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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA-AJES
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇAO INFANTIL COM ENFASE EM EDUCAÇAO ESPECIAL
HISTÓRIAS INFANTIS (RESGATE DAS HISTÓRIAS COM ALUNOS DA
EDUCAÇÃO INFANTIL).
NEIDE IRANCHE
ORIENTADOR: PROF.DR. ILSO FERNANDES DO CARMO
BRASNORTE/2014
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA-AJES
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇAO INFANTIL COM ENFASE EM EDUCAÇAO ESPECIAL
HISTÓRIAS INFANTIS (RESGATE DAS HISTÓRIAS COM ALUNOS DA
EDUCAÇÃO INFANTIL).
NEIDE IRANCHE
ORIENTADOR: PROF.DR. ILSO FERNANDES DO CARMO
“Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção do titulo de especialização em Educação Infantil com Ênfase em Educação Especial.”
BRASNORTE/2014.
AGRADECIMENTOS:
Á Deus pela inteligência e sabedoria recebida durante meus estudos sempre
me apontando o melhor caminho a seguir. Muito obrigado Senhor.
Aos meus pais que sempre me ensinaram como batalhar para alcançar os
objetivos na vida com sinceridade e honestidade, em especial a minha mãe já
falecida muita saudade e reconhecimento por tudo que aprendi com você. Obrigado.
Ao meu pai que sempre orou por mim mesmo distante.
Ao meu esposo e aos meus filhos pelo carinho e compreensão recebidos
durante o processo dos meus estudos, mesmo quando pensei em desistir estavam
sempre me apoiando e incentivando a seguir em frente e nunca desistir dos meus
objetivos. Vocês que são a razão do meu viver, nunca esqueçam que eu os amo.
DEDICATORIA
Dedico essa fase da minha vida ao meu esposo e a cada um dos meus
filhos pelo apoio, carinho, compreensão e por estarem presentes nas horas mais
criticas, com palavras de conforto e animo, sempre me impulsionando na busca dos
meus objetivos.
Sabendo que tudo o que passamos juntos nos proporcionara novos
caminhos e uma nova fase em nossas vidas. Muito obrigada a todos.
RESUMO
Esta monografia teórica com pesquisas bibliográficas tem como finalidade
demonstrar a necessidade da utilização de histórias da literatura infantil como
colaboradora na construção do conhecimento, já que ao trabalhar com os alunos do
pré l e pré II (educação infantil), foi possível observar que em sua maioria as
crianças apresentam dificuldade para fixar as regras e o conteúdo somente com
palavras propriamente ditas, porém com auxilio dos livros de historinhas infantis a
aula torna-se produtiva e mais agradável, já que as ilustrações chamam a atenção e
podem ser associadas a letra do alfabeto que será trabalhada naquele dia, e assim
sucessivamente, desta forma a literatura infantil tornou-se um aliado inseparável do
educador, favorecendo a socialização, a igualdade e a construção da autonomia da
criança e com essa prática pedagógica forma-se adultos leitores.
Palavras-chave: Leitura/interação, professor, alunos, desenvolvimento.
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................................06
Capítulo 1. Modos de leitura na educação infantil...............................................09
Capítulo 2. Leitura com fantoche na educação infantil .......................................16
Capítulo 3: Como associar a história do dia ao cotidiano dos alunos................23 Conclusão.................................................................................................................29
Bibliografia..............................................................................................................31
INTRODUÇÃO:
Esta monografia tem por objetivo apresentar algumas maneiras de contribuir
para que o educando desenvolva o gosto pela leitura desde a educação infantil, de
acordo com MATLIN (2004, p. 2),
“cognição é a capacidade mental de armazenar, transformar e aplicar o conhecimento, sendo um amplo leque de processos mentais”. A psicologia da cognição investiga questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e solução de problemas.
A criança tem tudo proporcional seja na escola ou em atividades caseiras,
desenvolvendo em conjunto de maneira extremamente dependente de todos os
âmbitos, se ela gosta da historia contada pela professora gostara também de
desenvolver todas as atividades relacionadas á história ouvida e contara também a
mesma historia com sua própria versão. Daí a importância de iniciar esse trabalho
ainda na Educação Infantil. Além de aproximar as crianças do mundo letrado, a
leitura alimenta o imaginário e incorpora essa experiência à brincadeira, ao desenho
e às histórias que todos os pequenos gostam de contar. Não é raro ver bebês
manuseando livros, apreciando as ilustrações e até virando as páginas, como se
estivessem realizando uma leitura silenciosa. Isso é mais uma prova de que é
possível formar comportamentos leitores desde muito cedo. Para os menores de 3
anos, é fundamental escolher atentamente as obras por causa das imagens: elas
precisam ser grandes, claras e atraentes, pois estimulam a participação.
Ler para as crianças é importante para se familiarizarem com o hábito da
escuta e da escrita, os temas devem estar de acordo com os interesses mais
genuínos da idade, como afazeres cotidianos, bichos, músicas, gestos, brincadeiras
e etc. Segundo FRANTZ (2001, p.15), apud ALMEIDA (2011), o ponto de partida,
É sempre um professor- leitor, com um conhecimento amplo de acervo da literatura infantil disponível, que através do seu testemunho de amor pelo livro possa ajudar seu aluno a também estabelecer laços afetivos com a leitura.
O professor que tem conhecimento e amor pela leitura impressiona seu
aluno com poucas palavras, já que este demonstra entusiasmo, sabedoria e
criatividade ao contar uma história para as crianças, contagiando os pequenos
leitores na busca do conhecimento.
Dentro das muitas definições e controvérsias quanto à verdadeira ou
possível natureza dessa literatura, adotamos a posição, segundo Marc Soriano
(1975, p. 185) na linha semiológica de Roman Jakobson, apud ALMEIDA (2011, p.
30):
A literatura infantil é uma comunicação histórica (localizada no tempo e no espaço) e um destinatário – criança (receptor) que, por definição, ao longo do período considerado, não dispõe se não de modo parcial da experiência do real e das estruturas linguísticas, intelectuais, afetivas e outras que caracterizam a idade adulta.
Um professor que não gosta de ler fica difícil incentivar os alunos ao hábito
de leitura, portanto é necessário que o professor demonstre um grande interesse
pelos livros e apresente aos alunos algumas de suas preferências pois muitos
alunos das séries iniciais busca referencias nos professores querendo imitá-los e
essa é a hora do professor aproveitar as oportunidades e motivar seus alunos
tornando-os leitores por prazer e não por obrigação.
Para auxiliar os alunos no gosto pela leitura sugere que sejam desenvolvidos
projetos com práticas de leitura nas escolas como: temas folclóricos envolvendo
músicas, cantigas populares, parlendas, lendas, histórias folclóricas; nas festas
juninas aproveitar para trabalhar as receitas das comidas típicas até mesmo fazer
alguma receita com os alunos, isso despertará neles o interesse em ler para as
mães em casa, aproveitar os cupons fiscais, bula de remédio rótulos para fazer a
leitura da composição, modo de usar, data de validade, isso só irá aumentar o seu
interesse pela leitura e todos vão gostar de participar de todas essas leituras
trazendo para a escola a sua sugestão
A escola pode sugerir aos professores que aproveitem as datas
comemorativas para desenvolver projetos criativos com os alunos trazendo os pais
para assistirem as apresentações isso valoriza o aluno despertando seu interesse
por pesquisas e leitura.
