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C EN T R O D E F ORM A ÇÃO A PE R F EIÇO AM E NT O E E S P E CIA LI Z A Ç Ã O CO R P O DE BO M B EI R OS MI LIT A R D E ALA G OA S ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR CENTRO DE FORMAÇÃO APERFEIÇOAMENTO E ESPECIALIZAÇÃO CURSO DEE FORMAÇÃO DE PRAÇAS/2007 Instrutores: CAP BM REINALDO TEN BM CAVALCANTE Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.

Instrutores: CAP BM REINALDO TEN BM CAVALCANTE · simplesmente aquele bombeiro de bom ... as fases do afogamento compreendem o medo ou pânico de se afogar e uma luta para se

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CENTRO DE FORMAÇÃO APERFEIÇOAMENTO E ESPECIALIZAÇÃO CURSO DEE FORMAÇÃO DE PRAÇAS/2007

Instrutores: CAP BM REINALDO TEN BM CAVALCANTE

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Cap BM Reinaldo Salvamento Aquático - CFAE/CFP-2007 Ten BM Cavalcante

SUMÁRIO

1. AGRADECIMENTOS........................................................................................................................................4

2. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................4

3. ACIDENTES AQUÁTICOS...............................................................................................................................7 A. SÍNDROME DE IMERSÃO.............................................................................................................................7 B. HIPOTERMIA.................................................................................................................................................7 C. ACIDENTES COM SERES MARINHOS.........................................................................................................7 D. AFOGAMENTO..............................................................................................................................................7 E. CAUSAS COMUNS DE AFOGAMENTO EM PISCINA .................................................................................8

4. CLASSIFICAÇÕES DO SALVAMENTO AQUÁTICO...................................................................................8 A. QUANTO AO CONTATO COM A VÍTIMA:...................................................................................................8

1) Salvamento Indireto.....................................................................................................................................8 2) Salvamento Direto .......................................................................................................................................9

B. QUANTO AO TIPO DE SOCORRO EMPREGADO:.......................................................................................9 1) Salvamento Simples .....................................................................................................................................9 2) Salvamento com Equipamento .....................................................................................................................9 3) Salvamento com Embarcação ....................................................................................................................10 4) Salvamento com Aeronave .........................................................................................................................10 5) Salvamento Conjugado ..............................................................................................................................10

5. FASES DO SALVAMENTO AQUÁTICO ......................................................................................................10 A. AVISO OU OBSERVAÇÃO:.........................................................................................................................11 B. APROXIMAÇÃO:.........................................................................................................................................11

1) Corrida na Areia .......................................................................................................................................11 2) Corrida na Água........................................................................................................................................11 3) Golfinhada ................................................................................................................................................12 4) Nado de Aproximação ...............................................................................................................................12

C. ABORDAGEM:.............................................................................................................................................12 1) Canivete ....................................................................................................................................................12 2) Virada.......................................................................................................................................................13 3) Tomada de Posição ...................................................................................................................................13

D. RESGATE (REBOQUE):...............................................................................................................................14 1) Técnicas de Reboque .................................................................................................................................14 2) Tipos de Reboque ......................................................................................................................................15

E. TRANSPORTE:.............................................................................................................................................16 F. ATENDIMENTO (REANIMAÇÃO):.............................................................................................................16

1) Sinais e Sintomas do Afogamento...............................................................................................................16 2) Observações Importantes...........................................................................................................................16 3) Posição Lateral de Segurança....................................................................................................................17 4) Graus de Afogamento ................................................................................................................................17 5) Acidentes com Animais Marinhos...............................................................................................................18 6) Hipotermia ................................................................................................................................................20

6. EQUIPAMENTOS PARA O SALVAMENTO AQUÁTICO ..........................................................................20

7. SINALIZAÇÃO................................................................................................................................................23 A. VISUAL ........................................................................................................................................................23

1) As Placas...................................................................................................................................................23 2) As Bandeirolas ..........................................................................................................................................23

B. SONORA.......................................................................................................................................................23 8. MISSÃO DO GUARDA-VIDAS ......................................................................................................................24

9. FILOSOFIA DE TRABALHO.........................................................................................................................24

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10. PERFIL DO GUARDA-VIDAS...................................................................................................................25

11. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS SOBRE O MAR .................................................................................26 A. DIVIZÃO DA ÁREA DE PRAIA: ..................................................................................................................26 B. SÉRIE DE ONDAS:.......................................................................................................................................27 C. CORRENTES DE RETORNO OU VALAS:...................................................................................................27

12. NOÇÕES DE MERGULHO........................................................................................................................29 A. ACIDENTES DE MERGULHO .....................................................................................................................29 B. EQUIPAMENTO MÍNIMO PARA MERGULHO ..........................................................................................30

13. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................................33

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ESTADO DE ALAGOAS

SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE FORMAÇÃO APERFEIÇOAMENTO E ESPECIALIZAÇÃO CURSO DE FORMAÇÃO DE PRAÇAS/2007

1. AGRADECIMENTOS

Esta Nota de Aula não é uma criação exclusiva dos instrutores da matéria, mas fruto

da experiência, estudo e dedicação de muitos e seletos profissionais que se empenham na nobre missão de ser um Guarda-Vidas Bombeiro Militar.

Com o intuito de disponibilizarmos um material didático com informações coerentes às necessidades da formação dos Praças Bombeiros Militares do Estado de Alagoas, iniciando-os nas atividades de Salvamento Aquático, nós – instrutores-autores – tomamos a iniciativa de plagiarmos diversas fontes didáticas da área de Salvamento Aquático; fontes estas produzidas por profissionais de diversos estados do Brasil, inclusive de Alagoas, e citadas, em sua maioria, na bibliografia.

Destaque especial damos aos oficiais e praças que ousaram, e com seus esforços trouxeram a especialização em Salvamento Aquático para nossa Corporação, plantado esta semente que floresce e já produz bons frutos.

Nesta oportunidade agradecemos à valorosa colaboração e enfatizamos a importância da contribuição desses profissionais em nossa formação e na construção dessa nota de aula.

2. INTRODUÇÃO

Com intuito de desmistificar uma antiga impressão de que o Guarda-Vidas é

simplesmente aquele bombeiro de bom preparo físico, envidamos esforços no sentido de preparar um material que possa servir de ajuda na formação dos futuros Bombeiros, mostrando que o trabalho do Guarda-Vidas não é apenas revestido de um excelente preparo físico, mais de nobreza impar, prevenção e acima de tudo muito conhecimento técnico profissional.

Salvamento Aquático é o conjunto de ações desenvolvidas no meio líquido, tendo por objetivo à prevenção e/ou a pronta atuação para o resgate de vítimas em iminente perigo de vida.

A atividade de salvamento aquático deve ser realizada, sempre que possível no mínimo em dupla.

O afogamento é, por natureza, uma das mais sofríveis causas de óbito. Por esta razão, juntamente com a morte por queimadura, foi bastante utilizada em épocas remotas como instrumento de inquisição, tortura e punição.

Define-se por afogamento a aspiração de líquido não corpóreo, causada por submersão ou imersão, que venham a causar danos à saúde da vítima. O termo aspiração refere-se à entrada de líquido nas vias aéreas, de forma prejudicial.

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Nos dados supracitados, há de se considerar vários fatores, mas indubitavelmente os números poderiam ser reduzidos pela operacionalização de medidas razoavelmente simples. Em cada número retratado refletem-se famílias desfeitas prematuramente. Por tudo isso, precisamos fazer bem a nossa parte.

Além da morbidez dos dados apresentados, inclui-se o fato que, durante o afogamento a vítima pressente sua morte, e luta até a exaustão para evitá-la. Entretanto, por vezes, diante do estresse mental, perde a sua capacidade de raciocínio e toma atitudes ilógicas tais como nadar em sentido contrário à areia, mergulhar para as profundezas, ou simplesmente entregar-se à morte. É comum o fato de pessoas se afogarem em lugares em que a água chega-lhe apenas à altura dos ombros.

