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inove em Minas
Sistema Mineiro de Inovação - Simi
3
ÍndiceMinas Gerais em Números
IntroduçãoGovernador do Estado de Minas GeraisSecretário de Ciência, Tecnologia e Ensino SuperiorSecretário de Desenvolvimento Econômico Por que Inovar em Minas Gerais?Instituições de Ensino e PesquisaProfissionais Qualificados
O Ambiente de Inovação em Minas GeraisO Sistema Mineiro de InovaçãoFapemig Propriedade IntelectualParques TecnológicosIncubadoras de Empresas de Base TecnológicaPadrão de Inovação das Empresas MineirasA Economia MineiraQualidade de Vida
Setores Estratégicos: Oportunidades de Investimentos em InovaçãoAgronegócioAutomotivoBiotecnologiaEconegóciosEletroeletrônicoEnergiaMínero-metalúrgicoTecnologia da Informação
O Governo de Minas Gerais: Estado para Resultados
Inove em Minas: Programa de Instalação de Centros de P&D em Minas Gerais Como Entrar em Contato com o Estado
Glossário de Siglas e Abreviaturas
08
04
08
050607
14
172119
2525272931
323735
394244464850
51
53
55
inove em Minas
23
54
4
Minas Gerais em números
Economia
PIB R$237 bilhões1
PIB per capita R$11.0281
Crescimento do PIB (termos reais)
5,8%1
Importações US$10,5 bilhões2
Exportações US$24,4 bilhões2
População economicamente ativa3
10.696.0004
População economicamente ativa (Região Metropolitana de Belo Horizonte)
2.523.0005
Fontes: 1. 2007 - Resultados preliminares – Fundação João Pi-nheiro2. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) - 20083. Pessoas com 10 anos ou mais de idade4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Pesquisa Mensal de Emprego (PME) Maio/20095. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2007
Composição da atividade econômica (2007)
Serviços 60%
Indústria 32%
Agropecuária 8,4%
Fonte: Fundação João Pinheiro
Universidade Federais 11
Universidades Estaduais 2
Institutos Tecnológicos 9
Fonte: Ministério da Educação
Área territorial 586.648,7 km2
Capital Belo Horizonte
Brasília
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
São Paulo
inove em Minas
5
Introdução
A chamada econo-mia do conhecimen-to, que se estrutura progressivamente no mundo contem-porâneo, está deslo-cando o eixo do de-senvolvimento e da geração de riqueza
dos segmentos produtivos tradicionais — in-tensivos em matéria-prima, capital e trabalho — para aqueles que geram produtos e serviços com alto conteúdo tecnológico e conhecimen-to, em geral com muito mais valor agregado. Nesse processo, a inovação, que cada vez mais é o grande desafio, conquistou todas as agen-das e tornou-se uma questão de sobrevivência no nosso tempo.
E este desafio é ainda maior e mais decisivo porque, ao avançarmos da sociedade industrial para a pós-industrial, vivemos um momento de mudanças de paradigmas, na qual o conheci-mento é o fator decisivo, e a inovação o pro-cesso mais importante. Como todo momento de mudanças profundas, há risco e oportunidade. O risco é representado pela velocidade que ca-racteriza as transformações que vêm ocorren-do, podendo aumentar de maneira inédita o fosso que separa os países líderes dos países emergentes, como o Brasil. Por outro lado, am-
pliam-se as oportunidades com as novas regras e com a participação crescente dos novos fato-res de produção.
O Estado de Minas Gerais — sintonizado com as exigências da globalização, inclusive com a velocidade possível para não perder o “timing” — está conduzindo esse novo momento com ações concretas para a sociedade. A meta é criar as condições necessárias para transformar o conhecimento, uma riqueza potencial, em benefícios representados por mais produtivida-de, qualidade e competitividade, resultando em mais emprego e melhores salários, mais renda e mais divisas.
Tomamos algumas decisões estratégicas para acelerar a inovação e fazê-la acontecer em nosso estado, entre elas duas consideradas fun-damentais: a expansão da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a determinação de repassar, de forma inédita na nossa história, o que prevê a Constituição Mi-neira - 1% da receita corrente líquida do Esta-do - à Fundação de Amparo à Pesquisa do Es-tado de Minas Gerais (Fapemig). Com isso, não só ampliamos muito o nosso apoio à pesquisa mineira, mas investimos também em projetos e programas de inovação com parcerias muito vigorosas, tanto no segmento público, quanto no privado.
Com uma política avançada de apoio à ciên-cia, tecnologia e inovação, e de fortalecimen-to da nossa pós-graduação, estamos convictos de estar trilhando o caminho certo para Minas Gerais contribuir ainda mais para o desenvol-vimento do Brasil.
“A meta é criar as condições necessárias para transformar o conhecimento, uma riqueza poten-cial, em benefícios representados por mais produ-tividade, qualidade e competitividade”
Governador Aécio Neves
Foto
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mar
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Impr
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MG
IntroduçãoGovernador do Estado de Minas Gerais
6
Introduçãoinove em Minas
As experiências bem-sucedidas de países e regiões ao longo da história nos ensinam que, para evoluir na direção de uma re-alidade mais rica e menos desigual, é ne-cessário encontrar um equilíbrio entre o cres-cimento econômico, a distribuição de renda
e a preservação ambiental. Atingir esse equilíbrio, também chamado de desenvolvimento sustentável, é o maior desafio para todos os Estados modernos, que através do planejamento e da gestão pública procuram estabelecer uma harmonia entre forças aparentemente conflitantes. A experiência histórica nos diz que a força propulsora do desenvolvimento sustentável é a inovação. Desenvolvimento e ino-vação são dois fenômenos interdependentes, que se influenciam mutuamente e criam as condições para os países atingirem sua maturidade social. Minas Gerais é um Estado cujas vocações produtivas são fortemente conectadas com as principais trajetórias de inovação tecnológica mundiais. As empresas de agronegócio, softwares e metal-mecânica pertencem a setores econômicos extremamente propícios às inovações tecnológicas advindas da biotecnologia, tecnologias da informação e a nanotecnologia.
Com a visão de que o sucesso da inovação exige a ar-ticulação de diferentes competências, as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e de De-senvolvimento Econômico vem realizando projetos conjuntos com o objetivo de fortalecer o ambiente de inovação do Estado de Minas Gerais. O principal foco da política pública e da atuação do Estado é a construção de uma “ponte entre ciência e mercado”, que se constitui em elemento decisivo para um siste-ma de inovação orgânico e interativo.
Um desafio constante do governo de Minas Gerais é a consolidação do seu sistema de inovação, que promove a integração entre instituições, pesquisa-dores e as empresas inovadoras que se instalam em
nosso Estado. Instituído com a missão estratégica de proporcionar um ambiente propício à inovação no Estado de Minas Gerais, o Programa Simi (Sistema Mineiro de Inovação) cria uma nova dinâmica entre os atores de inovação locais, aumentando substan-cialmente sua interação. O Simi promove interações entre pesquisadores, empresas e governo, alinhando demandas, ofertas tecnológicas e recursos de fomen-to à inovação. O Programa tem foco no desenvol-vimento regional e setorial, com a estruturação de Arranjos Produtivos Locais, Polos de Excelência e Polos de Inovação, na formação profissional, com atuação nas instituições de ensino, e na ampliação da capacidade de inovação das empresas mineiras. Entre as ações do Simi, os Encontros de Inovação promovem reuniões presenciais entre empresários e pesquisadores de setores específicos, com o objetivo de fazer o encontro entre demandas técnicas e solu-ções tecnológicas. Tudo isso suportado por um portal em web 2.0, que já possui mais de 1.000 participan-tes em sua rede de inovação.
Uma das iniciativas mais relevantes que compõe o Simi é o Programa “Inove em Minas”. Esse programa visa consolidar as pontes entre ciência e mercado em nosso Estado, ressaltando as diversas vantagens competitivas que o sistema de inovação mineiro pos-sui para empresas intensivas em inovação que se in-teressem em instalar seu centro de P&D no Estado. O programa foi estruturado a partir de um estudo de práticas mundiais, cujo principal objetivo era levan-tar as características mais relevantes de um ambiente propício à inovação para as empresas, consolidá-los e aplicá-los na forma de uma política pública.
Essas características do sistema de inovação mineiro, associadas às políticas de integração universidade-empresa promovidas especialmente pela Fapemig, potencializam a eficiência e o retorno de investi-mentos privados em pesquisa e desenvolvimento. Esse documento possui o objetivo de apresentar de forma estruturada e objetiva as características e polí-ticas públicas que tornam Minas Gerais atrativo para esses investimentos fundamentais para o desenvol-vimento econômico sustentável para orientar a to-mada de decisão das empresas e centros de pesquisa.
Alberto Duque Portugal
Foto
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G
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
7
inove em MinasIntrodução
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) está firmemente em-penhada em atuar na atração de investi-mentos que realmente venham agregar valor e conteúdo tecnológi-co ao parque indus-trial mineiro. Nossa orientação ao Institu-
to de Desenvolvimento Integrado (INDI), que é a porta de entrada do investidor em Minas Gerais, é trabalhar para buscar investimentos em tecnologia de ponta, no país e no exterior, e nesse sentido já estamos colhendo resultados bastante significati-vos.
A conclusão do Aeroporto Indústria, cujas obras estão em ritmo acelerado, no Aeroporto Interna-cional Tancredo Neves (AITN), o primeiro no Bra-sil a obter credenciamento da Receita Federal para operar como aeroporto industrial, vai possibilitar a inserção de Minas Gerais em um novo contexto no comércio exterior. O Estado passará a contribuir para a expansão das exportações e das importações por via aérea, modal de transporte responsável por mais de 40% do comércio mundial em valor, e as-sim poderá ingressar na chamada Nova Economia.
No Aeroporto Industrial, cujos lotes serão licitados pela Infraero em parceria com o Governo de Mi-nas, serão instaladas empresas com atuação na área de tecnologia de ponta, que fabricarão produtos de alto valor agregado para diferentes mercados mun-diais (“global supply chain”), desfrutando de regime especial de tributação. Além dessa iniciativa, que integra o Projeto Estruturador “Inserção das Empre-sas Mineiras no Mercado Internacional”, estamos apoiando também a expansão de vários Arranjos Produtivos Locais, bem como a Zona de Proces-samento da Exportação (ZPE) de Teófilo Otoni, no
Vale do Mucuri.
O programa “Inove em Minas”, sob a responsabili-dade da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES), terá, portanto, apoio irrestrito do Sistema Operacional de Desenvolvi-mento Econômico na disponibilização de toda a in-fra-estrutura que estiver ao nosso alcance para que possa abrigar iniciativas que visem o cumprimento de suas metas, entre elas a instalação de centros de Pesquisa e Desenvolvimento visando a busca per-manente da inovação na cadeia produtiva.
Vale lembrar que a SECTES e a SEDE, além da Se-cretaria de Estado de Educação (SEE) e da Secre-taria de Desenvolvimento Social (SEDESE), estão atuando em conjunto na implementação do Pólo de Aviação Civil na Região Metropolitana de Belo Horizonte, programa que conta ainda com a par-ticipação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na formação de profissionais de nível supe-rior e médio para o setor aeronáutico e criação de um Centro de Capacitação Aeroespacial na cidade de Lagoa Santa.
Inúmeras outras iniciativas em curso colocarão Mi-nas em outro patamar de tecnologia, no planeja-mento da expansão ordenada em termos urbanís-ticos e ambientais do Vetor Norte da RMBH, com repercussão em todo o Estado, na produção de bens e serviços, no processamento de alimentos, contri-buindo para o aumento do PIB estadual, geração de empregos qualificados e melhoria das condições de vida dos mineiros.
Sérgio Barroso
Foto
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ro
Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico
“A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econô-mico (SEDE) está firmemente empenhada em atuar na atração de investimentos que realmente venham agregar valor e conteúdo tecnológico ao parque in-dustrial mineiro.”
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Por que Inovar em Minas Gerais?
Grupos de pesquisa Linhas de pesquisa Pesquisadores* Doutores* Patentes de Universidades
Minas Gerais 2.135 8.509 15.842 7.405 462
Brasil 22.797 86.075 159.948 76.936 2.664
MG/BR 9% 10% 10% 10% 17%
Minas Gerais é referência nacional em Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), que são representadas por universidades e institutos tecnológicos. O Estado conta com 11 universidades federais, 2 universidades esta-duais e 9 institutos tecnológicos. A excelência na qua-lificação de pesquisadores e da atividade de pesquisa torna algumas dessas instituições referência para as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de seu entorno produtivo.
A formação de um ambiente competitivo para a ino-vação tecnológica depende de recursos humanos e infra-estrutura diferenciados. A inovação no século XXI requer a existência de instituições locais com forte capacidade de se conectar aos desenvolvimentos tecnológicos e científicos existentes em todo o mun-do, e que consigam transbordar essas conexões para as empresas inovadoras que constituem seu entorno produtivo.
O ambiente de inovação em Minas Gerais se destaca nacionalmente devido à qualidade de suas instituições de ensino e pesquisa, de seus institutos tecnológicos e
dos profissionais formados no Estado. Entre as 10 me-lhores instituições de ensino superior do Brasil, 4 são mineiras. Estas instituições obtiveram conceito máxi-mo na avaliação de qualidade realizada pelo Minis-tério da Educação. Minas é o terceiro Estado em nú-mero de pesquisadores doutores, representando 9,6% do total do país e responde, ainda, por 10% das linhas e 9,4% dos grupos de pesquisa, posicionando-se em quarto lugar no cenário nacional nestes quesitos.
A presença de ICTs de excelência em Minas Gerais possibilita a realização de diversas formas de intera-ções entre estas instituições e o setor produtivo. Um indicador desse potencial é a elevada representativi-dade nacional das patentes de universidades minei-ras, que correspondem a 17% do total de patentes de universidades brasileiras no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A qualidade da produ-ção científica e dos profissionais mineiros revela um elevado potencial de criação de novos produtos ou melhoria das técnicas produtivas em diversas áreas, o que pode gerar benefícios para as empresas, institui-ções, pesquisadores e para a sociedade como um todo.
*Ligados a grupos de pesquisa
9
As universidades em Minas Gerais A qualidade das universidades mineiras, em relação à pesquisa e à formação de profissionais, é um fator capaz de potencializar o retorno dos investimentos em P&D realizados no Estado. Essas instituições se destacam pela realização de conexões com o setor produtivo local para cooperação no desenvolvimento de novos produtos ou para transfe-rência tecnológica. As patentes de universidades mineiras representam 17% do total nacional, o que indica o potencial de transbordamento do conhecimento científico gerado no Estado para o setor empresarial.
A seguir, são apresentadas quatro das universidades de maior destaque em Minas Gerais, de acordo com o número de depósitos e patentes e segundo o ranking das melhores universidades do Brasil realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, para o ano de 2008.
UFMGLocalizada na cidade de Belo Horizonte, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a segunda maior universidade federal do país e a terceira melhor instituição brasileira de ensino superior. Na área de biotecnologia a UFMG é reconhecida como um dos mais promissores polos de pesquisa em emergência no mundo. A universidade está lo-calizada a aproximadamente 600 km da cidade de São Paulo e a 450 km do Rio de Janeiro.
Instituições de Ensino e Pesquisa
inove em MinasPor que inovar em Minas Gerais?
Pesquisadores 3.417
Pesquisadores Doutores 2.610
Grupos de pesquisa 630
Linhas de pesquisa 2.559
Principais áreas tecnológicas
AeroespacialAmbiental Ciências Biológicas e da SaúdeCiências Exatas e ComputaçãoCiências AgráriasEngenharias: Civil, de Controle e Automação, de Mi-nas, Elétrica, Mecânica, Metalúrgica e Química.
Universidades Mineiras
Posição no ranking nacional - 2008*
Instituição de Ensino Superior
IGC (por faixas)**
3 UFMG 5
4 Ufla 5
6 UFTM 5
7 UFV 5
13 Unifal-MG 4
16 Unifei 4
18 UFU 4
20 UFJF 4
24 Ufop 4
26 UFVJM 4
28 UFSJ 4
44 Unimontes 4
75 Uemg 3
* No total de 178 instituições de ensino superior.** O Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade de instituições de educação superior calculado a partir dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), para a graduação, e da nota Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para a pós-graduação. As faixas do IGC vão de 0 a 5.
UFMG
Ufla
UFV
UFTM
UnifalUnifei
UemgUFU
UFJF
Ufop
UFVJM
UFSJ
Unimontes
Por que Inovar em Minas Gerais?inove em Minas
10
UFV
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) é reconhe-cida principalmente pela excelência nas áreas de ciências agrárias e exatas, constituindo-se em uma das instituições mais importantes para as atividades de P&D do agronegócio no Estado e no Brasil. Em 2008, a instituição obteve o 7° lugar entre as me-lhores universidades brasileiras, e o terceiro em Mi-nas Gerais. A universidade está localizada a aproxi-madamente 230 km de Belo Horizonte, 650 km da cidade de São Paulo e a 340 km do Rio de Janeiro
UFLA
A Universidade Federal de Lavras (Ufla) é referên-cia em ciências agrárias no Estado de Minas Gerais. Posicionada em 4° lugar entre as melhores insti-tuições de ensino superior brasileiras, a Ufla tem uma produção científica de aproximadamente 3000 publicações por ano. A universidade está localiza-da a aproximadamente 250 km de Belo Horizonte, 380 km da cidade de São Paulo e 415 km do Rio de Janeiro.
UFU
Posicionada entre as 20 melhores instituições de en-sino do Brasil, a Universidade Federal de Uberlân-dia (UFU) possui excelência na área de Biomédicas e é a terceira Universidade em Minas em depósitos de patentes. A universidade está localizada a apro-ximadamente 540 km de Belo Horizonte, 590 km da cidade de São Paulo e 940 km do Rio de Janeiro.
