Upload
vonhan
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
GESTÃO DE UM PROJETO Gerenciar significa gerir, administrar um processo voltado ao interesse comum, orientando para o alcance dos objetivos, buscando a promoção do desenvolvimento sustentável, seja ele social, econômico, cultural, político, ambiental, etc.
Este processo poderá estar limitado a um determinado espaço físico ou não, dependendo da sua abrangência. Em seu sentido mais amplo, implica conduzir uma organização, um projeto ou um programa, para alcançar determinados objetivos, mediante o competente manejo dos recursos e da equipe disponíveis.
A área da gestão tem a responsabilidade de iniciar, planejar, executar, monitorar, avaliar e concluir o projeto, mobilizando os conhecimentos, capacidades, habilidades, instrumentos, ferramentas, parceiros e o público envolvido de modo que o projeto alcance seus objetivos, no mínimo de forma satisfatória.
Uma gerência eficaz é aquela capaz de utilizar de forma racional, eficiente e criativa os recursos de que dispõe, de liderar a equipe executora e coordenar a tomada de decisões para que ocorram no momento correto e que conduzam ao alcance dos objetivos pretendidos.
A gestão é um processo que deverá articular, de forma coerente e sistemática, um conjunto de atividades das quais são definidas prioridades, orientações, responsabilidades, cronograma de desenvolvimento, necessidades, formas de monitoramento e de avaliação e integração com outras organizações.
Todo gerente deve ser capaz de responder algumas questões-‐chave:
• Como organizar uma equipe de trabalho competente e motivada e que atue de forma sinérgica, solidária e complementar?
• Como exercer a liderança e autoridade frente à equipe de trabalho?
• Como identificar e analisar os problemas que deverá enfrentar a organização ou o projeto?
• Como definir objetivos, metas e ações sob condições de conflito, escassez de recursos e incertezas?
• Como delegar eficaz e eficientemente a execução das decisões?
• Como organizar o seu tempo e da equipe para que as ações mais importantes possam ocupar grande parte do esforço e não somente aquelas mais urgentes?
• Como avaliar permanentemente os resultados, negociar e implementar as mudanças necessárias à gestão?
• Como documentar os processos e informar adequadamente os envolvidos no projeto ou programa?
• Como interagir estrategicamente com as outras organizações, órgãos, departamentos, buscando a complementaridade e multidisciplinaridade necessária para o alcance dos objetivos?
Desta forma, o processo gerencial depende, numa boa medida, das particularidades ou especificidades do projeto, assim como do seu contexto de decisão e atuação. Obviamente que cada projeto exigirá uma estratégia gerencial específica e única, porém, aproveitando estruturas e experiências existentes na organização ou advindas de contato com outros atores.
Neste sentido, daremos ênfase especial aos elementos da gestão de um projeto e suas funções. Todos esses elementos, funções e ações decorrentes devem ser considerados como parte de um processo contínuo durante o ciclo de vida do projeto. As funções gerenciais estão fortemente vinculadas entre si e o inadequado manejo de qualquer delas altera o funcionamento das demais e, por suposição, o desempenho do projeto em seu conjunto.
1) Etapas de uma produção de projeto Uma produção cultural pode ser dividida em três momentos distintos. Cada um desses momentos é composto pelas seguintes atividades:
Pré-‐produção: Planejamento, contexto, definição de diretrizes de trabalho a serem executadas e de acordo com a elaboração do projeto. Definição de atribuições e funções, equipe necessária, orçamento, cronograma de ação, estratégias.
Marco divisório: desenvolvimento de um cronograma de atividades, início da pesquisa e assinatura de contratos da equipe principal.
Produção: Etapa de execução do projeto com a implementação das atividades planejadas.
Marco divisório: finalização das atividades do projeto, realização dos eventos, oficinas ou produtos resultantes (filme, livro, peça teatral, pesquisa, etc).
Pós-‐produção: Conclusão do trabalho, Acerto e fechamento de contas, levantamento dos dados e informações da monitoria e avaliação, relatório final do projeto e entrega de documentação para o órgão (s) concedente (s).
2) Elementos da gestão de um projeto
A complexidade dos elementos da gestão de um projeto varia de acordo com cada situação envolvida. De um modo geral, podemos indicar as principais ações que deverão compor o processo de gestão.
Os principais elementos são:
• Planejamento
• Coordenação
• Escopo do projeto
• Recursos humanos
• Recursos materiais/equipamentos
• Recursos financeiros
• Comunicação
• Documentação
• Monitoria e avaliação
Estas áreas podem variar segundo as características de cada projeto ou instituição responsável por sua gestão. Abaixo delineamos as que mencionamos:
3.1) Planejamento
O planejamento deve ser entendido como a tarefa de acompanhar, avaliar e ajustar as suas diversas etapas para que o projeto seja desenvolvido a contento, de modo a orientar a busca dos objetivos propostos, sua transformação em ações e estas em produtos.
A tarefa de gerenciar o planejamento do projeto envolve acompanhar as mudanças de ambiente interno e externo e as suas implicações nos objetivos, atividades, de acordo com os prazos, responsabilidades, dentre outras coisas, o que ajuda a assegurar os ajustes necessários. Devem ser geridos os fatores e ações que interferem e atingem o planejamento e desenvolvimento do projeto, como comportamentos, conflitos, relacionamentos, desejos, valores, atitudes, intenções, etc.
O ponto de partida para uma competente gestão de um projeto é o envolvimento dos futuros gestores na tarefa de planejar, definindo claramente os objetivos e a previsão dos possíveis riscos – “quem executa deve planejar”. Para evitar problemas e/ou dificuldades futuras, os gestores e executores devem ser envolvidos, na medida do possível, no planejamento do projeto, especialmente na elaboração do planejamento operacional e executivo. No plano operacional, as atividades registradas são complementadas e detalhadas, além de serem definidas as responsabilidades, os recursos necessários bem como o cronograma de atividades que será utilizado.
As funções de gerenciamento de um projeto não se esgotam nas atividades de planejamento. Fazem parte da responsabilidade dos gerentes a observação e a adaptação contínua das atividades. Para tal fim, devemos desenvolver instrumentos que possam nos auxiliar. Estes, adaptados às necessidades, são um passo importante, devendo estar interligados, pela mesma lógica e sistemática, para poderem ser utilizados durante todo o ciclo do projeto.
A monitoria representa um instrumento para a condução de um projeto e permite a observação e a avaliação contínua das atividades executadas. A monitoria e avaliação não englobam apenas os resultados e as atividades, mas também os efeitos desejados e imprevistos, bem como as condições do entorno. Além disto, constituem a base para o sistema de relatórios. Aqui prevalece o princípio de que todo instrumento só se mostra útil quando utilizado de forma objetiva, flexível e adequado ao contexto no qual se usa.
3.2) Coordenação
Envolve coordenar os meios para implementar e conduzir as metas programadas, orientando a execução e o planejamento do projeto. São necessárias ações de articulação, negociação e de acompanhamento do processo, envolvendo etapas de visão futura e decisões a serem tomadas. Implica em administrar a realização das atividades para alcançar os objetivos pretendidos, de monitorar o escopo do projeto, organizar a equipe, as atividades, os materiais, os equipamentos, os custos e as finanças disponíveis para tanto.
As principais tarefas são:
• Organizar a estrutura física e organizacional para a coordenação e a equipe que será envolvida na execução do projeto – coordenações, equipe fixa, técnicos, prestadores de serviços e fornecedores, Secretarias de Estado, apoios, etc;
• Estabelecer estratégias para a execução, adotando uma metodologia de trabalho, construindo os processos que deverão ser desenvolvidos para que o projeto tenha êxito;
• Definir a estrutura de coordenação, os papéis e funções, as responsabilidades e necessidades de capacitação, avaliando os interesses de cada um – equipe, parceiros e beneficiários;
• Analisar os meios, valores e a cultura local, iniciando os primeiros contatos com os parceiros e beneficiários para dar início ao projeto;
• Prever o sistema de remuneração e a estrutura de custos operacionais, como diárias para viagem, forma de reembolso de despesas, dentre outras coisas, evitando-‐se, assim, conflitos e atendendo aos requisitos legais de execução de despesas e pagamentos;
• Estabelecer estratégia para parcerias e/ou cooperação e os seus objetivos, organizando o processo de participação e pensando em que momentos e de que forma serão ouvidos e envolvidos os diferentes atores no processo;
• Prever mecanismos de intercâmbio técnico e de relacionamento intersetorial, considerando que sempre se pode aprender com os outros, e contribuindo para evitar repetir trabalhos já realizados ou mal planejados;
• Planejar possíveis seminários, workshops, viagens de estudo, como mecanismos de aprendizado que ajudarão inclusive na monitoria e avaliação participativa do processo;
• Estruturar o sistema de documentação e de comunicação para o projeto entre todos os envolvidos;
• Marcar oficialmente o início e o fim do projeto, de forma clara, comunicando os parceiros, beneficiários e a equipe. Quanto antes se iniciar o processo, indicando que o cronograma está valendo e que o prazo para a conclusão está definido, menos tempo será perdido.
• Acordar os pontos de controle e de avaliação que auxiliarão na orientação da equipe e no estabelecimento do comprometimento de todos os envolvidos.
3.3) Escopo do projeto
Além de controlar todos os demais fatores relacionados aos componentes “meio” do projeto, como pessoal, material, finanças, equipamentos, dentre outros, recomenda-‐se atentar para que o escopo do projeto, numa visão global, seja completamente realizado.
O escopo deve ser entendido como a definição do projeto, seus marcos referenciais e limites, contexto, objetivos, estratégias, resultados, relações, ambientes, foco e missão. Sem esta área da gestão, fica fácil perder a orientação e corre-‐se o risco de entrar num ativismo que poderá gerar desvio de rumo, com perda de eficiência e de eficácia e como consequência dos objetivos do projeto.
