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7/27/2019 Início de conversa creche com alunos TGD autismo e questõs comportamentais novembro de 2013
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MONTE, R. F. & SANTOS, I. B. Educação Infantil: Saberes e práticas da inclusão:
dificuldades acentuadas de aprendizagem, autismo. Brasília, MEC, SEESP (SECADI),2004. 64 p. (Educação Infantil 3).
Para a leitura do livro na íntegra, consultar o arquivo em “Manuais” (Fascículos da
Educação Infantil) *
Início de conversa: pistas importantes para o trabalho de zero a seis
O professor deve ter consciência de seu papel, compreendendo que é por meio
do aprendizado que a criança pode adquirir consciência do mundo e dela própria, e
que esse aprendizado passa pelo desenvolvimento da comunicação.
A experiência do brincar deve ser oferecida à criança inicialmente de forma
estruturada e dirigida para que, por meio dessa experiência, ela possa, aos poucos,
estabelecer relações de causa e de consequência que resultem no desejo de repetir
experiências cujos resultados lhe tenham sido agradáveis que não teria tido por
iniciativa própria.
Para que o relacionamento causa-consequência seja claro, é preciso,
principalmente nessa faixa etária, que tanto a causa quanto a consequência sejam
muito claras, tanto para criança quanto para o professor, para que o professor
também possa discriminar, gradativamente, os gostos da criança. Para isso, os
estímulos oferecidos inicialmente devem ser estritamente os envolvidos no jogo ou
atividade. É importante considerar os pontos colocados a seguir:
Estímulos desnecessários no ambiente podem confundir a criança e até mesmo
irritá-la. O que está no espaço de aprendizado deve ter organização e sentido;
Brincadeiras livres podem aumentar o isolamento e distanciar a criança do
aprendizado.
Por outro lado, deve-se:
Estimular a comunicação;
Promover brincadeiras gostosas, mas estruturadas.
Para isso,
Descubra e registre em suas anotações as atividades de que seu aluno gosta e
as atividades de que seu aluno não gosta;
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Faça tentativas com intervalo de tempo entre elas oferecendo, vagarosamente,
a seu aluno, as atividades de que ele não gosta;
Reforce e elogie todos os comportamentos adequados de seu aluno, mas sem
exageros;
Caso você tenha observado algum ritual (ações em sequência) que culmine em
descontrole, interrompa a sequência (ou dê suporte, lado a lado, oferecendo
uma atividade de interesse).
Quando tiver estabelecido um sistema de comunicação eficiente com seu
aluno, poderá começar a introduzir, aos poucos, alguma descontinuidade na rotina. É
importante que o aluno o identifique como alguém que lhe dê segurança, isto é que o
reconforta, mas que também estabelece limites. Além disso, é muito importante que o
professor mantenha o controle emocional.
Outra pista importante:
Se o aluno ainda não sabe ir sozinho ao banheiro, acompanhe-o em
intervalos regulares de tempo e vá mantendo um registro para determinar
o horário mais adequado. Caso ocorra algum incidente (de xixi nas calças), a
atitude que costuma dar melhor resultado é “ignorar o ocorrido” (não
brigando com ele) e diminuindo temporariamente os intervalos de
banheiro. Peça que a família colabore agindo com a criança de formaanáloga à da escola.
O desafio da construção do conhecimento para este alunado
O grande desafio na construção do conhecimento é a integração das
habilidades adquiridas.
O processo que conduz a esta integração passa pela estimulação simultânea do
desenvolvimento em todas as áreas, mesmo que cada área se encontre em um ponto
inicial distinto do desenvolvimento, e pela relação dessas habilidades com as questõesda vida diária.
É importante lembrar que alguns fatores dificultam a evolução dessa criança,
podendo ela surpreender o professor com comportamentos repetitivos como: birras,
gritos, recusa em engajar-se nas atividades, ou choros aparentemente sem motivos.
Saber colocar limites é indispensável, e a forma de coloca-los deve ser muito
bem avaliada.
Primeiro é importante saber que se colocando limites adequadamente podem-se melhorar condições de aprendizado e de socialização da criança.