Pesquisadores 1.218
Pesquisadores Doutores 1.016
Grupos de pesquisa 232
Linhas de pesquisa 1.100
Principais áreas tecnológicas
Ciências AgráriasCiências Biológicas e da SaúdeCiências Exatas Ciências Tecnológicas
Pesquisadores 976
Pesquisadores Doutores 700
Grupos de pesquisa 190
Linhas de pesquisa 749
Principais áreas tecnológicas
BiologiaCiências BiomédicasFísicaQuímicaCiências AgráriasGenética Bioquímica
Universidades mineiras com depósitos de
patentes
Universidade Número de depósitos
de patentes*
UFMG 278
UFV 63
UFU 37
Ufop 34
Ufla 21
UFJF 17
Unifei 7
Unifal-MG 3
UFSJ 2
* Depósitos de patente no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual – INPI. Período: 1992-2009Patentes com as universidades em questão como depositantes.
Pesquisadores 495
Pesquisadores Doutores 452
Grupos de pesquisa 69
Linhas de pesquisa 393
Principais áreas tecnológicas
Ciências Agrárias Ciências Biológicas Medicina Animal Engenharias: Agrícola, Florestal e de Alimentos Ciências Exatas
Por que Inovar em Minas Gerais? inove em Minas
11
Outras universidades públicas mineiras
Universidades Localização Pesquisa-dores
Linhas de pesquisa
Principais áreas tecnológicas
Distância das princi-pais capitais
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Juiz de Fora 798 647 Bioquímica, Engenha-rias Computacional e Elétrica
BH: 280 kmRJ: 180 kmSP: 460 km
Universidade Federal do Triângulo Mineiro(UFTM)
Uberaba 495 393 Biomedicina, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas, Enge-nharias Mecânica, Civil, Ambiental, de Alimen-tos, Elétrica e Química
BH: 300 kmRJ: 720 kmSP: 850 km
Universidade Federal de Ouro Preto(Ufop)
Ouro Preto 311 270 Ciência da Computação, Engenharia de Minas e Metalúrgica
BH: 115 kmRJ: 400 kmSP: 610 km
Universidade Federal de São João Del-Rey(UFSJ)
São João Del-Rey
261 215 Engenharias Elétrica, Telecomunicações e de Alimentos
BH: 200 kmRJ: 330 kmSP: 470 km
Universidade do Estado de Minas Gerais(Uemg)
Belo Horizonte 260 185 Design RJ: 450 kmSP: 600 km
Universidade Estadual de Montes Claros(Unimontes)
Montes Claros 238 99 Ciências Biológicas e da SaúdeCiências AgráriasCiências Exatas
BH: 430 kmRJ: 850 kmSP: 980 km
Universidade Federal de Itajubá(Unifei)
Itajubá 214 251 Ciências Exatas, Engenharia Mecânica, Engenharia de Siste-mas e Tecnologia da Informação, Sistemas Elétricos e Energia
BH: 450 kmRJ: 300 kmSP: 260 km
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM)
Diamantina 200 217 Engenharias Ambiental, Florestal e Hídrica
BH: 300 kmRJ: 720 kmSP: 850 km
Universidade Federal de Alfenas(Unifal)
Alfenas 176 124 Engenharias Ambiental e Química
BH: 350 kmRJ: 460 kmSP: 310 km
Por que Inovar em Minas Gerais?inove em Minas
12
Institutos e Centros Tecnológicos
Os institutos tecnológicos localizados em Minas Gerais reforçam a conexão entre a pesquisa e a realidade empresarial, com foco em diversas áreas voltadas para o setor produtivo estadual e nacio-nal. A realização de pesquisas aplicadas possibilita redução dos custos de desenvolvimento de novos produtos das empresas instaladas no Estado parcei-ras dessas instituições.
EMBRAPA
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem um importante papel no desen-volvimento sustentável do agronegócio brasileiro, gerando, adaptando e transferindo conhecimen-to e tecnologias a diversas regiões. A instituição possui duas unidades em Minas Gerais, a Embrapa Gado de Leite e a Embrapa Milho e Sorgo. Além de possuir excelência no desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas à agropecuária, a Embrapa se destaca pela capacidade de estabelecimento de par-cerias com o setor privado em projetos conjuntos de inovação e transferência tecnológica. A Embra-pa Milho e Sorgo está localizada na cidade de Sete Lagoas, a aproximadamente 60 km de Belo Hori-zonte. A Embrapa Gado de Leite está localizada na cidade de Juiz de Fora, a 280 km da capital mineira.
EPAMIG
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Ge-rais (Epamig) é a principal instituição de execução de pesquisa agropecuária de Minas. Tem a função de apresentar soluções para o complexo agrícola, gerando capacitação técnica, serviços especializa-dos, alternativas tecnológicas e insumos qualifi-cados compatíveis com a demanda do mercado. A empresa está localizada na cidade de Belo Horizon-te, e possui 5 unidades regionais, nas cidades de La-vras, Uberaba, Prudente de Moraes, Viçosa e Nova Porteirinha. Além das unidades, a Epamig possui 25 fazendas experimentais, 2 núcleos de ensino, 4 núcleos tecnológicos e 2 estações experimentais.
FIOCRUZ
O Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR), uma Unidade Regional da Fiocruz, tem como objetivo dar apoio estratégico às atividades do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de atividades integradas de pesquisa na área de saúde, formação de recursos hu-manos e prestação de serviços à população. A insti-tuição está localizada na cidade de Belo Horizonte.
Pesquisadores 215
Pesquisadores Doutores 147
Grupos de pesquisa 15
Linhas de pesquisa 108
Pesquisadores 203
Pesquisadores Doutores 155
Grupos de pesquisa 15
Linhas de pesquisa 106
Principais áreas tecnológicas
Sistemas de produção de milho e sorgo, Produção Animal, Recur-sos Forrageiros e Meio Ambien-te, Agronegócio do Leite, Saúde Animal e Qualidade do Leite.
Pesquisadores 185
Pesquisadores Doutores 114
Grupos de pesquisa 18
Linhas de pesquisa 126
Principais áreas tecnológicas
Agroenergia, Aquicultura, Cafei-cultura, Floricultura, Fruticultura, Grandes Culturas, Oleicultura, Pes-quisa em Bovinos, Processamento Agroindustrial, Silvicultura e Meio Ambiente.
Fiocruz
CDTN
Embrapa(Gado de Leite)
Embrapa (Milho e Sorgo) Epamig
FunedCefet
Cetec
Inatel
Por que Inovar em Minas Gerais? inove em Minas
13
INATEL
O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) é o pioneiro na pesquisa nas áreas de Engenharia Elétrica e Telecomunicações no Brasil. A insti-tuição possui parcerias com empresas privadas, realizadas a partir da Lei da Informática. Está lo-calizada na cidade de Santa Rita do Sapucaí, a 410 km de Belo Horizonte.
CETEC-MG
O Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec-MG), uma fundação vinculada à Sectes, possui pesqui-sas nas áreas de tecnologia mineral, metalúrgica e materiais, alimentos, ambiental, metrologia e ensaios, e informação tecnológica. A instituição está localizada na cidade de Belo Horizonte.
CDTN
O Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nucle-ar (CDTN) está localizado na UFMG, em Belo Ho-rizonte. Desenvolve diversas atividades e projetos relativos à aplicação de técnicas nucleares, como o recebimento, tratamento e armazenamento de rejei-tos radioativos, gerenciamento de envelhecimento e extensão de vida de instalações nucleares e de-senvolvimento de novas tecnologias para recupera-ção de minerais metálicos e não-metálicos. O CDTN pertence à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia federal diretamente ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Pesquisadores 161
Pesquisadores Doutores 89
Grupos de pesquisa 52
Linhas de pesquisa 199
Principais áreas tecnológicas
Biologia Celular e Molecular, Do-enças Infecciosas e Parasitárias, e Saúde Coletiva.
Principais áreas tecnológicas
Eletrônica, Controle e Automa-ção, Comunicação Digital, Rádio Freqüência e Microondas, Física e Química, Telefonia, Redes de Computadores, Transmissão Digital, Sistemas Celulares e Desenvolvi-mento de Software.
Pesquisadores 105
Pesquisadores Doutores 51
Grupos de pesquisa 13
Linhas de pesquisa 62
Pesquisadores 142
Pesquisadores Doutores 14
Grupos de pesquisa 40
Linhas de pesquisa 13
Principais áreas tecnológicas
Tecnologia Mineral, Tecnologia Metalúrgica e de Materiais, Bio-tecnologia, Tecnologia Ambiental, Metrologia e Ensaios e Informação Tecnológica.
Principais áreas tecnológicas
Segurança Nuclear e Radiológica, Meio Ambiente, Materiais, Saúde e Tecnologia Nuclear.
Os Ifets foram criados em 2008 a partir da união entre os centros federais de educação tecnológica, escolas agrotécnicas federais e es-colas técnicas vinculadas a universidades. São instituições de educação superior, básica e pro-fissional, pluricurriculares e multicampi, espe-cializados na oferta de educação profissional e tecnológica. O Estado possui cinco institutos,
sendo eles: o Instituto Federal de Minas Gerais; Instituto Federal Norte de Minas Gerais; Insti-tuto Federal Sudeste de Minas Gerais; Instituto Federal Sul de Minas Gerais e o Instituto Fede-ral Triângulo Mineiro.
Fonte: Diário Oficial da União, Dezembro de 2008; Site do Instituto Federal Minas Gerais.
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifet)
Por que Inovar em Minas Gerais?inove em Minas
14
CEFET-MGO Centro Federal de Educação Tecnológica de Mi-nas Gerais (Cefet-MG), apesar de ser considerado um instituto tecnológico, também oferece ensino técnico e superior voltados para a formação tecno-lógica. A instituição, localizada na cidade de Belo Horizonte, é o segundo Cefet brasileiro em número de pesquisadores e grupos de pesquisa, e o terceiro em número de linhas de pesquisa.
FUNED
A Fundação Ezequiel Dias (Funed), localizada em Belo Horizonte, é referência entre as instituições públicas de saúde, ciência e tecnologia do Brasil. A instituição é voltada para a produção de medi-camentos essenciais e imunobiológicos, realização de pesquisas no campo da saúde pública, monitora-mento das ações da Vigilância Sanitária, Epidemio-lógica e Ambiental e para a formação e capacitação de recursos humanos para o SUS.
Pesquisadores 48
Pesquisadores Doutores 28
Grupos de pesquisa 9
Linhas de pesquisa 41
Principais áreas tecnológicas
Bioquímica, Química de Proteínas, Farmacologia, Imunologia, Virolo-gia, Biologia Celular, Microbiologia, Morfologia, Zootecnia e Biotecno-logia
O número e a diversidade de grupos e linhas de pesquisa são indicadores do potencial de geração de conhecimento científico e do trans-bordamento deste para o setor produtivo. A formação de grupos de pesquisa garante a pro-dutividade e a qualidade do desenvolvimento
científico e tecnológico, enquanto a diversi-dade de linhas de pesquisa amplia o leque de oportunidades de geração de novas tecnolo-gias.
Minas Gerais se destaca nacionalmente em núme-ro de grupos e linhas de pesquisa. O Estado possui mais de 9% dos grupos de pesquisa do Brasil, a maior parte relacionada à área de Ciências da Saú-de, seguida pelas Ciências Agrárias e Engenharias.
Número de grupos e linhas de pesquisa em Minas Gerais - 2008
Grande área Grupos Linhas de pesquisa
MG %BR MG %BR
Ciências da Saúde 320 8% 1.253 9%
Ciências Agrárias 307 14% 1.582 15%
Engenharias 280 9% 1.236 9%
Ciências Biológicas 234 9% 1.083 9%
Ciências Exatas e da Terra 232 9% 1.119 10%
Fontes: Censo dos grupos de pesquisa – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – 2008; Portais das instituições; INEP: IGC – 2008.
Fontes: CNPq – Diretório dos grupos de pesquisa
Grupos e Linhas de Pesquisa em Minas Gerais
Minas Gerais se destaca nacionalmente em números de grupos e linhas de pesquisa.
Pesquisadores 284
Pesquisadores Doutores 148
Grupos de pesquisa 38
Linhas de pesquisa 121
Principais áreas tecnológicas
Engenharias de Produção Ci-vil, de Automação Industrial, de Computação,de Controle e Automa-ção, de Materiais, Elétrica, Mecâ-nica, Mecatrônica, Tecnologia em Radiologia e Química Tecnológica.
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A qualificação dos profissionais de ciência e tecnologia em Minas Ge-rais é beneficiada pela excelência das Instituições de Ensino e Pes-quisa presentes no Estado, e pelas ações governamentais voltadas para o incentivo ao empreendedorismo e formação profissional articulada com o setor produtivo.
Por que inovar em Minas? inove em Minas
Profissionais Qualificados Minas Gerais é destaque no cenário brasileiro em relação ao número e à qualificação de profissionais de ciência e tecnologia. Existem no Estado aproximadamente 52,1 mil mestres e doutores, além de cerca de 1,2 milhões de profissionais graduados, segundo pesquisa de 2008 realizada pelo IBGE. Cerca de 3,3 mil mestres e mais de 900 doutores foram titula-dos em universidades mineiras em 2008, segundo dados da Capes, e este número tem sido crescente a cada ano. De 2000 a 2008, o número de mestres titulados em MG cresceu a uma taxa média de 10% ao ano, en-quanto o número de doutores cresceu a uma taxa média de 14% ao ano.
Minas Gerais também recebe montantes consideráveis de recursos dos órgãos brasileiros de fomento à pesquisa para a formação de mestres e doutores. No ano de 2008, foram concedidos mais de R$160 milhões* em bolsas de ensino e pesquisa para a formação destes profissionais no Estado.
O Governo de Minas vem aumentando também o volume de investi-mentos para a qualificação profissional, tanto no ensino profissionali-zante quanto no ensino superior.
Investimentos realizados em educação no Estado de Minas Gerais,por subfunção do setor de ensino - 2005 e 2007 (R$ milhões)
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Profissionalizante Superior
20072005
17
49
*Recursos do CNPq e Capes
Evolução do número de mestres e doutores titulados por ano em Minas Gerais - 2000 a 2008
928
Mestrado
2001
Doutorado
2000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 20080
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500 3291
Fonte: Balanço Geral do Estado de Minas Gerais, 2005 e 2007
Por que Inovar em Minas Gerais?inove em Minas
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O número de pesquisadores por milhão de habitan-tes em Minas Gerais é superior à média do Brasil, e o total representou, em 2008, cerca de 10% do país. A presença de pesquisadores altamente qualifica-dos nos grupos de pesquisa, com a atuação de um
elevado número de mestres e doutores nas diver-sas áreas do conhecimento, é um fator que garante qualidade ao desenvolvimento científico e tecnoló-gico de Minas Gerais.
Seminários vivenciais que trabalham as carac-terísticas do empreendedor no processo de ino-vação serão oferecidos para alunos de diversos cursos de pós-graduação de todas as universi-dades públicas de Minas Gerais. Será realizado também um torneio de planos de inovação, uma competição em que serão escolhidos os melho-res projetos de cada curso participante, de cada universidade e, finalmente, o melhor projeto do
Estado de Minas Gerais. Participarão em média 60 alunos de pós-graduação por universidade, e espera-se que cada instituição apresente em tor-no de 15 projetos de inovação. O Programa Mi-neiro de Empreendedorismo na Pós-Graduação tem como objetivo estimular a cultura empre-endedora, concretizando o transbordamento da pesquisa acadêmica para o mercado através do estímulo ao comportamento empreendedor dos alunos de pós-graduação. Nesse contexto, espe-ra-se ampliar a visão de oportunidades de ne-gócio dos mestrandos e doutorandos de Minas Gerais, para que, a partir dos trabalhos de seus grupos de pesquisa, possam aumentar a intera-ção com as empresas e a realidade do mercado.
O Programa tem como objetivo estimular a cultura empreendedora dos estudantes de pós-graduação.
Fonte: CNPQ
Número de pesquisadores por nível de formação em Minas Gerais - 2008
Número de pesquisadores por área de atuação em Minas Gerais – 2008
Graduação Especialização Mestrado Doutores
362 430
2527
8449
Ciênc
ias A
grária
s
1793
Ciênc
ias Bi
ológic
as
1318
Saúd
e
1935
Ciênc
ias Ex
atas
1058
Ciênc
ias So
ciais
1381
Ciênc
ias H
uman
as
2090
Enge
nhari
as
1453
Artes
e Lin
guag
ens
825
Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-Graduação
Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-graduação
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O Ambiente de Inovação em Minas Gerais
O sucesso da inovação tecnológica depende da existência de empresas inovadoras e instituições de ciência e tecnologia e, principalmente, de ini-ciativas que possam promover a aplicação do co-nhecimento científico em novos produtos e pro-cessos de produção. O fortalecimento de redes de cooperação que possam viabilizar parcerias entre instituições de pesquisa e empresas é um elemen-to fundamental na estratégia de desenvolvimento científico e tecnológico do Estado de Minas Ge-rais.
Nesse sentido, o governo possui um conjunto de ações consistentes para a prospecção constante das demandas e oportunidades tecnológicas. Res-paldado pela Lei Mineira de Inovação, viabiliza projetos conjuntos entre empresas e universidades focados para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o mercado nacional e mundial.
O Ambiente de Inovação em Minas Geraisinove em Minas
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O Governo de Minas Gerais estimula a interação entre os agentes de inovação, com o objetivo de atender as necessidades tecnológicas do mercado.
O Sistema Mineiro de InovaçãoO Sistema Mineiro de Inovação (Simi), iniciativa do Governo de Minas Gerais, tem como missão criar um ambiente propício à inovação no Estado, por meio da promoção de interações entre pesquisadores, empre-sas e governo, alinhando demandas, ofertas tecnoló-gicas e recursos de fomento à inovação.
Plataforma Operacional
O Simi conta com uma plataforma operacional res-ponsável por elaborar e aprovar as políticas e estraté-gias de promoção da inovação, propagar a cultura de inovação nos setores econômicos e sociais, divulgar novos conhecimentos e fornecer oportunidade de in-teratividade entre os atores de inovação no Estado.
Uma das estratégias é o Portal web 2.0 do Simi (www.simi.org.br), que permite que, de forma simples e in-terativa, pesquisadores, empresários e membros do governo possam se conhecer, trocar informações, criar temas de discussão e construir propostas de projetos ou políticas públicas para o Estado. O Foco do Portal Simi é a geração de negócios inovadores entre os participantes do sistema, permitindo um acesso prático e facilitado que favorece a velocidade, atributo fundamental para as empresas que querem inovar.