Todavia, na maioria dos casos, quando pressente a morte por afogamento, a vítima mantém-se virada para a areia ou para a segurança (borda, pedra, embarcação etc.), e na posição vertical, como se quisesse sair da água por cima, esperando que a mão de Deus a puxe da água, só que, nas águas, o guarda-vidas é a mão de Deus. Por essa razão, é fundamental ao Guarda-Vidas (GV), conhecer e aplicar corretamente as Técnicas de Salvamento Aquático, entre elas as de Abordagem, Soltura e Reboque, garantindo-lhe condições seguras de cumprir a mais nobre das ações exercidas pelo homem: o Salvamento.

MORTALIDADE – BRASIL*

U F MASCULINO FEMININO TOTAL ORDEM São Paulo 1.161 177 1.338 1º Minas Gerais 392 76 468 2º Bahia 352 81 433 3º Rio Grande do Sul 328 46 374 4º Rio de Janeiro 315 44 359 5º Paraná 297 46 343 6º Ceará 244 31 275 7º Pernambuco 224 38 262 8º Santa Catarina 209 26 235 9º Goiás 182 29 211 10º Espírito Santo 143 38 181 11º Amazonas 137 22 159 12º Pará 124 31 155 13º Mato Grosso 132 22 154 14º Mato Grosso do Sul 101 25 126 15º Alagoas 102 18 120 16º Rio Grande do Norte 86 15 101 17º Maranhão 87 14 101 18º Piauí 84 11 95 19º Paraíba 72 14 86 20º Sergipe 68 13 81 21º Rondônia 50 16 66 22º Distrito Federal 32 10 42 23º Amapá 28 8 36 24º Tocantins 28 7 35 25º Roraima 29 2 31 26º Acre 17 3 20 27º

TOTAL 5.024 863 5.887

*Fonte: Banco de Dados do DATASUS

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3. ACIDENTES AQUÁTICOS

Não obstante ser o afogamento o tipo de acidente aquático mais abordado na

formação dos Guarda-Vidas, são diversos os acidentes proporcionados pelo meio líquido dentre os quais citamos:

a) Síndrome de imersão; b) Hipotermia; c) Acidentes com seres marinhos e d) Afogamento

A. SÍNDROME DE IMERSÃO

Também chamada de hidrocussão é o popularmente conhecido choque térmico, é causada por uma arritmia cardíaca resultante da exposição do corpo a água fria, podendo evoluir a um quadro de parada cardiorespiratoria. Possui origem bastante discutida, sendo sua maior característica a forma imediata de manifestação, ou seja, a vítima apresenta os sinais e sintomas segundos após ser exposta à água fria.

B. HIPOTERMIA

Com a exposição da vítima à água fria, observa-se uma redução gradual da temperatura do corpo o que pode causar, da mesma forma que a hidrocussão, uma arritmia cardíaca com posterior parada. Ao contrario da síndrome de imersão, a hipotermia e um processo lento, mas seu mecanismo é muito parecido. Em alguns casos mais graves, o sangue pode ser aquecido fora do corpo retornando em seguida para a vítima.

C. ACIDENTES COM SERES MARINHOS

Os seres marinhos podem causar acidentes que trazem diversos danos à saúde humana. Citaremos em momento oportuno as medidas que devem ser adotadas quanto aos acidentes envolvendo as caravelas e ouriços.

D. AFOGAMENTO

Para o nosso estudo, é o mais importante acidente, já havendo sido conceituado durante a introdução.

Para as vítimas, as fases do afogamento compreendem o medo ou pânico de se afogar e uma luta para se manter na superfície, onde ocorrem diversas interrupções na respiração em virtude da imersão, cujo tempo dependerá da capacidade de cada indivíduo, mais este tempo de imersão aumentará com o passar do tempo. Nestas imersões ocorre a aspiração de líquido, que em principio causará irritação nas vias aéreas, que poderá vir a provocar o espasmo na membrana epiglote. Com o espasmo da glote, a entrada de ar para os pulmões estará interrompida, caracterizando o afogamento tipo seco, já que a quantidade de água aspirada foi insignificante. Este tipo de acidente é mais raro, segundo estatísticas, ocorre em 10% dos casos de afogamento. Na maioria dos casos, cerca de 90%, ocorre uma significativa entrada de água nos pulmões, podendo provocar uma obstrução total ou parcial das vias aéreas, que irá impedir a passagem do ar até os alvéolos pulmonares, caracterizando também uma asfixia.

A natureza do meio líquido, se a água é doce ou salgada, não interfere nas medidas a serem adotadas no socorro pré-hospitalar, sendo, no entanto, um dado importante a ser repassado para a equipe médica.

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No caso de afogamento em ÁGUA DOCE, a água dos alvéolos pulmonares passa para a corrente sangüínea. Ocorre a hemodiluição, aumento do volume sangüíneo, passando para a célula, causando a hemólise. Já no afogamento em ÁGUA SALGADA, o plasma sangüíneo passa para os alvéolos pulmonares, provocando o edema pulmonar. Diminui o volume de sangue, ocorrendo a hemoconcentração. Pode ocorrer choque hipovolêmico, os efeitos aparecem de 5 minutos a 4 dias.

E. CAUSAS COMUNS DE AFOGAMENTO EM PISCINA

I – Embriaguez II – Pouca Habilidade de Natação III – Infartos e outros problemas cardíacos IV – Epilepsia V – Treinamento em apnéia VI – Desconhecimento da profundidade da piscina

4. CLASSIFICAÇÕES DO SALVAMENTO AQUÁTICO

Inicialmente podemos classificar o Salvamente Aquático quanto ao contato com a vítima e quanto ao tipo de socorro empregado.

A. QUANTO AO CONTATO COM A VÍTIMA:

Pode ser o salvamento indireto ou o salvamento direto.

1) Salvamento Indireto É a modalidade de salvamento em que o Guarda-Vidas oferece socorro a distância. Mesmo sabendo que o Guarda-Vidas possui plenas condições físicas, técnicas e

psicológicas de realizar o salvamento de forma direta, sempre que possível, deve-se evitar o contato corporal com a vítima, oferecendo-lhe uma maneira segura de sair da água, tal como: uma corda, uma bóia, um rescue etc.

É comprovado que o afogado sente-se mais seguro apoiando-se numa bóia, que no Guarda-Vidas. Entretanto, esse método não deve ser uma constante, e, em hipótese alguma, um meio de omitir-se do seu dever de salvar, mesmo com o risco da própria vida.

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2) Salvamento Direto É a modalidade de salvamento em que o Guarda-Vidas mantém um contato direto

com a vítima, fato que exige preparo físico, técnico e psicológico.

B. QUANTO AO TIPO DE SOCORRO EMPREGADO:

Pode ser o salvamento simples, o com equipamento, o com embarcação, o com aeronave, ou o conjugado.

1) Salvamento Simples É aquele caracterizado pela ação de um ou mais GV sem a utilização de equipamentos

de proteção individual, de flutuação ou de tração, no resgate da vítima. O único equipamento que o guarda-vidas faz uso neste tipo de salvamento é a nadadeira.

2) Salvamento com Equipamento É aquele caracterizado pela ação de um ou mais GV com a utilização de

equipamentos de proteção individual, de flutuação ou de tração, para auxiliá-lo no resgate da vítima. Destacamos entre esses equipamentos as pranchas, as bóias, os tubos de salvamento (flutuação), as cordas e cabos (tração) e os equipamentos de mergulho (máscara, tubinho, acessórios de neoprene, entre outros).

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3) Salvamento com Embarcação É o salvamento realizado com a utilização de embarcação. A aproximação neste tipo

de salvamento deverá ser bastante rápida, entretanto, deve-se ter o cuidado para que o deslocamento de massa de água provocado pela embarcação, não venha a piorar a situação da vítima, isto sem falar no risco de choque com a embarcação (casco, leme ou hélice).

4) Salvamento com Aeronave É o salvamento realizado com a utilização de aeronave. A aeronave mais adequada ao

serviço de Salvamento Aquático é o helicóptero, pois alia velocidade a uma excelente manobrabilidade, ou seja, deslocamentos verticais e horizontais lentos e precisos.