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Um dos recursos mais bem sucedidos é novamente, “ignorar o comportamento
inadequado” sem deixar de propor-lhe ações: dar continuidade as atividades, mas
talvez as tornando mais curtas; elogiar a criança sempre que ela conseguir superar a
situação.
Esses problemas de comportamento podem ser desencadeados por três [ou
mais] fatores principais e que podem ser facilmente “corrigidos” e/ou feitas
intervenções mais bem sucedidas:
Problemas de comunicação, ou seja, a criança não consegue compreender
o que se espera dela, e se o que lhe está solicitado tem um fim, e o que vai
ocorrer depois. Resumindo, tanto a linguagem do professor quanto a
organização do ambiente são incompreensíveis para a criança; A atividade proposta é excessivamente fácil;
A atividade proposta é excessivamente difícil.
Se o aluno arremessou objetos ou materiais, a primeira ideia do professor é
fazer com que o próprio aluno recolha o que jogou. Nem sempre isso funciona, pois,
É possível que o aluno recolha tudo e ao terminar esteja mais alterado que o
início, jogando tudo novamente para o alto. Na dúvida, o professor poderedirecionar a atenção do aluno para o trabalho e pedir a alguém para que recolha
os materiais; se o aluno está alterado a ponto de não conseguir a sua atenção, o
professor deve acalmá-lo, sentando-se junto dele, colocando as mãos suavemente
sobre ele e apenas esperar. O professor deve manter-se em silêncio ou apenas
sussurrar poucas palavras como: “calma estou aqui”; uma única vez deve falar. Aos
poucos, ao sentir o aluno mais calmo, o professor pode fazer uma nova tentativa.
As pistas oferecidas nesse texto são preciosas, mas principalmente, tenha
atenção nas seguintes:
Elogiar o comportamento adequado;
Limites claros e firmes;
Ambiente, materiais e horários organizados;
Pedidos claros e com frases curtas (ou direcionadas de frente para o aluno);
O professor pode se impressionar com a capacidade de aprender desse aluno
quando a forma de ensino adotada for adequada para o aluno.
A expressão de sentimentos, afeto e emoções
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Ao tentarmos desenvolver mecanismos de expressão dos sentimentos é
importante não adivinhar os sentimentos da criança (atribuir sentimento à criança sem
fundamento).
Novamente, podem se utilizar do choro como meio de comunicar, mas sem
muita organização. Essas crianças podem chorar repentinamente (e sem sentido
aparente). A tentativa de consola-las pode resultar em frustração para professor e
aluno. A criança pode chorar sempre em uma determinada situação para desencadear
sentimento do professor.
Vamos resumir os passos importantes para ajuda-la? Esses passos serão
importantes para que a criança possa relacionar-se consigo mesma, perceber que
existe alguma consistência em seus gostos e que há coisas que a agradam e adesagradam. O caminho do desenvolvimento cognitivo é atrelado e concomitante as
outras áreas (como a área da emoção, dos sentimentos e do afeto).
Organize uma rotina previsível;
Comece sempre com tarefas curtas e com pouco material, mas tenha
coragem de ir ampliando (desafios são importantes);
Aumente os materiais de forma segura e cuidadosa;
Tenha cuidado na organização e na clareza com que proporá as
atividades para que o aluno consiga compreender totalmente aproposta;
Observe cuidadosamente o seu aluno para ver se existe algum fator
desencadeante dos problemas de comportamento;
Observe se seu aluno tem rituais de comportamento e auxilie-o a
“utiliza-los”, dando um efeito produtivo, se possível, ofertando objetos
e outras atividades.
Incentive a comunicação de seu aluno colocando a sua disposição
mecanismos para pedir ajuda (fotos da rotina em varal de atividades,
fotos de ações importantes em sua mesa de trabalho) – pedir para ir aobanheiro, pedir para brincar com algo, etc.
A independência é um aprendizado, já que esse aluno tem dificuldade em
fazer escolhas, em se comunicar. Mesmo as atividades independentes, durante algum
tempo, devem ser dirigidas, isto é, o aluno precisa aprender a fazer a atividade.
