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INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO 66ª SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA CÂMARA REALIZADA EM 09/10/2014 PROCESSO TC Nº 1302004-3 PRESTAÇÃO DE CONTAS DO GESTOR DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA, RELATIVA AO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012 INTERESSADOS: FLÁVIO VIEIRA GADELHA DE ALBUQUERQUE; AGUINALDO TAVARES DE MELO; ANNE ANAIDE OLIVEIRA BANJA; ANTÔNIO FERNANDO MATEUS DA SILVA JÚNIOR; CARLOS CARDOSO DOS ANJOS; CECI FELINTO VIEIRA DE FRANÇA; CRISTIANE DE AZEVEDO MONETA MEIRA; DIRCEU SILVA MENELAU; EILTON MARTINS DE SOUSA; HÉLIO TAVARES DE SOUZA; JAIME DE CASTRO MULITERNO NETO; JOSELANE MARIA DOS SANTOS SILVA; MARCELO ALEXANDRE SILVA CORREIA GASTON; MARCOS ANTÔNIO PEIXOTO DE SIQUEIRA; MÔNICA LISBOA DA COSTA VASCONCELLOS; SEBASTIÃO FLORENTINO CAMPOS NETO; SÉRGIO BERARDO DE CARVALHO AROUCHA; MARIA MARGARIDA DE FRANÇA ALMEIDA ADVOGADOS: DR. LEUCIO LEMOS FILHO OAB/PE 5.807; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE OAB/PE 6.935; DR. HUMBERTO CABRAL VIEIRA DE MELO – OAB/PE Nº 6.766; DR. GUSTAVO FALCÃO D’AZEVEDO RAMOS – OAB/PE Nº 23.075; DRA. KATARINA KIRLEY DE BRITO GOUVEIA – OAB/PE Nº 26.305; DR. MAURO CÉSAR LOUREIRO PASTICK – OAB/PE Nº 27.547; DR. PAULO DE TARSO FRAZÃO NEGROMONTE – OAB/PE Nº 29.578; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. RODRIGO SOARES DE AZEVEDO – OAB/PE Nº 18.030; DRA. CHRISTIANA LEMOS TURZA FERREIRA - OAB/PE Nº 25.183 RELATOR: CONSELHEIRO EM EXERCÍCIO CARLOS BARBOSA PIMENTEL PRESIDENTE EM EXERCÍCIO: CONSELHEIRO DIRCEU RODOLFO DE MELO JÚNIOR ADIADA A VOTAÇÃO POR PEDIDO DE VISTA DO PROCURADOR DR. GUIDO ROSTAND CORDEIRO MONTEIRO, EM SESSÃO REALIZADA NO DIA 11.09.2014. RELATÓRIO Prestação de Contas da gestão municipal de Abreu e Lima, exercício financeiro de 2012, sob a responsabilidade de Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito Municipal), Hélio Tavares de Souza (Secretário de Educação e Desporto), Jaime de Castro Muliterno Neto (Secretário de Governo), Marcelo Alexandre Silva Correia Gastón (Secretário de Administração), Cristiane de Azevedo Moneta Meira (Secretária de Finanças), Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha (Secretário de Turismo e 1

INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

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INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO66ª SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA CÂMARA REALIZADA EM 09/10/2014PROCESSO TC Nº 1302004-3PRESTAÇÃO DE CONTAS DO GESTOR DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA, RELATIVA AO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012INTERESSADOS: FLÁVIO VIEIRA GADELHA DE ALBUQUERQUE; AGUINALDO TAVARES DE MELO; ANNE ANAIDE OLIVEIRA BANJA; ANTÔNIO FERNANDO MATEUS DA SILVA JÚNIOR; CARLOS CARDOSO DOS ANJOS; CECI FELINTO VIEIRA DE FRANÇA; CRISTIANE DE AZEVEDO MONETA MEIRA; DIRCEU SILVA MENELAU; EILTON MARTINS DE SOUSA; HÉLIO TAVARES DE SOUZA; JAIME DE CASTRO MULITERNO NETO; JOSELANE MARIA DOS SANTOS SILVA; MARCELO ALEXANDRE SILVA CORREIA GASTON; MARCOS ANTÔNIO PEIXOTO DE SIQUEIRA; MÔNICA LISBOA DA COSTA VASCONCELLOS; SEBASTIÃO FLORENTINO CAMPOS NETO; SÉRGIO BERARDO DE CARVALHO AROUCHA; MARIA MARGARIDA DE FRANÇA ALMEIDAADVOGADOS: DR. LEUCIO LEMOS FILHO – OAB/PE Nº 5.807; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. HUMBERTO CABRAL VIEIRA DE MELO – OAB/PE Nº 6.766; DR. GUSTAVO FALCÃO D’AZEVEDO RAMOS – OAB/PE Nº 23.075; DRA. KATARINA KIRLEY DE BRITO GOUVEIA – OAB/PE Nº 26.305; DR. MAURO CÉSAR LOUREIRO PASTICK – OAB/PE Nº 27.547; DR. PAULO DE TARSO FRAZÃO NEGROMONTE – OAB/PE Nº 29.578; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. RODRIGO SOARES DE AZEVEDO – OAB/PE Nº 18.030; DRA. CHRISTIANA LEMOS TURZA FERREIRA - OAB/PE Nº 25.183RELATOR: CONSELHEIRO EM EXERCÍCIO CARLOS BARBOSA PIMENTELPRESIDENTE EM EXERCÍCIO: CONSELHEIRO DIRCEU RODOLFO DE MELO JÚNIOR

ADIADA A VOTAÇÃO POR PEDIDO DE VISTA DO PROCURADOR DR. GUIDO ROSTAND CORDEIRO MONTEIRO, EM SESSÃO REALIZADA NO DIA 11.09.2014.

RELATÓRIOPrestação de Contas da gestão municipal de Abreu e Lima,

exercício financeiro de 2012, sob a responsabilidade de Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito Municipal), Hélio Tavares de Souza (Secretário de Educação e Desporto), Jaime de Castro Muliterno Neto (Secretário de Governo), Marcelo Alexandre Silva Correia Gastón (Secretário de Administração), Cristiane de Azevedo Moneta Meira (Secretária de Finanças), Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha (Secretário de Turismo e

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Page 2: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

Cultura), Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da Comissão de Licitação), Eilton Martins de Sousa (Membro da Comissão de Licitação), Maria Margarida de França Almeida (Membro da Comissão de Licitação), dentre outros, explicitados na tabela a seguir.