Um grande desafio dos gestores é preservar essa base do projeto de modo que o mesmo não sofra mudanças frequentes ou drásticas durante a sua execução, dificultando cumprir prazos, metas e o orçamento. Em geral, projetos com deficiências de planejamento sofrem este risco, incorporando variáveis que não foram previstas inicialmente, mas que os beneficiários e parceiros entendem como importantes. Mudanças muito freqüentes podem ameaçar o alcance dos objetivos e a perda de identidade do próprio projeto.
Um competente planejamento e uma detalhada organização da documentação são fundamentais para orientar a execução do projeto, reduzindo os mal entendidos e variações de interpretação. Neste momento, a definição de prioridades e suas metas podem auxiliar na orientação dos gestores, estabelecendo o que deve ser alcançado e que levará ao sucesso. Esta área da gestão deve ter a preocupação de assegurar que o projeto seja desenvolvido segundo padrões de qualidade desejáveis, dentro dos prazos e custos estabelecidos.
RECURSOS HUMANOS: EQUIPE TÉCNICA E CRÉDITOS A gestão dos recursos humanos implica em organizar a participação e despertar a motivação e os conhecimentos dos diferentes atores envolvidos. Em muitos projetos, os recursos humanos devem ser mobilizados de diferentes instituições envolvidas e para isto, é necessário identificar os possíveis colaboradores.
O gestor deve ter a visão de construir um verdadeiro time, promovendo a articulação e integração interinstitucional e, deste modo, da equipe. Esta mobilização deverá estabelecer um conjunto de regras e métodos para implementar o projeto, suas ações e atividades.
As principais tarefas da gestão desta área são:
• Estabelecer os termos de referência para cada envolvido, definindo as responsabilidades e tarefas de cada um;
• Organizar a estrutura para a administração do pessoal, que em muitos projetos implica em administrar um verdadeiro contingente de colaboradores;
• Definir a política de recrutamento, remuneração, carreira e de promoção, observando os aspectos da legislação trabalhista;
• Assegurar a disponibilidade de pessoal, inclusive, negociando a disponibilidade dos técnicos em tempo integral ou parcial;
• Prever necessidade de qualificação do pessoal e planejar a resolução de algumas deficiências, assegurando que a equipe esteja alinhada e ajustada aos objetivos e necessidades do projeto, imaginando inclusive os imprevistos;
• Verificar a necessidade de estabelecer um vínculo contratual, já que em muitos projetos deverão ser contratados técnicos especializados, de forma permanente ou na forma de consultorias;
• Desenvolver mecanismos de motivação e integração da equipe, de modo que o time atue de forma alegre e identificada com o projeto;
• Assegurar que a equipe disponha de um conjunto de competências diversificado e com experiência na área do projeto, configurando as “lideranças” de cada área.
ASPECTOS JURIDICOS EM PROJETOS CULTURAIS
Contratos
Trata-‐se de um acordo de vontades gerador de efeitos obrigacionais, que tem por finalidade regulamentar direitos, obrigações, ou negócios jurídicos entre duas ou mais pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas. Para que ele tenha validade, é necessário que se cumpram determinados princípios, como o da integridade e da boa fé (art. 422 Código Civil de 2002), sendo que a liberdade contratual que deve ser exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Os contratos possuem requisitos, como agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, ou seja, não se pode contratar algo incerto e não sabido, forma prescrita ou não defesa em lei. Deve haver preocupação com a formalidade (documentação, assinatura, testemunhas, registro, etc).
Assim, os contratos devem versar necessariamente:
• Qualificação das Partes – Agente capaz – Pessoas Físicas/Pessoas Jurídicas • Objeto lícito, possível, determinado ou determinável – descrição detalhada do que está sendo contratado • Prazos/Vigência • Estipulação de valor/Forma de pagamento/Juros/Tributos/Local de pagamento/Meio de pagamento • Obrigações/Responsabilidade das partes • Direitos Autorais – negociação entre as partes • Direito de Imagem dos artistas • Exposição de marcas • Rescisão • Penalidades • Foro • Registro do contrato: Cartório de Registro de Títulos e Documentos – visa tornar público o contrato, vez que o registro possui fé pública, dando validade do mesmo perante terceiros.
Propriedade Intelectual Trata-‐se da propriedade do intelecto humano, referente a todas as materializações e exteriorizações da criação humana. É tratada no Brasil, principalmente pelas leis 9.279/96 (Marcas e Patentes), 9.456/97 (Cultivares), 9.609/98 (Software) e 9.610/98 (Direitos Autorais), além de tratados internacionais, como as Convenções de Berna, sobre Direitos Autorais, e de Paris, sobre Propriedade Industrial.
É também preceito Constitucional, estando arrolado entre os Direitos e Garantias Fundamentais, com previsão nos incisos XXVII, XXVIII e XXIX, em consonância aos incisos XXII e XXIII, do artigo 5º da Constituição Federal:
“Art. 5:
XXVII -‐ aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII -‐ são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX -‐ a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País”.
Trataremos mais especificamente sobre os direitos autorais, apesar de os direitos referentes à propriedade industrial serem bem importantes por se tratarem de marcas e patentes, objeto esses sempre presentes em quaisquer tipos de projetos.
Direito Autoral O direito de autor é o ramo do direito destinado a regulamentar as relações jurídicas surgidas da criação e da utilização de obras literárias, artísticas ou científicas. Ele pressupõe criatividade e originalidade e possibilita que o autor obtenha recursos financeiros com sua exploração comercial. É o direito que o autor, o criador, o tradutor, o pesquisador ou o artista, por exemplo, têm de controlar o uso que se faz de sua criação. A eles são garantidos os direitos morais e patrimoniais.
No Brasil, atualmente essa matéria é regulada pela Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. A lei abriga, sob a denominação “direitos autorais”, os direitos de autor propriamente ditos, bem como os direitos conexos. De acordo com ela, os sucessores do autor da obra possuem seus direitos autorais até 70 anos após a morte do autor (contados de primeiro de janeiro seguinte ao ano da morte), tal como indica o art. 42 da Lei nº. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Princípios do Direito Autoral
• Exclusão das ideias: exteriorização • Qualquer gênero de expressão • Qualquer meio de realização • Independe da apreciação estética ou moral • Independe de sua destinação • Originalidade e novidade • Originalidade absoluta e relativa • Inexistência de formalidade
Direito Patrimonial É o direito do titular autorizar qualquer forma de utilização da obra intelectual e obter proveito econômico sobre sua circulação. São elementos importantes no direito patrimonial: obrigatoriedade de autorização, licença, ou cessão de direitos, prévia e expressa, com delimitação das condições previstas.
“Art. 5, XXVII, CF: “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;”
“Art. 17, Lei 9610/98: § 2º Cabe ao organizador a titularidade dos direitos patrimoniais sobre o conjunto da obra coletiva.
§ 3º O contrato com o organizador especificará a contribuição do participante, o prazo para entrega ou realização, a remuneração e demais condições para sua execução.”
Domínio público -‐ propriedade do direito autoral é temporária: 70 anos contados de 1 de janeiro do ano seguinte à morte do autor; início contagem para obras audivisuais (da primeira exibição) e obras coletivas (da morte do último autor sobrevivente);
Direito Moral Os direitos morais são direitos extra-‐patrimoniais (sem valor econômico) e fazem parte da categoria dos direitos da personalidade, assegurados na Constituição Federal. São inalienáveis, irrenunciáveis, intransferíveis, absolutos e imprescritíveis. Visam a tutela da personalidade do criador que está refletida na obra intelectual, constituindo, assim, uma limitação de fato para o uso por parte da sociedade.
Direitos conexos São os direitos reconhecidos no plano dos de autor, a determinadas categorias que auxiliam na criação, na produção ou na difusão da obra intelectual, tais como artistas, intérpretes e executantes. Assim, três são os titulares de direitos conexos: o artista, sobre sua interpretação ou execução; o produtor de fonogramas, sobre sua produção sonora; e o organismo de radiodifusão, sobre seu programa.
Os direitos conexos, também conhecidos como vizinhos ou análogos aos direitos de autor, decorrem da evolução tecnológica que provocou o aparecimento de “ novos direitos” para autores, diante do surgimento de gravações, reproduções, mudando para escala industrial. Em 1964 entra em vigor o Convênio de Roma que visa proteger artistas, executantes e intérpretes; Estados deveriam aderir ás Nações Unidas, Convenção de Berna e Convenção Direitos de Autor da Unesco.
Das Limitações Segundo a Lei de Direitos Autorais (art. 46, 47 e 48 da Lei 9610/98) são livres as obras para utilização a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de qualquer natureza;
c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;
II -‐ a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
III -‐ a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-‐se o nome do autor e a origem da obra;
IV -‐ o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;
V -‐ a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas, fonogramas e transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente para demonstração à clientela, desde que esses estabelecimentos comercializem os suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;
VI -‐ a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro;
VII -‐ a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para produzir prova judiciária ou administrativa;
VIII -‐ a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores.
Além disso, são livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito. As obras situadas permanentemente em logradouros públicos podem ser representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e procedimentos audiovisuais.
Creative Commons O Creative Commons é um projeto sem fins lucrativos que disponibiliza licenças flexíveis para obras intelectuais, ou seja, um conjunto de licenças padronizadas para gestão aberta, livre e compartilhada de conteúdos e informação. Relacionada à idéia de domínio público está a idéia geral de “commons (comuns)” – recursos que não são divididos em partes individuais de propriedade, mas são mantidos juntos para que todos possam utilizá-‐los sem permissão especial. Pense nas vias públicas, parques, rios, o espaço sideral, e trabalhos criativos em domínio público – todos esses exemplos são de alguma forma parte do “commons”.