Em cada capítulo deste trabalho será falado minunciosamente como
preparar as crianças para ouvirem uma história baseando-se em fundos
pedagógicos, já que com os alunos da educação infantil muitas vezes nos
deparamos com uma sala muito agitada e o educador precisa ser criativo para ter
domínio da sala e realizar seu trabalho satisfatoriamente, será apresentado alguns
métodos para desenvolver diversas atividades com fantoche na educação infantil e
07
há diversas maneiras de trabalhar a socialização diária dos alunos através de
conteúdos na sala de aula utilizando-se do cotidiano escolar e do dia a dia familiar
do aluno.
08
CAPÍTULO 1: MODOS DE LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
A família pode trabalhar a imaginação da criança através de texto,
compartilhar a leitura de um livro, confrontar ideias e opiniões sobre notícias e
artigos com outras pessoas, antes que ele leia corretamente, tudo isso ajuda a
estabelecer gostos, reconhecer finalidades dos materiais escritos, identificar-se com
o autor ou distanciar-se dele, assumindo uma posição crítica. É dever do professor
mesmo na Educação Infantil incentivar o desenvolvimento do habito de ler mesmo
que, nesta fase a turma ainda leia através dos personagens, da audição e
imaginação da historia contada pela professora que costuma mudar a vos, fazer
gestos como se fossem no teatro para despertar a curiosidade e o interesse de cada
ouvinte.
Segundo ALMEIDA (2011 p. 109-112):
O lúdico e o afetivo devem ser valorizados devidamente para estimular e conduzir o momento de contação de historias, e a melhor técnica para narrar de maneira agradável e envolvente é, em primeiro lugar, ser um contador entusiasmado e apreciador do mundo do faz de contas...
...Existe todo um ritual na contação de historias que, de alguma forma, deve ser levado em consideração. Contar um conto exige que se prepare devidamente o ambiente. Os ouvintes devem estar preparados para a entrega, confiar naquele que narra, “penetrar nas densas florestas, cabanas no bosque, mares sem fim, castelos encantados, grutas e cavernas exige confiança” (CAVALCANTE, 2002, p.65). Dessa forma, percebemos que o contador precisa estabelecer um vinculo com sua audiência. Foi assim desde os primeiros tempos. Existe uma verdadeira tradição de as narrativas serem contadas ao redor do fogo ou da agua, conforme a época do ano.
Sendo assim, é notável que as crianças que vivem em ambientes
alfabetizadores (ou seja, aqueles em que as pessoas fazem uso regular do ato de ler
e escrever) têm a oportunidade de adquirir o seu próprio conhecimento naturalmente
ao observar as ações dos pais e amigos. No entanto, as crianças que não tem
contato rotineiro com as "letras" precisam (e muito) da ajuda da escola. Infelizmente
essa é a realidade do nosso país, pois existem muitas crianças que não tem
incentivo dos pais para desenvolver o gosto pela leitura, sendo assim sobra para as
escolas desenvolver essa função.
Segundo ALMEIDA (2011, p. 53):
A leitura de obras infantis/juvenis nas mais variadas manifestações (poesia, conto, fabula, apólogo, lenda, etc...) requer um olhar aguçado do professor para que não desvie o foco da atenção, uma vez que o simbólico na literatura traça se o percurso para a transcendência dos anseios humanos: encontros e desencontros, angustia, medo, tristeza, alegria, amor, dor, felicidade. Isso porque a literatura faz olhar, sentir, ser e construir-se dentre de um universo de possibilidades e também colabora para o processo básico da humanização e para a resignificação da realidade que cerca o leitor.
Algum tempo atrás, nem todos os professores tinham o conhecimento
adequado para trabalhar envolvendo as histórias infantis. Com o passar dos anos
houve esta adequação com os profissionais da área através de cursos e formações
continuada para os educadores, neste meio termo veio o projeto do governo federal
pacto nacional pela alfabetização na idade certa que priorizou o ensino fundamental
da educação infantil com as diversas coleções de livros da literatura infantil, onde os
educadores desenvolveram um excelente trabalho com sequências didáticas onde
envolve varias disciplinas e isso estimula o aprendizado dos alunos e favorecendo o
conhecimento dos mesmos e o trabalho do professor.
Segundo ALMEIDA (2011, p. 60):
A Casa e seu Dono
(Elias José)
Essa casa é de caco
quem mora nela é o macaco.
Essa casa é tão bonita
quem mora nela é a cabrita.
Essa casa é de cimento
quem mora nela é o jumento.
Essa casa é de telha
quem mora nele é a abelha.
Essa casa é de lata
quem mora nela é a barata.
Essa casa é elegante
quem mora nela é o elefante.
E descobri de repente
que não falei em casa de gente.
10
(JOSÉ apud FRANTZ, 1998, p.78).
O autor esta confessando que não falou em “casa de gente”, então, uma
ideia é sugerir a continuidade com nomes de gente. Pode ser dos amigos, parentes,
colegas. Vejamos um exemplo.
Essa casa é muito grande
Quem mora nela é o Alexandre.
Essa casa é de luz quem mora nela é Jesus.
Através desta história trabalha-se a sequência didática, quando fala de
moradia e nomes próprios, a disciplina é de CIÊNCIAS SOCIAIS, quando fala de
animais refere-se ao conteúdo de CIÊNCIAS NATURAIS, ao confeccionar os
animais em cartolina com lápis de cor e tinta guache para a apresentação da história
trabalha-se a ARTE, em MATEMÁTICA, aborda-se a situação problema usando os
nomes dos animais como, por exemplo: Na casa do macaco, há 4 macaquinhos
sentados e mais 6 macaquinhos em pé. Quantos macaquinhos há ao todo? E assim
segue a sequência didática. E ao desenvolver a leitura em si, trabalha-se na área
LINGUÍSTICA.
Visto que essa atividade é mais para os alunos do primeiro ano do Ensino
Fundamental em diante, mas isso não impede de apresentar para as crianças da
Educação Infantil através de confecções de histórias representadas, recortadas e
pintadas. Ao desenvolver a pintura os pequenos aprendem também as cores
primárias e ao desenhar pode ser argumentado pelo professor, sobre as formas
geométricas, e os nomes pode incluir a identificação dos coleguinhas, tudo isso em
cartolina para serem apresentados através de teatro com os personagens que
podem ser os próprios alunos, assim estarão interagindo com a história. Dessa
forma os mesmos aprendem melhor e desenvolvem com sucesso a coordenação
motora grossa e fina e os aspectos cognitivos.
Segundo ALMEIDA (2011, p. 111):
No entanto, segundo Cavalcante (2002), de um fato podemos nos certificar: nunca houve tantos espaços para a discussão e para tantas leituras. É crescente a importância que se tem dado a esta pratica. Basta olhar nos artigos, revistas e livros especializados nos assuntos.
... É evidente que a criança precisa ter contato com a leitura oral ou escrita desde cedo, pois, assim, será maior a probabilidade de se tornar leitora. Se isso não ocorrer em casa, a escola devera assumir este papel, ou seja, caberá à instituição batalhar (ou cultivar) o gosto pela leitura. Vale ressaltar
11
que ouvir histórias não é uma questão o que se limita aos bebes e crianças que ainda não foram alfabetizadas; jovens e adultos também podem apreciar uma boa história.