A auditoria, em sua análise, elaborou a seguinte tabela com as supostas irregularidades cometidas pelos gestores municipais:

ITEM IRREGULARIDADE LEGISLAÇÃOINFRINGIDA RESPONSÁVEIS

VALOR PASSÍVEL DE DEVOLUÇÃO

(R$)

2.3Recondução dos membros da comissão de licitação.

Lei 8666/93 Artigo 51,§ 4°.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

-

2.4

Lacunas na numeração do mapa consolidado dos processos licitatórios

Lei 8666/93 Artigo 38

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha (Secretário de Turismo).

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida (Membro).

-

3.1.1Dispensas irregulares por caráter emergencial.

Princípios constitucionais do caput do art. 37 e seu inciso XXI, da CF.

Art. 3º da Lei nº. 8.666/93

Lei 8429/92 arts. 10, VIII e IX

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

Hélio Tavares de Souza (Secretário de Educação e Desporte).

Anne Anaide Oliveira Banja (Secretária do Trabalho e Ação Social).

Mônica Lisboa da Costa Vasconcellos(Secretária de Saúde).

-

2

Page 3: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

ITEM IRREGULARIDADE LEGISLAÇÃOINFRINGIDA RESPONSÁVEIS

VALOR PASSÍVEL DE DEVOLUÇÃO

(R$)

3.1.2Dispensas indevidas para locação de veículos.

Princípios constitucionais do caput do art. 37 e seu inciso XXI, da CF.

Art. 3º da Lei nº. 8.666/93

Lei 8429/92 arts. 10, VIII e IX

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

Ceci Felinto Vieira de França (Secretária de Obras e Defesa Civil).

Dirceu Silva Menelau (Secretaria de Habitação).

-

3.1.3

Inexigibilidades de licitaçãos sem a observância de prescrições legais.

Artigo 25,II e III e 26 da Lei 8666/93

Lei Federal n° 6.533/78.

Artigo 37, caput da Constituição Federal.

Decisão TCE n° 0004/11.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

-

3.1.4

Utilização indevida de Inexigibilidade de licitação ao invés de subvenção social-Inexigibilidade n° 001/2012.

Artigos 25 e 26, III da Lei 8.666/93.

Artigo 37 caput da Constituição Federal.

LRF Artigo 26. Art 10, inciso VII da Lei 8.429/92.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha(Secretário de Turismo).

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida(Membro).

109.200,00

3

Page 4: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

ITEM IRREGULARIDADE LEGISLAÇÃOINFRINGIDA RESPONSÁVEIS

VALOR PASSÍVEL DE DEVOLUÇÃO

(R$)

3.1.4

Utilização indevida de Inexigibilidade de licitação ao invés de subvenção social-Inexigibilidade n° 006/2012.

Artigos 25 e 26,III da Lei 8.666/93.

Artigo 37, caput da Constituição Federal.

Artigo 3° da Lei federal 8666/93.

Art 10, inciso VII da lei 8.429/92.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha(Secretário de Turismo).

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida(Membro)

32.000,00

3.1.4

Utilização indevida de Inexigibilidade de licitação ao invés de subvenção social-Inexigibilidade n° 008/2012.

Artigos 25 e 26, III da Lei 8.666/93.

Artigo 37, caput da Constituição Federal.

Artigo 3° da Lei federal 8666/93.

Art 10, inciso VII da Lei 8.429/92.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha (Secretário de Turismo).

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida (Membro).

87.900,00

4

Page 5: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

ITEM IRREGULARIDADE LEGISLAÇÃOINFRINGIDA RESPONSÁVEIS

VALOR PASSÍVEL DE DEVOLUÇÃO

(R$)

3.1.5

Irregularidades nas contratações diretas de serviços artísticos através da Inexigibilidade n° 003/2012.

Artigos 25, 26, III, e 54 da Lei 8666/93.

Decisão TC n° 229/97

Artigo 37, caput da Constituição Federal

Lei Federal nº. 8.429/92, artigo 10, inciso VIII e IX e 12, inciso III.

Flávio Vieria Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha(Secretário de turismo)

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida(Membro)

16.800,00

3.1.5

Irregularidades nas contratações diretas de serviços artísticos através da Inexigibilidade n° 011/2012.

Artigos 25, 26, III, e 54 da Lei 8666/93.

Decisão TC n° 229/97

Artigo 37, caput da Constituição Federal

Lei Federal nº. 8.429/92, artigo 10, inciso VIII e IX e 12, inciso III.

Flávio Vieria Gadelha de Albuquerque (Prefeito)

Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha(Secretário de Turismo)

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida(Membro)

290.000,00

5

Page 6: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

ITEM IRREGULARIDADE LEGISLAÇÃOINFRINGIDA RESPONSÁVEIS

VALOR PASSÍVEL DE DEVOLUÇÃO

(R$)

3.1.5

Irregularidades nas contratações diretas de serviços artísticos através da Inexigibilidade n° 012/2012.

Artigos 25, 26, III, e 54 da Lei 8666/93.

Decisão TC n° 229/97

Artigo 37, caput da Constituição Federal.

Lei Federal nº. 8.429/92, artigo 10, inciso VIII e IX e 12, inciso III.

Flavio Vieira Gadelha de Albuquerque, (Prefeito).

Sérgio Aroucha (Secretário de Turismo e Cultura)

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida(Membro)

30.000,00

3.1.5

Irregularidades nas contratações diretas de serviços artísticos através da Inexigibilidade n° 014/2012.

Artigos 25, 26, III, e 54 da Lei 8666/93.

Decisão TC n° 229/97

Artigo 37, caput da Constituição Federal.

Lei Federal nº. 8.429/92, artigo 10, inciso VIII e IX e 12, inciso III.

Flavio Vieira Gadelha de Albuquerque, (Prefeito).

Sérgio Aroucha (Secretário de Turismo e Cultura)

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida (Membro)

80.000,00

6

Page 7: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

ITEM IRREGULARIDADE LEGISLAÇÃOINFRINGIDA RESPONSÁVEIS

VALOR PASSÍVEL DE DEVOLUÇÃO

(R$)

3.1.5.