Outra ferramenta é o Observatório de Ciência, Tecno-logia, Inovação e Ensino Superior, que disponibiliza dados e informações para a prospecção, avaliação e monitoramento das políticas públicas e da competi-tividade de Minas Gerais com base nos avanços da Ciência, da Tecnologia, da Inovação e do Ensino Su-perior.
Projetos Estruturadores
O Simi é constituído por Projetos Estruturadores que focam no desenvolvimento regional e setorial, na
formação profissional orientada para o mercado e na ampliação da capacidade de inovação das empresas mineiras.
O desenvolvimento regional e setorial é estimulado através da estruturação de APLs, Polos de Excelência e Polos de Inovação. Esses tem como objetivo am-pliar e melhorar a capacidade competitiva de seg-mentos econômicos de elevado conteúdo tecnológico e promover o desenvolvimento regional e setorial. Os APLs aumentam a competitividade e a sustentabili-dade de negócios de elevado conteúdo tecnológico pelo estímulo à interação com o conjunto de atores econômicos, políticos e sociais locais. Os Polos de Ex-celência integram competências institucionais para induzir o processo de desenvolvimento sustentável de setores estratégicos. Os Polos de Inovação tem o objetivo de acelerar o processo de desenvolvimento de regiões economicamente menos desenvolvidas.
O foco do governo mineiro na formação profissional orientada para o mercado é representada pela im-plantação, em parceria com o governo federal, de 84 Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e 487 Telecentros. Esses conferem a Minas Gerais uma in-fraestrutura de informática e telecomunicações, sen-do este considerado o maior programa de inclusão digital do Brasil.
A Rede de Inovação Tecnológica (RIT), atua em ações que implementam um ambiente favorável à inova-ção no Estado, permitem a articulação entre empre-sas e instituições de ciência e tecnologia e estimulam a cultura de inovação na sociedade. Entre as ações da RIT, descritas neste documento, estão incluídos os Parques Tecnológicos, as Incubadoras de Empresas existentes no Estado, a Lei Estadual de Inovação, o Programa Inove em Minas para atração de centros de pesquisa e desenvolvimento, o Programa de Incenti-vo à Inovação (PII), os Núcleos de Inovação Tecno-lógica (NITs), editais induzidos da Fapemig, além de:
• Parque Industrial Tecnológico (PIT): localizado pró-ximo ao Aeroporto Internacional de Confins, visa à atração de indústrias de alto conteúdo tecnológico, com foco na produção. Funcionará como transbor-damento natural do BH-TEC.
O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas
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O Ambiente de Inovação em Minas Geraisinove em Minas
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• Tecnologia Industrial Básica (TIB): aprimora e certi-fica laboratórios e escritórios para ofertarem serviços de TIB ao setor empresarial/industrial. A ação é de-senvolvida em parceria com o IPEM, Cetec, IEL/Fie-mg, Rede Metrológica de Minas Gerais e Sebrae.
• Centro Minas Design (CMD): principal iniciativa em Minas destinada a inserir efetivamente o design na in-dústria como recurso estratégico para incremento da competitividade e da agregação de valor aos produtos e serviços. Operando em rede de cooperação, aglutina parceiros e estruturas afins. Contempla ainda ações de ensino, pesquisa e desenvolvimento.
• Cultura Empreendedora: estimula o surgimento e o desenvolvimento do perfil empreendedor nos cida-dãos. Focado nos potenciais empresários e em jovens alunos do ensino fundamental, com a realização de três ações básicas: Curso de Empreendedorismo e Pla-no de Negócios; Projeto Jovens Empreendedores; e os Núcleos de Apoio ao Empreendedor (NAEs), presentes em todas as regiões do Estado.
• Projeto Tecnologia Empreendedorismo e Inovação Aplicados (Teia): capacita prestadores de serviços que atuarão no desenvolvimento de novos negócios e criação de oportunidades de interação por meio de ferramentas de Web 2.0 e redes sociais. Focado em empresas, autarquias, órgãos públicos, instituições
de ensino, sindicatos e associações, tem como meta abranger todos os municípios mineiros.
• Projeto C5: Centro de Competência em Comuni-dades de Cooperação e Conhecimento, formado por uma equipe multidisciplinar da UFMG (Ciências da Computação, Ciências Econômicas e Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas). O Projeto C5 analisa, de forma quantitativa e qualitativa, a evolução e os resultados do Projeto Teia e o impacto da economia digital na sociedade.
Entre as ações mais relevantes do Simi, os Encontros de Inovação promovem reuniões presenciais entre empresários e pesquisadores, com o objetivo de efe-tivar transferências de tecnologias ou a realização de parcerias para a solução de problemas do setor pro-dutivo. A equipe responsável pelos Encontros procura conhecer as necessidades das empresas instaladas no Estado e alinhá-las com os trabalhos de pesquisado-res ou institutos de pesquisa que tenham competência técnica ou tecnologias já desenvolvidas para atendê-las.
Por meio de ações presenciais ou em ambiente virtu-al, o Simi configura-se como um verdadeiro sistema onde seus participantes possuem autonomia de ação, mas podem criar relações de interdependência para o desenvolvimento e fortalecimento de suas estratégias.
O PII é um instrumento para transformação de projetos de pesquisa aplicada em inovações tec-nológicas, melhoria da cultura da inovação nas universidades e ampliação da rede de relacio-namento destas com a sociedade e o mercado. Foi criado pelo Governo de Minas, por meio da Sectes, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG), instituições de ensino e pesquisa e gover-
nos municipais. Tem o objetivo de gerar paten-tes e contratos de transferência de tecnologia, investimentos em capacitação de profissionais e empresas de base tecnológica (EBTs) em Mi-nas. Os projetos de pesquisa viáveis são trans-formados em inovações tecnológicas por meio das atividades de chamada pública para seleção dos projetos de pesquisa da instituição, estudo de viabilidade técnica, econômica e comercial, desenvolvimento dos protótipos comerciais dos produtos gerados e apresentação dos projetos para investidores. O projeto contemplou as uni-versidades federais das cidades de Lavras (Ufla), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF) e a Belo Horizonte (UFMG).
Programa de Incentivo à Inovação em Minas Gerais (PII)
Um dos principais objetivos do PII é aumentar a interação entre as instituições de pesquisa e o mercado, com a promoção de transferência de tecnologias.
O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas
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A Fapemig é uma agência de fomento à pesquisa científica e tecnológica em Minas Gerais, respon-sável pelo intenso apoio às interações entre insti-tuições de pesquisa e empresas.
FapemigA existência de recursos para o financiamento dos projetos inovadores é um elemento importante na estratégia de viabilização das redes de inovação. A Fapemig é a agência mineira de fomento à pesqui-sa, que opera com recursos advindos diretamente do orçamento do governo estadual, corresponden-tes a 1% da arrecadação de Imposto sobre Circula-ção Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado. Ela é a principal agente indutora do desen-volvimento científico, tecnológico e de inovação em Minas e possui autonomia para a gestão de seus recursos, sempre em concordância com a política governamental de Ciência e Tecnologia.
Como é mostrado a seguir, entre 2005 e 2008, o montante de recursos da Fapemig aumentou mais de três vezes em relação ao valor inicial.
A Fapemig se destaca no cenário nacional pelo intenso apoio e fomento à interação entre univer-sidades e empresas, especialmente através de Pro-gramas como “Mestres e Doutores na Empresa” e
o “Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas – Pappe”. Além desses programas, a Fapemig também financia pesquisa e desenvolvimento de empresas mediante a apresentação de projetos que possuam forte conteúdo inovador. Além disso, a Fapemig possui um programa de apoio a inventores inde-pendentes, que não possuem vínculo com insti-tuições de pesquisa, e possuem idéias criativas e inovadoras para solucionar problemas tecnológicos das empresas.
A Gerência de Propriedade Intelectual da Fape-mig é responsável pela promoção e fortalecimento dos NITs de universidades e institutos de pesquisa, que são os agentes responsáveis pela execução da política de propriedade intelectual e transferência tecnológica dessas instituições. Entre 2004 e 2008, os recursos investidos pela Fapemig na área de propriedade intelectual passaram de R$50 mil para mais de R$3 milhões.
Fapemig – Evolução Financeira: Recursos do Tesouro Estadual (R$ milhões) - 2005-2008
61 85172 208
2005 2006 2007 2008 A política de propriedade intelectual no Estado é beneficiada pelas ações e recursos da Fapemig, que apóiam NITs e inventores independentes, estimu-lando a transferência de tecnologias para o setor empresarial.
A Inovatec é uma feira anual, considerada o maior evento brasileiro de divulgação e incenti-vo às inovações tecnológicas. O objetivo é pro-mover a interação, a troca de experiências e a transferência de tecnologia entre pesquisadores, inventores, órgãos públicos, instituições de en-sino e pesquisa e empresas, garantindo assim o avanço tecnológico e produtivo nos vários seg-mentos da economia brasileira. Após a realiza-ção da Inovatec 2009, mais de 90% dos empre-
sários participantes dos Encontros de Inovação apresentaram interesse em firmar parceria com pesquisadores. O resultado demonstra o suces-so das 181 reuniões promovidas pelo Simi com o intuito de integrar mercado e academia para impulsionar a inovação no Estado. Em três dias da Inovatec foram realizados 11 Encontros dos setores automotivo, eletroeletrônico, mineral e metalúrgico, de leite e derivados, de biotecno-logia e de café.
Inovatec – Feira de Inovação Tecnológica
O Ambiente de Inovação em Minas Geraisinove em Minas
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Exemplos de programas e projetos especiais da Fapemig
Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe)
Programa executado em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do MCT, e a Fiemg. Através do Pappe são disponibilizados recursos para apoiar a inovação em EBTs que possam melhorar a competitividade dos produtos fabricados no Estado. Em 2008, contemplou projetos que somaram R$ 20 milhões e atenderam 71 empresas.
Edital Mestres e Doutores na Empresa
Financia propostas conjuntas entre empresas e ICTs para o desenvolvimento de projetos de inovação, com a contratação de mestres e doutores. Estimula a trans-ferência de tecnologia e a consequente fixação de pesquisadores no setor empresa-rial.
Editais Induzidos São elaborados em consonância com as políticas do Estado. Eles abrangem áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento de Minas Gerais, como Recursos Hídricos, Agronegócios, Biotecnologia, Eletroeletrônica, entre outros.
Programa de Redes de Pesquisa
Incentivo à criação de redes de pesquisa formadas por universidades e centros de pesquisa, que se unem para estudar um tema específico. O programa é pautado na articulação entre pesquisadores e instituições, na otimização do uso de recursos e na formação de parcerias com órgãos federais que vêem nas redes uma oportunida-de de financiamento articulado. Por meio desse edital, foram disponibilizados R$10 milhões em 2008.
Programa de Implantação de Pólos de Excelência e Pólos de Inovação
A Fapemig é responsável pelo apoio financeiro ao projeto da Sectes de implanta-ção de Polos de Excelência e Polos de Inovação em Minas Gerais. Foram criados Polos de Excelência em cinco áreas – Café, Leite, Mínero- metalúrgico, Florestas e Recursos Hídricos – e Polos de Inovação em regiões mineiras que possuem mais dificuldade de desenvolvimento.
Case Fiat Powertrain
Uma parceria entre a Fapemig e a FPT foi reali-zada por meio do edital “Mestres e Doutores na Empresa”, destinou, em 2009. Foram destinados R$ 1,1 milhão em recursos para financiar projetos inovadores de mestres e doutores na área de efici-ência energética em produtos e processos (metade proveniente da Fapemig e a outra parte da em-presa). Os principais objetivos são proporcionar o desenvolvimento de novos produtos e processos inovadores, estruturar o processo de pesquisa e desenvolvimento em parceria com ICTs ou Insti-tuições Privadas de Inovação Tecnológica (IPITs) localizadas no Estado de Minas Gerais, e, princi-palmente, estimular a contratação de mestres e doutores como agentes do processo de inovação nas empresas.
Case Whirlpool
A Fapemig lançou em 2009, em parceria com a empresa Whirlpool S.A, um edital “Mestres e Doutores na Empresa” voltado para o financia-mento de projetos inovadores em produtos de linha branca (refrigeradores, freezeres, fogões, la-vadoras, secadoras, fornos, coifas, climatizadores, condicionadores e depuradores de ar), nos quais a empresa é especializada. O montante de recursos destinado às propostas aprovadas é de R$2 mi-lhões, sendo R$1 milhão proveniente da Fapemig e R$1 milhão da Whirlpool. O termo de coopera-ção assinado entre a Fundação e a empresa prevê um investimento total de R$10 milhões, realizado por meio de editais a serem lançados nos próxi-mos cinco anos.
Editais Induzidos
O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas
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Exemplos de mecanismos nacionais de fomento para a inovação
Finep Inova BrasilConstitui-se em financiamento com encargos reduzidos para a realização de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação nas empresas brasileiras.Esse programa permite a utilização, em um mesmo contrato de financiamento, de outros instrumentos da Finep, como a subvenção econômica (aporte de recursos não reembolsáveis, inclusive para a contratação de mestres e doutores). A Finep participa com até 90% do valor total do projeto.
Subvenção Econômica para Inovação Aplicação de recursos públicos não-reembolsáveis diretamente em empresas que desenvolvam pro-jetos de inovação estratégicos para o País. Pode ser aplicada no custeio de atividades de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico e de inovação. A concessão da subvenção econômica é operacionalizada pela Finep através dos instrumentos de convocação de empresas . Por meio deste instrumento, foram disponibilizados R$ 510 milhões de 2006 a 2008.
Projeto InovarA Finep apóia e estimula a criação de fundos especializados em pequenas e médias empresas de base tecnológica brasileiras, especialmente de capital de risco, que tem como exemplo o Programa Finep Inovar Semente. Neste sentido a Finep se dispõe a participar com 40% do capital, que deve estar entre R$ 10 e R$ 12 milhões.
Banco Nacional do Desenvolvi-mento (BNDES)
Linha Capital Inovador (Foco na empresa)Apoio a empresas no desenvolvimento de capacidade para empreender atividades inovativas em caráter sistemático, por meio de investimentos tanto nos capitais intangíveis quanto nos tangíveis, incluindo a implementação de centros de pesquisa e desenvolvimento. O valor mínimo para financiamento é de R$ 1 milhão, e o máximo, de R$ 200 milhões por grupo econômico.
Linha Inovação Tecnológica (Foco no projeto)Apoio a projetos de inovação de natureza tecnológica que busquem o desenvolvimento de produtos e/ou processos novos ou significativamente aprimorados (pelo menos para o mercado nacional) e que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado. O valor mínimo para financiamento é de R$ 1 milhão e o nível de participação pode chegar até 100% dos itens financiáveis.
Linha Inovação ProduçãoApoio a pesquisa e desenvolvimento ou inovação que apresentem oportunidade comprovada de mer-cado ou a projetos de investimentos que visem à modernização da capacidade produtiva necessária à absorção dos resultados do processo de pesquisa e desenvolvimento ou inovação. O valor mínimo para financiamento é de R$ 3 milhões.
Fundo Tecnológico (Funtec)Destina-se a apoiar financeiramente projetos de estímulo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação de interesse estratégico para o País, em conformidade com os programas e políticas públicas do governo federal. Os clientes do Funtec são as instituições tecnológicas e as instituições de apoio, para o desen-volvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, com a interveniência de empresas participantes da pesquisa.
CNPq Programa Rhae Pesquisador na EmpresaSão concedidas a empresas ou instituições que executam atividades de desenvolvimento científico e/ou tecnológico bolsas para empregar especialistas – pesquisadores ou gestores de projetos e programas de pesquisa e desenvolvimento. As bolsas são de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (DTI), em diver-sos níveis, aprovadas pela Finep e operadas pelo CNPq. O Programa Rhae Inovação é acionado por meio de editais e chamadas públicas divulgadas na página do CNPq (www.cnpq.br).
MCT Fundos SetoriaisCriados pelo MCT e operados pela Finep e pelo CNPq, apóiam o desenvolvimento e a consolidação de parcerias entre Universidades e Centros de P&D, públicos e privados, sem fins lucrativos. Visa induzir o aumento dos investimentos das empresas em ciência e tecnologia e impulsionar o desenvolvimento tecnológico dos setores considerados, além de incentivar a geração de conhecimento e inovações que contribuam para a solução dos grandes problemas nacionais. São 16 Fundos Setoriais, 14 relativos a setores específicos¹ e dois transversais².
¹ Setores específicos: Aeronáutico, Agronegócio, Aquaviário, Biotecnologia, Energia,Tecnologia Espacial, Recursos Hídricos, Tecnologia da Informação, Mineral, Petróleo, Saúde, Transportes e Telecomunicações e Fundo Setorial para o desenvolvimento da Amazônia.² Setores transversais: um voltado à interação universidade-empresa (FVA - Fundo Verde-Amarelo), e outro destinado a apoiar a melhoria da infra-estrutura dos ICTs.
O Ambiente de Inovação em Minas Geraisinove em Minas
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Propriedade IntelectualA proteção conferida no Brasil à propriedade intelec-tual decorre da Constituição Federal, bem como de di-versas leis federais e tratados internacionais assinados pelo país. Trata-se, portanto, de legislação adequada aos padrões de proteção à propriedade intelectual es-tipulados no Trips – Trade Related Aspects of Intelec-tual Property Rights (Acordo Relativo aos Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio), tratado internacional celebrado pe-los membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), incorporado ao ordenamento jurídico brasilei-ro. Além do Trips, o Brasil assinou os principais tra-tados internacionais relativos à tutela dos direitos de propriedade intelectual, como o Tratado de Coopera-ção de Patentes (PCT), as Convenções de Berna, sobre Direitos Autorais, e de Paris, sobre Propriedade Indus-trial. O INPI é o órgão governamental encarregado da regulamentação e da execução das normas relativas aos direitos de propriedade industrial e do exame for-mal dos pedidos de registro de marca, de indicações geográficas e da concessão de patentes.
