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INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO AO IDOSO E ENFERMAGEM (ver que o título d !le"tr #o$ %od$&'do !r o%e d Me" Ce trl )REDES DE ATENÇÃO AO IDOSOE O TROCESSO DE*TRA+AL,O DA ENFERMAGEM- ,. tr/" !le"tr te" 0ord do o %e"%o te%1 INTRODUÇÃO A preocupação com o tema envelhecimento da população foi intensicada a partir dos anos de 1950, diante da transição demográca ocorrida em países reconhecidos como desenvolvidos. o !rasil , tema envelhecimento vem ganhando espaço de atenção desde a d"cada de 19#0, o fen$meno passou a e%igir plane&amento pela implicação na mudança do 'uadro socioecon$mico do país e do arran&o familiar. (istoricamente, o processo de envelhecimento contempla dois aspectos de alcances opostos. )m deles, e%pressa esse processo como parte nal da fase de vida, associada a designação negativa, carregada de dist*r+ios degenerativos e cr$nicos com perdas +iossociais signicativas 'ue levam a morte. outro aspecto, considera o envelhecimento como processo natural 'ue ocorre ao longo das e%peri-ncias vividas, com valores agregados tradu idos pelas a'uisiç/es da sa+edoria, da maturidade e serenidade nas re e%/es para os fatos do cotidiano. ndependente das características e vis/es direcionadas para o tema envelhecimento, o s"culo 22 está sendo marcado dentre os diversos eventos, por um importante indicador social referente ao ganho de esperança de vida ao nascer da população +rasileira. 3studos de 4rgão governamental com demonstração estatística 1 mostram 'ue, a e%pectativa de vida de #, anos evidenciada no início deste s"culo passou para 67,9 anos em 801 . As estatísticas tam+"m t-m destacado 'ue o n*mero de

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INSTITUIO DE LONGA PERMANNCIA NA REDE DE ATENO AO IDOSO E ENFERMAGEM (ver que o ttulo da palestra foi modificado para nome da Mesa Central REDES DE ATENO AO IDOSOE O TROCESSO DEVTRABALHO DA ENFERMAGEM H trs palestrantes abordando o mesmo tema)