Irregularidades nas contratações diretas de serviços artísticos através da Inexigibilidade n° 004/2012.

Artigos 25, 26, III, e 54 da Lei 8666/93.

Decisão TC n° 229/97

Artigo 37, caput da Constituição Federal

Lei Federal nº. 8.429/92, artigo 10, inciso VIII e IX e 12, inciso III.

Flavio Vieira Gadelha de Albuquerque, (Prefeito).

Sérgio Aroucha (Secretário de Turismo e Cultura)

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida (Membro)

55.000,00

3.1.6

Irregularidades na contratação de serviços de publicidade institucional e planejamento de comunicação.

Art. 7º §2º, 46, 54, §1º e 55, incisos I,II,III, 57 inciso II,72 da Lei 8.666/93.

Flavio Vieira Gadelha de Albuquerque, (Prefeito)

Jaime de Castro Muliterno Neto e Marcelo Alexandre Silva Correia Gaston (Secretário de Governo)

-

3.1.6.1

Contratação irregular sob o regime de administração contratada.

Art 6°, VII e VIII b da Lei 8666/93.

Decreto Estadual nº 18.325/95.

Flavio Vieira Gadelha de Albuquerque, (Prefeito).

Hélio Tavares de Souza (Secretário de Educação) e Jaime de Castro Muliterno Neto (Secretário de Governo).

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida (Membro).

-

7

Page 8: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

ITEM IRREGULARIDADE LEGISLAÇÃOINFRINGIDA RESPONSÁVEIS

VALOR PASSÍVEL DE DEVOLUÇÃO

(R$)

3.1.6.2Pagamentos de comissão sem previsão legal.

Lei 8.429/92, artigo 10, I TCE n° 0588/11.

Art. 3º e 6° da Lei nº 8.666/93.

Artigo 37, XXI CF/88.

Decisão TCE n° 0588/11.

Flavio Vieira Gadelha de Albuquerque, (Prefeito).

Jaime de Castro Muliterno Neto e Marcelo Alexandre Silva Correia Gaston (Secretários de Governo).

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da CPL).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida (Membro).

148.620,36

3.1.7

Publicação de editais de licitação em jornal fora do estado.

Artigo 37 caput CF/88.

Lei 8666/93 arts. 21, II e III.

Lei n° 8429/92 art. 10, VIII.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito).

Marcelo Gaston (Secretári de Administração).

Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente).

Eilton Martins da Silva (Membro).

Maria Margarida de Almeida (Membro).

-

3.1.8Realização de despesas sem licitação.

Artigo 37 inc. XXI CF/88.

Lei 8666/93 art. 2, 24 II, 82 e 89

Lei 8429/92 arts. 10, VIII.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito)

-

3.2Irregularidades no sistema de controle interno.

Lei Municipal 658/2009.

LRF 101/2000 art. 59.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito)

-

8

Page 9: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

ITEM IRREGULARIDADE LEGISLAÇÃOINFRINGIDA RESPONSÁVEIS

VALOR PASSÍVEL DE DEVOLUÇÃO

(R$)

4Inconsistência nas informações contábeis.

Lei Federal 4320/64 arts. 85 e 89.

Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito)

-

TOTAL 849.520,36

Notificados, os responsáveis Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha, Joselane Maria dos Santos Silva, Eilton Martins da Silva, Maria Margarida de Almeida, Hélio Tavares de Souza, Anne Anaíde Oliveira Banja, Mônica Lisboa da Costa Vasconcellos, Ceci Felinto Vieira de França, Dirceu Silva Menelau, Jaime de Castro Muliterno Neto e Marcelo Alexandre Silva Correia Gastón apresentaram defesa, de fls. 2.502-2.509, vol. XII. O Sr. Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque, por sua vez, apresentou defesa individual, de fls. 2.512-2.539, vol. XIII. Nessas peças, propugnam todos eles pela aprovação das contas.

Uma Nota Técnica de Esclarecimento foi produzida, fls. 2.618-2.626, vol. XIII, a fim de se analisar os documentos acostados pela defesa do Sr. Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque. Nela, apenas uma das irregularidades apontadas pelo Relatório de Auditoria foi desconsiderada, havendo a manutenção das demais analisadas. Trata-se da irregularidade referente à “publicação de editais de licitações em jornal fora do estado” (item 3.1.7 do Relatório de Auditoria). Nesse sentido, afirmou a NTE o seguinte (folha 2.622):

O relatório de auditoria aponta que não há comprovação de publicação de avisos referentes a pregões presenciais no diário oficial do estado e nem em jornal local, podendo configurar ato praticado para frustrar o caráter competitivo do procedimento licitatório, além de demonstrar conduta antieconômica em virtude dos gastos desnecessários para o Município.Embora os comprovantes das publicações não estivessem anexados aos processos a defesa, para sanar a irregularidade, apresentou os devidos comprovantes de publicação dos editais dos pregões no diário oficial e em jornal de grande circulação

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Page 10: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

no estado, restando, portanto sanada a irregularidade inicialmente apontada neste item.

É o relatório.

VOTO DO RELATORA defesa se opôs às irregularidades apontadas pela

Auditoria através da seguinte argumentação:

Das irregularidades em processos licitatórios:a) Serviços de transporte:

Afirmou, inicialmente, em relação às dispensas de Licitação nºs 002, 012, 008, 013 e 003/2012, que, diversamente do alegado no Relatório de Auditoria, essas contratações não decorreram de falta de programação/planejamento da Administração, pois foram consequência de frustração de processo licitatório realizado para essas contratações, e assim foram efetivadas para evitar a paralisação dos serviços essenciais à população e destinatários dos serviços (caso dos estudantes e servidores), conforme se observa da cópia anexada de “Termo de Dispensa”, a qual demonstra que as contratações por dispensa de licitação foram realizadas em virtude do fracasso na licitação dos itens nº 02, 03, 04, 05, 06, 11 e 12 da Concorrência nº 002/2011-PL nº 038/2011.

Posteriormente, opôs-se à alegação de que houve pagamento a maior nas contratações por dispensas nºs 002/2012 e 007/2012, já que no RA se teria levado em consideração o valor da contratação para noventa dias, que foi de R$ 69.259,20. Todavia, em razão da prorrogação de ambas as contratações por mais 90 (noventa) dias, houve o consequente aumento da contratação. Dessa maneira, apurou-se na Auditoria o pagamento da quantia de R$ 78.518,40, na dispensa nº 002/2012; e R$ 72.660,00, na dispensa nº 007/2012; valores que seriam, portanto muito aquém do valor das contratações resultantes das prorrogações, que poderia atingir ate R$ 157.036,80.