Enfim,
Dê-lhe sinal de afeto, tal como leva-lo pela mão no parque;
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Faça-lhe perguntas;
Obtenha a sua atenção;
Persista até obter a resposta (sem estressá-lo).
Jogos nos quais cada criança tenha que esperar a sua vez é saudável;
Dê-lhe alguma tarefa importante como distribuir materiais.
A educação é uma das formas mais efetivas para ajudar essa
criança!
Uso da linguagem expressiva
Para que adquiram uma, ou alguma linguagem verbal expressiva. A
comunicação com figuras ajuda muito, pois associa a palavra a um objeto ou pessoa
concreta e conhecida.
Falar demais atrapalha, pois muitas vezes confunde. É importante introduzir a
linguagem aos poucos, apoiando-se em ações e objetos concretos, conhecidos e
muitos claros, e traçar os próximos avanços.
Podemos encontrar crianças que pouco tentaram representar a realidade por
meio de traços no papel e outras com uma forte tendência a desenhar tudo que lhes
chama a atenção, de forma extremamente detalhada.
O mais importante aqui é pensar que, no segundo caso, o desenho tem deocupar um tempo não demasiadamente grande a ponto de prejudicar o contato da
criança com o ambiente. Isso às vezes é difícil, e algum meio de negociação tem que
ser encontrado para que a criança não seja prejudicada no seu aprendizado e contato
com o meio. Mas também não é benéfico privá-la desse excelente canal de
comunicação e de expressão: o desenho, a pintura, as artes em geral.
É comum uma criança com autismo aprender a ler por si própria antes dos
quatro anos de idade, mas “não conseguir aprender” a escrever por não segurar um
lápis e não tentar fazer rabiscações, por exemplo. O uso do computador é umaestratégia para a escrita, pois o teclado costuma chamar a atenção e ser mais
confortável para alguns.
Se já sabe ler, pode adotar-se um sistema de comunicação por meio de uma
agenda (em papel, por computador), utilizando-se a linguagem escrita com
palavras claras e precisas, verificando sempre se esse sistema é funcional para
o aluno;
Se o aluno não lê, mas pareia, verifique se ele compreende cartões com
fotografias, figuras ou desenhos das atividades e horários colocados em umpainel que pode ser fixo na parede, ou ser móvel, de forma que o aluno possa
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carrega-lo. Avalie essa forma de comunicação, comece com uma ou duas
figuras e vá introduzindo aos poucos novas figuras de comunicação à medida
que elas forem sendo ensinadas na situação de aprendizado;
Atenção: Se desenhos não são reconhecidos pelos alunos (muito
generalizantes), tente fotos (próximas do real, da vivência do aluno). E
se as fotos não chamam a atenção do aluno, utilize objetos concretos
(reálias) que se relacionem ao máximo com as atividades propostas e
que deseja representa-las na rotina do aluno e nas opções de escolha.
Exemplo, pratos para pedir comida, copo para bebida, rótulos do que o
aluno costuma lanchar.
*O livro na íntegra está na Aba “Manuais” no site IHA Informa – www.ihainforma.wordpress.com
Para saber mais consulte também os seguintes materiais:
Vídeo Série Toda criança é únicaEpisódio 1 | Liberdade de ser e aprender
Neste episódio, a inclusão da de 6 anos, no Jardim de Infância 316 Sul, Brasília.
Diagnosticada como autista e com um comportamento que dificultava a socialização conseguiu
superar suas dificuldades, tornou-se líder entre os colegas, começou a falar e interage bem.
*O vídeo está na Aba “Multimídia”, vídeos do MEC, no site IHA Informa –
http://ihainforma.wordpress.com/multimidia/videos-do-mec/
Orientações sobre a inclusão do aluno com Transtornos Globais doDesenvolvimentoOrientações para promover a aprendizagem do aluno com Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGD).
*O artigo está na Aba “Documentos”, Orientações para professores, no site IHA
Informa – http://ihainforma.wordpress.com/2010/06/13/orientacoes-sobre-a-inclusao-do-
aluno-com-transtornos-globais-do-desenvolvimento/