda somos obrigados a seguir normase regras a todo momento, por isso é preciso muita orientação no início de nossa vida,estudando, nos preparando para a inúmeras oportunidades que virão cheias deresponsabilidades, para si próprio e com os outros, e as regrinhas continuarão fazendoparte da nossa existência, no nosso trabalho principalmente.

Assim as pessoas que são acostumadas a ir de encontro às regras,nunca irão se adaptar em casa, na escola, no trabalho ou até na rua, nunca conseguirãofazer parte de coisa alguma.

Nossa sociedade exige regras de convivência, de respeito deharmonia, e quando percebemos que estamos sempre à margem disso, é porque tudo que

sonhamos para a nossa vida futura, a nossa tão sonhada liberdade defazer o que dá na cabeça é justamente a causa de um terrível fracasso comoser humano.

O CHORO DO FILHO

-- A coisa mudou de figura.O gracejo, que resume tudo e voltando-se, afasta-se da janela, em

sentido do quarto à esquerda e, chegando, anuncia-se com as batidinhas na porta.A seguir, gira o trinco e é recebido pelo sorriso de Rosa, da cunhada

e o choro do filho.-- Chora não filhinho, é seu pai que entrou.Os olhos se turvam de lágrimas e, ao impulso da emoção, ele se

aproxima. Sorrindo. Outro Amaro. Feliz.-- Cadê o moleque do pai?O choro do neném aumenta, como se o

reconhecendo, o reconhecendo...

Zadir Campos da SilvaConselho/Caldas Novas/[email protected]

TRATAMENTOS PELA MUSICOTERAPIA

Assim como todas as artes na pré-história, a música foi um sortilégio, umadas manifestações antigas e legitimas da magia. Sempre esteve presen-te na história da humanidadeatravés dos diversos instrumentos musicais.

Nas nove magistrais sinfonias de Beethoven, desse gênio musical,encon-tramos o equivalente psicológico de vários estados de consciência que po-derão ser usadoscomo tratamento da musicoterapia, pelo seu elevado teor de musicalidade e sensibilidade, atingindovários níveis de consciência.

Na primeira sinfonia, a do “Gênesis”, atua no psicológico, nos motiva ainiciarmos tudo que quisermos. A segunda é a Revolução Psicológica. Deve-se ouvir a terceirasinfonia para encontrar o equilíbrio, a saída da incerteza, do desânimo, do pessimismo, do nervosismoexcessivo. A quarta é a sinfonia do amor, nos motiva a sairmos dos estados de egoísmo, raiva evingança. A do “Destino do Homem “ é a quinta sinfonia, nos motiva a estruturar o que desejamosna vida, criando nosso destino. A sexta sinfonia é a de “Heurística”, motivadora de toda criação quepropicia a solução dos problemas. É da exploração do subconsciente”, a sétima sinfonia.

Devemos ouvi-la para nos auxiliar na nossa auto-análise. A oitava sinfoniaé de Emancipação Psicológica”, ela nos motiva para as mudanças, as transformações e atransvalorização. A nona sinfonia é a da “Sublimidade”, nos eleva aos níveis dos sentimentosmísticos, de espiritualidade e de devoção, como se nos envolvesse numa epopéia de luzes, cores evibrações celestiais. Ela nos faz transcender a um outro estágio de percepção cognitiva.

Elas fazem parte da musicoterapia, pois se distinguem totalmente da músicafuncional. A musicoterapia foi definida como abertura de canais de comunicação, podendo serempregada para adultos e crianças.

O método de musicoterapia individual leva em conta as condições dereceptividade: aparência da sala, cor das paredes, iluminação, isolamento de

som, temperatura.