A propriedade intelectual sempre foi uma questão delicada entre empresas e instituições de ciência e tecnologia. Pensando nisso, o governo do Estado de Minas Gerais promove iniciativas que facilitam o di-álogo relacionado à propriedade intelectual entre es-sas instituições, como a Lei Mineira de Inovação e a constituição dos NITs, e a criação da Rede de Proprie-dade Intelectual (RMPI). Tais ações visam, através do suporte à proteção intelectual, estimular as inovações tecnológicas, garantindo a participação dos pesquisa-dores e instituições inventoras nos ganhos relativos aos produtos inovadores que desenvolveram.
Lei Mineira de Inovação
A Lei Mineira de Inovação foi sancionada em janeiro de 2008, fazendo com que Minas Gerais entrasse na pequena lista dos Estados que já aprovaram uma Lei estadual para fomento à inovação. A versão mineira da lei reafirma para as ICTs de Minas Gerais o que está na Lei Federal, com adaptações e agregação de instrumentos que agilizam os processos de inovação. Alguns pontos importantes da Lei Mineira de Inova-ção são:• Estímulo de parcerias entre instituições de pes-
quisa e empresas para o desenvolvimento de tec-nologias.
• Incentivo aos ICTs na utilização mais eficiente da legislação de Propriedade Intelectual, registrando patentes e gerando recursos para novas pesquisas.
• Fortalecimento dos NITs, que têm como objetivo principal fazer com que tecnologias que estão sen-do desenvolvidas nos laboratórios possam se trans-formar em um produto ou serviço e ser patenteado, gerando riqueza para a sociedade.
• Criação do FIIT, que permite o financiamento de projetos de pesquisa e inovação diretamente para empresas.
• Determinação de aspectos relacionados aos pesqui-sadores: inclusão do índice de geração de patentes na avaliação de desempenho, criação de condições para participação nos ganhos com a comercializa-ção de seus inventos e de condições de uso de labo-ratórios de grandes centros de pesquisa.
Núcleos de Inovação Tecnológica e Prote-ção ao Conhecimento (NITs)
Os NITs são órgãos vinculados às universidades, res-ponsáveis por intermediar as negociações relaciona-das à transferência de tecnologia entre estas ins-tituições e empresas. Objetivam induzir e fomentar a inovação e garantir a proteção intelectual dentro das ICTs. Nas universidades mineiras existem 22 NITs, que são fundamentais na capacitação de profissionais para assessorar, apoiar e gerir atividades direcionadas à inovação, proteção à atividade intelectual e incen-tivo à comercialização dos resultados das pesquisas desenvolvidas.
Rede de propriedade intelectual (RMPI)
Na busca de uma nova interface de relacionamento entre empresas e instituições de pesquisa, a RMPI é uma associação sem fins lucrativos que atua agregan-do uma visão comercial às discussões sobre Proprie-dade Intelectual, facilitando o diálogo entre pesqui-sadores, universidades e empresas. A Rede auxilia as ICTs mineiras na definição de políticas de proteção intelectual, na implantação dos NITs, na capacitação de recursos humanos para atuarem na gestão da pro-teção do conhecimento e na transferência de tecnolo-gia. Além disso, busca potencializar e difundir o papel das universidades e dos centros de pesquisa nas ativi-dades de cooperação com o setor empresarial.
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O ambiente de inovação em Minas Gerais inove em Minas
Parques TecnológicosParques tecnológicos são complexos organizacionais de caráter científico e tecnológico, estruturados de forma planejada, concentrada e cooperativa, que agregam EBTs e instituições de P&D. São adminis-trados por profissionais especializados, cujo objetivo principal é proporcionar o aumento de riqueza de sua comunidade por meio da promoção da cultura da inovação e da competitividade nas empresas e instituições de pesquisa a ela associadas.
No intuito de atingir seus objetivos, um parque tec-nológico estimula e gerencia o fluxo de conheci-mento e tecnologia entre universidades, instituições P&D, empresas e mercados, facilita a criação e o de-senvolvimento de firmas inovadoras por meio da in-cubação e de processos de spin-offs e fornece outros serviços de valor agregado e instalações físicas de alta qualidade.
Os Parques agregam condições fundamentais para empreendimentos de base tecnológica:
• Oferta de edificações para a instalação de empre-sas.
• Vínculo com centros de ensino e P&D.• Oferta de serviços de suporte, como: - apoio à transferência de tecnologia e gestão tec-
nológica; - laboratórios de testes compartilhados; - auxílio para a captação de capital de risco; - presença de incubadoras de empresas e centros
de pesquisa.
A Sectes busca articular, fomentar, apoiar e acele-rar as iniciativas de criação, implementação e de-senvolvimento dos parques tecnológicos, de forma a promover a transferência de tecnologia, a interação universidade-empresa e fomentar a cooperação e a complementaridade entre os parques.
O FIIT, principal instrumento da Lei Mineira de Inovação, permite o financiamento de projetos de pesquisa e inovação diretamente para as em-presas, com recursos do orçamento do Estado. O FIIT não possui vínculo com nenhum edital, possibilitando a obtenção do financiamento sem a necessidade de aprovação de crédito ou inter-venientes. Além disso, as empresas beneficiadas podem aplicar os recursos de forma flexível, in-vestindo, por exemplo, na construção e reforma de instalações e compra de equipamentos. O FIIT
se propõe a financiar até 90% de um projeto de inovação aprovado, com o restante em contrapar-tida financeira da empresa beneficiária. O finan-ciamento é concedido após aprovação da proposta pelo Estado e realizado através de recursos não reembolsáveis. São beneficiadas empresas de to-dos os tipos e tamanhos, principalmente aquelas de base tecnológica (EBTs), que têm sua atividade produtiva direcionada para o desenvolvimento de novos produtos ou processos.
Fundo de Incentivo à Inovação Tecnológica (FIIT)
Dos 32 parques tecnológicos em diversas fases de implantação no Brasil, 11 estão localizados em Minas Gerais.
Será instalada uma unidade do CPqRR/Fiocruz Minas no BH-Tec. A construção das novas ins-talações do CPqRR, com conclusão prevista para 2013, vão ampliar as possibilidades de interação das empresas e instituições científicas da região metropolitana de Belo Horizonte com a Fiocruz, entidade de referência para o desenvolvimento do setor de produtos biológicos, ensaios pré-clínicos
e clínicos e biofarmacêutica em todo o Brasil. Com área construída de 18 mil metros quadrados, o es-paço vai abrigar todas as atividades da instituição: pesquisa científica, ensino, administração, cole-ções de vetores, serviços, entre outras.
Fonte: UFMG (outubro de 2009)
Centro de Pesquisas Renè Rachou será instalado no BH-TEC
O Ambiente de Inovação em Minas Geraisinove em Minas
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Os parques de Belo Horizonte, Viçosa e Itajubá são considerados pilotos para a estruturação da rede de cooperação, que, futuramente, será difundida para outros parques em Minas Gerais, como os de Juiz de Fora e Lavras, que estão em fase de projeto.
Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH–TEC)Localizado ao lado da UFMG, o BH-TEC é um parque tecnológico generalista, com foco nas áreas de exce-lência já desenvolvidas:
• Tecnologias da informação e comunicação• Biotecnologia• Saúde humana e animal• Farmacêutica• Tecnologia médico-hospitalar• Novos materiais• Tecnologia de processos• Tecnologia ambiental• Tecnologias em energia• “Indústrias criativas”• Serviços tecnológicos
O BH-TEC em números:
• Área externa (comércio e serviços): 21.086 m²• Área para empresas de base tecnológica: 41.325 m²• Área institucional: 30.866m²• Área de proteção ambiental: 370.989 m²• Recursos: R$ 28,3 milhões
Fonte: Secretaria BH-TEC
Parque Tecnológico de Viçosa
Com foco no setor de agronegócios, o projeto do PTV alia um alto padrão de urbanização, com espaços des-tinados a outras atividades que tem o objetivo de au-mentar sua interação com a cidade.
Além da estrutura empresarial, o PTV contará com:• Sistema viário interno que permitirá várias cone-
xões com as vias de acesso atuais
• Centro de Estudos Ambientais para gerenciar as ati-vidades de lazer
• Museu Interativo de Ciência e Tecnologia • Desenvolvimento de projetos sociais
O Parque Tecnológico de Viçosa em números:
• Área total : 2.140.000m² • Área urbanizada: 400.000m² • Área de preservação: 1.740.000m² • 81 lotes com área média de 2.000m² • 42 salas para empresas
Fonte: Secretaria Parque Tecnológico de Viçosa
Parque Científico e Tecnológico de Itajubá
Localizado dentro do campus da Unifei, o parque terá foco nos setores de energia e engenharia.
• Centros de Estudos de Investigação e Inovação em Eficiência Energética e de Biomateriais
• Centro de Qualidade de Energia e Compatibilidade Elétrica (C-QCE)
• Condomínio de Empresas incubadas e graduadas • Parceria com empresas como: Companhia Energé-
tica de Minas Gerais (Cemig), Eletrobras, Siemens, Schweitzer, Phillips e Grupo Ultra
O Parque Científico e Tecnológico de Itajubá em nú-meros:
• Área total: 372.903 m2
• Área construída: 40.474 m2
• R$ 22,5 milhões em investimentos
Fonte: Secretaria Parque Científico e Tecnológico de Itajubá
O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas
27
Padrão de Inovação das Empresas Mineiras e Principais InteraçõesMinas Gerais se destaca nacionalmente em rela-ção a fatores essenciais para a construção de um sistema de inovação, como a presença de institui-ções de ensino e pesquisa de elevada qualidade, apoio do governo estadual e disponibilidade de profissionais qualificados em áreas tecnológicas. O padrão de inovação das empresas mineiras re-vela o potencial de interação entre esses fatores, indicando a existência de diversas oportunidades de investimento no Estado.
De acordo com a última Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec, 2005), 30% das empresas mineiras realizaram inovações. A maior parte das empresas inovadoras realizou inovações
Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica A presença de incubadoras de empresas é funda-mental para o sucesso de empreendimentos de base tecnológica. O ambiente oferecido pelas incubado-ras agrega o fornecimento de infraestrutura, cursos de capacitação gerencial, assessorias, consultorias, orientação na elaboração de projetos a instituições de fomento, serviços administrativos, acesso a in-formações.
Minas Gerais possui 25 incubadoras com focos diversos e destaque no cenário nacional, a que se associam 330 empresas. De 2002 a 2007, seis in-
cubadoras mineiras obtiveram o primeiro lugar no Prêmio Melhores incubadoras de Empresas de Base Tecnológica do Brasil, oferecido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreen-dimentos Inovadores (Anprotec). Em 2007, o fa-turamento das empresas incubadas e graduadas no Estado chegou a R$135 milhões.
Prêmio Melhor Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Brasil*
Ano Incubadora Localização Áreas
2007 Inova-AGE/UFMG Belo Horizonte – MG Multisetorial
2006 Centev/UFV Viçosa – MG Multisetorial com ênfase no agranegócio
2005 Inatel Santa Rita do Sapucaí – MG Eletrônica, Automação, Telecomunicações e TI
2004 Habitat/Fundação Biominas
Belo Horizonte – MG Biotecnologia
2003 Prointec Santa Rita do Sapucaí – MG Eletroeletrônico e TI
2002 Insoft-BH/Fumsoft Belo Horizonte – MG TI
Minas Gerais é o Estado que mais tem se destacado no cenário nacional, com 25 incubadoras que estão em 16 cidades.
Fontes: Rede Mineira de Incubadoras e Sebrae-MG
As características das inovações das empresas mi-neiras revelam oportunidades de interações para empresas e centros de pesquisa que venham a se instalar no Estado.
O Ambiente de Inovação em Minas Geraisinove em Minas
28
no processo de produção (81%), enquanto 53% inovaram em produto. As inovações de produto e processo simultaneamente foram feitas por 34% das empresas.
As interações com outras empresas ou institutos de pesquisa foram responsáveis pela maior parte das inovações de processo (90% dos casos), o que revela a existência de uma forte integração entre o setor empresarial mineiro e os institutos de pes-quisa científica e tecnológica.
Por outro lado, as empresas mineiras que inves-tiram em P&D receberam rendimentos elevados, advindos dos produtos desenvolvidos, o que de-monstra o grande potencial de geração de retorno econômico desse tipo de investimento no Estado.
A distribuição das fontes de informação utiliza-das pelas empresas inovadoras mineiras é outro indicador do potencial de interações encontrado no Estado. Nesse sentido, destacam-se a aquisi-ção de licenças, patentes e know how, a intera-
ção com universidades e institutos de pesquisa, consultorias, centros de capacitação profissional e assistência técnica e instituições de testes, en-saios e certificações.
As empresas também atribuíram alto grau de importância ao processo de inovação a parceria com universidades e institutos de pesquisa.
Fontes de informações empregadas pelas empresas mineiras que implementaram inovações (% de em-presas) - 2003 a 2005
Aquisições de licenças, patentes e know how 74
Outras empresas do grupo 61
Universidades e instituições de pesquisa 59Empresas de consultoria e consultore independentes 58Centros de capacitação profissional e assistência técnica 57
Instituições de testes e ensaios e certificações 32Conferências, encontros e publicações especializadas 18
Concorrentes 18Feiras e exposições 18
Redes de informações informatizadas 14Clientes ou consumidores 4
Fornecedores 4Fonte: PINTEC-IBGE, 2005
Empresas mineiras inovadoras que consideraram im-portância elevada das parcerias, por tipo de parceria (% de empresas), 2003 - 2005
Clientes ou consumidores 46
Fornecedores 42
Universidades e instituições de pesquisa 26Empresas de consultoria 20
Centros de capacitação profissional e assistência técnica 14Outras empresas do grupo 12
Concorrentes 9Fonte: PINTEC-IBGE, 2005
Em Minas Gerais há um elevado potencial de intera-ção entre empresas e institutos de pesquisa científica e tecnológica.
As empresas que realizaram atividades de P&D no Estado obtiveram elevados rendimentos.
Receita líquida de vendas e dispêndio em atividades de P&D - média das empresas mineiras (R$ milhões) - 2003 a 2005
9,4
Receita líquida de vendas Média
1,7
Dispêndio médio em atividades de
P&D
Fonte: PINTEC-IBGE, 2005
Padrão de inovação das empresas mineiras que inovaram em produto e/ou processo (%) - 2003 a 2005
3453
81
Produto e processo
Produto Processo
Fonte: PINTEC-IBGE, 2005
O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas
29
Estabilidade Econômica
Um cenário economicamente estável é fundamental para garantir o re-torno dos investimentos realizados em uma região. Minas Gerais é o segundo Estado mais industrializado do Brasil, com uma estabilidade econômica e financeira que se reflete nas altas taxas de crescimento do PIB, o terceiro maior do país, nos expressivos resultados de sua balança comercial e no crescimento da atração de investimentos estrangeiros.
O PIB de Minas Gerais cresceu a uma taxa de 6,3% em 2008, superando a média nacional em 1,2 pontos percentuais e confirmando a tendência de crescimento dos anos anteriores. Em 2007, o PIB do Estado superou os R$ 241 bilhões.
A balança comercial mineira vem apresentando superávits crescentes. De 2002 a 2008, as exportações no Estado cresceram 375%, passando de US$6,4 bilhões para US$24 bilhões. Entre dezembro de 2007 e o mesmo período de 2008, essa tendência foi acelerada, o que é comprovado pelo acréscimo de US$6 bilhões no montante de produtos exportados.
O saldo acumulado da balança comercial de Minas Gerais entre janeiro e maio de 2009 chegou a US$5 bilhões, mesmo no contexto da crise econômica que se espalhou pelo mundo em 2008. Este fato demonstra a estabilidade da economia mineira frente a oscilações na economia global.
Fontes: Fundação João Pinheiro e IBGE
A estabilidade econômica e finan-ceira em Minas Gerais se reflete em taxas de crescimento do PIB supe-riores às do Brasil.
Os crescentes superávits na balança comercial mineira refletem a força do Estado no comércio internacio-nal.
Em 2008, apesar da crise econô-mica mundial, o saldo da balança comercial mineira se manteve po-sitivo, com um elevado crescimento do valor das exportações.
A Economia Mineira
Crescimento anual real do PIB, Minas Gerais e Brasil (%) -2002 a 2008
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2005 2006 2007 2008
Brasil
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Exportação
Importação
Saída
Balança Comercial de Minas Gerais – 2002 a 2008 (R$ bilhões) 01234567
2005 2006 2007 2008
Brasil
Minas Gerais
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Exportação
Importação
Saída
O Ambiente de Inovação em Minas Geraisinove em Minas
30
Como reflexo do potencial de retorno econômico dos investimentos feitos em Minas Gerais, o volume de ativos com participação estrangeira no Estado entre 1995 e 2005 obteve um crescimento de mais de 480% (R$1,9 bilhão para R$9,2 bilhões). No mes-mo período, o estoque de investimento estrangeiro direto passou de R$2,4 bilhões para R$4,4 bilhões.
Fonte: Banco Central do Brasil, Censo de Capitais Estrangeiros (1995 e 2005)
Custos competitivos
Minas Gerais possui grande vantagem competitiva no cenário nacional em relação ao custo de fatores estra-tégicos para as decisões empresariais, como salários, aluguéis, água, energia, comunicação e transportes.
A média de salários, retiradas e outras remunera-ções por trabalhador no Estado é inferior à média brasileira e de Estados como Rio de Janeiro e São Paulo. O mesmo ocorre em relação aos encargos sociais e trabalhistas, indenizações e benefícios.
Fonte: Pesquisa Industrial Anual (PIA) - IBGE, 2006
Essa vantagem se deve fundamentalmente ao baixo custo de vida nas cidades mineiras em comparação com outras regiões de destaque econômico no país. O índice de custo de vida da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em 2002 foi 3% menor que a média nacional, enquanto Rio de Janeiro e São Paulo foram 7,4% e 13% superiores, respecti-vamente.
Fonte: Azzoni et al., 2003
O custo de fatores estratégicos para a instalação de negócios, como transporte e comunicações, alimen-tação e habitação, foram responsáveis pelo baixo índice relativo de custo de vida na região metropo-litana da capital mineira.
Fonte: Azzoni et al., 2003
Índice de custo de vida por grupos selecionados de cestas de consumo - RMs (% em relação à média nacional) - 2002
Regiões Me-tropolitanas
Transporte e comuni-cações
Alimen-tação
Habita-ção
Belo Horizonte 98,2 94,6 89,3
São Paulo 106,2 107,3 121,6
Rio de Janeiro 102,7 103,5 119,7
O elevado potencial de retorno econômico das atividades realizadas em Minas Gerais tem atraído cada vez mais investimentos estrangeiros.