Hoje cada professor que participa do projeto criou o seu cantinho de leitura
dentro da sala, onde os livros ficam expostos para os alunos manusearem e lerem e
assim ficam sempre em sintonia com os livros, cada um de um gênero diferente,
cada ano do ensino fundamental tem sua caixa de livro adequada para sua fase.
Para JOLIBERT (1994, p.21),
É aceitar que um grupo viva com suas alegrias, entusiasmos, conflitos, choques, com sua experiência própria e todos os lentos caminhos que levam às realizações complexas. Vida cooperativa da aula e projetos... Projetos referentes à vida cotidiana, projetos-empreendimentos, projetos de aprendizado, cooperativamente definidos, cooperativamente construídos, cooperativamente avaliados...,
O modelo primordial na alfabetização infantil são os projetos que estimulam
o aprendizado da criança na leitura e interpretação através de figuras cabendo ao
professor incentivá-lo ao habito de ler para que se torne prazeroso e constante. É
interessante que os professores passem a trabalhar com textos informativos e
científicos, ligados a temas de interesse das crianças principalmente os que
atendem alunos a partir do 6º ano, haja vista que o professor tende a ser mais
criativo ao fazer uma leitura deleite, para que o aluno possa imaginar cada
personagem, associá-lo ao seu dia-a-dia, e fazer sua própria versão ao transmitir a
historia para os colegas criando assim a sua própria interpretação. É interessante
desenvolver um projeto para mesclar grupos de diferentes idades e envolver a
comunidade. Os que já sabem fazem a leitura deleite para os que ainda não sabem,
por exemplo, os alunos do 4° ano fazem leitura e contação de histórias com
representação de figura dos personagens para os alunos da Educação Infantil.
Os pais colaboram com o desenvolvimento da leitura de seu filho, onde um
aluno leva um livro para seus pais lerem para ele e o mesmo faz a narrativa para
seus colegas de classe no dia seguinte, isso contribui para seu desenvolvimento
intelectual e corporal. A criança tem tudo proporcional seja na escola ou em
atividades caseiras, desenvolvendo em conjunto de maneira extremamente
dependente de todos os ambitos, se ela gosta da historia contada pela professora
gostara também de desenvolver todas as atividades relacionadas a historia ouvida e
contara também a mesma historia com sua própria versão. Daí a importância de
iniciar esse trabalho ainda na Educação Infantil. Além de aproximar as crianças do
12
mundo letrado, a leitura, segundo o livro do PACTO (BRASIL,2014),
as brincadeiras e as expressões culturais da infância precisam estar presentes na sala de aula de modo a tê-la como um ambiente formativo/alfabetizador privilegiado e como um local em que ocorrem interações e descobertas múltipla, repletas de significação. Nesse sentido, é importante que o professor no momento de organizar a sala como um espaço para alfabetização matemática considere que brincar, imaginar, expressar-se nas múltiplas linguagem são direitos da criança, que contribuem para a aprendizagem e para o desenvolvimento delas.
Isso alimenta o imaginário e incorpora essa experiência à brincadeira, ao
desenho e às histórias que todos os pequenos gostam de contar. Não é raro ver
bebês manuseando livros, apreciando as ilustrações e até virando as páginas, como
se estivessem realizando uma leitura silenciosa. Isso é mais uma prova de que é
possível formar leitores desde muito cedo. Para os menores de 3 anos, de acordo
com ABRAMOVICH (1993, p. 17), apud ALMEIDA (2011, p. 109 -110),
É através da voz da mãe, do pai ou dos avós, contando contos de fada, trechos da bíblia, histórias inventadas (tendo a criança ou os pais como personagens), livros atuais e curtinhos, poemas sonoros e outros mais... Contados durante o dia, numa tarde de chuva ou a noite, antes de dormir, preparando para o sono gostoso e reparador, embalado por uma voz amada... é poder rir, sorrir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens com a ideia do conto ou com o jeito de escrever de um autor e, então, poder ser um pouco cumplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento.
É também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a
tantas perguntas, é encontrar outras ideias para solucionar questões (como as
personagens fizeram...). É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos
conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos – de um
jeito ou de outro - através dos problemas que vão sendo defrontados, enfrentados
(ou não), resolvidos (ou não) pelas personagens de cada história (cada uma a seu
modo)... É a cada vez ir se identificando com outra personagem (cada qual no
momento que corresponde àquele que está sendo vivido pela criança)... e, assim,
esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a
resolução delas..., sendo fundamental escolher atentamente essas obras por causa
das imagens: elas precisam ser grandes, claras e atraentes, pois estimulam a
participação da criança na hora da leitura e desenvolve o gosto em ler através de
imagens que mais a frente passara a compreender e entender a historia através das
letras.
13
Segundo Babara Vasconcelos de Carvalho, (1984, p. 47), apud ALMEIDA,
(2011, p. 72), a literatura:
É a arte de ouvir e de dizer, logo, nasce o homem. Suas origens se assinalam com o uso da palavra: filogeneticamente o homem aprendeu a falar- dizer- antes de ler e escrever, como ontogeneticamente acontece à criança, portadora de sua bagagem linguística antes de se alfabetizar. E essa capacidade de ouvir e de dizer é o ponto de partida para a literatura.
Ler para as crianças é importante para se familiarizarem com o hábito da
escuta e da escrita, os temas devem estar de acordo com os interesses mais
genuínos da idade, como afazeres cotidianos, bichos, músicas, gestos, brincadeiras
e etc.
Segundo FRANTZ (1998, p.15), apud ALMEIDA (2011, p. 70), o ponto de
partida:
É sempre um professor-leitor, com um conhecimento amplo de acervo da literatura infantil disponível, que através do seu testemunho de amor pelo livro possa ajudar seu aluno a também estabelecer laços afetivos com a leitura.
O professor que tem conhecimento e amor pela leitura impressiona seu
aluno com poucas palavras, já que este demonstra entusiasmo, sabedoria e
criatividade ao contar uma história para as crianças contagiando os pequenos
leitores na busca do conhecimento e os envolvendo com a magia da leitura e do
aprendizado na sala de aula, explica-se também sobre a leitura deleite, onde o
professor lê a historia só pelo prazer de ler, podendo explicar o sentido da historia
aos alunos, ou fazer uma sequencia didática com os mesmos, isso proporciona
resultados positivos no aprendizado dos educandos, a leitura pode estar associada
ao cotidiano, a algum fato que ocorra durante a aula, ou também o educador pode
aproveitar o conhecimento familiar do aluno, visto que ao chegar na escola já trazem
consigo uma bagagem, cabe ao educador aproveitar o conhecimento e a bagagem
trazida pelo aluno o que facilita o seu desenvolvimento na construção do saber.
Nos dias atuais visto que há o cantinho da leitura na sala percebe se que os
alunos estão mais entusiasmados com a leitura, concluem a tarefa diária com mais
rapidez para sobrar tempo para manusear os livros no fim da aula.