A Nota Técnica de Esclarecimento, por sua vez, mantém as irregularidades apontadas pelo RA, alegando o seguinte:

A situação da contração direta emergencial, conforme o relatório de auditoria, decorre de falta de planejamento e eficiência da Administração para realizar o devido processo licitatório, motivos

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Page 11: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

estes que não são contemplados pelo art. 24 da Lei nº 8.666/93 como possíveis para justificar dispensas de licitar. A contratação emergencial que vem sendo utilizada desde 2010 pela Prefeitura de Abreu e Lima, indica omissão do seu dever de licitar, restando, portanto, manifesto que as dispensas respaldadas na situação de emergência, são resultado de inércia da Administração.

Para elidir tal irregularidade a defesa apresenta como argumento para as Dispensas nºs 002, 012, 003, 008, 013/12, não tratando da Dispensa 007/12, que as mesmas não decorreram de falta de planejamento da administração, mas sim de frustração de processo licitatório realizado para as contratações, que foram efetivadas para evitar a paralisação de serviços essenciais à população. (fls. 2514)A defesa acostou cópias de termos de justificativa legal de dispensa de licitação, termos de referência e extratos dos contratos. (fls. 2540 a 2574)Após a análise dos documentos apresentados pela defesa, tem-se o seguinte a comentar:a) Com relação a questão das dispensas, a defesa em seus documentos, não apresentou provas que viessem a comprovar os requisitos necessários para as dispensas de licitação realizadas, que são os exigidos pelo inciso IV do art. 24 da Lei 8666/93, quais sejam: estado de emergência ou calamidade pública, fato natural; demonstração concreta e efetiva da potencialidade do dano e a demonstração de que a contratação é a via adequada e efetiva para eliminar o risco, necessidade de atendimento; prazo máximo de 180 dias.b) Os documentos apresentados pela defesa para justificar frustração de processo licitatório e amparar as Dispensas, não contem provas da impossibilidade da administração de realizar o devido procedimento licitatório e nem respaldam a situação de emergência, restando, portanto, manifesto o descumprimento ao art. 24 da Lei nº 8.666/93.c) A Prefeitura Municipal de Abreu e Lima, nos exercícios de 2010, 2011 e 2012, vem de forma reiterada, realizando processos licitatórios de Dispensas de licitação utilizando-se do caráter emergencial para contratações diretas de serviços para transporte de estudantes, transporte de

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Page 12: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

funcionários e locação de veículos, sem que a administração tenha providenciado certame licitatório.[...]No que diz respeito aos pagamentos em valor maior que o licitado, apontados no relatório técnico de auditoria, referentes às Dispensas nºs 002 e 007, a defesa argumenta que as contratações foram prorrogadas por mais 90 (noventa) dias, entretanto não apresenta documento comprobatório do negócio jurídico (contrato/aditivo).

Sigo o entendimento da Nota Técnica de Esclarecimento no sentido de compreender que as irregularidades aqui tratadas não foram elididas pela defesa. De fato, a reiterada utilização da contratação direta nesses casos fere objetivos fundamentais da Carta Magna e demonstra uma extrema falta de planejamento e eficiência da Administração para realizar o devido processo licitatório. Apesar disso, ainda entendo que os males causados pela ausência de procedimento licitatório não ensejam a rejeição das contas em análise, devendo ser enviados novamente ao campo das recomendações, sem prejuízo da aplicação de multa (com fundamento no artigo 73, inciso III, da Lei Estadual nº 12.600/04).

A auditoria sugere, também, um certo direcionamento nessas contratações diretas, apresentando, inclusive, a seguinte tabela (fl. 2.438):

NOME Dispensa n° 002

Dispensa n° 007

Dispensa n° 012

Dispensa n° 003

Dispensa n° 008

Dispensa n° 013

Maria José Bezerra x x x x x xFernando Augusto de Oliveira x x xFábio Simão de Lucena x xRaimundo João de Albuquerque Moura x x x xJoão Beltrão de Lima x x xAmaury Feliciano Bezerra x xJosefa de Lourdes Oliveira x xEdilene Vicente da x x

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SilvaGivanildo Henrique da Silva x xGenildo Machado de Oliveira x xRomero Grebson Soares Ribeiro x x

A defesa, por outro lado, afirma que “a acusação de que houve direcionamento nas contratações diretas não pode prosperar. Os preços ofertados foram avaliados, os veículos a contratar estavam em perfeitas condições de uso e a documentação atualizada”. (fl. 2.504)

Parece-me que, apesar das suspeitas, não há qualquer prova inequívoca de que as contratações foram maculadas por direcionamento, podendo a tabela acima se tratar de mera concentração na oferta desse tipo de serviço. Dessa maneira, a irregularidade sugerida pelo Relatório de Auditoria - R.A. não possui um sólido suporte probatório e deve ser desconsiderada.

b) Serviços artísticos:

Quanto às irregularidades apontadas pela Auditoria em relação aos processos de inexigibilidade de licitação para contratação de serviços artísticos, as razões fornecidas foram as seguintes: ausência de comprovação da qualidade do artista profissional, com inscrição na Delegacia Regional do Trabalho; ausência de comprovação da qualidade de empresário exclusivo; ausência de consagração pela crítica especializada ou pela opinião pública; ausência de justificativa de preço e de publicação na imprensa oficial; descumprimento da Decisão TC nº 004/11.