Crescimento dos ativos com participação estrangei-ra e do estoque de investimento estrangeiro direto - Minas Gerais (R$ bilhões) - 1995 e 2005
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Minas Gerais
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Exportação
Importação
Saída
2,44,4
1,9
Estoque de investimento estrangeiro direto
9,2
Ativos com participação estrangeira
1995 2005
Salários, retiradas e outras remunerações pagas pelas indústrias com 30 ou mais pessoas ocupadas- média por trabalhador empregado (R$ mil) – Brasil e estados da região sudeste - 2006
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Brasil
Minas Gerais
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Exportação
Importação
Saída
16 20
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Minas Gerais
2025
Brasil Espírito Santo
São Paulo Rio de Janeiro
Nível de custo de vida em relação à média brasileira (%)- 2002
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2005 2006 2007 2008
Brasil
Minas Gerais
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Exportação
Importação
Saída
-3%
Minas Gerais São PauloRio de Janeiro
7%13%
Os custos relativos aos salários em Minas Gerais estão abaixo da média nacional e de Estados como Rio de Janeiro e São Paulo, o que se deve ao me-nor custo de vida das cidades mineiras.
O baixo custo de vida em Minas Gerais em relação à média brasileira se deve aos baixos custos de fatores estratégicos para as decisões empresariais:• 1,7% inferior para transporte e comunicações• 5,4% inferior para alimentação• 10,7% inferior para habitação
O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas
31
Minas Gerais possui ampla diversidade de belas paisagens e opções de lazer, que proporcionam excelente qualidade de vida aos habitan-tes. A abundância de águas e o clima agradável são um convite aos vários circuitos turísticos mineiros que passam por vilas e vilarejos, nos quais se destacam as reservas naturais, as estâncias minerais, e um rico patrimônio histórico. A Estrada Real, que liga Minas ao lito-ral, possibilita o contato do viajante com o passado do Estado e do Brasil, através da cultura e arte regionais, como os estilos barroco e rococó e as diversas manifestações artísticas traduzidas na arquitetu-ra, esculturas e pinturas datadas do século XVIII.
O artesanato e a culinária são características fortes muito apreciadas pelos turistas brasileiros e estrangeiros que visitam o Estado. Além disso, a população mineira é conhecida pela cultura tradicional e marcada pela hospitalidade e respeito à diversidade política, religiosa e cultural.
Belo Horizonte
A capital mineira foi a primeira cidade planejada do Brasil. Reco-nhecida pela beleza natural de suas paisagens, BH foi indicada em 1990 como a metrópole com a melhor qualidade de vida na América Latina, segundo o Population Crisis Commitee, da Organização das Nações Unidas (ONU). O clima na cidade é caracterizado por tempe-raturas amenas, que variam entre 16° e 31°.
A indústria cultural em Belo Horizonte oferece diversas opções de entretenimento, recebendo frequentemente shows e peças teatrais nacionais e internacionais, festivais gastronômicos, exposições de arte, além de outros festivais e mostras culturais variados.
A cidade, escolhida como uma das sedes da Copa de 2014, possui vá-rios clubes destinados a atividades desportivas, além de contar com três grandes ginásios e dois grandes estádios de futebol (inclusive o Mineirão, segundo maior estádio do país). No atletismo, destaca-se a realização da Volta Internacional da Pampulha, que reúne anualmen-te atletas mundialmente consagrados.
A população mineira é conhecida pela cultura tradicional e pela hos-pitalidade e respeito à diversidade política e religiosa.
O artesanato e a culinária são mui-to apreciados pelos turistas brasi-leiros e estrangeiros que visitam o Estado.
Minas Gerais possui belas paisa-gens e clima agradável, com tempe-raturas amenas.
A indústria cultural é diversificada e de elevada qualidade.
Qualidade de Vida
• 27 parques urbanos• 500 praças• 36 teatros
• 54 salas de cinema• Mais de 30 galerias de arte• 18 museus
A cidade de Belo Horizonte possui:
Pico do Itacolomi - Ouro Preto
32
Setores Estratégicos:Oportunidades de Investimentos em Inovação
inove em Minas
33
Setores Estratégicos
Setor Ações do Governo Cenário Instituições de Ciência e Tecnologia
Agronegócio • Polo de Excelência do Leite e Derivados
• Polo de Excelência do Café• Polo de Excelência de Genética
Bovina• Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia do Café• Centro de inteligência competiti-
va em Genética Bovina
• 12% do agronegócio brasileiro• PIB: R$91 bilhões; crescimento de 15%; 8% maior
que a média nacional (2008)• Exportações: US$6 bilhões (2008)
• Embrapa• Epamig• UFJF• Ufla• UFMG• UFU• UFV
Automotivo • Edital Mestres e Doutores na Empresa
• Encontro de Inovação do setor automotivo
• 2ª maior frota de veículos do país• 14% dos automóveis vendidos no país (2007)• 22% de crescimento da indústria automobilística
(2007)• 293% de crescimento da receita de vendas, de R$8
bilhões para R$24 bilhões (setor de fabricação e montagem, reboques e carrocerias - 2006 a 2007)
• Cefet-MG• UFMG• Unifei
Biotecnologia • Rede Mineira de Biotecnologia para o Agronegócio
• Polo de Excelência em Genética Bovina
• APLs de Biotecnologia de Belo Horizonte, Viçosa e da região do Triângulo Mineiro e Alto Parana-íba
• 1° lugar na bioindústria da América Latina• 2° lugar nacional em número de empresas de
Biotecnologia• 3 APLs de Biotecnologia – investimentos de R$5
milhões (2008)
• Cetec• CPqRR• Embrapa• Epamig• Fundação Hemominas• Ufla• UFMG• Ufop• UFV
Econegócio • Lei Estadual de Resíduos Sólidos• Projeto Bolsa Verde• Projeto Resíduo é Energia• Rede Biota Minas• Centro Mineiro de Referência em
Resíduos
• Elevado potencial de produção de inovações ver-des
• Destaque nacional em termos de bacia hidrográfi-ca, biodiversidade e área agricultável
• Centro de Pesquisa e Educação Ambiental
• Ufla• Ufop• UFV
Eletroeletrô-nico
• Programa de Indução à Moderni-zação Industrial (Proim)
• Programa de Apoio às Empresas de Eletrônica, Informática e de Telecomunicações (Proe-Eletrô-nica)
• Polo de Microeletrônica• APL de Eletroeletrônica
• 137 empresas de eletrônica • Vale da Eletrônica – R$1 bilhão de faturamento
(2008), 28% de crescimento (2007 a 2009), 11 mil itens comercializados no Brasil e no exterior
• R$18 milhões de investimentos da Fapemig em qualificação de profissionais
• ETE• FAI• Inatel• UFMG• Unifei• Senai
Energia • APL de etanol• APL de biodiesel e óleos vegetais• APL de biomassa e carvão vege-
tal• Centro de Inovação em Bioener-
gia
• Maior rede de distribuição de energia da América Latina (14% da capacidade de geração)
• 57 usinas hidrelétricas em operação• 3° lugar na produção nacional de álcool combustí-
vel• 140% de crescimento do fornecimento de gás
natural pela Gasmig (2000 a 2006)• 6.600 t/dia de capacidade de processamento de
óleos vegetais em 2008
• Bioerg• CDTN• Cetec- MG• C-QCE • LRC• PUC• Ufla• UFMG• Ufop• Unifei
Mínero-metalúrgico
• Polo de Excelência Mineral e Metalúrgico
• 13 APLs potenciais no setor de metalurgia básica
• 1° lugar na produção mineral nacional • 19% das empresas brasileiras de metalurgia básica• 1° lugar na produção nacional de cimento• R$4 bilhões de faturamento anual da produção de
ferro-gusa (65% do faturamento nacional)• 40% da produção brasileira de aço e 13% das
empresas siderúrgicas do país
• CDM• CeaqFe• Cetec - MG• CPT• UFMG• Ufop
Tecnologia da Informação
• APL de software • 4 mil empresas especializadas – faturamento anual superior a R$2,5 bilhões (2008)
• R$ 2 milhões em investimentos no APL de Softwa-re pelo Governo do Estado (2008)
• ETE• FAI• Inatel• UFMG• Unifei• Senai
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
inove em Minas
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Setores Estratégicos
As vocações econômicas do Estado de Minas Gerais se constituem em excelentes oportuni-dades para os investimentos em pesquisa e de-senvolvimento de novos produtos e tecnologias. Existe uma diversidade setorial que torna o Esta-do atrativo para investimentos de P&D tanto em atividades tradicionais – Agronegócios e Mine-ral Metalúrgico – como em setores de vanguar-da, tais como Tecnologia da Informação e Bio-tecnologia. A concentração desses setores em regiões do Estado permite a formação de polos de excelência caracterizados por intensas trocas
de experiências e aprendizados e pela formação de parcerias entre empresas, instituições de ensi-no e pesquisa e agências públicas de fomento, o que potencializa o retorno de investimentos em inovação.
A seguir, são apresentados os setores estratégi-cos para o Estado de Minas Gerais: Agronegó-cios, Automotivo, Biotecnologia, Econegócios, Eletroeletrônico, Energia, Mínero-metalúrgico e Tecnologia da Informação.
Localização dos principais Polos de Excelência e APLs de Minas Gerais
Recursos Hídricos(Polo de Excelência)
Genética Bovina(Polo de Excelência)
Gestão Ambiental(Polo de Excelência)
Minero-Metalúrgico (Polo de Excelência)
Eletroeletrônico e Telecomunicações (APL e Polo de Excelência) Café (Polo de Excelência)
Florestas (Polo de Excelência)
Leite e Derivados(Polo de Excelência)
Biocombustíveis (APL)
Software (APL)
Biotecnologia (APL)AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICOAGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
inove em Minas
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Cenário
Minas Gerais possui tradição na atividade agropecuária, represen-tando 12% do agronegócio brasileiro. O PIB do agronegócio mineiro cresceu 15% em 2008, superando em 8 pontos percentuais a média nacional e chegando a aproximadamente R$91 bilhões de reais. O superávit da balança comercial do agronegócio no Estado no mesmo ano foi 18% superior ao valor de 2007, sendo que o valor exportado alcançou os US$6 bilhões.
O Estado é o maior produtor de leite e café e detém o segundo maior rebanho bovino do país. Destaca-se ainda na produção nacional de outros produtos agrícolas, como milho e soja, e no reflorestamento, sendo o principal produtor de carvão de florestas plantadas.
Fonte: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), 2007
Instituições de ciência e tecnologia
Um dos fatores que explicam o sucesso do agronegócio em Minas Gerais é a presença de centros de pesquisa agropecuária nacionais e estaduais que, juntamente com universidades e outras instituições privadas, fazem parte do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuá-ria. As unidades da Embrapa no Estado e a Epamig são algumas das instituições que mais se destacam no setor.
A Embrapa desenvolve pesquisas e novas técnicas voltadas para a melhoria da qualidade dos produtos agropecuários e para o aumento da produtividade do setor. A instituição possui duas unidades con-ceituadas pelos resultados do trabalho em Minas Gerais: a Embrapa Milho e Sorgo e a Embrapa Gado de Leite.
A Epamig é um centro estadual de pesquisa, com sede na cidade de Belo Horizonte. A instituição possui uma estrutura descentralizada composta por cinco unidades regionais, com vinte e cinco fazendas
Setores Estratégicos
Principais produtos agropecuários do Estado de Minas Gerais
Produto Produção Posição no Ranking nacional
Café (beneficiado) 1,4 milhões 1º
Leite (mil litros) 7,3 milhões 1º
Leite industrializado (mil litros) 5,3 milhões 1º
Carvão vegetal (tonelada) 2,9 milhões 1º
Folha de eucalipto (toneladas) 28 mil 1º
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
Agronegócio
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café)
O INCT Café está sediado na Ufla, jun-to ao Pólo de Excelência do Café. Foi criado através de investimentos do CNPq e da Fapemig, com o objetivo de integrar competências institucionais, para induzir o processo de desenvol-vimento competitivo do agronegócio do café no país. Tem a missão de gerar tecnologias apropriadas, competitivas e sustentáveis, por meio da integração de competências institucionais, capa-citar de recursos humanos com estí-mulo à inovação e gerar negócios de alto valor agregado. Conta com a par-ticipação das principais instituições integradas ao consórcio de pesquisas em café, como a Embrapa, a Epamig, a UFV, o Instituto Agronômico (IAC), a Fundação Procafé, entre outras. Par-ticipam do INCT Café 62 pesquisado-res, além de bolsistas de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Fonte: Jornal Agrosoft, dezembro de 2008; Secretaria do INCT.
Setores Estratégicosinove em Minas
36
experimentais, três núcleos tecnológicos, um ins-tituto de laticínios e um núcleo de ensino técnico agropecuário, localizados em regiões estratégicas do Estado.
Ações direcionadas do Governo do Estado
O incentivo à inovação tecnológica por parte do Estado, representado pela criação dos Polos de Ex-celência potencializa o cenário positivo do agrone-gócio mineiro.
Os Polos de Leite e Derivados, Café e Genética Bovina são compostos por instituições públicas e centros de pesquisa públicos e privados, que tra-balham no sentido de ampliar as interações com as empresas, gerando inovações e soluções para as demandas do setor.
O Polo de Excelência em Florestas é uma institui-ção que garante que Minas Gerais, enquanto deten-tor da maior área de plantações florestais no Brasil (cerca de 1,52 milhão de hectares) possa integrar as diferentes potencialidades do negócio florestal. A
implantação do Polo visa estabelecer uma ligação estratégica entre o desenvolvimento tecnológico e a tecnologia da informação com os diferentes elos da cadeia produtiva florestal. Esta ação coloca Minas Gerais na vanguarda do desenvolvimento sustentá-vel do negócio florestal brasileiro e criar um grande atrativo para investimentos no Estado. O Polo atua em três grandes linhas:
1. Otimização das potencialidades de desenvolvi-mento científico, tecnológico e de inovação, ad-vindos da existência de competências instaladas no Estado;
2. Aproveitamento da sinergia resultante do Polo para estabelecer novos negócios;
3. Utilização da sinergia resultante do Polo para implementar programas locais e regionais de de-senvolvimento sustentável dos setores de produção e de transformação do setor de base florestal.
Principais Instituições de Ciência e Tecnologia do setor Agropecuário do Estado de Minas Gerais
Leite Universidade Federal de Juiz de Fora
Embrapa Gado de Leite
Universidade Federal de Viçosa
Universidade Federal de Lavras
Centro Federal de Ensino Técnico (Rio Pomba)
Epamig
Café Universidade Federal de Viçosa
Universidade Federal de Lavras
Milho e Sorgo
Embrapa Milho e Sorgo
Genética Bovina
Universidade Federal de Uberlândia
Embrapa Gado de Leite
Universidade Federal de Minas Gerais
Universidade Federal de Viçosa
Universidade Federal de Lavras
Epamig
Outras ações do Estado nas áreas de leite e deri-vados, café e genética bovina
Leite ederivados
• Criação do mestrado profissional em Leite e Derivados
• Criação da Comissão de Garantia da Segurança e Qualidade de Produtos Lácteos
• Filiação do Brasil à Federação Inter-nacional de Lácteos
Café • Criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café
• Criação de dois cursos de Masters of Business Administration (MBA) em Coffee Business
• Estudo para implantação do Parque Tecnológico do Café, Varginha – MG
Genética bovina
• Criação do Centro de Inteligência Competitiva em Genética Bovina
Polos de Excelência articulam competências para promover inovações, atender demandas e atrair negócios, potencializando o cenário positivo do agronegócio mineiro.
inove em Minas
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AutomotivoCenário
Minas Gerais possui a segunda maior frota de veículos do Brasil, com cerca de 3 milhões de unidades. O Estado respondeu por 14% dos automóveis vendidos no país em 2007. No mesmo ano, a indústria automobilística mineira cresceu 22% e o número de veículos empla-cados no Estado aumentou 32%.
A receita líquida de vendas do setor de fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias em Minas cresceu 293% entre 2006 e 2007, passando de R$8 bilhões para R$24 bilhões. As atividades da indústria automotiva se dividem entre as regiões do Estado, variando desde a fabricação de autopeças até a mecânica pesada.
O Grupo Fiat concentra no Estado o maior volume das suas ativi-dades no Brasil, tendo papel significativo na cadeia produtiva da indústria automobilística de Minas. Além de automóveis, o Grupo fabrica máquinas agrícolas e de construção (CNH), caminhões e veí-culos utilitários (Iveco), componentes automotivos (Magneti Marelli), motores e transmissões (FPT), produtos metalúrgicos (Teksid) e meios e sistemas de produção (Comau).
Instituições de Ciência e Tecnologia
As universidades e institutos de pesquisa de Minas Gerais formam profissionais qualificados para a atuação no setor automotivo em suas várias áreas, do design e construção de veículos às simulações computacionais. As ICTs mineiras possuem competências para aten-der diversas demandas do setor, como reciclagem e utilização de no-vos materiais, design, entre outras. Entre as instituições que realizam pesquisas diretamente relacionadas à área automotiva, destacam-se a UFMG, o Cefet-MG e a Unifei, que desenvolvem projetos de veículos e componentes automotivos inovadores.
Atividades do setor automotivo por região em Minas Gerais
Região Central Automóveis, autopeças e bens de capital
Região do Vale do Rio Doce Autopeças e mecânica pesada
Região Sul Helicópteros e autopeças
Região da Zona da Mata Automóveis
Polo de Desenvolvimento da Fiat
O Polo de Desenvolvimento Giovan-ni Agnelli, centro de pesquisas e de-senvolvimento de novos produtos do Grupo Fiat localiza-se dentro da fá-brica em Betim. Tem diversos labo-ratórios com recursos de última ge-ração, capazes de realizar simulações e testes dinâmicos em escala real que permitem desenvolver veículos com qualidade, sustentabilidade, inovação e segurança. Concentra cerca de 800 engenheiros e técnicos com alta espe-cialização em diversas áreas, capaci-tados para realizar todas as etapas do desenvolvimento de um automóvel, do design e dos modelos matemáticos, até as diversas provas de simulação e validação de protótipos.
