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INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO JOÃO DA ESCÓCIA – IESJE CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA GABRIEL FERRARI DE OLIVEIRA MIGUEL ALBANO DE ALMEIDA NETO AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL – CONTROLE VIA INTERNET POÇOS DE CALDAS 2017

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INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO JOÃO DA ESCÓCIA – IESJE

CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA

GABRIEL FERRARI DE OLIVEIRA

MIGUEL ALBANO DE ALMEIDA NETO

AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL – CONTROLE VIA INTERNET

POÇOS DE CALDAS

2017

 

GABRIEL FERRARI DE OLIVEIRA

MIGUEL ALBANO DE ALMEIDA NETO

AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL – CONTROLE VIA INTERNET

Trabalho apresentado ao curso técnico de

Eletrônica do Instituto Educacional São João da

Escócia – IESJE, sob orientação do Professor

Cleyton Santos.

POÇOS DE CALDAS

2017

 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Exemplo de Automação Industrial ............................................................................ 8 Figura 2 – Exemplo de Automação Residencial ........................................................................ 9 Figura 3 – A primeira rede de Computadores .......................................................................... 10 Figura 4 – Divisão da ARPANET ............................................................................................ 11 Figura 5 – Modelo OSI ............................................................................................................. 13 Figura 6 – Topologia de Rede do Projeto ................................................................................. 17 Figura 7 – Página de Login do Servidor PHP .......................................................................... 18 Figura 8 – Página Principal do Servidor PHP .......................................................................... 19 Figura 9 – Acoplador Óptico 4N25 .......................................................................................... 20 Figura 10 - Circuito Lâmpada .................................................................................................. 20 Figura 11 - Circuito Fechadura ................................................................................................. 21 Figura 12 - Diagrama em Blocos .............................................................................................. 21

 

SUMÁRIO

 

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5

2 AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL – WEB SERVER ........................................................... 6

2.1 Arduino ............................................................................................................................ 6

2.1.1 Histórico ..................................................................................................................... 6

2.1.2 Funcionamento ........................................................................................................... 7

2.2 Automação ....................................................................................................................... 7

2.3 Internet .......................................................................................................................... 10

2.3.1 Histórico ................................................................................................................... 10

2.3.2 Funcionamento ......................................................................................................... 12

2.4 Residência ...................................................................................................................... 13

2.5 Revolução Industrial ..................................................................................................... 14

2.6 Servidor WEB ............................................................................................................... 16

2.6.1 Histórico ................................................................................................................... 16

2.6.2 Funcionamento ......................................................................................................... 16

3 MATERIAL E MÉTODO .................................................................................................. 17

3.1 Funcionamento .............................................................................................................. 17

3.2 Servidor PHP ................................................................................................................. 18

3.3 Iluminação ..................................................................................................................... 19

3.4 Fechadura ...................................................................................................................... 21

4 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 22

5 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 23

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como intuito registrar formalmente toda pesquisa,

desenvolvimento e metodologia do projeto “Automação Residencial – Controle Via Internet”,

concebido para a feira de mostra tecnológica do Instituto Educacional São João da Escócia, na

área da Eletrônica, no ano de 2017.

  Desenvolver um sistema eletrônico, que tem como alicerce o microcontrolador Arduino,

capaz de automatizar uma residência, permitindo o seu controle de seus recursos através de

aparelhos conectados à Internet. Os recursos automatizados incluem: iluminação, fechadura,

alarme, câmera de vigilância, etc.

As primeiras páginas do desenvolvimento relatam, de forma breve, sobre conceitos-

chave e tecnologias para o projeto: Arduino, automação, Internet, residência, Revolução

Industrial e servidor Web. Em seguida, há a metodologia e o processo de desenvolvimento do

projeto de automação residencial com controle via Internet. O último capítulo, é destinado aos

relatos pessoais e subjetivos do projeto como um todo, e possui também, as considerações finais

dos realizadores.

Para a realização desta dissertação, fez-se um estudo em diversas literaturas sobre

Internet, automação, plataforma Arduino, programação, e instalações elétricas.

2 AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL – WEB SERVER

 

2.1 Arduino

 

2.1.1 Histórico

 

Na década de 50 nasce uma aplicação em automação de Máquinas Operatrizes de

Usinagem, oferecendo à indústria o mais dinâmico processo de fabricação até aquele momento.