5) Salvamento Conjugado É aquele caracterizado pela ação dos mais variados meios e/ou materiais de

Salvamento Aquático, visando facilitar o serviço do GV em sua atividade.

5. FASES DO SALVAMENTO AQUÁTICO

Para o GV, não é o bastante saber nadar todos os estilos, há necessidade que ele domine perfeitamente o meio líquido, e esteja convenientemente preparado física, técnica e psicologicamente para realizar o salvamento. A ação do salvamento aquático compreende, normalmente, 06 (seis) fases:

a. Aviso ou observação; b. Aproximação; c. Abordagem; d. Resgate (reboque); e. Transporte; f. Atendimento (reanimação).

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A. AVISO OU OBSERVAÇÃO:

Solicitação para o emprego do Guarda-Vidas ou quaisquer meios de salvamento aquático, sendo realizada pessoalmente ou através de um meio de comunicação (rádio, telefone e outros). Este emprego pode ocorrer também devido à observação feita durante as ações preventivas e, neste caso, o aviso é suprimido devido à visualização de uma situação que evidencia o perigo iminente.

B. APROXIMAÇÃO:

É o deslocamento do Guarda-Vidas (GV) e/ou outros meios de salvamento aquático até alcançar a vítima, podendo ser feito por meio aquático, terrestre ou aéreo.

No caso do salvamento simples ou com equipamento esta fase se subdivide normalmente em quatro etapas, sendo elas:

1) Corrida na Areia É a corrida do local onde o GV se encontra até o melhor local de entrada na água.

2) Corrida na Água É a corrida no meio líquido até que a água atinja a profundidade do nível dos joelhos

do GV. Nesta etapa do salvamento o GV, visando diminuir a resistência de seus movimentos, joga os pés para os lados (corrida de pato).

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3) Golfinhada No momento em que a água atinge o joelho ou a parte média da coxa do GV ele

começa a dar mergulhos intercalados com corrida na água. Deve-se ter o cuidado de realizar os mergulhos com a mão a frete para proteger-se de impactos com bancos de areia ou pedras.

4) Nado de Aproximação É uma variação do nado Crawl. Consiste no método de natação em que o GV mantém

a cabeça fora da água, com olhar fixo para a direção da vítima, evitando o imperdoável erro de perdê-la. Muitos bons nadadores têm má percepção de direcionamento, e nadando desta forma o GV evita desvio, observa as ondas e obstáculos que surgirem em seu trajeto, analisa o possível estado de consciência da vítima, além de permitir que aquela perceba que chegou o seu socorro, e por isso tranqüilize-se.

Durante o nado, o militar deve impor velocidade e vigor dosados, considerando que a pior parte do deslocamento ainda não começou.

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C. ABORDAGEM:

É o contato do GV e/ou dos meios de Salvamento Aquático com a vítima. Na abordagem o GV deve ter o cuidado de não permitir que a vítima o agarre, para tanto o mesmo deverá abordar a vítima pela suas costas.

Esta fase se subdivide normalmente em três etapas, sendo elas:

1) Canivete Durante o deslocamento em nado de aproximação, à uma distância aproximada de 2

(dois) metros da vítima, o GV enche o pulmão de ar e executa uma braçada com maior vigor, como se fosse “plantar bananeira”, dobra o tronco para baixo e eleva as pernas unidas, mantendo-as na vertical. Essa técnica permite alcançar uma boa profundidade e favorece a etapa seguinte: a Pré-abordagem.

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2) Virada Consiste nas manobras efetuadas no preparativo para realizar o salvamento.

Favorecem e facilitam a etapa seguinte: o Reboque. Considerando que a vítima esteja voltada para a areia, o GV executa o movimento

girando-a em 180°, para que possa realizar o reboque. Pode ser realizado de três formas, conforme a profundidade, ou a critério do guarda-

vidas: Quadril, joelhos ou tornozelos.

3) Tomada de Posição Consiste na manobra efetuada no preparativo para realizar o salvamento, colocando a

vítima na posição horizontal, favorecendo e facilitando o início do deslocamento com a vítima.

Caso o GV venha a ser agarrado pela vítima deve fazer uso das Técnicas de Soltura

(Judô Aquático), como abaixo exemplificamos: A) Vítima Agarra Guarda-Vidas Pelo Cabelo Este é um dos motivos pelo qual o GV deve ter cabelo curto. Caso ocorra a situação

indicada, o GV dá uma firme batida no dorso da mão da vítima e segura o seu dedo mínimo, anelar ou ambos e puxa-os em direção ao dorso, simultaneamente empurra o cotovelo para cima, fazendo o afogado soltar o cabelo; ato contínuo, o GV torce o braço e a mão da vítima, deixando-a de costas para o socorrista; em seguida coloca a vítima na horizontal e realiza o reboque.

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B) Vítima Agarra Guarda-Vidas Pelo Pescoço Nessa situação, o GV joga com energia os braços para cima e para fora do elo

formado pela vítima, desvencilhando-se. Em seguida, torce o braço e a mão da vítima, virando-a de costas e elevando-a, em decúbito dorsal. Ato contínuo, acalmando a vítima, inicia o reboque.

C) Vítima Abraça Guarda-Vidas Ao ser abraçado, o Guarda-Vidas pode também usar a mais simples das técnicas:

tomar fôlego, abraçar a vítima e submergir com ela. Pressupõe-se que a vítima certamente largará o GV. A partir de então o GV deve conversar com ela, acalmá-la. E iniciar o reboque.

D. RESGATE (REBOQUE):

É a retirada da vítima do meio líquido. Durante esta fase, o GV deve verificar as condições gerais mais perceptíveis da vítima, bem como procurar acalmá-la, se for o caso. A técnica a ser utilizada nesta fase é o nado reboque.

1) Técnicas de Reboque

MOVIMENTO PROPULSOR DO REBOQUE É o método empregado para conduzir a vítima, em segurança, no meio líquido. Para

maior deslize na água, e com fins didáticos, o movimento propulsor é dividido em 3 (Três) etapas:

Além do esforço para deslocar o próprio corpo, o GV sustentará o peso da vítima, o que lhe exigirá grande esforço. Por isso, o treinamento intenso das corretas técnicas e condicionamento físico e psicológico são fundamentais. A técnica a ser empregada será influenciada pelo estado da vítima, condições do mar, distância a percorrer, entre outras.

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2) Tipos de Reboque

REBOQUE PEITO CRUZADO OU CRUZ VERMELHA É o método mais comumente empregado pelo GV por permitir um deslize eficiente e

dificultar a perda da vítima. Em caso de nervosismo da vítima, o socorrista consegue manter os braços dela à distância. Durante o reboque, o GV deve conversar com a vítima e tranqüilizá-la, orientando-a para que se mantenha olhando para cima e auxilie com os pés.

A vítima é mantida em decúbito dorsal, e durante o deslocamento (conforme descrito no movimento propulsor do reboque), o GV, através de apoio do quadril, mantém a vítima na superfície. Pode ser utilizado para transportar vítimas inconscientes e conscientes. Pode se tornar cansativo, em longas distâncias. Apropriado para águas agitadas, por dificultar perda da vítima.

REBOQUE POR UMA AXILA Método indicado para transporte de vítimas agitadas, não-participativas ou que

estejam com o corpo impregnado de loção bronzeadora. Após posicionar a vítima em decúbito dorsal, o guarda-vidas passa o braço sobre a axila da vítima e apóia a mão na sua nuca (Espécie de chave de braço). Nessa posição o socorrista imobiliza um braço da vítima e mantém o outro impossibilitado de atrapalhar a locomoção. A cabeça da vítima é mantida fora da água e o GV efetua o movimento propulsor do nado reboque. Ideal para mar agitado ou bravio, pois permite rápida troca para o DOUBLE NELSON.

REBOQUE PELO PULSO (DOIS SOCORRISTAS) Inicialmente indicado para casos em que estejam disponíveis dois socorristas. Estando

a vítima em decúbito dorsal, o reboque é efetuado individualmente, entretanto, o esforço para realizar a propulsão é dividido entre os dois GV.