Para Ronaldo Lemos, “Essa característica de transformar criativamente elementos culturais, nossos e de outras culturas, é um dos traços que definem a nossa identidade. É assim que maracatu vira mangue-‐beat e o brega se transforma em tecnobrega. É esse tipo de liberdade criativa, de acesso, diálogo e transformação da cultura que o Creative Commons quer ampliar.”
O Creative Commons é um projeto flexível, através dele é possível para o detentor de direito autoral optar pelo grau de proteção que deseja conferir à sua obra, podendo optar entre autorizar o uso comercial ou o uso não-‐comercial de seu trabalho, bem como optar se permite ou não a realização de obras derivadas da sua. Além disto, ele pode inserir uma cláusula que permite que outras pessoas criem obras derivadas de sua obra original apenas se concordarem em licenciar suas novas criações pelo mesmo regime aberto. Entretanto, em
todas as licenças, uma premissa básica é sempre garantida: as licenças sempre permitem a liberdade para copiar e distribuir as obras.
Sistemas de mundiais de regulação:
• Copyright: anglo-‐saxão -‐ regulação das atividades comerciais; alcance mais limitado dos direitos individuais; permite proteção de bens que não são considerados obras no sistema latino e atribuição de titularidade de direito autoral moral á pessoa jurídica. É de cunho patrimonial. • Direito Autoral: presente principalmente países de língua latina, possuindo cunho patrimonial e moral. • Creative Commons: permissão para utilização (acesso e transformação) de bens culturais de acordo com especificações advindas de uma autorização (licença) voluntária do autor. Nova estratégia econômica: facilita a projeção da cultura nacional de forma estratégica, o que cria mais demanda. Aparece como uma alternativa aos novos caminhos da mídia e cultura.
Gestão Coletiva de direitos autorais
União de autores em associações com a finalidade de gerir, proteger e fiscalizar o uso de suas obras e direitos coletivamente (art. 97 da Lei de Direitos Autorais).
ECAD
Atualmente funciona da seguinte forma: Escritório Central de Arrecadação e Distribuição dos direitos relativos à execução pública das obras musicais, de fonogramas, por radiodifusão e transmissão por qualquer modalidade. Toda execução pública, que vise lucro ou não, deve pagar ao Ecad o valor referente à execução, e desta remuneração, parte fica com o Ecad, parte pertence às editoras e gravadoras, e parte pertence aos músicos, letristas, intérpretes, executantes, etc.
Os valores cobrados para liberação de direitos autorais são calculados conforme previsto em seu regimento interno, conforme o número de ingressos vendidos, número de músicas executadas, valor total da produção, dentre outros. Existe no site do Ecad (www.ecad.org.br) um simulador de cálculo. Os autores que quiserem podem liberar o uso para determinados casos. Para tal, basta enviar a licença específica do caso para que não haja cobrança.
Porém, foi aprovado pelo Senado em julho de 2013 e está para sanção da Presidente Dilma Roussef, o projeto de lei 129 que cria novas regras para a cobrança, arrecadação e distribuição de dividendos advindos do pagamento de direitos autorais na produção musical. O projeto aprovado por senadores e deputados federais prevê que o órgão fiscalizador dos repasses deve ser ligado ao governo federal. O texto-‐base do projeto declara
que 85% da arrecadação serão destinados para os titulares dos direitos, como compositores e intérpretes. Atualmente, a divisão é de 75,5% para os autores de obras musicais, 17,5% para o Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais e 7,5% para as associações que o integram o Ecad.
SBAT e Abramus
A primeira é a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, que visa o controle das obras dramáticas. Assim, por exemplo, para um profissional montar uma peça teatral com base na obra de um autor que seja filiado à SBAT, basta que esse peça autorização a esta, bem como os devidos pagamentos.
A Abramus, Associação Brasileira dos Músicos vem, no passar dos anos, assumindo também a gestão dos direitos autorais dos dramaturgos.
OMB – ORDEM DOS MÚSICOS DO BRASIL
A OMB é uma instituição criada por lei federal responsável pela regulamentação da profissão de músico e que tem por finalidade exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a fiscalização do exercício da profissão do músico.
O art. 16 da lei instituidora, Lei 3857/1960, afirma que só poderão exercer a profissão os músicos devidamente registrado no órgão competente (OMB). Ocorre que segundo a mesma legislação, em seu art. 28, só poderão obter tal registro:
a) aos diplomados pela Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil, ou por estabelecimentos equiparados ou reconhecidos; b) aos diplomados pelo Conservatório Nacional de Canto Orfeônico; c) aos diplomados por conservatórios, escolas ou institutos estrangeiros de ensino superior de música, legalmente reconhecidos desde que tenham revalidados os seus diplomas no país na forma da lei; d) aos professores catedráticos e aos maestros de renome internacional que dirijam ou tenham dirigido orquestras ou coros oficiais; e) aos alunos dos dois últimos anos dos cursos de composição, regência ou de qualquer instrumento da Escola Nacional de Música ou estabelecimentos equiparados ou reconhecidos; f) aos músicos de qualquer gênero ou especialidade que estejam em atividade profissional devidamente comprovada, na data da publicação da presente lei; g) os músicos que foram aprovados em exame prestado perante banca examinadora, constituída de três especialistas, no mínimo, indicados pela Ordem e
pelos sindicatos de músicos do local e nomeados pela autoridade competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Essas disposições recebem diversas críticas do setor artístico, uma vez que é interpretada por uns como o cerceamento da liberdade da expressão artística garantida pela Constituição Federal, havendo, no entanto, entendimento jurisprudencial nos dois sentidos.
Direito de Imagem Direito de imagem é o direito que busca assegurar ao ser humano a defesa do que lhe é próprio, ou seja, sua integridade física, intelectual e moral. É um dos direitos da personalidade dos quais todos os seres humanos gozam, facultando-‐lhes o controle do uso de sua imagem, do qual o ser humano jamais poderá renunciar e está previsto no art. 5º da Constituição Federal como um Direito Fundamental:
“V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XXVIII – são assegurados nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;”
O Código Civil trás um capítulo específico que trata acerca dos direitos da personalidade, nos arts. 11 a 21, que garante ser o mesmo intransferível e irrenunciável porque diz respeito apenas ao seu titular, mas não é indisponível, podendo a pessoa dispor da sua imagem para fins econômicos. O direito de imagem engloba: a vida, a honra e o nome, (voz e imagem propriamente dita também) e não dever ser confundido com o do direito autoral do fotógrafo ou do criador intelectual da representação da imagem (concreta ou abstrata) de um indivíduo. Isso porque o direito do criador da imagem diz respeito à autoria, já o direito do retratado encontra-‐se no uso de sua imagem, sendo dois direitos distintos, exercidos por pessoas distintas e com existência jurídica distinta. É necessário esclarecer que o uso da imagem de um indivíduo ocorre de uma única maneira, com autorização da pessoa ou de seus herdeiros (se falecida). São exceções à regra: -‐ Se a pessoa tiver notoriedade, é livre a utilização de sua imagem para fins informativos, que não tenham objetivos comerciais, e desde que não haja intromissão em sua vida privada;
-‐ Limitação relacionada à ordem pública, como a reprodução e difusão de um retrato falado por exigências de polícia. Obviamente, não teria lógica um criminoso se opor à esta exposição de sua imagem; -‐ Há ainda o caso do indivíduo retratado em cenário público, ou durante acontecimentos sociais, pois ao permanecer em lugar público, o indivíduo, implicitamente, autorizou a veiculação de sua imagem, dentro do liame notícia-‐imagem. Esse indivíduo só poderá alegar ofensa a seu direito à própria imagem se a utilização da fixação da imagem for de cunho comercial. Finalidade informativa Como já apontado, o uso da imagem de pessoas públicas para fins informativos (incluídos os fins educacionais) é lícito na maioria dos países como desdobramento do direito coletivo à liberdade de informação que, desta maneira, limita o direito à imagem. Tal interpretação baseia-‐se no direito de informar e de ser informado. No Brasil o direito à imagem é resguardado de forma clara, feitas as ressalvas ao uso informativo e que não atinjam a honra ou a respeitabilidade do indivíduo. Violações
1) Quanto ao consentimento: ocorre quando o indivíduo tem a própria imagem usada sem que tenha dado qualquer consentimento para tal; 2) Quanto ao uso: ocorre quando o consentimento é dado, mas o uso feito da imagem ultrapassa os limites da autorização; 3) Quanto à ausência de finalidades que justifiquem a exceção: é o caso das fotografias de interesse público, ou de pessoas célebres, sem a finalidade informativa.
Questões Jurídicas na produção de eventos A meia-‐entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos-‐ Medida Provisória da meia-‐entrada -‐ MP 2.208/2001. É o direito atribuído pela legislação brasileira a estudantes e idosos acima de 60 anos (Estatuto do Idoso -‐ Lei 10.741/03) para que possam pagar apenas metade do valor estipulado ao público geral para o ingresso a espetáculos teatrais e musicais, exposições de arte, exibições cinematográficas, entre outras manifestações culturais.
Atual é a discussão acerca da regulamentação da meia-‐entrada, já que hoje cerca de 70% os ingressos são comprados através desse benefício, e por isso a classe artística questionou se não seria mais justo limitar a sua utilização. Esta questão encontra-‐se em andamento no Congresso Nacional, mas já foi aprovada a proposta de 40% de limitação no Senado Federal.
Direitos do Consumidor -‐ Código de Defesa do Consumidor -‐ Lei 8.078/90
O Direito do Consumidor é a área do direito que visa proteger todo e qualquer cidadão que de alguma forma consome um bem ou produto, em função de sua vulnerabilidade. Esse mesmo tratamento é dado aos produtos e serviços culturais.