Este processo mostrou-se eficiente às exigências do mercado. Considerando baixo custo de

fabricação, pequenos lotes de produção, produtos geometricamente complexos e menores

espaços de tempo entre projeto do produto e fabricação.

Com o objetivo de ensinar aos seus alunos conceitos de programação e eletrônica, o

italiano Massimo Banzi desenvolveu em 2005 sua própria placa de prototipagem eletrônica de

hardware livre, com baixo custo e semelhante a estrutura de um computador. A placa criada

recebeu o nome Arduino e foi um grande sucesso, recebendo uma menção honrosa na categoria

Comunidades Digitais em 2006.

A principal finalidade do Arduino em um sistema é simplificar a prototipagem,

implementação ou emulação do controle de sistemas interativos, da mesma forma que o CLP

(controlador lógico programável) controla sistemas de funcionamento industriais, sendo capaz

de enviar e receber informações de basicamente qualquer sistema eletrônico.

Muitos projetos paralelos se inspiram em cópias modificadas do Arduino e essas versões

acabam recebendo seus próprios nomes. Um caso famoso, é o Marminino criado no Brasil por

um professor da Universidade de Fortaleza, o projeto foi criado para ensinar alunos de escolas

públicas a desenvolverem sistemas de robótica. O Marminino custa aproximadamente vinte e

cinco reais.

2.1.2 Funcionamento

O hardware é fabricado com microcontrolador Atmel AVR, mas essa característica não

é um requisito, hoje possui-se hardware com a assinatura Arduino empregando processadores

Intel e oferecendo todo suporte à plataforma. Ele utiliza uma linguagem de programação padrão

que é denominada Wiring (baseada em C/C++), podendo também ser programada em outras

linguagens.

O Arduino é composto basicamente por um controlador e uma interface serial ou USB

para ser programado. Também é possível combinar um ou mais Arduinos, para isso, usa-se as

extensões chamadas de Shields.

O Arduino contém entradas analógicas, saídas digitais e PWM (Pulse Width

Modulation), permitindo leituras de sensores e controle de outros dispositivos, pode ser usado

para o desenvolvimento de objetos interativos autônomos ou não, ainda sendo possível conecta-

lo a um computador.

O Arduino IDE (Ambiente de desenvolvimento integrado) é uma aplicação

multiplataforma escrita em Java derivada dos projetos Processing e Wiring, é esquematizado

para apresentar a programação aqueles que não possuem tal grau de conhecimento em relação

ao desenvolvimento de softwares.

Possui um editor de código com recursos de realce de sintaxe, parênteses

correspondentes e identificação automática, sendo capaz de compilar e carregar programas para

a placa.

Nos dias de hoje possui-se um amplo conjunto de modelos de Arduino, alguns possuem

características especiais, porém, todos se baseiam no mesmo conceito.

2.2 Automação

As indústrias optaram pela automação industrial com finalidade de potencializar a

produção com a menor perda de energia e matéria prima, menor emissão de resíduos, melhores

condições de segurança, seja material, humana ou das informações referentes a esse processo,

ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência humana sobre esse processo ou máquina, como

Kevin Mitnick relatou “O fator humano é o elo mais fraco da segurança. ” É um passo além da

mecanização, onde operadores humanos são providos de maquinaria para auxiliá-los em seus

trabalhos.

Entre os dispositivos eletroeletrônicos que podem ser aplicados estão os computadores

ou outros sistemas capazes de efetuar operações lógicas, como controladores lógicos

programáveis (CLP’s), microcontroladores, SDCDs ou CNC’s. Estes equipamentos em alguns

casos, suprem tarefas humanas.

Figura 1 – Exemplo de Automação Industrial

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Automação_industrial

 

Diversas empresas de tecnologia redirecionaram seu foco da automação industrial para

residencial, contudo, não perceberam as características de cada um desses mercados. Na

automação industrial é primordial que os equipamentos funcionem com proteção total contra

falhas, com respostas rápidas aos comandos e alta precisão, na automação residencial essas

características podem ser reduzidas. No entanto, a automação residencial necessita de

equipamentos com um grau de acabamento superior, bem como interfaces simples e intuitivas

para melhor interação com o cliente.