Sabemos que o professor que tem o hábito de ler ensina melhor por
conhecer melhor, sendo assim , segundo CADEMARTORI (1994, p.23),
... a literatura infantil se configura não só como instrumento de formação conceitual, mas também de emancipação da manipulação da sociedade. Se
14
a dependência infantil e a ausência de um padrão inato de comportamento são questões que se interpenetram, configurando a posição da criança na relação com o adulto, a literatura surge como um meio de superação da dependência e da carência por possibilitar a reformulação de conceitos e a autonomia do pensamento.
Sendo assim, a criança constrói seu conhecimento diariamente e este é útil
durante as aulas, já que os pequenos são extremamente curiosos sobre os assuntos
da televisão e internet, e hoje a maioria das crianças estão mais interligados com as
tecnologias, acessam internet diariamente e o que tem lá trazem pra sala, cabendo
ao professor à responsabilidade de ser o intermediário da situação, porem se o
professor não demonstra interesse em leitura certamente não incentivara os alunos
a sentir prazer em ler, sendo assim formara adultos não leitores. Para atrair esses
futuros formadores de opinião, trabalha-se com teatro, fantoche, desenhos grandes,
cores vivas que chamem a atenção do aluno e que o professor incorpore os
personagens podendo usar os próprios alunos para interagir num todo, dessa forma
eles aprendem expor suas opiniões e participarem ativamente em tudo o que for
desenvolvido dentro da sala de aula.
15
CAPITULO 02: LEITURA COM FANTOCHE NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
Segundo (BRASIL (1998, p.45),
A musica é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silencio. A musica esta presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, politicas, etc. faz parte da educação desde a muito tempo, sendo que já na Grécia antiga, era considerada como fundamental para a formação dos futuros cidadãos, ao lado da matemática e da filosofia.
Para obter sucesso na apresentação de um livro aos alunos principalmente ao
realizar apresentações com fantoche, Cristiane M. de Oliveira (2011), apud
ALMEIDA (2011, p. 32), As historias ainda precisam ser rápidas, com pouco conteúdo, enredo simples e dinâmico, além de poucas personagens. Ao narrar as historias, deve se utilizar muito ritmo e entonação. O foco de interesse são bichinhos, brinquedos e seres da natureza em forma de humanos. Gravuras grandes e com poucos detalhes chamam a atenção da criança. Fantoche é o material mais indicado para essa fase. Os pequenos também apresentam grande fascínio pela musica. Para eles a historia transforma se em algo real, acontecendo naquele momento.
No entanto, é importantíssimo uma boa preparação, sendo aconselhável
preparar com antecedência os materiais a serem utilizados na aula, observar a
preferência dos alunos para unir o útil ao agradável, cada palavra da leitura do
professor precisa despertar interesse, divertir, encantar, promover o contato com
textos e dar asas aos sonhos e às fantasias das crianças, com auxílio de bonecos
de fantoche o professor repassa aos alunos que ler (contar a história) é igualmente
prazeroso ao ouvir uma história.
Segundo BORBA e GOULART (2007, p. 33-34), apud CHAGAS (2009, p.
33):
As obras de arte podem representar muitas realidades, por isso, são formas artísticas que permitem a leitura do mundo. Elas carregam assuntos sociais, passíveis de análises e debates entre os alunos, o que possibilita o desenvolvimento do olhar e do pensamento crítico. Nesse sentido, as autoras propõem trabalhos com obras de arte, como os que foram desenvolvidos em uma escola em Niterói/RJ, com crianças de 3 a 5 anos. Porém, para que esse trabalho se torne possível, é necessário que o(s) professor(es) busque(m) inteirar-se do assunto e levar, para as crianças, obras de vários artistas (pinturas e/ou esculturas). O professor deve selecionar as obras que considere mais significativas 9 para o que tem em
mente e pesquisar sobre a vida dos artistas selecionados, levando materiais sobre os mesmos (como catálogos, livros, CDs) para a sala de aula.
Ao despertar no aluno o gosto pela leitura, de acordo com o Referencial
curricular nacional para educação infantil: (BRASIL, 1998 p. 105)...
Nas leituras grupais, as crianças elaboram não somente os conteúdos comentados, mas estabelecem uma experiência de contato e dialogo com as outras crianças, desenvolvendo o respeito, a tolerância à diversidade de interpretações ou atribuição de sentido às imagens, a admiração e dando uma contribuição às produções realizadas, por intermédio de uma pratica de solidariedade e inclusão. É nessa interação ativa que acontece simultaneamente a observação, a apreciação, a verbalização e a ressignificação das produções. Nessas situações, novamente, a imaginação, a ação, a sensibilidade, a percepção, o pensamento e a cognição são reativados.
Despertamos também o interesse pela diversidade, pelo mundo, inclusive, o
apreço em aprender corretamente ler e interpretar para recontar, o que
comprovadamente favorece o aluno na hora de realizar suas atividades escolares,
para que este as realize com maior eficiência e habilidade principalmente ao que
envolve fazer contas, ler textos, notícias, cartazes, historias, ou seja, esta criança
torna se um ser humano pensante com capacidade de ouvir, raciocinar, conversar,
compreender os acontecimentos de sua vida e a rotina das pessoas.
O hábito de ler, segundo BETTELHEIM (1996, p.13),
Para que uma estória realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas para enriquecer sua vida, deve estimular-lhe a imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções; estar harmonizada com suas ansiedades e aspirações; reconhecer plenamente suas dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerir soluções para os problemas que a perturbam...
O conhecimento facilita o dia a dia das pessoas, a conivência, por isso
muitos professores adequaram suas aulas ao uso de teatros, contação de história o
que tem facilitado a convivência e o desenvolvimento dos alunos no decorrer das
aulas, o aluno ao ouvir uma história e ver os personagens de fantoche guarda em
sua cabecinha a sequência de falas associadas a sequência de imagens, o
educador pode envolver os educandos no ato de manusear os fantoches, sabendo
trabalhar, ele a cada semana poderá envolver algumas crianças, sempre
intercalando para que todos participem, o que os auxilia no falar, no expressar se em
apresentações, conversas, deixando o aluno menos inibido.
É sabido que à medida que a criança cresce usará no seu dia a dia estes
atributos e que quanto menor for sua timidez maior serão as possibilidades de
17
independência profissional e financeira e que terá facilidade em relacionar se com os
colegas e com pessoas de seu âmbito profissional e social.
Para NACARATO; PASSOS e GRANDO (2014, p. 7),
O planejamento, tanto o anual como os demais produzidos ao longo do período, e o planejamento semanal do professor devem ser dinâmicos e flexível de modo a serem revistos sempre que necessário, atendendo aos imprevistos e aos acontecimentos do cotidiano escolar.
No inicio do ano letivo, o professor prepara a sala com decorações de
personagens de historias infantis que também serão usadas no decorrer do ano,
cartões de boas vindas, cânticos e brincadeiras de socialização entre as crianças,
isso se repete rotineiramente durante as primeiras semanas ou até que os alunos
acostumem-se uns com os outros.
Pode ser preparada a aula baseando se na data comemorativa: Na semana
que antecede a páscoa, trabalha-se com os símbolos pascoais, (coelho, ovo de
páscoa, Jesus, Santa Ceia e a família, etc.). Alem de trabalhar encenações de
historias relacionadas e confecção dos símbolos da páscoa, trabalhando também os
valores da família através de diversos contos infantis.