Desta forma, é importante atentarmos e sempre prestarmos as informações adequadas sobre os projetos e eventos, além de garantir produtos e serviços de qualidade, sempre nos atentando à relação de consumo que está sendo firmada com o cliente/público/participante/consumidor, e deixando claras todas as condições desse relacionamento.
No caso de eventos deve-‐se criar condições sanitárias adequadas, cuidar de toda segurança local, bem como constar as condições no ingresso, como por exemplo:
-‐ Validade do ingresso – dia, hora, local e assento dele constante;
-‐ Classificação Indicativa;
-‐ Necessidade de apresentação da carteirinha para ter direito à meia-‐entrada no momento da compra e da entrada do evento;
-‐ As conseqüências para o caso de atraso o consumidor;
-‐ Cadeiras numeradas;
-‐ Troca ou devolução – é possível? Dentro de qual prazo?
-‐ Possibilidade de fotografar, filmar ou realizar qualquer outro registro do evento;
Permanência de Menores -‐ Estatuto da Criança e do Adolescente -‐ Lei 8.069/90 e Portaria 002/2008 do Juizado Especial da Infância e Juventude de Minas Gerais Para que menores de 18 anos freqüentem eventos mesmo que culturais, desacompanhados dos pais ou responsáveis, deve-‐se observar as portarias acima, pois em alguns casos pode ser necessária uma autorização judicial para entrada, permanência e participação de crianças e adolescentes em estabelecimentos, eventos, festas ou espetáculos públicos, tudo em conformidade com o Estatuto da Criança e Adolescente. O pedido deve ser feito pelo produtor e o mesmo deverá ditar sua qualificação, todas as informações sobre o evento (data, horário e local), seus objetivos e finalidades, público alvo, previsão de público, segurança local, se haverá ou não venda de bebidas alcoólicas, além de todos os documentos da empresa requerente e do evento.
Classificação Indicativa -‐ Portaria 1.100/2006 e Portaria 1.220/2007 do Ministério da Justiça
É uma análise e julgamento do conteúdo de uma obra artística (filme, teatro, show, CD’s, DVD’s, Jogos eletrônicos, etc) que será apresentada ao público, determinando previamente a que público alvo ela se indica, ou seja, qual para faixa etária a obra se aconselha, levando em consideração seu conteúdo violento, sexual e etc.
A responsabilidade por essa classificação é do Ministério da Justiça, porém no caso de diversões públicas a responsabilidade será do produtor, que deverá indicar os limites de idade do público que participará do evento seguindo sempre o Manual de Classificação Indicativa constante no site do Ministério da Justiça.
Da responsabilidade Civil
É a obrigação que os realizadores têm em reparar quaisquer danos causados por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, ao violar direito e causar prejuízo a outrem, como define o art. 186 do Código Civil Brasileiro. Importante relatar que as pessoas contratadas para as prestações de serviços que se encontraram no local da realização do mesmo, respondem como prepostos do realizador até que se prove em juízo o contrário.
Segurança do Local
O empreendedor cultural responde pelas boas condições e segurança do local onde realizará o evento, sendo que o produtor poderá ser responsabilizado inclusive pelos acidentes que ocorrerem com terceiros. Por isso, é importante se precaver com todas as licenças, alvarás, Atestado de Responsabilidade Técnica emitido pelo CREA, bem como contratação de empresa especializada e certificada.
Contratação de Seguro
A necessidade de contratação de seguro pelo realizador vem da possibilidade de ocorrência de acidentes e imprevistos, o que gera a responsabilidade por ressarcir o pelo dano, causando um prejuízo que poderá até mesmo endividar o realizador do projeto.
A contratação do seguro depende necessariamente do caso concreto. Como exemplo, citamos a realização de obras audiovisuais, onde se busca segurar a equipe prestadora de serviços, a obra em si e sua revelação de negativos, bem como os equipamentos utilizados nas filmagens.
Tipos de Seguros:
• De responsabilidade civil – visa cobrir indenização decorrente de sentença judicial por danos materiais e pessoais causados; • Acidentes Pessoais – indenização a vítimas de acidentes relacionados ao evento e produção, cobrindo tanto equipe quanto público; • Seguros “no show” – cobertura de prejuízos em caso de cancelamento, adiamento ou interrupção do evento em determinados casos; • Danos Morais – garantem indenização a quem sofreu algum abalo à sua honra ou dignidade em função do evento; • Danos Materiais – em caso de obras roubadas ou danificadas, usadas em museus ou exposições temporárias.
Liberação e Alvarás junto a Órgãos Públicos
Conforme consta dos Códigos de Postura Municipais em geral, todo e qualquer evento que interferir na vida da cidade, sejam em logradouros públicos ou em propriedade privada, dependerá necessariamente de autorização da prefeitura local para ser realizado, pois esta deve garantir a realização dentro das condições de seguranças exigíveis.O procedimento para pedido de licenciamento está disposto no Código de Posturas Municipal, assim, o primeiro passo é buscar a prefeitura do local onde será realizado o evento.
Para aquisição da liberação e do alvará de funcionamento, vários são os documentos que deverão ser apresentados, dentre eles destacamos:
1) Requerimento; 2) Contrato Social, Estatuto Social, ou, se pessoa física, documentos de identidade, CPF e comprovante de residência; 3) Comunicação à Polícia Militar solicitando disponibilização de policiamento para o evento; 4) Laudo técnico de segurança, com a anotação de responsabilidade técnica, a ser emitido por um engenheiro devidamente registrado no CREA; 5) Solicitação de Plano Operacional de Trânsito e Incêndio, verificar onde solicitar na legislação municipal.
Esses requisitos não precisarão ser cumpridos caso o evento se realize em local que já possua alvará de localização e funcionamento para aquela determinada atividade.
Deve-‐se ressaltar ainda a necessidade de aprovação junto ao Corpo de Bombeiros do Projeto Técnico Temporário, que verificará as questões atinentes à prevenção de incêndios, saídas de emergência, dentre outras.
Responsabilidade Social em projetos e programas culturais
A legislação urbanística existe para se estabelecer limites às ações humanas que interferem no espaço urbano e na qualidade de vida na cidade. Essas ações estão relacionadas com as necessidades próprias da vida em um grande centro urbano, como moradia, trabalho, educação, saúde, locomoção, alimentação e lazer, limitando ações como as de poluição sonoras, visuais, entre outras.
Aqui devemos destacar o papel do gestor cultural em cumprir as determinações legais. Não basta apenas uma legislação forte e bem elaborada, é preciso uma conscientização do empreendedor cultural e, em decorrência, dos cidadãos que participarão do projeto ou evento, em dividir o espaço urbano sem conflitos de interesses, respeitando limites e preservando a identidade da cidade.
Poluição Sonora
Verificar na legislação municipal. Em Belo Horizonte, , por exemplo o assunto é tratado pela Lei 4.253/1985, que limita os níveis máximos permitidos de ruído, que variam conforme o horário e o local onde o evento será realizado. Para a realização de evento musical, ou outro que de alguma forma altere os níveis de ruídos permitidos pela legislação, deverá ser obtida autorização na Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Engenhos de Publicidade
Verificar na legislação municipal. O Código de Posturas de Belo Horizonte, por exemplo, limita a instalação e manutenção de engenhos de publicidade. Casos em que são proibidas as instalações:
I -‐ nos corpos d'água, tais como rios, lagoas, lagos e congêneres;
II -‐ nos dutos de abastecimento de água, hidrantes e caixas d'água;
III -‐ em Zonas de Preservação Ambiental (ZPAM);
IV -‐ em terrenos e lotes vagos localizados em Zonas de Proteção Ambiental 1, 2 e 3 (ZP1, ZP2 e ZP3);
V -‐ em linhas de cumeada;
VI -‐ em edificações tombadas e monumentos públicos, exceto aqueles destinados à identificação do estabelecimento, desde que não prejudiquem a visibilidade dos bens e atendam às normas para instalação de engenho estabelecidas na legislação específica;
VII -‐ em obras públicas de arte, salvo para identificação do autor;
VIII -‐ sobre portas, janelas, saídas de emergência ou qualquer outra abertura e em posição que altere as condições de circulação, ventilação ou iluminação da edificação;
IX -‐ que veicule mensagem:
a) de apologia à violência ou crime; b) contrária ao pluralismo filosófico, ideológico, religioso ou político; c) que promova a exclusão social ou discriminação de qualquer tipo.
Divulgação de Publicidade e Anúncios
Verificar na legislação municipal. Conforme consta, por exemplo, da Lei do Município de Belo Horizonte, Lei 4895 de 1987, é de competência da Prefeitura aprovar e autorizar a exploração e utilização de veículos de divulgação para propaganda e publicidade nas vias e logradouros públicos e nos locais que, de qualquer modo, forem visíveis da via pública e em recintos de acesso ao público.