Podemos considerar como marco inicial da automação residencial o início da década de

70, quando foram lançados os primeiros módulos inteligentes chamados X-10. O protocolo X-

10 utilizava a rede elétrica como canal de comunicação entre os diversos dispositivos de

automação. Tratava-se de uma tecnologia PLC. Isso permite o controle de dispositivos remotos

sem necessitar de alteração da infraestrutura elétrica da residência. Observe a Figura 02.

Figura 2 – Exemplo de Automação Residencial

 

Fonte: https://www.electronica‐pt.com/domotica/x10

 

Na década de 80, com o desenvolvimento do IBM PC e o Apple Macintosh e as

primeiras interfaces gráficas ocorreu a popularização dos computadores pessoais (PCs), com as

desvantagens dos mainframes (computadores de grande porte dedicado normalmente ao

processamento de um volume enorme de informações), pôde-se pensar em um PC como central

de automação. Contudo, a grande desvantagem desse sistema é o elevado consumo, devido a

necessidade de manter o PC sempre ligado. Outra desvantagem está na centralização do

controle que pode vir a ser falho e comprometer o funcionamento de todo o sistema

automatizado. A partir desses problemas parte-se para o desenvolvimento de dispositivos

dedicados (embarcados) através da utilização de microprocessadores e microcontroladores e da

exclusão dos PCs.

Simultaneamente diversas outras tecnologias foram sendo desenvolvidas e incorporadas

à automação residencial como a radiofrequência e os controles remotos programáveis

infravermelho.

 

 

 

10 

2.3 Internet

 

2.3.1 Histórico

 

O conceito da Internet surgiu durante a Guerra Fria, episódio histórico caracterizado

pela disputa entre as duas grandes potências da época, Estados Unidos e União Soviética,

principalmente no aspecto ideológico, de tecnologia bélica e de tecnologia espacial. No ano de

1962, o cientista da computação, Joseph Carl Robnett Licklider, publicou sua obra

“Intergalactic Computer Network”, apresentando a ideia de conectar computadores, ao mundo.

Porém, foi apenas no ano de 1969 que a ideia de Licklider foi concretizada, através da

ARPANET, o primórdio da Internet.

A ARPANET foi criada pela Advanced Research and Projects Agency (ARPA), agência

governamental estadunidense responsável por realizar pesquisas e desenvolver tecnologias nas

áreas militar e de defesa nacional. O objetivo inicial da primeira rede de computadores era

assegurar a integridade de dados importantes, compartilhando-os com outras máquinas,

geograficamente distantes. A primeira rede de computadores conectava quatro centros de

pesquisa no oeste estadunidense conforme mostra a Figura 03.

Figura 3 – A primeira rede de Computadores

 

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/infografico/9847‐a‐historia‐da‐internet‐pre‐decada‐de‐60‐ate‐anos‐80‐infografico‐

.htm

11 

 

Na década de 70, foi criado os protocolos TCP (Transmission Control Protocol) e IP

(Internet Protocol), padronizando as redes de computadores e servindo de base para o TCP/IP,

conjunto de protocolos de comutação de computadores que é utilizado nos dias de hoje. Em

1971, a palavra “Internet”, é utilizada pela primeira vez para se referir à rede de computadores.

Ainda no início da década de 70, a tensão entre a União Soviética e Estados Unidos diminuiu,

logo, a ARPANET deixou de ser utilizada unicamente por militares e para fins militares,

tornando-se presente também na área de estudos e pesquisas. No ano de 1983, criou-se a

MILNET, rede de computadores destinada aos militares e a ARPANET continuou existindo,

porém agora, destinada aos civis da área de pesquisa. Um ano depois, a Organização

Internacional de Normalização cria o Modelo OSI. Veja a Figura 04.

Figura 4 – Divisão da ARPANET

 

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/infografico/9847‐a‐historia‐da‐internet‐pre‐decada‐de‐60‐ate‐anos‐80‐infografico‐

.htm

 

Em 1991, o britânico Tim Berners-Lee lança a World Wide Web (WWW). Dois anos

depois, a Internet deixa de ser utilizada apenas por militares e cientistas, e se torna uma

ferramenta comercial, podendo ser usada por qualquer pessoa no mundo.

 

 

 

12 

2.3.2 Funcionamento

A Wide Area Network (WAN), ou simplesmente Internet, é uma rede de computadores

com proporção geográfica global, que interliga máquinas do mundo todo. Para realizar a

comutação, os computadores utilizam uma série de protocolos em comum, que seguem dois

tipos de modelos principais: TCP/IP ou OSI.