Assim procedem aos preparativos para o dia das mães e Dia dos pais:
através de jogral, par lendas, poesias decoradas e canções em homenagem as
mamães e os papais.
Festas culturais e regionais, com encenações de dança roupas típicas e
teatro com fantoche, apresentações coletivas envolvendo as comunidades escolares
e demais munícipes.
Desfile cívico e aniversario do município: Escolhe o tema, confecciona as
fantasias para as apresentações dos grupos, também são necessários ensaios
diários para as apresentações, já que por serem pequenos esquecem com
facilidade.
Dia das crianças: esse é trabalhado diferenciado, contaçao e encenação de
historinhas criadas pelo professor a fim de demonstrar aos pequenos o respeito, a
amizade, a confiança, a honestidade e a união entre as crianças, sendo encerrado
com uma surpresa preparada pelo professor para os alunos, com lembrancinhas
confeccionadas artesanalmente pelo mestre da sala.
Natal: O professor inicia as preparações falando sobre a importância da união
familiar e valorização do ser humano. Faz a leitura narrativa da historia da vida do
18
menino Jesus em seguida temos uma conversa informal sobre a história com os
alunos e para concluir os alunos apresentam em forma de desenho ilustrativo a
história que foi contada. O importante deste trabalho, é que as crianças ao desenhar
e pintar constroem suas próprias versões e assim aprendem expressar sua opinião.
E importante ressalvar que o Papai Noel é apenas um símbolo do natal, já que
muitas crianças acreditam que ganhar o presente do Papai Noel é o único intuito do
natal é ai que entra o papel do professor para explicar o verdadeiro sentido do natal
(é sabido que ganhar presente do papai Noel foi uma campanha de uma loja de
brinquedo para melhorar as vendas de objetos infantis porque as vendas estavam
inferiores ao que a loja almejava). As famílias deixam que as crianças acreditem
apenas para não quebrar a sua fantasia, mas isso é negativo e positivo ao mesmo
tempo; positivo porque faz aguçar a imaginação das crianças e negativo porque as
crianças ficam extremamente decepcionadas ao descobrir que o Papai Noel não
passa de uma estratégia para vender artigos infantis na época de natal, mas
alegram se, ao perceber que o verdadeiro intuito de natal é a união da família.
Teatro de varas: Neste recurso, segundo PORCHER (1982, p. 140),
A utilização de máscaras, de biombos, de acessórios que façam parte da visão infantil dos seres e das coisas é vivamente recomendada, mais do que nos períodos subsequentes. O realismo infantil é mais forte e a imaginação só se libera através da manipulação de elementos concretos, que solicitem a vida sensório-motora das crianças.
Os personagens podem ser confeccionados pelos alunos com o auxilio do
professor usando materiais concretos como cartolina, papelão e fixados em uma
vareta; um biombo em papelão, que poderá ser montado por eles e por trás dele, a
peça é representada com os movimentos da vara, de acordo com a sequência da
história.
Máscaras: segundo BARROS (2009, p.10), as máscaras usadas até hoje
nas representações teatrais, foram criadas na Grécia Antiga. Sendo fáceis de fazer,
baratas e substituem, tranquilamente, figurinos; um excelente recurso, que pode ser
confeccionado com papel, sacos de papel ou tecido.
[...] as crianças desenvolvem a expressão oral e artística. Os fantoches são um permanente convite à imaginação criadora, a incursões no reino do faz-de-conta. Transmitem aos espectadores beleza, alegria e ritmo. [...] O teatro de bonecos educa a audição. Ensina a criança a prestar atenção ao mundo sonoro, a ouvir com interesse o que os outros falam, a perceber a beleza da música e do ritmo (FERREIRA, 2002, p. 13).
Sendo assim as mascaras confeccionados de diversos gêneros desperta
19
nas crianças a curiosidade e prende a atenção dos mesmos tornando a aula mais
atraente, desenvolvendo assim a qualidade do aprendizado.
Segundo LUZ (2001, p.92):
Em 1924, percebe que a Escola Nova, então em franca ascensão em toda a Europa, prestava-se mais às instituições bem amparadas, bem instaladas, ricas em materiais de ensino. Porém, este não era o seu caso em Bar-Sur-Loup, onde além da pobreza, lutava para atender as individualidades e personalidades com que lidava, o que impunha, também, um rompimento radical com a Escolástica. Assim, naquele ano Freinet começa a utilizar as Aulas-Passeio, diariamente. No retorno à sala de aula, os principais acontecimentos eram anotados no quadro negro e nos cadernos: insetos encontrados; ninhos de pássaro achados; formações geológicas percorridas; tipos de plantas e os ambientes onde cresciam, assim como as visitas ao ateliê do tecelão ou à oficina do ferreiro e do marceneiro. Para o ato criativo das redações, pouco a pouco já não havia como estabelecer regras - com deslizes gramaticais ou frases por vezes soltas, cada um começou a dar vazão às suas narrativas, conforme suas potencialidades, suas emoções e percepções. Surge assim, o texto livre.
Cartazes e quadros: Segundo NACARATO; PASSOS e GRANDO (2014, p.
22),
A alfabetização acontece, na maioria das vezes por meio de desenhos, tabelas, gráficos, diagramas, relatórios, registro de uma estratégia de resolução, elaboração de texto de problemas, produção de cartas, produção de regras de jogo, produção de tirinhas ou historia em quadrinhos, produção de cartazes, produção de livros, relatórios de entrada múltipla, etc. Uma história lida, poderá ser representada com desenhos dos alunos, em forma de álbum seriado, em forma de cartazes, ou em forma de quadros, que poderão ser colocados na parede à medida que a história for contada.
Dobradura: Segundo Evelin Marcos Gomes Pereira (2009, p.13)
Esta técnica das dobraduras de papel auxilia ao professor de educação artística, pois
desperta nas crianças a construção da identidade cultural, com trabalhos sistemáticos a respeito das
diversas culturas, para criarem objetos artísticos e decorativos para a sala de aula, que podem ilustrar
a narração das histórias, lembrar eventos comemorativos e principalmente ser um momento de
concentração, criação e divulgação de uma arte.
Ao utilizar esta técnica, o professor deve contar uma história que apresente
condições para representação em dobraduras, tais como peixe, barco, sapo, cão,
gato, chapéu, flores etc. Assim, cada aluno poderá escolher uma história, falar o
porquê de tê-la escolhido, fazer a dobradura, que poderá ser colada em uma folha
de papel sulfito, e completar o cenário de sua história.
Avental: O avental: “Objetivo é desenvolver a imaginação”, podendo
confeccionar o avental de feltro e velcro para que as figuras sejam fixadas para
montagem do cenário da história. Os personagens também podem ser colados no
20
bolso e tirados no transcorrer da história.
Deve se ter em mente que os projetos pedagógicos devem ser organizados
por grau de interesse e significado às aprendizagens infantis. Acompanhe o que
exemplifica OLIVEIRA (2002, p. 234).