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3938 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Yara Regina FrancoPraeclarus/Araraquara/SP

[email protected]

Nadir Silveira DiasConselho/Porto Alegre/[email protected]

Maria Helena GuedesPraeclarus/Vitória/ES

[email protected]

Paulo Alberto GarbusPraeclarus/Curitiba/[email protected]

Paulo Dias NemePraeclarus/São Paulo/SP

Maria Valeska L. CabralConselho/Rio de Janeiro/[email protected]

OLHOS VERDES Menina dos olhos verdes,Que tanto lhe quero bem,Venha para perto de mim,Deixe-me olhar para você.Moça namoradeira, Que vive de beijos e abraços,Depois fica reclamando, Porque perdeu a moral.Viver no perigo é terrível,Há sempre uma ilusão,Sentir medo e terrívelMas existe sempre uma compaixão.Ser feliz é bom demais,Sempre temos esperanças,Por um momento que seja.Vale a pena ser feliz,Nas noites frias de inverno,Eu mal posso aguentar,Sem o amor do meu amado.Ventos que vem do além,Sussurros que zuo meus ouvidos,Lembranças que vem na memória,Sentidos fogem de mim.Moça que os olhos brilham,Precisamos ter cuidados,Com vigilâncias totais.Que devem ser namorados!

SAUDADES DA PRIMAVERA

Quando o bom tempo existiaE na primavera floresciaCores vivas nos jardins do mundo...Era leal colher e ofertar as floresCom sorrisos e amor em paralelo.As pétalas pelo chãoComo um lençol de cetimNão mostrava o fim...Enfim, com a tempestadeDe um progresso não verdade;A Terra não respiraE a flor não mais sorri...A Paz que existe é falsaE só poderemos ainda senti-laSe a plantarmos em nossos corações.

PROPÓSITO

Se busco construir o abrigoou tento achar um amigo,

que diferença fará ?Se posso escolher a pedrae o lugar onde a grama medra,o sítio onde o ponto está.

Num trabalho se engendra um mistério,trabalho de um homem sério.Que talvez conseguiráterminar a construção.Achar uma soluçãoou um novo rumo, quiçá.

Então não terei receiopassarei pelo meiosob indicação do guia.E, num traçado segurotransporei, sem medo, o muro.Porei fim à agonia.

Mas, se me surpreender à escadanão desistirei da empreitada.Afrontarei com galhardiao tempo da escuridão.Mesmo tendo, o meu lampião,luz que não alumia.

PIRATINI

Estás quase o mesmoDe quase duzentos anos.E, cercado de rodovias,Ainda isolado, sem ligações!

Há dez anos atrás,Caminhos era o que tinhas,Trilhas com lajeadõesE rochas, apenas.

Era como se podiaChegar até a tiE tua Estrada GeralPuro saibro, areião!

Ainda hoje estás isolado,Por quê?Pagando, ainda, quem sabe?Pela pretensão libertária

De ver atendidas pela CorteJustas reivindicações?Ou simplesmente por queFazes parte da Metade Sul?MEIGUICE

Tratar com meiguice o semelhantepara que o mundo possa ser melhorser um homem reflexivo e pensantecom o coração preenchido pelo amor.

Procurar agir com imensa bondadenada de diferenciação, discriminaçãonada de animalesca brutalidadetratar o próximo como bom irmão.

Nada de ação raivosa e ferocidadeque é característica de feroz animalsaber, viver em grupo, em comunidadesendo sempre com o próximo cordial.

Nada de desinteligência, de desavençaprocurar o semelhante compreenderque a irmandade facilmente vençapara isso é necessário saber viver.

ELOS.

Terra encobrindo ex-vidasQue caíram e construíramHistórias exauridasEm constante mutação,Que deixaram vestígios, ou não.Ninguém é eterno.Então seja fraterno,Viva felizNesta tênue linha de gizQue rapidamente se apagaE sobra nada.Tenha amigos,Crie elos.

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Robinson TuonColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

[email protected]

Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP

[email protected]

Nilza de July Costa e SilvaPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

Odila PlacênciaColegiado/Barueri/[email protected]

VIDA ESCOLAR

Mágico e, ao mesmo tempo, históricoe contemporâneo é a vida escolar.Às vezes, é super interessantee nos traz agradáveis momentosde entretenimento, suave ousadiae humorismo; noutros, exaustiva.Os alunos são os protagonistasdessa história contada no dia a diada vivência e convivência escolar.Alguns se mostram verdadeirosparticipantes de uma “novela”;outros já são mais reservados,não se deixando mostrar por inteiro.Certamente, num futuro próximo,a meninada, por onde andar, jamaisesquecerá desse período de descoberta.