O Modelo TCP/IP divide os protocolos de comunicação em quatro camadas. A primeira

camada é conhecida como a Camada de Rede, e representa a parte física de uma rede de

computadores, como modem, roteador, placa de rede, cabo de rede, etc. Em seguida, é a

Camada de Internet, cuja a função, é conectar redes locais (LAN’s), utilizando principalmente

o protocolo IP, que cede o endereço virtual para os host’s. A terceira camada, Camada de

Transporte, controla a comutação entre os computadores e a transição de dados entre estes. A

quarta e última camada, Camada de Aplicação, é destinada para protocolos serviços específicos

e dedicados, como web, email, etc.

O Modelo OSI, por sua vez, divide estes mesmos protocolos em sete camadas distintas.

Este modelo foi criado pela Organização Internacional de Normalização (ISO) para padronizar

a comunicação entre computadores ligados à uma ou mais redes conforme mostra a Figura 05.

A Camada Física representa o meio de transmissão dos bits, seja através de eletricidade

(cabo coaxial ou cabo de par trançado) ou através de ótica (fibra ótica).

A Camada de Enlace trata dos dispositivos para conectar os host’s dentro de uma mesma

rede, como, placa de rede, switch, etc. Além disso, é nesta camada que se encontra o endereço

MAC, ou seja, o endereço físico de uma máquina.

A Camada de Rede permite conectar host’s de redes diferentes através do endereço

virtual (IP). E permite também, traçar rotas e endereçar os dados através de roteadores.

A Camada de Transporte cuida para que os dados cheguem íntegros ao seu destino,

corrigindo possíveis falhas e gerenciando a transferência dos pacotes.

A Camada de Sessão é responsável pela comutação entre as máquinas.

A Camada de Apresentação converte todos os dados a serem transmitidos, para um

formato universal, que possa ser interpretado por qualquer protocolo da camada seguinte.

A Camada de Aplicação agrupa os protocolos que serão utilizados diretamente pelo

usuário, como email (POP3, IMAP), nome de domínios (DNS), Web (HTTP), etc.

13 

Figura 5 – Modelo OSI

 

Fonte: https://canaltech.com.br/tutorial/o-que-e/o-que-e-modelo-osi/

 

 

2.4 Residência

 

De acordo com o dicionário online, Dicio, residência significa: “Moradia habitual em

determinado lugar [...] Casa de habitação; domicílio; lar; moradia. ”

Inicialmente, os homens não possuíam moradia fixa, e a utilizavam apenas para se

protegerem de fenômenos de natureza e de predadores, e para descansarem. Essas moradias

temporárias eram geralmente cavernas, que os homens pré-históricos utilizavam enquanto

aquele ambiente ao redor lhes fossem vantajoso, ou seja, enquanto houvesse colheita, pesca

e/ou caça.

Com o desenvolvimento do homem e suas descobertas e criações, a moradia e seu

conceito evoluíram. Foi criada então a residência, uma moradia fixa, construída pelo próprio

homem. Num primeiro momento, as casas eram construídas com recursos básicos e primários,

como galhos e troncos de árvores, barro e argila, etc. até atingir os tempos modernos, onde é

utilizado majoritariamente tijolo e concreto para a construção de casa.

 

 

 

 

 

14 

2.5 Revolução Industrial

 

A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no início do século XIX, nessa

época ocorre a transição do modelo de produção feudal para o modelo atual capitalista, logo

mais outros países como França, Bélgica, Holanda, Rússia, Alemanha e Estados Unidos

ingressaram nesse novo modelo de produção industrial. Essa revolução ficou caracterizada por

duas consideráveis invenções que apresentavam uma transformação no setor produtivo e de

transportes: A utilidade do carvão como meio de fonte de energia e a partir daí desenvolveram

concomitantemente a máquina a vapor e a locomotiva. Ambas foram fundamentais para incitar

a dinamização no transporte de matéria-prima, pessoas e distribuição de mercadorias.

A massiva utilização de máquinas nas indústrias, que efetuavam grande agilidade em

razão da energia do carvão, possibilitou uma produtividade extremamente prática, com isso a

indústria tornou-se uma grande fonte de empregos, nesse momento milhares de pessoas

deixaram o campo em direção às cidades.