Panfletagem
A Lei 2.986/78, em seu art. 54, II, impede a distribuição manual de panfletos, folhetos e afins, vejamos:
“Art. 54 -‐ Constituem atos lesivos à conservação de limpeza urbana:
I -‐ depositar, lançar ou atirar nos passeios, vias e logradouros públicos, praças, jardins, escadarias, passagens, túneis, viadutos, canais, pontes, lagos, lagoas, rios, córregos, depressões, quaisquer áreas públicas ou terrenos não edificados de propriedade pública ou privada, bem assim em pontos de confinamento ou contenedores de lixo público de uso exclusivo da Superintendência de Limpeza Urbana -‐ SLU.
a -‐ papéis, invólucros, ciscos, cascas, embalagens, produtos de limpeza de áreas e terrenos não edificados, lixo público de qualquer natureza, confetes e serpentinas, ressalvada quanto aos dois últimos a sua utilização em dias de comemorações especiais;
(...) II -‐ distribuir manualmente ou lançar de aeronaves, veículos, edifícios ou de qualquer outra forma, nos passeios, vias, logradouros públicos, edifícios comerciais e similares: papéis, volantes, panfletos, folhetos, comunicados, avisos, anúncios, reclames e impressos de qualquer natureza;
III -‐ afixar publicidade ou propaganda de qualquer natureza divulgada em tecido, plástico, papel ou similares: em postes, árvores de áreas públicas, proteção de árvores,
estátuas, monumentos, obeliscos, placas indicativas, abrigos de pedestres, caixas de correio, de telefone, de alarme, de incêndio, bancas de jornais e revistas, cestos públicos de lixo leve, gradis, parapeitos, viadutos, túneis, canais, hidrantes, pontes, guias de calçamento, passeios, leitos das vias e logradouros públicos, escadarias, paredes externas, muros, tapumes ou outros locais, mesmo quando propriedade de pessoas ou entidades direta ou indiretamente favorecidas pela publicidade ou propaganda, exceto as autorizadas pelas leis e regulamentos vigentes;”
GERENCIAMENTO: RECURSOS FINANCEIROS, ADMINISTRATIVOS E CONTÁBEIS Gestão dos Custos e dos Recursos Financeiros Gestão financeira é a responsabilidade de utilizar os recursos financeiros do projeto de modo a assegurar lisura e transparência na sua aplicação, gerando credibilidade para o projeto e seus responsáveis, evitando desgastes e diligências na prestação de contas.
Os custos do projeto, tais como as despesas com equipamentos, materiais, pessoal, assistência técnica, construções, viagens, etc. devem estar dentro do orçamento aprovado. Assegurar que os gastos estejam em acordo com o que foi estabelecido no planejamento, através da administração do fluxo de caixa e da correta utilização do orçamento é tarefa da gestão dos recursos financeiros. A equipe gestora não pode ser surpreendida pela notícia de que o dinheiro se esgotou ou que não será suficiente para concluir o projeto como planejado. O acompanhamento é mais que necessário para assegurar que tudo esteja sendo feito dentro dos parâmetros legais.
As principais funções são:
• Estabelecer regras para a gestão financeira e suas as formas de funcionamento, um acordo de uso, por exemplo: novos recursos somente após a prestação de contas do anterior; recibos não são aceitos; prestação de contas em dia (s) definidos da semana; pedido de recursos ou pagamento com X dias de antecedência; formas de preenchimento das notas fiscais, pagamento somente com cheque ou transferência bancária identificada, etc; • Estruturar a contabilidade do projeto, que pode ser oficial, quem serão os administradores/gestores e como ela pode ser melhor organizada, se em um caderno de entradas, pagamentos e notas, planilha de rubricas, etc. • Controlar o orçamento do projeto para assegurar que os gastos estejam em acordo ao planejado e, caso seja necessário, fazer os ajustes e readequações orçamentárias em tempo hábil; • Realizar os estudos de viabilidade para construções de espaços ou materiais de modo a assegurar que determinado investimento é possível ser feito. Em geral, estes estudos devem ter sido desenvolvidos na elaboração do projeto e neste caso, deve-‐se somente monitorá-‐los e adaptá-‐los de acordo com a realidade encontrada; • Organizar a prestação de contas, com toda a documentação necessária, devidas justificativas e de acordo com cada rubrica; • Fazer uma documentação dia a dia, mês a mês, anexando cada documento fiscal ao seu pagamento, orçamentos, licitações, demonstrando que determinado pagamento corresponde exatamente ás saídas da conta bancária, numerá-‐los e arquivá-‐los sequencialmente, de acordo com a data de pagamento. Uma boa opção é fazer uso de
papel A4 e colar as notas com cola bastão nestas folhas, para facilitar o arquivamento e numeração própria; • Buscar fontes alternativas para complementar as atividades do projeto, quando necessário: novos projetos, fundo aberto, doações, financiamentos de terceiros, parcerias, etc., inclusive preparando material para comprovação das atividades e dos resultados a serem ou já alcançados em projetos.
Peculiaridades Financeiras, Administrativas e Tributárias de Gastos e Pagamentos
Quando tratamos da gestão financeira do projeto temos que nos atentar à existência de todos os aspectos: cíveis, tributários, trabalhistas, administrativos e até criminais existentes. A gestão como um todo é essencial para as demais áreas do projeto, pois garante o controle e principalmente a adequada aplicação da verba pública de modo a se evitar quaisquer problemas após a execução de todas as ações do projeto. Desta forma, é essencial que o empreendedor acompanhe todo o processo, estando ciente das prerrogativas dos serviços terceirizados a produtores, contadores, administradores, advogados e afins, visto que são de sua responsabilidade os atos praticados.
Tendo em vista que a execução de projeto geralmente é via convênio, fundos, leis de incentivo e fomento, direta ou indiretamente, por meio de recurso público, além da correta aplicação, é imprescindível que todos os gastos sejam devidamente comprovados através de documentos fiscais válidos e idôneos (nota fiscal, cupom fiscal e recibo de pagamento de autônomo – RPA, faturas e invoices), sob pena de o proponente/empreendedor, por dolo e/ou culpa, ter que devolver os valores aos cofres públicos.
Comprovantes de Despesas e de Pagamentos
Uma atenção vai ao para o efetivo pagamento de serviços ou fornecedores, seja o prestador pessoa física ou jurídica. Nesse momento é essencial que se busque a assessoria de um contador, administrador ou advogado tributarista sobre os encargos sobre cada gasto, pois além da normal incidência no pagamento de pessoa física, há casos a lei determina que haja a chamada substituição tributária, que significa que o empreendedor do projeto, ao pagar um serviço, deverá reter determinada porcentagm do imposto a ser pago, não pagando o valor total da nota ou RPA e recolhendo diretamente á Receita Federal ou Previdência Social o encargo.
Outro aspecto importante a se observar é relativo à porcentagem máxima permitida para pagamento por profissional, prestador de serviços, fornecedor e demais participantes do projeto, tais como número de funções e valor máximo permitidos a serem pagos, se a pessoa pode receber por compor o quadro da administração pública, dentre outros detalhes importantes, de acordo com a Lei ou Mecanismo de Incentivo que se está utilizando.
Ademais, as despesas devem ser efetuadas por cheque nominal, transferência, DOC ou TED (Transferência Eletrônica Disponível) ao emissor das notas fiscal, fatura ou recibo de pagamento de autônomo (RPA);
Pessoa Física
-‐ Recibo de Pagamento de Autônomo – RPA.
-‐ A data do recibo deve ser a partir da data da autorização para movimentação dos recursos.
-‐ Guia de Recolhimento de Pagamento sobre Serviços – GRPS (INSS), incluindo a retenção na fonte do montante de 11% de INSS (parte do prestador de serviços/empregado) e a alíquota de 20% de INSS (parte do empregador) sobre o valor do pagamento à Pessoa Física.
-‐ Documento Arrecadação Receita Federal – DARF (IRPF), caso haja retenção na fonte do Imposto de Renda – ver tabela no site da Receita Federal.
-‐ Imposto Sobre Serviços (ISSQN) – Prefeitura: a alíquota varia entre 2%, 3% e 5%, dependendo da localidade e dos serviços (Verificar se a retenção é obrigatória para cada pagamento, sendo certo que a retenção dependerá da natureza da prestação de serviços, bem como da localidade) – Verificar a necessidade de se recolher ou não esse tributo.
-‐ No recibo: descrever os dados do fornecedor de mão de obra (nome completo, CPF, Identidade, endereço e inscrição no PIS e INSS), do proponente/empreendedor como fonte pagadora (Nome completo, CPF, endereço e inscrição municipal, quando houver), os serviços prestados de acordo com a planilha orçamentária aprovada, e os dados do projeto (Nome e número).
Pessoa jurídica (Nota e Cupom Fiscal):
-‐ Toda despesa deverá ser paga mediante apresentação de documento fiscal (Nota Fiscal, Cupom Fiscal ou Fatura). Caso essa PJ não emita este documento, pedir o comprovante da Prefeitura que a desobrigue de tal;
-‐ Descrever no corpo da nota todos os dados do proponente/empreendedor (Nome completo, CPF, endereço e inscrição municipal, quando houver), o material adquirido ou serviço prestado, observando a planilha orçamentária aprovada e os dados do projeto (Nome e número)
-‐ A data da nota deve ser anterior à data do pagamento (cheque, transferência, etc), nunca posterior;
-‐ Verificar a data de validade da Nota Fiscal;
-‐ Consultar o Cartão CNPJ e as certidões negativas da empresa fornecedora de mão de obra ou material nos sites anteriomente citados.