Fontes: Sindicato dos Concessionários e Distri-buidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv) Fundação João Pinheiro e Fiat
Setores Estratégicos
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
Setores Estratégicosinove em Minas
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ExEMPLOS DE PROJETOS INOVADORES DE ICTs MINEIRAS NA áREA AUTOMOTIVA
Mini Baja – UFMG
O Mini Baja é um projeto dos alunos de Engenharia Mecânica da UFMG para a construção de um veícu-lo de competição. O modelo desenvolvido passa por provas estáticas, dinâmicas e de resistência, servin-do como um laboratório para os futuros profissio-nais da indústria automobilística, que utilizam as mesmas ferramentas presentes nas grandes monta-doras de automóveis de todo o mundo.
Ecofet – Cefet-MG
Alunos do Cefet-MG se envolveram em uma com-petição baseada na construção de um automóvel que visa percorrer a maior quilometragem possí-vel com um litro de gasolina. A Ecofet deve aliar em seu veículo leveza, redução de qualquer tipo de atrito e a mais alta performance dos componen-tes empregados, visando sempre à melhor forma de equacionar desempenho e economia de com-bustível. O aspecto ecológico é fundamental para um projeto como esse, uma vez que a economia de combustível é um dos maiores objetivos da indús-tria no combate ao efeito estufa e o uso de materiais alternativos trabalhados no desenvolvimento do veículo pode, conseqüentemente, reduzir impactos no meio ambiente.
Veículo autônomo inteligente - Unifei
A Unifei, em parceria com a Universidade da Cali-fórnia, nos Estados Unidos, está desenvolvendo um veículo autônomo inteligente, controlado por com-putador, que dispensa a presença de motorista. O projeto visa a integração das linhas de produção in-dustrial. O projeto tem como objetivo automatizar o processo de transportes de produtos, inicialmen-te, dentro de ambientes industriais como fábricas e minas, entre outros, onde existe fluxo contínuo de materiais pesados, fazendo assim a conexão de linhas de manufaturas.
Ações direcionadas do Governo
O Governo de Minas Gerais estimula as interações entre os agentes de inovação do setor automoti-vo, através de ações direcionadas realizadas pela Fapemig e pela Sectes, como o Edital Mestres e Doutores na Empresa e o Encontro de Inovação do Setor Automotivo.
As instituições de ciência e tecnologia mineiras possuem competências em pesquisa e formam profissionais qualificados a atenderem diversas demandas do setor automotivo.
A Sectes realizou o Encontro de Inovação do Setor Automotivo na Feira de Inovação Tecno-lógica (Inovatec-2009). Através da análise das
demandas da empresa Fiat, foi realizado um trabalho de mapeamento de pesquisadores com competências para atendê-las em instituições de pesquisa em todo o Brasil. Durante a Ino-vatec, foram realizados encontros presenciais entre profissionais de diversas áreas da empre-sa e pesquisadores convidados, resultando em um elevado interesse de realização de parce-rias, seja para a transferência de tecnologias ou para o desenvolvimento conjunto de produtos.
Encontro de Inovação do Setor Automotivo
Realização de encontros presenciais entre em-presários e pesquisadores convidados, resultan-do em um elevado interesse por realização de parcerias.
inove em Minas
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Setores Estratégicos
BiotecnologiaCenário
Minas Gerais é o segundo Estado em número de empresas de Biotec-nologia no Brasil, representando cerca de 30% do total nacional. A atratividade do Estado para este setor está apoiada na interação entre as empresas, os três Polos de Excelência em Biotecnologia e a ampla rede de universidades e centros de pesquisa, que formam profissio-nais capacitados para atuar nesta área. A ação do governo estadual, através do apoio aos APLs de biotecnologia, é outro fator decisivo para o sucesso da bioindústria mineira.
Fonte: Conselho de Informações Sobre Biotecnologia (CIB)
Instituições de ciência e tecnologia
As instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento científico pre-sentes no Estado se destacam nacionalmente na área de Biotecnologia, tendo vários cursos de pós-graduação bem conceituados, que formam profissionais qualificados para a atuação na bioindústria. A UFMG, por exemplo, possui 161 pesquisadores com doutorado em Ciências Biológicas, além de ser destaque entre as universidades patenteadoras em biotecnologia. Além disso, a biodiversidade mineira favorece o de-senvolvimento de pesquisas relacionadas à área no Estado.
A Biotecnologia mineira em números• 1° lugar na bioindústria da América Latina
• 3 APLs de Biotecnologia (RMBH, Viçosa e Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba)
• 56 grupos de pesquisa em 2008
• R$ 5 milhões em investimentos da Sectes nos APLs em 2008
A Fundação Biominas é uma instituição voltada para a criação e desenvolvimento de empresas de biociências no Brasil, atuando desde a concepção até o amadureci-mento do empreendimento. A instituição oferece serviços especializados, como a análi-se de oportunidades de negó-cios, identificação de poten-
ciais parceiros estratégicos, arrecadação de recursos e consultoria em assuntos re-gulatórios e propriedade in-telectual. A Biominas possui uma forte rede de relacionamentos no país e no exterior, integrando universidades, governo, setor privado e fundos de investi-mentos.
Suporte a novos empreendimentos em biociências no Brasil
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
Monsanto
A Monsanto é uma empresa pionei-ra no desenvolvimento de produtos na área agrícola e tem redirecionado seus investimentos de pesquisa com agroquímicos para a biotecnologia, buscando desenvolver tecnologias que proporcionem aos agricultores melhor produtividade das lavouras e menores custos de produção. Uma de suas ações foi a construção do La-boratório de Biotecnologia e Melho-ramento Vegetal na UFV, em parceria com esta universidade e o Ministério da Educação, onde são desenvolvidas pesquisas com macaúba, milho, dendê e cana-de-açúcar. A Monsanto tam-bém investiu cerca de US$ 60 milhões na modernização de suas unidades de sementes e em um novo complexo de pesquisa e beneficiamento de semen-tes de milho e sorgo em Uberlândia (MG). O complexo dispõe de um cen-tro avançado de pesquisas que inclui laboratórios para o melhoramento convencional, fitopatologia e pesqui-sa em biotecnologia.
Fonte: Site Portal do Agronegócio, acessado em março de 2010
Setores Estratégicosinove em Minas
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Ações direcionadas do Governo do Estado
A Biotecnologia mineira é favorecida pelas ações estaduais de desenvolvimento tecnológico, como a Política Estadual de Apoio aos APLs e o Progra-ma de Implantação de Polos de Excelência. Mi-nas possui um dos oito polos internacionais de Biotecnologia, formado pelos APLs das cidades de Belo Horizonte, Viçosa e da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. O Estado é o único da América do Sul a ter um APL de Biotecnologia (o APL da RMBH) convidado a participar do site do Global Bioscience Partnership. Esse site foi cria-do para unir diferentes arranjos produtivos para discutir as experiências e resultados de programas de desenvolvimento regionais e nacionais, propor-cionando um clima de interação e troca de infor-mações entre os gestores desses arranjos.
Além do Polo de Excelência e dos APLS, o setor mineiro de biotecnologia conta com ações como a Rede Mineira de Biotecnologia para o Agrone-gócio (RMBA), criada em 2005, o Polo de Exce-lência em Genética Bovina, criado em 2008, e os fundos de recursos destinados a investimentos na área.
A RMBA foi criada para capacitar tecnologica-mente os pesquisadores do Estado nas áreas de genômica funcional, genética molecular e bios-segurança. Oferece estrutura física e apoia a inte-ração entre as instituições de pesquisa parceiras voltadas para o desenvolvimento sustentável do agronegócio mineiro. A RMBA é fruto de uma parceria entre governo do Estado, Embrapa Mi-lho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora-MG), Epamig, UFV, Ufla, UFU e a Escola de Veterinária da UFMG.
Principais instituições de ensino e pesquisa de Biotecnologia de Minas Gerais e suas áreas de pesquisa
Instituição Principais áreas de pesquisa
Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais
- Cetec
Saúde humana e veterinária, alimentos e meio am-
biente.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Biodiversidade, farmacêutica, bioquímica, maté-
rias-primas vegetais, alimentos, genética, zootecnia,
agronomia, entre outras.
Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Mineral-metalúrgica e tratamento de doenças.
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Ge-
rais (Epamig)
Agroenergia, aquicultura, agricultura, genética bovi-
na, silvicultura e meio-ambiente, entre outras.
Fundação Hemominas Hemoderivados
Centro de Pesquisas Renè Rachou/Fundação
Oswaldo Cruz (CpRR/Fiocruz)
Farmacologia, microbiologia, virologia, parasitolo-
gia, imunidade e inflamação, epidemiologia molecu-
lar e genética em saúde, vacinas, métodos diagnósti-
cos, vetores infecciosos.
Universidade Federal de Viçosa (UFV) Agropecuária em geral, reprodução animal, leve-
duras agroindustriais, sanidade avícola, genética
vegetal, fruticultura.
Universidade Federal de Lavras (Ufla) Reprodução animal, medicina veterinária, meio-am-
biente, alimentos, agronomia, entre outras.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa)
Agricultura, agroenergia, alimentos, genética animal
e vegetal, meio-ambiente e reprodução animal e
vegetal.
Setores Estratégicos inove em Minas
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Características dos APLs de Biotecnologia de Minas Gerais
Dados APL RMBH APL Viçosa APL TMAP
N° de empresas partici-pantes do Projeto APL
22 13 14
N° de empresas mapea-das no APL
Mais de 70 25 20
Principais segmentos de atuação
Saúde humana, saúde animal, meio ambiente e agronegócio
Saúde animal, ali-mentos e agronegócio, saúde humana, micro-biologia industrial
Biotecnologia animal, vegetal, meio-ambiente, saúde humana e bioener-gia
Incubadoras Inova (UFMG) e Habitat (Biominas)
Centev (UFV) Unitecne (Uniube) e Ciaem (UFU)
N° de grupos de pesquisa nos APLs
24 11 1
Municípios abrangidos 13 12 5
% de micro e pequenas empresas
80% 85% 58% micro e 14% incu-badas
Faturamento R$ 92 milhões em 2005 • 69% das empresas: até R$ 500 mil
• 8% das empresas: en-tre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.
• 58% das empresas: até R$ 500 mil
• 14% das empresas: de R$ 500 mil a R$ 1milhão
• 7% das empresas: entre R$ 1 milhão e R$ 5 mi-lhões
Site rededabioindustria.com.br biotecvicosa.com.br aplbiotm.com.br
O Polo de Excelência em Genética Bovina tem sede em Uberaba e foi criado pelo Governo estadual em parceria com diversas instituições e secretarias. Entre suas medidas está o Centro de Inteligência em Genética Bovina (CIGB), que tem como obje-tivos captar, organizar e gerir informações técni-
cas, científicas, econômicas e sociais de interesse da cadeia produtiva da genética bovina, reunindo informações estratégicas geradas pelas instituições de pesquisa, organismos nacionais e internacionais e agentes do setor.
Fundo do MCT e da Finep voltado para a for-mação e capacitação de recursos humanos para o setor de biotecnologia, fortalecimen-to da infra-estrutura nacional de pesquisas e serviços de suporte, expansão da base de co-
nhecimento, estímulo à formação de empre-sas de base biotecnológica e à transferência de tecnologias para empresas consolidadas, pros-pecção e monitoramento do avanço do conhe-cimento no setor.
Fundo Setorial de Biotecnologia
inove em Minas
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Setores Estratégicos
Econegócios Cenário
Inovações verdes podem ser definidas como aquelas que propor-cionam algum tipo de benefício ambiental, seja na prevenção ou na solução de problemas gerados pelo processos produtivos e seus produtos.
Minas Gerais possui um elevado potencial de produção de ino-vações verdes. Esta vocação é devido à riqueza da sua bacia hi-drográfica, à biodiversidade, à área agricultável, à produção de conhecimento de suas ICTs em áreas relacionadas à sustentabi-lidade ambiental e as ações do governo estadual direcionadas à preservação do meio-ambiente.
A importância atribuída à preservação do meio-ambiente na ati-vidade econômica nos últimos anos fez emergir diversas opor-tunidades para os chamados Econegócios. Esse é um segmento de mercado baseado no conceito de desenvolvimento sustentável, que reúne produtos e serviços voltados para a solução de proble-mas ambientais ou que utilizam métodos mais racionais de ex-ploração dos recursos naturais. Os econegócios são classificados em três principais segmentos: ecoindústria, baseada no desenvol-vimento de métodos de prevenção da degradação ambiental nos processos produtivos e reciclagem dos resíduos industriais; indús-trias alternativas, que trata de áreas como produção de energias alternativas, criação de materiais a partir de resíduos de processos produtivos; e, desenvolvimento de técnicas para a agricultura or-gânica e indústrias ambientalmente responsáveis, que são as que diferenciam seus produtos através da dimensão ambiental.
Fonte: Instituto Inovação
Centro de Pesquisa e Educação Ambiental Ferrous-Inhotim
O Centro de Pesquisa e Educação Am-biental foi criado por meio de um con-vênio assinado pela Ferrous Resources do Brasil Ltda e o Instituto Cultural Inhotim. É um espaço interinstitu-cional destinado a estudos e cursos avançados em meio ambiente, tendo como objetivo desenvolver pesquisas em gestão ambiental que servirão de modelo para todo o País. As univer-sidades UFMG e PUC Minas, as Se-cretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e a Sectes, e as empresas Cemig e Copasa firmaram um acordo de cooperação técnica para a estruturação do conse-lho consultivo do Centro e definição da agenda de pesquisas deste.
Principais segmentos dos Econegócios
Ecoindústria Indústrias alternativas
Indústrias ambientalmente responsáveis
• Gestão e tratamento de água e efluentes
• Gestão e recuperação de resíduos sólidos
• Descontaminação do solo• Despoluição do ar• Redução da poluição sonora• Recuperação de paisagens
• Energias reno-váveis
• Materiais alter-nativos
• Construções verdes
• Fito produtos• Alimentos orgâ-
nicos
• Indústrias de base
• Bens de con-sumo
• Instituições financeiras
• Outros tipos de empresas
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
Setores Estratégicos inove em Minas
Título do subseguimento
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Instituições de Ciência e Tecnologia
As ICTs mineiras realizam pesquisas em várias li-nhas relacionadas à sustentabilidade ambiental. Firmam parcerias com diversas empresas, em inte-rações que geram inovações e soluções para proble-mas causados pelas atividades industriais.
Ações direcionadas do Governo A preocupação ambiental do governo do Estado de Minas Gerais é refletida em pesquisas sobre a biodiversidade, em projetos de preservação do meio ambiente, na redução e reciclagem de resíduos, e em sua legislação.
Outra ação do Estado, o Polo de Excelência em Recursos Hídricos é o responsável pela elaboração de projetos estratégicos de utilização da água. Seu objetivo principal é agregar, em um ambiente co-operativo, as instituições de pesquisas e desenvol-vimento, de forma a gerar as bases para a gestão sustentável dos recursos hídricos do Estado. Tem a missão de consolidar Minas Gerais como um Es-tado de excelência em Recursos Hídricos, organi-zando e fortalecendo as estruturas geradoras de conhecimento, tecnologias, formação de recursos humanos e prestação de serviços.
Exemplos de grupos de pesquisas aplicadas aos econegócios nas ICTs do Estado de Minas Gerais que pos-suem parcerias com o setor privado
Grupo e Instituição Área predominante Principais aplicações principais da pesqui-sa para os econegócios
Parcerias
Biotecnologia e Ciência dos Materiais Aplicadas à Tecnolo-gia Mineral e ao Meio Ambiente (Ufop)
• Engenharias • Engenharia de
Materiais e Meta-lúrgica
• Bioflotação • Biolixiviação e biooxidação • Tratamento passivo de efluentes
• Votorantim Metais
• Vale
Centro de Estudos Sobre Transporte e Es-tradas Florestais (UFV)
• Ciências Agrárias• Recursos Flores-
tais • Engenharia Flo-
restal
• Tecnologias de uso de residuos sólidos industriais para a pavimentação rodovi-ária e aterros sanitários
• Sistemas de colheita de madeira em áreas de fomento florestal
• BahiaPulp e Celulose Nipo-brasi-leira S/A
Fisiologia Vegetal (Ufla)
• Ciências Agrárias • Agronomia
• Tecnologias de implantação de mata ciliar em terra firme e ambientes inun-dáveis, margens de cursos d’água e reservatório hidrelétrico;
• Biotecnologia voltada para a revegeta-ção de áreas de depleção de reservató-rios hidrelétricos
• Cemig
Projetos e ações do Governo
Lei Estadual de Resíduos Sólidos Aprovada em janeiro de 2009, prevê a recuperação de áreas degradadas pela disposição inadequada de resíduos, a cobrança progressiva pela co-leta de lixo e a adoção de incentivos fiscais para unidades recicladoras.
Projeto Bolsa Verde Institui incentivo financeiro a proprietários e posseiros rurais que iden-tifiquem, recuperem e preservem formações ciliares, sistemas de água e áreas de biodiversidade e ecossistemas sensíveis.
Projeto Resíduo é Energia Voltado para o desenvolvimento de métodos para a transformação de resíduos sólidos urbanos em energia.
Rede Biota Minas Banco de dados sobre a biodiversidade mineira, com informações para orientação de novos investimentos.
Centro Mineiro de Referência em Resíduos
Atua na gestão de resíduos, oferecendo apoio aos municípios, qualifica-ção profissional e informações sobre o tema. Promove eventos de educa-ção ambiental e estimula a P&D, voltados para a redução da geração de resíduos e ampliação da reciclagem de materiais.
inove em Minas
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Setores Estratégicos
Cenário
O Vale da Eletrônica, localizado nas cidades mineiras de Santa Rita do Sapucaí e Itajubá, é um dos principais polos de desenvolvimento tecnológico do Brasil, sendo reconhecido internacionalmente devido à qualidade dos seus produtos. Com o intuito de prospectar novos negó-cios, facilitar a compra de matéria-prima da Ásia e fabricar amostras de produtos inovadores, o parque industrial do Vale da Eletrônica se prepara para abrir escritórios em cinco países: Chile, Uruguai, México, Hong Kong e Estados Unidos (San José, na Califórnia).