O êxodo rural frenético provocou um crescimento significativo dos centros urbanos em

grande parte das nações. Algumas cidades da Europa aumentaram três vezes o número de sua

população em meio século.

Como consequência do crescimento populacional os centros urbanos ficaram saturados,

modificando drasticamente a configuração da paisagem urbana, as cidades não absorveram o

fluxo de pessoas de forma programada, com isso surgiram bairros formados por trabalhadores

pobres.

A Segunda Revolução Industrial surgiu na segunda metade do século XIX e terminou

durante a Segunda Guerra Mundial, integrando uma série de desenvolvimentos tecnológicos

dentro da indústria química, elétrica, de petróleo e de aço. Outros progressos essenciais nesse

período incluem a inclusão de navios de aço movidos a vapor, o progresso de desenvolvimento

do avião, a produção em massa de bens de consumo, o enlatamento de comidas, refrigeração

mecânica e outras técnicas de preservação e a invenção do telefone eletromagnético.

A energia elétrica indubitavelmente foi o maior avanço tecnológico da Segunda

Revolução Industrial com a energia elétrica as taxas de lucratividade foram elevadas,

permitindo o acelerado crescimento industrial. Motores e máquinas menores e toda a

parafernália eletrônica subsequente permitiram o desenvolvimento de um grande número de

utilidades domésticas, que seriam os bens de consumo duráveis que, juntamente com o

automóvel, constituem os maiores símbolos da sociedade moderna.

15 

Devido a evolução da atividade industrial em diversas partes do mundo, os proprietários

dos meios de produção e capitais encetaram o direcionamento de recursos financeiros para o

desenvolvimento e criação de novas tecnologias como procedimentos produtivos, máquinas,

equipamentos entre outros, todos com objetivo de impulsionar e acelerar a produtividade e

simultaneamente os percentuais de lucros. Nos Estados Unidos a Segunda Revolução Industrial

é frequentemente associada com a eletrificação de Nikola Tesla, Thomas Alva Edison e George

Westinghouse, com o gerenciamento científico aplicado por Frederick Winslow Taylor e o

Fordismo desenvolvido por Henry Ford.

O petróleo, que antes tinha somente uso para o funcionamento de sistemas de

iluminação, passou a ter uma nova utilidade com a invenção do motor a combustão. Novas

experiências permitiram o aproveitamento de minérios antes sem importância na obtenção de

matéria-prima e outros maquinários. O aço e o alumínio foram largamente utilizados pela sua

maior resistência e maleabilidade. Sobre os meios de transporte, podemos observar que as novas

fontes de energia e a produção do aço permitiram a concepção de meios de locomoção mais

ágeis e baratos. Durante o século XIX, as estradas de ferro foram o ramo de transporte que mais

cresceu.

Através dessas novas tecnologias, as indústrias conseguiram alcançar lucros cada vez

maiores e incentivaram o processo que se dava entre a obtenção da matéria-prima e a venda do

produto ao consumidor final. Simultaneamente, o controle mais exclusivo sobre os gastos

permitiu o cálculo preciso das margens de lucro a serem obtidas com um determinado artigo

industrial. Dessa forma, o capitalismo incidia diretamente na aceleração da economia mundial.

Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo ingressou em uma etapa de evoluções

significativas no campo tecnológico estimulada principalmente pela união entre conhecimento

científico e produção industrial. O processo industrial focado no conhecimento e na pesquisa

caracteriza a chamada Terceira Revolução Industrial.

A Terceira Revolução Industrial permitiu o desenvolvimento de atividades na indústria

que aplicam tecnologias em todas as etapas produtivas. A produção e o desenvolvimento de

material tecnológico é um setor que apresenta como um dos mais promissores.

As atividades que mais se ressaltam no mercado estão ligadas à produção de

computadores, softwares, microeletrônica, chips, transistores, circuitos eletrônicos, além da

robótica com grande aceitação nas indústrias, telecomunicações, informática em geral.

Destacam-se ainda a expansão de transmissores de rádio e televisão, telefonia fixa, móvel e

internet, indústria aeroespacial, biotecnologia e muitas outras inovações.