O professor pode também fazer adaptações, de acordo com a faixa etária das crianças. Uma história muito longa pode ser adaptada para crianças menores com o tapete de histórias, avental de histórias, luvas ou fantoches. Adaptar uma história não significa modificar o texto aleatoriamente, mas tornar a linguagem mais espontânea, utilizando um vocabulário adequado à faixa etária, tomando o cuidado para não alterar a integridade do texto.
Segundo MIRANDA (2009, p. 01):
A arte é libertária e o teatro é, sem dúvida, das Artes, expressão libertária por excelência. A possibilidade de “re-viver” sentimentos e situações sem barreiras de tempo e espaço, de presenciar fatos de verdade ocorridos ou apenas existentes no imaginário do autor, possibilita resgate do indivíduo e da sociedade.
O Teatro tirado da caixa é pouco conhecido, mas é uma atividade que auxilia
o professor na contação de historias, é mais um recurso ao qual o professor poderá
recorrer para desenvolver a historia em forma de teatro. As caixas podem ser
grandes ou pequenas, quadradas ou redondas; os personagens poderão ser
colocados dentro da caixa e, conforme o professor narra a história, ele são retirados
da caixa, trazendo encantamento, suspense e diversão para os ouvintes, sendo
fundamental que a escola repense o papel atribuído à literatura dentro de seus
projetos pedagógicos, pois se vive em uma sociedade que valoriza a velocidade, a
informação, a experiência de vida e afetividade do aluno. O educador defende que é
necessário alargar e diversificar as oportunidades de conhecimento do mundo,
oportunizando vivências que façam com que as crianças apropriem-se de novas
histórias. Por fim, acredita-se que o emprego da literatura, especificamente no que
diz respeito ao espaço da educação infantil, deve ser uma atividade que propicie
sentimentos, emoções e aprendizagem, necessitando de uma ação sistematizada e
planejada, para promover o desenvolvimento integral da criança, tornando o
indivíduo crítico, criativo, consciente e produtivo.
Segundo CARVALHO (1984, p. 47),, p. 47), a literatura:
É arte de ouvir e de dizer, logo, nasce o homem. Suas origens se assinalam com o uso da palavra: Filogeneticamente o homem aprendeu a-falar-dizer-antes de ler e escrever, como ontogeneticamente acontece à criança, portadora de sua bagagem linguística, antes de se alfabetizar. E essa capacidade de ouvir e de dizer é o ponto de partida para a literatura.
21
Baseando-se nos contos e nas historias infantis o professor usa de sua
criatividade de formas lúdica criando diversas maneiras de contar Histórias. E para
prender a atenção dos pequenos tudo é útil, caixas, sacolas, malas servem para
estimular a criatividade e o faz de contas para estimular o imaginário das crianças,
dessa forma, bonecos ganham vida em suas mãos, isto é, os fantoches e
marionetes, tão fascinantes aos olhos e nas mãos infantis.
Para produzi-las, são necessários papéis coloridos, colar retalhos de tecidos,
plásticos, espelhos, sementes, material reciclável; desta forma o professor poderá
montar um cenário dentro da caixa, o palco das ações de uma história, poderá
também montar uma caixa surpresa, com objetos interessantes, feitos para serem
manuseados pelos alunos enquanto a história é contada.
Na contação de história, é importante a atuação do professor para que a
criança relacione a história ouvida com o cotidiano, favorecendo o desenvolvimento
intelectual, cognitivo e afetivo a fim de estimular o letramento na comunidade escolar
e familiar, aprimorando seus conhecimentos.
Para haja envolvimento da criança com a historia em questão é necessário
que ela se identifique como parte da narrativa, isso acontece sempre que o contador
da historia oferecer tempo para o ouvinte refletir e falar de suas experiências, já que
esse é um dos recursos que oportuniza a participação dos alunos e favorece prazer
na atividade, aproximando-os da literatura.
22
CAPÍTULO 3: COMO ASSOCIAR A HISTÓRIA DO DIA AO COTIDIANO DOS
ALUNOS.
Sabe-se que numa sala de aula há divergências de raça, cor e classe social.
Segundo Olivia Pires (Maringá, 2011, p. 14), apud COELHO (2009, p. 15):
Afirma que a literatura foi usada, desde a sua origem, como instrumento de transmissão de valores, tendo em vista as particularidades da mente popular e infantil e entende que a linguagem poética era usada desde o início para transmitir padrões de pensamento ou de conduta às diferentes comunidades, já que os mesmos dificilmente poderiam ser compreendidos ou assimilados, principalmente se transmitidos em uma linguagem lógica, racionalizante e abstrata. Assim, a linguagem literária assume seu papel desde os primórdios da civilização, que é a linguagem da representação, linguagem imaginística como nenhuma outra tem a capacidade de concretizar o abstrato.
É preciso, trabalhar história de conscientização com os alunos para que
entendam e respeitem uns aos outros no âmbito escolar e na sociedade. Segundo
Veridiana Almeida (2011, p. 43), no conto maravilhoso, a evidência da narrativa está
direcionada aos questionamentos econômicos e sociais, ou problemas ligados à vida
pratica, concreta, cotidiana. Haja vista que nos dias atuais as famílias são muito
comprometidas com tarefas e afazeres que os mantém por muito tempo fora de
casa, estando sempre apressados, cheios de compromissos. Quando estão em casa
importam se muito em compensar o tempo que não estiveram presentes e acabam
por permitir que a criança faça tudo o que deseja, ainda que o seu desejo não seja
algo saudável, ainda existem famílias que não reconhecem o professor como aliado,
tudo o que o filho aprende na escola é contestado e contrariado pelos pais, o que
acaba prejudicando ainda mais a criança que não desenvolve socialmente com o
aprendizado em conjunto entre a escola e a família, surgindo diversos obstáculos
no aprendizado do aluno, não permitindo ao aluno identificar que há limites em
todos os ambientes que frequenta tanto na sociedade, na escola e na família, e
deixa de ensinar o que é correto ou prejudicial a criança, deixando-o vulnerável e
sem nenhum pré-conhecimento do que é ser crianças.