Observações MUITO importantes:
-‐ Todos os gastos devem ser efetuados em consonância com os itens e valores apresentados e aprovados na planilha orçamentária. Gastos não previstos ou outras alterações só poderão ser efetuados mediante autorização, o chamado pedido de readequação ou ajuste de plano de trabalho, a ser feito para o órgão concedente;
-‐ As despesas devem ser efetuadas dentro do prazo de execução, caso haja qualquer alteração e houver mudança no cronograma, pedir prorrogação desse prazo;
-‐ Atentar para a porcentagem permitida para pequenas despesas e se a lei utilizada indica que será realizada mediante cheque-‐caixa ou cheque-‐reembolso;
-‐ O responsável não deve efetuar pagamentos ou realizar despesas antes da publicação da aprovação do projeto ou da autorização para movimentar os recursos, bem como nunca fazê-‐lo antes de ter o documento fiscal conferido e em mãos, para não ter problemas com erros ou até mesmo pra conseguir pegar o documento;
-‐ O início da execução do projeto depende do tipo de mecanismo utilizado. Exemplos: captação de no mínimo 20% do valor aprovado, na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual;
-‐ Os encargos relativos ao pagamento de pessoa física (IRPF, ISS e INSS, parte do empregado e do empregador) devem ser recolhidos por meio das guias apropriadas de cada esfera governamental, observada a legislação específica;
-‐ O responsável pelo projeto não pode ser remunerado pelos serviços de elaboração e agenciamento em vários mecanismos, atentar para isso;
-‐ O serviço prestado ou o bem fornecido pela empresa devem guardar relação direta com a atividade descrita no contrato/estatuto social;
-‐ Em caso de serviço ser prestado pela empresa responsável pelo projeto, além de seguir a regra acima, muitas vezes necessidando de obter 3 orçamentos no mercado, deve-‐se ainda verificar se existe algum impedimento nas legislações fazendárias municipal e estadual;
-‐ Há casos em que a prestação de contas deve ser entregue em seu original (por exemplo, Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais) e há entes que permitem que seja enviada uma cópia dos documentos originais (EX. Leis Federais de Incentivo à Cultura). Sempre guardar os originais por no mínimo 5 anos após a aprovação das contas, algumas leis falam em 10 anos, mas o ideal é guardar para sempre;
-‐ Deixar bem claro com a equipe, prestadores de serviços e fornecedores se os valores negociados são brutos ou líquidos, informando quando tiver incidência e retenção de impostos, a fim de se evitar eventuais desentendimentos sobre a remuneração a ser recebida;
-‐ Fazer contratos na medida do possível com todos os prestadores de serviços e
fornecedores, principalmente porque os convênios exigem este documento para que os pagamentos sejam realizados;
-‐ Aplicação Financeira dos recursos do Projeto: pode ser realizada em fundos de renda fixa, sem risco, mediante o pedido a ser realizado ao ente/órgão responsável, em alguns casos. Tem órgãos que proíbem a aplicação, permitindo somente em poupança, e outros que obriguem tal, verificar sempre diante do mecanismo utilizado. Observar também se esses rendimentos podem ser gastos somente em itens já constantes em orçamento ou se podem ser em quaisquer outras coisas, desde que para e em benefício do projeto.
-‐ Conferir se é obrigatória a assinatura do contador na prestação de contas, pois varia de acordo com a Lei/Mecanismo de Incentivo;
-‐ Contrapartida do empreendedor/proponente no projeto: seguir o proposto pelo mesmo, bem como sua forma de comprovação conforme estatuído na lei reguladora;
-‐ Comprovantes sem validade: itens considerados “bobeiras” (chocolate, doces…), bebidas alcoólicas, extras de hospedagem (ligações telefônicas, lavanderia, bebidas alcoólicas, similares, auxílio a lista), notas de balcão e recibos, notas e cupons sem dados empreendedor, notas e serviços com descriminação genérica, gastos “estranhos” ao projeto; Itens não constantes no orçamento original ou última readequação aprovada;
-‐ Pessoas físicas ou pessoas jurídicas com fim lucrativo não podem adquirir bens permanentes, somente alugá-‐los para utilização durante o projeto.
Legenda dos impostos:
ISSQN – Imposto sobre prestação de serviços de qualquer natureza sobre serviços prestados, seja por pessoa física ou jurídica, previsto (embutido) no valor dos serviços. Em alguns casos específicos, como pagamento de pessoa física ou de pessoa jurídica (neste somente quando o proponente for pessoa jurídica), o proponente deverá retê-‐lo na fonte e paga-‐lo diretamente à prefeitura local. A porcentagem varia entre 2, 3 ou 5% do valor bruto do serviço, conforme tabela de profissões, caso o contribuinte não tenha o FIC (ficha de inscrição cadastral), com o respectivo comprovante de recolhimento.
INSS – contribuição que tem por finalidade financiar a seguridade social. Incide na remuneração sobre o trabalho prestado, seja pagamento de salário a empregado, serviços de autônomo, e até mesmo na prestação de serviços por pessoa jurídica. No caso de pagamento de pessoa física tem a retenção na fonte de 11% referente à parte do empregado, e o empreendedor do projeto arcará com o montante de 20% que é de responsabilidade do empregador (pode ser prevista na planilha orçamentária). Caso o prestador de serviços apresente o comprovante de que recolhe o INSS sobre o teto máximo, não haverá recolhimento, e nesse caso, não será deduzido no cálculo do imposto a ser recolhido na fonte. Ficará a obrigatoriedade de recolher como empregador, 20% sobre o valor de serviços prestados por pessoas físicas.
IR – Imposto sobre a renda de qualquer natureza. Tanto pessoa física como jurídica o pagam sempre que há o recebimento de valores. No caso de RPA o mesmo só deve ser retido previamente quando o valor for superior ao limite de isenção, sendo que agora em 2009 o limite é R$ 1434,59 (conferir no site da Receita Federal). No caso de pessoa jurídica, tal imposto será deduzido da nota fiscal para empresas normais, de optante pelo Simples Nacional ou sociedades sem fins lucrativos, não se retém tal imposto.
Documentação O desenvolvimento de um projeto é, antes de tudo, um processo de aprendizado. E como todo processo de construção de conhecimento necessita de uma fiel e exímia documentação para que possa ser melhor avaliado e replicado para outros beneficiários. A gestão da documentação envolve todas as tarefas necessárias para a organização dos documentos do projeto, assegurando que o mesmo tenha, durante e ao seu final, todos os itens que representem fielmente todo o processo desenvolvido.
A documentação será tanto mais complexa quanto for o projeto. O importante é pensar sobre tudo o que deve ser registrado e documentado antes de dar-‐se início às atividades para que, mais tarde, não tenhamos o pensamento do tipo “se eu tivesse registrado isto”. Projetos que terão um processo de implementação rico em novas experiências devem registrar os diferentes momentos e pensar, talvez, em traduzir para uma publicação, seja do processo, da metodologia, das experiências, etc, ainda mais porque muitos processos ricos em aprendizagem são perdidos na memória de alguns poucos técnicos porque simplesmente não foram registrados, o que é uma perda sem precedentes.
A democratização e arquivo da documentação são importantíssimos, seja para responsabilizar os membros da equipe pela sua guarda como também evitar a perda de informações que ficam restritas no computador, ou na gaveta/armário de um membro da equipe. Pode também haver algum acidente, furto, roubo, doença ou demissão de um técnico e assim, as informações acabam-‐se por se perderem, o que vai gerar nova realização da atividade, mesmo que já se tenha gastado tal recurso ou esteja em outra fase do projeto.
A documentação de um projeto pode consistir de:
♦ Documentos oficiais – ofícios, cartas, e-‐mails, etc. Estes documentos devem ser arquivados, fisicamente ou eletronicamente dependendo o caso;
♦ Relatórios e atas de seminários, reuniões técnicas, etc;
♦ Registros do projeto, do grupo alvo, dos recursos: fotos, cartas, relatórios, etc;
♦ Documentos em geral, como memórias de reuniões, orçamentos, etc;
♦ Contabilidade, com todos os documentos organizados;
♦ Estudos técnicos que possam ser desenvolvidos;
♦ Controle eletrônico do projeto e seus indicadores, através de sistemas de gestão;
♦ Contratos com membros da equipe, consultores, manutenção, segurança, aluguel, etc;
♦ Clippings e matérias sobre o projeto;
♦ Fotografias, filmagens, etc, das atividades importantes do projeto;
Prorrogação de prazos Prorrogação de período de captação e de vigência Se o responsável pelo projeto verificar a impossibilidade de captar o valor aprovado, dentro do prazo autorizado pelo ente federativo, pode solicitar a prorrogação do período de captação. Exemplos na área cultural: no caso da Lei Estadual de Minas Gerais não é permitida a prorrogação.
O pedido deve ser feito com antecedência mínima de 30 dias do fim do prazo, para que haja tempo hábil para a análise e ajustamento no sistema. Autorizada a prorrogação, é publicada no Diário Oficial da União uma portaria ministerial com o novo período autorizado.
O pedido não é aceito nos seguintes casos:
-‐ Projetos com 24 meses sem captação ou com captação inferior a 20%;
-‐ Projetos cujo responsável tenha pendência em outros projetos (enquanto a situação não for resolvida);
Podem ter prorrogada a captação por 12 meses projetos com 24 meses que tenham captação de 20% ou mais do valor autorizado e pelo mesmo período concedido no projeto original, para projetos de convênio.
Inabilitação
Se encerrar o prazo de captação, o responsável não tiver conseguido captar, não pedir a prorrogação ou o arquivamento do projeto, ou não tiver com o período de execução ainda vigente, ele será posto na situação de INABILITADO no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo (SALIC), do Ministério da Cultura, o que acarretará em:
-‐ Impossibilidade de tramitação de projetos de incentivo fiscal ainda não aprovados;
-‐ Impossibilidade de abertura da conta de livre movimentação de outros projetos de incentivo fiscal em nome do responsável, e de transferência de recursos da conta bloqueada para ela;
-‐ Impossibilidade de prorrogação dos prazos de captação de outros projetos de incentivo fiscal em nome do responsável;
-‐ Impossibilidade de inclusão de outros projetos de Fundo Nacional Cultura (demanda espontânea) do responsável na pauta da reunião da Comissão do Fundo Nacional de Cultura;
-‐ Impossibilidade de inclusão de outros projetos de Fundo Nacional Cultura (demanda espontânea) do responsável na portaria de aprovação;
-‐ Prejuízo na tramitação de projetos encaminhados para participar de programas realizados por edital pelo Ministério
Atenção -‐ Outra situação que pode levar às conseqüências acima citadas é se encerrar o prazo de captação e o beneficiário já tiver captado recursos incentivados. Só que neste caso, se ele não tomar as providências cabíveis de acordo com a situação de seu projeto, ficará na situação de INADIMPLENTE junto ao Sistema de Apoio às Leis de Incentivo, do Ministério da Cultura.