16 

A introdução de tecnologias e o desenvolvimento constante da mesma promovem uma

dinamização produtiva, intensifica o trabalho, cria produtos e mercadorias de maior qualidade

para concorrer em um mercado cada vez mais competitivo, gera diminuição de custos. Esse

processo desencadeia uma enorme acumulação de capitais pelos donos dos meios de produção

que posteriormente serão usados para realizar investimentos no desenvolvimento de novos

produtos e na geração de inéditas tecnologias de ponta, sempre a serviço da indústria.

2.6 Servidor WEB

 

2.6.1 Histórico

A World Wide Web (ou simplesmente WWW) estreou no dia 6 de agosto de 1991, após

seu criador, Tim Berners-Lee, publicar suas ideias num grupo de notícias chamado

alt.hypertext. Porém, Berners-Lee já possuía a ideia da WWW desde a década de 80, quando

ele construiu o ENQUIRE, um projeto que permitia o compartilhamento de documentos.

Em 1990, Berners-Lee utilizou um computador NeXTcube para desenvolver o primeiro

servidor Web e o primeiro navegador, para que no ano seguinte, esta tecnologia fosse exposta

ao mundo.

 

2.6.2 Funcionamento

A World Wide Web é um sistema que permite acessar dados na forma de hipertextos

(textos interativos) e hipermídias (imagens, sons e vídeos) armazenados em servidores, através

de navegadores. Ele utiliza o protocolo HTTP, localizado na Camada de Aplicação do Modelo

OSI, e linguagens de programação como HTML e PHP.

O usuário, através de um navegador browser, faz pedido a um servidor Web, através do

protocolo HTTP, para acessar determinado conteúdo, e o servidor Web atende o usuário lhe

enviando uma “cópia” do conteúdo a ser acessado.

 

17 

3 MATERIAL E MÉTODO

3.1 Funcionamento

 

O Arduino é conectado à Internet através do Ethernet Shield, placa dedicada ao Arduino,

que lhe concede uma porta RJ45, e um slot para cartão de memória. Os pinos de entrada e saída

digitais e analógicos vão fazer a leitura dos dispositivos ou o chaveamento para ligar ou desligar

os dispositivos.

Há gravado no Arduino, além das linhas de código destinadas à automação residencial,

um servidor PHP local, destinado ao controle do Arduino de forma remota através da Internet.

Observe a Figura 6.

Figura 6 – Topologia de Rede do Projeto

Fonte: O Autor, 2017.

O servidor PHP além de contar com as ferramentas necessárias para o controle da casa

de forma simples e intuitiva, há também um sistema de login para tornar o acesso à página mais

restrito e seguro.

18 

3.2 Servidor PHP

 

Para a construção do servidor PHP, é necessário a inclusão da biblioteca Ethernet e SPI

do Arduino, em seguida, realizar todas configurações de rede, bem como, endereço IP, máscara

da rede, etc.

O servidor possui um sistema de segurança com um login e uma senha para cada usuário,

utilizando encriptação em MD5 que utiliza 128 bits. Esse sistema é baseado na linguagem PHP,

SQL e JavaScript.

Inicialmente, é criado uma tabela no MySQL com o login e senha, e toda vez que alguém

tentar conectar ao servidor, os dados inseridos serão comparados com os armazenados no banco

de dados do MySQL. Se a comparação tiver como resposta lógica “verdadeiro”, o acesso ao

servidor é concedido, caso contrário, não. Veja a Figura 7.

Figura 7 – Página de Login do Servidor PHP

Fonte: O Autor, 2017.

Após o usuário efetuar o login, ele é redirecionado para uma página principal. Na página

principal, ele poderá controlar e receber informações em tempo real dos acessórios

automatizados. A cada opção selecionada, o site manda as informações necessárias para o

Arduino realizar a ação requerida. Olhe a Figura 8.

Na página “Help”, há instruções e informações para ajudar o usuário a tirar melhor

proveito da automação residencial. Há também a página “About”, que contém a história do

projeto, e informações sobre os realizadores (figura 8).

19 

Figura 8 – Página Principal do Servidor PHP

Fonte: O autor, 2017.

Toda interface foi desenvolvida através do editor de texto SublimeText3, o servidor foi

feito através do WAMP Server e programado pelo MySQL Workbench 6.3.

3.3 Iluminação

 

O sistema de iluminação será constituído por um circuito com um foto acoplador

anexado a um relé que irá fazer o controle da lâmpada.