A defesa, por sua vez, apresentou os seguintes argumentos:

• “A inscrição na Delegacia Regional do Trabalho exigida pela Lei nº 6.533/78, no entanto, aplica-se ao ator e não ao artista cantor, razão pela qual não prospera a indigitada irregularidade.” (fl. 2.516)

• “Também não prospera alegação de que as contratações se deram com inobservância da determinação de que, nos casos de inexigibilidade, a contratação se dê diretamente com o artista ou através de empresário exclusivo, haja vista que tal disposição foi efetivamente observada, conforme

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Page 14: INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO - Pernambuco

se observa das anexas cópias de “cartas de exclusividade”.” (fl. 2.519)

• “Quanto à consagração pela crítica especializada ou pela opinião pública, chama-se a atenção para a notoriedade desses requisitos relativamente a alguns artistas contratados, a exemplo do grupo musical Chiclete com Banana e da dupla sertaneja Pedro e Thiago, sobre os quais, em face da repercussão nacional de sua notoriedade, não há como negar o fato. A notoriedade de que trata a lei, sendo conceito amplo e subjetivo, deve ser apreciada à luz de critérios de razoabilidade e proporcionalidade, tendo em vista a finalidade e local da apresentação.Assim, com os demais artistas, embora não tenham a mesma consagração ou notoriedade nacional, o fato é que são consagrados pela opinião pública local e suas contratações se justificam pela efetiva inviabilidade de competição na escolha desse serviço, ante a inexistência de pressupostos para escolha objetiva da proposta mais vantajosa.” (fls. 2.519 e 2.520)

• Nos nossos eventos festivos, priorizamos a “prata da casa”, primeiro para estimular e valorizar o artista, segundo, pelo custo financeiro e, por fim, contratamos algumas atrações de renome nacional, igualmente de agrado do povo, mas bastante oneroso.Esses artistas e grupos artísticos são bem recepcionados pelas comunidades onde estão instalados os polos de animação, pessoas de baixa renda que não tem condições de organizar uma empresa, apresentando-se através de empresas, como transparece a documentação examinada pelos senhores Auditores.” (fl. 2.506)

• “A ausência de justificativa de preço e publicação na inexigibilidade no Diário Oficial são falhas formais que não têm o condão de ensejar a rejeição das contas, notadamente quando não há notícia, nem mesmo indício de que não tenha havido a apresentação, de superfaturamento nos preços praticados e/ou dano ao erário.” (fl. 2.521)

• “A justificativa de preços seria inócua, porquanto à “prata da casa” oferecemos remunerações máximas de R$ 1.000,00 e, aos artistas e bandas consagrados pela opinião pública (estado, região e nível nacional), praticamos o preço de mercado dada a singularidade desses profissionais.” (fl. 2.506)

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• “A comprovação da realização dos eventos, conforme determina a Decisão TC nº 0004/11, consta dos autos dos procedimentos de inexigibilidade, conforme se observa das anexas cópias.” (fl. 2521)

Já a Nota Técnica de Esclarecimento, analisando os documentos apresentados pela defesa, colocou o seguinte:

Para sanar as irregularidades a defesa limitou-se a argumentar e a apresentar contratos e cartas de exclusividade de empresas contratadas nas Inexigibilidades nºs 006, 011, 014 e 004 (fls. 2.574-A a 2.587). Tais documentos apresentados são cópia daqueles que já estão contidos no processo às fls. 1.255, 1.135, 1.136, 1.177, 1.428, 1.429, 1.430, 1.467, 1.468, 1.469, 1.470, 1.471, 1.472 e 1.316, e que já haviam sido analisados na auditoria não tendo sido, portanto apresentado pelo defendente nenhum documento novo. Assim, após análise dessa documentação apresentada em confronto com as irregularidades apontadas no Relatório de Auditoria, concluiu-se que não foi acostado ao processo nenhum documento que altere as irregularidades observadas inicialmente.

Concordo com a Nota Técnica de Esclarecimento no sentido de que as irregularidades apontadas pela auditoria não foram elididas pela documentação apresentada pela defesa. Apesar disso, compreendo a importância de se valorizar os artistas locais (a “prata da casa”, nas palavras da defesa), de tal maneira que não considero essa falha suficientemente grave para ensejar a rejeição das contas. Em relação à ausência de justificativa de preços, concordo com a defesa no sentido que se trata de uma falha formal, que não enseja a rejeição de contas. Apesar disso, entendo que a transparência no trato do dinheiro público nunca é demais, particularmente em se tratando de um valor tão elevado para o porte do Município de Abreu e Lima. Assim, envio recomendações específicas para que as gestões futuras tratem o dinheiro público com maior zelo, transparência e racionalidade, quando da contratação de serviços artísticos. No mais, as irregularidades restantes, ainda que bastante censuráveis, também não maculam as contas a ponto de ensejarem a sua rejeição.

c) Serviços enquadrados como subvenções sociais:

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Em relação às contratações, por inexigibilidade de licitação, enquadradas pela Auditoria como ajudas financeiras com fins culturais (subvenções sociais), que tiveram como objeto blocos carnavalescos, bandas e apresentações de quadrilhas em festividades municipais, afirma a defesa o seguinte:

• “Tal fato, entretanto, configura uma falha formal, ante a legalidade da concessão desse tipo de subvenção, sendo indiferente a denominação do procedimento: seja contratação por inexigibilidade de licitação, seja por repasse direto a título de subvenção social, com vistas ao fomento cultural no município.” (fls. 2.521 e 2.522)

Mais uma vez, a falha não pode ser desconsiderada, todavia não enseja a rejeição de contas. O fato dos gastos terem sido realizados como contratações por inexigibilidade de licitação – e não como subvenções sociais fazem com que o procedimento seguido seja diverso do adequado para o caso. O Relatório de Auditoria, por exemplo, menciona “a ausência da devida prestação de contas que possa comprovar a efetiva aplicação dos recursos públicos nos objetivos para os quais a Inexigibilidade se propõe: que seria a apresentação dos blocos carnavalescos na festividade do carnaval 2012 em razão do interesse da administração municipal em fomentar a cultura local” (fl. 2.450). Dessa maneira, percebe-se que não se trata de uma falha meramente formal, como sugere a defesa, ainda que não enseje a rejeição de contas, como mencionado. Cabe nessa situação, portanto, a aplicação de multa aos responsáveis e à comissão permanente de licitação (CPL), com base no artigo 73, inciso III, da Lei Estadual nº 12.600/04.