INTRODUOA preocupao com o tema envelhecimento da populao foi intensificada a partir dos anos de 1950, diante da transio demogrfica ocorrida em pases reconhecidos como desenvolvidos. No Brasil , tema envelhecimento vem ganhando espao de ateno desde a dcada de 1980, o fenmeno passou a exigir planejamento pela implicao na mudana do quadro socioeconmico do pas e do arranjo familiar. Historicamente, o processo de envelhecimento contempla dois aspectos de alcances opostos. Um deles, expressa esse processo como parte final da fase de vida, associada a designao negativa, carregada de distrbios degenerativos e crnicos com perdas biossociais significativas que levam a morte. O outro aspecto, considera o envelhecimento como processo natural que ocorre ao longo das experincias vividas, com valores agregados traduzidos pelas aquisies da sabedoria, da maturidade e serenidade nas reflexes para os fatos do cotidiano.Independente das caractersticas e vises direcionadas para o tema envelhecimento, o sculo XXI est sendo marcado dentre os diversos eventos, por um importante indicador social referente ao ganho de esperana de vida ao nascer da populao brasileira. Estudos de rgo governamental com demonstrao estatstica1 mostram que, a expectativa de vida de 68,6 anos evidenciada no incio deste sculo passou para 74,9 anos em 2013. As estatsticas tambm tm destacado que o nmero de mulheres maior do que dos homens e elas tm mais tempo de vida quando comparadas aos homens. Acrescenta-se ainda que, o aumento da esperana de vida decorrente de vrios fatores. Entre esses fatores destacam-se a melhoria no saneamento bsico, a possibilidade de incrementar o poder de aquisio de produtos, a reduo do nmero de filhos tendo por efeito a tendncia de crescimento da populao idosa, na maioria composta por mulheres, mas ambos sexos trazem consigo fragilidades biopsico, implicando em surgimento de desafios para os formuladores de poltica e para a famlia, no que se referem as tomadas de medidas para proporcionarem meios de insero social para os idosos para ajud-los a manter estilo de vida saudvel. Portanto, merece reflexo para o tema a respeito de quem cuidar desses idosos, ou seja, a famlia ou instituies. Nesse contexto, tem-se observado que a ateno ao idoso ocorre dentro e fora de sua famlia. Nesta ltima modalidade confere-se a responsabilidade pela ateno ao idoso instituio de longa permanncia.A legislao brasileira2,3 estabelece que o cuidado do idoso deva ser responsabilidade da prpria famlia, considerado espao privilegiado para o acolhimento ao longevos e, somente em caso de carncia para a manuteno da prpria sobrevivncia que se deve recorrer ao recurso de atendimento de institucionalizao. A legislao tambm determina a obrigatoriedade da famlia, da comunidade e do Poder Pblico assegurar ao idoso o direito manter-se inserido na vida social, viver com dignidade, ter autonomia, liberdade enfim, ter acesso aos direitos e deveres fundamentais inerentes ao individuo, posto pelo exerccio da cidadania estabelecida na constituio brasileira.Porm, o cuidador familiar tem-se tornado cada vez mais escasso devido mudanas sociais como: a famlia tem reduzido o nmero de filhos e parentes em geral, sendo o advento do contraceptivo trouxe o poder de opo de ter ou no filhos; h alteraes do padro nupcial e menor durao das unies; aumento da escolaridade feminina permitindo a crescente participao da mulher no mercado de trabalho, esta tradicionalmente, que permanecia no ambiente domstico desempenhando funo de cuidadora da casa e da famlia, no to intensa, decorrente da busca frequente do trabalho remunerado fora do lar, permitindo-lhe acesso e trocas de informaes de interesse prprio e ampliando a autonomia, a liberdade para exerccio da cidadania 4, 5 . Essas modificaes acabam tambm fragilizando os laos familiares, resultando em novas formas de cuidar da pessoa idosa e pode acarretar alterao na modalidade de residncia.Geralmente a necessidade de institucionalizao vem tona, quando surge a dependncia do idoso para outra pessoa realizar seu autocuidado. Ao ser limitada a capacidade de realizar atividades rotineiras, estas passam ser de responsabilidade do familiar, por sua vez, pode no conseguir assumi-las, tendo que confiar os cuidados do parente a um cuidador ou a uma instituio especializada. Nesse contexto as instituies de longa permanncia, sejam pblicas e ou privadas, aparecem como opo vivel de amparo ao idoso constituindo-se em uma necessidade social. Portanto, a sociedade, representada pelo Estado, pelas instituies de ensino, pelos profissionais e os usurios de servios, cada um em seu espao poltico de ao, em especial aqui a enfermagem, devam zelar pelo funcionamento e boa qualidade dos servios prestados pelas instituies para idosos.INSTITUIO DE LONGA PERMANNCIA PARA O IDOSO : normatizao NA REDE DE ATENO AO IDOSO E INTEGRAO AO SUSA origem da instituio de longa permanncia para idoso est ligada ao espao criado para funcionar o sistema asilar que, inicialmente, tinha a funo social organizada para o amparo a populao carente desprovida de laos familiares, tambm para aquelas pessoas consideradas pobres que necessitavam de abrigo. O sistema asilar funcionava na perspectiva de caridade, expressando que, a carncia financeira e a inexistncia de moradia, constituam-se em maiores elementos motivadores para a busca pela populao por essa instituio. Esse feito proporcionou reconhecer no mbito brasileiro essa instituio de natureza filantrpica com existncia predominante no territrio nacional (65,2%) 4. No entanto, lhe imposta a rotulao discriminatria devido a natureza social presente no termo asilo, e nas pessoas que nesse lugar residem, o que pode tambm justificar, a insero no conjunto de polticas traadas de assistncia social da demanda populacional que se encontra nesse modo de moradia. A assistncia social uma das espcies de proteo social constitucional, junto sade e a previdncia formam o trip do sistema da seguridade social. O artigo 203 da Constituio Brasileira diz que a assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente da contribuio seguridade social, destacando-se entre seus objetivos a proteo para a famlia, a maternidade, a infncia, a adolescncia e a velhice5. No entanto, o envelhecimento da populao aparece como ameaa, pois o desequilbrio entre as geraes decorrentes da menor taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida, tem sido entendido como causa da fragilidade das potencialidades do sistema de proteo social brasileiro. A exemplo, as mudanas para o fator previdencirio para calculo de aposentadoria est sendo justificado pelo aumento da expectativa de vida.LOASO aumento da expectativa de vida e a reduo funcional do organismo humano decorrente do processo de envelhecimento, clamam para o poder pblico, o direito para a instituio de longa permanncia para idoso deixar de tomar parte apenas da proteo da assistncia social e integrar a rede de ateno sade6. Essa instituio no destinada a tratamento clnico, mas seus residentes recebem, somado moradia, ao vesturio e a alimentao, atendimento de sade realizado pela enfermagem, sobretudo a execuo de atividades para os residentes dependentes para realizao do prprio autocuidado . Tambm inclui a ateno de fisioterapeuta para entre outras aes, fazer a mobilizao fsica do idoso com funo motora comprometida. Alm desses profissionais somam-se na lista, o mdico, o assistente social, o psiclogo enfim, o idoso acompanhado pela equipe de sade para receber cuidados de longa permanncia.Essa caracterstica hbrida da instituio do idoso

REFERNCIAS1.Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica . Tbua de mortalidade 2013. Disponvel em www.ibge.gov.br Acesso em 02/05/2015.2.Brasil. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988. Disponvel em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 28/06/2015. 3.Brasil. Ministrio da Sade. Lei 10.741/10/2003, dispe sobre o Estatuto do Idoso e d outras providncias. Braslia, 2003.4. Camaro, AA, Kanso, S. As instituies de longa permanncia para idosos no Brasil. Rev. Bras. de Estud. da Popula., As~Paulo, v27, n1,jan/jun 2010. Disponvel em : www.scielo.br. Acesso em 05/06/2015.5.Madureira, VSF, Peliser, SR, Beltrame, V, Stamm, M. Mulheres idosas falando sobre envelhecer: subsdios para a promoo da sade. Ver. Min. Enferm., v12, n1, jan/mar 2008, p. 17-26.6. Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada. Infraestrutura social e urbana no Brasil, subsdios para uma agenda de pesquisa e formulao de polticas pblicas. Condies e funcionamento e infraestrutura das instituies de longa permanncia para idosos no Brasil. Srie Eixos do Desenvolvimento Brasileiro, n.93, maio 2011. 17p.