E para contornar a situação, segundo Veridiana Almeida (2011, p. 58), em
linhas gerais, a literatura infantojuvenil desempenha um papel importante, no sentido
de desalienar a criança, o que significa não entregar pensamentos prontos, mas
ensinar a pensar. Sem esquecer que esta fazendo arte, reconstruindo o mundo, a
literatura voltada para crianças e jovens leitores deve propiciar a formação de uma
consciência critica, contraria aquela que contorna os problemas, que os aceita e
permite ficarem como estão. Em contradição a atitude que algumas famílias vem
trazendo para o cotidiano dos pequenos: a tecnologia, como forma de compensar o
tempo que deixa de estar com seu filho estimulando o uso de jogos tecnológicos, o
que deveria ser sempre supervisionado por um adulto acaba substituindo-o, passa a
ser o único acompanhante da criança por horas, dias, meses..., Enfim ele cresce
supervisionado pelo irmão mais velho, tendo como exemplo as atitudes deste irmão,
do colega da rua, dos jogos e quando de muita sorte tem os pais do amigos para ter
de exemplo, e assim a hora de ir à escola chega, e esta criança que certamente não
será a única a irá para a aula, conhecera outros coleguinhas com hábitos diferentes,
ou idênticos aos seus, essa convivência e ou divergência será administrada por um
profissional que necessariamente fará o uso de seus conhecimentos básicos e
estratégias para ensinar aos pequeninos os valores que o ser humano deve ter para
conviver em sociedade e deste momento em diante fica ainda mais difícil ao
pequenino que além de desconhecer o essencial para conviver com o colega, agora
precisa adaptar se ao novo e optar entre o que é ensinado na escola e o que
aprende como certo em casa, outra vez caberá ao professor mediar esta situação de
estrema dificuldade, em conjunto com a equipe pedagógica da escola buscando
bons exemplos com o auxilio de bons livros infantis, já que estes são bases
extremamente importantes e aliados do educador que terá inúmeras opções de
obras, mas caberá a ele identificar e escolher a melhor obra (historinha), como por
exemplo: Chapeuzinho Vermelho, Os três Porquinhos, A cinderela, Branca de Neve,
Pinóquio, A Bela e a Fera, A Galinha dos Ovos de Ouro, etc. já que estás deverão
auxiliar na conscientização, fazer com que os pequenos percebam o que é bom ou
ruim, certo ou errado, aprendam a compartilhar com os outros respeitando, sendo
educados, gentis e leais aos companheiros, ou seja aprender os princípios básicos
para uma boa convivência. Cabendo ao professor observar quando há
comportamentos inadequados e ao identificar agir de imediato, porem com muita
cautela e previamente preparada, após estudar o caso escolher a obra e preparar a
sua aula, (as vezes a situação é tão estrema que é necessário uma sequência de
aulas) por isso a preparação e a sondagem são essenciais, entre inúmeras obras:
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temos algumas de uso comum e constante em especial o livro “O PATINHO FEIO”
que já foi lançado e editado por inúmeros escritores e editoras.
Ao contar uma história, segundo COELHO (2009, p. 12), afirma que:
A história alimenta a imaginação da criança há quem conte histórias para enfatizar mensagens, transmitir conhecimento, disciplinar até fazer uma espécie de chantagem ‘se ficarem quietos, conto uma história. ‘se isso’ “ se aquilo” quando inverso que funciona. A historia aquieta serena, prende atenção, informa socializa e educa. O compromisso do narrador é com a história, enquanto fonte de sofisticação de necessidades básicas das crianças. Se elas escutarem desde pequeninas, gostarão de livros vindo descobrir neles historias como aquelas que lhes eram contadas.
Ao contar uma história pode ser desenvolvido através de formação de roda
onde todos os alunos sentam-se formando um círculo, segundo Veridiana Almeida
(2011, p. 32),a criança prende-se ao movimento, ao tom de voz e não a mensagem
do que lhe é transmitido. Ela observa atentamente a movimentação de brinquedos,
objetos que dialogam com ela. As histórias precisam ser curtas e rápidas de
preferencia inventadas na hora. No entanto o silêncio é fundamental e pode ser
obtido ao expor previamente a história despertando o interesse dos alunos com
gestos, falas com vozes diferenciadas para que eles interessem se por ouvir a
história, em seguia, surgem às perguntas do professor para que os alunos fiquem
atentos e prestem muita atenção, pois no final da contação desta história o aluno
poderá recontar a história a seu modo e expor sua opinião, onde todos
compartilham, contribuindo com a história, também é fundamental aprender ouvir e
respeitar a opinião e escolhas do colega. Podendo opinar dizendo se concordam ou
não com o que os irmãos do PATINHO FEIO fizeram com ele. Em seguida o
educador traz o assunto para o cotidiano dos alunos: pergunta-lhes se alguma vez já
fizeram o mesmo com algum coleguinha? Se já passaram por uma situação
parecida? Ou ainda se alguém da sala tem esse tipo de comportamento com os
coleguinhas? Sempre alguém responde, mas se ficarem pensativos e não
manifestarem-se caberá ao professor indagar: que quem pratica esse tipo de
comportamento está completamente errado, já que, todos somos iguais e temos que
respeitar os outros independente da raça, cor e classe social, do modo de se vestir,
do jeito de arrumar os cabelos e até mesmo da religião a qual pertence, pois cada
um tem a liberdade de viver do jeito que pode ou como queira.
Após o termino da história e dos diálogos que deverá ser observado o tempo
todo e sempre que preciso dirigido para não haver brigas e discórdias, o professor,
25
Segundo LIBÂNEO (1994, p. 87):
Tem função principal garantir o processo de transmissão e assimilação dos conteúdos do saber escolar e, através desse processo, o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos alunos, de maneira que, o professor planeje, dirija e comande o processo de ensino, tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria dos alunos para a aprendizagem.
Uma forma de desenvolver o aprendizado do aluno é, segundo Veridiana
Almeida, (2011, p. 34), a criança ainda se fascina pelos contos de fadas nessa fase.
Como já domina com facilidade o mecanismo da leitura, aumenta seu interesse pelo
conhecimento do mundo. É atraída pelos desafios e questionamentos de toda a
natureza. O que favorece o trabalho do mediador é solicitar uma ilustração da
história como foi contada, e após a conclusão desta, o aluno fara uma ilustração de
como ele acha que deveria ser a história para que todos fossem felizes, sendo assim
a criança conclui a historia acrescida com a ideia dos colegas da sala e ira finalizar
a ilustração com sua própria opinião. O professor poderá instruir e orientar os alunos
para esporem seu trabalho em outras salas de aula da escola, incentivando os
mesmos no seu desenvolvimento criativo para a representação de personagens com
maior naturalidade, o que favorece o desenvolvimento intelectual, corporal e oratória
da criança deixando-o mais desinibido. Cabe ao professor organizar-se para a
exposição dos trabalhos da classe envolvendo todo o corpo docente e algumas
vezes com os pais e comunidade escolar, pois são eles os mais interessados no
aprendizado do seu filho, o que favorece para que o aluno sinta se importante e
assim vai construindo o seu conhecimento.
Segundo Nelly Novaes Coelho (2000, p.27), apud ALMEIDA (2011, p. 31),
A literatura infantil é, antes de tudo, “literatura, ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida pratica; o imaginário e o real; os ideais e sua possível/impossível realização”. De acordo com Nelly, é possível resolver situações desse nível através de histórias narradas, assemelhando-as ao acontecimento do cotidiano da turma.
Olhando por esse ângulo, todas as vezes que o educador depara-se com
situações difíceis ou complicadas, poderá recorrer aos livros da literatura infantil
para possíveis respostas, preparando sua aula com auxilio da historia mais
conveniente para aquela situação, explicando os pontos críticos de forma que todos
possam intender com facilidade aquela ação praticada e verificar se estão corretas
ou incorretas, sem expor nem ofender o praticante da ação e para que os outros
coleguinhas não repitam a mesma atitude inadequada, pois com uma explicação
26
completa as crianças entendem melhor a situação e procuram não cometer mais o
mesmo erro. Para o professor é sempre mais fácil trabalhar esses conceitos com os
pequeninos, pois eles por serem pequenos estão em fase de aprendizagem e tudo o
que lhe é ensinado gravam com facilidade é por isso precisa ser trabalho
insistentemente na base (Educação Infantil) para que no futuro possamos formar
cidadão conhecedores e praticantes de seus direitos e deveres em meio a
sociedade em que vive.