NÃO É ASSIM QUE QUERO AMAR

Vejo-te como um ser enigmático.Indiferente, com olhar apático.Querendo e se fazendo distante.

Nada te afetaneste meu mundo de sonhos.Neste meu isolamento.Sinto-te quase perfeito,quando de mim te aproximase faz-me sentir mulher.

Tão depressa apagas a chama.Afasta-te sem fazer dramae obscuro permaneces,sem de o meu beijo lembrar.

Mas tão logo o desejo te inflama,sem demora você volta,por mim procura e chama.Tua alma por mim reclama,mantendo a mesma distância no olhar.

Quer de qualquer forma o meu amor.Oferece sem remorso o teu calor,sem notar o meu tormento,a minha dor,pela falta da coragem de gritar,que não é assim que eu quero amar!

COMODIDADE Num dia comumde horas comunsem atividades comunsnas idas e voltas comuns de repentecomo nadacomo tudocomo semprea irrealidade

toma containcômodada comodidadeem que nos escondemos incomuns pessoasdeslocadasdesfocadasdesesperadas.

PITAIAS

Ficarás tão radiante,E alegre em plenitudes.Quando hoje à tarde,às três, como sempreMe encontrares.

Minhas manhãs têmum gosto de ausência.

Hoje no almoço resolvi buscar-teAquelas pitaias cores vivasque ontem, passando por elas.Dissestes que tanto gostavas.

MEU SOL DE AMOR

Como a lua quer o solNa minha vida eu te quero,Vendo em ti doce arrebolEu sou a lua chorosa.

Confia no meu amor,Confia no meu carinho!Volta... Volta eu te peço!Lembra-te então de mim!

Ao meio-dia deixei meu pratoEsfriando sobre a mesa.Deixei também meus sentimentosDe ânsia e desejos adiantados.

Ah, meu amor... tenho várias delas.Não preciso desse almoço frio.Vou comê-las contigo. Depois.Quando chegares à tarde,tão tarde,como sempre.

Olha! Não vês a lua sozinha,Quase sempre coitadinha,Muito triste entre asestrelas,Por ter saudade do sol?

Deixa que eu seja feliz!Fica comigo... Eu te peço!

O que está havendo com o mundo?O que está havendo comigo?Livros por todos os cantosIdeias que me perseguemMúsica barataQue jogam na minha cabeçaE que eu tento não ouvirSinto mãos que me perseguemSinto mãos que me tocamSinto mãos que me prendemE me levam a lugar nenhumTalvez à vida, talvez à morte.Mas eu não quero nem saberO que eles querem comigoO que eles vão fazer de mimTudo o que eu quero, agora,É gritar para o nadaPedir socorro ao acasoE, quem sabe,Encontrarei meu destino aquiMinha liberdade na prisãoVaidade das contradiçõesTudo o que eu quero, agoraÉ que eles morram aquiQue me façamCompanhia no infernoQue sofram, rastejemComo cobras que sãoQue implorem pelo meu perdãoQue tentem fugir rumo ao nadaQuero que eles, agora,Morram pelo próprio ódioConsumidos por suasPróprias lágrimasE eu nunca estarei sozinhaPorque, mesmo que um dia eu caiaLevarei meus inimigos comigo.

Thais Mariane StenicoPraeclarus/Piracicaba/[email protected]

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42 43POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

Valdemar Alves JúniorConselho/Fortaleza/CE

Zeila Fátima GiangiácomoDecana/Sorocaba/[email protected]

Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP

[email protected]

Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/[email protected]

PERDIDA

Bens materiais e dinheiroé o que importa nesta vida;assim fala o companheiroque me chama de perdida.

Já me senti deslocadaneste mundo tão cruel,nesta vida tresloucada,onde se espalha só fel.

O planeta está doente,mas eu sei o que fazer:colocar muito mais gentepara por ele viver.

SURPRESAS!