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E. TRANSPORTE:

É o deslocamento da vítima, após a retirada do meio líquido, até um local seguro. Quando houver necessidade, o transporte poderá ser feito até o local de primeiro atendimento médico, podendo ser executado por um ou mais métodos de transporte. Citaremos a seguir a técnica do TRANSPORTE AUSTRALIANO e o método de imobilizaçãoGMAR.

GMAR

TRANSPORTE AUSTRALIANO

F. ATENDIMENTO (REANIMAÇÃO):

São as técnicas de primeiros socorros, executadas pelo GV, visando à manutenção ou o restabelecimento dos sinais vitais da vítima. A reanimação, havendo possibilidade, poderá ser executada também durante as fases de abordagem e transporte.

O objetivo desse atendimento é promover o menor número de complicações, provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a um serviço médico especializado.

1) Sinais e Sintomas do Afogamento Em um quadro geral pode haver: hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas,

vômito, distensão abdominal, tremores, cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares.

Em casos especiais pode haver: apnéia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cárdio-respiratória.

2) Observações Importantes Em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de diferentes

tipos de líquidos (água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes.

Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provém do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural, não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações.

Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular(TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.

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3) Posição Lateral de Segurança É a posição mais adequada para a vítima esperar e/ou se recuperar da situação de

afogamento. Esta posição mantém o corpo apoiado de forma segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta, também facilita a saída de líquidos, permitindo uma respiração mais eficiente, favorecendo o restabelecimento da vítima.

4) Graus de Afogamento

GRAU SINAIS E SINTOMAS PRIMEIROS PROCEDIMENTOS

Resgate

SEM presença tosse, nem espuma na boca/nariz, nem dificuldade na respiração ou parada respiratória ou PCR.

1. Avalie e libere do próprio local do afogamento

1 Presença de tosse, SEM espuma na boca ou nariz.

1. Repouso, aquecimento e medidas que visem o conforto e tranqüilidade do banhista; 2. Não há necessidade de oxigênio ou hospitalização.

2 Presença de POUCA espuma na boca e/ou nariz.

1. Aquecimento corporal, repouso, tranqüilização; 2. Observação hospitalar por 6 a 48 h.

3 Presença de MUITA espuma na boca e/ou nariz e COM pulso radial palpável.

1. Aquecimento corporal, repouso, tranqüilização; 2. posição lateral de segurança sob o lado direito, 3. Ambulância urgente para melhor ventilação e 4. Internação hospitalar para tratamento em CTI.

4 Presença de MUITA espuma na boca e/ou nariz, SEM pulso radial palpável.

1. Observe a respiração com atenção - pode haver parada da respiração, aquecimento corporal e repouso; 2. Posição Lateral de Segurança sobre o lado direito; 3. Ambulância urgente para melhor ventilação e 4. Internação em CTI com urgência.

5 Parada respiratória, COM pulso carotídeo ou sinais de circulação presente.

1. Ventilação boca-a-Boca; 2. Não faça compressão cardíaca; 3. Após retornar a respiração espontânea - trate como GRAU 4.

6 Parada Cárdio-Respiratória (PCR). 1. Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP) (2 boca-a-boca + 30 compressões cardíaca); 2. Após sucesso da RCP - trate como GRAU 4.

cadáver PCR com Tempo de submersão > 1 h, ou Rigidez cadavérica, ou decomposição corporal e/ou livores.

Não inicie RCP, acione o Instituto Médico Legal.

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5) Acidentes com Animais Marinhos OURIÇOS Endêmicos em várias regiões do mundo são encontrados principalmente nas áreas

costeiras, como os costões e praias, em especial nas rochas, no lodo e na areia. O corpo, que na grande maioria tem de 6 a 12 cm de diâmetro (sem contar os espinhos), é esférico e sua superfície apresenta pés ambulacrários, utilizados na apreenção e locomoção, brânquias (pápulas pequenas e moles), pedicelárias e espinhos pontiagudos. Os espinhos são móveis e estão dispostos com relativa simetria, sendo um pouco maiores no equador e diminuindo para os pólos. Um espinho comum, formado por um único cristal de calcita, é afilado, oco, quebradiço e não apresenta nenhuma glândula produtora de peçonha, mas pode possuir uma capa mucosa protetora contendo uma substância irritante. O contato brusco é acompanhado normalmente pela penetração do espinho na pele, produzindo desde uma ferida semelhante à ocasionada por uma "farpa" até uma lesão dolorosa e grave. As pedicelárias (pedúnculo longo e flexível cuja ponta apresenta três mandíbulas opostas e articuladas), características de todos os ouriços, apresentam-se de vários formas. O tipo mais perigoso, chamado de globífera, possui glândulas de peçonha __ sua função principal é a defesa. As mandíbulas são rodeadas por sacos de peçonha e, após cravá-las em algo, podem inocular sua vítima exercendo rápido efeito paralisante sobre pequenos animais.

Prevenção A penetração dos espinhos é algo bastante familiar para os mergulhadores que

costumam, ao olhar as tocas, apoiarem-se nas pedras do fundo. Roupas de neoprene, luvas e nadadeiras não dão proteção efetiva contra os espinhos em um contato brusco. Por isso, os mergulhadores devem observar atentamente as pedras do fundo antes de se apoiar. Os mesmo cuidados devem ter os banhistas ao andarem descalços nas áreas habitadas pelos ouriços. Ao manusear um ouriço procure sempre usar luvas, pois apenas a pele nua é capaz de sofrer uma picada de uma pedicelária.

Tratamento O tratamento da ferida ou lesão provocada pela penetração de um espinho varia de

acordo com a profundidade da penetração e área do corpo envolvida. Por quebrarem facilmente, a tarefa de removê-los pode tornar-se complicada, sendo por vezes necessário procedimentos cirúrgicos com anestesia local. Outras vezes, os espinhos podem permanecer no local por meses ou mesmo migrar para outros locais, sem apresentar maiores reações do organismo. A primeira medida a ser tomada, quando a penetração é superficial, é tentar remover os espinhos como se faz com uma farpa qualquer. O debridamento cirúrgico deve ser realizado quando a penetração é profunda, devido à friabilidade do espinho. Se houver penetração em uma articulação, ou próximo dela, deve-se tirar uma radiografia e removê-lo cirurgicamente. Do contrário, poderão ocorrer complicações futuras como processos inflamatórios crônicos. Após a remoção de todo o espinho deve-se então fazer uma cuidadosa limpeza da ferida, lavando e esfregando-a bem com sabão. (A mancha roxa ou preta que muitas vezes permanece no local, após a remoção do espinho, pode não significar necessariamente a existência de um pedaço do mesmo, uma vez que pigmentos soltos pelo espinho podem impregnar a ferida, sem maiores conseqüências.)

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CARAVELAS A caravela é uma colônia flutuante formada por pelo menos quatro pólipos

polimórficos. São encontradas em todos os mares. Vivem em águas claras, quentes e não muito profundas. No Brasil são encontradas do maranhão até Alagoas e do sul da Bahia até Santa Catarina. Na espécie mais comum do Atlântico, o flutuador, usado como uma verdadeira vela pode atingir até 30 cm de comprimento e mudar de forma por contrações. Seus inúmeros tentáculos, longos e transparentes, podem atingir até 30 metros de comprimento e conter até 80.000 nematocistos a cada metro. A caravela é uma das mais temidas criaturas que se pode encontrar flutuando na superfície da água nos mares quentes __ sua maior incidência, em nosso litoral, ocorre no outono e no inverno. Seus tentáculos são capazes de provocar acidentes com sérias lesões, grande irritação e intensa dor. Alguns podem ser fatais.