SANTOS (2005, p. 13-14):
O bullying é um problema mundial que vem se disseminando largamente nos últimos anos e que só recentemente vem sendo estudado no Brasil. Define-se como um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem um motivo evidente, adotado por um ou mais alunos contra outros, causando sentimentos negativos como raiva, angústia, sofrimento e em alguns casos queda do rendimento escolar (FANTE,2005). Segundo Fante (2005) o bullying escolar se resume em insultos, intimidações, apelidos constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuações em grupo que hostilizam e ridicularizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, danos na aprendizagem. Muitos psicólogos o chamam de violência moral, permitindo diferenciá-lo de brincadeiras entre iguais, propicio do desenvolvimento de cada um. A esse respeito, Fante (2005) comenta:
O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave, seja a propriedade de causar traumas ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos. (FANTE, 2005, p.26)
Nesses últimos anos, segundo SANTOS (2005), a escola vem enfrentando
um grande problema que esta acontecendo no âmbito escolar “o bulling na escola”,
essa situação requer uma atenção especial, pois se os educadores não podem
mudar os adolescentes, é preciso trabalhar o modo de pensar dos pequenos, pois é
aí que começa a mudança, o aluno precisa estar ciente que ele não pode fazer com
os outros aquilo que não gostaria de receber, sendo assim ele tratará o outro com
mais tolerância, educação e respeito, aprendendo a perceber as qualidades que o
amigo possui.
É cada dia mais obvio que a mudança precisa ser iniciada pela base que na
escola significa os pequenos, porém a partir desta posição por parte dos
educadores, segundo SANTOS (2005), faz se necessário conscientizar os pais para
que os mesmos não se ausentem ainda mais deixando de vez de cumprir com suas
responsabilidades de pais, lembrando que é imprescindível e fundamental para a
27
escola buscar parcerias com os pais e sociedade.
Denomina-se autores de bullying aquelas pessoas que cometem as Denomina-se autores de bullying aquelas pessoas que cometem as agressões. De acordo com Neto (2004), o autor de bullying é tipicamente popular, tende a envolver-se em uma variedade de comportamentos anti-sociais, pode mostrar-se agressivo inclusive com os adultos, vê a sua agressividade como uma qualidade. A pesquisa realizada pela ABRAPIA mostra que 29% dos autores cometem as agressões por brincadeira sem se darem conta dos danos emocionais que causam nas vítimas.
De acordo com (Fante. 2005. p.28) o autor de bullying pode manter um pequeno grupo em torno de si, no qual atuam como auxiliares em suas agressões. Os alunos identificados como seguidores raramente tomam as iniciativas das agressões. Fazem isto pelo mero prazer de pertencer ao grupo dominante. (FANTE, 2005, p.28).
Uma das formas de buscar parceria com os pais e a comunidade, segundo
FANTE (2003, p.48-49),
o envolvimento de professores, funcionários, pais e alunos são fundamentais para a implementação de projetos de redução do bullying. A participação de todos visa estabelecer normas, diretrizes e ações coerentes. As ações devem priorizar a conscientização geral; o apoio às vítimas de bullying, fazendo com que se sintam protegidas; a conscientização dos agressores sobre a incorreção de seus atos e a garantia de um ambiente escolar sadio e seguro.
E realizando reunião de pais e mestres, assembleias, feira cultural
organizada individualmente em cada sala e exposição dos trabalhos realizados nas
aulas. Ao envolvermos os pais e responsáveis no cotidiano da escola os mesmo
sentem se importantes para o desenvolvimento e construção do aprendizado do seu
filho passando a contribuir cada vez mais na escola o que resulta em melhor
desempenho da criança.
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CONCLUSÃO
Percebe-se que já na educação infantil os alunos demonstram interesse nos
livros, ao chegar à biblioteca cada um faz sua escolha de acordo com as figuras que
mais lhe chamam a atenção, e alguns livros narrado pela professora ou por seus
colegas. Nas séries iniciais o educador pode deixar os alunos livres, porem
orientando-os em suas escolhas, sempre incentivando o educando solicitando que o
mesmo conte a história para seus colegas, caso não se sintam apto para narrar a
historia que leu poderá somente ilustra-la em seu caderno, e assim o aluno vai
adquirindo gosto pela leitura e desenvolvendo sua oralidade.
De acordo com KAZANTZAKIS, ZOTZ; CAGNETI (2010, p.53), apud
ALMEIDA (2011 p. 70),
Os professores ideais são os que se fazem de pontes, que convidam os alunos a atravessarem-na e depois, tendo facilitado a travessia, desmoronam-se com prazer, encorajando-os a criarem as suas próprias pontes”. Assim, percebemos que o trabalho do professor deve ser considerado uma ponte para fazer o aluno chegar ao livro e permitir que ele busque seus caminhos literários, por seus próprios meios - tirando do texto o que mais lhe interessar no momento, usufruindo daquilo que veio ao encontro de suas buscas, sentindo o prazer do ler pelo ler, sem ser cobrado e sufocado posteriormente com fichas de leitura.
A contação de histórias é importante na educação infantil para que os pequenos
leitores se tornem leitores habituais, sendo importante o incentivo desta pratica no
âmbito escolar para proporcionar o desenvolvimento intelectual, cognitivo e afetivo da
criança. Por esse motivo, a literatura infantil tem papel primordial no desenvolvimento do
indivíduo, possibilitando-o ter a oportunidade de ampliar, transformar e enriquecer sua
experiência de vida. Desta forma, defende-se que a literatura infantil no contexto escolar
deve servir não somente como meio didático, para distração ou para aquietar as
crianças, mas também como recurso significativo na aprendizagem e desenvolvimento
dos alunos, pois muitos são os atrativos tecnológicos que levam os alunos a se
distanciarem do prazer da leitura. A literatura neste sentido contribuirá para aquisição de
conhecimento do aluno, já que, acredita-se que a partir do momento em que a literatura
infantil é apresentada no contexto escolar, passa a ter função pedagógica e não apenas
distração.
Entende-se que o professor deva proporcionar momentos em que os alunos
sintam prazer ao estar em contato com a literatura. Por isso, ele deve planejar,
organizar, construir e se necessário reconstruir suas práticas pedagógicas para que os
resultados sejam significativos, deste modo o aluno, terá uma bagagem maior de
conhecimento e o professor perceberá nitidamente o enriquecimento de seu discípulo.
Sendo assim, ressalta-se o papel fundamental do professor no desenvolvimento
do trabalho com a literatura infantil, pois será aquele que fará a mediação entre a
criança e a literatura e fará com que o interesse da leitura seja despertado no aluno,
para que o mesmo faça uso da leitura espontaneamente e criticamente. Assim, o
professor, ao fazer o uso da contação de histórias, deve estar atento se a idade das
crianças é compatível com a história, se o ambiente está organizado adequadamente,
deve perceber se há interesse pela história escolhida e também quais recursos poderão
despertar a imaginação e o interesse da criança.
Dentro desta ação que deve ser cuidadosa, defende-se o uso de recursos no
ato de narrar histórias de forma dinâmica e criativa, para facilitar e enriquecer esse
momento maravilhoso e encantador, pois, percebe-se que o uso adequado dos recursos
no ato de contar histórias enriquece a história e desperta a imaginação de quem a
escuta.
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