As cidades de Santa Rita do Sapucaí e Itajubá possuem uma sólida es-trutura educacional voltada para as áreas de eletroeletrônica, informá-tica e telecomunicações. Essa estrutura forma os profissionais qualifi-cados demandados pelas empresas do Vale e proporciona a realização de interações entre empresas e institutos de pesquisa, responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico da região.
Instituições de Ciência e Tecnologia
As principais Instituições de Ciência e Tecnologia do Vale da Eletrônica são o Inatel e a Unifei. Além dessas instituições, as empresas do setor são beneficiadas pela formação de profissionais altamente qualificados nas demais universidades mineiras, que possuem vários cursos e linhas de pesquisa em áreas relacionadas à eletroeletrônica.
O Inatel, localizado em Santa Rita do Sapucaí, possui uma área de negócios focada em pesquisa e desenvolvimento de produtos de tele-comunicações. Em 2008, foram concluídos dez projetos, aplicados em empresas nacionais e multinacionais.
O Vale da Eletrônica em números:• 137 empresas com foco em eletrô-nica
• R$1 bilhão de faturamento em 2008
• Crescimento de 28% entre 2007 e 2009
• 11 mil itens comercializados no Brasil e no exterior
• R$18 milhões investidos pela Fapemig na formação de recursos humanos
Áreas de destaque do setor de Eletroeletrônica no Estado de Minas Gerais
Software Software embarcados e de Gestão
Telecomunicações Alarmes, Antenas e Private Branch Exchange (PABX)
Informática Nobreaks, Estabilizadores de tensão e Voice Over Internet Protocol (VOIP)
Automação Industrial e Equi-pamentos
Papel e celulose, Petróleo e gás, Mineração, Side-rurgia, Açúcar e álcool
Serviços Desenvolvimento de softwares e hardwares custo-mizados
Componentes elétricos e eletrônicos
Geração, transmissão e distribuição de energia
Utilidades domésticas eletroeletrônicas
Eletroeletrônico
No Vale da Eletrônica, interações entre empresas e institutos de ensino e pesquisa de qualidade são responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico da região.
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
Setores Estratégicos inove em Minas
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A Unifei ocupa o 16° lugar no ranking que avalia a qualidade das 178 instituições de ensino brasileiras. A universidade conta com duas incubadoras de em-presas, responsáveis pela criação da infraestrutura diferenciada para abrigar e desenvolver as empresas nascentes na região.
A UFMG, terceira melhor instituição de ensino su-
perior do Brasil, criou cursos de especialização em microeletrônica com ênfase em microfabricação de circuitos integrados e em projeto de circuitos inte-grados digitais de alta complexidade. O objetivo dos cursos é treinar, em regime intensivo, pessoas com formação em áreas afins à microeletrônica, forne-cendo mão de obra qualificada para a estruturação do setor em Minas Gerais.
Principais Instituições de Ciência e Tecnologia do setor eletroeletrônico do Estado de Minas Gerais
Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel)
Universidade Federal de Itajubá (Unifei)
Faculdade de Administração e Informática (FAI)
Escola técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa (ETE)
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Proim Programa voltado para empresas de base tecnológica e de setores estratégicos para o Estado. Os projetos contemplados podem receber financiamento para investimentos fixos ou mistos, sendo que até 50% dos recursos podem financiar o capital de giro da empresa associado às inversões fixas. O programa disponibiliza até 50% do total a ser gasto no projeto, enquanto o requerente deve arcar com pelo menos 20%, podendo obter os 30% restantes de outras fontes.
Proe-Eletrônica Tem o objetivo de promover o desenvolvimento e a consolidação de polos de eletrônica, informática e telecomunicações no Estado, financiando capital de giro a empresas desses setores. O valor da parcela do financiamento pode chegar a 61% do valor do ICMS devido e recolhido, referente às vendas e transferências da produção própria da unidade finan-ciada.
Polo de Microeletrônica
O Polo de Microeletrônica de Minas Gerais será implantado na cidade de Vespasiano, na região metropolitana de Minas Gerais. As obras para a construção do complexo estão orçadas em R$30 milhões. O novo distrito industrial, com 4 milhões de metros quadrados, sediará a Companhia Brasileira de Semicondutores (CBS), cuja implantação demandará US$500 milhões.
Desenvolvimento do APL de Eletroe-letrônica
As principais ações de desenvolvimento do APL de Eletroeletrônica serão:• Implantação do escritório de informação, pesquisa e desenvolvimento, inovação e inte-
ligência competitiva para o APL• Homologação e certificação de produtos para os mercados interno e externo do APL• Desenvolvimento e capacitação de fornecedores da cadeia produtiva do APL.• Desenvolvimento da gestão administrativa, ambiental, contábil, fiscal e de Recursos
Humanos (RH) para as empresas do APL• Implantação de Design House para apoio à inovação• Consolidação do Centro de Referência em Software Embarcado (CRSWE)
Ações direcionadas do Governo do Estado
O governo de Minas tem apoiado o setor eletroe-letrônico por meio de diversas ações direcionadas e incentivos, como o Proim, o Proe-Eletrônica, a
implantação do Polo de Microeletrônica e as ações voltadas para o APL do setor. Essas iniciativas de-monstram que o desenvolvimento tecnológico da Eletroeletrônica é um dos fatores considerados es-tratégicos dentro do plano governamental do Es-tado.
inove em Minas
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Setores Estratégicos
Cenário
A energia hidrelétrica consumida pelos mineiros é fornecida fundamen-talmente pela Cemig, uma das principais concessionárias de energia elétrica do país. Essa se destaca pela qualidade e estabilidade no forne-cimento, além de sua capacidade de investimento, que chegou a cerca de R$ 970 milhões em 2009. A empresa possui 57 usinas em operação, com base predominantemente hidrelétrica, que produzem energia para atender a mais de 18 milhões de pessoas em 774 municípios mineiros. Sua rede de distribuição é a maior da América Latina, estendendo-se por quase 460 mil km, e está presente em 12 estados brasileiros, além do Chile. A Cemig também tem papéis negociados nas bolsas de São Paulo, Nova York e Madri.
Alguns dados comprovam o potencial do Estado no que se refere à pro-dução de biocombustíveis. O fornecimento de gás natural tem sido am-pliado pela Gasmig, empresa controlada pela Cemig e pela Petrobras. Entre 2000 e 2006, a oferta deste combustível pela empresa passou de 287 mil para 692 mil toneladas equivalentes de petróleo. Em relação à produção de etanol, o Estado ocupa o 2° lugar, com 2,3 bilhões de li-tros produzidos na safra 2009 (21% a mais em relação à safra passada), sendo 90% da cana-de-açúcar utilizada de origem própria. A Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, da Petrobrás, construída na cidade de Montes Claros, opera com capacidade de produção de 57 milhões de litros do combustível por ano. Outro destaque da matriz energética de Minas é a capacidade de processamento de óleos vegetais, que chegou a 6.600 toneladas/dia em 2008. Como exemplo, a produção mineira de mamona voltada para a indústria do biodiesel cresceu 194% entre 2005 e 2009. Dessa forma, existe um campo promissor relacionado às pesquisas em biocombustíveis em Minas Gerais, que pode ser explorado pelas empre-sas instaladas na região.
Consciente de que o futuro do setor Energético depende de fontes alter-nativas ao petróleo e à energia hidrelétrica, a Cemig mantém parcerias com universidades, centros de pesquisa, empresas de base tecnológica e outras indústrias do setor para desenvolvimento de novas tecnologias como:
• Motores Stirling e célula a combustível para geração de eletricidade • Usinas de energia solar e eólica• Células combustíveis de óxido sólido, hidrogênio e álcool• Fontes renováveis de energia• Geotecnia • Geração termelétrica• Descargas atmosféricas• Materiais solares • Estruturas hidráulicas e ambientais
O investimento da Cemig de cerca de R$ 30 milhões por ano em proje-tos de P&D reforça as oportunidades de interações com universidades e centros de pesquisa na área energética em Minas Gerais.
Fonte: Cemig, Agrosoft Brasil (setembro de 2009), Planeta Agro (abril de 2009), Asso-ciação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.
Energia
Centros de Excelência Tecnológica parceiros do Grupo Cemig• Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG)
• Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
• Universidade Federal de Lavras (Ufla)
• Universidade Federal de Itajubá (Unifei)
• Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec)
• Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MG)
A Cemig, em parceria com a empresa ABB, construiu a primeira subestação móvel do mundo, de 138 kw, total-mente isolada a óleo vegetal. O equi-pamento pode ser utilizado no aten-dimento a emergências e reparos de subestações danificadas, agilizando a prestação de serviços. Com o dobro da potência do modelo tradicional, o equipamento tem capacidade de 15 MVA, suficiente para atender a uma população de aproximadamente 50 mil habitantes.Fonte: (Cemig, dezembro de 2008)
Inovação: Subestação isolada a óleo vegetal
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
Setores Estratégicos inove em Minas
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Instituições de ciência e tecnologia Minas Gerais conta com a excelência das universida-des mineiras para a formação de profissionais quali-ficados e a realização de pesquisas na área energé-tica. O Estado também se beneficia com a presença de centros de pesquisa em energia especializados em descargas atmosféricas, bioenergia e energia nuclear.
Ações direcionadas do Governo do EstadoO setor energético é um dos focos das políticas de de-senvolvimento tecnológico do Governo do Estado de Minas Gerais. O Programa de Estruturação de APLs da Sectes prevê a implantação de três unidades do APL de Bioenergia no Estado, que terão como foco inte-grar os atores da cadeia produtiva de energia.
Também, sob a coordenação do Programa de Energia da Sectes, será instalado o Centro de Inovação em Bioenergia (Bioerg), cujo objetivo é transformar Mi-nas Gerais em referência nacional e internacional em bioenergia. Para isso, foi criado em 2008 um escritó-rio-gestor em parceria com as Sede e Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento (Seapa), além da Fiemg, por meio do IEL. O projeto do estudo, no valor de R$758 mil, está sendo financiado pela Fapemig.
Outra ação do Estado é a criação do Programa Mi-neiro de Desenvolvimento Tecnológico e Produção de Biodiesel – Soldiesel, realizado pela Fapemig, que visa a implantação ou complementação de laborató-rios existentes. Esse Programa tem o objetivo de dotar o Estado de infra-estrutura adequada para certificação de biodiesel B100, de acordo com a regulamentação da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Outras Instituições de Ciência e Tecnologia do setor de Energia do Estado de Minas Gerais
Lightning Reserch Center (LRC)
LRC é o único centro de excelência na pesquisa em descargas atmosféricas da América Latina e um dos mais avançados do mundo. Integrado ao Centro de Pesquisa em Enge-nharia Elétrica dos Departamentos de Engenharia Elétrica e Engenharia Eletrônica da UFMG, é administrado em conjunto com a Cemig. Os objetivos do LRC incluem a gera-ção e a transferência de conhecimento para o setor produtivo. A expectativa é fomen-tar a criação de um polo regional industrial e prestador de serviços em engenharia de proteção contra descargas atmosféricas. Além do desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, da identificação de oportunidades, formação de mão-de-obra especializada, o centro atuará em certificação.
Centro de Desenvolvi-mento da Tec-nologia Nuclear (CDTN)
O CDTN, localizado na reserva ecológica da UFMG, foi a primeira instituição brasileira a dedicar-se inteiramente à pesquisa nuclear. O centro desenvolve diversos projetos relativos à aplicação de técnicas nucleares, tais como o recebimento, tratamento e ar-mazenamento de rejeitos radioativos, gerenciamento de envelhecimento e extensão da vida de instalações nucleares.
Centro de Qualidade e Compatibili-dade Elétrica (C-QCE)
O C-QCE, localizado no ParCTec – Parque Científico e Tecnológico de Itajubá, tem como objetivo o desenvolvimento de pesquisas, testes e ferramentas voltadas para o setor de energia elétrica, além de oferecer treinamento e formação de recursos humanos em áreas relacionadas ao setor. O Centro conta com quatro estruturas laboratoriais: o Laboratório de Qualidade da Energia Elétrica (LQEE), o Laboratório de Medidas Elétri-cas (LMEL), o Laboratório de Proteção de Sistemas Elétricos (LPSE) e o Laboratório de Compatibilidade Elétrica (LCEL).
Biodíesel e vegetais
Etanol e derivados
Carvão vegetal e biomassa
inove em Minas
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Setores Estratégicos
Um acordo de cooperação foi assina-do entre a mineradora Vale e a Fape-mig. O acordo prevê a indução e apoio a projetos cooperativos de pesquisas estratégicas com foco no desenvol-vimento do Estado. Serão destinados R$ 41 milhões para financiamento de projetos de pesquisas, sendo R$ 21 milhões desembolsados pela Vale e R$ 20 milhões pela Fapemig. Por meio desta parceria será criado o Institu-to de Tecnologia em Sustentabilida-de com sede em Ouro Preto, que vai atuar no desenvolvimento de novas tecnologias que possam transformar a mineração em uma atividade susten-tável, do ponto de vista ambiental e social. As pesquisas terão como áre-as de interesse a mineração, energia, ecoeficiência, biodiversidade e pro-dutos ferrosos para siderurgia. Esse é o primeiro convênio assinado entre a Vale e uma fundação estadual de pes-quisa.
Fonte: Site Agência Minas (dezembro de 2009).
Cenário
Minas Gerais lidera o ranking da produção mineral no Brasil, sendo responsável por 44% do total nacional, 53% da produção brasileira de minerais metálicos e 29% da produção de minérios em geral.
O Estado possui 19% das empresas brasileiras do setor de metalurgia básica, representada pela produção de ferro-gusa e ferroligas, siderurgia, fabricação de tubos, metalurgia de metais e fundição, além de ser líder na produção de cimento, com 25% do mercado brasileiro. A produção de ferro-gusa mineira fatura em média R$4 bilhões por ano, o que cor-responde a 65% do faturamento nacional.
O Quadrilátero Ferrífero, situado no centro-sudeste de Minas, represen-ta uma das mais importantes regiões com minerais do mundo, sendo composto por 24 municípios. Segundo o governo de Minas, o Quadrilá-tero possui o maior histórico em produção de ouro, ferro e alumínio do Brasil. Em 2008, a região foi responsável por 13% da produção mundial e 70% da produção nacional de minério de ferro, com um total de 215 milhões de toneladas.
A siderurgia é a atividade metalúrgica de maior importância no Estado e responde por aproximadamente 40% da produção de aço e 13% das empresas do setor no país.
Instituições de ciência e tecnologia
Minas Gerais possui duas das faculdades mais tradicionais em enge-nharia metalúrgica do país, na UFMG e Ufop, que, juntamente com as demais universidades mineiras, são responsáveis pela formação de pro-fissionais qualificados e pelo desenvolvimento de pesquisas voltadas para o setor.
Mínero-metalúrgico
Com o objetivo de incentivar as empresas do setor Mínero-metalúrgico a avançar na gestão tecnológica, a Associa-ção Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) promoveu seu 64º congresso. O evento ocorreu de 13 a 17 de julho de 2009, no Expomi-nas, em Belo Horizonte, tendo como tema central “Inovação
é a saída”. ICT’s, cinco empre-sas âncoras e 37 ofertantes se reuniram na Arena de Inova-ção e Negócios realizada no congresso com o objetivo de fechar acordos e promover a inovação no setor de minera-ção e metalurgia. A Arena foi uma realização do Simi e do Polo de Excelência Mineral e Metalúrgico.
Inovação é a saída!
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
Setores Estratégicos inove em Minas
Título do subseguimento
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As instituições de ciência e tecnologia de Minas Ge-rais se destacam também em relação a pesquisas e parcerias com empresas do setor Mínero-metalúrgico. Um exemplo de interações são os convênios firmados entre a Vale, mineradora sediada em Minas, universi-dades e centros de pesquisa. Por meio deles, a empre-sa financia a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias de reutilização de resíduos, além de pro-mover a implantação de unidades de reprocessamento de resíduos nos territórios onde atua, priorizando a contratação de mão-de-obra local.
Ações direcionadas do Governo
O Polo de Excelência Mineral e Metalúrgico é uma plataforma institucional criada pelo Governo de Mi-nas, por meio da Sectes, que congrega pesquisado-res, núcleos e redes de pesquisa e desenvolvimento, inovação e educação, com o objetivo de aumentar o desempenho dos setores mineral e metalúrgico. O Polo contempla as operações e processos envolvidos nas várias etapas da cadeia produtiva, desde a prospecção e exploração, lavra, beneficiamento mineral, metalur-gia em toda a sua abrangência e diversidade de espe-cialidades, transformação e tratamentos, propriedades dos materiais envolvidos, preservação e recuperação do meio ambiente, e processos de controle.
Entre as ações do Polo, está prevista a instalação de escritórios de Ciência, Tecnologia e Inovação em cada uma das plataformas de desenvolvimento regional, localizadas na Região Metropolitana de Belo Hori-zonte, Alto Paraopeba, Alto Paranaíba, Vale do Aço, Jequitinhonha e Mucuri. Serão inauguradas estruturas tecnológicas de pesquisas e serviços inexistentes nes-tas regiões, como o Laboratório de Geoprocessamento e Realidade Virtual da Faculdade de Engenharia da Uemg, em João Monlevade, e o Laboratório de Tra-tamento de Minérios de Araxá, vinculado ao Cefet de Araxá. O Centro de Inteligência Competitiva Pro-fissional e Industrial para a Mineração, Metalurgia e Materiais será o observatório das tendências mundiais que orientam estas ações de fomento. Também há um plano estratégico de atração de centros de pesquisa para indústrias e empresas de base tecnológica de ge-ologia, mineração, metalurgia e materiais.
Além disso, Minas Gerais possui 13 APLs potenciais no setor de metalurgia básica, localizados nas cida-des de Cláudio, Timóteo, Sete Lagoas, João Monleva-de, Divinópolis, Belo Horizonte, Itaúna, Juiz de Fora, Contagem, São João Del Rei, Carmo da Mata, Betim e Cataguazes. Os APLs são beneficiados pelo Progra-ma de Estruturação de Arranjos Produtivos Locais da Sectes.