Prevenção É importante lembrar que os tentáculos de algumas espécies podem atingir uma

distância considerável do corpo do animal e, por isso, deve-se evitar sua aproximação. Roupas de neoprene, apropriadas para o mergulho, são úteis para evitar a inoculação da peçonha. Os trabalhadores de águas tropicais devem estar adequadamente vestidos para evitar os acidentes com estes seres. Mesmo aparentemente morta e jogada em uma praia, os tentáculos da água-viva podem grudar na pele e, visto que os nematocistos descarregam-se por reações involuntárias, infligir graves lesões. Após uma tempestade um nadador pode sofrer sérias lesões ao entrar em contato com tentáculos que ficam boiando na água. Assim, deve-se evitar a natação em locais habitados pelas águas-vivas e caravelas. Cobrir o corpo com óleo mineral, ou similar, pode ajudar a evitar apenas que os tentáculos grudem na pele. Ao remover os tentáculos de uma vítima, nunca use as mãos desprotegidas. Nematocistos ainda carregados podem inocular a peçonha nas mãos do socorrista e torná-lo outra vítima.

Tratamento Ao ser inoculada, a vítima deve se esforçar ao máximo para sair da água o mais

rápido possível devido ao risco de choque e afogamento. Os primeiros socorros e o tratamento devem ter quatro objetivos principais: minimizar o número de descargas dos nematocistos na pele, diminuir os efeitos da peçonha inoculada, aliviar a dor e controlar sua repercussão sistêmica. O contato inicial com os tentáculos resulta primeiramente em uma modesta inoculação. Os esforços subseqüentes para desvencilhar-se dos tentáculos podem resultar em um considerável aumento nas descargas dos nematocistos. Porém, quanto mais tempo um tentáculo permanecer em contato com a pele, mais nematocistos serão descarregados. Daí a necessidade da remoção cuidadosa dos tentáculos aderidos à pele sem esfregar a região atingida, o que só pioraria a situação. A dor é em geral controlada através do tratamento da dermatite. A rotina no tratamento de uma vítima deve seguir os seguintes passos: A primeira medida é lavar abundantemente a região atingida com a própria água do mar para remover ao máximo os tentáculos aderidos à pele. Não utilize água doce, pois ela poderá estimular quimicamente os nematocistos que ainda não descarregaram sua peçonha. Não tente remover os tentáculos aderidos com técnicas abrasivas, como esfregar toalha, areia ou algas na região atingida. Para prevenir novas inoculações __ ao desativar os nematocistos ainda íntegros e também neutralizar a ação da peçonha __, banhe a região com ácido acético a 5% (vinagre) por pelo menos 30 minutos ou até que se tenha um alívio da dor. Remova com uma pinça os restos maiores dos tentáculos e tricotomize o local com um barbeador para retirar os fragmentos menores e invisíveis. Aplique antes um pouco de espuma de barbear, talco ou mesmo farinha branca. Não

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havendo disponibilidade dos utensílios ou produtos citados para a tricotomia, utilize uma pasta de areia ou lama misturada com a água salgada e raspe o local com uma concha ou um pedaço de madeira com a borda afiada. Reaplique novos banhos de ácido acético. Caso a dor continue, use substâncias sedativas sistêmicas ou bolsas de gelo locais para reduzir os sintomas alérgicos.

6) Hipotermia · Temperatura corporal < 35º C. · Perda de coordenação motora, tremores e sensação de frio. · Confusão mental, apatia, sonolência, reações lentas até a inconsciência. · Parada cardíaca pode ocorrer. Tratamento (mesmo tratamento para a Idrocussão) · Retire a vítima da água, vento, ou outro agente que possa ter originado o fato. · Exame primário - ABC da vida. · Remova roupa molhada e envolva com cobertores secos, jornais, ou revistas. · Aqueça a vítima com o calor corporal dos socorristas. · Se o paciente estiver consciente - forneça líquidos aquecidos. · Nunca dê bebidas alcoólicas a vítimas com hipotermia. · A sala de máquinas de embarcações são locais aquecidos. · Inicie sempre RCP em vítimas hipotérmicas mesmo que você acredite que o paciente está "morto" há várias horas.

6. EQUIPAMENTOS PARA O SALVAMENTO AQUÁTICO

A) Nadadeira Vulgarmente conhecida como Pé-de-pato. É o prolongamento do Guarda-vidas.

Permite ao mesmo uma maior velocidade no deslocamento aquático, porém dificulta o deslocamento terrestre. É o material mais elementar do salvamento aquático. Para o serviço de salvamento aquático, o modelo mais indicado é a nadadeira para surf ou natação, entretanto pode-se utilizar a de pala mais longa (Mais indicada para mergulho)

B) Pranchão Equipamento de flutuação empregado no esporte aquático surf e adaptado para o

salvamento, em virtude de sua possibilidade de manter uma ou mais vítimas acima da linha d’água, com segurança. Além disso, com a prática do socorrista, possibilita a saída rápida do mar com a vítima.

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C) Pocket-Mask Equipamento de proteção ao GV. Permite a realização da ventilação de suporte

artificial (Boca à boca ou boca-nariz) impedindo contato com os fluídos (sangue, saliva, tosse) da vítima. Permite a proteção contra doenças graves, tais como a AIDS e Hepatite.

D) Binóculo Equipamento que permite a visualização de vítima de afogamento ou vítimas em

potencial, à distância, agilizando o salvamento e reduzindo a gravidade do afogamento.

E) Bóia Equipamento de flutuação bastante utilizado em embarcações e piscinas. Possui

flutuabilidade reduzida. Ideal para salvamento indireto, permitindo seu lançamento à distância, através de uma corda.

F) Apito Tal como a nadadeira é um equipamento básico. Permite chamar a atenção dos

banhistas em risco de afogamento, realizando a prevenção. Indica a posição de um GV em relação a outro.

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G) Recue-can Equipamento de flutuação especialmente criado para o serviço de Salvamento

Aquático. Mundialmente difundido devido ao programa americano “SOS Malibu”. Consiste em uma bóia rígida de plástico ou fibra de vidro resinada com 3 opções de alças para o afogado, corda e alça para o GV. Por ser de material rígido, se não for utilizado com cautela, pode machucar o afogado ou GV.

H) Rescue-tube Edição aperfeiçoada do rescue-can. É uma bóia flexível de salvamento, vulgarmente

conhecida como salsichão. Possui boa flutuabilidade e não machuca o afogado, em caso de impacto. Indicada para vítima inconsciente, tem uma alça que prende o tórax da vítima.

I) Cinto Salva-vidas Ideal para salvamento direto, Equipamento similar ao Rescue Tube. Consiste em um

prolongamento com várias seções de material flutuante (Isopor ou similar), tornando o equipamento ajustável ao corpo da vítima. Possui uma alça que é presa ao tórax da vítima. Indicado para vítimas inconscientes.

H) Salvamento com cordas: Ideal para salvamento indireto,

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7. SINALIZAÇÃO

É um conjunto de sinais codificados, que sintetizam mensagens. Na praia se utiliza

de diversos tipos de sinalização, dentre elas a sinalização visual e a sonora.

A. VISUAL

A sinalização visual é feita através de placas e bandeirolas.

1) As Placas As placas são usadas para limitar áreas e indicar locais perigosos, como valas, valões,

limites de banho, etc. As placas indicativas de perigos possuem fundo vermelho e letras brancas ou amarelas. Risco - possibilidade de ocorrência de acidente. Perigo - Sinal utilizado para identificar situação que pode levar a risco imediato de vida se

não evitado. Cuidado - Sinal utilizado para identificar situação que pode levar a risco leve a moderado de

gravidade se não evitado.

2) As Bandeirolas As bandeirolas são utilizadas para informar a situação de banho do local e a presença

do guarda – vidas. Possuem as seguintes cores e significados:

Bandeira Branca: mar calmo, oferecendo boas condições de banho e com assistência de

Guarda-Vidas; Bandeira Amarela: mar perigoso, com restrições de banho embora com assistência do

Guarda- Vidas; Bandeira Vermelha: mar muito perigoso, não oferecendo condições de banho, apesar da

presença de Guarda-Vidas.

B. SONORA

Feita através do apito, tendo a emissão de sons com diversos significados podendo estar associados a gestos. Estes sons podem ser padronizados pelas guarnições de serviço (apesar de existir um código padronizado internacionalmente).

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8. MISSÃO DO GUARDA-VIDAS

Durante seu turno de serviço o Guarda-Vidas, não deverá esperar que o público venha

a ele, e sim, ele deve ir até o público; a isto chamamos de prevenção, daí o nome de Guarda-Vidas e não Salva-Vidas.