Prorrogação do período de execução Terminado o prazo de captação do projeto, não havendo interesse ou possibilidade de renová-‐lo, não havendo saldo a captar para o projeto, ou para caso o responsável verifique a impossibilidade de concluir o projeto até o fim do prazo autorizado, poderá solicitar a prorrogação do período de “execução” do projeto. Esse pedido deverá ser feito com antecedência mínima de 30 dias do fim do prazo, por meio do Formulário de pedido de prorrogação do período de execução, com as devidas justificativas e novo cronograma de atividades.
Atenção: Não há necessidade de ser solicitada prorrogação do período de execução para os projetos que apresentarem as seguintes situações, verificadas mediante consulta no site do MinC, por exemplo: “Autorização para captação total de recursos”, ou “Autorização de captação residual dos recursos.” Portanto, é importante sempre verificar a situação do projeto antes de tomar qualquer providência.
Só serão analisados pela Coordenação-‐Geral de Avaliação e Prestação de Contas os pedidos apresentados por meio de formulários devidamente preenchidos, datados e assinados pelo responsável pelo projeto, que deverá ser encaminhado, juntamente com um extrato bancário do período integral do projeto. Neste caso, se aprovada a prorrogação, o novo período concedido não será publicado no Diário Oficial da União no caso de projetos através da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual. No caso de convênios, será publicado no DOU.
LEMBRE-‐SE:
Se encerrar o prazo concedido pelo ente para o responsável captar os recursos e executar a proposta, e ele não prestar contas no período determinado, ficará inadimplente. É importante, no entanto, que procure planejar a execução com o máximo de fidelidade, para que o pedido de prorrogação seja utilizado apenas como último recurso.
Encerrando a Execução Ao finalizar a execução, é necessário preencher os formulários, anexar os comprovantes de despesa e demais itens exigidos e enviar aos órgãos competentes. O extrato bancário deve apresentar saldo igual a zero, lembrando que caso haja algum montante, o mesmo deve ser recolhido aos cofres públicos através de GRUs e guias, disponíveis no site da Secretaria do Tesouro Nacional (www.stn.fazenda.gov.br), ou de acordo com o ente a que está realizando o projeto.
Relatório Parcial ou Final: prazos para apresentação da prestação de Contas
Observar o prazo para apresentação da prestação de contas que varia diante do fato de ser parcial ou final e conforme a Lei. O relatório comporá a prestação de contas apresentando os principais resultados, efeitos e impactos do projeto, sua avaliação sistemática do planejamento e a sua execução:
- Descrever todas as ações para execução da avença proposta - Dificuldades e soluções encontradas; - Objetivos estabelecidos e alcançados; - Todas as alterações e modificações; - Público atingido e repercussão na comunidade; - Enviar material de divulgação (clipping e matérias) e peças gráficas (2 exemplares de cada).
Relatório de Avaliação
O relatório de desenvolvimento do projeto é uma documentação relatando os principais resultados, efeitos e impactos do projeto, bem como uma avaliação sistemática do planejamento e a sua execução, com as devidas justificativas e informações necessárias, a ser enviado a quem quer que seja: órgãos governamentais, parceiros, financiadores e público alvo. Também aqui prevalece o princípio de que todo instrumento só se mostra útil quando utilizado de forma objetiva, flexível e adequado ao contexto para o qual se usa.
Outros instrumentos de gerenciamento também podem ser desenvolvidos, considerando a realidade e as especificidades de cada projeto:
• Seminários de reflexão e troca de experiências;
• Sistemas eletrônicos de agendamento e controle de atividades, via rede ou intranet;
• Montagem de um grupo gestor;
• Reuniões periódicas com os coordenadores de grupos ou de atividades.
Diante de todo o texto acima desenvolvido, apresentamos nesse momento alguns instrumentos necessários para a comprovação da efetiva realização das atividades, para o acompanhamento e avaliação dos órgãos competentes e fiscalizadores, bem como para a coordenação e o público atingido nas atividades realizadas.
RECURSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Está área da gestão tem a tarefa de desenvolver todas as ações práticas que deverão ser executadas para o cumprimento do projeto, através da procura, empréstimo ou aquisição de materiais e equipamentos que serão necessários, conforme o memorial descritivo do projeto, tanto em quantidade, qualidade ou especificações técnicas.
As principais tarefas são:
• Controlar todas as necessidades de materiais e equipamentos e assegurar a sua disponibilização no correto momento, de modo que não prejudique o andamento do projeto ou impeça a realização das ações;
• Realizar as pesquisas de mercado de modo que as aquisições ou empréstimos sejam feitos nas formas mais favoráveis para o projeto, respeitando os parâmetros de especificação técnica, quantidade, qualidade e de preço adequado ao memorial descritivo;
• Verificar formas de aquisição que sejam condizentes com a legislação vigente, por licitação ou compra direta. No caso de edital, assegurar que o processo englobe as especificações exigidas e que os prazos sejam viáveis de acordo com as necessidades do projeto;
• Prever os mecanismos de manutenção dos equipamentos e construções, de modo que a qualidade dos itens seja mantida, pois muitos equipamentos exigem manutenção técnica especializada e para tal, a sua contratação deverá ser providenciada. A frota de veículos, em geral, requer estratégia própria de manutenção e de condução – quem dirige e quem fará a manutenção? Muitos projetos contratam motoristas, outros preferem delegar cada carro para cada técnico e outros preferem designar um responsável pelo setor, além de ser importante organizar um “livro de bordo” para registrar o uso e manutenção dos carros e dos equipamentos;
• Responsabilizar a equipe pela guarda e conservação dos materiais / equipamentos e de estruturas físicas, prevendo mecanismos de seguro para carros, de equipe e de equipamentos, especialmente para os casos de acidentes, furto ou roubo;
• Organizar espaço para armazenamento e guarda dos equipamentos, pois muitos requerem ambiente adequado de temperatura, umidade e de segurança;
• Garantir um sistema de segurança para os equipamentos e para a instituição, já que muitos projetos serão executados em locais em que este aspecto pode ser relevante. A contratação de empresa de segurança pode ser uma saída.
RELATÓRIOS
Modelos de Relatórios
MODELO de Relatório de Gestão de Atividades
Exemplo: Área Cultural
Primeiro Módulo
As ações do Projeto envolvem:
1. exibição e discussão de filmes: realizado/não realizado/em andamento;
2. realização de uma oficina de letramento digital realizado/não realizado/em andamento;
3. realização de uma oficina de produção de textos, visando a reunião de sinopses e críticas, elaboração de ensaios e informativos: realizado/não realizado/em andamento;
4. realização de uma oficina de curadoria, que culminará na produção e exibição de mostras elaboradas pelos participantes em cada uma das comunidades parceiras: realizado/não realizado/em andamento;
5. criação de um blog do projeto: realizado/não realizado/em andamento;
Segundo Módulo
A meta Formação em realização audiovisual é o segundo módulo das ações do Quintal de Cultura, no qual será desenvolvida uma oficina de realização que pretende culminar na produção de um filme realizado pelos participantes do processo formativo de cada uma das comunidades parceiras. As ações desta meta envolverão:
1. discussão sobre o roteiro do produto audiovisual: realizado/não realizado/em andamento;
2. formação nos processos de captura de imagem com câmeras de vídeo digital: realizado/não realizado/em andamento;
3. formação nos processos de captura e desenho de som: realizado/não realizado/em andamento;
4. formação nos processos de edição de imagem e som: realizado/não realizado/em andamento;
Terceiro Módulo
As ações envolvem:
1. formação em elaboração colaborativa de projetos;
2. formação em desenvolvimento colaborativo de projetos;
3. formação em produção e avaliação colaborativa de projetos.
Resultados:
Público geral atingido: 8 mil pessoas
Equipe de produção: 30 pessoas diretamente envolvidas
08 sessões de rua-‐ Mostras na Comunidade Taquaril, Serra, Barragem Santa Lúcia, Concórdia
09 Sessões comentadas e mesas-‐redondas
01 oficina sobre o som no documentário, de 30 horas, para 25 selecionados, dentre uma média de 80 inscrições.
OFICINA DE REALIZAÇÃO
Exemplo: A Oficina de Som Direto, focando a captação de áudio e desenho de som no cinema documentário, foi ministrada por XXX, especializado em captação de som direto. Estudou Cinema e Vídeo na XXX, e desde XX tem trabalhado em diversos curtas e longas-‐metragens no Brasil e América Latina. Trabalhou como engenheiros de som do XXX.
A oficina contou com a participação de profissionais da área de captação de som, iniciados e representantes da comunidade selecionados através de carta e intenção e mini currículo. Total: 25 pessoas.
MODELO de Relatório Anual de Atividades
O Projeto propôs as seguintes metas, sendo que abaixo indicamos:
OBJETIVOS GERAIS
-‐ Objetivo Proposto: manutenção da sede da instituição, através do financiamento de parte de suas despesas administrativas, visando garantir o bom desenvolvimento de seu calendário anual de atividades, conforme discriminado no formulário;
Realizado: o projeto custeou parte significativa das despesas administrativas dessa associação, conforme comprovações anexas, viabilizando a realização de suas diversas atividades culturais, educacionais e sociais.
-‐ Compra de equipamentos e mobiliário, com o intuito de garantir uma infra-‐estrutura básica que viabilize não apenas a continuidade dos projetos já desenvolvidos pela Associação como sua ampliação e aprimoramento.
Realizado: a estante organizativa do acervo e a sala de projeção estão prontas, conforme se verifica nas fotos anexadas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-‐ criação de banco de dados, organização e disponibilização do acervo para consulta e pesquisa, mediante agendamento da sala de exibição;
Realizado: tarefa iniciada, tendo sido criado um banco de dados do acervo, porém como não obtivemos todo o recurso solicitado, ainda não pudemos disponibilizar tais informações para o público geral.