Em relação à qualificação, feita pela Auditoria, da contratação da “Banda Anjos de resgate”, que canta músicas religiosas, para apresentação nas festividades de comemoração do dia da padroeira da cidade, como sendo subvenção social a culto religioso, apresenta a defesa o seguinte argumento:

• “Ora, da simples leitura do referido preceito constitucional, infere-se que a vedação constitucional refere-se à subvenção (à concessão de ajuda financeira) a culto religioso ou igreja, o que não é o caso em apreço, haja vista que não houve repasse de valor para qualquer

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entidade religiosa nem em auxílio à realização de qualquer culto. O que ocorreu foi a contratação de banda que canta músicas religiosas para apresentação ao público em geral do Município, no dia da comemoração da padroeira da cidade, fato, portanto, que não se confunde de maneira alguma com a concessão de subvenção vedada pela constituição.” (fls. 2.522 e 2.523)

Concordo com a argumentação da defesa. O que houve foi simplesmente a contratação dos serviços de uma banda religiosa para as festividades relacionadas ao dia da padroeira da cidade. Não se tratou, pois, o caso em questão de subvenção social a culto religioso. Resta, portanto, elidida a presente irregularidade.

Das irregularidades na contratação de serviços de publicidade institucional e planejamento de comunicação:

A auditoria também apontou irregularidades na contratação de serviços de publicidade e propaganda institucional, através da Concorrência nº 001/2009. São elas, dentre outras, a inadequação na adoção do tipo “técnica e preço” (pois esse tipo de licitação é reservado para a contratação de serviços onde predomina o caráter intelectual da atividade); as deficiências na descrição do objeto do contrato, na composição dos custos unitários, na previsão de subcontratação e na estipulação do regime de execução do serviço (disposto na cláusula 7ª, I, do contrato); a adoção irregular do regime de administração contratada (coibida por força do veto presidencial à alínea “C”, do inciso VIII, do artigo 6º da Lei Nº 8.666/93), em vista do pagamento à empresa Makplan por comissão em percentuais variados.

A defesa, por sua vez, argumenta que tais alegações não subsistem e oferece as seguintes razões para tanto:

• “Primeiramente, porque é indubitável que nos serviços de publicidade predomina o caráter intelectual da atividade, tanto que a Lei nº 12.232/10 prevê a contratação desse serviço por licitação do tipo “ melhor técnica ” ou “ técnica e preço ” , sendo completamente equivocado o entendimento exposto na Auditoria sobre a inadequação da adoção desse tipo de licitação. A análise de outras

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licitações, em diferentes níveis de governo, revela que essa modalidade é a utilizada.” (fls. 2.524 e 2.525)

• “Também não é requisito para a prorrogação de contratos de prestação de serviços que a sua interrupção comprometa a continuidade das atividades da Administração, como equivocadamente suscitado no Relatório de Auditoria.” (fl. 2.525)

• Na hipótese dos autos, cumpre destacar, ainda, que os pagamentos, a despeito de terem sido realizados por comissão, não ultrapassaram o valor global e mensal da contratação que foi de R$ 450.000,00 e R$ 50.000,00, respectivamente, além de não haver sequer indício de superfaturamento na contratação e dano ao erário, o que afasta a gravidade das falhas e a rejeição das contas do Defendente.” (fl. 2.537)O argumento da defesa quanto à possibilidade de se

utilizar o tipo de licitação da “técnica e preço” para os serviços de publicidade, em razão do caráter intelectual da atividade, mostra-se adequado. No mais, as diversas outras falhas apontadas pela Auditoria nesse ponto não são suficientemente graves para provocarem a rejeição das contas, devendo ser enviadas para o campo das recomendações.

Das irregularidades referentes à publicidade de editais de licitação em jornal fora do estado, à realização de despesas sem licitação, às deficiências no sistema de controle interno e gestão previdenciária:

A irregularidade referente à “publicação de editais de licitações em jornal fora do estado” (item 3.1.7 do Relatório de Auditoria) já foi desconsiderada pela Nota Técnica de Esclarecimento, conforme mencionado no Relatório.

Em relação às demais irregularidades aqui tratadas, apresenta a defesa os seguintes argumentos:

• “As irregularidades apontadas na realização de despesas e controle interno do Município também não merecem prosperar. As primeiras porque foram realizadas para atender despesas inadiáveis do Município e estão acobertadas pelas hipóteses de dispensa da licitação.” (fl. 2538)

• “Quanto ao aspecto do sistema de controle interno, o provimento dos cargos de técnico de controle interno depende de concurso público e contratação, que no momento

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se apresentam inviáveis – impossível de implementar – em face do comprometimento dos percentuais de despesa e gasto com pessoal a que se submete o Município. Nada obstante a Administração adotou, por forma diversa, formas e sistema de controle interno com os mecanismos de que já dispunha, o que se revela em diversos aspectos da atuação e gestão.” (fl. 2538)

• “As demais falhas estão sendo sanadas com a implementação do protocolo central informatizado e das medidas necessárias ao adequado funcionamento do controle interno do Município.” (fl. 2.538)

• “As inconsistências nas informações da dívida fundada, relativamente a valores previdenciários, de igual sorte, tratam de vícios formais perfeitamente sanáveis e que não causam qualquer dano ou prejuízo ao erário, devendo ser afastada para efeito de rejeição das contas do Defendente.” (fl. 2.539)As irregularidades aqui tratadas não foram

descaracterizadas pela argumentação da defesa. Mais uma vez, a gestão municipal apresenta um alto grau de desorganização na prática de suas atividades e no trato do dinheiro público (o qual, se utilizado de maneira mais racional, poderia, por exemplo, ter sido aplicado na contratação dos referidos técnicos, através de concurso público). Entretanto, novamente, as falhas em questão não são graves o bastante para motivarem a rejeição das contas, podendo ser encaminhadas ao plano das recomendações.

ConclusãoFace ao exposto;CONSIDERANDO o Relatório de Auditoria;CONSIDERANDO as peças de defesa apresentadas; CONSIDERANDO a Nota Técnica de Esclarecimento;CONSIDERANDO as irregularidades em processos licitatórios

referentes a serviços de transporte;CONSIDERANDO as irregularidades em processos licitatórios

referentes a serviços artísticos;CONSIDERANDO as irregularidades em processos licitatórios

referentes a serviços enquadrados como subvenções sociais;CONSIDERANDO as deficiências no sistema de controle

interno e na gestão previdenciária;

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CONSIDERANDO o disposto nos artigos 70 e 71, incisos II e VIII, parágrafo 3º, combinados com o artigo 75 da Constituição Federal, e no artigo 59, inciso II, da Lei Estadual nº 12.600/04 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco),

JULGO regulares, com ressalvas, as contas dos gestores do município de Abreu e Lima, relativas ao exercício financeiro de 2012, sob a responsabilidade de Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito Municipal), Hélio Tavares de Souza (Secretário de Educação e Desporto), Jaime de Castro Muliterno Neto (Secretário de Governo), Marcelo Alexandre Silva Correia Gastón (Secretário de Administração), Cristiane de Azevedo Moneta Meira (Secretária de Finanças), Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha (Secretário de Turismo e Cultura), Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da Comissão de Licitação), Eilton Martins de Sousa (Membro da Comissão de Licitação), Maria Margarida de França Almeida (Membro da Comissão de Licitação). Entendo, pois, que as irregularidades remanescentes não são suficientemente graves para provocarem a rejeição das contas.