Deverá trabalhar como orientador dos banhistas no seu Setor, e verbalmente fará as explicações necessárias, principalmente quando se tratar de um grupo de TURISTAS que revele não familiaridade com o mar; deve procurar reunir a todos, fazendo uma breve explanação sobre as peculiaridades e riscos do local, e sobre a segurança que poderão receber.

Orientações como estas são dadas com o grupo de costas para o mar e o Guarda-Vidas com a sua frente voltada para as águas e nunca ao contrário. As orientações mais freqüentes são:

Não ingerir bebidas alcoólicas antes de nadar; Consultar um GV quanto às condições para o banho; Nunca nade sozinho; Nunca simule uma necessidade de socorro; Ter o máximo de cuidado com objetos flutuantes; Procure sempre nadar em área supervisionada por GV.

O Salvamento Aquático é uma missão muito desgastante e exige muito do Bombeiro, tanto do ponto de vista físico, técnico quanto do psicológico. O GV deverá está pronto a atuar “A QUALQUER TEMPO, A QUALQUER HORA, EM QUALQUER MAR, realizando o seu serviço de patrulhamento, reconhecimento, orientação aos banhistas, auxilio a crianças perdidas, preocupando-se sempre com sua apresentação pessoal e principalmente sua missão fim, O SALVAMENTO.

9. FILOSOFIA DE TRABALHO

Mesmo depois da criação do Grupamento de Salvamento Aquático (GSA), o zelo e o cuidado com a conservação dos valores da Atividade ainda foram deixados em segundo plano; pois o Incêndio e o Salvamento de Emergência Médica por vezes são vistos como prioridades.

Esta mentalidade aos poucos vem mudando, e investimentos vêm sendo destinados a melhorar as condições de trabalho dos homens aquatilizados, competentes e necessários para o SERVIÇO DE PRAIA.

No ano de 2004 o GSA, no Comando do Ten Cel BM CRUZ, realizou o 1º Curso de Salvamento no Mar (CSMar) do nosso Estado, onde os três oficiais possuidores do CURSO DE SALVAMENTO NO MAR DO RIO DE JANEIRO (Ten Cel BM CRUZ, Maj BM Medeiros e Cap BM Jack Emerson), Ten BM Galvão, auxiliados pelos praças (Sgt BM Casado, Rosael, Diniz, Gouveia e Clezivaldo), também especializados em outros estados, repassaram seus conhecimentos e permitiram que o serviço de Salvamento Aquático Especializado começasse a ser uma realidade em nosso estado.

Esses profissionais trouxeram também a idéia de se adotar o Novo Uniforme, nas cores e nos padrões internacionais de proteção; já que o Uniforme utilizado até então era inadequado à atividade. Na Prevenção Ativa, ou seja, com a presença do Guarda-Vidas na Orla da Praia, a identificação pelo uso do UNIFORME é fator fundamental. Todas essas iniciativas proporcionaram um salto de qualidade no serviço de salvamento aquático.

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(Cap BM Reinaldo 1º Oficial formado em Alagoas).

Novo uniforme GUARDA-VIDAS Ten BM Cavalcante-CSMar/2006

(Sendo sugado pelo Cap BM Reinaldo)

Guardar tem sentido bastante amplo, significando também “vigiar” com o fim de defender, proteger ou preservar. É assim que o GSA, vê, nos dias de hoje, sua principal missão: Prevenir a ocorrência de acidentes para preservar Vidas, essencialmente. Essa verdadeira Filosofia de trabalho vem se aprimorando desde 2002, abandonando-se as tendências antes existentes de “deixar acontecer - para depois ver o que fazer”; deixar ocorrer o Princípio do Acidente Aquático na sua maioria Afogamentos, para depois correr e nadar vigorosamente para Salvar a Vítima.

Daí, com a mudança dessa tendência, a 02 (duas) décadas atrás, a expressão HOMEM ‘SALVA-VIDAS’, foi substituída por HOMEM ou BOMBEIRO ‘GUARDA-VIDAS’ pois esta última tem conotação inteiramente preventiva.

O GUARDA-VIDAS que atende a determinado Setor de Praia, a princípio não deve permitir que o AFOGAMENTO aconteça. Por isso mesmo deve estar vigilante, sempre com vistas para o Setor a Guarnecer. Não deve esperar ser chamado diretamente no POSTO DE BOMBEIROS MARÍTIMO (pessoalmente ou pelo telefone 193) para atender a uma ocorrência na Orla da Praia, principalmente os casos de Afogamento, pois esses se concretizam rapidamente, isto é, em apenas 5 (cinco) minutos poderá haver a MORTE DA VÍTIMA.

O BOMBEIRO “GUARDA-VIDAS” faz sim, prevenção na Orla da Praia, bem junto aos banhistas. A Prevenção antecipa-se a tudo. A Prevenção evita que o BANHISTA tenha que ser salvo, bem como evita que o GUARDA-VIDAS arrisque-se para salvá-lo.

Prevenção na orla (Praia da Sereia)

10. PERFIL DO GUARDA-VIDAS

O Guarda-Vidas deve ser um ESPECIALISTA POR EXCELÊNCIA, chegando a possuir um “Perfil Próprio”.

A prática tem demonstrado que nem todos os componentes da Corporação naturalmente se adaptam às “Atividades Aquáticas” desempenhadas pelo Corpo de Bombeiros, mesmo, às vezes, sabendo nadar.

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O GSA vem estabelecendo ensaios e estudos para obter o PERFIL IDEAL do HOMEM que será o futuro GUARDA-VIDAS. E chegou por enquanto a 07 (sete) itens principais:

1. Possuir as qualidades natas ou adquiridas tais como: ESTAR EM ATIVADE, BOA APRESENTAÇÃO, COMPANHEIRISMO, DISCIPLINA, CORAGEM (FÍSICA E MORAL), ESPÍRITO DE DECISÃO, TENACIDADE, LEALDADE, VOLUNTARIEDADE, DISCERNIMENTO, INICIATIVA, ENTUSIASMO, ENERGIA, MODÉSTIA, BOM HUMOR, INTEGRIDADE, DESPRENDIMENTO E INTELIGÊNCIA;

2. Possuir a “Formação de Bombeiros”; 3. Possuir COMPLEIÇÃO FÍSICA favorável à prática da Natação (Morfologia Óssea); 4. Possuir gosto pela NATAÇÃO; 5. Estar isento de HIDROFOBIA (horror à água); bem como estar isento de TRAUMAS

profundos adquiridos em virtudes de acidentes no meio aquático; 6. Possuir AQUATILIDADE ou AQUACIDADE (identidade com o meio aquático); 7. POSSUIR VONTADE DE SER BOMBEIRO GUARDA-VIDAS.

Com esse Perfil entendemos que, nem todo o Bom Soldado ou Bom Profissional que

sai das “forjas” do Corpo de Bombeiros, irá ser um competente Bombeiro GUARDA-VIDAS ou “Homem de Salvamento Aquático”.

Diante dessa realidade, a Corporação deve se preocupar com essas peculiaridades dos Serviços Marítimos, mormente os serviços de Prevenção nas Praias; bem como com esse fator sobre o HOMEM que possa vir a integrar o seu contingente de “GUARDA-VIDAS”; procurando conscientizar a todos quanto a essa realidade que estamos sujeitos.

Não basta, pois, ser SOLDADO BEM FORMADO, QUERER SERVIR na UNIDADE DE SALVAMENTO AQUÁTICO, ter se submetido aos TESTES DE APTIDÃO. Tem que possuir afinidade com o meio onde irá operar, ou seja: a PRAIA E O MAR.

11. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS SOBRE O MAR

O campo de trabalho, Área de Atualização ou a Área Ocupacional do Bombeiro Guarda-Vidas é aquele limitado pela Praia e pelo Mar. É aí que ele vai operar, embora possa atuar também nos Rios, Lagos, Lagoas, Represas e Piscinas.