Centros de pesquisa do setor Mínero-metalúrgico em Minas GeraisCentro de Pesquisas Tecnológicas (CPT)
Centro de pesquisas voltado para a melhoria no uso dos recursos naturais e para a mineração sustentável, por meio de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias ligadas à mineração, metalurgia e meio ambiente. O Centro é uma iniciativa da Sectes em parceria com a mineradora Ferrous, onde serão concentrados os estudos e pesquisas para todas as unidades da Ferrous Brasil.
Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec)
Desenvolve pesquisas na área de metalurgia e materiais, se destacando no desenvolvimento de aços inoxidáveis, visando a transferência de tecnologias de maior valor agregado.
Centro de Estudos Avançados do Quadrilátero Ferrífero (CeaqFe)
Localizado na Ufop, foi estruturado para ser um núcleo de referência para o planejamento da atividade mineira de uso e ocupação do solo. Cria um ambiente adequado para o domínio da inteligência do processo produtivo, geração de tecnologia, capacitação de pessoal, além de prestação de serviços técnicos e definição de processos para preservação do meio ambiente.
Centro de Desenvolvimento Mineral (CDM)
O CDM é uma unidade da Vale, localizada na cidade de Santa Luzia. É res-ponsável por todos os projetos minerais, atuando na exploração geológica, desenvolvimento tecnológico, engenharia conceitual e análise de negócios. Em 1997, o CDM foi o primeiro centro de pesquisa do mundo a receber a certificação ISO 14001 de gestão ambiental.
Centro de Tecnologia de Ferrosos (CTF) – Vale
Pertencente à Vale e localizado em Nova Lima, tem estrutura criada para avaliar o desempenho dos produtos nos processos de produção e maximizar o valor dos ativos de minério de ferro. Contando com laboratórios e unidades piloto, neste Centro são realizados testes, por meio de simulações todo o pro-cesso produtivo, desde a definição de rotas de beneficiamento até o compor-tamento do minério nas siderúrgicas.
inove em Minas
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Tecnologia da InformaçãoCenário
O setor de Tecnologia da Informação (TI) em Minas Gerais se concentra na região metropolitana de Belo Horizonte e em alguns importantes polos de desenvolvimento do Estado, tais como as cidades de Santa Rita do Sapucaí, Juiz de Fora, Uberlândia, Viçosa e Montes Claros.
Em 2008, existiam mais de 4 mil empresas especializadas em softwa-res instaladas no Estado, que tiveram um faturamento anual superior a R$2,5 bilhões.
Instituições de ciência e tecnologia
Minas Gerais possui uma sólida base de formação de profissionais qualificados na área de TI. As instituições de destaque no setor são as mesmas que se destacam no setor de Eletroeletrônica. A capital mineira abriga os dois melhores centros de formação de profissionais em Ciências da Computação do país: a UFMG e a PUC Minas são consideradas as melhores universidades, pública e particular, respec-tivamente, no curso de Ciências da Computação.
A grande concentração de bons profissionais em Minas Gerais garan-te a excelência das empresas mineiras de software e TI. Esse sucesso atrai empresários de diversos países do mundo em busca de progra-mas de parcerias e aquisição de produtos desenvolvidos no Estado, além da instalação de unidades de grandes investidores multinacio-nais, como a Google, a IBM e a Microsoft.
Ações direcionadas do Governo do EstadoO setor de Tecnologia da Informação em Minas Gerais é beneficiado pela política de apoio à criação de APLs do Governo do Estado. O APL de software busca possibilitar a capacitação técnica e gerencial de pessoas e empresas, visando o incremento de qualidade e produti-vidade das empresas que já desenvolvem serviços de TI.
Em 2008, o Governo de Minas destinou R$2 milhões ao APL de Sof-tware, sendo previsto que os gastos estaduais nessa área alcancem os R$5 milhões até o final de 2010.
As principais ações do APL de Software são:
• Ampliação do acesso a mercados• Acesso ao crédito•Aumento da visibilidade nos vários mercados• Integração com ICT• Criação do núcleo de inteligência competitiva• Elaboração do planejamento estratégico do APL BH e Viçosa• Implantação e operacionalização do bureau de informação, P&D,
inovação e inteligência competitiva para o APL• Comunicação e Marketing• Certificação de produtos e processos do APL• Capacitação em gestão
Em 2006 a Google instalou em Belo Horizonte seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na América Latina para suportar o aumento da equipe de engenheiros que atuam no país. Estes profissionais trabalham alinhados com a equipe de engenharia da empresa na Califórnia, onde se localiza a sua sede. Além de criar e melhorar serviços glo-bais, eles pesquisam produtos para o mercado brasileiro. O Centro foi es-tabelecido após a compra da Akwan pela Google em julho de 2005. Essa empresa, que se destinava a explorar tecnologias proprietárias para prover serviços de localização de informação na Internet, foi criada no Departa-mento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais, a partir da associação entre professo-res do Departamento e investidores.
Setores Estratégicos
AGRONEGÓCIO BIOTECNOLOGIA ENERGIA ELETROELETRÓNICO TI AUTOMOTIVO ECONEGÓCIOS MÍNERO-METALÚRGICO
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O Governo de Minas Gerais: Estado para Resultados
A gestão do Estado de Minas Gerais foi eleita a me-lhor do Brasil em 2008, obtendo 75% de aprovação da população. O destaque nacional do governo mi-neiro se deve, principalmente, ao Choque de Gestão implantado pela administração estadual, que foi responsável pela melhoria na eficiência do setor público e de indicadores sócio-econômicos.
Minas Gerais possui um modelo de gestão em que o governante e as organizações são avaliados pela capacidade de melhorar a qualidade de vida dos mineiros através de indicadores econômicos e so-ciais. As metas de resultados são estabelecidas em diversas áreas, entre elas “Inovação, tecnologia e qualidade”.
O Programa “Estado para Resultados” promove a avaliação constante das ações governamentais,
sendo responsável pelo monitoramento das ações direcionadas às metas estabelecidas, definidas pelas diretrizes a serem seguidas pelo Poder Executivo. Os órgãos e entidades públicos possuem autonomia de gestão, que é concedida em troca de um compro-misso prévio com resultados. Em seu primeiro ano de execução, mais de 80% dos indicadores estra-tégicos do Programa atingiu ou superou as metas estabelecidas.
O Programa “Estado para Resultados” obteve res-postas significativos em seu primeiro ano de exe-cução. Mais de 80% dos indicadores estratégicos atingiram ou superaram as metas estabelecidas.
O Governo de Minas Geraisinove em Minas
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Etapas do modelo de gestão “Estado para Resultados”
Etapa 1: estabelecimento dos indicadores e outros resultados estratégicos a serem alcançados, de ma-neira a alinhar as prioridades dos órgãos e entida-des com a estratégia governamental.
Etapa 2: Gestão estratégica por meio dos Comitês de Resultados. Esses Comitês proporcionam ritmo e sinergia no acompanhamento das áreas de resulta-do e seus planos de ação. Os planos de ação consis-tem em um conjunto de ações estratégicas, origina-das com foco nas entregas pactuadas no âmbito das Áreas de Resultados.
• Melhorar a qualidade e a eficiência dos servi-ços públicos prestados à sociedade
• Alinhar as ações com o planejamento estraté-gico do Governo, viabilizando sua implemen-tação
• Dar transparência às ações das instituições pú-blicas envolvidas e facilitar o controle social so-bre a atividade administrativa estadual
• Auxiliar na implementação de uma cultura voltada para resultados, estimulando, valo-rizando e destacando servidores, dirigentes e órgãos ou entidades que cumpram suas metas e atinjam os resultados previstos
• Melhorar a eficiência do gasto público
Estado para Resultados: objetivos
Mapa Estratégico do Governo de Minas GeraisFonte: MINAS GERAIS. Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado 2007-2023, p. 27.
ESTADO PARA RESULTADOS
ÁREAS DE RESULTADOS
DESTINATÁRIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICASPESSOAS
INSTRUÍDAS,SAUDÁVEIS E
QUALIFICADAS
CIDADESSEGURAS E BEM
CUIDADAS
EQUIDADE ENTRE PESSOAS E REGIÕES
JOVENSPROTAGONISTAS
EMPRESASDINÂMICAS E INOVADORAS
MINAS: O MELHOR ESTADO PARA SE VIVER
PLANO MINEIRO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO – ESTRATÉGIA 2007/2023
PerspectivaIntegrada do
Capital Humano
Investimento e Negócios
IntegraçãoTerritorial
Competitiva
SustentabilidadeAmbiental
Equidade e Bem-estar
Rede de Cidades
Educação de Qualidade
ProtagonismoJuvenil
Vida Saudável
Investimento e ValorAgregado da
Produção
Inovação,Tecnologiae Qualidade
Logística de Integração e
Desenvolvimento
Redução da Pobreza e Inclusão
Produtiva
Defesa Social
Rede de Cidades e Serviços
QualidadeAmbiental
Desenvolvimentodo Norte de Minas,
Jequitinhonha,Mucuri e Rio Doce
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Inove em Minas
Programa de Atração de Centros de P&D em Minas Gerais
O Programa Inove em Minas oferece todo o su-porte necessário para empresas que se interessam em instalar iniciativas de P&D no Estado. Nes-te programa, a empresa conta com uma equipe técnica responsável pelo suporte no acesso às instituições e fundos públicos voltados para ati-vidades ligadas à inovação. Além disso, a equipe pode auxiliar a empresa em demandas específi-
cas, como na busca por profissionais qualifica-dos na área tecnológica de interesse e avaliação da possibilidade de instalação do centro de P&D em um Parque Tecnológico. A partir de reuniões iniciais com a empresa e da apresentação do seu projeto de instalação, suas necessidades iniciais são identificadas, servindo como base para a ela-boração de uma proposta customizada.
Identificação da empresa
Elaboração de proposta do Estado
Desenvolvimento de um plano customizado com possíveis benefícios para a instalação do Centro de P&D
Acesso a recursos para fomento/financiamento de atividades de inovação
Suporte para acesso a profissionais especializados
Reuniões iniciais da empresa com a equipe técnica do Programa
Apresentação do projeto pela empresa
Identificação das necessidades da empresa pela equipe técnica do Programa
Equipe Técnica
SUPO
RTE
BDMG Parques tecnológicos
Outras instituições do estado
IndiFapemig
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Programa de instalação de centros de P&D em Minas Geraisinove em Minas
Como Entrar em Contato com o Estado Através do Simi
Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Alberto Duque PortugalTel.: (31) 3247-2004/2005email: [email protected]
Secretário Adjunto
Evaldo Ferreira VilelaTel.: (31) 3247-2008/2013email: [email protected]
Assessoria Estratégica de Captação de Recursos e Parcerias Nacionais e Internacionais
Mariana Humberto YazbeckTel.: (31) 3247-2042email: [email protected]
Sistema Mineiro de Inovação (Simi)
Paulo Adriano BorgesTel.: (31) 3247-2064email: [email protected]
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inove em Minas
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Glossário de Siglas e Abreviaturas
Glossário de Siglas e AbreviaturasABM ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE META-
LURGIA, MATERIAIS E MINERAÇÃO
ANP AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO
Anprotec ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENTI-DADES PROMOTORAS DE EMPREEN-DIMENTOS
APL ARRANJO PRODUTIVO LOCAL
BH-TEC PARQUE TECNOLÓGICO DE BELO HO-RIZONTE
Bioerg CENTRO DE INOVAÇÃO EM BIOENER-GIA
BNDES BANCO NACIONAL DO DESENVOLVI-MENTO
BR BRASIL
Capes COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOA-MENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SU-PERIOR
CBS COMPANHIA BRASILEIRA DE SEMI-CONDUTORES
CDM CENTRO DE DESENVOLVIMENTO MI-NERAL
CDTN CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA NUCLEAR
CeaqFe CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO
Cefet-MG CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
Cemig COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS
Centev CENTRO TECNOLÓGICO DE DESEN-VOLVIMENTO REGIONAL DE VIÇOSA
Cetec FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS
Ciaem CENTRO DE INCUBAÇÃO DE ATIVI-DADES EMPREENDEDORAS
CIB CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA
CIGB CENTRO DE INTELIGÊNCIA EM GE-NÉTICA BOVINA
CMD CENTRO MINAS DESIGN
Cnem COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR
CNH CASE NEW HOLLAND
CNPq CONSELHO NACIONAL DE DESEN-VOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNO-LÓGICO
CPqRR CENTRO DE PESQUISAS RENÈ RA-CHOU
CPT CENTRO DE PESQUISAS TECNOLÓGI-CAS
C-QCE CENTRO DE QUALIDADE E COMPATI-BILIDADE ELÉTRICA
CRSWE CENTRO DE REFERÊNCIA EM SOF-TWARE EMBARCADO
CTF CENTRO DE TECNOLOGIA DE FERRO-SOS
CVT CENTRO VOCACIONAL TECNOLÓGICO
DTI DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO INDUSTRIAL
EBT EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA
Embrapa EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
Enade EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES
Epamig EMPRESA DE PESQUISA AGROPECU-ÁRIA DE MINAS GERAIS
ETE ESCOLA TÉCNICA DE ELETRÔNICA FRANCISCO MOREIRA DA COSTA
Faemg FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PE-CUÁRIA DO ESTADO DE MINAS
FAI FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E INFORMÁTICA
Fapemig FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUI-
inove em Minas
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Glossário de Siglas e Abreviaturas
SA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Fiemg FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Fiit FUNDO DE INCENTIVO À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Finep FINANCIADORA DE ESTUDOS E PRO-JETOS
FIOCRUZ FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
FPT FIAT POWERTRAIN
Funed FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS
Gasmig COMPANHIA DE GÁS DE MINAS GE-RAIS
IAC INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPI-NAS
Iapar INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ
IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRA-FIA E ESTATÍSTICA
ICMS IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS
ICT INSTITUIÇÃO CIENTÍFICA E TECNO-LÓGICA
IEL INSTITUTO EVALDO LODI
IGC ÍNDICE GERAL DE CURSOS DA INSTI-TUIÇÃO
Inatel INSTITUTO NACIONAL DE TELECO-MUNICAÇÕES
Incaper ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL
INCT INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Indi INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTOINEP INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS
E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA
INPI INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIE-DADE INDUSTRIAL
IPEM INSTITUTO DE PESOS E MEDIDAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS
IPITS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE INOVA-ÇÃO TECNOLÓGICA
KW KILOWATT
LCEL LABORATÓRIO DE COMPATIBILIDA-DE ELÉTRICA
LMEL LABORATÓRIO DE MEDIDAS ELÉTRI-CAS
LPSE LABORATÓRIO DE PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS
LQEE LABORATÓRIO DE QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA
LRC LIGHTNING RESEARCH CENTER
MBA MASTER OF BUSINESS ADMINISTRA-TION
MCT MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNO-LOGIA
MDIC MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
MG MINAS GERAIS
MVA MEGAVOLTS-AMPÈRES
NAE NÚCLEOS DE APOIO AO EMPREEN-DEDOR
NIT NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
OMC ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO CO-MÉRCIO
ONU ORGANZAÇÃO MUNDIAL DAS NA-ÇÕES UNIDAS
P&D PESQUISA & DESENVOLVIMENTO
PABX PRIVATE BRANCH EXCHANGEPappe PROGRAMA DE APOIO À PESQUISA
EM EMPRESAS
PCT TRATADO DE COOPERAÇÃO DE PA-TENTES
PIA PESQUISA INDUSTRIAL ANUAL
PIB PRODUTO INTERNO BRUTO
PII PROGRAMA DE INCENTIVO À INO-VAÇÃO
inove em Minas
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Glossário de Siglas e Abreviaturas
Pintec PESQUISA INDUSTRIAL DE INOVA-ÇÃO TECNOLÓGICA
PIT PARQUE INDUSTRIAL TECNOLÓGICO
PME PESQUISA MENSAL DE EMPREGO
PNAD PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS
Proe PROGRAMA DE APOIO ÀS EMPRE-SAS DE ELETRÔNICA, INFORMÁTICA E DE TELECOMUNICAÇÕES
Proim PROGRAMA DE INDUÇÃO À MODER-NIZAÇÃO INDUSTRIAL
PTV PARQUE TECNOLÓGICO DE VIÇOSA
PUC PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
RH RECURSOS HUMANOS
RIT REDE DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
RJ RIO DE JANEIRO
RMBA REDE MINEIRA DE BIOTECNOLOGIA PARA O AGRONEGÓCIO
RMBH REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
Seapa SECRETARIA DE ESTADO DE AGRI-CULTURA, PECUÁRIA E ABASTECI-MENTO
Sebrae SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Secom SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO
Sectes SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊN-CIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPE-RIOR
Sede SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Senai SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZA-GEM INDUSTRIAL
Simi SISITEMA MINEIRO DE INOVAÇÃO
Sindicov SINDICATO DOS CONCESSIONÁRIOS E DISTRIBUIDORES DE VEÍCULOS DE MINAS GERAIS
SP SÃO PAULO
SUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Teia TECNOLOGIA EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO APLICADOS
TI TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
TIB TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA
Uemg UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MI-NAS GERAIS
UFJF UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Ufla UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
UFMG UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAES
Ufop UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
UFSJ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
UFTM UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂN-GULO MINEIRO
UFU UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBER-LÂNDIA
UFV UNIVERSODADE FEDERAL DE VIÇOSA
UFVJM UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VA-LES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Unifal UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFE-NAS
Unifei UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
Unitecne INCUBADORA DE EMPRESAS DA UNIVERSIDADE DE UBERABA
Unimontes UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MON-TES CLAROS
Uniube UNIVERSIDADE DE UBERABA
Voip VOICE OVER INTERNET PROTOCOL
inove em Minas
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Ficha Técnica
Inove em Minas é uma publicação do governo do Estado de Minas Gerais.
Ano: 2010
Governador do Estado de Minas GeraisAécio Neves da Cunha
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino SuperiorAlberto Duque Portugal
Secretário de Estado de Desenvolvimento EconômicoSérgio Barroso
Conteúdo, produção editorial e revisãoInstituto Inovação
Fotos ilustrativasArquivo Simi e Banco de Imagens
Editoração e Projeto GráficoMGBRAS Consultoria e Comunicação
Ficha Técnica