-‐ realização de uma sessão de cinema por semana, com entrada franca e ampla divulgação, na sede da Associação;
Realizado: essas sessões acontecem todas as quintas-‐feiras às 20h na sala viabilizada por esse projeto, sendo que nesse momento foram realizadas 14 sessões: dias XXX. Superamos assim a meta inicialmente proposta no projeto.
-‐ realização de uma sessão comentada por mês, com a presença de realizadores, pesquisadores e críticos da área audiovisual;
Realizado: essas sessões acontecem todas as XXX. Junto às 6 sessões remanescentes cumprimos o calendário proposto pelo projeto, visando a permanência da atividade na sede. A sala tem capacidade para 25 lugares e já recebeu, pela ação do projeto, um público de aproximadamente 250 pessoas.
-‐ realização de sessões abertas em espaços públicos, bem como exibições em escolas da rede pública e em centros culturais, a exemplo do que já vem sendo feito pela Associação;
Realizado: realizamos tais sessões nos bairros de Taquaril, Aglomerado da Serra, Barragem Santa Lúcia, Concórdia, Morro das Pedra.
-‐ continuidade de ações de desenvolvimento de projetos na área cultural voltados para o audiovisual e para o patrimônio imaterial de populações tradicionais do país.
Realizado: a instituição dá continuidade a essas atividades tendo lançado a pouco o projeto XX e coordenando no momento, em nível nacional, o XXX.
Informações adicionais: Cabe mencionar que nosso site se encontra ativo e com informações acerca das atividades da instituição. No entanto, seu organograma completo ainda não foi finalizado, o que acontecerá no próximo ano de atividades.
MODELO Relatório Parcial/Final de Prestação de Contas
Apresentação Descrever o que é o Projeto/Ponto;
Objetivos Descrever os objetivos previstos e em seguida os alcançados, delineando inclusive os pontos positivos e negativos na realização das atividades;
Mídia Especificar as mídias impressas e eletrônicas utilizadas na comunicação e divulgação do projeto.
Exemplo:
Foram confeccionadas as seguintes peças para divulgação:
IMPRESSOS:
1500 catálogos com 200 páginas, contendo informações sobre todos os filmes, bem como ensaios e entrevistas
1000 cartazes
3.000 convites para a abertura
23.000 folders de programação
2 banners
100 lambe-‐lambes distribuídos nos seguintes pontos da cidade: XXXX
ELETRÔNICOS:
1 vinheta para TV – 30’
1 vinheta para o cinema, exibida antes de cada sessão – 60’
1 site contendo informações sobre a instituição e sobre as atividades do Ponto.
Mídia espontânea
Segue anexo: relatório de imprensa, clipping, releases e todo o material de divulgação e informativo.
Foi exibida a vinheta de TV durante 2 semanas na Rede Minas, contendo as logomarcas de realização, patrocínio e apoio.
Cronograma Físico do Projeto Descrever quando aconteceram as etapas do projeto.
Exemplo:
Todas as etapas foram devidamente cumpridas e realizadas. As metas previstas foram devidamente cumpridas conforme cronograma abaixo:
Pré-‐produção: de junho a setembro de 2010
Produção e Realização da Primeira oficina: outubro a novembro de 2010
Produção e Realização da Segunda oficina: outubro a novembro de 2010
Pós-‐produção: dezembro a janeiro de 2011
Prestação de contas final: janeiro de 2011
Execução financeira do Projeto Recursos Informar todas as fontes de recursos utilizadas para esse projeto em específico com seus respectivos valores. Exemplo:
Obtivemos junto ao Governo Federal, através deste convênio firmado, o montante de R$ 0.000,00 (reais), que acrescidos dos rendimentos da aplicação financeira, perfizeram o total de R$ 0.000,00 (X reais) de recursos do concedente, que foram gastos conforme abaixo explicitamos. Ademais, obtivemos junto ao Governo Estadual de X, através do Fundo Estadual de Cultura, o valor de R$ 0,00, perfazendo o valor de R$ 0,00 (X reais) Gastos
A maioria dos gastos seguiu o previsto originalmente na planilha orçamentária, salvo alguns casos abaixo que tiveram seus gastos aumentados diante da utilização dos recursos obtidos na aplicação financeira, conforme abaixo enumeramos e justificamos cada ocorrência:
LOCAÇÃO DE PROJETOR
Valor previsto: R$ 0,00; Valor Gasto: R$ 0,00; Justificativa: Tivemos que alugar o equipamento por mais diárias do que o inicialmente previsto diante das sessões e ações que aconteceram em diferentes locais e dias.
Orçamentos/Propostas
Seguem juntamente com os pagamentos, três orçamentos para cada um dos serviços realizados para o projeto como procedimento análogo à Lei nº 8.666/93, conforme previsto na Portaria Interministerial 507 de 2011. Esta estabelece, em seu art. 24, designando como regra a ser seguida quando da fixação dos contratos regidos por esta Lei:
Art. 24. É dispensável a licitação:
II -‐ para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez.
Contrapartida
Informar como foi realizada a contrapartida do convenente, anexando os termos e declarações que comprovam a mesma. Exemplo:
Exemplo 1: Conforme proposto e aprovado por este convênio, os serviços de uma assistente de produção e de um coordenador foram nossa contrapartida acordada para o projeto. Diante disso, anexamos à presente, o termo de compromisso e a declaração, como forma de comprovação de sua devida realização.
Exemplo 2: Conforme acordado a contrapartida financeira foi de X (x reais), sendo depositada na conta-‐corrente do projeto na data X, e pagos os serviços de XX.
Considerações Finais
Promover os últimos levantamentos ou dar alguma informação final que considera relevante. Exemplo: Demonstramos detalhadamente através deste relatório de prestação de contas que o objeto do presente projeto foi alcançado, de maneira clara, precisa e obedecendo aos requisitos legais e normativos dos entes federativos, em especial, do Governo Federal. Desta forma, diante do acima descrito, aguardamos retorno da Coordenação de Prestação de Contas, nos colocando inteiramente à disposição para eventuais demandas, caso surjam.
BIBLIOGRAFIA
ANSOFF, H. Igor. Implantando a Administração Estratégica. SP: Atlas, 2008.
ARMANI, D. Como elaborar projetos? – Guia Prático para Elaboração e Gestão de Projetos Sociais. Porto Alegre: Tomo, 2001.
CRIBARI, Isabela (Org.) et al. Produção cultural e propriedade intelectual. Recife: Editora Massangana, 2006
AVELAR, Rômulo. Avesso da Cena. Belo Horizonte: Duo Editorial, 2008.
BARBOSA, Maria Nazaré Lins. Manual de ONGs; Guia Prático de Orientação Jurídica/ Maria Nazaré Lins Barbosa e Carolina Felippe de Oliveira; Coordenação Luiz Carlos Merege. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.
BARROS, José Márcio. Os profissionais da cultura: Formação de quadros para o setor cultural. Revista Observatório Itaú Cultural número 06, jul/set 2008, pág 21.
BAYARDO, Rubens. A Gestão Cultural e a questão da formação. Revista Observatório Itaú Cultural número 06, jul/set 2008, pág 57
BRANT, Leonardo. Mercado Cultural: panorama crítico e guia prático para gestão e captação de recursos. 4 ed. rev. e atual. São Paulo: Escrituras: Instituto Pensarte, 2004
CALABRE, Lia (Org.). Oficinas do Sistema Nacional de Cultura. Brasília: Ministério da Cultura, 2006.
CESNIK, Fábio de Sá. Guia do Incentivo à Cultura. 2 ed. Barueri: Manole, 2007.
CUNHA, Maria Helena. Referências Bibliográficas: Mais um desafio para o Gestor Cultural. Revista Observatório Itaú Cultural número 06, jul/set 2008, pág 35.
CUNHA, Maria Helena. Gestão Cultural: Construindo uma identidade profissional. Trabalho apresentado no III ENECULT – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, realizado entre os dias 23 a 25 de maio de 2007, na Faculdade de Comunicação/UFBa, Salvador-‐Bahia-‐Brasil. Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/enecult2007/MariaHelenaCunha.pdf> Acesso em: 28 fev. 2009.
CUNHA, Maria Helena. Gestão Cultural: Profissão em formação. Portal Iberoamericano de Gestión Cultural. Disponível em: <http://www.gestioncultural.org/gc/es/pdf/BGC_AsocGC_MHCunha.pdf> Acesso em: 28 fev. 2009.
REIS, Ana Carla Fonseca. Economia da cultura e desenvolvimento sustentável. Barueri: Manole, 2007.
RESENDE, Tomáz de Aquino. Roteiro do Terceiro Setor. Belo Horizonte: Prax, 2006.
RUBIM, Antônio Albino Canelas. Formação em organização da Cultura no Brasil. Revista Observatório Itaú Cultural número 06, jul/set 2008, pág 47.
RUBIM, Linda. Organização e Produção da Cultura. Salvador: EDUFBA, 2005.
SANT’ANNA, Valéria Maria. Manual Prático dos Contratos. Bauru/SP, 2007.
SEDS. Programa De Controle De Homicídios Fica Vivo! Disponível em: <http://www.seds.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=283&Itemid=117> Acesso em: 25 fev. 2009.
SOARES, Rinaldo Campos. Empresariedade & Ética – O exercício da cidadania corporativa. São Paulo: Atlas, 2002.
WILSON, David C. e JARZABKOWSKI, Paula. Pensando e agindo estrategicamente: novos desafios para a análise estratégica. Revista de Administração de Empresas. v. 44, n. 4, p. 11-‐19, out/dez 2004.