Aplico, nos termos do artigo 73, inciso III, da Lei Estadual nº 12.600/04, aos Srs:

- Flávio Vieira Gadelha de Albuquerque (Prefeito), em razão dos itens 3.1.1, 3.1.2, 3.1.4 e 3.1.5 do Relatório de Auditoria, multa no valor de R$ 7.500,00;

- Hélio Tavares de Souza (Secretário de Educação e Desportos) e Anne Anaide Oliveira Banja (Secretária do Trabalho e Ação Social), em razão do item 3.1.1 do Relatório de Auditoria, multa no valor de R$ 5.000,00;

- Dirceu Silva Menelau (Secretário de Habitação) e Ceci Felinto Vieira de França (Secretária de Obras e Defesa), em razão do item 3.1.2 do Relatório de Auditoria, multa no valor de R$ 5.000,00;

- Sérgio Berardo de Carvalho Aroucha (Secretário de Turismo e Cultura), Joselane Maria dos Santos Silva (Presidente da Comissão de Licitação), Eilton Martins de Sousa (Membro da Comissão de Licitação) e Maria Margarida de França Almeida (Membro da Comissão de Licitação), multa no valor de R$ 5.000,00.

Tais valores deverão ser recolhidos, no prazo de 15 (quinze) dias do trânsito em julgado desta decisão, ao Fundo de Aperfeiçoamento Profissional e Reequipamento Técnico deste

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Tribunal, por intermédio de boleto bancário a ser emitido no sítio da internet desta Corte de Contas (www.tce.pe.gov.br).

EMITO, ainda, recomendações específicas no que se refere a todas as irregularidades verificadas pelo Relatório de Auditoria, tratadas no presente voto, com a exceção daquelas por mim expressamente desconsideradas ao longo do voto (ou pela Nota Técnica de Esclarecimento - NTE).

______________________________________________________________O CONSELHEIRO PRESIDENTE ACOMPANHOU O VOTO DO RELATOR. PRESENTE A PROCURADORA GERAL ADJUNTA, DRA. ELIANA MARIA LAPENDA DE MORAES GUERRA.

MC/ACP

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INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO61ª SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA CÂMARA REALIZADA EM 23.09.2014PROCESSO TC Nº 1302004-3PRESTAÇÃO DE CONTAS DO GESTOR DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA, RELATIVA AO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012INTERESSADOS: FLÁVIO VIEIRA GADELHA DE ALBUQUERQUE; AGUINALDO TAVARES DE MELO; ANNE ANAIDE OLIVEIRA BANJA; ANTÔNIO FERNANDO MATEUS DA SILVA JÚNIOR; CARLOS CARDOSO DOS ANJOS; CECI FELINTO VIEIRA DE FRANÇA; CRISTIANE DE AZEVEDO MONETA MEIRA; DIRCEU SILVA MENELAU; EILTON MARTINS DE SOUSA; HÉLIO TAVARES DE SOUZA; JAIME DE CASTRO MULITERNO NETO; JOSELANE MARIA DOS SANTOS SILVA; MARCELO ALEXANDRE SILVA CORREIA GASTON; MARCOS ANTÔNIO PEIXOTO DE SIQUEIRA; MÔNICA LISBOA DA COSTA VASCONCELLOS; SEBASTIÃO FLORENTINO CAMPOS NETO; SÉRGIO BERARDO DE CARVALHO AROUCHA; MARIA MARGARIDA DE FRANÇA ALMEIDAADVOGADOS: DR. LEUCIO LEMOS FILHO – OAB/PE Nº 5.807; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. HUMBERTO CABRAL VIEIRA DE MELO – OAB/PE Nº 6.766; DR. GUSTAVO FALCÃO D’AZEVEDO RAMOS – OAB/PE Nº 23.075; DRA. KATARINA KIRLEY DE BRITO GOUVEIA – OAB/PE Nº 26.305; DR. MAURO CÉSAR LOUREIRO PASTICK – OAB/PE Nº 27.547; DR. PAULO DE TARSO FRAZÃO NEGROMONTE – OAB/PE Nº 29.578; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. RODRIGO SOARES DE AZEVEDO – OAB/PE Nº 18.030; DRA. CHRISTIANA LEMOS TURZA FERREIRA - OAB/PE Nº 25.183RELATOR: CONSELHEIRO EM EXERCÍCIO CARLOS BARBOSA PIMENTELPRESIDENTE: CONSELHEIRA TERESA DUERE

ADIADA A VOTAÇÃO POR PEDIDO DE VISTA DO PROCURADOR DR. GUIDO ROSTAND CORDEIRO MONTEIRO, EM SESSÃO REALIZADA NO DIA 11.09.2014.

DR. GUIDO ROSTAND CORDEIRO MONTEIRO – PROCURADOR:A respeito da prestação de contas da Prefeitura Municipal

de Abreu e Lima, exercício financeiro de 2012, estou devolvendo o processo no prazo regimental e o que me animou a pedir vista naquela sessão, há 3 sessões atrás, foi o fato de que percebia que no exercício de 2011 irregularidades semelhantes às observadas no exercício de 2012 ensejaram a rejeição de contas no julgamento da Câmara. Houve um recurso ao Plenário em que algumas irregularidades foram afastadas, mas a irregularidade de contas foi mantida, ou seja, houve uma

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decisão do Pleno, tendo como relator o eminente Conselheiro Dirceu Rodolfo de Melo Júnior, e irregularidades semelhantes as do exercício de 2011 se repetem em 2012, de modo que, considerando as despesas realizadas sem licitação e as dispensas de licitação em caráter emergencial, sem ficar efetivamente demonstrado esse caráter emergencial, o Ministério Público opina pela rejeição das contas em análise desse processo de relatoria do Conselheiro Carlos Barbosa Pimentel, de modo que, parece-me, que esse processo não será possível ser julgado hoje.