O Foto acoplador, também chamado de acoplador ótico, optoacoplador ou optoisolador,

é um componente formado basicamente por um LED e um fototransístor dentro de um CI com

a função conectar circuitos sem um contato elétrico.

Aplicando uma tensão nos pinos do LED, este acende e a luz polariza a base do

fototransistor interno. Desta forma, o fototransistor conduz e faz a corrente circular por outro

circuito isolado eletricamente.

Utilizamos o CI 4n25 no projeto como foto acoplador. A figura 09 expõe o

encapsulamento e a pinagem do componente utilizado.

20 

Figura 9 – Acoplador Óptico 4N25

 

 

Fonte: http://luthortronics.com.br/produto/acoplador-optico-4n25/

Os relés de chaveamento possuem uma bobina e um conjunto de contatos elétricos.

Quando uma corrente circula pela bobina, esta cria um campo magnético que atrai um ou uma

série de contatos, fechando ou abrindo circuitos.

A figura abaixo ilustra o funcionamento do circuito, controlamos o acionamento da

lâmpada através da alimentação do arduino sobre o foto acoplador, quando o usuário pressionar

a opção de acionamento da lâmpada o CI será energizado e assim o relé mudara de estado,

acionando a lâmpada.

Figura 10 - Circuito Lâmpada

Fonte: O autor, 2017.

 

21 

3.4 Fechadura

 

Para o acionamento e chaveamento da fechadura eletrônica, o circuito utilizado é o

mesmo do acionamento da lâmpada. A particularidade está no funcionamento da fechadura e

na sua alimentação, que é corrente contínua de 12 V.

Para o acionamento da fechadura eletrônica, basta um pulso em seus terminais, desta

forma, a solenoide se energizará, e destrancará a porta. A porta permanecerá destrancada até

que ela seja fechada.

Figura 11 - Circuito Fechadura

Fonte: O Autor, 2017.

O esquema de blocos abaixo ilustra de forma gráfica o funcionamento completo do

projeto.

Figura 12 - Diagrama em Blocos

Fonte: O Autor, 2017.

22 

4 CONCLUSÃO

 

O trabalho realizado permitiu, de forma bastante eficaz, o aprimoramento de nossos

conhecimentos acerca da Eletrônica, Automação e Telecomunicações. Utilizamos de uma

sólida base teórica para selecionar o projeto, e desenvolver posteriormente, a parte técnica desta

composição.

A ideia de desenvolver o sistema de automação residencial atendeu a premissa de

construir um projeto útil, tanto para nós realizadores, no quesito educacional e profissional,

quanto para a sociedade em geral, no quesito segurança e conforto residencial.

Através dos estudos realizados para a elaboração desta composição, notou-se um

crescimento nas tecnologias e demandas relacionadas à automação residencial,

consequentemente, prevê-se um crescente mercado, altamente lucrativo, num futuro bastante

próximo.

23 

5 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Eduardo. Saiba mais sobre o Arduino. Disponível em: <http://buildbot.com.br/blog/arduino/>. Acesso: em 25 de maio de 2017.

Arduino. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Arduino>. Acesso: em 25 de maio de 2017.

Automação Industrial. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Automação_industrial>. Acesso: em 24 de maio de 2017.

BARROS, Jussara de. Como Surgiram as Moradias. Disponível em: <http://escolakids.uol.com.br/como-surgiram-as-moradias.htm>. Acesso: em 27 de maio de 2017.

BOGO, Kellen Cristina. A História da Internet – Como Tudo Começou.... Disponível em: <http://www.viaki.com/home/internet/historia.php>. Acesso: em 28 de maio de 2017.

BORTOLUZZI, Matias. Histórico da Automação Residencial. Disponível em: <http://sraengenharia.blogspot.com.br/2013/01/historico-da-automacao-residencial_10.html>. Acesso: em 24 de maio de 2017.

Casa. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa>. Acesso: em 27 de maio de 2017.

FREITAS, Eduardo de. Primeira Revolução Industrial. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/primeira-revolucao-industrial.htm>. Acesso: em 20 de maio de 2017.

FREITAS, Eduardo de. Segunda Revolução Industrial. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/segunda-revolucao-industrial.htm>. Acesso: em 21 de maio de 2017.

História da Internet. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/internet/>. Acesso: em 04 de maio de 2017.

História da Internet. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet>. Acesso: em 04 de maio de 2017.

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