Preocupação existe em se conhecer esse Mar e essa Praia, pois é necessário ambientar-se com esses dois meios que possuem aspectos atraentes, mas às vezes, com caminhos traiçoeiros. Constantemente esses Ambientes se apresentam com fisionomias diferentes, dadas às movimentações normais da NATUREZA, através de fenômenos conhecidos tais como MARÉS, ONDAS, VENTOS, CORRENTES MARINHAS, CORRENTES OCEÂNICAS, ATRAÇÕES DOS ASTROS (Sol e Lua) etc.

Não conhecer esse MEIO AMBIENTE onde se vai trabalhar ou não estar familiarizado com as mudanças sazonais da região onde trabalha; não estar certo de algumas alterações que a NATUREZA pode produzir neles (do dia para noite), ou não levar em conta os fenômenos acima enumerados, juntamente com muitos outros, é “perder terreno”, logo à primeira vista em Assuntos de Prevenção a Vidas Humanas na Orla das Praias.

Muitas são as pessoas que afirmam ser o MAR um “mistério”; que ele é impiedoso e que tem feito sucumbir, sem trégua alguma, grandes e pequenas embarcações, pessoas, e até mesmo, experimentados e audaciosos nadadores. Isso não deixa de ser verdade. Mas por outro lado, o MAR deixa de ser esse misterioso e traiçoeiro inimigo à medida que o conhecemos um pouco mais, o respeitando ao invés de subestimá-lo ou teme-lo.

A. DIVIZÃO DA ÁREA DE PRAIA:

Podemos dividir uma praia em três regiões: face praial, antepraia (também chamada de estirâncio ou estirão) e pós-praia, de acordo com sua localização em relação às alturas das marés.

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A face praial compreende a região que vai do nível da maré até além da zona de arrebentação.

Antepraia é a região entre marés, ou seja, entre o nível da maré baixa (baixa-mar) e o da maré alta (preamar). É, portanto, a porção da praia que sofre normalmente a ação das marés e os efeitos do espraiamento e refluxo da água.

A região pós-praia localiza-se fora do alcance das ondas e marés normais, pode ser chamada apenas de “areia da praia”, e somente é alcançada pela água quando da ocorrência de marés muito altas ou tempestades. Nesta região formam-se terraços denominados bermas.

É no pós-praia,também, que pode ainda aparecer uma região com maior inclinação, denominada escarpa praial, causada pela ação de ondas normais de maré alta que cortam a praia, originando essa abrupta mudança em sua inclinação. A berma e a escarpa não se formam na antepraia devido a continua passagem das ondas, não permitindo assim qualquer feição permanente.

Pós-praia berma localização da escarpa praial

B. SÉRIE DE ONDAS:

Representa a seqüência de ondas que quebram no litoral, num mesmo intervalo de tempo, também chamadas de seriado ou grupo de ondas. De uma série para outra, as ondas são consistentes em tamanho, podendo variar ligeiramente. Em um seriado de três ondas, por exemplo, existirá uma menor, uma intermediária e a maior de todas, que é chamada de “rainha”.

O jazigo, também chamado de calmaria, é o intervalo entre uma série e outra, quando não quebram ondas. Durante o jazigo, ondas menores poderão surgir, porém não farão parte da série. O número de ondas em uma série e a duração da calmaria entre elas é, normalmente, consistente.

Durante a calmaria os freqüentadores das praias geralmente caminham mais para dentro do mar, pois o volume de água dos bancos de areia diminui. Quando a nova série de ondas retorna, o volume de água aumenta rapidamente, podendo conduzir o banhista diretamente para a vala. Essa é mais uma das causas dos inúmeros afogamentos ocorridos nas praias rasas e intermediárias.

Conhecendo-se o tempo de calmaria entre os seriados, o GV poderá entrar ou sair no mar usando o mínimo de esforço.

C. CORRENTES DE RETORNO OU VALAS:

É um tipo de movimentação de água no sentido perpendicular a linha de areia, verificada com freqüência em praias rasas e intermediárias.

A existência desta corrente pode depender da topografia do fundo além da altura e período das ondas. Uma das principais causas para a sua ocorrência é a convergência de duas correntes laterais para um mesmo ponto, ao longo da praia, fluindo em direção ao mar, na forma de uma corrente estreita e forte, denominada “fieiro”.

Outra causa para a existência da corrente de retorno ocorre quando ondas mais altas que a media se rompem em sucessão rápida e elevam o nível da água dentro de um banco de areia. A água pode voltar tão energicamente ao mar que, algumas vezes, rompe o banco em um lugar estreito, formando um sulco, e produzindo uma corrente em sentido oposto à praia.

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As correntes de retorno provocadas pelas valas são as maiores causas de afogamentos e resgates executados pelos GV, sendo perigosas para os banhistas, por fluir, algumas vezes, com velocidade superior a 4 nós (mais de 7 km/h).

Apresentam os seguintes sinais e características: a) Água marrom e descolorada, devido à agitação da areia do fundo, causada pelo retorno

das águas; b) Água com tonalidade mais escura, devido a maior profundidade, sendo atrativas para

banhistas desavisados; c) Ondas quebram com menor freqüência ou nem chegam a quebrar, devido ao retorno das

águas e a maior profundidade; d) Nas marés baixas, formam ondas buraco, alimentadas pela água em seu retorno; e) Pequenas ondulações na superfície da água causando um reboliço, em virtude de água

em movimento (pescoço da vala); f) Espuma e mancha de sedimentos na superfície, além da arrebentação, onde a vala perde a

sua força (cabeça da vala); g) Ocupação de uma faixa maior de areia, devido ao maior volume de água, provocando

uma sinuosidade ao longo da praia (boca da vala); h) Escavações na areia, formando escarpas praias em frente às valas; i) Perpendiculares à praia, podendo apresentar-se na diagonal; j) Delimitam ou são delimitadas por bancos de areia; k) Mais difíceis de serem identificadas em dias de vento forte e mares agitados; l) Mais evidente em marés baixas; m) Perda da força de 05 a 50 metros após a linha de arrebentação; n) Composição em três partes: boca ou entrada, pescoço e cabeça.

COMPOSIÇÃO DA VALA

Como Escapar das Valas Se cair em uma vala, não entre em pânico. Um nadador cansado ou com habilidades

limitadas deve flutuar para dentro do mar, até a cabeça da vala, nadar paralelo a areia por 30 ou 40 metros e então prosseguir em um trajeto perpendicular a praias, pelo baixio, onde as ondas facilitarão a saída do mar. Nadadores fortes devem traçar um ângulo de 45° graus a favor da corrente lateral e nadar em direção à praia. Mesmo os melhores nadadores não devem nadar contra as correntes se retorno. Deve-se sempre observar as ondas e encher os pulmões de ar, prendendo a respiração, quando não houver como escapar delas.

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OBSERVAÇÕES 1-Praia rasa ou dissipativa É formada normalmente por areia fina e a profundidade aumenta suavemente. Por

causa desta inclinação muito suave, as ondas começam a quebrar relativamente longe da ante-praia, de modo deslizante e em grande quantidade. Quase sempre apresentam uma sinuosidade ao longo de sua extensão, ocupando uma faixa maior de areia nos locais de acúmulo de água, provenientes das ondas ou correntes laterais.

Principais perigos: correntes laterais, correntes de retorno e buracos escavados na areia pela ação das ondas.

Ex.: Praia do Francês, Praia do Pontal etc. 2-Praia intermediária Este tipo de praia pode ser identificado como uma combinação de características da

praia rasa e de tombo, apresentando os mesmos perigos, só que de forma mais branda. Embora o perfil tenha uma inclinação notável, possui uma face praial estreita e rasa, com ondas quebrando próximas da ante-praia (beira d’água). O tamanho das ondas que se rompem nestas praias é quase sempre menor do que as que ocorrem nas praias rasas e de tombo.

Ex.: Praia da Jatiúca (Posto 7).

12. NOÇÕES DE MERGULHO

Por vezes o Bombeiro poderá se depará com a atividade de mergulho em seu dia-a-dia, devendo, portanto, possuir um mínimo de conhecimento sobre o assunto, o que o possibilitará prestar algum tipo de apoio durante essas operações, sem, contudo, realizar o mergulho propriamente dito, pois para isto precisa ser habilitado através de um Curso de Mergulho Autonomo reconhecido pelo CBM/AL.