Conta-nos um mongeque na caminhada de seus diasescutou entre conversasnuma tal caravana as areiade um grande desertoque a data de natala mais certa dos temposé no dia vintee sete de dezembro.Meditei...Meditei...Hoje com o passar dos anosNatal para mimé todos os dias do anoQue Pedro nos ajudeQue de Santo ele éComemoraremossempre as datasCom muito amor e pazEm nossos corações...Amém Maria... Amém JoséJesus Cristo nosso redentorSomos filhos do mesmo Pai!

JINGLE BELLS

Era uma vezo Natal.Natal, Natalício, Natalidade...Contrastes de risos e doresO rico e o paupérrimo

O bolso minguandoA inflação crescendoInvocação de pazInvocação de guerra

O fenômeno social do êxodo ruralA demarcação urbana vicinalA desmistificação femininaMas as tradições não sucumbem:Cheganças, fandangos, pastoris,Guerreiros e reisados.

ALPINISTA

Ergue-se a montanha altaneira, robusta, imensaBeija o firmamento e estremece a terra

Sensual, não se esquiva ao vento que abraçaDesnuda-se em painéis de floresta densa!

Escalando a sua escarpa de histórias secularesEm duro chão calcado de ideais sacramentados

Escorre suores barrentos de esforços esculpidosDe passos que o alpinista recolhe em altares...

Permita-me, doce colosso de terra, pedra e pegadasDesvendar nos teus caminhos, as tuas frágeis caríciasE na rigidez do teu traço, experimentar tuas delícias...

Alpinista equilibrista, rompendo alturas, tonturasSorve conquistas entre nuvens, com gosto de flor e mel

Beijando o dedo-pico que sempre aponta ao céu!

Piracicaba chamou a atenção de todos os países em desenvolvimentoe desenvolvidos, do primeiro ao quinto mundo. Mas de uma coisa Piracicaba não pensoudevidamente, que vai produzir combustível de matéria de prima de alimentação, e agorainsiste mais e fala que vai produzir energia elétrica com produto de origem vegetal, oualimento humano.A crise energética que o mundo e o Brasil atravessam e prioritária, vãopassar pela fome de muitos famintos que irão morrer de fome tendo em vista o aquecimentoglobal e a crise que se desencadeará dentro de alguns anos.

O protocolo de Kyoto mais uma vez foi barrado pelos EUA, aliás oBusch ta na hora de ele ir pescar e se aposentar, aqui no Brasil presidente se aposenta, etem passagem aérea a disposição, será que nos states não tem.Mas voltando ao assuntoo Pólo do Biodiesel, vai ser a cidade mais falada nos próximos dez anos,

Isso é bom e mau ao mesmo tempo, vamos ser alvo de críticas e decobiças, mesmo pelo Reino americano; países que vem em busca de novas tecnologias,vão dar melhoras ao nosso Balanço de Pagamentos, haverá sempre exportação demáquinas e equipamentos, ao invés de produtos in natura, como nos sempre exportamos,alem disso podemos trocar tecnologia e nos desenvolver, quem sabe até a primeira bombaatômica, que já sabemos de um projeto não sei se do Governo Geisel ou Médici,daquelestempos de ditadura o comunismo queria invadir havia coesão de Cuba e Rússia além detotal apoio financeiro da Rússia e o Brasil se preparou., agora querem nossa Amazônia, opulmão do mundo, temos que nos preparar... A Guerra Fria acabou, a Cortina de Ferroacabou, mas o Brasil democrático ainda não!

Wagner Luiz AndrioteColegiado/São Paulo/[email protected]

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/SP

[email protected]

PIRACICABA E O BIODIESEL

DOIS CÓRREGOS,CAPITAL DA POESIA(A Paulo Bomfim)

Venho de singelos solos distantes.Carrego flautas a entoar fonemas.Não tenho glórias, ouro, diamantes.Só encantos a lapidar os poemas.

Venho da pólis da ternura e amizadeGuardo a lágrima do dia em que parti,breve tempo de perene saudade.Levo os amores e rosas que colhi.

Venho trilhando caminhos dispersos.Na bagagem a ousadia de menino,a fome da palavra, letras, estesia.

Poeta errante à cata de versos,venho de longe, sem medo e destino,das terras onde começa a poesia...

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