CONSELHEIRA TERESA DUERE – PRESIDENTE:Na verdade não, mas está em devolução e certamente o

Conselheiro o colocará em pauta.

CONSELHEIRO DIRCEU RODOLFO DE MELO JÚNIOR:Sr. Procurador, só uma pergunta: O Conselheiro Carlos

Barbosa Pimentel está em substituição a quem?

DR. GUIDO ROSTAND CORDEIRO MONTEIRO – PROCURADOR:Deixa-me ver se tenho essa resposta.

CONSELHEIRA TERESA DUERE – PRESIDENTE:Acho que o processo que Vossa Excelência se referiu, que

foi da relatoria do Conselheiro Dirceu Rodolfo, foi de 2011, que apresentou e que ensejou rejeição e esse do Conselheiro Carlos Barbosa Pimentel é que era pela aprovação e foi pedido vista pelo Ministério Público de Contas e agora foi devolvido à relatoria.

PH/ACP

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INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO58ª SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA CÂMARA REALIZADA EM 11.09.2014PROCESSO TC Nº 1302004-3PRESTAÇÃO DE CONTAS DO GESTOR DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA, RELATIVA AO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012INTERESSADOS: FLÁVIO VIEIRA GADELHA DE ALBUQUERQUE; AGUINALDO TAVARES DE MELO; ANNE ANAIDE OLIVEIRA BANJA; ANTÔNIO FERNANDO MATEUS DA SILVA JÚNIOR; CARLOS CARDOSO DOS ANJOS; CECI FELINTO VIEIRA DE FRANÇA; CRISTIANE DE AZEVEDO MONETA MEIRA; DIRCEU SILVA MENELAU; EILTON MARTINS DE SOUSA; HÉLIO TAVARES DE SOUZA; JAIME DE CASTRO MULITERNO NETO; JOSELANE MARIA DOS SANTOS SILVA; MARCELO ALEXANDRE SILVA CORREIA GASTON; MARCOS ANTÔNIO PEIXOTO DE SIQUEIRA; MÔNICA LISBOA DA COSTA VASCONCELLOS; SEBASTIÃO FLORENTINO CAMPOS NETO; SÉRGIO BERARDO DE CARVALHO AROUCHA; MARIA MARGARIDA DE FRANÇA ALMEIDAADVOGADOS: DR. LEUCIO LEMOS FILHO – OAB/PE Nº 5.807; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. HUMBERTO CABRAL VIEIRA DE MELO – OAB/PE Nº 6.766; DR. GUSTAVO FALCÃO D’AZEVEDO RAMOS – OAB/PE Nº 23.075; DRA. KATARINA KIRLEY DE BRITO GOUVEIA – OAB/PE Nº 26.305; DR. MAURO CÉSAR LOUREIRO PASTICK – OAB/PE Nº 27.547; DR. PAULO DE TARSO FRAZÃO NEGROMONTE – OAB/PE Nº 29.578; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. RODRIGO SOARES DE AZEVEDO – OAB/PE Nº 18.030; DRA. CHRISTIANA LEMOS TURZA FERREIRA - OAB/PE Nº 25.183RELATOR: CONSELHEIRO EM EXERCÍCIO CARLOS BARBOSA PIMENTELPRESIDENTE: CONSELHEIRA TERESA DUERE

ADIADA A VOTAÇÃO POR PEDIDO DE VISTA DO PROCURADOR DR. GUSTAVO MASSA, EM SESSÃO REALIZADA NO DIA 19.08.2014.

PROCURADOR DR. GUIDO ROSTAND CORDEIRO MONTEIRO:Peço vista do processo.

PAN

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INTEIRO TEOR DA DELIBERAÇÃO52ª SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA CÂMARA REALIZADA EM 19.08.2014PROCESSO TC Nº 1302004-3PRESTAÇÃO DE CONTAS DO GESTOR DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA, RELATIVA AO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012INTERESSADOS: FLÁVIO VIEIRA GADELHA DE ALBUQUERQUE; AGUINALDO TAVARES DE MELO; ANNE ANAIDE OLIVEIRA BANJA; ANTÔNIO FERNANDO MATEUS DA SILVA JÚNIOR; CARLOS CARDOSO DOS ANJOS; CECI FELINTO VIEIRA DE FRANÇA; CRISTIANE DE AZEVEDO MONETA MEIRA; DIRCEU SILVA MENELAU; EILTON MARTINS DE SOUSA; HÉLIO TAVARES DE SOUZA; JAIME DE CASTRO MULITERNO NETO; JOSELANE MARIA DOS SANTOS SILVA; MARCELO ALEXANDRE SILVA CORREIA GASTON; MARCOS ANTÔNIO PEIXOTO DE SIQUEIRA; MÔNICA LISBOA DA COSTA VASCONCELLOS; SEBASTIÃO FLORENTINO CAMPOS NETO; SÉRGIO BERARDO DE CARVALHO AROUCHA; MARIA MARGARIDA DE FRANÇA ALMEIDAADVOGADOS: DR. LEUCIO LEMOS FILHO – OAB/PE Nº 5.807; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. HUMBERTO CABRAL VIEIRA DE MELO – OAB/PE Nº 6.766; DR. GUSTAVO FALCÃO D’AZEVEDO RAMOS – OAB/PE Nº 23.075; DRA. KATARINA KIRLEY DE BRITO GOUVEIA – OAB/PE Nº 26.305; DR. MAURO CÉSAR LOUREIRO PASTICK – OAB/PE Nº 27.547; DR. PAULO DE TARSO FRAZÃO NEGROMONTE – OAB/PE Nº 29.578; DR. REINALDO BEZERRA NEGROMONTE – OAB/PE Nº 6.935; DR. RODRIGO SOARES DE AZEVEDO – OAB/PE Nº 18.030; DRA. CHRISTIANA LEMOS TURZA FERREIRA - OAB/PE Nº 25.183RELATOR: CONSELHEIRO EM EXERCÍCIO CARLOS BARBOSA PIMENTELPRESIDENTE: CONSELHEIRA TERESA DUERE

DR. GUSTAVO MASSA – PROCURADOR:Peço vistas dos autos.

MAM

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