Esta matéria NÃO O HABILITA para a realização de mergulho autonomo.

A. ACIDENTES DE MERGULHO

Os acidentes de mergulho são classificados, de acordo com a sua etiologia (causa), nesta seção abordaremos os causados pela variação de pressão, conhecidos como barotraumas, além do apagamento.

Barotrauma de ouvido externo Este tipo de barotrauma ocorre quando transformamos o conduto auditivo externo em

uma cavidade fechada. Isto se dá pela utilização inadequada de tampões utilizados na prática de natação, capuzes de neoprene muito apertados, ou pela existência de uma rolha de cerúmen. Neste caso a pressão da água não pode ser exercida contra o tímpano e, na medida em que o mergulhador se expõe a uma pressão ambiente crescente, o mesmo vai se abaulando para fora.

Barotrauma de ouvido interno Este barotrauma constitui-se num acidente grave se não for corretamente identificado

e tratado. Ocorre devido à diferença de pressão entre o ouvido médio e o ouvido interno, devido à

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dificuldade de equalização das pressões no ouvido médio. Para evitar este tipo de acidente o mergulhador deve realizar a manobra de VALSALVA.

Barotrauma facial Durante a descida, o mergulhador, utilizando máscara de mergulho, terá que

compensar a diminuição do volume de ar exalando pelo nariz. A não realização deste procedimento irá determinar o barotrauma facial, pois após a compressão máxima do ar dentro da máscara, só restará o mecanismo de sucção da pele e mucosa, geralmente dos olhos para equalizar as pressões.

É proibido o mergulho com óculos dede natação, uma vez que não há possibilidade de realizar a sua equalização.

Síndromes de hiperdistensão pulmonar (SHP)/ETA A Síndrome de hiperdistensão pulmonar decorre do escape do ar dos alvéolos por

ruptura dos mesmos. Este acidente acontece quando o mergulhador está respirando ar ou outra mistura gasosa sob pressão em uma determinada profundidade, e sobe sem exalar. O ar contido em seus alvéolos, obedecendo a lei de Boyle, vai se expandindo à medida que a pressão ambiente diminui, rompendo os mesmos.

Hipóxia (Apagamento) O Apagamento é o acidente que conduz ao maior número de mortes na atividade de

mergulho, quando se inclui o mergulho livre nesta atividade. Nada mais é do que a perda da consciência debaixo d’água, conduzindo à morte por afogamento.

Existe, normalmente, uma correspondência inversa entre o CO2 e o O2 sangüíneo, de maneira que, a uma pressão parcial de CO2 (PPCO2) elevada corresponde uma pressão parcial de O2 (PPO2) baixa e vice-versa.

B. EQUIPAMENTO MÍNIMO PARA MERGULHO

máscara facial; conjunto de respiração. (cilindro de alta pressão com válvula reguladora); snokel; cinto de pesos; colete equilibrador (próprio para mergulho); faca; profundímetro (um por dupla); relógio (um por dupla); um par de nadadeiras;

1. cilindro de alta pressão Existem ampolas de diversos volumes. Os volumes mais comuns são os de 72 e 80

pés cúbicos, todas com a mesma pressão de carga. As ampolas de alumínio deverão ser submetidas a teste hidrostático a cada três anos, as

de aço a cada cinco anos e jamais deverão ser recarregadas com pressão superior a de carga. A pressão de teste, número de série do fabricante, data de fabricação, teste inicial, capacidade, volume interno, estão normalmente gravadas nas ampolas, onde são também gravadas as datas de todos os testes hidrostáticos realizados.

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2. Válvula Reguladora 1º e 2º estágio Tem por função reduzir a alta pressão fornecida pela garrafa 200 bar para 8 a 10 bar

acima da pressão ambiente para o 2ºestágio (local onde o mergulador respira ).O segundo estágio é constituído por uma válvula controladora de demanda que libera o ar disponibilizado pela valvula de 1º estágio. Octopus conhecido como válvula alternativa e/ou reserva . Basicamente com as mesmas características das válvulas normais de 2º estágio .Geralmente em cores mais chamativas ,tamanho um pouco reduzido e mangueira maiores que as do 2º estágio.

3. Máscara Facial A máscara facial é uma peça importante para o mergulhador e a escolha do modelo

adequado é uma questão de preferência pessoal. Alguns pontos, entretanto, deverão ser levados em conta na seleção de uma boa máscara.

1- uma boa vedação com o rosto, já que sua principal finalidade é manter os olhos e o nariz isolados da água.

2-volume interno da mascara(pequeno); 3- vidro temperado ;

4- fácil compensação ; 5- aderência perfeita ;

6- bom campo visual.

4. Respiradores (snorkel) Consiste de um bocal de borracha, ao qual está presa uma seção de tubo plástico.Existem

muitos tipos, mas a escolha deverá recair sobre os de bom diâmetro e sem complicações desnecessárias, como válvulas de descarga.

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5. Nadadeiras São peças importantes e deverão ser escolhidas com cuidado. Nadadeiras muito

flexíveis ou de palmas pequenas não proporcionarão boa impulsão. Não deverão também estar mal ajustadas aos pés, pois causarão desconforto e até cãibras ou feridas. Normalmente, sua palma deverá fazer um ângulo com o pé, de modo a não exigir esforço demasiado para distendê-lo.

6. Colete equilibrador Também conhecido BC (BUOYANCY COMPENSATOR)é um equipamento

indispensável para o mergulho autônomo ,sua função é prover um controle de empuxo ao mergulhador e também permitir que flutue com toda segurança e conforto na superfície.

7. Cinto de Pesos O mergulhador equipado possuirá normalmente flutuabilidade positiva e terá que fazer

esforço para descer. Uma conveniente quantidade de pesos de chumbo, adicionada por meio de um cinto, lhe proporcionará a condição adequada ao trabalho que pretende fazer.

8. Profundímetro O profundímetro mede a pressão da coluna d'água acima do mergulhador e é calibrado

para permitir a leitura direta da profundidade em pés ou metros. A leitura poderá ser realizada mesmo em condições de limitada visibilidade.

A segurança do mergulhador dependerá da sua precisão. O seu uso é obrigatório, devendo cada dupla possuir no mínimo uma unidade. Alguns tipo, como os de bolha, não oferecem segurança.

9. Relógio O relógio, necessariamente à prova de pressão, possui, normalmente, coroa roscada e aro

luminescente e de fácil leitura.

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10. Faca A faca de mergulho deverá ser resistente a corrosão, como as de aço inox, e possuir

punho de plástico, borracha ou madeira. A faca é uma ferramenta para o mergulhador e deverá estar presa em local de fácil acesso e que não interfira com seus movimentos. Ela nunca deverá estar presa ao cinto de pesos.

13. BIBLIOGRAFIA

CORREIA, João Henrique de Medeiros. Oceanografia, O Mar e sua Relação. 69 f. Apostila - Curso de Salvamento no Mar, Corpo Bombeiros Militar de Alagoas, Alagoas, 2004. CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS, Manual - (Atividades de Bombeiros - MABOM), Belo Horizonte. Ed. Academia de Polícia Militar, 1990. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Manual (Salvamento em Praias) - Rio de Janeiro. Ed. Universidade Federal Fluminense, 1986. DA FONSECA, Luciano Alves B. Estudo Técnico de Salvamento Aquático, 27 f. Apostila – Curso de Formação de Oficiais, Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, Pernambuco, 2001. MENDONÇA, Marcos. Projeto Oceano, 32f. Apostila - (CBPDS/CMAS), Alagoas, 2003. Salvamento Aquático. Disponível em :< http:// www.Sobrasa.org.br. htm>. Acesso em janeiro. 2007. Salvamento Aquático. Disponível em :< http:// www.datasus.gov.br. htm>. Acesso em janeiro. 2007. VIANA, Jack Emerson. Técnica de Abordagem e Soltura, 14 f. Apostila - Curso de Salvamento no Mar, Corpo Bombeiros Militar de Alagoas, Alagoas, 2004.

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